Os Benefícios Da Musculação Na Terceira Idade

26
Os Benefícios da Musculação na Terceira Idade Fernando Colombo Pouco tempo atrás quando se falava do idoso a primeira imagem que vinha em nossa mente era de um velho vestindo pijama, sentado em uma cadeira, esperando a morte chegar. Hoje a terceira idade está dando um basta no sedentarismo e dando exemplo de vida mostrando que com o passar dos anos a disposição não acaba. Com isso as academias de ginásticas estão abrindo cada vez mais espaço para trabalhar com atividades voltadas para terceira idade, descobrindo um novo mercado com grande potencial. Tanto que hoje existem academias especializadas, com trabalhos voltados somente para a terceira idade. Entre as diversas atividades que as academias oferecem a musculação é uma das mais recomendadas e procuradas nas academias. São inúmeros os benefícios proporcionados pelos exercícios de musculação. Mesmo para quem nunca realizou atividades físicas pode iniciar um programa e ainda alcançar bons resultados.Mais lembre-se o ideal antes de iniciar qualquer atividade física é procurar um médico especialista para fazer uma avaliação física. No processo de envelhecimento acaba ocorrendo uma diminuição da massa muscular, densidade óssea, força e flexibilidade. O metabolismo acaba ficando mais lento e diminuindo, com isso a tendência é ganhar mais gordura, porém esses efeitos podem ser minimizados com a musculação. Outro grande benefício da musculação é o auxílio na prevenção à osteoporose, além do entrosamento social, que ajuda a reduzir a depressão. Além desses benefícios, a musculação não aumenta tanto a freqüência cardíaca e a pressão arterial quanto os exercícios aeróbicos, como andar, correr ou pedalar. Na musculação o risco de acidentes e lesões é muito pequeno desde que se tenha um controle da carga e tenha um professor especializado para fazer um acompanhamento. No entanto, alguns cuidados são necessários para iniciar um treinamento de musculação.No inicio os exercícios devem ser feitos no máximo três vezes por semana com duração média de 40 min. e acompanhados de alongamento no inicio e final do treino. Outro cuidado que deve ser levado em conta é com a alimentação, bem como a hidratação. Durante o treino a água e os sais minerais são gastos com os exercícios e devem ser repostos com alimentação adequada e ingestão de água durante e após o treino.

description

os beneficios da musculacoa na terceira idade, descubra quais sao.

Transcript of Os Benefícios Da Musculação Na Terceira Idade

Os Benefcios da Musculao na Terceira Idade

Os Benefcios da Musculao na Terceira Idade

Fernando Colombo Pouco tempo atrs quando se falava do idoso a primeira imagem que vinha em nossa mente era de um velho vestindo pijama, sentado em uma cadeira, esperando a morte chegar. Hoje a terceira idade est dando um basta no sedentarismo e dando exemplo de vida mostrando que com o passar dos anos a disposio no acaba.

Com isso as academias de ginsticas esto abrindo cada vez mais espao para trabalhar com atividades voltadas para terceira idade, descobrindo um novo mercado com grande potencial. Tanto que hoje existem academias especializadas, com trabalhos voltados somente para a terceira idade.

Entre as diversas atividades que as academias oferecem a musculao uma das mais recomendadas e procuradas nas academias.

So inmeros os benefcios proporcionados pelos exerccios de musculao. Mesmo para quem nunca realizou atividades fsicas pode iniciar um programa e ainda alcanar bons resultados.Mais lembre-se o ideal antes de iniciar qualquer atividade fsica procurar um mdico especialista para fazer uma avaliao fsica.

No processo de envelhecimento acaba ocorrendo uma diminuio da massa muscular, densidade ssea, fora e flexibilidade. O metabolismo acaba ficando mais lento e diminuindo, com isso a tendncia ganhar mais gordura, porm esses efeitos podem ser minimizados com a musculao.

Outro grande benefcio da musculao o auxlio na preveno osteoporose, alm do entrosamento social, que ajuda a reduzir a depresso.

Alm desses benefcios, a musculao no aumenta tanto a freqncia cardaca e a presso arterial quanto os exerccios aerbicos, como andar, correr ou pedalar.

Na musculao o risco de acidentes e leses muito pequeno desde que se tenha um controle da carga e tenha um professor especializado para fazer um acompanhamento.

No entanto, alguns cuidados so necessrios para iniciar um treinamento de musculao.No inicio os exerccios devem ser feitos no mximo trs vezes por semana com durao mdia de 40 min. e acompanhados de alongamento no inicio e final do treino.

Outro cuidado que deve ser levado em conta com a alimentao, bem como a hidratao. Durante o treino a gua e os sais minerais so gastos com os exerccios e devem ser repostos com alimentao adequada e ingesto de gua durante e aps o treino.

"O estilo de vida fisicamente ativo auxilia os idosos a manter interpendncia, melhora seus limites e habilita-os a integrao social, melhorando sua qualidade de vida".

Fernando Colombo

Leia mais em: http://www.webartigos.com/articles/14288/1/Os-Beneficios-da-Musculacao-na-Terceira-Idade/pagina1.html#ixzz1Wok8bl58Musculao: Atividade fsica para a melhoria da qualidade de vida do idoso

INTRODUO: TEMA EM ESTUDO A cada dia ouvimos falar cada vez mais a respeito de envelhecimento com mais sade. O ser humano possui algumas etapas de sua vida que podem ser divididas em infncia, adolescncia, fase adulto por ltimo, no menos importante a velhice. Essa ltima poder ser vivida com mais dignidade se o indivduo utilizar algumas estratgias que permitam a melhoria de sua autonomia motora, melhores condies de executar suas atividades dirias e consequentemente mais qualidades de vida. Segundo Colombo (2005 p.127), afirma que:

No processo de envelhecimento acaba ocorrendo uma diminuio da massa muscular, densidade ssea, fora e flexibilidade. O metabolismo acaba ficando mais lento e diminuindo, com isso a tendncia ganhar mais gordura, porm esses efeitos podem ser minimizados com a musculao.

Este envelhecimento se dar naturalmente, por ser um processo orgnico, dinmico, progressivo e irreversvel, que se instala em cada pessoa, desde o seu nascimento acompanhando-o at a morte. Shephard (2003) e Farrinatti (2008) corroboram com o pensamento de que o envelhecimento um processo natural e que ocorre uma srie de alteraes no organismo ao longo da vida, provocando mudanas nas funes e estrutura do corpo tornando mais suscetvel a uma srie de fatores prejudiciais, que podem ser internos e externos. Neste sentido, percebe-se que nas etapas divididas da vida do ser humano, a velhice que mais apresenta essas modificaes em sua estrutura corporal, provocando manifestaes de incapacidade funcional. Sendo assim, atualmente muitos estudos esto sendo dirigidos para a melhoria da qualidade de vida da populao idosa, como: prticas de atividades fsicas, danas, artesanatos, grupos de convivncias entre outros. Nos exerccios fsicos, a musculao na terceira idade, uma modalidade que vem sendo mito discutido nas academias, por trazer melhores possibilidades e proporcionando maior independncia e movimentos mais dinmicos e firmes. Esta apresenta exerccios condicionantes que proporciona desenvolvimento dos movimentos,

manuteno musculoesqueltica, aumento da capacidade funcional e substancial melhora da qualidade de vida dos idosos. 1.2 JUSTIFICATIVA Tendo contato direto com pessoas da terceira idade em uma academia de ginstica, pode-se perceber que as atividades relacionadas musculao, proporcionam melhor desempenho em seus movimentos, na elevao de sua autoestima, assim como na superao do preconceito existentes nas salas destinadas a esta prtica, onde comum encontrar corpos sarados e torneados, objetivando a busca de um prottipo corporal perfeito. Enquanto acadmico do curso de Educao fsica os questionamentos comearam a surgir perante esta realidade, aonde a prtica de atividade fsica vai alm da busca das medidas perfeitas, mas sim, de uma melhor qualidade de vida procurada por esta nova clientela. Corroborando com o pensamento de Spirduso, (2005) onde a atividade fsica para os idosos vista como um meio prazeroso de prevenir e de manter a sade e que, a autoconfiana atingida a partir de programas adequados que favoream o organismo e contribuam para a manuteno da autonomia, alm de que segundo as literaturas a falta de atividades fsicas contribui para a acelerao de doenas como: diabetes, doenas cardiovasculares, dificulta a resistncia muscular alm de acelerar o processo de depresso no idoso, que, acaba se isolando da sociedade. Sendo assim, surgiu o interesse de investigar a contribuio da musculao como atividade fsica em que a prtica desta alm de favorecer uma melhor qualidade de vida, tambm trabalha a questo da incluso neste segmento social que onde os frequentadores eram a maioria jovens. Os idosos j possuem outra viso a respeito da atividade fsica. Esto cada vez mais descobrindo os benefcios trazidos por esta prtica, esto mantendo sua independncia em suas atividades ,assim como redescobrindo seu valor na sociedade, habilitando-os na integrao social e melhorando sua qualidade de vida. Porem sabendo que a musculao favorece ao idoso a minimizao da perda da massa muscular, da densidade ssea, da flexibilidade e a fora, justifica-se este trabalho, como um estudo mais aprofundado e concreto desta modalidade, ultrapassando os

referenciais da literatura e sim por meio do contato direto com esta classe que tem muito a ensinar por meio da superao de seus limites, assim como pela viso da musculao como objeto de favorecimento a uma vida saudvel. 1.3 A FORMULAO DA SITUAO PROBLEMA Os idosos deste novo sculo sofrem constantemente as influncias do stress causado pela vida moderna, afinal eles fazem parte de uma populao que alheia sua experincia de vida com a serenidade e sabedoria que s os anos vividos podem trazer. Entretanto, estes mesmos idosos, em funo de sua estrutura fsica mais fragilizada pelo tempo, esto mais suscetveis aos problemas que um organismo mais jovem suportaria. Esta situao do cotidiano da vida moderna reflete ao nosso questionamento, incentivando ao estudo do seguinte questionamento: De que maneira a musculao poder influenciar a vida do idoso, proporcionando uma minimizao das limitaes em funo da degenerao orgnica e fisiolgica que acomete todos os indivduos que envelhecem, alm da obteno da conquista de um envelhecer com mais sade e melhor qualidade de vida?

1.4 HIPTESES A prtica da musculao poder proporcionar ao idoso, maior independncia na realizao de suas atividades dirias. Como a prtica da musculao, os idosos tero maior benefcio na manuteno da densidade mineral ssea, evitando possveis quedas, complicaes cardiovasculares e pulmonares.

1.5 OBJETIVOS 1.5.1 Objetivo geral Analisar como a prtica da musculao, poder influenciar na qualidade de vida, minimizando os fatores de degenerao orgnica e fisiolgica que so acometidos o indivduo da terceira idade.

1.5.2 Objetivos especficos Conhecer quais as principais mudanas, evidenciadas pelos idosos, em seus movimentos corporal com a prtica da musculao. Identificar se houve melhoria das atividades do dia a dia, com a prtica da musculao.

Explicar como se d o processo de aquisio de melhoria motora om a prtica da musculao.

2 MARCO TERICO 2.1 O ENVELHECIMENTO HUMANO O envelhecimento humano inerente a sua prpria natureza. Independente de sua condio social, o homem desde o momento que nasce, comea um processo irreversvel de envelhecimento, uma contagem regressiva para o fim de um ciclo de vida que, dependendo da forma como este homem interage com o meio em que vive, poder ser vivido com mais ou menos sade e qualidade de vida. Felizmente os estudiosos deste tema esto tornando o assunto sobre envelhecimento mais atraente para o grande pblico.

Agora, felizmente do ponto de vista da informao e do esclarecimento corretos, mais e mais espao vem sendo dedicado ao estudo do envelhecimento, embora se mantenha (infelizmente) o enfoque que com frequncia beira o ridculo e segue contribuindo com os preconceitos e esteretipos (imagens prefixadas e geralmente distorcidas) contra as pessoas idosas. Mas, a colocao negativa a parte, j frequente hoje a publicao de matrias de grande importncia cientfica e social sobre o envelhecimento e a velhice nos jornais e revistas de grande circulao [...] JORDO (1997, p.17).

A mudana de comportamento a sociedade atual, no que diz respeito a conhecer com mais propriedade os benefcios e os malefcios de forma de administrar a velhice, no que diz respeito aos exerccios fsicos tem levado a populao a chegar a idades avanadas com um grau muito maior de sade do que no passado. A literatura sustenta a ideia de que uma vida ativa pode melhorar as funes mentais, sociais e fsicas no envelhecimento. Em que a adoo de modos de vida ativos durante toda a vida, leva a uma velhice produtiva. A Organizao Mundial da Sade reconhece o valor do exerccio como estratgia para valorizao do envelhecimento, publicando em 1997 um conjunto de recomendaes para promoo da atividade fsica desta populao, texto que ficou conhecido sob a denominao de "Recomendaes de Heidelberg" (WHO, 1996). Por sua vez, os vnculos sociais dos idosos, as influncias culturais a que esto submetidos, bem como seu prprio comportamento social, da mesma forma, podem funcionar como fatores capazes de contribuir para sua boa sade.

muito fcil constatar que os idosos soci veis, participantes, ativos ou que enfrentam barreira bem menores de preconceitos ou estere tipos, tendem a ser mais saud veis e alegres que, por vontade pr pria ou circunstancias familiares e o culturais vivem doentes, tristes, solitrios, discriminados ou desinteressados das coisas que se passam ao seu redor. Estes, os mais ativos e participantes, via de regra fazem exerccio fsico a sua onde de satisfao e elevao de autoestima, to necessria para o bem estar de qualquer indivduo (JORDO, 1997). 2.2 A MUSCULAO DEPOIS DOS 60 ANOS Muito se fala nos dias de hoje sobre academias de ginsticas, exerccios fsicos, treinamento de foras, corpos definidos e saudveis. Contudo, esta relao feita diretamente com pessoas jovens e adultas, no incluindo nesta relao s pessoas mais velhas. Porm no so apenas os jovens e atletas as pessoas capazes de usar seu equipamento de treinamento e fora e, de fato muitas pessoas dizem que acreditam nisso. Essas pessoas que passam diante de uma academia de musculao gostariam de estar em boa forma para usar tais equipamentos. Elas precisam entender que no precisam ser fortes para realizar estes exerccios e que na realidade so realizados para a melhoria da mesma. A musculao recebe atualmente um destaque especial, principalmente em decorrncia da evoluo cientfica que apresentou nas ltimas dcadas com a publicao de pesquisas e artigos sobre seus benefcios e segurana na prtica (PONTES, 2003, citado por COSTA 2004). Segundo Thomas e Wayne (2001), muitos estudos revelaram que os exerccios de treinamento e fora aumentam a musculatura e diminuem a gordura simultaneamente, resultando em um percentual de gordura corporal baixo, mantendo uma constituio fsica mais saudvel. Entretanto a idade no determina a possibilidade ou a impossibilidade da prtica destes exerccios de fora (GRAVES E FRANKLIN, 2006). As pesquisas com homens e mulheres dos 60 a 80 anos, revelaram muitas melhorias fsicas em consequncia de um programa bsico de treinamento de fora. De fato, o Journal of the American Medical Association relatou ganhos significativos de fora muscular e funo fsica em pessoas com 90 anos que praticavam exerccios e treinamento de fora. (THOMAS & WAYNE, 2001)

Ainda, segundo Thomas e Wayne (2001), existem doze razes para que cada adulto com mais de 50 anos torne o treinamento de fora uma parte regular e fundamental de sua vida: Manuteno da Musculatura, manuteno do metabolismo, ganho de tecido muscular, aumento de padro metablico, reduo de gordura corporal, aumento da densidade mineral ssea, melhorias do metabolismo da glicose, acelerao da passagem de alimentos, reduo da presso arterial, melhoria dos lipdios sanguneos, conservao ou melhoria da sade da regio lombar das costas, reduo de vida. Como pode se observar, so inmeras as vantagens e benefcios que podem ser obtidos com a prtica da musculao na terceira idade, proporcionando ao idoso uma melhor qualidade de vida. 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA A presente pesquisa indica a necessidade de um estudo do tipo explicativo, pois se trata da influncia da musculao na autonomia motora dos idosos. Neste sentido, identificar os fatores que determinam ou contribuem com a qualidade de vida na terceira idade, a partir da prtica da musculao. 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA A pesquisa envolver uma dimenso terica quanto uma dimenso emprica. Na abordagem terica sero tomados de emprstimos, as diversas teorias que auxiliaram a esclarecer as questes que surgiram no decorrer o desenvolvimento a mesmas. Na mesma sero utilizadas abordagens tanto qualitativa, quanto quantitativa. A pesquisa qualitativa se justifica, em possibilitar ao pesquisador o contato direto o a situao a ser estudada, na obteno de dados descritivos sobre as pessoas envolvidas no estudo, nos processos interativos, procurando entender cada fenmeno segundo as perspectivas dos colaboradores da situao do estudo. Este mtodo permitir uma maior flexibilidade, a qual possibilitar expressar ideias e opinies no que se refere ao contexto do estudo.

Na pesquisa quantitativa, sero analisados os dados da coleta de dados, em virtude da necessidade em medir, fazer comparaes, para descrever e explicar o fenmeno. Vale ressaltar que como afirma Luna (1998, p.47), onde demonstra que no h compatibilidade na utilizao de ambas as abordagens porque tanto uma como outra atendem basicamente aos mesmos requisitos que so: a existncia de perguntas que se quer responder; a elaborao de passos que permitem responder s questes propostas e a necessidade da indicao do grau de confiabilidade para as respostas obtidas.. Sendo assim as duas formas de abordagem tende juntas a enriquece o estudo em questo. 3.3 LOCAL E INFORMANTES DO ESTUDO. O estudo ser desenvolvido na academia Companhia Atlhtica, situada na Avenida Municipalidade n 489, no bairro do Reduto, na cidade de Belm, estado do Par. Sero informantes 05 (cinco) alunos praticantes da musculao de ambos os sexos na faixa etria entre 60 e 80 anos. Apenas aqueles alunos que possurem idade superior a 60 anos e inferior a 80 anos que faro parte da pesquisa. Alunos com 60 anos incompletos ou aqueles que j tiverem completado 80 anos tambm no participaro da pesquisa.

3.3 COLETA DE DADOS: ETAPAS, TCNICAS E INSTRUMENTOS. A coleta de dados ser realizada a partir de algumas etapas de trabalho.

Etapa 1: Ser desenvolvido um levantamento a partir de referncias bibliogrficas, no que se refere a prtica da musculao para melhorar a autonomia na vida dos idosos; Etapa 2: Observao de aspectos fsicos do indivduo em primeiro contato com a musculao e depois da prtica constante; Etapa 3: Baseado na etapa 2 confeccionar um questionrio de perguntas, tomando como relevncia as anotaes feitas nas observaes; Etapa 4: aplicao dos questionrios aos sujeitos envolvidos; Etapa 5: Anlise e discusso dos resultados.

3.4 ASPECTOS TICOS

A pesquisa ser realizada de forma individual, haja vista que se pretende realizar o estudo da influncia da atividade fsica na melhoria do envelhecimento, se preocupa diretamente em preservar quais motivos conduziram tais pessoas a frequentarem a academia. Sero apresentados detalhadamente os objetivos da pesquisa para os participantes e, aps os devidos esclarecimentos, os mesmos sero convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que tempo objetivo permitir que a pessoa que est sendo convidada a participar de um projeto de pesquisa compreenda os procedimentos, benefcios e direitos envolvidos, visando permitir uma deciso autnoma. Apenas aqueles alunos que possurem idade superior a 60 anos e inferior a 80 anos que faro parte da pesquisa. Alunos com 60 anos incompletos ou aqueles que j tiverem completado 80 anos tambm no participaro da mesma.

3.5 ORAMENTO

Obs.: Esta pesquisa no acarretar nus a esta Instituio 3.6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

REFERNCIAS COLOMBO, Fernando Os Benefcios da Musculao na Terceira Idade publicado 10/02/2009 disponvel em http://www.webartigos.com. Acessado em 26 de abril de 2011 COSTA, Allan Jose silva da. Musculao e qualidade de vida. In Revista Virtual EFArtigos. Vol. 02, n03 Natal, 2004. disponvel em http////:

www.efartigos.hpg.com.br, acessado em 30 de maio de 2011 s 10:00hs. FARINATTI, P.T.V. Atividade fsica, Envelhecimento e Qualidade de vida. So Paulo: Manole, 2008. GRAVES James E. e FRANKLIN Barry A. Treinamento Resistido na Sade e Reabilitao, Rio de Janeiro: Revinter, 2006. JORDO, Antnio. Gerontologia bsica. So Paulo: Lemos, 1997 LUNA, S.V. O falso conflito entre Tendncias Metodolgicas. Caderno de Pesquisa, n 66,1988. SHEPHARD, Roy J. Envelhecimento, atividade fsica e sade. Traduo de Maria Aparecida da Silva Pereira. So Paulo: Phorte, 2003. SPIRDUSO, Wennen Wyrick. Dimenses Fsicas do Envelhecimento Barueri, SP: Manole, 2005. THOMAS R. Baechie; WAYNE L. Westcott. Treinamento de Fora para a Terceira Idade. So Paulo: Manole, 2001. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The Heidelberg guidelines for promoting physical activity among older persons. Guidelines series for healthy ageing - I 1996 http://www.who.int/hpr/ageing/heidelberg_eng.pdf acessado em 31 de maio 2011, s 17:00 hs.

ANEXO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.

(Modificado com autorizao da Prof Dra. Joelma Alencar da Escola Superior da Amaznia)

As informaes obtidas sero analisadas e no sero divulgadas qualquer informao que possa levar a sua identificao.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.

Ttulo: Musculao: Atividade fsica para a melhoria da qualidade de vida do idoso.

GARANTIAS

Todos os informantes sero comunicados que haver garantia de total anonimato, pois suas falas sero codificadas e tabuladas no processo de anlise. No haver necessidade de utilizar consentimento esclarecido por escrito. garantida s pacientes, a liberdade de deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuzo continuidade de seu tratamento na Instituio. Os praticantes de musculao tem direito a se manter informada a respeito dos resultados parciais da pesquisa. No h despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo.

Este trabalho ser realizado com recursos prprios do autor, no tendo financiamento ou co-participao de nenhuma instituio de pesquisa. Tambm no haver nenhum pagamento por sua participao. O pesquisador utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa.

DECLARAO

Declaro que compreendi as informaes do que li ou que me foram explicadas sobre o trabalho em questo. Discuti com a Dra. Joelma Alencar sobre minha deciso em participar nesse estudo, ficando claros para mim, quais so os propsitos da pesquisa, os procedimentos a serem realizados, os possveis desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro tambm que minha participao no tem despesas e que tenho garantia de acesso ao desenvolver a aptido fsica entre os praticantes de musculao, inclusive se optar por desistir de participar da pesquisa. Concordo voluntariamente em participar desse estudo podendo retirar meu consentimento a qualquer momento sem necessidade de justificar o motivo da desistncia, antes ou durante o mesmo, sem penalidades, prejuzo ou perda de qualquer benefcio que possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste servio.

Belm, ____, de ___________________de 2009. __________________________________________ Assinatura do representante legal __________________________________________ Assinatura de testemunha ___________________________________________ Pesquisador responsvel

Modelo de Questionrio: Nome:________________________________________________________ Idade _________________________________________________________

Quais motivos o conduziram a academia para fazer musculao

Aumentar o bem estar corporal ( ) Melhorar a postura Manter-se em forma Conhecer seus limites ( ) Prazer da prtica ( ) Melhorar a aparncia ( ) Sentir-se realizado ( ) Por causa dos incentivos do professor ( ) Por causa da ateno do professor ( ) Reduzir o nvel de estresse ( ) Sensao de bem estar proporcionada pelo ambiente ( ) Liberar energias ( ) Facilidade de acesso ( ) Por causa da ateno dos funcionrios do local ( ) Recuperar-se de atividades do trabalho dirio ( ) Por causa da alegria proporcionada pelo ambiente ( ) Crculo de amizades ( ) Emagrecer ( ) Parecer mais jovem ( ) Por causa do local de prtica ( ) Ficar mais forte ( ) Aumentar o contato social ( ) Incentivo da famlia e amigos ( ) Ter status social ( ) ( ) ( )

Sensao de bem-estar proporcionada pelo exerccio ( )

IMPORTNCIA DA ATIVIDADE FSICA NA TERCEIRA IDADE - UMA REVISO LITERRIAIMPORTANCE OF THE PHISICAL ACTIVITY IN THE THIRD AGE - A REVISION OF LITERATURE

RESUMO

O envelhecimento populacional uma realidade no nosso pas, assim como em todo o mundo. Com o aumento do nmero de idosos ocorre um aumento das doenas associadas ao envelhecimento, destacando-se as crnico-degenerativas. A atividade fsica regular pode contribuir muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento. O presente estudo tem como objetivo mostrar as alteraes sofridas com o processo do envelhecimento e os benefcios que a atividade fsica pode trazer para esta populao. Trata-se de uma reviso de literatura especializada, realizada no perodo de maio e junho de 2007, atravs de consulta em livros e peridicos da Biblioteca da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequi, e busca de artigos cientficos no banco de dados do Scielo e Bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs. O estudo demonstra unanimidade no que refere-se a realizao de exerccios fsicos de forma orientada e supervisionada por profissionais como uma maneira de melhorar a qualidade de vida do idoso.

Palavras Chave: atividade fsica, idoso, envelhecimento, terceira idade

ABSTRACT

The population aging is a reality in our country, as well as in the whole world. With the increase of the number of aged an increase of the illnesses occurs associates to the aging, being distinguished the chronic-degenerative ones. The regular physical activity can contribute very to prevent the incapacities associates to the aging. The present study it has as objective to show to the alterations suffered with the process of the aging and the benefits that the physical activity can bring for this population. One is about a revision of literature specialized, carried through in the period of May and June of 2007, through consultation in periodic books and of the Library of the southwestern State University of the Bahia, Campus of Jequi, and scientific article search in the data base of the Scielo and Bireme, from the sources Medline and Lilacs. The study it demonstrates unamimity in that accomplishment of physical exercises of form guided and supervised for professionals is mentioned to it as a way to improve the quality of life of the aged one.

Words Key: physical activity, aged, aging, third age.

INTRODUO

O envelhecer refere-se a um fenmeno fisiolgico de comportamento social ou cronolgico. um processo biossocial de regresso, observvel em todos os seres vivos, expressando-se na perda da capacidade ao longo da vida, devido a influncia de diferentes variveis como genticas, danos acumulados e estilo de vida, alm de alteraes psico-emocionais(1). Entende-se por idoso ou pessoa da terceira idade, indivduos com mais de 60 anos de idade, institudo pelo estatuto do idoso(2). O envelhecimento vem aumentando consideravelmente, o que se atribui a um aumento da expectativa de vida, a diminuio da taxa de natalidade, a um melhor controle de doenas infecto-contagiosas (imunizao) e crnico-degenerativas(3). No Brasil, a populao de idosos era de 15 milhes em 2002 e estima-se que em 2020 o nmero de pessoas acima de 60 anos de idade ter crescido 16 vezes em relao a 1950 (4) .

A velhice traz consigo a diminuio das aptides fsicas, declnio das capacidades funcionais, diminuio da massa ssea e muscular, diminuio da elasticidade e flexibilidade articular, aumento de peso, maior lentido e doenas crnicas(5)(. Os benefcios da atividade fsica para a sade e a longevidade so conhecidas desde o princpio dos tempos. A atividade fsica regular pode contribuir muito para evitar a incapacidade associada ao envelhecimento alm de acompanhar inmeros benefcios para vida do idoso. Atualmente est comprovado que quanto mais ativa uma pessoa menos limitaes fsicas ela tem (6) .

O exerccio fsico promove uma melhoria no funcionamento geral dos sistemas viscerais (cardiovascular, respiratrio, digestivo nervoso, muscular, etc.) e dessa forma permite melhor irrigao dos tecidos, melhor performance do aparelho locomotor, alm de regularizar o trnsito gastrintestinal, o sono, a funo cognitiva, no caso da memria e de favorecer o controle de doenas crnico-degenerativas como a Hipertenso Arterial, Diabetes Melitus, aumento do HDL-Colesterol e diminuio do Triglicrides (7).

Tendo em vista a importncia deste assunto para a promoo da sade e a preveno de doenas, este artigo prope uma reviso bibliogrfica sobre o envelhecimento e a importncia da atividade fsica neste perodo da vida. Mesmo sabendo da realidade que se encontra o pas com um aumento do nmero de idosos na populao ainda no se adotou uma poltica pblica visando melhorar a qualidade de vida do idoso principalmente com a informao e orientao bsica como o incentivo a prtica de atividade fsica regular para terceira idade. Que esse artigo possa servir de estudo e estmulo para que profissionais que trabalham com os idosos possam criar projetos nessa rea em suas comunidades.

MATERIAIS E MTODOSEste artigo trata-se de uma reviso de literatura especializada, realizada no perodo de maio e junho de 2007, atravs de consulta de livros e peridicos da Biblioteca da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequi, e busca de artigos cientficos no banco de dados do Scielo e Bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs.

A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando s terminologias cadastradas nos Descritores em Cincias da Sade criados pela Biblioteca Virtual em Sade desenvolvido a partir do Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine, que permite o uso da terminologia comum em portugus, ingls e espanhol. As palavras-chave utilizadas na busca foram: atividade fsica, idoso, envelhecimento, terceira idade.

Os critrios de incluso para os estudos encontrados foram abordagem da importncia da atividade fsica para o envelhecimento. Foram excludos estudos que abordavam o envelhecimento em suas outras variveis, mas no abordavam a prtica de exerccios fsicos.

Em seguida buscou-se analisar os trabalhos que correlacionava os critrios de incluso e a ao da atividade fsica na sade e qualidade de vida do idoso.

RESULTADOS E DISCUSSO

Os estudos que abordam o assunto so unnimes e concordam com a importncia da atividade fsica para a vida do indivduo idoso.

Existe um consenso entre os estudos realizados(8) de que a atividade fsica constante traz benefcios incontestveis para a prolongao dos anos de vida com uma melhor qualidade. O idoso tem perda de at 5% da capacidade fsica a cada 10 anos e pode recuperar 10% atravs de atividades fsicas adequadas(9). Estas atividades tambm atuam como antidepressivos, sendo benficos para todas as idades e sexo.

Cerca de 70% das pessoas acima de 60 anos no Brasil so sedentrias(10) . Esta estatstica assustadora se considerar as conseqncias deste sedentarismo, que variam desde o risco de infarto do miocrdio at acidentes vasculares e o cncer. Este problema se agrava nas pessoas de terceira idade, pois nesta fase o organismo j no mais como antes. Seus corpos no so mais to flexveis e seus movimentos no so mais geis, as articulaes perdem mobilidade e elasticidade, as leses degenerativas como a osteoporose transforma o osso de um estado consistente para esponjoso deformando-o s vezes.

No aparelho bronco-pulmonar a deteriorao progressiva e irreversvel, todo sistema respiratrio sofre alterao, inclusive os pulmes que tem seu peso reduzido. No aparelho cardiovascular a capacidade do corao diminui, a presso se eleva, diminuindo a circulao sangunea, a pele se enruga, perde a maciez e se resseca.

A velhice traz consigo a reduo das aptides fsicas, declnio das capacidades funcionais, diminuio da massa ssea e muscular, elasticidade, circulao e movimentos das articulaes; aumento de peso, maior lentido e doenas crnicas. Enfim a expectativa da aposentadoria sensao de inutilidade, sade frgil, diminuio da flexibilidade, massa muscular, fora, estatura e leses degenerativas variadas, dentre outros agravantes, fazem com que as pessoas da terceira idade tenham que buscar um novo sentido para suas vidas.

A prtica regular da atividade fsica acompanhada de inmeros benefcios, porm alguns riscos devem ser considerados, sendo a avaliao clnica fundamental para que os benefcios sejam maximizados e os possveis riscos minimizados.

Dentre os benefcios podemos citar(11): > Melhora da sensibilidade a insulina, levando a um melhor controle glicmico, que pode prevenir o desenvolvimento de diabetes.> Lipoprotenas: aumento da frao HDL, diminuio da LDL, reduo significativa dos triglicrides, alm da reduo da atividade aterognica dos moncitos. > Composio corporal: com o envelhecimento h um aumento percentual da gordura corporal e diminuio da massa muscular. A atividade fsica reduz esta modificao. > Vrias das alteraes cardiovasculares e pulmonares que ocorrem com o envelhecimento normal podem ser minimizadas ou revertidas com a prtica regular de atividade fsica. > Fatores hemostticos so influenciados de vrias maneiras pela atividade fsica, com resultado lquido de reduo da atividade pr-tromblica. > Aumento na capacidade fsica, elasticidade e equilbrio, diminuindo o risco de quedas. > Aumento da vaso dilatao dependente do endotlio, por aumento da liberao de xido ntrico. O exerccio aerbico regular previne a perda da vaso dilatao dependente do endotlio que ocorre com o envelhecimento e restaura ao normal em adultos e idosos sedentrios saudveis. > Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidncia de infeces e possivelmente de certos tipos de cncer. > Melhora da funo autonmica, com aumento da sensibilidade dos baroreceptores e da variabilidade da freqncia cardaca. > Efeitos benficos sobre a presso arterial sistmica.> Um dos benefcios mais bem documentados sobre o risco de doena coronariana e morte, havendo uma relao inversa com a prtica de exerccio habitual. Isto vem sendo demonstrado tanto para a prtica de exerccio programado, quanto para as atividades de lazer ou inseridas nas rotinas do dia. Apesar do exerccio moderado j apresentar benefcio sobre a mortalidade, aparentemente h uma relao dose-resposta, com exerccios mais vigorosos demonstrando um efeito ainda maior. > Atividade fsica, especialmente se vigorosa facilita a interrupo do tabagismo, alm de prevenir o ganho de peso que geralmente se associa. > Muito importante para os idosos so as evidncias de preveno ou retardo do declnio cognitivo. Dentre os inmeros benefcios que a prtica de exerccios fsicos promove, um dos principais a proteo da capacidade funcional em todas as idades, principalmente nos idosos. Por capacidade funcional entende-se o desempenho para a realizao das atividades do cotidiano ou atividades da vida diria (12). As atividades da vida diria podem ser classificadas por vrios ndices. As atividades da vida diria (AVD) so referidas como: tomar banho, vestir-se, levantar-se e sentar-se, caminhar a uma pequena distncia; ou seja, atividades de cuidados pessoais bsicos e, as atividades instrumentais da vida diria (AIVD) como: cozinhar, limpar a casa, fazer compras, jardinagem; ou seja atividades mais complexas da vida cotidiana(13). Um estilo de vida fisicamente inativo pode ser causa primria da incapacidade para realizar AVD, porm, um programa de exerccios fsicos regulares pode promover mais mudanas qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alterao na forma de realizao do movimento, aumento na velocidade de execuo da tarefa e adoo de medidas de segurana para realizar a tarefa(12).

Alm de beneficiar a capacidade funcional, o exerccio fsico promove melhora na aptido fsica. No idoso os componentes da aptido fsica sofrem um declnio que pode comprometer sua sade. A aptido fsica relacionada sade pode ser definida como capacidade de realizar as atividades do cotidiano com vigor e energia e demonstrar menor risco de desenvolver doenas ou condies crnico degenerativas, associadas a baixos nveis de atividade fsica (14). Os componentes da aptido fsica relacionados sade e que podem ser mais influenciados pelas atividades fsicas habituais so a aptido cardio-respiratria, a fora e resistncia muscular e a flexibilidade, por isso so os mais avaliados, sendo preditores da condio da sade.

A prtica de atividade fsica tambm promove a melhora da composio corporal, a diminuio de dores articulares, o aumento da densidade mineral ssea, a melhora da utilizao de glicose, a melhora do perfil lipdico, o aumento da capacidade aerbia, a melhora de fora e de flexibilidade, a diminuio da resistncia vascular(13). E, como benefcios psico-sociais encontram-se o alvio da depresso, o aumento da autoconfiana, a melhora da auto estima.

O tipo de exerccio fsico recomendado para idosos no passado era mais o aerbio pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e controle destas doenas, alm dos benefcios psicolgicos(15). Atualmente, estudos mostram a importncia dos exerccios envolvendo fora e flexibilidade, pela melhora e manuteno da capacidade funcional e autonomia do idoso(16).

Os riscos potenciais associados a atividade fsica so variados, porm os benefcios para a sade so to grandes que superam em muito os riscos potenciais. Entre eles podemos citar as leses ortopdicas (a idade um dos fatores de risco para leses); Arritmias cardacas (principalmente nos portadores de cardiopatia); Infarto agudo do miocrdio (basicamente indivduos no treinados e portadores de mltiplos fatores de risco em atividade fsica vigorosa); Morte sbita (complicao muito rara, aproximadamente 1 chance para cada 1,5 milho de episdios de exerccio) (17).

Todos os indivduos com 60 anos ou mais devem ser submetidos a avaliao mdica peridica e o clnico ou geriatra que o acompanha deve estar apto a liberar e recomendar a atividade fsica (18). O programa de exerccios deve levar em considerao o bem-estar , regularidade, satisfao de quem o pratica. A escolha deve ser adequada e bem dosada. As repeties, a intensidade do peso utilizado (quando for o caso) deve estar de acordo com a capacidade individual.

No existe um mtodo ou programa rgido, por faixa etria por exemplo. Existem divergncias a respeito dos exames que devam ser realizados antes de iniciado um programa de exerccios fsicos, para qualquer faixa etria(19). A Sociedade Americana do Corao recomenda teste ergomtrico para homens sedentrios acima de 45 anos e mulheres acima de 50 anos 20. Para a Sociedade Britnica de Cardiologia os exames so dispensveis se o programa se inicia com esforo mnimo e progredir de forma lenta. Qualquer indivduo que apresente qualquer alterao de presso arterial ou funo cardio-respiratria necessariamente precisa se submeter a um exame mdico geral antes de iniciar qualquer programa de atividade fsica. Recomenda-se uma avaliao funcional completa dando-se maior destaque aos aspectos funcionais do aparelho locomotor (fora muscular, equilbrio, postura, condies articulares), aparelho cardio-respiratrio (avaliao da capacidade aerbica), alm de aspectos nutricionais e nvel de hidratao.

Um programa de exerccios para a terceira idade deve constar de aquecimento, exerccios de flexibilidade, atividades aerbicas, perodo de recuperao. O primeiro e o ltimo perodos devem ter durao mdia de 20 minutos j que a presso arterial e o nvel de ventilao retornam nveis estveis lentamente.

Devemos relembrar aqui como classificamos os exerccios pelo consumo energtico. Exerccios aerbios so aqueles de baixa intensidade e longa durao: caminhar, nadar, pedalar. Estes exerccios causam uma maior utilizao do transporte de oxignio para que se queimem os carboidratos e as gorduras. Exerccios anaerbios so aqueles de alta intensidade e por isso, necessariamente de curta durao. So aqueles que se valem da ressntese de ATP e da transformao anaerbia da glicose em cido lctico (18).

Para o idoso o objetivo bsico do exerccio regular ser a manuteno ou melhora da capacidade cardio-respiratria e da capacidade funcional msculo-articular, compensando uma deficincia ou promovendo simplesmente momentos de prazer (1) be, osse, por meio deste so.Este objetivo permite melhor aptido para as tarefas da vida diria, mais rpida recuperao de doenas e equilbrio emocional. No se pode, todavia, desconhecer ou ignorar as preferncias do sujeito atendido, uma vez que o comprometimento com as atividades que determinar o sucesso do programa prescrito e o grau de benefcio alcanado pelo indivduo(21).

So mais indicados os exerccios aerbios: andar, nadar, pedalar, danar, com freqncia mnima de 3 vezes na semana. Tcnicas alternativas como a ioga e o tai chi chuan tem seu valor, j que so habitualmente realizadas em grupos e conduzem a uma mobilizao geral do corpo, acompanhada de exerccios de relaxamento e alongamento dos grupos musculares e concentrao, para a repetio dos exerccios, sempre realizados em ritmo lento e cadenciado(17).

Toda a atividade realizada em grupo mais prazerosa e permite um exerccio de socializao e convivncia, tambm fundamentais para o bem-estar do sujeito. A durao de cada prtica deve estar entre o limite de 20 e o mximo de 40 minutos, observando-se os perodos de repouso necessrios. Aps a atividade o perodo de resfriamento do corpo e a hidratao para recompor as perdas hdricas so fundamentais, assim como uma alimentao leve para reposio de energias. Devemos ainda destacar ainda o cuidado com a preveno de instalao ou agravamento de leses osteo-articulares. Estes cuidados preventivos devem considerar os dados da avaliao funcional inicial. O uso de calados e vestimentas adequados, hidratao constante, adoo de alimentao equilibrada, respeito s limitaes de equilbrio e fora, uso de atividades de pouco impacto articular, observao severa do uso correto da medicao (quando for o caso) so aes preventivas que levam ao sucesso do programa planejado (22).

CONCLUSO

Percebe-se, por meio deste estudo, que a prtica de atividades fsicas de fundamental importncia para a qualidade de vida do idoso. O captulo V do Estatuto do Idoso(23) refere-se educao, cultura, esporte e lazer, no qual, o artigo 20 diz que o idoso tem direito a educao, cultura, esporte, lazer, diverses, espetculos, produtos e servios que respeitem sua peculiar condio de idade.

Seja o gerontlogo, o geriatra, o fisioterapeuta, o professor de educao fsica, ou outro profissional que oriente a atividade fsica para idosos fundamental considerarmos esse sujeito em sua totalidade. O principal objetivo a ser alcanado a melhoria da qualidade de vida, a maior independncia, fatores essenciais para uma vida mais feliz.

H, portanto, o reconhecimento por parte de algumas polticas pblicas da necessidade de se incrementar a prtica de atividades fsicas desta populao. Entretanto, ainda so escassas as intervenes, servios, espaos e equipes que promovam o reconhecimento que um estilo de vida ativo fundamental na preservao da sade e manuteno da capacidade funcional e independncia do idoso. importante que o idoso incorpore, em seu modo de vida, hbitos saudveis atravs de informaes e contedos que sejam capazes de modificar e acrescentar atitudes favorveis para a manuteno e preveno de sua sade em seu significado mais abrangente (fsica, mental, emocional, social e espiritual).

Cabem, ento, aos profissionais da sade, educadores fsicos, gestores pblicos, engajarem-se de maneira efetiva e eficaz na mobilizao de recursos, na construo e viabilizao de projetos, que atinjam a meta de uma populao idosa cada vez mais ativa e conseqentemente com maior qualidade de vida.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

1. GUEDES RML. Motivao de idosos praticantes de atividades fsicas. In: Guedes O C (org.). Idoso, Esporte e Atividades Fsicas. Joo Pessoa: Idia; 2001.

2. MINISTRIO DA JUSTIA DO BRASIL. Estatuto do Idoso: Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003. Braslia: Ministrio da Justia; 2003.

3. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA (IBGE). FHC cria conselho para os direitos dos idosos. Bol Poltica 7 de setembro de 2002 Folha On Line, informaes da Agncia Brasil. [artigo online] [capturado em 26 maio 2007]. Disponvel em http://www.ibge.gov.br/ censo/noticia_old.shtm

4. WORLD HEALTH ORGANIZATION WHO. Noncommunicable Disease Prevention and Health Promotion. Physical Activity for various population groups Aging Population. [artigo online] [capturado em 26 maio 2007]. Disponvel em: http://www.who.int/inf-fs/en/ fact135.html

5.CARVALHO F., E.T.; NETTO, M.P.: Geriatria:fundamentos, clnica e teraputica. Rio de Janeiro:Atheneu, 1994.

6.FORCIEA, M.A.; LAVIZZO-MOUREY, R.: Segredos em Geritria. Porto Alegre:Artes Mdicas, 1998.

7. AMNCIO, A.: Geriatria Clnica. Rio de Janeiro:Atheneu, 1975.

8.NIEMAN, David. Exerccio e sade. Como se prevenir de doenas usando o exerccio como seu medicamento. 1. ed. So Paulo: Manole, 1999.

9.OTTO, Edna Ruth de Castro. Exerccios fsicos para a terceira idade. So Paulo: Manole, l987. WEINECK. J. Biologia do Esporte. Editora Manole Ltda. So Paulo, 2000.

10. LORDA, Ral C. Recreao na terceira idade. Rio de Janeiro: Sprint, 1995,

11. MATSUDO, S. M. & MATSUDO, V. K. R. Exerccio, Densidade ssea e Osteoporose. Revista Brasileira de Ortopedia, vol. 27, n. 10, p. 730-742, 1992.

12. ANDEOTTI RA. Efeitos de um programa de Educao Fsica sobre as atividades da vida diria em idosos. So Paulo [dissertao]. So Paulo: Escola de Educao Fsica e Esporte da Universidade de So Paulo; 1999.

13. MATSUDO SMM. Envelhecimento e Atividade Fsica. Londrina: Midiograf; 2001.

14. NAHAS MV. Atividade fsica, sade e qualidade de vida: conceitos e sugestes para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf; 2001.

15. BLUMENTHAL JA, SCHOCKEN DD, NEEDEL TL, HINDLE P. Psychological and physiological effects of physical conditioning on the elderly. J Psychosom Res. 1982; 26(5): 505-10.

16. OKUMA, SS. O idoso e a atividade fsica: Fundamentos e pesquisa. 2 ed.Campinas: Papirus; 2002.

17. VUORI I. Exercise and physical health: musculoskeletal health and functional capabilities. Res Q Exerc Sport. 1995; 66(4): 276-85. 18-10. Rowe JW, Kahn RL. Successful aging. Gerontologist. 1997; 37(4): 433-440.

18. -SHARKEY, B. J. Condicionamento Fsico e Sade. 4.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

19. AMNCIO, A.: Geriatria Clnica. Rio de Janeiro:Atheneu, 1975.

20. CARVALHO F., E.T.; NETTO, M.P.: Geriatria:fundamentos, clnica e teraputica. Rio de Janeiro:Atheneu, 1994.

21. FORCIEA, M.A.; LAVIZZO-MOUREY, R.: Segredos em Geritria. Porto Alegre:Artes Mdicas, 1998.

22. GUIMARES, R.M.; CUNHA, U.G.V.: Sinais e sintomas em Geriatria. Rio de Janeiro: Revinter, 1989.

23. MINISTRIO DA JUSTIA DO BRASIL. Estatuto do Idoso: Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003. Braslia: Ministrio da Justia; 2003.