Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura...

20
21:00h — Grande Auditório 7 SETEMBRO 2016 QUARTA Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel gustavo dudamel © mark hanauer

Transcript of Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura...

Page 1: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

21:00h — Grande Auditório

7 SETEMBRO 2016QUARTA

Orquestra SinfónicaSimón Bolívar da Venezuela

Gustavo Dudamel

gust

avo

duda

mel

© m

ark

hana

uer

Page 2: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

GULBENKIAN.PT/MUSICA

mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

Page 3: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

Duração total prevista: c. 1h 45 min.Intervalo de 20 min.

7 DE SETEMBROQUARTA21.00h — Grande Auditório

Residência El Sistema

Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da VenezuelaCoro GulbenkianGustavo Dudamel Maestro

Paulo Lourenço Maestro do Coro Gulbenkian

Paul DesenneHipnosis Mariposa

Heitor Villa-LobosBachianas brasileiras n.º 2

Prelúdio (O canto do capadocio): Adagio – Andantino mossoÁria (O canto da nossa terra): LargoDança (Lembrança do sertão): Andantino moderatoToccata (O trenzinho do caipira): Un poco moderato

Chôros n.º 10, Rasga o Coração

intervalo

03

Maurice RavelDaphnis et Chloé: Suite n.º 2

Lever du jour: LentPantomime: LentDanse générale: Lent

La valse

Page 4: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

Paul DesenneCaracas, 7 de dezembro 1959

Natural de Caracas, Paul Desenne é um dos mais destacados compositores sul-americanos da atualidade, tendo desenvolvido um estilo composicional sofisticado que tem por base o contraponto de Bach, a música do século XVI e variadas técnicas contemporâneas, sem nunca esquecer os espécimes da música popular e nativa latino-americana. Encomendada por Gustavo Dudamel e pela Orquestra Sinfónica Simón Bolívar, Hipnosis Mariposa foi composta em 2014 e estreada em Caracas em novembro desse ano. O subtítulo que ostenta, “Glosa sinfónica sobre una canción de Simón Díaz”, denuncia o alvo da homenagem: o popular compositor venezuelano cujo vasto catálogo de canções assumiu um lugar preponderante na memória venezuelana desde os anos 60. Em causa está, mais especificamente, a canção El Becerrito, ou La vaca mariposa, cujos versos, evocativos das paisagens da bacia do rio Orinoco, são conhecidos literalmente por todas as crianças do país. O compositor procura não só ilustrar musicalmente de modo vívido o conteúdo do texto poético (desde as nuvens de periquitos chilreantes, aos pios solitários do

falcão, passando pelos mugidos do bezerro), mas também exibir o virtuosismo dos membros da Orquestra Simón Bolívar – na qual ele próprio foi violoncelista –, recheando o seu quadro sinfónico de passagens ritmicamente elaboradas e de grande brilhantismo.A canção original – com o seu 5/8 representativo da jocosidade rítmica inerente à música tradicional venezuelana – é tratada em secções alargadas, surgindo o tema ao longo da peça em múltiplos fragmentos, glosados pela orquestra em sucessivas mutações instrumentais.O material da sua segunda parte, em especial, é explorado por meio de uma escrita orquestral densa e subtil, com a qual o compositor coloca em prática aquilo que designa como “criolismo orquestral”, referindo-se a uma aplicação à escrita orquestral daquilo que existe de arrojado e multirrítmico na música venezuelana.A passagem mais dinâmica da peça culmina num muito típico merengue orquestral, que logo se transforma numa rápida valsa de caráter festivo. Algo surpreendentemente, a obra encerra numa atmosfera onírica em que se reencontram os fragmentos da canção original.

Hipnosis Mariposa

composição: 2014estreia: Caracas, 9 de novembro de 2014duração: c. 12’

paul

des

enne

© d

r

04

Page 5: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

Heitor Villa-LobosRio de Janeiro, 5 de março de 1887Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959

Heitor Villa-Lobos foi uma figura central do modernismo brasileiro, tendo-se destacado como um dos compositores mais ativos na procura de uma linguagem especificamente brasileira em música. A sua relevância deve-se, com efeito, ao facto de ter procurado destilar um idioma pessoal a partir da conciliação das inovações mais audazes da música europeia coeva com elementos do folclore e da música popular brasileira. Na sua extensa produção contam-se numerosas obras orquestrais, de câmara, instrumentais e vocais, nas quais é evidente o gosto do compositor por recursos estilísticos como as combinações instrumentais insólitas,o uso de instrumentos de percussão popularese a imitação de cantos de pássaros. Em 1930, Villa-Lobos estabeleceu-se definitivamente no Brasil, pela altura em que o golpe de Getúlio Vargas derrubava a República. Este foi um momento de viragem importante para o compositor, porque, ao nível da composição, o novo ambiente contribuiu para que se afastasse da linguagem sofisticada da década anterior, em favor de um idioma no qual as influências folclóricas e populares brasileiras assumiam um lugar ainda mais proeminente. O grande marco

deste período são as Bachianas brasileiras, nove suites para efetivos variados, compostas entre 1930 e 1945, as quais de certa forma aprofundam o modelo dos Chôros, numa tentativa de adaptação livre de todo um conjunto de procedimentos harmónicos e contrapontísticos barrocos à música brasileira.Bachianas brasileiras n.º 2, para orquestra de câmara, foi composta em 1930 e estreada em Veneza em 1933. Trata-se de uma suite que pretende descrever o Brasil que o compositor teria conhecido nas suas viagens do início do século. A procura de analogias entre Bach – um dos seus fascínios da adolescência – e a música brasileira revela-se também nos próprios títulos, que aludem tanto aos andamentos da suite barroca como a aspetos especificamente brasileiros, conferindo-lhe um sabor local.O primeiro andamento, Prelúdio (O canto do capadocio), inicia-se com um Adagio que coloca em primeiro plano o melodismo lânguido do saxofone e do violoncelo, em contraste com a agitação rítmica da secção central, Andantino mosso. Segue-se a Ária (O canto da nossa terra), em que se destaca novamente o melodismo langoroso do violoncelo, contrastando com

Bachianas brasileiras n.º 2

Chôros n.º 10, Rasga o Coração

composição: 1930estreia: Veneza, 3 de setembro de 1934duração: c. 22’

composição: 1926estreia: Rio de Janeiro, 11 de novembro de 1926duração: c. 13’

heit

or v

illa

-lob

os ©

dr

05

Page 6: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

a efervescência da secção central, Tempo di marcia. Já a Dança (Lembrança do sertão) vem complementar os andamentos anteriores com um novo ímpeto rítmico reminiscente do moto perpetuo. Por fim, a Toccata (O trenzinho do caipira), com o seu pictorialismo bizarro, mas cativante – um pouco à maneira de Pacific 231, de Honegger –, evoca tanto o movimento de uma locomotiva como o sertão brasileiro que esta atravessa.

No início dos anos 20, a primeira estadia em Paris e o decorrente contacto com a vanguarda musical europeia estimularam a audácia criativa que marcou a produção de Villa-Lobos nessa década. Disso é exemplo a série de Chôros que compôs entre 1920 e 1929, inspirado num género de música popular urbana que se popularizou no Rio de Janeiro a partir dec. 1870 – o “chôro”, ou “chorinho” – e que o atriu desde a infância. Era executado pelos “chorões”, agrupamentos que praticavam, em boa parte, uma improvisação livre e dissonante sobre o repertório do universo dos salões de baile. Chôros n.º 10, Rasga o coração foi composto entre 1925 e 1926 e estreado no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, sob a direção do compositor, obtendo um grande sucesso e tornando-se de imediato na sua mais famosa obra orquestral. A grande orquestra sinfónica que a peça exige faz uso de uma alargada secção de percussão que inclui vários instrumentos nativos sul-americanos, os quais contribuem para criar a sonoridade exótica da peça. Esta é também inspirada numa melodia composta em 1896 por Anacleto de Medeiros (a polca instrumental “Yara”), à qual o poeta e compositor Catulo da Paixão Cearense acrescentou os seus versos em 1909, tornando-a mais lenta e reintitulando-a “Rasga o Coração”. Em função de um processo judicial movido contra Villa-Lobos pelos descendentes de Catulo por violação de direitos autorais, Villa-Lobos viu-se obrigado a substituir as palavras do poema por um vocalizo em “ah” e a omitir o subtítulo na segunda edição. A obra foi executada nesta segunda versão durante muito tempo, mas atualmente é normalmente interpretada com

o texto original. Na primeira parte o compositor pretende transportar o ouvinte para um mundo primordial, intocado pela civilização, variando entre um ambiente mais selvagem e impetuoso, pleno de energia rítmica, e uma atmosfera mais despojada, espectral, quase impressionística,em que cantos de pássaros evocam as florestas da Amazónia. O estabelecimento de um ostinato implacável na orquestra conduz à primeira apresentação do coro, marcada pelo suso de onomatopeias, consoantes percussivas e sílabas ritmicamente incisivas, como se de um instrumento de percussão se tratasse (“jakataka kamarajá tékéré kiméréjé”).À evocação deste mundo primitivo segue-se a recordação do seresteiro urbano (também ele uma figura típica do Brasil de então), com a citação da melodia popular que havia servido de inspiração a Villa-Lobos. Esta canção é apresentada com uma energia crescente pela orquestra massiva, conduzindo a peça a uma conclusão de grande efeito.

Rasga o CoraçãoCatulo da Paixão Cearense (1863-1946) Ah! Se tu queres ver a imensidão do céu e mar,Refletindo a prismatização da luz solar,Rasga o coração, vem te debruçar,Sobre a vastidão do meu penar! Sorve todo olor que anda a recenderPelas espinhosas florações do meu sofrer!Vê se podes ler nas suas pulsaçõesas brancas ilusões e o que ele diz no seu gemere que não pode a ti dizer nas palpitações!Ouve-o brandamente, docemente a palpitar.Casto e purpural, num treno vesperal,mais puro que uma cândida vestal! Rasga-o, que hás de ver lá dentro a dor a soluçar!Sob o peso de uma cruz de lágrimas; chorar!Anjos a cantar preces divinaisDeus a ritmar seus pobres ais!Rasga-o, que hás de ver…! Ah!

06

Page 7: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

07

Maurice RavelCiboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937

Maurice Ravel foi um dos compositores mais originais do início do século XX, com uma obra musical de grande sofisticação, sensibilidade e refinamento. Apesar de nunca se ter assumido como o principal rosto do Modernismo, com a morte de Debussy, em 1918, passou a ser visto como o principal compositor francês em atividade. Na viragem da primeira década do século XX foram inúmeros os projetos teatrais em que esteve envolvido. A oportunidade mais relevante neste âmbito surgiu em 1909, com a encomenda de Daphnis et Chloé para os Ballets Russes de Sergei Diaghilev, sobre um argumento em um ato e três cenas, concebido por Mikhail Fokine e baseado num romance pastoral do poeta greco-romano Longus, que viveu no século II. Por altura da sua estreia em junho de 1912, em Paris, com coreografia também de Fokine e com Nijinski e Karsavina nos principais papéis, o bailado não logrou alcançar um sucesso significativo, em grande parte devido ao facto de ter ocorrido ainda no rescaldo do grande choque causado dez dias antes pela coreografia de Nijinski em L’après-midi d’un faune. Não obstante, esta “symphonie choréographique”, como o próprio compositor a descreveu, é normalmente

encarada como a sua obra mais impressionante e bem conseguida, assumindo-se justamente como uma das principais partituras de bailado do século XX. Com efeito, Daphnis et Chloé destaca-se não só pelas suas dimensões, duração e recursos instrumentais exigidos, mas também pelas melodias exuberantes, pelas harmonias luxuriantes e pela orquestração sumptuosa, encerrando alguma da música mais arrebatadora alguma vez composta por Ravel.Devido às suas dimensões, o bailado é normalmente apresentado nas salas de concerto sob a forma das duas suites orquestrais que o compositor extraiu da versão original, as quais podem ser executadas com ou sem o concurso do coro. A Suite n.º 1, de 1911, integra as duas primeiras cenas, as quais retratam o amor entre Daphnis e Chloé, o rapto desta última levado a cabo por um bando de piratas e ainda a sua evasão. Já a Suite n.º 2, que se seguiu à conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor renomeou como Lever du jour, Pantomime e Danse générale. Esta Suite n.º 2 é particularmente popular e, de facto, é nesta versão que esta música é mais comummente

Daphnis et Chloé: Suite n.º 2

La valse

composição: 1909-1912/1913estreia: Paris, 1913duração: c. 16’

composição: 1919-1920estreia: Paris, 12 de dezembro de 1920duração: c. 13’

mau

rice

rav

el e

m 19

12 ©

dr

Page 8: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

interpretada. Nesta terceira cena, a ação tem lugar numa floresta e inicia-se com o despontar do dia após a noite terrífica em que os piratas haviam raptado Chloé. Os sons abafados e contidos do amanhecer dão gradualmente lugar a uma linha melódica mais dinâmica nas cordas, a qual cresce intensamente até se transformar num tema lírico e apaixonado. Toda esta passagem corresponde ao momento em que Daphnis, adormecido junto à gruta das ninfas, é acordado por pastores e procura ansiosamente por Chloé, divisando-a finalmente, rodeada e protegida por pastoras. No instante em que os dois amantes se abraçam inebriados, a melodia atinge um ponto culminante de paixão. Em agradecimento a Pan, cuja intervenção salvara Chloé dos raptores, os dois amantes representam a história desse deus e da sua amada ninfa, Syrinx, que se havia transformado em bambu e que ele colhera na forma do seu famoso instrumento musical. Envolvida pelo acompanhamento quente e sedutor das flautas, que evoca precisamente esse episódio, Chloé dança, cada vez mais animada, até que, subitamente, o movimento se quebra por

completo e ela cai langorosamente nos braços de Daphnis. Num breve mas apaixonado epílogo, os amantes juram o seu amor eterno e fazem as suas oferendas perante o altar das ninfas. Entretanto, entra em cena um grupo de jovens mulheres, vestidas como bacantes e tocando tamborins, seguidas por um grupo de homens igualmente jovens, num ambiente de grande alvoroço e sensualidade. Neste final estimulante e arrebatador, Ravel emprega a totalidade dos recursos orquestrais à sua disposição para evocar uma voluptuosa celebração dionisíaca do amor físico. Corria o ano de 1906 quando Ravel começou a esboçar a peça sinfónica Wien, concebida enquanto tributo à valsa vienense, género que relacionava com “a ideia do fantástico redemoinho do destino”. O compositor acabaria, contudo, por se envolver noutros projetos, e Wien nunca chegou a tomar forma. Em 1919, terminada a Grande Guerra, retomou a intenção de compor a peça, motivado agora pela encomenda de Diaghilev para um novo bailado. Mas o mundo era agora um lugar

08

cená

rio

de l

éon

baks

t pa

ra a

est

reia

de "

daph

nis e

t ch

loé"

(191

2) ©

dr

Page 9: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

diferente e a própria valsa enquanto género perdera a conotação de uma despreocupada joie de vivre, assumindo antes a tonalidade sinistra da recordação amarga de uma era desvanecida. Conquanto Ravel tenha negado tratar-se de uma alusão caricatural ou trágica à Europa do pós-Guerra, La valse, composta entre 1919 e 1920, surgia assim como uma fantasia apocalíptica em que é criada a sensação de uma superfície festiva sobre uma perturbadora voz subterrânea – o intervalo de trítono, historicamente conotado com o diabólico, permeia toda a dimensão melódica da obra. O bailado seria, porém, completamente desconsiderado por Diaghilev, episódio que aliás ditou o corte de relações entre ambos. A obra acabaria por ser publicada enquanto poème choréographique, adquirindo grande popularidade nas salas de concerto.As breves linhas que Ravel deixou como argumento sugerem um cenário coberto de uma densa névoa, cuja dissipação gradual nos permite distinguir pares que dançam a valsa num imenso salão de uma corte imperial, por volta de 1855, uma cena que se torna cada vez

mais brilhante. A obra inicia-se por entre as brumas com os murmúrios perturbadores dos contrabaixos. Gradualmente surgem fragmentos de valsas, à distância, que conduzem a uma melodia deprimida nos fagotes e violas. Cabe à harpa libertar a luxuriante melodia de valsa que, conduzida pelos violinos, é tomada por toda a orquestra. Segue-se uma sequência de valsas de feições distintas: umas mais harmoniosas, outras mais animadas, outras ainda mais imponentes. No momento em que a música parece dirigir-se para um ponto culminante, regressa o nevoeiro inicial, que inaugura a segunda parte da peça. Todas as melodias da secção anterior reaparecem como memórias inesperadamente inquietantes, enquanto a valsa começa a entrar num turbilhão imparável. Mas mais uma vez Ravel quebra o ímpeto, iniciando-se uma sequência desconcertante que conduz a orquestra a uma dança macabra. O compasso final – o único que não está em tempo de valsa – encerra a obra de modo brutal e implacável. notas de luís miguel santos

09

"soi

rée é

léga

nte"

, por

vic

tor

gilb

ert

(184

7-19

33) ©

dr

Page 10: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

gust

avo

duda

mel

© a

dam

lat

ham

10

Gustavo Dudamel é Diretor Musical da Orquestra Filarmónica de Los Angeles e da Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela. Maestro contagiante nas suas atuações em público, Dudamel é movido por uma profunda crença no poder da música para unir e inspirar. Como maestro convidado, é muito solicitado pelas principais orquestras a nível mundial: em 2017 realizará uma digressão europeia com a Filarmónica de Berlim e será o mais jovem maestro de sempre a liderar o famoso Concerto de Ano de Novo da Filarmónica de Viena. Ao longo da última década, apresentou-se regularmente na Gulbenkian Música à frente da Orquestra Gulbenkian (2006), da Orquestra Sinfónica Juvenil Simón Bolívar (2009), da Orquestra Juvenil Ibero-americana (2009), da Filarmónica de Los Angeles (2011), da Sinfónica de Gotemburgo (2012), da qual foi também Diretor Musical, e da Sinfónica da Rádio da Baviera (2014). Para além da excelência artística e da dinâmica da Filarmónica de Los Angeles, quer a nível interpretativo, quer a nível do repertório, sob a liderança de Dudamel esta orquestra estendeu o alcance dos seus programas comunitários, incluindo a criação da Youth

Orchestra Los Angeles (YOLA), agrupamento que encoraja o desenvolvimento social através da música segundo a filosofia do El Sistema venezuelano. Na Venezuela, Dudamel dedica anualmente várias semanas aos jovens músicos como Diretor Musical do projeto musical El Sistema. Gustavo Dudamel nasceu em 1981 em Barquisimeto, na Venezuela. Estudou violino no Conservatório Jacinto Lara e na Academia Latino-Americana de Violino. Em 1996 iniciou a sua formação em direção de orquestra com Rodolfo Saglimbeni. Em 1999 assumiu as funções de Diretor Musical da Sinfónica Juvenil Simón Bolívar, prosseguindo os seus estudos com José António Abreu. Em 2004 venceu o concurso de direção Gustav Mahler da Sinfónica de Bamberg e em 2007 recebeu o Royal Philharmonic Society Music Award for Young Artists. Em 2009 foi condecorado, em Paris, Chevalier des Arts et des Lettres. Sendo um dos mais premiados maestros da sua geração recebeu, no corrente ano, o Americas Society Cultural Achievement Award. Realizou para a Deutsche Grammophon uma série de gravações que mereceram os mais prestigiantes prémios internacionais, incluindo o Grammy.

Maestro

Gustavo Dudamel

Page 11: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

gust

avo

duda

mel

© a

dam

lat

ham

orqu

estr

a si

nfón

ica

sim

ón b

olív

ar d

a ve

nezu

ela ©

dr

A Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela (OSSBV) foi fundada pelo maestro José Antonio Abreu e é a principal orquestra do Sistema Nacional de Orquestras e Coros Juvenis e Infantis da Venezuela. Sob a direção musical do maestro Gustavo Dudamel, os seus 170 membros – nomeados “Artistas para a Paz” pela UNESCO – fizeram a sua formação no âmbito do Programa Académico Orquestral El Sistema, frequentando cursos de aperfeiçoamento e atuando sob a direção de prestigiados maestros como Simon Rattle, Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Kristof Penderecki, Esa-Pekka Salonen ou Lorin Maazel. Entre 2000 e 2014, a OSSBV realizou digressões na Europa, na Ásia e nas Américas, apresentando-se em importantes festivais como os de Edimburgo, Schleswig-Holstein, Dresden (Sächsische Staatsoper), Lucerna, Salzburgo, Istambul, Nova Ioque (Carnegie Hall), Los Angeles (Festival Beethoven) ou Londres (BBC Proms). De igual forma, apresentou-se em muitas das principais salas a nível internacional, incluindo Royal

Festival Hall de Londres, Konzerthaus de Viena, Teatro alla Scala de Milão, Salle Pleyel de Paris, Accademia Nazionale di Santa Cecilia de Roma, ou Teatro Colón de Buenos Aires. Foi orquestra residente no Festival de Lucerna (2010), no Walt Disney Concert Hall de Los Angeles (2012), no Festival de Salzburgo (2013) e no Teatro alla Scala de Milão (2015), tendo neste teatro atuado em três concertos sinfónicos e em oito récitas de La bohème. A Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela e Gustavo Dudamel gravaram sinfonias de Beethoven, Mahler e Tchaikovsky, bem como o álbum Fiesta, em exclusivo para a editora Deutsche Grammophon. Em 2013, gravaram a banda sonora composta por Dudamel para o filme Libertador, de Alberto Arvelo. Em 2014 foi lançado um álbum preenchido com excertos da tetralogia O Aneldo Nibelungo de Richard Wagner.A Orquestra Sinfónica Juvenil Simón Bolívar da Venezuela agradece o generoso apoio fornecido pela Fundação Hilti através da compra de instrumentos para a orquestra.

Orquestra SinfónicaSimón Bolívar da Venezuela

11

Page 12: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

12

José Antonio Abreu Diretor FundadorGustavo Dudamel Diretor MusicalEduardo Méndez Diretor ExecutivoValdemar Rodríguez Diretor Executivo AdjuntoManuel Moya Diretor Geral

primeiros violinosAlejandro Carreño ConcertinoBoris SuárezCarlos VegasJesús PintoEduardo SalazarDouglas IsasisAnna Virginia GonzálezEbert CeballoEmirzeth HenríquezFelipe RodríguezGregory CarreñoHéctor RoblesJaneth SapienzaJorge VelásquezJosé Laurencio SilvaLuis Adolfo GonzálezLuis BarazarteLuis NavarroMaría José OviedoNicole RodríguezOriana SuárezVerónica Balda

segundos violinosMoises MedinaAlirio VegasWilliam GonzálezGregory Mata Adriana Von BurenAlessandro LugoAnderson BriceñoCarlos Luís PerdomoDaniel Herrera Daniel SánchezEduardo GomesEnrique CarrilloGleirys GómezImanuel SandovalIsrael Méndez

Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela

José GuedezJuan PérezOswaldo MartínezPatricio MeriñoRonnie MoralesWilliam LópezJairo González

violasIsmel CamposLuís AguilarCarlos CoralesDavid PeraltaFabiana ÁlvarezGreymar MendozaJuan ChacónLuis FernándezLuz CadenasMary Francis AlvaradoMiguel JerezPedro GonzálezSamuel JiménezPedro RondónRichard Urbano

violoncelosEdgar CalderónAimon MataCarlos EreúAbner PadrinoCésar GiulianiFrank ValderreyGabriela JiménezJhonn Rujano Juan MéndezLeandro BandresLuis MataMónica FríasRicardo CornielJackson Sánchez

contrabaixosClaudio HernándezFreddy AdrianJorge Ali MorenoLuis PeraltaCarlos RodríguezNathaly AlguindiMiguel JiménezManuel RuizJosé Velasco *

Carlos Sánchez *

flautasAarón GarcíaEngels GómezEtni MolletonesFernando MartínezYaritzy CabreraEmily OjedaAlexis Angulo

flautimDiego Hernandez

oboésFrank GiraldoElly Saúl GuerreroHairin ColinaLuis GonzálezNéstor PardoDaniel Vielma

corne inglêsJhanai Hernández *

clarinetesDavid MedinaRanieri ChacónDemian MartínezVíctor MendozaHenry Pérez

Page 13: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

13

clarinete baixoCarlos Escalona

saxofoneJosé Álvarez *

fagotesGonzalo HidalgoDaniel GarcíaEdgar MonrroyAura MorenoWerner DíazFabiola Hoyos

contrafagoteAquiles Delgado

trompasDaniel GraterolDanny GutiérrezEdgar AragónJosé GiménezLuis CastroReinaldo AlbornozJosé LeónNelson YoveraJavier Mijares

trompetesTomás MedinaGaudy SánchezAndrés AscanioAndrés GonzálezArsenio MorenoDavid PérezGerald ChacónJonathan RivasLeafar RiobuenoLuis Alfredo SánchezMiguel Albornóz

Miguel TagliaficoOscar LópezRomán GrandaVíctor CalderaWerlink CasanovaWilfrido Galarraga

trombonesPedro CarreroAlejandro DíazEdgar GarcíaJackson MurilloLeudy InestrozaLewis Escolante

trombones baixoFrancisco BlancoAlexander MedinaJhonder SalazarLisandro Laya

tubasLewis PantojaIgor Martínez

percussãoFélix MendozaRamón GrandaAcuarius ZambranoEdgardo AcostaJuan Carlos SilvaJesús PérezMatias AzpuruaSimón GonzálezVíctor VillarroelRubén Vasquez *

harpasAnnette León *

Galaxia ZambranoRodolfo SarabiaAdel Solórzano

pianoVilma Sánchez

jeu de timbresPablo Castellanos * Instrumentista convidado

diretor da digressãoArlette Dávila

coordenador da orquestraCésar Marval

coordenador académicoDilia García

diretor de cenaRamón Vega

coordenador de cenaEdgar Camacho

técnicos de cenaJosé CampuzanoNaudy NaresEric Delgado

secretariadoNisi Ortíz

arquivistaRichard Santafé

A música como oportunidade para ter uma vida melhor – apoiamos jovens músicos com talento como nossa contribuição para o desenvolvimento sustentado da cultura e sociedade.

Page 14: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

coro

gul

benk

ian

© pe

dro

ferr

eira

Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, atuando igualmente em grupos vocais mais reduzidos. Assim, apresenta-se tanto como grupo a cappella, interpretando a polifonia dos séculos XVI e XVII, como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou com outros agrupamentos, para a interpretação de obras coral-sinfónicas do repertório clássico, romântico ou contemporâneo. Na música do século XX tem interpretado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros. Tem sido igualmente convidado para colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais, entre as quais a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden-Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional de Lyon, a Orquestra de Paris, a Orquestra Juvenil Gustav Mahler, ou a Orquestra Sinfónica Simón Bolívar. Foi dirigido por grandes figuras como Claudio Abbado, Colin Davis, Frans Brüggen, Franz Welser-Möst, Gerd Albrecht, Gustavo Dudamel, Jonathan Nott, Michael Gielen, Michael Tilson

Thomas, Rafael Frübeck de Burgos, René Jacobs ou Theodor GuschIbauer. O Coro Gulbenkian tem participado em importantes festivais internacionais, tais como: Festival Eurotop (Amesterdão), Festival Veneto (Pádua e Verona), City of London Festival, Hong Kong Arts Festival e Festival Internacional de Música de Macau. Em anos recentes, apresentou-se no Festival d’Aix-en-Provence, numa produção da ópera Elektra, de Richard Strauss, com a Orquestra de Paris, dirigida por Esa-Pekka Salonen, que teve a assinatura do encenador Patrice Chéreau. Em 2015 participou, em Paris, no concerto comemorativo do Centenário do Genocídio Arménio, com a World Armenian Orchestra dirigida por Alain Altinoglu. A discografia do Coro Gulbenkian está representada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNACMusic e AriaMusic, tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prémios internacionais. Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular do Coro, sendo as funções de Maestro Adjunto e de Maestro Assistente desempenhadas por Jorge Matta e Paulo Lourenço, respetivamente.

Coro Gulbenkian

14

Page 15: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

coro

gul

benk

ian

© pe

dro

ferr

eira

Michel Corboz Maestro TitularJorge Matta Maestro AdjuntoPaulo Lourenço Maestro Assistente

sopranosAna Bela CovãoAna CarameloClara CoelhoFilomena OliveiraJoana SiqueiraLucilia de JesusManuela ToscanoMaria José ConceiçãoMariana LemosMónica AntunesMónica SantosNatasa SibalicRosa CaldeiraRosário AzevedoRute DutraSandra CarvalhoSara AfonsoSusana DuarteTânia ViegasVerónica Silva

contraltosAna UrbanoBeatriz CebolaCristina FerreiraElsa GomesInês MartinsInês MazoniJoana EstevesJoana NascimentoLiliana SilvaLucinda GerhardtMafalda Borges CoelhoMargarida SimasMaria Forjaz SerraMarta QueirósPatrícia MendesRaquel RodriguesTânia Valente

tenoresAníbal CoutinhoAntónio Gonçalves

Artur AfonsoBruno AlmeidaDiogo PomboFernando FerreiraFrederico ProjectoHugo MartinsJaime BacharelJoão AfonsoJoão BarrosJoão BrancoJoão CustódioManuel GamitoMiguel SilvaNuno FonsecaPedro MiguelPedro RodriguesRui AleixoRui MirandaSérgio Fontão

baixosAfonso MoreiraFernando GomesFilipe LealHugo WeverJoão Luís FerreiraJosé Bruto da CostaLeandro CésarManuel CarvalhoManuel RebeloMário AlmeidaNuno Gonçalo FonsecaNuno RodriguesPedro MorgadoRui GonçaloTiago Batista

Estágio do Coro Gulbenkian

sopranosAna FerreiraBeatriz ResendesCatarina Reis

coordenaçãoMariana Portas produçãoFátima PinhoLuís SalgueiroJoaquina Santos

15

Coro Gulbenkian

Carla FriasClaire SantosFrancisca PizarroMafalda Pereira

contraltosInês AntunesJoana CoelhoMaria CorreiaRosa van AlphenSalomé MonteiroSofia Teixeira

contratenorArthur Filemon tenoresAlberto OliveiraFrederico CostaLuís AlmeidaMárcio FernandesRodrigo Carreto baixosAlexandre GomesBernardo BrancoJoão CostaJoão RodriguesJoão ViegasJorge RamosSérgio RodriguesTiago Gomes

Page 16: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

Ao apoiarmos jovens músicos com talentocontribuímos para o desenvolvimento da cultura e da sociedade.

A músicA como oportunidade para ter uma vida melhor

www.hilti-foundation.org

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

Page 17: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

Page 18: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

gulbenkian.pt/musica mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

Fundação Calouste Gulbenkian

09 DE SETEMBROsexta, 19.30h

A primeira noiteOrquestra GulbenkianCoro da Rádio Flamengaf. mendelssohn

anne

cat

heri

ne g

ille

t ©

lae

titi

a bi

ca

Page 19: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAh–hA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem600 exemplares

preço2€

Lisboa, Setembro 2016

anne

cat

heri

ne g

ille

t ©

lae

titi

a bi

ca

Page 20: Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela Gustavo Dudamel · conclusão da partitura original em 1912, junta os três números da sua terceira e última cena, que o compositor

GULBENKIAN.PT/MUSICA

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN