OS CENTROS DE SA ÚDE EM PORTUGAL Determinantes da ... · Melhorar estratégia de marketing sobre a...
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Osvaldo Santos
André Rosa Biscaia
Ana Rita Antunes
Isabel Craveiro
António Júnior
Rita Caldeira
Pascale Charondière
OS CENTROS DE SAOS CENTROS DE SAÚÚDE EM PORTUGALDE EM PORTUGAL
Determinantes da Satisfação comFuncionamento Actual & Prioridades de Reforma
Uma Abordagem Qualitativa
Instituição promotora e financiadora
Missão para os Cuidados de Saúde
Primários
Instituição responsável pelo estudo
Unidade de Sistemas de Saúde do Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Universidade Nova de Lisboa
Satisfação com os serviços de saúde
de difícil avaliação mas… incontornável:
� enquanto objectivo dos serviços de saúde� na avaliação da qualidade dos mesmos
satisfaçãodos utentes
satisfação dos profissionais de saúde
mediadora da aliança (e adesão) terapêutica
associada à taxa de uso de cuidados de saúde
efectividade das terapêuticas
associada ao estado geral de saúde
IHMT, 20072
IHMT, 2007
Objectivos & Método
utentesprofissionais de saúde (redes sociais)profissionais da comunicação social
conhecer a percepção acerca do funcionamento actual dos CS
identificar áreas de funcionamento dos CS que satisfazemnão satisfazem
conhecer vectores de mudança prioritários para a reforma dos CSP (se a mudança dependesse da vontade / necessidade dos participantes…)
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IHMT, 2007
Objectivos & Método
estudo qualitativo focus groups
� Captar a cultura prevalecente no
grupo dos utentes e no dos
profissionais dos CS
� Elementos-chave na construção
de políticas que respondam às
necessidades actuais e futuras
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IHMT, 2007
Amostragem não probabilística
103 participantes
16 CS // 14 focus groupsJaneiro a Março de 2007
5 com utentes5 com profissionais de saúde3 com redes sociais1 com jornalistas
5
Amostra
diversidade geográfica
CS de grande e pequena dimensão
formas diferentes de funcionamento
IHMT, 2007
valoriza relação personalizada com profissionais do CS
“Os centros são pessoas, para além do edifício.”
satisfação se CS e profissionais são pró-activos
atitude passiva na sua saúde e do próprioprocesso clínico no CS
não adere a sistemas de reclamação por escrito“As pessoas têm medo de reclamar”
comportamentos diferenciados face aosdiferentes profissionais
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Resultados: cultura do utente
IHMT, 2007
aprecia autonomia no exercícioprofissional
trabalho em equipa como melhor modelo
supervisão e avaliação do desempenhobem aceites se chefias escolhidas pelosprojectos, prestígio e competência
críticos às atitudes dos utentes queindiciem falta de respeito pelosrespectivos deveres ou exacerbação dos seus direitos
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Resultados: cultura do profissional
Resultados: determinantes de satisfação
Flexibilidade dos serviços prestados pelos CS“temos de ajustar o funcionamento do CS ao utente”
• maior capacidade de articulação
• resposta mais rápida e adequada
• um acesso mais facilitado
Relação de proximidade CS / comunidade
� Utentes
Factor humano
• médicos de família com “peso” relativo superior
8 IHMT, 2007
Resultados: determinantes de satisfação
� Profissionais de saúde
Determinantes de satisfação
• trabalho organizado em equipas nucleares estáveis
• rácios profissionais/utentes adequados
• sistemas de informação e apoio à consulta efectivos
Percepções relativas à reforma
• identificação com reforma (sentida como
necessária e urgente)
• tensão entre elementos USF
e elementos não-USF
• receios quando ao futuro9 IHMT, 2007
Resultados: satisfação profissional
• contenção de custos• deficiente definição e orientação política
• CSP nunca terem sido verdadeira prioridade“não é para aqui que são canalizados nemos profissionais nem as verbas, nem nada”;
Varia de local para local – condições de trabalho• a escassez de recursos humanos
“os utentes sem médico de família são uma chaga”
rácios prof / ut inadequados e áreas desguarnecidas
• baixa autonomia • falta de verdadeiro trabalho em equipa
• défice de tecnologia adequada
Situação actual
Existe insatisfação
Resultados: satisfação profissional
O que fazer?
• remuneração - conforme desempenho
e promova o trabalho em eq e a co-responsabilização
• melhor qualidade organizacional e o trabalho em eq“A compensação nas USF é a organização interna”
• aumento da autonomia e da responsabilidade“como vai ser nas USF”
• deterioração da relação prof / utentes“menos médico e mais medicamento”
• deterioração da relação entre profissionais“deixa correr”
• menor disponibilidade
• maiores custos
• maior vontade de abandonar a profissão
Consequências
11 IHMT, 2007
Resultados: perspectivas dos media
Concordam com linhas orientadoras da reforma
Aspectos que favorecem a reforma
• contexto histórico e político favorável
• reforma bem pensada e bem construída
• motivação dos profissionais mais positiva
que nas tentativas anteriores
• baseada na auto-organização dos profissionais
em equipas com autonomia funcional
• conhecimento e confiança dos profissionais
nas pessoas à frente da reforma
12 IHMT, 2007
Resultados: perspectivas dos media
Aspectos menos positivos da reforma & obstáculos
• demasiado centrada na figura do médico
• com pouco envolvimento dos utentes
• passado de diversas tentativas falhadas
• sistema de CSP ainda baseado
em políticas top-down
• elevada idade média dos médicos de família
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Comunicação social poderá ter papel importante
na implementação da reforma
IHMT, 2007
PONTOS FRACOS
idade média dos MF
elevada
muito centrada em alguns
líderes
pouco envolvimento de
utentes, redes sociais e
comunicação social
marketing da reforma
PONTOS FORTES
aumento flexibilidade e
autonomia
maior proximidade utente e
equipa de saúde
identificação dos prof.
saúde com a reforma
desenvolvimento bottom-up
trabalho em equipa
Conclusões: reforma dos CSP
IHMT, 2007
OPORTUNIDADEScontexto de apoio e
vontade política
contexto de mudança
apropriado na
administração pública
discussão alargada
aprovação da
legislação
AMEAÇASdemora na implementação
risco de falta de equidade entre
profissionais e utentes das USF
e profissionais e utentes que não as integrem
eventual degradação das
relações interpessoais devido ao
aumento da responsabilidade e
interdepêndencia
falta de eficácia dos sistemas de
informação e de comunicação
resistências locais
Conclusões : reforma dos CSP
IHMT, 2007
PONTOS FRACOSutentes sem médicos de
família
tempos de espera
dificuldade na articulação
infra-estruturas inadequadas
falta estratégia de marketing
insuficiente gama de serviços
sistema de informação e
comunicação pouco efectivo
inadequação da política de
recursos humanos
promiscuidade público/privado
PONTOS FORTEScobertura nacional
faz parte cultura
portuguesa
boa imagem da
instituição e profissionais
aceitabilidade geral pelos
utilizadores
efectividade
iniciativas pró-activas
baixo custo das taxas
moderadores
Conclusões : o CS actual e o ideal
OPORTUNIDADES
relação de qualidade
profissionais e utentes
determinantes de
satisfação (indicados por
utentes e profissionais de
saúde) operacionalizadas
nas USF
estabilidade das equipas
nucleares
informatização crescente
AMEAÇASburocratização do trabalho
aumento consumo dos
serviços de Saúde
falta de conhecimento sobre
a reforma dos CSP e
normas dos CS
atitude passiva e pouco pró-
activa do utente
Conclusões : o CS actual e o ideal
IHMT, 2007
Conclusões: Agenda de gestão da mudança� Para partilha de conhecimentoMelhorar estratégia de marketing sobre a reforma
e para cada CS
Criar glossário de termos relacionados
com actividade dos CS
Serviço diferenciado de prestação de informações a idosos
� Para mudança de culturas
Promoção de eventos, reuniões, e outras estratégias
Selecção criteriosa dos profissionais de saúdeFormação regular dos profissionais
em técnicas/competências interpessoais
18 IHMT, 2007
Conclusões: Agenda de gestão da mudança
� Para outros níveis de acessibilidadeMarcação de consultas
• organizadas ao longo do dia
• incentivar a marcação de consultas pela internet
Maior controlo sobre o cumprimento dos horários
Aumentar oferta de cuidados de saúde
• ao domicílio
• aumentar a oferta de cuidados especializados, com base no perfil saúde populações
(observatórios regionais/locais de saúde )
e na articulação/parcerias
com outras organizações
19 IHMT, 2007
Conclusões: Agenda de gestão da mudança� Para renovação/construção de novos CS
Dimensão definida numa perspectiva de futuro
Eliminadas barreiras arquitectónicasEstacionamento bem dimensionado
Local de implementação
bem acessível
� Para monitorização sistemática e regular da
satisfação do utente e do profissional
Criação de Observatórios de Satisfação
dos Utentes e dos ProfissionaisCriação de comissões de utentes
e de reuniões anuais com as mesmas
Sistema de avaliação de
abordagem misto (quantitativa e qualitativa)20