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ÓRTESES MEMBROS INFERIORES

Profª Drª Fabiana Abrahão

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Órteses de quadril

Displasia do Desenvolvimento do Quadril = DDQanormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação

anatômica ou na organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular ou em ambos.

A displasia acetabular é caracterizada pelo acetábulo imaturo, com a cavidade rasa que pode acarretar a subluxação ou a luxação da cabeça femoral.

amplo espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento, desde a displasia até à luxação da articulação, passando pelos diferentes graus de subluxação da coxofemoral. 

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TratamentoTratamento do recém-nascido até aos três meses de vida  Suspensório de Pavlik. tratamento é baseado no conceito de que, mantendo-se o

posicionamento do quadril reduzido em flexão e em leve abdução, ocorrerá o estímulo necessário para o desenvolvimento normal da articulação

diminui o risco da necessidade de redução cirúrgica.

Falha do suspensório = redução incruenta e a imobilização em aparelho gessado (precedida ou não por um período de tração) para esta faixa etária

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Tratamento = três meses até a idade da marchapoderá ser tratada com a redução incruenta (fechada) e a imobilização em aparelho gessado pelvipodálico,

Falha = a redução aberta (cruenta) está indicada (ato cirúrgico)

Período de imobilização no aparelho gessado, que variará de dois a três meses, o paciente passa a utilizar uma órtese de abdução (por exemplo, tipo Milgram) por mais dois a três meses.

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Tratamento após a idade da marcha

não deveria existir, pois o ideal é que o diagnóstico seja efetuado bem antes desta faixa etária.

Tratamentos controversosPode ser indicada a tentativa de redução fechada

(incruenta) ou, então, a redução aberta (cruenta) será praticamente obrigatória.

ato operatório = o encurtamento femoral (ósseo) para permitir a redução articular como, também, as operações com osteotomias complementares na região acetabular.

O limite de idade para indicação das tentativas de redução do quadril será até os quatro ou cinco anos de vida da criança.

Após esta idade ato cirúrgico = osteotomias pélvicas ou artroplastias totais do quadril.

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Órtese Tübingen Hip AbductionSuportes das coxas conectados à parte do ombro através de

dois cordões com contas usados para o ajuste que reproduz a flexão do quadril.

O grau de abdução ajustável através de uma barra espaçadora com catraca.

movimento natural da criança não é limitado mais do que o necessário, uma vez que o movimento atua como um estímulo natural ao crescimento do teto acetabular.

Posição de cócoras = articulações do quadril são flexionadas em mais de 90° e abduzidas aproximadamente 40°, foi considerada a melhor para a maturação sem riscos dessas articulações.

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Indicações

Tratamento de displasia do quadril em bebês (moderada)Quando monitorado em intervalos freqüentes por um

ortopedista experiente, também pode ser usada em casos de quadril instável ou descentralizado (grave)

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Órtese Lörrach Hip AbductionEfeitos:Baseada no princípio da comprovada “posição de cócoras”

Características:Possibilita um grau moderado de movimentoBarra espaçadora para ajuste da larguraFácil de colocarLavável

Indicações:Displasia do quadril leve a moderada

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Órtese de Abdução do QuadrilEfeitos:Segundo os princípios terapêuticos desenvolvidos pelos

Professores Hoffmann e Daimler.

Características:Suportes femorais anatômicos que podem ser ajustados na

larguraÂngulo preciso de abdução ajustável via unidade de abduçãoSuportes femorais conectados por duas resistentes articulações

de esfera

Indicações:Tratamento da displasia do quadril em bebês moderadaQuadril instável ou excêntrico (grave) quando monitorado com

freqüência por um ortopedista experiente

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ÓRTESE PARA QUADRILÓrtese de quadril que limita movimentos de extensão e e

adução do quadril, mantendo a cabeça femural centralizada dentro do acetábulo.

Utilizada para a manutenção dos quadris na posição de abdução: no pós-operatório de cirurgia dos quadris e como órtese de abdução noturna

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ÓRTESE DENNIS BROWN

Permite manter os membros inferiores em rotação externa. Indicada para uso noturno. Materiais: duralumínio.

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PROBLEMAS DE MOBILIDADE

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PROBLEMAS NEUROLÓGICOSEngenharia de Reabilitação:

Estimulação elétrica neuromuscular, Estimulação eletrotáctil Ambiente de comunicação (TCE)

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Estimulação elétrica neuromuscular (EENM)

A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) é uma técnica de ativação neural, objetivando a obtenção de contrações musculares, mediante a utilização de baixos níveis de corrente

Realização de movimentos de membros paralisados.Objetivo: a reeducação muscular, prevenção de atrofias,

redução temporária da espasticidade e redução das contraturas e edemas.

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HISTÓRICO

1750 = violinista com hemiplegia (AVE) estimulado eletricamente com uma fonte estática e

após dois anos com este tratamento voltou a tocar violino.

1985 = cidade de Glasgow, Escócia, primeira caminhada em laboratório, de um paraplégico completoEENM pode ser adotada para restabelecer a marcha

em pacientes com lesão medular

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Aspectos físicos da EENMCorrente elétrica formada por trens de pulsos retangulares de

baixa frequência e alta amplitude (i em miliampéres (mA))A frequência do sinal é adotada de forma a oferecer um

satisfatório índice de tetanização do músculo, versus tempo para atingir a fadiga muscular.

O aparelho é uma fonte de tensão controlável = para evitar queimaduras na região ( risco agravado pela falta de sensação tátil do paciente)

Sistemas são projetados para funcionar com baterias, evitando assim o risco de choque proveniente de descarga da rede.

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Fisiologia- O sinal elétrico aplicado através de eletrodos de superfície induz linhas de campo dentro do membro, de forma que os íons de sódio, localizados externamente à membrana do nervo motor, sofram um influxo súbito para dentro do nervo, gerando o potencial de ação. - Esta perturbação se propaga então pelo axônio até a fenda sináptica e o músculo então é contraído.

Vídeo contração

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ResultadosParaplégicos completos:marcha com EENM, consomem cerca de 349 J/kg.m Marcha com EENM associada a órteses mecânicas (sistema híbrido) , consomem, dependendo da órtese, 90 J/kg.m

As forças de reação com o solo, do braço e da perna no sistema híbrido são consideravelmente menores que no

sistema utilizando apenas a EENM.

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Estimulação Eletrotáctil.

A estimulação elétrica utilizada como realimentação sensorial

Exploração da sensação tátil como um canal de entrada sensorial alternativo para a transmissão da informação perdida.

Indicação: Indivíduos com perda de um ou mais dos sentidos primários

(visão, audição, propriocepção, tato)

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PrincípioGerar sensações táteis, seguras e confortáveis, através da aplicação de estímulos elétricos bem controlados na superfície da pele.

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A estimulação eletrotáctil tem sido utilizada para compensar a perda a visão, audição, e da propriocepção

Lesados medulares: Perda proprioceptivapropriocepção indica a posição e orientação dos

membros do corpo, e o grau de contração muscular.Desenvolvimento de próteses para membros inferiores

usando EENM para lesados medulares:Castro e Cliquetutilizaram uma palmilha com sensores, e a

estimulação eletrotáctil no ombro do paciente, possibilitando que este saiba quando o pé está em contato com o solo no processo de deambulação.

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Vantagens:

1. Extensa área para a transmissão da informação2. liberar os sentidos remanescentes para outras tarefas;3. normalmente não são prejudicados por estímulos ambientais

rápidos e constantes; 4. pode fornecer grandes quantidades de informações

compactadas na faixa de resposta espaço-temporal útil;5. pode ser realizada usando painéis leves e pequenos

dispostos sob as roupas, evitando alterações cosméticas, rejeição por parte do usuário e preconceitos sociais.

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Artigo“Estimulação Elétrica Neuromuscular e Estimulação Eletrotáctil na

Restauração Artificial da Preensão e da Propriocepção em Tetraplégicos”

MARIA CLAUDIA FERRARI DE CASTRO & ALBERTO CLIQUET JR.

ACTA ORTOP BRAS 9(3) - JUL/SET, 2001

Objetivo: Enfocar a integração sensoriomotora na restauração da preensão em lesados medulares, apresentando o desenvolvimento e a aplicação de sistemas artificiais baseados em estimulação elétrica neuromuscular e estimulação eletrotáctil.

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O sistema de estimulação elétrica neuromuscular é aplicado objetivando a restauração artificial do padrão de preensão.

1) A luva instrumentalizada detecta e quantifica a força exercida por cada um dos dedos monitorados, definindo assim a amplitude de estimulação de cada um dos canais do estimulador eletrotáctil.

2) A aplicação dessa estimulação, em uma região com sensibilidade preservada (região posterior do ombro), resulta em uma sensação táctil que deverá ser associada ao padrão da força de preensão através do código definido. (elipse)

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Figura 3 . Diagrama da configuração utilizada para a obtenção da integração sensoriomotora.Figure 3 . Diagram of configuration used for obtaining sensorial-motor integration.

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Objetivando a restauração de uma propriocepção de força foram desenvolvidos dois sistemas:

O primeiro deles, capaz de detectar e quantificar a força exercida durante a preensão palmar, corresponde a uma luva de lycra com sensores de força (FSRs force �sensing resistors) posicionados na face palmar da falange medial dos dedos indicador e médio e na face lateral da falange distal do polegar

O segundo sistema, capaz de codificar a informação da variação da força de preensão através da estimulação eletrotáctil, baseia-se na aplicação do fenômeno phitáctil, segundo o qual uma imagem táctil em movimento é evocada sobre a pele a partir de três pares de eletrodos, quando a amplitude dos estímulos, aplicados em seqüência, varia de forma complementar.

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Estímulo Eletrotáctil

Figura . Imagem composta em movimento evocada sobre a pele.Figure . Composed movement image evoked over skin.

3 canais

Canal 1Canal 2

Canal 3

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Gráficos artigo página 8 (Cliquet eletrotactil) Relação entre a força dos dedos e a sensação tactil

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Órteses elétricas funcionais