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OS DEZ MAIS LIDOS NO RECANTO DAS LETRAS SÉRIE ESTILOS POÉTICO Klaus Mendes

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OS DEZ MAIS

LIDOS NO

RECANTO DAS

LETRAS

SÉRIE

ESTILOS POÉTICO

Klaus Mendes

ACRÓSTICOS

EXPERIMENTAL

INDRISO

POETRIX

HAI KAI

Copyright©2016. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas, nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Klaus Mendes

OS DEZ MAIS

LIDOS NO

RECANTO DAS

LETRAS

SÉRIE

ESTILOS POÉTICO

Não há sumário Não há sumérios Os mistérios estão em desfolhar Como o outono

Não importa quem sou Importante sim, De que me sujo Não importa quem sou Importante sim O que sugo Mas não vou te entregar Respostas de mão beijada Você vai ter que garimpar Entre palavras

KLAUS MENDES (Pseudônimo de Cláudio Antonio Mendes)

OFF PRICE Que a sorte me livre do mercado e que me deixe continuar fazendo (sem o saber) fora de esquema meu poema inesperado e que eu possa cada vez mais desaprender de pensar o pensado e assim poder reinventar o certo pelo errado

Ferreira Gullar

O conteúdo desta obra, inclusive revisão ortográfica,

é de responsabilidade exclusiva do autor

Dedido aos recantistas, sem execeção

Aos criadores de

experimentais como

Rosa das Oliveiras,

Marli Caldeira

Melris,

Simplesmente Sys,

E a todo mundo que

sonha com um

mundo

melhor

NOME DO AUTOR

9

SÉRIE

ACROSTICANDO

OS DEZ ACRÓSTICOS

MAIS LIDOS

NOME DA OBRA

10

UNIVERSO PARALELO Além da colina que eu vejo Com meus olhos castanhos, Rola um fúnebre cortejo, Ouço alguns sons estranhos. Sinto a vida além de mim, Tédio e revolta sem fim. Inconformado com isto tudo, Construo de desejos meu castelo. Armado de sonhos como escudo, Navego num universo paralelo Distante de tudo que me oprime, Onde amar o próximo não é crime.

NOME DO AUTOR

11

OLHOS VERDES A brisa sopra sobre mim, Canções de um amor impossível. Rasgando o medo com os dentes. Olhando o horizonte intransponível. Sentindo-se um homem impotente. Tecendo um futuro inconsequente. Ilhado em meu próprio temor, Como um pássaro sem asas. Anoitecer tão gélido, Neve caindo sobre casas. Dormirei sonhando com os teus Olhos verdes mirando os meus.

NOME DA OBRA

12

O ÚLTIMO SUSPIRO Ando entre os cacos da cidade Curando as feridas pelo corpo. Ronda sórdida pela fatalidade, Olhando feito poeta absorto. Sentindo o odor do apocalipse, Tudo escuro sob intenso eclipse. Irados se gladiando pelas praças, Ceifando os sonhos de outrora. A história sob vorazes traças, Nada mais aqui me resta agora. De dentro do meu pobre coração, Ouço o último suspiro da razão.

NOME DO AUTOR

13

RUÍNAS Agindo sem controle Como se age um idiota. Ruínas sobre as flores, Onde se traça a rota. Sem pensar no que faço, Tenho sido só fracasso. Impedido pelo destino, Como alguém acorrentado, Andei perdido, desatino, No mundo desmoronado Depois, ficou essa fenda, Onde já finquei minha tenda.

NOME DA OBRA

14

ANOITECER Alimentando-me de ilusões, Carecendo dos teus carinhos, Ruminando as emoções, Ocultando meus espinhos. Solidão que dilacera de jeito. Tirania dominando meu peito. Insistindo nessa falsa paixão, Caminho pela noite a esmo, Assassinando a autoafirmação, Negando a mim mesmo. Destruindo cada amanhecer. Ocaso, só me resta anoitecer.

NOME DO AUTOR

15

O JARDIM Aqui bem dentro de mim, Cresce uma flor de desejos. Removendo pedras do jardim, Orvalhando-me de beijos. Seduzindo-me a cada instante, Teu louco amor é incessante. Inebriado pela tua sedução, Caminho entre lindas flores. Aqui dentro tenho um coração Nadando em lagos de amores. Dentro de mim um belo jardim, Onde cada instante não tem fim.

NOME DA OBRA

16

INSISTO EM SER FELIZ Agitado pelo mundo, Cuido de cactos no jardim. Rompo com a sanidade, Ouço vozes dentro de mim. Sinto-me ficando louco. Tudo para mim é pouco. Insisto em ser feliz Como pássaros em um fio. Ando nu pela casa Na noite que faz frio. Destruo os velhos conceitos, Outros rituais serão feitos.

NOME DO AUTOR

17

LILÁS Ainda é cedo para dizer Como eu fui me apaixonar Respostas eu não encontro Onde flertei com teu olhar Sombras no caminho não mais Toda luz colorindo de lilás Irei ao teu encontro sempre Como um rio busca o mar Atravessando colinas e campos No desejo de te abraçar Desfiz-me do orgulho de ser O dono do mundo, por você.

NOME DA OBRA

18

FAGULHAS DE VIDA A cada dia que passa Corro contra o momento Rima sempre que se faça Ode ao delírio do vento Sinto-me poeta de algum fim Tempo que se passa em mim Imagino o amor escondido Cerrado no corpo que se entrega Amor feito sem ser pedido No lamento que a poesia rega Dói dentro da alma desiludida Onde resiste fagulhas de vida

NOME DO AUTOR

19

EXPERIMENTAL

OS DEZ MAIS LIDOS

EXCETO TIQUIM ENXERTADO

NOME DA OBRA

20

LÁGRIMAS

ECOSYS # 01 Lágrimas transbordam rios,

Rios margeiam cidades, Cidades endurecem corações, Corações derramam lágrimas.

ECOSYS # 02

Anjos tocam harpas, Harpas acalentam o sono, Sono, descanso do corpo, Corpo pajeado por anjos.

ECOSYS # 03

Guerra, maldita trama Trama contra a vida

Vida que soma perdas Perdas e danos da Guerra

NOME DO AUTOR

21

ECOSYS # 04

Triste fim daquela flor, Flor em fim de primavera, Primavera que diz adeus, Adeus, uma palavra triste.

CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS

NOME DA OBRA

22

VÍCIO

Cabeça que não pensa, atrofia

Dia vira noite, noite vira besta

Cabeça que não verseja, adoece

Prece vira praga, prego vira marreta

Inicia logo pela manhã, minha luta Labuta sobre palavras, poesia vicia

(DISDUALRIMAS EM X)

CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS

NOME DO AUTOR

23

TRINCA DE ECOSYS

CACOS Cacos de vidro na pele Pele mimosa de moça

Moça me laça com olhares Olhares que deixam cacos

MOTORES

Motores roncam em ruas Ruas finas como veias

Veias dessa cidade Cidade movida a motores

MONTANHAS

Montanhas são molduras Molduras de onde moro

moro no (en)canto de Minas Minas, terra de montanhas

CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS

NOME DA OBRA

24

PERDIDO (CORRENTE DE ECOSYS)

PERDIDO em tuas curvas Curvas sinuosas da vida

Vida é uma estrada incerta Incerta também é a paixão

Paixão é como carrapato Carrapato gruda na pele Pele que veste o corpo

Corpo que veste o coração

Coração não faz escolhas Escolhas são encruzilhadas

Encruzilhadas deixam dúvidas Dúvidas complicam a mente

NOME DO AUTOR

25

Mente às vezes mente Mente para si mesmo

Mesmo sabendo de tudo Tudo parece ser nada

Nada tira da minha cabeça

Cabeça que tem uma certeza Certeza qu’eu amo você

Você que me deixa PERDIDO

CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS

NOME DA OBRA

26

TRISTESCÊNCIA

flor triste

...aflora

a flora triste

...em flor

TIQUIM

CRIAÇÃO: MARLI CALDEIRA MELRIS

NOME DO AUTOR

27

TIQUIM TWO***01-05

TIQUIM TWO 01 pedra em pedra...casa pedra atirada...caça *** TIQUIM TWO 02 viver é muita...pretensão viver é mais que...intenção *** TIQUIM TWO 03 cidade espoliante...predadora cidade excitante...pecadora *** TIQUIM TWO 04 propaganda é a alma...do comércio propaganda é a arma...pro começo *** TIQUIM TWO 05 poste ilumina...a rua poste imita...a lua

Criadores do estilo: Marli Caldeira Melris e Od alaremse

NOME DA OBRA

28

SONHO ANTIGO

Contigo eu voltei a sorrir

Redescobri um sonho antigo

Versejo o poema quando

Delirando, desfruto teu beijo

Agora aqui tudo é poesia

Dia que não finda, só aurora

DISDUALRIMAS EM X

CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS

NOME DO AUTOR

29

MENÇÃO AO GRUPO

Queijo, goiabada e poesia fia em verso todo desejo

papilas: que saboreiam e que excitam gritam na alma e ecoam nas pupilas

o sabor da poesia e do queijo o saber fazer com goiabada poemas de amor

NOTA DO AUTOR: Queijo, Goiabada e Poesia é um grupo no facebook sobre poesia criado pelo poeta Wagner Fonseca,

em Mutum-MG.

DISDUALRIMAS EM X

CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS

NOME DA OBRA

30

MANIA DE SONHAR

ECOSYS grudou na mente Mente com mania de sonhar

Sonhar hoje é uma arte Arte linda como ECOSYS

CRIAÇÃO DE: SIMPLESMENTE SYS

NOME DO AUTOR

31

FIM DE TARDE

fim de tarde muito triste existe um vazio dentro de mim

assim tem sido meus dias

agonias e tormentos sem fim

então sinto-me anoitecer ser adaptando-se à solidão

DISDUALRIMAS EM X

CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS

NOME DA OBRA

32

INDRISOS

OS DEZ MAIS LIDOS

NOME DO AUTOR

33

AO AR LIVRE

o meu corpo colado ao teu nosso amor feito ao relento

releio toda poesia em tua pele

alucinados pela lua cheia a loucura campeia pelos instintos

depois de taças de vinho tinto

embalo-me mais na tua canção

embriago-me mais na tua sedução

NOME DA OBRA

34

COLÍRIOS

Já é noite de amor e liberdade Na calma cinzenta da cidade

Entre poderes e pudores

Há uma luz em cada peito De transeuntes indefinidos Sobre o concreto rachado

A cidade nos permite delírios

A cidade nos cega com seus colírios

NOME DO AUTOR

35

DESCARTADOS

escondido em qualquer fenda não se ofenda

a cidade não precisa mais de você

a cada dia eu aprendo não me ofendo

a cidade não precisa mais de mim

a gente não gera mais renda

a gente já era, entenda!

NOME DA OBRA

36

A MONTANHA

a montanha me olha de longe com sua cara sisuda

fica muda diante do meu versejar

a montanha guarda segredos atos de coragem, atos de medo

meios de sobrevivência

chegou então o homem e sua marreta

e começou esfolar a montanha

NOME DO AUTOR

37

FOI-SE

deserto à vista, última gota de vida divido com você meu último instante divulgo para você, meu último poema

debaixo da minha pele, a carne sangra debaixo dos meus pelos, alma insana

devoro teu último beijo

ao longe vejo aquele vulto crescente

a sombra me consome, finalmente

NOME DA OBRA

38

A CIDADE

A cidade pulsa sob o sol, Ninguém liga para os ratos.

A cidade é um retrato do caos.

Minha rua é uma síntese De histórias entrelaçadas,

Páginas inteiras amassadas.

A cidade esconde palavras obscuras.

A cidade pulsa em suas loucuras.

NOME DO AUTOR

39

APOCALIPSE CIBERNÉTICO

vim do céu para decretar via TV a cabo

o apocalipse cibernético

vim em minha kawasaki viralizar minha profecia

em códigos binários

então, demoli dragões

ao combater moinhos de vento

NOME DA OBRA

40

MINHAS NOITES CONTIGO

O olhar que me procura Assassina-me com sua luz dilacerante

No ápice do nosso amor

A mão que me toca de leve Eterniza nosso breve momento

Em lembranças cravejadas de sussurros

Mas nada nas páginas e nas paredes

Minhas noites contigo são indescritíveis

NOME DO AUTOR

41

POR UMA GOTA

Anjos e demônios duelam pela minh’alma Eu sigo pela rua calmamente Eu singro poéticas calmarias

Antes de hoje, eu estava perdido

Até pensei em finalizar-me Mas uma gota de orvalho mudou tudo

As flores não foram feitas para mim

No entanto, furto todo aroma do jasmim

NOME DA OBRA

42

É SÓ O AMOR

eu não quero a flor mais exuberante do jardim

eu só quero amor

eu não quero o condor mais alto no céu carmim

eu só quero amor

é só o amor que me sacia

sem amor, não há poesia

NOME DO AUTOR

43

POETRIX

AS DEZ

POSTAGENS

MAIS LIDAS

NOME DA OBRA

44

VERÃO

sol que não se acaba amor sem ocaso

nosso caso

NOME DO AUTOR

45

TOCAIA

DE-K-LOGIA POETRI-K (01)

POETRIX 01: TOCAIA

flores à beira da estrada feito centúrias romanas

a minha espreita

POETRIX 02: PRÓ AQUECIMENTO GLOBAL

desdentado não trituro mas aquecendo tudo bastar-me-á canudo

POETRIX 03:

TOCAIA 2 esperou na janela jagunço na tocaia

para matar-me de amor

NOME DA OBRA

46

POETRIX 04:

O POSITIVISTA em mim nada em ordem em mim nada progride

mas sigo positivo

POETRIX 05: SOLIDÃO NA NOITE

noite, solidão lida com jeito

que tudo se ajeita

POETRIX 06: SELEÇÃO (SOBRE) NATURAL

nunca selecionado genética não herdada

no céu matarei Darwin!

NOME DO AUTOR

47

POETRIX 07: CONSTATAÇÃO

praça não mais do povo céu não mais do condor agora tudo dos abutres

POETRIX 08:

CONCISÃO poema tão conciso

que nem deu tempo de fazer circuncisão

POETRIX 09:

VERDE em verde me confundo

olhos ou semáforo? de primeira piso fundo

POETRIX 10:

MELHORAMENTO GENÉTICO cópula minimalista

entre poetrix e aldravia uma palavra diz tudo

NOME DA OBRA

48

PIC NIC

TITANIC

foi num pic-nic

que a cerveja congelada

naufragou o nosso amor

***

CHECK-UP

arrocho meus parafusos

acerto meu fuso

e mais confuso fico

***

ALCOVA

peguei o localizador

e te encontrei no nosso

ventrículo de casal

***

NOME DO AUTOR

49

DANOS NATURAIS

tua passagem por mim

um tufão no caribe

agora, nada que me arribe

***

SET

eu com a câmera na mão,

você: misto de luz e ação.

só não aceito beijo técnico.

***

ARCO-ÍRIS

não passe embaixo

se você trocar de sexo

eu terei que fazer o mesmo

NOME DA OBRA

50

TRIBUNAL DO AMOR

uma paixão comete crimes que não cabem

em nenhum Hamurabi

***

NA PRAIA

eu de bobeira

ela de biquíni

bastou um bronzeador

***

COMO ASSIM?

tenho apenas três versos

para mensurar a vastidão

do universo do nosso amor

***

VERSAILLES

não te quero por inteira:

o vinho de alsácia apenas

e as minas de tua lorena

NOME DO AUTOR

51

BIPOLAR

ora poesia que excita ora prosa que aterroriza

dou-te um amor pendular

NOME DA OBRA

52

OLHAR

(DE-K LOGIA POETRI-K 02 )

OLHAR o olhar que enxerga

além da luz dá luz à poesia

*** ASSASSINATO vítima anônima

do meu poema bombástico assassinou-me

*** DECAPITAÇÃO não versejo mais

o machado de assis cortou-me veias poéticas

***

DESNUTRIÇÃO quem passa a vida

chorando leite derramado morre desnutrido

***

NOME DO AUTOR

53

PESCARIA nem tudo que cai

na rede é peixe tem pneus, garrafas pet...

*** CONDOR

homem com-dor amando morfinamente

doideiras de amor *** LUZ

escribas contra fotocópias espelhos contra photoshops

enquanto plantas: fotossíntese ***

EM TRÂNSITO nú, em tuas curvas

sem habilitação no bolso _se eu capotar?

*** CRIAÇÃO

rosas e espinhos concretamente não existem

são crias d’alma ***

NOME DA OBRA

54

EXISTÊNCIA vida: mero lampejo

da água ao pó só desafio e desejo

NOME DO AUTOR

55

CRONOMETRAGEM

areia de todas as praias

para marcar na ampulheta

a duração do nosso amor

NOME DA OBRA

56

BATEDOR DE LAJE

um enredo indireto sua poesia é abstrata

seu trabalho é concreto

NOME DO AUTOR

57

O PODER DA LEITURA

DA SÉRIE: DE-K LOGIA POETRIKA

TELECARNIFICINA

Eu feliz no meu canto. Liguei a Tevê,

Tive um espanto.

O PODER DA LEITURA

De correntes eu me livro. Perguntaram-me pelas chaves.

Eu disse: livro.

PATROCÍNIO CULTURAL

A vale não mais banca

Agora produz longas

“TERROR NO VALE”

DESCONTROLE CONTÁBIL

Já perdi a conta

De quantas vezes morri

Em acertos de conta

NOME DA OBRA

58

TEXTOMONIX

Para que a literatura

Não me atrase, Resumo tudo em uma frase.

EFEITO COLATERAL

A cidade abafa meu grito. Então pego a caneta

E na poesia, exercito.

NA HORA DO FUTEBOL

Enquanto a bola rola, Eu driblo o reumatismo

E me embolo com você.

EM FRENTE

Sem ter certezas, Sem acertar na mosca,

Marcho com minhas fraquezas.

NOME DO AUTOR

59

SELVAGEM

Existe lama no Doce, Existem chamas em Paris,

É o capital dando coice.

TROCA DE CONTEÚDO

Com o lamaçal no RIO DOCE, Trocou-se a diversidade biológica

Pela tabela periódica.

NOME DA OBRA

60

CASUALIDADE

um encontro casual na virada do ano

virou carnaval

NOME DO AUTOR

61

TRICÔ

A utopia tricotei com linhas do horizonte

que furtei.

NOME DA OBRA

62

HAI KAI

OS DEZ HAI KAIS

MAIS LIDOS

NOME DO AUTOR

63

hai cai - 04

Flores emergem

Perfumam continentes

Eu, só, afundo

hai cai - 09

sou seiva

bruto? elaborado?

depende da luz

NOME DA OBRA

64

hai cai - 14

sol escaldante

a pele bronzeada

cor de pecado

hai cai - 13

manhã tórrida

sol querendo imitar

o nosso amor

NOME DO AUTOR

65

hai cai - 12

setembro: flores

incensam nossas tardes

com mil odors

hai cai - 10

em folhas verdes

versejo nosso amor

maduro em mim

NOME DA OBRA

66

hai cai – 16

ventos fortes sopram

carregando sem escolhas

e nem dó das folhas

hai cai – 01

Casa ou prisão?

Esse joão-de-barrro

Construtor hábil

NOME DO AUTOR

67

hai cai - 11

vem primavera

florir os sentimentos

à flor da pele

hai cai -15

mar safadinho

fica de onda grande

diante de ti