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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · primeiros conceitos de físico-química de...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
CURSO DE CAPACITAÇÃO DO PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SEED/PR
MARTA NAVARRO
AS ATIVIDADES PRÁTICAS NA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA DE CONCEITOS QUÍMICOS DE SOLUÇÕES NO ENSINO MÉDIO
LONDRINA - PR
2013/2014
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE APUCARANA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2013
MARTA NAVARRO
Produção Didática Pedagógica – Unidade Didática – apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional da SEED/PR, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, área curricular Química.
Orientador: Profª Drª Eliana Aparecida Silicz Bueno
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
PDE 2013/2014
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Marta Navarro
Área PDE: Química
NRE: Apucarana
Professor Orientador IES: Profª Drª Eliana Aparecida Silicz Bueno
IES vinculada: UEL – Universidade Estadual de Londrina
Escola de implementação: Colégio Estadual Hermínia Rolim Lupion
Público objeto de intervenção: Alunos da 2ª série do Ensino Médio
TEMA DE ESTUDO: Físico-Química
TÍTULO: As atividades práticas na aprendizagem significativa de Conceitos
Químicos de soluções no Ensino Médio
RESUMO: A presente Produção Didática Pedagógica, tem por objetivo, introduzir os
primeiros conceitos de físico-química de maneira diferenciada. Partindo de
atividades práticas, proporcionar a aprendizagem significativa com o conteúdo
específico "Soluções", investigando seu papel motivador e a eficácia dessas
atividades práticas na elaboração de conceitos pelos alunos.
Sabemos que as dificuldades e problemas no ensino da Química, entretanto, não
são recentes e as atividades práticas e experimentais são unânimes entre os autores
um recurso didático mais motivador, pois estimula a participação ativa dos alunos,
despertando sua curiosidade e interesse. Neste estudo a expressão atividades
práticas ou atividades experimentais significam experiências realizadas na escola,
nas quais os alunos interagem com materiais, observando e ou manipulando para
compreender conceitos físico-químicos.
SUMÁRIO
MARTA NAVARRO .................................................................................................. 1
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS........................................................................................................... 7
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 7
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 7
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 8
4. ATIVIDADES ........................................................................................................ 13
5. AVALIAÇÃO......................................................................................................... 23
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 25
5
1. APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática trata do conteúdo específico Soluções com
título: As atividades práticas na aprendizagem significativa de conceitos químicos de
soluções no Ensino Médio visa trabalhar de maneira contextualizada com o
cotidiano dos alunos e diferenciar a apresentação de um novo conceito químico, que
na maioria das vezes é apresentado aos alunos de forma puramente teórica sem
relação com o seu cotidiano.
O presente projeto vai iniciar os estudos de “físico-química” parte da
química que assusta pela imponência da pronúncia e pela mistura das palavras
“física” e “química” disciplinas de aversão para um grande número de alunos, que as
julgam difíceis e muito abstratas, sem relação com o seu dia-a-dia, mostrando por
meio de uma atividade prática que o primeiro conteúdo de físico-química está
presente em grande parte das substâncias presentes no seu dia-a-dia e que por
seguirem padrões de concentrações se apresentam sempre com o mesmo sabor e
qualidade.
Tais substâncias em forma de “soluções” estão sempre presentes
nos alimentos, nas bebidas, nos produtos de limpeza, nos cosméticos, nos
medicamentos, no ar que respiramos. Com tais exemplos não dá para dizer que
“físico-química” não faz parte de nossas vidas e entender suas diferentes unidades
de concentrações é entender como tais substâncias citadas anteriormente mantêm
sempre seus padrões de qualidade, seja no aspecto do sabor nas substâncias
alimentícias, como na eficácia de limpeza dos produtos de limpeza ou na eficácia
dos medicamentos que dependendo do caso podem ter suas concentrações
aumentadas ou diminuídas para melhores resultados de acordo com a idade, peso e
comprometimento do quadro clínico do paciente. Os medicamentos e a
concentração de seus princípios ativos indicadas na fórmula é que garantem a
eficácia de um tratamento, por isso a importância da concentração das soluções,
principalmente nos medicamentos, pois o uso de um medicamento com
concentração de princípio ativo acima da concentração declarada na fórmula pode
representar um sério risco de intoxicação para o paciente, assim como, uma
6
concentração abaixo da indicada na fórmula do produto resultará em
comprometimento do quadro clínico do paciente.
O exemplo da concentração das soluções nos medicamentos citada
anteriormente, assim como os demais produtos são de extrema importância e são
possíveis graças ao estudo da “físico-química” que vão garantir a qualidade desses
produtos disponíveis no mercado, assegurando sua eficácia e garantindo nosso bem
estar físico, social e mental.
Muitas reações químicas, feitas em laboratórios e indústrias, são
realizadas em soluções; em nosso corpo (que contém cerca de 65% em massa de
água), o sangue, o suco gástrico, a urina são líquidos que contém em solução um
enorme número de substâncias que participam de nosso metabolismo. As soluções,
enfim, tem grande importância científica, industrial e biológica. (FELTRE, 2004).
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Proporcionar a aprendizagem significativa de conceitos de soluções
através de atividades práticas.
2.2 Objetivos Específicos
Investigar o papel motivador nos alunos das atividades práticas no
estudo de conceitos de soluções.
Investigar a eficácia das atividades práticas na elaboração de
conceitos químicos de soluções pelos alunos.
Proporcionar atividades práticas que facilitem a elaboração de
conceitos químicos de soluções de maneira significativa.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A Química é uma ciência que constitui um elemento fundamental à
formação da cidadania, pois explica a matéria e suas transformações.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Química para a
Educação Básica (Paraná-2008), a Química, como disciplina escolar tem por
objetivo subsidiar reflexões sobre seu ensino, bem como possibilitar novos
direcionamentos e abordagens da prática docente no processo ensino-
aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e
seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
A compreensão dos conteúdos químicos relaciona-se com uma nova
visão da ciência e do conhecimento científico, como modelos teóricos sociais
historicamente produzidos. Esses modelos constituem formas de se explicar a
realidade complexa e diversa, por meio de códigos e símbolos da Química.
Quando nos referimos ao ensino de Físico-Química no Ensino
Médio, notamos que a prática em geral nas salas de aula consiste na transmissão-
recepção de conteúdos, que, muitas vezes, deixa lacunas no processo. Ao
reconhecermos as dificuldades que se apresentam nessa realidade, dificultando o
trabalho do professor e o interesse dos alunos, fazem-se necessárias alternativas
pedagógicas que possam contribuir para a aprendizagem desses conceitos.
Sabemos que as dificuldades e problemas no ensino da Química,
entretanto, não são recentes e as atividades práticas e experimentais são unânimes
entre os autores, um recurso didático mais motivador, pois estimula a participação
ativa dos alunos, despertando sua curiosidade e interesse. Neste estudo a
expressão atividades práticas ou atividades experimentais significam experiências
realizadas na escola, nas quais os alunos interagem com materiais, observando e ou
manipulando para compreender conceitos físico-químicos.
Segundo Izquierdo (1999), a experimentação na escola pode ter
diversas funções como a de ilustrar um princípio, desenvolver atividades práticas,
testar hipóteses ou como investigação. Vários autores destacam a última função
como a que mais ajuda o aluno a aprender, ou seja, produz a aprendizagem
9
significativa que é a relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está
aprendendo.
David Ausubel (1980, 2003) ao propor sua Teoria da Aprendizagem
Significativa, destaca-a como a teoria mais relevante para os seres humanos na
aprendizagem de significados (conceitos). Segundo ele, para que a aprendizagem
significativa ocorra é necessário que o novo conhecimento esteja estruturado de
maneira lógica a estrutura cognitiva do aprendiz e que o aprendiz esteja disposto a
aprender, conectando o seu conhecimento prévio também chamado por ele de
conceitos subsunçores ou conceitos âncora, com aquele novo conhecimento que se
pretende absorver, através da diferenciação progressiva de uma ideia mais geral e
inclusa para ideias menos inclusas.
Na Química alguns conteúdos não fazem parte das vivências
cotidianas dos alunos, não estando porém em sua estrutura cognitiva,
impossibilitando conexões com a nova informação. Nesse caso Ausubel (1980,
2003) sugere a aprendizagem mecânica ou memorística que ocorre com a absorção
literal e não substantiva do novo conhecimento, por meio de memorização das
partes iniciais desse conteúdo para que o mesmo seja incorporado ou absorvido
meio na força, de maneira arbitrária, sem as interações com conceitos relevantes
existentes na estrutura cognitiva, para assim podermos ancorar as novas
informações, por meio dos Organizadores Prévios, que são as âncoras criadas a fim
de manipular a estrutura cognitiva fazendo as ligações desses conceitos, conteúdos
aparentemente não relacionáveis através da abstração tornando-os significativos.
Segundo Ausubel, 1968: “... o fator isolado mais importante
influenciando a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe; determine isso e ensine-
o de acordo."
O professor deve fazer confrontos a novos conceitos com problemas
e reflexões em torno de ideias inconsistentes apresentadas pelos alunos e compará-
los aos aceitos cientificamente. Problematizar o conhecimento apresentado pelos
alunos contribui para a sua aprendizagem, pois sabemos que se aprende a partir
daquilo que se sabe. Acreditando que a aprendizagem se constrói com a
problematização, o questionamento se faz necessário nos diferentes momentos de
uma atividade experimental.
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Segundo pesquisas, os estudantes assimilam melhor seus
conhecimentos conceituais quando participam de investigações científicas. (Hodson,
1992). Essas investigações científicas não se referem somente as práticas de
laboratório, mas também as atividades teóricas de sala de aula tais como as
resoluções de problemas matemáticos bastante presente em Físico-Química
relacionadas umas com as outras para que possa formar um todo coerente e
interdependente levando a uma integração entre tais atividades, como sugere Gil et
al. (1999):
“Pode-se pensar, pois, em abraçar as práticas e a resolução de problemas
de lápis e papel como variantes de uma mesma atividade: o tratamento de
situações problemáticas abertas, com uma orientação próxima do que
constitui o trabalho científico. De fato, o teste de uma hipótese, em uma
investigação real, pode e deve fazer-se tanto experimentalmente como
mostrando a coerência de suas implicações com o corpo de conhecimento
aceito pela comunidade científica.”
Partindo dessas considerações, para que haja a aprendizagem faz-
se necessário no estudo de Físico-Química essa mistura de estratégias de ensino,
levando os alunos pensar, debater, justificar suas ideias e aplicar seus
conhecimentos em situações novas, usando os conhecimentos teóricos, práticos e
matemáticos.
A experimentação não pode ser vista somente como um fator
motivacional, ela deve ser utilizada como um instrumento que auxilia a construção e
aprendizagem de conceitos. (Barbosa, 1999). Literaturas atuais sobre motivação e
aprendizagem destacam a necessidade de repensar as intenções de “aprender para
se sentir e manter-se motivado” e não “motivar para aprender”. (Tapia, 2003).
Embora as atividades experimentais para muitos professores seja
um fator motivacional, as pesquisas destacam que a experimentação não
necessariamente desempenha esta função quando não desperta nos alunos a sua
curiosidade. O simples desenvolvimento de atividades experimentais não facilita
obrigatoriamente a aprendizagem conceitual, aliás, às vezes, pode dificultá-la.
(Hodson, 1994).
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Diante do exposto segundo Hodson, aprendizagem e motivação são
constituintes de um contexto mais amplo para as atividades experimentais, são
indispensáveis formas alternativas de reter a atenção dos alunos por meio da
problematização referente ao conteúdo estudado, das formas de trabalho para essa
aprendizagem (coletiva ou individual), na sala de aula ou no laboratório, para tentar
despertar o interesse nos alunos que por algum motivo, sintam-se desmotivados.
Segundo Carvalho et al. (1995) e Moreira (1983), para que o aluno
elabore seu conhecimento é preciso que sejam realizadas atividades
problematizadoras, questionadoras e de diálogo, envolvendo a resolução de
problemas, fundamentada na ação do aluno.
A problematização para elaboração de um conceito é um ponto de
partida fundamental para um novo conhecimento.
Bachelard (1996) relata que “todo conhecimento é resposta a uma
questão”, porém não é suficiente para a descoberta de uma lei química, mas permite
ao aluno que baseado nos conhecimentos cotidiano com o mundo passe a
relacionar o problema proposto e a atividade de ensino criada, despertando seu
interesse, estimulando sua participação, para assim poder produzir seu
conhecimento por meio da interação entre pensar, sentir e fazer. A construção inicial
da autonomia dos alunos são frutos dessa interação. (Carvalho et al. 1999)
Para Lewin e Lomascólo (1998):
“... projetos de investigação, favorece fortemente a motivação dos
estudantes, fazendo-os adquirir atitudes tais como curiosidade, desejo de
experimentar, acostumar-se a duvidar de certas afirmações, a confrontar
resultados, a obterem profundas mudanças conceituais, metodológicas e
atitudinais.”
Segundo Duschl (1998), o professor deve provocar e acompanhar
discussões para que os alunos possam expor e defender seus pontos de vistas,
para que as diferentes ideias dos alunos e os novos questionamentos do professor
possam ajuda-los a manterem a coerência de suas ideias em relação a sua
construção do conhecimento.
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Partindo dessas ideias, o professor tem papel fundamental na
passagem do saber cotidiano dos alunos para o saber científico, valorizando as
respostas certas, questionando as erradas, sem excluir do processo o aluno que
errou.
Segundo Silva e Zanon, 2000, a inter-relação entre teoria e prática
por meio da experimentação tem potencial de promover aprendizagens
significativas. Para os autores:
“O aspecto formativo das atividades práticas experimentais tem sido
negligenciado, muitas vezes, ao caráter superficial, mecânico e repetitivo
em detrimento aos aprendizados teórico-práticos que se mostrem
dinâmicos, processuais e significativos.”
A aprendizagem de Química será mais sólida quanto mais integrada
estiver a teoria e a prática. (Russell, 1994).
Diante do exposto, as atividades práticas ou experimentais, podem
contribuir para a aprendizagem significativa na medida em que estimulam o
interesse dos alunos, desenvolvem níveis diferentes de experiências pessoal e
social, ajudam a construir e entender novas descobertas, desenvolva e enriquece
sua personalidade, simbolizando um recurso pedagógico que leva o professor à
condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem, auxiliando os
alunos na tarefa de formulação e de reformulação de conceitos, ativando seus
conhecimentos prévios e articulando esses conhecimentos a uma nova informação
que está sendo apresentada. (Pozo, 1998).
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4. ATIVIDADES
As atividades propostas nesta unidade são atividades simples que
podem ser feitas na sala de aula que levam os alunos a chegarem à definição,
classificação, componentes e diferentes unidades de expressar a concentração de
uma solução e trás também alguns experimentos visualmente interessantes usando
diferentes soluções com diferentes concentrações.
4.1. Atividade 1
(grupos de quatro alunos)
Usando substâncias do dia-a-dia dos alunos, tais como: chocolate,
sucos, chá, café, refrigerante, água mineral, shampoo, sabonete, perfume,
detergente, desinfetante, comprimido de dor de cabeça, xarope, anel de ouro, bexiga
vazia, bexiga cheia...
1º) Os alunos vão listar, quais dessas substâncias são soluções?
(confrontar respostas...)
2º) Todas as substâncias são soluções. Por quê?
(confrontar respostas...)
4.2. Atividade 2
Definir, classificar e verificar os componentes de uma solução.
Solução é o nome dado a qualquer mistura homogênea.
Embora a maior parte das soluções esteja no estado líquido, existem
também soluções no estado sólido e no estado gasoso.
Das substâncias citadas na atividade um, classifique-as segundo o
seu estado físico em:
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a) Soluções sólidas;
b) Soluções líquidas;
c) Soluções gasosas.
Nesta unidade estudaremos as soluções líquidas mais importantes
para a Química.
Componentes de uma solução
(preparar um suco...)
O que ocorre no preparo de um suco?
(confrontar respostas...)
Quando uma substância é capaz de dissolver outra é chamada de
SOLVENTE, a substância dissolvida é chamada de SOLUTO.
Se uma solução é preparada com o solvente água, dizemos que é
uma SOLUÇÃO AQUOSA.
Quando colocamos um pouco de açúcar na água e mexemos até
obtermos uma só fase, estamos fazendo uma solução. O mesmo acontece quando
adicionamos um pouquinho de sal à água e misturamos bem. Ao dissolver açúcar
em água, por exemplo, obtemos uma solução aquosa de açúcar, na qual a água é o
solvente e o açúcar é o soluto.
A substância água é chamada de SOLVENTE UNIVERSAL, pois é a
substância que dissolve o maior número de outras substâncias, inclusive as
indesejadas na natureza, tornando-se facilmente poluida.
Em equações adotaremos o índice 1 para representar o SOLUTO e
o índice 2 para o SOLVENTE. Caso não apareça nenhum índice, o dado
representará a SOLUÇÃO.
Exemplo:
m1 = massa do soluto
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m2 = massa do solvente
m = massa da solução
m = m1 + m2
4.3. Atividade 3
As soluções podem conduzir corrente elétricas
(fazer prática condutibilidade elétrica)
Soluções moleculares ou não eletrolíticas: são as soluções que
não conduzem corrente elétricas.
Exemplo: água e açúcar
Soluções iônicas ou eletrolíticas: são as soluções que conduzem
corrente elétricas.
Exemplos: soluções de ácidos, bases e sais.
NaCl + H2O
4.4. Atividade 4
Saturação das soluções
Preparar uma solução de água + sal ou água + açúcar e mostrar
uma solução saturada, insaturada e supersaturada.
Coeficiente de Solubilidade ( CS )
Coeficiente de solubilidade ou solubilidade é a quantidade máxima
(ponto de saturação – normalmente expressa em gramas) de uma substância que
conseguimos dissolver em um volume fixo de solvente (normalmente expresso em
litros), sob determinada temperatura.
CSNaCl = 36g / 100mL H2O (20 ºC)
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Soluções saturadas: são aquelas que contêm a máxima
quantidade de soluto dissolvida em um volume fixo de solvente. Correspondente à
quantidade determinada pelo coeficeiente de solubilidade desta substância.
Soluções insaturadas: o soluto está presente em quantidade
menor que a determinada pelo coeficiente de solubilidade.
Soluções supersaturadas: são obtidas em condições especiais,
quando o coeficiente de solubilidade é ultrapassado. Sendo assim, uma pequena
agitação ou a introdução de um minúsculo cristal de soluto na solução vai precipitar
o excesso de soluto. São instáveis, pois ultrapassam o limite máximo de
solubilidade.
Se aquecermos a partir de 20 ºC, com agitação uma solução
contendo 40g de NaCl dissolvidos em 100g de H2O até 80 ºC conseguiremos a
dissolução total do sal. A partir de então deixamos a mistura sob lento resfriamento
e repouso absoluto até que atinja a temperatura inicial. Nesta condição, toda
quantidade de soluto encontra-se dissolvida na água de forma instável e basta o
acréscimo de um minúsculo cristal de sal (germe de cristalização) ou pequena
agitação para que ocorra a precipitação de 4g de sal que corresponde ao excesso
de soluto dissolvido para 20 ºC.
O precipitado também é chamado de corpo de fundo ou corpo de
chão.
4.5. Atividade 5
As soluções apresentam concentrações
(ver rótulo do suco)
Essa é a concentração ideal, porém essa concentração pode variar.
Preparar três sucos:
1º) na concentração indicada na embalagem;
2º) usando a metade do volume de água indicada na embalagem;
3º) usando o dobro do volume de água indicado na embalagem.
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Em copinhos de café, servir os três sucos aos alunos e pedir que os
mesmos relatem o que perceberam.
Mais forte, normal, fraco... esses termos em química são expressos
de maneira diferente, quando você fala mais forte se faz uma referência ao suco (pó)
na solução, então quando se fala mais forte se faz uma referência com a quantidade
de pó (suco) na água (na solução), o pó é o SOLUTO e a água o SOLVENTE, então
quando se fala mais forte para os químicos uma linguagem mais técnica se diz mais
concentrado.
Quando se falou do suco sua concentração (seu sabor) depende do
quê?
... da quantidade do pó em um volume de água, ou seja é a relação
entre a quantidade do soluto em um volume de solução.
m1
C = ------ V
Mas essa quantidade é vaga, pois você pode ter essa quantidade
expressa em massa, em volume, em mols (quantidade de matéria), então a
Concentração de uma solução pode ser expressa de várias formas para representar
a quantidade do soluto e da solução.
Concentração em g/L - ( C )
Bastante usada no dia-a-dia, antigamente era chamada de
Concentração Comum, hoje em dia tem-se o hábito de chamar a concentração de
uma solução pela sua unidade, isso facilita para o aluno não ter que ficar
memorizando uma fórmula, você sabe que grama (unidade de massa), litro é
unidade de volume e lembra que concentração em g/L ou concentração comum é
soluto por solução.
Massa do soluto (m1)
C = ------------------------- Volume da solução (V)
Unidade usual: g/L
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Dois comentários são importantes sobre esse conceito.
Primeiro, a unidade da concentração comum será composta por uma
unidade de massa qualquer (mg, g, kg, t etc.) dividida por uma unidade de volume
qualquer ( cm3, mL, dm3, L, m3 etc).
Segundo, o volume que se leva em conta nessa definição não é o
volume de solvente usado para fazer a solução, mas sim o volume da solução.
4.6. Atividade 6
Acompanhe esta situação
Um paciente chegou ao hospital com uma crise de hipertensão (isto
é, “pressão alta”). Após ter o seu quadro controlado pelos médicos, esse paciente
permanecerá internado para que seu estado seja acompanhado.
O médico responsável deseja aplicar regularmente nesse paciente,
por via endovenosa (ou intravenosa, isto é, “dentro da veia”), o medicamento
cloridrato de metildopa. Consultando uma publicação especializada, o médico
obteve as seguintes informações:
Cloridrato de metildopa
Fórmula molecular: C10H14ClNO4
Massa molar: 247,5 g/mol
Apresentação: solução aquosa a 50 g/L ou 50 mg/mL
Método de administração: endovenoso
Dose recomendada: de 250 mg a 1000 mg a cada 6 horas
De acordo com a rotina hospitalar, esse médico deve registrar na
documentação do paciente, que é encaminhada à equipe de profissionais de
enfermagem, as instruções referentes à medicação a ser administrada.
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Sabe-se que o cloridrato de metildopa é sólido nas condições
ambientes. Como vemos pelos dados acima, o que se administra na veia do
paciente é uma solução dessa substância em água.
O que significa a indicação 50 g/L?
( confrontar respostas... )
Que em um volume total de um litro (1L ou 1000mL) de solução a
massa de soluto (do medicamento) nela presente é de 50 g ou 50000 mg.
Em 0,5 L ou 500 mL dessa solução há 25 g de soluto, em 0,25 L ou
250 mL dessa solução há 12,5 g de soluto e assim por diante:
50 g 25 g 12,5 g 10 g 5 g -------- = ----------- = ------------ = ----------- = ----------- = ... = 50 g/L 1 L 0,5 L 0,25 L 0,2 L 0,1 L
Digamos que a intenção seja administrar, a cada 6 horas, a dose
mínima de 250 mg do medicamento. Qual o volume de solução que deve ser
injetado a cada vez?
E se a intenção for administrar a dose máxima de 1000mg, qual o
volume de solução necessário?
4.7. Atividade 7
Preparo em laboratório de uma solução aquosa
O preparo laboratorial de uma solução de concentração conhecida
envolve o uso de um balão volumétrico (equipamento laboratorial usual de maior
precisão para medir o volume de líquidos).
Voltemos ao caso do medicamento mencionado anteriormente. Se
desejarmos fazer um litro de solução contendo 50 g desse medicamento, devemos,
inicialmente, pesarmos 50 g da substância. A seguir, essa massa é transferida para
um balão volumétrico de 1000 mL (isto é, 1 L). Adiciona-se um pouco de água
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destilada e agita-se até que todo o sólido se dissolva. Finalmente, acrescenta-se
água até atingir a marca de 1000 mL.
Aplique:
No rótulo de um frasco têm-se as seguintes informações:
NaCl(aq)
C = 9,0 g/L
a) Qual é o solvente?
b) Qual é o soluto?
c) Quantos mg de soluto há em cada mL de solução?
d) Em 500 mL dessa solução qual a massa de NaCl presente?
e) Como pode ter sido preparada essa solução?
Questões
Lembrete: 1L = 1 dm3 - 1 mL = 1 cm3
1 dm3 = 1 L = 1000 mL = 1000 cm3 = 103 mL = 103 cm3
1 m3 = 103 L = 103 dm3 = 1000 L = 1000 dm3
1. Qualquer mistura de duas ou mais substâncias é considerada uma solução?
Explique.
2. Todas as soluções são líquidas? Dê exemplos que sustentem sua resposta.
3. “Numa solução aquosa de ácido sulfúrico, o soluto é.....................................
e o solvente é ............................................. .” Como você completaria essa
frase, de modo a deixá-la corretamente redigida?
4. O brometo de potássio (KBr) é um sólido cristalino branco bastante solúvel
em água. Como você prepararia uma solução contendo 11,9 g desse sal em 1
L de solução?
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5. No rótulo de um frasco de laboratório lê-se:
NaOH (aq) C = 60 g/dm3
a) Qual o solvente e qual o soluto?
b) Qual a massa do soluto em 500 cm3 dessa solução?
c) Que volume de solução, em ml, contém 15 g de soluto?
6. Qual a massa de açúcar ingerida por uma pessoa ao beber um copo de 250
mL de limonada na qual o açúcar está presente na concentração de 80 g/L?
7. (UFG-GO) As instruções da bula de um medicamento usado para reidratação
estão resumidas no quadro a seguir.
Modo de usar: dissolva o conteúdo do envelope em 500 mL de água
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
Composição: cada envelope contém
Cloreto de potássio......................................................... 75 mg
Citrato de sódio di-hidratado..........................................145 mg
Cloreto de sódio.............................................................175 mg
Glicose........................................................................... 10 g
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
a) Calcule a concentração de potássio, em mg/L, na solução preparada segundo
as instruções da bula.
b) De acordo com as substâncias do medicamento existe possibilidade de
condução elétrica da solução do medicamento? Justifique sua resposta.
8. Certo remédio contém 30 g de um componente ativo X dissolvido num
determinado volume de solvente, constituindo 150 mL de solução. Ao analisar
o resultado do exame de laboratório de um paciente, o médico concluiu que o
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doente precisa de 3 g do componente ativo X por dia, divididos em três doses,
ou seja, de 8 em 8 horas. Que volume do medicamento deve ser ingerido pelo
paciente a cada 8 horas para cumprir a determinação do médico
a) 50 mL
b) 100 mL
c) 5 mL
d) 10 mL
e) 12 mL
4.8. Atividade 8
Demonstração de alguns experimentos químicos, usando diferentes
soluções com concentrações diferentes:
1º) A mágica da água que muda de cor.
2º) O violeta que desaparece.
3º) Camaleão químico.
4º) Azul do além.
5º) Substâncias invisíveis que acendem e apagam fogo.
6º) Sangue do diabo.
7º) Como fazer fogo com um comprimido e glicerina.
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5. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um instrumento de processo contínuo para
enriquecimento da aprendizagem, considerando os aspectos históricos, conceituais
e culturais, cuja finalidade é a promoção e não só a classificação do aluno, primando
pela qualidade da aprendizagem.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Química, (2008):
“A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade.
...Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento prévio do aluno e
valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de
orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si,
mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor,
em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no
coletivo da escola.”
Ao elaborar uma proposta de prática avaliativa no ensino da
química, alguns critérios são fundamentais para verificar se o aluno:
Compreende os conceitos químicos;
Tem capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou científico, para
uma opinião que leve em conta o conteúdo químico;
Tem capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer
outro evento que envolva a química.
Entende-se que a Química deve educar para cidadania, contribuir
para o desenvolvimento de um sujeito crítico, que em sua formação e cultura possa
agregar valores de que o conhecimento científico é uma construção humana com
significado histórico e social.
As atividades práticas no ensino de Química devem contribuir para
relacionar teoria e prática, a compreensão do universo, sua evolução, ações
humanas nos processos que envolvam transformação da matéria, uso de
tecnologias e meios de produção capazes de atuar na sociedade.
24
Para a avaliação do desempenho dos alunos no decorrer deste
trabalho, pretendemos utilizar recursos de avaliação contínua no desenvolvimento
das atividades propostas, como estão interpretando tais atividades, se estão
analisando os fenômenos de forma adequada e avaliação final para averiguar a
evolução de conhecimentos do conteúdo proposto.
25
6. REFERÊNCIAS
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