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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2013.

Título: O Êxodo: seu contexto – movimento migratório do povo hebreu e a

migração das famílias dos alunos do Primeiro Ano do Ensino Médio.

Autor: Derli Antonio Klein

Disciplina/Área: História

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Belo Horizonte.

Rua Olavo Bilac, 690

Bairro Belo Horizonte

Município da escola: Medianeira

Núcleo Regional de Educação: Foz do Iguaçu

Professor Orientador: Prof. Dr. Nilceu Jacob Deitos

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE

Relação Interdisciplinar: Ensino Religioso, Geografia, Sociologia.

Resumo: O estudo da História da migração – “o Êxodo: seu contexto – movimento migratório do povo hebreu” será relacionado à migração das famílias dos alunos do Primeiro Ano A do Ensino Médio visto que seu contexto cultural está impregnado pela cultura judaico-cristã. O projeto tem como objetivos trabalhar o conceito de migração; a percepção da experiência do desinstalar-se, de sair de um lugar para outro; o entendimento que a conquista da liberdade é fruto de organização, união, perseverança e muita luta; o reconhecimento de que a História dos hebreus é mais aprofundada daquela que os livros didáticos apresentam; identificar a causa da escravidão dos hebreus pelos

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egípcios; relacionar a História do “povo eleito” apresentada no livro didático com a do livro sagrado e conhecer o contexto histórico do Êxodo.

A metodologia consistirá em cursos de formação, orientação e elaboração de projetos. Os alunos farão um relato da história da migração de seus familiares identificando suas razões; estudaremos a História do povo hebreu; haverá debate comparativo do relatório da migração das famílias com a migração dos hebreus; os alunos desenvolverão atividades sobre a experiência do “êxodo” dos seus antepassados; as atividades serão corrigidas e articularemos a possibilidade de divulgação e socialização das experiências realizadas nas atividades propostas.

Palavras-chave: Migrações; êxodo; hebreus; história-privada.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público: Primeiro Ano do Ensino Médio – turma A

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APRESENTAÇÃO

Esta produção didático-pedagógica será elaborada a partir do título do projeto de

intervenção pedagógica na escola: “O Êxodo: seu contexto – movimento migratório do

povo hebreu e a migração das famílias dos alunos do primeiro Ano do Ensino Médio”. O

processo migratório dos povos esteve presente em todos os períodos da história e continua

presente na humanidade contemporânea. Este fenômeno da migração também faz parte da

história dos nossos alunos ou da de seus familiares. Por isso procurei relacionar a migração

destes ao êxodo, movimento migratório do povo hebreu. Neste estudo primeiramente os

alunos farão uma pesquisa de campo (texto preliminar) entrevistando seus pais e avós

sobre a migração dos mesmos, bem como o que implicava o ato de migrar. Depois

refletirão acerca do conceito de migração-êxodo para então retomar o fato histórico do

êxodo hebraico e em seguida reelaborarão o texto produzido na pesquisa inicial. Pretendo

divulgar e socializar as experiências realizadas nas atividades propostas a partir da presente

Produção Didático-Pedagógica.

As razões que me levaram à escolha deste assunto foram: a superficialidade com

que os livros didáticos abordam o conteúdo do Êxodo hebraico; o interesse que os alunos

demonstraram em aprofundar o conteúdo a partir da história sagrada dos hebreus; porque a

cultura cristã, predominante entre os alunos da série da aplicação desta “unidade didática”,

tem suas raízes na história sagrada dos hebreus e, finalmente, porque o fenômeno

migratório de um período cronologicamente distante (aproximadamente 1200 a.C.) tem em

comum, com a migração contemporânea, as dimensões cultural, política, social e religiosa.

2 aulas

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Material didático

Ação I

1. Ficha da pesquisa migratória.

1. Nome do migrante ou imigrante:.........................................................................................

2. Parentesco do aluno:.........................................................................................................

3. A migração sua ou da de seus antepassados foi motivada pela dimensão:

A) ( ) econômica

B) ( ) humanitária

C) ( ) cultural

D) ( ) religiosa

E) ( ) social

F) ( ) outra. Qual?...............................................................................................................

3. Possui alguma fotografia do local de saída e/ou da viagem migratória?

...........................................................................................................................................

4. Que lembranças possui do lugar que estava antes da saída?

.................................................................................................................................................

.................................................................................................................................................

5. Que lembrança possui do período de deslocamento?

.................................................................................................................................................

.................................................................................................................................................

6. Quais dificuldades encontradas no processo migratório? (Na saída do local onde

morava, no deslocamento, no local do destino da migração).

.................................................................................................................................................

.................................................................................................................................................

7. Você é: ( ) migrante; ( ) imigrante ( ) autóctone.

.................................................................................................................................................

8. Você já emigrou? ( )Sim ( ) Não. Se a resposta é positiva, para onde?

.................................................................................................................................................

8. Teve dificuldades nos estudos por causa da migração? Quais?

................................................................................................................................................

Encaminhamento ficha da pesquisa.

2 aulas

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Ação II

2. Conceito de migração

Muitas vezes encontramos palavras que se utilizadas em contextos diferentes

adquirem significados diferentes. O termo migração se enquadra nesta realidade de

adquirir significado de acordo com o emprego da mesma. Para dominar bem seu

significado em diferentes contextos, com a ajuda de dicionário, no diálogo bibliográfico

com Nadalin e baseado em sites de busca farei uma análise do termo. Para compreender a

etimologia da palavra migrar consultei o dicionário on line Priberam no qual encontrei que

a palavra migrar deriva do latim migro – are e significa “ passar de um lugar para outro” e

migração é o “ ato ou o efeito de migrar, de passar de um país ou de uma região para

outro”. 1

Segundo Nadalin existem dois modos de compreensão de migração. No sentido

restrito “migrar implica a mudança da ‘residência’”. 2 No sentido mais amplo as viagens,

peregrinações ou vida errante são atos de migrar.

Existem vários usos da palavra migração. Ela pode designar o deslocamento

humano que passa de um lugar para outro ou pode ser utilizada para se referir às pessoas

que saem de uma tradição religiosa e ingressam noutra. É o fenômeno da migração

religiosa. Na política temos a migração partidária quando um cidadão sai de determinado

partido para se filiar a outro partido. Usa-se também o termo migração quando nos

referimos ao deslocamento de animais de um hábitat para outro por causa da procriação ou

em busca de abrigo em época de mudanças climáticas ou quando se deslocam em busca de

alimentos. “Também existe outro tipo de migração, relacionado com a informática. Neste

caso, chama-se migração ao processo através do qual os dados e as aplicações de um

computador ou sistema são transferidos para outro destino (formato ou plataforma nova,

por exemplo)”. 3

Quando falamos das migrações humanas, outras denominações advêm conforme os

tipos de deslocamentos. Se alguém sai do seu país de origem migrando para outro então ele

é denominado emigrante em relação ao país donde partiu. Este é o caso dos hebreus

quando, numa época de crise econômica, deixaram Canaã e migraram para o Egito. No

1 Http://www.priberam.pt. Consultado em 12/06/2013.

2 NADALIN, Sérgio Odilon. Paraná: Ocupação do território, população e migrações – Curitiba: SEED –

2001.

3 https://www.google.com.br/conceitode/migração. (Consultado dia 17/10/13).

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país de destino do migrante ele é denominado imigrante. Ao chegar ao Egito os hebreus ali

eram imigrantes. Se o deslocamento acontece de uma região para outra, de um Estado para

outro, de um município para outro, de uma comunidade para outra, de um bairro para outro

no município dentro do mesmo país então se chama migrante àquele que se desloca.

Com relação à frequência do deslocamento o migrante pode ser nômade quando é

um errante e não tem parada fixa; pode ser seminômade se migra repetidas vezes, mas tem

residência temporária, ou então ele será sedentário se ele tem residência fixa, mas

raramente pode mudar de residência.

4 aulas

Atividades:

1. Quais os diferentes empregos da palavra migração?

2. Conceitue migração?

3. Cite exemplos de migrações peregrinações.

4. Diferencie: migrante, emigrante e imigrante.

5. Diferencie: nômade, seminômade e sedentário.

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Ação III

3. Dimensão geográfica e temporal das migrações

Da dimensão geográfica e temporal da migração faz parte a experiência do

desinstalar-se, muitas vezes, de uma situação “confortável” porém limitada para seguir

rumo a outra região marcada de incertezas, porém com perspectivas que se esperam

positivas. A migração implica no deslocamento de um território para outro, de um espaço

para outro, em um determinado tempo, numa determinada época. Esta transferência pode

acontecer dentro de um mesmo município mudando sua residência de um bairro para

outro; pode acontecer de um município para outro, de um Estado para outro, de uma

região para outra ou então extrapolar as fronteiras do território de seu país migrando para

fora do mesmo.

A região Oeste do Paraná recebeu migrantes que vieram do Rio Grande do Sul e de

Santa Catarina a partir de meados do século XX. A partir da década de 1970 houve um

movimento migratório do Oeste do Paraná para o Paraguai em busca de terras para

cultivar porque a venda de terras nesta época já era escassa no Oeste do Estado do Paraná.

Além da migração do Rio Grande do Sul outras regiões e países tem sido lugar de origem

de muita gente que atualmente habita o Oeste do Paraná e que vieram em épocas

diferentes. Exemplo é a presença cabocla, cuja migração se registra antes dos sulistas. E

dos povos orientais na região de Foz do Iguaçu num período mais recente. Dessa

dimensão migratória cabe lembrar os deslocamentos do campo para a cidade e vice-versa.

A seguir seguem os mapas que contemplam as regiões do Brasil; o Brasil; o Mundo

e a região onde se registrou o êxodo hebraico. Neles é possível registrar os locais que

membros de nossa família migraram (donde saíram e para onde foram) bem como a

experiência da migração do povo hebreu.

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Fonte: http://www.baixarmapas.com.br Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

Fonte: http://www.baixarmapas.com.br Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

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Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

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Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

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Fonte: http://professororlandocastro.blogspot.com.br

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Fonte: http://www.mapsguides.com/egito_guia_pt.php(Consultado dia 10/11/13)

4 aulas

Atividades:

1. Identifique no mapa o(s) lugar (es):

A) onde você nasceu.

B) onde nasceram seus pais.

2. Escreva sobre a dimensão geográfica e temporal da migração sua e da dos seus

antepassados (como era o local e em que época moravam).

3. Localize no mapa a dimensão geográfica e identifique o período da sua migração e da

dos seus antepassados.

4. Escreva e ilustre do ponto de vista da dimensão geográfica e temporal o êxodo hebreu

com um processo migratório.

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Ação IV

4. Dimensão cultural das migrações

A sociedade brasileira é formada, desde sua colonização, pela miscigenação de

brancos, índios e negros. Considerando que não existe população autóctone na América

estes três grupos chegaram aqui através do processo migratório. Quanto aos nativos, a

teoria mais aceita é que teriam vindo da Ásia pelo Estreito de Bering; o homem branco

veio do continente europeu e o negro é originário da África e trazido para cá como

escravo. Cada etnia trouxe consigo valores, ideologias, religiões, costumes, idiomas

próprios. Entre os indígenas há diferentes grupos com características próprias. O Brasil

acolheu na época da colonização, além dos portugueses, povos de outras nações europeias

com franceses, holandeses. Mais tarde vieram os imigrantes alemães, poloneses, italianos,

húngaros, japoneses e mais recentemente libaneses, chineses, coreanos, entre outros. Cada

povo trouxe elementos da sua cultura e atualmente são constituintes da cultura brasileira.

Na língua portuguesa temos vocábulos indígenas como, por exemplo, a palavra Itaipu que

em Tupi-guarani significa “pedra que canta” 4. Dos africanos herdamos o Candomblé e a

Umbanda. Na nossa língua portuguesa encontramos vocabulários dos bantos “oriundos da

Angola, Congo e Moçambique” 5como “bagunça, moleque, dengo, gangorra”.

6

Nos estados ou regiões do Brasil há o cultivo de tradições e que são características

culturais próprias daquele povo. Expressões linguísticas, alimentação, músicas,

indumentária, crenças, costumes são elementos que podem dar uma característica própria

à população de certa região ou estado. Os gaúchos, por exemplo, cultivam a tradição do

chimarrão, do churrasco, da vestimenta histórica, a comemoração da semana Farroupilha,

da missa crioula, da música gauchesca. O frevo é música característica dos

pernambucanos.7O pagode ou o samba é próprio dos cariocas

8. A carne ao sol é um prato

típico da região Nordeste do Brasil. O charque é alimento característico da região Sul do

4 https://www.google.com.br (Acessado dia 15.11.2013)

5 http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/nossas-lutas/educacao/planos-de-aula/2292-a-influencia-

africana-no-processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileira (consultado em 15/11/2013)

6 http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/vocabulario-brasileiro-culturas-

africanas-influenciaram-nosso-idioma.htm (Consultado em14/11/2013)

7 http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo(Consultado dia 20/11/13)

8 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagode_(estilo_musical) (Consultado dia 20/11/13)

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Brasil. Assim poderíamos continuar com mais exemplos. Estas tradições, que formam a

cultura de uma população regional, de um país são propagadas com o fenômeno

migratório. O migrante leva sua cultura para o destino da sua migração, mas também

assimila a cultura local do seu destino. A influência cultural é recíproca. Portanto,

podemos dizer que no processo migratório acontece um intercâmbio cultural. Outra razão

cultural das migrações são os estudos. Jovens migram de uma cidade para outra, do campo

para a cidade, de um país para outro em busca dos seus cursos preferidos, do

aperfeiçoamento de sua formação, de um acesso mais fácil aos estudos. Algumas vezes

toda família migra para acompanhar aquele que precisa se mudar por causa dos estudos.

A migração requer desapego de laços culturais, de laços de amizade, exige

abandonar um estilo de vida, traz consigo renúncia de costumes comunitários, familiares,

práticas esportivas e ou práticas de lazer e envolve novas adaptações ao lugar de destino.

Traz consigo a formação de novos laços de amizade, de assimilação de novos valores

culturais e pode exigir adaptação de uma nova forma de vivência.

4 aulas.

Atividades:

1. Quais elementos da sua cultura são assimilações dos elementos culturais da alteridade

durante seu processo migratório ou do dos seus antepassados?

2. Quais elementos culturais que trouxeram para o local onde estão e que foram, de certa

forma, assimilados no local onde estão? Se possível entreviste seus pais e/ou avós para

identificar certas práticas que existiam nos seus locais de origem e que não se percebe no

espaço onde estão.

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Ação V

5. A Dimensão econômica das migrações

A dimensão econômica das migrações está presente em todas as épocas da história

da humanidade e continua sendo uma das principais razões dos deslocamentos

populacionais do nosso tempo. Atualmente as pessoas migram em busca de melhores

condições de vida, de oportunidade de emprego, de localização para expansão dos

negócios com objetivo da obtenção de riquezas em recursos financeiros, em meios de

produção, em imóveis. A migração motivada pela dimensão econômica está presente no

mundo inteiro. A mídia noticia frequentemente a migração africana para o continente

europeu entrando pelo Sul do continente (pela Itália) em busca de uma vida melhor, de

melhores oportunidades. Na América do Sul um fenômeno migratório mais evidente é a

migração dos haitianos. Sua presença já é marcante no Oeste do Paraná. O Haiti foi

atingido, em 2010, por um terremoto que devastou aquele país e deixou muitas famílias

sem casa e sem trabalho. Hoje eles procuram uma nova oportunidade de emprego fora do

seu país.

Na segunda metade do século XX o Oeste do Paraná ainda foi uma região de

oportunidade. Configurava-se como terra fértil para a prática da agricultura e propícia para

diversas culturas, além da possibilidade da continuação da extração da madeira que era

abundante e outra fonte promissora de riqueza, embora pouco habitada. Por isso, nessa

mesma época, muitas famílias, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina,

vieram para desbravar esta região e buscar uma oportunidade de riqueza. Com a presença

dos colonizadores outras atividades econômicas se fizeram necessárias como o comércio,

a pecuária a suinocultura. As serrarias foram outro negócio gerador de renda e produção

de riqueza. Depois ainda muitas outras atividades econômicas foram fontes geradoras de

renda e lucro, surgindo ao longo das seis décadas no Oeste do Estado. Nas últimas duas

décadas a industrialização da região, foi se tornando uma atração e gerando uma afluência

de pessoas de diversas regiões do país bem como de outros países ( Líbia, Paraguai,

Argentina, Chile, Colômbia entre outros) que se tornaram uma opção na busca de

oportunidade de uma vida melhor.

O migrante pode ir em busca do trabalho como também pode trazer seu trabalho

quando o local ou região onde ele se estabelece está carente do serviço que ele oferece.

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4 aulas

Atividades:

1. Quais são motivações econômicas das migrações?

2. Dê exemplos atuais de migrações motivadas pela dimensão econômica.

3. Qual foi a motivação econômica da ocupação do Oeste do Paraná no período de 1950 a

1980?

4. Teve motivação econômica na migração de seus antepassados?

5. Quais são as dimensões econômicas que atualmente atraem migrantes para o Oeste do

Paraná?

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Ação VI

6. Dimensão política das migrações

As grandes navegações foram uma ação política dos governos ibéricos, uma

iniciativa do governo português e espanhol em encontrar um caminho alternativo para as

Índias onde poderiam obter especiarias sem a mediação dos italianos levou-os a se lançar

ao Atlântico, pois a rota do Mediterrâneo monopolizado pelas cidades de Gênova e

Veneza, no Sul da Europa encarecia muito este produto em Portugal e Espanha. Neste

contexto político e econômico, portugueses e espanhois chegaram à América. Quando os

portugueses ocuparam as terras do qual se formou o atual território brasileiro organizou

um sistema de controle através da corte para defender as terras conquistadas das ameaças

de invasão por outros povos incentivando a vinda de cidadãos do seu país para participar

do processo de colonização deste território.

Este breve recorte histórico que caracteriza a introdução do Brasil no contexto da

modernização aponta para a dimensão política da questão migratória. Outro exemplo é

num período bem mais próximo, a meta de Juscelino Kubistchek em construir uma nova

capital para nossa nação no planalto central do território brasileiro e cujo sonho começou a

se concretizar com a sanção da lei nº 2.874, que criou a Companhia Urbanizadora da

Nova Capital (Novacap) em 19 de Setembro de 1956 9 e teve seu auge com a inauguração

da Nova Capital, Brasília em 21 de Abril de 1960. Este ato político gerou afluência de

muita gente para o local desde o início das obras. Operários, engenheiros, políticos, líderes

religiosos, pessoas de diversas categorias sociais se deslocaram e continuam migrando

para capital ou seus arredores ou dela/deles saem para outro destino.

A colonização do Oeste do Paraná está situada no contexto da campanha da

“Marcha para o Oeste”, uma meta do Governo Federal, do período do Estado Novo,

quando Getúlio Vargas era presidente da república, de ocupar, povoar e proteger as

fronteiras no Oeste brasileiro. 10

Várias colonizadoras iniciaram a venda de terras no Oeste

do Paraná, e que levou ao povoamento da região em poucas décadas. O governo do

Paraná, na gestão política de Moisés Lupion, doou para as dioceses de Jacarezinho,

Palmas e Toledo uma região no Oeste do Estado, para que elas promovessem sua

colonização. Esta área foi colonizada pela Sociedade de Incremento à propriedade

9 http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/Construcao (Consultado dia 20/11/13).

10 Klauck, Samuel. Gleba dos Bispos. Colonização no Oeste do Paraná. Uma experiência católica de ação

social. Porto Alegre: Est, 2004, p.11.

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Agrícola Ltda – SIPAL, mandatária das dioceses acima citadas. (Klauck 2004 p.10) e

atualmente corresponde ao município de Missal.

Para o incremento da região, os governos municipais no Oeste do Paraná

procuraram atrair indústrias através de incentivos fiscais e ou concessão de terrenos onde

se estabeleciam as empresas que podiam vir de fora ou resultar de uma iniciativa local.

Este fato gerava a afluência de trabalhadores que chegam em busca de oportunidade de

emprego.

Não poderia deixar de destacar que a construção da Usina de Itaipu, a partir da

década de 1980, forçou o deslocamento de centenas de famílias em toda extensão do lago,

de Foz do Iguaçu até Guaíra. Bem como a construção de usinas hidrelétricas ao longo do

rio Iguaçu também forçou e força a migração de muitas famílias.

A formação do Lago de Itaipu e dos balneários levou os municípios lindeiros a

adotarem uma intensa campanha para atrair turistas. Sendo que alguns acabaram se

estabelecendo no local. Esta propaganda também atraiu aqueles que viram no turismo uma

oportunidade de abrir ou expandir seu negócio.

A ausência de uma política efetiva de geração de empregos por parte dos governos

nas esferas federal estadual e municipal é razão que leva a população a se deslocar de um

espaço para outro. A região Oeste do Paraná é marcada pela atividade informal dos

chamados muambeiros ou sacoleiros oriundos de todas as regiões do país para realização

da referida atividade com fins de ganhar seu sustento. Estas ações políticas ou de sua

inexistência incitam o deslocamento da população de um local para outro.

4 aulas.

Atividades:

1. Qual ação política do governo federal gerou uma grande migração para o planalto

central do Brasil?

2. O que o governo federal visava com a “Marcha para o Oeste”?

3. Escreva sobre a Ação política do governo do Paraná na época de Moisés Lupion e que

fomentou a colonização do Oeste do Estado.

4. Como a construção da Usina de Itaipu provocou deslocamento da população?

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Ação VII

7. Dimensão religiosa das migrações

A migração do ser humano está intimamente relacionada com a religiosidade bem

como as outras dimensões que lhe são afetas. Não é possível dissociar a migração do

homem e da mulher da religião, pois a religiosidade é algo intrínseco a cada pessoa. Já o

Êxodo hebraico que caracteriza a emigração daquele povo do Egito possuía uma

motivação religiosa, pois para este povo romper com o jugo da escravidão se configurava

como uma expressão da vontade de Deus. De acordo com o livro do Êxodo 3,1 – 4,17

Deus teria chamado Moisés para liderar a saída do povo hebreu do Egito.11

Jesus Cristo, o fundador do cristianismo, fez a experiência da migração. Ele nasceu

em Belém, na Judeia ( Mt 2,1),12

estabeleceu-se por um período no Egito por causa das

ameaças de Herodes (Mt 2,13-15), 13

morou em Nazaré, da Galileia, (Mt 2,23)14

e durante

sua vida pública peregrinou por toda Palestina. Os líderes das primeiras comunidades

cristãs migraram, exemplo disso são os apóstolos Pedro e Paulo. Este viajava e fundava

comunidades por toda Ásia Menor. Ambos foram para Roma onde sofreram o martírio e

até hoje seus túmulos lá se encontram. Acredita-se que o apóstolo Tiago teria chegado até

a Espanha.

A diáspora, dispersão dos judeus pelo mundo, no Século I, propagou rapidamente a

religião judaica pelo mundo. Atualmente temos sinagogas no Brasil, principalmente Rio

de Janeiro, São Paulo e Curitiba. A ação migratória também se expressa no islamismo por

ocasião da fuga de Maomé de Meca para Medina no século VIII.

No século XVI, com a reforma protestante que marcou a Europa, os deslocamentos

da população, para fugir das perseguições religiosas, eram freqüentes. Quando na

Inglaterra, com Henrique VIII, se fundou o Anglicanismo muita gente migrou para

América do Norte em busca de um lugar mais seguro onde podia gozar da liberdade de

viver sua crença. Calvino fugiu da perseguição religiosa da França e se estabeleceu em

Genebra, na Suíça, onde difundiu suas ideias religiosas. Quando os portugueses

resolveram tomar posse do território que formou a nação brasileira a Igreja católica

impelida pela sua vocação missionária também enviou padres para que dessem assistência

11

BÍBLIA SAGRADA: Edição Pastoral. Paulinas, São Paulo, 1993, p.72- 73.

12 Idem, p.1239.

13 Idem, p.1240.

14 Idem, p.1240.

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religiosa aos colonizadores e iniciassem um trabalho de catequização dos nativos para

convertê-los ao cristianismo. Os indígenas tinham sua religião, a nativa. Com o tráfico

negreiro os africanos trouxeram outras crenças. Mas a religião oficial do Brasil seria o

catolicismo, sendo vedado o culto público das outras tradições religiosas. Com a

proclamação da república em 1889 e a primeira constituição republicana, o catolicismo

deixou de ser a religião oficial do governo. Lideranças de outras tradições religiosas

começaram a fundar suas igrejas para reunir seus fiéis para o culto público.

A vinda de outras tradições religiosas ou sua fundação foi mais perceptível a partir

da década de 1970 quando do auge da colonização do Oeste do Paraná. Com a vinda dos

colonos a Igreja Católica também se preocupou em dar assistência religiosa aos fiéis que

se estabeleciam na região. Quando nascia uma nova comunidade já se reservava uma área

para construção da capela onde os fiéis se reuniam para os cultos dirigidos por lideranças

leigas supervisionadas por um padre que fazia visitas periódicas com a celebração da

missa. Outras lideranças, não católicas, também foram se estabelecendo nesta região para

assistir seus fiéis. As famílias procuravam se estabelecer considerando a possibilidade de

acesso ao culto da sua tradição religiosa. Assim formaram-se alguns núcleos onde a

presença de evangélicos hoje é bem visível como é o caso de Marechal Cândido Rondon,

Nova Santa Rosa e Vila Nova, no município de Toledo. Já no município de Missal, onde a

Igreja Católica foi protagonista da colonização, formou-se um núcleo com uma presença

marcante de católicos. Os seguidores do Islamismo se concentram mais na cidade de Foz

do Iguaçu onde também se registra a presença de um grande número de budistas porque

ali se encontra um templo onde residem seus monges para prestarem um serviço aos

seguidores da sua doutrina. Mais recentemente os anglicanos também se estabeleceram em

Foz do Iguaçu. Nas últimas décadas inúmeras tradições religiosas se estabeleceram na

região Oeste do Paraná e multiplicam suas igrejas motivadas pelo ideal da missão, bem

como, visando arrebanhar fiéis para seu grupo religioso.

A afluência de várias tradições religiosas para o Oeste o Paraná com formas

distintas de expressão da sua religiosidade e viver sua fé dá uma matiz multirreligiosa e

multicultural a esta região. Alguns elementos culturais trazidos pela religiosidade dos (i)

migrantes podem ser assimilados pela cultura local bem como a cultura religiosa local

pode influenciar as tradições religiosas que chegam. Elementos comuns entre as religiões

as aproximam a ponto de realizarem celebrações conjuntas, as ecumênicas. A presença de

uma nova tradição religiosa torna-se uma oportunidade de conhecer uma religião diferente

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e não raras vezes leva a pessoa a uma migração religiosa, ou seja, sai da sua religião e

ingressa em outra. Acontece também que alguns, por conveniência, ora frequentam uma

tradição religiosa, ora frequentam outra.

4 aulas.

Atividades:

1. Qual a relação entre migração e religião?

2. Cite pelo menos sete tradições religiosas que tem templo na região Oeste do Paraná.

3. Você continua na mesma tradição religiosa da de seus pais?

4. Como a religião influenciou a ocupação do espaço no Oeste do Paraná?

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Ação VIII

8. O êxodo hebraico.

O episódio do êxodo hebraico está inserido na história do povo hebreu. Segundo

este fato histórico, que marcou a experiência de emigração desse povo, é perceptível as

dimensões econômica, política, cultural, geográfica, temporal e notadamente a religiosa.

Para compreendermos o êxodo precisamos retomar alguns fatos da história do povo

hebreu que o antecederam. Estes fatos estão registrados no primeiro livro da Bíblia que é o

Gênesis. Este livro foi escrito enfatizando a dimensão histórica e serve como uma fonte

documental cujo texto contribui para a compreensão deste processo migratório.

A opressão dos hebreus no Egito ocasionou revoltas e resistências organizadas por

parte dos oprimidos. Conforme Schwantes, o êxodo hebraico é uma evidência da

organização deste povo contra a opressão (SCHWANTES, 2008, P 96).

Pouco a pouco os hebreus oprimidos no Egito foram se organizando para sair

daquele império. Conforme o texto bíblico, a saída dos hebreus do território egípcio e sua

libertação da opressão são atribuídas a Javé, e é isso que dá ao episódio uma conotação

religiosa. Para isso Deus chamou Moisés e o enviou para libertar seu povo do sofrimento

da escravidão. Segundo o texto sagrado, no diálogo do chamado, Javé disse a Moisés:

“Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu

clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos. Por isso, desci

para libertá-lo do poder dos egípcios e para fazê-lo subir dessa terra para uma

terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel, o território dos cananeus,

heteus, amorreus, ferezeus, heveus e jebuseus. O clamor dos filhos de Israel

chegou até mim, e eu estou vendo a opressão com que os egípcios os

atormentam. Por isso, vá. Eu envio você ao Faraó, para tirar do Egito o meu

povo, os filhos de Israel”. (Êx 3,7-10)15

O recorte histórico que faz referência à saída do povo hebreu configura-se como o

elemento central e inspirador desta produção didático-pedagógica. Partindo da

documentação histórica registrada na Bíblia e a partir da contribuição da reflexão

teológica é possível lançar um olhar historiográfico e perceber naquele contexto humano

como se construíram as relações políticas: a prática da opressão exercida sobre um grupo;

as relações econômicas: o trabalho forçado e o sistema de escravidão estabelecido; as

relações sociais: o desrespeito à condição humana fazendo com que esta situação os

levasse a se organizar para fugir; as relações geográficas e temporais: para superar este

quadro opressivo articula-se o deslocamento, saindo do espaço territorial que está sobre o

15

BÍBLIA SAGRADA: Edição Pastoral. Paulinas, São Paulo, 1993, p.72.

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domínio do poder egípcio. O distanciamento cronológico, que ultrapassa três milênios,

expressa o aspecto temporal de um episódio que a memória registrada permite uma

profunda reflexão; e por fim as relações religiosas: todo o processo migratório

considerando a situação que antecede, bem como a experiência efetiva do deslocamento e

o contexto posterior à migração é construído a partir de um campo representativo e

simbólico muito vinculado a religiosidade que se configura como elemento encorajador,

motivacional e de construção de sentido a esta experiência radical que beira o caos,

projetando uma dimensão suportável que vislumbra a possibilidade de romper com a

opressão e construir a liberdade. A dimensão religiosa dá sentido a essa experiência.

A história do povo hebreu marca um episódio cronologicamente muito distante. De

tempos em tempos registram-se, com freqüência, êxodos, e isso remete a pensar a

experiência de êxodos mais recentes e, em particular, aquela que envolve a história de

cada aluno.

4 aulas

1. Qual a dimensão política do Êxodo?

2. Qual a dimensão religiosa do Êxodo?

3. Qual a dimensão geográfica do Êxodo?

4. Foi fácil o Êxodo para o povo hebreu?

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Orientações metodológicas

A Produção Didático-Pedagógica será apresentada aos professores, pedagogos e direção

do Colégio Estadual Belo Horizonte na semana pedagógica no início do ano letivo de

2014. No começo das aulas os alunos da aplicação desta Produção Didático-Pedagógica

serão informados da metodologia do trabalho. No total serão trabalhadas 64 horas, sendo

que em sala de aula serão trabalhadas 32 horas e mais 32 horas serão trabalhadas extra

classe em forma de pesquisa e trabalhos sobre os temas estudados. A forma de trabalho

será através de aulas expositivas, debates comparativos, pesquisa sobre a migração dos

alunos e ou de seus antepassados. Serão encaminhadas tarefas sobre os conteúdos

estudados. Para isto se fará uso de meios tecnológicos, como data-show, notebook, tv

multimídia, além de mapas, quadro e pincéis. Os alunos serão avaliados sobre os temas

estudados. Será articulada a possibilidade de divulgação e socialização das experiências

realizadas nas atividades propostas.

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Referências

1. KLAUCK, Samuel. Gleba dos Bispos. Colonização no Oeste do Paraná. Uma

experiência católica de ação social. Porto Alegre: Est, 2004, p.11.

2. BÍBLIA SAGRADA: Edição Pastoral. Paulinas, SP, 1993.

3. NADALIN, Sérgio Odilon. Paraná: ocupação do território, população e

migrações. Curitiba: SEED, 2001.

4. SCHWANTES, Milton, História de Israel V. 1: Local e origens. 3 ed alt. e amp.

São Leopoldo: Oikos, 2008 p 88.

Sites

5. http://www.baixarmapas.com.br (Consultado dia 10/11/13)

6. http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/Construcao. (Consultado dia

20/11/13)

7. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/vocabulario-brasileiro-

culturas-africanas-influenciaram-nosso-idioma.htm (Consultado em14/11/2013)

8. https://www.google.com.br (Acessado dia 15.11.2013)

9. https://www.google.com.br/conceitode/migração. (Consultado dia 17/10/13.)

10. http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/nossas-lutas/educacao/planos-de-

aula/2292-a-influencia-africana-no-processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileira

(consultado em 15/11/2013)

11. http://www.mapsguides.com/egito_guia_pt.php (Consultado dia 10/11/13)

12. http://professororlandocastro.blogspot.com.br (Consultado dia 10/11/13

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13. http://www.priberam.pt. Consultado em 12/06/2013

14. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagode_(estilo_musical). (Consultado dia 20/11/13)

15. http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo (Consultado dia 20/11/13).