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Os efeitos do tratamento quiropráxico sobre a cervicalgia: revisão de literatura Jackson dos Santos Pacheco 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 George Gleydson da Silva Sena 3 [email protected] Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Faculdade Ávila Resumo A cervicalgia ataca a área da coluna cervical, podendo conter diversas causa, tais como alterações mecânicos-posturais, artroses, hérnias e protusões discais, artrites, espondilites ou espasmos musculares, causando repercussões ortopédicas, reumatológicas ou até neurológicas. Alterações mecânicos-posturais na maioria das vezes tem sido a causa de dores na cervical. No Brasil têm se tornado comum o uso da quiropraxia por fisioterapeutas. Este estudo teve como objetivo rever na literatura os efeitos do tratamento quiropráxico sobre a cervicalgia. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica com base em artigos científicos e diversas publicações voltadas para a área da saúde relacionada a Coluna cervical, Cervicalgia e Quiropraxia, bem como, as bases virtuais de dados. Desta forma, conclui-se que é necessária a realização métodos de avaliação mais fidedignos, a fim de comprovar os seus reais efeitos no tratamento da cervicalgia. Palavras-chave: Coluna cervical; Cervicalgia; Quiropraxia. 1. Introdução Os hábitos do ser humano no mundo moderno em função do ritmo acelerado e falta de tempo, são cada vez mais nocivos para saúde. Sedentarismo, má alimentação, posturas inadequadas para trabalhar e dormir falta de exercícios físicos está cada vez mais presente hoje e são fatores que contribuem para dores no corpo e perda de saúde e qualidade de Vida. As lesões da coluna cervical são cada vez mais frequentes, em decorrência do número crescente de acidentes de alta energia. Existem várias classificações para as lesões da coluna cervical, sendo que as melhores preocuparam-se em identificar as lesões instáveis da coluna cervical. Desta forma, facilitam a decisão de tratamento e a definição do prognóstico dos pacientes. As condutas para o tratamento das lesões da coluna cervical são principalmente relacionadas ao diagnóstico correto da lesão, a restauração ou proteção da função neurológica e a correção da biomecânica da coluna cervical. As cervicalgias são comuns em diversas faixas etárias de ambos os sexos, possuindo elevada predominância nas síndromes dolorosas corporais, sendo a segunda maior causa de dor na coluna vertebral, perdendo apenas para a dor lombar. A cervicalgia acomete um número considerável de indivíduos, com média de 12% a 34% da população adulta em alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas 1 Pós-graduando em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual. 2 Orientador Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde. 3 Coorientador Especialista em Docência do Ensino Superior.

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Os efeitos do tratamento quiropráxico sobre a cervicalgia: revisão de

literatura

Jackson dos Santos Pacheco

1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

George Gleydson da Silva Sena3

[email protected]

Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual –

Faculdade Ávila

Resumo

A cervicalgia ataca a área da coluna cervical, podendo conter diversas causa, tais como

alterações mecânicos-posturais, artroses, hérnias e protusões discais, artrites, espondilites

ou espasmos musculares, causando repercussões ortopédicas, reumatológicas ou até

neurológicas. Alterações mecânicos-posturais na maioria das vezes tem sido a causa de

dores na cervical. No Brasil têm se tornado comum o uso da quiropraxia por fisioterapeutas.

Este estudo teve como objetivo rever na literatura os efeitos do tratamento quiropráxico

sobre a cervicalgia. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica com base em artigos

científicos e diversas publicações voltadas para a área da saúde relacionada a Coluna

cervical, Cervicalgia e Quiropraxia, bem como, as bases virtuais de dados. Desta forma,

conclui-se que é necessária a realização métodos de avaliação mais fidedignos, a fim de

comprovar os seus reais efeitos no tratamento da cervicalgia.

Palavras-chave: Coluna cervical; Cervicalgia; Quiropraxia.

1. Introdução

Os hábitos do ser humano no mundo moderno em função do ritmo acelerado e falta de

tempo, são cada vez mais nocivos para saúde. Sedentarismo, má alimentação, posturas

inadequadas para trabalhar e dormir falta de exercícios físicos está cada vez mais presente

hoje e são fatores que contribuem para dores no corpo e perda de saúde e qualidade de Vida.

As lesões da coluna cervical são cada vez mais frequentes, em decorrência do número

crescente de acidentes de alta energia. Existem várias classificações para as lesões da coluna

cervical, sendo que as melhores preocuparam-se em identificar as lesões instáveis da coluna

cervical. Desta forma, facilitam a decisão de tratamento e a definição do prognóstico dos

pacientes. As condutas para o tratamento das lesões da coluna cervical são principalmente

relacionadas ao diagnóstico correto da lesão, a restauração ou proteção da função neurológica

e a correção da biomecânica da coluna cervical.

As cervicalgias são comuns em diversas faixas etárias de ambos os sexos, possuindo

elevada predominância nas síndromes dolorosas corporais, sendo a segunda maior causa de

dor na coluna vertebral, perdendo apenas para a dor lombar. A cervicalgia acomete um

número considerável de indivíduos, com média de 12% a 34% da população adulta em

alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas

1 Pós-graduando em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual.

2 Orientador Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Aspectos Bioéticos

e Jurídicos da Saúde. 3 Coorientador Especialista em Docência do Ensino Superior.

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atividades de vida diária. Esta doença raramente se inicia de maneira súbita, em geral pode

estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, esforço

ou trauma. As cervicalgias podem ser agudas ou crônicas e estão relacionadas a desordens

biomecânicas e musculares, resultando quadros de algias, inflamações e perda de amplitude

de movimento (SILVA et al. 2012).

Ainda segundo os autores, embora muito se tenha pesquisado, não existe consenso na

literatura com relação à melhor alternativa para o tratamento das dores na região cervical,

existindo forte discordância entre os recursos a serem utilizados, tendo surgido ultimamente

prática baseada em terapias manipulativas como a quiropraxia.

A Quiropraxia é uma profissão da área da saúde encontrada em mais de 90 países, com 38

faculdades reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde e conta com aproximadamente

90.000 profissionais que atuam em todo o mundo. Está voltada para o diagnóstico, tratamento

e prevenção das desordens do sistema musculoesquelético e dos efeitos destas desordens na

saúde em geral, com ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou manipulação

articular (KACHAN et al. 2011).

A partir desta análise, este trabalho tem por objetivo rever na literatura os efeitos do

tratamento quiropráxico sobre a cervicalgia.

Tal pesquisa desenvolver-se-á a partir da seguinte indagação: Como a utilização da

Quiropraxia pode trazer benefícios no tratamento da Cervicalgia?

Para tanto, cabe ao estudo a observação dos seguintes objetivos específicos: Construir o

referencial teórico do presente estudo, ou seja, abordar a anatomia e fisiologia da coluna

cervical; descrição da patologia da cervicalgia; Atuação da Quiropraxia na preservação e

restauração da saúde. Identificar os elementos que se relacionam com o tema abordado, tais

como as funções da coluna cervical, sinais e sintomas da cervicalgia, e as técnicas da

Quiropraxia. Verificar os resultados obtidos com a revisão da literatura.

Nesse contexto, a elaboração deste artigo justifica-se pela expectativa em contribuir para a

identificação dos benefícios que a utilização das técnicas da Quiropraxia pelos profissionais

pode auxiliar no combate a cervicalgia e na identificação de eventuais alternativas potenciais

que compõe a técnica para restaurar a relação e as funções articulares normais, reestabelecer a

integridade neurológica e influenciar os processos fisiológicos.

2. Coluna cervical

Conforme a evolução do Homo Erectus, e de acordo com a teoria de Darwin, o atual ser

humano galgou etapas de evolução que se iniciaram na aérea, vivendo em árvores para, em

um segundo estágio, passar a viver no solo firme, em quatro apoios, e deste para a atual

posição bípede. Porém, a coluna vertebral não se adaptou perfeitamente a esta nova

configuração no espaço. Somente às custas de algumas modificações em sua estrutura

original, que era quase ereta, este segmento corporal foi se acomodando a posição vertical.

Tal fato foi conseguido com a mudança de uma curvatura espinhal simples para uma forma de

S. A coluna vertebral, se observada de perfil, apresenta quatro curvaturas fisiológicas, que tem

por objetivo distribuir as forças que atuam sobre o corpo humano (CARNEIRO; SOUSA &

MUNARO, 2005).

Segundo os mesmos autores, tais alterações anatômicas, já incorporadas à espécie e a

coluna vertebral, são novamente modificados com a idade, hábitos, tipo de trabalho, e outros

fatores. A evolução de cada ser humano, desde o período embrionário até a vida adulta, passa

por fases distintas, influenciadas por inúmeros fatores, desde os genéticos aos psicológicos,

fisiológicos, experiências físico-motoras e vícios posturais, sendo que estes últimos podem

contribuir negativamente para a posição final da postura do individuo, causando serias

perturbações da coluna vertebral.

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A coluna cervical tem anatomia e fisiologia totalmente diversas da coluna lombar e dorsal.

As necessidades funcionais são diferentes e, uma vez mais, são elas que determinam a

anatomia e a fisiologia. A coluna cervical possui três funções: (1) provê suporte e estabilidade

à cabeça; (2) suas superfícies articulares dão mobilidade à cabeça e (3) abriga e conduz a

medula espinhal e artéria vertebral (BIENFAIT, 1999).

Figura 1 – Coluna Cervical

Fonte: SEI-TAI, 2009.

Segundo o mesmo autor, na área relativamente pequena da coluna cervical, existem 35

articulações. Contudo, para fins de descrição de seu movimento, o pescoço pode ser dividido

em coluna cervical superior, que compreende as articulações atlanto-occipital e atlantoaxial, e

em coluna cervical inferior que corresponde de C3 a C7.

Segundo Netter (2000), a coluna cervical se localiza no pescoço entre a parte inferior do

crânio e a superior do tronco no nível dos ombros, é composta de sete ossos sobrepostos que

são as vértebras. Estas estão unidas por estruturas chamadas ligamentos, músculos e por

elementos que preenchem o espaço entre elas, que são os discos intervertebrais (BENASSI;

GEREMIAS; PELAQUIM, 2009).

A coluna cervical é formada por sete unidades funcionais, denominadas vértebras. Cada

unidade apresenta-se como um osso móvel e articulado formando, assim, a porção lordótica

cervical da coluna. Entre as principais funções desta região do eixo vertebral, destacam-se o

suporte e a movimentação da cabeça, bem como a proteção das estruturas do sistema nervoso

e vascular (CAILLIET, 2003).

É também constituída por duas partes anatômica e funcionalmente diferentes: a coluna

cervical superior, também denominada suboccipital, que contém a primeira vértebra cervical

ou atlas, e a segunda vértebra ou áxis. Estas peças esqueléticas estão unidas entre si, além do

occipital uma complexa cadeia articular com três eixos e três graus de liberdade. E a coluna

cervical inferior, que se estende do platô inferior do áxis até o platô superior da primeira

vértebra torácica. O atlas e o áxis as vértebras com formato diferente das outras vértebras

cervicais, elas apresentam características que permitem uma grande mobilidade a coluna

cervical: seu corpo vertebral é menor e o disco intervertebral é um terço da espessura dos

corpos (KAPANDJI, 2000).

Os níveis de comprometimento cervical são: alto, médio e baixo, oferecendo sintomas

distintos para cada região comprometida e os sintomas podem aparecer de modo isolado ou

simultâneo. Quando o comprometimento é alto (C1, C2 e C3) as queixas se detém ao colo

(face anterior do pescoço), região lateral do crânio e região mandibular. Os sintomas podem

se apresentar com dores musculares, sintomas auditivos, encefálicos (enxaqueca: fotofobia,

náusea e vômitos) e os oculares (escurecimento da visão, nistagmo, e ambliopia). No

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segmento médio, as raízes C4 e C5 quando comprometidas produzem sintomas ao nível da

coluna cervical, com irradiação para o ombro e ainda para a região pré-cordial (região anterior

e superior do tórax) o que para os menos experientes pode determinar a avaliação de exames

de rotina cardiológica (UMPHRED, 2004).

Segundo os mesmos autores, o mais comum comprometimento da coluna cervical se dá no

nível baixo, nas vértebras C5, C6 e C7 apresentando como sintomas na região

cervicobraquial, geralmente unilateral, mas quando bilateral se dá de forma assimétrica com

presença de parestesia (sintomas de formigamento) acentuada no período da manhã ou do

sono, a noite; podem estar presentes também as sensações de frio calor aumento do suor e de

peso. A dor se distribuirá pelo membro superior, conforme a raiz nervosa comprometida.

Figura 2 – Vertebras de C1 a C7

Fonte: Thompson & Floyd, 1997.

Entre as patologias mais frequentes encontradas na região cervical, encontramos a

cervicalgia mecânica e a neuralgia cervicobraquial ou cervicobraquialgia (GABRIEL; PETIT;

CARRIL apud FERREIRA & ROSAS, 2009).

O conhecimento apropriado da coluna cervical e suas doenças tornam-se indispensáveis na

prática reumatológica e nas especialidades afins, uma vez que estas podem manifestar-se

como queixas inespecíficas, tais como cefaléia e dores musculares, até quadros de

mielorradiculopatias e suas complicações, com altos índices de morbidade e mortalidade. É de

extrema importância a familiaridade do médico com as várias doenças da coluna cervical,

como os traumatismos, processos inflamatórios, degenerativos e neoplásicos, além da

necessidade de um diagnóstico diferencial preciso com outras condições da medicina interna

(endócrinas, infecciosas, hematológicas, etc.) que podem apresentar-se com dor cervical

(NATOUR, 2004).

3. Cervicalgia

A cervicalgia se caracteriza pela dor no nível da coluna cervical. De acordo com Knoplich

(2003, p.124), quando a dor desta região se irradia para o ombro, braço e mão passa a se

denominar cervicobraquialgia, admitindo-se que o plexo braquial, formado das terminações

C2 a C8, tenha sido afetado (PEQUINI, 2005).

A dor cervical mecânica é problema comum na população em geral e engloba a dor

cervical aguda, as lesões em chicote, as disfunções cervicais e a dor cervical-ombro. A

limitação da amplitude de movimento, a sensação de aumento da tensão muscular, a cefaleia,

a braquialgia, a vertigem e outros sinais e sintomas são manifestações comuns e podem ser

agravados por movimentos ou pela manutenção de posturas da coluna cervical. A cervicalgia

pode ter várias origens, desde alterações posturais, traumas mecânicos, retificações,

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compressões articulares, entre outras (FERREIRA; VAS et al. apud MENDONÇA et al.

2011, p.02).

Figura 3 – Cervicalgia

Fonte: William, 2010.

Esta patologia raramente se inicia de maneira súbita, em geral pode estar relacionada com

movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma. Também

pode ser definida como uma dor localizada na parte posterior do pescoço e superior das

escápulas ou zona dorsal alta, que não se acompanha de sinais característicos de radiculopatia

(SOBRAL et al. 2010).

Teixeira (2001, p.307) atribui a cervicalgia a atividades ocupacionais, posturas anormais,

estresses psíquicos, ansiedade e depressão e diz que outras afecções, como hérnias discais,

traumatismos, tumores, infecções regionais e ou sistêmicas, costumam ser precipitadas por

fadiga ou estresse psicológicos. Outros fatores importantes relacionados às cervicalgias,

lembra Teixeira, é a excessiva flexão ou extensão cervical em decorrência de estresses

emocionais, a sobrecarga funcional decorrente do manuseio ou transporte de objetos pesados

em um ombro e a execução de atividades que impliquem a elevação dos membros superiores

(PEQUINI, 2005).

A cervicalgia atinge atualmente grande parte da população por diferentes causas, que

podem ser desde problemas emocionais a patologias relacionadas ao trabalho. Na cervicalgia,

a coluna torácica é normalmente desviada em uma pequena cifose e com os músculos da

coluna quase sempre contraídos (BENASSI; GEREMIAS; PELAQUIM, 2009).

Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), (2009), Cervicalgia é um

problema comum em todo o mundo, pelo menos no mundo industrializado, e constitui causa

importante de incapacidade. O pescoço controla os movimentos da cabeça em relação ao resto

do corpo. Uma vez que os olhos e os órgãos vestibulares são localizados na cabeça,

informações vindas dos mecanorreceptores das estruturas do pescoço são cruciais para

interpretar os dados vestibulares e para controlar as funções motoras que dependem das

informações visuais. A cervicalgia pode, assim sendo, ter profundas consequências (SILVA

FILHO & MEJIA, 2012).

Segundo os mesmos autores, A principal manifestação clínica da cervicalgia é a dor do

tipo choque, que segue os trajetos radiculares, piorando com os movimentos que distendem a

raiz, com o tórax ou com a coluna vertebral. As parestesias podem ocorrer na parte distal da

raiz. Alterações dos reflexos, do tônus, da força ou alterações tróficas podem faltar ou serem

tardias. O quadro clínico compõem-se da região cervical dolorida, limitação dos movimentos,

cervicobraquialgia e diminuição da força dos membros superiores.

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O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos

movimentos. Ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e dor durante a

palpação da musculatura, podendo também ser abrangida a região do ombro e nos casos mais

graves ou prolongados haver irradiação para todo o membro superior (PUERTAS & CURTO,

2002).

4. Quiropraxia

A Quiropraxia teve início em 1895, em Davenport, Iowa. Neste ano, Daniel David Palmer,

um canadense, realizou uma manobra de manipulação articular em um paciente, com grande

sucesso. Este paciente, chamado Harvey Lillard, tinha uma deficiência auditiva, e melhorou

significativamente após a manobra. Palmer, então, cunhou o nome “Quiropraxia”, que vem do

grego “Queirós”, que significa mãos, e “Práxis”, que significa prática, ou atividade

(PETERSON apud FACCHINATO, 2006).

Segundo a mesma autora, a Quiropraxia desenvolveu-se inicialmente predominantemente

nos Estados Unidos e no Canadá. A partir da década de 1970-1980, entretanto, começou a

tornar-se uma profissão internacional. Hoje em dia, há mais faculdades de Quiropraxia fora

dos EUA do que nos Estados Unidos. Há hoje 37 faculdades de Quiropraxia no mundo, entre

as quais 15 nos EUA, 2 no Brasil, 2 na África do Sul, além de faculdades no Canadá,

Austrália, Nova Zelândia, Japão, México, Inglaterra, França, Dinamarca, Suécia, etc.

O termo “Quiropraxia” é derivado de duas raízes gregas: Quiro - mãos e Praxis - pratica,

assim “pratica com as mãos”; Esse é o nome da técnica utilizada para tratamento de dores e

sintomas relacionados à coluna e sistema músculo – esqueléticos, profissão ainda pouco

divulgada no Brasil, porém famosa por tratar problemas de saúde como estresse, desvios

posturais, DORT, enxaquecas, hérnia de disco, questões ligadas à coluna e todas as

articulações do corpo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA, 2010).

A Quiropraxia se baseia na preservação e restauração da saúde com foco na eliminação da

disfunção articular por meio do ajuste, que é definido como uma manobra de alta velocidade e

baixa amplitude (SILVESTRINO et al. 2011).

A ciência da Quiropraxia trabalha com o relacionamento entre as articulações do esqueleto

e o sistema nervoso e com a integração desse relacionamento no restabelecimento e

manutenção da saúde. A preocupação primária da Quiropraxia é com as anormalidades de

natureza dinâmica na estrutura (coluna vertebral e demais articulações), que podem

desenvolver a entidade clínica conhecida como complexo de subluxação. O complexo de

subluxação inclui qualquer alteração na dinâmica biomecânica e fisiológica das estruturas

contíguas da coluna, as quais podem causar distúrbios neuronais (ASSOCIAÇÃO

NACIONAL DE QUIROPRAXIA, 2006).

O complexo de subluxação vertebral é uma relação aberrante entre duas estruturas

articulares adjacentes que podem ter sequelas funcionais ou patológicas, causando uma

alteração nos reflexos biomecânicos e/ou neurofisiológicos destas estruturas articulares e/ou

outros sistemas do organismo que podem ser afetadas direta ou indiretamente por elas (CID

10) (NUNES & NORO, 2011).

Ainda segundo as mesmas autoras, para corrigir o complexo de subluxação vertebral a

Quiropraxia se utiliza de ajustamentos, que podem ser entendidos como procedimentos que

utilizam força, velocidade, amplitude e direção para movimentar as articulações; estes

ajustamentos podem ser aplicados de diversas formas, dentre as diversas técnicas que a

Quiropraxia oferece.

A quiropraxia prevê a correção de tais subluxações através de ajustes quiropráticos que

devolvem a mobilidade para a articulação afetada, inibem a hiperreatividade dos músculos e

evitam que a região comprometida torne-se incapacitada. Conforme a Organização Mundial

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da Saúde (2006) a quiropraxia, com procedimentos não invasivos, enfatiza que o indivíduo

responda ao tratamento espontaneamente, excluindo o uso de medicamentos e cirurgia

(CHAPMAN-SMITH, 2001).

Figura 4 - Correção de subluxação cervical

Fonte: Ricardo, 2011.

Atuando como um serviço de assistência à saúde, a quiropraxia age oferecendo uma

abordagem conservadora de tratamento. Ela se preocupa em atender às necessidades

imediatas dos pacientes, agindo diretamente na causa das algias, através da recuperação da

função e da amplitude de movimentos de articulações, músculos e outras estruturas do sistema

músculo esquelético (CHAPMAN-SMITH apud PALANDI, 2009).

A quiropraxia baseia-se em técnicas de ajustes quiropráxicos, que devolvem os

movimentos artrocinemáticos, micromovimentos normais à coluna vertebral, reduzindo a

compressão neural responsável pela sintomatologia dolorosa daquele determinado

dermatómo. Embora muito se tenha pesquisado, não existe consenso na literatura com relação

à melhor alternativa para o tratamento das dores na região cervical, existindo forte

discordância entre os recursos a serem utilizados, tendo surgido ultimamente prática baseada

em terapias manipulativas como a Quiropraxia (SILVA et al. 2012).

Buscando solucionar a falta de amplitude de movimento (ADM), a quiropraxia, ciente de

que os movimentos realizados pelos membros são de responsabilidade de várias estruturas

como ossos, músculos e tendões, onde agem através de comandos enviados do cérebro, para

suas raízes localizadas na coluna vertebral, buscam um tratamento que elimine alguns fatores

extrínsecos, para que de uma forma manipulativa possam integrar o fluxo axoplasmático das

articulações. Assim a quiropraxia, não somente preocupada em ajustar as articulações do

corpo humano, manualmente ou mecanicamente, ativa ou passivamente, tem o objetivo de

restaurar a relação e as funções articulares normais, reestabelecer a integridade neurológica e

influenciar os processos fisiológicos, podendo desta forma ser uma chave para a regeneração

dos movimentos normais (FERREIRA & ROSAS, 2009).

De acordo com o Projeto de Lei n.º 1.436, de 2011 que Regulamenta o exercício da

profissão de Quiropraxista decreta:

Art. 1º O exercício da Quiropraxia, também denominada Quiroprática, obedecerá as

disposições desta lei.

Art. 2º Quiropraxista é o profissional que atua na promoção, na prevenção e na

proteção da saúde, bem como no tratamento das disfunções articulares que

interferem no sistema nervoso e musculoesquelético por meio do ajuste articular,

visando à correção do Complexo de Subluxação.

Parágrafo único. Para os fins desta lei, considera-se:

I – ajuste articular o procedimento terapêutico quiroprático que se utiliza de força

controlada, alavanca, direção específica, baixa amplitude e alta velocidade que é

aplicado em segmentos articulares específicos e nos tecidos adjacentes com objetivo

de causar influência nas funções articulares e neurofisiológicas;

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II – Complexo de Subluxação o modelo teórico descritivo de uma disfunção motora

segmentar, o qual incorpora a interação de alterações patológicas em tecidos

nervosos, musculares, ligamentosos, vasculares e conectivos.

Art. 3º O exercício da profissão de Quiropraxista é assegurado:

I – ao portador de diploma de bacharelado em Quiropraxia conferido por instituição

de ensino, reconhecida oficialmente;

II – ao portador de diploma de Quiropraxia, conferido por instituição de ensino

estrangeira devidamente, reconhecido e revalidado no Brasil como diploma de

bacharelado em Quiropraxia, na forma da legislação em vigor;

III – aos profissionais que até a promulgação da presente lei tenham

comprovadamente exercido atividades ou funções de Quiropraxista por prazo não

inferior a cinco anos e que sejam aprovados em exames de proficiência

desenvolvidos e aplicados por órgão competente em tempo determinado para que se

enquadrem nessa lei.

Art. 4º O exercício da profissão depende ainda de registro no respectivo órgão

competente, estabelecido em regulamento. Parágrafo único. O profissional

Quiropraxista deve respeitar os preceitos do código de ética da profissão.

Art. 5º O exercício da profissão e a utilização do título de Quiropraxista ou

Quiroprático em desrespeito aos ditames desta lei configuram exercício ilegal de

profissão.

Art. 6º O regulamento estabelecerá o órgão responsável pela fiscalização do

exercício da atividade de Quiropraxista (BRASIL, 2011).

O Quiropraxista é o profissional, segundo a Organização Mundial da Saúde, capaz de

realizar diagnóstico, tratamento e prevenção das desordens do sistema locomotor e dos efeitos

destas desordens na saúde em geral. O tratamento se baseia em ajuste articular, manobra

mioarticular, além de orientação corretiva e preventiva para manutenção da postura corporal

durante a prática das atividades recreativas e profissionais da vida diária (PEREIRA; PAIVA

& FAGUNDES, 2010).

A Quiropraxia é uma profissão da área da saúde encontrada em mais de 90 países, com 38

faculdades reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde e conta com aproximadamente

90.000 profissionais que atuam em todo o mundo. Está voltada para o diagnóstico, tratamento

e prevenção das desordens do sistema musculoesquelético e dos efeitos destas desordens na

saúde em geral, com ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou manipulação

articular (KACHAN et al. 2011).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Quiropraxia é uma profissão na área

da saúde que está voltada para o diagnóstico, tratamento e a prevenção das desordens do

sistema musculoesquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Há uma ênfase

em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com enfoque particular

nas disfunções articulares. Os conceitos e os princípios que distinguem e diferenciam a

filosofia da Quiropraxia de outras profissões de saúde são de grande importância e

influenciam profundamente a atitude e a abordagem destes em relação à atenção à saúde. A

relação entre a estrutura, particularmente a coluna vertebral e o sistema musculoesquelético, e

a função, especialmente coordenada pelo sistema nervoso, constitui a essência da Quiropraxia

e o seu enfoque para a restauração e preservação da saúde (ZACARONI et al. 2010).

Ainda segundo o mesmo autor, a atividade profissional do Quiropraxista implica em

aplicar forças localizadas em determinados pontos da coluna vertebral ou extremidades para

proporcionar mobilidade articular. Esse procedimento é realizado com alta velocidade e baixa

amplitude, exigindo do profissional posição específica para adaptar-se ao paciente e a

localização da fixação, o que propicia o aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos.

A Quiropraxia é uma ciência que enfatiza o poder inerente do corpo de se recuperar

espontaneamente sem o uso de medicamentos ou métodos invasivos. A terapia utilizada é

basicamente manual, destacando-se a Terapia de Manipulação Articular (TMA). Referida

terapia é realizada com alta velocidade e baixa amplitude, produzindo, na maioria das vezes,

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alívio imediato ao paciente. Internacionalmente, a faixa etária acima de 60 anos é a que mais

procura o tratamento quiroprático, sendo certo que 95% desta população alegam ter recebido

tratamento convencional, mas sem a adequada adaptação (OSAKI et al. 2011).

Assim como as demais profissões da área busca tratar seus pacientes a partir de um

conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo paciente, para tal, é de vital importância uma

avaliação bem realizada para se obter o máximo de informações para realizar um diagnóstico

preciso e providenciar um tratamento eficaz para o paciente. Para isto, o profissional deve

usar como parte básica do seu trabalho, um prontuário de atendimento que abranja a

totalidade dos itens inspecionados na avaliação inicial, para que os detalhes observados

sirvam de referência para todo o tratamento. O Quiropraxista por ser um profissional de

intervenção primária na área da saúde, precisa ter o conhecimento e o discernimento para

reconhecer a necessidade de encaminhamento do paciente para a avaliação específica de um

médico especialista (WASSAL; PAIVA; FAGUNDES, 2011).

O tratamento realizado pela Quiropraxia tem como objetivo reduzir a dor nos primeiros

dias de seu surgimento, seguido pela restauração da função do sistema neuro-músculo-

esquelético, impedir uma perda de tônus muscular e evitar a incapacidade. Isto inclui:

restaurar a mobilidade normal das articulações; inibir hiperatividade da musculatura; melhorar

a flexibilidade muscular; a coordenação; força e resistência; alongamento de tecidos moles

retraídos; reeducação proprioceptiva (treinamento neuromuscular da posição do corpo,

equilíbrio e movimento); treinamento cardiovascular e reeducação postural (BAROSSI,

PAIVA & CABRAL, 2010).

Metodologia

Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, revisando artigos

científicos e publicações de diversas áreas da saúde como a fisioterapia, fisiologia, anatomia, e quiropraxia. Utilizando base virtual de dados como a Bireme, Scielo e Pubmed, entre outras

publicações científicas como livros de autores renomados sobre o assunto, foram consultadas

obras com publicação de 1997 até o ano de 2012, sendo usados os seguintes descritores:

Coluna cervical combinado com Cervicalgia e Quiropraxia. Durante a busca eletrônica foram

encontrados 57 artigos, no entanto foram utilizados apenas 30 neste estudo, devido critérios

de inclusão e exclusão. A pesquisa limitou-se a artigos e livros científicos escritos em

português e foram avaliados conforme os seguintes critérios de inclusão: (1) possuir validade

científica; (2) origem e publicação na língua portuguesa; (3) ter sido publicado no período de

1997 a 2012; e (4) ter citação no titulo ou resumo da obra de algum dos descritores

apresentados.

Resultados e Discussão

A cervicalgia é síndrome dolorosa regional que acomete, acometeu ou acometerá 55% da

população em algum momento. Estima-se que 12% das mulheres e 9% dos homens

apresentem cervicalgia crônica. São mais propensos a desenvolvê-la os idosos, trabalhadores

braçais, indivíduos tensos ou que executem atividade adotando posturas prejudiciais

(TEIXEIRA, 2001 apud PEQUINI, 2005).

A dor cervical é muito frequente no mundo ocidental e na população em geral. Pool, et al.

(2004 apud MORAIS, et al., 2004), em recente estudo, cita que 15% da população sofrem de

dor cervical e 43% dessa população são encaminhados ao atendimento de fisioterapia. A

cervicalgia é uma das queixas mais comuns no cotidiano da prática clínica e tem sido

observada em cerca de 25% das pessoas entre 25 a 29 anos de idade, porém em 31 indivíduos

10

acima de 45 anos, esta proporção sobe significativamente para 50% da população (BARROS

FILHO; MENDONÇA NETTO apud BENASSI; GEREMIAS; PELAQUIM, 2009).

De acordo Silva et al. (2012) em um estudo com 6 artigos do tipo ensaio clínico aleatório e

controlado para avaliação dos efeitos das técnicas de quiropraxia no tratamento da dor

cervical, foram caracterizados quanto à forma de tratamento e resultados (Tabela 1) e ao

método de avaliação, tempo de tratamento e acompanhamento (Tabela 2). Esse estudo avaliou

366 pacientes que apresentavam dor na região cervical, cuja origem não era artrose, hérnia de

disco ou fratura das vértebras, foram separados aleatoriamente em 3 grupos, nos quais foi

realizada manipulação cervical, mobilização articular e fisioterapia convencional.

Figura 5 - Características do tratamento, resultados dos ensaios clínicos encontrados.

Fonte: Silva, et al., 2012.

Figura 6 - Caracterização dos métodos de avaliação, tempo de tratamento e seguimento.

Fonte: Silva, et al., 2012.

11

Reforçando a ideia de que a manipulação quiropráxica é efetiva na diminuição da dor, as

técnicas que utilizam as manipulações articulares globais favorecem a redução dos espasmos

musculares e, consequentemente, da dor. As manipulações são relativamente mais eficazes do

que a mobilização articular em pacientes com dor crônica e subaguda da cervical. A técnica

de “thrust” gera melhora no quadro álgico e produz satisfação nos pacientes. Uma única

manipulação é capaz de produzir redução completa da dor, porém na maioria dos casos faz-se

necessária a realização de duas sessões (PETERSON & BERGMANN, 2002; DI FABIO,

1999; MCCARTHY, 2001; CYRIAX & CYRIAX 2001 apud OLIVEIRA & OLIVEIRA,

2009).

Os mesmos autores observaram que após a manipulação da cervical ocorreu um aumento

significativo da amplitude de movimento, sendo que na flexão esse aumento foi de 10%, na

extensão foi de 28,9%, na inclinação lateral esquerda foi de 10,5%, já na inclinação lateral

direita foi de 10%, na rotação esquerda houve um aumento de 2,7% e na rotação direita de

5,2%. A rotação esquerda apresentou o menor ganho de amplitude devido á um encurtamento

ou retração muscular que o paciente apresentava do músculo esternocleidomastoídeo do lado

direito, o que restringe o movimento para o lado esquerdo (PEREIRA & JUNIOR, 2005 apud

OLIVEIRA & OLIVEIRA, 2009).

Conclusão

A dor cervical é ocasionada na maioria das vezes por alterações mecânicos-posturais. Dentre

diferentes técnicas terapêuticas realizadas por fisioterapeutas a quiropraxia têm se tornado

comum no Brasil.

A utilização da quiropraxia no tratamento da cervicalgia mostrou resultados satisfatórios.

Com o tratamento por meio da técnica quiropráxica houve aumento da amplitude de

movimento da coluna cervical. Com a manipulação dos tecidos moles obteve-se uma redução

considerável dos sintomas dolorosos da região cervical com apenas uma sessão de tratamento.

Sugere-se a realização de novos trabalhos, com um maior número de ensaios clínicos

controlados e aleatórios envolvendo a quiropraxia e analisando concomitantemente a

amplitude de movimento de outras regiões como torácica e lombar a fim de constatar de

forma eficaz dos benefícios do tratamento da quiropraxia em pacientes com cervicalgia, bem

como a utilização de métodos de avaliação mais fidedignos, a fim de comprovar os seus reais

efeitos no tratamento da cervicalgia.

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