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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Profª. Orientadora: Eliane Santos Raupp - UEPG (UEPG)

Profª. PDE: Cirlene da Apª. dos S. V. Martins

UNIDADE DIDÁTICA

PDE—2013

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

Ficha de Identificação — Material Didático

Professor PDE/2013

Título As Fábulas como gênero motivador da leitura e produção de textos nos anos iniciais da 2ª fase do Ensino Fundamental

Autor Cirlene da Aparecida dos S. Vargas Martins

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Est. Altair Mongruel – Ens. F. M. e Normal

Av. Brasil, 955 - Centro

Município da Escola Ortigueira - Paraná

Núcleo Regional de Educação Telêmaco Borba

Professor Orientador Eliane Santos Raupp

Instituição de Ensino Superior UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

Relação Interdisciplinar Artes, História.

Resumo: A escolha do tema “As Fábulas como gênero motivador da leitura e produção de texto nos anos iniciais da 2ª fase do Ensino Fundamental” se deu por ser este um gênero que, além de motivar os alunos, é de fácil compreensão, proporciona práticas educativas significativas, possibilitando, assim, aos alunos tornarem sujeitos-leitores reflexivos, que enxergam diversas possibilidades de entendimento do texto e que avaliam a veracidade essas diferentes possibilidades. O objetivo geral dessa produção é, portanto, favorecer a compreensão dos alunos acerca dos processos de leitura e de produção de textos, buscando promover a valorização da atividade de leitura interpretativa de texto enquanto processo dinâmico, social, cognitivo e linguístico. Espera-se despertar no aluno o interesse pela leitura e pela escrita, desenvolver o hábito da leitura e da produção de textos, por meio da reflexão das características e valores que são transmitidos através das fábulas, fazendo com que o aluno reflita situações de seu cotidiano através de suas produções.

Palavras-chave Fábula; Leitura; Motivação; Produção de texto.

Formato do material Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 6º e 7º anos

nalisando, através da prática pedagógica, os trabalhos desenvolvidos

em sala de aula, pode-se perceber que os alunos, principalmente dos do 6º e 7º anos,

apresentam muitas dificuldades com relação à leitura e produção de texto.

Dificuldades estas que já veem acompanhando-os desde o início do ensino

fundamental. Desta forma, cabe ao professor, durante o processo de aprendizagem,

colocar o aluno em contato com diversificados gêneros discursivos, para que ele tenha

a oportunidade de proceder uma análise crítica não apenas do texto em si, mas de

todas as relações a ele subjacentes. Porém, como poderemos fazer isso? Como tornar

nossa prática em algo motivador que leve o aluno a gostar de ler e produzir texto?

Este trabalho busca não uma solução para estes problemas, mas uma maneira

de motivar e incentivar estes alunos por meio de práticas educativas significativas,

possibilitando várias leituras para um mesmo texto. Levando assim, os alunos a se

tornarem sujeitos-leitores reflexivos, que enxergam diversas possibilidades de

entendimento do texto.

O objetivo principal dessa produção é favorecer a compreensão dos alunos

acerca dos processos de leitura e de produção de textos, buscando promover a

valorização da atividade de leitura interpretativa de texto enquanto processo

dinâmico, social, cognitivo e linguístico. Espera-se despertar no aluno o interesse pela

leitura e pela escrita, bem como favorecer o desenvolvimento do hábito da leitura e

da produção de textos, por meio da reflexão das características e valores que são

transmitidos através das fábulas, fazendo com que o aluno reflita situações de seu

cotidiano através de suas produções.

Você já deve ter ouvido muitas histórias com animais que falam, que são bons, ruins...

com certeza você também já ouviu alguém dizer, algo como: “esta é Moral da história” ou

mesmo “ Trate os outros tal como deseja ser tratado”.

Estas expressões referem-se a um gênero de texto muito legal e interessante – a

Fábula. Neste trabalho, vamos conhecê-lo e aprender um pouco mais sobre ele.

Através deste material iniciaremos um estudo sobre “Fábulas – Leitura e produção de

textos” e você descobrirá que as fábulas não servem somente para nos “dar lições de moral”,

mas que elas podem nos emocionar, nos fazer rir, nos ajudar a refletir sobre valores e nos

ajudar a ler e escrever melhor.

Durante o desenvolvimento desta Unidade Didática você poderá ler e ouvir a leitura

de diversas fábulas, ler e comparar várias versões de uma mesma fábula, reescrevê-las de

acordo com a sua opinião e vontade.

Faremos também outras atividades como desenhos, cartazes, dramatização,

compartilhamento, pesquisas, entre outros.

Espero que, assim, você possa aprender cada vez mais e construir seu conhecimento

de forma prazerosa e, com isso, tenha o desejo de continuar aprendendo sempre mais por

meio da leitura.

Bom trabalho.

Divirta-se! Profª Cirlene

Disponível em http://www.contandohistoria.com.

Uerido Aluno

As fábulas pertencem ao grupo de histórias criadas pela tradição¹ oral,

juntamente com os contos de fadas, as lendas e os mitos. Elas são um tipo de

narrativa que se caracterizam pela estrutura simples, são pequenas histórias que têm

a intenção de transmitir “lição de moral”, ou seja, refletir sobre concepções de viver.

Esta moral da fábula não constitui uma conclusão definitiva. Portanto a moral pode

variar de acordo com quem lê a história.

A origem da fábula é oriental e muitas foram encontradas no Egito antigo e na

Índia, mas ficaram conhecidas no Ocidente graças, principalmente, a fontes gregas,

em especial a de Esopo, escravo grego que teria vivido no século V a.C.

Esopo Fabulista grego, nascido pelo ano de 620 a. C. Ignora-se o lugar de seu

nascimento; alguns dizem ter sido Samos ou Sardes, enquanto Aristófanes o supôs

filho de Atenas. Segundo o historiador Heródoto, Esopo teria nascido na Frígia e

trabalhava como escravo numa casa. Há ainda alguns detalhes atribuídos à biografia²

de Esopo, cuja veracidade não se pode comprovar: seria corcunda e gago, protegido do

rei Creso.

Dizem que as fábulas de um Esopo encantaram tanto o seu dono que este o

libertou. Dizem que esse Esopo recebeu honrarias e foi recebido em palácios reais.

Esopo teria sido condenado à morte depois de uma falsa acusação de

sacrilégio³, ou talvez porque os habitantes de Delfos estivessem irritados com suas

zombarias, ou ainda porque suspeitassem de que Esopo teria a intenção de ficar com o

dinheiro que Creso lhes tinha destinado.

Esopo não deixou nada escrito: as fábulas que lhe são atribuídas pela tradição

Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça,

em manuscritos e até em tecidos.

Discute-se a sua existência real. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser

uma compilação4 de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. Seja lá

como for, o importante é a imortalidade da obra a ele atribuída.

Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons,

exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em suas fábulas, é mostrar como

nós, homens, podemos agir. Esopo nunca escreveu suas histórias.

ábulas

Contava-as para o povo, que por sua vez se encarregou de repeti-las. Mais de

duzentos anos depois da morte de Esopo é que as fábulas foram escritas, e se

reuniram às de vários Esopos. Em outros países além da Grécia, em outras civilizações,

em outras épocas, sempre se inventaram fábulas que permaneceram anônimas5.

Quando dizemos, no Brasil: "Macaco velho não mete a mão em cumbuca!",

estamos repetindo o ensinamento de uma fábula . Assim, podemos dizer que em toda

parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça,

de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.

Suas fábulas foram reescritas em versos por Fedro, escravo romano, e no

século XVII d.C. por Jean de La Fontaine, um poeta francês. La Fontaine criava suas

histórias com um único objetivo: tornar os animais os principais agentes da educação

dos homens. Para isso, os animais foram colocados em situações que serviam de

exemplos para todos, ou seja, tornaram-se símbolos.

No Brasil, o grande responsável por reavivar as antigas fábulas foi Monteiro

Lobato, que ao final de suas narrativas oportuniza opinar sobre a possibilidade de

alteração da história ou da moral sugerida, e criticarem as atitudes que consideram

errôneas e moralistas ou seja, embora mantenha a ideia de que a fábula tenha uma

moral, Lobato sugere que o leitor deva tirar sua própria conclusão.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

Após a leitura do texto responda:

a)Quando surgiram as fábulas?

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b)Quem foi o fabulista responsável por divulgá-las?

________________________________________________________________

c)Onde e quando ele viveu?

________________________________________________________________

d)Para que a fábula era usada?

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2. Depois da leitura, compartilhe o que você aprendeu sobre a origem das fábulas. Com

seus colegas e professor, discuta cada resposta dada.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

Para saber mais sobre as fábulas -

Suas origens

AAAtttiiivvviiidddaaadddeeesss

111... FFFaaaçççaaa uuummmaaa llliiissstttaaa cccooommm fffááábbbuuulllaaasss qqquuueee vvvooocccêêê cccooonnnhhheeeccceee:::

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

222... OOObbbssseeerrrvvveee eeessstttaaasss iii llluuussstttrrraaaçççõõõeeesss cccooommm aaalllggguuummmaaasss dddaaasss mmmaaaiiisss fffaaammmooosssaaasss

pppeeerrrsssooonnnaaagggeeennnsss dddaaasss fffááábbbuuulllaaasss:::

FFFiiiggguuurrraaa 111 FFFiiiggguuurrraaa 222

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Para começo de conversa...

A partir de agora, vamos confabular, trocar ideias sobre tudo o que possa

nos ajudar a entender melhor esse tipo de história, que existe há mais de 2 mil

anos! Já imaginou quanta coisa há para saber sobre elas?

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

IIIllluuussstttrrraaaçççãããooo DDDeee GGGuuussstttaaavvveee DDDooorrrééé (((111888333222---111888888333)))

FFFiiiggguuurrraaa 333 FFFiiiggguuurrraaa 444

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

3. Converse com toda turma sobre essas ilustrações, com base nas questões a seguir:

a) Quem são as personagens que aparecem?

b) O que parece estar acontecendo em cada ilustração?

c) Quais as diferenças no jeito (estilo) de desenhar e pintar em cada ilustração?

d) Que ilustração parece ser mais realista? Por quê?

4.Essas ilustrações se referem a diferentes fábulas. Assinale o título de cada uma

dessas fábulas, considerando as personagens que aparecem.

( ) A vida da raposa ( ) A força dos pequenos

( ) A raposa e as uvas ( ) O leão e o rato

( ) A cigarra e a formiga ( ) O lobo e o cordeiro

( ) A diversão da cigarra ( ) O encontro às margens do rio

a)De acordo com as escolhas que vocês fizeram, o que se observa sobre como

costumam ser os títulos das fábulas?

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b)Que tal vocês imaginarem a história de uma delas? Agora a escreva abaixo:

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5.Agora vamos conhecer a fábula do leão e o rato contada por um quadrinista, que a

produziu como uma história em quadrinhos:

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

6. Agora, você vai assistir a uma versão adaptada de Esopo para a fábula “O leão e o

rato”:

a)Durante a exibição, procure observar se as falas das personagens aparecem

destacadas da voz do narrador ou só o narrador fala.

( Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=36Bd_GpCRKs)

7. Compare a versão a que você assistiu com a que foi contada pelos quadrinhos:

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Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

ESTRUTURA DA FÁBULA

As fábulas são compostas de:

• Histórias curtas: há um só conflito, isso resulta numa narrativa resumida;

• Diálogo: no que se refere à linguagem, a fábula é objetiva, gerando poucas

descrições e muitos diálogos;

• Personagens: os animais são usados como personagens que representam virtudes,

defeitos e características dos seres humanos. São utilizados de forma simbólica

para criticar ou exaltar esses comportamentos;

• Moral: a moral escrita no final da fábula reproduz um provérbio, um dito popular,

cujos temas principais são lealdade, generosidade e as virtudes do trabalho.

Olhando as fábulas “por dentro”

Quando um escritor cria um romance, um conto, um poema ou uma fábula, usa

certos “ingredientes” para produzir seu texto. Muitos desses ingredientes são

semelhantes, mas também aparecem “misturados” e “temperados” de modos

diferentes em cada forma de apresentar o texto.

Agora você participará de uma brincadeira que envolve a “receita para fazer

fábulas” que criamos. Acompanhe a leitura do professor, leia a “receita” e discuta com

os colegas que dicas ela dá sobre como se pode fazer uma fábula para depois “colocar

a mão na massa”.

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Vamos seguir a receita! E criar uma fábula? Os ingredientes escolhidos estão

no quadro abaixo. Basta que você se concentre no Modo de fazer para produzir.

Mas, não se esqueça, que mesmo quando usamos a mesma receita, os bolos

saem com um gostinho diferente, isto é, nenhum fica igual ao outro. Além do que,

podemos mudar a ordem de acrescentar os ingredientes ou substituirmos por outro,

deixando-o ainda mais delicioso.

Porém, não importa, queremos mesmo é que ele fique gostoso não é?

Assim também acontece com as fábulas! Dependendo de quem a escreve, a

forma como escreve, as fábulas se tornam diferentes. Se elas forem escritas em

épocas e espaços diferentes, então, nem se fala...

Não se esqueça que existem coisas que não podem faltar na estrutura de uma

fábula quando a escrevemos. Mas também podemos dar nosso “toque” pessoal...

Vamos lá?

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

A cigarra e a formiga

Esta fábula é bastante conhecida e envolve uma cigarra e uma formiga.

Mas, antes, converse um pouco com os colegas:

● Vocês conhecem alguma característica desses dois insetos?

● Que tipo de problema (conflito) pode acontecer em uma história em que aparecem

essas duas personagens?

Obs: não se esqueçam que uma mesma fábula pode apresentar versões diferentes.

Elas foram contadas e recriadas. Fique atento às semelhanças e diferenças entre as

versões.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

A cigarra e a formiga

Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para

secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado

completamente molhados.

De repente aparece uma cigarra:

— Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de trigo! Estou com uma fome

danada, acho que vou morrer.

As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e

perguntaram:

— Mas por quê? O que você fez durante o verão?

Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?

— Para falar a verdade, não tive tempo — respondeu a cigarra. — Passei o

verão cantando!

— Bom, se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando?

— disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada.

Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

A cigarra e a formiga

Depois de passar o verão inteiro cantando, a cigarra ficou sem nada para

comer no inverno; não havia nem uma migalha em lugar nenhum, nem um pedacinho de

minhoca ou de mosca.

Morrendo de fome, ela foi correndo bater à porta da vizinha, a formiga, pedir

alguma coisa para comer e sobreviver ao inverno, só até a primavera chegar, e disse:

— Pagarei tudinho antes do outono, com juros e tudo, dou-lhe a minha palavra.

A formiga perguntou, então, à cigarra pedinte:

— E o que você fez durante o verão?

— Cantei, para todos ouvirem, noite e dia.

Espero que não se incomode.

— Cantou? Eu trabalhei de sol a sol! E você simplesmente cantou? Então que

passe o inverno dançando!

LA FONTAINE

Disponível em: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-

cenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedagogica%20fabulas.pdf

Disponível em: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-

cenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedagogica%20fabulas.pdf

A cigarra e a formiga boa

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro.

Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na

eterna faina de abastecer as tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as

chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre

cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou

socorrer-se de alguém.

Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu

– tique, tique, tique…

Aparece uma formiga, friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

- Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

- Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu…

A formiga olhou-a de alto a baixo.

- E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:

- Eu cantava, bem sabe…

- Ah! … exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa

árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

- Isso mesmo, era eu…

- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua

cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos

sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá

cama e mesa durante todo o mau tempo.

A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de

sol.

Monteiro Lobato

Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/?p=1177#more-1177

Disponível em: http://www.textolivre.com.br Acesso em 2 de Dez. de 2013.

A cigarra e a formiga

Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=AlXTRmX0BRE

A versão em vídeo é outra releitura, que acompanha o sentimento de

solidariedade, que contraria as versões conservadoras em que a formiga se morde de

inveja e é avarenta:

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se

preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha

pesada, perguntou:

- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente

aproveitar! O verão é para gente se divertir!

Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso

trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o

bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.

Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada

folha.

A cigarra então aconselhou:

Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha,

vamos cantar! Vamos dançar!

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava

e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.

Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se

divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a

vidinha boa.

A rainha das formigas falou então para a cigarra:

Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar

fome e frio.

A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:

- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem

pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura

perda de tempo.

Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu

corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.

Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.

Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.

Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo

das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever:

toque e cante para nós.

Para cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Disponível em: http://www.icoachingintegrativo.com.br/

Vamos fazer como as formigas e trabalhar um pouquinho?

1. Fazer a leitura das versões apresentadas.

2. Roteiro para discussão:

a) Discutir uma a uma;

b) Observar como cada autor escreve;

c) Prestar atenção nos personagens, na moral, que lições podemos tirar para

nossa vida;

d) Observar o conceito de trabalho nas diferentes versões.

3. Depois de todos os textos lidos e discutidos, apresentar a história através de

DVD para que o aluno visualize e ouça a narrativa comparando com o texto

escrito.

4. E então: qual é a história da cigarra e da formiga?

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5. Pelo que se pode entender do texto, o que a formiga fazia enquanto a cigarra

cantava?

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

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6. A cigarra passa por qual dificuldade?

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7. O texto de La Fontaine termina com a fala da formiga:- — Cantou? Eu trabalhei

de sol a sol! E você simplesmente cantou? Então que passe o inverno dançando!

Como pode ser entendida esta última fala? A formiga ajudou a cigarra? Por quê?

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8. Com base nos textos resolva as atividades:

Formas de iniciar a fábula:

1ª versão 2ª versão 3ª versão

Quando a cigarra lhes pede comida, as formiguinhas respondem:

1ª versão 2ª versão 3ª versão

E a cigarra responde:

1ª versão 2ª versão 3ª versão

9. Dramatizar a fábula para outras turmas do 6º ano, do colégio ou mesmo para os

pais.

Disponível em:

https://www.google.com.br/search?q=virusdaarte.net&oq=virusdaarte.net&aqs=chrome..69i58j69i57.794

5j0j4&sourceid=chrome&espv=210&es_sm=122&ie=UTF-8

10. Observe a ilustração e descreva o que está vendo.

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

a) Por que você acha que Doré usou a imagem de pessoas para ilustrar a fábula “A

cigarra e a formiga”?

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b) A que momento da história essa ilustração poderia estar relacionada?

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Os Provérbios nas fábulas...

Você já deve ter ouvido alguém dizer frases feitas como “Água mole em pedra

dura, tanto bate até que fura”, ou “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”. Esses

tipos de frases são chamadas de provérbios e costumam encerrar muitas fábulas.

1. Volte à versão de La Fontaine da fábula “A cigarra e a formiga” e observe com

atenção.

a)Há algum provérbio no fim do texto?

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b) Você acha que esse texto apresenta alguma “moral da história”?

_____________________________________________________________

c) Leia, a seguir, uma lista de provérbios e selecione aquele que poderia ser

colocado no fim desta fábula, como moral da história:

( ) Quando um não quer, dois não brigam.

( ) Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher.

( ) Quem ama o feio, bonito lhe parece.

( ) Os preguiçosos colhem o que merecem.

d) Considerando o provérbio escolhido, responda: como a cigarra é vista pela

formiga?

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e) E você? O que pensa sobre a cigarra?

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2. Observem os provérbios dos quadros e conversem sobre o que eles querem

dizer.

Provérbios: Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que

transmitem conhecimentos comuns sobre a vida.

Ex.:- Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

Paródia:O novo contexto empregado à estrutura do que já existia passa por um

processo de intertextualização para o leitor, ouvinte, espectador.

a)Indiquem (usando A, B, C ou D) qual dos provérbios se encaixaria em cada uma das

situações a seguir:

( ) Um amigo diz a outro que está meio desanimado porque está demorando muito para

conseguir fazer amizade com a menina de quem gosta.

( ) Um de seus vizinhos está sendo ignorado por todas as crianças da rua porque

espalhou um segredo de um amigo para todo o bairro.

( ) Você vê uma amiga sua ser muito chata e grosseira com seu irmão mais novo.

( ) Um menino chupava um sorvete, enquanto olhava doces maravilhosos na vitrine de

uma doceria. Como não tinha mais dinheiro, ficou só olhando, com muito desejo! Estava

tão distraído que não percebeu que seu sorvete começou a derreter e caiu no chão!

Então chorou.

b) Se vocês conseguiram escolher um provérbio adequado para cada uma das

situações, poderíamos dizer que eles tiveram nas circunstâncias acima a mesma

finalidade que a moral das fábulas tem. Qual seria essa finalidade?

( ) A moral das fábulas serve para tornar o texto mais fácil e mais engraçado para os

leitores.

( ) A fábula precisa ter uma moral para mostrar aos leitores que o autor sabe do que

está falando por experiência própria.

( ) A moral expressa a intenção do autor de demonstrar, aconselhar ou criticar

atitudes, comportamentos e sentimentos humanos.

( ) A moral só serve para encerrar o texto de uma forma diferente.

3. Vamos produzir um texto usando procedimentos variados como provérbios,

introduzir outros personagens, mudar o final da história, o ambiente, paródias em

verso ou prosa e ilustração, ou ainda, a produção ou recriação de uma fábula

inédita.

Após os alunos produzirem os textos, o professor deverá recolher a primeira

versão elaborada pelos educandos e depois de corrigida por ele, devolver aos alunos,

para que façam as correções necessárias. Feita a releitura e reescrita do texto, pelos

alunos, o professor irá também relê-los, indicando os ajustes que ainda são

necessários. Concluído o trabalho de reescrita dos textos, eles serão expostos no

mural da escola, para que alunos de outras turmas, professores, pais e funcionários

possam ler e apreciar o trabalho produzido.

Disponível em http://www.contandohistoria.com Acesso em 2 de Dez. de 2013.

Aprendendo um pouco mais sobre fábulas...

Disponível em: http://bionarede.com.br/wp-content/uploads/2012/04/LP050212.pdf

Analisando o texto

11-- OObbsseerrvvee oo ttííttuulloo ddaa ffáábbuullaa.. IInnddiiqquuee qquuaall aa iinnffoorrmmaaççããoo qquuee eessttáá sseennddoo aanntteecciippaaddaa

ppoorr eellee..

____________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________

22-- QQuuee ffaattoo ddeeuu oorriiggeemm àà hhiissttóórriiaa??

____________________________________________________________________________________________________________________________

33-- CCoommoo oo aassnnoo ddiivviiddiiuu aa pprroovviissããoo ddee aalliimmeennttooss??

____________________________________________________________________________________________________________________________

44-- PPoorr qquuee oo aassnnoo ffooii ddeevvoorraaddoo??

____________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________

55-- ““EEllaa jjuunnttoouu ttuuddoo ee ddeeiixxoouu ssóó aallgguunnss ppeeddaaççooss ppaarraa ssii..”” NNeessssee ttrreecchhoo ffiiccaa ccllaarroo qquuee

oo ppeerrssoonnaaggeemm nnããoo ddiivviiddiiuu ccoorrrreettaammeennttee aa ccaaççaa.. QQuueemm éé oo ppeerrssoonnaaggeemm ee ppoorr qquuee aaggiiuu

aassssiimm??

____________________________________________________________________________________________________________________________

66-- OO qquuee vvooccêê aacchhaa ddaass aattiittuuddeess ddooss ttrrêêss aanniimmaaiiss??

____________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________

77--CCoommpplleettee oo qquuaaddrroo aabbaaiixxoo,, ccoomm bbaassttaannttee aatteennççããoo,, oobbsseerrvvaannddoo aa sseeqquuêênncciiaa ddooss

aaccoonntteecciimmeennttooss ddaa ffáábbuullaa OO lleeããoo,, oo aassnnoo ee aa rraappoossaa..

88-- RReelleeiiaa oo sseegguuiinnttee ttrreecchhoo ddaa ffáábbuullaa::

““DDeeppooiiss,, ppeeddiiuu àà rraappoossaa ppaarraa ffaazzeerr aa ddiivviissããoo.. EEllaa jjuunnttoouu ttuuddoo ee ddeeiixxoouu ssóó aallgguunnss

ppeeddaaççooss ppaarraa ssii..”” AA ppaallaavvrraa ssuubblliinnhhaaddaa ffooii uussaaddaa ppaarraa eevviittaarr aa rreeppeettiiççããoo ddee oouuttrraa

ppaallaavvrraa jjáá uussaaddaa nnaa ffrraassee aanntteerriioorr.. AA qquueemm ssee rreeffeerree aa ppaallaavvrraa ssuubblliinnhhaaddaa??

____________________________________________________________________________________________________________________________

99-- SSuubbssttiittuuaa aa ppaallaavvrraa eemm nneeggrriittoo ppoorr oouuttrraa,, ppaarraa qquuee nnããoo hhaajjaa rreeppeettiiççããoo..

OO lleeããoo ddeeuu oorrddeemm ppaarraa ddiivviiddii--llaa ee oo aassnnoo aassssiimm oo ffeezz.. DDiivviiddiiuu ttuuddoo eemm ttrrêêss ppaarrtteess

iigguuaaiiss ee ppeeddiiuu aaoo lleeããoo ppaarraa eessccoollhheerr aa ssuuaa ppaarrttee..

____________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________

1100-- VVaammooss vvoollttaarr,, rreelleerr aa hhiissttóórriiaa ee ccoommpplleettaarr oo qquuaaddrroo ccoomm ooss ddaaddooss

ccoorrrreessppoonnddeenntteess..

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

Continuando....

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Explorando o texto

- O texto “O leão com raiva e o cervo” é uma fábula. Que características da fábula

você conhece?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2- Transcreva o trecho em que aparece o narrador (quem conta a história).

________________________________________________________________

3- Agora, releia a história, retirando a fala do narrador. Você a compreendeu da

mesma forma? Explique sua resposta.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4- Copie, no balão, a fala do cervo.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

5- O sinal de exclamação, usado no final da expressão “Pobres de nós!” serve para

mostrar que sentimentos do cervo?

________________________________________________________________

6- Preencha o quadro abaixo com os dados retirados da fábula.

7- O que você acha da atitude dos dois animais?

________________________________________________________________

Para refletir...

Temos, abaixo, parte da Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Vamos

refletir um pouco sobre o que está escrito nela.

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.

2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.

3 - Nenhum animal deve ser maltratado.

4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.

5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.

8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os

animais.

9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.

10 - O homem deve ser educado, desde a infância, para observar,

respeitar e compreender os animais.

Adaptado - http://www.apasfa.org/leis/declaracao.shtm1

Que artigo diz:

a) que a criança deve ser orientada, desde cedo, a respeitar os animais. ( )

b) que os animais devem ser respeitados e protegidos. ( )

c) que poluir e destruir o ambiente é um crime contra os animais. ( )

Cada item desta Declaração é

chamado de Artigo.

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Produzindo...

Vamos escrever uma pequena fábula? Para isso, você deverá:

▪ pensar na moral da história – um ensinamento que deseja transmitir,

▪ definir os animais que participarão da história (personagens);

▪ criar situação(ões) que será(ão) vivida(s) por eles.

Lembre-se de dar um título ao seu texto. Aqui, você é o autor! Vamos lá! Mostre todo

o seu talento!

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

AA sseegguuiirr,, sseerráá pprrooppoossttaa aa lleeiittuurraa ddaa ffáábbuullaa ““AA rraappoossaa ee aass uuvvaass””.. MMaass,, ppaarraa

aapprroovveeiittáá--llaa mmeellhhoorr,, pprriimmeeiirroo ddiissccuuttaa ccoomm ttooddooss ooss ccoolleeggaass ddaa ttuurrmmaa oo qquuee eessttáá

pprrooppoossttoo nneessttaass qquueessttõõeess::

aa)) DDoo qquuee vvooccêêss aacchhaamm qquuee ppooddee ffaallaarr uummaa hhiissttóórriiaa nnaa qquuaall aappaarreecceemm uummaa lleebbrree ee

uummaa ttaarrttaarruuggaa?? EEsssseess aanniimmaaiiss sseerrããoo aammiiggooss oouu nnããoo??

bb)) SSeerráá qquuee aallgguuéémm vvaaii ssee ddaarr mmaall nneessssaa hhiissttóórriiaa oouu ttuuddoo aaccaabbaarráá bbeemm?? SSee vvooccêêss

aacchhaamm qquuee aallgguuéémm vvaaii ssee ddaarr mmaall,, qquueemm sseerráá?? PPoorr qquuêê??

LLeeiiaa aa ffáábbuullaa,, pprreessttaannddoo aatteennççããoo nnaass ppeerrssoonnaaggeennss eessccoollhhiiddaass ee oobbsseerrvvaannddoo ssee ssuuaass

ccaarraacctteerrííssttiiccaass ssããoo iimmppoorrttaanntteess ppaarraa oo qquuee aaccoonntteeccee nnaa hhiissttóórriiaa..

AA rraappoossaa ee aass uuvvaass

UUmmaa rraappoossaa ffaammiinnttaa eennttrroouu nnuumm tteerrrreennoo oonnddee hhaavviiaa uummaa ppaarrrreeiirraa,, cchheeiiaa ddee uuvvaass

mmaadduurraass,, ccuujjooss ccaacchhooss ssee ppeenndduurraavvaamm,, mmuuiittoo aallttoo,, eemm cciimmaa ddee ssuuaa ccaabbeeççaa..

AA rraappoossaa nnããoo ppooddiiaa rreessiissttiirr àà tteennttaaççããoo ddee cchhuuppaarr aaqquueellaass uuvvaass mmaass,, ppoorr mmaaiiss qquuee

ppuullaassssee,, nnããoo ccoonnsseegguuiiaa aabbooccaannhháá--llaass..

CCaannssaaddaa ddee ppuullaarr,, oollhhoouu mmaaiiss uummaa vveezz ooss aappeettiittoossooss ccaacchhooss ee ddiissssee::

-- EEssttããoo vveerrddeess .. .. ..

ÉÉ ffáácciill ddeessddeennhhaarr

LA FONTAINE

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

A RAPOSA E AS UVAS

Uma raposa estava com muita fome. Foi quando viu uma parreira cheia de

lindos cachos de uva.

Imediatamente começou a dar pulos para ver se pegava as uvas.

Mas a latada era muito alta e, por mais que pulasse, a raposa não as alcançava.

- Estão verdes - disse, com ar de desprezo.

E já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.

Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas

uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava

ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas.

Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, fingem

que não o desejam.

ESOPO

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/LP3/LP

Interpretando o texto....

1- Por que na fábula, a raposa faminta, diz que os cachos de uva estavam verdes?

________________________________________________________________

2- Qual fato comprova que a raposa mentia ao dizer que as uvas estavam verdes?

________________________________________________________________

3- Pesquise no dicionário o significado de:

Farejar:___________________________________________

Desdenham:________________________________________

Esfaimada:_________________________________________

4- Escolha qual a melhor frase que traduz a idéia principal da fábulade Esopo:

( ) Quem não tem, despreza o que deseja.

( ) A mentira tem pernas curtas.

( ) Quem não tem o que deseja sente inveja dos outros.

5– Assista o vídeo “A raposa e a uva”:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=jG1e2-l7cd0

6– Leia a fábula em quadrinhos de “ A raposa e a uva”:

Disponível em http://marimauraraiodeluz.blogspot.com.br/

7- Depois de ler o texto e assistir ao filme sobre “A raposa e as uvas” comente as

diferenças e semelhanças entre os dois. Qual despertou mais interesse para você? Por

quê?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

8 - Qual seria sua atitude se quisesse muito algo e não conseguisse obtê-lo?

a) ( ) simplesmente desistiria;

b) ( ) acharia um culpado para se ver livre da responsabilidade do fracasso;

c) ( ) tentaria de outras formas conseguir o desejado.

9– Desenhe e escreva como a raposa poderia fazer para pegar as uvas, se ela

estivesse mesmo disposta a alcança-las:

10- Reescreva a fábula, dando-lhe um final diferente:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Disponível em http://www.contandohistoria.com__________________________________

A RAPOSA E A CEGONHA

Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na

outra, serviu sopa num prato raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o

menor problema, mas a pobre cegonha com seu bico comprido mal pôde tomar uma

gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa

fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha,

mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da

raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.

Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa

para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de

gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa,

amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado

de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa,

faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui

grosseira com ela primeiro.”

Moral: Trate os outros tal como deseja ser tratado.

Esopo. Fábulas de Esopo. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 2005.

Disponível em: http://planetamais.com.br/view/home/

Estudo do texto:

Você já sabe que personagens são os participantes de uma narrativa: ser

humano, animal, um ser fictício ou objeto. Os personagens podem ter nomes ou não.

Apresentarem características físicas e psicológicas.

1- Os PERSONAGENS desta fábula são:

_______________________________________________________________

Numa FÁBULA, os animais representam características humanas, nas suas

qualidades, nos seus defeitos. Você reparou que o texto A raposa e a cegonha é

narrado em 3ª pessoa? O NARRADOR desta fábula conta a história sem participar

dela – narrador-observador. Esta é mais uma característica das fábulas.

2-Volte ao texto e pinte um trecho que caracterize esse tipo de narrador, depois

transcreva-o abaixo:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3-Uma outra característica do gênero fábula é apresentar, no desfecho, uma MORAL

– um ensinamento. Qual é a lição da fábula A raposa e a cegonha?

_______________________________________________________________

4-Você saberia dizer, com base na leitura do texto, QUANDO e ONDE,

especificamente, se passa a narrativa A raposa e a cegonha?

________________________________________________________________

Nas FÁBULAS, o TEMPO E O ESPAÇO, muitas vezes, não são bem definidos, a

exemplo dos contos de fadas. Isso ocorre para marcar a ATEMPORALIDADE,

confirmando sua tradição oral.

Disponível em http://www.contandohistoria.com Acesso em 2 de Dez. 2013

5– Qual é o sentido das expressões destacadas nos trechos abaixo:

a) “Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso.”

________________________________________________________________

________________________________________________________________

b) “Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para

ver as delícias que a outra ia servir.”

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 – Justifique o uso das aspas no 2º parágrafo “Não posso reclamar da cegonha. Ela

me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro.”.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 – A MORAL, que aparece no final da fábula, não passa de uma opinião do narrador

sobre o fato narrado. Refletindo sobre a moral de A raposa e cegonha, responda a

questão abaixo.

a) Tendo em vista os fatos narrados, por que a moral da história é “Trate os outros tal

como deseja ser tratado.”?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013.

Estudo complementar

O texto a seguir traz informações sobre a raposa-do-campo, um mamífero

nativo do Brasil que habita os campos e cerrados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais

e São Paulo.

Descubra algumas características desse animal – aspecto físico, reprodução,

alimentação e hábitos.

RAPOSA-DO-CAMPO

É parecida com o cão, tem um pelo grosso que pode variar de cor, desde o marrom ao

cinza-amarelado. Quando adulta, mede 1 m de comprimento e pode pesar de 3 a 5 kg.

A mamãe-raposa tem uma gestação de 55 dias, geralmente nascem de 3 a 6 pequenos

filhotes, que são amamentados até 90 dias. O casal cuida dos filhotes, e quando eles

completam 6 meses, a família se separa.

Alimenta-se de insetos, aves, pequenos mamíferos, répteis, anfíbios, ovos e frutas.

São animais noturnos e vivem sozinhos ou em pares. Emite latidos curtos para se

comunicar.

RIEDERER, Marcia. Animais da nossa terra. Florianópolis, Cuca Fresca, 2003.

Disponível em: https://www.mundodasninas.blogspot.com%252F2010%252F07%252Fraposinha-do-campo-o-

pingo.html%3B500%3B407

ESTUDO DO TEXTO

Localize as informações no texto I que completam as frases e preencha a cruzadinha.

1 – A raposa-do-campo é parecida com um ______________________________.

2 – A cor de uma raposa-do-campo pode variar de cor desde o

______________________ ao cinza amarelado.

3 – Uma raposa-do-campo pode pesar de três a ______________________ quilos.

4 – Da gestação de uma raposa-do-campo nascem de três a __________________

filhotes.

5 – Os filhotes da raposa-do-campo são amamentados até ____________________

dias.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

Uma fábula africana...

Os muitos povos africanos também criaram suas fábulas. As fábulas se

constituíram em

parte da literatura oral, transmitida de pais para filhos. Encante-se com A

TROMBA DO

ELEFANTE, uma fábula africana, retirada do livro O papagaio que não gostava

de mentiras e outras fábulas africanas

A TROMBA DO ELEFANTE

Antigamente, Ajanaku, o elefante, tinha focinho curto como todos os animais.

Não possuía a grande tromba que tem agora e que lhe é muito útil, servindo

debraço e mão, além de nariz.

Quando não tinha tromba, o elefante era muito curioso e gostava de saber

tudo o que acontecia na floresta.

Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e,

curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava.

Acontece que aquele buraco era a entrada da casa de uma cobra muito grande

que, vendo aquele nariz fuçando sua casa, abocanhou-o, tentando engolir nosso pobre

Ajanaku.

Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido

pela cobra, que o puxava para dentro do buraco.

– Socorro! – gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se

livrar da grande cobra.

Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro e, segurando em

seu rabo, puxaram com força, para livrá-lo da cobra.

Não foi fácil, mas finalmente, conseguiram salvar nosso amigo, que, de tanto

ser puxado, teve seu nariz esticado e transformado na tromba que agora possui.

No início, Ajanaku, envergonhado de sua nova e estranha aparência, ficou

escondido dentro da floresta.

Com o tempo, aprendeu a usar a tromba com muita habilidade, da forma como

fazem todos os elefantes atualmente. Satisfeito, voltou ao convívio dos outros bichos.

Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no

buraco, para ver se criava uma tromba igual a do elefante. A cobra, que ainda morava

no mesmo lugar, engoliu o macaco inteirinho, com muita facilidade.

É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar

o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.

ADAPTADO. MARTINS, Adilson. O papagaio que não gostava de mentiras e

outras fábulas africanas. Rio de Janeiro, Pallas, 2008.

Disponível em http://www.contandohistoria.com/

Acesso em 02 de Dez. de 2013

ESTUDO DO TEXTO

1 – Retire do texto a expressão que registra quando os fatos aconteceram.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2 – Por que uma cobra enorme tentou engolir o pobre Ajanaku?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

a) Como Ajanaku conseguiu livrar-se?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 – Qual o preço pago pela curiosidade do elefante?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 – Conte o que aconteceu com o macaco quando decidiu adquirir também uma tromba.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 – Em grupo, discuta os ensinamentos que o texto nos apresenta. Liste-os abaixo.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 - Apresente as características que identificam o texto como uma FÁBULA.

________________________________________________________________

Disponível em http://www.contandohistoria.com/ Acesso em 02 de Dez. de 2013

REFERÊNCIAS

A cigarra e a formiga boa. Disponível em < http://contobrasileiro.com.br/?p=1177#

A cigarra e a formiga. Disponível em < Disponível em

<http://www.youtube.com/watch?v= AlXTRmX0BRE>. Acesso em setembro de 2013.

A raposa e a uva. Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=jG1e2-l7cd0>.

Acesso em setembro de 2013.

Caderno de Apoio à Prática Pedagógica. Prefeitura de Salvador. Salvador, 2007.

Disponível em: <http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-

virtual/espacocenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedago

gica%20fabulas.pdf> Acesso em outubro de 2013.

Caderno de Apoio e Aprendizagem – Língua Portuguesa. Prefeitura Municipal de São

Paulo : SMESP. São Paulo, 2010. Disponível em:

<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Ca

d_Apoio/LP/LP3/LP_conteudo_Prof_3Ano.pdf>. Acesso em outubro de 2013.

Cadernodelinguaportuguesa.LP5.2b.2013. Disponível em: < Disponível em: http://bionarede.com.br/wp-content/uploads/2012/04/LP050212.pdf>. Acesso em outubro de 2013.

Contandohistoria.com. Disponível em <http://www.contandohistoria.com>. Acesso em

outubro/2013.

Declaração dos Direitos dos Animais. Disponível em <http://www.apasfa.org/leis /de

claracao.shtm1>. Acesso em agosto de 2013.

Esopo. Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005.

https://www.google.com.br/search?q=virusdaarte.net&oq=virusdaarte.net&aqs=chrom

e..69i58j69i57.7945j0j4&sourceid=chrome&espv=210&es_sm=122&ie=UTF-8. Acesso

em setembro de 2013.

http://marimauraraiodeluz.blogspot.com.br/ . Disponível no Google.com.br. Acesso em

setembro de 2013.

http://planetamais.com.br/view/home/. Disponível no Google.com.br. Acesso em

setembro de 2013.

http://www.icoachingintegrativo.com.br/. Acesso em setembro de 2013.

http://www.textolivre.com.br Acesso em 2 de Dez. de 2013.

https://www.mundodasninas.blogspot.com%252F2010%252F07%252Fraposinha-do-

campo-o-pingo.html%3B500%3B407. Disponível no Google.com.br. Acesso em

setembro de 2013.

O leão e o rato. Vídeo. Disponível em <

http://www.youtube.com/watch?v=36Bd_GpCRKs). Acesso em setembro de 2013.

RIEDERER, M. Animais da nossa terra. Florianópolis: Cuca Fresca, 2003.