Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras...

16
Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses antonio meneses © clive barda 21:00 — Grande Auditório 19:00 — Grande Auditório 27 OUTUBRO 2016 QUINTA 28 OUTUBRO 2016 SEXTA

Transcript of Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras...

Page 1: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

Orquestra Gulbenkian

Lawrence FosterAntonio Meneses

anto

nio

men

eses

© c

live

bar

da21:00 — Grande Auditório

19:00 — Grande Auditório

27 OUTUBRO 2016QUINTA

28 OUTUBRO 2016SEXTA

Page 2: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

gulbenkian.pt/musica

28 DE OUTUBROSEXTA18.00 — Zona de CongressosEntrada Livre

Guia de audiçãoDeux Portraits Imaginaires de Pedro Amaral

Concerto para Violoncelo n.º 1, op. 107, de D. Chostakovitchpor Pedro Amaral

Page 3: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

Duração total prevista: c. 1h 50 min.Intervalo de 20 min.

O concerto de 28 de outubro é transmitido em direto pela RTP – Antena 2

* Estreia da versão orquestral (2016)

27 DE OUTUBROQUINTA21.00 — Grande Auditório

28 DE OUTUBROSEXTA19.00 — Grande Auditório

Orquestra Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian

Lawrence Foster Maestro

Antonio Meneses Violoncelo

Pedro AmaralDeux Portraits Imaginaires *

Dmitri ChostakovitchConcerto para Violoncelo e Orquestra n.º 1,em Mi bemol maior, op. 107

AllegrettoModeratoCadenzaAllegro con moto

intervalo

03

Felix Mendelssohn-BartholdySinfonia n.º 3, em Lá menor, op. 56, Escocesa

Andante con moto – Allegro un poco agitatoScherzo: Vivace non troppoAdagio cantabileFinale: Allegro vivacissimo – Allegro maestoso assai

Page 4: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

04

Deux portraits imaginaires é uma peça “programática”. Na sua base está um diálogo entre duas personagens, sendo que a música, puramente instrumental, procura pintar o retrato de cada uma delas, da sua personalidade profunda e do seu estado psicológico no momento em que dialoga com a outra.As personagens são duplamente imaginadas.A primeira delas é Fausto, na leitura que dele nos deixou Fernando Pessoa na sua obra inacabada Fausto, Tragédia Subjectiva; a segunda é Maria – não Margarida, como em Goethe –, que representa a figura feminina, o amor impossível. Mas Pessoa construiu o seu Fausto, em parte, à sua própria imagem, o que me incitou a emprestar à personagem aspetos da personalidade do próprio poeta; e a visão que aqui deixo de Maria, na construção do diálogo imaginário, mistura personagens femininas diversas que atravessama escrita pessoana e a vida íntima do escritor.Quando a peça começa, Fausto está sentadoao cravo a ler uma página de Froberger, o grande cravista barroco que, em pleno século XVII, desenvolveu e estabilizou, formalmente, a Suite para teclas. Froberger foi um dos primeiros e mais notáveis compositores de música programática,

e algumas das suas obras são extraordinárias deambulações pelo fio do pensamento, da introspeção. A página que Fausto lê, sentado ao cravo, é a Allemande da vigésima Suite, em Ré maior, intitulada (em françês) Méditation sur ma mort future. É essa peça que ouvimos, ao cravo, no início destes Deux portraits, em confronto com os pensamentos de Fausto, representados nos outros instrumentos. E é neste ambiente que aparece Maria, numa exuberância feérica que, por momentos, arranca Fausto às suas sombrias meditações. A partir da chegada de Maria, a peça toma a forma de um diálogo, onde as palavras estão implícitas nas linhas de determinados instrumentos. Infelizmente, o amor de Marianão salva Fausto, pregado “na cruz ígnea de [si] mesmo”, na sua lucidez paralisante, na sua incapacidade de amar sem se ver amar, de sentir sem pensar o sentimento (é Alberto Caeiro,o mestre, quem constata: “Amar é a eterna inocência, / E toda a inocência é não pensar...”). Apesar de toda a exuberância amorosa de Maria, a peça termina com um inevitável Lamento, e as personagens ficam, no fim, tão sós como começaram.

pedro amaral (casa da música, 2013)

&

?

&

&?

&

&

&

?

?

85

85

83

83

84

84

Clarinette

Basson

Percussion I(Vibraphone)

Violon I

Violon II

Alto

Violoncelle

Contrebasse

Piano

Ÿ~~~~~~~~~~~ Ÿ~~~~~~~~~~~~~~~~

Ÿ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ÿ~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ÿ~~~~~~~~~~~

Ÿ~~~~~~~~

Ÿ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ped. * Ped. * Ped. * Ped.

Ped.

&

&

‰ 5!œ#â œ. œ. œ# . œb

rrrœ>

œ œ# œ œ œ

5! œbâ œ. œ. œ# . œ rrrœ#>œ

5

œ œb œ# œ!

&

&

‰ ‰ 3

œ œ# œ3œ# œb œ#

3

œ œn œ

&

‰ ‰ œ#œ œ œ

5

œb œ# œ œ# œ

œrrrœb>

œb3

œfl œ. œ# .3

œ# .œb . œ. ‰ &

‰ ‰ ‰ ‰3

œ œ œ

‰ ‰ ‰ ! rrœb œ# œ œ œ

Œ ‰5

œb! œ# ! œ# ! œ! œ!

‰5

œ œ œ# œ œœb œ# œ œ& ?

3

œ œb œb œ3

œ# œ œ‰

f

F

f psubito

ƒ

f ƒ

F

F

F

F

pizz.

Flûte

Hautbois

Percussion II

Marie I

Trompette

Féerique, éxuberantTrès fluide (e =168 ca.)

Féerique, éxuberantTrès fluide (e =168 ca.)

Cor

pizz.

œ̆ œ. œrœ

3

œ# œ# œ

œ̆ œ. œrœ

3

œb> œ. œb .

rœ œ( )

3

œ œ œ3

œb œ œb

! rrœfl œ̆ œ#˘ œ# œn œ# œ

‰ œ‰ œb

œ>œ# œ# œ œb

! œ œ œ#

...œœœ>! rr

œ œ( ) œ

‰ ‰ œ œ œ# œ

rœ> œ( )

3

œb œ œb

rœ#> œ( )

3

œ œ œb 3

œ œ# œ

rœ#> œ( ) ! rrœœ#

rœœB

! rrœ œ œ# œ# œ#

! rrœ œ œ#

rœ#

ƒ

f

f

ƒ

"

"

f

ƒ

F

f

laisser vibrer

p Ï

poco

f

f-psubito

f-psubito

f-psubito

f

( f )

f

f

"

F

f "

Glockenspiel

SourdineBouchée

Sèche

rœ œ# . œ. œ. œ.

5

œ# œ# œ. œ. œ.

œb> œ( )

3

œ# œ# œbœb˘ œ. œ œ

rrœfl ! ‰ ‰œ̆ œ. œ. œ.

rrrœ. ! . ‰

?

.œ>

œ( ).œ‰ œ# . œ. œ# . œb . ?

rœ>#

3

œ## œ œ3

œ œ œ

3

œ œb œ 3œ##

œ œ3

œ œ œ

‰3

œ## œ œ3

œb œ œ

rœ> œ œ œ œ œ# œ œ œB

ƒ $

ß

ƒ

F

F

f

f $

p

f p

f p

arco

p

Fp

f p

$

p

$

Trombone

Sèche

rrœ. !

3

œ œ# œ3

œ# œ œ

7

! œ œ œ œ# œ œ

3

œ œ œb5

œ œ œ œ œ#

‰ œ œ# œ œ#

‰ œ

œ œb5

œb œ œrrrœ# œn œ

rœœ- ‰‰

3

œ œ# œ# œœ# œ œ

3

œ œ œ3

œb œ œ3

œ# œ œ

3œ œb œ3

œ œ œn3

œ# œ œ#

3

œ œb œ3

œb œ œ3

œ# œ œ

rrœ ! œb œ œN œ œ# œ œ œ

( p)

F

p F

" f

F

p F

p

Pedro AMARAL(né en 1972)

Deux portraits imaginaires(Faust et Marie, à partir de Fernando Pessoa)

Commande de la Casa da Música(janvier 2013)

___________________________[Partition écrite en ut]

Pedro AmaralLisboa, 30 de janeiro de 1972

Deux Portraits Imaginaires

composição: 2013estreia: Zurique, 9 de março de 2013duração: c. 15 min.

deux

port

rait

s im

agin

aire

s © pe

dro

amar

al

Page 5: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

05

Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes. O Concerto para Violoncelo n.º 1 de Chostakovitch enquadra-se nesse contexto. Chostakovitch e o violoncelista Mstislav Rostropovitch (1927-2007) conheceram-se no Conservatório de Moscovo no início da década de 40. Os músicos estreitaram a sua relação no final de 1945, tendo então o compositor integrado o júri de um concurso para instrumentistas. Contudo, essa proximidade não resultou, desde logo, na composição de obras solísticas parao então jovem intérprete.A centralização da atividade musical soviética durante o estalinismo acentuou o controlo estatal sobre compositores, intérpretes, estabelecimentos de ensino e espaços de apresentação e esse enquadramento teve um grande impacto na carreira do compositor. A promoção de música “nacional na forma, socialista no conteúdo” (uma expressão atribuída ao próprio Estaline) absorveu os esforços dos músicos soviéticos a partir dos anos 30. Essa promoção foi intensificada durante a Segunda Guerra Mundial, com a orientação de grande parte dos esforços criativos dos músicos

soviéticos para a promoção do patriotismo. Contudo, o percurso de Chostakovitch é complexo neste período. Após algumas críticas ao teor “formalista” das obras de Chostakovitch publicadas no início da década de 30, a denúncia oficial das mesmas deu-se em 1936. Um editorial publicado no jornal Pravda na sequência da apresentação da ópera Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk, a que assistiram membros importantes do Partido Comunista, entre os quais Estaline, atacou violentamente o compositor. Essa perseguição condicionou a sua produçãoaté à morte do ditador, em 1953.O Concerto para Violoncelo foi composto em 1959, durante o longo período de reabilitação de Chostakovitch. Nessa época, o compositor retornou à escrita de música orquestral de grandes proporções, como a Sinfonia n.º 11,O ano 1905. Assim, uma amizade com quase 15 anos viria a materializar-se finalmente numa obra escrita a pensar em Rostropovitch, então um dos mais reconhecidos violoncelistas mundiais. O Concerto para Violoncelo n.º 1,op. 107, foi estreado pela Orquestra Filarmónica de Leninegrado em 1959. O solista foi Rostropovitch e a orquestra foi dirigida

Dmitri ChostakovitchSão Petersburgo, 25 de setembro de 1906Moscovo, 9 de agosto de 1975

Concerto para Violoncelo e Orquestran.º 1, em Mi bemol maior, op. 107

composição: 1959estreia: Leninegrado, 4 de outubro de 1959duração: c. 30 min.

deux

port

rait

s im

agin

aire

s © pe

dro

amar

al

dm

itri

cho

stak

ovit

ch ©

dr

Page 6: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

06

por Evgeni Mravinsky, também amigo de Chostakovitch e um dos mais destacados maestros da época. Essa proximidade entre compositor, solista e maestro foi central parao sucesso da obra que rapidamente passoua integrar o repertório do instrumento.A abordagem orquestral ao Concerto op. 107 funde o virtuosismo com uma narrativa contínua. Dessa forma, sobressaem tanto o intérprete como o compositor. Uma abordagem quase rapsódica e estilisticamente heterogénea potencia a expressividade do concerto, apresentando um leque variado de texturas e de ambientes. O concerto está dividido em quatro andamentos, mas alguns materiais atravessam as suas fronteiras, emergindo em diversos pontos da obra. Assim, reforçam o caráter narrativo do concerto, apresentando o solista como comentador e narrador.A obra inicia-se com uma apresentação solista de um dos temas principais sobre um discreto acompanhamento. Este tema tem caráter de marcha e as suas notas encarnam o motivo DSCH, um anagrama musical do nome do compositor. A percussividade do tema e o

destaque atribuído ao solista pontificam na primeira parte do andamento, na qual um modalismo de caráter rústico é pontuadopor ostinati de acentuação irregular.O segundo andamento é caracterizado por uma atmosfera bucólica, na qual o violoncelista revela a sua expressividade sobre uma trama contrapontística, acumulando tensão.Essa tensão é intensificada com o melodismo lírico do solista e da trompa, que se sobrepõem à leveza de uma textura de coral. O segundo tema do andamento é inspirado numa canção de embalar russa, e o duo de violoncelo e piano contrasta com uma figuração sinuosa das cordas. A cadência solista marca uma interrupção na narrativa, sintetizando e desenvolvendo virtuosisticamente diversos temas previamente apresentados. O compositor escreveu passagens contrapontísticas em cordas dobradas e secções em que o solista alterna entre o arco e o pizzicato ao longo da cadência. Esta vai ganhando energia com esse jogo, preparando o final. Sinuoso e vivo, o final, Allegro con moto, é marcado pelo retorno de texturas de dança e do caráter percussivo do primeiro andamento.

d. chostakovitch, m. rostropovich e o maestro g. rozhdestvensky em 1960, num ensaio do concerto para violoncelo n.º 1, op. 107 © dr

Page 7: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

07

Felix Mendelssohn foi um importante codificador do Romantismo. Recuperou a música de J. S. Bach, desenvolveu o concerto público e impulsionou géneros associados às novas sensibilidades como a abertura programática. Contudo, a sinfonia continuava a ser a verdadeira prova de fogo para um compositor. Além das sinfonias para grande orquestra, Mendelssohn compôs uma quantidade significativa de sinfonias para cordas, onde apurou o seu estilo.A Sinfonia n.º 3 é uma das últimas obras de grande fôlego a ser completada por Mendelssohn. Apesar da sua génese se situar numa visita à Escócia realizada em 1829, a obra foi terminada em 1842. Naquele tempo, era normal os jovens pertencentes à aristocracia e à burguesia realizarem o chamado “Grand Tour”, como parte da sua formação. Assim, as visitas à Itália, com as suas obras de arte e arquitetura, e às paisagens naturais da Inglaterra e da Escócia, integravama formação dos jovens. Isso fez-se sentir de forma mais acentuada em Mendelssohn, pertencente a uma família de intelectuais e banqueiros judeus, cujos salões contaram com a presença de grandes vultos da cultura europeia da época.

Após um início auspicioso de carreira enquanto compositor, pianista e diretor de orquestra, Mendelssohn recolheu então a inspiração para diversas obras, entre as quais a Sinfonia n.º 3. Na estreia, em 1842, a obra foi apresentada sem referências programáticas, apesar do sabor tradicional de alguns dos seus temas e da continuidade entre andamentos, resultante de vários temas derivarem do motivo da introdução. A sinfonia tem início com uma introdução lenta baseada num tema registado aquando da viagem de Mendelssohn à Escócia. O primeiro andamento encontra-se em forma sonata,a qual confronta um primeiro grupo temático cinético com o melodismo delicado do grupo complementar. A interpenetração dos dois grupos temáticos e o retorno do material da introdução são características essenciais da obra. O Scherzo, em forma ABA, tem sabor popular, contrastando com a expressividade cantabile e nostálgica do Adagio. A sinfonia termina com um andamento contrapontístico e em forma sonata, cuja coda, em tonalidade maior, estabelece um derradeiro contraste com a atmosfera do andamento. notas de joão silva

FelixMendelssohn-BartholdyHamburgo, 3 de fevereiro de 1809Leipzig, 4 de novembro de 1847

Sinfonia n.º 3, em Lá menor,op. 56, Escocesa

composição: 1829-1841/42estreia: Leipzig, 3 de março de 1842duração: c. 42 min.

feli

x m

ende

lsso

hn. a

guar

ela

de ja

mes

war

ren

chil

de, 1

830 ©

dr

Page 8: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

law

renc

e fos

ter

© m

arc

gino

t

Lawrence Foster é o Diretor Musical da Ópera de Marselha e da Orquestra Filarmónica de Marselha. É também Maestro Emérito da Orquestra Gulbenkian, da qual foi Maestro Titular entre 2002 e 2013. Além dos concertos regulares no Grande Auditório Gulbenkian, dirigiu a Orquestra Gulbenkian em várias digressões internacionais e em gravações para a editora Pentatone Classics. Anteriormente desempenhou idênticas funções nas Orquestras Sinfónicas de Barcelona, Jerusalém e Houston, na Filarmónica de Monte Carlo e na Orquestra de Câmara de Lausanne. Entre 2009 e 2012,foi Diretor Musical da Orquestra e Ópera Nacional de Montpellier. De ascendência romena, Lawrence Foster nasceu em 1941 em Los Angeles. Foi Diretor Musical do Festival de Aspen e Diretor Artístico do Festival Georges Enesco (1998-2001), tendo-se afirmado como um destacado divulgador e intérprete da música do compositor romeno. A sua última gravação dedicada a Enesco – uma orquestração do Octeto para Cordas – foi lançada na primavera de

2009. Em 2003 foi condecorado pelo Presidente da Roménia pelos serviços prestados à música romena. Lawrence Foster dirige regularmente nas grandes casas de ópera internacionais, incluindo a Ópera Estadual de Hamburgo,onde dirigiu produções de Pélléas et Mélisande,Der Freischütz, Carmen e A raposinha matreira.Em 2015 obteve igual sucesso nas produçõesde Rusalka, na Ópera de Monte Carlo, deO Navio Fantasma e Falstaff, em Marselha, e de La traviata, no Festival de Ópera de Savonlinna. Mais recentemente, dirigiu produções de ópera e concertos em Marselha, São Francisco, Copenhaga, Bruxelas, Frankfurt, Colónia, Budapeste e Paris. Colabora também com orquestras juvenis, incluindo a Junge Deutsche Philharmonie, a Orquestra da Academia do Festival de Schleswig-Holstein e a Orquestra Juvenil Australiana. Em 2013 recebeu o Orfée d'Or da Académie National du Disque Lyrique pela sua gravação de L’Etranger, de Vincent d’Indy, com a Ópera e Orquestra Nacionalde Montpellier Languedoc Roussillon.

Maestro

Lawrence Foster

08

Page 9: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

Antonio Meneses nasceu em 1957 em Recife, no Brasil, no seio de uma família de músicos. Começou a estudar violoncelo aos dez anos de idade e aos dezasseis conheceu o italiano Antonio Janigro, famoso violoncelista de quem foi aluno em Düsseldorf e Estugarda. Em 1977 venceu o Concurso Internacional ARD, em Munique, e em 1982 recebeu o 1.° Prémio e a Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscovo. Antonio Meneses apresenta-se com as mais prestigiadas orquestras mundiais nos principais palcos da Europa, das Américas e da Ásia, em colaboração com maestros de renome como C. Abbado,G. Albrecht, H. Blomstedt, S. Bychkov,R. Chailly, A. Davis, C. Dutoit, D. Gatti, N. Järvi,M. Jansons, R. Muti, E. Oue, A. Previn, K. Sanderling, ou C. Thielemann. Dedicado músico de câmara, foi membro do lendário Beaux Arts Trio durante dez anos (1998-2008). Realizou também digressões com o Quarteto Vermeer e apresentou-se em recitais com os pianistas Menahem Pressler e Maria João Pires. Ao longo das últimas duas décadas, tem-se apresentado com regularidade no palco do Grande Auditório Gulbenkian,

como solista de concerto e também em recital, nomeadamente enquanto membro do Beaux Arts Trio. Na sequência dos presentes concertos, realizará uma digressão ao Brasil (São Pauloe Rio de Janeiro) com a Orquestra Gulbenkiane Lawrence Foster.Antonio Meneses realizou duas gravações com Herbert von Karajan e a Orquestra Filarmónica de Berlim – Duplo Concerto, para Violino e Violoncelo, de Brahms, com Anne Sophie Mutter, e Don Quixote de R. Strauss. Entre as suas gravações, destacam-se ainda as integrais das obras para violoncelo de H. Villa-Lobos, David Popper e C. P. E Bach, as Suites para Violoncelode J. S. Bach, uma integral das peças para violoncelo e piano de Schubert e Schumann,com Gérard Wyss, ou o CD dedicado aos Concertos para Violoncelo de E. Elgar e H. Gál, com a Royal Northern Sinfonia e Claudio Cruz, que foi nomeado para um Grammy. Para além da agenda de concertos, Antonio Meneses é professor no Conservatório de Berna e orienta cursos de aperfeiçoamento na Europa, nas Américas e no Japão.

Violoncelo

Antonio Meneses

anto

nio

men

eses

© m

arco

bor

ggre

ve

law

renc

e fos

ter

© m

arc

gino

t

09

Page 10: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

10

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designadopor Orquestra de Câmara Gulbenkian.Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora

interior. Em cada temporada, a orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindoa ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico,o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Susanna Mälkki é a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado Maestro Emérito.

Orquestra Gulbenkian

orqu

estr

a gu

lben

kian

© g

ulbe

nkia

n m

úsic

a –

már

cia

less

a

Page 11: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

11

Susanna Mälkki Maestrina Convidada PrincipalJoana Carneiro Maestrina ConvidadaPedro Neves Maestro ConvidadoLawrence Foster Maestro EméritoClaudio Scimone Maestro Honorário

primeiros violinosErik Heide Concertino Principal *

Josefine Dalsgaard 1º Concertino AuxiliarBin Chao 2º Concertino AuxiliarAntónio José MirandaAntónio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WanhonAna Beatriz ManzanillaElena RyabovaMaria BalbiMaria José LaginhaManuel Abecasis *

Catarina Barreiros *

segundos violinosAlexandra Mendes 1º SolistaJordi Rodriguez 1º SolistaCecília Branco 2º SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuStefan SchreiberOtto PereiraFélix Duarte *

Mafalda Vilan Pires *

Francisco Lima e Santos *

violasSamuel Barsegian 1º SolistaLu Zheng 1º SolistaIsabel Pimentel 2º SolistaAndré CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia KouznetsovaAugusta Romaskeviciute *

Nuno Soares *

Artur Mouradian *

Orquestra Gulbenkian

violoncelosVaroujan Bartikian 1º SolistaMarco Pereira 1º SolistaMartin Henneken 2º SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel ReisFernando Costa *

João Valpaços *

contrabaixosPedro Vares de Azevedo 1º SolistaManuel Rêgo 1º SolistaMaja Plüdemann 2º SolistaMarine TrioletRomeu Santos *Vanessa Lima *

flautasSophie Perrier 1º SolistaCristina Ánchel 1º Solista AuxiliarAmália Tortajada 2º Solista

oboésPedro Ribeiro 1º SolistaNelson Alves 1º Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2º Solista

Corne inglês

clarinetesEsther Georgie 1º SolistaIva Barbosa 1º Solista AuxiliarJosé María Mosqueda 2º Solista

Clarinete baixo

fagotesRicardo Ramos 1º SolistaVera Dias 1º Solista AuxiliarJosé Coronado 2º Solista

Contrafagote

trompasGabriele Amarù 1º Solista

Kenneth Best 1º SolistaEric Murphy 2º SolistaDarcy Edmundson-Andrade2º Solista

trompetesStephen Mason 1º SolistaDavid Burt 2º Solista

trombonesRui Fernandes 2º SolistaAndré Conde 1º Solista *

Emanuel Rocha 2º Solista *

tubaAmilcar Gameiro 1º Solista

timbalesRui Sul Gomes 1º Solista

percussãoAbel Cardoso 2º SolistaNuno Aroso 2º Solista *

Duarte Santos 2º Solista *

piano / celestaJoana David 1º Solista *

* instrumentista convidado

coordenaçãoAntónio Lopes Gonçalves

produçãoAmérico MartinsMarta AndradeInês RosárioFrancisco Tavares

orqu

estr

a gu

lben

kian

© g

ulbe

nkia

n m

úsic

a –

már

cia

less

a

Page 12: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

gulbenkian.pt/musica mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica de câmara

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

3 + 4 Novembroquinta, 21:00 / sexta, 19:00

Vésperasde MonteverdiLes Cornets NoirsCoro GulbenkianMichel Corboz

mic

hel

corb

oz ©

jean

-bap

tist

e m

illo

t

Page 13: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

gulbenkian.pt/musica mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica de câmara

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

10 + 11 Novembroquinta, 21:00 / sexta, 21:00

Faustin Linyekula

more more more... future m

ore,

mor

e, m

ore.

.. fu

ture

© a

gath

e po

upen

ey

Page 14: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

Page 15: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAH–HA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem600 exemplares

preço2€

Lisboa, Outubro 2016

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

Page 16: Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses · 2017-09-28 · 05 Por vezes, as obras musicais resultam também de amizades longas e próximas entre compositores e intérpretes.

gulbenkian.pt/musica

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN