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Acreditamos que é através da troca do conhecimento, seja ele conhecimento social, teórico, afetivo ou prático, adquirido pelas oportu- nidades da vida acadêmica, que todos ganhamos. Os resultados que começamos a ver hoje são frutos de investimentos de anos da valorização das poten- cialidades das pessoas com dificul- dades como a escola NANE acredita e desenvolve há 33 anos. Neste sentido, nosso trabalho educacional tem sido uma constante construção de sistemas de ensino que atendam às diferenças de tempos de apren- dizagem dos alunos. Um exemplo disso é o êxito alcança- do com a estruturação do OPTE, curso existente há 7 anos com o objetivo de oferecer alternativas acadêmicas para ampliar o universo de escolarização e escolha destes jovens. Entre a formação acadêmica, prática, afetiva e social para jovens com dificuldades e a Inclusão no Mercado de Trabalho, há uma gran- de lacuna, e esta tarefa cabe a nós, educadores, escola e pais, realizar- mos através da instrumentalização, acompanhamento, preparação e supervisão deste jovem na passa- gem do “ser estudante” para o “ser trabalhador”. Por isso, a NANE entende que para atingir o desafio da Inclusão de seus alunos no mercado de trabalho, de- verá propiciar aos seus concluintes uma especialização formativa/ocu- pacional, caracterizada por três eta- pas. A primeira deverá corresponder à Orientação Vocacional, ou seja, um período de trabalho a ser realizado na NANE, com o objetivo de identi- ficar os desejos de vida futura e as reais competências e possibilidades para esse projeto de vida. O segundo momento deverá corresponder ao que podemos chamar de Estágio/Emprego Assis- tido, que deve ser um trabalho feito sob supervisão de professores da NANE, realizado em parceria com instituições que tenham acesso às empresas cadastradas para receber pessoas portadoras de deficiências. Após a contratação, os trabalhado- res serão acompanhados em todo o processo para o desempenho de sua ocupação até a instalação de sua autonomia. Se necessário uma terceira etapa poderá ser desenvolvida para a qua- lificação deste trabalhador-aluno, para atender a certas especificida- des que melhorem o desempenho de sua função profissional. Entendemos ainda que a parceria escola-família neste processo deve- rá ser mais estreita do que tem sido até então e, para tanto, propomo- nos a subsidiar as famílias, tanto durante o processo de admissão, quanto após a efetivação da vaga de emprego. Suely Palmieri Robusti Os desafios da inclusão no mercado de trabalho Na condição de Escola Inclusiva, não podemos nos furtar aos desafios que a própria Inclusão Social nos coloca. Informativo da Escola Novo Ângulo Novo Esquema 34 nº

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Acreditamos que é através da troca do conhecimento, seja ele conhecimento social, teórico, afetivo ou prático, adquirido pelas oportu-nidades da vida acadêmica, que todos ganhamos.

Os resultados que começamos a ver hoje são frutos de investimentos de anos da valorização das poten-cialidades das pessoas com dificul-dades como a escola NANE acredita e desenvolve há 33 anos. Neste sentido, nosso trabalho educacional tem sido uma constante construção de sistemas de ensino que atendam às diferenças de tempos de apren-dizagem dos alunos.

Um exemplo disso é o êxito alcança-do com a estruturação do OPTE, curso existente há 7 anos com o objetivo de oferecer alternativas acadêmicas para

ampliar o universo de escolarização e escolha destes jovens.

Entre a formação acadêmica, prática, afetiva e social para jovens com dificuldades e a Inclusão no Mercado de Trabalho, há uma gran-de lacuna, e esta tarefa cabe a nós, educadores, escola e pais, realizar-mos através da instrumentalização, acompanhamento, preparação e supervisão deste jovem na passa-gem do “ser estudante” para o “ser trabalhador”.

Por isso, a NANE entende que para atingir o desafio da Inclusão de seus alunos no mercado de trabalho, de-verá propiciar aos seus concluintes uma especialização formativa/ocu-pacional, caracterizada por três eta-pas. A primeira deverá corresponder à Orientação Vocacional, ou seja, um

período de trabalho a ser realizado na NANE, com o objetivo de identi-ficar os desejos de vida futura e as reais competências e possibilidades para esse projeto de vida.

O segundo momento deverá corresponder ao que podemos chamar de Estágio/Emprego Assis-tido, que deve ser um trabalho feito sob supervisão de professores da NANE, realizado em parceria com instituições que tenham acesso às empresas cadastradas para receber pessoas portadoras de deficiências. Após a contratação, os trabalhado-res serão acompanhados em todo o processo para o desempenho de sua ocupação até a instalação de sua autonomia.

Se necessário uma terceira etapa poderá ser desenvolvida para a qua-lificação deste trabalhador-aluno, para atender a certas especificida-des que melhorem o desempenho de sua função profissional.

Entendemos ainda que a parceria escola-família neste processo deve-rá ser mais estreita do que tem sido até então e, para tanto, propomo-nos a subsidiar as famílias, tanto durante o processo de admissão, quanto após a efetivação da vaga de emprego.

Suely Palmieri Robusti

Os desafios da inclusãono mercado de trabalho

Na condição de Escola Inclusiva, não podemos nos furtar aos desafiosque a própria Inclusão Social nos coloca.

Informativoda EscolaNovo ÂnguloNovo Esquema

34nº

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CotidianoPedagógico

“A Educação deve ser um processo de construção doconhecimento, em condições de complementariedade: por

um lado, o fazer agir, operar, criar, construir a partir darealidade vivida por alunos e professores e, por outro, os

problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (acervo cultural da Humanidade).”

Por meio de dois jogos, Passeio no Shopping e Dinheiro do Mês, os alunos começam seus estu-dos “indo ao shopping todas as semanas”, fazendo compras de roupas femininas ou masculinas, de livros ou CDs, de material de informática ou esportivo, de brin-quedos. Tomam lanche, sorvete, vão ao cinema, ao boliche... tudo isso sem sair da sala de aula! É na sala de aula que fazem cálculos, trocam notas maiores por meno-res, percebem as equivalências,

Um jeito eficiente para os alunos aprenderem a lidar com dinheiro

economizam ou se frustram por não terem mais dinheiro para comprar o que querem, usam a calculadora, fazem anotações em seus cadernos sobre quanto gastaram e quanto levará de tro-co. Caminhando, passam a fazer “grandes negócios”, cujos valores passam muito do milhar. É com o grupo da oficina I de matemática e a turma do OPTE que a profes-sora Uxa, de matemática, tem alcançado resultados positivos com esse trabalho.

Brinquedos e brincadeiras

Título do livro inteiramente con-feccionado pela turma da oficina II de Português do Ciclo Básico da professora Berenice. Pesquisan-do várias brincadeiras e nomes de brinquedos que comecem com as iniciais do alfabeto, além de aumentarem seu repertório, as crianças, ao chegarem na letra H, depararam-se com a possibilida-de de ler, ouvir e contar Histórias. Só isso não bastava. Era preciso construir uma história feita pelo grupo. Uma história coletiva e mais... representar essa história. O teatro foi a solução.

A representação de cada perso-nagem, assim como o figurino, foi o brinquedo que precisaram para entrar na brincadeira típica de atores nervosos em pré-estréia.

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Caranguejoé peixe?

Nas aulas da professora Débora, de Ciências Humanas, os alunos do 2°CA estão montando um de-safiador jogo de percurso a partir do estudo das regiões do Brasil.

O mapa do país é o tabuleiro e trilhas, do Oiapoque ao Chuí, separam as regiões em diferentes cores, para serem visitadas pelos “viajantes”, desde que respondam à perguntas de história e geografia relativas ao assunto estudado.

Uma viagem virtual acelerada pelo domínio do conhecimento.

Viajando pelo conhecimento

Uma vovó imigrante em sala de aula

Trabalhar a identidade brasileira, desde quando o Brasil ainda era habitado somente pelos índios. Avançando, como toda história avança, passando pelos portugue-ses... aqueles que descobriram o Brasil, depois os negros, aqueles que também fizeram o Brasil e, por fim, os Imigrantes.

Esse foi o começo de um estudo da turma do 1° ano do Ciclo Intermedi-ário, junto com a professora Malena, montando árvores genealógicas, observando nos mapas lugares de ascendência, fotos, mostrando ou-tras culturas, alguns porquês dessas gentes do mundo todo.

Visitaram o Memorial do Imigrante e lá viram como as pessoas faziam

para chegar aqui, viram onde dormiam, comiam e viviam alguns dos imigrantes do Brasil. Descobriram também que nem todos Imigrantes foram parar na Hospedaria, assim como a avô de um dos alunos, que nasceu na Polônia e veio parar aqui no Brasil, onde construiu sua fa-mília. Curiosos e interessados, os alunos convidaram a avó Clara para contar sua história na sala de aula. Contou sobre seu nascimento na Polônia a mudança para Itália e coisas tristes decorrentes da guerra, mas trouxe a alegria de ter formado uma bela família aqui no Brasil e, ainda por cima, a grande competência para fazer uma macarronada deliciosa que aprendeu na Itália. Assim, experimentaram a sua histó-ria, bem como sua divina macarronada e entenderam um pouco mais sobre eles, ao gosto da Itália, nas mãos da avó Clara.

Todo mundo já cantou essa famosa música:

Palma, palma, palma;Pé, pé, pé;Roda, roda, roda;Caranguejo peixe é!

Nas aulas de Ciências do 1º CA, ministradas pelo professor Flavio, toda a turma já conhece o maravi-lhoso mundo dos invertebrados e reparou que, nessa antiga cantiga infantil, algo não estava se encai-xando muito bem.

Caranguejo peixe é? Não! Essa turma já classificou todos os inver-tebrados em filos e classes e rapi-damente respondeu: “Professor! Caranguejo pertence ao filo dos artrópodes e à classe dos crustá-ceos!” A resposta estava correta e a solução foi criar, durante a aula, uma nova versão para a cantiga, que ficou assim:

Palma, palma, palma;Olha como é fácil;Roda, roda, roda;Caranguejo é crustáceo!

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As mutações da Língua Portuguesa

Em uma das aulas de Língua Portuguesa, os alunos, junto com o professor Ivan Pereira da Silva, observaram as mu-danças que vigorarão em nosso idioma a partir de 2008. Depois de estudarem as opiniões opostas de especialistas no assunto, cada um dos alunos elaborou um texto com seus próprios pensamentos sobre essas mudanças. Eis o resultado, representado aqui por uma aluna do 1° ano do Ensino Médio, Elise Chinellato Miehe.

“Talvez o fato de o R e o S serem as únicas consoantes que aparecem juntas na língua portuguesa já tenha se tornado algo tão comum para nós que nem pensamos que um dia outras letras também já foram empregadas dessa maneira.

Se não tivéssemos nos adaptado a algumas mudanças, hoje chamaríamos as mulheres de “fremosas” e os namorados de “amigos”. Mas claro que não foram só algumas palavras que mudaram: a grafia da grande maioria das palavras mudou muito através dos séculos.

Todas as línguas sofrem mudanças, mas elas devem ser feitas aos poucos, pois através dessas modi-ficações, com o tempo, uma língua pode se tornar outra língua.

Por isso, se todas as mudanças ocorressem ao mesmo tempo, seria como mudar a língua do Brasil de um dia para outro.

Mas não é assim que funciona. A língua é “mutável” isso é absolutamente aplicável para todos idiomas, mas nem por isso deve se modificar completamente de uma vez.”

A poesia, sua autoria e seu conhecimento

Fazer leituras e improvisar versos nos minutos iniciais das aulas é uma boa estra-tégia para descontrair e tomar gosto pela coisa. Além de boas rimas e ótimas prosas, os alunos vão aprendendo a apreender o conhecimento por outros caminhos, além

do giz, da carteira e das datas. É apostando nisso que o professor Renato, de Ciências Humanas, incentiva os alunos que gostam de literatura a escreverem o quanto puderem, o quanto quiserem. Eis então os versos de um singelo poeta, do 3° Ensino Médio, Stéfano A. F. da Costa.

“Posso te falar da dor, dor do amor; Posso te dizer onde, onde sinto esta dor; E o beijo que roubei de você, como me diz que não o tem? E o coração que você acertou, como me diz que errou? Hoje a concernente saudade imposta pelo tempo já me retém... Eu ainda me lembro das tardes na praia e das noites em frente à TV.; como me diz que um beijo não é seu, se roubei para você?”

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Arte e Tecnologia: uma união feliz.

Elaboração de um roteiro, construção da maquete como cenário, utilização da massa de modelar para facilitar a movimentação dos personagens. Uma máquina digital para o registro de cenas seqüenciais em slides, colocação do texto, reforçando a língua portuguesa, com uso de expressões apropriadas a cada história. Utilização do Power Point como recurso tecnológico, da apresentação à gravação de um CD.

Para os alunos da oficina de Artes, à medida que as cenas tomam forma, ganham vida e movimento, a atividade torna-se mágica. Foi usando esses recursos que a professora Regina, de Plástica, trabalhou com esse grupo, registrando todo o processo com a tecnologia que faz parte do cotidiano dessas crianças e, quando bem explorada, torna-se ferramenta de aprendizado.

Partindo de materiais como caixas de leite, retalhos, avia-mentos, meias e potes de iogurte, os alunos do Módulo de Desen-volvimento, sob a orientação da professora Gabriela, de Artes, produziram bonecos ricos em detalhes e cheios de vida. São fantoches dos mais diferentes tipos, tamanhos e cores.

Em momentos de pura descon-tração, com os fantoches nas mãos, os alunos inventam as mais

O fantástico mundo dos fantoches

divertidas histórias, num mundo mágico, onde qualquer coisa é possível.

A “contação” de histórias, além de muito divertida, trouxe para os alunos a oportunidade de ampliar o vocabulário e a possibilidade de conviver com as diferenças.

Impossível mesmo seria não par-ticipar da brincadeira em que um patinho feio, à procura de sua fa-mília, encontra amigos divertidís-simos e, com eles, faz um passeio a bordo de um trem mágico pela Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e até uma ilha deserta.

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Se você quiser nos conhecer, participar de nosso trabalho e falar conosco, ligue para 5044-6205 e agende um horário conosco.

Aconteceu na NANEMOSTRA DE ARTE

Como todo final de semestre, aconteceu, no teatro Bibi Ferreira, mais uma apresentação dos alunos da oficina de teatro.

O tema deste 9° evento foi CINE-MA. Os alunos apresentaram 12 cenas dos mais marcantes títulos cinematográficos. O cenário e os objetos de cena foram todos ela-borados e confeccionados pelos alunos da oficina de Plástica.

Abrem-se as cortinas... Platéia lotada, atores brilhantes.

O ACAMPAMEnTO DOSLEõES é ShOw!!

Foi isto que as crianças e jovens falaram ao retornarem do evento que é programado anualmente pela NANE.

Fomos para os alojamentos em Mairiporã, a 35 km da capital, numa região nobre da mata Atlântica. Um dos pontos altos de nossa hospe-dagem foi a alimentação caseira, variada e caprichada.

Na NANE, o acampante não vai apenas brincar em um espaço amplo, com muito verde e comida boa. Ele ganha, nas brincadeiras coletivas e demais atividades cui-dadosamente programadas para o nosso grupo, a individualidade,

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do

independência, liderança, con-quista de amigos, o despertar do sentimento de grupo.

Enfim, um aprendizado que con-tribuirá para a formação do adulto de amanhã.

CiDADES hiSTóRiCAS

Os alunos do Ensino Médio e do Ci-clo Avançado visitaram Tiradentes, Ouro Preto, Mariana e Congonhas do Campo.

Foi uma oportunidade para enten-derem na prática o longo período da História Colonial do Brasil e principalmente, o ciclo de ouro dos séculos XVII e XVIII.

Puderam olhar essas cidades como documentos vivos da história.

FEijOADA COM PAgODE

Evento de confraternização entre professores, pais, alunos e convida-

dos e com a participação do grupo de Pagode Batucada.

Sabe quem faz parte desse gru-po de Pagode? Os professores de Biologia, Flávio, Ciências Humanas, Renato e de Música, Leal.

E a feijoada? Suculenta feijoada preparada pela Equipe da NANE.

Foi uma delícia! Quem veio gostou e aprovou.

FESTA jUninA

Até Gincana Cultural e Esportiva aconteceu durante as seis sema-nas que antecederam a festa. A colaboração de pais e alunos foi total. Muitos pontos acumulados e o prêmio para a classe vencedora foi o passaporte para o Hopi Hari.

As danças típicas alegraram e agradaram a todos na festa, incluin-do os professores Flávio, Renato e Leal, que junto com os alunos, no palco, cantaram e tocaram, encan-tando a todos os presentes.

jornal novo Ângulo novo Esquema nº 34 • Outubro/2007 • Publicação da Escola Novo Ângulo Novo Esquema • Rua Graúna, 101/107 • São Paulo • SP • CEP 04514-000 • Fone (11) 5044-6205 • Fax (11) 5531-4797 • Direção geral Lidiane C. de Faria Fernandes, Miriam T. A. de Moraes, Rita de Cássia Rizzo e Suely Palmieri Robusti • Coordenação Editorial Miriam T. A. de Moraes • Revisão geral Lilian Ana Faversani • E-mail [email protected] • Site www.nane.com.br • Projeto Gráfico e Organização Plano de Criação • Fone (11) 3884-7641 • Jornalista Responsável nelson Rosenthal (MTb 30.200)