OS DESASTRES DOS AVIÕES COMET

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CESG- Centro de Ensino Superior de So GotardoDelmo Ordones de Oliveira Elzia Pereira da Silva Mrian Aoyagi Matarazo Slvio Marques Matarazo

Processamento de Materiais Cermicos, Polimricos e Materiais

Prof. Drio Moreira Pinto Junior

O CASO DOS AVIES COMET

Havilland Comet Construido pela inglesa Hallivand, foi o primeiro avio

comercial propulsionado por motores a jato fabricado no mundo. Comet comeou a operar em 1952 pela companhia area inglesa BOAC. Os Comet voavam a aproximadamente 850 km/h, com altitude de 35000 ps (9100 metros), carga mxima de 49 ton. Cabine era pressurizada e relativamente silenciosa.

O Primeiro Acidente Em 10 de janeiro de 1954 o Comet G-ALYP decolou do

aeroporto de Roma s 9:31 com destino a Londres, sofrendo uma queda as 9:51, com altitude aproximada de 26000 ps (7.925m). Morreram 29 passageiros e 6 tripulantes, sendo descartada a possibilidade da queda ter sido causada por mal tempo.

O Segundo Acidente Em 8 de Abril de 1954 , o Comet G-ALYY decolou de Roma

as 18:32 com destino ao Cairo, as 18:57 perdeu-se o contato com a aeronave, com altitude aproximada de 35.000 ps (9.100m). Morreram 14 passageiros e 7 tripulantes. Novamente sendo descartada a hiptese de mau tempo.

Era necessrio a recuperao dos destroos para

identificar as causas do acidente, como o ltimo avio havia submergido aproximadamente a 1.000 m, optou-se por tentar recuperar o primeiro que embora dficil e pouco provvel a recuperao estava com profundidade prxima a 180m. Em agosto de 1954 haviam recuperado 70% da estrutura, 80% dos motores e 50% do equipamento.

CAUSAS DO DESASTRE A maioria dos avies da poca voavam a baixas altitudes,

onde a presso atmosfrica era semelhante da superfcie da terra. Porm os avies a jatos necessitam voar a uma altitude muito grande para evitar turbulencias e tempestade, onde a presso atmosfrica mnima. Como o ser humano no consegue ficar consciente com uma presso muito baixa, os avies a jato precisam ter um sistema que deixe a presso dentro do avio bem maior que a de fora.

Descobriu-se finalmente que os projetistas no tinham

preparado a estrutura para ser usada com essa diferena de presso. A falha foi rastreada, descobrindo-se que um trinca que havia comeado perto do canto de uma janela no teto da cabine onde estava presa as antenas do ADF( Sistema Automtico de Orientao). A trinca inicial terial deflagrado uma srie de outras.

Marcas de fadiga foram encontradas na suferfcie da fratura no canto traseiro da janela, na borda de um orficio escareado, perfurado no revestimento para receber o fixador do ADF, onde teria comeado a trinca. As janelas dos primeiros Comet eram quadradas, o que criava pontos de tenso nas extremidades. por isso que, a partir dessas tragdias, os avies passaram a ter janelas redondas e ovais, com o propsito de diminuir a tenso, e conseqentemente, a fadiga metlica.

A Havilland teria realizado vrios calculos de presso, de onde conclui que a aeronave suportaria a presso interna. Respeitando as regras da ICAO (Organizao Internacional da Aviao Civil). A ICAO submeteu o projeto do Comet a testes de fadiga, a seo falhou aps 18.000 ciclos de carregamento sob presso. Como a vida til do projeto era de 10.000 vos a Havilland considerou o projeto seguro.

Chegou-se a concluso de que o acidente foi causado

por uma falha por fadiga na cabine pressurizada. O termo fadiga foi inicialmente introduzido entre os anos de 1840 e 1850, para descrever as falhas ocorridas devido esforos repetitivos, e depois passou a ser usada tambm para fraturas devido a carregamentos repetitivos. Durante o curso da histria falhas mecnicas tem causado inmeros prejuzos, falhas por fadiga so responsveis por pelo menos 50% destes problemas.

CONCLUSO Todos os avies Comet foram retirados do mercado, no

entanto foram significativos para o avano da aviao civil. Alm dos fatores tcnicos, o fato de a Havilland ter tentando introduzir muitas inovaes ao mesmo tempo, e por ser uma empresa de mdio porte, pode ter sobrecarregado seu departamento de projeto. Justificando o porque hoje o mercado de construo de aeronaves dominado por consrcios ou empresas gigantescas.