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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

DITADURA MILITAR: Breve relato da Militância feminina e Trajetória de Dilma

Rousseff*

Ivone José de Assunção Rosvadoski1

Resumo:A Ditadura Militar iniciou-se com o golpe militar em 1964, ficou marcada na história do país pela sua forma de lidar com o povo, sua repressão e censura e, o AI-5 foi o maior instrumento desta repressão. No governo Médici que começam as torturas, as prisões e os assassinatos de militantes da ação armada contra o governo, a censura e associação de vitórias esportivas ao governo. O período da ditadura militar propiciou a abertura de um caminho para a luta também da igualdade entre os gêneros, particularmente no campo profissional. A pesquisa destacou a presidente do país, nome completo Dilma Vana Rousseff Linhares, descrita como esposa de Claudio Galeno de Magalhães Linhares, conhecido como Lobato. Casou-se duas vezes. Nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte. É filha do Búlgaro Péter Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva de Friburgo/RJ, tiveram mais dois filhos, Igor e Vana. Dilma contribuiu muito para a popularidade de Lula na Presidência que, passou a cuidar da execução de projetos, fez um bom trabalho, e isso refletiu na popularidade do presidente. Em novembro de 2011, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a lei n.º 12.528, com o objetivo de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. A comissão tem o prazo de dois anos para concluir o seu relatório, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos. Num primeiro momento, não se trata de aplicar punições, mas de conquistar o direito de saber a verdade. Neste caso, a punição é moral.

Palavras-chave: Ditadura Militar, Militância feminina, Dilma Rousseff, Comissão da Verdade. Introdução

A pesquisa relata brevemente o período da ditadura militar no Brasil, a

militância feminina, a trajetória de Dilma Rousseff e o papel da Comissão da

Verdade neste processo histórico do nosso país.

Um período marcado por lutas que se desenrolaram durante um governo

opressor e centralizador, o qual o papel da mulher foi importante em todo o processo

de desenvolvimento da sociedade que hoje vivemos. As mulheres lutaram

juntamente com os homens em pé de igualdade por um país melhor. Nesta luta,

* Este artigo foi orientado pela professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e autora do livro Do teatro militante à canção engajada: a experiência do CPC da UNE (1958-1964) (Fundação Perseu Abramo, 2007). 1 Professora licenciada em História e aluna do PDE.

uma personagem marcante que se destacou em sua trajetória, a presidente do

Brasil, Dilma Rousseff, que hoje esta no poder em decorrência também de suas

lutas e sofrimentos pelos quais se submeteu.

A criação da Comissão da Verdade em 2011 por meio da lei n.°12.528,

sancionada e promulgada por Dilma Rousseff, confirma todos os fatos ocorridos

neste período e descortina toda a verdade, atendendo às necessidades de familiares

que perderam seus entes e àqueles que foram torturados deixando sequelas

psicológicas e emocionais até hoje.

Contudo, a pesquisa buscou de forma sucinta, pois o assunto complexo e

envolve disputas pela “verdade” bem como pela memória expor de forma concisa

informações relevantes e que devem ser trazidos ao conhecimento da sociedade.

Ditadura militar

Iniciou-se com o golpe militar em 1964, o qual suprimiu direitos

constitucionais, impôs a censura e começou uma perseguição política aos que se

manifestaram contra o regime militar.

Assumiu o governo o então militar Castello Branco entre 1964 e 1967,

afirmando que iria defender a democracia, mas isso não ocorreu. Apenas dois

partidos políticos puderam funcionar, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o

Aliança Renovadora Nacional (ARENA), sendo que o MDB era oposição, porém

controlado pelos militares (BRASIL, 2007).

O AI-5 foi instituído assim que o poder passou às mãos dos militares, possuía

11 artigos, um deles dando poder ao governo para alterar a Constituição e foi

exatamente o que ele fez. Alterou-a institucionalizando o regime militar e suas

formas de atuação. O AI-5 ainda anulou mandatos e interrompeu direitos políticos

por 10 anos, dentre outros (BRASIL, 2007).

A Constituição instituída deu ensejo ao fortalecimento do Executivo,

exclusividade ao presidente quanto às emendas constitucionais, incorporação de

atos institucionais e ainda criou a Lei de Segurança Nacional (LSN) para defender a

pátria contra os perigos, inclusive comunistas com a repressão, neste caso

consentida (GREGO, 2003, p. 67).

O governo de Castello Branco em 1966, instituiu o Plano de Ação Econômica

do Governo (PAEG) no qual foram relacionados pontos positivos e negativos como,

corte de gastos, aumento dos impostos e tarifas, acabou com a lei da estabilidade,

criou o Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGTS), determinando o aumento

salarial uma vez ao ano abaixo da inflação, restringiu o crédito, ocorreu o arrocho

salarial, a recessão e o desemprego. Entre 1964 e 1967, tomou várias medidas

econômicas, acabou com a lei de remessa de lucros, a desvalorização monetária,

renegociou a dívida externa, contraiu novos empréstimos, estreitou relações com os

EUA, prorrogou o próprio mandato, tornou-se impopular2 e realizou eleições em 11

Estados, onde a maioria governista perdeu.

A ditadura militar ficou marcada na História do país pela sua forma de lidar

com o povo, sua repressão e censura e o AI-5 foi o maior instrumento desta

repressão, devido a isto deu início em 1968 a ação armada contra o governo, na

época sob a responsabilidade do presidente Costa e Silva, considerado de um grupo

mais radical, também chamado genericamente “linha dura”, entre 1967 e 1969,

quando adoeceu, sendo afastado do cargo e substituído pelo seu vice Pedro Aleixo,

o qual foi impedido de assumir o cargo presidencial pelas lideranças militares que

dirigiam o regime e indicaram o ex-chefe do Serviço Nacional de Informações, Emilio

Garrastazu Médici, como novo presidente do Brasil. Entre agosto e outubro de 1969

(BRASIL, 2007).

É a partir daí, com o governo Médici que começam as torturas, as prisões e

os assassinatos de militantes da ação armada contra o governo mais incisivamente.

O período entre 1969 e 1974, mais conhecido como época do “milagre econômico”,

com Delfin Neto no Ministério da Economia, registrou um crescimento no Brasil de

10% ao ano e novamente facilidade de crédito, arrocho salarial, investimento

externos e grandes empréstimo, bem como início de obras faraônicas, como a

Rodovia Transamazônica jamais concluída. Esse milagre econômico é abalado com

a crise do petróleo entre 1973 e 1974.

A repressão dos militares brasileiros contra os opositores do regime alcançou

números elevados. Logo nos primeiros meses mais de 50 mil pessoas foram presas.

Acredita-se que no decorrer dos 21 anos de ditadura militar aproximadamente 10 mil

pessoas (entre elas homens, mulheres e crianças) tenham se refugiado no exterior e

130 pessoas banidas do país.

2 Que não é popular, que não é conforme aos desejos, aos interesses de uma parte importante da

população: lei impopular. Que não tem o favor do povo: governo impopular.

Um exemplo claro de que o governo não podia mascarar suas ações foi o de

Olavo Hansen, militante do movimento estudantil, estudante de engenharia, a qual

abandonou para empenhar-se na política sindical, que foi assassinado após ser

torturado e que ganhou destaque na imprensa apesar da censura imposta.

O caso de Olavo Hansen foi um importante desmentido à propaganda do

governo Médici de que não havia tortura no Brasil e um exemplo expressivo da

inanição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da colaboração do Judiciário e

do Ministério Público com a atuação ilegal dos órgãos de repressão ao fecharem os

olhos para as evidências da atuação ilegal dos órgãos de segurança (GALINDO,

2009, p. 5).

Com tudo que ocorreu na ditadura militar, as pessoas acabaram por se

alienarem, sem voz ativa e nem condições de manifestação, pois a pressão

psicológica com riscos à integridade física eram demasiadamente opressoras e

levavam as pessoas a esquecerem-se de fatos e viverem como se nada estivesse

acontecendo. Oliveira diz o seguinte a respeito deste comportamento:

O regime implantado em 1964 contribuiu também para a generalização de uma prática de pressão psicológica que podemos chamar de “lavagem cerebral”, que consistia num conjunto de pressões exercidas sobre determinadas pessoas com tal intensidade, que lhes acarretava uma espécie de desestruturação da personalidade e acabando por induzi-las a aceitar passivamente, determinadas orientações de comportamento (2003, p. 30).

Por meio de manipulações as quais retirou a voz e a vez da população é

possível identificar a crueldade que passou a sociedade brasileira com as ações

militares no período da ditadura e que até hoje faz com que famílias sofram a

ausência de seus familiares e também com o descaso que perdurou por muitos anos

inclusive sem saber a verdade. Hoje, com a Comissão da Verdade, casos estão

sendo esclarecidos e os familiares informados da realidade dos fatos.

A mulher no contexto da ditadura militar

Com a expansão mundial das mídias, inclusive no Brasil, era inevitável que

algumas informações fossem levadas a todos os brasileiros, fomentando a

necessidade da mulher de participar mais ativamente da política e também derrubar

o machismo existente que as subjugavam cotidianamente.

Diante desta realidade cada vez mais evidente e explícita, as mulheres

participaram ativamente das lutas armadas contra a ditadura militar, foram torturadas

assassinadas. A inserção da mulher na política foi considerada uma afronta ao

governo, pois rompeu alguns padrões estabelecidos na sociedade quanto aos

direitos do homem e da mulher que se resumia a obedecer e viver sob o domínio da

figura masculina, primeiramente sob as ordens do pai e depois do marido.

Muitas famílias condenaram a postura e atitudes das filhas, considerando que

o melhor para a mulher era o casamento, o qual consideravam a única maneira de

conquistar segurança e de encontrar a felicidade.

O período da ditadura militar propiciou a abertura de um caminho para a luta

também da igualdade entre os gêneros, particularmente no campo profissional.

Várias mulheres se destacaram na luta contra a ditadura militar, destacando alguns

nomes como o de Flavia Camargo Cavalcanti, Mariza VersianiFormaggini, Jessie

Jane Vieira de Souza, Dilma Vana Rousseff Linhares, dentre tantas outras que

defenderam igualmente o direito à liberdade e ao exercício da democracia com sua

honra e garra, muitas com sua vida.

Julia Bianchi Reis Insuela descreve a experiência das mulheres militantes na

ditadura militar dizendo que

debruçando-me, então, sobre o estudo paralelo das percepções das mulheres na

luta armada - e da Iara em particular – em três níveis – nas organizações, nos

órgãos de repressão e informação e na grande imprensa – é possível notar muitas

aproximações (nem sempre perceptíveis de imediato), para além das evidentes

diferenças, às quais dizem respeito às representações das mulheres na sociedade

da época e suas mudanças e continuidades nas décadas seguintes. Sob essas

referências, o intuito da dissertação foi pesquisar as memórias (re)construídas,

principalmente sobre as militantes das esquerdas revolucionárias no que diz

respeito ao período do regime civil-militar e nas décadas posteriores (2011, p. 7).

Confirmando o que foi exposto anteriormente Ana Maria Colling diz:

as mulheres e a ditadura militar” no Brasil" mostra a presença da mulher na história incluindo-a como objeto de estudo atuando como sujeito da história. A autora analisa a participação das mulheres nos grupos de atuação em oposição às ditaduras militares perpassando todas as instâncias em relação à questão de

gênero(1997, p. 98). Joan Scott vai mais além, para quem as mulheres, excluídas da história oficial

e vivendo à margem das narrativas, está sujeita à desigualdade entre os gêneros,

pois em todos os anúncios, artigos, reportagens da época veiculados na grande

imprensa, por exemplo os da revista Veja, se reportaram às mulheres como

detentoras de direitos apenas da submissão e seguidoras das regras sociais,

expondo assim o papel e o lugar delas na ditadura militar e na sociedade daquela

época (apud CAMARA, 2012, p. 9).

Nascimento, Santos e Trindade colocam que

a participação feminina nas organizações de militância política e luta armada, no Brasil dos anos 1960 e 1970, pode ser tomada como um indicador das rupturas iniciais que estavam ocorrendo no que era designado, à época, como próprio das

mulheres, colocando em questão a tradicional hierarquia de gêneros (2007, p. 360).

A mulher de fato contribuiu para a mudança política no país, mas também

travou uma luta pela igualdade entre os gêneros que está presente ainda hoje, não

mais como antes, mas ainda não ganha pela conquista integral de direitos, não os

direitos legais, mas sociais.

A militância de Dilma Rousseff

Nome completo Dilma Vana Rousseff Linhares, descrita como esposa de

Claudio Galeno de Magalhães Linhares, conhecido como Lobato. Casou-se duas

vezes. Nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte. É filha do Búlgaro

Péter Russev e da professora Dilma Jane da Silva de Friburbo/RJ que tiveram mais

dois filhos, Igor e Vana (JUSTE, p. 99).

Dilma iniciou a vida política aos 16 anos, como integrante de organizações de

esquerda clandestinas de combate ao regime militar, como a Organização Nacional

Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada

Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Casou-se primeiramente com Cláudio Galeno Magalhães Linhares e juntos

foram perseguidos. Dilma foi presa por 3 anos condenada por subversão, torturada

por agentes da Operação Bandeirantes (Oban) e pelo Departamento de Ordem

Política e Social (DOPS). Seu segundo casamento foi com o advogado Carlos

Franklin Paixão de Araújo, com quem teve uma filha Paula.

A Revista Época publicada em agosto de 2010 trouxe uma reportagem com a

trajetória política de Dilma Rousseff com a seguinte manchete: “O Passado de Dilma

Rousseff, documentos inéditos revelam uma história que ela não gosta de lembrar:

seu papel na luta armada contra o regime”.

Entende-se que Dilma Rousseff possui dois momentos na vida política, um no

passado e do qual não se orgulha e outro pós ditadura que a trouxe novamente para

o cenário político nacional de forma mais honrosa. Para ilustrar de forma bem

humorada a segunda fase, Jeferson Monteiro, estudante de administração, criou a

personagem Dilma Bolada no Twitter em 2010 cujo bordão mais conhecido é: “Sou

linda, sou diva, sou presidenta, sou Dilma”.

O primeiro momento de trajetória política de Dilma, segundo a Revista Época

escrita por Leandro Loyola e Eumano Silva e Leonel Rocha destacam em alguns

trechos ações não muito lícitas ou corretas, as quais serão destacados a seguir:

A trajetória de Dilma na luta contra a ditadura pode ser conhecida pela leitura de mais de 5 mil páginas de três processos penais conduzidos pelo Superior Tribuna Militar nas décadas de 1960 e 1970.

Dilma Rousseff foi um desses jovens marxistas que, influenciados pelo sucesso da revolução em Cuba liderada por Fidel Castro nos anos 50, se engajaram em organizações de luta armada coma convicção deque derrubariam a ditadura e instaurariam um regime socialista no Brasil. Dilma está entre os sobreviventes da guerra travada entre o regime militar e essas organizações. “Ingressou nas atividades subversivas em 1967, levada por Galeno Magalhães Linhares, então seu noivo”, afirma um relatório de 1970 da 1ª Auditoria Militar. As primeiras menções a Dilma em documentos oficiais a citam como integrante de uma dissidência da Polop. Com novas adesões de militantes que abandonaram o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR),a Organizações e transformou em Colina (Comando de Libertação Nacional). Em seu documento básico, o Colina aderiu às ideias de Régis Debray, autor francês que, inspirado na experiência cubana de Fidel Castro, defendia a propagação de revoluções socialistas a partir de focos guerrilheiros.

Os encontros se davam no apartamento de Dilma Rousseff segundo

reportagem. O grupo Colina, do qual fazia parte e teve vida curta, passou a fazer

ações armadas e pregação explícita de terrorismo.

Perseguida, presa e condenada pelos militares há 40 anos, Dilma hoje goza

de tratamento especial da Justiça Militar. Recentemente, seu ex-colega Antonio

Espinosa foi ao Superior Tribunal Militar (STM),em Brasília. Devido a uma polêmica

causada por uma entrevista, ele requereu acesso ao processo dele referente ao

período de militância na VAR-Palmares. Antonio Espinosa e Dilma fazem parte do

mesmo processo. Por isso, a peça com milhares de páginas faz centenas de

menções a Dilma (LOYOLA, SILVA & ROCHA, 2010, p. 45).

Após esse período de lutas Dilma Rousseff, relata a jornalista Marília Juste

que:

na capital gaúcha, ela cursou ciências contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Sul de 1974 a 1977. Com a volta de Leonel Brizola ao país após a Anistia, Dilma se filiou em 1980 ao recém fundado Partido Democrático Trabalhista (PDT). Até 1985, ela trabalhou como assessora de deputados do partido na Assembleia Legislativa do estado (G1.COM, 2010).

Com o início de uma nova fase, o segundo momento, Dilma após deixar seu

cargo como assessor de deputados do partido na Assembleia Legislativa do Estado,

retirou-se e se dedicou mais à família, para reaparecer atuando juntamente com o

Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Em 1987, Dilma foi secretária das Finanças da prefeitura da capital gaúcha, sob a gestão de Collares. Em 1989, virou diretora-geral da Câmara dos Vereadores. Quando Collares foi eleito governador do estado, Dilma passou ao cargo de presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do RS, onde ficou de 1991 a 1993, quando virou secretária de Energia, Minas e Comunicações (G1. COM, 2010).

Mesmo sendo brizolista, possuía uma ligação forte com o PT. Em 1998, Dilma

foi nomeada como Secretária de Energia, Minas e Comunicações de Porto Alegre,

optando assim por deixar o PDT de Brizola e se filiar ao PT, partido do então

Governador do Estado Olívio Dutra, permanecendo no cargo até o final do governo

em 2003.

Quando Lula assumiu o governo, Dilma foi chamada para assumir o Ministério das Minas e Energia e evitar um novo apagão. “É aí que ela passa a ter um papel de fato importante”, avalia o professor da UFRJ. “Dilma teve ampla liberdade para montar sua equipe e fez um trabalho positivo”, afirma Coutinho.“No mais, é uma passagem que se destaca por uma forte lealdade ao presidente Lula, que garante que ela abra espaço no governo”. “Na Casa Civil, Dilma coordenou todas as ações do governo, as bem e as malsucedidas”, diz Marcelo Coutinho entrevistado por Marília Juste do G1 de São Paulo (G1.COM, 2010).

Dilma contribuiu muito para a popularidade de Lula na Presidência que,

passou a cuidar da execução de projetos, fazia um bom trabalho, e isso refletiu na

popularidade do presidente.

De acordo com a Jornalista Marília Juste do G1 de São Paulo, em abril de

2009, Dilma convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que estava se

submetendo a um tratamento contra um câncer em seu sistema linfático. Após

sessões regulares de quimioterapia em São Paulo, seus médicos anunciaram que

ela estava curada em setembro do mesmo ano e em março de 2010, Dilma deixou o

cargo no governo para se lançar à Presidência da República, apoiada por Lula. Para

o lugar, ela indicou Erenice Guerra, que, em setembro, se demitiu após ter seu nome

envolvido em suspeitas de tráfico de influência na pasta.

Ainda de acordo com a jornalista Marília Juste Dilma ficou conhecida pela

personalidade forte, mas é “afável no trato pessoal”, segundo Fernando Pimentel. “É

uma pessoa muito divertida entre amigos e familiares. No trabalho ela é muito

exigente, consigo mesma e, logo, com os outros”, afirma. “Dilma caminha na vida

política brasileira com consciência”. “Ela não se deixa levar por oba-oba e toma

decisões de acordo com sua consciência” (G1.COM, 2010).

Muitos escreveram e escrevem sobre a presidente Dilma Rousseff, alguns

relatam em detalhes a trajetória, realçando somente suas ações negativas e outros

suas ações positivas, mas esquecem-se de que toda luta deixa feridos para que algo

novo possa surgir e emergir dos combates travados quando se possui uma visão de

futuro e objetivos concretos.

Comissão da Verdade

Uma lei anterior que tratou do mesmo assunto (Lei 9.140/95) instituiu a

Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) cumprindo um

papel importante na busca de soluções para os casos de desaparecimentos e

mortes de opositores políticos por autoridades do Estado no período de 1961 a

1988. Essa Comissão encerrou suas atividades no final de 2006 com um saldo de

339 mortos e 136 desaparecidos, valendo como base e ponto de partida para o

conhecimento e resgate da história e memória social do Brasil. Em agosto de 2002,

a Lei 10.536 alterou a Lei 9.140/95, ampliando a data da abrangência para as

indenizações que era de 15 de agosto de 1979 para 15 de outubro de 1988, data da

promulgação da Constituição, reabrindo o prazo para apresentação de processos

em 120 dias a partir da publicação (BRASIL, 2007, p. 56).

Em 2004, Maria do Rosário deputada Federal do Rio Grande do Sul,

trabalhou para mais uma articulação na lei 9.140/95, resultando na medida

provisória 176/04, transformada na Lei 10.875/04, que abrangeu casos de mortes

em consequência de repressão policial sofrida em manifestações públicas ou em

conflitos armados com agentes do poder público, bem como suicídios por temerem

as torturas (BRASIL, 2007, p. 34).

Em novembro de 2011, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei nº

12.528/2011, com o objetivo de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e

promover a reconciliação nacional”. Para Dilma, “o silêncio e o esquecimento são

sempre uma grande ameaça e para que a verdade se corrompa com o silêncio”, a

comissão tem o prazo de dois anos para concluir o seu relatório, a ministra da

Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, garantiu que a comissão vai

investigar “a responsabilidade dos militares e servidores públicos, civis e até

empresários em organizações não governamentais que, à época, participaram de

atos perversos da ditadura”. Num primeiro momento, não se trata de aplicar

punições, mas de conquistar o direito de saber a verdade. Neste caso, a punição é

moral (NORONHA, 2012, p. 56).

As Comissões da Verdade são mecanismos de apuração de abusos e

violações de direitos humanos, sendo utilizadas como uma forma de esclarecer um

passado arbitrário (normalmente aplicadas em países emergentes de períodos de

exceção ou de guerras civis). O funcionamento delas se dá com um registro apurado

do passado por meio da oitiva de vítimas e familiares de vítimas de arbitrariedades

cometidas, assim como dos perpetradores dessas violências; ainda, pela análise de

documentos oficiais e de arquivos ainda não conhecidos.

De acordo com uma matéria do Jornal O Bancário, de Salvador, publicada em

16 de maio de 2013, a Comissão da Verdade rompe o silêncio da ditadura militar e

enfim a história recente do país vem à tona, dizendo mais:

A verdade sobre os porões de tortura, sequestros, assassinatos e a

desumanidade nos atos de repressão cometidos pela ditadura é certamente terrível,

mas é necessária e um direito de todo brasileiro. A Comissão foi criado para

desvendar o que há de mais tenebroso na história recente do Brasil, formada por um

grupo de 7 pessoas que desde a sua criação já examinaram mais de 30 milhões de

páginas de documentos e realizaram inúmeras entrevistas. Os números levantados

incluem presos, exilados, torturados e familiares que perderam algum parente nas

ações durante este mesmo período, além das pessoas que sofreram perseguição (O

BANCÁRIO, 2013, p. 2).Segundo Oliveira,

a missão final das Comissões é a produção de um relatório final, o qual deverá constituir-se na posição oficial do Estado, sendo por ele assumido e proporcionando a sua mais ampla divulgação. Além de proporcionar à sociedade o conhecimento da verdade e detalhes sobre o regime autoritário que oprimiu e violou direitos e garantias fundamentais, no relatório as Comissões apresentam recomendações que visam aprimorar as instituições do Estado, principalmente aquelas que lidam

com a segurança pública, e contribuir para uma política de não repetição (2012, p. 5).

Mesmo que outras leis existam é possível analisar que esta última lei

promulgada pela Presidente Dilma Rousseff visualiza uma nova forma de efetuar o

levantamento de informações, coletando depoimentos reais e dando o apoio

necessário às famílias de desaparecidos e perseguidos políticos, bem como,

orientando para que busquem o direito de saber o que realmente ocorreu na época,

os motivos e também o opressor e responsável pelas torturas e assassinatos

políticos em nome de uma ordem social.

É possível, desta forma, comparar a desigualdade entre uma lei e outra, pois

as leis anteriores não contemplavam direitos baseados na dignidade humana e em

princípios de fazer cada culpado de alguma forma responder por seus atos.

Encaminhamento dos trabalhos com os alunos

Implementação–Fevereiro

1. Apresentação do projeto e do material didático para a equipe pedagógica, direção

e professores durante a Semana Pedagógica e para a turma que será aplicada a

Unidade didática.

A primeira ação da Implementação do projeto foi apresentá-lo aos professores

e equipe pedagógica durante a semana pedagógica de fevereiro de 2014. Nessa

apresentação percebemos que os professores desconheciam esse lado da nossa

história durante a atuação do regime militar no Brasil, em especial a participação

feminina e a grande participação da militância da atual presidente do Brasil Dilma

Rousseff.

Implementação–Março

1. Início da Implementação: Fazer uso das tecnologias para apresentação de

documentários, filmes e entrevistas com militantes da época e promover entre os

alunos uma reflexão crítica através de seminários.

Diante da apresentação do projeto utilizando recursos como documentários,

entrevistas, fotos, trechos de filmes, cenas de torturas, surgiu um convite para que a

mesma apresentação fosse estendida também aos professores da rede municipal de

ensino com o propósito de levar até eles o conhecimento de parte dessa história,

muitas vezes esquecida ou pouco valorizada por se tratar do gênero feminino em um

período que a mulher era educada para o lar e obediente ao pai e ao marido.

Implementação–Março e Abril

1. Aplicação do GTR (Grupo de Trabalho em Rede)

A partir daí, a preparação das aulas ganhou centralidade no projeto.

Reunimos o material produzido no que denominamos de artigo sobre a participação

da mulher na ditadura militar e breve relato sobre Dilma Rousseff. Levamos ao

conhecimento dos alunos do 3º ano A do ensino Médio do colégio Estadual Bento

Mossurunga com o propósito de começar com os alunos a realização da prática do

projeto e divulgar a participação feminina durante o Regime militar no Brasil,

seguindo o cronograma idealizado durante a preparação do material no ano anterior

e demonstrado acima.

Nosso objetivo com o desenvolvimento do projeto foi ganhando forma com o

passar do tempo.

Realizamos aulas temáticas sobre Regime militar no Brasil;

Realizamos pesquisas semanais no laboratório de informática conhecendo a

atuação das mulheres militantes deste período, como exemplo, Flavia Camargo

Cavalcanti, Mariza Versiani Formaggini, Jessie Jane Vieira de Souza;

Assistimos filmes que retratam esse período da história;

1. O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (1997), Bruno Barreto – Embora

ficcionalize passagens e personagens, a adaptação de Bruno Barreto para o

livro de Fernando Gabeira, que narra o sequestro do embaixador americano

no Brasil por grupos de esquerda, tem seus méritos. É uma das primeiras

produções de grande porte sobre a época da ditadura, tem um elenco de

renome que chamou atenção para o episódio e ganhou destaque

internacional, sendo inclusive indicado ao Oscar.

2. EM BUSCA DE IARA: Nascida na elite paulistana, Iara Iavelberg (1943-1971)

abandonou o conforto, o casamento e a psicologia, aderindo à luta armada nos

anos 1960. Sua morte, em agosto de 1971, foi oficialmente atribuída a um

suicídio - e esta é a tese que o documentário "Em busca de Iara", de Flávio

Frederico, preocupa-se mais veementemente em desmentir.

Realizamos oficinas com os alunos de outras séries do Ensino Médio;

Realizamos palestras em curso para professores da rede municipal de ensino;

Realizamos apresentação sobre o tema no Colégio Estadual Barbosa Ferraz

junto aos alunos do 2º ano do Ensino Médio.

Implementação–Abril

1. Elaborar atividades que utilizem pesquisas resumos, artigos, livros e reportagens

que possam motivar a busca de um entendimento e compreensão mais ampla

acerca da trajetória política de Dilma Rousseff.

O projeto possibilitou algumas inovações:

a) Realização de aulas interdisciplinares, reunindo professores de diferentes

áreas.

b) Aprendizado sobre trabalho em grupos, coletivos com partilha de

conteúdos.

c) Os alunos interagiram mais.

d) Seminários com trocas e partilha de conhecimentos sobre o tema proposto

e) Conscientização da importância da participação feminina em movimentos

sociais.

f) Reflexão sobre diversas formas de torturas do período vigente.

As atividades desenvolvidas se caracterizaram pela socialização entre

pesquisa, ensino e partilha.

Implementação–Maio e Junho

1. Organizar uma sala com exposições dos trabalhos elaborados pelos alunos

(banners, cartazes, pesquisas) e promover uma palestra que fale da trajetória

política das mulheres focando a presidente Dilma Roussef, explicar o que é e quais

são os resultados da Comissão da Verdade e apresentar para os demais alunos e

professores do Colégio.

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Conclusão

O período da ditadura militar no Brasil foi marcado por lutas que fazem parte

da história e memória deste país. A mulher militante neste período não era bem vista

aos olhos da sociedade, pensamento equivocado, porém foi por meio de sua

inclusão nesta luta que hoje todas as mulheres possuem igualdade de direitos, não

pela militância, mas por ter dado ensejo a outras batalhas travadas pelas mulheres.

Muitas mulheres participaram da ditadura militar como militante opositora ao

governo Ditador, mas Dilma Rousseff, hoje atual presidente do país, se destaca pela

permanência na política e demonstração de garra e firmeza na sua luta por um País

melhor, muito embora esta luta esteja marcada por oposições e críticas ainda.

Foi em seu governo que a Comissão da Verdade foi criada exatamente para

que o os governos militar esse retratem perante a sociedade e as famílias que foram

mutiladas emocional e psicologicamente com a perda de parentes e também da

prática da tortura e, por sua vez, apurem os fatos e apontem os responsáveis pelas

torturas e assassinatos ocorridos.

A militância de Dilma Rousseff não foi deixada no esquecimento, e muitos que

escreveram a respeito preferem ver o lado negativo de toda sua trajetória política,

mas é importante ressaltar também o lado positivo do movimento de resistência

contra um governo ditador e opressor.

Ao final do trabalho, foi possível constatar que as ações e processos de

reflexão gerada no desenvolvimento e aplicação do projeto se tornaram uma

oportunidade única de conhecimento e compreensão de uma etapa de nossa

história que esperamos nunca mais voltar a se repetir.

Referências

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