OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · nível de aprendizagem da turma....
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS –
DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIDADE DIDÁTICA
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Turma PDE – 2013
Titulo: A metodologia da Resolução de Problemas: Uma proposta de estudo envolvendo razão, proporção e regra de três nos anos finais do ensino fundamental
Autora: Claudia Adriana Zanini
Disciplina: Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual Profª. Leonor Castellano. Ensino Fundamental e Médio
Município da Escola: Barracão –PR
Núcleo Regional de Educação: Francisco Beltrão
Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE – Cascavel
Professor Orientador: Profª.Ms.Arleni Elise Sella Langer
Resumo: Esta Unidade Didática se justifica a partir da utilização da metodologia da Resolução de Problemas, a qual nos permitirá utilizar uma abordagem diferenciada para tópicos específicos tais como: Razão, Proporção e Regra de Três Simples no 7º ano do período vespertino Colégio Estadual Profª. Leonor Castellano no Município de Barracão, Núcleo Regional de Francisco Beltrão.
Tem a intenção de oferecer aos alunos uma possibilidade de unir a teoria à prática, utilizando-se do seu pensamento lógico na resolução de problemas e questões do dia a dia, melhorando sua capacidade de enfrentar situações mais complexas, ajudando-os a estruturar o pensamento e o raciocínio. Durante a implementação o conteúdo será introduzido por meio de um problema gerador que desperte o interesse dos educandos para a aprendizagem, e na medida em que os mesmos vão assimilando o problema com os cálculos e procedimentos utilizados na sua resolução, serão oferecidos elementos novos, problemas mais desafiadores, sempre de forma gradativa, respeitando o nível de aprendizagem da turma. A avaliação é uma sequência do aprendizado, integrada ao ensino a ser realizado por meio da Resolução de Problemas, acompanhando o crescimento do aluno e norteando o trabalho do professor.
PALAVRAS-CHAVE: Resolução de Problemas; Educação Matemática; Razão; Proporção; Regra de Três.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público Alvo: Alunos do 7º ano
APRESENTAÇÃO
“Ensinar bem Matemática é um empenho complexo e não há receitas fáceis
para se fazer isso. Não há um caminho único para se ensinar e aprender
Matemática. (ONUCHIC, 2004, p. 214).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais:
É consensual a idéia de que não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular da Matemática. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa a sua prática. (BRASIL, 1998, p. 42).
Um dos grandes desafios hoje é não só ajudar o aluno a resolver problemas
nas aulas de matemática, mas também utilizar a matemática no enfrentamento de
situações do seu cotidiano.
Onuchic (2003, p.27) afirma:
A caracterização de educação matemática, em termos de resolução de problemas, reflete uma tendência de reação a caracterizações passadas como um conjunto de fatos, domínio de procedimentos algoritmos ou um conhecimento a ser obtido por rotina. Hoje, a tendência é caracterizar esse trabalho considerando os estudantes como participantes ativos, os problemas como instrumentos precisos e bem definidos e a atividade, na resolução de problemas, como uma coordenação complexa simultânea de vários níveis de atividade.
É muito importante que os alunos participem ativamente das aulas relatando
experiências já vividas, dando suas opiniões, para que, juntos professor e alunos
construam o conhecimento.
Segundo Onuchic:
Problema é tudo aquilo que não se sabe fazer mas que se está interessado em resolver, que o problema passa a ser um ponto de partida e que, através da resolução do problema, os professores devem fazer conexões entre os diferentes ramos da matemática, gerando novos conceitos e novos conteúdos. (1999, p.215).
Trabalhar os conteúdos utilizando a metodologia da Resolução de Problemas
surgiu no intuito de que os alunos possam construir o seu próprio conhecimento
propiciando condições para que reflitam e aprimorem seus conceitos matemáticos e
que despertem o interesse pela matemática ante a sua aplicabilidade.
O aprendizado de matemática pode ser ensinado como um movimento do
concreto onde um problema do dia a dia serve como exemplo do conceito ou da
técnica operatória para uma representação simbólica de determinados problemas e
técnicas para operar com esses símbolos.
A respeito convém citar Onuchic:
Em nossa visão, a compreensão de matemática, por parte dos alunos, envolve a idéia de que entender é essencialmente relacionar. As indicações de que um aluno entende, interpreta mal ou não entende idéias matemáticas específicas surgem frequentemente quando ele está resolvendo um problema. É importante notar que compreender deve ser o principal objetivo do ensino, apoiados na crença de que o aprendizado de
matemática, pelos alunos, é mais forte quando auto-gerado do que quando lhes é imposto. (2003, p.28).
A utilização de estratégias didáticas que permitam ao aluno a apropriação dos
conceitos matemáticos é uma necessidade, e cabe ao professor planejar, organizar
e selecionar atividades que deem conta dessa apropriação Levando isso em
consideração construiu-se uma Unidade Didática que será implementada no Projeto
de Intervenção Pedagógica na escola, onde será desenvolvido um trabalho com a
metodologia da Resolução de Problemas com tópicos específicos do 7º ano dos
anos finais do Ensino Fundamental, tais como: Razão Proporção e Regra de Três
Simples.
Sou professora de matemática há 17 anos, trabalho nas cidades gêmeas1
Barracão PR e Dionísio Cerqueira SC em duas escolas, uma paranaense e outra
catarinense com realidades culturais e econômicas bem distintas. Apesar dessas
diferenças percebi, que ao trabalhar com os conteúdos de razão, proporção e regra
de três as dificuldades encontradas são semelhantes, embora vivenciando
realidades diferentes aparentemente surgem as mesmas dúvidas por parte dos
alunos.
De acordo com Onuchic e Allevato (2004, p. 222):
O ensino-aprendizagem de um tópico matemático deve sempre começar com uma situação-problema que expressa aspectos-chave desse tópico e técnicas matemáticas devem ser desenvolvidas na busca de respostas razoáveis à situação-problema dada. O aprendizado, desse modo, pode ser visto como um movimento do concreto (um problema do mundo real que serve como exemplo do conceito ou da técnica operatória) para o abstrato (uma representação simbólica de uma classe de problemas e técnicas para operar com estes símbolos).
Para que se possa desenvolver um trabalho nessa perspectiva em aulas de
Matemática, é preciso adotar procedimentos de ensino diferentes daqueles
geralmente utilizados na perspectiva tradicional de ensino. Neste sentido as tarefas
envolvendo a Resolução de Problemas serão desenvolvidas de acordo com as
etapas descritas por Allevato e Onuchic (2011, p.83 - 85):
1 Barracão PR e Dionísio Cerqueira SC são consideradas cidades gêmeas, surgiram na mesma época e fazem
fronteira seca.
1) Preparação do problema – Selecionar um problema visando à construção de um novo conceito, principio ou procedimento. Esse problema será chamado problema gerador. É bom ressaltar que o conteúdo matemático necessário para a resolução do problema não tenha sido ainda trabalhado em sala de aula.
2) Leitura individual – Entregar uma cópia do problema para cada aluno e solicitar que seja feita sua leitura.
3) Leitura em conjunto – Formar grupos e solicitar nova leitura, agora nos grupos. Se houver dificuldade na leitura do texto, o próprio professor pode auxiliar os alunos, lendo-lhes o problema. Se houver, no texto do problema palavras desconhecidas para os alunos, surge um problema secundário. Busca-se uma forma de poder esclarecer as dúvidas e, se necessário, pode-se, com os alunos, consultar um dicionário.
4) Resolução do problema – De posse do problema, sem dúvidas quanto ao enunciado, os alunos, em seus grupos, num trabalho cooperativo e colaborativo, buscam resolvê-lo. Considerando os alunos como co-construtores da “matemática nova” que se quer abordar, o problema gerador é aquele que, ao longo de sua resolução, conduzirá os alunos para a construção do conteúdo planejado pelo professor para aquela aula.
5) Observar e incentivar – Nessa etapa o professor não tem mais o papel de transmissor do conhecimento. Enquanto os alunos, em grupo, buscam resolver o problema, o professor observa, analisa o comportamento dos alunos e estimula o trabalho colaborativo. Ainda, o professor como mediador leva os alunos a pensar, dando-lhes tempo incentivando a troca de ideias entre eles. O professor incentiva os alunos a utilizarem seus conhecimentos prévios e técnicas operatórias já conhecidas necessárias à resolução do problema proposto. Estimula-os a escolher diferentes caminhos (métodos) a partir dos próprios recursos de que dispõem. Entretanto, é necessário que o professor atenda os alunos em suas dificuldades, colocando-se como interventor e questionador. Acompanha suas explorações e ajuda-os, quando necessário, a resolver problemas secundários que podem surgir no decurso da resolução: notação; passagem da linguagem vernácula para a linguagem matemática; conceitos relacionados e técnicas operatórias; a fim de possibilitar a continuação do trabalho.
6) Registro das resoluções na lousa – Representantes dos grupos são convidados a registrar, na lousa, suas resoluções. Resoluções certas, erradas ou feitas por diferentes processos devem ser apresentadas para que todos os alunos as analisem e discutam.
7) Plenária – Para esta etapa são convidados todos os alunos para discutirem as diferentes resoluções registradas na lousa pelos colegas, para defenderem seus pontos de vista e esclarecerem suas dúvidas. O professor se coloca como guia e mediador das discussões, incentivando a participação ativa e efetiva de todos os alunos. Este é um momento bastante rico para a aprendizagem.
8) Busca do consenso – Após serem sanadas as dúvidas e analisadas as resoluções e soluções obtidas para o problema, o professor tenta, com toda a classe, chegar a um consenso sobre o resultado correto.
9)Formalização do conteúdo – Neste momento, denominado “formalização”, o professor registra na lousa uma apresentação “formal”- organizada e estruturada em linguagem matemática - padronizando os conceitos, os princípios e os procedimentos construídos através da resolução do problema, destacando as diferentes técnicas operatórias e as demonstrações das propriedades qualificadas sobre o assunto.
Essas etapas serão utilizadas em cada plano de aula sempre adaptando-as
conforme a realidade da situação.
Ainda de acordo com Allevato e Onuchic, em outro de seus textos a respeito
da metodologia da resolução de problemas, as autoras reiteram que:
(...) os problemas são propostos aos alunos antes de lhes ter sido apresentado, formalmente, o conteúdo matemático necessário ou mais apropriado à sua resolução que, de acordo com o programa da disciplina para a série atendida, é pretendido pelo professor. Dessa forma, o ensino-aprendizagem de um tópico matemático começa com um problema que expressa aspectos-chave desse tópico, e técnicas matemáticas devem ser desenvolvidas na busca de respostas razoáveis ao problema dado. A avaliação do crescimento dos alunos é feita continuamente, durante a resolução do problema. (ALLEVATO; ONUCHIC, 2011, p.85).
No desenvolver das atividades se buscará fazer uma observação no
desenvolvimento dos alunos, percebendo sua evolução e capacidade de resolver os
problemas matemáticos.
RAZÃO, PROPORÇÃO E REGRA DE TRÊS.
Com base nas observações de medidas de grandezas proporcionais, que
variam em situações do cotidiano dos alunos, acredita-se que o conceito de
proporcionalidade pode ser construído baseado em atividades da vida real, no
sentido de levar o aluno a perceber os dados dos problemas e organizá-los, de
preferência em tabelas, que, conforme confirmam diversos pesquisadores,
favorecem a observação de suas relações.
O pensamento proporcional pode contribuir para o desenvolvimento da álgebra,
se levarmos em conta que o raciocínio com proporções envolve: senso de co-
variação, comparações múltiplas, predição e inferência, que utilizam métodos de
pensamento qualitativo e quantitativo. O raciocínio qualitativo não depende de
valores específicos, além de ser importante meio para se esboçar caminhos e
respostas, bem como para verificar a adequação destes ao problema. O
pensamento proporcional é necessário entre experiências e modelos numéricos
comuns e as relações mais abstratas que se expressarão de forma algébrica, além
de ser um exemplo simples, mas importante, de função matemática.
O estudo da álgebra no Ensino Fundamental não é encarado com
tranquilidade pelos alunos, usualmente o encaram como uma forte ruptura no modo
de pensar matemática, apresentando grande desinteresse, senão aversão por parte
dos alunos. Porém a álgebra é um meio de comunicação e de produzir raciocínios
matemáticos para resolver problemas em que envolvem razões. Então precisamos
contribuir para evitar os problemas provocados por esse ensino sem significado que
produz tanta rejeição e impede o aluno de utilizar o potencial da álgebra no contexto
da matemática com o qual começará a se deparar.
A proporcionalidade e a álgebra são tópicos de matemática que tem forte
relação, pois a noção de proporcionalidade inicia-se desde muito cedo, quando a
criança resolve um problema simples de preços, por exemplo, já está trabalhando
com a noção de proporção, e já começa a raciocinar multiplicativamente.
Em minicurso realizado em Campinas em maio de 2005, a Profª. Dra. Roseli
de Alvarenga Corrêa afirma que:
A experiência profissional nos tem revelado a importância do estudo do tema Razão e Proporção, não apenas como um conteúdo matemático em si, mas principalmente como um “formador” de estruturas cognitivas para a compreensão de outros importantes conceitos matemáticos tanto nas questões numéricas, como naquelas envolvendo medidas e geometria, daí, assumindo o tema, inclusive, o papel de integralizador desses ramos da Matemática. Além do mais, proporcionalidade é um conceito com amplas aplicações nas mais diversas áreas do conhecimento.
Nesse sentido é importante pensarmos a proporcionalidade como um assunto
no qual o aprendizado vai além de situações puramente técnicas, no qual se possa
contribuir para que o aluno aprenda a resolver problemas em várias áreas do
conhecimento com compreensão, significado e habilidade.
Para os participantes do Projeto Fundão, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, UFRJ,
Um dos objetivos do ensino de matemática no primeiro grau é a formação global do aluno. Isso implica na necessidade de uma atenção ao desenvolvimento mental desse aluno e à sua preparação para uma atuação transformadora na realidade em que vive. Em ambos os aspectos o papel do trabalho com proporções é importantíssimo. O conceito de proporcionalidade está presente no dia-a-dia de qualquer pessoa, nas mais diversas situações: ao interpretar uma estatística ou gráfico, ao analisar
uma planta de imóvel ou um mapa, ao estimar uma probabilidade, ampliar ou reduzir uma foto, etc.(TINOCO,2011, p.9).
Mesmo fazendo parte do cotidiano, a apreensão do conceito de probabilidade
pode ser ainda restrita. Desde muito cedo a criança começa a desenvolver a noção
de probabilidade, no entanto, muitos alunos mesmo após o estudo das razões e
proporções na escola, não adquirem claramente esse conceito. A compreensão
completa, incluindo as propriedades, precisa ser desenvolvida por meio de um
planejamento de situações diversas nas quais essas ideias sejam bem exploradas.
A pesquisadora Terezinha Nunes, em entrevista à Revista Nova Escola, em
2002, sustenta que a principal falha do ensino da Matemática era relacionada a
abordagem da proporcionalidade:
A proporcionalidade, questão central que envolve tanto frações como multiplicação, está presente em todas as ciências e faz parte do dia-a-dia de qualquer pessoa, seja no trabalho, seja em casa. O conceito, bastante simples na sua origem, nada mais é do que a relação entre duas variáveis Para compreendê-lo, fazemos uma relação com a multiplicação - mas a escola não. Lá no início da escolarização, as primeiras noções de proporção deveriam aparecer junto com os conceitos de multiplicação. Mas muitos professores ensinam essa operação básica apenas como uma “adição repetida” de parcelas. E não fazem relação com a noção de proporção. A adição repetida de parcelas não mostra o sentido de proporção que existe por trás dessa conta.
Em outro trecho da mesma entrevista a pesquisadora salienta como se
poderia abordar o raciocínio proporcional, destacando que o ideal seria iniciar,
(...) quando se ensina a multiplicação usando o raciocínio de correspondência e se estimula na mente do aluno uma apresentação para a relação entre duas variáveis. Essa prática torna fácil perceber a relação fixa entre as variáveis e, ao mesmo tempo, é uma maneira de resolver o problema.
O conceito de proporcionalidade é abordado informalmente até o 6º ano e de
maneira explícita e com enfoques diferentes no 7º e 8º ano, ele pode ser conectado
à geometria do 9º ano, ao ensino médio, pode ser ensinado relacionado à produção
industrial e aos estudos de funções. As retomadas dos temas garantem não só a
memorização, mas também reelaborações do conhecimento adquirido, o que vai
aprofundando a compreensão; trabalhando cada conteúdo mais de uma vez.
Raciocinar proporcionalmente é um dos componentes do raciocínio formal
que os alunos adquirem na adolescência. São poucos os alunos que conseguem
raciocinar com proporções de maneira consistente, os detalhes complexos podem
ser abordados no momento adequado à experiência matemática subsidiados pelo
conhecimento que os alunos já possuem. Essa forma de articulação do currículo em
que a abordagem é feita progressivamente em cada ano, e em diferentes conexões
(comparações, grandezas, geometria, funções e escalas), ao mesmo tempo em que
atende às exigências das determinações impostas pelas grades curriculares, não
segue a rígida exigência de pré-requisitos do ensino tradicional, o conceito de
proporcionalidade pode se considerado difícil, adquirido só no final da adolescência
para os sujeitos que frequentam regularmente a escola e não dominado por muitos
adultos.
O conteúdo de proporção é um tema de muita importância e aplicabilidade
tanto em conteúdos escolares matemáticos como em outras disciplinas, e nas
atividades do cotidiano, a apreensão do conteúdo de proporção é algo a ser
construído nas etapas do Ensino Fundamental, de forma que os alunos possam,
para além de sua vida escolar, aplicá-la.
As características envolvidas em uma atividade ou problema são as relações
numéricas apresentadas no problema e que lhe dão sentido de ação. Esta ação
deve ser analisada para se entender qual o raciocínio matemático que deve ser
utilizado, e é preciso ter uma visão geral de todo o processo para se individualizar as
ações.
Para Coxford e Schulte (1995, p. 90):
O raciocínio com proporções é uma forma de raciocínio matemático. Ele envolve um senso de covariação, comparações múltiplas e a capacidade de armazenar e processar mentalmente várias informações. O raciocínio com proporções está muito ligado à inferência e à predição e envolve métodos de pensamento qualitativos e quantitativos. O fato de muitos aspectos de nosso mundo funcionarem de acordo com regras de proporcionalidade faz com que a faculdade de raciocinar com proporções seja extremamente útil na interpretação dos fenômenos do mundo real.
As proporções (expressas pela igualdade de duas razões) são úteis numa
grande variedade de situações de resolução de problemas, como muitos tipos de
problemas sobre taxas, velocidade, misturas, densidade, escala conversão,
consumo, preço e outras formas de comparações.
Normalmente, O raciocínio proporcional pode ser representado como uma
equação que representa uma relação simples, de natureza multiplicativa, as
situações proporcionais têm sido inseridas em problemas de valor ausente como a/b
com c/x, em que geralmente a, b, c são valores dados e consiste em achar o valor
de x.
O raciocínio com proporções também é necessário para se compararem duas
razões ou taxas dadas. Em situações numéricas, pede-se para comparar a/b com
c/d, sendo a, b, c, e d. A tarefa consiste em determinar qual delas é maior, mais
rápida, mais escura, mais cara, mais densa e assim por diante.
Para raciocinar proporcionalmente é importante ter flexibilidade mental para
abordar os problemas por vários ângulos, o aluno precisa ser capaz de distinguir
situações proporcionais e não proporcionais.
Pode-se argumentar que os alunos precisam automatizar certos processos
matemáticos, no entanto considera-se que os métodos mais eficientes são com
frequência, aqueles menos significativos, que devem, portanto ser evitados. Muitas
vezes confunde-se eficiência com significação e, embora com a melhor das
intenções, introduzimos um conceito de maneira mais eficiente, porém menos
significativa. O algoritmo-padrão da proporcionalidade: a/b = c/x, a, b, e c, achar x é
uma dessas áreas. O processo-padrão de resolução consiste em multiplicar em cruz
e achar x.
Esse algoritmo, em si e por si, é um processo mecânico e desprovido de
significado no contexto do mundo real. Ele pode, porém, ser focalizado de maneira
mais racional.
De acordo com a obra organizada no projeto Fundão, cuja coordenação
coube a Lúcia Tinoco:
(i) Dado qualquer elemento de um conjunto, obtém-se seu correspondente no outro conjunto multiplicando-o por um número fixo. Esse número é chamado de Razão de Proporcionalidade. (ii) A razão entre cada número de um conjunto e seu correspondente no outro conjunto é constante (Razão de Proporcionalidade). (iii) Multiplicando-se um elemento de um dos conjuntos por um número o elemento correspondente no outro conjunto ficará multipicado pelo mesmo número. (iv) O correspondente da soma de dois números de um mesmo conjunto é a soma dos correspondentes desses elementos no outro conjunto. (TINOCO, 2011, p.28).
Duas grandezas são proporcionais quando os conjuntos dos números que
expressam suas medidas são proporcionais.
Para que o aluno assimile esses conceitos é necessário trabalhar as ideias
fundamentais em uma grande variedade de contextos bem amplos para que o aluno
entenda quando há proporcionalidade ou não. É importante também que ele vivencie
situações nas quais as grandezas crescem ou diminuem simultaneamente, mas não
são proporcionais.
NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS
Dois conjuntos de números são proporcionais quando um critério a seguir for
satisfeito. Eles são equivalentes. A cada situação, pode-se verificar que há
proporcionalidade por meio do que for mais conveniente.
Exemplo:
Com R$ 35,00 um menino comprou 7 carrinhos. Quantos carrinhos comprará com
R$ 120,00?
7 carrinhos – R$35,00
1 carrinhos – R$ 35 7 = 5
120 5 = 24
24 carrinhos R$ 120,00
Quantidade de carrinhos Valor em (R$)
1 carrinho 5,00
7 carrinhos 35,00
24 carrinhos 120,00
PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES NA RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
As atividades propostas nesta Unidade Didática serão desenvolvidas usando
a metodologia da Resolução de Problemas, com isso julgamos ser possível aos
alunos construir o conceito de números diretamente e inversamente proporcionais,
reconhecer a razão constante entre eles e resolver qualquer problema que envolva
proporcionalidade. É importante que os alunos tenham a liberdade de escolher a
maneira pela qual desejam resolver um problema e que o professor discuta com eles
a diversidade de opções que existe para tal resolução.
A obra organizada no projeto Fundão, com a coordenação de Lúcia Tinoco
destaca a importância do uso de tabelas como uma das possibilidades de resolução:
Isso não substitui a apresentação da solução mais econômica (armando a proporção e aplicando a propriedade) pelo professor, caso não apareça espontaneamente. Enfatizamos porém que a elaboração de uma tabela com os dados do problema é um ponto de partida fundamental para qualquer situação. (TINOCO, 2011, p.46).
A propriedade mais importante das proporções é a Propriedade Fundamental,
para sua apresentação é desnecessário usar a nomenclatura “meios e extremos”. As
pesquisas realizadas pelos autores consultados sugerem uma apresentação mais
intuitiva da propriedade, valorizando a equivalência entre as frações.
bcadd
c
b
a
De acordo com Lins e Gimenez:
Chamamos pensamento proporcional aquele que corresponde a uma estrutura de comparação entre partes ou entre todos, ou entre as partes e um todo, ou como um esquema instrumental que resolve algumas situações especiais de comparação em forma multiplicativa e não aditiva. Alguns autores consideram que existem tipos de problemas que, implicitamente, levam consigo esse tipo de pensamento, e são: comparações, razões, conversões (também chamadas trocas de unidade), inclusão hierárquica e combinações. Em cada caso pode-se ter como incógnita qualquer um dos elementos ou um total. O pensamento proporcional associa-se normalmente às operações de multiplicação e divisão As situações de proporcionalidade como esquema instrumental utilizam quatro tipos de técnicas fundamentais: redução à unidade, modelagem proporcional, modelagem fracionária e modelagem algébrica. (1997, p.52).
Conforme Lins e Gimenez (1997) colocam que, o pensamento proporcional
associa-se normalmente as operações de multiplicação e divisão e que as situações
de proporcionalidade utilizam quatro tipos de técnicas fundamentais que podem ser
exemplificadas: “Se 5 pirulitos custam R$2,50, quanto custam 10 pirulitos?”. A
redução à unidade explica que um pirulito custa R$0,50, e 10 pirulitos R$5,00. Se
raciocinarmos proporcionalmente iremos identificar que 5 está para R$2,50, assim
como 10 está para R$5,00. Mediante frações há uma equivalência na qual há um
termo desconhecido que deve ser R$5,00. A modelagem estabelece relações entre
as representações dos modelos, nas diferentes formas, e o significado da constante
de proporcionalidade.
O MÉTODO DA TAXA UNITÁRIA
A abordagem com maior apelo intuitivo é, sem dúvida, a “quanto (quantos) por um”, ou método da taxa unitária. Tem apelo intuitivo porque as crianças já compraram uma ou muitas coisas e tiveram ocasião de calcular preços unitários e ou taxas unitárias. De fato, muitos problemas-padrão em um passo, envolvendo multiplicação e divisão, podem ser pensados em termos da determinação de uma taxa unitária (problema de multiplicação). (COXFORD; SCHULTE, 1995, p.93).
Exemplos:
a) Mariana comprou uma caneta por R$2,50. Quanto pagaria por cinco
canetas?
A solução é um múltiplo da taxa unitária, ou seja, 2,50 5.
b) Mariana comprou cinco canetas por R$12,50. Quanto custou cada caneta?
A solução é a taxa unitária, ou seja, 12,505.
No exemplo a, é dada a taxa unitária e calcula-se algum múltiplo dela. No
exemplo b, se acha a taxa unitária sendo dado algum múltiplo dela.
Muitos problemas de multiplicação podem ser pensados com um valor
ausente em que a taxa unitária deve ser achada. Situações proporcionais em que a
taxa unitária não é dada, são exemplos de problemas sobre valor ausente.
A maneira de resolver problemas de valor ausente tem muita relação com os
problemas de multiplicação e divisão, conforme o contexto e os aspectos numéricos
do problema pode ser mais ou menos claro para o aluno, mas a maneira de fazer e
interpretar proporcionalmente permanecem inalterados. Situações de
proporcionalidade em forma de problemas de valor ausente podem ser pensadas a
partir de perspectivas de multiplicação e divisão.
Quando tem um par-taxa, há sempre duas taxas unitárias, sendo cada uma o
inverso da outra. Normalmente uma é mais fácil de interpretar que a outra. No
exemplo anterior cinco canetas custam 12,50. Podemos expressar de duas
maneiras:
50,12
5
5
50,12ou
A primeira é resultado da divisão 12,50 5 = 2,50, a segunda, é resultado da divisão
512,5=0,4.
Essa escolha apresenta grandes dificuldades para os alunos, muitos dos
alunos são incapazes de interpretar os inversos das taxas unitárias padrão. As taxas
e suas inversas são conceitos matemáticos importantes. Considerar os inversos
nesse contexto relativamente concreto facilita a extensão posterior do conceito para
contextos algébricos. É muito importante que as duas taxas sejam interpretáveis
pelos alunos. 12,505 = 2,50 tem um significado muito diferente de 5 12,5=0,4, e
então questionar os alunos qual é a taxa adequada para esse problema e porquê.
O MÉTODO DO FATOR DE MUDANÇA
Um segundo método para resolver problemas de valor ausente, ligeiramente menos funcional que o anterior, porém bastante válido, envolve um raciocínio do tipo “outras tantas vezes”. Em situações proporcionais, se uma variável é x vezes uma outra num dado par-taxa, essa variável deverá ser igualmente x vezes a outra no par-taxa equivalente. Isso também é verdadeiro entre pares-taxas. (COXFORD; SCHULE, 1995, p. 95).
Exemplo:
Se Antônio pagou R$7,20 por 6 lápis, quanto pagaria por uma dúzia?
Pensando no fator de mudança, o raciocínio seria o seguinte: Como se quer saber o
dobro do número de lápis comprados, o preço será duas vezes maior, de modo que
a resposta é 27,20. Pode-se raciocinar que, como 6 é 1/2 de 12, então 7,20 deve
ser 1/2 do preço procurado, que é , então 2 7,20. Essa argumentação tem
suportes ligados aos números racionai e se baseia na ideia de que, se conhece 1/2
de algo, pode-se obter esse algo (a unidade ou o todo) multiplicando por 2, pois 2
1/2 = 1 unidade
O método do fator de mudança é menos funcional que o da taxa unitária, pois
a facilidade do uso do método de fator de mudança está relacionada com aspectos
numéricos da tarefa. No exemplo citado, os números são múltiplos inteiros e se
prestam ao raciocínio “outras tantas vezes”, mas nem sempre o fator é um número
múltiplo do outro e aí surgem as dificuldades.
O método do fator de mudança constitui uma interpretação útil da
proporcionalidade e deveria fazer parte do repertório de todos os alunos, pois ele
torna muito mais fácil a resolução de uma subclasse de problemas verbais. No
entanto, seu uso se limita àqueles problemas em que os valores numéricos
correspondentes nos pares-taxas são tais que um é múltiplo inteiro do outro.
A maioria dos problemas que se apresentam no dia-a-dia de cada um de nós
liga duas grandezas, relacionadas de tal forma que, quando uma delas varia, como
consequência varia também a outra.
A proporcionalidade entre as quantidades dessas grandezas estabelece a lei
de variação da quantidade de uma relação à outra. Segundo tal lei, as grandezas
classificam-se em direta e inversamente proporcionais.
GRANDEZAS DIRETAMENTE PORPORCIONAIS
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando aumentando (ou
diminuindo) uma delas, a outra aumenta (ou diminui) na mesma proporção da
primeira.
Exemplo: Uma barra de alumínio de 100 cm³ de volume pesa 270 gramas; nas
mesmas condições uma barra de 200 cm³ pesará 540 gramas e uma de 300 cm³,
810 gramas. Podemos então escrever a seguinte tabela:
Volume (cm³) 100 200 300 500
Massa (g) 270 540 810 1350
Pelo exame dessa tabela, vemos que a grandeza massa depende da
grandeza volume, já que aumentando uma (volume) a outra (massa) também
aumenta. Além disso, notamos que:
100
270 =
200
540 =
300
810 =
500
1350=2,7
Notamos que se dividirmos a razão mantém a mesma taxa de variação, isso ocorre
sempre que as razões são diretamente proporcionais.
GRANDEZAS INVERSAMENTE PORPORCIONAIS
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando (ou
diminuindo) uma delas, a outra diminui (ou aumenta) na mesma proporção da
primeira.
Exemplo: Uma distância de 1200 km pode ser percorrida por um avião a uma
velocidade de 100 km/h em 12 horas; a uma velocidade de 200 km/h, em 6 horas; a
uma velocidade de 300 km/h, em 4 horas. Podemos então escrever a tabela:
Velocidade (km) 100 200 300 400
Tempo (h) 12 6 4 3
Vemos ainda aqui, que a grandeza tempo depende da grandeza velocidade, já que
aumentando a velocidade o tempo diminui. Porém, agora temos:
12 100 = 6 200 = 4 300 = 3 400 = 1200
REGRA DE TRÊS SIMPLES
Chamamos regra de três os problemas nos quais figura uma grandeza que é
diretamente ou inversamente proporcional a uma ou mais grandezas.
Exemplo 1: Pedro comprou 8 pastéis por R$ 12,00. Quanto pagaria por 6 pastéis?
A partir da situação-problema, quanto Pedro pagará por 6 pastéis?
Temos a seguinte proporção.
6
8 =
x
12
Podemos demonstrar numa tabela usando o método da taxa unitária:
8 pastéis R$ 12,00
4 pastéis R$ 6,00
2 pastéis R$ 3,00
6 pastéis R$ 9,00
1 pastel R$ 1,50
Ou,
00,9$8
00,7200,728 Rxxx
Então, 6 pastéis custarão R$ 9,00.
Exemplo 2: Rodando a uma velocidade média de 80 km/h, um carro faz um percurso
em 3 horas. Se rodar a 60 km/h, em quanto tempo fará o mesmo percurso?
Observe a tabela e as propriedades que caracterizam dois conjuntos inversamente
proporcionais:
Velocidade média Horas
80 3
60 4
120 2
O produto de cada número do primeiro conjunto pelo correspondente no segundo
conjunto é constante.
803 = 604=1202
Essa propriedade permite escrever a equação de qualquer problema de
proporcionalidade inversa.
602 = 120
4 2 = 2
803/2 = 120
3 3/2 = 2
A razão entre cada número do primeiro conjunto e o inverso do seu correspondente,
no segundo conjunto, é constante.
2402/1
120
4/1
60
3/1
80
A razão entre cada dois números do primeiro conjunto é o inverso da razão entre os
correspondentes no segundo conjunto.
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando os conjuntos dos números
que exprimem suas medidas são inversamente proporcionais.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos se desenvolverá no decorrer das aulas por meio da
observação direta dos alunos pela professora e dos vários instrumentos de
avaliação utilizados, tais como, a participação no desenvolver das atividades durante
a resolução dos problemas por meio das respostas orais, a socialização dos grupos,
a apresentação na lousa e os registros e análises individuais nas folhas. De acordo
com Vianna “é necessário levar em conta fatores como a capacidade de formular
perguntas, de fazer conjecturas, do uso de diferentes estratégias, a interpretação
dos resultados e as possibilidades de fazer generalizações” (VIANNA, 2002, p. 404).
Serão utilizados vários instrumentos em diversos momentos, dentre eles o
roteiro elaborado por Allevato e Onuchic, (2011) para o desenvolvimento dos
problemas propostos.
Este trabalho está inspirado na “Metodologia de Ensino-Aprendizagem-
Avaliação”, proposta por Onuchic em palestra proferida em Rio Claro na qual afirma
que:
A opção de utilizar a palavra composta Ensino-Aprendizagem-Avaliação tem objetivo de expressar uma concepção em que ensino e aprendizagem devem ocorrer simultaneamente durante a construção do conhecimento, tendo o professor como guia e os alunos como co-construtores desse conhecimento. Além disso, essa metodologia intera uma concepção mais atual sobre avaliação. Ela, a avaliação, é construída durante a resolução do problema, integrando-se ao ensino com vistas a acompanhar o crescimento dos alunos, aumentando a aprendizagem e reorientando as práticas de sala de aula, quando necessário. O Ensino Aprendizagem-avaliação de Matemática através da Resolução de Problemas é diferente daquele em que regras de “como fazer” são privilegiadas. Ele “reflete uma tendência de reação a caracterizações passadas como um conjunto de fatos, domínio de procedimentos algorítmicos ou um conhecimento a ser obtido por rotina ou por exercício mental”. (ONUCHIC, 1999, p.203).
Nessa metodologia, o trabalho começa com um problema, e esse é o ponto
de partida para a aprendizagem, o conhecimento é construído através de sua
resolução, e, professor e aluno, juntos desenvolvem o trabalho, a aprendizagem se
realiza de modo colaborativo em sala de aula.
De acordo com Onuchic e Allevatto (2008):
A Metodologia Ensino-Aprendizagem-Avaliação de Matemática através da Resolução de Problemas integra uma concepção mais atual sobre avaliação, constituindo-a numa oportunidade de aprender. A avaliação será construída durante a resolução do problema, integrando-se ao ensino e aumentando a aprendizagem. (ONUCHIC, ALEVATTO, 2008, p.83).
A avaliação nessa perspectiva deve ser formativa, permanente, com a
finalidade de desenvolver a potencialidade do aluno, acompanhando o aprendizado,
e reorientando o trabalho do aluno por meio de recuperação paralela dos tópicos de
conteúdo para os quais seu desempenho não foi satisfatório ou nos quais ainda não
se apresenta seguro.
Objetivos gerais da unidade didática:
Interessar-se pela matemática ante a sua aplicabilidade.
Elaborar e interpretar hipóteses durante a resolução de problemas.
Vivenciar a resolução de problemas como metodologia nos processos
de ensino e aprendizagem de matemática.
Identificar e analisar as estratégias utilizadas por alunos do 7º ano do
Ensino Fundamental na resolução de problemas que envolvem o
conceito de proporção.
Cada plano de aula tem seus objetivos específicos, as estratégias de ação em
que as tarefas envolvendo a Resolução de Problemas serão desenvolvidas estão de
acordo com as etapas descritas por Allevato e Onuchic (2011, p. 83 - 85). Cada
plano de aula está organizado de forma que os alunos trabalhem em grupos de três
componentes escolhidos pela professora procurando variar os participantes para
que haja melhor aprendizagem e a socialização entre os colegas da turma. Todos os
participantes dos grupos serão incentivados a exporem as resoluções com o objetivo
de desenvolver a segurança de todos e não apenas ratificar a postura de alguns.
Nas estratégias de ação serão brevemente descritos os procedimentos adotados
para o encaminhamento das ações. A duração prevista para a aula, os recursos
didáticos que serão necessários e a avaliação proposta serão detalhadas a cada
plano de aula que compõe a unidade.
Para iniciar o desenvolvimento desta Unidade Didática, será aplicado aos
alunos do 7º ano do Colégio Estadual Profª. Leonor Castellano um questionário para
melhor conhecer a realidade na qual estão inseridos os alunos participantes do
projeto facilitando a interação com os mesmos e, quando possível a escolha de
problemas relacionados ao seu cotidiano.
Duração:
Uma aula de 50 minutos.
Objetivo:
Conhecer melhor a realidade dos alunos.
Estratégias de ação:
Após a apresentação do projeto e anuência da turma em participar o
questionário a seguir será entregue em folhas impressas para o preenchimento
individual. O tempo utilizado será de 50 minutos. As informações obtidas serão
importantes para o desenvolvimento do trabalho, pois permitirão conhecer melhor a
realidade onde estão inseridos os alunos participantes de forma a aproximar os
problemas e as ações do cotidiano da realidade vivenciada, “personalizando”,
quando possível, algumas ações.
Aluno (a):__________________________________________________________________
1) Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
2) Idade:__________________________________________________________________
3) Em relação à disciplina de matemática:
( ) gosto muito
( ) gosto
( ) não gosto
( ) não gosto nada
Por que:___________________________________________________________________
4) Possui televisão: ( ) sim ( ) não
5) Acesso a internet:
( ) em casa
( ) na escola
( ) em outros locais ( lan houses)
( ) não tem
6) Atividades praticadas nas horas de folga:
__________________________________________________________________________
7) Ocupação dos responsáveis:
8) Número de pessoas que moram em sua casa:
( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ou mais moradores.
9) Local da moradia:
( ) centro
( ) bairro
( ) interior
10) Utiliza transporte para a escola: ( ) sim ( ) não
11) Distância da casa até a escola:
__________________________________________________________________________
12) Tempo de duração do percurso de casa até a escola:
__________________________________________________________________________
PLANOS DE AULA:
PLANO DE AULA 1:
Objetivos Específicos:
Utilizar estratégias diversas para resolver problemas que envolvem o conceito
de razão e proporção.
Expor para os colegas as estratégias utilizadas na resolução dos problemas
propostos.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis e borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Bruno e Diego, alunos do 7º ano são grandes amigos e combinaram de
pescar no próximo domingo. Chegando o dia marcado pegaram suas bicicletas e
pedalaram alguns quilômetros até chegarem a uma grande represa, onde usavam
iscas e anzóis apropriados para a pesca de lambari. Assim passaram a tarde toda
pescando, a pescaria foi um sucesso, Bruno havia pescado 3,2 kg e Diego, 4 kg.
Antes de voltarem para casa avistaram a barraca de Dona Maria, que atendia aos
pescadores daquela represa, pediram para ela limpar os peixes que haviam
pescado, e combinaram o preço. Enquanto ela limpava os peixes aproveitaram para
observar um barco que havia atracado. Ao voltarem à barraca, Dona Maria havia
colocado todos os lambaris limpos num único saco plástico, com uma etiqueta
indicando a massa total de 5,76 kg. E agora, quantos quilogramas caberiam a cada
um? Como repartir os peixes de forma justa?
Para a resolução desse problema a professora explicará:
kg
kg
4
2,3= 0,8 =
10
8=
5
4
Comparando a parte que cabe ao Bruno (4 partes) e a parte que cabe ao
Diego (5 partes), temos 4 para 5. A comparação de duas grandezas de mesma
natureza por meio da divisão é chamada Razão.
Como o total de lambaris limpos foram 5,76 kg e as partes de Bruno 4 partes e
Diego 5 partes somaram 9, temos:
5,76 9= 0,64
0,64 4 = 2,56 kg para Bruno
0,64 5 = 3,2 kg para Diego
Atividade 2: Chegou a hora de pagar Dona Maria. O certo é cada um pagar na
mesma razão do número de quilogramas que pescou. Ela cobrou R$3,60 para
limpar os lambaris.
a) Quanto Diego pagou pela sua parte?
4,096,3
00,2$54,0 R
Diego pagou a Dona Maria R$2,00 pela sua parte.
b) Bruno, que tinha dado R$5,00 para Dona Maria cobrar a sua parte, gastou o
troco em anzóis. Quanto pagou por esses anzóis?
60,1$44,0 R
R$5,00 – R$1,60 = 3,40
Bruno pagou a Dona Maria R$1,60 pela sua parte sobrando R$3,40 para ele
comprar os anzóis.
Atividade 3: No caminho de volta da pescaria, Bruno disse a Diego: Vamos ver se
você lembra bem a noção de razão que a professora de matemática ensinou. O sítio
de meu pai tem 48 hectares de canavial, 30 hectares de pastagem e 12 hectares de
área de reserva florestal.
a) Qual a razão entre o número de hectares da reserva florestal e o número
de hectares do canavial?
b) Qual a razão entre a área destinada a pastagem e a área total do sítio?
c) Qual das seguintes razões é maior: Entre a área da pastagem e a área do
canavial, ou entre a área da reserva florestal e a área da pastagem.
(adaptadas de BIANCHINI; PACCOLA, 1998, p.5).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades durante a
resolução dos problemas por meio das respostas orais, da socialização dos grupos,
da apresentação na lousa e dos registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 2:
Objetivos específicos:
Demonstrar que em toda proporção o produto do numerador de uma razão
pelo denominador da outra é constante.
Enunciar a Propriedade Fundamental das Proporções.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com as atividades a serem resolvidos, quadro branco, pincel,
lápis e borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Escrevam nas extremidades das diagonais de cada esquema, pares de
números cujo produto seja o número escrito no centro.
Atividade 2: Agora registrem ao lado do respectivo esquema os pares de números
encontrados.
Atividade 3: Neste novo esquema, escrevam números que não sejam primos nos
centros de cada esquema e então completem cada um como anteriormente.
Atividade 4: Relacionem os pares de razões que vocês encontraram na atividade 1 e
liguem cada par com sinais de = ou , utilizando a Propriedade das Proporções.
Atividade 5: Num estacionamento, o espaço ocupado por uma moto está para o
espaço ocupado por um automóvel na razão de 2 para 3. Quantas motos ocuparão o
espaço de 10 automóveis? Representem em uma tabela:
Quantidade de carros
Quantidade de motos
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.40).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades durante a
resolução dos problemas por meio das respostas orais, da socialização dos grupos,
da apresentação na lousa e dos registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 3:
Objetivos específicos:
Identificar a proporção como uma igualdade de duas razões.
Verificar, por meio de cálculos, a Propriedade Fundamental das Proporções.
Destacar para os colegas o tipo de raciocínio e as operações utilizadas na
resolução dos problemas propostos.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, régua, lápis e borracha.
Estratégia de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Nosso amigo Henrique tem em sua chácara um chalezinho que é uma
graça, a frente do chalé foi construída de forma triangular. Certo dia numa
churrascada com os amigos foram registradas várias fotos interessantes. Assim que
as fotos chegaram às mãos de Henrique, ele pediu para que o fotógrafo fizesse uma
ampliação de uma das fotos do chalé para saber qual foi a proporção que teve de
aumento. Veja a foto original (foto 1) e a ampliação (foto 2).
(Foto 1)
(Foto 2)
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Com o auxílio de uma régua, tomamos, em centímetros, algumas medidas do chalé
em cada uma das fotos e preencha a tabela:.
Altura do triângulo
da parte superior
do chalé
Largura da base
superior do chalé
Comprimento de
cada um dos lados
do telhado
Foto 1
Foto 2
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Dividindo cada comprimento da foto 2 pelo respectivo comprimento da foto 1
(ver tabela que eles preencheram), qual será o resultado obtido?
cm
cm
4
6=1,5
cm
cm
5
5,7= 1,5
cm
cm
6,5
4,8= 1,5
Observe que todos os quocientes obtidos são iguais a 1,5, ou seja, a razão entre
cada comprimento da foto 2 e o comprimento da foto 1 é 1,5. Ou seja, a segunda
foto corresponde a uma vez e meia a primeira, isto que dizer que a ampliação foi de
150%.
Veja que:
A razão entre a altura do triângulo de madeira da foto 1 e da foto 2 é 6
4, ou seja:
3
2.
A razão entre largura da base superior de tijolos da foto 1 e da foto 2 é 5,7
5, ou seja:
3
2
75
50
Como as duas razões são iguais a 3
2, elas são iguais entre si, e daí podemos
escrever: 5,7
5
6
4 ou também pode ser escrita assim: 4 6 = 5 7,5.
Atividade 2: Dona Ana encontrou uma foto três por quatro de sua filha Giovana
quando esta era criança. Ela era uma graça. Estava tão bonita na foto que Dona Ana
resolveu fazer uma ampliação dessa foto. A ampliação ficou com 24 cm de altura.
Será possível calcular a largura da foto ampliada?
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Uma foto três por quatro tem 3 cm de largura por 4 cm de altura. A foto
ampliada é proporcional à primeira. Então temos uma proporção na qual aparecem
os números: 3, 4, um valor desconhecido e 24.
Chamando de x cm a medida procurada, temos a proporção:
244
3 x
Agora é só resolver a equação: 4 .x = 72 x = 4
72 x = 18
Então a foto ampliada tem: 18 cm de largura e 24 cm de altura, ou seja, é 18 por 24.
Atividade 3: Como Dona Maria estava observando o álbum antigo da família,
resolveu ampliar mais algumas fotos três por quatro para pôr em alguns porta
retratos.
a) Uma foto três por quatro para ficar com a largura 36 cm deverá ter como
altura quantos cm?
b) Uma foto dez por quinze para ficar com largura 14 cm deverá ter como altura
quantos cm?
c) Uma foto dez por quinze para ficar com altura 45 cm deverá ter como altura
quantos cm?.
(adaptadas de BIANCHINI; PACCOLA, 1998, p.11).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades durante a
resolução dos problemas por meio das respostas orais, da socialização dos grupos,
da apresentação na lousa e dos registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 4:
Objetivos específicos:
Demonstrar a proporcionalidade existente entre duas grandezas.
Perceber a utilidade prática desse tipo de cálculo em diversas situações do
cotidiano tais como escalas de mapas, plantas de construções e projetos diversos.
Duração:
Quatro aulas de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Máquina fotográfica, fita métrica, régua, lápis, borracha, folhas digitadas com
os problemas a serem resolvidos, quadro branco, pincel.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Neste momento o aluno já teve todos os conceitos de razão e proporção,
então vamos provar por meio da comparação de suas alturas, como calcular a altura
do prédio da prefeitura que se localiza em frente à escola na qual estudam. A aula
terá início com a professora explicando os passos a serem seguidos para a
realização de tal tarefa:
1º - Inicialmente a professora organizará os alunos para fazermos um passeio até a
prefeitura que se localiza em frente à escola para tirarmos uma foto de cada aluno
em frente à mesma. Esta atividade visa relacionar as medidas das fotos com a altura
de cada participante (aluno e prefeitura), para tentar descobrir qual altura real da
prefeitura.
2º - Ao retornarmos para a sala de aula, com uma fita métrica, faremos a medida da
altura de cada aluno. Explicando a questão da transformação das unidades de
medida (metros para centímetros).
3º - A sala será organizada em grupos de três alunos e cada aluno no grupo irá
responder as questões propostas (neste momento as fotos já terão sido impressas)
para então iniciarmos a problematização.
Atividades:
1) Qual é a sua altura real em centímetros?
2) Com uma régua, meça a sua altura na foto.
3) Ainda utilizando a régua, qual a altura da prefeitura na foto?
4) Qual é a razão entre a sua altura real e a sua altura na foto?
5) Na opinião de vocês, como seria possível estabelecer uma relação entre as
alturas das fotos (suas e da prefeitura), e as alturas reais (suas e da
prefeitura).
6) Se existe esta relação entre as alturas da prefeitura e as suas alturas,
organize as informações para tentarmos descobrir a altura da prefeitura. Qual
é essa altura?
7) É possível estabelecer outras relações de proporcionalidade para medir, por
exemplo, a altura da nossa escola e a altura da igreja?
8) Supondo que a altura da igreja na foto é 9 cm relacionando com sua altura
real e a altura da foto, qual é a altura real da igreja?
9) Se a altura da escola na foto é 8 cm, fazendo relação com as suas aturas
reais e a altura da foto, qual a altura real da escola?
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 5:
Objetivos específicos:
Identificar proporção como a igualdade de duas razões.
Verificar, aplicando a Propriedade Fundamental, se um par de razões dadas
forma uma proporção.
Aplicar a Propriedade Fundamental das Proporções.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis e borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividades 1: Marcos e Cleide são proprietários da loja Menos Preço que vende
produtos importados. Eles trabalham em horários diferentes. Marcos, das 8 h às 12
h e Cleide, das 12 h às 18 h. No final do ano, eles decidiram repartir o lucro de R$
30.000,00 que haviam obtido no último trimestre. Essa divisão seria em partes
proporcionais às horas trabalhadas por dia. Quanto receberia cada um deles?
Para a resolução desse problema a professora explicará:
O número total de horas trabalhadas são 4 horas de Marcos e 6 horas de Cleide, ou
seja: 4 + 6 = 10
A razão que indica o número de horas trabalhadas por Marcos em relação ao total é
10
4.
A razão que indica o número de horas trabalhadas por Cleide em relação ao total é
10
6.
000.1210
000.120000.30410
000.3010
4 xx
x
Marcos deverá receber R$ 12.000,00
000.1810
000.180000.30610
000.3010
6 xx
x
Cleide deverá receber R$ 18.000,00
Atividade 2: Se Marcos e Cleide tivessem um lucro de R$ 60.000,00, e o número de
horas trabalhadas por cada um fosse o mesmo, quanto caberia a cada um?
Atividade 3: Vamos imaginar que Marcos trabalha das 7 h às 12 h, e Cleide trabalha
das 12 h às 19 h. Desta vez supondo que o lucro foi de R$ 36.000,00, quanto
caberia a cada um?
Atividade 4: Marcos respondeu um questionário sobre cultura geral: de cada 9
questões acertou 7. Cleide foi melhor que seu sócio, mas não muito: de cada 5
questões acertou 4. Como Cleide acertou 36 questões, quantas foram as que
Marcos acertou?
Atividade 5: Marcos e Cleide responderam outro questionário, este era sobre
conhecimentos gerais, Marcos de cada 7 questões acertou 5, e Cleide de cada 10
questões acertou 6. Cleide acertou um total 42 questões. Qual foi o número de
questões que Marcos acertou?
(adaptadas de BIANCHINI; PACCOLA, 1998, p.46).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 6:
Objetivo específico:
Reconhecer quando dois números são grandezas inversamente proporcionais
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis e borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Seu Gerônimo com a ajuda de seu neto Danilo resolveu colocar uma
piscina em seu sítio. Depois da piscina instalada colocaram uma mangueira para
que a água, que ficava em um nível mais elevado, escorresse livremente para a
piscina. Viva! A piscina estava enchendo! Eram 11 horas. Foram embora e voltaram
no dia seguinte. Ao chegarem às 11 horas, encontraram a piscina com água até a
altura de 60 cm. Isso era a terça parte da atura do nível da água da piscina. Que
decepção, adeus mergulhos! Ficaram a pensar no que tinha acontecido. Durante o
período de 24 horas apenas um terço da piscina estava com água. Como eles só
visitam o sítio no final de semana, precisavam que ela enchesse em 24 horas. Seu
Gerônimo estava arrasado, Danilo com pena do avô tentava solucionar o problema.
Depois de muito pensar, achou a solução! Agora cada grupo tenta achar uma
solução para o problema de seu Gerônimo
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Veja como Danilo pensou: se durante 24 horas a mangueira encheu a terça parte da
piscina, então para enchê-la totalmente haveria necessidade de três vezes esse
tempo, o seja, 72 horas, ou aumentar o número de mangueiras. Assim Danilo fez a
seguinte tabela para seu avô:
Número de mangueiras (com a
mesma vazão)
Tempo para encher a piscina
1 72h
2 h3672
2
1
3 h2472
3
1
Colocando três mangueiras, o tempo para encher a piscina seria de 24 horas.
Estava descoberta a solução!
Observando melhor a tabela de Danilo, veem-se duas sucessões de números: uma,
do número de mangueiras e outra, do tempo para encher a piscina.
72
1
36
2
24
3
Nessas duas sucessões o produto entre dois elementos correspondentes é sempre
o mesmo:
72721 72362 72243
Sabe como se chamam sucessões desse tipo? Chamam-se sucessões de números
inversamente proporcionais.
As grandezas envolvidas, números de mangueira e tempo para encher
completamente a piscina são chamadas grandezas inversamente proporcionais.
Quando duplicamos uma delas, a outra aparece dividida por dois; quando
triplicamos uma delas, a outra aparece dividida por três etc.
Atividade 2: Cuidado, use sempre o bom senso! Quando se fala em grandezas
proporcionais, deve-se ter o cuidado de analisar até quando a proporcionalidade
existe. Imaginem, por exemplo, uma parede que, sendo feita por um só pedreiro,
demoraria 10 dias para ficar pronta. Seria conveniente ir aumentado
proporcionalmente o número de pedreiros para que proporcionalmente diminuísse
os dias trabalhados? Expliquem:
Para a resolução desse problema a professora explicará:
É razoável pensar que, se colocássemos dois pedreiros, a demora seria de 5 dias.
Também é razoável pensar que, se colocássemos 4 pedreiros, a demora seria de
dois dias e meio. Essas grandezas, número de pedreiros e tempo para fazer a
parede, estão se comportando como grandezas inversamente proporcionais. Mas,
até quando podemos duplicar o número de pedreiros?
Pelo bom senso, não devemos continuar a duplicar muito o número de pedreiros,
pois chegaríamos à conclusão que essa parede poderia ser feita em alguns
segundos, bastando ter um número de pedreiros muito grande. Isso, no entanto é
impossível, pois nem haveria lugar para tanta gente.
Atividade 3: Veja a promoção de camisas que a loja da Mamata está fazendo:
Quantidade de camisas 1 camisa 2 camisas 3 camisas 4 camisas
Preço em (R$) 14,00 27,00 39,00 48,00
A tabela mostra que, nessa loja, as grandezas número de camisas e preço total
não são diretamente proporcionais, pois, ao dobrar o número de camisas de uma
para duas, por exemplo, o preço não dobrou. Ela mostra também que essas
grandezas não são inversamente proporcionais, pois, ao dobrarmos uma delas, a
outra não apareceu dividida por dois. Então, que grandezas são essas?
Atividade 4: Agora que vocês já viram exemplos de grandezas que não são nem
diretamente, nem inversamente proporcionais, discutam em seus grupos e registrem
outros exemplos de grandezas com esse tipo de comportamento?
Atividade 5: A tabela indica o preço de cada brigadeiro na padaria de seu Joaquim:
Número de brigadeiros 1 2 3 4 5 6
Preço (R$) 1,20 2,40 3,60 4,80 6,00 7,20
De acordo com a tabela, respondam?
a) Qual o preço de 12 brigadeiros?
b) Com R$18,00, quantos brigadeiros podem ser comprados?
c) As grandezas número de brigadeiros e preço são diretamente
proporcionais?
Atividade 6: Diego estava voltando da pecaria e ao passar por um dos marcos que
indicava o número de quilômetros daquela rodovia, acionou um cronômetro e a cada
novo marco ele anotava o tempo decorrido. Suas anotações encontram-se na tabela.
Marco indicando o nº. de km 1 2 3 4 5
Tempo (min.) decorridos 2 5 8 12 15
Examinando esta tabela respondam:
a) Dá para saber quantos minutos ele gastou para percorrer 6 km?
b) Triplicando o número de quilômetros percorridos, o tempo também
triplica? Explique.
Atividade 7: Um construtor estava contratando mão de obra para pintar um prédio.
Se todos os pintores tivessem o mesmo ritmo de trabalho, o número de dias
necessário para pintar todo o prédio seriam os da tabela:
Nº. de pedreiros 5 6 8 10 12
Nº. de dias 120 100 75 60 50
De acordo com a tabela respondam:
a) Quantos pedreiros seriam necessários para pintar o prédio em 30 dias?
b) Em quantos dias 15 pedreiros pintariam o prédio?
c) As grandezas número de pedreiros e número de dias são diretamente
proporcionais?
(adaptadas de BIANCHINI; PACCOLA, 1998, p.49).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 7:
Objetivos específicos:
Entender o conceito de razão e de números/grandezas proporcionais.
Verificar, aplicando a Propriedade Fundamental, se um par de razões dadas
forma uma proporção.
Identificar proporções como uma igualdade de duas razões.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas de papel milimetrado e quadriculado, folhas digitadas com os
problemas a serem resolvidos, quadro branco, pincel, lápis, borracha, tesoura, cola
e, régua.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Para preparar suas tintas, um pintor costuma dissolver 4 latas de tinta
em 6 latas de água. Quantas latas de água são necessárias para dissolver 8 latas de
tinta?
Completem a tabela:
Tinta Água Tinta diluída
4 6
8
3
1
2
1) Quais as grandezas envolvidas no problema?
2) Elas são proporcionais? Que critérios vocês usaram para concluir a resposta?
3) Para diluir 15 latas de tinta concentrada, quantas latas de água são
necessárias?
4) Ao preparar suas tintas, o pintor João mistura 3 latas de tinta com 5 latas de
água. Qual dos dois obtém uma tinta mais concentrada? Por quê?
5) Utilizando uma folha de papel quadriculado, desenhem quatro quadrados: A,
B, C, D de lados respectivamente 2, 4, 6, e 10 e completem a tabela.
Unidade de comprimento: lado do quadrado da folha.
Unidade de área: área do quadradinho da folha.
Quadrado Lado Área
A
B
C
D
6) Quais as grandezas envolvidas no problema?
7) Elas são proporcionais? Que critérios vocês usaram para concluir a resposta?
8) Pode-se afirmar que a área do quadrado de lado 10 é o dobro do quadrado
de lado 5?
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p. 31).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.·.
PLANO DE AULA 8:
Objetivo específico:
Usar a ideia de razão num contexto real e construir um conjunto de números
proporcionais a outro conjunto dado, calculando a razão entre eles.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Num dia de chuva, compareceram na escola apenas5
4 do número de
alunos de sempre. Se o número de alunos normal dessa escola fosse 200, quantos
alunos viriam nesse dia de chuva?
Atividade 2: Dona. Isaura, merendeira dessa escola, prepara todo dia certa
quantidade de chocolate para a merenda. Que fração dessa quantidade deve
preparar nesse dia para que cada aluno tome a mesma quantidade de sempre?
Atividade 3: Se em dias normais, Dona. Isaura gasta com a merenda 15 kg de leite
em pó, 10 kg de açúcar e 5 kg de chocolate, quanto gastará de cada ingrediente
nesse dia, para que a merenda tenha o mesmo gosto de sempre?
Preencham a tabela:
Leite em pó Açúcar Chocolate Nº. de
alunos
Dia normal
Dia de chuva
a) Os conjuntos da 1ª e da 2ª linha são proporcionais? Por quê?
b) As razões entre os números correspondentes da 1ª e da 2ª linha são todas
iguais? E se a ordem das linhas forem trocadas?
Atividade 4: A escola fará uma excursão ao Termas de São João, a 90 Km de
Barracão. A companhia de ônibus cobrará R$ 300,00 pelo aluguel do ônibus e mais
R$ 20,00 por aluno. Se 30 alunos participarem da excursão, quanto será pago à
companhia? E se forem 40 alunos? E se forem 50 alunos? Façam uma tabela com
os números dos alunos e valores correspondentes.
Nº de alunos
Valor a ser pago (R$)
a) Se o número de alunos crescer, o valor a ser pago aumenta?
b) O número de alunos e o valor a ser pago são proporcionais?
Atividade 5: No 1º turno dessa mesma escola, na hora da sobremesa, foram
distribuídos igualmente 30 kg de doce para 200 alunos. Se no 2º turno o número de
alunos é 150, quantos quilos de doce deverão ser distribuídos, para que cada aluno
coma a mesma quantidade de doce que os do 1º turno? Quanto precisaria para 30
alunos? Demonstre em uma tabela.
Nº de alunos
Kg de doce
a) Somando os quilos de doce dos dois turnos e os números de alunos
desses mesmos turnos e dividindo um total pelo outro, o que dará?
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.34).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.·
PLANO DE AULA 9:
Objetivo específico:
Resolver problemas que envolvem a proporcionalidade direta tais como os
chamados “Problemas de Regra de Três Simples”.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Mil folhas de certo papel pesam 4 kg. Quanto pesarão 600 folhas do
mesmo papel?
Redução a unidade:
Nº. de folhas 1000 100 1 600
Peso 4 0,4 0,004 2,4
Atividade 2: Um automóvel roda 340 km com 40 litros de álcool e a capacidade do
seu tanque é de 52 litros. Quantos quilômetros este automóvel rodará com o tanque
cheio de álcool?
Redução a unidade:
Km 340 8,5 442
Litros 40 1 52
Atividade 3: Em uma horta, José utilizou 9 m² para plantar 225 mudas de alface.
Mantendo-se a mesma distância entre as mudas, quantos metros quadrados serão
necessários para plantar 300 mudas?
Redução a unidade:
Mudas 225 25 300
M² 9 1 12
Atividade 4: Para encapar 7 cadernos iguais usei 3,5 m de plástico. Para encapar 12
cadernos iguais a esses, quantos metros de plástico usarei?
Redução a unidade:
Cadernos 7 1 12
Metros de plástico 3,5 0,5 6
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.47).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas·.
PLANO DE AULA 10:
Objetivo específico:
Compreender e utilizar a Propriedade da Soma dos Termos das Proporções e
a Propriedade Fundamental das Proporções.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Numa fábrica de automóveis, para cada 3 carros a álcool são
produzidos 4 carros a gasolina. Se o total de carros produzidos ao final do mês foi
de 840 carros, quantos são a álcool e quantos são a gasolina?
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Os alunos serão incentivados a expressarem a primeira frase por meio de uma
proporção para reforçarem a ideia de razão.
GAG
Aou
GA34
4
3
43
O problema pode ser solucionado usando a Propriedade da Soma dos Termos das
Proporções:
480
360120
7
840
43
G
AGA
Atividade 2: Para visualizar as igualdades, preencham a tabela com números
possíveis de carros a álcool e a gasolina e seus totais.
A álcool 3 6
A gasolina 4 32 60
Total 840
Atividade 3: Depois de completada a tabela, comparem entre as razões dos
números de duas colunas quaisquer as várias formas de verificar a Propriedade da
Soma dos Termos de uma Proporção.
Exemplos:
14
7
8
4
6
3
7
56
4
32
3
24
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.102).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 11:
Objetivos específicos:
Entender as razões entre os ângulos dos setores e os percentuais dados
correspondentes.
Compreender o fato de que os percentuais, por sua vez, são razões entre os
ângulos correspondentes e o total do círculo (360°).
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha, régua, lápis de cor, compasso e transferidor.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Entre os adultos de uma população, 10% são profissionais liberais, 70%
são operários e 20% têm outras profissões. Vamos representar esses dados em um
gráfico de setores.
1º passo: Iremos construir uma tabela para distribuirmos as porcentagens no gráfico.
(observação: uma volta completa da circunferência apresenta 360°).
Porcentagem Graus
Profissionais liberais 10% 36°
Operários 20% 72°
Outras profissões 70% 252°
36100
360010360100
%10
%100360xxx
x
72100
720020360100
%20
%100360xxx
x
252100
2520070360100
%70
%100360xxx
x
2º passo: Agora com o uso do compasso e transferidor iremos construir o gráfico de
setor, colocar título, a porcentagem e a legenda de cada profissão.
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.105).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 12:
Objetivos específicos:
Compreender grandezas inversamente proporcionais
Identificar e analisar as estratégias utilizadas na resolução de problemas que
envolvem proporcionalidade.
10%
70%
20%
Profissões de uma população
profissionais liberais
operários
outras profissões
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Numa corrida disputada entre os alunos da escola são José, havia um
prêmio de R$ 255,00 a ser dividido entre os dois primeiros colocados, em partes
inversamente proporcionais aos tempos de cada um. Se os dois primeiros
completam a corrida em 16s e 18s, respectivamente, quanto cada um deles ganhou?
Elaborem uma tabela e escrevam as igualdades decorrentes da proporcionalidade
inversa envolvida (16X = 18Y) e do conhecimento do total do prêmio (X+Y = 255).
Primeiro Segundo Total
Prêmio X? Y? 255
Tempo 16 18
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Escrevam a igualdade: 16X = 18Y sob a forma de uma proporção usando a
propriedade da soma dos produtos.
5,734
255
3416181816
YXYXYX
1205,716
XX
1355,718
XX
Cada um ganhou respectivamente R$ 120,00 e R$ 135,00.
Atividade 2: Numa outra corrida disputada entre os alunos da escola são José, havia
um prêmio de R$ 264,00 a ser dividido entre os dois primeiros colocados, em partes
inversamente proporcionais aos tempos de cada um. Se os dois primeiros
completam a corrida em 20s e 24s, respectivamente, quanto cada um deles ganhou?
Elaborem uma tabela e escrevam as igualdades decorrentes da proporcionalidade
inversa envolvida (20X = 24Y) e do conhecimento do total do prêmio (X+Y = 264).
Primeiro Segundo Total
Prêmio X? Y? 264
Tempo 20 24
Para a resolução desse problema a professora explicará:
Escrevam a igualdade: 20X = 24Y sob a forma de uma proporção usando a
propriedade da soma dos produtos.
644
264
4424202420
YXYXYX
120620
XX
144624
XX
Cada um ganhou respectivamente R$ 120,00 e R$ 144,00.
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.108).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 13:
Objetivos específicos:
Compreender grandezas inversamente proporcionais.
Resolver problemas utilizando grandezas inversamente proporcionais.
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade1: Um auditório está arrumado em 16 filas com 20 poltronas em cada fila.
Para uma solenidade, o mesmo número de poltronas do auditório deverá ser
arrumado em apenas 10 filas. Quantas poltronas haverá em cada fila nesta
solenidade? Representem em uma tabela.
Quantidade de filas Quantidade de poltronas em cada fila Total de poltronas
a) Nessa nova arrumação, o número de poltronas em cada fila é maior ou menor
que antes?
b) Com a nova arrumação, o número total de poltronas aumenta ou diminui?
c) Por que esta situação envolve proporcionalidade inversa? (observem os
dados da tabela).
Atividade 2: Numa certa semana, 8 apostadores da loteria esportiva fizeram 13
pontos e receberam R$ 36.000,00 cada um. Se nesta semana o número de
acertadores fossem 12, quanto receberia cada um? Representem em uma tabela.
Nº de apostadores Quantia recebida (R$) Total do prêmio
a) Qual a quantia a ser rateada pela loteria nesta semana?
b) A quantia a ser rateada se modificará se mudar o número de acertadores?
Atividade 3: Com o dinheiro que possuo, eu posso comprar 21 passagens de lotação
ao custo unitário de R$ 1,80. Eu soube porém que o valor da passagem está para
aumentar para 2,10. No novo valor, quantas passagens eu poderei comprar com a
mesma quantia que eu tenho? Representem em uma tabela.
Valor de cada passagem (R$) Total de passagens Total a ser pago (R$)
a) Com o novo valor da passagem, eu poderei comprar mais ou menos
passagens com o dinheiro que possuo?
b) Por que esta situação envolve proporcionalidade? (observem os dados da
tabela).
(adaptadas da obra organizada pelo projeto Fundão, TINOCO, 2011, p.86).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
PLANO DE AULA 14:
Objetivos específicos:
Compreender quando em uma situação problema há proporcionalidade.
Identificar o tipo de operação e raciocínio que o aluno privilegia na resolução
de problemas de proporção;
Duração:
Duas aulas geminadas com duração de 50 minutos cada.
Recursos didáticos:
Folhas digitadas com os problemas a serem resolvidos, quadro branco,
pincel, lápis, borracha.
Estratégias de ação:
As estratégias de ação utilizadas serão desenvolvidas conforme já foram
especificadas no início da Unidade Didática.
Atividade 1: Daniela fez uma tabela mostrando a quantidade de água que gastava
em algumas de suas atividades domésticas:
Atividade Consumo Frequência
Lavar roupa 150 litros por lavagem 1 vez ao dia
Tomar banho 90 litros por banho 1 vez ao dia
Lavar o carro com mangueira 100 litros por lavagem 1 vez na semana
Para economizar água, ela reduziu a lavagem de roupa a 3 vezes por semana, o
banho diário a 5 minutos e a lavagem do carro a apenas um balde de 10 litros.
a) Construam uma tabela informando qual era o gasto semanal que Daniela
tinha antes de começar economizar água:
Atividade Consumo Total de litros de água
Lavar roupa 150 7 1050 L
Tomar banho 90 7 630 L
Lavar o carro com mangueira 100 1 100 L
Total 1780
b) Construam uma nova tabela informando qual é o gasto semanal de água que
Daniela têm após começar economizar água:
Atividade Consumo Total de litros de água
Lavar roupa 150 3 450 L
Tomar banho (90 3) 7 210 L
Lavar o carro com
mangueira
10 1 10 L
Total 670 L
c) Quantos litros de água ela passou a economizar por semana?
a)( )1010 L
b)( x )1110 L
c)( )1210 L
d)( )1211 L
e)( )1310 L
Atividade 2: Para encher um tanque de 10 mil litros, leva-se 4 horas. Para abastecer
tal tanque com apenas 2500 litros, qual o tempo necessário?
Redução a unidade:
Litros
Horas
(adaptadas OBMEP FASE I, 2009, questão 9).
Avaliação:
Será avaliada a participação no desenvolver das atividades por meio das
respostas orais, da socialização dos grupos, da apresentação na lousa e dos
registros e análises individuais nas folhas.
REFERÊNCIAS:
BIANCHINI, E.; PACCOLA, H., A matemática tem razão. São Paulo: Moderna,
1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília. MEC/SEF.
1998.
CORREA, R. A. O Conceito de Proporcionalidade no Ensino Fundamental. In:
ENCONTRO REGIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA UNICAMP /
IMECC, XVIII, 2005, Campinas, SP. Minicurso. Campinas: 2005. Disponível em:
HTTP://www.ime.unicamp.br/erpm2005/anais/m_cur/mc04.pdf. Acessado em: 05
out. 2013.
COXFORD A. F.;SCHULTE A. P; Traduzido por Domingues H. H. As idéias de
Álgebra. São Paulo: Atual, 1995.
LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o Século
XXI. Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção perspectivas em Educação
Matemática).
NUNES, T. É hora de ensinar proporção. Nova Escola. São Paulo, 2002. Entrevista
concedida a Ricardo Falzetta. Disponível em:
Revistaescola.abril.com.br/matemática/fundamentos/hora-ensinar-proporcao-fala-
mestre-terezinha-nunes-428131.shtml. Acessada em: 05 out. 2013.
OBMEP FASE I, 2009. Disponível em: http://www.obmep.org.br/provas_static/pf1n1-
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ONUCHIC, L. R. Uma História da Resolução de Problemas no Brasil e no
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