Os Avanços da botânica no século XXI parte XX

download Os Avanços da botânica no século XXI parte XX

of 31

Transcript of Os Avanços da botânica no século XXI parte XX

SIMPSI057

o ensino de botnicana educao ambiental

110ambiente

social e am-

As problematizaes sobre Educao Ambiental, em nvel mundial, intensificou-se na dcada de 1970 e, no Brasil, ganhou relevncia a partir da dcada de 1980 com a produo de trabalhos e artigos, seguidos de programas governamentais e no-governamentais para a formao de educadores. Associado a isso, a promulgao da Constituio em 1988, em seu captulo VI, sobre meio ambiente, institui como competncia do Poder Pblico a necessidade de promo-

unido que a educao am111 de tudo educao, no 11fi inrica, mas aquela que I'I'dagogias orientadas para 110 ocial, a educao amI' tar contextualizada nas 1111'deve estar presente em 1'"~\lS que educam o cidado er estabelecido deve unh cimentos abertos e no 1"1' proporcionem uma viso uuiplcxa realidade, a partir IIh de perspectivas, condu11 111) dos problemas ambienI realizada nos diferentes li III() (infantil, fundamental, li" I), graduao e ps-gra111I diversas categorias das I on .ervao, nas associa11 111,n s sindicatos, meios de 11de massa, etc. A educao 111111' realizada sob o asser 11.111 -formal e informal. Na IlIlil mtal formal os conceitos 1\11 iplicados em sala de aula, I 111lculo e pode estar prer 11111 disciplinas (multidislIS .lcnominada no-formal, I, ('11 olvida fora dos limites v 1IIIIIlUis(empresas, prefeitu11111icos, unidades de conn 11 ) 'possibilitam formar in1"1 tenham conhecimentos, 111 motivaes, participao 1111) ara resolver os problep , impedir que se repitam. Na 111111 intal informal as ques11111so objeto de discusso dlversos, na mdia impressa, I 11111, tendo como base a in111 detrimento da formao 1IIIII'es (meios de comuniIIIIIIll mostrar os fatos quan111 ocorrem e no h tempotil I li

ver a Educao Ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para preservao do meio ambiente (artigo 225, pargrafo 1, inciso VI).Posteriormente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional prev a Educao Ambiental como uma diretriz para o currculo da Educao Fundamental e o Ministrio da Educao apresentou, em sua proposta de Parmetros Curriculares Nacionais, o tema meio ambiente como um tema transversal no currculo escolar. Em 1999, instituiu-se a Poltica Nacional de Educao Ambiental (Lei n" 9.795, de 27 de abril de 1999) que dispe sobre a introduo da Educao Ambiental no ensino formal. A promoo da Educao Ambiental colocada pela primeira vez como obrigao legal (de responsabilidade de todos os setores da sociedade). Em seu artigo 22, a lei dispe que ''A Educao Ambiental um componente essencial e permanente da

I Professora Adjunta do Departamento de Ecologia, Instituto de Biocincias, Universidad I I'dl'l 1i I Av. Bento Gonalves, 9500, prdio 434 11,sala 206, Porto Alegre, RS,CEP 91501970. E-mall'lq~I'I I

para explicaes didticas. A formao de educadores o ponto de partida na perspectiva de mudana. Medina & Santos (2002) propuseram um mtodo de participao-ao para a construo do conhecimento que aponta para a produo de aprendizagens significativas na compreenso dos contedos, procedimentos e valores para a educao ambienta!. Na concepo construtivista da aprendizagem so considerandos os conceitos prvios dos alunos que constrem seus conhecimentos a partir de suas experincias. A rea das Cincias Biolgicas tem uma contribuio essencial na construo do conhecimento do ambiente natural. Os cursos de graduao, nesta rea, conduzem atuao do profissional com cunho conservacionista. Em um levantamento realizado por Guerra et aI. (2004) a respeito das aes/atividades desenvolvidas em educao ambiental na rea de abrangncia da bacia hidrogrfica do lago Guaba, verificouse que, entre as demandas educativas (formal, no-formal e informal) relativas s questes ambientais, 26% dos educadores envolvidos tinham formao em Cincias Biolgicas. Esta porcentagem relativamente elevada, quando comparada com a atuao dos outros profissionais. Tanto nos espaos de ensino formal (escolas municipais e estaduais) e universidades, quanto em rgos ambientais municipais, estaduais e federais que criaram seus ncleos de educao ambiental, at mesmo em organizaes no-governamentais, os bilogos esto inseridos nas equipes de trabalho. Com relao ao ensino de botnica na educao ambiental, observa-se que a maior parte dos trabalhos realizados so oriundos a partir de uma perspectiva conservacionista. Considerando que o Brasil possui menos de 50% de suas

693

Unidades de Conservao sob uso indireto dos recursos, sendo que neste pequeno ndice, estas unidades ainda sofrem presses e no se encontram devidamente planejadas (Vivekananda & Coradin, 1997), o ensino de botnica, associado aos outros saberes, pode contribuir significativamente para o estabelecimento de estratgias de conservao da biodiversidade, seja nos trabalhos realizados com a comunidade visitante, possibilitando uma compreenso mais profunda dos recursos naturais e culturais das reas visitadas, bem como com a comunidade associada do entorno, visando mudanas de comportamentos quanto aos hbitos, atitudes e valores. Por exemplo, as trilhas interpretativas tem sido utilizadas como um dos meios para a interpretao ambiental, tanto em ambientes naturais, como em ambientes construdos, porque traduz a linguagem da natureza para a linguagem comum das pessoas, fazendo com que percebam um mundo que nunca tinham visto antes, principalmente para as pessoas que tem gosto pela aventura e buscam por refgios naturais. De acordo com Vasconcelos (1997), a trilha interpretativa transforma uma simples comunicao de informaes, por uma abordagem diferenciada dos fatos, criativa e provocativa, estimulando a reflexo sobre o ambiente. Estas atividades tambm podem ser realizadas em Praas, Jardins e Hortos Florestais, com informaes botnicas, visando o conhecimento e a manuteno de colees de plantas vivas, tanto nativas quanto exticas, no mbito da educao ambienta!.

Nas escolas a atuao vIII li estabelecimento de horta' ~' 1"'1' passando pelo conhecimcntn I I plantas medicinais, usos cc 11 1111 propostas de recupera d, I bdricos, com a recomposinu " ciliares. Portanto, o ensino cI ' 11\1111' educao ambiental n d,', I ensinar sobre a natureza, 11111I car para e com a natur '~,II. I I compreenso e a ao c l'I'l'lll di" grandes problemas com I' ,111li mem - ambiente e o ensino 11111 do ser humano na biosfcru, '111 a compreenso das c I1lpll' I1 entre a sociedade e a n 11111' processos histricos que '11I1I1h' modelos de desenvolviuu-ut , pelos diferentes grup S ,11\ 111

ticas de ensino de Botnica e a SBBRoque Ismael da Costa Gllich 1

Referncias

bibliogr

fi

GUERRA, T. et aI. Levanuunouuut o Ambienta/lia ref/,ido "" li,,, , do Lago Guatba. Ih'v 1I I Educ.Ambient.IS 'N I 11 I I I neiro a junho de 2004, 1\, 111 I MEDINA,N.M.&SANT S,I ,1111 I ental- Uma metodollHllIl',"11 'I o. Petrpolis, VOZ'S, li', 'I VASCONCELOS, J.lhlllus11111 1,11 'I" cao e recreao. 1'11 ','11 Unidades de Com 'MI\'/'" "I I Palestras, Resumos. It, \t11",I, Moes Aprovadas '11/11/ 11I ' I1997.

VIVEKANANDA, eU"1 >AI 111'1010. Estratgia /1(//'/'/111 ,/I

Workshop 111. 'llllf" ,11 111 des de Conservu li, V,,I I I Iras, Resumos, R '11111 11 h, Aprovadas. Anuis, ('," 1111I ,,'

11111I1' ensino de Cincias/Bio 111 "special o de Botnica no li, lima vez que os contedos 1111 'o tempo reservado a esta 1 h,l\lgia pequeno, temos ainda 1 I hl diversidade vegetal e a ca"li professor em organizar suas 1111endo, nota-se a importns li utilizarmos da metodologia 111 ,'l)1l10 ferramenta pedaggica 11p .nsar novas e variadas for11111. Como o tempo no per11I" 'ia dos professores um plan 'li que possibilite organizar to1111Bulas, este relato pretende 11111l11aS alternativas de ensino 1111 inar e aprender Botni'11 \I .stes possveis e no como , li IS de como fazer educao. li ntuito apresentamos for11,1 de ensino como prticas li 11, que podem ser visitadas 1 ires facilitando o preparo lIillIS e materiais pedaggicos 1111 tlccncia em Cincias/Bio11 nica. Este relato baseia-se , t i ao documental tendo I os Livros de Resumos dos " IIrasileiros de Botnica 111 especial da Sesso de EnsiIHlllica. So apresentadas di1111 mas de ensinar que se reI lurmao inicial e continua1 li 11' .ssores, e fazem crer que '"11 de propor um ensino para

alm do tecnicismo puro de chaves analticas, como nicas formas de se aprender, esto presentes dentro da prpria Sociedade Botnica do Brasil - Instituio da rea, talvez como vozes que, no tm sido ouvidas, mas que hoje despontam.

Resultados - Prticas em XequePor entendermos que a didtica e a metodologia do ensino so cruciais, pesquisou-se os relatos dos CNBs - Sesso de Ensino de 1986 at 2001, atravs de uma investigao documental utilizando-se para tanto da anlise de contedo. Apresentaram-se muitas maneiras de ensinar-aprender, mostrando que possvel romper com aquelas mais tradicionais. No se desacredita que estes trabalhos refletem muito pouco a dimenso do aprender e do ensinar, ou mesmo das relaes entre professor - aluno, mas pensamos ter observado/verificado indcios de que as mesmas publicaes, que fazem um ensino ainda muito tradicional, esto cansadas de serem "dadoras" de aula e clamam por mudanas. Assim sendo, procuramos, tambm registrar outras maneiras para superar o ensino mecanicista, como maneira de reconhecer outros trabalhos relevantes sobre temas recorrentes do ensino de Botnica Sistemtica, sejam eles: a Dendrologia, a Etnobotnica e a Informtica.

IlIi ,llIqla

no Ensino Mdio - Rede Estadual RS, Bilogo, Mestre em Educao nas Cincias. Professor da ," Mtllo - SETREM. Membro do Grupo de Pesquisa em Educao Cientfica e Tecnolgica - NUED /CNPq, li. d.1SBEnBio

A dendrologia: Cincia no apenas de floresDendrologia: grego tado, significam

Aspectos temtica:

Importante 11111 111 I v'dOl 111111 11

fazer nossos Cincia.

alunos

enxergar

o mundo

com os olhos da

a dendrologia inegvel prprio em mental

11 orbrio

Dendronrvore foi criado

e

lagos,

e idcntll

e estudo

ou tra-

respectivamente. Esse termo por A1drovan-

di, em 1668. Dendrologia o "ramo da biologia que trata do estudo das rvores, sua identificao, caractersticas e distribuio geogrfica" (MARCHIORI, 1997, p.lO). Esse estudo muito utilizado rvores, na Engenharia muitas vezes, Florestal, esto pois desprovias

a metodologia tI,'I/'/",/ gue-se por dar grande /I}II. normalmente pouco 11(/111/1",1 tnica Sistemtica, tais, fll/I,' casca, copa, madeira ('lull", leva o estudante 11 Izer comparaes em que convive no ensino, va que pode ficado possibilita de pertena

Visitao a Herbrios institucionais, a fim de mostrar aos estudantes as formas de organizao e armazenamento de espcies no Herbrio. Alm disso, mostra-se a importncia das colees para preservao de bancos de dados. Esta atividade existe para que as escolas possam montar

"I de Herbrio

"

r ~iH, 111 111 com li 1'111111

Herbrios que facilitem o ensino de Botnica, mediante a coleta e armazenamento de espcies na escola, pois, muitas 'escolas no tm acesso a florestas, matas para mostrar flora aos seus alunos, ento o herbrio torna-se sumrio.

11 IIprendizagem

a

111111111"\I'1'i

valorizar

das de flores das a campo.

e precisam

ser identifica-

1 li' ,I

di' \ li). Ii

Quadro

I. Metodologias

de Ensino

produzidas

no mbito da SBB utilizada I 1I0lnico e prtica

Estudo, montagem e aplicao de atividades pedaggicas elaboradas por professores, em conjunto. Aulas diferentes ao ar livre em laboratrios naturais, na forma de oficinas fazem com que o aluno perceba tanto a capacidade do professor de envolv-Ios como faz com que eles se conectem a uma nova forma de organizar o ensino, apropriadas e em nmero variada, com jogos, cabanas, e outras formas de organizao podem realmente fazer a diferena no mbito pedaggico. Podem-se aproveitar as oficinas de aprendizagem para ensinar processos de coleta de material botnico ou para a montagem de herbrio. Coleta de material botnico a campo e estudo na sala de aula, tais como: folhas, caules, razes. Nem sempre o professor precisa do laboratrio para mostrar estruturas, a sala de aula pode vir bem a calhar, mas temos de solicitar que os alunos tragam material. Outro aspecto relevante neste caso que as coletas de material nem sempre precisam do professor. Desde que bem orientados os alunos podem fazIas com muita propriedade. Planejamento, plantio, cuidados e identificao de vegetais na escola. Quando os prprios alunos plantam as espcies eles, conseguem perceber porque preservar o ambiente natural. O envolvimento desenvolve capacidade de entendimento do sentimento de pertena a terra, identidade planetria. Livretos produzidos sobre as relaes entre plantas e pessoas, usos na alimentao, medicina alternativa, entre outros temas. Pode-se dar uma temtica aos alunos, aps um passeio de observao e pronto. Em grupos podem organizar cartilhas, livros que contem uma histria em quadrinhos que pode ser desenhada e pintada em grupos e depois publicada inclusive, servindo de fonte para outras sries e nveis.

Tipijicao da Metodologia empregadaJardim Didtico

Descrio

da forma

Trabalho desenvolvido em escolas, p arbreas e herbceas para estudo. Ap I do este serve de local para aulas de !lil mia. Ao plantarmos as espcies adquli dar e compreender a importncia de 'I vegetal ou animal no planeta. Atividade com grupos de alunos ti fi 11 I Botnicos de Universidades para idl'll vegetais. Alm de sensibilizar 0$ )l11'ill neste caso, desde tenra idade, a [111' \11 dade e de seus papis: Ensino, Pcsqll Aulas de visitao a florestas c 11111 li apresentar aos estudantes sua fl 1'11 ", tato direto dos alunos com as plantu o homem da natureza e desperta 11,"'/1 I te a problemas ambientais, num "11(111 conhecer e identificar o indivduo VI'fI ' possa querer preservar. Comear O (\11 espcies nativas do local/regio 101111 contexto da realidade em que viv "

li aula

Passeios

nos Jardins

11 11

'lo de Jardim na Escola

Aula Prtica

a campo

_ Histrias gente.

de

Aula Prtica

em Laboratrio

Estudo de materiais botnicos do Ilpll 11 de colees botnicas; uso dc m i '1'11I estruturas, como tecido, plos, 'si 111111 Laboratrio formal de Cincias rlldllll 11 fica do aluno, uma vez que o obj 'IIvlI tll1 Botnica no se trata de formar P '1(111\111'

111111 005. Nota: Quadro adaptado de: GLLlCH; PANSERA-DE-ARAJO, 11,2 Mcstrado em Educao nas Cincias - UNIJu - Bolsa CAPES.

2003. Pesquisa nos Anais

696

SIMPSIO SI.

M'~Hii

697

biental dos exemplares estudo. A Etnobotnica

- espcies

em

"Os saberes populares so muitos conhecimentos produzidos solidariamente e, s vezes, com muita empiria" (CHASSOT, 2001, p. 205). So saberes sustentados em grupos tnicos ou grupos que simplesmente guardam extremo conhecimento sobre algo ou alguma coisa ao longo de sua trajetria, ou seja, alguns saberes populares so de fato cientficos ou no mnimo, comprovados. Aspectos Importantes o conceito de Etnobotnica e suas aplicaes na pesquisa vm ampliandose a cada dia; o estudo de populaes tradicionais tem ampliado o entendimento sobre a relao entre populaes humanas e ambiente botnico; a Etnobotnica valoriza os saberes populares; no ensino, este ramo da Biologia pode e deve ser compreendido como um recurso valioso, ou seja, identificar a flora do meio em que os alunos e seus antepassados esto/vam inseridos pode tornar o ensino da Botnica Sistemtica parte da vida deles;

as formas teis de conhecimento que respondem s necessidades de grupos especficos;Etnobotnica se volta ao benefcio da humanidade, enquanto saber cientfico, e no em benefcio de alguns. Recursos da informtica

tempo e espao das coisas, 111111 espao "sala de aula". O paradigma da infWlll1 dificou e vem modificando (I \ I 'I' interao, j que o comput 111111 escola e na vida do cida IlIo " tes maneiras, provocand o '1" dade chama de "revolu I di 11 Com isso, escolas 1111 informatizam sistemas c s ' ('1]1111 programas rpidos e ef '('"'' I ragem com o educand '11" II repensar do ensino. Na 1\\11 1111 mtica no diferente, 1111111I zado ainda em pequena (' (ltI, I mas como o DELTA (d 's 'I 1111 I - chave interativa) quc S 'I VI I'" sificao dos vegetais, ti 111 111 dimento as maneiras de 'I" I li I sinar Botnica. um pro 111111' vo, que pode servir paru '11111I identificao que levam \I 1.1" conhecer o vegetal I, 101111 I segura, e pode ser construfrlu I prios alunos no dec 1"1'('1' I11 so de aprender. No Brasil, este pro 111111' utilizado, mas em vrin 11,,1 tem-se buscado sup '1"111' \I II ves analticas, atravs li I I I " chaves interativas, qu " 1111 111 interao entre a chave I I' ti, tra visualmente part 'S dll mesmo este, na nt l'tI, 1""'1 a estrutura de aulas 1'111111 , nais de Botnica. O I" '111111 I' lita, tambm, faz r ," 1\ I realidade em que s uluuu dos, comeando o 'sllllhll I ao seu redor e depois 111111 I anlises maiores. Consideraes Fln

IIIS, segundo GIL-PREZ & 1110 (2000, p. 37), para alm I/WS ou estilos de ensino", como [quer outro domnio cientfico. disso, pode-se compreender que upaes da SBB, enquanto insI .ntifica, foram demasiadas em 11 mctodologias de ensino, des\I de como ocorre o processo de 11 corpus terico em Botnica. ti I utar, porm, que, em sua hist1111 .erviu e serve de espao-temI russo e produo de significaIIl' tange ao seu ensino, mas preoncepo e o currculo tradiciensinar. 1\1\ necessita ser ouvida e recocorno associao cientfica pellcus pblicas de educao, no pelo fato de produzir cincia, 1\'1' e dedicado s pesquisas em I 'r reservado um espao prr I luis discusses. A SBB no re/1111em revela um currculo nin 1111ara o ensino da Botnica; p /111' irio, apresenta, discute e sisli' pesquisas e preocupaes k te ensino no Brasil. mie-se que o ensino de BotniI por concepes do seu saber 11,de cincia, de currculo e de uprender. Isto me permite acredocncia como algo que depen111 xade em que estamos inseri111 quem dialogamos. A sesso de (111 Botnica da SBB uma posI de discusso-reflexo de pr-

ticas de ensino, que me presenteou com o entendimento da sua dimenso enquanto instituio, preocupada com as questes do ensino, ao longo do tempo. A expresso das concepes de ensino, desde a Tradicional ou Bancria, Interdisciplinar e Histrico-Cultural, mostra que ocorrem mudanas na maneira de ensinar a Botnica, constantemente. Essas diferentes concepes presentes na SBB (trabalhos analisados) permitem-nos crer que o ensinar aprender percebe-se das mudanas scio-culturais, recebe seus efeitos e modifica suas aes (esta leitura fruto da anlise do movimento discursivo entre as teorias que sustentam as prticas de ensino apresentadas pela SBB). Referncias bibliogrficas

BARDIN, L. Anlise de Contedo. Traduo Lus Antero Reto e Augusto Pinheiro. 226p,1997. CARVALHO,A.M.P. Lisboa: Edies 70,

de& GIL-PREZ, D.Formao de professores de cincias. So Paulo: Cortez.

120p,2000. DELlZOICOV, D. &ANGOTTI, JA. Metodologia do Ensino de Cincias. 2. ed. So Paulo: Cortez, 1994. GLLICH; R.I.C.G. & PASERA-DE-ARAJO, M.C. O ensino de botnica no Brasil: uma leitura do currculo esboado pela Sociedade Botnica do Brasil. Revista SETREM. Santa Rosa: Grfica KUNDE,2oo3. LDKE, M.&ANDR, M.E.DAPesquimemEducao: abordagens qualitativas. So Paulo: EPU. 99p, 2001. KRASILCHIK, M. O professare o currculo das cincias. So Paulo: EPU. 80p, 1994. SONCINI, M.I. & CASTILHO JR., M. Biologia. 2.ed. So Paulo: Cortez. 184p, 1992.

A utilizao de recursos da internet numa proposta de educao interativa mostra que a internet como recurso didtico tem modificado os conceitos de

Aprender e ensirun I I I' gia e, Botnica, em 'SI"I 1111 construo de um 'O/'/il/ /o

"Uma das mais significantcs c nao nosso conhecimento sobre o mundo natural, na ltima gerao do sculo vinte, foi a descoberta que muitas espcies esto desaparecendo deste planeta e que o Homo sapiens primariamente o responsvel por estes desaparecimentos [1].tribuies Introduo

A Conveno sobre Diversidade Biolgica - CDB um dos principais resultados da Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - CNUMAD (Rio 92), realizada no Rio de Janeiro {2). A Conveno foi aberta para assinatura em 1992 e conta hoje com 188 pases signatrios, que vm tentando adequar sua legislao s diretrizes da Conveno. Seus principais objetivos so a conservao da diversidade biolgica, a utilizao sustentvel de seus componentes e a repartio eqitativa dos benefcios derivados da utilizao dos recursos ou patrimnio genticos. Assim, estabelece direitos de propriedades sobre recursos genticos fazendo com que a biodiversidade deixe de ser um patrimnio comum humanidade e passe a estar sujeita soberania nacional. De forma geral tambm inclui diretrizes e normas coletivas de manuteno de material in situ e ex situ e instrumentos de, A Autora Coordenadora da Rede Brasileira de Herbrios (2004-2006) e Professora Adjunto do Ih'l' 111 Animal e Vegetal, Centro de Cincias Biolgicas, Universidade Estadual de Londrina, Caixa P ,1,11 ',1_ 86051-970. E-mail: aovieiraeeuelbr

111 11

I, no ltimo ano, estes ponintegrao das Sociedatil '8, Microbiologia e Zoolo[rnm um documento [6] onde I ntados diagnsticos e es11I'11 implementar a capacita-

humanos para o trabataxonomia, alm de 11 'I' '111 '!lI S IIU infra-estrutura para os I' irv S c na tecnologia para a disponibili,w da informao associada aos esp cimens. A Conferncia das Partes (COP) o rgo supremo decisrio no mbito da Conveno sobre Diversidade Biolgica - CDB. As reunies da COP so realizadas a cada dois anos, em sistema de rodzio entre os continentes. Na ltima reunio, a COP8, em Curitiba, em maro de 2006, foi apresentado este documento e tambm propiciado atravs da solicitao dos Ministrios brasileiros do Meio Ambiente e de Cincia, Tecnologia e Inovao, um encontro associado (7]. Este evento paralelo teve como objetivo fomentar relaes entre os realizadores de polticas pblicas em meio ambiente e a comunidade cientfica afeta aos estudos da biodiversidade. Trs pontos resumem as concluses e recomendaes sobre biodiversidade e sistemtica: A. Expandir o conhecimento sobre biodiversidade, duplicando-se a taxa de inventrios taxonmicos e de descoberta e descrio de novas espcies; B. Aumentar proporcionalmente os recursos humanos especializados e da infra-estrutura dedicada taxonomia; C. Utilizar a informtica e a tecnologia de comunicaes para facilitar o trabalho cientfico e disseminar os produtos taxonmicos a qualquer usurio [7, 8]. Um outro desdobramento dos subobjetivos da Estratgia Global est relacionado consolidao de redes em diferentes esferas, permitindo intensificar a comunicao permitindo a troca de informaes e conhecimento, alm de auxiliar na coordenao de esforos de grupos distintos [5]. Desta forma, todos estas discusses e documentos convergem para as atividades afetas aos herbrios, como as ta1\1 1\'1'\11' \I

li

111\1 '11111 '01'

'o

'8 i

refas relacionadas capacitao de recursos humanos em diferentes nveis, com a execuo de inventrios e principalmente com a guarda das amostras botnicas. A Rede Brasileira de Herbrios (RBH) , ligada Sociedade Botnica do Brasil, vem trabalhando nos ltimos anos visando congregar curadores de colees e taxonomistas para compartilharem informaes sobre suas colees, divulgar suas polticas e estratgias de desenvolvimento e manuteno dos acervos. E, tambm, de certa forma ampliar o conhecimento sobre os herbrios e outras colees botnicas entre tomadores de decises ambientais e do pblico em geral, alm dos prprios botnicos.

AgradecimentosOs meus agradecimentos coordenao do LVII Congresso Nacional de Botnica pela concepo e convite para esta mesa-redonda, e principalmente aMara Lisiane Tissot Squalli Houssaini, Mara Rejane Ritter e Maria Salete Marchioretto, pelo empenho para a sua realizao.

Referncias

bibliogrficas

[1] BROOKS, D.R.; McLENNAN,

DA Biodiversity: Exploring the Future.ln: BROOKS, D.R.; McLEN-

NAN, DA. Tne Nature of Diversuv I' onaryvoyageofdiscovery. Chicagoi, 111I sity ofChicago Press. p.525559, l(lll [2] CDE. [Online]. Conveno da Divn 11, gica. Ministrio das Relaes Exlcdlil. rio do Meio Ambiente. Hom 'Pll www.cdb.gov.br/http:/. 2006 [3] FERRO, A.F.P.; ASSAD, A.L.D. & 1I I M.B. O processo de regulamcntnm ' aos recursos genticos: a Convcn ' sidade Biolgica e outros tratados. h J: 2329, 2006. [4] Agenda 21. [Online]. HOIII '1'11 www.agenda211ocal.com.br/. 200(1 [5] SECRETARIA DA CONVEN SI 111111 SlDADE BIOLGICA. Estrat ~IIII a Conservao de plantas. Rio di' 1 11 Brasileira de Jardins Botnicos, 111.111 ' quisas Jardim Botnico do Ri di' 11111 2006. [6] PEIXOTO, A.L.; CANHOS, D.I,,: M II & VAZZOLER, R. Diretrizes U 1'\/1111 modernizao de colees bilJlrUll " e a consolidao de sistemas {,1I1'/IIo' , mao sobre biodiversidade. 1.1'11I" tro de Gesto em Estudos Esll/ll I rio da Cincia e Tecnologia. v, I \ I 'I [7] ASSOCIAO MEMORJA NNIIII I NAT (org.). [Online].BiodiJl(" 1'/,' ncia em Foco. H 1111'1'" www.sbpcnet.org.br/do '11111 I FinaI.Doc-por.pdf,2006. [8] ASSOCIAO MEMORJA NAII I NAT (org.). Biodiversity, IIW1111 cus: outcomes and recommcndnln , Associated Meeting, and a slll\llll by Brazilian biodiversity sci~I1i1.1 I Museu Nacional. 44p, 200(1,

ticas pblicas ambientais e a lementao da Conveno sobre rsidade Biolgica no BrasilEduardo Vlez'

BiCDB foi o resultado mais ex\I da Cpula da Terra, realizada I de Janeiro em 1992. Em vigor 11)93, conta com 187 Partes que urarn. Sua importncia vincula" nhecimento internacional do 11111da perda de biodiversidade, 111/da abordagem para o seu tra111, que inclui todos os nveis de uiio biolgica e a integrao com Ikll social e econmica, alm da 1111 propriamente dita. 1111' de ento os pases membros 111/'("eram-se a implementar meu, I nais e internacionais em torIIIS trs objetivos principais: a 11 11 , uso sustentvel e repartiIeu fcios, bem como de uma sI1 11 sitivos que incluem desde a 1111 'm um conjunto de dispositi111 .luem: identificao e moni111, conservao in situ e ex situ, li' 'ursos genticos, uso da bio11111', pesquisa e treinamento, 111' ' nscientizao pblica, ava111 nimizao de impactos negao e transferncia de tecnoloI" Ilio cientfica, gesto da bio111, .ntre outros. Para que a Con" 'I ficasse reduzida a uma de111, princpios, foi estabeleci da 1IIIIIII'a institucional dinmica, I 11111 Secretariado permanendi' fica em Montreal, Canad;

nnveno sobre Diversidade

um mecanismo de financiamento, o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF); um mecanismo de intermediao (Clearing-House Mechanism), para promover a cooperao tcnica e cientfica; um rgo de assessoria cientfica (SBSTTA) e um rgo gerenciador, a Conferncia das Partes. A cada dois anos realizam-se as reunies da Conferncia das Partes, tanto monitoram a implemenrao da CDB como estabelecem disposies adicionais dentro de cada tema. Com a CDB estabeleceu-se alm do compromisso internacional, uma racionalidade universal para a elaborao das polticas pblicas de conservao e uso da biodiversidade. Os pases passaram a ter uma referncia tcnico-poltica para tratar do tema, moldar suas iniciativas para contar com recursos do GEF e da cooperao internacional, alm de ter que prestar contas periodicamente, por meio de relatrios nacionais. Alm disso, o tema foi mantido em carter permanente na esfera das negociaes internacionais, mantendo uma agenda viva em torno da biodiversidade. Outro aspecto de importncia estratgica da CDB diz respeito ao tema da biodiversidade ter sido guindado condio de tratamento multilateral no mbito das Naes Unidas, da mesma forma que o comrcio, sade, agricultura, propriedade intelectual, etc. Com isto, criou-se a oportunidade de influir sobre outras agendas que

I ,[email protected]

702

SIMPSIO

52. PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA BO/IINH

,

,

interferem na conservao da biodiversidade como o comrcio e a propriedade intelectual, por exemplo, e que antes, na falta de um tratado especfico praticamente desconsideravam a agenda da biodiversidade e as interfaces existentes. Os temas tratados na Conveno correspondem queles estabelecidos nos seus artigos, mas tambm foram estabelecidos Programas de Trabalho Temticos (diversidade biolgica agrcola, de guas continentais, marinha e costeira, florestal, de terras ridas e sub-midas, de montanhas e de ilhas). Tambm foram definidas questes transversais a serem consideradas nos programas de trabalho temticos, como: acesso a recursos genticos e repartio de benefcios, espcies exticas, abordagem ecossistmica, estratgia mundial para conservao de plantas, iniciativa mundial de taxonomia, entre outras. Na sexta Conferncia das Partes, realizada em 2002, foi adotado um Plano Estratgico a fim de estimular a implementao da CDB com o objetivo de at o ano de 2010 obter uma reduo significativa da taxa atual de perda de biodiversidade. Na stima Conferncia das Partes, em 2004, foi feito o detalhamento da meta de 2010, sendo criado um conjunto de metas especficas e de objetivos agrupados em 7 reas focais para a ao. Um destes objetivos que pelo menos 10% de cada regio ecolgica do mundo esteja conservada. A Conveno volta-se, portanto, cada vez mais a uma agenda de implementao, embora esta seja uma responsabilidade das Partes. Cada Parte decide de forma autnoma e soberana como vai conduzir as aes em nvel nacional. No entanto, h dois artigos que todas as Partes so obrigadas a cumprir. O Artigo 6, que estabelece que cada Parte deve ter uma estratgia e um plano de ao nacionais para a biodiversidade e o Artigo

26, que define que estes esf '\11 ser reportados periodicamente I"dos Relatrios Nacionais. O Brasil tem adotado uiun iniciativas importantes neste s '1111 1997, foi implantando no Millll Meio Ambiente o Projeto E 'li ,I cional da Biodiversidade. A 1'"11 foi estabelecido um proces '0 1'1111 vo que culminou na definio d" Nacional da Biodiversidadc (I Presidencial 4.339/2002). N" 2003 foi criada a Comiss NIIII Biodiversidade - CONABI (11 Decreto Presidencial 4.7U composta por representante di governamentais e de orgun , sociedade civil tendo a conuu : I promover a implementa du ( 1I com identificar e propor lil'l'lI prioritrias para a pesquisa, ('1111 e uso da biodiversidade. Mil, mente, foram elaboradas tiS I 111 Prioridades do Plano de A li I I plementao da Poltica Nur '11'I odiversidade (PAN-Bio). 1\11 11111 as aes concretas de irnpluu realizadas pelo Brasil tem N d" I das nos Relatrios Nacionu I1 trio -1998, 2 Relatri Relatrio - 2005). Foi dentro deste contcxlu '111 sil sediou em Curitiba, entn- 'li maro de 2006, a 83 reuni "" rncia das Partes (CoP 8), I, '11' corde de participao, C ,'11111 34 decises temticas. Dentre as decises in '1111111 fmio da COP 10 como limlt: I'" cluso do processo negoclmhu me Internacional de Rcpurt , nefcios, a reafirmao dn 11" I que recomenda que no s '.111111 '1 para testes de campo produtn I porem Tecnologias de H 'si I , Gentico (GURTs) at qu li I mao suficiente, a revis "," I

"" de trabalho da Iniciativa Mun111'Iaxonomia, adoo do plano ' 11111 para conservao da diversiI IIhll ' ocenicas, a adoo de ob111 'Ias para o plano de trabalho 11I rvao da biodiversidade em tld IS e semi-ridas, a adoo de 1"llII'idades para aes de educa11d .ntizao em conservao da t uludc, formas de proporcionar a 1'11I .ipao das comunidades inli I locais na CDB, bem como de 1111 cooperao como o setor pri111I implantao da Conveno. 11111da importncia das deciIlIlsda CoP 8, houve um procesIIlIhilizao sobre a terntica da I kludc envolvendo todos os seocicdade, com resultados que 11111'111 agenda oficial. Cabe a 11111' dentre tantas iniciativas a IIludiversidade: a Megacincia I, 1'1' movida pela Academia Brat. Cincias, a Sociedade BrasiI 111Progresso da Cincia, a Unio li 111U1 Cincias Biolgicas, a de 111 Memoria Naturalis, Minist11io Ambiente e Ministrio da I 'lccnologia e que congregou duzentos cientistas de todo o ,,11'111 gestores de rgos gode utuis, que elaborou importante IIID contendo recomendaes I '11torno do tema. Tambm foi ulunidade para os rgos goverI", apresentarem resultados til le implementao de suas 1'01110:a ampliao das reas I, em 15,5 milhes de hectares 111 C) novas unidades de conser'da de 31 % no desmatamenIIIII/' nia como resultado do PlaflD I ara Preveno e Controle 1IIIIIIImentona Amaznia, a lei de

'1"

gesto de florestas pblicas, o lanamento do Plano Nacional de reas Protegidas e de vrias publicaes do Ministrio do Meio Ambiente sobre biodiversidade com resultados de programas de pesquisa apoiados por meio do Projeto de Conservao e Utilizao Sustentvel da Diversidade Biolgica Brasileira (PROBIO). Os desafios colocados para a Botnica Brasileira aps a 83 Conferncia das Partes devem ser compreendidos e estabelecidos a partir da complementariedade da agenda acadmica e da agenda da implementao da CDB no Brasil, especialmente por meio dos programas governamentais. Muitos dos resultados importantes obtidos tm sido fruto exatamente desta cooperao entre pesquisa e conservao. A institucionalizao progressiva dos espaos de formulao e deciso relacionados conservao da biodiversidade tm sido ao mesmo tempo um reflexo da participao da comunidade cientfica e a oportunidade de gerar novas iniciativas e parcerias. O processo de elaborao na lista da flora ameaada de extino, a reviso dos procedimentos para coleta e transporte de material biolgico no mbito do Comit de Assessoramento Tcnico do IBAMA, que conta com a presena da Sociedade Botnica do Brasil, e os projetos de captao de recursos do GEF so alguns exemplos disso. O fortalecimento dos instrumentos de dilogo permanente e de participao entre a cincia e a gesto ambiental o nico caminho para que possamos ampliar as aes capazes de fazer frente aos imensos desafios de conservao e uso sustentvel da biodiversidade que enfrentam os pases megadiversos em desenvolvimento neste incio de sculo XXI.

AMBIENTAIS EA IMPLEMENTAAO

DA CONVENO

SOBRE DIVERSIDADE BIOLGICA NO BRASIL

705

',/M,',h/,

~1

Estudos n omi o d madeira na regio sul

Foi realizado um diagnstico as pesquisas que esto em desenvolvimento nas diferentes instituies da regio sul do Brasil, a fim de traar um panorama sobre a situao atual e as tendncias das linhas de pesquisa. O diagnstico foi efetuado com base na anlise dos Grupos e das Linhas de Pesquisa na rea de anatomia da madeira (Fonte: CAPES, CNPq, Currculo Lattes e Diretrio Grupos de Pesquisa). Estudos na rea de anatomia so realizados nos trs estados da regio Sul. Estado do Paran: Laboratrio de Anatomia e Qualidade da Madeira UFPR; Laboratrio de Anatomia Vegetal - UFPR; Laboratrio de Anatomia da Madeira - Embrapa/Floresta; Laboratrio de Morfo-anatomia da Universidade Estadual de Maring - UEM; Universidade Paranaense - UNIPAR; Universidade Estadual Centro-Oeste UNICENTRO; Universidade Estadual Linha de pesquisa /atividadeIdentificao de espcies florestais - anatomia descritiva Anatomia ecolgica Anatomia taxonmica Morfologia e anatomia de plantas vasculares Anatomia da sazonalidade da atividade cambial Anatomia dendrocronolgica Anatomia e fotoqumica de rgos vegetativos - poluio Anatomia e efeito de ciclagem de nutrientes Anatomia arqueolgica - paleobotnica Anatomia aplicada fitotecnia Anatomia para fins tecnolgicos (qualidade da madeira)

de Londrina - UEL; 1111 I dual de Ponta I' SSII l/I /1 Estado de antu ('11/111111 Interdisciplinar de Estlld" .t da Madeira - U r '; I lill , Planalto Catarincns . t IIp\ PLAC; Universidade ,11\ I .'\ UnC; Universidade R '1-\1\11111 t nau - FURE. Estado do Rio versidade Federal d lHo I .1 \11 - UFRGS; Univcrskl 1111I Santa Maria - Uf M: 11111 Federal de Pelotas 11]',1 l de Luterana do Brasil 111111 As atividades dessas 111 1111 I relacionadas ao en in dll di , /1I tomia da Madeira, millisll'llil" , de Engenharia Florestal ' rh I I olgicas. Na pesquisa 'lIl'll I da Anatomia da Mad i1'11, 111 11 atuam em diversas reas, 1'11111' I observado no quadro a s '1-\"I InstituioUFPR, UFSC e UF M UFPR, UEL, UFSC UFSM ,UFSC UFPR, UEM, FURE, UIIIH I UFPR, Embrapa, FURII, 11/1 UFPR, Embrapa/Florcstn, 111 UFPR UFPR, EMBRAPA UFRGS, UFSM, UFPR UFPR, UFSC, Ernbrapa UFPR - EMBRAPA, UNI/'I UFSC, UFSM

,

'Laboratrio

de Anatomia e Qualidade da madeira

UFPR. E-mail: [email protected]

111 pnrtc das pesquisas desenII'~ io est relacionada com llorc ta Estacional Semidelorcsta Ombrfila Densa (Flo111 I). Nas pesquisas relacioI1 1IIIIIdudeda madeira, so estu'li Ipnlmente espcies arbreas 111 reflorestamento. de tlllcao de espcies - Anahlva. Visa identificao das 11111 .rciais, gera subsdios para utilizao e aproveitamento l rlu madeiras comerciais e for1IIIIIIes para elaborao de 111 .ntificao. O estudo anaI 111 possibilitar a identificade li 1(' subsdios valiosos para o '11110tecnolgico e utilizao da Identificao de uma amosuleira, por sua vez, possibilita IIIlllI'maes j adquiridas e caobre suas propriedades fsinll'lIs, que so mais ou menos I em uma mesma espcie. 1IIIomia taxonmica das espI1 do Brasil, baseada em caracfo-nuatmicos. Visa identi11111 ica de amostras comerein 11111111 . medicinais e de madeiras, I"ltl ti identificao de restos pa"lllIs. Esse tipo de pesquisa que 111 S caracteres 11 de diagnose 1I1I'om o agrupamento e posicio111 dos diferentes taxas. Alm dislinha cumpre um importante 1111 xmfirrnao de adulterao, ,I I1) e fraudes. uatomia ecolgica. Estuda a reestrutura vegetal e o ambiente, 111 fl anlise do xilema de grupos d I iI's de diferentes ecossistemas 11111 ma espcie em diferentes 111 Busca tendncias evolutivas du(') grupo(s) vegetal(is). As 1 /I nessa rea so realizada em 111.om outras partes da planta, 111", olhas, envolvidas nos mecaf

nismos, relacionados absoro, conduo e transpirao de gua. Investigao

da morfo-anatomia dos rgos vegetativos de espcies, incluindo aspectos de adaptao ecolgica e de utilidade na taxo no mia. 4. Morfologia e anatomia de plantas vasculares - anatomia sistemtica. Em associao com caracteres morfolgicos, anatmicos e macromoleculares, essa linha de pesquisa busca traar as relaes filogenticas de grandes grupos. 5. Anatomia da sazonalidade da atividade cambial. Est relacionada com o entendimento da atividade cambial de espcies arbreas em relao periodicidade de formao e diferenciao de xilema e floema secundrios, levandose em considerao dados climticos e fenolgicos. A anlise da atividade cambial e a formao de anis de crescimento em espcies lenhosas fornecem subsdios importantes para o entendimento do funcionamento dos ecossistemas, em especial sobre a fisiologia dessas plantas. 6. Anatomia dendrocronolgica. Utiliza-se de marcadores de crescimento anatmicos (anis de crescimento), no intuito de buscar uma melhor adequao de prticas de conservao, manejo, restaurao das populaes naturais. Gera informaes sobre a dinmica de crescimento das espcies de uma determinada regio. 7. Anatomia e fitoqumica de rgo vegetativos, Visa estudos e adaptaes morfo-fisiolgicos de espcies crescendo em solo contaminado com petrleo, cimento, etc. S, Anatomia e o efeito de irrigao, fertilizao e nutrientes. As universidades e instituies de pesquisa, associadas s empresas florestais, tem desenvolvido pesquisas para o aumento da produtividade das plantaes florestais. Investimentos tm sido aplicados no melhoramento gentico e clonagem, pre-

h",

707 __

--"

I I

paro do solo e nutrio das rvores e, mais recentemente, com a introduo experimental da prtica de fertilizao associada irrigao. 9. Anatomia arqueolgica. Identifica restos paleobotnicos de madeiras fsseis e fornece subsdios na busca do entendimento dos acontecimentos climticos do passado, relacionando-se com a vegetao presente. 10. Anatomia aplicada a fitotecnia. Estudo de aspectos histolgicos que proporcionam ou dificultam procedimentos de micropropagao de plantas de interesse agronmico e florestal. 11. Anatomia para fins tecnolgicos (qualidade da madeira). Estudos sobre a qualidade da madeira tm sido grandemente incrementados, devido necessidade de se buscar usos mais adequados para as espcies florestais, com nfase maior nas pesquisas sobre densidade, gr espiralada, comprimento das fibras, composio qumica, ngulo microfibrilar. A qualidade da madeira depende de suas caractersticas intrnsecas que so afetadas por diversos fatores (genticos, ambientais) durante a formao de clulas e tecidos, em muitos casos no sendo utilizada nos programas de melhoramento gentico de Pinus spp e Eucalyptus spp, devido dificuldade de se avaliar determinadas propriedades e alto custo. Os avanos tecnolgicos conduziram aplicao de vrios mtodos nas pesquisas estruturais, incluindo microscopia ptica e eletrnica, mtodos analticos fsicos e qumicos, cristalografia de raiosX, tomografia, espectroscopia no infravermelho e ressonncia magntica nuclear, entre outras diversas reas do conhecimento que atuam na interface com a anatomia da madeira. A avaliao no-destrutiva da madeira compreende o uso de um ou mais ensaios no destrutivos (END) para quantificao de suas pro708SIMPSIO

priedades (anatmicas, fsi 'U , 1111 e mecnicas), sem que hajn li" comprometimento de seu uso 1111 I levou o Laboratrio de Anat I11 11 dade da Madeira da UFPR, ('111 I com Embrapa, a desenvolver 11 , II espectroscopia no infraverrnc 111I' 1, (NIR) com o objetivo de c 11111 I , madeira do ponto de vista anui \1111 mico, fsico e tecnolgico. Es 111" zao utilizada tanto paru 1111 I programas de melhoram 'nlll II desenvolvidos pelas emprcsu d" celulose e papel, como tamb '1111'" ver o comportamento das 1111111." diferentes processos da ind 1\I1 I florestal. A espectrofotom 11' 1", 1 do infravermelho prximo li'llI I I qentemente aplicada corno \11111 1 analtico que fornece resulul I e satisfatrios, possibilitando 1110,I de anlises no-destrutiva, 11111' o de mtodos quimiomt 1'11I 1 ca baseada na espectroscoplu " vermelho prximo consiste 1111 " interao da radiao cl 'tllllll , com as espcies qumica' ]111" uma amostra na regio csp '11111 a 2500nm, obtendo-se inl\lIllll permitem uma anlise qu 1111111 quantitativa. A implementao da t ' 'li I 11I ao de qualidade da mad '1111111 1 espectroscopia no infravcrmolln I permitir um rpido aCCS~i11 1II I es de inmeras amostras li 111 um custo extremamente bal 1I I I tribuir sobremaneira parti li" li das atividades de melhoruuu 111 co e genmico florestal CUIII1111 ractersticas da madeira. \1111111" da para o desenvolviment ) di 111 gias para identificao de I' II1 mizao dos processos ' '111111 I tecnolgica do material 011 /111' em unidades industriais qll\' I 'I construo de um banco dl' "li.!53. SITUAAO DOS ESTUDOS EM ANATOMIA '"

I) contnua de informaes de 1111 .spcies, com uma completa li/lio do material madeira vi1111 li isenvolvimento de correlaes tlmur e possivelmente controlar e I 11processo. Esse banco de dados " poder ser utilizado para o deuuento de tecnologias para moni11 ti I n diferentes pontos do proulllzundo-se tcnica de espectros\11lnfravermelho. 111 'mente o mesmo grupo come111111'tcnica de ressonncia nu'I "11111 tica (RNM), microscopia de I mica e a difrao de raios-X para \I .aracterfsticas da madeira. I 111 de ultra-som vem sendo uti' "

!

.-..

~

-

4)

.

~ ~

:::: 1) 0-

~

~. 1m g ro 8) g 4)b

~ o Z

!2 1)1)

lo9J 8)

g

60 5040 30

l~lB00 70

hIc,

llruglwnsis

Fabaceoe.

"',andra ~iotamica s organensts ~h.,rnea "p/I""rvia411~'(!/ne lorenzianaIrm(l

Laumceue,

1\Ioraceae.

Laurnlcs Rosales

secundria secundria secundria pioneira pioneira pioneira nioneira

nativa nativa nativa nativa nativa nativa extica

0,001

elgicos

-0.012 -0,0\2

Euphorbiaceae. Malpighialcs fvIyrcinuccnc. Ericalcs Alguns pertencem oxnlmo de clcio no no

iridulcs cristais

micrantha

01714300000

I.Tempo de excoso (dias)

~1O

1',1 UI!tI$

uearia syvesuis deltoides

Ulmaccoc. Rosalcs Ftacourtiaccec Selicecccc scnsu APO, Mulpighinlcs Salicaccnc.

-0,010 -0.022 - 0.023 -0,02\

Mal ,j~hialcs

'

~Tempo oee'coslo

9J (dias)

":!l

~ 1;:;1 80 i ~b

70

o.

,14

306

~ ~

. >Oe~ 1;::U '00

40 30_

10O 01

01

00

,

r 30 Tempo deexosto (dias)

TelTfJO de exposio (das)

c

"

Figura I. Decomposio foliar. IA. Massa foliar remanescente (%R) de espcies nativas li" mata ciliar de uma bacia hidrogrfica no sul do Brasil. I B. Diagrama de disperso do coeficl '1111 de processamento da decomposio (k) de espcies arbreas da mata ciliar. I C. Relao li perda de massa foliar (%R) e colonizao de consumidores em folhas de Populus de/lo/rll (extica) e Inga uruguensis (nativa) em um mesmo curso d'gua.

composio a espcies de crescimento inicial "pioneiras" (Trema micrantha, Casearia sylvestris), ou exticas (Populus de/toides), que apresentam caractersticas de ocuparem e colonizarem rapidamente reas abertas, como clareiras e/ ou reas em fase inicial de regenerao (capoeiras) (Fig. lB). Segundo PETERSEN & CUMMINS [4], os processos de decomposio foliar podem ser classificados como: rpido (k > 0,01), moderado (k = 0,005 - 0,001) e lento (k ::; 0,005) (BRLOCHER, [8]). A taxa de processamento da decomposio foliar tem sido calcu-

lada para inmeras espcies vegetal , 1\ que denota em termos ecolgic S 11111 padro do metabolismo destes sist '11111 (BALDY, GESSNER & CHAUVET, I li I BALDY & GESSNER, [10]). No CIIIIII to, do ponto de vista vegetal, alguum espcies apresentam certa defesa, 1\ nhecida como defesa terrestre. H IIlpll teses de que esta defesa seja pronun '11 da, principalmente, pela presenu til metablitos secundrios que, em