Orientalismo

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Orientalismo: O oriente como invenção do ocidente Contexto Histórico: 1. Neocolonialismo: a) Capitalismo Industrial e financeiro. b) Objetivos: mercados consumidores de manufaturas e fornecedores de matérias-primas; busca de colônias para excedente populacional europeu; àreas de investimento de capitais e áreas estratégicas para proteção do comércio marítmo. c) Continente: Africano, Asiático e Oceania;

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Resumo sobre a obra "Orientalismo" do autor Edward Said, feito por alunos da Universidade Federal da Bahia.

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Orientalismo: O oriente como invenção do ocidente

Contexto Histórico:

1. Neocolonialismo:

a) Capitalismo Industrial e financeiro.b) Objetivos: mercados consumidores de manufaturas e fornecedores de matérias-

primas; busca de colônias para excedente populacional europeu; àreas de investimento de capitais e áreas estratégicas para proteção do comércio marítmo.

c) Continente: Africano, Asiático e Oceania;d) Expansão impulsionada pela Burguesia Européia.

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O autor

Edward Said nasceu em 1935, em Jerusalém. Filho de árabes cristãos, foi educado no Cairo e, mais tarde, em Nova York, onde lecionou literatura na Universidade de Columbia. Um dos mais importantes críticos literários e culturais dos Estados Unidos, Said escreveu dezenas de artigos e livros sobre a questão palestina. Faleceu em 2003.

O oriente como invenção do Ocidente:

Neste livro de 1978, Edward W. Said mostra que o ‘Oriente’ não é uma categoria geográfica entre outras, mas uma invenção cultural e política do ‘Ocidente’ que reúne as varias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e da inferioridade. Recorrendo as fontes e textos diversos – descrições de viagens, tratados filológicos, poemas e peças, teses e gramáticas-, Said mostra os vínculos estreitos que uniram a construção dos impérios e a acumulação de um fantástico e problemático acervo de saberes e certezas européias.

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O âmbito do orientalismo:

- Quem foi Arthur James Balfour?

Arthur James Balfour(1848-1930) foi um proeminente político britânico do Partido Conservador da Inglaterra. Teve sua formação educacional no Trinity College e, posteriormente, sua formação intelectual e acadêmica na Universidade de Cambridge.

Exerceu a função de Ministro/Secretário do Exterior, além de também ter se tornado conhecido nos círculos letrados com sua obra “Defence of Philosofic Doubt”

O questionamento dos parlamentares sobre a necessidade da ocupação britânica no Egito.

“ Que direitos tem de assumir esses ares de superioridade em relação a um povo que escolheu chamar de oriental?”

A escolha de usar o termo povo oriental era canônica na comunidade intelectual européia.

iUm cânone ou cânon é um termo que deriva da palavra grega kanon, que designa uma vara utilizada como instrumento de medida, e que normalmente se caracteriza como um conjunto de regras (ou, frequentemente, como um conjunto de modelos) sobre um determinado assunto.

O discurso de Balfour

“[...] olhe para os fatos com os quais um estadista britânico tem que lidar quando está numa posição de supremacia com relaçãoao Egito e aos povos do Leste.

[...] Conhecemos a situação do Egito melhor que a de qualquer outra civilização. Conhecemos a sua história, a conhecemos mais intimamente, logo sabemos mais sobre ela.”

Saber é poder

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Francis Bacon, um filósofo, estadista e ensaísta do século 16 deixava a entender que o conhecimento é uma ferramenta para conquista o poder sobre a natureza, e assim estabelecer o “Imperium Hominis” (Império do Homem). Ele fora o precursor dessa nova filosofia que estipulava métodos científicos de se chegar a verdadeira natureza da realidade. Estipulou conceitos como o Raciocínio Indutivo em sua obra “Novum Organum”.

iiA indução consiste em afirmar acerca de todos, aquilo que foi possível observar em alguns. Ou seja, através de uma amostra definimos uma teoria genérica, incluindo elementos que não faziam parte dessa amostra/estudo.

O aprofundamento do conceito de Orientalismo

O orientalismo pode ser entendido como uma reificação de povos e síntese de culturas extremamente diversificadas, um conjunto de ideias e valores que explicam o comportamento dos povos ao Leste da europa, regulando suas características. É melhor compreendido como um amontoado de limitações e coações que como simplesmente uma doutrina positivista. Ou seja, é uma estratégia de domínio quando usado como uma categoria onde o europeu possui autoridade sobre, abnegando os dominados de possuir qualquer autonomia.

Realidade construída pelos orientalistas

O orientalista está fora do oriente. O oriente como uma invenção do ocidente, resultado de um olhar racista, estereotipado e imperialista, assim expressando a força do ocidental sobre uma pseudo-inferioridade dos povos vizinhos. O ocidente poderia guiar o oriente à prosperidade.

Cultura dominante x Cultura dominada

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1. Expansão do domínio colonial e avanço do conteúdo orientalista.2. Afirmação da cultura é a afirmação da superioridade.3. Discursos orientalistas – O oriental deve ser dominado por ser inferior e é

inferior porque pôde ser dominado.4. Hierarquização cultural – legitimação do domínio do colonizador sobre o

colonizado.5. Relação oriental-européia - A europa em posição de força.

O orientalismos na atualidade

Conflitos na palestina, Mass Mídia Americana e o Terrorismo. Al-Qaeda, Hamas, Hezbollah, ISIS e a ocupação Americana em conjunto com o estabelecimento do Estado de Israel.

[ http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/guia-para-entender-o-conflito-israel-hamas-sem-precisar-ler-extremistas/]

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i http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2none

ii http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o