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  • Verso On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

    OS DESAFIOS DA ESCOLA PBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

    Produes Didtico-Pedaggicas

  • Ficha para identificao da Produo didtico-pedag gica Turma 2013

    Titulo: Geometria do ver ao aprender a fazer uma questo prtica

    Autora: Maria Margaret Stafin Disciplina/rea Matemtica Escola de Implementao do Projeto e sua localizao

    Colgio Agrcola Estadual Getlio Vargas

    Municpio da escola Palmeira Ncleo Regional de Educao Ponta Grossa Professor Orientador Marciano Pereira Instituio de Ensino Superior Universidade Estadua l de Ponta

    Grossa UEPG Relao Interdisciplinar Matemtica, Produo Veget al,

    Histria Resumo Desde o surgimento da geometria ela

    foi e de suma importncia para os diversos povos em diferentes pocas e locais. Queremos neste trabalho mostrar como gostoso desenvolv-la de uma forma diferente, totalmente prtica saindo dos modelos prontos e acabados normalmente encontrados nos livros didticos. Conhec-la e relacion-la com o cotidiano. Para isso usaremos a estrutura do Colgio Agrcola Estadual Getlio Vargas de Palmeira, onde relacionaremos a geometria que pode haver em uma horta, ou seja, a rea, o permetro dos canteiros, o espaamento entre as olercolas, a relao custo/ produo/ aproveitamento de espaos, observando as mais diversas reas em figuras diferentes. Aps os estudos sero apresentados os resultados obtidos.

    Palavras-chaves Modelagem Olercolas Medidas reas Figuras Geomtricas

    Formato do material Didtico Unidade Didtica Pblico alvo Alunos do Ensino Mdio curso

    tcnico em agropecuria

  • 2

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO DO PARAN SEED

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

    MARIA MARGARET STAFIN

    GEOMETRIA DO VER AO APRENDER A FAZER UMA QUESTO PRTICA

    PONTA GROSSA 2013

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    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO DO PARAN SEED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA MARIA MARGARET STAFIN

    GEOMETRIA DO VER AO APRENDER A FAZER UMA QUESTO PRTICA

    Unidade Didtica a ser aplicada no Colgio Agrcola Estadual Getlio Vargas Palmeira PR como cumprimento das atividades previstas no Plano Integrado de Formao Continuada 2013, do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE. Orientador: Prof. Dr. Marciano Pereira

    PONTA GROSSA 2013

  • 4

    SUMRIO 1. APRESENTAO 05

    2. MATERIAL DIDTICO 06

    2.1. Fundamentao Terica 06

    2.1.1. Origem Histrica da Geometria 06

    2.1.2. A Geometria Algumas Discusses Tericas 07

    2.1.2. Modelagem Matemtica 09

    2.2. Figuras Geomtricas 12

    2.2.1. Principais formas 12

    2.3. Unidades de Medidas 15

    3. OLERICULTURA 20

    4. ANEXOS 20

    Texto de apoio sobre a olericultura 20

    ATIVIDADE 1: Anlise de vdeo 22

    ATIVIDADE 2: Atividades prticas: a geometria no cotidiano

    23

    ATIVIDADE 3: Teorizando as observaes 26

    ATIVIDADE 4: Novas observaes 27

    ATIVIDADE 5: Sistematizando os dados 28

    ATIVIDADE 6: Produzindo conhecimento atravs da comparao

    29

    ATIVIDADE 7: Buscando conhecimentos tericos: pesquisa bibliogrfica

    30

    ATIVIDADE 8: Da teoria a prtica 31

    5. ORIENTAES METODOLGICAS 32

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 33

  • 5

    1. APRESENTAO

    O Presente material resultado do Programa de Desenvolvimento

    Educacional PDE, enquanto poltica de formao continuada e de valorizao dos

    professores da rede pblica estadual de Ensino do Estado do Paran, em parceria

    com o Ensino Superior. O material didtico aqui apresentado, sob a forma de

    Unidade Didtica, foi elaborado tendo em vista o tema Tendncias Metodolgicas

    em Educao Matemtica da atualidade e sua aplicao em sala de aula, presentes

    nas diretrizes curriculares de Matemtica, neste contexto teremos como ponto de

    partida a histria da Matemtica resultando num trabalho de modelagem. Para tanto,

    levando em considerao o planejamento da disciplina optou-se pelo contedo de

    geometria plana para o retorno da professora PDE escola, onde a mesma efetuar

    a implementao do projeto com seus alunos. O material elaborado ser

    implementado no Colgio Agrcola Estadual Getlio Vargas na cidade de Palmeira

    PR, tendo como pblico alvo alunos que provm de vrias regies de nosso estado

    e at de outros estados, o qual h vrias dcadas vem contribuindo para a formao

    de alunos aptos para o trabalho de orientao e de atuao junto ao meio rural,

    sejam como filhos de produtores rurais ou orientadores e tcnicos em agropecuria

    a servio de empresas ou rgos pblicos assessorando a produo agrcola.

    Este trabalho tem por objetivo geral: Compreender a importncia da histria

    e do desenvolvimento da Geometria e como ela pode ser inserida no contexto

    prtico como uma metodologia de ensino/aprendizagem na escola pblica, a partir

    de um estudo de caso. Pois observo ao trabalhar tanto neste estabelecimento como

    em outros a necessidade da contextualizao do conhecimento.

    Tem tambm por objetivo fazer um levantamento dos dados acerca dos

    conhecimentos que estes alunos tm de geometria plana e de horticultura, visto que

    este um contedo bsico das disciplinas tcnicas ofertadas pelo colgio. Aps,

    ser feita a contextualizao histrica sobre o surgimento e importncia da

    geometria, articulando este conhecimento com as demais aplicaes dentro do

    colgio agrcola.

    Na seqncia sero trabalhadas situaes problemas onde os alunos tero

    que aplicar a geometria dentro da rea destinada horticultura do colgio,

    observando as questes de reas e permetros, articulando estes conhecimentos

    geomtricos com conhecimentos da rea tcnica que os alunos desenvolvem ao

    longo de seu curso e tambm da matemtica, como, por exemplo: forma dos

  • 6

    canteiros, tamanhos, espaamentos, tipos de hortalias conforme o calendrio

    agrcola, produtividade e rentabilidade da atividade. Desta forma, vai se buscar

    mostrar aos alunos que o conhecimento adquirido por eles no so estanques, mas

    se articulam e se completam e que necessrio sabermos contextualizar estes

    conhecimentos.

    Insere-se tambm a importncia de se desenvolver junto aos alunos a

    origem dos conhecimentos a fim de demonstrar que somos resultado de um longo

    processo histrico que se iniciou com as primeiras civilizaes, chegando at os dias

    de hoje. Embora tenhamos evoludo tecnologicamente a ponto de no nos

    reconhecermos com as antigas civilizaes, grande parte do que se ensinado nas

    escolas hoje tem suas origens e aplicabilidades nestes povos. Justifica-se e explica-

    se assim a importncia de fazermos a articulao do passado (conhecimento

    histrico), com o conhecimento atual, fazendo as conexes e articulaes entre eles,

    com a finalidade de que nossos alunos percebam que somos todos agentes

    produtores de conhecimento, no importa o tempo ou espao em que estamos

    inseridos.

    2. MATERIAL DIDTICO

    2.1. Fundamentao Terica

    Para fazer matemtica no precisamos enxergar, andar, ter braos, ou mesmo corpo. S precisamos ter esprito, vontade, perseverana e principalmente convico da mais bela estrutura lgica criada pelo homem. Euler.

    2.1.1. Origem Histrica da Geometria

    Segundo Boyer (1974), o historiador, chamado de Pai da Histria,

    Herdoto defendia que a Geometria se originou no Egito, acreditava ele que esta

    cincia tinha surgido da necessidade prtica de fazer novas medidas de terras aps

    cada inundao anual no vale do rio Nilo. Aristteles achava que a existncia no

    Egito de uma classe sacerdotal com lazeres que tinha conduzido ao estudo da

    geometria. (Boyer, p. 4). Segundo o autor Herdoto e Aristteles defendiam duas

    teorias opostas, o primeiro trazendo o surgimento da Geometria para a rea agrcola

    e o segundo de que a mesma estava atrelada a prticas voltadas para o lazer

    sacerdotal e seus rituais.

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    Ainda em Boyer encontramos que os gemetras egpcios serem s vezes

    chamados estiradores de corda (ou agrimensores) pode ser tomado como apoio de

    qualquer das teorias, pois cordas eram indubitavelmente usadas tanto para traar as

    bases dos templos como para realinhar demarcaes apagadas de terras. (Boyer,

    p. 4).

    O autor em questo defende a idia de que tanto Herdoto como Aristteles

    subestimaram a idade do assunto, pois embora a necessidade da geometria seja

    essencial para a agricultura e a construo, pinturas rupestres j representavam

    com desenhos e figuras suas preocupaes com as relaes espaciais, o que seria

    para ele o incio, posteriormente tal preocupao so exemplificadas atravs da

    construo de seus artefatos como potes, tecidos e cestas com exemplos de

    congruncia e simetria o que em essncia so partes da geometria elementar.

    Falar ou defender quando ou aonde, por que ou como se utilizava a

    geometria entre os povos pr-histricos acaba muitas vezes em discusso leviana

    ou na construo de teorias frgeis, pois faltam comprovaes que confirmem ou

    neguem estas idias. O certo que as primeiras civilizaes necessitaram e

    aplicaram largamente noes de geometria, tanto em carter utilitarista, como por

    exemplo, na agricultura e nas construes, quanto de carter esttico, como na

    confeco e adorno de seus utenslios do dia a dia.

    2.1.2. A Geometria: Algumas Discusses Tericas

    A geometria uma cincia de todas as espcies possveis de espaos. Immanuel Kant