organização estrutural de colmeia.docx

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7/21/2019 organização estrutural de colmeia.docx http://slidepdf.com/reader/full/organizacao-estrutural-de-colmeiadocx 1/8 http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/organizacao.htm Organização Social e Desenvolvimento das abelhas  Apis mellifera Organização e estrutura da colmeia,Desenvolvimento das abelhas,Estrutura e uso dos favos Diferenciação das castas,Comunicação,Termorregulação da colmeia Organização e estrutura da colmeia As abelhas são insetos sociais, vivendo em colônias organizadas em que os indivduos se dividem em castas, !ossuindo funç"es bem definidas que são e#ecutadas visando sem!re $ sobreviv%ncia e manutenção do en#ame& 'uma colônia, em condiç"es normais, e#iste uma rainha, cerca de (&))) a *))&))) o!er+rias e de ) a )) zang"es -.ig&/0& Figura 6. Rainha, operárias e zangões adultos de uma colmeia de Apis mellifera. A rainha tem !or função a !ostura de ovos e a manutenção da ordem social na colmeia& A larva da rainha 1 criada num alv1olo modificado, bem maior que os das larvas de o!er+rias e zang"es, de formato cilndrico, denominado realeira -.ig& 20, sendo alimentada !elas o!er+rias com a gel1ia real, !roduto rico em !rotenas, vitaminas e hormônios se#uais& A rainha adulta !ossui quase o dobro do tamanho de uma o!er+ria -.ig& /0 e 1 a 3nica f%mea f1rtil da colmeia, a!resentando o a!arelho re!rodutor bem desenvolvido& Figura 7. Realeiras construídas na extremidade do favo. A vida re!rodutiva da rainha inicia4se com o vôo nu!cial !ara sua fecundação que ocorre, a!ro#imadamente, ( a 2 dias de!ois de seu nascimento& A fecundação ocorre em +reas de congregação de zang"es, onde e#istem de centenas a milhares de zang"es voando $ es!era de uma rainha, conferindo assim uma grande variabilidade gen1tica no acasalamento& A rainha se dirige a essas +reas, a cerca de *) metros de altura, atraindo os zang"es com a liberação de subst5ncias denominadas feromônios& A!enas os mais r+!idos e fortes conseguem alcanç+4la e o acasalamento, ou c6!ula, ocorre em !leno vôo& 7ma rainha !ode ser fecundada !or at1 *2 zang"es e o s%men 1 armazenado num reservat6rio es!ecial denominado es!ermateca& Esse estoque de s%men ser+ utilizado !ara a fecundação de 6vulos durante toda a vida da rainha, !ois ao retornar $ colônia não sair+ mais !ara realizar outro vôo nu!cial& A rainha começa a !ostura dos ovos na colônia de 8 a 2 dias de!ois do acasalamento& 9omente a rainha 1 ca!az de !roduzir ovos fertilizados, que dão origem $s f%meas -o!er+rias ou novas rainhas0, al1m de ovos não fertilizados, que originam os zang"es& Em casos es!eciais, as o!er+rias tamb1m !odem !roduzir ovos, embora não fertilizados, que darão origem a zang"es& A ca!acidade de !ostura da rainha !ode ser de at1 :&()) a 8&))) ovos !or dia, em condiç"es de abund5ncia de alimento& Ela !ode viver e re!roduzir4se !or at1 8 anos ou mais& Entretanto, em climas tro!icais, sua ta#a de !ostura diminui a!6s o !rimeiro ano& ;or isso, costuma4se recomendar aos a!icultores que substituam suas rainhas anualmente& A rainha consegue manter a ordem social na colmeia atrav1s da liberação de feromônios& Essas subst5ncias t%m função atrativa e servem !ara informar aos membros da colmeia que e#iste uma rainha !resente e em atividade< inibem a !rodução de outras rainhas< a en#ameação e a !ostura de ovos !elas o!er+rias& 9ervem ainda !ara au#iliar no reconhecimento da colmeia e na orientação das o!er+rias& A rainha est+ sem!re

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http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/organizacao.htm

Organização Social e Desenvolvimento das abelhas Apis mellifera

Organização e estrutura da colmeia,Desenvolvimento das abelhas,Estrutura e uso dos favosDiferenciação das castas,Comunicação,Termorregulação da colmeia 

Organização e estrutura da colmeia

As abelhas são insetos sociais, vivendo em colônias organizadas em que os indivduos se dividem emcastas, !ossuindo funç"es bem definidas que são e#ecutadas visando sem!re $ sobreviv%ncia e manutençãodo en#ame& 'uma colônia, em condiç"es normais, e#iste uma rainha, cerca de (&))) a *))&))) o!er+rias ede ) a )) zang"es -.ig&/0& 

Figura 6. Rainha, operárias e zangões adultos de uma colmeia de Apis mellifera.

A rainha tem !or função a !ostura de ovos e a manutenção da ordem social na colmeia& A larva da rainha 1criada num alv1olo modificado, bem maior que os das larvas de o!er+rias e zang"es, de formato cilndrico,denominado realeira -.ig& 20, sendo alimentada !elas o!er+rias com a gel1ia real, !roduto rico em!rotenas, vitaminas e hormônios se#uais& A rainha adulta !ossui quase o dobro do tamanho de umao!er+ria -.ig& /0 e 1 a 3nica f%mea f1rtil da colmeia, a!resentando o a!arelho re!rodutor bem desenvolvido&

Figura 7. Realeiras construídas na extremidade do favo.

A vida re!rodutiva da rainha inicia4se com o vôo nu!cial !ara sua fecundação que ocorre,a!ro#imadamente, ( a 2 dias de!ois de seu nascimento& A fecundação ocorre em +reas de congregação dezang"es, onde e#istem de centenas a milhares de zang"es voando $ es!era de uma rainha, conferindoassim uma grande variabilidade gen1tica no acasalamento&

A rainha se dirige a essas +reas, a cerca de *) metros de altura, atraindo os zang"es com a liberação desubst5ncias denominadas feromônios& A!enas os mais r+!idos e fortes conseguem alcanç+4la e oacasalamento, ou c6!ula, ocorre em !leno vôo& 7ma rainha !ode ser fecundada !or at1 *2 zang"es e os%men 1 armazenado num reservat6rio es!ecial denominado es!ermateca& Esse estoque de s%men ser+

utilizado !ara a fecundação de 6vulos durante toda a vida da rainha, !ois ao retornar $ colônia não sair+mais !ara realizar outro vôo nu!cial& A rainha começa a !ostura dos ovos na colônia de 8 a 2 dias de!ois doacasalamento&

9omente a rainha 1 ca!az de !roduzir ovos fertilizados, que dão origem $s f%meas -o!er+rias ou novasrainhas0, al1m de ovos não fertilizados, que originam os zang"es& Em casos es!eciais, as o!er+rias tamb1m!odem !roduzir ovos, embora não fertilizados, que darão origem a zang"es&

A ca!acidade de !ostura da rainha !ode ser de at1 :&()) a 8&))) ovos !or dia, em condiç"es de abund5nciade alimento& Ela !ode viver e re!roduzir4se !or at1 8 anos ou mais& Entretanto, em climas tro!icais, suata#a de !ostura diminui a!6s o !rimeiro ano& ;or isso, costuma4se recomendar aos a!icultores quesubstituam suas rainhas anualmente&

A rainha consegue manter a ordem social na colmeia atrav1s da liberação de feromônios& Essas subst5nciast%m função atrativa e servem !ara informar aos membros da colmeia que e#iste uma rainha !resente e ematividade< inibem a !rodução de outras rainhas< a en#ameação e a !ostura de ovos !elas o!er+rias& 9ervemainda !ara au#iliar no reconhecimento da colmeia e na orientação das o!er+rias& A rainha est+ sem!re

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acom!anhada !or um gru!o de ( a *) o!er+rias, encarregadas de aliment+4la e cuidar de sua lim!eza& Aso!er+rias tamb1m !odem a!ro#imar4se da rainha !ara recebimento e re!asse dos feromônios a outrosmembros da colmeia&

=uando ocorre a morte da rainha ou quando ela dei#a de !roduzir feromônios e de realizar !osturas, emvirtude de sua idade avançada, ou ainda quando o en#ame est+ muito !o!uloso e falta es!aço na colmeia,as o!er+rias escolhem ovos recentemente de!ositados ou larvas de at1 8 dias de idade, que se

desenvolvem em c1lulas es!eciais 4 realeiras -.ig& 20 4 !ara a !rodução de novas rainhas& A !rimeira rainhaa nascer destr6i as demais realeiras e luta com outras rainhas que tenham nascido ao mesmo tem!o at1que a!enas uma sobreviva&

Em caso de !o!ulação grande, a rainha velha en#ameia com, a!ro#imadamente, metade da !o!ulaçãoantes do nascimento de uma nova rainha& Em alguns casos, quando a rainha est+ muito cansada, ela !ode!ermanecer na colmeia em conviv%ncia com a nova rainha !or algumas semanas, at1 sua morte natural&Tamb1m !ode ocorrer que a nova rainha elimine a rainha antiga, logo a!6s o nascimento&

As o!er+rias -.ig& /0 realizam todo o trabalho !ara a manutenção da colmeia& Elas e#ecutam atividadesdistintas, de acordo com a idade, desenvolvimento glandular e necessidade da colônia -Tabela >0&

Tabela 8. Funções executadas pelas operárias de acordo com a idade. 

Idade Função

 

1º ao º dia

 

Realizam a limpeza dos alv!olos e de a"elhas rec!m#nascidas

 

º ao 1$º

 

%&o chamadas a"elhas nutrizes por'ue cuidam da alimentaç&o das larvas emdesenvolvimento. (esse estágio, elas apresentam grande desenvolvimento dasgl)ndulas hipofaringeanas e mandi"ulares, produtoras de gel!ia real.

 

11º ao *$º dia

 

+roduzem cera para construç&o de favos, 'uando há necessidade, pois nessaidade as operárias apresentam grande desenvolvimento das gl)ndulasceríferas. l!m disso, rece"em e desidratam o n!ctar trazido pelas campeiras,ela"orando o mel.

 

1-º ao *1º dia

 

Realizam a defesa da colmeia. (essa fase, as operárias apresentam os rg&osde defesa "em desenvolvidos, com grande ac/mulo de veneno. +odemtam"!m participar do controle da temperatura na colmeia.

 

**º dia at! a morte

 

Realizam a coleta de n!ctar, plen, resinas e água, 'uando s&o denominadascampeiras.

? im!ortante ressaltar que a necessidade da colmeia !ode fazer com que as o!er+rias reativem algumasdas gl5ndulas atrofiadas !ara realizar determinada atividade, ou se@a, se for necess+rio, uma abelha maisnova !ode sair !ara a coleta no cam!o e uma abelha mais velha !ode encarregar4se de alimentar a cria&

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As o!er+rias !ossuem os 6rgãos re!rodutores atrofiados, não sendo ca!azes de se re!roduzirem& ssoacontece !orque, na fase de larva, elas recebem alimento menos nutritivo e em menor quantidade que arainha& Al1m disso, a rainha !roduz feromônios que inibem o desenvolvimento do sistema re!rodutor daso!er+rias na fase adulta& Em com!ensação, elas !ossuem 6rgãos de defesa e trabalho !erfeitamentedesenvolvidos, muitos dos quais não são observados na rainha e no zangão, como a corbcula -onde 1 feitoo trans!orte de materiais s6lidos0 e as gl5ndulas de cera&

Os zang"es -.ig& /0 são os indivduos machos da colônia, cu@a 3nica função 1 fecundar a rainha durante ovôo nu!cial& As larvas de zang"es são criadas em alv1olos maiores que os alv1olos das larvas de o!er+rias-.ig& >0 e levam : dias !ara com!letarem seu desenvolvimento de ovo a adulto& Eles são maiores e maisfortes do que as o!er+rias, entretanto, não !ossuem 6rgãos !ara trabalho nem ferrão e, em determinados!erodos, são alimentados !elas o!er+rias& Em contra!artida, os zang"es a!resentam os olhos com!ostosmais desenvolvidos e antenas com maior ca!acidade olfativa& Al1m disso, !ossuem asas maiores emusculatura de vôo mais desenvolvida& Essas caractersticas lhes !ermitem maior orientação, !erce!ção era!idez !ara a localização de rainhas virgens durante o vôo nu!cial&

Figura 8. lv!olos de zang&o e de operária de Apis mellifera.

Os zang"es são atrados !elos feromônios da rainha a dist5ncias de at1 ( Bm durante o vôo nu!cial&Durante o acasalamento, o 6rgão genital do zangão -end6falo0 fica !reso no cor!o da rainha e se rom!e,ocasionando sua morte&

Desenvolvimento das abelhas

Durante seu ciclo de vida, as abelhas !assam !or quatro diferentes fases ovo, larva, !u!a e adulto -.ig&0&

Figura . 0iferentes fases do ciclo de desenvolvimento de a"elhas Apis mellifera.

A rainha inicia a !ostura geralmente a!6s o terceiro dia de sua fecundação, de!ositando um ovo em cada

alv1olo& O ovo 1 cilndrico, de cor branca e, quando rec1m colocado, fica em !osição vertical no fundo doalv1olo& Tr%s dias a!6s a !ostura, ocorre o nascimento da larva, que tem cor branca, formato vermiforme efica !osicionada no fundo do alv1olo, com cor!o recurvado em forma de C -.ig& 0& Durante essa fase, alarva !assa !or cinco est+gios de crescimento, trocando sua cutcula -!ele0 a!6s cada est+gio&

'o final da fase larval, ( a / dias a!6s a eclosão, a c1lula 1 o!erculada e a larva muda de !osição, ficandoreta e im6vel& 'essa fase, ela não se alimenta mais, tece seu casulo, sendo comumente chamada de !r14!u!a& 'a fase de !u!a @+ !odem ser distinguidos a cabeça, o t6ra# e o abdome, visualizando4se olhos,!ernas, asas, antenas e !artes bucais& Os olhos e o cor!o !assam !or mudanças de coloração at1 aemersão da abelha adulta -.ig& 0& Toda a transformação !ela qual a abelha !assa at1 chegar ao est+gioadulto denomina4se metamorfose&A duração de cada uma das fases 1 diferenciada !ara rainhas, o!er+rias e zang"es -Tabela 0&

Tabela . +eríodo de desenvolvimento dias2 de crias de a"elhas Apis mellifera africanizada. 

!er"odo de Desenvolvimento #dias$

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Casta Ovo Larva Pupa Total  

 

Rainha

 

3

 

 

4

 

1

 

5perária

 

3

 

 

1*

 

*$

 

6ang&o

 

3

 

7,

 

18,

 

*8

A longevidade dos adultos das tr%s castas tamb1m 1 diferente a rainha !ode viver at1 : anos ou maisa!esar de que, em clima tro!ical, sua vida re!rodutiva dura, em m1dia, * ano< as o!er+rias, em condiç"esnormais, vivem de :) a ) dias& Os zang"es que não acasalam !odem viver at1 >) dias, se houver alimentona colmeia& Durante o !erodo de escassez de alimento, as o!er+rias costumam e#!ulsar ou matar oszang"es&

Estrutura e uso dos favos

O ninho das abelhas 1 constitudo de favos, que são formados !or alv1olos de formato he#agonal -com seislados0& Essa forma !ermite menor uso de material e maior a!roveitamento do es!aço& Os alv1olos t%m umainclinação de F a G !ara cima, evitando que a larva e o mel escorram, e são construdos em doistamanhos no maior, a rainha faz !ostura de ovos de zangão< @+ os menores !odem ser usados !ara acriação de o!er+rias e !ara estocagem de alimento -.ig& >0&

Durante a maior !arte do ano, a !role 1 criada nas !artes centrais da colmeia, de forma a facilitar o controle

de tem!eratura !elas o!er+rias& A cria, freqHentemente, ocu!a o centro dos favos, sendo que os cantosinferiores e su!eriores são usados !ara estocagem de alimento, facilitando o trabalho das abelhas nutrizes,que são res!ons+veis !ela alimentação das larvas&

Diferenciação das castas

Ieneticamente, uma rainha 1 id%ntica a uma o!er+ria& Ambas se desenvolvem a !artir de ovos fertilizados&Entretanto, fisiol6gica e morfologicamente essas castas são diferentes em razão da alimentação diferenciadaque as larvas recebem&

A rainha recebe, durante toda sua vida, um alimento denominado gel1ia real, que 1 com!osto das secreç"esdas gl5ndulas mandibulares e hi!ofaringeanas, localizadas na cabeça de o!er+rias -.ig& (0, com adição de

aç3cares !rovenientes do !a!o& ;esquisas t%m indicado que a gel1ia real oferecida $s larvas de rainha 1su!erior em quantidade e qualidade, !ossuindo maior !ro!orção da secreção das gl5ndulas mandibulares emaior concentração de aç3cares e outros com!ostos nutritivos -'ogueira Couto J Couto, :)):0

As larvas de o!er+rias, são alimentadas at1 o terceiro dia com um alimento comumente chamado de gel1iade o!er+ria, que a!resenta maior !ro!orção da secreção das gl5ndulas hi!ofaringeanas e menor quantidadede aç3cares que o da rainha& A!6s esse !erodo, !assam a receber uma mistura de gel1ia de o!er+ria, mele !6len&

Kesmo tendo recebido um alimento menos nutritivo, uma larva de, no m+#imo, 8 dias !ode transformar4seem rainha se !assar a receber a alimentação adequada& Entretanto, quanto mais nova for a larva, melhorser+ a qualidade da rainha e sua ca!acidade de !ostura&

Al1m da alimentação, a estrutura onde a larva da rainha 1 criada -realeira0 tem grande influ%ncia em seudesenvolvimento, uma vez que 1 maior que o alv1olo de o!er+ria e !osicionada de cabeça !ara bai#o, o quedei#a o abdome da !u!a livre, !ermitindo !leno desenvolvimento e formação dos 6rgãosre!rodutores&Assim, !ara que uma larva de o!er+ria se transforme em rainha, 1 necess+rio, al1m da

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alimentação, que a larva se@a transferida !ara uma realeira ou que se construa uma realeira no local ondese encontra a larva&

7m resumo sobre a diferenciação das castas em abelhas Apis mellifera a!resenta4se na .ig& *)&

Figura%&. 9s'uema de diferenciaç&o das castas em pis mellifera.

Comunicação

Entre as abelhas Apis mellifera, a comunicação !ode ser feita !or meio de sons, subst5ncias qumicas, tato,danças ou estmulos eletromagn1ticos&

A transfer%ncia de alimento !arece ser uma das maneiras mais im!ortantes de comunicação, uma vez que,durante as transfer%ncias, ocorrem tamb1m trocas de algumas secreç"es glandulares& Esse sim!les gestode troca de alimento !ode informar a necessidade de n1ctar e +gua, odor e sabor da fonte de alimento e asmudanças na qualidade e quantidade de n1ctar coletado, afetando a !ostura, criação da !role, secreção decera e armazenamento do mel, entre outras atividades&Durante esse !rocesso, são transferidos, tamb1m,feromônios que estimulam aç"es es!ecficas, como ser+ visto a seguir&

O !rinci!al meio de comunicação qumico 1 feito !elos feromônios, que são subst5ncias qumicas !roduzidase liberadas e#ternamente !or indivduos, que !roduzem uma res!osta es!ecfica no com!ortamento oufisiologia de indivduos da mesma es!1cie& Em abelhas esses feromônios são transmitidos !elo ar, contatofsico ou alimento& 'a Tabela *), a!resentam4se alguns feromônios !roduzidos !elas abelhas e as reaç"esdesencadeadas !or eles, de acordo com .ree -*>20, Linston -*>20 e 'ogueira Couto J Couto -:)):0&

Tabela %&. lguns ferom:nios produzidos por a"elhas Apis mellifera e suas respectivas reações. 

Ferom'nios (eação desencadeada

!roduzidos )or o)er*rias+ 

Ferom:nio de trilha 5rienta as operárias na localizaç&o do ninho e de fontes de

alimento

Ferom:nio de alarme  lerta as operárias para a presença de inimigo prximo ;colmeia

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Ferom:nio de defesa<i"erado por operárias durante a ferroada, atrai outrasoperárias para ferroarem o local

Ferom:nio de detenç&o Repele as operárias de fontes sem disponi"ilidade de alimento

Ferom:nio da gl)ndula de(asonov

<i"erado na entrada da colm!ia durante a enxameaç&o e emfontes de água e alimento, a=uda na orientaç&o e noagrupamento das a"elhas

!roduzidos )or rainhas+ 

Ferom:nio da gl)ndulamandi"ular 

 trai zangões para o acasalamento, mant!m a unidade dacolmeia, ini"e o desenvolvimento dos ovários das operárias e aproduç&o de rainhas

Ferom:nio das gl)ndulasepidermais

 traç&o das operárias. ge em sinergia com o ferom:nio dagl)ndula mandi"ular 

Ferom:nio de trilha =uda a evitar a produç&o de novas rainhas.

!roduzidos )or zang,es+ 

Ferom:nio da gl)ndulamandi"ular do zang&o

 trai rainhas e outros zangões para a zona de congregaç&o dezangões

!roduzidos )or crias+ 

Ferom:nio de cria9stimula a coleta de alimento e ini"e o desenvolvimento dosovários das operárias. +ermite 'ue as operárias reconheçamidade, casta e estado de sanidade das crias

Fonte> Free 1?-42, @inston 1?-42 e (ogueira Aouto B Aouto *$$*2. 

A dança 1 outro im!ortante meio de comunicação< !or meio dela as o!er+rias !odem informar a dist5ncia ea localização e#ata de uma fonte de alimento, um novo local !ara instalação do en#ame, a necessidade dea@uda em sua higiene ou, ainda, !odem im!edir que a rainha destrua novas realeiras e estimular aen#ameação&

O cientista alemão Marl Non .risch descobriu e definiu o sistema de comunicação utilizado !ara informarsobre a localização da fonte de alimento, observando que as abelhas costumam realizar tr%s ti!os de dança

dança em crculo, dança do requebrado ou em forma de oito e dança da foice -Liese, *>(0 -Tabela **0&

Tabela %%. Ti!os de dança realizados !elas abelhas Apis mellifera !ara transmitir informaç"es sobre fontes de alimentos& 

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Da

Dança em c"rculo

 

Dança do re-uebrado

Dança da oice

As danças !odem ser e#ecutadas dentro da colmeia, sobre um favo, ou no alvado& Durante a dança, ao!er+ria cam!eira indica a direção da fonte de alimento em relação $ !osição da colmeia e do sol& Adist5ncia da colmeia at1 a fonte de n1ctar 1 informada !elo n3mero de vibraç"es -requebrados0 realizadas e!ela intensidade do som emitido durante a dança& =uanto menor a dist5ncia entre a fonte e a colmeia,maior o n3mero de vibraç"es&

A cam!eira !ode interrom!er sua dança a curtos intervalos e oferecer $s o!er+rias que estão observando,uma gota do n1ctar que coletou& Assim, ela informa o odor do n1ctar e da flor e as demais o!er+rias !artemem busca desta fonte& O recrutamento aumenta com a vivacidade e a duração da dança&

Termorregulação da colmeia

nde!endentemente da tem!eratura e#terna, a +rea de cria da colmeia 1 mantida entre 8 e 8(G C,tem!eratura ideal !ara o desenvolvimento das crias& A ocorr%ncia de tem!eraturas fora dessa fai#a !ode!rovocar aumento da mortalidade na colônia e as o!er+rias que emergirem !odem a!resentar defeitosfsicos nas asas ou outras !artes do cor!o&

;ara bai#ar a tem!eratura da colmeia, as abelhas do interior da colônia se distanciam dos favos e seaglomeram do lado de fora da cai#a& Algumas o!er+rias ficam !osicionadas na entrada do ninho,movimentando suas asas de forma a direcionar uma corrente de ar !ara o interior da colmeia& Essa correntede ar, al1m de esfriar a colmeia, au#ilia na eva!oração da umidade do n1ctar, transformando4o em mel&

'o interior da cai#a, outras o!er+rias estão batendo as asas, a@udando na circulação da corrente de ar& 9ehouver duas entradas na colmeia, o ar 1 as!irado !or uma entrada e e#!elido !ela outra< caso contr+rio,usa4se !arte da entrada !ara as!irar e outra !arte !ara e#!elir&

9e a tem!eratura do ar estiver muito alta, as o!er+rias coletam +gua e es!alham !equenas gotas !elacolmeia eou regurgitam !equena quantidade de +gua abai#o da lngua, que ser+ eva!orada !ela correntede ar, au#iliando no resfriamento da colônia& A umidade eva!orada do n1ctar tamb1m se !resta a esse fim&

A umidade relativa da colmeia 1 mantida !or volta dos )P& 9e essa !orcentagem aumentar muito com aeva!oração do n1ctar, as o!er+rias imediatamente !rovocarão uma corrente de ar !ara o interior dacolmeia, na tentativa de diminuir a umidade&

Em !erodos frios, !ara aumentar a tem!eratura do interior do ninho, as abelhas se aglomeram emcachos& 9e a tem!eratura continuar caindo, as o!er+rias aumentam sua ta#a de metabolismo, !rovocando

vibraç"es dos m3sculos tor+cicos, gerando calor& Ocorre tamb1m uma troca de !osição abelhas que estãono centro do cacho vão !ara as e#tremidades e vice4versa&

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