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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

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O LÚDICO: uma proposta educativa para o ensino dos conteúdos

relacionados à reprodução humana para estudantes do 8º ano do

ensino fundamental

Valdirene Mazamboni1 Profa. Dra Glaura Scantamburlo Alves Fernandes2

RESUMO:

Aos alunos do 8º ano de ensino fundamental, foram apresentados conteúdos relacionados à reprodução humana por meio de aspectos biológicos, fisiológicos e anatômicos, partindo do conhecimento do corpo e das mudanças que ocorrem na fase da puberdade e adolescência. Para tanto, foram disponibilizadas informações sobre o sistema reprodutor masculino, o sistema reprodutor feminino, eventos como: a menstruação, fecundação e gestação, o ensino dos métodos contraceptivos e à prevenção de IST (infecções sexualmente transmissíveis). Por meio do lúdico, foram disponibilizadas informações relevantes ao cotidiano dos adolescentes, período em que os conflitos e as dúvidas são ainda mais frequentes, principalmente devido às transformações físicas e psicológicas que estão vivenciando nessa fase. Os materiais didáticos utilizados nas aulas (jogos interativos, modelos, ilustrações e dinâmicas participativas), possibilitaram, mediante a proposta pedagógica, tratar esses assuntos naturalmente. Assim, a presente unidade didática propôs o desenvolvimento dessas atividades por meio de ações educativas, envolvendo ao máximo a participação dos alunos, objetivando o conhecimento e os cuidados que devem ter com o próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis para qualidade de vida, sensibilizando-os na responsabilidade de sua saúde e à saúde coletiva.

Palavras-chave: Adolescência. Maturidade Sexual. Reprodução.

1 INTRODUÇÃO

O corpo do homem e o da mulher desperta muito interesse pelas suas

diferenças morfológicas e fisiológicas e, o estudo da reprodução humana ministrados

aos alunos do 8º ano do ensino fundamental, explorando com ênfase os sistemas

reprodutores masculinos e femininos, as mudanças que ocorrem no corpo na

puberdade devido à ação dos hormônios, os eventos como a menstruação,

ejaculação, masturbação, relacionamento sexual, fecundação, gravidez, métodos

contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis, são essenciais e

necessários para que a realidade dos nossos jovens possa ser modificada, uma vez

que o desconhecimento desses temas pode influenciar o futuro deles.

1 Professor PDE 2013. Docente da Rede Pública Estadual da cidade de Londrina Especialista. 2 Professora Orientadora UEL. Doutorado Biologia Celular e Estrutural UNICAMP.

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Segundo Trivellato et al. (2008) é importante discutir com os alunos os

diferentes aspectos envolvidos no processo de amadurecimento, incentivando-os a

reconhecer que a maturidade sexual não é o único fator que prepara o jovem para a

reprodução, embora, biologicamente, a maturidade sexual está relacionada à

possibilidade de reprodução e o corpo já está pronto para a função reprodutiva.

É sempre um desafio para os educadores lidarem com situações tão

diversas no que diz respeito à sexualidade, principalmente quando se percebe que o

aluno não possui o conhecimento necessário sobre o que está acontecendo com o

seu corpo e com o seu comportamento.

A sexualidade consiste em um conjunto de sensações e sentimentos envolvidos e vai muito além da cópula. São descobertas proporcionadas pelo corpo a um simples toque, beijo, carícia, a cujos estímulos o cérebro responde, inundando todo o corpo com emoções diversas, que tomam conta de todo o ser, gerando um estado mágico. (PIRES; GANDRA; LIMA, 2002, p. 5).

A gravidez de adolescentes é um problema que preocupa muito a nossa

sociedade. Segundo Trivellato et al. (2008) a maternidade precoce na maioria das

vezes, interrompe a escolarização da mãe, dificulta sua inserção no mercado de

trabalho e, em boa parte dos casos, acarreta problemas de natureza psicológica.

Problemas semelhantes acontecem com os adolescentes do sexo masculino, uma

vez que a responsabilidade de construir uma família autonomamente faz com que

eles, muitas vezes, também abandonem os estudos e entrem no mercado de

trabalho sem uma formação específica.

2 ABORDAGEM LÚDICA PARA A REPRODUÇÃO HUMANA

Para Maistro (2009) o estudo da sexualidade abrange o nosso corpo, no

entanto, ela abarca também a reprodução humana, por isso se faz necessário falar

deste assunto no ambiente escolar. Para ela, os professores são as pessoas mais

indicadas para tratar o tema, pois podem promover debates e diálogos, permitindo

que os jovens exponham seus sentimentos, dúvidas e ansiedades.

É importante e extremamente necessário, levar para o âmbito escolar a discussão sobre os mais variados temas que envolvem a sexualidade, seja em vista da alegação dos pais de não se sentirem preparados para falar sobre sexo com os filhos, seja pelos elevados

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índices de gravidez na adolescência, seja pelas altas taxas de DST/AIDS, seja por outras razões, apesar de tantos livros, revistas, músicas, televisão, rádio, imprensa, internet, programas de computador e muitos outros canais de cultura e informação, direcionados aos jovens, tratarem sobre o assunto. (MAISTRO, 2009, p. 43).

Segundo a autora, as intervenções mais eficazes são as ações educativas

continuadas, que utilizam metodologia participativa e vão muito além do

fornecimento de informações ou da prescrição de condutas preventivas. Há

necessidade de se abordar com os jovens, temas que em seus diversos

desdobramentos, visa à prevenção da gravidez na adolescência e das infecções

sexualmente transmissíveis/ Aids. É necessário também, haver espaço para que

esse tema seja perguntado, discutido, questionado e vivido de forma apropriada e

singular. Evitar a gravidez precoce ou proteger-se contra IST é uma consequência

da atitude de quem se valoriza no presente e aposta no futuro. Quando a escola

omite-se diante dessas questões, não está contribuindo para o bem estar das

crianças e dos jovens em sua vivência sexual atual e futura.

A escola deve ter uma visão integrada das experiências vividas pelos educandos, buscando desenvolver o prazer do conhecimento e desempenhar um papel importante ao discutir assuntos que estão ligados à vida, à saúde, ao prazer e ao bem-estar que integra as diversas dimensões do ser humano envolvidas nesse aspecto. (MAISTRO, 2009, p. 54).

Tão importante quanto selecionar conteúdos é a escolha de abordagens,

estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação pedagógica. O professor

enriquece sua prática envolvendo o seu aluno como gestor de sua aprendizagem

por meio de atividades lúdicas. De acordo com as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica de Ciências (2008) o lúdico é uma forma de interação do

estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a

imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos,

modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.

Permite ainda, uma maior interação entre os assuntos abordados e quanto mais

intensos for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações

cognitivas realizadas pelo estudante. Deve ser considerado na prática pedagógica,

independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém, adequando-se a

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elas quanto à linguagem, a abordagem, as estratégias e aos recursos utilizados

como apoio.

O lúdico pode ser utilizado como promotor da aprendizagem nas práticas

escolares, possibilitando a aproximação dos alunos ao conhecimento científico.

Neste sentido, ele se constitui em um importante recurso para o professor

desenvolver a habilidade de resolução de problemas, favorecer a apropriação de

conceitos, e a atender as características da adolescência. (CAMPOS, 2008).

Silva e Grillo (2008, p. 234) expõem que:

Na prática educativa, faz-se necessária a utilização de instrumentos que proporcionem conhecimento e aprendizado, ao mesmo tempo em que sejam dinâmicas e didáticas, estimulando à participação e à reflexão do educando. Pode-se tomar, por exemplo, o uso dos jogos educativos como ferramenta pedagógica, servindo tanto como uma opção de diversão, ao mesmo tempo como um veículo de crescimento e desenvolvimento intelectual, favorecendo a aprendizagem e a reflexão durante a jogada e o desenvolvimento de aptidões.

Para Trivelato e Silva (2011) os jogos possibilitam o emprego de diversas

linguagens e pode ser utilizado articulando diferentes conceitos e áreas. Buscando

sempre o envolvimento do aluno como gestor de sua aprendizagem, o professor

enriquece sua prática por meio de atividades lúdicas.

Quanto aos temas que envolvem a sexualidade, Silveira (2010) sugere em

aborda-los sob a forma de um jogo, pois, este cria um ambiente de descontração,

proporciona maior liberdade de expressão para tratar de informações científicas,

mitos, tabus e preconceitos. Os subtemas: sistema reprodutor feminino, sistema

reprodutor masculino, mudanças na puberdade, gravidez, métodos contraceptivos e

infecções sexualmente transmissíveis, permitem a discussão e troca de ideias entre

os participantes, possibilitando um posicionamento mais seguro.

De acordo com Stefani e Neves (2004, p. 21):

O jogo didático em ciências apresenta regras criadas pelo professor para trabalhar determinadas habilidades, atitudes, conteúdos e valores. [...] os jogos didáticos são modalidades de divertimento orientadas, conduzidas e desencadeadas pelo docente e que propiciam o entretenimento de crianças, jovens e adultos.

Santos e Cruz (2010) entende a educação como um processo

historicamente produzido e o papel do educador como agente desse processo.

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Portanto, a ludicidade tem sido enfocada como uma das alternativas para a

formação do ser humano porque, além de permitir um trabalho pedagógico,

possibilita a produção do conhecimento. Entende-se com isto que, uma das formas

de repensar os cursos de formação, é introduzir na base curricular a formação

lúdica, visto que a maioria, têm se preocupado somente com a formação teórica e

pedagógica. Sobre isso afirmam:

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher, entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida (SANTOS; CRUZ, 2010, p. 11).

O desenvolvimento e a aplicação deste projeto se deu na Escola Estadual

Dr. Fernando de Barros Pinto do Ensino Fundamental. Os alunos do 8º ano,

utilizados como ferramentas de análise, desenvolveram atividades sobre o estudo do

sistema reprodutor masculino e feminino, das mudanças que ocorrem na puberdade

e adolescência, da gestação, bem como os métodos contraceptivos e IST (Infecções

Sexualmente Transmissíveis) acerca do lúdico, instrumento metodológico educativo

e diferenciado.

Na primeira etapa de desenvolvimento do projeto de intervenção na escola

foi aplicado aos alunos um questionário (Diagnóstico inicial) como instrumento

diagnóstico, com vistas a identificar o que estes já conheciam e o que pensam a

respeito de determinadas situações envolvendo os assuntos sobre sexualidade e

reprodução. Os resultados estão apresentados no Quadro1.

Quadro 1 – Diagnóstico Inicial - Questionário aplicado para 46 alunos do 8º Ano.

QUESTÕES

OPÇÃO A

ALUNOS

%

OPÇÃO

B

ALUNOS

%

OPÇÃO

C

ALUNOS

%

1-O QUE SIGNIFICA ADOLECÊN-CIA?

Uma fase de dificuldades, confusões, conflitos, dúvidas e revolta.

22%

Uma fase de descobrir coisas, de experimen- tar a líberda dade, for- mar novas amizades e de namorar.

36

78%

2- A RELAÇÃO SEXUAL:

É uma das expressões mais íntimas que pode

44

96%

Permite somente à reprodução.

2

4%

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haver no relaciona-mento entre duas pessoas.

3- O ÓVULO E OS ESPERMA-TOZOIDES SÃO:

Os gametas feminino e masculino, respectivamente.

32

70%

Os zigotos feminino e masculinos respectiva- mente.

14

30%

4-A PRIMEIRA MENSTRUA-ÇÃO:

É um sinal de que a mulher pode engravidar.

6

13%

É um sinal de que a menina tornou-se uma jovem mulher.

40

87%

5- GRAVIDEZ OU GESTAÇÃO:

Período que decorre entre a fecundação e o nascimento do bebê.

36

78%

Período de fertilidade da mulher.

10

22%

6- O USO DE PRESERVATI- VOS EVITA:

As infecções sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.

42

91%

Somente a gravidez indesejada.

4

9%

7- A MULHER PODE ENGRA- VIDAR EM SUA PRIMEIRA RE- LAÇÃO SE- XUAL?

Sim 37

80%

Não 9

20%

8- A EJACULA-ÇÃO:

É um sinal de que o menino já pode ser pai.

11

24%

É um sinal de que o menino tornou-se um rapaz.

35

76%

9-PREVENIR A GRAVIDEZ E AS INFECÇÕES SEXUALMEN-TE TRANSMIS- SÍVEIS CABE A QUEM?

À mulher e ao homem.

41

89%

Ao homem. 2

4%

À mulher. 3

7%

10- A RESPON- SABILIDADE DE CRIAR OS FILHOS:

É da mãe e do pai.

46

100%

É só do pai. 0

0%

É só da mãe.

0

0%

Fonte: Autora

Os dados revelaram no diagnóstico inicial que os alunos estão em sua

maioria cientes e atentos aos assuntos que acercam a sexualidade e a reprodução

humana. Ficou evidente que os maiores percentuais estão voltados aos temas mais

comentados na mídia e no convívio social deles. No entanto, alguns desconhecem

ainda que a menstruação e a ejaculação são fenômenos decorrentes da puberdade,

que informam que o corpo está apto para gerar uma nova vida. Neste primeiro

momento o questionário diagnóstico teve como objetivo levantar dados referentes

aos conhecimentos prévios dos educandos, bem como traçar o perfil da sala, de

modo que os questionamentos viessem a ser esclarecidos posteriormente.

Na segunda etapa do projeto de intervenção, após o levantamento dos

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conhecimentos prévios foram selecionados os conteúdos envolvendo as mudanças

do corpo na puberdade e as suas manifestações. As atividades propostas permitiram

aos jovens o reconhecimento do que há em comum entre meninos e meninas

conforme passam pela puberdade e as peculiares a cada sexo, tornando-os mais

conscientes das mudanças que ocorrem na medida em que se tornam jovens

mulheres e jovens rapazes. Contribuiu também para a percepção sobre as

implicações das mudanças físicas (caracteres sexuais primários e secundários) nas

relações sociais e no trato consigo mesmo, abordando as preocupações e as

dúvidas quanto à menstruação, ejaculação e masturbação.

O documentário intitulado “Mudanças” explorou as mudanças físicas e

emocionais que ocorrem na puberdade, os sentimentos em relação ao sexo oposto,

os ciclos de vida, a reprodução e os ritos de passagem à vida adulta. Animações,

dramatizações e entrevistas auxiliaram na reflexão sobre os conceitos apresentados.

Logo após, os alunos realizaram a leitura do texto “Mudando o corpo: A puberdade”

que trouxe informações sobre as mudanças físicas que ocorrem no corpo da menina

e do menino durante a puberdade. Em grupos, os alunos discutiram um texto e

reescreveram as conclusões obtidas, trabalhando as ideias e integrando o

conhecimento. Nestes momentos de aulas e atividades foi possível acompanhar a

evolução dos conceitos construídos pelos alunos; sendo possível também avaliá-los

através dos exercícios e falas as mudanças de atitudes diante da compreensão de

significado dos termos biológicos. As correções das diferentes atividades permitiram

rever conteúdos, bem como responder as dúvidas dos educandos com exemplos do

cotidiano, auxiliando-os à compreensão dos conceitos sobre menstruação,

ejaculação e masturbação.

Em continuidade, outro documentário foi exibido: “Conversa de menino”;

“Conversa de menina” que explorou em seu conteúdo o crescimento, as mudanças

que ocorrem no corpo e nos relacionamentos e as preocupações que os

adolescentes têm com a aparência nessa fase. Explorou também a função dos

hormônios, a necessidade da higiene do corpo, as espinhas no rosto, as

preocupações e dúvidas sobre a menstruação e proteção higiênica, o ato de se

barbear, a mudança de voz, polução noturna e masturbação. O vídeo terminou

tranquilizando os jovens que, quanto mais souberem, mais relaxados ficarão e que é

importante ter alguém com quem possam falar sobre suas dúvidas. Concluiu dizendo

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que todo adulto é apenas uma criança que cresceu e que a puberdade transforma

meninas em mulheres e meninos em homens.

Após realizarem o Jogo de Corpo: “Puberdade”, os grupos apresentaram

suas produções (desenho e história) como exemplificado na Figura 1, e logo após

comparar o desenho dos personagens ao modelo, fizeram os comentários sobre o

que os participantes deixaram de colocar ou que desenharam errado; ressaltaram e

listaram as questões que julgaram importantes para o debate. Para finalizar abriu-se

a discussão, comentários e esclarecimentos de dúvidas sobre a função dos

hormônios sexuais masculinos e femininos, se todas as pessoas se desenvolvem na

mesma idade, quais os cuidados de higiene que o adolescente com acne precisa ter

com o rosto, por que começa a ter odor de suor, quais os cuidados de higiene que o

ele precisa ter com o corpo, com quais sentimentos convivem na puberdade e quais

os acontecimentos que marcam essa fase.

Figura 1 – Produção de texto e desenho realizado por dupla de alunos

Com o Jogo do desenvolvimento: “Trilha da vida”, tanto os meninos quanto

as meninas reconheceram o que há em comum entre eles desde o momento da

fecundação até o nascimento, conforme passam pela puberdade e também as

peculiares a cada sexo, o que possibilitou melhor consciência das mudanças que

ocorrem na medida em que se tornam jovens (Figura 2).

Figura 2 – Jogo Trilha da vida entre grupos de meninas e meninos

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Para desenvolver atividades relacionadas à adolescência, os alunos

participaram da dinâmica e com barbante. A proposta dessa ação contribuiu para

que os educandos percebessem suas atitudes, mudanças físicas, emocionais e

sociais como características do adolescer, ou seja, a fase em que estão passando.

Através das atividades, expuseram os sentimentos e as sensações que o adolescer

provoca no jovem e o motivo que os levam a ter sentimentos de alegria, tristeza,

angústias e medos (Figura 3).

. Figura 3 – Artes com barbantes: Alunos criando formas e informando em cada nó o que

mais os incomoda na adolescência.

A adolescência é o período em que o jovem passa por conflitos, exatamente

pelas mudanças acontecidas. Em decorrência disso, foram apresentadas aos alunos

informações sobre as mudanças e atitudes que ocorrem na adolescência através do

texto “adolescer”. Em grupos (Figura 4), discutiram o texto e reescreveram as suas

conclusões, e para finalizar elaboraram frases manifestando o sentimento de um

adolescente.

Figura 4 – Elaboração de frases confeccionadas por alguns alunos.

Por meio da pesquisa “Pingue-pongue” (coletaram dados sobre suas

preferências); Pesquisa entre colegas (descobriram preferências e levantaram

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dados); Teste: “Que tipo de adolescente é você?” (conheceram as preferências dos

colegas e também suas). E de acordo com as alternativas escolhidas no teste,

fizeram a narrativa sobre o seu “perfil de adolescente”. A leitura do livro de Guila

Azevedo objetivou informar e conscientizar tanto os meninos quanto as meninas

sobre os problemas que a gravidez precoce pode acarretar na vida deles caso isso

aconteça. O empréstimo do livro ocorreu de forma que todos pudessem levar para

suas casas com um prazo estipulado para realização da leitura.

A apresentação do vídeo: “O Sistema Reprodutivo Masculino e o Sistema

Reprodutivo Feminino” teve como objetivo mostrar o funcionamento de ambos

permitindo logo após exibição a exposição de ideias, comentários e o esclarecimento

de dúvidas. Em seguida, os alunos em grupos esquematizaram os sistemas

reprodutores, indicaram os órgãos e descreveram suas respectivas funções.

Utilizaram o livro didático adotado pela escola como apoio, no qual os alunos

puderam ter acesso às imagens. A construção de modelos proporcionou a

assimilação dos conhecimentos referentes ao estudo das estruturas anatômicas que

formam o sistema reprodutor masculino e feminino. Por meio desta, os educandos

identificaram e descreveram as estruturas anatômicas dos sistemas, com ênfase na

disposição dos órgãos e nas relações entre eles, associando-os às suas respectivas

funções.

Dentre a estratégia para abordar o tema “Menstruação, Espermatogênese e

Reprodução”, foi apresentado o Jogo de Corpo, que teve uma boa aceitação por

parte dos alunos, pois, favoreceu a construção do conhecimento, permitiu trocas de

experiências, proporcionou diversão e trabalho em equipe melhorando o

desempenho dos estudantes e proporcionando melhores condições para a formação

emocional e física.

O documentário “Como são feitos os bebês” foi explorado através de

animações a relação sexual e o ato pelo qual o espermatozoide fertiliza o ovócito

para a formação de um bebê. Uma imagem de arquivo mostrou o momento certo da

fertilização, e zigoto dividindo-se para formar um embrião. O vídeo proporcionou aos

alunos ideias de relacionamentos, incluindo amizades, relações entre pais e filhos,

família e relações sexuais adultas. Quanto ao texto “Uma corrida para a vida” –

Relato de um espermatozoide os alunos após realizarem a leitura obtiveram

informações sobre o espermatozoide percorrendo a tuba uterina a procura do

ovócito. A discussão sobre o texto se deu em torno dos seguintes questionamentos:

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Quais são as células sexuais masculinas e femininas representadas no poema?

Qual é o objetivo da disputa entre os espermatozoides?Onde ocorre o encontro do

espermatozoide com o ovócito?Quanto tempo leva para o bebê se desenvolver

completamente no útero? Em seguida, reescreveram suas conclusões e

esquematizaram a fecundação do ovócito sendo penetrado pelo espermatozoide na

tuba uterina, descrevendo a “viagem do espermatozoide dentro do sistema

reprodutor feminino até seu encontro com o óvulo”. Através dessa proposta, os

educandos conheceram o mecanismo da fecundação, ou seja, de como os bebês

são feitos e como se formam os gêmeos univitelinos e bivitelinos. Para entenderem

melhor essas questões, foi apresentado aos alunos o processo da ovulação

(liberação de um ovócito de um dos ovários), explicando através do ciclo menstrual

(de 28 dias), o dia provável da ovulação bem como o período em que a mulher está

apta à gravidez (dias férteis). Dessa forma, puderam compreender que conhecendo

o ciclo menstrual é possível saber o período fértil, o que acontece com o útero caso

ocorra a fecundação do ovócito, quais os sinais de um organismo que indica uma

possível gravidez, o que ocorre no útero de uma mulher cerca de 14 dias após a

ovulação caso o ovócito não seja fecundado, o que muda com a gravidez, por que é

importante o pré-natal e qual a razão do índice tão elevado de gravidez na

adolescência. Tiveram acesso também a informações quanto ao desenvolvimento de

um bebê no útero durante esse período, como eles nascem e quais as necessidades

dos mesmos antes e depois do parto.

O documentário “Como nascem os bebês”, mostrou como um feto se

desenvolve desde a fecundação até o momento do nascimento. Os alunos

compreenderam por que a gestante deve ter uma alimentação balanceada,

acompanhamento médico, não ingestão de bebidas alcoólicas ou quaisquer outras

drogas nem medicamentos sem a devida orientação médica e tiveram acesso a

alguns exemplos de cuidados que uma gestante deve adotar. Perceberam também

que a gravidez exige mudanças na vida de qualquer pessoa e que o tempo que se

deve despender em função da nova criança depois do seu nascimento, pode

acarretar transtornos na vida dos adolescentes, pois estes têm ainda muito a

descobrir e conquistar. Foi também apresentado no vídeo à ultrassonografia que

exibiu o bebê no útero, e por meio de desenhos animados mostrou o crescimento do

mesmo explicando a importância do cordão umbilical e o útero sendo empurrado por

contrações musculares até o nascimento.

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Os alunos resolveram a palavra cruzada na forma de um jogo com o prazo

estabelecido. Findando o prazo, realizaram a correção no coletivo, permitindo

discussão e debates envolvendo as respostas dadas.

O documentário “Vamos falar sobre sexo” propôs uma reflexão sobre os

múltiplos aspectos do sexo: social, afetivo, saúde e legal, que conscientizam os

jovens sobre a importância de manter relações com responsabilidade e afeto. A

partir dos assuntos apresentados no vídeo foram aplicados os Jogos: “Trilha da

sexualidade”; Jogo da verdade: “Sexualidade”; Jogo: “Qual é a Resposta?”, no qual

os alunos expuseram suas ideias, trocaram experiências e sanaram suas dúvidas

fazendo as perguntas (Figura 5).

Figura 5 - Jogos: “Trilha da sexualidade”; Jogo da verdade: “Sexualidade”.

Com relação às atividades propostas sobre os Métodos Contraceptivos

foram apresentados aos adolescentes os diversos tipos para serem manipulados,

disponibilizando informações sobre funcionamento de cada um, a eficácia,

vantagens e desvantagens dos mesmos e reflexões que estimulam a adesão da

pratica ao sexo seguro e com responsabilidades. Percebeu-se através da reação de

alguns alunos que nem todos tinham informações sobre os métodos

anticoncepcionais e alguns ouviram falar pelo menos de “camisinha”. Foi o momento

então de promover a troca dessas noções entre os alunos, de modo a despertar o

interesse pelo estudo que seguia, orientando-os, quando necessário e realizando a

correção de algumas dessas ideias ou o aprofundamento delas.

Os adolescentes estão iniciando sua vida sexual cada vez mais jovem,

porém, menos preparados do que é necessário. Eles precisam tomar consciência

das implicações e responsabilidades que a vida sexual ativa exige para não

incorrerem numa gravidez inesperada. Nem todos os métodos são aconselhados

para os adolescentes. A escolha do contraceptivo precisa estar adequada à

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capacidade física e psicoemocional para utilizá-lo. Além disso, alguns métodos

necessitam de indicação de um médico ginecologista. Para tanto, foram

disponibilizados nos Vídeos Educativos “Os métodos contraceptivos” e “Uso de

Preservativos” informações sobre o uso correto da camisinha (masculina e feminina),

os cuidados básicos na utilização e as vantagens em adotar este tipo de método,

como também, os principais contraceptivos utilizados no Brasil, as restrições do uso

para adolescentes, e principalmente, a eficácia de cada um.

Os jogos: “Caça-Palavras”; Memória: Contraceptivo; “Copo d’água” e

“Contracepção” (FIGURA 6), proporcionou aos estudantes a reflexão sobre os

critérios de escolha de um método na adolescência, bem como informações

necessárias para a utilização desses métodos. Essa prática deixou em evidência

que quem pretende ter relações sexuais, mas não quer correr o risco de uma

gravidez precisa utilizar algum método anticoncepcional ou contraceptivo. A

discussão ocorreu de forma natural enquanto jogavam, pois, houve participação e

trocas de experiências entre os participantes. Foi possível a compreensão de saber

quais os métodos mais indicados na adolescência, quem deve ser responsável pela

prevenção, quais os cuidados que devem ser tomados na guarda e utilização da

camisinha, por que os métodos naturais não são indicados para os adolescentes,

qual a importância de uma garota que possui vida sexual ativa procurar um

ginecologista, como o casal deve fazer a escolha do método contraceptivo a ser

utilizado por eles, o que é sexo seguro, se a garota estiver usando outro método

contraceptivo o garoto precisa continuar usando preservativo e o que a garota deve

fazer quando se esquece de tomar a pílula.

Figura 6 – Jogo da memória: “Contraceptivo”.

Dando continuidade a implementação do projeto na escola e como parte

final, esta ação disponibilizou aos adolescentes informações sobre as infecções

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sexualmente transmissíveis (ISTs), oportunizando condições para que conhecessem

o próprio corpo, bem como, os cuidados que devem ter, valorizando e adotando

hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo

com senso de responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. Por

meio do lúdico os adolescentes puderam identificar e ampliar os conhecimentos

sobre IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) principalmente sobre AIDS.

Foram abordadas as diversas Infecções Sexualmente Transmissíveis e suas

consequências para o ser humano através de slides, vídeo educativo como mostra a

Figura 7, e atividades lúdicas promovendo discussões acerca do assunto e

possibilitando aos jovens entrarem em contato com diferentes posicionamentos e a

partir daí formar suas próprias opiniões e se preparar para as futuras tomadas de

decisões. Por meio do texto do livro “Jogo do Corpo” e apresentação de imagens na

TV pen drive, foram destacados os agentes causadores, as formas de contágio, os

sinais ou sintomas de cada infecção e as suas complicações.

Através dos Jogos: Jogo do “Caça-Palavras”; Jogo: “Roletrando com a

ISTS”; Jogo de Corpo “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, os alunos

compreenderam a real importância do uso da camisinha na defesa da saúde.

Figura 7 – Vídeo Educativo abordando as Infecções Sexualmente Transmissíveis.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na puberdade, que caracteriza o período da adolescência, os hormônios em

latência começam a manifestar e devido às ocorrências de grandes transformações

físicas e emocionais inicia-se o despertar para a atração sexual e a exploração do

corpo mobiliza muito interesse o que torna essa curiosidade ainda mais aguçada.

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Torna-se imprescindível que o educador no ambiente escolar ofereça orientações e

informações para que os educandos não permaneçam ignorantes ou venham a ter

conhecimentos distorcidos sobre tudo o que envolve a sexualidade humana e a vida

reprodutiva, sendo fundamental que eles construam seus próprios discursos e

pensamentos, desenvolva a sua autoestima, façam escolhas certas e se posicionem

frente às situações com responsabilidade. Os nossos jovens necessitam de

informação e reflexão, é preciso trabalhar os mitos e crendices que envolvem o tema

levando em consideração também o emocional. O ponto de partida é o corpo, é

fundamental conhecê-lo, pois é nele que se imprime a vida sexual, afetiva e

reprodutiva, com suas inúmeras possibilidades.

Através do lúdico, foram disponibilizadas informações relevantes ao

cotidiano dos estudantes. O material didático utilizado nas aulas (jogos interativos,

modelos, ilustrações e dinâmicas participativas), forneceu aos estudantes

informações necessárias sobre os temas abordados e (possibilitou) mediante a

prática pedagógica tratou o assunto naturalmente, favorecendo uma relação de

confiança entre educador e educandos e oportunizando discussões que

possibilitaram lidar com os temas de forma madura, deixando de lado ideias

preconcebidas e sem juízo de valor.

Certamente as atividades propostas levaram os educandos a refletir sobre

sua própria sexualidade e a dos outros, de maneira consciente e saudável, pois,

conhecer o que ocorre com o corpo foi fundamental para entender o processo de

maturidade pelo qual o organismo está passando, ao mesmo tempo em que

desmistifica o mito de que a sexualidade está relacionada apenas à relação sexual.

Além disso, o tema explorado contribuiu intensamente para que os adolescentes se

conscientizassem que, em tempo devido, permitam-se viver o sexo seguro de forma

responsável tomando as devidas precauções. Desta forma, poderão evitar a

gravidez indesejada e as Infecções Sexualmente Transmissíveis.

REFERÊNCIAS

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