Os Efeitos Do Treinamento de Forca Em Individuos Obesos e Com Sobrepeso Um Estudo de Revisao
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8/19/2019 Os Efeitos Do Treinamento de Forca Em Individuos Obesos e Com Sobrepeso Um Estudo de Revisao
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Artigo Cientifico de Revisão - Fisiologia do Exercício
Os efeitos do treinamento de força em indivíduos obesos e com
sobrepeso: um estudo de revisão
Tuanny Caetano de Abreu Costa ¹
Giulliano Gardenghi ²
Resumo
A ocorrência da obesidade e sobrepeso, ocasionada na maioria das vezes
pelos maus hábitos alimentares e estilo de vida sedentário, tem sido considerada
epidemia mundial. Dentre as formas de tratamento dessa doença, está a práticaregular do Exercício físico, o que comporta o treinamento de força. Nesse sentido,
o objetivo do presente trabalho foi relatar os benefícios do treinamento de força na
prevenção e no tratamento da obesidade e sobrepeso, além de apresentar também
relação importante no tratamento de demais doenças crônicas não transmissíveis
como a diabetes mellitus tipo II, a hipertensão arterial e a dislipidemia, a fim de
relativizar a importância do treinamento de força na atenuação das alterações
metabólicas de indivíduos com síndromes metabólicas. Trata-se de um estudo
sistemático de revisão. Observou-se que há poucos estudos em relação a
prescrição do treino de força para indivíduos obesos e com sobrepeso e com
demais doenças crônicas não transmissíveis. Entretanto são vários os autores que
defendem o treinamento com pesos para perda de gordura corporal e também para
tratamento e prevenção de síndromes metabólicas, no entanto, evidencias
sugerem que quando praticado de forma bem orientada, contribui de maneira
significativa para o ganho de massa magra, diminuição da frequência cardíaca,
diminuição dos níveis séricos de hemoglobina glicada e diminuição dos lipídeos
plasmáticos. Podendo assim contribuir de forma eficaz para complementar o
tratamento e prevenção da obesidade e de demais síndromes metabólicas
correlacionadas.
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Abstract
The occurrence of obesity and overweight, most often caused by poor eatinghabits and sedentary lifestyle , has been regarded worldwide epidemic . Among the
forms of treatment of this disease is the regular practice of physical exercise, which
involves strength training. In this sense, the objective of this study was to report the
benefits of strength training in the prevention and treatment of obesity and
overweight, and also present important relationship in the treatment of other chronic
non-communicable diseases such as diabetes mellitus type II, hypertension and
dyslipidemia in order to relativize the importance of strength training in mitigatingmetabolic abnormalities in individuals with metabolic syndrome. This is a systematic
review of the literature. It was observed that there are few studies regarding the
prescription of strength training for obese and overweight and other chronic
noncommunicable diseases. However there are several authors who advocate
weight training for body fat loss and also for treatment and prevention of metabolic
syndrome, however, evidence suggests that when practiced well targeted,
contributes significantly to gain lean mass, decreased heart rate, decreased serumlevels of glycated hemoglobin and decreased plasma lipids. Could also contribute
effectively to complement the treatment and prevention of obesity and other
metabolic syndromes correlated.
1. Graduada em Educação Física, Pós-graduando em Fisiologia do Exercício:
Treinamento a reabilitação peloCEAFI Pós-graduação/GO.
2. Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela FMUSP, Coordenador Técnico do
Instituto Movimento de Reabilitação Especializada/GO, Coordenador Científico do
Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Científico do
CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em
Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristóvão – São Paulo/SP.
Introdução
A obesidade, doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, é o acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que
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acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos¹e vem crescendo de modo intenso no
mundo todo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o número de obesos
entre 1995 e 2000 passou de 200 para 300 milhões, perfazendo quase 15% da
população mundial. Estimativas mostram que, em 2025, o Brasil será o quinto paísno mundo a ter problemas de obesidade em sua população. Assim, a obesidade é
considerada, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, um importante
problema de saúde pública, e para a OMS, uma epidemia global ².
De acordo com diversas pesquisas muitas doenças contemporâneas estão
associadas ao excesso de gordura corporal, como as doenças cardiovasculares,
renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e ortopédicos. Nahas, 2001;
Pollock e Wilmore, 1993; Paffenbarger et al, 1986; Heyward e Stolarczyk, 2000;Nieman, 1999 afirmam que a incidência dessas doenças é duas vezes maior entre
os homens obesos e quatro vezes maior entre as mulheres obesas, quando
comparados à população não obesa ³.
Por esse motivo, o aumento no número de indivíduos com sobrepeso e
obesos e sendo esta condição um fator de risco para patologias importantes, é
necessário considerar a prática do exercício físico como relevante e até
fundamental para este grupo. No entanto ainda hoje a maioria das pesquisasprivilegiam o exercício aeróbio como principal meio de atingir o emagrecimento,
porém Fleck e Kraemer (2006), citado por José Nunes da Silva Filho, confirmam
que o treinamento de força vem contribuir de forma significativa para a redução da
porcentagem de gordura corporal, já que há uma elevação do metabolismo devido
aumento da massa muscular, contudo há um aumento no gasto energético
consequente da oxidação de calorias.
Nesse sentido, fundamentou-se na revisão narrativa da literatura cientifica
sobre o tema, com pesquisa realizada em artigos, livros e diretrizes nacionais e
internacionais, objetivando buscar informações sobre os efeitos do treinamento de
força para indivíduos com sobrepeso e obesidade com o intuito de auxiliar no
emagrecimento e consequentemente benefícios à saúde.
Obesidade
Atualmente a obesidade vem sendo considerada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, afetando
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tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Dados do CONFEF 2012
mostram que no Brasil de acordo com o IBGE 30% das crianças entre 05 e 09 anos
de idade se encontram mensurados na categoria “sobrepeso”, cerca de 20% da
população entre 10 e 19 anos, 48% das mulheres e nada menos que 51,1% dos
homens acima de 20 anos também se encontram inseridos nessa categoria.O National Insttitute of Health apud Gentil,2011 caracteriza o indivíduo como
obeso quando a quantidade de tecido adiposo aumenta numa proporção capaz de
afetar a saúde física e psicológica, diminuindo a expectativa de vida. Para se
identificar se um indivíduo pode ser classificado como sendo obeso foi estabelecido
O Índice de Massa Corporal (IMC) que é obtido pela divisão da massa corporal (em
quilogramas) pela estatura (em metros ao quadrado), sendo esse um indicador
apropriado para avaliação do estado nutricional de adultos. Dessa forma, de acordocom a OMS são classificadas como obesas as pessoas que apresentaram IMC
igual ou superior a 30 kg/m2 e com sobrepeso aquelas com IMC entre 25 e 30
kg/m2.
A ausência de atividade física regular e os novos hábitos alimentares
decorrentes das diversas mudanças impostas pela tecnologia e pela estrutura das
sociedades têm contribuído para um comportamento excessivamente sedentário o
que na maioria dos casos gera um aumento na prevalência da obesidade econcomitantemente o possível desencadeamento de patologias importantes como
hipertensão, problemas cardíacos, neoplasias, disfunções endócrinas, disfunção da
vesícula biliar, problemas pulmonares, artrites e diabetes mellitus tipo II4.
Contudo muitos estudos relatam possíveis maneiras de se reduzir da
gordura corporal o que acarreta em melhora da qualidade de vida e diminuição dos
riscos dessas doenças. Se um indivíduo for exageradamente obeso (obesidade
mórbida) provavelmente precisará de tratamento medicamentoso, cirúrgico,
psicológico ou uma mistura destes. Contudo pessoas com sobrepeso ou obesidade
podem ter intervenções não farmacológicas como mudança do estilo de vida,
busca por hábitos saudáveis, controle nutricional e exercício físico.
Treinamento de força e obesidade
A pratica regular de exercício físico para Dengel, Hagberg, Pratley, Rogus &
Goldberg, 1998é de grande relevância na prevenção e tratamento da obesidade e
de várias outras doenças, como o diabetes e as doenças cardiovasculares 5.
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Tanto o exercício aeróbio quanto o treinamento de força vem se
apresentando como importante precursor de saúde e qualidade de vida, sendo
utilizado de forma incontestável no tratamento e na prevenção de várias doenças
sistêmicas ou não, dentre elas a obesidade. Entretanto um conceito tem sido
comum em praticamente todos os programas de emagrecimento: a prescrição deatividades aeróbias, principalmente as de baixa intensidade e longa duração 6, o
que faz com que o treinamento de força ainda esteja sendo pouco difundido como
método essencial no combate a obesidade e sobrepeso.
Para WINETT e CARPINELLI, 2001 o treinamento de força consiste em um
método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético
contra alguma forma externa de resistência, que pode ser provida pelo corpo,
pesos livres ou máquinas 7, e este vem cada vez mais sendo indicado pelosestudiosos pois, de acordo com SANTARÉM, 2012, além de induzir o aumento de
massa muscular, a musculação contribui para a aptidão física, melhora da
capacidade metabólica, estimulando a redução da gordura corporal; aumento de
massa óssea, leva a mudanças extremamente favoráveis na composição corporal;
propiciam as adaptações cardiovasculares necessárias para os esforços curtos
repetidos e relativamente intensos; e melhoram a flexibilidade e a coordenação,
além de contribuir para evitar quedas em pessoas idosas8
.Com relação a obesidade, vários estudos estão sendo desenvolvidos com o
intuito de verificar a contribuição do treinamento de força como auxiliador no
combate a obesidade, já que evidenciou-se que mudanças nos hábitos de vida,
dieta balanceada, hábitos saudáveis e exercício físico podem evitar que indivíduos
obesos necessitem de tratamentos fármacos.
O treinamento de força pode gerar várias adaptações fisiológicas no
individuo pois além de mudanças em relação a força acarreta também alterações
na composição corporal com aumento de massa muscular e diminuição do
percentual de gordura corporal.
Portanto TORTORA, 2006 afirma que o treinamento resistido não resulta
somente em músculos mais fortes, também contribui para o aumento da resistência
óssea, e o estímulo provocado por esse treinamento faz com que aumente a
massa corporal magra, consequentemente aumentando a taxa de metabolismo
basal em repouso9.
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Santarém, 2012 apud Silva Filho, 2013 afirmam que o metabolismo basal é
responsável por 70% do gasto calórico, devido fazer parte das calorias destinadas
para manter as funções celulares de todo organismo, portanto é evidente que
elevando a taxa de metabolismo basal, o gasto calórico também se elevará,
contribuindo assim para o emagrecimentoSendo assim percebe-se que os principais fatores que contribuem para
redução do peso é a manutenção da taxa metabólica de repouso e o aumento do
consumo de energia pós-exercício, o EPOC. MEIRELLES; GOMES, 2004 em seus
estudos demonstram que após o fim do exercício o consumo de oxigênio
permanece acima dos níveis de repouso por um determinado período de tempo,
proporcionando maior gasto energético durante esse período 7.
HAUSER et. al (2004), cita que pesquisas apontam que exercíciosrealizados em maior intensidade são mais efetivos no metabolismo de gordura por
proporcionarem um gasto energético durante e após a sessão de treino9.
Banz et al. (2003) compararam os efeitos de 10 semanas de treinamento de
força e aeróbio em homens obesos com síndrome metabólica6.
O treinamento de força envolveu três series de 10 RM em 8 exercícios. O
treino aeróbio consistia em sessões de 40 minutos a 85% da FCM. Ambos os
treinos foram realizados 3 vezes por semana. De acordo com os resultados, osgrupos obtiveram reduções similares na relação cintura-quadril, mas apenas o
treinamento de força induziu reduções no percentual de gordura e ganhos na
massa magra.
Também Póvoas, Campos e Navarro (2007) apud Silva Filho (2013) em um
estudo de dez semanas com um adolescente obeso de dezesseis anos feito por
que utilizaram de um treinamento de força (TF) sem restrição alimentar, provocou
no avaliado, uma redução de 3,40% na gordura corpora. E Dutra, Nied e Liberali
(2008), acompanhando dezoito homens durante três meses, colhe resultados
magníficos no que se refere a perda de gordura corporal através do TF, chegando
a redução de 19,08% e para frisando ainda mais o quão é saudável o TF para o
emagrecimento, o grupo ainda elevou em 1,47% a massa magra.
Além das adaptações fisiológicas já citadas, o treinamento de força pode
apresentar aspectos preventivos e terapêuticos no que se refere ao controle de
sobrepeso e obesidade, acarretando maior qualidade de vida.
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Efeitos do treino de força em fatores de risco aplicados ao obeso
O exercício físico cada vez mais vem ganhando espaço nas medidas não
farmacológicas para o tratamento e prevenção da obesidade e outras doenças
crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes
mellitus tipo II (DMII) e a dislipidemia. A correlação de três ou mais dessas
morbidades constitui a síndrome metabólica que é um grupo de fatores de risco
cardiovascular, o qual é responsável por um elevado índice de mortalidade
mundial.
Portanto torna-se necessário uma breve analise das doenças relacionadas a
obesidade e ao sobrepeso e como o treinamento de força pode auxiliar no
tratamento de cada uma das mencionadas.Com relação a diabetes mellitus tipo II ou não insulino-depentente, CHIAPPA
et al (2006) a caracteriza como um outro tipo de diabetes em que é diagnosticada
geralmente após os 30 anos de idade, esse é bastante comum, corresponde cerca
de 90% dos diabéticos encontrados. Neste tipo de diabetes, o pâncreas secreta
insulina; na verdade, o nível de insulina no sangue pode ser normal ou até
excessivo, mas o corpo não responde adequadamente à ação da insulina devido a
uma anormalidade frequentemente chamada de resistência à insulina ousensibilidade reduzida à insulina 10.
Os primeiros sintomas apresentados são muita sede, vontade de urinar
várias vezes, machucados que demoram a cicatrizar fome exagerada, são alguns
evidencia da possível doença, um fator curioso é que na maioria dos casos o
paciente diabético tem acompanhado junto da diabete obesidade ou doenças
cardíacas que novamente demonstra o sedentarismo como um dos propulsores da
doença. (SBD, 2007)11
.Uma estratégia a ser utilizada além da adoção de um estilo de vida mais
saudável é o treinamento resistido que se aplicado de forma correta pode amenizar
os sintomas negativos provocados pela DMII. Segundo Alonso et al (2006) o
exercício físico desempenha um importante papel para o portador de DMII, pois
este pode promover a diminuição dos fatores de risco para o desenvolvimento
desta doença, como também, no seu tratamento12, já que o treinamento físico
tende a melhorar a taxa de eliminação de glicose, aumentar a capacidade de
estoque de glicogênio, aumentar receptores GLUT 4 no músculo, aumentar a
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sensibilidade à insulina e normalizar a tolerância à glicose 13. Outra doença
crônica não transmissível correlacionada a obesidade é a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) que segundo III CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL (1998) é o que estabelece uma situação clinica multifatorial e
reconhecida como síndrome por relacionar os níveis tencionais elevados aalterações metabólicas, hormonais e por associação fenômenos trágicos como
hipertrofia cardíaca e vascular 14, sendo um do principais fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares as quais são responsáveis por
inúmeros casos de mortalidade em todo o mundo.
Dentre as inúmeras complicações decorrentes da hipertensão arterial
sistêmica estão as doenças cerebrovascular, doença arterial coronariana,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular deextremidades 15. E o tratamento para controle da HAS inclui além da utilização de
medicamentos, a restrição de sal, consumo moderado, de álcool, redução de peso,
a modificação de hábitos de vida e a pratica de exercício físico.
Embora o exercício aeróbio seja mais estudado e divulgado entre os
indivíduos hipertensos o exercício resistido vem alcançando inúmeras conquistas
em relação a manutenção ou até mesmo diminuição da pressão arterial.
O Colégio Americano de Medicina do Esporte recomenda que o treinamentode força deve ser executado com baixa resistência e alto número de repetições.
Uma das recomendações mais importantes que o ACSM faz é de que a Manobra
de Valsalva (MV) deve ser evitada, em razão de potencial risco de acidente
vascular cerebral devido ao aumento da pressão arterial. Os efeitos do treinamento
de força sobre os fatores de risco da síndrome metabólica
Estudos ainda demonstraram que 12 semanas de treinamento de força
promoveram reduções significativas na PAS, PAM e no DP de repouso em idosas
hipertensas controladas. Além disso, é importante destacar que não ocorreu
nenhum efeito adverso durante as sessões de treinamento de força, o que
demonstrou a segurança desse tipo de treinamento para a população hipertensa16.
A obesidade ou o aumento da gordura corporal, principalmente a visceral,
tem sido cada vez mais associada também a dislipidemia que consiste em um
quadro clínico caracterizado por concentrações anormais de lipídios ou
lipoproteínas no sangue. Sabe-se que a dislipidemia é determinada por fatores
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genéticos e ambientais 17. Portanto mudanças no estilo de vida e exercícios físicos
são também recomendados para sua prevenção e tratamento.
O treinamento de força ainda é pouco estudado em relação a dislipidemia, o
que contribui para o surgimento de uma série de questionamentos em relação a
sua eficácia. Entretanto Elliot et al. (2002) estudaram os efeitos de 8 semanas detreinamento resistido de baixa intensidade no perfil lipídico de 15 mulheres
sedentárias na pós-menopausa. O programa de treinamento consistia de três
séries, com oito repetições com intensidade equivalente a 80% de 10 RM. Os
resultados mostraram que não houve mudanças significativas no perfil lipídico após
o treinamento de força 13.
De uma forma geral, os mecanismos pelos quais os exercícios físicos
induzem alterações nos níveis sanguíneos de lipídios incluem redução da massa eda gordura corporal, mudanças na distribuição da gordura corporal e na atividade
de enzimas que regulam o metabolismo das lipoproteínas. Sendo que estas
alterações são observadas tanto em indivíduos sedentários, quanto em fisicamente
ativos ou atletas, e até mesmo em diabéticos tipo 2. Destarte podemos concluir que
a maioria das publicações demonstra a eficiência dos exercícios aeróbios na
melhora do perfil lipídico 18.
Podemos concluir portanto que o aumento da força muscular por meio dotreinamento de força parece ter efeito benéficos na síndrome metabólica. Senda
assim o pratica de exercícios de força aparentemente agi de modo positivo sobre o
controle dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis, como a
obesidade, diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia.
Conclusão
Diversas pesquisas vêm mostrando o benefício da utilização do treinamentode força para a prevenção, mas sobre tudo para o auxílio no tratamento da
obesidade, já que esta tem afetado, a cada dia, mais indivíduos, além de outras
doenças crônicas não transmissíveis correlacionadas.
As adaptações fisiológicas acarretadas pela prática, bem orientada, do
treinamento com pesos por parte dos indivíduos obesos vem sendo cada dia mais
bem evidenciadas pelos estudos, mostrando que estes contribuem para redução do
peso é a manutenção da taxa metabólica de repouso e o aumento do EPOC.
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Ademais, a prática regular de exercícios atua como uma forma de prevenção
para complicações que a obesidade pode acarretar ao indivíduo como o
aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão e até diabetes mellitus tipo
II, dentre outras.
Todavia se fazem necessárias mais pesquisas que visem conhecer novosdados acerca dos efeitos que o treinamento de força pode proporcionar em
indivíduos obeso ou com sobrepeso.
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