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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

Inclusão de Esportes Radicais de Ação e Aventura na Educação Física Escolar

Carlos Juliano Bet

IRATI – PR 2013

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PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

Produção didático-pedagógica (caderno pedagógico) apresentada a Secretaria e Estado da Educação do Paraná, como requisito para o cumprimento das atividades propostas dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE do Estado do Paraná.

Orientador: Prof. Dr. Cláudio Shigueki Suzuki

IRATI – PR 2013

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APRESENTAÇÃO A importância deste Caderno Pedagógico está na possibilidade de acesso ao

conhecimento sob os conceitos de Esportes Radicais de Ação e Aventura (ERAs) na

Educação Física Escolar. Pode ser o caminho para uma aprendizagem mais

consciente sobre o tema, mais atrativa e que proporcione atividades diversificadas

ao aluno na disciplina de Educação Física. A construção deste caderno temático

com o tema “Inclusão de Esportes Radicais de Ação e Aventura na Educação Física

Escolar” tem como objetivo disponibilizar um material que possa contribuir no

trabalho de professores que na escola queiram trazer novas atividades aos alunos.

Levar novas propostas às aulas, reconhecendo as mudanças e evoluções esportivas

atuais, e tendo a consciência de que quanto maior o número de atividades

proporcionadas aos alunos, maiores as chances deles adotarem uma atividade ou

esporte regularmente, tendo um estilo de vida mais saudável. O caderno pedagógico

traz desenvolvimento de ações pedagógicas teórico/práticas dentro desta temática

como forma de capacitar o aluno ao conhecimento geral das modalidades e suas

classificações, evolução, divulgação e influências dos novos esportes. Também

propõe a implantação de uma proposta didático pedagógica para o ensino de

conteúdos dos ERAs mesclados a demais conteúdos da Educação como saúde,

meio ambiente, entre outros.

Como a Educação Física se desenvolveu historicamente acompanhando as

mudanças da sociedade, e sabendo que os ERAs são um fenômeno contemporâneo

de grande apresentação e divulgação pela mídia, é que se teve a preocupação de

levar essa temática às aulas, através do caderno pedagógico em atividades teóricas

e práticas. Com esse material de consulta e reconhecendo a importância do tema de

estudo, poderemos proporcionar aos alunos reflexões sobre as mudanças dos

esportes, desenvolvendo sua autonomia e criticidade na possível escolha de novas

atividades.

A implementação deste projeto didático-pedagógico acontecerá no Colégio

Estadual Parigot de Souza na cidade de Inácio Martins, Estado do Paraná.

Inicialmente a turma que se beneficiará com o projeto será o 8° ano do ensino

fundamental diurno, perfazendo trinta duas horas aulas durante o primeiro semestre

do ano de 2014, com atividades proposta neste Caderno Pedagógico. Pretendendo

que posteriormente todas as turmas possam ter acesso ao tema ajustado, a sua

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faixa etária e ano de ensino. Com a relevância do presente tema, sua presença

efetiva nos conteúdos da disciplina de Educação Física, visa beneficiar e enriquecer

as aulas, trazendo novas possibilidades e vivências aos alunos.

JUSTIFICATIVA A Educação Física, assim como a Educação de uma maneira geral, passaram

por transformações e desenvolvimentos em sua evolução historicamente construída,

conforme as mudanças da própria sociedade. Mesmo que por vezes vista como uma

disciplina complementar (diminuição do número de aulas na grade curricular no

ensino fundamental nas escolas públicas do Paraná em 2013), é inegável sua

importância para a Educação, pois tem sua fundamentação, objetivos e caminhos

próprios, como as demais disciplinas.

Em sua história, de acordo com as tendências pedagógicas da época, a

Educação Física, já foi identificada sendo uma disciplina higienista, como uma parte

da solução para a saúde pública, em outro momento tinha um objetivo de cultura do

físico, servindo à Pátria e pronto para o combate. Passou por um período tecnicista,

onde se trabalhava o esporte como rendimento e técnica. A escola era base de

talentos esportivos para competição. Enfim, a Educação Física passou por

mudanças que dificultavam o entendimento de uma identidade própria e de qual era

seu objeto de estudo. Foi a partir da década de 80 que transformações significativas

começaram a acontecer, rompendo com a visão mecanicista e tradicional que tinha

até então, para novas discussões e concepções pedagógicas.

Isso fica mais evidente nos anos 90, com a proposta dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN’s), fonte orientadora das práticas educacionais das

escolas, onde a Educação Física Escolar deveria incorporar as dimensões afetivas,

cognitivas e socioculturais dos alunos. Passou não apenas a estudar o movimento

humano, mas ampliou seu estudo e influência, buscando relacionar-se com a cultura

corporal do movimento humano, em seus aspectos psicológicos, sociais, didáticos e

biológicos, tornando-se espaço para reflexão, discussão e apontamentos dentro da

escola.

Atualmente com a concepção de cultura corporal, a Educação Física Escolar

utiliza-se de conteúdos da dança, esportes, jogos e brincadeiras, lutas e ginástica

para colaborar com a formação do indivíduo, para que sejam capazes de

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desenvolver socialização, opinião, análise e identificação de práticas e atitudes

importantes para sua vida, bem como promover o bem estar, saúde e ações para

garantir seus direitos à qualidade de vida, política e sociedade.

Considerando que a Educação Física Escolar é dinâmica quanto a propostas

de conteúdos, e acompanha as mudanças e interesses das pessoas, temos

atividades pouco exploradas nas aulas, e que estão em evidência social, como os

esportes radicais. Os ERAs cada vez mais são vistos na TV, redes sociais, revistas,

eventos e jornais em todo o mundo, chamam a atenção de um grande público, de

todas as idades e classes sociais.

A variedade desses esportes, bem como seus praticantes, cresceu muito nos

últimos anos, aumentando, assim, o leque de propostas de novos conteúdos na

escola. Esses esportes podem ser conhecidos e classificados como radicais,

urbanos, na natureza, aquáticos, aéreos, entre outras divisões, tendo em comum a

superação, desafio, interação com o meio como algumas qualidades.

Sabendo que os esportes radicais estão presentes nos conteúdos dos PCN’s

e mais recentemente também constam nas Diretrizes Curriculares da Educação

Física do Paraná, novas possibilidades e conteúdos surgem para a Educação Física

Escolar, fugindo dos modelos tradicionais, incentivando assim a criatividade,

inovação, interesse e valorização das aulas. OBJETIVOS GERAL Implantação de uma Proposta Didático-pedagógica para o ensino de maneira

efetiva dos esportes radicais ação e aventura nas aulas de Educação Física.

ESPECÍFICOS Desenvolver os esportes radicais de ação e aventura como componente

didático pedagógico na Educação Física escolar.

Proporcionar alternativas de inclusão dos esportes radicais de ação e

aventura no ambiente escolar. Aplicar as atividades de parkour, slackline e escalada nas aulas de Educação

Física.

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FUNDAMENTAÇÃO Para implementação deste caderno pedagógico na escola inicialmente

realizamos algumas reflexões importantes que nos ajudaram a fundamentar a ação

no contexto escolar. Destaca-se a evolução dos ERAs, seu desenvolvimento e

importância na atualidade. Alguns conceitos e classificações também são citados e

por fim é discutida a possibilidade de sua implantação na Escola.

ESPORTES RADICAIS DE AÇÃO E AVENTURA Os ERAs são hoje uma realidade presente no meio esportivo e na sociedade,

fruto de um grande crescimento e desenvolvimento ocorrido principalmente nas

últimas duas décadas.

A partir da década de 90 se tornaram mais evidentes e o homem passou a

buscar ambientes naturais e artificiais para realizar essas práticas pela inovação,

interação com a natureza, busca por atividades alternativas e aventura.

As atividades de aventura tem se notabilizado pela diversidade e número de adeptos, ainda mais pela própria divulgação dos meios de comunicação, tanto pela mídia ou pelas revistas especializadas, sendo cada vez mais abordados em cursos e palestras devido aos interesses dessas novas práticas que surgem como meio de lazer, esporte e educação. (CÁSSARO, 2011, p.8).

Os primeiros autores a estudar essas atividades consideravam como uma

área do lazer e cultura do tempo livre, onde a natureza e o risco serviam como saída

para a correria do cotidiano das cidades e válvula de escape do stress.

Posteriormente ao considerar também como esporte, diversas definições foram

elaboradas na bibliografia. Essas atividades foram caracterizadas como esporte

extremo, de risco, novo esporte, esporte sem regras, entre outros.

Para Munhoz e Gonçalves Jr (2004, p.2) na literatura várias denominações e

terminologias são usadas para definir as atividades de aventura:

São muitas as nomenclaturas designadas a este tipo de atividade. A mais divulgada pela mídia é Esportes de Aventura, outros nomes comuns são: Esportes em Integração com a Natureza, Esportes Radicais, Esportes de Aventura na Natureza, Esportes Californianos, Esportes em Liberdade, Esportes Selvagens, Atividades Deslizantes de Aventura e Sensação na

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Natureza, Atividades Esportivas de Diversão e Turísticas de Aventura, Esportes Tecnológicos e Novos Esportes. Todas estas designações mostram alguma característica relacionada com as atividades desenvolvidas.

Ao mesmo tempo em que os ERAs se desenvolvem, os seus conceitos

também acompanham essa evolução. Hoje já se chegou a classificações e

definições mais completas e universais, fruto de trabalhos, pesquisas e constantes

estudos sobre o tema.

Como destaca Fernandes (1998), por sua abrangência os Esportes Radicais

podem ser considerados como conjunto de práticas corporais diferenciados por sua

aproximação com a natureza ou interação com obstáculos urbanos, e por expressar

valores que contestam os padrões antes estabelecidos.

Em 2007 o Ministério do Esporte definiu, através de Resolução publicada no

Diário Oficial da União, conceitos propostos por uma Comissão Nacional dos

Esportes de Aventura sobre esporte radical e aventura. Atendendo assim a

reinvindicação do setor esportivo para melhor organização e desenvolvimento.

Segundo os conceitos aprovados:

• O Esporte de Aventura - Compreende o conjunto de práticas esportivas

formais e não formais, vivenciadas em interação com a natureza, a partir de

sensações e de emoções, sob condições de incerteza em relação ao meio e

de risco calculado. Realizadas em ambientes naturais (ar, água, neve, gelo

e terra), como exploração das possibilidades da condição humana, em

resposta aos desafios desses ambientes, quer seja em manifestações

educacionais, de lazer e de rendimento, sob controle das condições de uso

dos equipamentos, da formação de recursos humanos e comprometidas

com a sustentabilidade socioambiental.

• Os Esportes Radicais - Compreendem o conjunto de práticas esportivas

formais e não formais, vivenciadas a partir de sensações e de emoções,

sob condições de risco calculado. Realizadas em manobras arrojadas e

controladas, como superação de habilidades de desafio extremo.

Desenvolvidas em ambientes controlados, podendo ser artificiais, quer seja

em manifestações educacionais, de lazer e de rendimento, sob controle das

condições de uso dos equipamentos, da formação de recursos humanos e

comprometidas com a sustentabilidade socioambiental.

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Atualmente muitas modalidades dos ERAs são divulgadas, e outras ainda em

fase inicial de desenvolvimento e definição de regras, mas todas já podem ser

divididas para melhor conhecimento e entendimento. De acordo com Uvinha (2001,

p.22) “As modalidades de esportes radicais costumam ser classificadas, conforme o

ambiente em que são praticadas, tanto aqui no Brasil como fora, como aéreos,

aquáticos e terrestres”.

Os esportes e atividades radicais tem em comum a busca por práticas

significativas no que diz respeito à emoção, inovação e risco calculado, mas se

diferenciam em suas características conforme o quadro a seguir:

Classificação geral dos esportes radicais divididos em esportes de aventura e

ação quanto ao local de prática.

Fonte: Pereira, Armbrust (2010). p17

Essa classificação de acordo com o local de prática é atual e aceita nos meios

de estudo, pesquisa e realização dessas atividades. Pode-se também classificar os

esportes radicais e de aventura em outros aspectos para melhor entendê-los. Sua

ESPORTES RADICAIS

LOCAL DE PRÁTICA

AÇÃO

AVENTURA

Aquático

Surf, windsurf

Mergulho (livre e autônomo), canoagem (rafting, caiaque, aqua ride, canyonning)

Aéreo

Base jump, sky surf

Paraquedismo, balonismo, vôo livre

Terrestre

Bungee Jump, sandboarding

Montanhismo (escalada em rocha,

escalada em gelo, técnicas verticais, tirolesa, rapel, arvorismo); mountain bike

(down hill, cross country), trekking

Misto

Kite surf

Corrida de aventura

Urbano

Escalada indoor, skate, patins in line, bike (trial, bmx)

Parkour

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caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das

faixas etárias, regras, entre outros. Essas diferenças entre as características são

resultados de análises e conclusões de diferentes autores nos últimos anos, em

experiências profissionais, trabalhos acadêmicos e práticas relacionadas com esses

esportes. Como exemplo o objetivo dos seguintes autores e sua tabela de

classificação a seguir.

Assumimos aqui uma idéia de englobar nos esportes radicais tanto as atividades que denominamos de ação como as que consideramos de aventura procurando identificar as diferenças entre as mesmas, com o intuito de reconhecê-las melhor e não separá-las. (PEREIRA; ARMBRUST, 2012 p 18).

Caracterização geral dos esportes radicais, divididos em esportes de aventura

e esportes de ação. ESPORTES RADICAIS

Característica AÇÃO AVENTURA

Habilidade Predomina a estabilização Predomina a locomoção

Capacidade física

Predomina a força potente A velocidade das manobras exige força e velocidade

Predomina a resistência A estratégia e a escolha ganham importância

Surgimento

Como atividade de lazer e uso do tempo livre

Como expedição ou exploração (militar, econômica ou científica)

Etimologia

Manifestação de força e energia, movimento, comportamento, e atitude

Experiências arriscadas, incomuns, perigosos e imprevisíveis

Objetivo

O lazer é o principal motivo As competições geram eventos de grande importância

Forte relação entre lazer e turismo Usado como educação

Local

Urbano e natureza Espaços construídos e eventos da natureza (onda, vento)

Natureza e urbano Espaços naturais (a meta é sair de um ponto e chegar a outro)

Público Média entre 15 e 25 anos Média entre 25 e 35 anos

Perigo

Socorro mais próximo Menor ação do clima

Socorro mais distante Maior ação do clima

Organização

Existem regras, associações e formação de tribos

Existem regras, associações e formação de equipes

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Mídia

Busca captar a manobra Relaciona-se com público alvo na: atitude, vestimenta, comportamento e linguagem

Busca captar uma história Relaciona-se com o público alvo na ecologia, qualidade de vida e meio ambiente

Fonte: Pereira, Armbrust (2010). p.18-19.

Ainda podem ser encontradas outras classificações e denominações para

esses esportes, como exemplo AFAN (atividades físicas de aventura na natureza), e

novas podem ser criadas, já que definições dessas atividades são relativamente

novas em relação aos esportes tradicionais. Entretanto, tão importante quanto

compreender seus conceitos e divisões, é fundamental também reconhecer o seu

crescimento, sua importância e influência na sociedade atual.

Os ERAs ocupam hoje lugar de destaque na imprensa especializada, no

turismo e comércio próprio, além do aumento de investimentos e patrocínios na

área. No Brasil, ganharam força e visibilidade na mídia nos últimos anos, e segundo

Uvinha (2001, p.21) “[...] os esportes radicais parecem ter começado a ganhar

expressão no Brasil na década de 1980, desde então vêm sendo notado um

considerável incremento no número de adeptos”.

A mudança e interesse pelo esporte alternativo, fez com que muitas pessoas

adotassem hábitos de prática física saudáveis, abandonando o sedentarismo, onde

possivelmente não se sentiam atraídas por atividades mais convencionais. Além da

busca pela emoção, atingir e superar limites, a interação com a natureza presente

em alguns esportes, também serviu de estimulo para conquistar novos adeptos e

esportistas regulares. Para Darido; Rangel (2005, p. 183).

Essa busca pelos esportes de aventura evidenciam uma nova tendência no cenário esportivo, a de trazer os esportes do espaço fechado para o espaço aberto, para a natureza. Essa tendência pode estar retratando uma nova dimensão do relacionamento homem natureza.

A procura crescente de pessoas interessadas em atividades radicais gera um

mercado lucrativo para estes esportes. Com a criação, acesso e desenvolvimento

tecnológico de equipamentos específicos, aumento de locais e empresas

especializadas para prática, formação profissional de instrutores, além do infinito

potencial na natureza que o país apresenta e que são ou podem ser explorados

pelas atividades.

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Essa mudança da visão dos ERAs, também precisa ser refletida na escola,

que é o espaço onde as transformações e necessidades contemporâneas devem ser

entendidas e analisadas. Por serem atividades que envolvem muitos conhecimentos,

como meio ambiente, ecologia, mídia, mercado e consumo, entre outros, os ERAs

podem ser trabalhados em diferentes disciplinas, cabendo principalmente a

Educação Física analisar a diversidade de práticas corporais na sociedade em todos

os fatores.

Complementando que a prática dos esportes de aventura, conhecidos

também como esportes radicais, fazem com que o praticante confronte-se com ele

próprio, superando limites, ultrapassando barreiras e vencendo desafios. Um local

próprio para isso é a escola, onde devemos encontrar esses desafios. (FREIRE;

SCAGLIA, 2003)

Os ERAs já constam como sugestão de conteúdo desde os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN’s), eles destacam que a cultura corporal de movimento

a ser ensinada na escola implica em práticas como os jogos, as lutas, as atividades

rítmicas e danças, os esportes e as ginásticas como produções culturais visando ao

ensino e à aprendizagem (BRASIL, 1998).

Também as Diretrizes Curriculares do Paraná para a Educação Física, que

foram elaboradas, planejadas e coordenadas pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, com a participação de muitos professores do estado em 2008,

contemplam os esportes radicais e de aventura, nos conteúdos básicos e

específicos. Sendo que o acesso a esses conteúdos é direito do aluno na fase de

escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor. (PARANÁ 2008). Portanto possibilidades de trabalho

já pautadas mas ainda pouco exploradas nas aulas de educação física.

Quanto maior for a gama de conhecimentos, alternativas e inovações levadas

aos alunos, além de aumentar as vivências corporais, cognitivas e psicossociais,

maiores serão as chances dos mesmos se interessarem e aderirem a práticas

regulares de atividades físicas, levando isso também para sua vida futura.

A escola é uma importante difusora da cultura corporal de movimento. É fundamental que as aulas de Educação Física diversifiquem o seu conteúdo, contemplando as novas práticas corporais que surgem cotidianamente, explorando a transversalidade e interdisciplinaridade, vitais em um ensino de qualidade. (CÁSSARO, 2011, p46).

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Concorda-se que ao pensar a escola como facilitadora de formação de

cidadãos autônomos e críticos, inseridos na sociedade. Cabe à área da Educação

Física, também, proporcionar, ao futuro adulto, informações suficientes para a

escolha de atividades que possam ocupar o tempo livre desse cidadão (DARIDO;

RANGEL 2005).

Esse enriquecimento de conteúdos com os ERAs, além de desenvolver

qualidades próprias das modalidades, podem complementar as possibilidades já

vivenciadas por outros esportes e atividades, estimulando a motivação dos alunos,

fazendo assim que se tornem mais participativos e críticos ao entender as práticas e

modalidades em suas características influências e diferenças. Os esportes tradicionais, amplamente tratados na grande maioria dos currículos de Educação Física escolar, podem dar conta de atender ao gosto de uma boa parcela dos formandos da Educação Básica, aqueles que virão a ser adultos, para o futuro uso do ócio, nas suas horas no contexto de lazer. Temos a convicção que esses alunos devem, e têm o direito, de receber muitos outros conhecimentos presentes na Cultura Corporal de Movimento e assim, aumentar seus conhecimentos, experiências e possibilidades de escolhas. (FRANCO 2008, p.30).

Ainda de acordo com Armbrust e Silva (2012 p.294), “incluir o estudo dos

ERAs como conteúdo escolar não tem em vista suprir ou suprimir outros conteúdos

abordados, mas como um saber a mais e que possui suas qualidades para melhor

enriquecimento do acervo cultural dos alunos”.

O trabalho interdisciplinar também pode ser favorecido, ao evidenciar que os

ERA também envolvem o meio ambiente e a natureza como agente de interação.

Dependendo das possibilidades a escola pode aproximar os alunos de ambientes

naturais, para vivenciar, realizar atividades e aproximar conhecimentos teóricos da

prática em várias áreas do conhecimento.

Considerando a idéia de Franco (2008) os adolescentes estão cada vez mais

próximos às atividades ligadas ao meio ambiente, no qual essas atividades já

deveriam estar fazendo parte do currículo das escolas de ensino fundamental e

médio e até mesmo das próprias universidades.

Seguindo essa idéia, Pereira; Carvalho; Richter, (2008. apud. Capaverde. et

al. 2012, p.57) afirma que:

Realizar aulas de Educação Física em ambientes diversificados, explorando a natureza, pode despertar nos alunos a curiosidade pelo novo, fazendo

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com que eles participem das aulas mais entusiasmadas, com mais interesse, experimentando novas sensações e emoções através de atividade física diferenciada e orientada.

Ao praticar e aprender um esporte radical e de aventura, seja urbano ou na

natureza, percebe-se que os limites pessoais podem ser superados de acordo com

as capacidades e habilidades de cada um. O praticante ou aluno terá sucesso no

resultado final, que é ultrapassar barreiras, vencer limites e desafios, já que a única

regra nessas atividades é a obediência às normas necessárias de segurança de

cada modalidade, gerando assim satisfação, interesse e motivação. Conforme cita

Coimbra (2006, p.165) “Percebe-se que, no aprendizado das AFAN, há um

desenvolvimento físico e de suas capacidades e habilidades, num processo que

desencadeia um desenvolvimento global”.

Dificuldades ainda podem ser encontradas ao tentar inserir modalidades de

ação e aventura na escola, por falta de locais e materiais adequados. Mas esse

trabalho já é realizado por professores em todo Brasil. Utilizam o surf, skate,

slackline, escalada, entre outras atividades diversificadas de acordo com a realidade

local. É importante salientar que os ERAs podem também ser trabalhados de

maneira adaptada, criando materiais, adequando os espaços e usando a

criatividade, qualidade que o professor já usa com praticamente todas as

modalidades e atividades em seu dia a dia.

Com a inclusão dos ERAs na escola como elemento da educação, espera-se

que o educador inove e diversifique os conteúdos da disciplina Educação Física,

passando a ter uma ação pedagógica mais completa. Valorizando assim os objetivos

da Educação Física Escolar que é promover no estudante seu entendimento

enquanto sujeito autônomo em suas escolhas e estimular sua participação ativa no

processo de aprendizagem, formando cidadãos críticos e participativos na

comunidade em vive.

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AÇÕES DE INTERVENÇÃO

UNIDADE 1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Aula 1 Apresentação do Projeto Aula 2

Conteúdos da Educação Física Escolar - Esporte Aula 3 Aula 4 Direitos da criança no Esporte

UNIDADE 2 ESPORTES RADICAIS DE AÇÃO E AVENTURA Aula 5

Conhecendo os Esportes Radicais de Ação e Aventura Aula 6

UNIDADE 3 ESPORTE RADICAL DE AVENTURA URBANO - PARKOUR Aula 7

Conhecendo e praticando o Parkour Aula 8 Aula 9 Aula 10

Circuito de Parkour Aula 11 Aula 12

Jogo Pré-desportivo com Parkour (Urbanhand) Aula 13

UNIDADE 4 ESPORTE RADICAL DE AÇÃO - SLACKLINE Aula 14

Conhecendo o Slackline Aula 15 Aula 16

Iniciando o slackline Aula 17 Aula 18

Praticando o Slackline Aula 19 Aula 20

UNIDADE 5 ESPORTE RADICAL DE AÇÃO E AVENTURA NA NATUREZA - ESCALADA

Aula 21 Atividades no Meio Ambiente Aula 22

Conhecendo o Montanhismo e Escalada Aula 23 Aula 24

Iniciando a Escalada Aula 25 Aula 26

Vivenciando a Escalada Aula 27 Aula 28 Aula 29 Aula 30

UNIDADE 6 AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES Aula 31 Questionário, conclusão do trabalho com o mapa, organização de exposição,

oficinas e festival de atividades físicas Aula 32

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UNIDADE 1- EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

ATIVIDADE 01 – APRESENTAÇÃO DO PROJETO Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 01 (uma) hora/aula.

Finalidade da Atividade: Expor o projeto de intervenção pedagógica para turma,

diagnosticar o nível de conhecimento teórico que os alunos possuem, conhecer as

experiências vivenciadas, sua aceitação e interesse sobre o tema proposto.

Conteúdo: Inicialmente será feita uma explanação geral sobre o projeto “Inclusão

de Esportes Radicais de Ação e Aventura na Educação Física Escolar”, e as

atividades que serão realizadas na turma. Em seguida os alunos irão responder um

questionário inicial (anexo 1), sobre seu nível de conhecimento geral dos conteúdos

estruturantes da educação física, considerações sobre o esporte, entendimento dos

ERAs bem como suas experiências, interesses e expectativas sobre o projeto. Material: Questionário (anexo 1).

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UNIDADE 1- EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

ATIVIDADE 02 – CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR- ESPORTE

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Rever os conteúdos estruturantes da Educação Física nas

Diretrizes Curriculares, iniciando um estudo mais específico sobre o esporte.

Conteúdo: Apresentar os conteúdos estruturantes da Educação Física, onde os

alunos participam dando exemplos de Esporte, Dança, Ginástica, Jogos e

Brincadeiras e Lutas. Anotam o que já praticaram na escola, fora da escola e alguma

atividade que gostariam de realizar. Após explanação dos alunos, debater sobre as

possibilidades, dificuldades de aplicação de alguns conteúdos e atividades

apontadas. Após esse momento inicial, a aula é direcionada para o conteúdo

Esporte, trabalhando o texto no qual são apresentadas as dimensões do Esporte

aos alunos.

De acordo com Tubino (2010) p. 42, o movimento esportivo é organizado em três

esferas: a) Esporte-Educação (voltado para a formação da cidadania) está dividido em:

Esporte Educacional e Esporte Escolar.

O Esporte Educacional, também chamado de Esporte na Escola, pode ser

oferecido também para crianças e adolescentes fora da escola (comunidades em

estado de carência, por exemplo). O Esporte Educacional, deve estar referenciado

nos princípios da: inclusão, participação, cooperação, co-educação e co-

responsabilidade.

O Esporte Escolar e praticado por jovens com algum talento para a prática

esportiva. O Esporte Escolar, embora compreenda competições entre escolas, não

prescinde de formação para a cidadania, como uma manifestação do Esporte

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Educação. O Esporte Escolar esta referenciado nos princípios do Desenvolvimento

Esportivo e do Desenvolvimento do Espírito Esportivo. O Espírito Esportivo e mais

do que “Fair-play”, pois compreende também a determinação em enfrentar

desafios e outras qualidades morais importantes.

b) Esporte-Lazer, também conhecido como Esporte Popular, praticado de forma

espontânea, tem relações com a Saúde e as regras. Estas podem ser oficiais,

adaptadas ou até criadas, pois são estabelecidas entre os participantes. O

Esporte-Lazer, que também e conhecido como Esporte Comunitário, Esporte-Ócio,

Esporte-Participação ou Esporte do Tempo Livre, tem como princípios: a

participação, o prazer e a inclusão.

c) Esporte de Desempenho, conhecido também como Esporte de Competição,

Esporte-Performance e Esporte Institucionalizado, e aquele praticado obedecendo

a códigos e regras estabelecidos por entidades internacionais. Objetiva resultados,

vitórias, recordes, títulos esportivos, projeções na mídia e prêmios financeiros. A

ética deve ser uma referencia nas competições e nos treinamentos. Os dois

princípios do Esporte de Desempenho são: a Superação e o Desenvolvimento

Esportivo. Convém esclarecer que o Esporte de Desempenho pode ser: de

Rendimento ou de Alto Rendimento (Alta Competição, Alto Nível etc.). Os

princípios para essas duas manifestações do Esporte de desempenho são

comuns.

Após o trabalho com os textos, debates e questionamentos, os alunos serão

divididos em três grupos, Esporte educacional, Esporte lazer, e Esporte rendimento.

Cada grupo será responsável por uma dimensão do esporte, e deverá se organizar e

elaborar atividades esportivas práticas para aplicar com a turma, de acordo com os

princípios e características do esporte. Devem buscar material de apoio e pesquisas

para auxiliar o trabalho. Nas apresentações devem enfatizar os princípios do

esporte socializando apontamentos e solucionando dúvidas durante e após as

apresentações.

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Para os alunos terem melhor visualização dos princípios do esporte disponibilizar o

quadro abaixo:

ESPORTE FORMAS DE EXERCÍCIO DO DIREITO AO ESPORTE

Esporte- Educação

Esporte-

Lazer

Esporte de Desempenho

DIVISÕES DAS FORMAS DE EXERCÍCIOS AO ESPORTE

Esporte Educacional

Esporte

Escolar

Esporte-

Lazer

Esporte de

Rendimento

Esporte de

Alto

Rendimen-

to

PRINCÍPIOS

Participação

Co-Educação

Cooperação

Co-responsabilidade

Inclusão

Desenvolv.

Esportivo

Desenvolv.

do Espírito

Esportivo

Participação,

Prazer,

Desenvolv.

Esportivo

Desenvolvimento

Esportivo,

Superação

Fonte: Tubino, M. (2010), p. 44.

Como complemento da atividade passar trechos do vídeo Cidadania em

Construção, que trata de aspectos importantes do esporte na escola.

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6616

Atividade extra: de acordo com o interesse da turma, para estudos posteriores

durante o ano letivo, pode ser entregue aos alunos o texto que classifica o esporte

pelas correntes e pelos movimentos esportivos da contemporaneidade. (Anexo 2).

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Sugestões de vídeos sobre esporte: (O esporte ao longo da vida). http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6813

(O esporte e lazer).

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6762

(O esporte como fator de inclusão).

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6772

Material: TV, textos selecionados, papel sulfite, bambolê, cordas, bolas,

colchonetes, demais materiais solicitados pela turma. Referências: Vídeo Cidadania em Construção. Disponível em: http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6616 (Acesso em 21/11/2013). PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Básica- Educação Física. Curitiba: SEED, 2008. TUBINO, Manoel Jose Gomes. Estudos brasileiros sobre o esporte: ênfase no esporte-educação / Manoel Tubino.-- Maringá: Eduem, 2010. 163p. disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/123456789/130/livro%20tubino.pdf?sequence=5 (acesso em 13/11/2013).

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UNIDADE 1- EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

ATIVIDADE 03 – DIREITOS DA CRIANÇA NO ESPORTE Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 01 (uma) hora/ aula.

Finalidade da Atividade: Salientar os valores do esporte para formação das

crianças e adolescentes na escola e na sociedade, os princípios e benefícios que

proporcionam.

Conteúdo: Apresentar a carta dos Direitos da Criança no Esporte.

A participação da criança e adolescente no esporte é um ponto de reflexão sobre os

valores educativos que devem ser empregados no esporte educacional, sendo

assim, foi lançado em 1988 em Genebra e, relançado no congresso de Panathlon1

em Avignonne a Carta dos Direitos da Criança no Esporte que apresenta onze itens.

1. Direito de praticar esporte; 2. Direito de se divertir e de jogar; 3. Direito de usufruir de um ambiente sadio; 4. Direito de ser tratado com dignidade; 5. Direito de ser rodeado e treinado por pessoas competentes; 6. Direito de seguir treinamentos apropriados aos ritmos individuais; 7. Direito de competir com jovens que possuem as mesmas possibilidades de sucesso; 8. Direito de participar de competições apropriadas; 9. Direito de praticar o próprio esporte com absoluta confiança; 10. Direito de tempo de repouso; 11. Direito de não ser um campeão.

Fonte: Pereira, Armbrust 2010 p.35.

1 É a Associação de "Panathlon Clubes", voltados essencialmente para o serviço voluntário dos sócios dos Clubes. É uma Organização Não Governamental que possui finalidades éticas e culturais. Procura aprofundar, divulgar e defender os valores da atividade física e do esporte, vistos como instrumentos de formação e de preservação da pessoa e como meio de solidariedade entre homens e povos.

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Depois do professor explicar cada um dos itens da carta, os alunos deverão

escrever situações e experiências que demonstrem o cumprimento de seus direitos

em relação ao esporte, e ocasiões em que esses direitos não foram levados em

conta. Socializar os trabalhos com a turma.

Material: textos selecionados, papel sulfite. Referências: PEREIRA, D. W; ARMBRUST, I. Pedagogia da aventura. Jundiaí, SP: Fontoura, 2010. PANATHLON. Carta dos direitos da criança no esporte. Disponível em: http://www.panathlonsp.org.br/o-panathlon.php (acesso em 06/11/2013).

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UNIDADE 2- ESPORTES RADICAIS DE AÇÃO E AVENTURA ATIVIDADE 01 – CONHECENDO OS ESPORTES RADICAIS DE AÇÃO E AVENTURA

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Apresentar os ERAs, suas classificações, modalidades,

benefícios e possibilidades na Educação Física Escolar.

Conteúdo: Inicialmente explanar para os alunos o conceito dos ERAs (Anexo 3).

Analisar e debater esses esportes nas dimensões de esporte, o rendimento,

participação e educacional, pedindo exemplos que os alunos conhecem em cada

uma. Ressaltar sua importância e benefícios que a inclusão dos ERAs podem trazer

a Educação Física Escolar. Disponibilizar para os alunos a tabela de classificação

dos esportes radicais de acordo com o local da prática.

Classificação dos Esportes Radicais, de acordo com Pereira, Armbrust (2010) p.17:

ESPORTES RADICAIS

LOCAL DE PRÁTICA

AÇÃO

AVENTURA

Aquático

Surf, windsurf

Mergulho (livre e autônomo),

canoagem (rafting, caiaque, aqua ride, canyonning)

Aéreo

Base jump, sky surf

Paraquedismo, balonismo, vôo livre

Terrestre

Bungee Jump, sandboarding

Montanhismo (escalada em rocha,

escalada em gelo, técnicas verticais, tirolesa, rapel, arvorismo); mountain

bike (down hill, cross country), trekking

Misto

Kite surf

Corrida de aventura

Urbano Escalada indoor, skate, patins

in line, bike (trial, bmx)

Parkour

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Desenvolver com os com os alunos os seguintes apontamentos e questionamentos

sobre esportes urbanos e na natureza.

Descrição de algumas modalidades de Esportes Urbanos

Algumas modalidades e esportes urbanos são bem conhecidos e praticados

em parques, ruas e locais próprios. Por exemplo esportes sobre rodas: o skate,

patins, bmx, trial, patinete, entre outros fazem parte do cotidiano das cidades .

Outras atividades começam a ser mais conhecidas, como a escalada indoor, slackline e parkour. Além de terem diferenças entres os equipamentos, manobras

e objetivos, os praticantes possuem atitudes e comportamentos que diferem seus

grupos. Propor as perguntas para os alunos responder e apresentar em debate.

1-Quais as modalidades radicais urbanas que existem na sua cidade?

2-Como seus praticantes se organizam para a prática?

3-Quais os locais onde ocorrem esses esportes?

4-Existem diferenças de linguagem (gírias), vestimenta, música e outros elementos

entre praticantes de acordo com sua modalidade? Indique essas diferenças.

Descrição de algumas modalidades de Esportes na Natureza.

Cada vez mais espaços na natureza são utilizados para realizar inúmeras

atividades. Essa forma de exploração sustentável do meio ambiente desenvolve

nos participantes sentido de preservação, além de proporcionar momentos de

lazer, aventura e integração com os meios naturais. Bóia-cross: descida de rios com auxílio de bóias especiais.

Canyoning: descida de penhascos e/ou cachoeiras, com auxílio de equipamento

especial (rapel).

Kayaking: navegação em rios. Lagos ou oceanos com a utilização de canoas,

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remos ou caiaques.

Cicloturismo: viagens e/ou passeios de bibicleta, realizados por estradas

asfaltadas e/ou/ sem pavimentação.

Escalada/climbing/alpinismo: escalada em rochas ou gelo, atividade desprovida

de sentido de competição.

Hiking: caminhada de curta duração, que usualmente não ultrapassa um dia.

Mergulho: mergulho em ambiente aquático, com ou sem equipamento de

respiração artificial, atividade desprovida de sentido de competição.

Montanhismo: caminhadas ou escaladas em ambientes de montanha.

Montain Biking: recorrer trilhas e/ou estradas sem pavimentação, com bicicletas

especiais para terrenos acidentados, atividade desprovida de sentido de

competição.

Rafting: descida de rios encachoeirados, feitas em botes infláveis.

Trekking: caminhada , com duração de mais de um dia, incluindo pernoites em

meio artificial, na qual os participantes transportam seu equipamento. (CARREIRO 2012 p.27/28).

De acordo com o texto acima realizar os questionamentos com os alunos:

1-Quais as modalidades de esportes na natureza praticados em seu Município?

2-Existem locais que poderiam ser utilizados para esses esportes? Onde?

Após as apresentações, será entregue para os alunos o Mapa do Município

de Inácio Martins (Anexo 4), onde foram mapeados e catalogados os ambientes de

lazer na natureza, rios, cachoeiras, trilhas, lagos, paredões de rocha, bem como as

atividades e esportes que poderiam ser realizados em cada local. Trabalho realizado

no ano de 2001 pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Inácio

Martins.

Com o conhecimento desse mapeamento e das modalidades até então

apresentadas, os alunos devem realizar um levantamento semelhante. Serão

divididos em grupos, responsáveis por fotografar os locais na natureza, e analisar

que atividades podem ser realizadas próximas a cidade e nas localidades do interior.

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Esse novo mapa será apresentado ao final do projeto em conjunto com outros

programas do Colégio em Exposição e Feira de trabalhos escolares. (Anexo 5).

Obs. Esse trabalho é possível, pois o Colégio onde será aplicado o projeto conta

com alunos de todas as localidades do interior do Município. Para realizar a

atividade os envolvidos no projeto podem pedir auxílio para alunos de outras turmas

que residam próximos ou tenham acesso aos locais escolhidos.

Material: Textos e tabelas selecionadas, papel sulfite, Mapas do Município (anexo). Referências: CARREIRO, Eduardo A. Ecoturismo: Influências na Educação Física. São Paulo,

Editora SESI-SP, 2012.

UVINHA, R. R. Juventude, lazer e esportes radicais. São Paulo, Manole, 2001.

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UNIDADE 3- ESPORTE RADICAL DE AVENTURA URBANO PARKOUR

ATIVIDADE 01 – CONHECENDO E PRATICANDO O PARKOUR

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 03 (três) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Apresentar a modalidade do Parkour, um breve histórico,

movimentos básicos e iniciar a prática dos movimentos.

Conteúdo: Com o uso do texto, trabalhar a história e características básicas do

parkour com os alunos.

O Parkour

O Parkour ou Le Parkour, que traduzindo de francês significa Percurso ou O

Percurso, também chamado de PK, é uma atividade que surgiu na década de 80

na França. Seu criador foi David Belle, um francês que praticava várias

modalidades de ginástica desde a infância.

Segundo Pereira (2010):

Atividade contemporânea que surgiu no século XX, na França. Seu

precursor foi David Belle, um francês que praticava várias modalidades de

ginásticas desde criança. Assistindo os vídeos de seu pai, Raymond

Belle, quando serviu o exército de salvamento, verificou as habilidades de

deslocar-se rapidamente, transpor obstáculos e aterrissar eficientemente

para continuar num determinado percurso como simulação de treinamento

de guerra, no qual a missão seria tirar pessoas feridas do local, o mais

rápido possível, sem hesitar. (p.83)

Esse tipo de treinamento partiu do método de treino natural de Georges

Hérbet, ex-oficial da marinha e instrutor de Educação Física. Através de

observações de povos africanos e suas habilidades em correr, caçar e lutar

usando o próprio corpo para essas finalidades. Assim essa necessidade desses

povos em sobreviver inspirou um método de ensino sistematizado de

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deslocamento rápido, permitindo as pessoas saltar e aterrizar com eficácia para

continuar os percursos.

A partir dessas representações e aprendizados passados de geração e

geração, David Belle modificou as formas de locomoção para os destinos que

queria surgir no dia a dia, isso começou com um divertimento e modo de exercitar

suas habilidades, mas se surpreendeu quando várias pessoas passaram a imitar

os movimentos (PEREIRA, 2010).

Por meios de divulgação de filmes, comerciais e vídeos o parkour se

expandiu a nível mundial, atualmente os praticantes se encontram em locais

diversos para treinar os movimentos que muitas vezes são aprendidos através da

internet ou com integrantes mais experientes. Essa evolução se deve também ao

fato da liberdade de movimentos do parkour, a facilidade da prática, pois qualquer

local que haja obstáculos pode ser percorrida, a pouca exigência de materiais, a

sensação de superação que a atividade proporciona.

As roupas devem ser confortáveis que permitam os movimentos e usar

calçado baixo para evitar torções. Os grupos de praticantes são conhecidos por

clãs, os homens são chamados (traceurs) e as mulheres (traceuses), isso devido a

origem francesa.

Uma variação surgida do Parkour é o Freerunig, atividade que também tem

objetivo de percorrer obstáculos, mas que incluiu saltos mortais, chutes de lutas ou

qualquer outro movimento para torná-lo mais artístico e que impressione o

espectador.

Os movimentos básicos do parkour são:

-Transposição ou passagem sobre obstáculos: com apoio das mãos, com giros, e

pernas entre os braços, também chamados de Valts.

-Deslocamentos e saltos: tic-tac e salto de precisão.

-Aterrissagens: amortecimentos com membros inferiores ou rolamento.

A prática do parkour deve ser iniciada pelos movimentos básicos, até

conseguir os avançados conforme a capacidade individual, calculando os riscos de

cada obstáculo e conhecendo seus próprios limites.

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Passar para os alunos os seguintes vídeos tutoriais básicos do Parkour, com

objetivo de despertar o interesse pela modalidade, visualizando os movimentos

iniciais.

http://www.youtube.com/watch?v=fRBAGHu8umo

http://www.youtube.com/watch?v=dI46rorXHLU

Os movimentos do parkour são variados e podem receber nomes diferentes, alguns

deles são descritos como:

Atterissage (pouso): é o movimento de queda. Équilibre de chat (equilíbrio do gato): equilibrar-se com os quatro membros, como um quadrupede.

Tic Tac: Impulsão com uma perna em superfície vertical, geralmente pra o lado oposto e andar na parede. Saut de fond: Salto de uma superfície alta sem corrida.

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Saut de détente: Salto de uma superfície alta com corrida. Saut de Précision (Salto de precisão): Salto de um ponto específico pra um outro ponto, geralmente uma borda ou lugar pequeno, como um muro. Saut de Bras (Salto de braço): Salto feito para se fixar em um lugar pendurando com as mãos. Planche (Subida): Subida em um lugar usando as mãos, como o exercício de barra. Franchissement- Passar debaixo da barra usando-a para atingir um ponto mais distante. Saut de Chat (Salto do gato): Trata-se de um mergulho sobre um obstáculo, em que ao final, as mãos toca no obstáculo e, em seguida as pernas passam entra os braços e aterrissam no chão. Passement: Saltos usando as mãos pra passar sobre os obstáculos

Fonte: Santos, Pereira (2013) p 177.

Iniciar a prática dos movimentos básicos com os alunos, com a sequência de

movimentos, em locais que possibilitem a execução dos movimentos, como bancos,

cadeiras, paredes, muros, barras, escadas e outros. Utilizar materiais para

segurança, colchões ou colchonetes.

Realizar aquecimento e alongamento geral, em seguida trabalhar os

movimentos básicos:

• Aterrisagem;

• Rolamento;

• Saltos com e sem corrida;

• Tic-Tac;

• Salto do gato.

Demais movimentos que os alunos queriam realizar.

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Material: Textos selecionados, TV, colchões, colchonetes, bancos, cadeiras,

carteiras, espaço físico escolhido, etc.

Sugestões de sites e vídeos sobre parkour: Sites

http://www.leparkourtecnicas.blogger.com.br/

http://www.parkourbrazil.com/

http://www.americanparkour.com/

Vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=2OnrS3awx4Q (Parkour - Roll Tutorial)

http://www.youtube.com/watch?v=ITseJScLprw (Le Parkour - Crianças)

http://www.youtube.com/watch?v=k11tGcdC-d0 (Le Parkour Filme B13)

Referências: PEREIRA, D. W; ARMBRUST, I. Pedagogia da aventura. Jundiaí, SP: Fontoura, 2010. SANTOS J.A.; PEREIRA D. W. Le Parkour, in Atividades e esportes de aventura para profissionais de educação Física. BERNARDES L.A. Org. São Paulo, SP Phorte Editora, 2013.

Tutorial movimentos do Parkour, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=fRBAGHu8umo (acesso em 15/09/2013). Tutorial de Le Parkour I Português http://www.youtube.com/watch?v=dI46rorXHLU (acesso em 19/11/2013).

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UNIDADE 3- ESPORTE RADICAL DE AVENTURA URBANO PARKOUR

ATIVIDADE 02 – CIRCUITO DE PARKOUR

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Criar circuitos utilizando os movimentos do parkour,

estimulando o trabalho em grupo, cooperação e criatividade.

Conteúdo: Os alunos da turma serão divididos em grupos de até 5 integrantes,

devem criar um circuito que envolva pelo menos a combinação de 4 movimentos

diferentes do parkour. O circuito poderá ser realizado em locais do Colégio utilizando

escadas, barras, bancos e outros espaços, também pode-se utilizar materiais de

apoio como cadeiras, carteiras, colchonetes e demais solicitados.

Cada grupo apresenta seu circuito, passando por ele. Na sequência os

componentes dos outros grupos também devem passar pelo mesmo, até todos os

grupos apresentarem e passarem por todos os circuitos.

Durante esse trabalho os alunos devem colaborar se necessário, auxiliando

na passagem de seu circuito, indicando os movimentos e melhores maneiras de

passar. Importante ressaltar que cada aluno deve passar e fazer os movimentos de

acordo com suas capacidades e limitações, terminando cada etapa sem importar

tempo ou perfeição nos movimentos.

Material: Colchonetes, colchões, cadeiras, carteiras, bancos.

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UNIDADE 3- ESPORTE RADICAL DE AVENTURA URBANO PARKOUR

ATIVIDADE 03 – JOGO PRÉ DESPORTIVO COM PARKOUR (URBANHAND)

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Apresentar a atividade Urban Hand, handebol urbano,

jogo que combina movimentos do parkour num jogo de handebol em locais diversos.

Conteúdo: Demonstrar inicialmente o objetivo do jogo, que é realizar o gol com

regras adaptadas do handebol e utilizando movimentos do parkour, através do

seguinte vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=sMZpGBMsVRY

Para melhor entendimento do Urbanhand:

Esta é uma atividade desenvolvida e modificada, partindo do pressuposto em que

toda vez que houver regras e idéias no esporte, ele torna-se educativo. São

utilizadas as regras básicas do Handebol, adicionadas aos movimentos

do Parkour com o intuito que se pratique os tradicionais jogos em diferentes

ambientes, nos quais hajam qualquer tipo de obstáculo ou barreira, fazendo com

que o praticante utilize os obstáculos de forma totalmente lúdica, como se eles

fossem uma extensão do próprio corpo e/ou fizessem parte dele. Não existem

maneiras corretas de transpor um obstáculo e sim maneiras seguras usando as mais

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simples formas, respeitando os limites do próprio corpo, no qual esse mesmo corpo

será conduzido através de movimentos fluentes. (FERREIRA, VIANA, 2012).

Para a prática escolher os locais, colocando obstáculos se necessário, dividir

os alunos em equipes mistas. Explicar as regras básicas (Anexo 6) adaptando se

necessário ao local e materiais disponíveis.

Material: TV, bolas de handebol, apito, mini traves ou carteiras, coletes,

colchonetes, bancos, cadeiras, materiais para obstáculos.

Referências: FERREIRA,L.P; VIANA H.B. Parkour: arte do deslocamento urbano através da corporeidade inserida nos jogos pré-desportivos coletivos: a criação do Urban Hand Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd168/parkour-a-criacao-do-urban-hand.htm (Acesso em 10/11/2013).

Urban-hand (Handebol Urbano) http://www.youtube.com/watch?v=sMZpGBMsVRY (Acesso em 10/11/2013).

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UNIDADE 4- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO SLACKLINE

ATIVIDADE 01 – CONHECENDO O SLACKLINE

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Apresentar o Slackline, um breve histórico, suas variações

e diferenças iniciando sua prática.

Conteúdo: Com o texto, trabalhar o histórico, características e variações do

Slackline. Destacar que o slackline pode ser praticado em locais urbanos e na

natureza, como exemplo parques, praças, praias, acampamentos, escolas entre

outros ambientes.

O Slackline

O slackline é uma atividade de equilíbrio em uma fita de nylon, ancorada

entre dois pontos, estreita e flexível, praticando a alturas variáveis.

Seu surgimento apresenta duas vertentes quanto a origem. A primeira

sugere que partiu da arte circense em atividades que os artistas que utilizam uma

“corda bamba” no picadeiro como forma de ter equilíbrio e realizar diversos

movimentos acrobáticos nos espetáculos. A segunda vertente diz que conforme os

estudos de Cardozo e Neto (2010) apud Cássaro (2011) p.24:

O slackline surgiu no início de 1980 com o escalador Adam Grosowsky,

na Califórnia, que, em 1983, acompanhado de Jeff Ellington, decidiu

ancorar uma “fita de escalada de seu equipamento em dois pontos

distantes na posição horizontal no “Lost Arrow Spire” a 3000 metros de

altura, no entanto não se arriscaram a executar a travessia”. Em 1985,

Scott Balcom realizou a travessia da, já famosa, linha de slackline.

Também relatos de escaladores apontam que o slackline surgiu em meados

dos anos 80, na Califórnia, por falta de condições climáticas para realizar escalada,

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um grupo de escaladores esticou uma fita fixada em pontos distintos utilizando

técnicas de ancoragem e começaram a se equilibrar sobre as fitas, aproveitando

os movimentos para treinar para um melhor desempenho na escalada.

Mesmo não se chegando a um consenso sobre sua origem, o fato é que o

Slackline conquistou adeptos no mundo inteiro, com sua prática aprimorada,

materiais específicos de baixo custo e facilidade da prática em meios urbanos ou

na natureza, ajudaram a difundir a modalidade.

O slackline tem estilos e categorias diferentes conforme o comprimento da

fita, o local e ambiente da prática e manobras. Conforme o SLACKBRASIL (2013),

o slackline tem as seguintes variações:

Highline- Praticado sempre em uma altura superior aos 5 metros do solo. É

necessário um sistema extra de segurança com baudrier (cadeirinha) de escalada

e uma conexão entre o atleta e a fita. Além disso, é necessária uma corda

tensionada junto à fita para maior segurança nas quedas. Só deve ser praticado

por pessoas muito experientes e conhecedoras das técnicas de montagem e

prática desta modalidade.

Longline- Praticado com uma fita entre 15 até outras com mais de 100 metros de

comprimento, normalmente montadas entre 1 ou 3 metros do solo. Exige muita

concentração e equilíbrio do praticante, pois a fita fica muito instável e será

necessário um sistema mais complexo para tencioná-la de forma adequada. O

risco de quedas e lesões neste caso é maior, devendo ser praticado apenas por

pessoas com certa experiência no esporte.

Trickline- Esta prática é realizada em uma fita curta (3 a 7m), próximo ao solo (30

cm a 60) e extremamente tensa. O “Slacker” tenta movimentos cada vez mais

difíceis: uma meia-volta, de giro completo, saltos, iniciar com saltos, posições

diferentes e diversas outras manobras.

Waterline- Consiste em um slackline sobre a água, que pode variar entre

Cachoeiras, Rios, Lagos, Piscinas e ate ilhas (Islandline). A altura pode variar de 1

a 5m de altura, podendo também ser realizado como Highline.

Jumpline- Praticado com uma fita com comprimento a partir de 20 metros e um

sistema de tensão diferente, utiliza técnicas de redução com polias de escalada.

Ele utiliza uma corda elástica bem tensionada, onde o praticante pode executar

diferentes tipos de saltos, inclusive os mortais e lembra as acrobacias realizadas

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Parkour . caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das faixas etárias, regras, entre

em uma cama elástica.

Yoga slackline- Praticado com uma fita entre 7 e 15 metros de comprimento e

com uma distância do solo de 30 centímetros a 1 metro. O yoga está relacionado a

executar algumas técnicas do yoga sobre a fita, entre outras denominações que

começam a ganhar espaço.

Shortline- Praticado com uma fita entre 7 a 15 metros de comprimento e

normalmente bem próximo ao solo (30 a 60 cm de altura). Esta é uma ótima forma

de se iniciar na atividade e ao mesmo tempo já permite algumas posições mais

arrojadas.

Fonte: Cássaro, p. 25/26.

Assistir trechos do vídeo de uma reportagem com informações básicas sobre o

slackline.

http://www.youtube.com/watch?v=HmzrA6dO2zM

Como prática, realizar atividades variadas de equilíbrio. Onde os alunos

devem passar por cima de bancos, linhas da quadra, tábuas, cordas e fitas

dispostas no chão para simularem os movimentos próprios do slackline.

Vivenciar diversas formas de deslocar-se sobre a corda no chão, com o pé

cruzando, com o pé para frente e para trás, com o andar do esgrimista ou bailarina,

com auxílio e sem auxílio das mãos levantadas para dar maior ajuste de equilíbrios

estáticos, dinâmicos e recuperados; situações de quedas ou com materiais

pedagógicos como arcos (pequeno, médio, grande), bolas de diversos pesos e

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tamanhos, com bastões (pequenos, médio, grande). Conversar sobre os problemas

encontrados pela turma, os anseios e medos, como os alunos se sentiram mais

confiantes ou como acharam mais fácil se deslocar. CÁSSARO (2011) p. 54.

Material: TV, bancos, cordas, arcos, bastões, fitas.

Sugestão de sites e vídeos sobre slackline sites

http://www.slacklinebrasil.ning.com/

http://www.slacklineareia.blogspot.com.br/

http://www.slackbrasil.com.br/

vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=evBKKP5f2_w (Slackline no Esporte Fantástico)

http://www.youtube.com/watch?v=sSiQl9lQg0Y (The Final between Alex Mason (US)

and Carlos Neto (BR). Globetrotter Slackline World Cup 2013 in Munich).

http://globotv.globo.com/sportv/zona-de-impacto/v/campeao-do-slackline-igor-

zambelli-mostra-as-principais-manobras-do-esporte/2299835/ (Manobras).

http://globotv.globo.com/rbs-rs/vida-e-saude/v/slackline-e-esporte-e-interacao-com-a-

natureza/2647931/ (Slackline é esporte e interação com a natureza).

Referências: CÁSSARO, E. R. Atividades de Aventura, aproximações preliminares na rede municipal de ensino de Maringá. Monografia. Curso de Graduação em nível de Especialização; Educação Física na Educação Básica, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.

Slackline – Equilíbrio e Concentração. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=HmzrA6dO2zM (acesso em 19/11/2013).

SLACKBRASIL – Disponível em <http://wwwslackbrasil.com/documentario/> (acesso 6/11/2013).

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UNIDADE 4- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO SLACKLINE

ATIVIDADE 02 – INICIANDO O SLACKLINE

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Iniciar os primeiros movimentos do slackline.

Conteúdo: Inicialmente passar o vídeo tutorial para fazer ancoragem da fita de

slackline nos pontos.

http://www.youtube.com/watch?v=utZXcCJ9UtU

Realizar com os alunos a ancoragem da fita de slackline nos pontos,

demonstrando cada passo e tirando dúvidas dos alunos.

Após ancorada a fita deixar cada aluno ter o primeiro contato, escolhendo se

desejam equilibrar-se, andar, sentar, com ou sem auxílio dos colegas e sem

interferência do professor. Depois das atividades os alunos devem relatar

dificuldades, sugestões para melhorar a passagem pela fita.

Iniciar uma sequência pedagógica com a turma primeiramente relembrando as

dicas e cuidados com a posição dos pés, joelhos, tronco e olhos, para a prática do

slackline.

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Pés: Ao longo da corda, dando passos um após o outro. Nunca colocando os pés

perpendiculares à corda, pois teria menos superfície de contato.

Joelhos: Retos ou semi-flexionados.

Tronco: Ereto, não permitindo que o centro da gravidade abaixasse.

Olhos: Fixar sua visão num ponto fixo a sua frente. MATOS (2011).

Atividades com auxílio do colega

O praticante pode segurar no ombro do "segurança". Este, por sua vez, não segura

o praticante. Apenas acompanha pela corda ao seu lado.

*Formar duplas, sendo um para subir na corda e outro para fazer a segurança. Pedir

para que todos tirem os tênis e as meias. Assim, eles podem sentir melhor o contato

com o material.

*Formar uma coluna de um lado da corda com quem iria subir e outra coluna com

quem iria fazer a segurança do outro lado da corda.

*Após percorrer a corda, a dupla voltaria para o final da fila. Só que trocam as

posições, o "segurança" subirá na corda e o praticante virará o segurança.

MATOS (2011).

Material: Kit Slackline, colchonetes, cordas.

Referências: Como montar e desmontar seu Slackline - Gibbon Slacklines Brasil disponível em http://www.youtube.com/watch?v=utZXcCJ9UtU (Acesso em 18/11/2013).

MATOS, M.C; Slackline: uma nova possibilidade para as aulas de Educação Física Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31484 (Acesso em 18/11/2013).

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UNIDADE 4- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO SLACKLINE

ATIVIDADE 03 – PRATICANDO O SLACKLINE

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 03 (três) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Praticar o slackline melhorando o equilíbrio e realizando

os movimentos próprios.

Conteúdo: Fixar o slackline nos pontos de ancoragem junto com os alunos,

colocando uma corda atravessada paralelamente a fita do slackline a uma altura

acima da cabeça, para realizar apoio se necessário (falsa baiana).

Atividades sem auxílio de colega.

*Tentar subir na fita com uma das pernas e permanecer o tempo que aguentar se

equilibrando na fita, depois realizar a mesma atividade com a outra perna.

Em duplas realizar jogos de equilíbrio. Flexionar o joelho até tocar a fita com os

dedos da mão. (Ganha quem fizer sem cair). Jogo Gladiador, onde cada um dos

alunos senta em uma ponta da fita sem encostar os pés no chão, equilibrando-se e

tentando derrubar o outro. A atividade também pode ser realizada com os alunos em

pé. SILVA, POLI, PEREIRA (2013).

Atravessar a fita, equilibrando-se e segurando na corda de apoio em cima se

necessário, realizar as variações:

*Caminhada simples

*Caminhada para trás

*Mudar a direção na corda e caminhar na direção contrária.

Caberá ao professor identificar o nível inicial de cada aluno e propor atividades

desafiadoras. BARTHOLO (2010).

Material: Kit Slackline, colchonetes, cordas.

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Referências:

BARTHOLO,T.L, Esportes Radicais: praticando a Slackline. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24047 (Acesso em 18/11/2013).

SILVA, A.S.; POLI J.C.; PEREIRA.D.W. Iniciação ao slackline: uma proposta de ensino. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd184/iniciacao-ao-slackline-uma-proposta.htm (Acesso em 16/11/2013).

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UNIDADE 5- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO E DE AVENTURA NA NATUREZA ESCALADA

ATIVIDADE 01 – ATIVIDADES NO MEIO AMBIENTE

Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 01 (uma) hora/ aula.

Finalidade da Atividade: Conhecer as diferenças entre as unidades de

conservação, apontar os pontos positivos e negativos das atividades na natureza, e

formas de preservação.

Conteúdo: Trabalhar o texto com os alunos.

Atualmente existem diferentes unidades de conservação. As reservas biológicas

são exclusivas para conservação e pesquisa da natureza. Entretanto algumas são

abertas às atividades de esportes na natureza de acordo com suas características.

Os principais tipos de unidades de conservação:

Parques

São áreas eleitas por sua beleza paisagística, importância ecológica e potencial

ecoturístico. Por definição, os Parques são áreas destinadas a visitação, esportes

e recreação. Os Parques podem ser nacionais, estaduais ou municipais, de acordo

com a responsabilidade da administração.

APAs São as Áreas de proteção Ambiental, regiões de conservação com normas

bastante variadas. As APAs podem englobar terras do estado ou particulares, e as

restrições de seu uso são definidas caso a caso. Elas são criadas sobretudo para

proteger a natureza de desmatamentos, caça e pesca abusiva e empreendimentos

com grande potencial poluidor, como indústrias químicas. Normalmente, essas

restrições não atingem o ecoturismo. Ao contrário, por serem atividades de baixo

impacto, o ecoturismo e a prática dos esportes de aventura costumam ser

incentivados.

Reservas Particulares Uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma área privada cujo

proprietário decidiu preservar permanentemente. Uma vez criada a RPPN, a

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decisão não pode mais ser revertida e a área não pode ser vendida, constituindo

herança familiar. Além de ser liberado do pagamento de imposto, o proprietário

pode desenvolver nessa área atividades sustentáveis, como o ecoturismo.

ROMANINI, UMEDA (2002) p. 11

Para uma classificação mais completa ver informações no site: http://www.brasilescola.com/brasil/unidades-conservacao-brasileiras.htm (Unidades de Conservação Brasileiras, As unidades de conservação são espaços destinados à preservação ambiental).

Em seguida, os alunos devem responder as questões para posterior debate, trazendo suas críticas, opiniões, e sugestões sobre o tema.

1) Existem unidades de conservação, áreas de preservação em seu Município ou

Região?

2) Seu Município, Região tem potencial para o ecoturismo?

3) Dentro do ecoturismo existe o turismo de aventura, com diferentes exercícios,

atividades e esportes na natureza. Em seu Município, Região existem locais para o

turismo de aventura? Cite alguns.

4) Quais as vantagens e desvantagens do ecoturismo?

5) Aponte os impactos positivos e negativos que as atividades e esportes no meio

ambiente podem trazer.

6) Como explorar o meio ambiente, mantendo sua preservação?

Material: Folha sulfite, texto selecionado.

Referências:

ROMANINI V; UMEDA M. Esportes de aventura ao seu alcance. São Paulo: BEI Comunicação, 2002.

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UNIDADE 5- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO E AVENTURA NA NATUREZA- ESCALADA

ATIVIDADE 02 – CONHECENDO O MONTANHISMO E ESCALADA Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Proporcionar aos alunos um conhecimento teórico básico

sobre montanhismo e escalada, suas características diferenças.

Conteúdo: Entregar os textos para os alunos realizarem leitura, tirando dúvidas e

trocando informações sobre o tema.

Classificação Montanhismo Os esportes de montanha modernos incluem diversas modalidades que vão

do trekking até a escalada em altitudes extremas, o que gera, ás vezes, algumas

divergências sobre qual o nome e a definição corretos para cada atividade. Em

2001, a União Internacional de Associações de Alpinismo (UIAA) criou o código da

Montanha (The Mountain Code), que propõe a divisão desse esporte em dois

grupos: 1) O “montanhismo” que envolve trekking, via ferratas, montanhismo

clássico e montanhismo com ski e 2) a “escalada em rocha” que inclui Boulder,

escalada esportiva, tradicional, big wall, alpina, super alpina e expedições. O

código está disponível no site da UIAA (www.theuiaa.org) e oferece descrições

detalhadas sobre cada atividade. SPINK (2009) p.23

A Escalada O principal objetivo dos escaladores é visitar e conviver com as montanhas,

curtir a natureza, vencer os desafios e limitações físicas, técnicas e emocionais. Os

termos como montanhismo e alpinismo são sinônimos, mas para os escaladores

existem diferenças. O alpinismo é a escalada nos Alpes, onde são os primórdios

do esporte na Europa, já o montanhismo é a escalada em qualquer montanha, seja

caminhando ou escalando, e escalada é qualquer subida em rocha, gelo e parede

artificial. PEREIRA, ARMBRUST (2010) p.65

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Fonte: Pereira (2010) in Cássaro (2011) p.32

Um mesmo escalador pode praticar diversos tipos de escalada, normalmente o

gosto por um tipo ou estilo define-se e ele acaba por procurar lugares com maior

oferta do tipo de escalada de sua preferência. Desta forma a escalada não é

apenas uma atividade competitiva em sua essência, pois possui elementos

cooperativos entre os participantes. Com exceção da escalada indoor, escalada

boulder artificial, sendo o único tipo de escalada que possibilita a criação de

eventos competitivos. CÁSSARO (2011) p. 33

Importante conhecer para realizar a escalada:

Vias: são os caminhos usados pelos escaladores para atingir seus objetivos. São

marcadas num croqui para que se tenha mais segurança nas próximas

escaladas.

Equipamentos: cadeirinha, capacete, mosquetão, cordas, cordeletes, fitas,

sapatilha, carbonato de magnésio para as mãos não escorregarem e freios.

Nós: é necessário conhecimento e execução de vários tipos de nós para realizar

a atividade com segurança, exemplo nó oito duplo, nó UIAA, nó pescador.

Técnicas verticais: técnicas de segurança para evitar acidentes e ter sucesso

no objetivo, exemplo escalada móvel, guiada, top tape, rapel, ancoragem.

Escalada livre

Boulder Escalada Esportiva

Big-Wall Parede artificial ou indoor

É a subida

usando

equipamento

s apenas

para o caso

de queda

É a

escalada

em blocos

rochosos

que não

ultrapassam

5 metros de

altura

É a escalada

livre em alturas

de máximo de

50 metros, com

preparação

atlética pois

necessita de

movimentos

técnicos para

atingir o topo

É a escalada

que leva pelo

menos uma

noite, ou

seja, acima

de 4000

metros

É a escalada própria a

ser ensinada no

contexto escola, pois

pode ser construídas

em madeira (Naval,

madeirite) colocando

garras artificiais (resina)

Tipos de escalada

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Após leitura separar os alunos em grupos com 5 componentes, e a partir dos

textos recebidos, organizar uma apresentação sobre o tema. Os grupos devem

realizar pesquisas em textos e materiais de apoio trazidos pelo professor, e também

fora do período escolar com outros textos, vídeos, imagens para incrementar as

apresentações, que devem ser feitas na aula seguinte.

Para finalizar a aula passar o vídeo sobre escalada indoor, para os alunos

terem conhecimento básico e também servir de subsídio para suas apresentações.

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6876

Material: TV, textos selecionados, papel sulfite, materiais de apoio.

Sugestões de sites e vídeos sobre montanhismo e escalada

Sites

http://www.webventure.com.br/h/

http://www.cbme.org.br/

http://www.altamontanha.com.br/

http://escaleseguro.blogspot.com.br/

http://www.guiadenos.com.br

Vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=mQ8iP63z7VU (Equipamentos necessários para

praticar a escalada)

http://www.youtube.com/watch?v=4WmEknQqdPs (Rapel)

http://www.youtube.com/watch?v=jeSlH_8YxGU (Brasil Vertical)

Page 48: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Parkour . caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das faixas etárias, regras, entre

Referências: CÁSSARO, E. R. Atividades de Aventura, aproximações preliminares na rede municipal de ensino de Maringá. Monografia. Curso de Graduação em nível de Especialização; Educação Física na Educação Básica, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.

PEREIRA, D. W; ARMBRUST, I. Pedagogia da aventura. Jundiaí, SP: Fontoura, 2010.

SPINK,M.J.;SPINK S.P. A Aventura esportiva na modernidade tardia artigo in Cleber Augusto Gonçalves Dias/ Edmundo de Drummond Alves Junior (organizadores) 2009 editora da UFF Niterói-RJ.

Vídeo Escalada Indoor. Disponível em: http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6876 (Acesso em 15/11/2013).

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UNIDADE 5- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO E AVENTURA NA NATUREZA ESCALADA

ATIVIDADE 03 – INICIANDO A ESCALADA Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Proporcionar aos alunos atividades, jogos e brincadeiras

que simulem os movimentos da escalada.

Conteúdo: Escalada horizontal no chão *O professor desenha, com giz no chão, “agarras”, simbolizando pontos de apoio de

uma parede de escalada ou montanha. Preferencialmente, os alunos poderiam ter

pesquisado fotos ou gravuras de escaladores em ação, trazendo–as para a aula e

tentando imitar as posições.

*O aluno, em decúbito ventral, deverá utilizar 4 ou 6 apoios para, apoiando-se

somente nas “agarras”, se deslocar até o cume da montanha horizontal.

*As dificuldades podem ser aumentadas, afastando mais uma “agarra”, sinalizando o

apoio da ponta do pé, de dois dedos apenas, mudando a direção da via, e outras.

FRANCO (2008) p.77.

*Trabalho em equipe. Propor nesse momento pode começar com uma ponte a ser

construída pelos alunos com jornal, isto é, o professor distribui jornais com cores

diversas (pintar com tinta guache) e os alunos devem criar um caminho que

atravesse a quadra ou espaço da aula. O número de folhas ou jornal é um por aluno,

então deverão criar uma estratégia de grupo para atingir o objetivo.

CÁSSARO (2011) p.56.

*Escalada Horizontal na rede. Material necessário: Rede de corda (fixa em um gol

de futsal ou futebol de campo). Descrição das regras do jogo: O aluno deverá

atravessar a rede de corda horizontalmente de forma livre. BARTHOLO (2010).

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Montar uma oficina para confecção de alguns nós utilizados em atividades

como: rappel, escalada, montanhismo e alpinismo e a experienciação com

atividades que consistam em andar sobre uma corda presa entre as colunas de

sustentação da própria quadra poliesportiva da escola. Realizar uma ascensão

utilizando uma corda fixada na estrutura metálica de sustentação da cobertura da

quadra. ROCHA (2010).

Sugestão para oficina: Verificar site guia de nós. http://www.guiadenos.com.br

Material: Cordas, redes, jornal, giz, tinta.

Referências: BARTHOLO, T.L. Esportes Radicais: praticando a escalada na Escola. Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24006 (Acesso em 20/11/2013). CÁSSARO, E. R. Atividades de Aventura, aproximações preliminares na rede municipal de ensino de Maringá. Monografia. Curso de Graduação em nível de Especialização; Educação Física na Educação Básica, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. ROCHA, R, L Esportes Radicais Escalada Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19909(Acesso em 23/11/2013).

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UNIDADE 5- ESPORTE RADICAL DE AÇÃO E AVENTURA NA NATUREZA- ESCALADA

ATIVIDADE 04 – VIVENCIANDO A ESCALADA Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 05 (cinco) horas/ aulas.

Finalidade da Atividade: Conscientizar sobre os cuidados no uso e interação com o

meio ambiente. Iniciar a prática de atividades utilizando elementos para simular a

escalada, em locais que possibilitem a vivência do esporte.

Conteúdo: Explanar sobre a importância da segurança em atividades na natureza,

bem como sobre os cuidados de interação e preservação. Trabalhar o texto com os

alunos para debate e apontamentos.

Para preservar melhor utilizar os ambientes na natureza, e que seu uso não cause

danos, cuidados devem ser tomados. Elaborado por um grupo de pesquisadores, o

conceito de “não deixar marcas” baseia-se em parâmetros internacionais. São 8

regras básicas:

1)Planejamento é fundamental

2)Você é responsável por sua segurança

3)Cuide dos locais de sua aventura

4)Traga seu lixo de volta

5)Deixe cada coisa em seu lugar

6)Evite fazer fogueiras

7)Respeite os animais e as plantas

8)Seja cortês com os outros visitantes e com a população local (PEGA LEVE 2013)

• Descrição completa de cada item no site.

http://www.pegaleve.org.br/principios_pegaleve.asp

Para a primeira atividade prática adaptar locais na escola ou próximo, onde se

possam simular movimentos e técnicas da escalada. Utilizar muros, alambrados

redes entre outros. O local escolhido para essa atividade foi um muro de pedra perto

Page 52: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Parkour . caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das faixas etárias, regras, entre

do colégio, onde os alunos podem escalar utilizando os espaços entre as pedras

como agarras para as mãos e apoio dos pés. Para maior vivencia além de escalar

também podem atravessar todo o muro horizontalmente sem colocar os pés no

chão. Variar as atividades colocando propostas e objetivos diferentes. Os alunos

devem relatar dificuldades e questões que julgarem interessante para a execução da

atividade e apresentarem após a prática, relacionando com os temas de segurança

e preservação.

Local escolhido para a prática:

Fonte o autor Na próxima atividade simular os movimentos com auxílio de cordas,

aprendendo técnicas básicas de escalada e rapel, adaptados aos locais e materiais

disponíveis.

Utilizando cordas ensinar a técnica de rapel clássico para os alunos.

http://www.escaladanoceara.com.br/artigos/11.php

Page 53: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Parkour . caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das faixas etárias, regras, entre

Passar o vídeo explicativo de como fazer cadeirinha com corda.

http://www.youtube.com/watch?v=nf5xOS2KGlc

Escalar um pequeno morro da escola ou local próximo

*Amarrar previamente uma corda em um local acima do morro ou o próprio professor

deverá segurar a ponta desta corda permanecendo na parte superior do local. Os

alunos um de cada vez devem subir o morro segurando na corda.

* Amarrar uma corda em uma árvore e esta corda deverá conter com diversos nós a

cada 50 cm aproximadamente. Limitar a altura e pedir que os alunos subam com o

auxílio das mãos e pernas.

* Fixar duas cordas paralelas estando com mais ou menos 80 cm de distância uma

da outra. Os alunos deverão escalar as cordas e tentar passar de uma para outra.

*Escolher um trajeto dentro da escola e simular uma caminhada na montanha.

Pedir que os alunos tragam suas mochilas e identificar o que seria necessário levar

para uma caminhada e escalada (comida, água, agasalho, material de higiene e

primeiros socorros). Colocar na mochila um peso equivalente entre 03 e 05 Kg.

Fazer o percurso em diferentes ritmos e apontar o ritmo adequado para cada um. Ao

longo da caminhada fazer paradas e verificar a frequência cardíaca. ROCHA (2010).

Realizar escalada utilizando cadeirinha de corda e um colega auxiliando com a

corda de segurança. (Passar por uma árvore ou ponto seguro)

Em um barranco ou morro fazer o rapel clássico.

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Local escolhido para as atividades práticas:

Fonte o autor

Material: TV, Texto selecionado, caderno, papel, cordas,

Referências: Como fazer cadeirinha de rapel AFL com corda. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=nf5xOS2KGlc (Acesso em 15/09/2013).

PEGA LEVE. Mínimo Impacto em ambientes naturais. 8 Princípios Pega Leve. Disponível em: http://www.pegaleve.org.br/principios_pegaleve.asp (Acesso em 15/10/2013). Rapel Clássico. Disponível em: http://www.escaladanoceara.com.br/artigos/11.php (Acesso em 23/11/2013) ROCHA, R, L Esportes Radicais Escalada Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19909(Acesso em 23/11/2013).

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UNIDADE 6- AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 01 – QUESTIONÁRIO, CONCLUSÃO DO TRABALHO COM O MAPA, ORGANIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO, OFICINAS E FESTIVAL DE ATIVIDADES FÍSICAS. Tempo da Atividade: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) horas/aulas.

Finalidade da Atividade: Avaliação dos alunos sobre o projeto e esportes radicais e

de natureza, relatando suas idéias, críticas e sugestões. Finalizar o trabalho com o

mapa e organização de exposição e atividades.

Conteúdo: Os alunos devem responder o questionário de avaliação final (anexo 7).

Para finalizar o mapeamento, cada grupo responsável pelo levantamento das

localidades, apresenta o material produzido durante o projeto, com as fotos e análise

de atividades possíveis dos locais. Usando o computador são colocadas as

legendas das atividades no mapa. Concluída a edição gráfica, o mapa é imprimido e

entregue para cada aluno. Será realizado o mesmo trabalho em um mapa de

tamanho grande para exposição. Toda a turma colabora e dá sugestões durante o

processo.

Os mesmos grupos serão responsáveis por sugerir e organizar atividades radicais e

de natureza para aplicar na Feira de Atividades Física, que será realizada em

conjunto com outros programas do PDE do Município e projetos do Colégio.

Material: Questionário (anexo 7), mapas, computador, impressora, fotos, cola,

cartolina, papel sulfite,

Page 56: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Parkour . caracterização consiste em levar em conta fatores históricos, sociais dos riscos, das faixas etárias, regras, entre

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARMBRUST, I. Os esportes radicais como potenciais geradores de saberes interdisciplinares. Tese de Mestrado, Universidade São Judas Tadeu. São Paulo, 2011.

________, I; SILVA, S.A. Pluralidade cultural: os esportes radicais na Educação Física Escolar, artigo revista Movimento, Porto Alegre, pág. 281-300, jan./mar 2012 disponível em http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/viewFile/14937/17352 acesso em 10 de maio de 2013.

BARTHOLO,T.L, Esportes Radicais: praticando a Slackline. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24047 (Acesso em 18/11/2013). ________, T.L. Esportes Radicais: praticando a escalada na Escola. Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24006 (Acesso em 20/11/2013). BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. CÁSSARO, E. R. Atividades de Aventura, aproximações preliminares na rede municipal de ensino de Maringá. Monografia. Curso de Graduação em nível de Especialização; Educação Física na Educação Básica, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. CARREIRO, Eduardo A. Ecoturismo: Influências na Educação Física. São Paulo, Editora SESI-SP, 2012. COIMBRA, D.A, Atividades na Natureza, consolidando significados/ Atividades Físicas de Aventura na Natureza e Possíveis Aprendizados. Jundiaí, SP: Fontoura, 2006. DARIDO, S.C.; RANGEL, I.C.A. Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005. Diário Oficial da União, seção 1 Nº 197, 2007, pg 107 Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/arquivos/conselhoEsporte/resolucoes/resolucaoN18.pdf> acesso em 21de maio de 2013. FERNANDES, R. C. Reflexões para um estudo acadêmico. Campinas. Conexões – Educação, Esporte e Lazer, v. 1, n. 1, 1998 (p. 96 105).

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ROCHA, R, L Esportes Radicais Escalada Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19909(Acesso em 23/11/2013). SANTOS J.A.; PEREIRA D. W. Le Parkour, in Atividades e esportes de aventura para profissionais de educação Física. BERNARDES L.A. Org. São Paulo- SP Phorte Editora, 2013. SILVA, A.S.; POLI J.C.; PEREIRA.D.W. Iniciação ao slackline: uma proposta de ensino. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd184/iniciacao-ao-slackline-uma-proposta.htm (Acesso em 16/11/2013). SPINK,M.J.;SPINK S.P. A Aventura esportiva na modernidade tardia artigo in Cleber Augusto Gonçalves Dias/ Edmundo de Drummond Alves Junior (organizadores) 2009 editora da UFF Niteroi-RJ TUBINO, Manoel Jose Gomes. Estudos brasileiros sobre o esporte: ênfase no esporte-educação / Manoel Tubino.-- Maringá: Eduem, 2010. 163p. disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/123456789/130/livro%20tubino.pdf?sequence=5 (acesso em 13/11/2013). UVINHA, R. R. Juventude, lazer e esportes radicais. São Paulo, Manole, 2001.

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO INICIAL

1. Quais são os conteúdos estruturantes da Educação Física Escolar?

R:

2.No seu conceito, o que é esporte?

R:

3.Você pratica algum esporte regularmente? Qual?

R:

3. Você conhece algum esporte radical de ação ou de aventura?

R:

4. Você já praticou algum esporte radical de ação ou de aventura? Onde?

R:

5. Quais são as dificuldades para se praticar esportes radicais de ação e de aventura?

R:

6. Você julga necessária a inclusão dos esportes radicais de ação e de aventura, nas aulas de Educação Física? Por quê?

R:

7. Como pode ser incluído o esporte radical de ação e de aventura na escola?

R:

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ANEXO 2

CORRENTES ESPORTIVAS DA CONTEMPORANEIDADE.

As correntes esportivas, cada uma compreendendo lógicas diferentes, segundo

Tubino,(2010) p44/45, são as seguintes:

- Esportes Tradicionais;

- Esportes Aventura / na Natureza / Radicais;

- Esportes das Artes Marciais;

- Esportes de Identidade Cultural;

- Esportes Intelectivos;

- Esportes com Motores;

- Esportes com Musica;

- Esportes com Animais;

- Esportes Adaptados;

- Esportes Militares;

- Esportes Derivados de Outros Esportes.

Os Esportes Tradicionais compreendem as modalidades tradicionalmente

consolidadas (como Atletismo, Basquetebol, Futebol, Boxe, Baseball, etc.).

Os Esportes Aventura / na Natureza / Radicais, numa abrangência de interatuacão

pela proximidade das suas fronteiras, compreendem esportes na agua, no ar, na

terra e no gelo/neve. Os desafios são maiores, envolvendo inclusive riscos.

Os Esportes das Artes Marciais são aqueles derivados das artes militares ou

marciais da Ásia (exemplos: Jiu-Jitsu, Judô, Karatê etc.).

Os Esportes de Identidade Cultural tem vinculação cultural com as nações.

Compreendem os esportes de criação nacional ou de outras nacionalidades que se

fixam em outros países (exemplos: Cricket, Capoeira, Petanque etc.).

Os Esportes Intelectivos, praticados na maioria em salões, são modalidades de

movimento humano reduzido (exemplos: Xadrez, Bilhar etc.).

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Os Esportes com Motores são modalidades nas quais as pessoas conduzem um

veiculo com motor. Podem ocorrer no ar, na terra, na agua e ate no gelo (exemplos:

Automobilismo, Motonáutica, Motociclismo etc.).

Os Esportes com Música compreendem a sintonia entre as pessoas e as musicas de

acompanhamento (exemplos: nado Sincronizado, Ginastica Rítmica etc.).

Os Esportes com Animais abrangem também animais (exemplos: Hipismo, Turfe,

Rodeio etc.).

Os Esportes Adaptados são modalidades esportivas adaptadas a pessoas com

deficiências. Geralmente, são modalidades de outras correntes que são adaptadas

aos diversos tipos de deficiência. Existem outras que foram criadas especificamente

para deficientes (exemplo: Goalbal).

Os Esportes Militares são aqueles esportes originários dos meios militares e que,

atualmente, são praticados no meio civil (exemplos: Paraquedismo, Tiro, Esgrima

etc.). Existem ainda modalidades esportivas essencialmente militares (Pentatlo

Militar, Pentatlo naval).

Os Esportes Derivados de Outros Esportes, como a própria denominação já esta

esclarecendo, compreende as modalidades que tiveram origem em outras (exemplo:

Futsal, Squash, Futevôlei etc.).

Referência TUBINO, Manoel Jose Gomes. Estudos brasileiros sobre o esporte: ênfase no esporte-educação / Manoel Tubino.-- Maringá: Eduem, 2010. 163p. disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/123456789/130/livro%20tubino.pdf?sequence=5

(acesso em 13/11/2013).

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ANEXO 3 ENTENDIMENTO SOBRE ESPORTES RADICAIS Segundo Armbrust (2011) p 110, os Esportes Radicais podem ser entendidos

como atividades novas na cultura esportiva, pois se difundiram e ganharam muitos

adeptos a partir da década de 1990, com a divulgação pela mídia, a oferta como

atividade de lazer e turismo na natureza e a expansão globalizada do comércio em

torno deles. Porém, alguns estudos indicam que essas atividades eram praticadas

há muito tempo.

Durante a história dos povos, percebe-se que sempre existiu o desejo de

desafiar a natureza e os próprios limites. Vejam os heróis da mitologia grega com

seus poderes especiais, eles tinham habilidades para voar, percorriam longos

caminhos em terras desconhecidas no meio de matas fechadas, podiam ficar no

fundo do mar, pois controlavam e respeitavam os elementos naturais: Fogo, Ar,

Terra e Água.

Ainda hoje, esses heróis são reinventados na forma de praticantes de

Esportes Radicais como o homem aranha francês que escala prédios pelo mundo,

ou o mergulhador cubano que desce a 180 metros de profundidade com o próprio

fôlego como se fosse o homem do fundo do mar, ou ainda o americano que voa em

sua asa que parece o homem morcego saltando de um avião.

Os elementos significativos de cada ação ou movimento proposto nos

Esportes Radicais estão atrelados a atitude ou comportamento de respeitar as

pessoas e os locais, a manifestação de força e energia empregada nos desafios de

cada situação e a capacidade de fazer algo que tenha sentido para sua

aprendizagem.

Toda aventura busca compreender o que está por vir, num sentido de algo

desconhecido, imprevisível. Em comum, todos os Esportes Radicais têm a

característica de viver experiências emocionantes cuidando e respeitando das

diferenças.

Referência ARMBRUST, I. Os esportes radicais como potenciais geradores de saberes interdisciplinares. Tese de Mestrado, Universidade São Judas Tadeu. São Paulo, 2011.

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ANEXO 4 MAPA DO MUNICÍPIO E AMBIENTES DE LAZER E ESPORTES (2001)

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ANEXO 5 MAPA PARA NOVO LEVANTAMENTO DE ATIVIDADES

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ANEXO 6 REGRAS DO URBAN HAND

Regra 1 - Campo de jogo

• 1.1. Não há limitação do campo de jogo. Não há saída de bola. Utilizar um espaço onde haja obstáculos a serem transpostos e que torne o percurso desafiador. Sugestão máxima de 500m².

• 1.2. Definir as áreas onde ficarão os gols. Procurar pontos estratégicos nas extremidades do campo de jogo.

• 1.3. A área demarcada para o gol terá um raio 1,5 m onde em seu interior não poderão permanecer nenhum jogador durante a partida.

• 1.4. Não há demarcações de perímetro do campo. • 1.5. Haverá duas balizas, medindo 0,90 m altura x 1m comprimento cada.

Regras 2 – Duração de jogo

• 2.1. Para equipes masculinas e femininas com mais de 15 anos, a duração do jogo é de 3 x 10 minutos corridos, com 3 minutos de intervalo entre cada tempo.

• 2.2. Após o intervalo, as equipes trocam de campo.

Regra 3 - A bola

• A bola é constituída por um invólucro de couro ou de matéria plástica de cor uniforme. Pode ser uma bola oficial de handebol.

Regra 4 – Os jogadores

• Duas equipes. Cada equipe jogará com 3 jogadores em campo. Não há um goleiro com posição fixa. Qualquer jogador pode atuar como defensor na área demarcada à frente do gol.

Regra 5 - O manejo da bola

• É permitido: o 5.1. Lançar, passar, receber, quicar, empurrar, socar, interceptar, parar e pegar a

bola com a ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco e joelhos. o 5.2. Segurar a bola no máximo durante 3 segundos, mesmo que ela esteja no solo

ou colada ao corpo. o 5.3. Ficarão isento dos primeiros 3 segundos o jogador que após receber o passe

realizar um movimento em deslocamento por sobre um obstáculo ou movimento acrobático, obtendo assim mais 3 segundos de posse de bola.

o 5.4. Utilizar qualquer tipo de obstáculo, apoio, barreira, etc. que traga vantagens no transporte da bola sobre o adversário.

o 5.5. Fazer no máximo três passos com a bola na mão sem execução de movimentos e no máximo cinco passos com a bola quando houver a execução de algum movimento sendo que após a realização deste movimento o jogador terá

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direito de mais três passadas e obrigatoriamente deve lançar ou fazer o passe da bola.

Um passo é feito: A. Quando o jogador, tendo os dois pés no solo, levanta um dos pés

e torna a pousá-lo (não importa a direção ou distância) ou o desloca (deslizar).

B. Quando um jogador, tendo um pé no chão, apanha a bola e em seguida toca o solo com o segundo pé.

C. Quando o jogador em suspensão toca o solo com um pé e salta no mesmo pé ou toca o chão com o segundo pé.

D. Quando o jogador em suspensão toca o solo com os dois pés ao mesmo tempo, levanta em seguida um dos pés e torna a pousá-lo ou deslocá-lo. Nota: Quando um pé é deslocado no chão, o segundo pé pode ser trazido junto ao primeiro.

• É proibido: o 5.6. Tocar a bola com os pés.

Regra 6 – conduta para com os adversários

• É permitido: o 6.1. Utilizar os braços e as mãos para apoderar-se da bola. o 6.2. Tirar a bola do adversário com a mão aberta, não importa de que lado. o 6.3. Barrar com o tronco o caminho do adversário, mesmo que ele não esteja com

a posse da bola. • É proibido:

o 6.4. Barrar o caminho do adversário ou contê-lo com os braços, as mãos ou as pernas.

o 6.5. Arrancar a bola do adversário com uma ou duas mãos, assim como bater na bola que ele tenha em suas mãos.

o 6.6. Utilizar o punho para tirar a bola do adversário. o 6.7. Lançar a bola de modo perigoso para o adversário ou dirigir a bola contra ele

numa finta perigosa. o 6.8. Empurrar, puxar, chutar ou esboçar qualquer sinal de violência física anti-

desportiva contra o adversário. o 6.9. O não cumprimento acarretará em falta técnica, com posse de bola para a

equipe adversária.

Regra 7 – O gol

• 7.1. Um gol será marcado, quando a bola ultrapassar totalmente a linha de gol por dentro da baliza e desde que nenhuma falta tenha sido cometida pelo executor e seus companheiros. Quando um defensor comete uma infração regulamentar que não impeça que a bola entre na baliza, o gol é considerado marcado, desde que o árbitro tenha a certeza de que a bola ultrapassou a linha de gol, por entre as balizas.

• 7.2. O gol não será válido se o árbitro assinalar a paralisação do jogo, antes que a bola tenha ultrapassado a linha de gol, por dentro da baliza.

Regra 8 – Tiros de saída e encerramento

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• 8.1. Para inicio do jogo a bola será lançada ao ar, a equipe que obtiver a posse de bola deverá transportá-la ate a área do gol adversário utilizando-se de movimentos característicos do Parkour.

• 8.2. Após o término do tempo de jogo, compete ao árbitro o encerramento da partida e contabilização dos gols.

Regra 9 – Sanções

• 9.1. A conduta anti-desportiva recíproca e seguida de uma agressão dentro do campo de jogo será punido com expulsão imediata do jogador, passando a equipe a ficar com um jogador a menos ate o termino da partida.

Regra 10 - O árbitro

• 10.1. Devem deter o conhecimento e práticas do Parkour. o Ao árbitro compete:

10.2. A execução do tiro de saída e encerramento da partida. 10.3. A execução de todos os tiros após a paralisação dos tempos.

Fonte http://www.efdeportes.com/efd168/parkour-a-criacao-do-urban-hand.htm

Regras do Urban Hand. (acesso em 16/11/2013).

Referências:

FERREIRA,L.P; VIANA H.B. Parkour: arte do deslocamento urbano através da corporeidade inserida nos jogos pré-desportivos coletivos: a criação do Urban Hand Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd168/parkour-a-criacao-do-urban-hand.htm (Acesso em 10/11/2013).

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ANEXO 7 QUESTIONÁRIO FINAL 1. Quais os benefícios que a prática de esportes radicais de ação e de aventura podem proporcionar?

R:

2. O que é importante para a prática de esportes radicais de ação e de aventura?

R:

3. Você pratica ou gostaria de praticar algum esporte radical de ação ou de aventura? Quais?

R:

3. Quais esportes radicais de ação e de aventura podem ser realizados nas aulas de educação física?

R:

4. Quais são as dificuldades para se praticar esportes radicais de ação e de aventura?

R:

5. Você julga necessária a inclusão dos esportes radicais de ação e de aventura, nas aulas de Educação Física? Por quê?

R:

6. Como podem ser incluídos os esportes radicais de ação e de aventura na escola?

R:

7. De sua opinião sobre o projeto, descrevendo suas críticas, dúvidas, sugestões e análises.

R: