Os 10 Mandamentos Domingo é dia de mais dignos do céu 4 do...

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Ano IX - Número 102 - Julho de 2015 Adoção Pai e mãe é quem gera ou quem cria? 7 Os 10 Mandamentos Domingo é dia de descanso? 4 Cidadania Tudo que é bom é ilegal e imoral ou engorda? 12 “Deus me deu pais mais dignos do céu do que da terra” Santa Teresinha WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Juventude E aí, vai fazer o que em agosto? 13

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Ano IX - Número 102 - Julho de 2015

Adoção

Pai e mãe é quem gera ou quem cria?

7

Os 10 Mandamentos

Domingo é dia de descanso?

4

Cidadania

Tudo que é bom é ilegal e imoral ou engorda?

12

“Deus me deu pais mais dignos do céu

do que da terra”Santa Teresinha

WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

Juventude

E aí, vai fazer o que em agosto?

13

EditOriAl ChuvA dE rOsAs

O que você fazfala mais alto do que o que você diz. Essa má-xima deveria ser recitada por todos os pais e mães diariamente ao acordar, para lembra-rem-se da força do exemplo na educação de seus filhos. E se alguém duvida dessa força, leia com atenção a última página desta edição, onde o estudioso Ítalo Fasanella, “especialista” na vida dos próximos santos Luís e Zélia, pais de Santa Teresinha, mostra que embora nossa santinha tenha sido canonizada antes, seus pais foram os grandes res-ponsáveis pela sua santidade e têm agora reconhecidos seus méritos de também santidade. Mais um exemplo? Papa Francisco, ao visitar a Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, afirmou que Mamãe Mar-garida educou o coração de Dom Bosco com muito amor. Em suas palavras, “impossível compreender Dom Bosco sem sua mãe Mar-garida” e convida toda a Família Salesiana a tomá-la como modelo de educação dos jovens. E o exemplo vai passando dos pais para os filhos, mesmo que esses filhos não sejam gerados por eles, como nos fala Rose Meire na página 7, abordando o tema da adoção. E a famí-lia, que começa sempre no matrimônio, só vai ser uma família capaz de bons exemplos se a preparação para o matrimônio for bem feita e nisso nossa paróquia é mestra. Basta conhecer na página 11 a história dessa preparação que tem excelentes resultados nos seus objetivos. E é em busca desses objetivos de formar boas famílias que nosso pastor Dom Sérgio, em sua coluna na página 3, recomenda um carinho e um cuidado especial na formulação da Semana da Família que virá em agosto. Mas não é só a Semana da Família que virá em agosto. Virá também uma novidade para toda a juventude de nossa paróquia: a formação de uma Pastoral da Juventude, com uma “tchurma” anima-da como nos mostra a página 13. Naturalmente estamos falando des-de já de agosto, porque neste ano, também em agosto, celebraremos o aniversário de 200 anos de Dom Bosco, e a nossa tradicional Roma-ria virá com uma programação especial cujos detalhes você tem nas páginas 10 e 15. Mas não esquecemos ou “pulamos” o mês de julho. Julho é mês de férias e férias lembra descanso e a Igreja não se des-cuida disso; trata do descanso com sábias recomendações, como nos mostra Dom Hilário na página 4, refletindo sobre o terceiro dos Dez Mandamentos. Depois de tanta novidade boa nesta edição, só nos resta então desejar boas férias e excelente leitura. E até agosto!

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

O casal Sandra Maria Corradini de Almeida Cruz e Oswaldo Almeida Cruz Junior tem sua história de vida plenamente próxima

à Santa Teresinha. Desde o casamento em 1º outubro de 1983, dia da Santa Padroeira, o ca-sal vive o reavivamento da devoção em bênçãos permanentes.

“Nos casamos em 01.10.1983 (dia de nossa padroeira Santa Teresinha) na Igreja de Nos-sa Senhora Auxiliadora, pois era uma tradição da família da Sandra casar-se nessa Igreja, mas sempre frequentamos a Igreja de Santa Teresi-nha, pois nascemos no bairro.

Quando completamos 25 anos de casados em 01.10.2008 (quarta-feira), fomos à missa para colocarmos em Ação de Graças, era festa da nos-sa padroeira, a missa estava lotada, até o Bispo estava presente nas comemorações.

Falamos com o padre da época para que se

possível nos desse uma bênção, mas ele nos ins-truiu a deixarmos para outro dia. Na verdade, ficamos um pouco chateados, mas entendemos a situação.

De qualquer forma, para registrarmos esse dia, nossa filha quis tirar uma foto ao final da missa, então timidamente subimos em um can-to do altar, ela bateu a foto e naquele momento apenas verificamos se a foto estava enquadrada e fomos embora.

Ao chegarmos em casa, minha filha passou a foto da máquina fotográfica para o computador e qual não foi a nossa surpresa quando vimos a foto ampliada e Santa Teresinha com as mãos sobre nossas cabeças nos abençoando! Mais uma vez recebemos sua Chuva de Rosas em nossas vidas!!

Temos somente a agradecer pelo nosso casa-mento e tantas bênçãos que recebemos nesses quase 32 anos de união!”

Santa Teresinha por toda a vida

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

ExpEdiEntE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Santa Teresinha criança com seus pais. Imagem cedida por Italo Fasanella, fundador da comunidade Sagrada Família.

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-06 0 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Arte e diagramação: Toy Box Ideas

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

pAlAvrA dO pAstOr

É hora da família

pAlAvrA dO párOCO

Somos Dom Bosco que caminhaNo mês de julho, mais especifi-

camente no dia 14, completa-se mais um aniversário da chega-

da dos salesianos no Brasil. A tradição diz que, ao chegarem, encontraram a casa que lhes era destinada fechada, de modo que tiveram de entrar pela janela. Sempre refazendo-se à tradi-ção, os vizinhos, num gesto de boas vindas (e também porque ainda não tinham praticamente nada em casa), ofereceram aos recém chegados quei-jo e rapadura.

Se a história decorreu desta forma ou não, é um campo aberto à pesquisa. É um fato, porém, que daquela longín-qua data até hoje, o percurso dos filhos de dom Bosco foi – é ainda – luminoso. Seguindo o santo fundador, desenvol-veram uma série de trabalhos que re-sultaram em obras que testemunham o vigor do carisma salesiano.

As comemorações do dia 14 prece-dem quase exatamente de um mês a celebração do bicentenário do nasci-mento de são João Bosco. Graças a ele, temos a beleza do trabalho desenvol-vido por seus filhos e filhas em todo o mundo. Graças à sua fidelidade, ainda hoje os seus seguidores promovem em todos os lugares o bem e a evange-lização, sobretudo dos jovens. Graças ao seu espírito, a Família Salesiana é uma realidade que adorna e enrique-ce a Mãe Igreja.

Tudo isto vai confluir, seguramen-te, em novas intuições, em novos ser-viços, em criativas intervenções a favor da juventude. Celebrar estas datas não é tanto olhar o passado quanto proje-tar o futuro. Somos herdeiros de um carisma, de algo vivo, vibrante, de um legado que nos torna protagonistas na busca de novos horizontes. Ser, como

se diz já há bastante tempo, ‘dom Bos-co vivo hoje, para os jovens de hoje’.

O papa Francisco tem insistido, desde o início do seu pontificado, em que a Igreja deve estar em saída. Visi-tando os lugares salesianos em Turim, recordou que uma característica dos seguidores de dom Bosco é a alegria. Alegres, portanto, e em saída, buscan-do os preferidos do santo fundador ali onde se encontram, hoje.

Vamos, então, fazer festa. Vamos comemorar estas datas felizes. Va-mos, juntos, cantando ‘somos dom Bosco que caminha’, deixar-nos levar

pelo sopro do Espírito, construindo já o terceiro centenário do nascimento do Pai e Mestre da juventude. O Pai, e com ele, os filhos, têm os pés no pre-sente, mas o coração na construção do futuro.

Um abraço carinhoso a todos

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

Quase todas as Paróquias e Comu-nidades celebram, com beleza e entusiasmo, a Semana da Família,

que tem início sempre com o Dia dos Pais e termina no sábado seguinte. Mas algu-mas Paróquias e Comunidades, mesmo tendo pessoas de boa vontade, celebram a Semana da Família de maneira sofrí-vel, apresentando, apenas, uma pequena mensagem no Dia dos Pais e, talvez, uma atividade durante a semana.

O que ocorre? Por que algumas comu-nidades não conseguem preparar bem esta ação pastoral? Em primeiro lugar, devemos ter claro que, para preparar com esmero a Semana da Família, não é sufi-ciente a boa vontade. Em segundo lugar, é necessário que se observe qual o lugar

do evangelho da família na catequese, na liturgia, na pregação dos sacerdotes, ou seja: será que a evangelização da família está no centro de atenções da Paróquia? Em terceiro lugar, há subsídio adequado sobre a família para organizar a referida Semana?

Caso sua Comunidade ou Paróquia esteja na situação acima descrita, não de-sanime. Temos ainda um mês e há tempo suficiente para dar um passo de qualidade no cuidado com a família. Não organizem a Semana da Família somente para ter uma atividade, mas façam como quem acredita na família como ‘lugar’ onde se vive o amor, como espaço privilegiado a fim de ensinar as novas gerações a amar e serem amadas.

Iniciando a preparação da Semana da Família com uma motivação alta à medi-da do próprio Deus, em Jesus Cristo, não faltará criatividade, compromisso genuí-no, dedicação e ousadia. Como exemplo, vejam como o Papa Francisco acredita na família: “É o lugar onde se aprende a amar, o centro natural da vida humana. É feita de rostos de pessoas que amam, dia-logam, sacrificam-se pelos outros e defen-dem a vida, sobretudo a mais frágil e dé-bil. Sem exagerar, poder-se-ia dizer que a família é o motor do mundo e da história” (Papa Francisco. Aos participantes da Ple-nária do Pontifício Conselho da Família).

Além da motivação e da criatividade, devemos nos apoiar em subsídios ade-quados e atualizados. Nesse ponto, a Co-missão Episcopal para a Vida e a Família nos ajuda muito, pois edita todos os anos a “Hora da Família”, com um tema espe-cífico sobre a evangelização da família e belíssimas sugestões de celebrações e en-contros de estudo.

A edição 2015 do “Hora da Família” propõe para reflexão “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”, e traz na capa do subsídio uma imagem do papa Francisco rodeado de crianças alegres com balões, celebrando a família. O amor é a nossa missão; é, também, o tema do 8º Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá em setembro nos Estados Uni-dos, com a presença do Papa Francisco.

A “Hora da família” está disponível nas livrarias, mas caso vocês não consi-gam encontrar, entrem em contato com a Cúria Regional ou com os Coordenadores da Pastoral Familiar da Região Episcopal, que nós estaremos à disposição para aju-dar nesta bela missão em favor da família, porque o Amor é a nossa missão.

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

Não organizem a Semana da Família somente para ter uma atividade, mas façam como quem acredita na família

como ‘lugar’ onde se vive o amor

Graças à sua fidelidade, ainda hoje os seus seguidores promovem em todos os lugares o bem e a

evangelização, sobretudo dos jovens

Santa Teresinha em Ação • 3

O Domingo, dia do Senhor, é também o dia da EucaristiaA melhor forma de praticar o terceiro mandamento e de prestar culto a Deus no Dia do Senhor é a celebração da Eucaristia

Não há ato de culto mais sublime: a Eucaristia torna presente no tempo e no espaço o único sacrifício de Je-

sus na cruz, sua morte e ressurreição, sa-crifício que salvou o mundo; além disso, participamos da Eucaristia comungan-do o Corpo e o Sangue do Senhor. Nada pode adorar e louvar mais a Deus, agra-decer-lhe os imensos benefícios, implorar o perdão dos pecados e pedir a ajuda de que necessitamos, do que a Eucaristia ou Santa Missa. Ela é o coração do domingo.

Tem grande importância participar da comunidade cristã no Dia do Senhor. Aliás, a Eucaristia é por si mesma uma celebração de cunho comunitário. Este é o sentido da comunhão eucarística: co-munga-se o Corpo e o Sangue de Jesus a fim de ter forças para, ao longo da sema-na, comungar na caridade com todos os irmãos e irmãs que, no Dia do Senhor, se

reúnem em torno do próprio Jesus. Par-ticipar da Missa em comunidade signifi-ca que temos consciência de pertencer a Cristo e de querermos ser fiéis a ele e à sua Igreja.

Onde não for possível haver a cele-bração eucarística dominical por falta de ministro sagrado, a Igreja recomenda que participemos da Liturgia da Palavra (culto) na própria comunidade, de acor-do com as orientações do bispo diocesa-no. Não havendo culto, seria conveniente que cada um, sozinho, em família ou em grupos de famílias, se dedicasse à leitura e meditação da Palavra de Deus e à oração. Todavia, podendo participar da Eucaris-tia, mesmo tendo que locomover-se com algum sacrifício, sempre deve prevalecer a participação na Eucaristia dominical.

A respeito da suspensão do trabalho aos domingos, convém considerar quan-to afirma o Catecismo da Igreja Católica: “A vida humana é ritmada pelo trabalho e pelo repouso. A instituição do Dia do Se-nhor contribui para que todos desfrutem do tempo de repouso e de lazer suficiente que lhes permita cultivar sua vida familiar,

cultural, social e religiosa” (n. 2181). Isso supõe evitar os trabalhos ou atividades que impedem fazer do domingo um dia de culto, dia de alegria, de prática do bem (obras de misericórdia) e de descanso para o corpo e o espírito. Evidentemente, há exceções: necessidades familiares ou uma grande utilidade social são motivos legítimos para dispensa do preceito do repouso dominical, mas com o cuidado para que isso não se transforme em hábito injustificado, com prejuízo para a religião, a família e às vezes até para a saúde.

Além do descanso, há outras formas de preencher o domingo. A pobreza e a miséria muitas vezes não permitem des-canso ou lazer, embora todos tenham as mesmas necessidades e os mesmos direi-tos. As obras de misericórdia para com os mais necessitados, o cuidado dos doentes, idosos e crianças... são ótimas ocasiões para a piedade cristã se exercitar aos do-mingos. Também a família e os parentes merecem atenção nesse dia. O domingo, igualmente, é também tempo de reflexão, silêncio, cultura, oração, enfim, de tudo o que ajuda a crescer na vida interior. Afi-

nal, acima de tudo, somos filhos e filhas de Deus.

Por isso tudo, aos domingos e dias santos, evite-se impor trabalhos a outros. Se as necessidades sociais o exigirem, será preciso encontrar modos de proporcionar tempo para o lazer em outros momentos. É obrigação dos poderes públicos respei-tar a consciência dos fiéis e dar-lhes opor-tunidades de repouso dominical e de prá-tica religiosa no Dia do Senhor. Idêntica obrigação têm os patrões para com seus empregados.

Se alguma pessoa ficar totalmente impedida de celebrar o Dia do Senhor, procure de alguma maneira elevar seu coração a Deus, em união com todos os que nesse dia participam da Eucaristia, adoram e louvam ao Senhor. Finalmente, o domingo exige também que se evite a falta de moderação nas diversões e as vio-lências causadas por elas.

Dom Hilário Moser, SDB

Bispo Emérito de Tubarão - SC

[email protected]

Os 10 MAndAMEntOs

4 • Santa Teresinha em Ação

Segundo o Catecismo da Igreja CatólicaResumindo:2189. “Guarda o dia do sábado para o santificar” (Dt 5, 12). “O sétimo dia será um dia

de repouso completo, consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15).2190. O sábado, que representava o acabamento da primeira criação, é substituído

pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada na ressurreição de Cristo.2191. A Igreja celebra o dia da ressurreição de Cristo no oitavo dia que, com razão, se

chama dia do Senhor ou domingo (109).2192. “O domingo [...] deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo

de preceito” (110). “No domingo e outros dias santos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (111).

2193. “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis [...] abstenham-se daqueles trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do dia do Senhor ou o devido descanso do espírito e do corpo” (112).

2194. A instituição do domingo contribui para que “todos gozem do tempo suficiente de repouso e lazer, que lhes permita atender vida familiar, cultural, social e religiosa”(113).

2195. Todo o cristão deve evitar impor a outrem, sem necessidade, o que o impeça de guardar o Dia do Senhor.

EstrEiA 2015

Como Dom Bosco: Viver com os jovens!

Conforme dissemos em nossa última edição, fa-zendo um confronto com todo o exposto naquela ocasião, constata-se que Dom Bosco quer os seus

no meio dos jovens por aqueles dois motivos, de igual valor: primeiro porque o jovem enfrenta um período complicado de mudanças que envolvem toda a sua es-trutura humana, desde a corporal, psíquica, cognitiva, espiritual, social, cultural e isso o deixa mais vulnerável e susceptível às situações desafiadoras que lhe cobram relações mais profundas e responsáveis com o mundo em que vive. Ele não está pronto para todas essas exi-gências e precisa de adultos preparados que os acom-panhem neste momento, não para ditar regras e impor padrões de comportamento, mas para orientar, acom-panhar e apoiar suas boas intenções. Segundo, porque estando ao lado do jovem, o adulto se renova, revigora e também encontra apoio e orientação para não deixar morrer a imponência da vida que floresce na juventu-de e faz com que o coração seja sempre alegre, bonito, disposto, ou seja, para que as características dessa fase se perpetuem e façam união com as outras ricas expe-riências que vão surgindo. O Pe. Angel ainda recorda que o desafio da missão salesiana é o de estar no meio dos jovens com um dinamismo profético para saber “ler os sinais dos tempos” e para compreender o que Deus deseja “dizer e pedir por meio dos jovens” aos

adultos. Portanto, o Reitor Mor incentiva e pede que os membros da Família Salesiana sejam humildes e adotem a atitude de aprendiz ao estar entre os jovens, porque assim nunca sairão “ilesos, mas reciproca-mente enriquecidos e estimulados”.

Para que os dois motivos apresentados se com-plementem, a proposta do carisma salesiano é que na relação educativa-evangelizadora, a assistência seja uma companhia duradoura, que ultrapassa os tempos propriamente educativos, isto é, a assistên-cia seja um modo de ser e estar entre as crianças, adolescentes e jovens, num clima de profunda afe-tividade, familiaridade, aprendizagem e intervenção na ótica dos valores e princípios. A relação educativa que se estabelece cria uma estrutura fundamental de crescimento não só dos educandos, mas também dos adultos que os acompanham. Por isso, no estilo salesiano a assistência não se faz nas horas vagas e também não é só uma presença física, é uma assis-tência educativa, é uma presença que sabe aprovei-tar as oportunidades para as intervenções intencio-nalmente formativas, como a “palavrinha ao pé do ouvido”.

Ir. Adair Aparecida Sberga - FMA

facebook.com/asberga

Santa Teresinha em Ação • 5

CAMinhO dE EMAús

O principio fundamental do cristianismo está na Encarnação, porque esta foi a forma pela qual Deus quis estar e revelar-se ao ser humano

O ser humano é composto de alma e corpo e é preciso unir o Evan-gelho à sua pessoa fazendo com

que este se torne parte integrante de sua vida e possa anunciar a Boa Nova para todas as criaturas. Mas, se ele não quiser trair sua missão, deve unir à pa-lavra o exemplo da vida e da santidade.

Os apóstolos de Jesus, a quem in-cumbiu a tarefa de ser Seu mediador junto da humanidade só se tornaram ca-

pazes para isso porque o modelo de vida de Jesus ficou gravado em suas vidas. Por esta ligação missionária os apóstolos de-ram inicio a uma corrente transmissora que vai se perpetuando através da histó-ria e atinge os nossos dias sem que isso signifique o final. A essa corrente todo homem é chamado a inserir-se com o fim da salvação de todos.

Para que o anuncio desta fé ecoe na cidade, no bairro, na comunidade, na família é necessário encontrar-se com Jesus. Um encontro pessoal, particular, que pode ser agendado no Templo, no quarto, no campo, ao cair da tarde ou no amanhecer. Será sempre um mo-mento de oração onde se conhece Jesus

na intimidade que Ele mesmo revela ao nosso coração.

“Sem mim, nada podeis fazer”. Estas palavras não podem significar desâni-mo, muito pelo contrário são palavras de estímulo. Conhecemos nossas fra-quezas e limitações e isto nos pode cau-sar receio de aproximar-se. Mas, Jesus é plenitude de amor e deseja que cada um de nós cumpra sua missão com ale-gria e disposição.

Temos um trabalho a ser feito e o mundo está ansioso por ele, mesmo que tente negar.

Tanta situação desagradável, tanta violência, tanto desânimo, tanta ansie-dade e desesperança só pode significar

a necessidade de um encontro miste-rioso que aponte solução. O mundo não enlouqueceu, ele perdeu o rumo e o cristão tem o remédio e sabe mostrar o caminho, porque segue aquele que é “O Caminho, a Verdade e a Vida”. O cris-tão só precisa de coragem e sabedoria. Sabedoria ele a encontra na oração de escuta quando o Espírito Santo fala ao coração. Coragem ele a encontra na in-tercessão dos mártires.

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.henriques.3192

Missão e vida

CF 2015

Eu viM pArA sErvir

Comunhão na diversidade“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.” (1 Cor 12,4-5)

O n.80 do texto base da CF 2015 nos chama a atenção à diversidade da sociedade brasileira em sua

matriz étnica, portanto, uma diversida-de que remonta sua origem, sua consti-tuição. A Igreja, pela sua natureza, deve anunciar o Evangelho a todas as gentes. Nossa nação, poderíamos dizer repre-senta bem “todas as gentes”.

Diversa é a humanidade. Podería-mos dizer que ela se constitui na diver-sidade, pois gerada pela união de um homem e uma mulher. Oriundos de

uma realidade cultural-familiar tam-bém diversa, com percepções distintas do mundo, mas que se unem no amor para gerar a vida.

Em sua natureza o homem carrega a diversidade. Essa diversidade, portanto, é como que um diferenciador de cada um de nós e é também algo que nos une e nos faz reconhecermo-nos humanos, matéria da mesma matéria, regidos por uma mesma ordem.

No entanto, tornou-se “mais difícil hoje do que outrora fazer uma síntese dos vários ramos do saber e das artes. Ao tempo em que aumenta a multidão e diversidade dos elementos que cons-tituem a cultura, diminui para cada homem a possibilidade de compreen-

dê-los e organizá-los. A figura mítica do “homem universal” desaparece, assim, cada vez mais” (GS n. 61).

“Este ambiente plural torna-se fe-cundo quando permite a abertura das pessoas e dos atores sociais à alterida-de. A abertura é necessária para o re-conhecimento de que a diferença do outro, que o distingue, não é motivo de afastamento. Esta atitude é pressupos-to indispensável para se estabelecerem o diálogo e a partilha de experiências” (CF 2015, n.83).

As nossas comunidades são cha-madas ao engajamento também nessa questão tão importante para a nossa sociedade. Devemos, nós cristãos, nos unirmos aos homens de boa vontade,

que buscam a Deus com retidão de cora-ção e lutarmos pela comunhão. Comu-nhão que se distingue da uniformidade.

E sobre esse esforço de comunhão, não poderemos alcançar sucesso pres-cindindo do Espírito. Ele que é a relação de amor entre o Pai e o Filho, presença divina em nosso meio, deve reger nosso apostolado. É sob a moção do Espírito de Deus, único capaz de unir todos em Cristo, que nossa comunidade e socie-dade alcançará a autêntica fraternida-de.

Pe. Anderson Bizarria da Costa, sdb

[email protected]

6 • Santa Teresinha em Ação

Viver para os mais esquecidosCoordenadora da Pastoral Carcerária fala das dificuldades e do preconceito com essa parcela (grande) da população

A Pastoral Carcerária (PC) de Santana atua brava-mente não só na ajuda aos presos da região, mas também no combate ao preconceito que existe

em torno do assunto. Para se ter uma ideia, é em Santana que se concentra a maior quantidade de presídios do Es-tado de São Paulo e a maior cadeia feminina da América Latina também fica na região. Só na Penitenciária femi-nina de Santana são quase 3 mil presas.

Eliana Rocha, de 45 anos, é a coordenadora da PC da região e diz que o trabalho não para. Ela, que é con-sagrada pela comunidade Aliança de Misericórdia, tem uma sala na Cúria de Santana e é quem leva, pesso-almente, a comunhão para os presos. “É um trabalho muito gratificante e bem árduo, já que existe muito medo e preconceito sobre o assunto e os agentes não são muitos. Eu, pessoalmente, por ser ministra da euca-ristia, levo a comunhão para aqueles que são batizados dentro das cadeias. Visito centenas de encarcerados”.

Apesar de esse já ser um trabalho e tanto dado o nú-mero de presídios na região, não é só isso. Eliana nos

conta que eles também visitam os presos que não têm visita e foram abandonados pelos parentes, visi-tam famílias que ficaram com filhos dos presos para poder levar notícias e, claro, também ajudam essas famí-lias no que diz respeito ao serviço social (escola, remédio, segurança). “Além disso, também tentamos re-aproximar essa pessoa presa de sua família. Muitos são esquecidos e até entendemos, mas acreditamos que o apoio da família é fundamental para a recuperação.”

Eliana diz ainda que a Pastoral Carcerária tem vários desafios diá-

rios, mas o principal é vencer a barreira do preconceito, só assim teriam mais agentes e o trabalho estaria bem mais coberto. “Precisamos de gente, tem muitos presos e a maioria não cometeu crimes hediondos, existem muitas situações ali. Precisamos abrir nossas cabeças e seremos mais caridosos com essa parte da sociedade. Precisam de ajuda, são extremamente pobres e preci-sam de coisas básicas”.

A coordenadora da PC da região diz que quis abra-çar a causa porque não acredita que a pessoa se perdeu. “Eu acredito que o amor reverte tudo. Eu gosto de gente e acredito piamente na misericórdia de Deus.

Jesus abomina o pecado, mas ama o pecador. E é nesse lema que venho trabalhando com eles desde 2006”, ressalva.

Para quem quiser ajudar, existem várias maneiras. Além de se tornar um agente, também pode doar rou-pas e produtos de higiene pessoal para os presos que não recebem na cadeia. “As mulheres precisam de ca-miseta branca e calça amarela de agasalho. Também precisam de produtos de higiene pessoal e, principal-mente, absorvente. As presas que estão com seus bebês precisam de roupinhas para eles. O Estado não dá isso. E, claro, produtos de higiene para o bebê que são caros e a gente não consegue prover para todos.”

Quem puder ajudar pode deixar esses produtos na Cúria de Santana e/ou ligar para Eliana no (11) 98404-7152.

Santa Teresinha em Ação • 7

E AgOrA?

E A FAMíliA, COMO vAi?

Adoção: questão de escolha ou de amor?A palavra “Adoção” define-se pela aceitação espontânea de alguém. São sinônimos de Adoção, aceitação e acolhimento

A convivência familiar traz desafios, as matizes dife-rentes, muitas vezes como a junção das cores pri-márias pode originar um colorido singular, mas as

mesmas diferenças podem também desestabilizar a con-figuração familiar.

Por variadas razões casais optam pelo caminho da Adoção, enfrentando eles também, muitas vezes pre-conceito e discriminação dentro da própria família, bem como na sociedade que considera essas pessoas “santas” ou “loucas”.

Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA),administrado pelo Conselho Nacional de Justi-ça(CNJ), a maioria dos pretendentes a adotar quer bebês com até 3 anos, brancos, sem irmãos e com nenhuma do-ença ou deficiência, seja ela física ou mental. Essa “sele-ção” faz com que haja 5,5 vezes mais pretendentes do que crianças aptas a serem adotadas. Sem falar na lentidão do Sistema Judiciário.

E. nos conta que sonha em ser fotógrafa, ter um ga-tinho, passear na praia com pais que a amem, protejam e respeitem. Mas E. só sonha, porque ela tem 15 anos, é negra e possui deficiência auditiva, estando assim fora do “perfil” para adoção.

Em termos legais, a adoção, depois de concluída é ir-reversível. O ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente estipula um período de adaptação entre as partes, a fim de que seja avaliada a compatibilidade, prevenindo-se um futuro arrependimento de ambas as partes. Inúmeros são os motivos que podem levar pais a tomar esta decisão de “devolução”, mas a idealização de um filho, sem levar em conta suas singularidades, é a principal. O que acontece é que o filho real não corresponde às expectativas dos pais

e aí começam as dificuldades, e muitos pais mesmo de-pois de todo processo e de obterem a guarda definitiva da criança, desistem. Frente a isso, o que a jurisprudência tem adotado é mover uma ação por danos morais sobre os pais adotivos. Porém uma experiência como essa, re-edita o abandono, sendo de grave abalo psicológico, e o que deveria ser um ato de amor, ganha dimensões cruéis .

Gerar acolhe conceitos como criar, conceber, produ-zir, formar, desenvolver, dar vida, nascer. Palavras que se aplicam perfeitamente a fecundação e gestação de um novo ser. Para adotar também é preciso gerar dentro de si mesmo coragem, e vontade de alargar o seu amor para além dos vínculos de sangue. O ventre amoroso mora en-tão, no coração deste casal que juntos assumem esse filho do coração.

São José, esposo de Maria e pai ADOTIVO de Jesus, é exemplo de pai presente, Deus o escolheu para transmitir a outras famílias a importância deste laço familiar em uma sociedade.

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

[email protected]

facebook.com/Rose.rsgo

A comunidade de Santa Teresinha e a fa-mília Fernandes, parafraseando a célebre promessa da padroeira, faz chover uma

chuva de Rosas no Céu.A Rosa da acolhida, sempre atenta a todos que

cruzavam seu caminho.A Rosa do zelo, se esforçando sempre para man-

ter tudo arrumado e no agrado de nosso Deus.A Rosa da firmeza, sempre acompanhada de

um sorriso, sem nunca proferir uma palavra ríspida.A Rosa da amizade, sempre presente na parti-

lha dos momentos de alegria e no suporte amoro-so nas horas difíceis.

A Rosa do respeito, nunca questionando ou des-prezando alguém em função de sua condição.

A Rosa mãe, sempre preocupada com os filhos e que tudo faz pela felicidade e bem estar deles.

A Rosa evangelizadora, que sozinha ou com o Jorge conduziu tantas pessoas para o encontro com Cristo.

A Rosa da amizade, que nos brindou sempre com o abraço aconchegante, a palavra serena, sá-bia e estimulante, o apoio firme e decidido.

A Rosa da misericórdia, sempre pronta a re-começar, a partir do perdão, seu relacionamento com os outros.

A Rosa da fé, nunca duvidando dos desígnios benignos do Pai.

A Rosa do amor, pura doação de si para a fa-mília, a comunidade e o mundo.

Santa Teresinha, Senhora Virgem Maria, todos os Santos e Santas de Deus: recebam nosso hu-milde presente e aproveitem essa chuva de Rosas!

Luiz Fernando e Ana Filomena

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facebook.com/lzgarcialz

Uma chuva de Rosas no céu

dEstAquE

8 • Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação • 9

Santidade na vida a doisSerá que conseguimos? Papa Francisco propõe uma excelente reflexão sobre o matrimônio

“Um casamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos”

Papa Francisco

“O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos

os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer

como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em

humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos”

Papa Francisco

Apesar de ser uma tarefa difícil, Papa Francisco, mo-derno e muito sensível às diversidades do momento, diz que é possível sim ter um casamento santo. “A vocação para amar sem reservas e medidas está na base para o livre consenso que constitui o matrimônio”, ressalva Francisco.

Luiz Fernando, coordenador da Pastoral Familiar da paróquia Santa Teresinha e da Região Santana, também discorre sobre o tema. “A vida comum no matrimônio é sustentada pela graça sacramental. Esta é uma graça especializada, que dá ao casal a paz, força e suporte em sua vida como uma só carne. Ajuda na manutenção dos compromissos matrimoniais, assumidos com o sim no altar - a liberdade de amar o outro, a unidade repre-sentada pela fidelidade e indissolubilidade e a geração, criação e educação da prole. Recorrer à graça do sacra-mento do matrimônio ajuda, também, nos momentos difíceis, que sempre acontecem ao longo da vida es-ponsal. O Espírito Santos nos aponta o caminho para a superação das dificuldades e o casal, quando a ele recorre e lembra das promessas de Deus, sai das crises mais forte e unido”.

Em recente abordagem sobre o assunto, Francisco dá, diríamos, a receita para um casamento feliz, de su-cesso. Ele começa falando sobre o amor. “O que enten-demos sobre o amor? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode cons-truir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é

construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus.”

Depois fala de três palavras mágicas que, para ele, sustentam toda e qualquer relação, principalmente, a conjugal: “posso?, obrigado e desculpe”.

“‘Posso?’ é o pedido amável de entrar na vida de al-guém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: ‘A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e man-tém o amor’. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia.”

“Obrigado’: a gratidão é um sentimento importan-te. Sabemos agradecer? É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se ‘obrigado’. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer ‘obrigado’ para caminhar juntos.”

“‘Desculpe’: na vida cometemos muitos erros, enga-namo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de uti-lizar esta palavra tão simples: ‘desculpe’. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se descul-par. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir des-culpa. Também assim cresce uma família cristã.”

Durante a reflexão, o papa também brinca em re-lação às sogras. “Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos.

Isso sem falar da sogra perfeita...” E finaliza dizendo que “existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente.”

“É difícil, mas bem possível”Para falar um pouco sobre a realidade que é a vida

a dois, fomos conversar com o casal de paroquianos, Marlene e Raimundo Melo. Eles, que têm 3 filhas e 5 netos, 47 anos de casados, nos dizem como fazem para manter vivo o amor e uma relação de sucesso por tanto tempo.

“Fomos educados na Igreja e todo ensinamento nos foi passado de forma bonita e singela. Isso nos deu base para um casamento sólido e maduro. Temos muita con-fiança um no outro e somos comprometidos com nossa relação e com a família que nos propomos a fazer. So-mos companheiros e gostamos de fazer as coisas jun-tos. Temos que ser únicos, unidos, mas também temos nossas diferenças e isso é importante para o casal. O respeito se inicia aí, entendendo e acolhendo as dife-renças do outro. Somos dons de Deus e precisamos nos respeitar. Claro que muita coisa nos irritam. Viver junto, principalmente nessa época da vida que, literalmente, fazemos tudo junto por conta da aposentadoria, é mais difícil ainda, mas bem possível. Precisamos relevar e renovar. Precisamos saber perdoar, ser caridoso com o parceiro e conosco também. Não tem mágica. Tem um viver diário, respeito e admiração constante. Compa-nheirismo e amizade. E, acima de tudo, temos Deus no comando de nossas vidas e família”.

Fonte: www.aleteia.org/

Todo mundo diz que não é fácil. Mas ninguém dei-xa de casar e, por incrível que pareça, o número vem aumentando. A última pesquisa que existe é

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostra que, em 2013, as pessoas se casaram mais do que em 2012 e também se divorciaram menos. Para se ter uma ideia, foram 1,1 milhão de novos casados, 1,1% a mais do que em 2012.

E isso é fato. Se formos atrás das Igrejas para mar-car uma data de casamento, tem de se fazer com, pelo menos, um ano de antecedência. As pessoas gostam de casar e levam à sério o sacramento do matrimônio, pelo menos no que diz respeito à indústria. Ela é milionária.“

Mas será que tudo isso, todo esse preparo, sustenta um casamento? Pode-se dizer que isso ajuda para ter uma união saudável e duradoura? Papa Francisco diz que vai muito além disso. “Casamento não é só vestido, flores e fotos”, diz o papa.

Em outubro próximo, um casal modelo será cano-nizado por Papa Francisco. Zélia Guerin e Luís Martin, pais de Santa Teresinha, serão o primeiro casal santo da história. Já são beatos, mas agora se tornarão santos. Santos pelo conjunto da obra, pela família, pela forma que conduziram a vida conjugal, pela fé e caridade. (mais na pág.16)

“Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem

regras que se podem resumir exatamente naquelas três

palavras: ‘posso?’, ‘obrigado’ e ‘desculpe’”Papa Francisco

Papa Francisco diz que casamento vai além de vestido e flores; abaixo, pais de Santa Teresinha, que serão canonizados em outubro

FAMíliA sAlEsiAnA

ExpEriênCiA viCEntinA

A Romaria dos 200 anosJá são 15 anos que a Família Salesiana celebra seu fundador Dom Bosco indo à casa da Mãe Aparecida que também é Auxiliadora, sempre muito perto da data do nascimento do santo, que se comemora em 16 de agosto

Em 2000, menos de duas centenas de pessoas se reuniram em Aparecida e ce-lebraram com uma caminhada do Porto

de Itaguaçu até a Basílica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, também conheci-da como o Santuário de Aparecida e ali ce-lebraram uma festiva e alegre missa. Desde então, essa pequena multidão só fez crescer, atingindo nos últimos anos alguns milhares de participantes, de todos os ramos da Fa-mília Salesiana, tendo se tornado um evento fixo no calendário da Inspetoria Salesiana de São Paulo. No entanto, para o ano de 2015, em que se celebram os 200 anos de nasci-mento de Dom Bosco, quando todo o mun-do salesiano se prepara para grandes come-morações, não poderia a Romaria Salesiana continuar sendo apenas uma tradição anual. Dessa forma então, este ano, a Romaria Sale-siana torna-se um evento de âmbito nacional

e conta com uma programação especial. No sábado, a tradição é mantida, com a concen-tração no Porto de Itaguaçu, onde a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, saindo em caminhada até a Basílica, onde será celebrada a missa dos 200 anos de Dom Bosco, sob a presidência do salesiano arce-bispo de Passo Fundo, Dom Antonio Carlos Altieri, mas não termina aí a programação especial. Àqueles que puderem permanecer nas festividades, está reservado um show com bandas salesianas e da Canção Nova no município vizinho de Cachoeira Paulista, sede do ramo “caçula” da Família Salesiana no Brasil. No domingo, no exato dia em que se celebram os 200 anos, ele se inicia com uma missa especial dos 200 anos, seguida de uma apresentação sobre Dom Bosco pelo salesiano Pe. Maurício Miranda, após a qual uma Hora Santa de Adoração ao Santíssimo. Toda essa programação você encontra deta-lhada na página 15, com informações inclu-sive sobre hospedagem em Cachoeira Pau-lista. Não perca a oportunidade de participar desse momento de grande festividade e espi-ritualidade para homenagear o Pai e Mestre da Juventude, São João Bosco.

Valentina veio até nós por indica-ção de sua amiga, que na época era assistida de nossa conferên-

cia. Ela estava grávida de sua segunda fi-lha e seu marido havia abandonado o lar.

Para piorar a situação, ela não tinha apoio financeiro da parte dele e seu salá-rio era insuficiente para arcar com tudo. Por ser uma boa funcionária, o patrão também a ajudava muito, principalmen-te por conta das faltas decorrentes das crianças, que frequentemente adoeciam.

Angustiada por não ter alguém de confiança para cuidar delas, arriscou

morar no litoral, perto de sua irmã. In-felizmente, por falta de apoio do cunha-do, retornou a capital.

Quando nos procurou nesta segun-da vez, já havia arrumado emprego numa grande rede de hortifruti, mora-dia e escola para as crianças.

O grande desafio que nos relatou foi conciliar o horário da escola com o de seu emprego. Ela saía no horário de almoço para levar a filha mais velha à escola e retornava correndo para o tra-balho. Às vezes, nem almoçava. Aceitou nossa proposta em ajudá-la no paga-

mento de transporte escolar, garantin-do assim segurança e tranquilidade.

Podemos dizer que nós aprendemos muito com o testemunho de vida dos assistidos, como por exemplo, esta mu-lher, que luta para cuidar de suas filhas com tanto amor.

Se Valentina, mesmo com poucos recursos, não desiste das suas filhas e busca superar as dificuldades, precisa-mos refletir e perguntar a nós mesmos, de forma particular: “que tipo de doa-ção tenho feito pela minha família?”.

Esta é uma das famílias cadastradas

na nossa conferência atualmente. Se você deseja conhecer as demais e aju-dá-las de alguma forma, participe de nossas reuniões. Ocorrem às segundas-feiras, depois da missa das 19h30.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado! Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

A valentia de Valentina

10 • Santa Teresinha em Ação

Fique atento! Muito em breve serão abertas as inscrições em nossa paróquia

Santa Teresinha em Ação • 11

AMAr É...

Acreditar no Sacramento do Matrimônio

Amar é partilhar o sonho e a realização de uma vida de amor a dois, vivendo nas gra-ças conferidas pelo Sacramento do Matri-

mônio àqueles que dão seu sim de corpo e alma por toda a vida.

O casamento na Igreja não é um ato mera-mente social, mas sagrado. É autentica vocação natural entre homem e mulher, que Jesus eleva a condição de sacramento quando em Mateus 19, 6 diz: “ Assim já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.

E casar na Igreja tem três exigências básicas: a liberdade (ter consciência e querer de fato), amor e fidelidade por toda vida e o caráter procriativo (aceitação e educação dos filhos).

Com tantos desafios colocados pelo mundo, e para melhor entender o que o matrimônio re-presenta para o casal que deseja se casar, a Igreja exige a Preparação para a Vida Matrimonial, que conhecemos equivocadamente por curso de noi-vos.

Esta Preparação hoje tem amplo material de base, e deve se levar em conta não apenas o dia a dia do casal, mas principalmente o Querigma: apresentar Cristo a estas novas famílias e reforçar a sacralidade do casamento na Igreja e novamen-te lembrando que é um ato que deve ser de livre vontade dos noivos.

O setor de Vida e Família da CNBB oferece e propõe um Guia de Preparação a Vida Matrimo-nial, preparado a partir do Diretório da Pastoral Familiar, Diretório dos Sacramentos, Familiaris Consortio (documento da Igreja), entre outros, assim como as experiências práticas nas dioceses do Brasil.

Na Preparação para a Vida Matrimonial, pro-cura-se levar os jovens que estão prestes a se ca-sar a uma reflexão sobre vários aspectos da vida familiar, em seu cotidiano e também no aspecto espiritual e religioso. Entre vários temas destaca-mos: Amor Conjugal (o que é, como aperfeiçoá-lo), Conhecimento de si e do outro (masculino e feminino), o Diálogo, Exercício da Sexualidade Humana, Filhos, Sagrada Família, Espiritualidade do Casal, Liturgia do Matrimonio e, principal-mente, Sacramento do Matrimônio.

Hoje em dia há uma indústria para o casa-mento muito diversificada, portanto é de suma importância passar ao casal que deseja se ca-sar na Igreja o significado do Sacramento. Não se deve casar na Igreja porque é bonito, ou para agradar familiares. O corredor da igreja não é pas-sarela e o altar não é palco. O casamento na Igreja é ato de amor sagrado. É colocar Cristo no cen-tro da vida desta nova família, para ajudá-la a ser santa e vencer as dificuldades do mundo.

Temos a Preparação de Noivos na Santa Teresinha?

A Preparação a Vida Matrimonial em nossa paróquia é bem antiga. Começou com três queridos casais há quase 40 anos: Raquel e Novelli, Odilo e Therezinha (foto) e Victor e Claedmar, com orientação do Padre Francisco que contou com a colabora-ção entusiasmada de Raimundo e Marlene, entre outros casais. Também não podemos deixar de citar a coordenação amorosa de Ayrton e Cristina por mais de 10 anos, dando um toque de acolhi-mento muito grande a todos.

Quem faz parte da equipe?Sob orientação do Padre Camilo, compõem a equipe o casal coordenador,

Sergio e Meire, Marcia e Osni, Silvio e Gabriela, Cris e Adriano, Orlando e Mar-cia, João Victor e Antonieta, Ana Carolina e Marcelo, Eugenia e Jaime, Ana Filo-mena e Luiz Fernando e Otávio, sempre presente para a animação musical.

E hoje, como é a Preparação?Por ser uma paróquia “casamenteira”, a Preparação na Santa Teresinha sem-

pre foi bastante cuidadosa e zelosa com as coisas de Deus procurando aproveitar a oportunidade para apresentar Cristo a estes casais. Ela era feita em quatro encontros aos sábados, e o encerramento na Missa das 11h de domingo, em que a comunidade acolhe estas novas famílias. Com a implantação da Pastoral Familiar e a utilização dos temas e dinâmicas do Guia sugerido pela CNBB, passou para cinco sábados e a Missa no domingo. Desde 2013 também foi adicionado o Bate Papo com os pais dos noivos, momento muito rico de partilha nesta hora de mudança familiar.

Quando é feita? É sugerido fazer a Preparação pelo menos com 6 meses de antecedência, uma

vez que perto da data poderá haver muitos contratempos. Fazemos quatro edições da Preparação por ano e as datas de 2015 estão no site www.cursodenoivos.com, onde podem ser feitas as inscrições.

quE dElíCiA!

CidAdAniA

Alcachofras por herança

“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.” (art. 5º, II da Constituição Federal do Brasil).

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém.” (1 Cor, 6,12).

Estas duas frases que aparentemen-te expressam ideias completa-mente diferentes, na verdade são

complementares.Uma expressa o limite segundo a Lei

humana, e a outra revela o limite moral dos atos humanos.

Como cidadãos, devemos sempre procurar exercitar nossos direitos e cumprir nossas obrigações.

Porém, muitas vezes nosso limite está além da Lei humana, visto que um ato pode ser legalmente possível, mas moralmente indevido.

Assim devemos refletir sobre nossa conduta social e procurar ir além das aparências. Precisamos ultrapassar a barreira do legalmente correto e chegar ao limite do moralmente adequado.

Isto se aplica a todas as instâncias de nossa vida, desde nosso trabalho, nossa família, nossos amigos, nossos paren-tes mais distantes, nossos vizinhos e

até nossa cidade. Quebrar paradigmas não é fácil e requer certa disciplina e perseverança. Disciplina de sempre nos questionarmos sobre o alcance de nos-sos atos. E perseverança para ultrapas-sar o limite legal e chegar ao que moral-mente deve ser feito.

Mas como fazer isto na prática? Uma saída... Pergunte-se: O que Jesus faria no meu lugar?

Às vezes a resposta pode parecer es-tar além das nossas possibilidades, mas nos indica um caminho a ser seguido.

Então a resposta está sempre conos-co, ali esperando. Nós é que precisamos estar atentos para conseguir ir além das

aparências. Então pensemos no nosso dia a dia. O que poderíamos fazer para ultrapassar a barreira do legalmente correto para atingir o objetivo do mo-ralmente adequado?

Vale lembrar que muitos dos san-tos, foram pessoas que conseguiram ultrapassar a barreira do que lhe era devido, buscando algo mais, um bem maior.

Eles devem ser nossa inspiração, nosso modelo de conduta.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

Devemos ir além do legalmente correto e chegar ao moralmente adequado

Alcachofras recheadasIngredientes: 4 alcachofras grandes1 litro de caldo de carne2 pãezinhos amanhecidos, sem casca (uso 4 fatias de pão de forma integral, se for mais fácil)1 xícara de leite100 g de linguiça sem pele, desmanchada (pode ser de frango, se preferir usar frango no lugar da carne moída)150 g de carne moída (ou frango)2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado1 colher de sopa de salsinha picada1 ovo2 colheres de sopa de farinha de rosca2 colheres de sopa de manteiga ou margarinaSal a gosto

Modo de Preparo:Limpe as alcachofras, tirando as folhas mais duras, o talo e pontas e cozinhe no caldo de carne por mais ou menos 30 minutos ou até que estejam macias; enquanto isso , coloque o pão de molho no leite. Em uma tigela, misturar a carne, a linguiça, o queijo, a salsinha, o pão espremido, o ovo e um pouco de sal.

Misture bem.Escorra a alcachofra e deixe esfriar, separe as folhas e recheie com a mistura feita na tigela; toste a farinha de rosca com 2 colheres de sopa de manteira; coloque as alcachofras em um pirex ou assadeira untada com um pouquinho de manteiga; cubra com a mistura de farinha de rosca e leve ao fogo alto (200 graus), por uns 15 minutos.

Este mês seria o aniversário da minha avó, a Dona Lourdes, uma mineira calma, tranquila, muito inteligente

que sempre me inspirou: não sabia ler ou escrever, mas tinha uma super memória. Fazia tudo “de cabeça” e eu pedia a receita daquilo que gostava e escrevia no caderno da minha mãe.

Sempre nos incentivava nos estudos e dizia: “Saber não ocupa espaço”. Ela falava dois idiomas, sem escrever uma palavra em nenhum deles! Uma fofa e super avan-çada para sua geração.

Bom, com uma de suas receitas, fica aqui a minha homenagem a esta mulher que eu sempre admirei, vovó Lourdes!

Rosângela Melatto, chef de cozinha

[email protected]

facebook.com/rosangela.melatto

12 • Santa Teresinha em Ação

JuvEntudE

Santa Teresinha em Ação • 13

NOVIDADES PARA A JUVENTUDE!Grupo de Jovens terá início na nossa comunidade em agosto

1º passo: Vá à secretaria, e peça a FICHA DE INSCRIÇÃO para o Grupo de Jovens, meramente para

fins de comunicação (entenda por: novo grupo no whats)

2º passo: Compareça à primeira reunião do grupo no DOMINGO, 2 DE AGOSTO ÀS 9 HORAS, com

missa às 11h para fechar com chave de ouro!!! Procure a Jéssica, a reunião acontecerá no salão

“Padre Francisco”, carinhosamente conhecido como, “salãozinho” (qualquer dúvida, pergunte na

secretaria)

3º passo: Gostou? Acha que algum amigo seu se interessaria? Chama ele!!! Acha que algum

amigo não se interessaria? Chama também!!!

4º passo: Seja bem-vindo à juventude católica da comunidade Santa Teresinha

Ah! que fique claro: nÃO há liMitEs dE insCriÇÕEs!!!

A galera que monta essa página do jornal é jo-vem, sabia? Somos em quatro! Dois garotos e duas garotas, e estávamos conversando sobre

a edição de julho...o que falar? Férias? E dentre muita dúvida, até atrasamos com essa edição. E estávamos com “férias” como ideia fixa, até que...SURPRESA!!! Juntamos férias+planejamento+igreja e chegamos ao Grupo de Jovens!

Explicando a equação: nas férias, fazemos pla-nejamentos, não só para o mês de julho, mas para o segundo semestre também...e a igreja, e a religião devem estar nesse planejamento, porém muitas ve-zes esse encaixe é complicado, porque os jovens não podem participar e assumir as responsabilidades do crisma, que é , até então, junto com o GAM os dois grandes ramos da juventude na comunidade.

Pois é meu povo, agora temos uma nova opção!!! E conversando com a Jéssica, jovem, membro da equi-pe de liturgia e ministros e ex catequista de crisma, descobrimos mais informações para VOCÊ que quer participar da comunidade e de um novo grupo!!!

A Jéssica participou do crisma por OITO ANOS! E enfatizou: “(...) foi uma experiência enriquecedo-ra, em que cresci muito como mulher, profissional, e principalmente, como católica.” Mas, como todos nós jovens, ela estava buscando mais!!! “Com o tem-po, percebi o quanto a paróquia necessitava de um grupo que pudesse acolher todos os jovens que cris-mamos.” E eis que surgiu a ideia!!!

“(...) Conversei com alguns amigos que saíram do crisma e outros que também queriam ver a paróquia com um grupo de jovens e começamos a pensar em um projeto. Durante a elaboração, contamos com a colaboração do padre Camilo que nos deu total li-berdade, além de grandes conselhos!” TCHARAM! Surgia o Grupo de Jovens da Paróquia Santa Teresi-nha!

Mas, você deve estar se perguntando: “Tá, ok...mas, o que vai rolar?” Calma, a Jéssica explica:

“Nas reuniões iremos aprofundar nossos estudos, por meio de debates e palestras com convidados. Além disso, vamos organizar momentos de oração e eventos para a comunidade, principalmente para os jovens que ainda não participam de nenhuma pastoral.” Demais né? Mas, não é só isso não...: “(...) e como acreditamos que a igreja precisa ser atuante na sociedade, faremos também visitas a projetos so-ciais” Fala sério?! Um grupo desses, era o que você queria! E sob as ordens do chefe! O Papa Francisco

disse, na Jornada Mundial da Juventude no Rio, em 2013: “Quero que vocês saiam! Quero que a igreja saia às ruas!” e...se o chefe manda, a gente obedece não é mesmo???

Por fim: “(...) passaremos a representar a paró-quia em todas as reuniões e eventos da juventude.”

E segue o convite: “TODOS os jovens estão con-vidados a fazer parte desta nova família. Basta ter curiosidade em aprender mais sobre a nossa religião,

além de ser uma oportunidade para fazer novos ami-gos, é claro!!!”

E aí? Tá animado? Curtiu? Gostou? Daria um like? (se a página fosse touch), então, como a nos-sa edição é muito firmeza, vamos passar pra vocês, em primeiríssima mão, as informações mais impor-tantes para participar!!! Já tem uma galera que con-firmou presença no primeiro encontro...não deixa escapar hein, siga nosso passo-a-passo!

EspECiAl

AniMAl!

Intolerância religiosa, só os outros é que têm?”

A intolerância religiosa é algo mais comum do que se pensa. As pes-soas por não conhecerem os

costumes das diversas religiões acabam criticando e julgando sem conhecer. Às vezes me questiono o que vem a ser essa tal de intolerância. Se acontece somente com os outros ou tenho parte nisso tam-bém. Para tecer uma possível explicação procurei o verbete no dicionário Hou-aiss que trouxe o seguinte: Intolerância é “ter atitudes odiosas e agressivas sejam elas de caráter político ou religioso” sen-do assim endossada pela sociedade de hoje: não se pode ter diferenças!

Desde pequeno fui ensinado que “política, futebol e religião não se dis-cute”. Bom, a política até que não se dis-cute devido à descrença nela própria. O futebol discutimos, mas não chegamos a consenso nenhum. E a religião? Na ver-

dade, nunca se discutiu tanto sobre esse assunto como na atualidade, devido às atrocidades que são praticadas em nome de Deus ou da religião. O que acontece muitas vezes é que não conseguimos dialogar com as demais religiões. O diá-logo, faz que guardemos conosco o que é essencial de nossa religião, pois o es-sencial nos alimenta. Jesus nos fala que devemos nos amar uns aos outros assim como ele nos amou (cf. Jo 13,34). Esse é o fator essencial para nós Cristãos.

Um fato que me fez ser tolerante a ou-tras religiões foi um caso de família. Meu padrinho de batismo, católico, acompa-nhou-me no exercício da fé até perto dos meus 10 anos. Sempre gostou de estudar a palavra de Deus. Devido aos estudos, com o passar do tempo, tornou-se evangélico, mas nunca perdeu o elo com minha famí-lia. Estudou filosofia, teologia e especiali-

zação pastoral e se tornou pastor. Toda vez que eu voltava de férias do seminário, conversávamos sobre vários assuntos e o que mais gostava era a presença de Maria, Mãe de Jesus, na Bíblia. Quando fui estu-dar teologia (2006) ele me convidou para pregar ao povo de sua igreja sobre Maria na Igreja. Fui muito bem acolhido e ele fazia questão de dizer ao povo que eu era católico e estava estudando para ser Pa-dre. Quando me ordenei padre (2010), ele participou da missa e ao final, pediu que eu o abençoasse. Hoje somos grandes amigos. E sempre que posso encontrar-

me com ele, temos um dialogo fraterno e profundo sobre a palavra de Deus, ten-do as devidas fundamentações bíblicas e partilhas de vivência.

Mesmo assim, volto ao questiona-mento que me faço sobre ter parte na atu-al intolerância e estendo a reflexão a você: como você enxerga e se relaciona com ou-tras religiões?

Pe. Vinicius Ricardo de Paula, sdb

Diretor - Oratorio São Luiz e

Santuário Sagrado Coração de Jesus

– Araras/SP

Guilherme Iurko desde pequeno queria um cachorro, mas, seus pais Meire e Sergio, nunca aprovaram

por morarem em apartamento. Guilher-me cresceu, e a vontade continuou junto com uma simpatia por Beagles. Decidiu ter um cão dessa raça, mas, sabia que só

conseguiria realizar o sonho quando ti-vesse a própria casa. Conformado mas nem tanto, quem tem um sonho corre atrás. E Guilherme resolveu tentar mais uma vez, usando os argumentos de que agora trabalha e tem estabilidade finan-ceira suficiente para sustentar os custos

de um animal de estimação. E, durante o jantar, com a família Iurko reunida viu uma chance e fez o pedido novamente. Mais uma vez negado. Não convencido, dois dias depois mandou para a mãe uma foto de um filhote de Beagle bem fofo e disse que era de um amigo da faculdade que estava doando e... nada.

Para a surpresa na mesma semana enquanto estava na casa da namorada Guilherme recebeu a ótima notícia de que a ideia de um cachorro para a fa-mília Iurko finalmente estava aprovada. Sem perder tempo correu para internet para comprar um filhote de Beagle. Mas, e o filhote do amigo da faculdade que es-tava doando? (Era mais um argumento de convencimento). Ops! Meire não fi-que brava se descobrir aqui pela coluna Animal que esse filhote de um amigo de faculdade não existia (risos). Antes que a família mudasse de ideia Guilherme comprou seu tão sonhado cachorro. E

foi assim que a Belinha chegou à família! Com um pouco mais de dois meses de idade no começo de novembro do ano passado. Como todo filhote, ainda mais da raça Beagle, é brincalhona, agitada, companheira e muito fofa. E a família toda se apegou logo de cara. Os cuidados diários de passeios, banho, alimentação e veterinário são por conta do Guilher-me, mas, toda família ajuda. E para ale-gria de todos virou um ritual diário da família IurKo. Meire, Sergio, Guilherme e os irmãos Felipe e Victor são recebidos pela Belinha quando chegam e é obri-gatório uma brincadinha rápida mesmo quando estão com pressa.

Raquel Raimondo

Médica veterinária

facebook.com/raquel.raimondo

Sonho de criança

14 • Santa Teresinha em Ação

ACOntECE

A tradição do tapete se mantém. http://bit.ly/cchristi2015

Santa Teresinha em Ação • 15

JOVEM!Se você tem mais de 14 anos e ainda não foi

crismado, não perca esta oportunidade.

Início da preparação para Crisma, no dia 01 de setembro de 2015, às 9h00 no salão paroquial.

Se você não foi ainda batizado ou não fez a Primeira Eucaristia, também pode participar.

A preparação tem duração de um ano e meio e você pode ter todas as

informações necessárias bem como se inscrever fazendo o download da Ficha de

Inscrição em bit.ly/crisma2015

ROMARIA 2015 - PROGRAMAÇÂOsáBAdO - 15 dE AgOstO / 201509h30 Concentração no Porto Itaguaçu.10h00 Caminhada até o Santuário Nacional pela Avenida Itaguaçu.12h00 Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 18h00 Acolhida na Canção Nova, Cachoeira Paulista, SP18h15 Jantar20h00 Bandas Juvenis21h00 Intervalo21h30 Show CN22h30 Intervalo23h00 Show CN00h00 Encerramento

dOMingO - 16 dE AgOstO/2015Programação Especial na Canção Nova, Cachoeira Paulista07h00 Café da manhã (Praça de alimentação)08h00 Missa festiva de Dom Bosco10h00 Lanche10h30 Palestra - Pe. Mauricio Tadeu Miranda, sdb11h15 Adoração ao Santíssimo12h00 Almoço (Praça de alimentação) e encerramento

• Pousada Sérgio Abib - Canção Nova Quartos coletivos de 8 leitos, separando

feminino de masculino e banheiro no corredor

Tel.: (12) 3186-2003 [email protected]

• Hotel Videiras Palace Contato: Isael Contato: 24 hs fodos os dias Tel.: (12) 3101-1732 [email protected]

• Pousada Mãe de Deus Contato: Mauricio Tel.: (12) 99126-2141 [email protected]

• Hotel Rainha dos Apóstolos Contato: Meiry e Geraldo Tel.: (12) 3101-2056 Cel.: (12) 99202-5404 [email protected]

• Pousada Família de Nazaré Contato: Mari - 08:00 às 18:00h Tel.: (12)3103-3218 I 8168-5532 [email protected]

• Hotel Água Viva Tel.: (12) 3103-3330 [email protected]• Pousada Padre Pio Contato: Paulo - 07:00 às 18:00h Tel.: (12) 3103-3028 [email protected]

• Hotel do Feijão Contato: Vânia - 07:00 às 20:00h todos

os dias Tel.: (12) 3101-3475 [email protected]

• Hotel do Reinildo Tel.: (12) 3101-3534 Cel (12) 99785-7464 / 99117-2525/

98125-3757 Vivo Claro Tim

• Pousada São Nicolau Tel.: (12) 3101-3452 / 9777-1179 [email protected] www.pousadasaonicolau.com.br

• Pousada da Evanira Contato: Evanira - 17:00 às 23:00h Tel.: (12) 3101-3990 [email protected]

• Hotel Torino Plaza Contato: Jorge Tel.: (12) 3101-3553

• Pousada Dona Nágila Contato: Nagila- 18:00 às 22:00h Tel.: (12) 3101-2422

• Pousada Adoração e Missão Contato: Gorete - 1 O: 00 às 23:00h

todos os dias Tel.: (12) 3103-3852

• Pousada Angélica Contato: Luiz ou Angélica - 08:00 às

24:00h todos os dias Tel.: (12) 3101-4319

Hospedagem em AcampamentoA Canção Nova também disponibiliza um espaço para acampamento. Entrar em contato diretamente com:Acampamento - Camping CNInformações: Tel.: (12) 3186-2000 r. [email protected] do Camping:http://blog.cancaonova.com/infraestrutura/camping/regulamento-do-camping/

Hospedagem em Cachoeira Paulista

Luís e Zélia, inabaláveis na fé

Por Daya Lima

EntrEvistA

16 • Santa Teresinha em Ação

Zélia e Luís: pais de Santa Teresinha que serão canonizados em outubro durante o Sínodo das Famílias

Dia 18 de outubro próximo é o dia escolhido para a canonização dos pais de Santa Teresinha, Zé-lia Guerin e Luís Martin. Não por acaso, eles se

tornarão santos exatamente durante o Sínodo das Fa-mílias. Exemplo de casal, de pais, de amigos e de ser-vidores. Quem nos diz isso é o estudioso e fundador da Comunidade Sagrada Família, Italo Fasanella, com quem a reportagem do Santa Teresinha em Ação con-versou sobre o assunto.

Santa Teresinha em Ação – Italo, por que os pais de San-ta Teresinha são santos?Italo Fasanella – Muitos diriam que são santos só por-que são os pais da Padroeira das Missões, nossa que-rida santinha. Mas é exatamente ao contrário. Por eles serem santos é que Teresinha se tornou santa. São san-tos pela vida que construíram a dois. Pelo exemplo de família que se tornaram. Pelo amor e pela caridade que desprendiam. E claro, para ser santo precisa ter mila-gres comprovados, e o casal tem dois: Pietro (menino italiano que hoje tem 12 anos) e Carmem (espanhola). Pietro, tal como Carmem, foi desenganado pelos mé-dicos ainda bebê, sem chance de vida. Foi pedida uma intercessão ao casal e ele foi curado. Recentemente se encontrou com o papa na ocasião da beatificação do casal. Carmem, também bebê, nasceu com uma he-morragia cerebral gravíssima, sem chance de viver. Os pais de Carmem também recorreram ao casal Zélia e Luís. Hoje a menina tem seis anos, saudável, sem ne-nhuma sequela da doença.

STA – E por que o casal? Pelo que consta isso será a pri-meira vez, não?IF – Sim. É inédito. Existe outro casal beato tal como eles, mas canonizados serão os primeiros. A santidade se for-mou com o casal. Luís e Zélia tiveram uma infância pare-cida, com ensinamentos muito rígidos. O pai era militar e assim como a mãe muito religioso. Tanto eram, que os dois, veja só, tentaram ser padre e freira, respectivamen-te. Mas Cristo os quis casados. Luís e Zélia foram, diga-mos assim, rejeitados no seminário e no convento. Se conheceram, se apaixonaram, e foram ser santos juntos.

STA – Então com certeza essa santidade foi o que contri-buiu para suas filhas serem, tal como eles, tão religiosas?

IF – Sem dúvida alguma. Como já disse, Teresinha só foi santa por causa deles. Eles a ensinaram a santidade e a ensinaram a amar a Deus acima de todas as coisas e ser obediente. Luís, dentre alguns mantras, tinha um que era repetido várias vezes ao dia: “Deus é o primeiro a ser servido”, e isso eles seguiam à risca.

STA – É mesmo? Pode nos contar algumas dessas ações que os tornavam diferenciados na fé?IF – São várias. Mas, eles iam à missa todos os dias às 5h30 da manhã. Com chuva, sol, frio, calor, mesmo do-entes, nunca faltavam. Existe um texto que fala da difí-cil fase do câncer de mama de Zélia e que ela ia para a igreja, mesmo que se arrastando, todos os dias. O terço de Nossa Senhora também tinha hora marcada e mui-to destaque na família. Eram rigorosos. Agradeciam a Deus na hora das refeições e o assunto Igreja, devoção, caridade e fé era o que permeava a família. Eles viviam a verdadeira liturgia do lar. Uma eucaristia viva e ativa dentro de casa.

STA – E essa era a maior virtude do casal, para você?IF – É difícil escolher uma, mas para mim a mais mar-cante era a fé inabalável. É impressionante para mim constatar que o casal, Luís e Zélia, eram inabaláveis na fé. Nós sempre caímos em dúvida, mas eles nunca. Hoje a palavra resignação é vista como algo ruim, mas na-quela época não. Eles eram resignados, conformados com a situação que Deus tinha lhes proposto. Confia-vam muito em Deus. Inabaláveis na fé.

STA – Dos nove filhos do casal, ficaram cinco e, dentre eles, Santa Teresinha. Você acha que a educação rigoro-sa, em algum momento, pesou para a família? O exagero dói, certo?IF – Certo, mas não para eles. Tudo o que já li e pude es-tudar sobre o casal é que os filhos, sem exceção, se re-portam aos pais com amor. Santa Teresinha mesmo, em várias de suas cartas, lembra o quão amoroso e caridoso era o casal. O quanto aprendeu com eles e o quanto ela os admirava. Em certos escritos ela dizia que ia à missa com o pai e nem se lembrava do que tinha sido a homilia, já que ficava olhando para o pai o tempo todo, sem pres-tar atenção no padre. “Bastava olhá-lo para saber como rezam os santos”. Outra célebre frase dela era que “Deus me deu pais mais dignos do céu do que da terra”.

STA – Além de toda essa vida voltada para a “liturgia do lar”, como chamou, o que mais destacar na vida santa do casal?

IF – A caridade é uma delas. Uma das filhas ficava en-cucada porque Luís entrava em determinada casa várias vezes. Uma casa estranha, que eles não conheciam. Uma vez Luís levou Teresinha e ela descobriu que tratava-se de uma senhora viúva, sem recursos algum, que só vivia da caridade de Luís. Luís também era daqueles que encon-trava algum necessitado na rua, levava para casa, dava ba-nho, comida e algum dinheiro e o levava de volta para sua própria casa..

STA – Apesar de serem santos, deveria haver brigas. Na sua opinião, o que contribuiu para se tornarem o casal que foram?IF – A amizade. Em vários relatos dá para se ver como eram amigos. Luís se referia a Zélia como sua melhor amiga, companheira e confidente. Zélia o mesmo. Ti-nham espiritualidade conjugal.

STA – E você acha, Italo, que dá para ter um casamento santo nos dias de hoje? Deixe um conselho para os pa-roquianos.IF – Tenho certeza! Tenhamos o exemplo do casal que com simplicidade e muita fé se tornaram modelo. Eram amigos, fiéis a Deus e para com os princípios. Se ama-vam e se respeitavam. Não custa muito para ter um casamento santo, mas precisa ter Deus acima de tudo, espiritualidade conjugal e fé.

Mais sobre o casal e o trabalho de Italo em www.sagradafamilia.net.br