OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO … · - Estatuto do Servidor Público...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

ORGANIZAÇÃO E MEDIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: O

PAPEL DO PEDAGOGO

RICCITELLI. Claudia Costa 1 CHILANTE. Edinéia Navarro 2

Resumo

Este trabalho apresenta discussões desenvolvidas com educadores do Colégio Estadual Professora Hilda Trautwein Kamal, município de Umuarama-PR, sobre a prática da mediação do trabalho pedagógico e o papel da equipe pedagógica. Foram desenvolvidas as seguintes ações: discussão sobre educação pública, gestão, trabalho coletivo, organização do trabalho pedagógico e mediação do conhecimento e fatores que interferem para sua concretização (gestão, atuação profissional ética, formação continuada, por exemplo). O trabalho desenvolvido pretendeu contribuir para reflexão dos educadores sobre sua prática e a relevância de seu trabalho coletivo (professores e equipe pedagógica) de forma a alcançar um nível de qualidade junto às classes populares, público em potencial da escola pública.

Palavras-chave: Mediação do Conhecimento. Função da Escola Pública. Gestão

Democrática.

Introdução

Em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há aí uma pedagogia (LIBÂNEO, 2007, p.51).

Tomando como referência a ideia trazida no excerto acima, acrescentamos

que com a pedagogia há que se ter um pedagogo. É importante o papel deste

profissional no âmbito da organização do trabalho pedagógico junto a todos os

educadores e na mediação do conhecimento.

A partir da publicação do Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de

Educação Básica do Estado do Paraná (Lei Complementar nº 103/2004), o

pedagogo passou a ser denominado professor pedagogo.

1 Professora Pedagoga, Colégio Estadual Professora Hilda Trautwein Kamal – Umuarama – PR – e-

mail: [email protected] 2 Professora Orientadora do PDE, do Departamento de Educação UNESPAR/FAFIPA – Paranavaí –

PR – e-mail: [email protected]

Como tal, salienta-se que este profissional possui a função de mediar o

trabalho pedagógico nas escolas públicas do Estado do Paraná, acompanhando

professores docentes e a aplicação dos instrumentos que visam propiciar que o

aluno se aproprie do conhecimento historicamente produzido. Observa-se, no

entanto, que o domínio do conteúdo disciplinar é prerrogativa do docente, que é o

grande mediador do conhecimento.

E ainda, é função do professor pedagogo coordenar a formação continuada

dos profissionais da educação na Rede Estadual de Educação Básica. Portanto,

como tal, enquanto professora pedagoga, oportunizou-se discussão com colegas do

C.E. Profª Hilda Trautwein Kamal – Umuarama/PR, sobre temas que circundam a

Mediação do Trabalho Pedagogico. O primeiro tema tratado foi a Função da Escola

Pública.

O papel da escola (segundo a Pedagogia Histórico - Crítica) é de ser, como

ensina a Síntese elaborada por alunas da disciplina Produção Social do Saber e

Organização Escolar: Questões conceituais e metodológicas, ministrada pela

professora Maria Madselva F. Feiges, Curso de Especialização em Organização do

Trabalho Pedagógico, Setor de Educação da UFPR, Curitiba, 2003:

espaço social responsável pela apropriação do saber universal e de socialização do saber elaborado às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e história do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade (ABREU et al, 2003, p.7).

A escola precisa ser espaço em que os indivíduos aprendam a discutir

positivamente, conforme nos ensina Freire (1984, p.96): “A educação é um ato de

amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da

realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”.

Trata-se aqui da discussão oriunda do saber, do conhecimento que possibilita

ao sujeito interagir com seus interlocutores em condições de igualdade. Através da

educação, pode-se alcançar esta dita igualdade de condições, segundo Saviani

(2009, p.58): “A pressão em direção à igualdade real implica a igualdade de acesso

ao saber, portanto, a distribuição igualitária dos conhecimentos disponíveis”. A

grande atribuição da escola pública, deduz-se, é socializar o saber, que se

concretiza por meio da apropriação de conteúdos significativos:

[…] nós precisariámos defender o aprimoramento exatamente do ensino destinado às camadas populares. Essa defesa implica a prioridade de conteúdo. Os conteúdos são fundamentais e sem conteúdos relevantes, conteúdos significativos, a aprendizagem deixa de existir, ela transforma-se num arremedo, ela transforma-se numa farsa (SAVIANI, 2009, p. 50).

Para muitos cidadãos brasileiros, o acesso ao saber historicamente produzido

ocorre unicamente por meio da escola pública. Portanto, é de extrema

responsabilidade a função da educação pública, que infelizmente é renegada a

planos inferiores pela sociedade e seus gestores, mas em que pese tal realidade de

descaso, os educadores seguem com seu ofício.

Afirma FERREIRA:

...a educação escolar não deve estar pautada em conhecimentos

cotidianos, pois o educando deles já se apropriou. A educação formal pressupõe a apropriação das objetivações humanizadores produzidas pelos homens, histórica e socialmente, e esta seria a condição essencial para a formação do gênero humano e consequente emancipação dos sujeitos sociais (FERREIRA, 2011, p. 101).

Conclui-se, portanto, que enquanto organizador do trabalho pedagógico, o

pedagogo precisa oportunizar aos educadores da instituição onde atua, formação

sobre a importância de se discutir a respeito da função da escola pública, enquanto

elemento imprescindível para a mediação do conhecimento, visto que a escola é

espaço onde a cultura humana é disseminada e relações sociais ocorrem,

possibilitando ao sujeito humanizar-se, tanto pela apropriação do conhecimento,

bem como pela convivência com toda diversidade de sujeitos que compõem o

ambiente escolar, que reflete a sociedade da qual faz parte. E contemplar toda a

diversidade de sujeitos, por vezes traz certa angústia ao educador, que em alguns

momentos não consegue atender às necessidades educacionais de cada qual,

assim sendo, o embasamento teórico é indispensável para se trabalhar com todas

as diferenças e diversidades de sujeitos.

Para a mediação do conhecimento, é preciso tratar também da importância do

trabalho coletivo. São relevantes os papéis da gestão e do trabalho coletivo na

escola pública para que todos educadores obtenham êxito em suas atividades e

consequentemente, o aluno tenha acesso o conhecimento.

Todos os agentes da escola são essenciais e ensinam às crianças e

adolescentes, servindo merenda, limpando pátio e salas, atuando no portão

recebendo os estudantes, fazendo matrículas e expedindo documentos, detectando

problemas e dificuldades dos discentes e dispensando a eles momentos de

acolhimento e aconselhamentos. Na escola, todas essas ações assumem caráter

pedagógico. O coletivo da escola é pedagógico. E a escola somente terá êxito em

sua função de propiciar a aprendizagem se seu coletivo existir de fato uno e

fortalecido, discutindo seus problemas e buscando alternativas, de forma conjunta,

para tentar solucioná-los.

Assim sendo, professores, pedagogos, funcionários, todos educam e como

tais, merecem o respeito e reconhecimento da sociedade pela relevância de suas

atividades.

A articulação do trabalho pedagógico entre seus diferentes segmentos e atores: os sujeitos da escola possui natureza (sempre) coletiva. Essa afirmação se sustenta no pressuposto de que todas as ações na escola, ainda que decididas e executadas individualmente, convergem para um mesmo alvo: a formação do aluno. Por exemplo, cada ação individual, de cada professor isoladamente, é apropriada pelo educando formando um conjunto de ideias, valores, conhecimentos, etc... que, no decorrer do processo educativo, compõem o objeto de sua formação. É evidente que a ausência de um planejamento coletivo dessas ações resulta, muitas vezes, em práticas desordenadas, desconexas ou mesmo conflitantes. Por essa razão, impõe-se o imperativo de que pensar e fazer planejamento em educação pressupõe a organização do trabalho de forma coletiva (UFPR, 2005, pg. 29).

Na Rede Estadual de Educação Básica do Paraná, todos os servidores

são educadores, profissionais da educação, nos termos da Constituição Federal e

Lei Complementar nº 123/2008 (PARANÁ).

Planejar o trabalho pedagógico significa, portanto, a oportunidade de repensar a própria prática e, se ela se produz de forma coletiva, isto passa, necessariamente, pelo exercício coletivo da reflexão e da proposição de alternativas.

...planejar as ações de forma coletiva significa nos dispormos a encontrar unidade na diversidade, isto é, trabalhar, ao mesmo tempo com a identidade e a diferença (UFPR, 2005, p.31).

Mesmo diante da diversidade existente no coletivo de educadores, é

essencial que estes se sintam pertencentes à dinâmica de organização da escola

pública e espaço também para a participação dos órgãos colegiados.

O coletivo faz a força, o trabalho fragmentado enfraquece a instituição e seus

trabalhadores, de todos que afinal são educadores e como tais, essenciais. A escola

somente terá êxito em sua função de propiciar a aprendizagem se seu coletivo

existir de fato uno e fortalecido, discutindo seus problemas e buscando alternativas,

de forma conjunta, para tentar solucioná-los.

Ações desconexas podem causar transtornos, possibilitando inclusive a

formação de "grupos opostos" no interior da escola, acarretando lastimáveis

prejuízos no processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, o fortalecimento do

coletivo é indispensável para se alcançar propósitos comuns e melhorias na

aprendizagem dos alunos.

O coletivo pode se materializar, por exemplo, nos momentos de formação

continuada onde o pedagogo, insistentemente, argumente sobre sua importância.

Entretanto, a direção também precisa possibilitar que as ações coletivas se efetivem,

acatando e implementando tais ações. Tais momentos são riquíssimos para

identidade da instituição de ensino, onde os diversos segmentos expõem seu

conhecimento e contribuem para construção e/ou consolidação do coletivo.

Como organizador do trabalho pedagógico, o pedagogo precisa oportunizar

aos educadores da instituição onde atua, formação sobre a importância de se

discutir a respeito do trabalho coletivo, enquanto elemento imprescindível para a

mediação do conhecimento, pois durante os encontros na escola com os colegas

professores, pedagogos e agentes educacionais, percebeu-se que há muita

divergência entre os segmentos, diria-se até, certas mágoas (sob a alegação de

práticas autoritárias de diretores e pedagogos em tempos passados, o que teria

gerado fragmentação do trabalho dos diversos segmentos) que precisam ser

superadas, acredita-se, através do diálogo democrático, de forma que todos

percebam que não trabalham visando objetivos distintos. São todos educadores e

devem almejar o bem comum, isto é, um trabalho satisfatório por parte de cada qual

e consequentemente, a aprendizagem dos alunos.

Para se ter esse coletivo fortalecido, é preciso que cada um, individualmente,

tenha pleno conhecimento dos direitos e deveres que permeiam sua profissão,

para que a execute de forma plena e ética.

As normas legais que regem as vidas profissionais dos educadores da Rede

Estadual de Educação Básica do Paraná são:

1) Constituição Federal:

Art. 37 (acúmulo de cargos – inciso XVI);

Art. 38 (aposentadoria – art. 40, §1º);

Art. 41 (estágio probatório).

2) Constituição do Estado do Paraná.

Para o servidor QFEB (Quadro de Funcionários da Educação Básica – Agente

Educacional I e II:

- Estatuto do Servidor Público ( Lei 6174/1970);

- Plano de Cargos, Carreira e Vencimento do Quadro de Funcionários da

Educação Básica (Lei Complementar nº 123/2008).

Para o professor QPM (Quadro Próprio do Magistério):

- Estatuto do Magistério ( Lei Complementar nº 07/1976);

- Estatuto do Servidor Público do Estado do Paraná ( Lei 6174/1970);

- Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica do

Paraná (Lei Complementar nº 103/2004).

Ingressa-se por meio de concurso e passa-se por estágio probatório (art. 41 da

CF, art. 43 da Lei 6174/70, art. 10 da Lei Complementar 103/04 e art. 13 da Lei

Complementar nº 123/08), para apuração dos requisitos necessários para efetivação

no cargo:

- Idoneidade moral: servidores conferirem à Administração Pública

confiabilidade;

- Assiduidade: comparecer ao trabalho com habitualidade;

- Disciplina: cumprir o ordenamento jurídico e as finalidades de sua atribuição,

observando os princípios da legalidade e moralidade;

-Eficiência: profissional consciente de sua responsabilidade, atuando com

dedicação.

A chefia imediata é quem tem a atribuição de acompanhar e subsidiar o período

de estágio. Após o estágio, torna-se efetivo e somente será demitido por sentença

judicial ou PAD (Processo Administrativo Disciplinar).

Conforme já citado anteriormente, a função exercida pelo educador é de

suma importância para a sociedade, pois seu trabalho é a formação do ser humano,

tarefa delicada que marca vidas e na grande maioria das vezes, positivamente.

Mas há ainda, os casos dos educadores que são também servidores públicos

e como tais, representam o Estado perante a sociedade. Assim sendo, possuem

imensa responsabilidade, são detentores de direitos e deveres específicos, no caso

da Rede Pública Estadual, previstos no Estatuto do Servidor Público, Estatuto do

Magistério e Planos de Carreiras.

A sociedade deve respeitar o educador e dispensar a ele o reconhecimento

que merece. Entretanto, para isso, o profissional precisa se impor através do

conhecimento de seus direitos e deveres, bem como os executando em sua prática

profissional.

Não se pode mais permitir que desdenhem do educador e o releguem a uma

categoria menos importante, que mídias veiculem publicações insinuando aspectos

negativos e que a fragilidade da educação no Brasil seria responsabilidade exclusiva

dos professores. Faz-se necessário que o professor se imponha através de sua

prática e para tal, aplique o estabelecido no seu Estatuto.

No Paraná, o Estatuto do Servidor Público é regido pela Lei 6174/70, de

20/11/1970. Os direitos estão previstos no Título V do referido instrumento legal, a

partir do artigo 128. Quanto aos deveres, estão estabelecidos no art. 279 (PARANÁ,

1970).E o art. 285 trata das proibições.

Ainda que um emaranhado de questões sociais, estruturais e políticas

comprometam o desempenho da educação pública e consequentemente o

educador, erroneamente, seja desvalorizado, é possível conquistar o respeito (pelo

menos na comunidade local) através da aplicação prática dos preceitos legais e

éticos que regem o serviço público.

Por outro lado, ações isoladas podem prejudicar muito o processo ensino-

aprendizagem. Profissionais que provocam reclamações constantes dos alunos quer

seja pela falta de conhecimento do conteúdo da disciplina que ministram, assédio,

falta de urbanidade, agressividade, desrespeito, entre outras situações

desagradáveis que, mesmo sendo práticas executadas por uma parcela muito

pequena, ínfima, de educadores, geram grandes problemas.

Da mesma forma que bons professores deixam marcas positivas em seus

alunos, profissionais com práticas inadequadas podem até traumatizar àqueles que

estão sob sua responsabilidade e tornar completamente nulo o processo ensino-

aprendizagem.

Infelizmente tais práticas geram prejuízos aos alunos e contribuem para

generalizar imagens de desvalorização do professor. A grande maioria dos

profissionais age com responsabilidade e comprometimento com a educação e seus

alunos, portanto, não é concebível aceitar passivamente a ideologia de que um dos

fatores para o insucesso da educação seria a ineficiência do professor.

Portanto, o educador deve apropriar-se da relevância de sua profissão.

Precisa internalizar e tomar posse da sua importância para a sociedade. A partir

desta confiança individual, a categoria pode se fortalecer e conquistar avanços

coletivamente.

Enquanto organizador do trabalho pedagógico, seria interessante que o

pedagogo propiciasse momentos de estudos e reflexão no estabelecimento de

ensino sobre a atuação profissional ética, pautada pelo ordenamento legal, como

elemento importante para a mediação do conhecimento, destacando as atribuições

de cada segmento, de cada profissional e a relevância do seu trabalho na escola,

pois se percebe que ainda há educadores que desconhecem seus estatutos e

planos de carreira.

E não há como avançar profissionalmente sem participar frequentemente da

capacitação continuada, requisito indispensável para trabalhar com a formação do

educando. O jargão popular diz que “não nascemos prontos”, portanto, o indivíduo

está constantemente em transformação e crescimento e como o trabalho do

educador, em especial, é a formação intelectual do ser humano, necessita de

formação continuada para aprofundamento do conhecimento teórico que pautará

sua prática, visando sempre o fim maior, qual seja, enxergar o sujeito, público da

escola, com toda a diversidade existente no interior da escola, e propor as

metodologias mais adequadas para que os diversos sujeitos se apropriem do

conhecimento.

A ciência e a tecnologia avançam incessantemente, exigindo de todos os

profissionais, de todas as áreas, atualização constante. O que dizer então dos

profissionais da educação, que trabalham com o conhecimento? Não resta

alternativa que não a formação continuada, pois o estudo é a matéria prima do seu

ofício.

A educação continuada tem se constituído em busca permanente dos professores, seja pelo despertar da consciência de que é preciso manter-se atualizado constantemente para poder conduzir um processo de formação com pertinência e relevância social, seja porque os desafios provocados pela pesquisa sistemática demandam estudos e reflexões constantes. Participar de um grupo de pesquisa... contribui para um aprendizado constante, no qual o envolvimento e o ritmo dado aos trabalhos viabiliza mudanças e transformações. Essa atividade nos coloca em processo de educação permanente. Para a minha atividade docente, a pesquisa vem trazendo mais significado. O projeto de pesquisa constitui um constante desafio no sentido de provocar um permanente repensar sobre a prática pedagógica, além de promover o desenvolvimento pessoal mediante leituras, discussões e trocas, durante as reuniões de equipe (ZAINKO; GISI; ZANON; In: EYNG; ENS; JUNQUEIRA, 2003, p. 103-104).

Há sempre o que questionar, aprender, avançar, crescer. A consciência dos nossos desconhecimentos e, portanto, a procura

incessante por uma formação continuada, não é só sinal de necessária humildade; é, antes de tudo, poderoso antídoto às eventuais arrogâncias que vitimam mais os seus praticantes do que certos algozes involuntários (CORTELLA, 2013, p. 123-124).

Para mediação do conhecimento o professor deve utilizar metodologias

adequadas, planejar, preparar-se, dominar o conteúdo de sua disciplina, portanto, ir

além de sua graduação, sua licenciatura, capacitar-se constantemente, e para tal, a

formação continuada é essencial. No dia-a-dia da docência há muitas reclamações

de que o professor possui encargos tantos, que tomam muito seu tempo (avaliações,

livros registros de classes, muitas aulas, suprimento em mais de uma escola) e os

períodos para estudos ficam comprometidos.

Diante de tal necessidade, o pedagogo, organizador do trabalho pedagógico,

tem também a incumbência de possibilitar encontros para aprofundamento teórico

metodológico através da pesquisa, leitura, estudo e compartilhamento de

conhecimento e experiências com colegas, seja na hora atividade concentrada,

reunião pedagógica, grupos de estudos, semana pedagógica, entre outros eventos.

À gestão de cada estabelecimento de ensino cabe agregar todos os setores

da escola, bem como alunos, pais ou responsáveis, com o propósito de se

comprometerem com a escola.

Muito comumente diz-se que a escola possui a “cara” do diretor. Nos

estabelecimentos em que o gestor é presente e atuante, a tendência é de que os

demais setores sigam seu exemplo e os resultados dos alunos nas avaliações

externas sejam melhores, conforme estudo feito em escolas de São Paulo.

Uma pergunta básica ancorou a realização deste estudo: no contexto brasileiro, gestão faz diferença no desempenho das escolas e, por conseguinte, de seus alunos? Com base neste questionamento, foram analisadas dez escolas públicas paulistas, divididas em cinco pares. A seleção dos casos foi feita por um modelo estatístico de escolha que permitia a comparação entre duas unidades escolares com alunado em situação socioeconômica similar, mas com uma performance acadêmica diferenciada, tomando como base a Prova Brasil de 2007. Os resultados da pesquisa revelam como o modelo de gestão e, sobretudo, o papel dos principais gestores têm um impacto significativo na aprendizagem e mesmo no ambiente educacional (ABRUCIO, Luiz Fernando, 2010, p. 241).

Em contrapartida, onde o diretor é ausente, não cumpre prazos, é relapso com

suas obrigações funcionais, há a propensão de alguns entes a também não terem

muita seriedade em relação as suas responsabilidades com a instituição.

O princípio da gestão democrática da educação está previsto na Constituição Federal: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: ... VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988).

É preciso ressaltar que democracia implica em direitos e deveres para todos.

Portanto, no âmbito da educação, a gestão democrática requer a participação dos

segmentos da comunidade completa, exigindo transparência e seriedade do gestor,

mas também atuando ativamente em relação aos seus deveres, assumindo

responsabilidades com a escola.

O importante é que os agentes educacionais sintam-se capazes de expressar suas opiniões, enunciar argumentos, defender seu ponto de vista, elucidar um parecer, trocar experiências, refletir a respeito de questões em comum, fazendo-os sentir-se participantes do processo ensino-aprendizagem e co-responsáveis pelo acompanhamento e resultados desse processo. Dessa forma, adquirem mais segurança para controlar uma situação discutida democraticamente e não se limitam à passividade para com o desenrolar dos acontecimentos (GOMES, 2007, p. 16).

O trabalho em equipe, executado sob o princípio da gestão democrática, é

importante para fazer com que todos se sintam parte responsável pela escola e

desta forma, comprometam-se com as decisões tomadas, uma vez que participaram

do processo de discussão dos temas que envolvem a realidade do estabelecimento

e a partir de tal diálogo, apontaram ações, coletivamente, para tentar alcançar

melhorias e superar dificuldades.

A escola precisa ser considerada como espaço democrático, para o

crescimento e a construção da cidadania. Assim sendo, não há mediação do

conhecimento eficiente sem gestão democrática em que os sujeitos recebam

respeito (e aprendam a respeitar o diferente) para tornarem-se confiantes e seguros

de forma que a aprendizagem se concretize.

No interior da escola percebe-se que ainda há muito que avançar quanto à

gestão democrática e que é preciso possibilitar a integração e participação de todos

os segmentos da comunidade escolar, inclusive de pais e responsáveis, que são

integrantes de um segmento que geralmente somente é chamado à escola para

receber críticas e notificações de ocorrências dos seus pupilos. Essa prática

corriqueira, de ressaltar o negativo do aluno para seus familiares, torna

desagradável para o responsável comparecer ao estabelecimento de ensino,

afastando-o ainda mais de sua obrigação em acompanhar a frequência e rendimento

escolar de seu filho ou dependente.

Todos os segmentos da escola precisam colaborar com a educação, mas

trabalhar os conteúdos, de forma significativa, é o desafio do professor regente, o

grande mediador do conhecimento.

E o papel do professor é o de garantir que o conhecimento seja adquirido, às vezes mesmo contra a vontade imediata da criança, que espontaneamente não tem condições de enveredar para a realização dos esforços necessários à aquisição dos conteúdos mais ricos e sem os quais ela não terá vez, não terá chance de participar da sociedade (SAVIANI, 2009, p.45).

Argumenta-se muito que fatores interferem na aprendizagem, na mediação do

conhecimento, tais como indisciplina dos alunos, desestrutura familiar, desinteresse,

drogas e álcool, condições socioeconômicas, salas de aula com elevado número de

alunos, rotatividade de professores, entre outros problemas. Essas situações são

grande alvo de reclamações dos educadores que as citam como complicadores de

seu trabalho precípuo (mediação do conhecimento). Percebe-se que a grande

maioria é composta por profissionais sérios, dedicados e competentes, mas que não

conseguem realizar o trabalho que planejaram devido aos fatores relatados, o que

lhes trazem angústias e em certos casos, doenças profissionais.

Mas, apesar de todos os percalços, os educadores continuam procurando

melhorar a atuação e através da formação continuada, buscam embasamento

teórico para pautarem seu trabalho e o replanejar, repensando sua prática

pedagógica e apresentando metodologias que possibilitem ao aluno expressar-se

dialogicamente, consequentemente, apropriar-se do conteúdo apresentado pelo

docente.

As ações desenvolvidas na escola precisam convergir para o objetivo maior,

que é realizado pelo professor docente e para que tenha êxito, o conhecimento

proveniente do senso comum precisa ser ultrapassado pelo aluno. “[...] o professor

deve ter clareza do que vai ensinar naquela aula. Quando o professor não sabe o

que desenvolver na aula (…) a aula fica restrita à solução de problemas

comportamentais e disciplinares” (OLIVEIRA ; ALMEIDA; ARNONI, 2007,p.109).

Para que o trabalho do professor tenha êxito, isto é, a aprendizagem se

efetive, há necessidade de planejar, organizar metodologicamente os conteúdos que

trabalhará, de forma problematizadora, possibilitando ao aluno interagir

cognitivamente com tal conteúdo e sentir interesse imprimindo significado a ele.

Ministrar aulas não é fácil, sobretudo porque os alunos não têm maturidade

para entenderem a importância desse ato, então, o professor que não tiver muito

domínio da situação encontrará dificuldades. Planejar e estudar são indispensáveis

pois é necessário preparo, uma vez que as circunstâncias das salas de aulas se

modificam e para lidar bem com elas, o docente precisa contar com embasamento

teórico, proveniente de estudo e planejamento.

No campo da educação, a categoria movimento é fundamental para a

compreensão, sobretudo da aula. Por exemplo, ela permite entendermos por

que um professor não consegue desenvolver a mesma aula em salas

diferentes, embora ela ocorra no mesmo dia e o docente aborde o mesmo

assunto, usando a mesma metodologia de ensino. A resposta é: pelo mesmo

motivo que um homem não se banha duas vezes no mesmo rio

(OLIVEIRA;ALMEIDA; ARNONI, 2007, p.90-91).

Desta forma, conclui-se que é indispensável a elaboração de um Plano de

Trabalho Docente para cada turma, ainda que de mesmos anos, disciplina, turno e

estabelecimento de ensino, visto que as circunstâncias são diferentes, os alunos são

outros, o momento de execução de cada aula é distinto, o movimento ocorreu,

então, não há possibilidade de a aula ser a mesma.

Os conteúdos trabalhados em sala de aula têm que ser “significativos,

transformando os formais, fixos e abstratos, em conteúdos reais, dinâmicos e

concretos”, conforme Saviani (2009, p.58).

Segundo Oliveira, Almeida e Arnoni (2007, p. 60-61) “ […] o conhecimento

produzido pelas ciências de referência é transformado e organizado em saber

escolar”.

Esta transformação do conhecimento, do conteúdo, é a mediação do

conhecimento realizada pelo professor. Ele transforma o conhecimento científico em

conteúdo de aprendizagem escolar, em saber escolar. Em termos práticos, tal

transformação ocorre através de atividades com intenções educativas, dirigidas pelo

educador, exigindo dele

recortar temas, selecionar conteúdos, propor e avaliar execução de

tarefas, propor modelos de raciocínios e investigação, criticar as

proposições existentes. Esta atividade deve abranger também a prática de

critérios lógicos que diferenciem o saber escolar do saber comum ou

familiar; a seleção do conhecimento numa hierarquização que contemple

sua utilidade e sua erudição, tendo em vista um determinado contexto

histórico; a adaptação desse conteúdo ao processo de aprendizagem

própria do ser humano, buscando as formas que lhe são mais coerentes e

produtivas, ou seja, buscando procedimentos ideais de sua transmissão

(VALDEMARIM, 1998 apud OLIVEIRA ; ALMEIDA; ARNONI, 2007, p. 61).

Através do estudo constante, da participação em formação continuada, do

seu planejamento, da confecção do Plano de Trabalho Docente e previsão das

metodologias a serem utilizadas, o professor adequa o conteúdo às possibilidades

de entendimento dos alunos de cada turma, executando a mediação do

conhecimento.

A aprendizagem ocorre quando o aluno, possuidor do senso comum, confronta

o conteúdo ministrado com as situações do seu dia a dia, relacionando-os e

encontrando significado entre eles, que então, se somam e o fortalecem como

sujeito para perceber e encarar as situações que enfrenta em sua vida.

„Bom ensino‟ se dá numa escola constituída como um espaço privilegiado para desencadear o processo de aprendizagem do aluno em que o professor adquire importância, destaque e relevo, desempenhando o papel de elevar os sujeitos a alcançar informações sobre o mundo físico e social, pensando de maneira competente sobre o mesmo e tendo como objetivo maior possibilitar condições para que os alunos elaborem e critiquem o conhecimento, dele se apropriando, o que deve ser alcançado através de e com a colaboração de parceiros ricos e diversificados (MOURA, 2001, p.168).

Na mediação do conhecimento, o professor apresenta o objeto (conteúdo

curricular), o aluno interage com esse objeto/conteúdo, que passa a ter

funcionalidade, passa ser utilizado pelo aluno de forma significativa. Esta situação

ocorre quando, a partir do conhecimento do aluno, construído através do senso

comum, o conhecimento científico é trabalhado pelo professor e assimilado,

interiorizado pelo aluno, tornando-o conteúdo significativo para ele (aluno), que

transforma sua prática de forma fundamentada, a partir deste conhecimento

adquirido, útil e interiorizado.

A aprendizagem é a relação do aluno com o saber, na qual conteúdo de ensino torna-se metodologicamente compreensível à medida que gera necessidades cognitivas nos alunos. Isso acontece quando o processo de ensino estimula e motiva o aluno na busca de mais informações acerca do conteúdo ensino e trabalhado pelo professor (TURKE, 2009, p. 105).

É fato que a função do docente de mediar o conhecimento, atualmente, é

muito difícil, pois argumenta - se que historicamente, houve esvaziamento dos

conteúdos e grande parte da sociedade que compõe a escola pública, hoje, não tem

dimensão da importância em apropriar-se do conhecimento historicamente

produzido, portanto, segundo alguns, não teria interesse em adquiri-lo. Há muitos

educadores que se sentem impotentes também diante do sistema de avaliação

apresentado aos alunos, que em tese, não exigiria dos mesmos muito esforço para

aprovação, consequentemente, as funções cognitivas não seriam trabalhadas, pelo

aluno, como se esperaria.

E ainda, o que aflige e angustia também sobremaneira os docentes, segundo

alegação de muitos deles, seria a imposição do Sistema de Ensino (ainda que talvez

implícita), pela aprovação, visto que, aqueles estabelecimentos com índices

consideráveis de reprovação sofreriam intervenção da entidade mantenedora, com o

objetivo de elevar os números de aprovação. Essa situação gera a sensação em

alguns docentes, segundo afirmação deles próprios, de que não poderiam exigir do

aluno níveis mais complexos de aprendizagem (pois poderia levá-los a retenção).

Há divergência de interpretação desse quadro, mas indiscutível é a

necessidade de todos, direção - sob o preceito da gestão democrática, equipe

pedagógica - organizadora do trabalho pedagógico, docentes – mediadores do

conhecimento, funcionários – educadores, coletivamente, imbuírem-se da

importância da Educação Pública para as camadas populares e executarem sua

função de servidor com ética e responsabilidade, pautando-se constantemente pelo

embasamento teórico, reflexo da formação continuada. Consequentemente os

resultados obtidos em sala de aula serão mais positivos, visto que o professor,

respaldado pelos elementos ora citados e pautado pelo embasamento teórico e

metodologias apropriadas para alcançar os alunos, imprimirá intencionalidade à sua

prática e a intervenção necessária para a aprendizagem poderá ocorrer

satisfatoriamente, visto que os discentes passariam a compreender o significado e

importância do conteúdo trabalhado.

Para o enfrentamento dessa realidade escolar conflituosa, é essencial que o

pedagogo, organizador do trabalho pedagógico, fomente grupos de estudos no

estabelecimento de ensino, para reflexões que visem possibilidades de ações.

[...] qual o critério primeiro e mais adequado para a escolha de uma educação escolar, pública ou privada, que não seja exterminadora dos amanhãs conjuntos? Ter como princípio (ponto de partida) e meta (ponto de chegada) o empenho consistente em favorecer a criação de uma sólida base científica, incentivar a formação de cidadania objetiva, propiciar a consolidação de uma consciência crítica e independente, e, como garantia honesta de futuro, animar o fortalecimento da solidariedade social. Fácil? Jamais. Impossível? Nunca. (CORTELLA, 2013, p. 99-100).

Só é possível fazer opção conscientemente quando se tem conhecimento!

Considerações Finais

Os educadores ainda encontram-se confusos diante das várias tendências

pedagógicas que já vivenciaram: Tendência Tradicional, Escola Nova, Tecnicista e

Histórico-Crítica. Percebe-se que há que se avançar para que o educador embase

seu trabalho pautado, atualmente (resistindo ainda) na Rede Pública Estadual de

Educação Básica, sob a perspectiva da Tendência Histórico-Crítica e fazer com que

a Educação Pública cumpra com sua função. Acredita-se que, historicamente, foi um

curto período de tempo para que tantas tendências fossem disseminadas na

Educação, o que de fato torna confuso o trabalho do professor, que para superar tais

dificuldades, precisará estudar muito e participar incessantemente da formação

continuada.

Também se observou durante os encontros, que temas tais como Trabalho

Coletivo e Gestão Democrática precisam melhorar muito no interior da escola, pois

há profissionais que relatam que práticas autoritárias que ocorriam em tempos

anteriores, ainda não foram totalmente superadas. Entende-se que realmente é

preciso progredir neste ponto e que também sofre influência da correria do dia-a-dia

da escola, que por vezes faz com que os gestores tomem decisões isoladamente,

para cumprimento de prazos e formalidades legais.

Desta forma, conclui-se que é indispensável buscar alternativas para romper

com tais costumes, dentre elas, apropriar-se de embasamento teórico para o

fortalecimento individual de cada educador, o que pode possibilitar a construção de

fato, de um coletivo atuante no interior da escola e de uma classe profissional que

consiga ter voz junto aos governantes, exigindo a implementação de políticas

públicas que efetivamente atendam aos anseios da categoria em prol de uma

educação pública de qualidade, quem sabe, por exemplo, pleiteando a

regulamentação da diminuição significativa do número de alunos matriculados por

turma, de maneira que o docente consiga realizar seu trabalho atendendo

adequadamente à diversidade dos sujeitos da sala de aula.

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