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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

OS RÓTULOS NUTRICIONAIS COM RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Autora: Clarice Luiza Kich Grochowski1

Orientadora: Olga Maria Ritter Peres2

Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de utilizar os rótulos nutricionais, como um recurso motivador e integrador entre os conceitos científicos expostos em sala de aula e a vida cotidiana dos estudantes. A metodologia utilizada foi de ensino por investigação e desenvolvida com alunos do 8º ano, tendo como temática à composição química e os aspectos nutricionais dos alimentos industrializados. Assim, as atividades desenvolvidas nesta pesquisa abordam conceitos químicos utilizando as informações nutricionais de maneira contextualizada, introduzindo situações problemas que envolvem a construção de conceitos e tomada de decisão em relação aos alimentos industrializados consumidos pelos estudantes. As atividades propostas se iniciam com materiais extraídos do cotidiano dos próprios alunos, e, se desenvolvem na escola com a utilização de etapas relacionadas à investigação científica. Esta atividade permitiu a aproximação entre problemas cotidianos científicos e escolares, aumentando o interesse dos estudantes nas aulas. Além disso, no decorrer das atividades os estudantes tiveram que desenvolver estratégias para resolver os problemas, interagindo entre si, apresentando suas hipóteses e discutindo-as coletivamente. As análises indicaram que a metodologia de ensino por investigação, tirou os estudantes da condição de receptores de informação, colocando-os como sujeitos ativos no processo ensino aprendizagem, onde seus conhecimentos prévios são reconhecidos como ponto de partida na construção do conhecimento científico.

Palavras chave: rótulos de alimentos. Ensino por investigação. Informações

nutricionais.

Introdução

O aumento do consumo de alimentos industrializados é uma realidade nos

lares brasileiros, segundo levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística), entre 2002-03 e 2008-09, constatou-se uma queda na

participação de itens tradicionais da alimentação do brasileiro como o arroz, feijão e

farinha de mandioca. Por outro lado, cresceu a proporção de comidas

industrializadas, como pães, embutidos, biscoitos, refrigerantes e refeições prontas.

Este fato se deve a um estilo de vida mais urbano, influenciado pela praticidade e

pela falta de tempo da maioria das pessoas.

As alternativas alimentares que caracterizam a sociedade pós-moderna

trouxeram grandes vantagens nutricionais no armazenamento, conservação e no

preparo de refeições das crianças e adolescentes, formulando alimentos

1Professora de Ciências da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED-PR).

Participante do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional – 2013. E-mail: [email protected] 2 Professora Orientadora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOSTE). E-mail:

[email protected]

enriquecidos com micronutrientes, pró e pré-bióticos que melhoram os níveis de

saúde do consumidor.

Por outro lado, tal crescimento, também traz influências negativas que vem

piorando o padrão de consumo desta população. A alimentação inadequada está

vinculada ao aumento do consumo de alimentos não saudáveis, em quantidade

excessiva de açúcares, gorduras e sódio e deficientes em fibras e micronutrientes. O

que tem contribuído para o aumento dos problemas de excesso de peso e

consequentemente da obesidade.

Neste contexto, os rótulos nutricionais podem ser um grande aliado no ensino

de Ciências, pois permitem desenvolver conceitos químicos, físicos e biológicos

relacionados à alimentação, proporcionando aos estudantes o desenvolvimento de

atitudes que contribuam para a formação de cidadãos críticos. Além disso que os

mesmos saibam interpretar as informações presentes nos rótulos, para tomada de

decisões que irá interferir na escolha de produtos mais adequados às suas

necessidades diárias, colaborando assim, para prevenção de doenças e um estilo de

vida mais saudável.

Desta forma, a utilização da metodologia investigativa para trabalhar a

temática composição química dos alimentos, objetivou a construção de conceitos

químicos, bem como a escolha de alimentos mais saudáveis.

1 Investigação como Metodologia de Ensino

Os conteúdos de química trabalhados em sala de aula na disciplina de

Ciências, apesar de sua importância e do interesse que podem despertar, muitas

vezes não trazem a abordagem de questões cotidianas. Assim, tornando o conteúdo

desinteressante e pouco compreensível para a maior parte dos estudantes. De

acordo com Zanon e Palharini (2010), “Muitos alunos e alunas demonstram

dificuldade em aprender Química nos diversos níveis de ensino, por não perceberem

o significado ou a validade do que estuda.”

A escola formal é apenas um dos espaços em que as explicações e a

linguagem são construídas. Desta forma, a aproximação entre os conteúdos

escolares com os contextos dos estudantes possibilita uma melhor compreensão de

mundo real, possibilitando-lhes intervir na sua realidade e na busca por uma melhor

qualidade de vida.

Para Delizoicov, Angotti e Pernambuco:

Nenhum aluno é uma folha de papel em branco em que são depositados conhecimentos sistematizados durante sua escolarização. As explicações e os conceitos que formou e forma, em sua relação mais ampla do que a de escolaridade, interferem em sua aprendizagem de Ciências Naturais (2009, p. 131).

Sabendo que, os estudantes reconstroem o conhecimento gradativamente a

partir do que já conhecem e que um conceito não se constrói numa única vez, é

necessário que os mesmos sejam retomados em diferentes momentos e graus de

profundidade e complexidade ao longo dos anos. É importante, que os estudantes

problematizem sobre o que estão estudando e avaliem os termos da linguagem da

Química desta forma familiarizando-se com o discurso químico.

Neste sentido Moraes e Ramos afirmam que:

Ao assumir que aprender é reconstruir o já conhecido, valoriza-se o conhecimento que os alunos já trazem para o contexto da sala de aula. Ao confrontar o seu conhecimento com o novo, num processo de negociação, a própria criança reconstrói as suas compreensões, tornando-as mais complexas, pelo acréscimo de significados derivados das Ciências e da Química. Não se trata de substituir o conhecimento existente pelo conhecimento da Ciência, mas modificar e enriquecer o que é conhecido pela interação com o conhecimento científico (2010, p.42).

Segundo AZEVEDO (apud CARVALHO, 2006, p.19) os trabalhos de pesquisa

em ensino mostram que os estudantes aprendem mais sobre Ciência e

desenvolvem melhor seus conhecimentos quando participam de atividades sobre

investigação científica. Estas atividades quando propostas aos estudantes tanto

podem ser resolvidas na forma de práticas de laboratório, como na forma de

problemas de lápis e papel. Mas, para que seja considerada uma atividade

investigativa, a mesma deve estar fundamentada na ação do estudante, não

podendo se limitar ao trabalho de manipulação ou observação. A atividade

investigativa deve conter as características de um trabalho científico levando o

estudante a refletir, discutir, explicar e relatar sobre o que está aprendendo.

Um aspecto que fica evidente em uma proposta investigativa é a mudança de

atitude que esta metodologia deve proporcionar tanto no estudante como na prática

do professor.

O estudante deixa de ser um sujeito passivo, um observador das aulas,

passando a ter grande influência sobre sua aprendizagem, participando ativamente

da construção de seu conhecimento, pois desta forma o mesmo “aprende” atitudes e

desenvolve habilidades. Assim é importante, confrontá-los com situações problemas

que estimulem a curiosidade científica levando-os a discutir, refletir e levantar

hipóteses.

Segundo Campos e Nigro:

A proposição de verdadeiros problemas suscita a perplexidade e o interesse dos alunos. Além disso, favorece que eles desenvolvam diferentes habilidades e o gosto pelo “fazer” bem feito; aumenta sua autoestima e a sua confiança para enfrentar e explicar fatos novos (2009, p. 60).

Enquanto que, o trabalho do professor é o de construir com os estudantes a

passagem do saber cotidiano para o saber científico, como relata Zanon e Freitas:

“[...] a atuação do professor como orientador, mediador e assessor das atividades inclui: lançar ou fazer emergir do grupo uma questão-problema; motivar e observar continuamente as reações dos alunos, dando orientações quando necessário; salientar aspectos que não tenham sido observados pelo grupo e que sejam importantes para o encaminhamento do problema; produzir, juntamente com os alunos, um texto coletivo que seja fruto de negociação da comunidade de sala de aula, sobre os conceitos estudados (2007, p. 94).”

Ao lançar mão de recursos como os rótulos de alimentos, estamos trazendo

para a sala de aula materiais concretos do cotidiano do estudante, que poderão ser

importantes ferramentas na construção do conhecimento, conforme relata Monteiro,

Coutinho e Recine, que:

A rotulagem nutricional, como qualquer outra fonte de informação, faz parte de um processo educativo, não sendo um fim em si mesma, devendo ser trabalhada de modo a servir como instrumento para a educação em saúde. Por sua vez, a intenção da educação é a mudança da condição humana do indivíduo que adquire o conhecimento. Para isso, é importante que o saber faça sentido na realidade do indivíduo, e que o conhecimento possa ser adaptado à sua bagagem sociocultural, visando à melhoria das condições de vida e de saúde do mesmo (2005, p.176).

Desta forma, os rótulos podem proporcionar o desenvolvimento de diversas

propostas didáticas ligadas a Química no Ensino Fundamental. Neste sentido, o

presente Projeto terá como tema contextualizador os Rótulos Nutricionais,

relacionadas a situações do cotidiano dos estudantes, tendo o alimento como objeto

de estudo. Para Guimarães:

A conscientização da população sobre a necessidade de compreender as informações contidas nos rótulos que, obrigatoriamente, têm de estar disponíveis aos consumidores, pode ser iniciada na escola. A leitura cuidadosa do rótulo de um produto propicia a utilização dos conhecimentos adquiridos no curso de Ciências, estimulando o raciocínio e a inter-relação dos alunos com situações do cotidiano (2009, p. 95).

As atividades de manipulação de rótulos dos alimentos que os estudantes

consomem se constitui em um eficiente recurso didático, pois o educando percebe a

importância de saber analisar e identificar as informações contidas na tabela

nutricional. O objetivo é que os estudantes avaliem os nutrientes, as calorias, os

aditivos químicos e relacionem às suas necessidades. Valorizando assim, a

capacidade de tomada de decisão, o que contribui para a formação de cidadãos

críticos e conscientes de que o que “queremos” comer nem sempre é o que

“precisamos” comer.

2 Procedimentos metodológicos da pesquisa

Para a realização desta pesquisa participaram 24 alunos com faixa etária

entre 13 e 15 anos, matriculados no 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio

Estadual João Arnaldo Ritt, situado em Vila Nova, distrito de Toledo, PR. A maioria

dos estudantes estuda neste estabelecimento de ensino desde o 6º ano, portanto, os

mesmos já estão ambientados aos colegas e a dinâmica escolar.

Os dados para elaboração do trabalho foram coletados por meio de

observação das aulas pela professora, pelas anotações dos estudantes e suas

participações no momento da socialização das hipóteses.

O trabalho foi desenvolvido no período de março a junho com um total de 32

horas. Foram propostas diversas atividades investigativas com características de um

trabalho científico, em que os estudantes tiveram que coletar dados, refletir, discutir,

explicar e relatar sobre o conteúdo que estavam aprendendo. Desta forma os

mesmos participaram ativamente da construção do conhecimento, discutindo

conceitos relativos à composição química dos alimentos, como: calorias, nutrientes,

alimentos transgênicos, diferenças entre Diet e Light, teor de gordura e sódio. As

atividades desenvolvidas ao longo do projeto foram distribuídas da seguinte

maneira:

Atividade 01: Questionário de sondagem – 01 hora aula;

Atividade 02: Conhecendo um rótulo nutricional – 05 horas aula;

Atividade 03: Conhecendo os nutrientes dos alimentos e suas funções – 05

horas aula;

Atividade 04: Os lipídios e seus efeitos sobre a saúde – 05 horas aula;

Atividade 05: As diferenças entre alimentos Diet e Light – 05 horas aula;

Atividade 06: O sódio, seus benefícios e malefícios – 05 horas aula;

Atividade 07: Alimentos transgênicos – 05 horas aula;

Atividade 08: Atividade de fixação do conteúdo – 01 hora aula.

A cada atividade da implementação da Unidade Didática foram coletados

dados. Os mesmos foram analisados e serão apresentados no decorrer do artigo.

3 Resultados e discussão dos resultados

3.1 Questionário de sondagem

Antes de se iniciar qualquer projeto é interessante fazer um diagnóstico da

turma para que, posteriormente, possamos saber quais os conhecimentos prévios

dos estudantes e seus hábitos, em relação ao tema a ser estudado. Por isso, foi

desenvolvido um questionário de sondagem com 10 questões.

Na questão 01 os estudantes foram questionados quanto se os mesmos tem

o hábito de observar as informações presentes nos rótulos. A maioria, 70% observa

as informações presentes em um rótulo algumas vezes, 17% não observa e apenas

13% têm o hábito de ler as informações quando compra um alimento. Baseado

neste resultado percebemos então que este é um bom momento para desenvolver o

projeto, pois poderá motivar nos estudantes com relação ao hábito de ler os rótulos.

Ao questionarmos os estudantes o que observam quando consultam um

rótulo chama a atenção o fato de que apenas 5% dos estudantes citaram os

nutrientes, 13% valor energético e 82% se preocupam em verificar a validade do

produto.

Outra questão abordada foi sobre se há diferença nos conceitos nutriente e

alimento. A maioria dos estudantes 78%, responderam saber que os termos

nutriente e alimento não são sinônimos, o que demonstra que os estudantes tem

familiarização com termos e 22% responderam não saber se há ou não diferença.

A maioria dos estudantes tem conhecimento sobre que os alimentos

apresentam valor energético, a maioria responderam que sim (52%), porém um valor

um pouco acima da metade dos estudantes tem conhecimento do valor energético

dos alimentos. Um fato que chama a atenção nesta pesquisa é que a maioria não vê

relação entre as informações nutricionais e a saúde do consumidor. A maioria, 61%

respondeu que há uma relação entre as duas coisas, 22% não sabiam e, 17%,

respondeu que não.

Na questão na qual os estudantes foram perguntados sobre a diferença entre

um alimento Diet ou Light. A grande maioria 91%, sabe que existem diferenças

entre alimentos Diet e Light , mas não sabem exatamente quais e a qual público é

destinado, e apenas 9%, considerou não haver diferenças entre estes termos.

A presença no mercado de alimentos transgênicos vem crescendo nos

últimos anos, por isso é importante que nossos estudantes tenham conhecimento

deste tipo de alimento. Perguntamos aos estudantes se sabem o que é alimento

transgênico. Obsevamos que apenas 43% dos estudantes responderam que sabem

o que é um alimento transgênico e 57% não sabe, um valor baixo apesar deste tema

ser bastante discutido e polêmico na atualidade.

Para se trabalhar com rótulos com os estudantes é importante sabermos o

que os mesmos consomem diariamente, por isso os mesmos foram questionados

quanto aos alimentos industrializados que fazem parte de sua alimentação. Os

alimentos mais citados pelos estudantes foram: salgadinhos 35%, achocolatados,

doces (balas e chicletes) e refrigerantes ambos com 30%, iogurtes 26%, recheados

22% e suco em pó com 9%.

Gráfico 01: Que alimentos industrializados fazem parte de sua alimentação diária?

0

10

20

30

40 Salgadinho

Achocolatados

Doces

Refrigerantes

Iogurte

Recheados

Suco em pó

3.2 Conhecendo um rótulo nutricional

Esta atividade foi desenvolvida em 10 grupos, sendo seis de dois estudantes

e quatro de três estudantes. O objetivo desta atividade era conhecer as informações

que devem constar em um rótulo nutricional. O problema a ser resolvido com esta

atividade foi relacionado as observações que contém um rótulo. Os estudantes

tiveram que resolver as seguintes perguntas: Você costuma ler o rótulo dos

alimentos? Você sabe o que é um rótulo? Quais são as informações que

obrigatoriamente ele deve conter?

Para o desenvolvimento da atividade de investigação, os estudantes

trouxeram para a sala de aula rótulos de alimentos consumidos por eles. Os

mesmos deveriam analisar os rótulos, e preencher uma tabela com as informações

que eles achavam que obrigatoriamente um rótulo de alimento industrializado

deveria conter. Posteriormente, com base nos dados obtidos, responder a

problematização proposta. Nesta tabela constavam alguns itens como ingredientes,

marca, informação nutricional, validade e data de fabricação.

Com relação à resposta da questão problema temos que: 40% dos

estudantes responderam às vezes observar as informações, 10% não observam e

60% observam. Todos os grupos conseguiram coletar os dados para completar a

tabela e definir o termo rótulo. Selecionamos algumas definições elaboradas pelos

grupos:

Grupo 01: Sim é a parte onde se contém as informações sobre o alimento, os

ingredientes, tabela de calorias, valor nutricional, lote etc.

Grupo 02: Algumas vezes, sim, é onde contém as informações dos produtos. Todas

as à cima, validade, valor energético, proteínas, sódio, gorduras totais. É importante

para uma pessoa doente, porque ela não pode consumir isso, então é bom ter o

rótulo.

Em relação, às informações que obrigatoriamente devem estar presentes no

rótulo, apenas 20% citou as informações nutricionais, 30% ingredientes e 90%

validade e fabricação. Este resultado confirma o obtido na questão 02 do

questionário de sondagem que mostrou ser esta a informação mais observada nos

rótulos pelos estudantes. É importante observar que 60% não conseguiram

relacionar a quantidade de sódio, açúcar, proteínas e carboidratos como sendo parte

das informações nutricionais. Os resultados foram apresentados ao grande grupo.

Para fazer um fechamento desta atividade na aula seguinte, os estudantes

foram encaminhados ao laboratório de informática para acessar e ler o manual de

orientações aos consumidores: “Você sabe o que está comendo?” Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_rotulagem.PDF> acesso em: 11

nov. 14. E a cartilha: De olho no rótulo! Disponível em:

<http://www.unimed.coop.br/portalunimed/cartilhas/olho_no_rotulo/inicio.html>

acesso em: 11 nov. 14. Esta atividade de leitura do manual foi importante para que

fosse feita uma nova discussão dos resultados.

3.3 Conhecendo os nutrientes e suas funções

Nesta atividade novamente os estudantes foram divididos em 06 grupos de 04

integrantes, cada grupo recebeu um jogo (jogo do hot-dog) elaborado pela

professora (figura 01), contendo 16 peças com figura e tabela nutricional (nutrientes

por porção), dos seguintes alimentos: pão, salsicha, molho, desfiado, milho, ervilha,

batata palha, molho de tomate, maionese, azeite de oliva, azeitona, champignon,

bacalhau, ketchup, queijo e presunto (figura 02). Para que a atividade pudesse ser

desenvolvida com sucesso pelos estudantes, foram apresentadas cartas com

ingredientes únicos (figura 03): ketchup (carboidratos), azeite de oliva (lipídios),

bacalhau (proteínas). O objetivo do jogo era que os grupos montassem seus lanches

e fizessem a comparação das informações obtidas de acordo com as escolhas

feitas.

Figura 01: Jogo do hot-dog. Figura 02: Ficha informação nutricional.

Figura 03: Ficha nutriente único

A questão problema desta atividade era:Todos os alimentos são compostos

de vários nutrientes em quantidades diferentes e todos apresentam calorias. Qual

deles é a principal fonte de energia para o ser humano? Todos eles nos fornecem a

mesma quantidade de energia ou algum deles é mais calórico? Quais os nutrientes

que nos fornecem energia?

A atividade tinha como proposta montar um lanche. Cada grupo tinha

disponível 16 cartas e deveria usar até 08 ingredientes e tantas porções que

achassem necessários, apenas o pão e a salsicha eram limitados a uma porção.

Além de montar o lanche cada grupo deveria preencher duas tabelas. Uma, com os

ingredientes e número de porções a serem usados na elaboração do lanche e outra

totalizando as informações de acordo com o número de porções, chegando-se a

informação nutricional de seu hot-dog (01 unidade). Todos os grupos tiveram

facilidade em escolher os ingredientes, definir as porções e elaborar as informações

nutricionais de seu hot-dog. Os resultados foram socializados no grande grupo e a

informação considerada mais importante pelos estudantes foi a variação das

calorias, de acordo com a escolha dos ingredientes e porções de cada grupo. O

valor das calorias de uma unidade variou de 477 Kcal a 1.101 Kcal. Diante destes

dados, os estudantes perceberam que um mesmo alimento pode apresentar

diferentes quantidades de nutrientes e calorias, dependendo da qualidade e

quantidade de seus ingredientes.

Foi possível verificar que 66% dos estudantes responderam ser os

carboidratos a principal fonte de energia, 17% as gorduras totais e 17% não

responderam. Em relação a quantidade de energia dos nutrientes: 33%

responderam que todos os nutrientes citados (proteínas, carboidratos e gorduras)

nos fornecem a mesma quantidade de energia, e 67% concluíram serem as

gorduras os nutrientes mais calóricos. Observamos que o fato do carboidrato ter

sido citado como a principal fonte de energia para o ser humano está associado à

informação nutricional do pão (rico em carboidrato). As anotações feitas pelos

grupos tornaram possível identificar em seus registros o uso das informações de

ingrediente único na elaboração de suas hipóteses, conforme os registros a seguir:

Grupo 01: (...). Chegamos a esta conclusão através das informações contidas na

tabela nutricional de cada alimento. Se um alimento tem carboidratos, proteínas ou

gorduras totais, esse alimento possuirá fonte de energia.

Grupo 02: O carboidrato. Não as gorduras totais são mais calóricas. Carboidratos,

proteínas e gorduras totais. Através das informações obtidas na tabela nutricional do

alimento.

Os resultados foram apresentados e discutidos com o grande grupo e na

aula seguinte, os estudantes pesquisaram no laboratório de informática e na

biblioteca a função de todos os nutrientes e reavaliaram suas hipóteses.

3.4 Os lipídios e a saúde

Esta atividade foi desenvolvida por 12 duplas, com o objetivo de iniciar o

conteúdo referente aos lipídios e seus efeitos sobre a saúde. Para o

desenvolvimento da atividade foram entregues as duplas, uma ficha contendo as

informações nutricionais de três tipos de leite (leite integral, leite semidesnatado e

leite desnatado), ocultando o tipo do leite de cada informação. De posse dessas

informações, solicitou-se aos estudantes relacionassem a ficha ao que tipo de leite

correspondente. A maioria dos estudantes (67%) conseguiram relacionar a

informação corretamente ao tipo de leite e 33%, não conseguiram. Em um segundo

momento e ainda em posse das informações, foi proposta a questão problema: Qual

a diferença entre o leite desnatado, semidesnatado e integral? Qual é o mais

indicado para quem tem problemas de colesterol elevado? Por quê? Os grupos que

conseguiram relacionar corretamente a informação ao tipo de leite, também

conseguiram diferenciar os tipos de leite. A seguir temos algumas definições dos

estudantes:

Dupla 01: Integral é o que tem mais gordura e vem direto da vaca e desnatado eles

tiram a gordura se torna um leite mais fraco. E semidesnatado eles tiram a nata e

deixam só um pouco de gordura no leite.

Dupla 02: Integral possui um valor energético e gorduras totais em maior

quentidade. Já o desnatado é o que possui menor valor energético e não possui

gorduras. E o semidesnatado possui valor energético intermediário e sua gordura

total não é “avançada”.

Em relação a questão: Qual é o mais indicado para quem têm colesterol elevado?

Por quê? A maioria dos estudantes (75%) responderam o desnatado. Dentre as

respostas citadas, podemos destacar:

Dupla 01: Desnatado, porque o individuo com colesterol já tem a gordura em

excesso, um leite com zero de gordura seria o mais indicado.

Dupla 02: O integral tem seus valores energéticos menor ainda mas sem nenhum

teor de gorduras; para quem tem colesterol elevado é indicado o leite integral.

Um dos grupos não respondeu a questão. Percebemos que uma das duplas

que não soube diferenciar os tipos de leite conseguiu responder corretamente a

questão. Este fato se deve a troca de informações que ocorreu durante a realização

das atividades, o que não caracterizou um ponto negativo, já que houve

aprendizagem.

As duplas fizeram a apresentação de suas hipóteses, e discutiram os

resultados. Na aula seguinte, os estudantes foram encaminhados ao laboratório de

informática para pesquisarem sobre os principais tipos de gordura e os problemas

de saúde causados pelo excesso de ingestão, procurando relacionar colesterol, com

as doenças cardiovasculares como hipertensão arterial e infarto do miocárdio.

3.5 Diferenças entre Diet e Light

Para o desenvolvimento da atividade, a turma foi dividida em 04 grupos de

06 estudantes, com o objetivo de esclarecer as diferenças entre os termos Diet e

Light, bem como o público ao qual se destinam. Primeiramente, a professora

preparou no Laboratório de Ciências o material a ser utilizado na atividade prática,

cada grupo recebeu: uma (01) latinha de refrigerante zero ou Diet, uma (01) latinha

de refrigerante normal e uma (01) jarra transparente grande com água. Os grupos

em posse desse material deveriam responder a seguinte questão problema: O que

vai acontecer com a latinha do refrigerante Diet ou zero e com a latinha do

refrigerante normal, quando forem colocadas na água? Por quê? Todos os

estudantes responderam que as duas latinhas iriam flutuar, sendo que 75% dos

estudantes confundiram o gás presente no refrigerante com ar atmosférico e um dos

grupos, utilizou o conceito de densidade, comparando a densidade do alumínio com

a da água. Algumas hipóteses dos grupos foram:

Grupo 01: Vão boiar, porque a lei da física diz que tudo que tem ar dentro bóia, o

que não tem afunda.

Grupo 02: No caso a latinha ficará na superfície da jarra de água, porque a água é

mais densa do que o alumínio.

Depois de descreverem suas hipóteses, os estudantes fizeram o

experimento: largaram ambas as latinhas e observaram o que aconteceu (a lata do

refrigerante zero ou diet flutuou e do refrigerante normal foi para o fundo), conforme

figuras 04 e 05.

Figura 04: Experimento atividade Diet e Light

Figura 05: Experimento Diet e Light

Após os grupos analisarem o resultado e compararem com suas hipóteses

foi proposta então a segunda etapa da atividade, responder a questão: As hipóteses

estavam corretas? Qual a explicação para este fato? Os grupos elaboraram suas

respostas de acordo com o que observaram no experimento e com base nas

informações nutricionais dos refrigerantes, conforme mostradas a seguir:

Grupo 01: Por que elas não contem gordura.

Grupo 02: Uma bóio e a outra afundou por que uma delas tem menos açúcar e a

outra tem mais, aquela que possui mais açúcar de um certo modo é mais pesada já

aquela que possui menos açúcar é mais leve, ou seja quase não contém açúcar.

Fanta zero bóio por ter apenas 1,5 g de açúcares. Coca-cola afundou por ter 37 g de

açúcar. Uma diferença muito grande.

Ao final da atividade podemos observar que apenas um grupo não associou

a diferença de densidade à diferença na quantidade de açúcar presente em cada um

dos refrigerantes. O momento da discussão das hipóteses se mostrou bastante

importante, pois os estudantes relataram que observaram não apenas a diferença na

quantidade de açúcar ser muito menor nos refrigerantes Diet, como também um

considerável aumento na quantidade de sódio presente nestes refrigerantes.

Em um terceiro momento, para aprofundar o conhecimento a professora

passou o vídeo: “Nutrição aprenda a diferenciar Diet, Light e zero, disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8908>

acesso em: 11 nov. 14. Após foi feita a leitura do texto: “Veja mitos e verdades sobre

os alimentos diet e light”, disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4018.shtml> acesso em

11 nov. 14. Os grupos discutiram as diferenças entre alimentos Diet e Light, e

perceberam que se destinam a públicos diferentes.

3.6 O sódio seus benefícios e seus malefícios

A turma foi dividida em 11 grupos com o objetivo de ampliar o conhecimento

sobre os efeitos de uma alimentação com excesso de sódio. Os estudantes

trouxeram para a sala de aula os rótulos de alimentos consumidos por eles. Foi

entregue uma tabela a ser preenchida com o nome do alimento, quantidade de

sódio, %VD (porcentagem vida diária) em relação à quantidade de sódio, e tamanho

da porção. Os estudantes deveriam separar os rótulos dos alimentos que continham

sódio e relacioná-los na tabela, identificando os alimentos com alto teor de sódio.

Ficou clara a surpresa dos mesmos em relação à presença de sódio em biscoitos

recheados e refrigerantes, por ser alimentos com sabor doce e o sódio estar

relacionado ao sabor salgado. Posteriormente, foi proposta a situação problema: Um

adolescente durante o jantar, além de suas refeições normais comeu um pacote de

75 g de salgadinho, cuja porção de 25 g contém 196 mg de sódio, equivalente à 8%

VD (vida diária) e um pacote de macarrão instantâneo com 1607 mg de sódio – 67%

VD, por pacote de 80 g. Quanto sódio ele ingeriu nesta refeição? O que você conclui

em relação à quantidade de sódio consumida por esse adolescente?

Para saber qual a quantidade de sódio recomendada para uma dieta de 2000

Kcal, os estudantes coletaram informações nos rótulos e fizeram o uso de um

cálculo de regra de três. Os cálculos foram efetuados corretamente por 64% dos

estudantes, 18% montou a proporção de forma correta, mas não efetuou a divisão

corretamente e 18% não fizeram uso de cálculos.

Em relação à questão problema, apenas 55% dos estudantes conseguiram

calcular corretamente a quantidade de sódio ingerida pelo adolescente, e associar o

% VD (vida diária) ao total de sódio recomendado levando em conta também a

quantidade presente nas outras refeições realizadas pelo adolescente. Dos demais,

9% não responderam a questão problema e 36% não calcularam de forma correta,

pois não associaram o pacote de 75 g com o tamanho da porção de 25 g. Em

relação às conclusões dos grupos sobre a quantidade de sódio consumida pelo

adolescente, 9% disseram estar razoável, 9 % que não está fora dos padrões

recomendados e os demais 82% comentaram estar fora dos padrões

recomendados. Ficou evidente nas discussões o fato de que quando observam as

informações, não costumavam verificar o tamanho das porções, pois muitos

pensavam que os valores eram referentes ao total contido na embalagem. Algumas

resposta dos grupos:

Grupo 01: Ingeriu 2195 mg de sódio. Ele consumiu muito além do necessário, e, se

continuar com esses hábitos, futuramente terá problemas de saúde.

Grupo 02: Ele ingeriu 1803 de sódio podemos concluir que ñ esta fora dos padrões

recomendados.

Grupo 04: 1.803 mg de sódio. Que está exageradamente exagerado, que ele não

tem controle nenhum sobre sal (sódio).

3.7 Alimentos transgênicos

Inicialmente a turma foi dividida em grupos de 03 estudantes que trouxeram

à aula os rótulos para o desenvolvimento da atividade. A professora mostrou o

símbolo (figura 06) que identifica um alimento transgênico e solicitou aos estudantes

que separassem os rótulos dos alimentos que continham essa informação. Alguns

questionamentos foram feitos e discutidos pelos grupos:

Vocês sabem o que significa este símbolo?

Figura 06: Símbolo para transgênicos

Fonte: http://embalagemsustentavel.com.br/2011/09/21/4449/

Em que alimentos ele foi encontrado?

Existe um ingrediente em comum nestes alimentos?

Como são produzidos? Estes alimentos são produzidos em nossa região?

Após esta discussão, acessaram e leram o texto: Transgênicos: perigos para

a agricultura e biodiversidade. Disponível

em:<http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/> acesso em 12 nov. 14. A

seguir, produziram um texto, procurando responder a questão problema: O que você

acha dessa polêmica sobre os alimentos transgênicos? Eles são nocivos à saúde ou

não são? (figura 07) dentre as respostas citadas pelos estudantes, podemos

destacar:

Figura 07: Alimentos transgênicos

Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br

Grupo 01: Os transgênicos oferecem coisas boas e coisas ruins, os cientistas não

entram em um consenso, se ele é bom ou ruim, a maioria diz que fazem mal. Os

produtos transgênicos são muito consumidos no mundo inteiro.

Grupo 02: (...). Não há pesquisa que diz a resposta certa ainda, os problemas

podem vir daqui alguns anos.

Grupo 03: Não pq, comemos e não nos fazem mau.

Pelo relato dos estudantes percebemos opiniões diferentes, e uma certa dúvida em

relação a consumir ou não estes produtos.

4 Considerações finais

O estudo da composição química dos alimentos mediante uma metodologia

de Ensino por Investigação, usando os rótulos nutricionais como um recurso didático

despertou interesse nos educandos, pois observamos um envolvimento espontâneo

dos mesmos durante o desenvolvimento das atividades. A metodologia evidenciou a

facilidade da maioria dos estudantes em coletar e organizar dados e expressar-se

oralmente nos momentos de socialização de suas hipóteses. Revelou também a

dificuldade na organização do raciocínio lógico e em registrar as informações e

transformá-las em conhecimento, devido a falta de hábito em trabalhar com esta

metodologia.

Durante a implementação da Unidade Didática, alguns estudantes passaram

a elaborar melhor seus argumentos, porém, ainda faltou aprofundamento nas

relações do conhecimento científico e os conteúdos abordados. As hipóteses foram

levantadas a partir de dados coletados nos rótulos, experiências pessoais e senso

comum, por isso, algumas vezes foram superficiais e insuficientes. Nestes

momentos a pesquisa com fundamentação teórica mostrou-se fundamental durante

a discussão das hipóteses para a construção de concepções corretas, em relação às

questões propostas.

Em conjunto, os resultados apresentados no presente trabalho indicam que

atividades investigativas que trazem para a sala de aula materiais concretos do

cotidiano dos estudantes, no caso, as informações presentes nos rótulos

nutricionais, podem ser úteis no aprendizado de temas introdutórios relacionados à

composição química dos alimentos e aos hábitos alimentares dos mesmos. Em

síntese ao se abordar este tema na escola percebemos ser possível trabalhar

ciências de forma contextualizada e com a participação ativa do estudante.

Referências

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