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ORIGEM DOS SYNAPSIDA
Synapsida não-mamíferos
• Origem no Período Carbonífero (Era Paleozóica) a ca. 300 milhões de anos
• Entre final do Carbonífero e todo o Permiano – os sinapsídeos foram os
vertebrados terrestres mais abundantes por 50 milhões de anos.
• A maioria era de porte médio a grande (100 a 200kg)
• Eram carnívoros, topo de cadeia alimentar
• Maioria foi extinta ao final do Período Triássico (Era Mesozóica), a ca. 200
milhões de anos (Sinapsídeos mais primitivos).
• Foram totalmente extintos no início do Período Cretáceo (Era Mesozóica), a ca.
140 milhões de anos (Sinapsídeos mais derivados – não mamíferos).
• Synapsideos se distinguem dos demais amniotas pela fenestra temporal e outras
características cranianas
DIVERSIDADE DE SYNAPSIDA NÃO-MAMÍFEROS
Dimetrodon
Tamanho de um cão São bernardo
Cotylorrhyncus
Menor que um São bernardo
PELYCOSSAUROS
Moschops
Tamanho de uma vaca
TERAPSÍDEOS (não mamíferos)
Lycaenops
Tamanho de um labrador
Probelesodon
Tamanho de um terrier
CINODONTES
-Mais primitivos (Início Permiano)
-Hemisfério Norte (Laurasia)
-Carnívoros e hebívoros
-Animais com velas no dorso
-Ancestrais dos mamíferos
-Hemisfério Sul (Gondwana)
-Carnívoros e herbívoros
-Surge a fossa temporal
-Aumento de taxa metabólica
-Surgem no final do Permiano
-Redução do tamanho corporal
-Evidências de ossos
turbinados nasais
Persistiram como mamíferos
até os dias de hoje
2 Grupos Principais
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS SYNAPSIDA
Alterações associadas a locomoção e ao metabolismo refletidas no crânio e
esqueleto
DENTIÇÃO + ARTICULAÇÃO DAS MAXILAS: Dentes e musculatura das maxilas
diferenciados - aumento da eficiencia de mastigação
PREDARORES ATIVOS: maior demanda de capacidade metabólica
aeróbica
MODIFICAÇÕES DA ESTRUTURA DAS COSTELAS: Transformação da
ventilação dos pulmões
MEMBROS: Membros mais longos – modificações da cintura pélvica - aumento
da capacidade de atividade locomotora
SURGIMENTO DA ENDOTERMIA
ATIVIDADE NOTURNA– aumento do encéfalo em fução das novas atividades
senioriais
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS SYNAPSIDA
Cynodontia não mamalianos:
1) Aumento do osso dentário e redução do
pós-dentário
2) Modificações do músculo masseter
Modificou progressivamente a inserção do
osso angular para dentário
Mais alimento
ingerido por dia
A)Osso angular
Z)Arco Zigomático
M)Músculo masseter
T)Músculo Temporal
1
2
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS SYNAPSIDA
Redução do osso pós-dentário com a formação da nova articulação
mandibular e sua incorporação no ouvido médio.
Melhoria concomitante da
mastigação e audiçãoDiferenciação dos dentes (Heterodonte);
Redução no número de substituições
(Difiodontia)
Oclusão precisa
DIGESTÃO MAIS RÁPIDA
Therapsida: dentes diferenciados em incisivos, caninos e pós-caninos
Cynodontia: dentes pós-caninos mais complexos
Mammalia: dentes pós-caninos diferenciados em pré-molares (substituídos) e
molares (não substituídos)
Desenvolvimento de um palato secundário
permitindo respirar e comer ao mesmo
tempo
Desenvolvimento dos ossos turbinados
nasais
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS SYNAPSIDA
SURGIMENTO DA ENDOTERMIA
EVOLUÇÃO DAS MAXILAS E ORELHAMastigação e audição
Em Cinodontes
Ocorre aumento do tamanho do
dentário e diminuição dos ossos pós-
dentários
Em Cinodontes mais derivados
Processo condilar do osso dentário cresceu e atingiu o esquamosal
Em mamíferos e alguns cinodontes
derivados
o contato entre dentário e
esquamosal formou a articulação
mandibular -Dentário-esquamosal
Ossos que formavam a antiga articulação mandibular são hoje parte da orelha
média (ouvido médio)
DENTIÇÃO E OCLUSÃO DENTÁRIA
Maior especialização na dentição reflete um aumento na enfase sobre o
processamento de alimento
Em Cynodontia
Dentes:
Homodontes
Substituidos continuamente
Arranjo linear das cúspides
Em Mammalia
Dentes:
Heterodontes
Reduzido número de substituicões (difiodontia)
Arranjo triangular das cuspides
Molar superior
DENTIÇÃO E OCLUSÃO DENTÁRIA
Cynodontia
Isognatia : Dentes inferiores e superiores se
encontram à mesma distância
Mammalia
Anisognatia : Dentes inferiores mais próximos entre si
do que os superiores (Movimentos rotatórios da
mandíbula)
Mamífero
Isognatia
Anisognatia
POSIÇÃO DOS MEMBROS
Membros posicionados sob o corpo
Postura ereta
Maior atividade
Solução entre o conflito corrida e respiração
Pelicossauros
Membros afastados do corpo
Therapsideos
Tendencia a postura ereta
Mamíferos
Postura ereta
Os primeiros tetrápodes se movimentavam através de ondulações laterais do tronco.
Pequenas corridas podem ser sustentadas por respiração anaeróbica.
Locomoção continua necessita de taxas elevadas de oxigenação
SOLUÇÃO DO CONFLITO ENTRE CORRIDA E RESPIRAÇÃO
Locomoção, respiração e metabolismo estão intimamente associados
Répteis
Musculos hipoaxiais
agem na locomoção
e respiração
Não pode correr e
respirar ao mesmo
tempo
Animal de baixa
atividade e consumo
de oxigênio
Mamíferos
Redução no número de costelas
Flexão dorso-ventral – respiração e locomoção simultaneos
Diafragma muscular - indicando taxa mais alta de respiração
Animal com alta atividade e taxa respiratória
Reflexo de
maior
atividade
Modificações da Coluna vertebral, cintura e pé
Cauda longa e pesada – Pelicossauros
Locomoção por movimentos axiais como os lagartos
Escavadores
Dedos longos usados
como ganchos
Cauda curta -Maioria dos
terapsídeos e mamíferos
Proporcionou Postura ereta
Propulsão dos membros +
importante que flexão axial
Pés menores – maior
projeção dos calcâeos
Alavanca para maior empuxo
a partir da panturrilha
Reflexo de maior atividade
Mamíferos ativos no crepusculo e à noite
Localização de presas e fuga de predadores utilizando olfato e
audição
Aumento do encéfalo
Aprimoramento do aparelho auditivo
Capacidade de manter a temperatura do corpo acima do ambiente e
na ausencia de sol
ENDOTERMIA
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS SYNAPSIDA
Vantagem evolutiva da lactação – permite que a produção de
descendentes seja independente da disponibilidade de alimento
Lactação torna a viviparidade menos extenuante para a mãe
EVOLUÇÃO DA LACTAÇÃO E AMAMENTAÇÃOCaracterisiticas compartilhadas por todos os mamíferos
GLÂNDULAS MAMÁRIAS:
• Presente e potencialmente funcionais em machos de monotremados e eutérios
• Ausente nos machos marsupiais
• Todos os mamíferos produzem leite, mas somente os Theria possuem mamilos
• Glândulas mamárias relacionadas com glandulas sebáceas
2 Substancia antimicrobiana de proteção dos ovos
1 Secreção de feromonios sinalizadores para os filhotes
Evolução da lactação
Vantagens
EVOLUÇÃO DA LACTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃO
Caracteística única dos mamíferos
Formam bloqueios carnosos contra o palato com a
língua e a epiglote, isolando efetivamente as funções de
respiração e ingestão
Presença de musculos faciais – evoluiram no
contexto da amamentação
EVOLUÇÃO DA LACTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO
Oclusão precisa
Necessita de difiodontia
10 Difiodontia
20 Oclusão
Redução no número de dentes
Implica em leite no início da vida
10 Lactação
20 Difiodontia
30 Oclusão
TEGUMENTO
Cobertura externa dos mamíferos - Chave para seu modo único de vida
Endotermia é um processo custoso – o animal utiliza quase toda a energia
presente no alimento ingerido para manter-se aquecido - (habilidade dos
mamíferos para viver em climas inóspitos se atribui as propriedades de seu
tegumento)
A redução da perda de calor para o ambiente pode ser um fator importante
no balanço energético de um homeotermo endotermico.
A estrutura do tegumento constitui um mecanismo anatômico de
termorregulação nos mamíferos
Estrutura típica do tegumento
COMPONENTES ÚNICOS• O tegumento dos mamíferos apresenta pêlos, glandulas sebáceas lubrificantes e
produtoras de óleos, e glangulas apócrinas e sudoríparas, que secretam substâncias
voláteis, água e íons
Camuflagem na floresta
para confundir as presas
Camuflagem na floresta
– pêlo com parasitas
ajuda a parecer com a
árvore.
Camuflagem para confundir os predadores
Cauda para proteger do frio
Camuflagem no ambiente
Écrinas = produzem secreção aquosa com pouco conteúdo orgânico
Encontradas sobre a superficie do corpo de primatas e humanos nos
quais secretam grande quantidade de fluido para evaporamento
Glândulas do tegumento
3 tipos principais
Sebáceas = em toda a superfície do corpo, produzem secreção oleosa, que
lubrifica e impermeabiliza o pêlo
Apócrinas = produzem substancias volateis – comunicação química
+Mamárias = apresentam diversas características em comum com glandulas
apócrinas e sebáceas – esturura, distribuição no corpo e composição química
da secreção
GLÂNDULAS APÓCRINAS
Secreção de substâncias voláteis
Cangambá, Skunk (Mephitis) quando acuado levanta
a cauda e libera substância volátil de glândulas na
base da cauda
Gambá (Didelphis) quando
perseguido libera odor
fétido de glândulas axilares
Fêmeas liberam mesmo
odor para atrair machos
Glandulas para marcar território
Esfregando-se em árvores
Substância oleaginosa de forte odor
Glândulas sudoríparas – espalhadas pelo corpo – resfriamento do corpo
Estruturas derivadas da
camada de queratina da
epiderme incluem unhas,
garras, cascos, chifres e
cornos
ANEXOS ASSOCIADOS A FALANGES TERMINAIS
GARRAS, UNHAS E CASCOS
Acumulo de queratina que protege a falange terminal dos digitos
Funções: locomoção, defesa, agressão
ANEXOS CEFÁLICOS
CHIFRES e CORNOS
Chifre: camada aveludada em forma de pêlo e
não tem ligação com o crânio. Substituído
anualmente (Ex: Cervidae)
Função: defesa e exibição
Cornos: nos ruminantes (ex.: bois vacas e
carneiros), suportado por osso e recoberto por
pele. São permanentes, não-ramificados,
podem ser curvados, crescem continuamente e
ocorrem em ambos os sexos.Cornos
Chifres
SISTEMAS SENSORIAIS
Mamíferos – encéfalo excepcionalmente grande entre os vertebrados
Mais dependentes da audição e olfação e menos da visão
VISÃO
Mamíferos evoluiram como animais noturnos, portanto a sensibilidade visual
(formação de imagens sob pouca luz) era mais importante do que a acuidade
(formação de imagens precisas)
Retina: compostas por células bastonetes e
cones. Células bastonetes são sensíveis à luz e
proporcionam boa visão noturna, mas são fracas
para visão acurada
Bastonetes : células foto-receptoras – percepção de
claro e escuro
Cones: fornecem maior acuidade visual,
responsáveis pela percepção de cores
Visão dicromatica: duas faixas de cor. Maioria dos mamíferos e marsupiais
Visão tricromatica: três faixas de cor. Primatas do Velho Mundo e alguns primatas
do Novo Mundo sendo polimorficos
Machos dicromatas e fêmeas tricromatas
Adaptação evolutiva
PRINCIPAIS TIPOS DE VISÃO
TATO
VIBRISSAS – PELOS SENSORIAIS
Toupeira nariz de estrela (Condylura cristata)
Pequeno mamífero cavador
O nariz apresenta pequenos tentáculos que servem como orgãos sensoriais de tato
Função: para procurar alimento
OLFAÇÃO
Relacionado ao comportamento primeiramente noturno
Detecta substâncias transportadas por correntes de ar –
percepção a longa distância
Manadas estão sempre atentas a
aproximação de predadores
Problema da olfação: Transmissão
lenta. A direção que as paríiculas
viajam depende das correntes de ar –
baixa resolução da informação.
OLFAÇÃO POUCO DESENVOLVIDA EM PRIMATAS E CETÁCEOS
Poucos receptores olfativos no epitélio nasal
AUDIÇÃOSentido de percepção a longa distância
+ Vantajoso pois o som não é facilmente bloqueado por obstáculos do ambinete
É mais direto e rápido que o odor
Ouvido interno – porção mais antiga
Cavidade timpânica e ouvido médio: mais recentes
Ouvido externo (pavilhão) – exclusivo dos mamíferos
Determinação maior de sonsRaposa orelha de morcego - insetivora
Ecolocalização
Presente em morcegos e cetáceos
Ecolocalização ou Biosonar: sofisticada capacidade biológica de detectar a posição
e/ou distância de objetos (obstáculos no ambiente) u animais através de emissão de
ondas ultra-sônicas no ar ou na água.
Golfinhos e baleias produzem sons de alta frequencia ou ultra-sônicos
Ambiente favorece o sentido - som propaga na água 5 vezes mais rápido que no
ar –
O som atinge o alvo que relfete de volta na forma de eco e é captado em um
grande orgão adiposo na maxila inferior e então transmitido ao ouvido interno
Assim que recebe o eco gera outro estalido – intervalo entre ecos determina a
distancia do objeto
ESPECIALIZAÇÕES DE MAMÍFEROS
AS PRINCIPAIS ESPECIALIZAÇÕES DE MAMÍFEROS SÃO RELACIONADAS A:
REPRODUÇÃO – diferenças em metatherios e eutherios
ALIMENTAÇÃO – dentição, digestão
LOCOMOÇÃO – adaptações dos membros
Reprodução dos mamíferos
Diferenças entre Metatheria e Eutheria refletem respostas evolutivas diferentes às
pressões ambientais
MONOTREMATA
Únicos a botar ovos.
A casca do ovo tem aspecto coriáceo
Botam 1 a 2 ovos
Filhotes eclodem em estágio pouco desenvolvido, e a criação pela mãe continua
Baixa taxa reprodutiva (1 vez ao ano)
METATHERIAMAMÍFEROS MARSUPIAIS
A maioria apresenta marsupio (=bolsa)
Ausente em camundongo marsupial e cuíca
Representa menor investimento da mãe antes do nascimento, e maior investimento
na lactação
Vantajoso em locais onde as condições ambientais são variáveis
Diapausa embrionária
Habilidade de manter o embrião em estado de suspensão de animação
Estratégia reprodutiva
EUTHERIA
MAMÍFEROS PLACENTÁRIOS
•Maior investimento energético no desenvolvimento intra-uterino
•Jovens com maior potencial de sobrevivência
•Alto e prolongado custo para a mãe
Alguns eutérios nascem em estado menos desenvolvido (roedores e
insetivoros), outros nascem bem desenvolvidos (maiorria dos Ungulados)
Número de filhotes:
Espécies de maior porte – menos filhotes por ninhada – vivem mais
Espécies de menor porte – mais filhotes por ninhada – vivem menos
Especialização para a Alimentação
Necessitam de grandes quantidades de alimento – processar alimento de forma eficiente
Mastigação – processo único dos vertebrados
Dentição
Caninos – para furar, rasgar
Incisivos – para cortar o alimento
Pré-molares – perfuram e dilarceram
Molares - maceração
Os dentes dos mamíferos são os
mais diferenciados do reino animal,
permitindo-lhes uma eficiência na
mastigação e na predação nunca
antes atingida. Roedor
Carnivoro
TIPOS DE DENTIÇÃO
BUNODONTE – mamíferos que têm dentes molares com cúspides arredondadas e
pouco desenvolvidas. Maioria dos primatas e outros onívoros (porcos e guaxinins).
HIPSODONTE – mamíferos que têm dentes molares com grande
desenvolvimento da coroa como os bois e ratos.
BRAQUIODONTE – mamíferos com dentes molares com pequeno
desenvolvimento da coroa
LOFODONTES - mamíferos com dentes molares com cristas alongadas de
esmalte em posição transversal chamadas de lofos – permite desfazer fibras
duras. Elefantes possuem extrema lofodontia = dentes semelhantes a tábuas
de lavar roupas (Loxodonte)
SELENODONTE – mamíferos que têm dentes molares com cristas alongadas de
esmalte em posição longitudinal (Cervidade, Bovidae)
Carniceiro – ultimo pré-molar (maxila superior) e primeiro molar (maxila inferior) –
lâminas cortantes – Carnívoros.