ORIENTAÇÕES PASTORAIS DIOCESE DE RUY BARBOSA

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16 ORIENTAÇÕES PASTORAIS Da:“Diretrizes e Orientações”, pag.25 QUANTO AOS PADRINHOS 14. Podem ser padrinhos: pessoas católicas, com 16 (dezesseis) anos completos, de preferên- cia confirmados, que participem da caminhada da Igreja e tenham efetivamente uma vivên- cia cristã. Casais que vivem juntos e não são casados na Igreja não devem ser padrinhos. Sejam orientados para valorizar o sacramento do matrimonio. Admite-se um padrinho só ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha. (Canon 873). 15. Parentesco, amizade, mandato político, estima e consideração não habilitam para ser padrinho! Ser padrinho e madrinha é uma missão eclesial, confiada pela comunidade eclesial a uma pessoa reconhecida como “minimamente preparada” para ajudar um afilhado a conhe- cer e viver a fé do batismo. A vivência da própria fé, inclusive com participação na vida comunitária e sacramental é indispensável. 16. Para ajudar as pessoas que se dispõem a fazer estes passos no discipulado de Jesus, a comunidade deve oferecer encontros específicos que ajudem na evangelização que corres- ponda ao espírito do batismo e seu compromisso e/ou propor um tempo que irá observar esta participação. PREPARAÇÃO E CELEBRAÇÃO DO BATISMO 19. Por isso, pais e padrinhos devem ser devidamente preparados (Cân.851-865). Nesta pre- paração distinguimos dois aspectos: - A instrução sobre o significado do Sacramento do Batismo e dos compromissos vitais dele decorrentes, juntamente com o incentivo de assumi-los. - A vivência como discípulos que participam sempre mais conscientemente da vida da Igreja e que continuam e crescem na caminhada. 20. O Batismo é um momento forte de acolhida pastoral para pais e padrinhos e o ideal é chegarmos a um crescimento comunitário na fé em que não se necessite mais de “encontros de preparação”, mas onde a participação e o testemunho cristão das famílias sejam os crité- rios para a admissão ao Batismo e a comprovação, pelo conselho da comunidade, desta parti- cipação “regular” na vida da comunidade que celebra e vive a sua fé, portanto nas celebra- ções semanais, nos encontros e nos compromissos cristãos, já possa ser considerada prepara- ção. 21. Somente as pessoas engajadas nas pastorais podem ser dispensadas da peparação- instrução. Por outro lado, sua participação e testemunho nos encontros significam uma valio- sa contribuição. 22. O comprovante da preparação esclareça a referência à participação em encontros especí- ficos ou à participação efetiva na vida da comunidade. Terá validade de 2 (dois) anos. Pode ser revalidado, e neste caso espera-se pelo critério da “participação comunitária comprova- da” mais do que por causa de “encontros específicos” repetidos. 23. Crianças e adolescentes entre oito (8) e quatorze (14) anos de idade já entram na própria iniciação cristã e devem se preparar para os primeiros sacramentos que entram neste proces- so, Batismo e Eucaristia, através da catequese. Serão batizados pouco antes de sua primeira participação na Comunhão Eucarística em celebração separada do Batismo de crianças me- nores de 08 anos. 24. Adolescentes a partir de 14 anos entram na iniciação cristã e se preparam para Batismo, Eucaristia e Confirmação participando da catequese com os demais jovens que estão se pre- parando para a Confirmação ou Crisma. DIOCESE DE RUY BARBOSA BATISMO Catequese para Pais e Padrinhos

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ORIENTAÇÕES PASTORAIS Da:“Diretrizes e Orientações”, pag.25

QUANTO AOS PADRINHOS 14. Podem ser padrinhos: pessoas católicas, com 16 (dezesseis) anos completos, de preferên-cia confirmados, que participem da caminhada da Igreja e tenham efetivamente uma vivên-cia cristã. Casais que vivem juntos e não são casados na Igreja não devem ser padrinhos. Sejam orientados para valorizar o sacramento do matrimonio. Admite-se um padrinho só ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha. (Canon 873). 15. Parentesco, amizade, mandato político, estima e consideração não habilitam para ser padrinho! Ser padrinho e madrinha é uma missão eclesial, confiada pela comunidade eclesial a uma pessoa reconhecida como “minimamente preparada” para ajudar um afilhado a conhe-cer e viver a fé do batismo. A vivência da própria fé, inclusive com participação na vida comunitária e sacramental é indispensável. 16. Para ajudar as pessoas que se dispõem a fazer estes passos no discipulado de Jesus, a comunidade deve oferecer encontros específicos que ajudem na evangelização que corres-ponda ao espírito do batismo e seu compromisso e/ou propor um tempo que irá observar esta participação. PREPARAÇÃO E CELEBRAÇÃO DO BATISMO 19. Por isso, pais e padrinhos devem ser devidamente preparados (Cân.851-865). Nesta pre-paração distinguimos dois aspectos: - A instrução sobre o significado do Sacramento do Batismo e dos compromissos vitais dele decorrentes, juntamente com o incentivo de assumi-los. - A vivência como discípulos que participam sempre mais conscientemente da vida da Igreja e que continuam e crescem na caminhada. 20. O Batismo é um momento forte de acolhida pastoral para pais e padrinhos e o ideal é chegarmos a um crescimento comunitário na fé em que não se necessite mais de “encontros de preparação”, mas onde a participação e o testemunho cristão das famílias sejam os crité-rios para a admissão ao Batismo e a comprovação, pelo conselho da comunidade, desta parti-cipação “regular” na vida da comunidade que celebra e vive a sua fé, portanto nas celebra-ções semanais, nos encontros e nos compromissos cristãos, já possa ser considerada prepara-ção. 21. Somente as pessoas engajadas nas pastorais podem ser dispensadas da peparação-instrução. Por outro lado, sua participação e testemunho nos encontros significam uma valio-sa contribuição. 22. O comprovante da preparação esclareça a referência à participação em encontros especí-ficos ou à participação efetiva na vida da comunidade. Terá validade de 2 (dois) anos. Pode ser revalidado, e neste caso espera-se pelo critério da “participação comunitária comprova-da” mais do que por causa de “encontros específicos” repetidos. 23. Crianças e adolescentes entre oito (8) e quatorze (14) anos de idade já entram na própria iniciação cristã e devem se preparar para os primeiros sacramentos que entram neste proces-so, Batismo e Eucaristia, através da catequese. Serão batizados pouco antes de sua primeira participação na Comunhão Eucarística em celebração separada do Batismo de crianças me-nores de 08 anos. 24. Adolescentes a partir de 14 anos entram na iniciação cristã e se preparam para Batismo, Eucaristia e Confirmação participando da catequese com os demais jovens que estão se pre-parando para a Confirmação ou Crisma.

DIOCESE DE RUY BARBOSA

BATISMO Catequese para

Pais e Padrinhos

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APRESENTAÇÃO O Batismo é o primeiro Sacramento da Iniciação Cristã. É a porta de

entrada para a vida com Deus e a vida na Igreja. Por isso, pais e padri-

nhos devem assumir com empenho e responsabilidade a educação dos

seus filhos e afilhados na vida cristã.

A proposta deste livrinho é ajudá-los a refletir sobre seus verdadeiros

papeis.

São 4 encontros de profunda reflexão, sendo o 4° encontro uma parti-

cipação na Celebração da Comunidade: Missa ou Celebração da Pala-

vra.

Estes encontros possibilitam perspectivas de fé para uma nova vida

que surge e que vai ser “batizada”.

Equipe dos Animadores do Batismo

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dade de nascer da água e do Espírito Santo para entrar no Reino de Deus. É a partir da água, símbolo de vida, que somos batizados(as) para uma vida nova, uma vida transformada. Vamos todos estender as nossa mãos e rezar, juntos, a oração que segue, pedindo a Deus que abençoe esta água: Senhor nosso Deus, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a crias-tes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos renove o compromisso de amar a Deus e amar o próximo como a nós mesmos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Neste instante, para tomar consciência do nosso Batismo, que não pode ficar esquecido no passado, cada um vai traçar, com a água, o sinal da cruz na própria testa, dizendo em voz alta: “Eu, ...(nome)... renovo as promessas do meu Batismo, comprometendo-me a viver como um(a) verdadeiro(a) filho(a) de Deus, irmão (irmã) de Jesus Cristo e templo do Espírito Santo”. Canto Final (Sugestões: Água viva)

4º ENCONTRO

CELEBRAR Pais e Padrinhos estão convidados a participar da Celebração na Comuni-dade: Missa ou Celebração da Palavra. Sejam apresentados à Comunidade e nas reflexões do Padre o do Ministro da Palavra, sejam valorizados, cha-mando a atenção sobre a responsabilidade de serem pais e padrinhos, conti-nuando a participar ativamente na Comunidade. No final da celebração, pode-se entregar o Comprovante. Ver as Orientações sobre o Batismo (“Diretrizes e Orientações” pag. 26, n.22): “O comprovante da preparação esclareça a referência à participação em encontros específicos ou à participação efetiva na vida da comunidade. Terá validade de 2 (dois) anos. Pode ser revalidado, e neste caso espera-se pelo critério da “participação comunitária comprovada” mais do que por causa de “encontros espe-cíficos” repetidos.

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ÁGUA A água é um presente gratuito de Deus. É sinal de vida e purificação. Jesus Cristo foi batizado nas água do Rio Jordão. Todo cristão, no seu batismo, é imer-so na água, recebendo através desta a vida divina. A água simboliza o dom do Espírito de Deus e o crescimento espiritual, que resulta do nosso compro-misso com as promessas batismais. Os primeiros cristãos chamavam o batismo de banho de purifica-ção, pois, pelo gesto de derramar água na cabeça, a pessoa se purificava dos seus pecados e começava a fazer parte de uma comunidade. ÓLEO Todo batizado é ungido com óleo: no peito e na fronte. O óleo penetra na pele e transmite no corpo novo vigor, agilidade, prontidão. O Batismo é o novo vigor que penetra até o íntimo no coração do batizado, que se deixa converter pela vida em Deus. VELA Na celebração do batismo, acende-se uma vela no Círio Pascal. Ela repre-senta Jesus ressuscitado, que vence a escuridão do túmulo e as trevas do pecado, ressuscitando glorioso e cheio de luz. O gesto de acender uma vela no Círio Pascal simboliza a união do batizado com Jesus Cristo. Significa que quem recebe o batismo, passa a receber a vida nova de Deus, como u-ma vela recebe “vida” ao ser acesa em outra. VESTE “BRANCA” (BATISMAL) O branco é símbolo da paz, da vitória, da pureza, da plenitude, da perfei-ção. A cor branca manifesta que o cristão já participa da ressurreição de Jesus. Quem se batiza é purificado em Cristo, nasce de novo, se reveste de Cristo para ser anunciador da paz. Canto (Sugestão: Pelo Batismo—3ª e 4ª estrofes ) ORAÇÃO FINAL Jesus falou a Nicodemos que era preciso nascer da água e do Espírito San-to para entrar no reino de Deus. Fixemos nosso olhar na água que se encontra sobre a mesa. (Pausa). Quere-mos através desta água lembrar o que Jesus falou a Nicodemos: da necessi-

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ORAÇÃO INICIAL (para todos os três encontros) Animador: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém! Animador: Ao iniciar o nosso encontro, vamos pedir as luzes de Deus para que a vida e a fé sejam fortalecidas através da nossa união e reflexão. Canto (Espírito Santo.... ) Animador: Deus nos chama através do Sacramento do Batismo. Por esta graça queremos louvá-lo e bendizê-lo. Lado A: Nós vos louvamos por todas as coisas bonitas que existem no mundo, sobretudo a vida das pessoas. Lado B: Nós vos louvamos porque nos reunis em uma grande família, onde temos a missão de testemunhar a fraternidade, a acolhida, a solidariedade, a justiça, a verdade, o amor. Lado A: Nós vos louvamos pela graça do Batismo, através do qual mani-festastes vosso amor e vossa ternura de Pai. Lado B: Nos vos louvamos porque nos destes vosso Filho Jesus que, cheio do Espírito Santo, nos convida a segui-lo, assumindo o seu jeito de viver. Todos: Nós vos louvamos porque através do batismo somos ungidos pelo Espírito Santo e enviados com a missão de viver a nossa fé em comunidade, educar nossos filhos na prática do amor fraterno. Animador: Nós vos bendizemos, Trindade Santa, pelo dom da vida e da fé. Nós vos oferecemos este en-contro para o vosso louvor. Invoquemos Maria para que ela esteja conosco e fortaleça nossa fé. Todos: Ave Maria...

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1º ENCONTRO TEMA: JESUS CRISTO

ORAÇÃO INICIAL (pag. 3) ACOLHIDA DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO Material: Pedaços de papel, caneta e caixa Desenvolvimento da dinâmica: 1° Passo: Pedir para cada participante escrever seu nome no papel e colocar na caixa. 2° Passo: Pedir para cada participante pegar um papel que está na caixa e procurar a pessoa indicada Sugestão: Enquanto as pessoas se procuram, coloca-se uma música. Faz-se uma apresentação rápida A IMPORTÂNCIA DO NOME O nome faz parte da nossa história. A criança, logo que começa a despertar, atende ao chamado pelo nome. O nome nos faz lembrar que um dia fomos batizados. O nome nos acompanha por onde formos, seja na família, na es-cola, no trabalho... Certamente, um dia, alguém nos perguntou: Como você se chama? Ou, qual o seu nome? Com a resposta nos identificamos. Dize-mos quem somos. Deus também nos conhece pelo nosso nome. PALAVRA DE DEUS: Isaías 45, 4 “Eu chamei você pelo nome”

Nós também queremos reconhecer e louvar o nome de Deus e toda a sua grandeza. Vamos ler juntos e bendizer o nome de Deus, através do Salmo 8: Lado 1: Teu nome Senhor é tão bonito. Tu moras nos céus lá nas alturas. Até criancinhas pequeninas já sabem. Que vences o inimigo. Lado2: Nos tratas Senhor, por nosso nome, E cuidas de nós com todo o amor.Por isso, felizes, te louvamos, Cantando as glórias de teu nome. QUEM É JESUS? QUAL A SUA MISSÃO? (Motivação com fotos de Jesus. Participação das pessoas para responder as perguntas e Reflexão sobre as respostas)

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de servir a Deus da melhor maneira que a consciência lhe indique, morre sem encontrar quem o batize, parte justificado, isto é, em paz com Deus. 3º) O Batismo de sangue: Acontece quando alguém morre por Cristo, an-tes mesmo de receber o batismo de água. É o caso dos Santos inocentes que entregaram sua vida para salvar a de Cristo. Ou, então, outros Santos que foram martirizados, antes de receber o batismo, como aconteceram nas pri-meiras perseguições, no início do cristianismo. A PALAVRA DE DEUS ILUMINA A NOSSA VIDA Canto de aclamação (Sugestão: Pelo Batismo 2ª estrofe) Evangelho (João 3, 1-9. 16-21) - Reflexão SER BATIZADO É SER COMO JESUS “Sal da terra”: Todos sabem que uma pitada de sal na sopa torna-a muito gostosa. Ora, um mundo sem cristão, é um mundo sem sabor. O cristão tor-na o mundo saboroso para Deus. Mas, se o batizado não salga, isto é, não vive o compromisso assumido no batismo – esforçar-se para que todos fa-çam parte da grande família de Deus – quem lhe dará sabor para ser agradá-vel a Deus? Quem a tornará melhor? “Luz do mundo”: O mundo exige que o batizado brilhe sempre com seu bom exemplo e com suas palavras. Seu dever consiste, pois, em unir os ho-mens a Deus e entre si pela caridade, pelo culto a Deus e pela fé. Ser batizado é nascer para uma vida nova, é viver uma vida nova, deixar-se guiar pelo Espírito Santo, converter-se continuamente (todos os dias), participar da vida de fé da comunidade, tornar-se testemunha do amor, da fraternidade, da verdade e da justiça. DVD “Os sete sinais da vida”, Parte II, O Batismo. Ed. Verbo Filme

SIMBOLOGIA DO BATISMO O símbolo litúrgico é a comunicação do mistério da ação salvífica de Je-sus Cristo. Por isso, toda simbologia, usada nos sacramentos, expressa um conteúdo sagrado. SINAL DA CRUZ È um gesto feito na fronte do batizando. Ele exprime o primeiro encontro da criança com a fé em Jesus Cristo. É a salvação, oferecida por sua morte e ressurreição. Jesus testemunhou através da cruz o maior ato de amor, dando a sua vida por todos nós.

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entrada para a vida com Deus e a vida na Igreja. Ninguém pode receber ou-tro sacramento sem antes ser batizado. Todo sacramento é iniciativa do a-mor de Deus. É como um presente que Deus nos oferece. Cabe a cada um de nós aceitar e assumir esse presente. O Batismo é sacramento de fé. É pela fé que temos a força de assumir os compromissos próprios de cristãos, batizados. O Batismo cristão tem o seu fundamento no batismo de Cristo, no Jordão (Mt 3, 13-17). Jesus, batizado nas águas do Jordão, recebe o Espírito de Deus para o cumprimento de sua missão, que é missão de salvação, recon-duzindo todos ao Pai, numa só família, chamada a viver na alegria, fraterni-dade, liberdade e justiça.

“Repleto do Espírito Santo” , Jesus volta para a Galiléia (Lc 4, 14), aí re-vela o seu projeto de vida, o seu programa de ação.

Ao concluir sua missão, Jesus ordena aos seus discípulos: “Ide e fazei dis-cípulos todas as nações, batizando as pessoas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19-20) e ensinando-as a observar tudo o que eu vos mandei. Não basta batizar: é preciso viver como pessoa ensinada, edu-cada na fé. Três são os tipos de batismo: 1º) Batismo de água: O batismo de água pode ser realizado de duas manei-ras: Por infusão: é o batismo que, normalmente, é administrado em nossas igre-jas. O ministro derrama água na testa da criança que está sendo batizada e, ao mesmo tempo, pronuncia as palavras: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. (Ministro é quem administra o batismo)

Por imersão: é o batismo que se fa-zia no início da Igreja, quando se mergulhava por três vezes na água a pessoa, enquanto o ministro pronun-ciava as palavras: “Eu te batizo...”. Algumas Igrejas do Oriente e tam-bém uma ou outra Igreja não-católica entre nós, ainda hoje batizam assim. 2º) O Batismo de desejo: Dá-se quando uma pessoa, com uso da ra-zão, deseja receber o batismo. Quan-do alguém, com o desejo de receber o batismo, ou então, com a vontade

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A PALAVRA DE DEUS ILUMINA A NOSSA VI-DA Canto de aclamação Evangelho (Marcos 1, 9-11) - Reflexão JESUS, FILHO AMADO DE DEUS A cena do batismo no Jordão mostra que Jesus é o Filho amado de Deus, o Messias, o Salvador do mundo. O próprio Pai proclama: “Tu és meu Filho amado. Em ti encontro meu agrado, ponho toda a minha afeição”. O batismo de Jesus é a revelação de que Ele é o esperado, o próprio Filho de Deus, presente no mundo para libertar e salvar a humanidade. O relato de Lucas 4, 14-22 mostra, que após o seu batismo, Jesus apresen-ta publicamente o programa de sua missão messiânica. Ouçamos, com mui-ta atenção, a leitura deste texto: (Lc, 4, 18-19) “O Espírito do Senhor desceu sobre mim, porque ele me consagrou com unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor”. A exemplo dos profetas, Jesus foi ungido e enviado pelo Espírito Santo, como Rei-Messias, Servo de Javé, para consolar e libertar os pobres e afli-tos e trazer a todos a salvação prometida por Deus. Jesus inicia a sua missão na Galiléia, anunciando: O Reino de Deus está próximo! Acreditem nesta boa notícia! Através de Jesus, Deus vem libertar e salvar o seu povo de todos os males que oprimem a vida das pessoas: a doença, a injustiça, a fome, a discrimina-ção, o ódio, o pecado e a morte. Canto (sugestão: Um Certo Galileu - 1ª e 2ª estrofes) Jesus, o Bom Pastor, aparece como testemunha do Deus da Vida. Ele vem para que todos tenham vida plena e feliz! No Reino de Deus que Jesus vem anunciar, a ordem é: “Amar a Deus e ao irmão, partilhar, perdoar sempre, abençoar o inimigo, rezar pelos que nos maltratam, fazer o bem a todos sem esperar recompensa”. Jesus nos deu o exemplo: Passou pelo mundo, fazendo o bem a todos. No entanto, mataram-no, suspendendo-o numa cruz! Mas Deus o ressuscitou! Ele disse: “Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”. (Jo 15, 12-13)

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Seremos amigos de Jesus e seus fiéis seguidores, se fizermos o que Ele nos manda. Pelo Batismo, morremos para o pecado para vivermos uma vida nova em Cristo. Mortos para o pecado, vivamos para Deus em Cristo Jesus. O após-tolo Paulo mostra como viver esta vida de homens e mulheres novos, con-forme a vontade de Deus: • Que a nossa caridade não seja fingida. Amemo-nos mutuamente com amor terno e fraternal. (Rom 12, 9-10). • Sejamos alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. (Rom 12, 12). • É preciso socorrer nossos irmãos em suas necessidades, alegrar-se com os que se alegram, chorar com os que choram. (Rom 12, 13-14). Canto (sugestão: Um Certo Galileu - continua...) COMPROMISSOS: 1. O que aprendemos para a nossa vida de batizados com o exemplo de Jesus, com suas atitudes, seu modo de agir, suas palavras...? 2. Que compromisso prático vamos assumir para viver com mais fidelida-de o nosso batismo? ORAÇÃO FINAL Como batizados, somos chamados a seguir o exemplo de Jesus, nosso mo-delo e mestre, nosso irmão maior. Todos: Jesus, queremos seguir-te, e estar contigo, escutar-te e contemplar-te para aprender o teu jeito de agir, de amar e acolher as pessoas. Lado A: Queremos seguir-te, vivendo e celebrando nossa fé em comunida-de. Lado B: Queremos seguir-te Jesus, sendo fiéis à nossa família, afastando tudo o que possa prejudicar a união e o amor entre pais e filhos. Todos: Queremos seguir-te como pais e padrinhos, educando nossos filhos e afilhados no caminho da fé, do amor, da partilha, da solidariedade e da justiça. Lado A: Jesus, tu disseste: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e me siga”. Todos: Ajuda-nos a assumir e enfrentar as dificuldades, favorecendo uma convivência alegre, harmoniosa, onde crianças, adolescentes, jovens e adul-tos, pais e filhos vivam na dignidade de verdadeiros filhos de Deus.

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Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

3º ENCONTRO TEMA: BATISMO

ORAÇÃO INICIAL (pag. 3) Canto (Sugestão: Pelo Batismo—1ª e 2ª estrofes) OS SACRAMENTOS Sacramentos são sinais do amor de Deus pela humanidade, e isso não es-gota o sentido que essa palavra carrega, uma vez que os sacramentos não são apenas sinais do amor de Deus, mas são o próprio Deus nesses sinais. Assim, para a doutrina católica, a hóstia consagrada não apenas representa Jesus. Ela é Jesus. O sacramento da reconciliação não simboliza apenas o perdão dos pecados, mas realmente perdoa os pecados.

Sacramento é um conceito cristão que marca as várias fases de vida de quem crê em Jesus.

Os sacramentos foram instituídos por Cristo e confiados à Igreja para que sejam levados a todos os povos. São sinais e meios pelos quais se exprime e se fortifica a fé, se presta culto a Deus e se realiza a santificação dos ho-mens. São evidências do amor e a proximidade de Deus. São 7 os sacramentos : Batismo, Eucaristia, Confissão, Crisma, Matrimô-nio, Ordem e Unção dos Enfermos. Existem três Sacramentos que são considerados como “Os Sacramentos de Iniciação Cristã”: o Batismo, a Eucaristia e a Crisma. Cada Sacramento é um sinal eficaz (água no Batismo, óleo no Crisma, etc...) que transmite a graça de Deus. Ele não depende do ministro que o ministra (depende só de Cristo), mas os seus frutos dependem da disposição (preparação) com que a pessoa o recebe. Canto (Sugestão: Pelo Batismo—3ª e 4ª estrofes)

DVD ‘Os sete sinais da vida”, Parte I, Introdução Geral. Ed. Verbo Fil-me SACRAMENTO DO BATISMO O Batismo é o primeiro dos Sacramentos da iniciação cristã. É a porta de

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Lado 1: Conhecer Jesus Cristo e assumir seus ensinamentos; Lado 2: Lutar para que todos tenham vida e vida em abundância; Lado 1: Participar da vida da comunidade: celebrações, novenas, festas, movimentos sociais; etc; Lado 2: Participar das organizações e lutas pelos direitos que todos têm como cidadãos: saúde, educação, trabalho, salário digno, moradia, lazer... Cumprir os respectivos deveres; Lado 1: Socorrer os necessitados (doentes, abandonados, idosos...); Lado 2: Conhecer , ler, estudar, rezar, viver e anunciar a Palavra de Deus; Todos: A nossa fé cresce quando nos encorajamos a participar da comuni-dade, dando testemunho da presença viva de Jesus Cristo. Canto (Sugestão: Vai Missionário) ORAÇÃO FINAL Vamos rezar, pedindo a Deus, Pai de bondade e mãe de ternura, para ser-mos a comunidade-Igreja que Jesus quer. (Neste momento, cada um diz o nome da sua comunidade. A cada nome citado, todos repetem a palavra de Deus): Todos: “Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura, batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Façamos, todos juntos, a oração: Pai-Nosso... BÊNÇÃO Vamos estender a nossa mão sobre o outro e rezar: Senhor, nosso Deus, fonte de toda a vida, dai-nos sempre vida em abun-dância. Queremos nos comprometer em viver sempre em comunidade. Pedimos a coragem, a esperança e a alegria de viver como cristãos e cristãs. Maria, Mãe da Igreja, conceda-nos a graça de sermos sensíveis às necessi-dades de nossos irmãos e irmãs, anun-ciando e testemunhando Jesus Cristo, Libertador e Salvador.

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Lado B: Numa sociedade individualista e egoísta onde muitos procuram acumular bens e excluir as pessoas. Todos: Ensina-nos, como batizados, que somos chamados a partilhar e a acolher, sobretudo, os mais fracos e humildes, os idosos e doentes, os defi-cientes e abandonados. Lado A: Numa sociedade, onde o poder é dominação, ambição é prestígio. Todos: Ensina-nos, como cristãos, a servir com alegria e simplicidade. Lado B: Numa sociedade egoísta, individualista que esquece a necessidade dos outros. Todos: Ensina-nos a viver em comunidade, onde pais e filhos aprendam a viver como cristãos na solidariedade. BÊNÇÃO “Que Deus nos abençoe, Nos faça alegres na esperança, Pacientes nas dificuldades, Perseverantes na oração, Vivendo em harmonia, Uns com os outros”. (Cf. Rom 12, 12. 16) Canto Deus te abençoe. Deus te proteja. Deus te dê a paz.

2º ENCONTRO

TEMA: COMUNIDADE: LUGAR DE PARTILHA E DE

FÉ ORAÇÃO INICIAL (pag. 3) Canto (Sugestão: Agora é tempo de ser Igreja) VIVER EM COMUNIDADE Ninguém vive sozinho neste mundo, porque “ninguém é uma ilha”. Como exemplo, veja a roupa que você está usando: alguém cultivou o algodão ou criou essa roupa; na fábrica da indústria de roupas, vários operários trabalharam para que ficasse do jeito que você gos-tou... E assim, você precisou de outros; outros precisam de você, do seu trabalho, da sua ajuda. Olhando para Jesus, vemos que Ele não quis anunciar o Reino de Deus

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sozinho. Primeiro, formou um grupo de discípulos, depois, com eles, come-çou a falar do Reino (Mc 1, 16-20; 3 13-19). Nós não podemos viver fora da comunidade. Ela é importante para o desen-volvimento humano e cristão. Nela aprendemos a viver do jeito que Deus quer: • Aprendemos a respeitar a outra pessoa e suas ideias. • Desenvolvemos atitudes de solidariedade, diálogo, partilha... • Descobrimos valores fundamentais da vida: o amor, o perdão, a justiça, o respeito, a verdade... Vivemos a nossa fé em Jesus Cristo, seguindo seus ensinamentos e seu e-xemplo de vida. Viver em comunidade é estar aberto e acolher o outro, do jeito que ele é, reconhecendo seus valores. REFLETINDO 1. O que nós entendemos por comunidade? 2. Participamos de alguma comunidade? Onde? Co-mo? 3. Que importância tem viver em comunidade? 4. Em que precisamos crescer em nossa comunidade? A PALAVRA DE DEUS ILUMINA A NOSSA VIDA Canto de aclamação Leitura (Atos do Apóstolos 2, 42-47) - Reflexão MISSÃO DO BATIZADO NA COMUNIDADE Com o Batismo, nossa vida interior se transforma. Participamos da vida e do sacerdócio de Cristo vivo e ressuscitado. Pelo batismo, também partici-pamos do sacerdócio de Cristo. Precisamos, pois, fazer o papel dele, isto é, ser medianeiros entre Deus e os homens. O batizado deve ser ponte que traz Deus aos homens e leva os homens a Deus. O cristão tem como uma das missões unir a comunidade cristã, para que, unida, marche para Deus. Cada membro da família, no dia do Batismo de um familiar, deverá refle-tir para ver se está dentro de sua comunidade familiar ou do bairro como pólo de união ou como mina de esfacelamento. O cristão que não une a co-munidade está traindo sua missão de batizado.

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Sendo o Batismo um acontecimento importante, por conferir a vida divina ao batizando, tornado-o membro da Igreja, sua preparação não pode ser des-curada. O Batismo de um membro da família convida a gente a pensar e a rever o caminho trilhado até então, e a examinar se não se necessita trocar de rumo em face do compromisso assumido com Cristo e sua Igreja. Todo batizado, seguidor de Jesus, assume a sua missão: • Anunciando o amor do Pai que nos criou; • Denunciando todo tipo de injustiça, opressão, egoísmo, violência e des-respeito à dignidade da pessoa; • Testemunhando Jesus Cristo pela vivência do mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo”. (João 15, 12); • Celebrando o mistério pascal que confere a todos os que dele partici-pam a missão de testemunhar com a vida o compromisso batismal, princi-palmente, na participação da missa dominical. Canto (Sugestão: E’ Missão de todos) Dinâmica: FÉ E VIDA OBJETIVO : Mostrar que a fé deve estar ligada com a realidade e participa-ção da comunidade. MATERIAL : 3 copos com água e 3 sonrisais (efervescentes). DESENVOLVIMENTOS : O Sonrisal é a nossa fé, o copo com água é a comunidade. No 1º copo colocar o sonrisal fechado no lado de fora do copo. Será que nossa fé não está igual ao sonrisal, fechado e alheio à comunidade? Será que nossa fé não está alienada? No 2º copo colocar o sonrisal fechado dentro do copo. O sonrisal está na água, mas não se mistura. Nós estamos dentro da Comunidade, mas será que não estamos fechados ao próximo que nos pede ajuda? Será que não vivemos uma fé individualista? Abrir um sonrisal e misturar com a água do 3º copo.O sonrisal irá se mistu-rar com água e se tranformará em remédio. Nossa fé deve ser transformado-ra, inserida na comunidade, deve estar ligada à ação. "A FÉ SEM OBRAS É MORTA". COMPROMISSOS DO BATIZADO A participação do batizado na comunidade exige alguns compromissos: