OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...O uso da Biblioteca Escolar pode ser estimulado na...
Transcript of OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...O uso da Biblioteca Escolar pode ser estimulado na...
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A BIBLIOTECA COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO CULTURAL: EDUCAÇÃO DE USUÁRIOS
Autor: CLAUDIANE DO ROCIO ELIAS RAUSIS
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Gestão Escolar
Escola de implementação do Projeto e
sua localização Escola Estadual Shirlene de Souza Rocha
Município da escola Rio Branco do Sul
Núcleo Regional de Educação NRE-Norte
Professor Orientador Prof. Drª Profa. Iolanda Bueno de Camargo Cortelazzo
Instituição de Ensino Superior Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Relação Interdisciplinar
Resumo
O objetivo desta produção didático-pedagógica é promover ações voltadas à revitalização da Biblioteca Escolar da Escola Estadual Shirlene de Souza Rocha - EESSR, mediante a reestruturação do espaço em seus ambientes físicos e virtuais e da capacitação de professores, numa perspectiva de educação de usuários. O método adotado prevê a realização de oficinas de sensibilização sobre a importância da biblioteca escolar para o processo educacional que se desenvolve na escola e à formação para a cidadania. Objetiva, ainda, o desenvolvimento dos responsáveis pela gestão escolar para a utilização da biblioteca e para a orientação dos alunos para o trabalho de pesquisa em ambientes físicos e virtuais. Visa a obtenção de melhores resultados de pesquisa, maior qualidade no levantamento de fontes e utilização correta das informações, numa perspectiva de ampliação das possibilidades de educação de usuários e de construção do conhecimento. Espera-se, com essa intervenção, promover a revitalização da Biblioteca Escolar EESSR; ampliar as possibilidades de uso dos recursos ali existentes pela comunidade escolar; e difundir na escola a prática correta de pesquisa e utilização dos conteúdos disponibilizados nos acervos físicos e virtuais, favorecendo assim o gosto pela pesquisa be, como a habilidade na busca, acesso e uso correto das informações.
Palavras-chave Biblioteca escolar. Revitalização. Ressignificação.
Formato do Material Didático Caderno Temático
Público-alvo Gestor - Equipe Pedagógica – Professores
Não apenas um, mas vários autores
já registraram seus pensamentos sobre a
importância dos livros e das bibliotecas...
Um bom livro é um bálsamo…
Uma biblioteca é desfrutar do
Paraíso por inteiro.
Luiza Gosuen
Sempre imaginei o paraíso
como uma grande biblioteca
Jorge Luiz Borges
É claro que meus filhos terão
computadores, mas antes terão
livros.
Bill Gates
Apresentação
A presente Produção Didático-Pedagógica, apresentada na forma de Caderno
Temático tem como tema o trabalho do Gestor na formação de usuários dos acervos
físicos e virtuais da biblioteca escolar, e visa a revitalização da biblioteca escolar,
mediante a reestruturação do espaço em seus ambientes físicos e virtuais e a
capacitação de gestores, pedagogos e professores, numa perspectiva de educação
de usuários.
O objetivo desta produção é promover ações voltadas à revitalização da
Biblioteca Escolar, mediante a reestruturação do espaço em seus ambientes físicos
e virtuais e da capacitação de professores, numa perspectiva de educação de
usuários.
Espera-se que com essa intervenção, orientar gestores, professores e
pedagogos a se tornarem aptos a identificar os motivos da subutilização dos
recursos hoje disponíveis na biblioteca em suas instituições de ensino,; analisar o
papel da biblioteca escolar na educação, com base nas referências treóricas;
conhecer estratégias de revitalização dos ambientes físicos e virtuais da biblioteca; e
visualizar novas formas de utilização do espaço educacional da biblioteca; propor
melhorias a serem implementadas.
Essa intervenção se faz necessária em face da possibilidade de o uso das
Tecnologias de Informação (TI) na educação, que vem se consolidando ao longo
das últimas décadas. Por outro lado, dentro das escolas, alguns ambientes ainda
precisam ser revitalizados à luz dos recursos tecnológicos, como é o caso da
Biblioteca Escolar, tradicionalmente reconhecidamente um espaço privilegiado que
reúne de forma organizada, informações e dados sobre o conhecimento construído
pela humanidade ao longo dos tempos, mas, que na prática, é pouco explorada por
alunos e professores.
De fato, as facilidades trazidas pelos livros didáticos e pela possibilidade de
acesso a acervos virtuais relegou o que seria o coração da escols a um plano
secundário, subutilizado, muitas vezes, percebido pelos alunos como algo obsoleto,
superado e desnecessário. Mas essa condição se deve, também, à pouca
orientação dada aos alunos em relação à forma de como pesquisar e obter dados.
Esta é uma habilidade a ser desenvolvida em sala de aula, pouco trabalhada pelos
professores, embora muitos reclamem das cópias que seus alunos fazem de livros e
artigos, quando solicitam a realização de uma pesquisa.
É comum os professores receberem trabalhos que apresentam um compilado
de informações e, muitas vezes, de fontes nem sempre fidedignas. Constata-se,
ainda, que tanto alunos quanto professores não atribuem os devidos créditos aos
seus autores e mesmo quando se observa esse cuidado, é flagrante a ausência da
percepção pessoal do aluno sobre o tema, confirmando-se o resultado incipiente da
aprendizagem decorrente dessa atividade.
Embora seja frustrante para o professor, o uso do plágio pelos alunos é um
fato corriqueiro em todas as disciplinas; mas, suas consequências acabam
permanecendo dentro dos limites da sala de aula. Essa questão deveria ser
debatida com os demais professores da escola, posto que exige não apenas
medidas coercitivas à prática, mas a correta orientação aos alunos sobre como
realizar uma pesquisa, desenvolvendo formas corretas de proceder à busca,
selecionar as fontes informacionais, redigir relatórios e apresentar os trabalhos.
Para que o aluno alcance essas competências em termos de pesquisa e de
exploração dos recursos existentes na biblioteca, os professores precisam ser
sensibilizados para a importância desse espaço no contexto da escola e das
oportunidades educacionais que ela oferece aos alunos, notadamente pela
incorporação tecnologias de informação que podem revitalizar e potencializar os
recursos existentes.
Entende-se, também, que por se tratar de uma questão que interessa a todas
as disciplinas, o uso orientado da biblioteca escolar e de seus recursos físicos e
virtuais precisa ser encampado pela Gestão Escolar, por meio de medidas que
visem estabelecer uma nova prática escolar, ou mesmo melhorar os procedimentos
existentes, o que somente será possível com o apoio – e a necessária capacitação –
dos professores.
Para levar a termo os propósitos educacionais com base nos recursos da
biblioteca, o professor pode e se recomenda introduzir atividades lúdicas, pesquisa,
comparativos, debate e reflexão acerca dos temas em estudo. Nesse sentido, o
presente Caderno Temático pode subsidiar um conjunto de ações voltadas à
reestruturação da Biblioteca Escolar em seus ambientes físicos e virtuais. Esta
intervenção é necessária à reessignificação desse importante espaço aos olhos da
comunidade escolar. Mas, para que esse objetivo seja alcançado, é indispensável
preparar os gestores, os pedagogos e os professores para uma utilização da
biblioteca efetiva e mais produtiva; de forma a preparar seus alunos para usufruir o
acervo disponível da melhor forma possível, na perspectiva de educação de
usuários.
A Ressignificação da biblioteca no contexto educacional
contemporâneo
O uso da Biblioteca Escolar pode ser estimulado na Escola Estadual Shirlene
de Souza Rocha - EESSR, com base no que estabelece a Lei n.12.244, de
24.05.2010, publicada no DOU-I de 25.05.2010, que dispões sobre a
obrigatoriedade das instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas
de ensino do País contar com bibliotecas (BRASIL, 2010) e nas características do
público atendido pela unidade educacional, constituído por alunos carentes e que
necessitam de incentivos para o desenvolvimento social e cultura (EESSR, PPP,
2012).
Há escolas onde a Biblioteca Escolar ainda é minimamente utilizada, embora
seu acervo seja constantemente atualizado, funcionam no mesmo espaço que o
Laboratório de Informática num arranjo que privilegia apenas os trabalhos de
pesquisa on line. Desconsidera-se a importância do acervo físico, que reúne de
forma sistematizada o conhecimento e a produção cultural produzidos pela
humanidade ao longo dos séculos, em obras de leitura acessível e direcionada à
leitura pelos alunos e pela comunidade.
Tendo em vista o potencial educacional existente no espaço da biblioteca
escolar, entende-se que é necessário revitalizá-lo, inclusive com a incorporação de
tecnologias digitais, de forma a proporcionar, aos alunos, diversificadas
oportunidades de estudo, pesquisa, exploração e vivência cultural.
Para que isso aconteça, os professores precisam ser sensibilizados para o
potencial pedagógico presente na biblioteca, capacitados para desenvolver
habilidades e instrumentalizados para dominar recursos e equipamentos que
possibilitem a busca, a localização e a recuperação de informações.
É também necessário que os professores desenvolvam formas de trabalhar
com as bibliotecas para disponibilizar aos seus alunos, condições para uma
aprendizagem significativa, tornando-os estudantes (aqueles que estudam, leem,
investigam).
De forma mais explícita, percebe-se a necessidade de desenvolver os
gestores, os pedagogos e os professores da educação básica para um maior e
melhor uso dos recursos existentes na Biblioteca Escolar, visando o acesso ao seu
acervo pela comunidade escolar e a difusão da prática correta de pesquisa nos
conteúdos disponibilizados nos acervos físicos e virtuais, favorecendo dessa forma o
gosto pela pesquisa e a habilidade na busca e correto uso das informações.
Fonte: Multimeios SEED (2013)
Unidade I: O professor frente à biblioteca na
sociedade da informação e do conhecimento
A Lei n.12.244, de 24.05.2010 que dispões sobre a obrigatoriedade das
instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País
contar com bibliotecas. Assim, para compreender a real importância da biblioteca
nos contextos educacionais na sociedade contemporânea torna-se necessário
conhecer os princípios tomados como ideais para consubstanciar a missão da
biblioteca pública.
Objetivos da aprendizagem
Ao finalizar o estudo deste capítulo, espera-se que se conheça e se
compreenda:
A importância das bibliotecas escolares no contexto educacional;
A missão da biblioteca pública;
As razões da subutilização da biblioteca nas escolas – em especial na
EESSR.
Fundamentação Teórica: subsídios para as oficinas
Segundo Miranda, os princípios tomados como ideais para consubstanciar a
missão da biblioteca pública, são:
[...] promover o idioma nacional e a indústria editorial; 2) fornecer publicações oficiais para informar os cidadãos sobre sua participação em políticas públicas; 3) fornecer livros e outros materiais para o estudante (e o autodidata); 4) apoiar campanhas de alfabetização e fornecer livros adequados aos neo alfabetizados; 5) ser depositária do acervo da inteligência e da história do município ou região; 6) prestar serviços de informação técnica, comercial e turística às firmas locais e aos cidadãos.
Tais objetivos e metas seriam gradualmente atingidos segundo as disponibilidades locais e cada biblioteca, mesmo sendo parte de um sistema, determinaria a sua própria política (MIRANDA, 1978, p. 1).
No entanto, ainda de acordo com Miranda, tais aspectos tidos como linha de
atuação no Brasil se distanciam da realidade da sociedade brasileira, em que as
bibliotecas escolares, como um todo, são minimamente estruturadas:
[...] as definições clássicas que conhecemos resultam abrangentes demais, parece que foram desenhadas para uma realidade mais propícia do que a nossa, figuram um tanto pretensiosas quando confrontadas com a atmosfera pobre, subdesenvolvida e tímida de nossas pequenas e mal aparelhadas bibliotecas municipais. Tão pobres e desprovidas de tudo que apenas sobrevivem pela abnegação e o destemor de uns quantos iluminados ou, na maioria dos casos, adormecem como depósitos perdidos, com livros mortos nas estantes por falta de mãos hábeis para dinamizá-los. O mais das vezes, as nossas bibliotecas públicas devotam-se à missão supletiva das bibliotecas escolares (MIRANDA, 1978, p. 2).
Como se depreende das datas dos documentos mencionados, há três
décadas já era possível perceber que o propósito das bibliotecas se perdia diante do
desinteresse e da falta de conhecimento das pessoas sobre como trabalhar e
explorar as inúmeras possibilidades de seu acervo, desperdiçando-se excelentes
oportunidades de promoção do desenvolvimento educacional, cultural e social.
Se o subdesenvolvimento é causado pela falta de informação – país rico é aquele que gerou ou absorveu a informação que necessitava para o próprio desenvolvimento e dedica parte desses conhecimentos para a exportação e a manutenção de seus privilégios – e se aceitarmos o fato de que o homem está cada vez mais só na multidão, a biblioteca daria ao indivíduo a oportunidade de se informar, de se instruir, e de se distrair (MIRANDA, 1978, p. 3).
Poucos investimentos nas bibliotecas são realizados e assiste-se o acelerado
desenvolvimento na área de tecnologia e informação, em especial com o uso da
internet que tornou a pesquisa em ambientes virtuais uma solução prática para os
mais variados interesses e diversos fins. Assim, há que se questionar sobre
maneiras de reverter esse quadro e reconduzir a biblioteca à sua posição de
coração da escola, expressão criada por Quinhões (1999). Numa visão voltada à
valorização desse importante espaço educacional, essa autora ressalta a
importância da biblioteca como continuidade da sala de aula:
[...] a Biblioteca Escolar deveria tornar-se “o coração da escola”, um centro dinâmico, que atuando em consonância com a sala-de-aula participaria em todos os níveis e momentos do processo de desenvolvimento curricular, composto de um acervo de material de ensino e de leitura diversificado, organizado, acessível a alunos e professores e adaptado às aspirações do momento [...] (QUINHÕES, 1999, p. 1978).
Fundamentando essa afirmação, a mesma autora destaca o posicionamento
da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, em relação à
Biblioteca Escolar, compreendida entre os objetivos prioritários desse organismo
internacional para a melhoria da educação em todo o mundo, e ressalta os objetivos
e finalidades da biblioteca no contexto escolar, lembrando que
contemporaneamente, sua missão é a de promover no aluno a formação do senso
de responsabilidade, cidadania e capacidade de auto-realização, o que implica o
estudo e a aprendizagem significativa, fundados na pesquisa e na reflexão.
[...] cooperar com o currículo escolar, no atendimento às necessidades dos alunos, professores e demais membros da comunidade educacional; proporcionar aos usuários materiais diversos e serviços bibliotecários adequados ao seu aperfeiçoamento e desenvolvimento individual; orientar e estimular os alunos em todos os aspectos da leitura, para que encontrem prazer e satisfação crescente, avaliando-a e criticando; acostumar os alunos desde pequenos a usufruírem da biblioteca, estimulando-os à leitura do que decorrerá o hábito de ler e de consultar bibliotecas; participar dos programas e atividades da Escola, oferecendo-lhes serviços bem como desempenhar o seu papel na operacionalização das propostas curriculares; deve, enfim, levar o usuário a “aprender a apreender” [...] torná-lo capaz de reconhecer o valor da informação e apto ao utilizá-la (American Library Association, apud QUINHÕES, 1999, p. 179).
Quanto às atividades desenvolvidas nesse espaço, estão, dentre outras:
“clubes de leitura, criação de histórias, dramatização, varal de poesias, festivais
artísticos, debates e palestras, concursos, hora do conto, janela mágica, tarde de
autógrafos e outras atividades que os alunos sugerirem” (QUINHÕES, 1999, p. 180).
Há mais de 30 anos, Miranda (1978) defende a ideia de que a biblioteca
pública precisaria “converte-se em veículo de integração nacional e a leitura, um
forte instrumento para a nossa independência cultural”.
Para isso, os professores precisam ter competência no uso da biblioteca física
de modo a poder associá-la à sua prática pedagógia, instrumentalizando-se para
usar a biblioteca virtual, e assim poderem instrumentalizar seus alunos. Por isso uma
intervenção específica para o desenvolvimento de algumas competências por parte
dos professores, contemplando o uso de tecnologias digitais, faz-se urgente, e
decisivamente para a revitalização do espaço da biblioteca escolar.
Atividade I: Reflexão e aprendizagem
A – Escreva nos raios do Sol palavras ou expressões que lhes venham à mente ao
lerem ou ouvirem Biblioteca e Desenvolvimento Escolar.
.
Nome: ______________________________ Data: ___________
B- Agora vamos debater sobre essas reflexões.. Informe ao professor
coordenador da Oficina o que você escreveu e ouça o que seus colegas
escreveram.
C- Após esse exercício de reflexão, completem a frase que for
apresentada no quadro.
___________________________________________________
Ao final da atividades, as folhas serão recolhidas para integrar o
inventário de conhecimento e para a avaliação processual.
Bibliotecas
e
desenvolvimento
escolar
Atividade II: O que pensam os estudiosos sobre a biblioteca escolar? E
como a equipe técnica, os professores e os gestores percebem esse espaço
escolar?
A – Compreensão de leitura coletiva
1. Reúna-se em grupo de três participantes e apresentem considerações
referentes a cada escola em que atuam, registrando as similaridades e as
diferenças observadas nesses contextos em relação ao uso e importância
atribuídos à biblioteca escolar.
As questões orientadoras dessa ação devem considerar os seguintes
aspectos:
1) Quais os princípios e missões da biblioteca pública?
2) Na visão da ONU, qual a função da biblioteca no contexto educacional?
3) E sua opinião, por que as bibliotecas são subutilizadas no Brasil?
4) Em sua opinião, a biblioteca de sua escola é subutilizada? Por quê?
5) De acordo com os autores estudados, as bibliotecas deveriam ser
reconhecidas como “coração da escola”. Você concorda com essa afirmação?
Por que razão?
6) Considerando a realidade da sua escola, no que se refere |à biblioteca
escolar, classifique de 0 a 5 a importância atribuída por essa comunidade à
sua biblioteca. Justifique sua resposta.
7) Socialize as produções textuais resultantes desses debates no blog
“Biblioteca Escolar”.
As produções textuais dos grupos sobre o tema deverão ser socializadas em Blog
próprio, denominado “Biblioteca Escolar”, criado especialmente para o projeto.
Atividade III: Reflexões sobre a forma como seus alunos fazem
pesquisas
A - Leitura e Compreensão: Orientações para a atividade em grupo:
1. Inicialmente, leiam com atenção o texto inicial deste caderno, intitulado “A
ressignificação da Biblioteca no contexto educacional contemporâneo”, o
qual também se encontra disponibilizado no Blog “Biblioteca Escolar”.
2. Em seguida, reunidos em grupos com 3 participantes:
a) Escolham um relator
b) Cada participante responde ao grupo as questões abaixo e o relator anota
o que cada um expõe ao grupo.
c) Cada grupo escreve uma síntese e a apresenta ao final para o plenário em
forma de painel e posta ano blog com os comentários dos demais.
1. Seus alunos fazem uso das obras disponíveis na
biblioteca?
2. Seus alunos transcrevem trechos dos conteúdos levantados
ou sintetiza, ou resumem os conteúdos encontrados em
suas pesquisas?
3. Seus alunos costumam referenciar as fontes pesquisadas?
4. Os trabalhos apresentados passam por um debate em sala
de aula para a socialização das informações e
nivelamento do conhecimento?
d
Unidade II: Aspectos gerais sobre a sociedade
do conhecimento e seus conceitos
constitutivos
A efetiva inclusão na sociedade da informação e do conhecimento implica
promover o desenvolvimento educacional em todos os níveis e, dessa forma
possibilitar a todas as pessoas, transpor e rompes as barreiras geográficas,
econômicas, evoluindo política e socialmente.
Por essa razão, neste capítulo serão analisados os conceitos constitutivos da
sociedade do conhecimento, de maneira a proporcionar aos cursistas a
oportunidade de um maior aprofundamento sobre o tema e a identificação de seu
papel como professor nesse processo de transformação que exige competência
diferenciada daqueles que estão à frente da sala de aula.
Objetivos da aprendizagem
Ao final do estudo deste capítulo, cada um deverá conhecer e compreender:
Os fatores que concorreram para o surgimento da sociedade do
conhecimento;
O papel das tecnologias na sociedade contemporânea;
A importância das tecnologias digitais (TD) e da biblioteca virtual para a
transformação da educação contemporânea;
A importância das TD na educação – entendidas como partes de um
trabalho educacional conjugado em favor do desenvolvimento das
capacidades latentes e das potencialidades existentes nos alunos;
O papel do professor no processo de desenvolvimento de habilidades
específicas de seus alunos, visando a maior facilidade nas pesquisas, no
acesso e uso das informações disponíveis em acervos de bibliotecas
físicas e virtuais.
Fundamentação Teórica: subsídios para as oficinas
As primeiras noções que caracterizam a sociedade atual como da tecnologia
ou da informação foram colocadas em 1978 por D. Bell, em estudo publicado com O
título “O advento da sociedade industrial: uma tentativa de previsão social”, quando
trouxe à discussão as alterações realizadas com base nas tecnologias.
Dziekaniak, Rover (2011) mostram um mapa com as inter-relações as
sociedade da informação.
FIGURA 1 – TOPIC MAP DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
FONTE: DZIEKANIAK, ROVER (2011)
Na década de 1990, surgiu o termo sociedade do conhecimento, empregado
particularmente no meio acadêmico, como alternativa à visão de mercado adotada
pelos organismos econômicos mundiais. Para Gorz (apud SENSE, 2008) a
denominação correta seria Sociedade da Inteligência. Já na visão de Toffler (1980)
nesse período, a sociedade estaria vivenciando o que ele denomina como Terceira
Onda, tendo em vista que a Primeira Onda fora a revolução agrícola, a Segunda
Onda, a revolução industrial e a terceira, presente, seria aquela das tecnologias
emergentes.
Também para a Sociedade do Conhecimento, Dziekaniak, Rover (2011)
propõem um mapa com as inter-relações desse meio.
FIGURA 2 – TOPIC MAP DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
FONTE: DZIEKANIAK, ROVER (2011)
O uso da Tecnologia da Digital (TD) de forma mais democratizada, tem
como marco a década de 1990, como explicam Mussol, Pozzatti, Behar (apud
CRUBELATTI), pelas facilidades de acesso à popularização dos computadores de
uso pessoal; fenômeno esse que vem crescendo nas últimas décadas,
notadamente, em função do acelerado desenvolvimento na área da pesquisa e
tecnologia e da adaptação da sociedade aos recursos mais sofisticados e
significativos confortos por eles proporcionados.
A presença das tecnologias pode ser observada em várias áreas da
sociedade, determinando uma transformação na maneira tradicional de realizar
determinadas atividades como comunicar-se, comprar, trabalhar e estudar.
Nesse novo contexto, o saber e a ciência assumem um papel muito mais
destacado do que anteriormente, pois, cada vez mais, ampliam-se os espaços de
aprendizagem (LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOSCHI, 2005).
Atividade IV: Reflexões sobre as responsabilidades do professor na
formação dos cidadãos do século XXI
A – Leitura e Compreensão
1. Acesse e leia o texto de Adriana Martinelli, que aborda a Tecnologia
Digital na Escola; disponível em
http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=2335 .
2. Debata sobre o tema no Blog Biblioteca Escolar;
3. Produza um texto sobre o papel do professor no que se refere à
incorporação das TD no ambiente escolar e as formas como esses
recursos podem ser utilizados e publique no Blog Biblioteca Escolar.
B- Resenha de vídeos
1. Assistam aos vídeos sobre a evolução das tecnologias de informação e
comunicação, sugeridos a seguir:
“Evolução dos Meios de Comunicação através dos tempos”; disponível no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=BsWAn5u5gFI;
“O uso da tecnologia na sala de aula”; disponível em http://www.youtube.com/watch?v=r2gCDs1KgB4;
“As tecnologias na sala de aula”; disponível em http://www.youtube.com/watch?v=CJWOFbuwiPg;
“A educação e as novas tecnologias”; disponível em http://www.youtube.com/watch?v=XdY57PMsTsQ;
“Aprender a aprender”; disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI.
C. Debate e Resenha
1. Dando continuidade às atividades, leia o texto (postado no blog) de pelo
menos um colega e comente.
2. Em seguida.
a) Individualmente, escreva uma resenha para cada item da sequência de
vídeos e de textos postados no blog, apontando as seguintes
considerações: o que o segundo vídeo mostra de diferente do terceiro e o
terceiro em relação aos demais;
b) Com base no conteúdo trabalhado, produza individualmente um texto
sobre o novo cenário da educação na sociedade tecnológica e o papel do
professor nesse contexto;
c) Pontue, nesta produção de conhecimento, um artefato tecnológico e sua
utilização na educação ao longo da história.
Unidade III: Paradigmas da sociedade da
informação, novas tecnologias de
informação e comunicação
Neste capítulo, busca-se conduzir o professor à reflexão sobre as tecnologias
de informação e comunicação e a transformação que elas impuseram à sociedade.
Atente para a necessidade de adequar a escola como um todo para alinhar-se a
essa nova realidade, compreendendo os novos recursos disponíveis como
ferramentas a serem utilizadas para auxiliar os alunos no processo de
desenvolvimento educacional.
Objetivos da aprendizagem
Ao finalizar o estudo deste capítulo, espera-se que se conheça e se
compreenda:
A importância da tecnologia na educação;
O papel dos educadores (gestores, pedagogos e professores), na
incorporação das TIC no ambiente educacional;
Os livros como uma tecnologia da educação;
A necessidade de ressignificar a biblioteca no contexto escolar.
Fundamentação Teórica: subsídios para as oficinas
Discorrendo sobre o desenvolvimento das tecnologias usadas em favor da
educação, compreendido como um processo contínuo que se complementa a cada
inovação, Martinelli (2010) observa que os recursos de mídia e de internet no
contexto educacional ampliam visões, conectam pessoas e geram novas
possibilidades de acesso a informações; ultrapassando, dessa forma, barreiras que
antes eram intransponíveis, e tornando o conhecimento um processo dinâmico.
O autor destaca, contudo, que a tecnologia por si só, não é suficiente, é
preciso saber utilizá-la de acordo com os propósitos pedagógicos estabelecidos; o
que significa afirmar aprender a utilizar a tecnologia a favor do conhecimento e, em
última análise, capacitar gestores e professores para estarem preparados para
oferecer aos seus alunos, situações de aprendizagem incorporando as TD nas
práticas de estudo, pesquisa e investigação:
[...] essa tecnologia só cumprirá seu papel em favor de uma educação de qualidade se ela estiver no centro do processo educativo. Por isso, é preciso inseri-la na escola, não como simples material de apoio em sala de aula, mas, sobretudo, como componente essencial e estruturante, como meio de interação, comunicação e acesso à informação. [...] A inovação que as novas tecnologias trazem para a escola, deveria ser pedagógica e não tecnológica. O fato de a escola possuir laboratórios com equipamentos de ponta, e vários dispositivos digitais avançados não faz dela uma escola melhor ou mais preparada para desenvolver a aprendizagem de seus alunos. A entrada das novas tecnologias na escola nos dá uma grande oportunidade de repensar a escola no seu aspecto pedagógico, revendo seus objetivos, suas metodologias e principalmente as práticas adotadas em sala de aula. E para esse repensar, a direção, coordenação e principalmente os professores devem estar envolvidos, buscando a resposta de não apenas como utilizar a tecnologia na educação, mas sim, de como os alunos aprendem em uma sociedade onde a tecnologia está mais do que presente (MARTINELLI, 2010, p. 2).
Nesse sentido, o papel do gestor da escola é o de dar subsídios aos
professores para que possam utilizar a tecnologia a favor da aprendizagem dos
alunos, o que implica, muitas vezes, reflexão acerca dos tempos e espaços da
escola e, certamente, sobre algumas modificações a serem introduzidas para o
aproveitamento eficaz desses recursos (MARTINELLI, 2010).
Antonio Junior (2013) observa que o grande fluxo de informações disponível
na rede mundial de computadores – world wide web (www) em conteúdos gráficos,
textos, som ou imagens, arquivos de áudio ou vídeo, atesta a grande transformação
na maneira como o homem percebe a informação, o tempo, o espaço, o
conhecimento e os paradigmas culturais vigentes, ensejando a criação de grupos de
interesse onde os conteúdos de interessante dos integrantes são compartilhados,
ampliando seu impacto e promovendo profundas mudanças culturais.
Elas transformam nossa relação com o espaço e com o tempo numa
velocidade nunca antes vivenciada, dando-nos uma nova percepção de mundo, no qual nossos relacionamentos, inclusive com os saberes, convertem-se em espaços de fluxos, criando e desfazendo verdades, competências e habilidades. O progresso atual em que se encontram as tecnologias da informação e da comunicação apresenta um novo posicionamento tanto cultural quanto educacional. A grande quantidade de informações disponíveis e sua conversão em conhecimento, que permeiam nossas relações com o saber, estão adquirindo um novo ordenamento, caminhando para o ciberespaço. Este pode ser identificado como interconexões entre redes de computadores, o que se manifesta em maior alcance na Internet. Trata-se de um território eletrônico, onde se trabalha com informações, dados e memória compartilhada através da interação, onde o espaço e o tempo não têm referência (ANTONIO JUNIOR, 2013, p. 2).
Um dos grandes avanços nesse contexto de inovações é a rede sem fio –
wireless, uma evolução em termos de conectividade e, no ambiente educacional,
esse recurso vem sendo amplamente utilizado, como explica Renato Galisteu
(2013), em matéria sobre o mercado de wireless que apresentou repentina demanda
nos últimos anos.
O autor destaca o uso cada vez maior de tablets em sala de aula, em
substituição a livros, por exemplo, o que pode tornar as aulas mais estimulantes,
dependendo do uso que se fizer dos novos artefatos. É importante observar que o
uso de dispositivos móveis que funcionam com wireless ampliam as possiblidades de
acesso a títulos de obras literárias e outros conteúdos disponibilizados na web ou
em plataformas específicas (GALISTEU, 2013).
Contrapondo-se a essa visão de crescimento acelerado do interesse pelos
livros digitais, o jornalista e sociólogo Gilberto da Silva destaca que o livro impresso
também é uma tecnologia e que ao longo dos tempos passou por diversas
transformações sem perder a sua essência.
Há cerca de vinte mil anos o homem exprime o seu pensamento através de meios gráficos, e há mais ou menos seis mil anos que conhece as formas de escrita. Desde então a palavra escrita trilhou um caminho de sucesso e a sua história está voltada para uma expansão cada vez maior. O livro é um dos artefatos mais antigos já criados pelo homem e sofreu várias transformações ao longo da história e existiu através de vários suportes de leitura, como blocos de pedra, folhas de bananeira e até mesmo da pele de animais antes do processo inventado por Gutenberg (SILVA, 2012, p. 1).
O autor observa que mesmo o crescimento acelerado na busca por livros
digitais não retira o prestígio atribuído ao livro impresso, haja vista que o também
crescente investimento em novos títulos, o que em última análise permite perceber
que aumentou o interesse pelo livro – seja ele virtual ou físico – e pela leitura e,
sobre esse aspecto, cita a publicação especializada Retratos da Leitura no Brasil,
que já em 2010 descrevia um cenário de crescimento para o consumo de livros, com
95 milhões de leitores no país, período no qual também se observou um acentuado
crescimento no número de brasileiros com acesso à internet; aspecto esse que
permite refletir se existe mesmo a substituição de uma tecnologia por outra ou o que
se delineia é um fenômeno de complementaridade (SILVA, 2012, p. 3).
Para enfatizar essa convivência pacífica entre o livro virtual e o livro
impresso, Silva (2012) recorre ao exemplo de um fenômeno da segunda metade do
século XX: o advento da televisão.
Da mesma forma que a televisão não matou o rádio, acredito que o livro digital e o livro impresso são complementares.[...] O livro eletrônico já é uma realidade e devemos aproveitar seus benefícios sem ignorar a continuação do livro impresso. O livro eletrônico não encerra a vida do livro impresso, causa sim transformações necessárias nas formas de construir significados (SILVA, 2012, p. 5).
Como se observa, o surgimento de uma nova tecnologia não atesta a
obsolescência ou o fim de outra, pois enquanto o homem tiver necessidade de
registrar sua história e seu pensamento, ele buscará por elementos que atendam às
necessidades do seu tempo - seja uma lasca de pedra, uma folha de bananeira, um
papiro, uma folha de papel ou a tela de um tablet – ou a combinação desses,
sempre na perspectiva da consecução de seus objetivos como leitor e pesquisador.
Atividade IV: Refletindo sobre os paradigmas da sociedade da
informação e sobre novas tecnologias de comunicação
1. Em grupo:
a) Elaborem uma linha do tempo e uma lista cronológica (em cartolina, a
qual será fotografada e postada no blog), indicando os artefatos
tecnológicos utilizados na Educação desde a pré-história (solicitação
antes da data da oficina), com foco na função da biblioteca.
b) Indiquem as dificuldades e as descobertas no processo de elaboração da
linha de tempo.
c) Discutam no grupo sobre a relação da biblioteca com as demais mídias.
2) Individualmente:
a) Elabore um texto individual, com base nos estudos realizados neste
capítulo discorrendo sobre o papel dos educadores (gestores, pedagogos
e professores), na incorporação das TIC no ambiente educacional e
enfatize a importância dos livros nesse processo e a necessidade de
ressignificar a biblioteca no contexto escolar;
b) Poste esse texto no blog e comente os textos de seus colegas;
Unidade IV: Desenvolvimento de
Competências Informacionais e Tecnológicas
Este capítulo está organizado de forma auxiliar o professor em sua tarefa de
preparar o trabalho de pesquisa em ambientes físicos e virtuais com seus alunos,
visando desenvolver competências informacionais e tecnológicas para a obtenção
de melhores resultados.
Objetivos da aprendizagem
Ao finalizar o estudo deste capítulo, espera-se que se conheça e se
compreenda:
Os pressupostos que sustentam a necessidade de capacitação para
orientar os alunos no uso correto dos acervos físicos e virtuais;
Os conceitos de metodologia da pesquisa de caráter científico;
As formas de obter os melhores resultados em pesquisas;
AS estratégias de utilização correta de textos (resumo, síntese), de forma
a assegurar o caráter científico da pesquisa e o crédito aos autores;
O respeito às normas vigentes no tocante a referenciação dos autores
utilizados.
Fundamentação Teórica: subsídios para as oficinas
Em seu programa de formação de usuários para o desenvolvimento de
competências informacionais e tecnológicas, a Universidade Federal do Amazonas
(2013) - indica que tem por objetivos potencializar e estimular o desenvolvimento do
ensino e pesquisa - destaca, dentre os conteúdos fundamentais a serem trabalhados
na preparação de seu corpo docente e discente, a busca e a recuperação de
informações, e o uso da informação, abordando ainda aspectos gerais sobre a
sociedade da informação e gestão do conhecimento.
Entende-se que a tratativa dada ao tema dentro desse programa é bastante
objetiva, pois visa capacitar seu público-alvo para que esse possa usufruir
amplamente dos recursos oferecidos pelos ambientes educacionais da instituição.
No que se refere à busca e a recuperação de informações, o programa contempla o
estudo envolvendo informações e prática voltadas ao desenvolvimento
de habilidades de localizar e recuperar documentos e de manejar equipamentos
tecnológicos; estratégias de busca e pesquisa de fontes informacionais - técnicas e
métodos para realizar o processo de busca e recuperação em unidades de
informação e em internet. E, quanto ao correto uso da informação, os conteúdos se
voltam ao desenvolvimento de habilidades de pensar, de estudar e investigar –
envolvendo os diferentes tipos de fontes de informação, técnicas e instrumentos de
pesquisa e levantamento de fontes, critérios de confiabilidade, seleção e filtragem da
informação e fluxo da informação (UFAM, 2013). Ressalta-se a importância dessa
abordagem para o professor como gestor do conhecimento e orientador do uso dos
recursos e das informações disponíveis nos ambientes educacionais.
Atividade V: A teoria na prática - Aprender para Ensinar
A) Individualmente:
1. Navegue pelo site da UFMA, nas páginas que tratam das tecnologias de
informação e seu uso educacional (formação do usuário), disponível em:
http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/2012/12/novo-servico-da-
biblioteca-educacao-de.html.
2. Elabore perguntas sobre o que mais impressionou ou sobre o que não
gostou na proposta contida no conteúdo acessado.
B) Em grupo:
1) Em grupo escolham duas perguntas e apresentem para o outro grupo
responder;
2) Cada grupo apresenta uma síntese para as perguntas solicitadas.
C) Acesse o caderno de Educação da edição on line da Gazeta do Povo, no
endereço:
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/conteudo.phtml?id=1365771 ,
para leitura da matéria intitulada “Mais que palavras e imagens”, que aborda o
plano do MEC de incluir, em 2015, livros digitais como recurso didático no
Ensino Médio.
1) Após a leitura do texto, faça 2 perguntas e leve para o grupo. Divididos
em grupos, a partir das perguntas elaboradas e após a leitura, debatam
sobre o tema, inclusive socializando informações se já conhecem esses
dados e se as escolas, bibliotecas e professores estão preparados para
isso.
2) Elaborem um plano de aula contemplando a biblioteca escolar como um
recurso tecnológico para o desenvolvimento educacional, integrando pelo
menos duas disciplinas.
Orientações metodológicas e recomendações para a
aplicação das atividades
A metodologia empregada neste caderno é o método dialético que
compreende o estudo e o debate de uma tese, num processo de articulação teórico-
prática, para estabelecer uma antítese e se chegar a uma nova tese – uma síntese
(LAKATOS, 1979). Para tanto, é recomendada a utilização de técnicas de trabalho
coletivo, indicadas para situações em que se visa a troca de experiências, o debate
saudável, a oportunidade de ver o assunto estudado sob a ótica de outros. De
acordo com (AMARAL, 2011), são estratégias que “preenchem perfeitamente a
expectativa de quem comunga do princípio de que a aprendizagem é um fenômeno
social e se enriquece mediante a experiência coletivamente partilhada”, razão pela
qual devem ser usadas quando o objetivo é promover um debate sobre temas de
relevância.
A adoção da metodologia dialética aliada a técnicas de trabalho coletivo
confere uma abordagem sociocultural à proposta de trabalho, posto que objetive
contribuir para a mudança da sociedade. Tal abordagem ressalta o papel do docente
no processo educacional no contexto da sociedade da comunicação. O professor
deverá estar atento à escolha das melhores estratégias de ensino para promover a
reflexão e favorecer a análise, estratégia essa que leva à desconstrução de
conceitos já superados e sua reconstrução a partir de novas e diferentes
perspectivas; ou, como ensina Silva et al. (2001), ”para fazer coisas diferentes das
que sempre faz”. Essa afirmação se alinha aos preceitos defendidos por Freire
(1996) e Romanowski (2007), para quem, as mudanças sociais e culturais não
ocorrem isoladamente, mas resultam de um trabalho coletivo, no qual os
profissionais da educação se juntam ao processo de desenvolvimento para
refletirem em grupo.
Essa forma de ação diferenciada, requer participação, envolvimento e clima
de aprendizagem profissional, tendo por base a compreensão da prática na aula e
orientado para facilitar a compreensão e transformação da própria prática (SILVA et
al., 2011). Esse enfoque evidencia o caráter transformador da educação, que
precisa se iniciar pela constante atualização dos profissionais da educação,
estratégia necessária para que possam preparar seus alunos para interagir com o
meio em que vivem, e utilizar, de forma produtiva e positiva, os recursos disponíveis
dentro da escola.
Os conteúdos foram levantados em publicações, livros e artigos que abordam
a temática, com ênfase em autores renomados que defendem o desenvolvimento de
competências e habilidades informacionais e tecnológicas da comunidade escolar
para assegurar a qualidade de ensino.
Como regra geral, a estrutura deste CT apresenta, para cada subtema, uma
fundamentação teórica baseada nessas pesquisas e, em seguida, a proposição de
atividades que apresentam os objetivos a serem alcançados ao final da realização
de cada uma delas.
Recomenda-se que as atividades propostas sejam trabalhadas em oficinas de
prática reflexiva sobre situações vivenciadas na própria escola pelos professores,
pois dessa forma será possível, além de internalizar novos conhecimentos e
conceitos, repensar o espaço escolar e descobrir o potencial ali existente, além de
se comprometer com uma proposta de transformação e melhoria.
As produções textuais podem ser desenvolvidas coletivamente, com base em
pesquisas realizadas a partir de descritores apropriados e mediante debate acerca
dos achados. Para agilizar/provocar compartilhamento colaborativo, rcomenda-se a
criação de um Blog próprio para a produção e discussão decorrente das atividades
indicadas e constantes no Quadro 1 – Planejamento de Atividades.
Quadro 1 - Planejamento das Atividades
Unidade/ Atividade
Metas Ações
Unidade I Atividade II
Identificar o conhecimento conceitual existente
A - Aplicar a técnica de Sunburst (palavras relacionadas, produção individual e levantamento da concepção da turma) Como Aplicar: Reproduzir o desenho abaixo, distribuido uma cópia para
cada cursista.
Nome: _________________________Data: ___________
B) Coordenar o trabalho de refelxão dos cursistas, que deverão analisar as palavras colocadas no centro do desenho e escrever nas hastes ali dispostas (raios do sol) os pensamentos que lhes vêm à mente, sintetizados em uma palavra para cada haste;Orientação aos cursistas para que informem as palavras escolhidas ao coordenador e ao grupo e, assim que todos tiverem se manifestado, debatam sobre essas palavras e seus significados no contexto em estudo;Recolher, ao final da atividades, as folhas contendo as produções individuais dos cursistas, para integrar o inventário de conhecimento e para a avaliação processual.
C – Após o exercício de reflexão, escreva a frase abaixo no quadro de giz para os participantes completarem em um período composto:
A biblioteca escolar é importante para o desenvolvimento
escolar na medida em que _______________________________________________
Unidade I Atividade
II
Identificar o uso e importância atribuída pela escola à Biblioteca Escolar
Coordenar a reflexão sobre a realidade das escolas onde atuam os cursistas no que se refere à biblioteca escolar.
Leitura dos textos constantes na Unidade II;
Reflexão dos cursistas a partir das questões orientadoras (1 a 7) descritas na Unidade I, Atividade II;
Organizados em grupos de até três pessoas, apresentação de considerações sobre as escolas em que atuam, registrando as similaridades e as diferenças observadas nesses contextos em relação ao uso e importância atribuídos à biblioteca escolar;
Produção textual e publicação no blog; assim como a escrita de considerações dos cursistas sobre as postagens dos grupos.
Bibliotecas e
desenvolvimento escolar
Unidade I Atividade III
Refletir sobre a forma como os alunos realizam suas pesquisas
Coordenar o trabalho do grupo sobre a forma como os alunos pesquisam
Leitura de textos indicados na atividade;
Organização de grupos com até 3 participantes e distribuição de tarefas;
Reflexão sobre o tema a partir das questões orientadoras propostas para a atividade;
Produção de sínteses sobre o tema;
Publicação dos textos no blog;
Considerações sobre as postagens dos grupos.
Unidade II Atividade IV
Debater sobre o texto “Tecnologia Digital na escola”
Coordenar debates sobre as tecnologias digitais e seu uso na escola;
Com o auxílio do Laboratório de Informática da escola, acesso, cia internet, do texto indicado na atividade;
Leitura do texto e anotações dos pontos mais importantes;
Debate sobre o tema no blog;
Produção textual sobre o papel do professor na incorporação de tecnologias digitais no ambiente escolar;
Análise e comentários sobre as produções textuais dos colegas cursistas
Assistir aos vídeos e produzir análise crítica sobre sequência de vídeos assistidos e textos lidos
Indicar vídeos sobre o tema (conforme lista de sugestões apresentada na Atividade IV e coordenar os trabalhos de reflexão e debate)
Orientação aos cursistas para acessarem esses vídeos pela internet, no Laboratório de Informática da escola;
Debate sobre o tema;
Analisar as similaridades e as diferenças mostradas;
Produção textual de resenhas dos vídeos;
Publicação dos textos produzidos no blog;
Apresentação das considerações dos participantes sobre as postagem dos colegas/grupos
Unidade III Atividade V
Refletir sobre os paradigmas da sociedade atual
Coordenar a reflexão sobre os artefatos tecnológicos utilizados na escola
Leitura da fundamentação teórica da Unidade III;
Elaboração de linha do tempo e uma lista cronológica indicando os
artefatos tecnológicos utilizados na escola;
Por meio de produções de texto, indicação das dificuldades e
descobertas decorridas da produção da linha do tempo;
Discutir sobre a relação da biblioteca com as demais mídias;
Produção de textos individuais sobre o papel dos professores e gestores na incorporação das TIs no amabiente escolar e a importância da biblioteca nesse contexto;
Publicação no blog, da linha do tempo e de texto sobre o uso de tecnologia na educação;
Comentários sobre os textos publicados pelos participantes
Produção de dissertação sobre o papel dos educadores na incorporação de TICs no ambiente educacional
A - Orientar a produção textual e a publicação no blog; considerações sobre as postagens dos colegas/grupo
Leitura dos textos que constituem a fundamentação teórica da Unidade III;
Acesso ao site da UFMA, conforme indicado na Atividade V;
Elaboração de perguntas sobre os conteúdos estudados;
Divididos em dois grupos, os cursistas deverão escolher duas perguntas a serem apresentadas ao outro grupo;
Cada grupo apresenta a síntese das respostas obtidas às perguntas colocadas
B – Leitura de matéria sobre livros digitais, conforme sugerido na Atividade V
Após a leitura, elaboração de duas perguntas para o outro grupo;
Debate sobre o assunto, a partir das perguntas colocadas e sobre o atual cenário: se as escolas e professores estão preparados para trabalhar com livros digitais;
Elaboração de um plano de aula contemplando a biblioteca escolar como um recurso tecnológico para o desenvolvimento educacional, integrando pelo menos duas disciplinas
REFERÊNCIAS
AMARAL, Ana L. Planejamento do Ensino: Objetivos, Métodos e Técnicas – Parte I:
Seção 3: A Seleção de Métodos e Técnicas de Ensino, Sem data de publicação;
disponível em
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO=3
1807&tipo=ob&cp=000000&cb=; Acesso em 01.ago.2013.
BRASIL, Presidência da República, Casa Civil subchefia para Assuntos Jurídicos.
Lei 12.244 – Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de
ensino do país – texto compilado. Sem data de publicação; disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12244.htm. Acesso
em 01.abr.2013.
DZIEKANIAK, Gisele. ROVER, Aires. Sociedade do Conhecimento:
características, demandas e requisitos. Publicado em 2011 na DataGramaZero -
Revista de Informação - v.12 n.5 out/11 - ARTIGO 01. Disponível em
http://www.dgz.org.br/out11/Art_01.htm. Acessado em 29.Out.2013.
GALISTEU, Renato. CEO da Enterasys: saúde, educação e esportes devem
alavancar mercado de wireless. Publicado em 2013; disponível em
http://informationweek.itweb.com.br/12656/ceo-da-enterasys-saude-educacao-e-
esportes-devem-avalancar-mercado-de-wireless/. Acesso em 13.jun.2013.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 1979.
LIBANIO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M. S.. Educação escolar: políticas,
estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005.
MARTINELLI, Adriana. Tecnologia Digital na Escola. Publicado em 2010;
disponível em http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=2335. Acessado em
13.jun.2013.
MIRANDA, Antonio. A missão da Biblioteca Pública no Brasil. Publicado em
1978; disponível em http://eprints.rclis.org/5549/1/missaobiblip.pdf. Acesso em
30.mar.2013.
O GLOBO. Tecnologia. Vendas de e-books superaram as de livros de papel em
2011. Publicado em 2012; disponível em http://oglobo.globo.com/tecnologia/vendas-
de-books-superaram-as-de-livros-em-papel-em-2011-5522456. Acesso em
14.jun.2013.
QUINHÕES, Maura Esandola Tavares. Biblioteca escolar: sua importância e seu
espaço no sistema educacional do Estado do Rio de Janeiro. In: VIANNA, Márcia
Milton; CAMPELLO, Bernadete; MOURA, Victor Hugo Vieira. Biblioteca escolar:
espaço de ação pedagógica. Belo Horizonte: EB/UFMG, 1999. p. 178-182.
Seminário promovido pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de
Minas Gerais e Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais,1998, Belo Horizonte.
Disponível em http://gebe.eci.ufmg.br/downloads/125.pdf. Acesso em 29.mar.2013.
SENSE, J. E. A sociedade do conhecimento e as reformas educacionais. In:
Colóquio Internacional de Geocrítica, 10. Anais eletrônicos...2008. Barcelona:
Universidade de Barcelona, 2008. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/-
xcol/91.htm Acessado em 29.Out.2013.
SILVA., Antonio F.; OLIVEIRA, Odaílde S.; SOUZA, Valtey Martins; SOUZA, Nilene
F. C. Novas Perspectivas em Metodologia de Ensino e Prática Docente. Sem
data de publicação; disponível em
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_15349/artigo_sobre_novas_perspectiva
s_em_metodologia_de_ensino_e_pr%C3%81tica_docente. Acesso em 01.ago.2013.
SILVA. Gilberto. A importância contemporânea do livro impresso. Disponível em
http://www.partes.com.br/cultura/livros/livroimpresso.asp. Acesso em 14.jun.2013.
SILVEIRA, Alex. Livro eletrônico superando expectativas. Disponível em
http://bibliotecno.com.br/?p=226. Acesso em 14.jun.2013.
SIRNA, Pedro. Nos EUA, livros digitais superaram todos os livros de papel
juntos. Disponível em http://tecnologia.br.msn.com/noticias/nos-eua-livros-digitais-
superaram-todos-os-livros-de-papel-juntos. Acesso em 14.jun.2013.
TOFFLER, A. A terceira onda. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1980.
UFMA – Universidade Federal do Amazonas. ICT – Biblioteca. Novo serviço da
biblioteca: educação do usuário. Diretrizes do Projeto. Publicado em 2012;
disponível em http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/2012/12/novo-servico-da-
biblioteca-educacao-de.html. Acesso em 30.mar.2013.
Apêndice: Calendário das Oficinas
Os encontros terão 4 (quatro) horas de duração, totalizando 64 horas de atividades.
Número de
encontros no mês Datas Conteúdos Conteúdos
Fevereiro 1 Semana
Pedagógica
Apresentação
do Projeto
Apresentação do projeto no Encontro
Pedagógico para o 1° Semestre de 2014
Março
Abril 4
10/03/2014
Unidade I O professor frente à biblioteca na
sociedade da informação e do conhecimento
17/03/2014
24/03/2014
31/03/2014
Abril
Maio 4
07/04/2014
Unidade II Aspectos gerais sobre a sociedade do
conhecimento e seus conceitos constitutivos
14/04/2014
28/04/2014
05/05/2014
Maio
Junho 3
12/05/2014
Unidade III
Paradigmas da sociedade da informação,
novas tecnologias de informação e
comunicação
19/05/2014
27/05/2014
Junho 4
02/062014
Unidade IV Desenvolvimento de Competências
Informacionais e Tecnológicas 09/062014
16/06/2014
23/06/2014 Avaliação Análise e avaliação dos resultados do projeto
64 h