ORIENTAÇÕES FEDERATIVAS JULHO /...
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ORIENTAÇÕES FEDERATIVAS JULHO / 2017
A OBSESSÃO, SUA PREVENÇÃO E TRATAMENTO NA CASA ESPÍRITA.
I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS.
energia positiva ou negativa que venhamos a emitir em decorrência do nosso padrão de pensamento e comportamento, indubitavelmente influenciará na conjuntura global de nosso planeta de forma favorável ou prejudicial aos esforços de equilíbrio social e de paz desenvolvidos na humanidade.
II – A OBSESSÃO, SEUS EFEITOS E ABRANGÊNCIA
Na obra Reencontro com a Vida, psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, o espírito Manoel Philomeno de Miranda, estabelece uma ligação entre essa teia de energias e os quadros obsessivos que
envolvem as criaturas humanas ao definir a obsessão como o sendo o “resultado do intercâmbio psíquico,
emocional ou físico entre dois seres com sentimentos em desequilíbrio (amor possessivo ou o ódio alimentado
pelo desejo de vingança)”, isto é, a obsessão é uma reação resposta à ação desencadeada pelos sentimentos
inferiores que envolvem dois seres humanos que se conectam por meio das energias negativas do ódio, da sede
de dominação, da vingança, da inveja, do ciúme, etc. Esse conúbio espiritual, no entanto, em face da sua
natureza, acarreta um estado de sofrimento e dores de efeito mais imediato na parte mais frágil desse confronto
de forças(vítima), sem no entanto deixar impune a parte dominante(agressor), que experimentará as
consequências dolorosas do seu ato insano num futuro não muito distante.
No que se refere a intensidade do sofrimento e do desconforto de vida experimentados pelas partes
envolvidas no quadro obsessivo, ela dependerá do grau de animosidade existente entre os litigantes; da
gravidade do delito cometido por um deles junto ao outro e da veemência com que o ofendido busca se vingar da
agressão sofrida. Os efeitos desse embate far-se-ão sentir, naquele que se apresentar mais frágil (vítima),
através do desencadeamento de perturbações de natureza psíquica (doenças mentais), emocional (esgotamento
nervoso, irritabilidade, estresse, depressão, etc) e física (enfermidades orgânicas).
Quanto a sua abrangência, o desalinho obsessivo pode envolver uma ou mais pessoas e até mesmo uma
coletividade. Se alguém cometeu um delito nessa ou noutra(s) existência(s) passada(s) contra outrem, esse a
posteriore, na condição de desencarnado, ainda envolto num sentimento de vingança, tudo fará para promover
um estado de perturbação espiritual em seu algoz. Se a consumação de tal delito contou com a cumplicidade de
alguma outra pessoa então essa pessoa também será alvo de perseguição por parte do ofendido. Se a causa
geradora do ódio naquele(s) que nominamos de obsessor(es) proveio da ação ou comportamento de criaturas
acostumadas a, coletivamente, assumirem posturas injustas, irrefletidas ou violentas contra seus semelhantes,
mesmo que eles tenham transgredido as normas existentes nas leis humanas, o(s) dito(s) obsessor(es)
envidará(ão) todos os esforços que tenha(m) às mãos para atingir essa coletividade com os aguilhões da dor e
do sofrimento. Essa última situação nos leva a inferir que os sofrimentos coletivos que atingem certos redutos
humanos(vilarejos, cidades, países, etc) são frutos de ações e decisões coletivamente tomadas pelos habitantes
atuais dessas localidades, nessa ou em encarnações passadas, e que afetaram a harmonia e o equilíbrio físico e
social do Mundo, pois a Justiça Divina não atinge inocentes. Daí nossa responsabilidade no enfrentamento dos
graves desafios de ordem pessoal ou social que nos sejam impostos pela conjuntura existente no decorrer dos
vários instantes de nossa caminhada evolutiva. Para que não incorramos em equívocos e sofrimentos
desnecessários, nós espíritas, dispomos dos ensinamentos de Jesus explicados à luz do Espiritismo.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAMBUCANA
1904 - INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA – 2004 ENTIDADE FEDERATIVA, COORDENADORA E REPRESENTATIVA DO MOVIMENTO ESPÍRITA
DO ESTADO DE PERNAMBUCO NO CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA.
D I F E
DEPARTAMENTO DE INTEGRAÇÃO FEDERATIVA
Xerxes Luna
Vivemos, diariamente, mergulhados num oceano vibratório de energias das mais variadas naturezas (psíquicas, emocionais, físicas, etc) cuja nascente localiza-se nas dimensões material e espiritual da vida, de forma que somos por elas influenciados ou as influenciamos, em maior ou menor grau, na medida que com elas nos identificamos. Assim, estamos interconectados, uns aos outros, em constante sintonia ajudando-nos ou prejudicando-nos, conforme sejam as energias(principalmente mentais) que emitamos. Essa teia energética da qual fazemos parte, responde pela ocorrência de acontecimentos felizes ou dolorosos, de abrangência particular ou coletiva, que vemos ocorrer na humanidade. Para termos ideia dos efeitos dessa interconecção de forças, uma centelha de
III – O ENFRENTAMENTO DA OBSESSÃO.
O procedimento mais adequado para enfrentarmos um quadro obsessivo nos foi indicado por nosso Mestre
Jesus Cristo quando nos recomendou que “ esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pela vigilância” (Mateus, 17:21). Entendamos como demônios os seres imperfeitos que coexistem com os seres humanos e onde neles, ainda, predominam sentimentos inferiores capazes de provocar sofrimentos e desalentos na vida dos seus semelhantes. Para prevenir e neutralizar suas investidas dois meios nos são recomendados por Jesus: a oração e a vigilância. O primeiro, a oração, concorrerá para o ajustamento das nossas vibrações espirituais aos padrões inerentes as energias superiores emanadas do nosso Pai Celestial. Tal ajuste, no entanto, far-se-á não só através do pronunciamento verbal de mantras ou de palavras previamente decoradas, mas através de ações cotidianas consubstanciadas nos sentimentos sublimes da fraternidade, da solidariedade, do perdão, da misericórdia ou de outros sintonizados com a Lei do Amor. Não nos esqueçamos que Jesus pediu a seus
seguidores que atentassem para essas palavras preditas pelo profeta Isaias: “Visto que este povo se chega junto a mim apenas com palavras sem atitude, e me honra somente com mover dos lábios, enquanto seu coração está muito distante da minha pessoa” (Isaias 29:13), ou seja, muitos louvam a Deus com os lábios mas mantém seu coração longe Dele (Mateus 15:8). O segundo, a vigilância equivale ao cuidado que deveremos ter de não adotarmos em nossa vida, comportamentos que contrariem a recomendação de amarmos a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as nossas forças, acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, (Lucas 10:27,28) a exemplo de como Jesus nos amou.
IV – CONTRIBUIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA NO TRATAMENTO DA OBSESSÃO.
Em sua feição de Ambulatório e Hospital de enfermidades da alma, o centro espírita deve, adequadamente, se preparar para prestar os serviços graves da desobsessão. Cuidados especiais devem ser dispendidos em face dos objetivos superiores que se deseja alcançar. Nesse sentido destacaremos algumas considerações úteis contidas no opúsculo “Orientação para a Prática Mediúnica no Centro Espírita” editado pela Federação Espírita Brasileira –Conselho Federativo Nacional.
a) “Numa reunião mediúnica séria, não há lugar para dissimulações, ressentimentos, antipatias, censuras, porque todos os elementos que a constituem têm caráter vibratório, dando lugar a sintonias compatíveis com a carga emocional de cada onda mental emitida; ”
b) “Um dos maiores empecilhos à boa prática mediúnica é a adoção de práticas mediúnicas exóticas ou estranhas ao Espiritismo, muitas das quais indicadas para a cura de obsessões graves. Fugir das orientações preconizadas pela Codificação e/ou das transmitidas por Espíritos Superiores, fiéis aos princípios espíritas anunciados por Allan Kardec, representa imprudência que pode resultar, no mínimo, em situações embaraçosas; ”
c) “O espírita esclarecido sabe, perfeitamente, que a cura da obsessão não se faz por meio de técnicas ou recursos externos, mas pela renovação mental e moral dos envolvidos, obsessor e obsidiado, tal como ensinam os orientadores da Vida Maior; ”
d) “A equipe mediúnica deve ser constituída de participantes que tenham conhecimento básico da Doutrina Espírita e da mediunidade, em particular; ”
e) “A simplicidade, a ordem, a higienização e a segurança do recinto, onde é realizado o intercâmbio mediúnico com os Espíritos, devem ser preservadas, evitando-se o uso de ornamentos, quadros ou quaisquer manifestações que sugiram culto externo; ”
f) “Os grupos mediúnicos devem funcionar em reuniões privativas, mantendo-se trancadas as portas, do início ao término da sessão; ”
g) “A capacitação continuada dos encarnados, integrantes da equipe, deve ser planejada e executada; ”
h) Influências espirituais e processos obsessivos podem ocorrer entre os participantes da reunião mediúnica. Se detectada a problemática, é preciso administrar a situação com fraternidade, sem dispensar a firmeza doutrinária. Nessa situação, às vezes, é necessário afastar, temporariamente ou permanentemente, o trabalhador da reunião, pois o “concurso de qualquer médium obsidiado ou fascinado lhes seria mais prejudicial do que útil; ”
i) “Os participantes do grupo mediúnico devem estar integrados a outras atividades da Instituição Espírita onde atuam; ”
j) “Vincular-se apenas às reuniões mediúnicas da própria Casa Espírita; ” k) “A reunião mediúnica não deve exceder duas horas. A duração de 90 minutos é a mais comum.
A manifestação dos Espíritos e o diálogo não devem ultrapassar 60 minutos, mesmo nas reuniões com duração de duas horas. ”
FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAMBUCANA/DEPARTAMENTO DE INTEGRAÇÃO FEDERATIVA. Av. João de Barros, 1629 – Espinheiro – Recife – PE CEP 52021-180 Fone/Fax (81) 3241-2157 – (81) 3426-3615 – 3427-6904.