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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: Eleições no Brasil e o Caminho da Democracia Cidadã
Autor: Lucinda Maria Tachini
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Senador Moraes de Barros – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola: Jussara
Núcleo Regional de Educação: Cianorte
Professor Orientador: Vanderlei Amboni
Instituição de Ensino Superior: Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA
Relação Interdisciplinar: História, Sociologia, Matemática e Língua Portuguesa
Resumo:
Nesta pesquisa, pretendemos analisar as formas de eleições, a evolução do voto e dos sistemas eleitorais do Brasil. Caracteriza-se pelo estudo e análise de diversas fontes. O resultado será aplicado no Colégio Estadual Senador Moraes de Barros – EFM, município de Jussara-Pr, em 2014, para os alunos do 3º Ano do Ensino Médio. Todos reconhecem que o processo eleitoral é fundamental para a organização das instituições públicas, mas, as eleições, em grande parte da história do Brasil, não podem ser consideradas como um processo democrático e legítimo. Nota-se, na história do Brasil, que os processos eleitorais se constituíram em um processo de troca de favores e não em um momento de reflexão crítica. Percebe-se que o voto é uma mercadoria a ser negociada entre o eleitor e os diversos grupos políticos envolvidos e, este fenômeno, é recorrente em diversas cidades em tempo de eleições. A desconstrução desta perspectiva mercadológica do voto se faz necessária para a formação do cidadão. Neste sentido, a análise crítica do real e da forma de fazer política da classe dominante pode contribuir para que
nossos alunos se tornem agentes e não permitam ser manipulados por grupos políticos interessados em transformar os elementos públicos em privados.
Palavras-chave: Eleição; Voto; Cidadania.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do 3º Ano do Ensino Médio
Caros alunos, apresento-lhes esta Produção Didático Pedagógica, que advém
do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, do Governo do Estado do
Paraná e tem, por finalidade, a formação continuada, a qualidade prático-
pedagógica e a valorização dos professores da rede pública Estadual. É resultado
de uma experiência que teve início no 1º semestre de 2013, nas dependências da
Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR, campus Faculdade Estadual de
Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA, por meio de seminários, cursos,
inserções acadêmicas, formação tecnológica e encontros de orientação, que deram
ênfase a estudos teóricos-metodológicos nas áreas de fundamentos da educação,
metodologias de pesquisa como também em conteúdos específicos da disciplina de
História, resultando na elaboração de um Projeto de Intervenção Pedagógica, que
serviu como elemento norteador deste material.
Esta produção se justifica, pois, o que se observa em nossa sociedade, em
períodos eleitorais, é a existência de uma verdadeira corrida em busca de votos
pelos políticos de diversas instâncias de poder e agremiações partidárias, com
promessas que sabem que não irão cumprir. Desta forma, é necessário analisar este
instrumento da política, o voto, para mostrar que a cidadania se conquista nos
processos de lutas sociais e o voto não é uma mercadoria a ser vendida.
Escolhi este tema, “Eleições no Brasil e o Caminho da Democracia Cidadã”,
por ser fundamental mostrar aos alunos o processo histórico das eleições e as
conquistas do direito ao voto nos diversos sistemas eleitorais que vigoraram no
Brasil, com o objetivo de que possam refletir e compreender que é pelo voto que se
fortalece a democracia e se consolida a cidadania.
O trabalho tem por objetivo, também, o desenvolvimento de uma nova visão
sobre o voto, o qual é um elemento que pode e deve ser um instrumento de crítica
social, criando as bases para uma transformação e romper com a alienação política.
APRESENTAÇÃO
Atualmente, em nosso país, os representantes dos principais postos de poder
(presidente, governador, deputado federal e estadual, prefeito, vereador) são
escolhidos por meio do voto. O processo eleitoral é altamente competitivo, com
grande número de partidos políticos e candidatos.
Como sugere Jairo Nicolau (2012), o Brasil é o quarto maior colégio eleitoral
do mundo e nossas instituições eleitorais são um caso de sucesso, pois, apesar do
tamanho do nosso território, os resultados das eleições são rapidamente
conhecidos. E esta rapidez torna-se possível por causa da apuração eletrônica do
voto como, também, as fraudes foram praticamente extintas.
Vale ressaltar, que as restrições dos indivíduos à participação nas eleições
foram em grande parte eliminadas com a instituição do sufrágio universal. Mas é
importante deixar claro que esta realidade nem sempre apresentou-se desta forma
no Brasil. Ela é resultado de uma evolução dos processos eleitorais e das
instituições que os regulamentam. Mas a experiência do ato de votar e de escolha
de representantes para cargos públicos não significou a ampliação de direitos
estabelecidos pela verdadeira cidadania. A escolha de um aparente representante,
não significa a garantia do direito à educação, saúde, transporte e saneamento
básico, entre outros serviços públicos de qualidade.
Elegemos deputados e senadores para o Congresso Nacional e o que
percebe-se é que, poucos dias após as eleições, já não se sabe em quem votou,
como indica a pesquisa do Supremo Tribunal Eleitoral quando afirma que: “Passado
um mês desde a eleição de 2010, um em cada cinco eleitores havia se esquecido
em que parlamentar tinha votado.” (HORTA, 2013, p.42).
Esta realidade nos faz pensar que a política está desvinculada da sociedade e
que o brasileiro não se vê representado na busca por direitos, permitindo que o
congressista não se sinta responsável por seus eleitores e, por conseguinte, faça o
que quer.
Ouvimos constantemente da boca da população que “vou votar em qualquer
um, político é tudo igual, é tudo ladrão.” Mas, onde estará a solução? No congresso
INTRODUÇÃO
ou em nós? Pensar estas questões é possibilitar perceber que política é algo que
deva ser discutido e que precisamos escolher pessoas que sirvam ao país e a todos
nós.
A EXPERIÊNCIA DO
VOTO NA HISTÓRIA
DO BRASIL
A democracia1 na vida do povo brasileiro nem sempre foi tão participativa
quanto nos parece atualmente. Como nos mostra o quadro do anexo 1 “Os
Presidentes do Brasil”, a grande maioria não é eleito pelo voto direto. A maior parte
do Período Republicano brasileiro se passou com governos autoritários e
provisórios, que não iam ao encontro de tais ideais, que têm, por princípio, a
representatividade e a participação do cidadão.
Neste quesito, nossa democracia, para se ter uma ideia, excluiu as mulheres
do direito à participação nas eleições até 1933 e, até 1946, os analfabetos. Estes
dados refletem uma experiência democrática insipiente em nosso país. Estas e
outras restrições sempre emperraram o avanço dos processos democráticos. Isto
nos faz perceber que é fundamental entender a importância da cidadania2, que tem,
no ato de votar, sua principal expressão.
Somente a partir de 1988, quando da promulgação da chamada Constituição
Cidadã, passou a existir no Brasil uma grande expectativa para a ampliação dos
direitos à participação política. Está exposto na Constituição3 de 1988 que o voto é
obrigatório para todos os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, os
maiores de 70 anos e os adolescentes, maiores de 16 e menores de 18 anos. Isto
reflete a garantia de direito ao voto à totalidade da população brasileira.
Mas, o que fica evidente é que a garantia instituída pela Carta Constitucional
de 1988, não se transformou em uma solução dos problemas centrais da nossa
sociedade. A melhoria da qualidade de vida, do chamado cidadão brasileiro, não foi
modificada pelo direito à participação política ou pelo direito ao voto. Como diz
1 Democracia: Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da
distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral. (AURÉLIO, p. 534).
2 Cidadania: A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI, 1998, p 14).
3 Constituição: Lei fundamental e suprema dum Estado, que contém normas respeitantes à formação
dos poderes públicos, forma de governo, [...] direitos e deveres dos cidadãos. (AURÉLIO, p. 460).
1
Carvalho “o exercício do voto não garante a existência de governos atentos aos
problemas básicos da população.” (2003, p. 8).
Os processos eleitorais não são uma experiência recente na História do
Brasil. Ela data da colonização do Brasil no momento da escolha do Conselho
Municipal da Vila de São Vicente, em 1532. E também no transcorrer do Período
Colonial, onde as composições das Câmaras Municipais ocorriam por meio de
eleições. Para entendermos melhor, vamos analisar um texto retirado do livro
“Eleições no Brasil do Império aos dias atuais” de Jairo Nicolau.
Mas como se desenvolveu ou se construiu o direito ao voto no Brasil?
Preâmbulo: eleições antes da Independência
Do século XVI ao começo do XIX, a vida administrativa de Portugal e de suas colônias era regulamentada por um conjunto de normas conhecido como Ordenações do Reino. A mais duradoura delas, [...] de 1603, que vigorou durante o período colonial brasileiro, trazia um segmento especifico sobre as eleições dos diversos cargos para a administração das vilas e cidades. De acordo com o [...] livro I, os “cargos de governança” das vilas preenchidos por meio de eleições eram os de juiz ordinário, vereador e procurador.
[...] As eleições aconteciam a cada três anos (embora os mandatos durassem apenas um ano) e eram indiretas: os “homens bons” e o “povo” elegiam os eleitores, que, por sua vez, escolhiam os juízes, os vereadores e os procuradores. [...] Apenas os homens bons eram elegíveis para ocupar os postos da administração local.
[...] A primeira eleição para um posto de representação de abrangência para além do âmbito municipal aconteceu em 1821, quando foram eleitos os representantes brasileiros das Cortes de Lisboa. [...] A realização de uma eleição em todo o território brasileiro não era uma tarefa fácil. Não havia uma listagem de potenciais eleitores, a estatística da população residente era precária e a estrutura das estradas era incipiente.
[...] O sistema de eleição adotado era indireto [...] e todos eles utilizavam a regra de maioria simples.
[...] As primeiras escolhas aconteciam no âmbito da freguesia, em cuja Câmara municipal os moradores (sem qualquer restrição de renda ou escolaridade) se reuniam [...] para a escolha dos compromissários. [...] Após a apuração, os compromissários fechavam-se em um recinto separado e elegiam o eleitor (ou eleitores) da freguesia, que deveria ter mais de 25 anos. No domingo seguinte, os eleitores de diversas freguesias se reuniam em uma determinada cidade (cabeças de comarca) para escolher os eleitores da comarca. Por fim, os eleitores de todas as comarcas da província se reuniam na capital para escolher os deputados.
[...] A tradição, vinda de Colônia, de eleições nas cidades e vilas permaneceu ao longo do Império.
República
Fim da exigência de renda para votar. Redução da idade mínima exigida para ser eleitor: de 25 para 21 anos. Exigência de alfabetização para todos os eleitores.
1889
1932
É criado o primeiro Código Eleitoral, que concede direito de voto às mulheres; institui a Justiça Eleitoral; adota a cabine de votação.
É adotado o envelope oficial, no qual o eleitor deve inserir a cédula eleitoral.
1933
1934
Redução, de 21 para dezoito anos, da idade mínima exigida para ser eleitor. Alistamento e voto passam a ser obrigatórios.
O Estado Novo suspende as eleições, dissolve partidos e fecha o Congresso Nacional.
1937-45
1945 Eleições multipartidárias para a Presidência da República e o Congresso Nacional.
Promulgação de um novo Código Eleitoral.
1950
1955
A cédula oficial é utilizada pela primeira vez nas eleições para a Presidência da República.
Para entendermos as mudanças nos processos eleitorais durante o
Império vamos analisar a linha do tempo
Votam apenas homens com mais de
25 anos É exigida renda mínima de 100
mil-réis para ser votante e de 200 mil-réis para ser eleitor. Mulheres e escravos
não votam.
O alistamento de eleitores passa a ser feito antes do dia das
eleições.
Exigência de alfabetização
para alistamento apenas para os novos eleitores.
1824 1842 1846 1875 1881 1882
111888118881881
Os valores de renda mínima são atualizados:
200 mil-réis para votantes e 400 mil-réis para eleitor.
Criado o primeiro titulo de eleitor.
As eleições para a Câmara dos
Deputados, o Senado e as Assembleias
Provinciais passam a ser diretas.
Para entendermos as mudanças nos processos eleitorais durante o
República vamos analisar a cronologia
Recadastramento eleitoral em todo o país.
1956-57
1962
A cédula oficial é usada pela primeira vez nas eleições para a Câmara dos Deputados.
Suspensão das eleições para a Presidência da República e dissolução dos partidos.
1965
1966
Suspensão das eleições para governador e para prefeito nas capitais. Fundação da Arena e do MDB.
Eleições bipartidárias para a Câmara dos Deputados, o Senado, as Câmaras Municipais e parte das prefeituras.
1966-78
1979 O MDB e a Arena são dissolvidos e é liberada a fundação de novos partidos.
Volta de eleições diretas para governador.
1982
1984
Campanha pelas Diretas Já em defesa da volta de eleições diretas para presidente da República, organiza manifestações em dezenas de cidades.
Concessão, pela primeira vez na história republicana, do direito de voto aos analfabetos. Os prefeitos de capital e municípios considerados áreas de segurança nacional são eleitos diretamente.
1985
1986
Recadastramento eleitoral, com informatização do cadastro de eleitores.
É instituído o voto facultativo para jovens de dezesseis e dezessete anos. Primeira eleição em que todos os prefeitos do país são eleitos simultaneamente.
1988
1989
Volta das eleições diretas para presidente da República. Primeira eleição para o Executivo a utilizar a regra dos dois turnos.
Criação da Lei Orgânica dos Partidos. 1995 1996 A urna eletrônica é usadas em 57 municípios.
Criação da Lei Eleitoral, estabelecendo normas para as eleições do Executivo e do Legislativo.
1997
1998
Primeira eleição em que o presidente da República pôde concorrer à reeleição.
Primeira eleição em que todos os eleitores do país votam pelo sistema de urna eletrônica.
2000
2010
A urna eletrônica com leitor biométrico é utilizada em sessenta municípios de 23 estados.
Observando o texto anterior, a linha do tempo e o quadro cronológico é
possível notar que, do período Colonial até pouco tempo atrás, a maioria
esmagadora dos brasileiros não participaram dos processos políticos na História do
Brasil.
O VOTO COMO
INSTRUMENTO
DE PODER
Muitas vezes o passado não é superado em
nossa sociedade. A prova desta realidade está na
própria experiência da apropriação do voto e como
este elemento não se tornou a expressão de
participação, mas sim uma possibilidade de
articulação econômica. Como mostra o quadro ao
lado.
Mas será que no passado esta articulação do
poder político também se articulava com o poder
econômico?
A História do Brasil nos mostra que, em diversos períodos, no transcorrer dos
processos eleitorais, ocorria uma intensa disputa política entre os chefes locais, pois,
vencer as eleições, representava o domínio do poder de indicar pessoas próximas
para ocupar diversos cargos públicos estratégicos, como um meio de controlar a
justiça, a segurança, os impostos, etc. O conceito de direito do cidadão estava
desvinculado do processo eleitoral, onde se manifestava somente o jogo de
interesses.
Esta representação vigorou durante todo o período monárquico brasileiro.
2 PALESTRA
A importância do
voto consciente
Um exemplo disso, está na
declaração do Deputado
Federal Chico Alencar à
Revista Super Interessante,
quando afirma “A política é
frustrante demais. Para entrar,
é preciso atravessar a piscina
de lama do financiamento
eleitoral. Depois, é necessário
lutar com um grupo de
pessoas que estão lá por
motivos que não são
exatamente “a formação de
um país melhor”. (2013. p. 42).
Como afirma Carvalho [...] o voto tinha um sentido completamente diverso daquele
imaginado pelos legisladores. Não se tratava do exercício do autogoverno, do direito de
participar na vida política do país. Tratava-se de uma ação estritamente relacionada com
as lutas locais. O votante não agia como parte de uma sociedade política, de um partido
político, mas como dependente de um chefe local, ao qual obedecia com maior ou menor
fidelidade. O voto era um ato de obediência forçada ou, na melhor das hipóteses, um ato
de lealdade e de gratidão. À medida que o votante se dava conta da importância do voto
para os chefes políticos, ele passava a barganhar mais, a vendê-lo mais caro. (2003,
p.35)
Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, podia-se
esperar que o direito à participação política pudesse crescer, pois é esta a categoria
central da República, expressa na rotatividade do poder, processada por meio do
voto e na escolha daqueles que nos representam.
Apesar de a República indicar que
o protagonismo político deveria ser
controlado pelos cidadãos, isto de fato
não se confirmou. Um exemplo disso se
expressa no contexto da Primeira
República, também conhecida como
República do Café com Leite, onde se faz
notar o entrosamento entre o Governo
Federal e Estadual, possibilitando o
desenvolvimento da chamada Política
dos Governadores.
Este acordo, por sua vez, dependia da ação dos coronéis, líderes locais que
controlavam o eleitorado da região, o chamado curral eleitoral, fazendo propaganda
e garantindo o voto a seus aliados políticos. Assim, os coronéis se apropriavam do
poder de indicar aliados aos diversos cargos públicos, nada tão deslocados da
nossa realidade atual, quando vemos em nossas cidades os parentes e amigos,
cabos eleitorais, como também os financiadores de campanha ocupando cargos
após o término do pleito eleitoral. Também passam a usar a máquina pública em
Café com Leite: [...] a partir da gestão do
presidente Afonso Pena, teve início a
política do café-com-leite, pela qual se
revezavam na Presidência da República
políticos de São Paulo e Minas Gerais. A
expressão tem uma explicação simples:
São Paulo era o maior produtor de café
do país, enquanto Minas produzia muito
leite. Este acordo dominou a maior parte
da história política brasileira entre 1889 e
1930. (ARRUDA e PILETTI, 1999, p.
325).
A “política dos governadores”, que constituía um conjunto de normas e práticas políticas
informais, articuladas pelo presidente Campos Salles, estabilizou o relacionamento entre
o poder central e as situações estaduais. Esta política implicava o reconhecimento e o
apoio ao presidente da República, uma vez eleito, por parte das oligarquias regionais.
Em contrapartida, o presidente da República prestava apoio político, favores pessoais,
obras públicas etc., em favor da facção oligárquica dominante em cada Estado. Deste
modo, solidificava-se a autoridade do Presidente da República; em troca do
reconhecimento e do apoio deste à situação estadual governante. Assim, iniciava-se
uma complexa teia de relações políticas que partia do presidente e se estendia, através
de níveis intermediários, até os eleitores nos municípios, a massa tutelada pelo
coronelismo. (Vizentini apud Matos e Nunes, 1994, p. 123).
benefício de seus interesses e de seus aliados, apropriando-se do poder público,
colocando a seu serviço e subjulgando o restante dos grupos que necessitam dos
serviços públicos.
Percebe-se que estes acordos possibilitam o estabelecimento do chamado
Clientelismo Político. Liberar uma consulta, um exame, como se estivessem fazendo
um favor à população, é uma prática comum nos municípios e muitos não vêem
estes serviços como direitos adquiridos, pensam que estão recebendo um favor e,
aqueles que se rebela diante desta situação, são submetidos à perseguição e atos
de vingança, aproximando-se à prática do antigo coronel. Como diz Carvalho “[...]
Seus amigos e aliados eram protegidos, seus inimigos eram perseguidos ou ficavam
simplesmente sujeitos aos rigores da lei”. (2003, p.57)
Assim, as antigas práticas políticas ainda são uma constante na atual
democracia brasileira. Ações como favorecimento econômico particular, que
envolvem ocupantes dos poderes executivo e legislativo em atos de corrupção, nas
diversas instâncias de poder, retratam para a população uma imagem desgastada
da política e traz uma sensação, no eleitor, de que o voto não se efetivou e que não
há meios de combater os desmandos políticos. A desilusão tem se tornado
constante a cada eleição.
Em 2010, 91,3% do financiamento foi feito por empresas. [...] As empresas que mais doam são também as com maiores interesses no governo. Dos R$ 4,2 bilhões totais, R$ 400 milhões vieram de 14 construtoras – sim aquelas que mais tarde terão contratos para realizar obras públicas. Outros R$ 155 milhões vieram de dez bancos privados, que dependem da política econômica do governo. Ao que tudo indica, as empresas não doam – elas investem.[...] antes de começar a eleição do voto, o candidato precisa vencer uma outra: a eleição do dinheiro.[ HORTA, 2013, p.44].
De fato, as indicações sugerem que o clientelismo político sempre foi e é, antes de tudo,
preferencialmente uma relação de troca de favores políticos por benefícios
econômicos, não importa em que escala. Portanto, é essencialmente uma relação
entre os poderosos e os ricos e não principalmente uma relação entre os ricos e os
pobres. Muito antes que os pobres pudessem votar e, portanto, negociar o preço do voto,
já o Estado tinha com os ricos, isto é, os senhores de terras e escravos, uma relação de
troca de favores (MARTINS, 2011, p. 83).
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Mas como romper com esta situação?
Por isso, no Brasil, Carvalho nos ensina que [...] A representação política não funciona para resolver os grandes problemas da maior parte da população. O papel dos legisladores reduz-se, para a maioria dos votantes, ao de intermediários de favores pessoais perante o executivo. O eleitor vota no deputado em troca de promessas de favores pessoais; o deputado apoia o governo em troca de cargos e verbas para distribuir entre seus eleitores. Cria-se uma esquizofrenia política: os eleitores desprezam os políticos, mas continuam votando neles na esperança de benefícios pessoais”. [2003, p.223-224].
A PARTICIPAÇÃO
POLÍTICA: UMA
QUESTÃO
DE CIDADANIA
As relações de poder estão presentes em todas as sociedades, pois são
elementos da contradição, dos antagonismos sociais e abrem espaço para o debate
do pensamento político. De acordo com Marçal “[...] a política é uma dimensão
necessária e constitutiva da existência humana; assim, onde houver uma sociedade,
haverá política”. (2006, p.165) O texto do quadro a seguir nos diz que:
Estes são os candidatos, que quando eleitos
nos representam, como também, representam
os projetos dos partidos políticos que se
colocam nas disputas eleitorais, como diz
Rubens Alves “[...] o que está em jogo é o
projeto [...] O candidato é apenas um
representante do projeto escolhido.” (2002, p.
91)
Mas será que este candidato realmente conhece, entende e se identifica com
este projeto de Partido?
É notório a percepção de que existe uma insatisfação pela ação político-
partidária. Poucos acreditam em possíveis mudanças por meio de atividades que
advém dos poderes executivo e legislativo. O engajamento em projetos ou propostas
políticas não tem força na mentalidade da grande maioria dos grupos sociais.
3 Anexo 2
Pesquisa de Campo
Em sociedades complexas, é
impossível fazer assembleias em
que todos participem e sejam
ouvidos. Por isso, foram criados
mecanismos para a população
delegar a algumas pessoas o
poder de falar por elas.
[ANDRADE, 2008, p.88).
Anexo 3
Entrevista
Anexo 4
Pesquisa Bibliográfica
Assim, a luta por direitos tem sido um dos principais motivos dos protestos
ocorridos em grande parte do nosso país. Variam da luta pela diminuição da tarifa de
transporte público à conquista por saneamento básico. Os meios de comunicação, a
todo o momento, tem exposto estas manifestações. Mas, o que acontece, na maioria
das vezes, é que os protestos se esvaziam, não tem continuidade e os debates não
se aprofundam e ocorre a desmobilização.
Neste contexto, a “corrupção, hegemonia de grupos econômicos nas decisões
políticas [...] são apenas reflexos de um único problema: a falta de participação
popular na política”. (HORTA, 2013, p.47) O que parece é que não se desenvolveu
na população o hábito de protestar. Não se construiu a consciência coletiva. Esta
experiência, de luta pela coletividade, não é algo presente em nosso cotidiano.
Talvez este seria um desafio. Elegemos representantes para que façam e executem
leis que garantam nossos direitos. Não podemos permitir que façam o que querem
com seus cargos após serem eleitos.
A participação de todos, exercendo
a plena cidadania, poderá construir uma
sociedade mais democrática em relação
aos direitos do cidadão e, sobretudo,
impedir os desmandos políticos tão
presentes em diversos momentos da
História do Brasil.
É importante citar que, atualmente, os municípios tem a obrigação de manter
o chamado “Portal da Transparência” para que todo cidadão possa ter meios de
conhecer os processos licitatórios, as despesas públicas, diárias de funcionários e
do executivo. Desta forma, poder questionar como se aplica os recursos públicos.
Um exemplo surgiu em Maringá, Paraná. Durante os anos 90, mais de R$ 100 milhões
foram desviados da prefeitura. Quando a mutreta foi descoberta, em 2000, a revolta foi
enorme. Mas, em vez de ficar reclamando, a sociedade civil decidiu reagir. Primeiro,
lideranças se reuniram e fundaram a Sociedade Eticamente Responsável (SER), em
2004. No ano seguinte, o novo prefeito, Silvio Barros (PP), abriu os dados da prefeitura
num portal de transparência na internet. Então, para escrutinar esses dados, o SER
formou em 2006 o Observatório Social de Maringá. Sua função era basicamente dar
Cidadão: Indivíduo no gozo dos
direitos civis e políticos de um estado,
ou no desempenho de seus deveres
para com este. (AURÉLIO, p. 403)
O que não podemos aceitar que ocorra em nosso país é o alerta feito pelo
Deputado Federal Chico Alencar (PSOL – RJ) “[...] O resultado é que dificilmente a
carreira política atrai as pessoas mais capacitadas. Você tem um amigo talentoso?
Pois bem, provavelmente ele não quer ser político.” [HORTA, 2013, p.42].
Então, você que deseja um país melhor, mais justo, com menos
desigualdade, está na hora de pensar, fazer política e valorizar seu voto.
Anexo 5
Seção na Câmara de Vereadores
treinamento para que qualquer cidadão sem filiação a partido político monitorasse
voluntariamente o uso do dinheiro publico do município. Professores, aposentados,
estudantes, advogados. Não importa. Em vez de perder tempo compartilhando posts
raivosos ou comentando matérias no facebook, os voluntários puderam usar
sua indignação analisando se editais de licitação não eram viciados, divulgando-os para
o maior número de empresas possível, fiscalizando os preços, as quantidades e a
qualidade dos produtos e serviços licitados, e acompanhando sua entrega. Deu tão certo
que, em 2009, o Observatório Social de Maringá venceu um concurso em Inovação
Social da ONU para América Latina e Caribe. E a ideia se espalhou para mais de 60
municípios pelo Brasil. [HORTA, 2013, p.47].
Anexo 6
Produção de um Jornal Televisivo
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
A Implementação da Unidade Didática terá início com a leitura e explicação
da apresentação e introdução para que os alunos tomem ciência de que este
trabalho é resultado de estudos desenvolvidos durante o Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, como também reconheçam a importância e
relevância do tema escolhido.
Para introduzir os estudos do material, apresentarei o quadro de Presidentes
do Brasil (anexo 1), alertando que observem que a maioria dos presidentes não
foram eleitos pelo voto direto. Após, me remeterei ao texto “A experiência do voto na
História do Brasil”, onde será feita a leitura e analisado o texto “a linha do tempo” e o
quadro cronológico, que ressalta o transcorrer do voto nos períodos da História do
Brasil Colônia, Império e República. É importante lembrar que em todo o material, os
conceitos serão explicados em quadros à parte, que devem ser alvos da explicação
do professor.
Em seguida, iniciarei o tema “O Voto como Instrumento de Poder”, com uma
palestra sobre “A importância do voto consciente”. Os alunos deverão anotar as
informações dadas pelo palestrante e posteriormente será aberto para
questionamento. Pretendo filmar esta atividade. Retornarei ao material para analisar
os textos e os quadros conceitos desta etapa, que finaliza com uma questão para
dar início à última parte da unidade.
A etapa “A Participação Política: uma questão de cidadania” terá início com
uma pesquisa de campo (Anexo 2). Cada grupo pesquisará 10 (dez) pessoas. Logo
após, será feito levantamento estatístico e a produção de material informativo que
poderá ser cartazes para expor. Retornaremos à explicação do texto do material,
onde sugere outro questionamento e permite à realização de uma entrevista (Anexo
3). Os alunos serão divididos em grupos e será sugerida a gravação das mesmas.
Para que eles percebam a necessidade de participação na vida política, os
alunos participarão de uma seção na Câmara de Vereadores, onde farão anotações
para uma posterior produção de texto informativo (Anexo 5). Por último, como forma
de encerrar as atividades, será produzido material áudio visual, um Jornal Televisivo
(Anexo 6). Neste jornal, serão expostos todas as etapas e atividades desenvolvidas
durante a implantação do trabalho, apresentando aos demais alunos do Colégio.
É importante que fique claro que todas as imagens, esquemas, linha de
tempo, quadro cronológico, roteiros de atividades, serão apresentados com a
utilização do aparelho multimídia em sala de aula. Todas as atividades, pesquisa de
campo, entrevistas, seção na Câmara de Vereadores, terão roteiros previamente
preparados (ver anexos) e explicados aos alunos antes da aplicação.
REFERÊNCIAS:
ALVES, Rubens. Conversas sobre política. Campinas, SP: Verus, 2002. ANDRADE, Luiza. Jovens cidadãos. Revista Escola. São Paulo: Editora Abril, Edição 211, p. 86-87, 2008. ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História: História Geral e História do Brasil, São Paulo: Ática, 1999. AURÉLIO. Novo Dicionário de Língua Portuguesa. 2ª Ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. BRASIL. Presidência da República Federativa do Brasil. Foto oficial. Foto: Roberto Stuckert Filho / PR. Disponível em http://www2.planalto.gov.br/presidenta/foto-oficial. Acesso em 16 de outubro de 2013. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. 4. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. HORTA, Maurício. Por que nossa política é tão burra. Revista Super Interessante. São Paulo: Editora Abril. Edição 320, p. 39-49, Julho/2013. MARÇAL, Jairo. Em busca da essência do político. In: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED-Pr, 2006. p. 161-176 MARTINS, José de Souza. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 2011. p. 75-102 MATOS, Clarence José de.; NUNES, César A. História do Brasil. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1994.
NICOLAU, Jairo. Eleições no Brasil: do Império aos dias atuais. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Grupo de Estudos de Educação Fiscal – 3º Encontro. Curitiba: SEED-PR, 2008. ______. Secretaria de Estado da Educação. Portal Dia a Dia Educação. Galeria de Imagens. O Estado e as relações de poder. Disponível em http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/listaEventos.php. Acesso em 16 de outubro de 2013.
ANEXO 1 - Os Presidentes do Brasil, de 1889 até hoje * Eleitos por voto direto
Manuel Deodoro
da Fonseca
de 15/11/1889
a 23/11/1891
Floriano Viana
Peixoto
de 23/11/1891
a 15/11/1894
*Prudente José de
Morais Barros
de 15/11/1894
a 15/11/1898
*Manuel Ferraz
de Campos Salles
de 15/11/1898
a 15/11/1902
*Francisco de
Paula Rodrigues
Alves
de 15/11/1902
a 15/11/1906
*Afonso Augusto
Moreira Pena
de 15/11/1906
a 14/6/1909
Nilo Procópio
Peçanha
de 14/6/1909
a 15/11/1910
*Hermes
Rodrigues da
Fonseca
de 14/11/1910
a 15/11/1914
*Venceslau Brás
Pereira Gomes
de 15/11/1914
a 15/11/1918
Delfim Moreira
da Costa Ribeiro
de 15/11/1918
a 28/7/1919
*Epitácio da
Silva Pessoa
de 28/7/1919
a 15/11/1922
*Artur da Silva
Bernardes
de 15/11/1922
a 15/11/1926
*Washington
Luís Pereira de
Souza
de 15/11/1926
a 24/10/1930
Getúlio Dornelles
Vargas
de 3/11/1930
a 29/10/1945
José Linhares
de 29/10/1945
a 31/1/1946
*Getúlio
Dornelles Vargas
de 31/1/1951
a 24/8/1954
João Café Filho
de 24/8/1954
a 9/11/1955
Carlos Coimbra
da Luz
de 9/1/1955
a 11/11/1955
Nereu de Oliveira
Ramos
de 11/11/1955
a 31/1/1956
*Juscelino de
Oliveira de
Kubitschek
de 31/1/1956
a 31/1/1961
ANEXO 1 - Os Presidentes do Brasil, de 1889 até hoje * Eleitos por voto direto
*Jânio da Silva
Quadros
de 31/1/1961
a 25/8/1961
João Belchior
Marques Goulart
de 7/9/1961
a 1/4/1964
Pascoal Ranieri
Mazzilli
de 1/4/1964
a 15/4/1964
Humberto de
Alencar Castello
Branco
de 15/4/1964
a 15/3/1967
Arthur da Costa e
Silva
de 15/3/1967
a 31/8/1969
Emílio
Garrastazu
Médici
de 30/10/1969
a 15/3/1974
Ernesto Geisel
de 15/3/1974
a 15/3/1979
João Baptista de
Oliveira
Figueiredo
de 15/3/1979
a 15/3/1985
Tancredo Neves
eleito em
15/3/1985,
morre em
21/4/1985,
sem tomar posse
José Sarney (José
Ribamar Ferreira
de Araújo Costa)
de 15/3/1985
a 15/3/1990
*Fernando Collor
de Mello
de 15/3/1990
a 29/9/1992
Itamar Cauteiro
Franco
de 29/9/1992
a 1/1/1995
*Fernando
Henrique Cardoso
de 1/1/1995
a 1/1/2003
*Luiz Inácio da
Lula Silva
de 1/1/2004
a 1/1/2011
*Dilma Vana
Rousseff
desde 1/1/2011
ANEXO 2 – Pesquisa de Campo
Idade:_________ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
Escolaridade:
( ) não alfabetizado ( ) alfabetizado ( ) ensino fundamental completo ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino médio completo ( ) ensino médio incompleto ( ) ensino superior completo ( ) ensino superior incompleto ( ) pós-graduação lato sensu (especialização) ( ) stricto sensu (mestrado/doutorado)
1) É filiado a algum partido político? ( ) sim ( ) não
2) Participa das seções da Câmara de Vereadores? ( ) sim ( ) não
3) Vai a comícios em períodos de eleições? ( ) sim ( ) não
4) Em períodos de eleições, assiste a horário político? ( ) sim ( ) não
5) Procura conhecer as propostas dos partidos políticos ou coligações durante as eleições?
( ) sim ( ) não
6) Acompanha o desenvolvimento das propostas dos partidos depois que o candidato foi eleito?
( ) sim ( ) não
7) Considera que o político te representa? ( ) sim ( ) não
8) Já presenciou compra de votos? ( ) sim ( ) não
9) Considera que a política pode ajudar na vida das pessoas?
Em que área:_____________________________________
( ) sim ( ) não
10) Os políticos são confiáveis?
Por que?________________________________________
( ) sim ( ) não
11) Você venderia seu voto? ( ) sim ( ) não
Será realizado o levantamentos dos dados, análise dos dados, produção de
gráficos em cartaz para apresentação para outras turmas.
ANEXO 3 – Entrevista
Entrevista com Prefeito e Ex-Prefeitos, Vereadores e Ex-Vereadores e
Presidentes de Partidos. Cada grupo irá entrevistar um segmento.
1) Nome:____________________________________________________________
2) Idade: ________________ 3) Sexo: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
4) Função Pública que exerceu ou exerce:__________________________________
5) Partido Político:_____________________________________________________
6) Quantos mandatos?_________________________________________________
7) Profissão:_________________________________________________________
8) Escolaridade:
( ) não alfabetizado ( ) alfabetizado ( ) ensino fundamental completo ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino médio completo ( ) ensino médio incompleto ( ) ensino superior completo ( ) ensino superior incompleto ( ) pós-graduação lato sensu (especialização) ( ) stricto sensu (mestrado/doutorado)
9) Porque entrou na política?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10) Importância da política e do político?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
11) Principais dificuldades que enfrenta ou enfrentou na política?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12) Conhece a história e o programa do seu partido?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
13) Já foi filiado a outra partido político? Se foi, por que mudou de partido?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
14) Qual a importância dos deputados para as campanhas eleitorais e para o
município?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
15) Existe condição de se fazer política ou uma campanha eleitoral sem uma
articulação financeira?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
16) Indicou algum parente para cargos públicos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
ANEXO 4 – Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa bibliográfica direcionada com o objetivo de identificar a história, a
ideologia e as principais propostas de cinco partidos políticos do Brasil, escolhidos a
partir da entrevista do anexo 3.
ANEXO 5 – Seção na Câmara de Vereadores
Roteiro para elaboração de um texto informativo.
1) Data da Seção
2) Disposição dos vereadores nas bancadas.
3) Composição da mesa.
4) Posição dos vereadores em relação ao executivo do município e aos pontos
discutidos na seção.
5) Produzir um texto em relação ao que foi debatido.
6) Fazer levantamento das Indicações e requerimentos.
7) Como é o tramite de elaboração e aprovação de uma lei.
ANEXO 6 – Produção de um Jornal Televisivo/Documentário
1) O que foi e como se desenvolveu a Implementação pedagógica?
2) Questão história sobre a eleição?
3) Relato da Seção da Câmara de Vereadores e apresentação do levantamento
realizado.
4) Palestra.
5) Apresentação dos dados da pesquisa e da entrevista.
Esta atividade será a conclusão da implementação do trabalho pedagógico.