Organização Do Ensino Em Ciclos

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CLARA MACHADO FERNANDO DICASTRO Organização do ensino em ciclos

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Page 1: Organização Do Ensino Em Ciclos

C L A R A M A C H A D OF E R N A N D O D I C A S T R O

Organização do ensino em ciclos

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FREITAS. Ciclos de Progressão Continuada: vermelho para as políticas públicas.

Forma escola: tradicional/reprodutivista

Ciclos como resistência

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Lógica da forma escola

Distante da vida, servindo às necessidades do capitalismo

Avaliação como motivador artificial

Serve à função social distributivo-seletiva de conhecimentos

Não é ingênua, neutra ou equalizadora

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Lógica da avaliação na forma escola

3 componentes da avaliação em sala de aula:Avaliação instrucional

Avaliação do comportamento“quando os ciclos ‘quebram’ a avaliação como forma de reprovação, por supor que estejam no plano instrucional, quebram adicionalmente o poder de controle da sala de aula sem nada colocar no lugar, nem sequer a preparação do professor para a nova situação” (p.84)

Avaliação dos valores e atitudes

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Avaliação ocorre nos planos formal e informal

Processos informais estão imunes a decretos“quando a avaliação formal entra em cena, a informal já atuou no plano da aprendizagem” (p.85)

Preparação do professor e re-elaboração de suas concepções de educação

Limitação da forma escola: unificação dos tempos

“a unificação dos tempos conduz à diversificação dos desempenhos, quando deveríamos perseguir a unificação dos desempenhos, mesmo que à custa da diversificação dos tempos” (p.85)

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Lógica dos ciclos

Não eliminam a avaliação formal ou informal, mas redefinem seu papel e autoria

Concepções de educação que embasam os ciclosM.Pistrak: bases da organização escolar ancoradas no estudo da atualidade e na auto-organização do aluno

BH x SP

A avaliação da escola deve ser motivadora e não ter como função punir ou controlar

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A ideia do ciclo “só pode ser compreendida como uma forma de resistência e, nessas condições, seu funcionamento não será perfeito porque, se as concepções de educação e de políticas públicas não forem coerentes, limitarão as

possibilidades dos ciclos” (p.90)Progressiva perda de dois atores: pais e

professores

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MIRANDA. Sobre tempos e espaços da escola: do princípio do conhecimento ao princípio da socialidade.

Transformação da organização escolar e da compreensão de educação

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Conhecimento socialidadeConhecimento (forma escola)Aquisição de conhecimentos Séries fixadas arbitrariamente como anuaisCritério: saber ou não saber

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Socialidade

Ciclos

Faixa etária ou etapa do desenvolvimento humano

Mudança radical no conceito de reprovação“o importante é que os alunos permaneçam na escola, disponham de tempo e de espaço para que possam desfrutar o que ela possa lhes oferecer” (p.642)

O que essa escola tem a oferecer?

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Seriação – estéril e arbitrária X Ciclos- se fecham, se completam

Racionalidade que sustenta os ciclos não é claraPerrenoud: “um ciclo de aprendizagem é um ciclo de estudos

no qual não há mais reprovação” (p.643)Lima: ciclos orientados “pelas características do

desenvolvimento humano” (p.644)Arroyo: “as idades da vida, da formação humana passam a ser

o eixo estruturante” (p.644)Freitas: para além do lado psicológico, há também “o lado

social da formação” (p.644)Propostas identificadas como mera progressão continuada

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3 tipos de reformas educacionais (Perrenoud):

1º tipo: transformam a estruturas2º tipo: transformam os currículos3º tipo: se dirigem “aberta e

institucionalmente para o cotidiano dos alunos e professores” (p.646)

Introdução de ciclos

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Mudança na maneira de conceber o tempo e o espaço

Reprovação como forma de conceder mais tempo ao alunoX

Ausência de limite de tempo para avançar de uma etapa a outra

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“seria, em contrapartida, próprio das inovações que elas se imponham para serem assimiladas e debatidas depois? Ou é a urgência da prática que subtrai a reflexão?” (p.650)

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FREITAS, L. C. Ciclos de progressão continuada: vermelho para as políticas públicas. Eccos Revista Científica, v. 4, n. 1, p. 79-93, 2002.

MIRANDA, M. G. Sobre tempos e espaços da escola: do princípio do conhecimento ao princípio da socialidade. Educ. Soc, v. 26, n. 91, p. 639-651, 2005.

ALMEIDA, F. J. Progressão continuada não é aprovação automática. 2010. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/progressao-continuada-nao-aprovacao-automatica-611988.shtml. Acesso em: 18 abr. 2015.

HOÇA, L. Progressão continuada não se discute (por si mesma). 2014. disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/progressao-continuada-nao-se-discute-por-si-mesma-ehhd2f5nrd6zbmat0nwfq1qoe. Acesso em: 18 abr. 2015.