OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Para D´Ambrosio (2002, p.29) “a Matemática...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
FRANCISCO ROBERTO PARRA
APLICAÇÃO DE PROPORÇÃO NO ESTUDO DE ÁREAS CULTIVÁVEIS
LONDRINA-PR
2013
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Aplicação de Proporção no Estudo de Áreas Cultiváveis.
Autor: Francisco Roberto Parra
Disciplina/Área: Matemática/Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio. Rua Maringá, nº 350.
Município da escola: Rosário do Ivaí - Paraná
Núcleo Regional de Educação: Ivaiporã - Paraná
Professor Orientador: Prof. Dr. Eliandro Rodrigues Cirilo
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina – UEL.
Relação Interdisciplinar: Arte, Ciências.
Resumo: Este trabalho de implementação pedagógica terá
como público alvo alunos do 7º ano vespertino do ensino fundamental. Tem como objetivo principal atividades que promovam a
observação, exploração e aplicação de proporção no estudo de áreas cultiváveis. Alem disto objetiva-se também conceituar, através do
ensino de proporcionalidade, a compreensão das relações quantitativas do trabalho agrícola e sua aplicação em áreas cultiváveis. Acredita-se que o
conhecimento matemático resultante das interlocuções estabelecidas pelo homem, quando assumido como linguagem, torna-se um recurso
fundamental no exercício da leitura voltado à elaboração de soluções de problemas para melhoria da qualidade de vida.
Palavras-chave: Escola, Proporção, Modelagem Matemática, Áreas Cultiváveis.
Formato do Material Didático: Unidade Didática.
Público: Aluno do 7º ano do Ensino Fundamental.
2. APRESENTAÇÃO
O ensino da matemática tem sido motivo de preocupação para os
educadores devido a grande quantidade de alunos que tem apresentado
dificuldades na aprendizagem de conteúdos matemáticos. Mostrando um baixo
desempenho e falta de interesse dos alunos. Assim há a necessidade da
diversificação de metodologias de ensino-aprendizagem da matemática. A aplicação
de proporção no estudo das áreas cultiváveis no ensino da matemática consiste num
método que procura envolver os conteúdos matemáticos em situações do cotidiano
tornando o ensino aprendizagem mais dinâmico e significativo.
A Produção Didático Pedagógica se caracteriza no formato de Unidade
Didática e refere-se ao material didático previsto para o segundo período do
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, elaborado para ser aplicado no
7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino
Fundamental e Médio.
A elaboração desta pesquisa está fundamentada na aplicação da proporção
no estudo das áreas cultiváveis no ensino da Matemática que constitui uma
estratégia de ensino-aprendizagem para dar subsídios à prática docente na busca
de recursos metodológicos que ajude o professor a minimizar as dificuldades
apresentadas pelos educandos no aprendizado de conteúdos matemáticos, os quais
tem apresentado falta de interesse na disciplina.
Com o objetivo de superar estes problemas, a presente produção didática
pedagógica propõe trabalhar uma nova metodologia de ensino através da utilização
da proporção na matemática, sendo aplicados esses conteúdos no 7º ano do ensino
fundamental para uma melhor aprendizagem, de forma contextualizada com
situações cotidianas e de atividades profissionais. Por meio de pesquisas em áreas
cultiváveis que serão coletados dados referentes ao plantio de uva, tomate e alface
propõem apresentar situações que levem o aluno a desenvolver a capacidade de
investigação, interpretação, socialização e estabelecer relações entre os conteúdos
matemáticos e o cotidiano, contribuindo para enriquecer o processo pedagógico e
melhorar a qualidade da educação.
Através da prática e seus conhecimentos, o aluno poderá encontrar formas
que respondam essas questões. Considerando o grau de escolaridade dos alunos, o
tempo disponível para realizar a pesquisa e pela intenção de utilizar a proporção
como metodologia para trabalhar o conteúdo programado de forma contextualizada,
será aplicado o método denominado modelação, o qual utiliza a essência da
Proporção Matemática no processo de aplicação. O tema será único para toda a
turma, a partir dele será possível relacionar a matemática aprendida na escola com
o cotidiano do aluno de forma prática, favorecendo uma aprendizagem significativa.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A área da Educação tem sido alvo de constantes pesquisas que buscam
inovar a sala de aula e desenvolver uma prática docente criativa e adequada às
necessidades da sociedade do século XXI. É oportuno mencionar que a Educação
Matemática não ficou de fora deste processo. Ao contrário, também abre espaço
para pesquisas e discussões que envolvam o ensino da Matemática.
O campo que trata de questões relacionadas ao ensino-aprendizagem, em
especial da matemática, nos diferentes níveis de ensino, tem aumentado muito nas
ultimas décadas. Pesquisas realizadas na área de Educação Matemática apontam
que a Matemática ensinada na sala de aula, bem como a forma como vem sendo
ensinada, não acompanharam a evolução social e tecnológica que correspondem às
demandas atuais.
Convém ressaltar, que muitos Educadores matemáticos e professores de
Matemática almejam a melhoria do ensino de Matemática, entretanto há método de
trabalho utilizado para abordar os conteúdos matemáticos que preocupa muito tais
profissionais.
Ao tratar de questões relativas à necessidade de re-estruturação no ensino
da Matemática, investigações têm se desenvolvido sob a luz de diferentes
tendências, que visam uma prática diferenciada em sala de aula. No entanto, uma
das alternativas de mudança mais apontada por professores que refletem sobre sua
própria prática, é que, a matemática escolar seja associada de forma mais efetiva à
realidade dos alunos, “pois cabe também à educação escolar preparar sujeitos
críticos, conscientes e integrados à sociedade...” (ALMEIDA & DIAS 2004, p.20).
Segundo Fasheh (1998), ensinar Matemática por meio de experiências
pessoais e culturais relevantes ajudará os alunos a conhecer mais sobre si próprios,
sobre o cotidiano, sobre a sua cultura, e sobre sua sociedade.
Nessa linha de análise, de acordo com as Diretrizes Curriculares de
Matemática do Estado do Paraná (DCE), aprende-se Matemática para que “o
homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o
desenvolvimento da sociedade” (2008, p. 16).
Segundo Biembengut e Hein (2003, p. 9), a matemática é compreendida
como:
[...] alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo, tem sua utilização defendida, nos mais diversos graus de escolaridade, como meio para fazer emergir essa habilidade em criar, resolver problemas e modelar.
Segundo Barbosa (2001), o papel da Matemática na sociedade é
reconhecido pelas suas aplicações na solução de problemas naturais, humanos ou
sociais, geralmente obtidas com a utilização dos modelos matemáticos, que
parecem descrever satisfatoriamente os fenômenos que os suscitam,
independentemente da interferência humana.
Para D´Ambrosio (2002, p.29) “a Matemática que vem dominando os
programas é, em grande parte, desinteressante, obsoleta e inútil para as gerações
atuais”, e Teixeira (2002) nos lembra de que poucas reformas aconteceram na
Matemática neste século. Novos conteúdos foram acrescentados ao programa sem,
no entanto “modificar a velha memorização, a repetição infindável de exercícios e o
poder de centralização das ações pedagógicas assumidas pelo professor”
(TEIXEIRA, 2002, p.42).
Em busca de estratégias que além de motivar o ensino e aprendizagem da
Matemática, possibilitem um ambiente propício à discussão e principalmente
contribuam para a construção de um conhecimento matemático mais significativo
para os alunos, encontramos a Modelagem Matemática, pois em consonância com
Almeida e Dias (2004) a Modelagem Matemática pode ser uma alternativa para
despertar maior interesse e desenvolver um conhecimento mais crítico e reflexivo
em relação aos conteúdos da Matemática.
Segundo Bassanezi (2002), a Modelagem Matemática pode ser utilizada
como estratégia de ensino e aprendizagem, sendo um caminho para tornar a
Matemática, em qualquer nível, mais atraente e agradável.
Bean (2001, p. 53) relata que a essência da Modelagem Matemática
consiste em:
[...] um processo no qual as características, pertinentes de um objeto ou sistema, são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras, e representadas em termos matemáticos (o modelo). As
hipóteses e as aproximações significam que o modelo criado por esse processo é sempre aberto à crítica e ao aperfeiçoamento.
Constata-se que a Modelagem Matemática é muito utilizada para solucionar
problemas surgidos na agricultura, na área da saúde, no meio ambiente, na
indústria, no comércio e em tantos outros setores da sociedade, com a criação ou
modificação de modelos matemáticos feitos por profissionais especializados, que
tentam compreender, descrever e solucionar os problemas apresentados na
sociedade.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino de Matemática da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná (DCE, 2008), a modelagem
matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao
mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura
levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Corroborando o assunto, a modelagem matemática é:
[...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas circunstâncias (BARBOSA, 2001, p. 06).
Diante deste contexto, verifica-se que com o uso da Modelagem Matemática
na educação, o aluno pode visualizar a utilização da Matemática em situações do
cotidiano, propiciar a valorização da Matemática, e desenvolver habilidades em
solucionar problemas matemáticos e da vida diária. A ligação da Matemática escolar
com a Matemática da vida cotidiana do aluno tem um papel importante no processo
de escolarização do indivíduo, pois dá sentido e significado ao conteúdo estudado.
Pesquisas relatam que fazendo-se uso da Modelagem Matemática em
situações onde se vive, os alunos conseguem aprender mais e consequentemente
apresentam mais interesse pela Matemática contribuindo assim para o aprendizado
da Matemática.
Para Almeida e Dias (2004, p.25) a Modelagem pode:
Proporcionar aos alunos oportunidades de identificar e estudar situações-problema de sua realidade, despertando maior interesse e desenvolvendo um conhecimento mais crítico e reflexivo em relação aos conteúdos matemáticos.
Para Biembengut (2003), dois pontos são fundamentais para se trabalhar
Modelagem Matemática: aliar o tema a ser escolhido com a realidade dos alunos e
aproveitar as experiências extra-classe dos alunos aliadas à experiência do
professor em sala de aula. Dessa forma é possível fazer com que o aluno sinta
interesse pelo conteúdo desenvolvido, associe esse conteúdo com sua vivência e
tire dele o proveito necessário para sua aprendizagem.
Então, percebe-se que a Modelagem Matemática trata de uma oportunidade
para os alunos indagarem situações por meio da matemática sem procedimentos
fixados previamente e com diversas possibilidades de encaminhamento, e pode ser
usada como uma ferramenta que auxilia no estímulo do indivíduo.
Neste contexto, Biembengut e Hein (2007, p. 18), afirma que há um
consenso no que diz respeito ao ensino de matemática precisar voltar-se para a
promoção do conhecimento matemático e da habilidade em utilizá-lo. O que significa
ir além das simples resoluções de questões matemáticas, muitas vezes sem
significado para o aluno, e levá-lo a adquirir uma melhor compreensão tanto da
teoria matemática quanto da natureza do problema a ser modelado.
Ou seja, cabe aos professores buscar outras maneiras de encaminhar os
conteúdos matemáticos, oferecendo oportunidades de investigações matemáticas
aos alunos. Assim, os estudantes poderão encontrar regularidades e usar
ferramentas matemáticas nas diversas situações do cotidiano e não apenas na
resolução de exercícios e/ou problemas matemáticos em sala de aula.
Nesse sentido, Biembengut & Hein (2000, p. 29), em relação ao processo
de implantação da Modelagem Matemática em sala de aula, afirmam que:
... A condição necessária para o professor implementar a Modelagem [Matemática] no ensino, é ter audácia, [um] grande desejo de mudar sua prática e disposição de [aprender a] conhecer, uma vez que essa proposta abre caminho para descobertas significativas.
Entretanto, cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual
os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia,
apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de
recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. Isso favorece a formação do
pensamento matemático, livre do apego às regras. O aluno pode lançar mão de
recursos como a oralidade, o desenho e outros, até se sentir à vontade para utilizar
sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ, 2001).
Os autores ressaltam também, que seja qual for o caminho escolhido o
professor deve buscar informações sobre o tema e preparar previamente a
condução do processo, para que seja desenvolvido o conteúdo além de atender as
expectativas dos alunos.
A prática cotidiana prova que, por meio da modelagem matemática,
fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos
para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Assim sendo, “a
modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os
problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do
mundo real” (BASSANEZI, 2006, p. 16).
É importante elencar que em conformidade com os PCN (1997)
(...) um currículo de Matemática deve procurar contribuir, de um lado, para a valorização da pluralidade sociocultural, impedindo o processo de submissão no confronto com outras culturas; de outro, criar condições para que o aluno transcenda um modo de vida restrito a um determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu ambiente (p. 25).
Portanto, o trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a
intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
por isso, contribui para sua formação crítica. A Modelagem Matemática age neste
sentido, valorizando as práticas cotidianas do aluno e suas experiências adquiridas
por meio de um processo sócio-cultural.
Sendo assim, Ferreira (1999) enfatiza que, o professor que se propõe a
trabalhar com a modelagem matemática será criativo, motivador e acima de tudo
assumirá a postura de um mediador entre o saber comum e o saber matemático,
fazendo com que o aluno passe a ser um agente ativo no processo de construção do
saber. Como agente ativo o aluno redefine seus conceitos e internaliza os novos
conhecimentos.
São muitos os desafios a serem vencidos, dentre eles, o maior talvez, é
fazer hoje o aluno perceber o seu verdadeiro papel na sociedade, de agente ativo e
transformador da sua realidade, e a importância da matemática neste contexto.
4. MATERIAL DIDÁTICO
Esta unidade didática propõe desenvolver a modelagem matemática como
metodologia na aplicação de proporção no estudo de áreas cultiváveis. Serão
estudados dois plantios de uva, dois plantios de tomate e um plantio de alface em
cinco propriedades rurais, tendo como objetivo principal mostrar que o uso da
proporção em seus mais variados processos é bem utilizada dentro da agricultura,
com significado e importância para a vida dos alunos.
As atividades serão desenvolvidas com os alunos do 7º ano do ensino
fundamental. A seguir apresentaremos as mesmas.
4.1 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
1º AÇÃO: Um questionário diagnóstico será aplicado aos alunos antes da
apresentação do projeto para verificar questões referentes ao conhecimento de
conceitos matemáticos a serem trabalhados nas aulas e sua aplicação no seu
cotidiano. Ao finalizar o projeto de intervenção pedagógica será aplicado o mesmo
questionário, o qual servirá de parâmetro para analisar o ensino de matemática em
sala de aula e a intervenção do aluno nos problemas reais do meio social e cultural.
1 – A disciplina de matemática é necessária e importante para sua vida?
( ) Sim ( ) Não
2 – Você sabe o que é proporção?
( ) Sim ( ) Não
3 – Você já utilizou proporção na prática?
( ) Sim ( ) Não
4 – Você acha possível resolver cálculos matemáticos utilizando as
informações obtidas sobre os plantios de uva, tomate e alface?
( ) Sim ( ) Não
5 – Você consegue ver proporção dentro da agricultura?
( ) Sim ( ) Não
6 – Você acha importante aprender matemática na prática?
( ) Sim ( ) Não
7 – É necessário ter conhecimentos matemáticos para realizar plantio de
uva, tomate e alface?
( ) Sim ( ) Não
2º AÇÃO: Visita nas propriedades para realizar o levantamento de dados
por grupo.
3º AÇÃO: Preenchimento da planilha de dados coletados referente à
propriedade.
PLANILHA DE DADOS COLETADOS REFERENTE Á PROPRIEDADE
PROPRIEDADE - A NOME DA PROPRIEDADE -
UVA
TAMANHO DA PROPRIEDADE (ALQUEIRES)
DIMENSÃO DA RUA (cm x cm)
NÚMEROS DE PÉ EM PRODUÇÃO
ÁREA DE PRODUÇÃO (m²)
PRODUÇÃO EM Kg/PLANTA
QUANTIDADE DE Kg/PRODUÇÃO
CUSTO POR PRODUÇÃO
LUCRO POR PRODUÇÃO
PROPRIEDADE - B NOME DA PROPRIEDADE -
UVA
TAMANHO DA PROPRIEDADE (ALQUEIRES)
DIMENSÃO DA RUA (cm x cm)
NÚMEROS DE PÉ EM PRODUÇÃO
ÁREA DE PRODUÇÃO (m²)
PRODUÇÃO EM Kg/PLANTA
QUANTIDADE DE Kg/PRODUÇÃO
CUSTO POR PRODUÇÃO
LUCRO POR PRODUÇÃO
PROPRIEDADE - C NOME DA PROPRIEDADE -
TOMATE
TAMANHO DA PROPRIEDADE (ALQUEIRES)
QUANTIDADE DE ESTUFA POR PROPRIEDADE
QUANTIDADE DE PÉS DE TOMATE POR
ESTUFA
ÁREA DE PRODUÇÃO (m²)
QUANTIDADE DE CAIXAS POR ESTUFA (25Kg)
PRODUÇÃO EM KG/ESTUFA
ESPAÇAMENTO E DIMENSÃO DE PÉS EM
PRODUÇÃO
PROPRIEDADE - D NOME DA PROPRIEDADE -
TOMATE
TAMANHO DA PROPRIEDADE (ALQUEIRES)
QUANTIDADE DE ESTUFA POR PROPRIEDADE
QUANTIDADE DE PÉS DE TOMATE POR
ESTUFA
ÁREA DE PRODUÇÃO (m²)
QUANTIDADE DE CAIXAS POR ESTUFA (25Kg)
PRODUÇÃO EM KG/ESTUFA
ESPAÇAMENTO E DIMENSÃO DE PÉS EM
PRODUÇÃO
PROPRIEDADE - E NOME DA PROPRIEDADE -
ALFACE
TAMANHO DA PROPRIEDADE (ALQUEIRES)
QUANTIDADE DE ESTUFA
TAMANHO DA ESTUFA EM (m²)
QUANTIDADE DE PÉS DE ALFACE POR
PRODUÇÃO
QUANTIDADE DE PRODUÇÃO POR ANO
QUANTIDADE DE PÉS PRODUZIDO POR ANO
QUANTIDADE DE BANCAS PARA PRODUÇÃO
CUSTO POR PRODUÇÃO
CUSTO POR ANO
LUCRO POR PRODUÇÃO
LUCRO POR ANO
4º AÇÃO: Entrevista com o proprietário:
1 – Como se prepara o solo?
2 – Quais são os adubos a serem utilizados?
3 – Como é o funcionamento de uma estufa?
4 – Qual o tempo de produção? Quantas vezes ao ano?
5 – Qual a época do plantio?
6 – Utiliza agrotóxicos?
7 – Quantas pessoas cuidam desta propriedade?
5º AÇÃO: A partir do preenchimento da planilha de dados coletados
referente a cada propriedade propor o estudo, a análise e o cálculo de proporções
referentes à:
Plantio de Uva
Números de pé em produção e quantidade de Kg em produção;
Dimensão da rua e área de produção;
Valor do Kg e rendimento no final da colheita;
Gastos e lucros;
Tamanho da propriedade e área de produção.
Plantio de Tomate
Quantidade de pés de tomate por estufa / Quantidade de caixas por
estufa (25 Kg) ou produção em Kg;
Quantidade de estufa por propriedade / e Produção em Kg;
Área de produção / Quantidade de pés de tomate;
Valor Caixa / Rendimento no final da colheita;
Gastos / Lucros ou
Investimentos / Lucros;
Tamanho da propriedade / Área de produção.
Produção de Alface
Tamanho da propriedade / Quantidade de estufas;
Quantidade de bancas para produção / Quantidades de pés de alface
por produção;
Quantidade de produção por ano /Quantidade de pés produzidos por
ano;
Investimento / Lucros;
Valor por unidade / Rendimento no final da colheita;
Rendimento a cada colheita / Rendimento anual.
Relação entre as propriedades.
Área de produção da propriedade A e Área de Produção da
propriedade B;
Produção da Propriedade A e Produção da Propriedade B;
Produção em Kg da Propriedade A e Produção em Kg da Propriedade
B;
Área de Produção em relação a Propriedade C e Área de Produção da
Propriedade D;
Quantidade de estufa da Propriedade C e Quantidade de estufa da
Propriedade D;
Produção em Kg da Propriedade C e Produção em Kg da Propriedade
D;
Quantidade de pés de tomate por estufa da Propriedade C em relação
à Propriedade D.
5. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
O método de ensino adotado nesta unidade didática está fundamentado na
tendência educacional modelagem matemática, como uma alternativa para
despertar maior interesse e desenvolver um conhecimento mais crítico e reflexivo
em relação aos conteúdos da matemática.
A ligação da matemática escolar com a matemática da vida cotidiana do
aluno tem um papel importante no processo de escolarização do indivíduo, pois dá
sentido e significado ao conteúdo estudado. O aluno pode visualizar a utilização da
matemática em situações do cotidiano, propiciando valorização da matemática e
desenvolvendo habilidades em solucionar problemas matemáticos e da vida diária.
O professor assumirá a postura de mediador do conhecimento, fazendo com
que o aluno passe a ser um agente ativo no processo de construção do saber.
Na realização deste trabalho, cabe ao professor assegurar um espaço de
discussão no qual os alunos possuem sobre os problemas que irão resolver,
elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução
encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem ao resultado.
Será apresentada a proposta de intervenção pedagógica a direção da
escola, a equipe pedagógica, aos professores, aos alunos e aos pais dos alunos do
7º ano do ensino fundamental, mostrando a importância, os objetivos e as
estratégias que serão utilizadas para o desenvolvimento desta proposta.
Será aplicado um questionário diagnóstico, com o objetivo de observar o
conhecimento prévio que os alunos têm sobre a disciplina de matemática e os
conceitos matemáticos que serão trabalhados nas aulas e sua aplicação no
cotidiano.
Na sequência acontecerá uma visita nas propriedades escolhidas para
realizar o levantamento de dados por grupo. Os alunos serão divididos em cinco
grupos e será feita uma entrevista com o proprietário das mesmas.
Os alunos preencherão as planilhas com as informações coletadas sobre os
plantios de uva, tomate e alface.
Na sequência, com as informações coletadas, faremos a aplicação da
proporcionalidade no estudo de áreas de produção, visto que é uma proposta de
ensino aprendizagem da matemática para a educação do campo, que está
fundamentada com as relações entre modelagem matemática e as ações cotidianas
tradicionais da agricultura.
Serão propostas situações envolvendo cálculos de proporções de acordo
com a descrição das atividades propostas.
Para finalizar a implementação do projeto de intervenção pedagógica,
reaplicar o questionário diagnóstico do início das atividades, o qual servirá de
parâmetro para analisar o ensino de matemática em sala de aula e a intervenção do
aluno nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, valorizando as
práticas cotidianas e as experiências adquiridas pelos mesmos.
São muitos os desafios a serem vencidos, dentre eles, o maior talvez, é
fazer com que o aluno perceba-se como agente ativo e transformador da sua
realidade redefinindo seus conceitos e internalizando os novos conhecimentos.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho pretende-se aplicar a tendência da Educação matemática
denominada modelagem matemática como estratégia de ensino aprendizagem, pois
a mesma constitui-se em um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um
paralelo para explicar matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do
ser humano, ajudando-o a tomar decisões, ampliando a competência crítica dos
sujeitos envolvidos.
Espera-se que no desenvolver do projeto a aprendizagem da matemática
partindo da realidade do aluno, contextualizada sócio e culturalmente, de forma tal
que proporciona múltiplas alternativas que o levem a desenvolver o pensamento
lógico, a criatividade e a construção de estruturas matemáticas, enfatizando não só
o conhecimento matemático, mas usando-o na compreensão da dinâmica da
realidade social, histórica e cultural.
Com o propósito de contribuir para despertar o interesse pela disciplina e
minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos no aprendizado de conteúdos
matemáticos, pretende-se buscar novas formas de propiciar um ensino
aprendizagem de maneira significativa, fazendo com que o aluno desenvolva a
capacidade de investigação, interpretação, socialização e estabeleça relações entre
os conteúdos matemáticos e o cotidiano, contribuindo para enriquecer o processo
pedagógico e melhorar a qualidade da educação.
10. REFERÊNCIAS
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da modelagem matemática como estratégia de ensino aprendizagem. Bolema, Ano 17, n° 22, 2004, p. 19-35.
BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: concepções e experiências de futuros professores. 2001. 253 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de
Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2001.
BASSANEZI, R. C. (2002). Ensino aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto.
BASSANEZI, R. C. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2004.
BASSANEZI, R. C.. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática. Editora
Contexto, São Paulo 2002.
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BIEMBENGUT, M. S. Mapeamento da Modelagem Matemática no Ensino Brasileiro. Relatório de Iniciação Científica - Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico Científico – CNPQ, 2007.
BIEMBENGUT, M. S.; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino. 3ª ed. São
Paulo: Contexto, 2003.
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Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
142p.
D`AMBRÓSIO. A matemática nas escolas. Educação Matemática em Revista, nº 11, edição especial, abril de 2002, p.29-33.
DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado
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FASHEH, Munir. Matemática, cultura e poder. Zetetiké. Campinas, v. 6, n. 9, p. 9-30, jan/jun. 1998.
FERREIRA, E. S. Como usar a história da matemática na construção de uma educação matemática com significado. In: III Seminário Nacional de História da
Matemática, 1999, Vitória. Anais do III Seminário Nacional de História da Matemática, 1999. v. 1. p. 22-33.
SMOLE, Kátia Stoco & DINIZ, Maria Ignez. Ler e aprender matemática. In: SMOLE, Kátia Stoco & DINIZ, Maria Ignez (Orgs.). Ler, escrever e resolver
problemas. Porto Alegre: Artmed, 2001, p.69-86.
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