OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE...

143
1 OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO. RESUMO: Existem graves problemas científicos na Filosofia da Linguagem vigente, que fundamenta e domina atualmente o Sistema de Ensino na escola e na universidade, que afetam a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, inclusive a dos estudantes dos cursos de Administração, Economia, Contabilidade e Secretariado Executivo, e que funcionam como fatores de atraso dos sistemas produtivos e econômicos das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo. A análise dos dados a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência mostra que A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EMPRESARIAL de todas as categorias, fica gravemente prejudicada pelo atraso das concepções da Gramática Unívoca e da Linguística Dicotômica, herdadas da tradição e do século XX, que se impõem de forma arbitrária com abuso paradigmático na cultura e na civilização, na escola e na universidade, como se fossem princípios absolutos e universais da ciência. A política reservou o ensino da Língua Portuguesa e das Línguas Estrangeiras aos profissionais de Letras. Porém, acontece que,

Transcript of OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE...

Page 1: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

1

OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

RESUMO:

Existem graves problemas científicos na Filosofia da Linguagem vigente, que fundamenta e domina atualmente o Sistema de Ensino na escola e na universidade, que afetam a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, inclusive a dos estudantes dos cursos de Administração, Economia, Contabilidade e Secretariado Executivo, e que funcionam como fatores de atraso dos sistemas produtivos e econômicos das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo.

A análise dos dados a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência mostra que A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EMPRESARIAL de todas as categorias, fica gravemente prejudicada pelo atraso das concepções da Gramática Unívoca e da Linguística Dicotômica, herdadas da tradição e do século XX, que se impõem de forma arbitrária com abuso paradigmático na cultura e na civilização, na escola e na universidade, como se fossem princípios absolutos e universais da ciência. A política reservou o ensino da Língua Portuguesa e das Línguas Estrangeiras aos profissionais de Letras. Porém, acontece que, por causa do atraso das teorias linguísticas herdadas da tradição e do século XX, e das posições científicas do Departamento de Letras, esse fato prejudica a cultura e a civilização, porque os estudantes de Letras são preparados para ensinarem a Língua como se a mesma fosse ESTÁTICA, ou como se fosse apenas um sistema de signos que expressam sentidos e significados para a comunicação, sem nenhuma capacidade produtora de Energias, Forças, Efeitos, Eficácia, Competência, Vitalidade, Competitividade, Produtividade e Poder.

Assim, pelo atraso da Linguística, a Escola e a Universidade oferecem uma EDUCAÇÃO ILUSTRAÇÃO, e não

Page 2: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

2

uma EDUCAÇÃO COM CAPACITAÇÃO, pelo não desenvolvimento das habilidades e forças linguísticas da produtividade profissional e empresarial dos estudantes, afetando, como já tratado, o sistema produtivo e econômico das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo. Vamos tratar sobre as questões científicas da gramática unívoca e da linguística dicotômica da Corrente do «Ergon», e sobre os prejuízos que os seus equívocos teóricos causaram ao longo de séculos e causam na atualidade à capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, inclusive, dos estudantes das ciências administrativas, das ciências jurídicas e demais ciências sociais aplicadas:

a) Vamos desvendar os equívocos científicos da Filosofia da Linguagem da Corrente do «Ergon», herdada do passado, que afetam o modelo de ensino da escola e da universidade prejudicando a capacitação profissional e empresarial das categorias;

b) Vamos mostrar as evidências e provas de que a Filosofia da Linguagem da tradição e do século XX, montada sobre os paradigmas da Velha Filosofia da Ciência, têm graves problemas paradigmáticos e científicos em relação aos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.

c) Colocamos em questão, pela aplicação do princípio da dúvida sistemática cartesiana as concepções científicas da Gramática unívoca, da obra póstuma saussuriana (1916), do Estruturalismo Formalista, da Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto, herdadas da tradição e do século XX.

d) Os referidos equívocos científicos da Gramática Unívoca e da Linguística Dicotômica vigente, contribuem para a manutenção do atraso secular dos sistemas produtivos e econômicos das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo, atraso que aconteceu nos tempos da Colônia, do Império, da Revolução Industrial, da Revolução Francesa, e perpetua-se na atualidade, no tempo do Sistema Capitalista, do Sistema Neocolonialista e da Globalização. Por isso, a pesar da alta produtividade do

Page 3: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

3

sistema, observa-se que há milhões de brasileiros e bilhões de seres humanos no Planeta Terra, na miséria, na pobreza e na marginalização mais absurdas, porque não foi implementado nenhum Plano de Capacitação Profissional e Empresarial efetivo para a humanidade, para os setores marginalizados das comunidades: Os dados da pesquisa mostram que existem graves equívocos paradigmáticos e científicos no âmbito da Gramática Unívoca e da Linguística Dicotômica, que prejudicam a Capacitação Profissional e Empresarial dos estudantes. Por esse modelo de ensino, a escola e a universidade capacitam efetivamente a menos de 10 % dos estudantes, para a manutenção e perpetuação das elites; porém oferecem uma educação ilustração a mais de 90% dos estudantes, com prejuízo e atraso para as comunidades. Podemos dizer que, consciente ou inconscientemente, os gramáticos unívocos e os linguistas dicotômicos há muitos séculos que enganam a cultura e a civilização com sofismas, falácias, retóricas meronímicas e falsos princípios científicos, impostos por meios políticos, religiosos e acadêmicos como se fossem princípios absolutos e universais da ciência.

e) A posição teórica dos referidos setores não é o fruto da ciência e sim, de uma subserviência em relação à Política Linguística Elitista de Maquiavel. Pelo pretexto da política linguística elitista de Maquiavel e da lógica do Mercado, há muitos séculos que a escola e a universidade enganam a cultura e a civilização em relação à forma de composição da língua e ao objeto da linguística.

f) Deste modo, para contribuirmos com a superação do referido atraso, propomos a inclusão da disciplina LINGUÍSTICA DINÂMICA, como eletiva, no Fluxo Curricular do Curso de Administração, aberta aos interessados dos cursos do CCSA.

g) Sem negar os conhecimentos das Especialidades, Estáticas, Modelares, Cinéticas e Pragmáticas, a proposta consiste em completar os conhecimentos do Fluxo Curricular da formação e capacitação com a inclusão dos conhecimentos científicos, tecnológicos e aplicados da Linguística Dinâmica e Integrativa.

Page 4: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

4

O TEMA PRIMEIRO PARA PESQUISA LINGUÍSTICA FUNDAMENTAL:

A primeira pergunta a formular para o esclarecimento da

questão (para revelarmos as evidências e provas de que, por qualquer

razão ou motivo oculto, a Gramática unívoca da tradição e a

Linguística Modernista dicotômica do século XX enganaram,

consciente ou inconscientemente, com as suas teorias unívocas e

dicotômicas ao longo de muito tempo, e enganam na atualidade, pela

imposição de sofismas, falácias, retóricas meronímicas e falsos

princípios científicos, sendo que os referidos equívocos

paradigmáticos, científicos e filosóficos, provenientes da Velha

Filosofia da Ciência, causaram e causam prejuízos consideráveis à

capacitação profissional e empresarial das categorias, gerando como

consequência o atraso produtivo e econômico das comunidades de

Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo) é a

seguinte: O que é a Língua, sua noção, natureza, forma de

composição e sistema de funcionamento?

É preciso averiguar em primeiro lugar o que é realmente a

Língua, superando as concepções atrasadas das teorias do passado.

Precisamos enfrentar a questão porque há dúvidas quando às

respostas dadas pelas escolas a essa(s) pergunta(s) no passado.

Assim, constatando que as teorias gramaticais e linguísticas

herdadas do passado omitiram, desconsideraram e negaram os

Sistemas Linguísticos Energéticos, podemos entender a razão pela

qual a educação da Escola e da Universidade não realiza nenhum

Page 5: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

5

trabalho sistemático e eficaz de desenvolvimento das Habilidades e

Forças Linguísticas da Produtividade Profissional e Empresarial dos

estudantes. Porque as teorias linguísticas que fundamentam e dirigem

a educação omitem e desconsideram, a priori, os Sistemas

Energéticos da Língua.

Isso significa que, a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da

Ciência, levantamos nos inícios do século XXI a dúvida sistemática

sobre as teorias da Gramática unívoca da tradição e da Linguística

Modernista dicotômica do século XX.

Formulando esta(s) pergunta(s), voltamos a levantar de

novo no século XXI, em nome da Nova Filosofia da Ciência, a

questão fundamental da linguística, já tratada por Aristóteles e os

Estoicos no período grego clássico1, retomada por caminhos e

procedimentos distintos por Humboldt, Saussure e o Estruturalismo

1 Confirmamos pela análise dos seus originais em grego, que Aristóteles tratou realmente sobre a «Enérgeia» e sobre a noção da Língua como «Energeia», nas seguintes obras e paginas: ARISTOTELE, Metafísica. Texto grego a cura di Giovanni Reale. Milano: Risconi (1993), pag. 225-239; 394-431; ARISTOTELE Etica Nicomachea. Texto grego a cura de Claudio Mazarelli. Milano: Rusconi Libri (1993), pag. 123-125; 455-458; ARISTOTELE De Anima. Editora 34 (1831), pag. 148-9; 207; 231, 298; 412a 11-3; 303-4; 430a 15; 429a 31 – 430a 2; 433b 5-13; Edição do texto grego de Oxford Classica, editado por W.D. Ross. (1956). Edicao que guia as referencias de pagina, coluna e linha de Immanuel Bekker para a Academia de Berlin (1983); ARISTOTELE, L’Anima (De Anima), Livro γ, capitulo 5, pag. 218-219. Testo grego a Fronte. Traducao Bompiani. Introduzione, Traduzione, Note e apparati Giancarlo Movia; ARENS, Hans. (1975) La lingüística: Sus textos y su evolución desde la antigüedad hasta nuestros días. Madrid: Gredos; Tomo 1, p. 276-277: HUMBOLDT, Wilhelm Von. (1991) Escritos sobre el lenguaje. Editor y traductor: Andres Sanchez Pascual. Prologo de Jose Maria Valverde, Ed. Peninsula, Barcelona. (1767-1835), p. 13; 35-37; 40. Estas sao provas inquestionaveis de que a concepcao da Lingua como «Energeia» e como Sistema Energético, produtor de energias e forças, tem mais de dois milenios e meio de existencia. ARISTÓTELES (384-322 A. c.). Aristotelis Ars Rhetorica: Iterum edidit Adolhus Roemer. Lipsiae: in aedibus B.G. Teubneri (1914). Texto en griego, introducción en latín). (También: Aristotelis Ars Rhetorica: Recognovit brevique adnotatione crítica introduxit. W.D. Oxonil, E. Typographeo Clarendoniano (1959). En griego con versión en español: Retórica (Edición del texto con aparato crítico; traducción, prólogo y notas por Antonio Tovar). Madrid, Instituto de Estudios Políticos (1971). Não se entende a razão científica, religiosa, ou política, pela qual as historias da Linguística do século XX criaram uma Página Oculta, ocultando, tergiversando e negando radicalmente, com Abuso Paradigmático, toda a concepção da Língua como «Enérgeia» de Aristóteles, dos Estoicos, da Wiliam von Humboldt e da Corrente da «Enérgeia».

Page 6: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

6

Formalista nos séculos XVIII, XIX e XX 2; inclusive, por Noam

Chomsky e John Lyons na segunda metade do século XX 3.

É preciso retomar de novo estas questões nos inícios do

século XXI, por várias razões:

a) Porque os dados das novas pesquisas realizadas conforme

os Paradigmas da Nova Filosofia da Ciência mostraram que

a(s) resposta(s) dada(s) a essa(s) pergunta(s) pelas distintas

escolas da tradição e do século XX estão fundamentadas em

equívocos científicos por causa de uma lógica formal

deturpada, de tal maneira que são reducionismos teóricos

que não servem mais para as sociedades atuais, imersas no

contexto da globalização: Em resumo, as noções de língua da

tradição e do século XX manifestam vários problemas

paradigmáticos, científicos e filosóficos, que é preciso

desvendar, porque afetam a capacitação profissional e

empresarial de todas as categorias;

b) As novas pesquisas empíricas do fenômeno linguístico e as

análises epistemológicas sobre as teorias linguísticas do

passado mostram que todas as respostas dadas a essa(s)

pergunta(s) sobre a Língua e a noção de Língua pelos

2 SAUSSURE, Ferdinand de.(1916) Cours de Lingüistique Générale; (1979). Ed. Crítica Tullio de Mauro, Payot, Paris; Trad. bras. Curso de Linguística Geral, trad. Antônio Chellini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein, 10 ed., Cultrix, São Paulo s.d.; Trad. esp. (1983) Curso de Lingüística General. Versión Amado Alonso, Madrid, Alianza. 3 CHOMSKY, Noam. (1970). Estruturas Sintáticas, Lisboa; (1972) Linguística Cartesiana. trad. Francisco M. Guimarães, Vozes, Petrópolis, USP, São Paulo; (1977) Linguagem e pensamento. trad. Francisco M. Guimarães, 4. ed. Vozes, Petrópolis; (1978) Aspectos da Teoria da Sintaxe. trad. José Antonio Meireles e Eduardo Paiva Raposo, 2. ed., Armênio Amado, Coimbra; (1980) Reflexões sobre a linguagem, trad. José Carlos Vogt, Cultrix, São Paulo; (1981) Regras e Representações: A Inteligência Humana e seu produto. Ttrad. Marilda Winkler Averburg, Paulo Henriques Britto y Regina Bustamante, Zahar Rio de Janeiro; LYONS, John. (1974). Semântica Estrutural. Lisboa, Presença.

Page 7: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

7

setores unívocos e dicotômicos radicais das escolas da

Corrente do «Ergon», desde o tempo de Parmênides e Zenão

de Eléia, desde o tempo das Trevas, até o final do século XX,

são reducionismos teóricos, retóricas meronímicas, sofismas

que se transformam em falácias descritivas quando são

impostas à cultura e à civilização como se fossem princípios

absolutos e universais da ciência.4

Por isso, é preciso formular de novo essa(s) pergunta(s)

no século XXI para buscar uma resposta mais adequada e

satisfatória a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da

Ciência, a partir dos paradigmas relativistas, integrativos,

dinâmicos e energéticos, inspirados na concepção científica

da Teoria da Relatividade de Albert Einstein,5 nas Regras do

Discurso do Método de René Descartes, e na concepção de

Paradigma de Thomas Kuhn.6

c) O estudo epistemológico comparado das teorias formuladas

no passado mostra que as escolas linguísticas não se

entendem entre si sobre a noção de língua e sobre o objeto

da linguística. Além disso, as escolas linguísticas do século

XX, em vez de contribuírem para solucionarem o problema da

falta de consenso terminológico no campo linguístico,

agravaram mais ainda a confusão teórica e terminológica

4 Veja as noções de Sofisma, de Paradigma, de Retórica Metonímica e de Falsos princípios Científicos nos próximos capítulos.5 Albert Einstein: Teoria da relatividade (1905) e (1915). Fontes: Galipedia, a wikipedia en galego; gl.wikipedia.org/wiki/Teor%C3%ADa_da_Relatividade; gl.wikipedia.org/wiki/Relatividade_Xeral. Marco Aurélio da Silva, da Equipe Brasil Escola, apud www.brasilescola.com/fisica/teorias-da-relatividade. Veja a adaptação desse princípio relativista ao campo lingüístico, às páginas ............. 6 Thomas Kuhn The Structure of Scientific Revolutions, The University of Chicago Press, Chicago 1962, 1996. Veja um estudo sobre o paradigma apud Bermúdez, Manuel E. Paradigmas y Perspectivas Futuras en Computación” Universidade da Florida, http://www.cise.ufl.edu/~manuel

Page 8: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

8

desta ciência, que se transformou em um dos maiores

“labirintos de Creta” de todos os tempos.

Assim, por exemplo, se pesquisarmos a questão e

fizermos a 10 linguistas, ou a 10 grupos de linguistas de

escolas distintas, doutores e pós-doutores, as perguntas: O

que é a língua? Qual a sua natureza, sua forma de

composição e seu sistema de funcionamento?; e qual

objeto fundamental da linguística?, poderemos receber

oito ou dez respostas totalmente distintas, que os mesmos

autores irão qualificar como contraditórias e irreconciliáveis:

Assim, poderemos observar e perceber, como já constatou

Bakhtin,7 que as distintas escolas linguísticas não se

entendem sobre essas questões.

Encontramos evidências de que no final do século

XX e inícios do XXI existe na linguística a maior confusão

teórica e terminológica de todos os tempos: As escolas não

se entendem nem sequer sobre o que é a língua, sobre o que

é a palavra, a oração, a forma, a estrutura, o sintagma, o ato

de fala, o discurso e o texto. Não existe atualmente consenso

entre as distintas escolas sobre essas noções, que deviam

ser fundamentais para esta ciência. Por isso, é preciso

retomar essas questões no século XXI. Porém, não há

espírito de democracia científica na Linguística, e sim pelo

contrário, um espírito de imposição arbitrária e de censura,

com perseguição e acosso por parte das escolas da Corrente

do «Ergon» contra os trabalhos de pesquisa e conclusões

teóricas das escolas da Corrente da «Enérgeia». Existe uma

imposição arbitrária e ditatorial, por razões políticas,

7 BACKTIN ......................

Page 9: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

9

econômicas e religiosas, de uns setores sobre outros, de

umas escolas sobre outras, de uns grupos sobre outros,

possivelmente, com abuso paradigmático, desonestidade

científica e desonestidade acadêmica, em função da Política

Linguística Elitista de Maquiavel, que parece que justifica todo

tipo de trapaça e enganação para conseguir o objetivo de

lucro. Algo assim como aconteceu no tempo das Trevas e da

Inquisição nos campos da Astronomia, em que os partidários

do Geocentrismo utilizaram o poder religioso e político para

imporem a inverdade da sua visão geocêntrica: para

perseguirem, caluniarem e eliminarem os partidários do

Heliocentrismo copernicano e do Sistema Planetário de

Galileu.

4.3 Hipótese Fundamental para o campo Linguístico

A partir dos dados das pesquisas realizadas de 1989

a 2011, formulamos a seguinte Hipótese: A Língua não é um

bloco monolítico, constituído por um único tipo de matéria ou

um único tipo de sistemas homogêneos, e muito menos um

sistema estático, como defenderam a Gramática unívoca na

tradição e a Teoria Modernista dicotômica no século XX; e

sim, um Sistema de Sistemas supercomplexo,

multidimensional e multivariável, constituído pela união

integrada de três conjuntos de sistemas de natureza distinta:

a) O conjunto dos Sistemas do Plano de Superfície do

«Ergon»;

Page 10: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

10

b) O conjunto dos Sistemas do Plano Profundo do

Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro- Mente-

Psique linguística, e

c) O conjunto dos Sistemas do Plano Coletivo Transverbal

da Nação, da Cultura e da Civilização.

Formulamos esta hipótese a partir das perspectivas

integrativas traçadas por Aristóteles e William Von Humboldt,

e pela análise epistemológica comparada das teorias

gramaticais e linguísticas do passado e a aplicação ao campo

linguístico da dúvida sistemática cartesiana e os paradigmas

da Nova Filosofia da Ciência, perspectiva que foi reforçada

por Bakhtin e nos parece mais eficaz e adequada para o atual

estado da ciência e da sociedade do que as elaboradas e

trabalhadas na tradição e no século XX. Colocamos esta

hipótese em processo de verificação ante a Comunidade

Científica Nacional e Internacional, para a sua verificação,

confirmação ou negação.

O TEMA APLICADO OU APLICÁVEL:

Junto com o tema fundamental, formulamos um Tema aplicado

ou aplicável para a pesquisa no campo da Administração de

Empresas, que pode ser formulado com os seguintes termos e

perguntas:

Page 11: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

11

1. Os atos de fala, discursos, e textos do Administrador no

exercício das suas funções na direção e controle da empresa

produzem ou não produzem FORÇAS ADMINISTRATIVAS?

2. Quais os prejuízos que a visão linguística estática vigente

(herdada da tradição e do século XX) causou ao longo de

séculos e causa na atualidade à capacitação profissional e

empresarial dos estudantes e categorias?

3. Quais os prejuízos que causaram e causam aos sistemas

produtivos e econômicos das comunidades de Pernambuco, do

Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo?

4.4 Hipótese Aplicada ao campo da Administração empresarial:

Os dados mostram que a Língua é um Sistema Produtor

de Forças Administrativas no exercício das atividades dos

Administradores, Gerentes, Diretivos e Executivos na direção,

organização, planejamento, controle e programação das

Empresas. Sendo que a eficácia dos mesmos é relativamente

proporcional ao grau de desenvolvimento das suas habilidades e

forças linguísticas. Deste modo, busca-se verificar a hipótese de

que os atos de fala, discursos e textos dos Administradores,

Diretivos, Gerentes e Executivos na direção das empresas

produzem Forças Administrativas.

Usando uma expressão popular conhecida, podemos

afirmar que negar o fato das forças administrativas no exercício

Page 12: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

12

das atividades empresariais e na direção das empresas, em

função dos pressupostos e paradigmas da Velha Filosofia da

Ciência da Gramática tradicional e da Linguística Modernista do

século XX, é querer “tampar o sol com uma peneira para provar

que o sol não existe”. Ou com outros termos, é cometer o

equívoco científico de criar e usar, nas teorias linguísticas e

administrativas, sofismas, falácias, retóricas meronímicas e

falsos princípios científicos, gerados por uma lógica formal

deturpada, como fundamento das Teorias Administrativas,

impostos arbitrariamente à cultura e à civilização, por meios

políticos, religiosos ou acadêmicos como se fossem princípios

absolutos e universais da ciência.

4.4 Procedimentos Metodológicos e Diretrizes Científicas.

4.4.1 Procedimentos

Para a verificação da(s) referida(s) hipótese(s) e a crítica dos equívocos

teóricos das teóricas vigentes da tradição e do século XX, aplicamos os seguintes

procedimentos metodológicos no contexto da Nova Filosofia da Ciência, a partir

do ponto de vista da Linguística Dinâmica e Integrativa, que é um desdobramento

das concepções linguísticas da Corrente da «Enérgeia»:

a) Procedimentos Empíricos pela observação das relações de causa e

efeito entre a língua em uso y a relação social;

b) Procedimentos Analíticos, para a identificação dos efeitos e suas

causas, os sistemas linguísticos que produzem os referidos efeitos;

c) Procedimentos Epistemológicos associados à dúvida sistemática

cartesiana, para a análise das teorias em avaliação e julgamento;

d) Procedimentos de Experimentação Linguística.8

8 Os Fundamentos e Procedimentos da Experimentação Linguística foram inicialmente descritos e explicados no ensaio MEDINA, A.T. (2003) La «Enérgeia» humboldtiana en una perspectiva pragmática, Ensaio pelo Doutorado em Linguística, Barcelona: Universidade de Barcelona, p. 2-138; 140-286 Nessa obra descrevem-

Page 13: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

13

4.4.1 Diretrizes Metodológicas

Antes de iniciar a apresentação dos resultados da pesquisa empírica dos

dados do fenômeno linguístico e das análises epistemológicas sobre as teorias da

noção de Língua, é oportuno seguir a orientação de Mikhail Bakhtin, que no início

do Capítulo 4 da sua obra Marxismo e Filosofia da Linguagem (1992) declarou:

“No início do nosso itinerário, convêm propor, ao invés de definições, diretrizes

metodológicas” (p. 69).9

Assim, seguindo a proposta de Bakhtin, no início do nosso itinerário, vamos explicitar as diretrizes metodológicas do nosso trabalho de pesquisa.

Seguimos as diretrizes metodológicas da obra Regras do Discurso do Método de René Descartes 10 e os princípios da Nova Filosofia da Ciência,11 conforme explicamos:

a) A Primeira Regra do Discurso do Método consiste em não aceitar nunca como absolutamente verdadeiro ou objetivo, aquilo que com

se os procedimentos da Experimentação Linguística. Também na obra MEDINA, A.T. & MEDINA, G.R.P.T.M. (2009) Os Poderes da Língua no âmbito Jurídico: Princípios de Linguística Jurídica. ISBN n° 978-85-60323-23-4, Recife: Néctar, p. 110; 114; 96-130. Esses fundamentos foram constituídos levando em conta a concepção científica de DESCARTES, R. Discurso del Método. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1943; e de DÍAZ, Esther. “Los Discursos y los Métodos: Métodos de innovación y métodos de validación” , em Revista “Pespectivas Metodológicas”, ano 2, nº 2, pp. 2-22. Publicación del Departamento de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Lanús. Site: http://www.estherdiaz.com.ar/textos/metodo.htm 9 Bakhtin foi um dos autores que formulou na sua obra Marxismo e Filosofia da Linguagem (1992:69-89) críticas à concepção do positivismo linguístico do século XX. 10 DÍAZ, Esther. “Los Discursos y los Métodos: Métodos de inovación y métodos de validación”, em Revista “Pespectivas Metodológicas”, ano 2, nº 2, pp. 2-22. Publicación del Departamento de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Lanús; página Web, Site: http://www.estherdiaz.com.ar/textos/metodo.htm ; DESCARTES, R. Discurso del Método. Trad. Argentina, Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1943; tradução portuguesa (1982) Discurso do Método, Lisboa, Sá da Costa, pag. 28 ss. 11 A Nova Filosofia da Ciência foi constituída pela Comunidade Científica a partir de 1905, a partir das publicações de EINSTEIN (1905 e 1916), em conexão com as Regras do Discurso do Método de DESCARTES (1982: pp. 28 ss), a visão do Novo Espírito Científico de BACHELARD, G. (1934, 1996; 1978) e a visão paradigmática de KUHN (1962, 1996). Gerou uma grande mudança nos paradigmas científicos. Apud YAMAZAKI, Sérgio Choiti e YAMAZAKI, Regiani Magalhães de Oliveira (2009). “Gaston Bachelard e a Noção de Espírito Científico”. EmRevista P@rtes (São Paulo). Julho de 2009. ISSN 1678-8419, em <http://www.partes.com.br/educacao/olharbachelardiano.asp>, e apud: www.partes.com.br/educacao/bachelard.asp

Page 14: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

14

toda evidência não se reconhece como tal pelas novas pesquisas e observações. Por este princípio, somente se aceita das teorias do passado aquilo que se apresenta ante o pesquisador da atualidade de uma forma tão clara e distinta que não admita a mais mínima duvida, embora tenha sido considerado pelas teorias herdadas do passado como “uma verdade absoluta e universal” da ciência. Assim, por exemplo, é preciso colocar em dúvida no plano da suposta “Linguística Geral”, a hipótese saussuriana e estruturalista de que A LÍNGUA E ESTÁTICA, porque isso não se verifica pelos novos dados observados e observáveis do fenômeno linguístico. Da mesma forma, coloca-se em dúvida o princípio saussuriano pelo qual o estruturalismo defendeu que O SIGNIFICANTE LINGUÍSTICO É UMA LINHA,12 pois não se verifica: Essa concepção é a mistura de uma meia verdade no campo da Especialidade Linear e uma inverdade ou sofisma no plano da suposta “Linguística Geral” e da noção de língua. Pois o que se observa é que «uma parte» do significante é realmente uma linha, ou tem a disposição de uma linha: a cadeia fonemática. Porém, não o significante inteiro, que é complexo, multidimensional e multivariável. Deste modo, a teoria saussuriana do significante está cometendo o equívoco de tomar o «qui» pelo «quo»: O equívoco de tomar uma «parte do significante» pelo «significante inteiro».13

b) A Segunda Regra do Discurso do Método consiste em dividir cada uma das dificuldades que se encontram em tantas partes quantas sejam possíveis, e buscar a sua mais fácil solução. Naquilo que se refere aos tipos e conjuntos de sistemas que compõem a língua, os dados da pesquisa realizada pelos paradigmas e fundamentos da Nova Filosofia da Ciência e da Linguística Dinâmica e Integrativa mostram a necessidade de considerar tantos conjuntos de sistemas linguísticos quantos sejam precisos para distinguir todos os aspectos e problemas encontrados. Assim, por exemplo, é preciso fazer uma primeira distinção entre os SISTEMAS ESTÁTICOS, OS MODELARES E OS DINÂMICOS (Gráfico 1); uma segunda distinção entre os SISTEMAS SÍGNICOS (sistemas que expressam sentidos, significados e significações), os SISTEMAS PRAGMÁTICOS (sistemas responsáveis pela ação pragmática) e os SISTEMAS ENERGÉTICOS (sistemas que geram e produzem energias e forças de ação, reação e efeitos) (Gráfico 2). No conjunto dos SISTEMAS SÍGNICOS, é preciso distinguir os signos semânticos, os semióticos, os lógicos e os simbólicos; no conjunto dos SISTEMAS ENERGÉTICOS (produtores de energias e forças de ação, reação e efeitos) é preciso distinguir, pelos tipos de efeitos que produzem, os

12 Saussure define a “linearidade” do significante, na sua obra póstuma (1916): Versão Túllio de Mauro: p. 103; versão brasileira: p 84, nos seguintes termos: “O significante, sendo de natureza auditiva, desenvolve-se no tempo, unicamente, e tem as características que toma do tempo: a) representa uma extensão, e b) essa extensão é mensurável numa só dimensão: é uma linha (grifos do autor)”. 13 A crítica da linearidade do significante da concepção saussuriana é realizada por MEDINA (1998) Análise Crítica da Noção de Língua em Ferdinand de Saussure, Letras Digitais, Teses e Dissertações Linguística, PPGL UFPE: pp. 142-146.

Page 15: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

15

sistemas imperativos, os valorativos, os persuasivos, os sedutores, os retóricos, os lúdicos, os jurídicos, os administrativos, os políticos, os religiosos, os culturais, etc. (Gráfico ). Deste modo, Ferdinand de Saussure cometeu na sua obra póstuma (1916) várias omissões, esquecimentos e reducionismos sobre a noção de Língua (ou Langue), conforme o sentido dos termos nas Regras do Discurso do Método de René Descartes.

c) A Terceira Regra do Discurso do Método propõe ordenar os conhecimentos alcançados, começando pelos mais simples e fáceis, para elevar-se pouco a pouco e como por graus e níveis até os mais complexos, estabelecendo também certa ordem naqueles elementos que pareça que não têm nenhuma ordem natural. Assim, por exemplo, em primeiro lugar, num primeiro plano da complexidade linguística, os dados mostram a necessidade de fazer a distinção entre os Sistemas Estáticos, os Modelares e os Dinâmicos (Gráfico 1). Num segundo plano de complexidade, os dados mostram a necessidade de fazer a distinção entre os Sistemas Sígnicos, os Pragmáticos e os Energéticos (Gráfico 2). Num terceiro plano de maior complexidade, no plano do conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», os dados mostram a necessidade de distinguir o conjunto integrativo dos Sistemas Estáticos, os Modelares, os Dinâmicos, os Sígnicos, os Pragmáticos, os Cinéticos, os Energéticos, os Verbais e os Não-Verbais (Gráfico 3) (MEDINA & MEDINA, 2009: 68-87)14 . Num quarto plano de maior complexidade ainda, percebe-se a necessidade de distinguir e relacionar os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística e com os sistemas Transverbais do Plano Coletivo da Comunidade Linguística, da Cultura, da Nação e da Civilização (Gráficos ).

d) A Quarta Regra do Discurso do Método propõe fazer sempre enumerações tão complexas e revisões tão gerais, que se alcance certeza ou segurança de não ter omitido ou esquecido nada, de não ter cometido nenhum reducionismo teórico.15 Assim, por exemplo, a Linguística Dinâmica e Integrativa observa que as teorias dos pragmáticos dicotômicos do século XX, ao pesquisarem e definirem o fenômeno linguístico da ASSIMETRIA, omitiram um dado relevante e fundamental: OMITIRAM E ESQUECERAM QUE A ASSIMETRIA É O EFEITO OU RESULTADO DE UMA DIFERENCIAL DAS ENERGIAS E FORÇAS LINGUÍSTICAS ENTRE OS FALANTES E INTERLOCUTORES, no ato de fala, na conversação, no discurso e nos TURNOS DA INTERAÇÃO. Não há nenhum ato de fala na interação, não há nenhum discurso, texto ou obra, que não gere de parte a parte um conjunto de energias e forças, por pequeno que seja, entre o falante

14 MEDINA, A. T. & MEDINA G. R. (2009) Os Poderes da Língua no Âmbito Jurídico: Princípios de Lingüística Jurídica. ISBN n° 978-85-60323-23-4, Recife: Néctar: pág. 68-87. 15 DESCARTES, R. Discurso del Método. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1943; DÍAZ, Esther. “Los Discursos y los Métodos: Métodos de innovación y métodos de validación”, em Revista “Pespectivas Metodológicas”, ano 2, nº 2, pp. 2-22. Publicación del Departamento de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Lanús. Site: http://www.estherdiaz.com.ar/textos/metodo.htm

Page 16: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

16

e o interlocutor, entre o autor e o leitor. Assim, por exemplo, dois amantes que se falam na interação amorosa geram de parte a parte uma energia ou força mental, psíquica, emotiva ou sentimental. Negar isso é querer tampar o sol com uma peneira para provar que o sol não existe.

e) Seguimos também as diretrizes metodológicas e procedimentos de Thomas Kuhn na questão paradigmática, 16 bem como a perspectiva científica da Teoria da Relatividade de Albert Einstein;

f) Por isso, parece-lhe à Linguística Dinâmica e Integrativa, por exemplo, que a descrição do fenômeno da ASSIMETRIA da Pragmática Dicotômica é parcial, unilateral e reducionista; de tal maneira que não existiria nenhuma ASSIMETRIA na interação entre os falantes e interlocutores, e sim uma SIMETRIA relativa entre iguais ou semelhantes, se não existisse uma diferencial entre as energias e forças linguísticas de ambos; como por exemplo, entre o presidente de uma nação e os cidadãos normais e correntes, entre o dono e diretor de uma empresa e os trabalhadores da mesma, entre o professor e os estudantes, entre o general e os soldados, entre o pai e o filho, etc. Enquanto que as relações entre os amigos, pares e iguais, são simétricas, que é a situação real e objetiva em que fundamentaram as suas observações e análises linguísticas a Gramática Tradicional e o Estruturalismo Formalista.17

A descrição da assimetria por parte da Pragmática Dicotômica é uma meia verdade, que omite e oculta a outra meia verdade e se transforma em um sofisma, em uma retórica meronímica no plano da suposta “Linguística Geral”, que toma «uma parte do objeto» pelo «objeto inteiro», pelo «conjunto dos elementos que o compõem», de tal maneira que a Pragmática Dicotômica reduz «o todo do objeto» a «uma parte do mesmo», e denomina «o todo» com o «nome da parte».

g) Como vamos perceber pelos dados, são inúmeras as omissões e esquecimentos que cometeram as teorias linguísticas modernistas herdadas do século XX, como se representa nos Gráficos 3.1; 3.2; 3.3; 3.4; 4.1; 4.2; 4.3; 4.4; 5.1; 5.2; 5.3.

4.5 PRECAUÇÕES EPISTEMOLÓGICAS, PARADIGMÁTICAS E CIENTÍFICAS

16 KUHN, Thomas (1962, 1966) The Structure of Scientific Revolutions, The University of Chicago Press, Chicago: Kuhn 1996: p. 23-42; Kuhn 1970: p. 246. “La teoría kuhniana del cambio científico ocupa un sitio estratégico en la transformación que sufrió la filosofía de la ciencia a partir de los años sesenta”. 17 DESCARTES, R. Discurso del Método. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1943; DÍAZ, Esther. “Los Discursos y los Métodos: Métodos de inovación y métodos de validación”, em Revista “Pespectivas Metodológicas”, ano 2, nº 2, pp. 2-22. Publicación del Departamento de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Lanús; e na página Web, no Site: http://www.estherdiaz.com.ar/textos/metodo.htm.

Page 17: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

17

Assim, conforme a Nova Filosofia da Ciência, na hora de planejar a pesquisa sobre a Língua e a noção de Língua, é preciso ter algumas precauções epistemológicas, paradigmáticas e científicas, em relação à prática da Velha Filosofia da Ciência da tradição e do século XX:

1º. Conforme as Regras do Discurso do Método de René Descartes, a Língua deve ser entendida, nas teorias linguísticas, como o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma, e não como um conjunto parcial, para não omitir, desconsiderar ou esquecer algum aspecto ou função relevante do objeto. Nesse sentido, é preciso avaliar se as noções de língua da tradição e do século XX respeitam ou ferem as Regras do Discurso do Método de René Descartes;

2º. Conforme a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, não existem sistemas absolutos e universais na natureza, na língua e na ciência, como era a suposição da Velha Filosofia da Ciência, pois todos os sistemas dos objetos e os pontos de vista das ciências são relativos ou relativistas em relação ao tempo, ao espaço e aos paradigmas;

3º. Conforme a noção de Paradigma e da visão paradigmática de Thomas Kuhn é preciso avaliar se para cada conjunto de sistemas linguísticos distintos e irredutíveis não é preciso aplicar paradigmas distintos e específicos; para não acontecer o ABUSO PARADIGMÁTICO das escolas poderosas por meios políticos e religiosos; de tal maneira que para a pesquisa e descrição dos Sistemas Energéticos da Língua é preciso aplicar Paradigmas Energéticos, distintos dos Paradigmas Estáticos (aplicáveis aos Sistemas Estáticos), distintos dos Paradigmas Modelares (aplicáveis aos Sistemas Modelares) e distintos dos Paradigmas Cinéticos (aplicáveis aos Sistemas Cinéticos).

Neste campo, os dados da nova pesquisa mostram evidências de que as teorias linguísticas da tradição e do século XX cometeram um Abuso Paradigmático, ao imporem a todos os setores e especialidades desta ciência a aplicação dos Paradigmas Estáticos e Sígnicos da Velha Filosofia da Linguagem, como se fossem princípios absolutos e universais da ciência.

5.1 O PROBLEMA FUNDAMENTAL E O PROBLEMA APLICADO

O problema científico fundamental primeiro é a noção de língua

que dirige e domina a formação dos estudantes e profissionais de

Letras, que são preparados para ensinarem aos estudantes e

Page 18: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

18

profissionais de todas as categorias a língua como se fosse estática,

como se fosse um Sistema de Signos, que expressam sentidos e

significados e realizam a comunicação, sem nenhuma capacidade

produtora de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade,

competitividade, produtividade e poder.

Deste modo, vamos mostrar os indícios e evidências de que a

escola e a universidade oferecem uma EDUCAÇÃO ILUSTRAÇÃO

(teoria + teoria + teoria), e não uma EDUCAÇÃO COM CAPACITAÇÃO

PROFISSIONAL E EMPRESARIAL.

A política linguística elitista de Maquiavel deu aos profissionais de

Letras o privilégio da reserva de mercado para o ensino da Língua.

Acontece que, por causa da formação oferecida por esse modelo

montado sobre a Gramática unívoca da tradição e a Linguística

Modernista dicotômica do século XX, os profissionais de Letras deixam

uma lacuna linguística na formação e capacitação de todas as

categorias, inclusive, também dos estudantes dos cursos de

Administração, Economia, Contabilidade e Secretariado Executivo.

Assim, por meio desse artifício supostamente científico as escolas

dominantes da Corrente do «Ergon» enganam à cultura e à civilização,

enganam, em primeiro lugar, aos estudantes e profissionais de Letras

com a falsa ideia de que “A LÍNGUA É ESTÁTICA”, e com a meia

verdade de que “A LÍNGUA É SIGNO E SOMENTE SIGNO.

Deste modo, esse modelo de ensino da escola e da universidade,

montado sobre a concepção linguística da Gramática unívoca tradicional

e da Linguística Modernista dicotômica do século XX, não desenvolve

nos estudantes as habilidades e forças linguísticas da produtividade

profissional e empresarial; e como consequência, deixam no atraso os

sistemas produtivos e econômicos das comunidades de Pernambuco, do

Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo, inclusive, de uma parte

considerável dos países do chamado “Primeiro Mundo”, que pelo fato de

receberem uma EDUCAÇÃO ILUSTRAÇÃO e não desenvolverem as

Page 19: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

19

habilidades e forças linguísticas da produtividade profissional e

empresarial dos seus estudantes, em breve, profissionais ou

empresários, não acompanham o jogo competitivo imposto pelos países

mais desenvolvidos. Assim, atualmente, observam-se indícios e

evidências de que o problema aqui apontado também está presente em

países como a Grécia, Portugal, Espanha e outros. Este é um dos

fatores da fome, da miséria, do atraso e da marginalização de milhões

de brasileiros e bilhões de seres humanos no Planeta Terra, porque

estamos na cultura da enganação, e não existe nenhuma preocupação

efetiva dos Governos dos Países e dos Magnatas do Grupo 8 e do

Grupo 20, para oferecerem uma educação com capacitação profissional

e empresarial ao conjunto da população dos povos e da população

mundial. Oferecem uma educação com capacitação apenas a 10 % dos

estudantes para a reprodução e perpetuação das elites, deixando a 90%

dos estudantes com uma educação ilustração, de tal maneira que os

estudantes colam grau, recebem o diploma na mão, porém, quando

chegam ao Mercado de Trabalho percebem que não receberam uma

educação com capacitação efetiva e que não estão preparados para o

êxito e a produtividade que o mercado de trabalho exige.

5.1 A NOÇÃO DE LÍNGUA

1. Os dados da nova pesquisa, realizada conforme os princípios e

paradigmas da Nova Filosofia da Ciência,18 mostram que, por causa de

uma lógica formal deturpada, todas as teorias gramaticais e linguísticas

vigentes ao longo de séculos, que definiram a noção de Língua,

18 A Nova Filosofia da Ciência foi constituída pela Comunidade Cientifica a partir do ano de 1905, depois de que Albert Einstein publicou a Teoria da Relatividade, revolucionando a concepção newtoniana; e a sua culminação aconteceu em 1996, com a publicação da obra The Structure of Scientific Revolutions de Thomas Kuhn. Deste modo, a obra póstuma de Ferdinand de Saussure foi escrita conforme os paradigmas da Velha Filosofia da Ciência, e é neles que se fundamentam os equívocos científicos saussurianos e estruturalistas.

Page 20: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

20

cometeram o equívoco científico de uma retórica meronímica, tomando

«uma parte» da Língua pela «Língua Inteira», reduzindo a «Língua» a

«uma parte» da mesma, e denominando-a com o nome «da parte». Isso

aconteceu, por exemplo, quando as teorias gramaticais e linguísticas

que definiram a língua como «sistema estático», como «signo», ou como

«sistema de signos», entendendo que a mesma era somente um

conjunto de «signos».

2. Como vamos mostrar pelas análises, esse equívoco científico foi

cometido igualmente, com certas variáveis de estilo, paradigmas e

procedimentos, pelas teorias da Gramática de inspiração Unívoca,

pela obra póstuma saussuriana (1916), pelo Estruturalismo Formalista,

pela pragmática Dicotômica e pela Análise do Discurso, da

Conversação, do Texto e da Obra, de inspiração Dicotômica, Absoluta

e Linear.

3. Todas as noções de Língua formuladas conforme a lógica formal

deturpada da retórica meronímica converteram-se em sofismas,

falácias e falsos princípios científicos nos planos da suposta

“Linguística Geral” e da noção de Língua, quando impostas a cultura e

à civilização como se fossem princípios absolutos e universais da

ciência. Isso significa que essas ideias são adequadas e úteis no plano

parcial das Especialidades; porém, são equívocos científicos no plano

da suposta “Linguística Geral”. É como se a fisiologia reduzisse os

sistemas do organismo humano aos sistemas fisiológicos. A fisiologia

estaria correta e adequada nos campos da sua Especialidade; mas,

cairia numa falácia nos campos de uma suposta “biologia geral”, se

defendesse a falsa ideia de que o organismo humano se reduz ao

conjunto dos músculos, dos tendões e dos ossos.

O equívoco formal consiste na extrapolação indevida dos

paradigmas e conclusões das Especialidades (que pesquisaram e

Page 21: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

21

descreveram «partes da Língua») para o plano da «noção de Língua»

e da suposta «Linguística Geral».

4. Quanto à sua natureza, os dados da nova pesquisa 19 mostram que a

Língua não é somente um Signo ou Sistema de Signos, como

defendeu o Estruturalismo Formalista; pois, é um Sistema Complexo,

multidimensional e multivariável, que é ao mesmo tempo SIGNO,

AÇÃO E ENERGIA, pela sua própria natureza, como mostram os

dados empíricos e analíticos do fenômeno Linguístico. Explicamos:

A) Sem dúvida, A LÍNGUA É UM SISTEMA DE SIGNOS que

expressam sentidos e significados e realizam a comunicação;

B) É um MODO DE AÇÃO PRAGMÁTICA, conforme constataram John

Austin e a Pragmática;

C) Porém, é também UM SISTEMA ENERGÉTICO, produtor de

energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade,

competitividade, produtividade e poder, como já tinha observado

desde o período grego clássico a Corrente da «Enérgeia», hipótese

que se verifica nos inícios do século XXI pela aplicação dos

paradigmas da Nova Filosofia da Ciência. Deste modo, não se

podem negar os Sistemas Energéticos da Língua em função da

defesa e descrição dos Sistemas Pragmáticos e dos Sistemas

Estáticos. Seria o mesmo equívoco do que negar na biologia os

sistemas neurológicos e linfáticos por defender e descrever os

sistemas ósseos e musculares da fisiologia. São sistemas de

natureza distinta, que requerem paradigmas e especialidades

distintas.

5. Quanto à sua composição, os dados mostram que a Língua não é um

bloco monolítico constituído por um único tipo de matéria ou um único

tipo de sistemas homogêneos (como representa o Gráfico 1), e muito

19 Realizada conforme os paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.

Page 22: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

22

menos um sistema estático, como postularam os gramáticos unívocos

ao longo de tantos séculos, e os estruturalistas formalistas durante o

século XX, e sim um Sistema de Sistemas supercomplexo,

multidimensional e multivariável, como se representa no Gráfico 2.

6. Conforme os paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, ao tratar da

noção de Língua, a teoria deve entender, por princípio, a «Língua

Inteira», o conjunto integral de todos os seus sistemas constitutivos e

operativos, e não apenas «uma parte» da mesma, como entenderam a

Gramática Unívoca, o Estruturalismo Formalista, a Pragmática

Dicotômica e a Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.

Tomar «uma parte da Língua» pela «Língua Inteira» é uma retórica

meronímica, um equívoco científico fundamental no plano da ciência.

7. Assim, a noção de Língua deve pesquisar e descrever «a Língua

Inteira», e não «uma parte da mesma». Pesquisar e descrever «uma

parte da Língua» pela «Língua Inteira» é fazer uma retórica

meronímicas: Tomar a parte pelo todo, reduzir o todo a uma parte e

denominar o todo com o nome da parte. É um equívoco científico

insustentável para todos os efeitos.

A representação por meio de Gráficos Comparativos ajuda a

entender melhor as implicações desse fato nas teorias gramaticais e

linguísticas. Assim podemos entender:

a) As omissões, esquecimentos e reducionismos da gramática, conforme

o sentido dos termos em René Descartes, em relação à forma de

composição real da Língua; A noção de “língua” da Gramática

tradicional é uma ficção teórica atualmente insustentável;

b) As omissões, esquecimentos e reducionismos da obra póstuma

saussuriana (1916). A noção de “langue” da obra póstuma

Page 23: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

23

saussuriana (1916) é uma ficção teórica atualmente insustentável, em

relação à forma de composição real da Língua;

c) As omissões, esquecimentos e reducionismos da visão linguísticas do

Estruturalismo Formalista, em relação à forma de composição real da

Língua;

d) As omissões, esquecimentos e reducionismos da visão linguística da

Pragmática Dicotômica, em relação ao fenômeno linguístico e ao

princípio da Assimetria;

e) As omissões, esquecimentos e reducionismos da visão linguística da

Análise da Conversação e do Texto, em relação à forma de

composição real do fenômeno linguístico e da língua.

Os dados da pesquisa mostram que as concepções linguísticas da Da

Gramática tradicional, do Modernismo e Pós-modernismo Linguístico

omitem, desconsideram ou negam o fato real, inegável, de que a

Língua possui um número potencialmente infinito de

Sistemas Energéticos, produtores de energias, forças, efeitos,

eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade e

poder, funcionando juntos e integrados com os Sistemas Estáticos, os

Modelares, os Pragmáticos e os Cinéticos, As referidas escolas

poderiam ou deveriam ensinar os conhecimentos alcançados pelas

suas Especialidades Estáticas, Modelares, Pragmáticas e Cinéticas,

sem negarem a existência dos Sistemas Energéticos na Língua.

Gráfico 1O que não é a Língua?

Page 24: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

24

Os dados mostram evidências e provas de que a Língua não é um bloco monolítico constituído por um único tipo de material, ou um único tipo de sistemas homogêneos, e muito menos um sistema estático, como parece que entenderam os gramáticos unívocos, Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo Formalista. Essa visão da Língua é um reducionismo teórico que não se sustenta na atualidade.

A concepção da noção da Língua realizada pela teoria da

Gramática Tradicional e do Estruturalismo Formalista comete o

equívoco desvendado pelo Gráfico 1. É uma concepção equivocada

que não se sustenta na atualidade pelos paradigmas da Nova

Filosofia da Ciência.

Pelo contrário, os dados mostram que a Língua é um Sistema de

Sistemas altamente complexo, multidimensional e multivariável,

constituído pela união integrada de três conjuntos de sistemas de

natureza distinta situados em planos diferentes, como se representa

no Gráfico 2:

a) O Conjunto dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»;

b) O Conjunto dos Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e

da Central Cérebro-Mente-Psique linguística;

c) O Conjunto dos Sistemas do Plano Transverbal da Coletividade

da Cultura, da Nação e da Civilização. Vamos ver o que isso

significa.

Gráfico 2

Page 25: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

25

O que vamos mostrar ou provar é que a língua real é esta,

complexa, multidimensional e multivariável e integral. Enquanto a

outra, formulada conforme as teorias da gramática unívoca e da

linguística dicotômica, é uma ficção teórica criada ou forjada por uma

lógica formal deturpada.

Para mostrar o equívoco teórico da concepção de língua da

Gramática Unívoca, podemos colocar lado a lado comparativamente esses

gráficos anteriores, destacando e reforçando as diferenças entre as duas

concepções. Depois faremos o estudo comparativo dos novos dados

empíricos e analíticos com a concepção da noção de Língua de Ferdinand

de Saussure, do Estruturalismo Formalista, da Pragmática Dicotômica e da

Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.

Cabe destacar, preliminarmente, que não todos os setores das

escolas da tradição e do século XX defenderam concepções unívocas e

Page 26: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

26

dicotômicas. Porém, foram as concepções que prevaleceram, impedindo

por meio de abusos paradigmáticos o normal desenvolvimento das

concepções relativistas e integrativas das Especialidades Energéticas.

Para evitar um engano histórico frequentemente cometido pelas

teorias linguísticas fortes do século XX, é preciso considerar e chamar a

atenção para o fato de que existiram duas Correntes de Pensamento na

Gramática ao longo dos séculos: a) A Corrente da Gramática Unívoca,

aqueles setores que, por causa do falso princípio científico da Não

Contradição, desenvolveram um pensamento unívoco na gramática: b) A

Corrente da Gramática Eclética, que considerou a Gramática como uma

Especialidade ou conjunto de Especialidades no meio de um conjunto

maior, integrada ou relacionada com a Filologia, a Teoria e a Crítica

Literária, a Estilística e a Retórica. Deste modo, a Corrente da Gramática

Eclética entendeu que a Gramática não pesquisou e descreveu o conjunto

integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim

somente um conjunto parcial, o conjunto dos sistemas verbais e sígnicos

estáticos das palavras e das orações a partir do ponto de vista do falante.

Por outro lado, os setores dicotômicos radicais do Estruturalismo

Formalista ocultaram, omitiram e desconsideraram nas suas histórias e nas

suas teorias este fato histórico e essa diferença, e trataram tudo de uma

forma indiscriminada e equivocada ao criticarem radicalmente a Gramática

da tradição.

Pela análise dos dados, declaramos que a Corrente Eclética da

Gramática estava fundamentalmente correta, porque assumiu posições

relativistas, considerando a Gramática como uma Especialidade ou

conjunto de Especialidades, que pesquisou e descreveu uma parte da

Língua. Enquanto que a Corrente Unívoca da Gramática estava

fundamentalmente equivocada, porque assumiu posições absolutas e

dicotômicas radicais, como Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo

Formalista, considerando a Gramática como uma espécie de “Linguística

Geral”, defendendo que tinham pesquisado e descrito o conjunto integral de

Page 27: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

27

todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, compreensão que

foi um engano, um equívoco interpretativo.

Assim, as críticas que aqui vamos formular referem-se à Corrente

Unívoca da Gramática, que no fundo da questão considera que pesquisou

e descreveu o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e

operativos da Língua.

O problema histórico é que essa corrente unívoca sustentada pelo

absolutismo da religião e da política, que se arvorou como verdade

absoluta e universal da ciência, e desprezou ou desqualificou a Corrente da

Gramática Eclética, de tal maneira que os equívocos da Gramática Unívoca

se impuseram no Ocidente como se fossem princípios absolutos e

universais da ciência.

Deste modo, as críticas que aqui vamos formular são contra as

teorias da Corrente Unívoca da Gramática, não contra as teorias da

Corrente Eclética.

A Corrente Eclética da Gramática não considerou que tenha

pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos

e operativos da Língua, e sim, uma parte da mesma, os sistemas verbais e

sígnicos estáticos das palavras e das orações.

No Gráfico 3, destaca-se o equívoco cometido pela Corrente Unívoca da Gramática.

Gráfico 3Estudo comparativo

A Língua não é um sistema monolítico

A Língua é um Sistema Complexo, multidimensional e multivariável.

Page 28: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

28

A compreensão da Língua como sistema monolítico e como sistema estático é um equívoco teórico, um sofisma.

Como é possível que durante tantos séculos, os gramáticos

unívocos e os linguistas dicotômicos ensinaram e impuseram à cultura e

à civilização a falsa ideia de que “a Língua é Estática” como se fosse um

princípio absoluto e universal da ciência?

Os dados mostram que essa ideia não é propriamente o

resultado de uma pesquisa científica fundamentada e consistente; não é

o fruto dos argumentos lógicos da ciência, e sim, possivelmente, a

consequência de uma Cegueira Paradigmática, conforme o sentido dos

termos em Thomas Kuhn, ou de uma subserviência das escolas em

relação à Política Linguística Elitista de Maquiavel imposta ao Ocidente

por meios religiosos e políticos. Conforme o princípio maquiavélico:

Todo o Poder Linguístico para o Príncipe e suas elites, nenhum poder

linguístico para o povo, igualmente para os escravos e plebeus do

passado, como também para os trabalhadores, classes médias e

camadas de baixa renda na atualidade. Por isso, o objetivo das escolas

unívocas e dicotômicas durante tantos séculos foi convencer à

humanidade com sofismas da falsa ideia de que “A Língua é Estática”,

Page 29: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

29

para perpetuar a Política Linguística Elitista de Maquiavel. É uma

opinião totalmente insustentável no século XXI pelos paradigmas da

Nova Filosofia da Ciência.

Ainda existem atualmente setores que defendem essa falsa

ideia como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência,

enquanto que o sistema capitalista deixa milhões de brasileiros e bilhões

de seres humanos do Planeta Terra, na miséria mais absurda, em uma

situação geral de fome, pobreza e marginalização. Isso pode agradar

aos políticos do Planalto; porém, prejudica a capacitação profissional e

empresarial dos estudantes dos cursos de Administração, Economia e

Contabilidade.

Por trás dos bonitos discursos do marketing da política

linguística elitista de Maquiavel continua viva e palpitante a realidade

cruel em que vivem milhões ou bilhões de homens, mulheres e crianças

das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro

Mundo.

Uma concepção dicotômica, insustentável, defende que não é lógico

relacionar essas duas observações, as observações do campo

Linguístico e as observações do campo da Administração. Porém. esses

dos aspectos estão radicalmente separados na ficção das suas teorias

dicotômicas. Porque na prática da existência humana estão fortemente

relacionadas e implicadas. De tal maneira que a separação dicotômica

radical desses dois conjuntos de elementos é política, não científica.

5.2 Identificação dos três conjuntos integrados da Língua, que constituem os objetos dos três eixos fundamentais da Linguística.20

20 Esta questão é importante, porque percebendo com objetividade a composição real da Língua, conforme os dados objetivos do fenômeno linguístico, podemos mostrar as limitações e equívocos teóricos das noções de

Page 30: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

30

Como representamos no Gráfico 2, os novos dados da pesquisa

mostram que a Língua é um Sistema de Sistemas constituído pela

união integrada de três conjuntos de sistemas de natureza distinta,

situados em três níveis ou camadas diferentes:

a) O conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»;

b) O conjunto dos sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da

Central Cérebro-Mente-Psique linguística; e

c) O conjunto dos Sistemas coletivos Transverbais da Cultura, da

Nação e da Civilização.

Por isso, como observaram Humboldt e Backtin, é preciso

pesquisar a Língua a partir de três eixos ou Pontos de Vista.

a) A partir do eixo dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»,

como fizeram a Gramática, Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo

Formalista nas suas Especialidades;

b) A partir do eixo dos sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e

da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, como fizeram

Aristóteles, Humboldt e os partidários da Corrente da «Enérgeia»; e

c) A partir do eixo dos Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da

Nação e da Civilização, como fizeram e propuseram Humboldt e

Backtin.

Negar e omitir os eixos do Plano Profundo e do Plano

Transverbal, é um equívoco científico e teórico, porque é ferir as

Regras do Discurso do Método de René Descartes.

Não há língua sem mente, sem psique, sem cérebro e sem o

plano coletivo transverbal da cultura, da nação e da civilização. De tal

Língua da tradição e do século XX.

Page 31: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

31

maneira que, a língua sem mente, sem psique, sem cérebro e sem o

plano coletivo transverbal da cultura, da nação e da civilização é uma

ficção teórica, fruto da lógica formal deturpada dos sofismas e dos

falsos princípios científicos da Corrente do «Ergon».

Podemos revelar e explicar a composição dos três conjuntos,

que constituem os três eixos da Linguística:

5.2.1 1º eixo da Linguística: Os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»

Como representamos no Gráfico 3, a Língua está constituída

pela união integrada de três conjuntos de sistemas de natureza

distinta: Por isso, a Língua precisa ser pesquisada a partir de três

eixos ou pontos de vista: a) a partir do ponto de vista dos Sistemas

do Plano de Superfície do «Ergon»; b) a partir do ponto de vista dos

Sistema do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-

Mente-Psique linguística; e c) a partir do ponto de vista dos Sistemas

Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.

No 1º eixo da Linguística, a Língua precisa ser pesquisada a

partir do ponto de vista dos sistemas do Plano de Superfície do

«Ergon», onde se situam os pontos de vista fundamentais da

Gramática tradicional e da Linguística Modernista do século XX.

Porém, omitir, desconsiderar e negar os outros dois eixos da

Linguística, o 2º e o 3º, é um equívoco teórico hoje insustentável,

porque isso representa ferir as Regras do Discurso do Método de

René Descartes e os princípios da Nova Filosofia da Ciência.

Page 32: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

32

Nos inícios do século XXI, é preciso contestar e reformular na

Linguística os paradigmas da Velha Filosofia da Ciência pelos

paradigmas e procedimentos da Nova Filosofia da Ciência.

O Gráfico 4 representa o conjunto dos sistemas linguísticos do

primeiro eixo da Linguística.

Gráfico 4

Como se representa no Gráfico 4, os dados das novas

pesquisas mostram que, no Plano de Superfície do «Ergon», a Língua

está constituída pela união integrada dos Sistemas Tipo E (Estáticos),

Tipo M (Modelares), Tipo D (Dinâmicos), Tipo S (Sígnicos), Tipo P

(Pragmáticos), Tipo C (Cinéticos), Tipo € (Energéticos), Tipo V

(Verbais) e Tipo N-V (Não-Verbais), que funcionam juntos e

Page 33: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

33

integrados no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na

obra.

Tipo E = Sistemas Estáticos; Tipo M = Sistemas Modelares;Tipo D = Sistemas Dinâmicos; Tipo S = Sistemas Sígnicos; Tipo P = Sistemas Pragmáticos; Tipo C = Sistemas Cinéticos; Tipo € = Sistemas Energéticos;Tipo V = Sistemas Verbais;Tipo N-V = Sistemas Não-Verbais

Assim, no seu Plano de Superfície do «Ergon», a Língua está

integrada por vários conjuntos de sistemas e subsistemas, entre os quais

podemos destacar:

Os SISTEMAS ESTÁTICOS (Tipo E), que constituem o conjunto

dos sistemas linguísticos que funcionam como princípios de

identificação e distinção das línguas. É um conjunto constituído pelos

sistemas verbais dos fonemas, morfemas, palavras, frases, formas,

estruturas, sintagmas e atos de fala, que contribuem para a

identificação e distinção das línguas, especialmente, pelos elementos

da fonologia, morfologia, sintaxe, estrutura semântica, léxico e

gramática.

Assim, a pesquisa e a descrição dos Sistemas Estáticos

serviram historicamente para distinguir a língua grega da latina, a

latina da espanhola, a espanhola da portuguesa, da catalã ou da

galega, a alemã da russa, etc. Por isso, tiveram tanta importância nas

primeiras etapas históricas do desenvolvimento desta ciência.

Os Sistemas Estáticos das línguas foram investigados por várias

escolas a partir de distintos pontos de vista, desde o período grego

Page 34: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

34

clássico até o final do século XX, constituindo várias Linguísticas

Setoriais e Especialidades. Entre as escolas que investigaram os

sistemas estáticos da língua, podemos destacar: 1) A Gramática

(tradicional); 2) O Estruturalismo Formalista; 3) A Gramática

Transformacional.

Não há como negar que a língua tem sistemas estáticos; e por isso, a

Linguística como ciência precisa constituir e desenvolver várias

ESPECIALIDADES ESTÁTICAS. Porém, o equívoco teórico que

prevaleceu e dominou durante o século XX foi a opinião que defendeu a

falsa e obsoleta ideia de que “A LÍNGUA É ESTÁTICA”, pois a mesma tem

sistemas estáticos, mas tem também sistemas modelares e dinâmicos:

pragmáticos, semióticos, cinéticos, energéticos e gerativos.

Existem vários tipos de Sistemas Estáticos na Língua:

Os Sistemas Estáticos Tipo E¹ são os sistemas verbais e

sígnicos estáticos das palavras e das orações pesquisados e

descritos pela Gramática. Não se fundamenta a opinião dos

estruturalistas, dos pragmáticos e dos analistas do discurso do século

XX que negaram, desqualificaram e desconsideraram radicalmente,

por meio de sofismas e falácias, como se não existissem, os sistemas

da Gramática, ou como se fossem uma mera subjetividade dos

gramáticos, ou como se não tivessem nenhuma objetividade e

nenhum caráter científico, quando na nova pesquisa conforme os

Paradigmas da Nova Filosofia da Ciência constata-se que esses

sistemas existem realmente, e que a gramática que os pesquisou e

descreveu ao longo de muitos séculos têm um valor científico relativo

e uma objetividade proporcional ao desenvolvimento da ciência

naquele período.

Os Sistemas Estáticos Tipo E² são os sistemas verbais e

sígnicos estáticos das formas e das estruturas, pesquisados e

descritos pelos estruturalistas formalistas por meio de paradigmas

Page 35: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

35

idealistas e formalistas saussurianos, que foram exaltados durante

décadas no século XX e extrapolados para o plano da suposta

“Linguística Geral”, impostos a todos como se fossem mitos, dogmas

ou verdades absolutas e universais da ciência, tudo medido conforme

a ideologia da escola Estruturalista;

Os Sistemas Estáticos Tipo E³ são os sistemas verbais e

sígnicos estáticos de outras escolas, como de Port Royal ou da

Gramática Transformacional, ou os sistemas verbais e sígnicos

estáticos integrativos, que os estruturalistas, os pragmáticos e os

analistas do discurso negaram durante o século XX como se não

existissem, ou como se não tivessem nenhuma objetividade e caráter

científico, porém, a sua existência verifica-se pelos paradigmas da

Nova Filosofia da Ciência.

É oportuno fazer algumas explicações sobre as escolas que

pesquisaram os Sistemas Estáticos para deixar mais clara a questão:

1ª. A GRAMÁTICA (tradicional) construiu um conjunto de teorias

setoriais que investigaram e descreveram uma parte dos sistemas da

Língua, os sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das

orações, com paradigmas empíricos e racionalistas, inspirados em

Aristóteles, Platão e Sexto Empírico, a partir do ponto de vista do falante,

constituindo várias Linguísticas Setoriais e Especialidades, que se

relacionam e integram, entre as quais, podemos destacar:

A) A GRAMÁTICA DA PALAVRA, também denominada de

morfologia, inicialmente formulada e constituída por Dionísio de

Trácia;

B) A GRAMÁTICA DA ORAÇÃO ou SINTAXE, formulada por

Apolônio Díscolo;

Page 36: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

36

C) A MORFOLOGIA é uma parte da Gramática da Palavra, de

grande relevância para as línguas Indo-germânicas, o grego, o

latim, o alemão, o espanhol, o português e outras. Desenvolve a

pesquisa e descrição dos morfemas;

D) A LEXICOLOGIA ou LEXICOGRAFIA é a matriz fundamental da

pesquisa do léxico das línguas e da composição dos dicionários,

de grande importância e utilidade para o conhecimento das

línguas, das culturas e das civilizações ao longo de muitos

séculos;

E) A SINTAXE é uma parte da Gramática da Oração que pesquisa e

descreve as funções sintáticas.

F) OS CAMPOS SEMÂNTICOS foram inicialmente um

desdobramento histórico da Sintaxe, constituindo um embrião

parcial da Linguística Setorial que no século XX seria denominada

de SEMÂNTICA.

G) Estes campos constituem Especialidades Estáticas da Linguística,

no pleno sentido do termo.

Porém, é preciso entender que o conjunto dos fonemas, morfemas,

palavras, formas, estruturas, sintagmas, sistemas sintáticos e semânticos

dos gramáticos são apenas uma parte dos Sistemas Estáticos da Língua. O

erro maior dos setores unívocos da gramática foi terem considerado que

pesquisaram e descreveram o conjunto integral de todos os sistemas

constitutivos e operativos da Língua, como se fosse uma espécie da

“Linguística Geral” válida para todas as línguas do passado, presente e

futuro. Essa conclusão teórica, implícita ou explícita, é um sofisma: foi uma

extrapolação indevida das conclusões das Especialidades Estáticas da

Gramática para o plano de uma suposta “Linguística Geral” fruto de uma

Page 37: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

37

lógica formal deturpada; e, portanto, é um sofisma que avançou

historicamente pelos caminhos da falácia, impondo a todos os setores e

especialidades essa meia verdade ou verdade relativista das

Especialidades da Gramática para o plano de uma suposta “Linguística

Geral”, como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência. O

equívoco científico de Saussure, já estava presente na Gramática unívoca,

desde o tempo de Parmênides e Zenão de Eleia.

Isso significa entender que, conforme os paradigmas da Nova

Filosofia da Ciência, os princípios e fundamentos descobertos pela

Gramática para o grego, o latim, o espanhol, o português e outras línguas

germânicas ou neolatinas não servem, por princípio, para todas as línguas

do mundo, como certa concepção absoluta e unívoca da Gramática

equivocadamente disseminou. Os princípios da Gramática, como de todas

as Especialidades das ciências, são relativos ou relativistas e servem para

determinadas línguas ou famílias de línguas; não, para todas as línguas do

Planeta Terra, do passado, do presente e do futuro.

2ª. O ESTRUTURALISMO FORMALISTA é uma escola linguística

do século XX que, sob a inspiração da obra póstuma saussuriana Curso de

Linguística Geral (1916), realizou uma primeira revolução científica para a

modernidade no campo linguístico; ou seja, formulou uma Linguística

Setorial, distinta da Linguística Setorial da Gramática. A partir da

concepção e dos paradigmas da obra póstuma saussuriana (1916), o

Estruturalismo Formalista criou um conjunto de teorias e especialidades

distintas das tradicionais, que investigaram e descreveram outra parte da

Língua, o conjunto dos sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e

das estruturas com paradigmas idealistas e formalistas a partir do ponto de

vista do ouvinte, constituindo algumas Linguísticas Setoriais e

Especialidades. Porém, o Estruturalismo Formalista não pesquisou nem

descreveu o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e

operativos da Língua, e sim, somente de uma parte da mesma.

Page 38: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

38

A suposição da “Linguística Geral”, de que o Estruturalismo

Formalista teria pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os

sistemas constitutivos e operativos da Língua, não é científica; e sim,

apenas um jogo de marketing autoexaltado da escola, para tomar das

escolas da tradição os espaços institucionais e acadêmicos. É o resultado

de um Abuso Paradigmático, possivelmente, por razões da religião ou da

política linguística elitista de Maquiavel, que busca a concentração do poder

político e econômico no Príncipe e nas elites. É o jogo político da inércia do

conservadorismo retrógrado.

É importante mostrar aqui alguns aspectos relevantes da história da

linguística a partir das análises epistemológicas e empíricas, mostrando os

equívocos interpretativos do Estruturalismo Formalista:

a) Em oposição às crenças e opiniões de determinados setores do século

XX, os dados das novas pesquisas mostraram que as teorias

Estruturalistas e Formalistas não pesquisaram o conjunto integral de

todos os sistemas constitutivos e operativos da língua; e sim, apenas,

um conjunto parcial da mesma, o conjunto dos sistemas verbais e

sígnicos estáticos das formas e das estruturas. Por esta razão, as

escolas do século XX não constituíram nenhuma “Linguística Geral”. As

teorias mal denominadas de “Linguística Geral” são, na verdade, os

princípios gerais de uma Linguística Setorial de inspiração idealista e

formalista.

b) Os Estruturalistas Formalistas equivocaram-se quando pensaram que

estavam pesquisando os mesmos sistemas linguísticos dos Gramáticos

com procedimentos científicos distintos e melhores (tentando suplantar

os gramáticos). Porém, não os suplantaram, porque os sistemas dos

gramáticos são sistemas linguísticos reais distintos dos sistemas dos

estruturalistas, e vice-versa: Trata-se de Especialidades diferentes com

paradigmas e procedimentos distintos, assim como a cardiologia é

Page 39: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

39

distinta da pneumologia, embora o coração e os pulmões se encontrem

perto um do outro na caixa torácica.

c) Os gramáticos pesquisaram e descreveram os sistemas verbais e

sígnicos estáticos das palavras e das orações a partir do ponto de vista

do falante, enquanto que os estruturalistas pesquisaram e descreveram

os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas a

partir do ponto de vista do ouvinte. Um equívoco dos estruturalistas

consistiu em pensarem que as formas e estruturas que pesquisaram

eram os mesmos sistemas linguísticos dos gramáticos. Este equívoco foi

disseminado e imposto em toda a civilização do Ocidente durante o

século XX, mas não se sustenta: Pelo contrário, os dados mostram que

são conjuntos distintos, que correspondem a Especialidades diferentes;

e isso está de alguma forma patente na obra póstuma saussuriana

(1916) por oposição ou por contraste. Só que os estruturalistas

dicotômicos, absolutos e lineares, não souberam entender este aspecto

da obra póstuma saussuriana. De fato, para Saussure, explicitamente,

as palavras e as orações (dos gramáticos ou de qualquer outra escola)

não são unidades da “língua” (langue) no sentido do termo conforme a

sua concepção. Assim, para Saussure as palavras e as orações dos

gramáticos não são as mesmas unidades que as formas e as estruturas

dos estruturalistas, não são unidades linguísticas. 21

d) Podemos fazer algumas explicações para superar esse equívoco dos

estruturalistas: Os sistemas linguísticos dos gramáticos são os sistemas

verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações a partir do ponto

de vista do falante; enquanto que os sistemas dos estruturalistas são os

sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas a

partir do ponto de vista do ouvinte. Por isso, os rasgos distintivos dos

gramáticos situavam-se nos órgãos articulatórios e na fonação do

21 Para Saussure, as palavras e orações não são unidades da langue nem de linguística da langue. Curso de Linguística Geral: Versão brasileira: 16; 19-21; 80-81; 130-1312, Versão Túllio de Mauro: 28-30; 99; 23-28; 150-158. Este fato foi analisado e criticado detalhadamente na obra de MEDINA, Análise Crítica da Noção de Língua em Ferdinand de Saussure, Dissertação de Mestrado : 2124; 43-52; 109-142.

Page 40: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

40

falante; enquanto que os rasgos distintivos dos estruturalistas situaram-

se na audição e no ouvinte. Eram sistemas linguísticos diferentes

situados em sujeitos distintos, com paradigmas, estruturas de

composição e sistemas de funcionamento diferentes. Porém, durante

todo o século XX os estruturalistas impuseram por meio de sofismas e

falácias esse equívoco teórico a todos os setores como se fossem

verdades absolutas e universais da ciência. São abusos paradigmáticos

de uma escola sobre o campo da outra, hoje insustentáveis. São

interferências radicais indevidas do Estruturalismo Formalista nos

campos da Gramática, declarando e disseminando equivocadamente a

falsa ideia de que a Gramática não tinha nenhum caráter científico, e

nenhuma objetividade.

e) Deste modo, as teorias do Estruturalismo Formalista do século XX não

constituíram nenhuma “Linguística Geral”, porque não trataram do

conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da

Língua; e sim, somente de um conjunto parcial. Porém, ficaram impondo

durante décadas a todos os setores e especialidades da Linguística, os

seus sofismas e falácias, como se fossem princípios absolutos e

universais da ciência, por meios religiosos, políticos, filosóficos,

ideológicos, paradigmáticos e acadêmicos.

f) Assim, os estruturalistas do século XX equivocaram-se quando

pensaram que estavam pesquisando e descrevendo o conjunto integral

de todos os sistemas constitutivos e operativos da língua. Pelo contrário.

Não pesquisaram, por exemplo, os seguintes sistemas:

i. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS ESTÁTICOS da

Gramática (que eram distintos dos sistemas estáticos do

estruturalismo);

ii. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS MODELARES E

CINÉTICOS da Filologia, da Teoria e Crítica Literária, da

Page 41: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

41

Estilística, da Semiótica, da Pragmática e da Análise do

Discurso;

iii. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS PRAGMÁTICOS

da Pragmática;

iv. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS SEMIÓTICOS, da

Semiótica e da Semiologia;

v. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS ENERGÉTICOS

da Corrente da «Enérgeia» e da Linguística Dinâmica;

vi. Não pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS GERATIVOS de

Platão, Aristóteles, Humboldt, Descartes e Chomsky.

vii. Assim, foram numerosos os conjuntos de sistemas linguísticos

que o Estruturalismo Formalista omitiu e desconsiderou,

deixando-os de pesquisar no século XX, ferindo a Segunda e a

Quarta Regras do Discurso do Método de René Descartes.

Porém, é preciso entender que a Língua não é estática;

que os Sistemas Estáticos são apenas uma parte da Língua, e

não o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e

operativos da mesma.

a) Os Sistemas Modelares são os sistemas linguísticos da variação no

estilo e nas formas de construção do ato de fala, da conversação, do

discurso, do texto e da obra; Manifestam-se vários tipos de

subconjuntos, de Tipo M¹, Tipo M², Tipo M³;

b) Os Sistemas Dinâmicos são os sistemas linguísticos que justificam e

fundamentam as funções dinâmicas da língua. Possuem vários

subconjuntos, de Tipo D¹, Tipo D², Tipo D³;

Page 42: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

42

c) Os Sistemas Sígnicos são os sistemas linguísticos que expressam

sentidos, significados e significações para a comunicação.

Manifestam-se vários subconjuntos, de Tipo S¹, Tipo S², Tipo S³, etc.;

d) Os Sistemas Pragmáticos são os sistemas linguísticos que funcionam

como ação ou partes de uma ação. Possuem vários subconjuntos, de

Tipo P¹, Tipo P², Tipo P³;

e) Os Sistemas Cinéticos são os sistemas linguísticos da mobilidade

dos elementos. Manifestam-se vários tipos, de Tipo C¹, Tipo C², Tipo

C³;

f) Os Sistemas Energéticos são os sistemas linguísticos produtores de

energias, forças, efeitos, eficácia, competência, competitividade,

produtividade e poder. O conjunto possui vários subsistemas, Tipo €¹,

Tipo €². Tipo €³;

g) Os Sistemas Verbais são os sistemas linguísticos operados pelos

sistemas verbais, amplamente investigados e descritos pela

gramática e pela teoria estruturalista. O conjunto possui vários

subtipos, de Tipo V¹, Tipo V², Tipo V³;

h) Os Sistemas Não Verbais são os sistemas linguísticos operados

pelos níveis de significação e energização semiótica. O conjunto

possui vários subconjuntos, de Tipo N-V¹, Tipo N-V², Tipo N-V³.

Em debate. Assim, podemos observar pelos dados da nova pesquisa

que, no plano parcial das Especialidades, às vezes, o PONTO DE VISTA

DA ESCOLA pode criar ou determinar o OBJETO PARTICULAR de cada

Especialidade, conforme as múltiplas variações das Especialidades das

ciências, conforme postula o princípio idealista saussuriano. Porém, no

Page 43: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

43

plano geral da noção de Língua e da suposta “Linguística Geral”, é A

NATUREZA DA LÍNGUA (captada pelos procedimentos empíricos,

analíticos e de experimentação) e não o ponto de vista da escola, que

determina o OBJETO DA CIÊNCIA.

Assim, equivocou-se totalmente o Estruturalismo Formalista do

século XX pela maneira absolutista como entendeu e explicou o princípio

idealista saussuriano (que postula que “é o ponto de vista da escola que

cria ou determina o objeto da ciência”).22

Invocamos a Comunidade Científica dos físicos, dos biólogos, dos

astrônomos, dos matemáticos, dos pesquisadores das ciências sociais

aplicadas, para que analisem e verifiquem esta questão científica: Se é o

ponto de vista da escola ou a natureza do Sistema que determina o Objeto

da ciência Porque o princípio científico fundamental é igual na Física que

na Biologia, na Matemática, na Astronomia, na Geologia, na Oceanografia,

nas Ciências Sociais Aplicadas e na Linguística: Assim, é a NATUREZA do

sistema pesquisado, captada pelos procedimentos empíricos, analíticos e

de experimentação, o que determina o OBJETO DA CIÊNCIA, e não o

ponto de vista da escola.

Repetimos: Equivocou-se o Estruturalismo Formalista no século XX,

que ao “reinar” e “dominar” nos campos da Linguística, impôs a todos os

setores e especialidades, o referido princípio idealista saussuriano de que é

o ponto de vista da escola que determina o objeto da ciência, como se

fosse um princípio absoluto e universal da ciência. Pelo contrário, como

postula a Teoria da Relatividade, esse princípio idealista saussuriano é

relativo ou relativista em relação ao tempo, ao espaço, ao campo e aos

paradigmas de cada Especialidade.

SISTEMAS MODELARES (Tipo M) são os sistemas linguísticos que

funcionam como princípios da variação no estilo e nas formas de

construção do ato de fala, da conversação, do discurso, do texto e da obra.

22 A Cita da Obra póstuma saussuriana

Page 44: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

44

Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os

analistas do discurso e os gramáticos unívocos quando negaram nas suas

teorias os sistemas modelares da Língua, como se não existissem, quando

foram pesquisados e descritos pelos filólogos, pelos teóricos e críticos

literários e pelos estilistas. Aquela posição teórica modernista da Corrente

do «Ergon» do século XX é atualmente insustentável conforme a aplicação

dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.

É inegável a ideia de que a Língua possui Sistemas Modelares,

próprios da variação no estilo e nas formas de construção do ato de fala, da

conversação, do discurso, do texto e da obra, no conjunto dos seus

sistemas constitutivos e operativos; pois se não fosse assim, os falantes e

escritores não poderiam ter estilos próprios diferentes uns dos outros. É um

fato amplamente conhecido e confirmado que cada falante, grupo social,

região ou variante tem, ou pode ter, o seu próprio estilo. Isso acontece

porque a língua possui em si, no conjunto dos seus sistemas constitutivos e

operativos, Sistemas Modelares.

Os Sistemas Modelares da Língua foram pesquisados por várias

escolas e especialidades da tradição e do século XX a partir de vários

pontos de vista com distintos paradigmas e procedimentos; como, por

exemplo, pela Filologia, a Estilística, a Teoria e Crítica Literária, a

Literatura, a Análise do Discurso, da Conversação e do Texto, e várias

áreas da Pragmática e da Semiótica.

Os Sistemas Modelares são tão essenciais e fundamentais quanto os

Estáticos para o normal funcionamento da língua. Foi um sofisma ou

equívoco científico a falsa ideia de que somente os sistemas estáticos eram

essenciais, como defenderam ao longo de séculos determinadas escolas

de visão unívoca e dicotômica estreita.

Podemos distinguir vários tipos de Sistemas Modelares, como por

exemplo: Os Sistemas Modelares Tipo M¹, que são os sistemas modelares

da variação no estilo e nas formas de construção, da filologia, da teoria /

crítica literária e da Estilística, que os estruturalistas, os pragmáticos e os

analistas do discurso tentaram negar com sofismas e falácias durante o

Page 45: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

45

século XX, como se não fossem sistemas da Língua, como se não tivessem

nenhuma objetividade e nenhum caráter científico, quando na nova

pesquisa se constata que existem e têm um valor científico relativo aos

paradigmas utilizados e ao campo pesquisado, e uma objetividade

proporcional ao desenvolvimento da ciência no tempo e na época em que

foram formulados.

Os Sistemas Modelares Tipo M² são os sistemas modelares da

pragmática e dos analistas do discurso, que foram exaltados e extrapolados

no século XX para o plano da suposta “Linguística Geral”, assumidos como

se fossem verdades absolutas e universais da ciência, tudo medido

conforme a ideologia dos pragmáticos dicotômicos.

Os Sistemas Modelares Tipo M³ são os sistemas modelares da

Linguística Dinâmica e Integrativa e da Corrente da «Enérgeia», entendidos

a partir de um ponto de vista relativista e integrativo aberto, que os

estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos e os analistas do discurso

tentaram negaram radicalmente durante o século XX como se não

existissem, como se não fossem elementos constitutivos e operativos da

língua, negação que é fruto de um sofisma, uma falácia, uma retórica

meronímica e um falso princípio científico.

Não se fundamenta a ideia do Estruturalismo Formalista de que a

Filologia, a Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a Retórica da tradição

não têm nenhum caráter científico e nenhuma objetividade. Essas teorias

têm um valor científico relativo ao campo das suas Especialidades, e

proporcional aos paradigmas e procedimentos utilizados. Têm uma

objetividade proporcional ao campo e ao desenvolvimento da ciência no

seu tempo.

SISTEMAS SÍGNICOS (Tipo S) são os sistemas linguísticos que

expressam sentidos, significados e significações e operam a comunicação.

Page 46: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

46

Foram amplamente pesquisados por numerosas escolas e

Especialidades, que definiram a língua como Signo ou como Sistema de

Signos; como, por exemplo, a Gramática, a Filologia, a Teoria e Crítica

Literária, o Estruturalismo Formalista, a Pragmática, a Semiótica, a Análise

do Discurso da Conversação e do Texto.

Foram várias as escolas e Especialidades que concentraram o seu

trabalho na pesquisa e descrição dos Sistemas Sígnicos ao longo da

história. Entre outras podemos destacar a Gramática (tradicional), o

Estruturalismo Formalista, o Gerativismo, e a Gramática Transformacional.

Existem vários autores importantes, que pesquisaram ao longo dos

séculos os sistemas sígnicos a partir de vários pontos de vista, com

distintos paradigmas e alta qualidade científica nos campos das suas

Especialidades; como, por exemplo, Aristóteles, Sexto Empírico, Dionísio o

Trácio, Apolônio Díscolo, Ferdinand de Saussure, Chomsky, Johns Lyons,

etc. Foram de alguma forma autores pioneiros ou mestres-guias que no

campo linguístico situam-se em um patamar de cientificidade que nos

parece proporcionalmente semelhante ao de Copérnico e Galiléu para a

astronomia. Porém, a língua não é somente um Signo ou Sistema de

Signos, pois é também Ação e Energia, um Sistema Energético produtor de

energias e forças.

Os Sistemas Sígnicos Tipo S¹ são os signos semânticos

dicotômicos, separados radicalmente dos sistemas semióticos e dos

energéticos, como acontece na frase, “a mesa é branca”, conforme o

sentido semântico e léxico normal dos termos na Gramática;

Os Sistemas Sígnicos Tipo S² são os signos semióticos

dicotômicos, quando separados radicalmente dos semânticos e dos

energéticos, como no exemplo “Casa de ferreiro espeto de pau”;

Os Sistemas Sígnicos Tipo S³ são os signos semióticos e

semânticos integrativos, conforme a compreensão da Linguística

Dinâmica e Integrativa. Neles, os sentidos semânticos se relacionam e

Page 47: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

47

integram com os signos semióticos e os energéticos, com os lógicos e

os simbólicos no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e

na obra.

SISTEMAS DINÂMICOS (Tipo D) são os sistemas linguísticos que

funcionam e operam como princípios justificativos das funções dinâmicas

da Língua, que é complexa, multidimensional e multivariável. Os dados das

pesquisas mostram que a Língua possui vários tipos de sistemas

dinâmicos, entre os quais podemos destacar os Pragmáticos, os Cinéticos,

os Energéticos, os Gerativos, e outros, como os psíquicos, os mentais, os

neurológicos, os neurofuncionais, os genéticos, os inatos, etc. Por isso, a

ciência Linguística precisa constituir e desenvolver vários tipos de

Especialidades Dinâmicas, como a Especialidade Pragmática, a

Especialidade Energética, a Especialidade Cinética, a Especialidade

Gerativa, a Especialidade Psicolinguística, a Especialidade

Neurolinguística, a Especialidade Genética, a Especialidade Inata, etc.

Os Sistemas Dinâmicos Tipo D¹ são os sistemas dinâmicos da

pragmática dicotômica, que são Sistemas Cinéticos, próprios da mobilidade

dos elementos, sem nenhuma capacidade produtora de Energias, Forças e

Efeitos;

Os Sistemas Dinâmicos Tipo D² são os sistemas dinâmicos e

energéticos da Linguística Dinâmica e Integrativa, produtores de energias,

forças e efeitos no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na

obra.

Os Sistemas Dinâmicos Tipo D³ são os sistemas dinâmicos e

energéticos integrativos de qualquer escola que relaciona e integra

normalmente os sistemas dinâmicos sígnicos e energéticos;

Sobre os Sistemas Dinâmicos trataremos várias vezes mais

amplamente, especialmente sobre os Sistemas Energéticos. Não tem

sentido que os Pragmáticos Dicotômicos declarem e defendam, por meio

Page 48: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

48

de falsos princípios científicos insustentáveis, que a Língua não tem

Sistemas Energéticos, alegando que tem Sistemas Pragmáticos, ou que

eles já os pesquisaram para tentarem negar à Linguística Dinâmica o direito

de pesquisá-los e transmitir os conhecimentos alcançados.

Os Sistemas Pragmáticos são dinâmicos, porque são Cinéticos, pela

mobilidade dos elementos. Mas, a Língua possui também entre os seus

Sistemas Dinâmicos, os Sistemas Energéticos e os Sistemas Gerativos.

SISTEMAS PRAGMÁTICOS (Tipo P) são os sistemas linguísticos

dinâmicos pelos quais o uso da Língua funciona ou pode funcionam como

ação ou parte de uma ação em determinados usos e contextos, quando

falar ou escrever é agir ou realizar uma ação.

A pesquisa sobre os sistemas pragmáticos foi introduzida por John

Austin, e desenvolvida pela Pragmática. Austin observou com precisão e

objetividade este tipo de sistemas, realizando uma distinção entre três tipos

de atos de fala:

Atos Locucionários, que tem a qualidade de expressarem sentidos e

significados e descreverem algum estado de coisas;

1) Atos Ilocucionários, que produzem forças ilocutivas;

2) Atos Perlocucionários, que produzem efeitos perlocucionários.23

Austin propõe-se no seu trabalho de pesquisa corrigir ou

superar a vetusta suposição de que a língua era somente um signo

para expressar sentidos e significados ou descrever algum estado de

coisas, e defende que passar por alto as possibilidades pragmáticas

23 Austin, ob. cit., vers. bras., 1990, p. 25-26, ; Austin, ob. cit. vers. esp. 1998, p. 41, 46, 53, 66, 107, 138. Este tema foi detalhadamente pesquisado na Tese doutoral por MEDINA, A.T. (2004) La Noción de Fuerza Ilocutiva en la obra ‘Cómo hacer cosas con palabras’ de Austin. Editora Universitária da Universidade de Barcelona. http://www.tdx.cesca.es/TDX-1001104-094226/., p. 77-205

Page 49: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

49

(que agora se percebem), tal como antes era comum, é cometer a

chamada “falácia descritiva”.24

Os Sistemas Pragmáticos são parcialmente dinâmicos, pela

introdução da pesquisa dos Sistemas Cinéticos, próprios da

mobilidade dos elementos; porém, a escola da Pragmática

Dicotômica conserva uma lacuna no campo linguístico, por omitir,

desconsiderar ou negar os Sistemas Energéticos da Língua no

sentido dos termos nas Regras do Discurso do Método de René

Descartes.

SISTEMAS CINÉTICOS (Tipo C) são os sistemas linguísticos da

mobilidade dos elementos. Assim, por exemplo, observamos que os fones,

os fonemas, as sílabas, os morfemas, as palavras, os sintagmas e os atos

de fala têm uma mobilidade potencialmente infinita nas conversações,

discursos, textos e obras.

Os sistemas Cinéticos da Língua foram pesquisados ao longo de

toda a história desta ciência, desde o período grego clássico, na tradição e

no século XX, por numerosas escolas, a partir de vários pontos de vista

com paradigmas distintos. Embora até a presente data nenhuma escola

tenha lhes dado esta denominação de Sistemas Cinéticos, são sistemas

constitutivos e operativos da Língua essências ou fundamentais.

Entre as escolas que pesquisaram este tipo de sistemas, podemos

destacar a Filologia, a Teoria e Crítica Literária, a Estilística, a Oratória, a

Retórica, a Gramática Evolutiva ou Histórica, a Pragmática, a Análise do

Discurso, da Conversação e do Texto, a Semiótica e outras. A

denominação de Sistemas Cinéticos tem a vantagem de relacionar

sistemas linguísticos pesquisados e descritos por escolas tão distintas

24 Austin, ob. cit., vers. esp. p. 43.

Page 50: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

50

como a filologia, a estilística, a teoria e crítica literária, a pragmática e a

semiótica.

SISTEMAS ENERGÉTICOS (Tipo €) são os sistemas linguísticos

produtores de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade,

competitividade, produtividade e poder. Foram observados e apontados

desde o período grego clássico pela Corrente da «Enérgeia», por autores

importantes como Aristóteles, os Estoicos e Humboldt. Porém, por razões

ainda pouco esclarecidas na história desta ciência, os setores mais radicais

da inércia do conservadorismo das escolas da Corrente do «Ergon»

impediram por meios paradigmáticos, retóricos, ideológicos, religiosos,

políticos e acadêmicos, o normal desenvolvimento das ESPECIALIDADES

ENERGÉTICAS da linguística, de tal maneira que este tipo de sistemas não

foi devidamente pesquisado ao longo da história desta ciência, razão pela

qual a cultura e a civilização têm poucos conhecimentos científicos e

tecnológicos sobre eles, e com muita frequência são negados pelas teorias

unívocas ou dicotômicas como se não existissem na língua, na linguagem e

no fenômeno linguístico. Mas, a sua existência está comprovada, e é sobre

eles que tratam a Corrente da «Enérgeia» e a Linguística Dinâmica.

São os sistemas linguísticos produtores de energias, forças e efeitos,

que, como veremos, são de grande relevância nos campos da existência

humana, da sociedade, da cidadania, da profissão, da empresa, da política,

da economia, da cultura, do poder, da religião, das relações públicas,

relações humanas e relações internacionais.

A Língua possui vários tipos de Sistemas Energéticos.

Os Sistemas Energéticos Tipo €¹, são os sistemas energéticos

relativistas e integrativos, conforme a perspectiva da Linguística

Page 51: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

51

Dinâmica e Integrativa, que funcionam normalmente juntos e

integrados com os Sistemas Estáticos, os Modelares, os Dinâmicos,

os Pragmáticos, os Cinéticos, os Gerativos, os Semióticos, os

Verbais, os Não-verbais, no ato de fala, na conversação, no discurso,

no texto e na obra.

Os Sistemas Energéticos Tipo €² são os sistemas energéticos

puros, considerados em si, nas suas Especialidades Energéticas

específicas e puras, como distintos e separados dos Sistemas

Estáticos, dos Modelares, dos Pragmáticos, dos Cinéticos, dos

Gerativos. Em determinados estudos e trabalhos a Linguística

Dinâmica concentra a sua pesquisa nos Sistemas Energéticos puros.

Porém, entende que, ao lado, a linguística precisa desenvolver a

Linguística Dinâmica e Integrativa, que pesquisa a relação entre os

sistemas energéticos, os estáticos, os modelares, os pragmáticos, os

cinéticos, os gerativos, etc.

Os Sistemas Energéticos Tipo €³ são os sistemas energéticos

quando considerados como absolutos, lineares e dicotômicos radicais

por uma operação lógica formal deturpada, posição que também pode

existir e se manifestar, como aconteceu com a visão pragmática

dicotômica.

Na prática da ação social e política, não existe nenhum discurso,

conversação, ato de fala ou obra sem a participação, em ato ou em

potência, dos Sistemas Energéticos da Língua, produzindo energias e

forças, assim, como não seria possível o funcionamento eficaz do

organismo humano sem a participação ativa do conjunto dos sistemas

cardiológicos, pneumológicos, neurológicos, linfáticos, anatômicos,

fisiológicos, mentais, psíquicos e gastrointestinais.

Assim, por exemplo, por muito distintos que sejam os sistemas

cardiológicos dos neurológicos no organismo humano, funcionam

Page 52: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

52

normalmente juntos, integrados e mutuamente implicados. Da mesma

forma, por muito diferentes que sejam os sistemas linguísticos energéticos

dos estáticos; e por muito distintos que sejam uns dos outros, os

imperativos, os valorativos e os persuasivos no ato de comando “Por Dios y

Por la Pátria, atacar”, funcionam normalmente juntos, integrados e

mutuamente implicados.

A redução das energias e forças linguísticas às categorias do sentido

e do significado, como fez uma longa tradição unívoca e dicotômica, e

como fizeram as teorias linguísticas da Pragmática Dicotômica do século

XX, sem levarem em consideração os dados empíricos do fenômeno

linguístico, é um reducionismo teórico, um equívoco, pela deturpação da

lógica formal dos pressupostos.

Também na linguística, como na física, é preciso fazer uma distinção

clara entre os SISTEMAS CINÉTICOS e os ENERGÉTICOS. Precisamos

destacar este fato porque os pragmáticos dicotômicos, que defendem na

atualidade as teorias linguísticas herdadas do século XX, estão

confundindo esses dois conjuntos, criando um novo sofisma para justificar o

seu equívoco teórico de negar os sistemas energéticos. No seu jogo

confuso da retórica oportunista da linguística elitista de Maquiavel, os

pragmáticos dicotômicos equiparam os sistemas CINÉTICOS e os

ENERGÉTICOS, tomando os cinéticos pelos energéticos, disseminando a

falsa ideia de que eles pesquisam os SISTEMAS ENERGÉTICOS da

língua. Mas, isso é uma inverdade, uma falácia descritiva com o objetivo de

continuar enganando a cultura, a civilização e a humanidade negando os

Sistemas Energéticos em função da política linguística elitista de

Maquiavel.

Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos,

os analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas

teorias sobre a noção da língua, como se não existissem, os sistemas

dinâmicos e energéticos, pesquisados pelos partidários da Corrente

da «Enérgeia», e agora retomados pela Linguística Dinâmica. Aquela

Page 53: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

53

posição teórica que negava a existência dos sistemas energéticos da

língua é atualmente insustentável conforme a aplicação dos princípios

e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.

Esses dois conjuntos de sistemas da Língua, os CINÉTICOS e os

ENERGÉTICOS, são distintos, embora funcionem juntos e integrados no

fenômeno linguístico, de tal maneira que precisam ser pesquisados e

descritos por Especialidades específicas distintas com paradigmas

diferentes; porém, não são contraditórios nem irreconciliáveis, pois

funcionam normalmente juntos e integrados no ato de fala, na conversação,

no discurso e na obra.

É pela falta de pesquisa sobre os Sistemas Energéticos da língua e

da linguagem, e pelo não desenvolvimento das suas Especialidades

Energéticas, que a linguística herdada do século XX é uma ciência

atrasada, em relação à física atômica e nuclear, à neurologia, à biologia, à

matemática, à ecologia, à astronomia, à oceanografia, à geodésia e a

outras ciências que desenvolveram nos seus campos amplamente as suas

Especialidades Energéticas durante os séculos XVIII, XIX e XX. A

linguística sofreu neste ponto um atraso secular que é preciso superar no

século XXI.

SISTEMAS VERBAIS (Tipo V) são os sistemas linguísticos

constituídos pelo conjunto dos fonemas, morfemas, palavras e sintagmas

funcionando pelos mecanismos das Estruturas Semânticas e Sintáticas.

Foram investigados por várias escolas, entre as quais, podemos destacar a

Gramática tradicional, o Estruturalismo Formalista, a Gramática

Transformacional e a Semântica.

SISTEMAS NÃO - VERBAIS (Tipo N-V) são os sistemas linguísticos

que funcionam pelos mecanismos da significação e energização semiótica,

lógica, simbólica e pragmática. Foram pesquisados por várias escolas a

partir de vários pontos de vista distintos, pela Semiótica, pela Pragmática e

Page 54: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

54

outras escolas. A Língua não se reduz ao conjunto dos sistemas sintáticos

e semânticos, como acreditaram as escolas da Gramática, do

Estruturalismo Formalista e da Semântica.

SISTEMAS INTEGRATIVOS

Os dados das pesquisas mostraram que os sistemas que os

gramáticos pesquisaram e descreveram ao longo da tradição funcionam

normalmente juntos e integrados com os sistemas pesquisados pelos

estruturalistas, pelos pragmáticos, pelos filólogos, pelos teóricos e críticos

literários, pelos analistas do discurso e pelos linguistas dinâmicos, no ato

de fala, na conversação, no discurso no texto e na obra. Isso significa que

os distintos tipos de sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», acima

caracterizados, não funcionam isolados ou separados por uma dicotomia

absoluta e radical; e sim, pelo contrário, juntos e integrados. Os distintos

sistemas da língua funcionam normalmente juntos e intergrados, e não

separados radicalmente.

A dicotomia ou separação radical entre a língua e a fala, entre a

sincronia e a diacronia das teorias do século XX, é um SOFISMA, fruto de

um argumento lógico deturpado, inventado pelos pressupostos das teorias

unívocas e dicotômicas das escolas da Corrente do «Ergon», uma ideia

pseudocientífica que não se sustenta porque é incongruente com os dados

empíricos e analíticos do fenômeno linguístico, e entra em contradição com

os princípios científicos da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, com

as regras do Discurso do Método de René Descartes e com a concepção

de paradigma de Thomas Kuhn.

É muito pobre, reducionista e fracionária a forma como se trata a

composição da língua nas teorias gramaticais unívocas e nas teorias

Page 55: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

55

linguísticas dicotômicas da tradição e do século XX, prejudicando a

formação e a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias.

Assim, por exemplo, os chamados NÍVEIS DE SIGNIFICAÇÃO

SEMIÓTICA, de que trata a Semiótica do século XX, são fenômenos

complexos, nos quais é preciso distinguir os níveis de significação e

energização semiótica, lógica, simbólica e pragmática. Não somente são

signos que expressam sentidos, significados e significações, como

ensinaram as teorias da semiótica do século XX, pois, como vamos

analisar, são também SISTEMAS ENERGÉTICOS, produtores de energias

linguísticas que causam efeitos psíquicos, mentais e comportamentais.

Neste sentido, os chamados níveis de significação no século XX são ao

mesmo tempo níveis de significação e energização semiótica, lógica,

simbólica e pragmática.

Assim, por exemplo, a letra da canção Asa Branca de Luiz Gonzaga,

“Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João” não é somente

um SIGNO que expressa sentidos, significados e significações, pois é

também uma AÇÃO ou parte de uma ação requerendo implicitamente a

solução dos gravíssimos problemas do Sertão, e um SISTEMA

ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e efeitos para impulsionar a

busca da solução dos mesmos.

A língua em uso manifesta normalmente várias camadas de

significação e energização que podem funcionar juntas e integradas:

a) Manifesta uma camada de significação e energização semântica,

como por exemplo, no ato de comando do General Franco na

Espanha: “Por Dios y por la Patria, atacar”.

b) Manifesta uma camada de significação e energização semiótica,

como por exemplo, na expressão da cultura “Casa de ferreiro,

espeto de pau”, na qual uma parte dos sentidos e energias são

Page 56: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

56

processados e operados pelos níveis de significação e

energização semiótica;

c) Manifesta uma camada de significação e energização lógica,

como por exemplo, na frase “Duas baratas e duas formigas não

são quatro cidadãos de respeito e de bem”, emitida contra um

grupo de pessoas que o falante tenta desqualificar por meio de

uma ironia;

No contexto irônico essa frase, não somente expressa sentidos,

significados e significações, pois produz também energias e forças

irônicas. Assim, a ironia é ao mesmo tempo um SIGNO e um

SISTEMA ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e efeitos.

Com frequência, a ironia energiza as mentes, as psiques, as

consciências e os comportamentos.

d) Como já tratado, a canção Asa branca de Luiz Gonzaga,

manifesta uma camada de significação e energização simbólica,

onde a fogueira de que fala não é uma fogueira material que

alguém tenha feito juntando madeiras e tocando fogo nelas: Não é

um incêndio real, e sim, uma fogueira simbólica, que representa

“O sol causticante do sertão” que queima e racha a terra, seca as

plantações, mata o gado e deixa o povo na pobreza, na miséria e

na fome.

Assim, a camada simbólica da canção Asa Branca de Luis

Gonzaga, não é somente um SIGNO que expressa sentidos,

significados e significações, pois é também uma AÇÃO pela busca da

solução do problema das secas do sertão, e um SISTEMA

ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e efeitos para mobilizar

as pessoas e instituições em busca da solução dos problemas.

Page 57: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

57

Luiz Gonzaga não era um jornalista que somente informava sobre

algo, pois era um artista e cidadão consciente que buscava com a sua arte

a solução dos problemas do Sertão; e por isso, a sua obra é tão importante

para o povo pernambucano e brasileiro.

Deste modo, os estudos linguísticos da tradição e do século XX são

parciais e reducionistas: Não analisam a totalidade dos sistemas

linguísticos. As distintas camadas de significação e energização da língua

funcionam juntas como um sistema complexo único e integrado.

Seguindo a linha de pensamento de Humboldt, a Linguística

Dinâmica e Integrativa busca pesquisar a totalidade dos sistemas

linguísticos que operam no uso da Língua; por isso, critica os

reducionismos teóricos da tradição e do século XX, porque são

incongruentes com os dados empíricos e analíticos do fenômeno

linguístico, ferem as Regras do Discurso do Método de René Descartes, e

não levam em conta os princípios da Nova Filosofia da Ciência.

Page 58: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

58

5.2.2 O 2º eixo da Linguística: Os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística.

A Língua precisa ser pesquisada também a partir do ponto de vista

dos sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-

Mente-Psique linguística, como se representa no Gráfico 15: É o 2º Eixo da

Linguística, que precisa ser formulado e desenvolvido.

Gráfico 15

Como se representa no Gráfico 15, no seu Plano Profundo, a Língua

está integrada pelos Sistemas da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-

Psique linguística:

Page 59: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

59

Conforme as concepções de Aristóteles e de Humboldt, a «Enérgeia»

é o sistema central ou maior da produção de energias e forças no ato de

fala, na conversação, no discurso, no texto e na obra. Assim, uma parte

representativa das energias e forças da língua em uso provém da mente,

do pensamento e da estratégia de ação, comunicação e interação.

A Central Cérebro-Mente-Psique linguística está constituída pela

união e integração de vários tipos de sistemas Gerativos: os

Neurolinguísticos, os Mentais e os Psíquicos, que processam os dados,

conhecimentos, informações, pensamentos, experiências e intenções junto

com as formas e as estruturas, e comandam os órgãos linguísticos para a

produção, emissão e interpretação dos atos de fala, das conversações, dos

discursos, dos textos e das obras.

Assim, no seu Plano Profundo, a Língua está constituída pela união

integrada de vários sistemas, os sistemas Tipo G (Gerativos), Tipo N

(Neuronais ou Neurolinguísticos), Tipo Me (Mentais), Tipo Ps (Psíquicos|).

Tipo G = Sistemas Gerativos;

Tipo N = Sistemas Neuronais ou Neurolinguísticos;

Tipo Me = Sistemas Linguísticos Mentais;

Tipo Ps = Sistemas Psíquicos ou Psicolinguísticos.

SISTEMAS GERATIVOS (Tipo G) é o conjunto dos sistemas

linguísticos profundos da Central Cérebro-Mente-Psique linguística,

constituída pela união integrada dos Subsistemas Tipo N, Tipo Me e Tipo

Ps., que geram e processam os dados, conhecimentos, experiências,

vivências, intenções, estratégias e funções junto com as formas e as

estruturas, e que comandam os órgãos linguísticos para a produção,

emissão e interpretação do ato de fala, da conversação, do discurso, do

texto e da obra.

Page 60: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

60

Sem os sistemas gerativos profundos da referida Central seriam

impossíveis o discurso e a fala de forma eficaz e competente. Sobre estes

sistemas trataram vários autores e escolas a partir de vários pontos de vista

e paradigmas, entre outros, Herder, Humboldt, Descartes e Chomsky. A

Linguística Dinâmica e Integrativa verificou e confirmou com a sua pesquisa

a existência dos referidos Sistemas e Subsistemas do plano profundo.

SISTEMAS NEURONAIS OU NEUROLINGUÍSTICOS (Tipo N) é o

conjunto dos sistemas linguísticos do cérebro que articulados com os

sistemas psíquicos e mentais integram a Central Cérebro-Mente-Psique

linguística. São campos linguísticos no pleno sentido do termo que, com o

desenvolvimento desta ciência, deverão ser pesquisados mais

detalhadamente com procedimentos neuronais e neurolinguísticos.

Uma evidência de que a língua tem sistemas neurológicos no

conjunto dos seus sistemas constitutivos e operativos, é o fato amplamente

observado e constatado durante os últimos séculos de que, quando se

produz uma lesão profunda em determinados pontos localizados do

cérebro, o sistema linguístico e a fala deixam de funcionar.

A Língua é uma capacidade humana com características próprias

específicas, como a capacidade de andar, saltar y nadar. Negar este dado

em razão dos sofismas das teorias linguísticas da Corrente do «Ergon» da

tradição e do século XX é querer “tampar o sol com uma peneira para

provar que o sol não existe”, como diz o refrão popular com uma carga de

ironia.

SISTEMAS MENTAIS (Tipo Me) é o conjunto dos sistemas da mente,

que articulados com os sistemas psíquicos e neurológicos integram a

Central Cérebro-Mente-Psique linguística. São campos linguísticos que

deverão ser pesquisados por procedimentos mentais e linguísticos. Os

dados mostram que, sem o funcionamento ativo e dinâmico dos sistemas

da mente e do pensamento os atos de fala e os discursos não teriam

Page 61: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

61

eficácia para determinadas funções complexas, como por exemplo, no

discurso jurídico do Promotor e do Advogado de Defesa, e nas atividades

da produtividade profissional e empresarial nos atos da Administração.

Como destacou Humboldt, conforme a constituição ontológica do ser

humano, a mente é uma parte integrante da língua; e vice-versa, a língua

uma parte integrante da mente. Tal é a natureza integrada do ser humano.

Os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa mostram

evidências de que não podemos separar radicalmente a mente da língua,

nem a língua da mente, como se fossem dois sistemas sem nenhuma

conexão mútua, como fazem equivocadamente as teorias das escolas

linguísticas dicotômicas da Corrente do «Ergon».

Pelo contrário, os dados mostram que, como entende de forma

adequada a psicologia, a língua funciona em conexão direta e imediata com

a mente e os sistemas neuronais; e vice-versa, a mente e os sistemas

neuronais funcionam em conexão direta e imediata com a língua.

SISTEMAS PSÍQUICOS OU PSICOLINGUÍSTICOS (Tipo Ps) é o

conjunto dos sistemas da psique que, articulados com os sistemas mentais

e neurológicos, integram a Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. São

campos linguísticos que deverão ser pesquisados por procedimentos

psíquicos e psicolinguísticos. Os dados das novas pesquisas mostram que

sem o funcionamento dinâmico e adequado dos sistemas psíquicos, não

seria eficaz o funcionamento da língua em uso, especialmente, a tomada

de decisões automática do falante na seleção e combinação das palavras

para a emissão e produção dos atos de fala, conversações, discursos e

textos nas distintas situações complexas e variáveis da nossa sociedade

altamente competitiva.

Page 62: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

62

Assim, os dados das pesquisas mostraram evidências de que, no seu

plano profundo, a Língua está constituída e integrada pelo conjunto do

Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique

linguística, um Sistema de Sistemas GERATIVOS (Tipo G), constituído pela

união integrada e dialética de três conjuntos de subsistemas, de Tipo N

(neurológicos), de Tipo Me (mentais) e de Tipo Ps (psíquicos).

Assim, o Plano Profundo da língua é um Sistema de Sistemas

complexo constituído pela união de vários conjuntos de Sistemas Gerativos

(Tipo G), incluindo os Subsistemas Mentais (Tipo Me), os Subsistemas

Psíquicos (Tipo Ps), e os Subsistemas Neurológicos (Tipo N).

Como observou Humboldt, e como se confirma pela nova pesquisa,

contrariando a visão reducionista de Saussure, a língua está constituída e

integrada pelo conjunto dos sistemas gerativos do Plano Profundo da

«Enérgeia», do Pensamento e da Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE

linguística. Contrariando a visão reducionista saussuriana, não há língua

sem pensamento e sem energia.

Foram vários os autores e escolas que apontaram para este conjunto

de sistemas linguísticos do Plano Profundo, embora não foram tão

detalhadamente pesquisados e descritos pelas escolas como os sistemas

do Plano de Superfície do «Ergon»: Estes Sistemas foram apontados pelas

escolas da Corrente da «Enérgeia», por Aristóteles, os Estoicos, Humboldt,

inclusive pelas Escolas da Corrente Racionalista, como Descartes, Herder,

Chomsky, o gerativismo, a neurolinguística e a psicolinguística.

A Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE LINGUÍSTICA é no falante e

no interlocutor o sistema gerador central das operações da emissão e

produção do ato de fala, da conversação, do discurso e do texto.

Os dados da pesquisa mostraram que esta Central é um sistema

constitutivo e operativo fundamental da língua, que processa numerosas

operações relevantes da fala e da escritura, que processa os

conhecimentos, pensamentos, experiências, dados, informações,

intenções, estratégias de ação, comunicação, produtividade e poder junto

com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos linguísticos para

Page 63: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

63

a emissão / produção / interpretação dos atos de fala, das conversações,

dos discursos, dos textos e das obras, nos distintos usos e contextos de

situação.

Sem a referida Central a língua não existiria e não funcionaria com

dinamismo e eficácia.

Sem dúvida, conforme o espírito da ciência, esta hipótese precisa ser

sistematicamente verificada e comprovada pelos vários setores da

Comunidade Científica. Porém, é ilegítima toda e qualquer proibição ou

censura das escolas da Corrente do «Ergon», que tentam impedirem com

abuso paradigmático a pesquisa e a livre manifestação do pensamento dos

autores e escolas da Corrente da «Enérgeia», que buscam divulgar esta

hipótese para a sua verificação e confirmação.

Assim, os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa

reforçam ou verificam a Hipótese da Corrente da «Enérgeia», postulada por

Aristóteles e os Estoicos e reforçada por Humboldt, de que a língua não é

somente «Ergon», pois é também «Enérgeia».

Portanto, é preciso fazer uma reformulação da noção de Língua da

Gramática tradicional e da Linguística Modernista. Assim, como se

representa nos Gráficos, a LÍNGUA não é somente o conjunto das

palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala, conversações,

discursos, textos e obras do Plano de Superfície do «Ergon», que o homem

utiliza normalmente como instrumentos da sua ação, comunicação e

informação na qualidade de falante, interlocutor ou escritor, como

pensaram as escolas linguísticas do positivismo pragmático e dicotômico

do século XX; pois, os dados das novas pesquisas mostraram que está

constituída pela união integrada e dialética dos sistemas do Plano de

Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia»

e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística. Sem os sistemas

neurológicos, psíquicos e mentais da referida Central não existiria língua

nem discurso, nem texto.

Page 64: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

64

Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os

analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias

sobre a noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano

Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística,

apontados por Humboldt e os partidários da Corrente da «Enérgeia» e da

Linguística Dinâmica.

Aquela posição teórica que negava a existência da «Enérgeia» e da

Central Cérebro-Mente-Psique linguística na Língua é atualmente

insustentável pela aplicação dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia

da Ciência.

Isso significa que uma parte dos sistemas neurológicos, uma parte

dos sistemas mentais e uma parte dos sistemas psíquicos são sistemas

linguísticos, no pleno sentido do termo, sistemas constitutivos e operativos

da Língua, sem os quais a Língua seria impossível e não funcionaria de

forma adequada, completa e eficaz.

Como entende a Psicologia, a língua é fundamentalmente uma

capacidade humana que tem um plano de superfície e um plano profundo.

No seu Plano de Superfície, a língua contém os Sistemas do

«Ergon» (as palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala,

conversações, discursos, textos e obras). No seu plano profundo, contém

os sistemas do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-

Psique linguística. De tal maneira que os dados da pesquisa mostram que

não existiria língua sem Pensamento, sem «Enérgeia», sem a Central

Cérebro-Mente-Psique linguística. De tal modo que seria impossível emitir

um discurso dinâmico com força e potência produtora de eficácia,

resultados e efeitos, sem o real funcionamento dos sistemas da «Enérgeia»

e da referida Central.

Page 65: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

65

A opinião saussuriana da Corrente do «Ergon», que nega na língua

o Plano Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-

Mente-Psique linguística é um reducionismo teórico, a mistura de uma meia

verdade do plano das Especialidades e uma inverdade da mal denominada

“Linguística Geral”, que se transforma em uma retórica meronímica,

SOFISMA e FALÁCIA, pois os dados das novas pesquisas mostram que a

língua é a união integrada do «Ergon» e da «Enérgeia».

Não se nega a verdade parcial ou relativa das Especialidades do

Plano de Superfície do «Ergon»: É evidente que as palavras, as orações,

as formas, as estruturas, os atos de fala, as conversações, os discursos, os

textos e as obras são elementos constituintes e operativos da língua. O que

se nega é que essa verdade parcial seja um princípio absoluto e universal

da ciência para todos os setores e Especialidades da linguística. O conjunto

dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» não é o conjunto integral

de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua; e sim, apenas,

uma parte da mesma.

A INVERDADE dos setores unívocos e dicotômicos da Corrente do

«Ergon» é esse outro lado da questão: A língua não é somente o conjunto

dos sistemas do «Ergon», pois é a união integrada dos Sistemas do

«Ergon» e da «Enérgeia». O Gráfico 12 é uma representação dos sistemas

do Plano Profundo.

Para todos os efeitos, é preciso deixar clara e explícita esta ideia de

que a Língua não é somente o conjunto dos sistemas do Plano de

Superfície do «Ergon», pois está constituída pela união integrada e dialética

dos sistemas do Plano de Superfície com os Sistemas Profundos da

«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. Precisamos

reforçar essa hipótese, propondo a sua verificação, porque as teorias

linguísticas da Corrente do «Ergon» do século XX criaram um grande

equívoco com sofismas e falsos princípios científicos, negando o fato.

Page 66: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

66

O Gráfico 4.1 representa um conjunto dos sistemas integrativos

parciais dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os

Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-

Mente-Psique linguística.

Conforme os princípios da Nova Filosofia da Ciência, não há

como compreender racionalmente a natureza da língua, sua forma de

composição e seu sistema de funcionamento, somente pela pesquisa

dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», sem a sua conexão

com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central

Page 67: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

67

Cérebro-Mente-Psique Linguística, que processa os pensamentos, os

conhecimentos, as informações, as experiências e as intenções junto

com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos linguísticos

para a emissão, produção e interpretação do ato de fala, da

conversação, do discurso, do texto e da obra.

Por várias ciências e especialidades, especialmente pela

neurolinguística, hoje se tem conhecimento e consciência de que não

existiria a língua e não poderia funcionar com eficácia sem o normal

funcionamento da mente, da psique e do cérebro. Deste modo,

funcionam juntos e integrados na língua e na linguagem pela própria

natureza do fenômeno linguístico, os sistemas do Plano de Superfície

do «Ergon» e os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da

Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.

A língua e a fala não existiriam, seriam impossíveis, sem a

conexão entre os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» e os

Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-

Mente-Psique Linguística, assim como não existira no homem a sua

capacidade de andar, correr, saltar e nadar sem o normal

funcionamento dos sistemas orgânicos, neurológicos, psíquicos e

mentais.

Porque o normal funcionamento do cérebro, da mente e da

psique é uma condição indispensável para a existência e o

funcionamento da língua e da linguagem, assim como é indispensável

para o normal funcionamento das capacidades de andar, correr, saltar

e nadar, de tal maneira que não existiria língua sem o cérebro, sem a

mente e sem a psique.

Page 68: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

68

5.2.3 O 3º eixo da Linguística: Os sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.

A Língua precisa ser pesquisada, finalmente, a partir do ponto

de vista dos Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e

da Civilização, como se representa no Gráfico 16, porque está

integrada também por esse conjunto dos Sistemas do Plano

Transverbal.

Como observou e destacou Humboldt, por meio da pesquisa

sobre numerosas línguas de todos os continentes, toda língua

situa-se no contexto de uma cultura, de uma nação e de uma

civilização, e delas assimila parte dos seus sistemas. De tal maneira

que não existe língua sem essa conexão. Deste modo, uma noção

de língua que omite, desconsidera ou nega os Sistemas Coletivos

Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização é uma ficção

teórica, um falso princípio científico das escolas unívocas e

dicotômicas radicais da Corrente do «Ergon», uma meia verdade

no plano das Especialidades que funciona como um sofisma no

plano da suposta “Linguística Geral”, uma retórica meronímica que

toma «uma parte» da Língua pela «Língua inteira», que reduz «a

Língua» a «uma parte da mesma» e que denomina «o todo» com o

nome da «parte», um equívoco científico imposto pelas escolas

como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência.

Page 69: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

69

Gráfico 16

O Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização

está constituída e integrada pelos seguintes elementos:

a) Pelos sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva dos

Povos, Nações e Civilizações;

b) Pelos sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva da

Cultura e da Sociedade;

c) Pelos sistemas linguísticos transverbais das Leis Sociológicas;

d) Pelos sistemas linguísticos transverbais da Forma Interna, conforme

o conceito de Humboldt;

e) Pelos sistemas linguísticos transverbais do Vínculo do Código

Ideológico, conforme o conceito de Backtin.

Page 70: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

70

Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os

analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias

sobre a noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano

Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização, apontados por

Humboldt e reforçados por Backtin.

A posição teórica que negava na Língua a existência dos sistemas do

Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização, é

atualmente insustentável pela aplicação dos princípios e paradigmas da

Nova Filosofia da Ciência.

Isso significa que os sistemas do referido Plano Coletivo Transverbal

são sistemas linguísticos no pleno sentido do termo, sistemas constitutivos

e operativos da Língua, sem os quais a Língua seria impossível e não

funcionaria de forma adequada e completa.

CONCLUSÃO: Não existe nenhuma língua nos moldes do

Objetivismo Abstrato Absoluto de Ferdinand de Saussure e do

Estruturalismo Formalista, nem nos moldes do Subjetivismo Idealista da

Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso, da Conversação e do

Texto.

A língua está sempre implicada pelos três lados ou eixos: Pelo lado

dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», pelo lado do Plano

Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e

pelo lado do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da

Civilização.

São três dimensões que operam juntas e integradas, dialeticamente

implicadas no fenômeno linguístico.

A observação do processo de aquisição e desenvolvimento da língua

por parte do bebê, do infante, do menino e do adolescente, mostra

evidências de que há uma reversibilidade ou relação dialética entre o Plano

de Superfície do «Ergon», o Plano Profundo da «Enérgeia», da Central

Page 71: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

71

Cérebro-Mente-Psique Linguística, e o Plano Transverbal da Coletividade,

da Nação e da Civilização. Sem essa reversibilidade não existiria a

aquisição da língua materna, nem o seu uso eficaz e dinâmico.

Os novos dados da pesquisa mostram que a negação radical da

vinculação estrutural e operativa dos sistemas do Plano de Superfície do

«Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central

Cérebro-Mente-Psique Linguística, por parte das teorias linguísticas do

século XX, é um equívoco teórico como consequência de um raciocínio

lógico deturpado dos sofismas dos pressupostos das escolas.

Estas são algumas razões que justificam e contribuem, entre outras,

para a formulação e verificação da hipótese de que a Língua é um Sistema

Energético, o sistema de força maior do ser humano em todos os países e

continentes do planeta terra, no passado, presente e futuro. Estas razões

justificam também a hipótese de que a língua portuguesa é a força maior do

brasileiro, o instrumento principal da produtividade profissional e

empresarial no Brasil, o instrumento maior da ação judicante e

administrativa no país. Assim como o espanhol é na Espanha e países

hispanofalantes; o inglês, na Inglaterra e Estados Unidos da América do

Norte; o francês, na França; o japonês, no Japão e o mandarim, na China.

Questões em debate. Por causa dos pressupostos reducionistas de

Saussure, as teorias dicotômicas radicais do século XX reduziram a língua

ao conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, às

formas, as estruturas, aos atos de fala, às conversações, aos discursos,

aos textos e às obras, negando por meio de equívocos teóricos e sofismas

os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-

Psique Linguística, bem como os Sistemas do Plano Coletivo Transverbal

da Cultura, da Nação e da Civilização. Porém, essa negação é um

reducionismo teórico, uma retórica meronímica, um sofisma, que fere a

segunda e a quarta Regras do Discurso do Método de René Descartes.

Page 72: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

72

Como se representa no Gráfico 4.1, a ciência linguística precisa

pesquisar em uma primeira etapa os Sistemas do Plano de Superfície do

«Ergon»; em uma segunda etapa, os Sistemas Profundos da «Enérgeia» e

da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística; e em uma terceira etapa, a

integração dos sistemas do Plano de Superfície e do Plano Profundo com

os Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.

Seria impossível a existência de uma língua sem a conexão dos

Sistemas do Plano de Superfície com os sistemas do Plano Profundo e os

Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.

Deste modo, conforme a concepção da Linguística Dinâmica e

Integrativa, podemos concluir que a língua possui e manifesta vários

conjuntos de sistemas constitutivos e operativos, entre os quais precisamos

distinguir:

a) O conjunto dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»;

b) O conjunto dos Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da

Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.

c) O conjunto dos Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da

Cultura, da Nação e da Civilização.

Como analisaremos mais profundamente em outros momentos, a

maneira como as teorias linguísticas dicotômicas do século XX entenderam

e ensinaram a língua, como um conjunto de formas, estruturas e atos de

fala, sem nenhuma vinculação com o Plano Profundo da «Enérgeia», do

Pensamento e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, e sem

nenhuma capacidade produtora de energias, forças, efeitos, eficácia,

competência, vitalidade, competitividade, produtividade e poder, é um

equívoco teórico que foi um fator de atraso para a cultura e a civilização ao

longo de muitos séculos: Um fator de atraso para as comunidades de

Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo, porque prejudica

a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, e diminui a

capacidade produtiva e econômica das comunidades.

Page 73: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

73

Não existiria língua em uso, nem discurso eficaz e dinâmico na

existência humana, na cidadania, na profissão, na empresa, na política, na

economia, na religião, nas relações humanas, relações públicas e relações

internacionais, sem o normal funcionamento dos Sistemas do Pla\no

Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-

Psique Linguística, sem os Sistemas Linguísticos produtores de energias,

forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade,

produtividade e poder.

Cada Especialidade no seu campo, a Linguística Dinâmica, a

Linguística Jurídica, a Linguística Empresarial, a Linguística Nuclear e a

Linguística Quântica estão chamadas a pesquisar e descrever vários

conjuntos de Sistemas Dinâmicos e energéticos da Língua nos campos das

suas Especialidades. A língua possui um conjunto potencialmente infinito

de Sistemas Energéticos.

A maior parte das teorias linguísticas da tradição e do século XX da

Corrente do «Ergon», quando falam da língua, somente referem-se aos

sistemas operativos do Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, ao

conjunto das palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala,

conversações, discursos, textos e obras como produtoras de sentidos e

significados, desconsiderando totalmente os sistemas energéticos, bem

como os sistemas neurológicos, os psíquicos e os mentais, e os sistemas

coletivos transverbais da cultura, da nação e da civilização. Porém essas

posições teóricas são equívocos teóricos, fruto de um sofisma ou falso

princípio científico herdado da Velha Filosofia da Ciência.

As referidas teorias são reducionistas, pois somente consideram uma

parte dos sistemas da língua, e não o seu conjunto integral. São equívocos

teóricos, porque criam Retóricas Meronímicas que tomam «uma parte da

língua» pela «língua inteira», reduzem «o todo» a «uma parte», equiparam

«a parte» com «o todo», e denominam «o sistema inteiro» com «o nome de

uma parte».

Page 74: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

74

Assim, por exemplo, as teorias que denominam a Língua de signo ou

de sistema de signos, e consideram que é somente um conjunto de signos

pelo princípio da não contradição, são concepções que representam um

sofisma, ou falso princípio científico, uma retórica meronímica que toma a

parte pelo todo.

Fazendo uma comparação no campo biológico, para mostrar por

contraste o absurdo dessas concepções linguísticas que reduzem a língua

ao plano de Superfície do «Ergon», diríamos que é como se uma suposta

biologia somente considerasse no organismo humano os sistemas

fisiológicos e anatômicos, e desconsiderasse totalmente os sistemas

cardiológicos, pneumológicos, neurológicos, mentais, psíquicos, sensoriais,

genéticos, linfáticos, endócrinos e digestivos como inexistentes, com se não

fossem partes dos ser humano. Esse é o tipo de absurdo científico que

cometeram Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo Formalista quando

afirmaram que a língua era estática, ou que era somente um sistema de

signos, ou que era uma forma, não uma substância, ou que era somente o

conjunto dos sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das

estruturas a partir do ponto de vista do ouvinte.

Podemos fazer ainda outra comparação no campo da Física, para

entendermos melhor o absurdo científico que se cometeu durante o século

XX no campo linguístico: É como se um grupo de físicos fundamentados

nos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência, considerassem que a Física

Atômica e Nuclear e a Física Quântica não têm nenhum caráter científico,

porque não estão fundamentadas nos paradigmas da Física Estática,

conforme os paradigmas da Velha Filosofia da Ciência de Newton, de

Hegel e da Axiomática Formalista. Seria uma posição teórica insustentável

no século XXI.

Assim, em um plano de maior complexidade, percebe-se a

necessidade de que a teoria linguística relacione os sistemas dos três

eixos, os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do

Plano Profundo da «Enérgeia», do Pensamento e da Central Cérebro-

Page 75: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

75

Mente-Psique linguística e com o Plano Coletivo Transverbal da Cultura da

Nação e da Civilização, dos quais trata Humboldt com grande destaque.

Como observou Humboldt e se representa no Gráfico 5.2, a língua

tem uma conexão necessária com o Plano Coletivo da Comunidade

Linguística, da Cultura, da Nação e da Civilização, e ainda poderia se

ampliar o estudo para o campo da Espécie, como postulou Herder na sua

obra Sobre el Origen del Lenguaje. 25

A língua possui uma camada de sistemas constituidos pelo conjunto

dos sistemas transverbais do Plano Coletivo da Comunidade Linguística, da

25 HERDER, Johann Gottfried (1744-1803). Sobre el Origen del Lenguaje (1760, 1768, 1772).

Page 76: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

76

Cultura, da Nação e da Civilização: São sistemas linguísticos no pleno

sentido do termo, sem os quais seria impossível compreender realmente a

língua, a sua composição e o seu sistema de funcionamento.

CONCLUSÕES:

As teorias da Gramática tradicional unívoca, do Estruturalismo

Formalista, da Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso da

Conversação e do Texto, reduziram a linguística à pesquisa dos

sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», desconsiderando,

Page 77: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

77

omitindo e esquecendo totalmente, como se não existissem, os

sistemas linguísticos do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central

Cérebro-Mente-Psique Linguística, bem como os sistemas

Transverbais da Coletividade, da Cultura, da Nação e da Civilização.

Mas, isso foi um equívoco teórico fruto de uma lógica formal

deturpada.

Gráfico 2

Representamos o conjunto integral dos sistemas constitutivos e

operativos da Língua, por meio do Gráfico 2, incluindo os Sistemas do

Plano de Superfície do «Ergon», os Sistemas do Plano Profundo da

«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e os

Page 78: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

78

Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da

Civilização.

Conforme as concepções linguísticas de Humboldt e Backtin,

não existiria Língua sem a Central Cérebro-Mente-Psique linguística,

e sem o Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da

Civilização.

Pelos caminhos de várias ciências e especialidades, hoje temos

consciência de que não existiria a língua, no estrito sentido do termo,

e não poderia funcionar com eficácia, sem os sistemas do Plano

Profundo do Pensamento, da «Enérgeia», e sem os sistemas do

Plano Coletivo Transverbal da Comunidade, da Cultura, da Nação e

da Civilização. Estas dimensões são fundamentais e indispensáveis

para a completa compreensão da Língua

Se por uma contingência especial da existência, um menino, “A”,

nascesse na selva no uso normal das suas faculdades humanas; e se,

por qualquer casualidade da natureza, sobrevivesse e crescesse até a

sua vida adulta (de 30 ou 40 anos de idade) isolado de qualquer

conexão com a coletividade da cultura, da nação e da civilização,

nessas condições específicas (isolado da convivência humana e

social), postula-se que desenvolveria normalmente uma linguagem

com vários sistemas de comunicação e ação para o meio; porém, não

desenvolveria uma língua, no sentido específico do termo, identificável

entre as línguas das comunidades linguísticas existentes.

Deste modo, a integração do bebê no meio coletivo de uma

cultura e de uma nação é condição indispensável para o seu

desenvolvimento linguístico. De tal maneira que, sem essa conexão,

na qualidade de ser humano, teria uma capacidade linguística

Page 79: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

79

potencial; porém, enquanto isolado de toda convivência com a

coletividade de uma cultura e de uma nação, não realizaria alcançaria

a atualização dessa potência linguística, não tornaria real e efetiva

essa potencialidade. Isso significa que os sistemas transverbais da

coletividade da cultura, da nação e da civilização, conforme o sentido

dos termos em Humboldt, são elementos constitutivos e operativos da

Língua, da sua natureza, da sua forma de composição e do seu

sistema de funcionamento.

A partir dos dados e análises acima podemos continuar

o debate sobre a questão linguística herdada da tradição e

do século XX, acrescentando novos elementos e dados.

Existem indícios e evidências de que, consciente ou

inconscientemente, os setores unívocos e dicotômicos

radicais das escolas da Corrente do «Ergon» estão

enganando com meias verdades, sofismas, falácias, retóricas

meronímicas e falsos princípios científicos a cultura e a

civilização, possivelmente, em função da política linguística

elitista de Maquiavel, naquilo que se refere à noção de

Língua e ao objeto da Linguística.

Por meio da comparação dos gráficos, podemos

introduzir algumas análises e dados relevantes da questão

linguística.

O engana-vista da Gramática Unívoca

Page 80: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

80

Os dados da história mostram que, na verdade, existiram duas

correntes de pensamento na Gramática ao longo da história:

a) A Corrente da Gramática Relativista, Eclética, Integrativa e

Aberta, que, considerou que a Gramática é uma Especialidade

para a pesquisa e descrição dos sistemas sígnicos e verbais

estáticos das palavras e das orações, que sempre se relacionou

abertamente, desde Aristóteles e os Estoicos, com a Filologia, a

Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a Retórica, e permaneceu

aberta para com a concepção energética da Corrente da

«Enérgeia». Esta corrente entende que a Gramática é uma

Especialidade e não uma “Linguística Geral”, pois pesquisou e

descreveu uma parte da Língua, e não o conjunto integral de

todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma.

b) A Corrente da Gramática Absoluta e Unívoca Fechada, que

considera a Gramática como uma espécie de “Linguística

Geral”, que teria pesquisado e descrito o conjunto integral de

todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

Deste modo, a crítica que aqui formulamos não se refere a todos

os gramáticos, e sim à corrente dos gramáticos absolutos e unívocos

fechados, que criaram implicitamente com o seu pensamento unívoco,

uma espécie de “Linguística Geral”, e impediram com a sua visão

fechada e reducionista o normal desenvolvimento das Especialidades

Energéticas da Corrente da «Enérgeia».

Analisando e comparando os elementos do lado da esquerda e

da direita do Gráfico 20, podemos observar que existe um problema

científico na forma como a Gramática Unívoca entendeu e definiu a

Língua e o objeto da Linguística, problema que foi escondido e

Page 81: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

81

camuflado durante séculos pelos setores unívocos da Corrente do

«Ergon», afetando à cultura e à civilização.

Por esse estudo comparativo dos Gráficos, podemos perceber

as omissões, esquecimentos e reducionismos da Gramática unívoca,

no sentido dos termos em Descartes.

Gráfico 20No lado da Esquerda representamos o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

.

Comparando os elementos dos dois lados do Gráfico 20

podemos perceber que há uma enganação ou engana-vista na

concepção teórica da Gramática Unívoca em relação à noção de

Língua e ao objeto da Linguística.

A Gramática pesquisou e descreveu uma parte dos sistemas da

Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do

Gráfico 20); porém, os setores unívocos da Gramática cometeram o

Page 82: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

82

equívoco de ensinarem, disseminarem e imporem a todos os setores

a falsa ideia de que a Gramática pesquisou e descreveu o conjunto

integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua,

quando os dados mostram que omitiu, esqueceu e desconsiderou,

aproximadamente, 16 conjuntos de sistemas da mesma (em vermelho

no Gráfico 20).

Deste modo, a Gramática de visão unívoca enganou ao longo de

séculos a cultura e a civilização, porque desconsiderou, omitiu e

esqueceu 16 conjuntos dos sistemas da Língua: Ocultou,

desconsiderou e negou, como se não existissem, 16 conjuntos

fundamentais da Língua; inclusive, impediu o normal desenvolvimento

das Especialidades Energéticas desta ciência.

Por uma comparação, podemos dizer que é como se uma

biologia, desconsiderasse, ocultasse e esquecesse 16 sistemas

orgânicos do organismo humano, como por exemplo, o sistema

cardiológico, o neurológico, o genético, o linfático, o endócrino, o

digestivo, etc., e que somente considerasse três sistemas: o sistema

anatômico; o sistema fisiológico e o sistema capilar.

Questionamos: Que avaliação mereceria tal biologia? Seria

considerada uma biologia parcial e reducionista por causa de um

equívoco científico.

Assim, a referida teoria biológica, que pesquisasse e

descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo de 19

sistemas orgânicos, omitindo, esquecendo e negando 16 sistemas

orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova

Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da

Dúvida Sistemática. Esta é uma comparação ilustrativa para entender

o problema científico da Gramática.

Page 83: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

83

Também ajuda a entender o problema científico da Gramática

unívoca um exemplo da Física. Qualquer teoria física que

pesquisasse e descrevesse três elementos ou engrenagens de um

motor de 19 engrenagens, omitindo, desconsiderando e negando 16

engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos

paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica

dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Porém, os linguistas e gramáticos da Corrente do «Ergon»

fecham os olhos para não perceberem este problema científico na

linguística; e impedem que algum autor ou escola da Corrente da

«Enérgeia» e da Linguística Dinâmica, pesquisem e mostrem o

problema, e desenvolvam as Especialidades Energéticas desta

ciência.

O Engana-vista de Ferdinand de Saussure

Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Langue

na obra póstuma saussuriana (1916).

Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do

direito do Gráfico 21, podemos observar que existe um problema

científico na forma como Ferdinand de Saussure entendeu e definiu a

Língua (Langue) na sua obra póstuma (1916).

Page 84: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

84

Gráfico 21 No lado da Esquerda, representamos o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916) (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção saussuriana em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

.

Assim, comparando os dois lados do Gráfico 21, podemos

perceber que há uma enganação ou engana-vista na questão

linguística da noção saussuriana de Língua (langue) e na visão

linguística da obra póstuma saussuriana (1916).

De forma brilhante, com qualidade e excelência, Saussure

pesquisou e descreveu na sua obra póstuma (1916) uma parte dos

sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado

direito do Gráfico 21); porém, o Estruturalismo Formalista cometeu o

equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que Saussure tinha

pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas

constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que

desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 16 conjuntos dos

Page 85: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

85

sistemas fundamentais (representados em vermelho no lado direito do

Gráfico 21).

Deste modo, consciente ou inconscientemente, a forma de

interpretação da obra póstuma saussuriana (1916) por parte do

Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação

à noção e à composição da Língua, porque desconsiderou, omitiu e

esqueceu 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da

mesma.

Podemos utilizar para a teoria póstuma saussuriana, os mesmos

argumentos que para a Gramática Unívoca.

Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três

engrenagens de um motor de 19 engrenagens, desconsiderando e

omitindo 16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria

pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade

Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida

Sistemática.

Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e

descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo com 19

sistemas orgânicos, omitindo e esquecendo 16 sistemas orgânicos do

mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da

Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida

Sistemática.

O Engana-vista do Estruturalismo Formalista Dicotômico

Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Língua

do Formalismo Estruturalista do século XX.

Analisando e comparando os elementos dos lados esquerdo e

direito do Gráfico 23, podemos observar que existe um problema

Page 86: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

86

científico na forma como o Estruturalismo Formalista Dicotômico e

Absoluto entendeu e definiu a Língua (Langue).

Gráfico 22 No lado da Esquerda representamos o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pelo Estruturalismo Formalista (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho do gráfico da direita são as LACUNAS, OMISSÕES E RECUCIONISMO da concepção do Estruturalismo Formalista em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

.

Assim, comparando os dois lados do Gráfico 22 podemos

perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista na

noção de Língua (langue) e na visão linguística do Estruturalismo

Formalista Dicotômico e Absoluto.

O Estruturalismo Formalista pesquisou e descreveu nas suas teorias

uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em

branco no lado direito do Gráfico 22); porém, os setores dicotômicos e

absolutos da Corrente do «Ergon», cometeram o equívoco de ensinarem e

Page 87: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

87

disseminarem a falsa ideia de que essa escola tinha pesquisado e descrito

o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da

Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu,

pelo menos, 16 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado

direito do Gráfico 22). Deste modo, consciente ou inconscientemente, o

Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação à

noção de Língua e ao objeto da Linguística, porque desconsiderou, omitiu e

esqueceu pelo menos 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos

da Língua.

Para avaliar a situação científica do Estruturalismo Formalista,

podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a

Gramática e para Saussure:

Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três

engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 16

engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas

da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos,

pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e

descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo

e esquecendo 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria

pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não

suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Page 88: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

88

O Engana-vista da Pragmática Dicotômica

Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão

Linguística da Pragmática Dicotômica.

Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e

direito do Gráfico 24 podemos observar que existe um problema

científico na forma como a Pragmática Dicotômica entendeu a visão

linguística nas suas obras.

Gráfico 23 No lado da Esquerda representamos o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Pragmática Dicotômica (os pragmáticos, cinéticos e semióticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da Pragmática Dicotômica, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

.

Assim, comparando os dois lados do Gráfico 23, podemos

perceber as evidências de que, consciente ou inconscientemente, há

Page 89: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

89

uma enganação ou engana-vista na visão linguística da Pragmática

Dicotômica do século XX.

A referida escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma

parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em

branco no lado direito do Gráfico 23), e cometeu o equívoco de

ensinar e disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito

o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da

Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e

esqueceu pelo menos 12 conjuntos de sistemas (representados em

vermelho no lado direito do Gráfico 23). Deste modo, a Pragmática

Dicotômica enganou a cultura e a civilização durante o século XX,

porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos

dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

Para avaliar na atualidade a situação científica da Pragmática

Dicotômica, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos

para a Gramática, para Saussure e para o Estruturalismo Formalista:

Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8

engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 12

engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas

da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos,

pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e

descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo e

esquecendo 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria

pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não

suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

O Engana-vista da Análise do Discurso, da Conversação,

do Texto e da Obra

Page 90: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

90

Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão Linguística

da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.

Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do

direito do Gráfico 24, podemos observar que existe um problema

científico na forma como a escola da Análise do Discurso, da

Conversação, do Texto e da Obra, de inspiração Dicotômica e

Absoluta, entendeu a visão linguística nas suas teorias.

Gráfico 24 No lado da Esquerda representamos o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra (os pragmáticos, cinéticos e semióticos e analíticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da escola, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

Page 91: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

91

Assim, comparando os dois lados do Gráfico 24, podemos

perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista

camuflada na visão linguística da Análise do Discurso, da

Conversação, do Texto e da Obra.

Esta escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte

dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no

lado direito do Gráfico 24), e cometeu o equívoco de ensinar e

disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito o conjunto

integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma,

quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu,

pelo menos, 12 conjuntos de sistemas (representados em vermelho

no lado direito do Gráfico 24). Deste modo, consciente ou

inconscientemente, a Análise do Discurso, da Conversação, do Texto

e da Obra enganou a cultura e a civilização, porque desconsiderou,

omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos dos sistemas

constitutivos e operativos da Língua.

Para avaliar a situação científica da Análise do Discurso, da

Conversação e do Texto, podemos aplicar os mesmos argumentos

que usamos para a Gramática, para Saussure, para o Estruturalismo

Formalista e para a Pragmática:

Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8

engrenagens de um motor, omitindo, desconsiderando e negando 12

engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas

da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos,

pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e

descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo,

desconsiderando e negando 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se

Page 92: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

92

sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos

biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.

Podemos fazer o estudo ou análise da questão por meio

de outros gráficos.

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA GRAMÁTICA

Gráfico 25

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA GRAMÁTICA UNÍVOCA.

O Gráfico 25 manifesta as mesmas evidências de que a

Gramática unívoca tem um equívoco científico, como formulado e

descrito pelo Gráfico 20 às páginas 80-83.

Page 93: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

93

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DE FERDINAND DE SAUSSURE

Gráfico 26

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916), enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA NOÇÃO DE LÍNGUA DE FERDINAND DE SAUSSURE.

O Gráfico 26 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco

científico formulado e descrito em relação à obra póstuma

saussuriana (1916) pelo Gráfico 21 às páginas 83-85. A noção de

Langue da referida obra não pesquisa e descreve o conjunto integral

de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim

apenas três conjuntos: os sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os

sistemas estáticos a partir do ponto de vista do ouvinte, omitindo,

desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da

Língua.

Page 94: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

94

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA

Gráfico 27

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA.

O Gráfico 27 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco

científico que o Estruturalismo Formalista cometeu, como se verifica

no Gráfico 22, às páginas 85-87. A noção de Langue da referida obra

não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas

constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas três conjuntos: os

sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os sistemas estáticos a partir

do ponto de vista do ouvinte, omitindo, desconsiderando e negando

aproximadamente 16 conjuntos da Língua.

Page 95: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

95

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA

Gráfico 28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA.

O Gráfico 27 manifesta evidências do equívoco científico que o a

Pragmática Dicotômica cometeu no século XX, como se verifica no

Gráfico 23, às páginas 87-89. A referida teoria não pesquisa e

descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e

operativos da Língua, e sim apenas uma parte da mesma, omitindo,

desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da

Língua.

Page 96: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

96

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA ANÁLISE DO DISCURSO, DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO.

Gráfico 28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.

No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA ANÁLISE DO DISCURSO DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO..

O Gráfico 28 manifesta evidências do equívoco científico que a

Análise do Discurso, da Conversação e do Texto do século XX, como

se verifica no Gráfico 24, às páginas 89-91. A referida teoria não

pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas

constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas uma parte da

mesma, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16

conjuntos da mesma.

Page 97: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

97

CONCLUSÕES:

Desta forma, os dados das novas pesquisas da Linguística

Dinâmica mostram indícios e evidências de que as concepções da

Gramática unívoca da tradição e da Linguística Modernista dicotômica

do século XX, escolas pertencentes à Corrente do «Ergon», são

reducionismos teóricos insustentáveis ante os fundamentos e

paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, ferindo as Regras do

Discurso do Método de René Descartes, os princípios da Teoria da

Relatividade de Albert Einstein e a concepção de Paradigma de

Thomas Kuhn, incongruentes com os dados empíricos e analíticos do

fenômeno linguístico. Essa hipótese, formulada inicialmente pelos

procedimentos da Linguística Dinâmica, verifica-se e confirma-se

pelos dados da Linguística Jurídica, da Linguística Nuclear e da

Linguística Quântica.

Pelos dados históricos e empíricos, percebemos que a forma de

evolução da Linguística Modernista no século XX não foi pacífica

como se existisse consenso entre todos os setores dessa ciência; e

sim, pelo contrário, problemática e polêmica, de tal maneira que

manifesta um problema científico em relação aos paradigmas da Nova

Filosofia da Ciência, e uma contradição em relação aos paradigmas

das ciências avançadas, naturais, exatas e sociais aplicadas.

Assim, os dados da pesquisa mostram evidências de que existe

um desvio científico na Gramática unívoca da tradição e na Linguística

dicotômica do século XX, por três razões:

Page 98: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

98

a) Porque é uma ciência que continua dominada pelo falso

princípio idealista saussuriano, pelo qual a obra póstuma

saussuriana (1916) postulou que:

“Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto”. 26

Em razão desse princípio, foi disseminada na Linguística

Modernista do século XX uma concepção científica equivocada,

postulando que é o ponto de vista de cada escola, ou das escolas,

que cria o objeto da ciência, e não a natureza do objeto. Como

consequência, cada escola criou o seu próprio ponto de vista e

forjou o seu objeto da ciência, à imagem e semelhança dos seus

pressupostos, distinto em relação às outras escolas. Assim, gerou-

se nesta ciência, no final do século XX a maior confusão teórica e

terminológica de toda a história. Não há consenso entre as distintas

escolas quanto à noção de Língua, e quanto ao objeto da ciência.

b) Porque a Linguística continuou marcando o passo, amarrada

aos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência durante os últimos

três séculos, e não acompanhou a evolução do desenvolvimento

que tiveram as ciências avançadas aplicando os princípios e

paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, nos séculos XVIII, XIX

e XX;

c) Porque é uma ciência atrasada em relação às ciências naturais,

exatas e sociais aplicadas; ou seja, em relação à física atômica 26 SAUSSURE, Versão brasileira, p. 15; Versão crítica de Tullio de Mauro, p. 23. Essa posição teórica idealista saussuriana foi analisada e criticada na Dissertação de Mestrado MEDINA, A. T. M., (1989) Análise critica da noção de língua em Ferdinand de Saussure. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, pp. 1-10; 11-24; 25-42; 43-52; 65-87; 97-146.

Page 99: OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE, E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO.

99

e nuclear, à física quântica, à biologia, à ecologia, à astronomia,

à geologia, à oceanografia e à matemática, porque não

acompanhou nos séculos XVIII, XIX e XX o desenvolvimento

que tiveram tais ciências pela aplicação do Paradigma

Energético. Como consequência, o atraso da Linguística é uma

fonte de atraso para a cultura e a civilização, uma fonte de

atraso para as comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do

Brasil e do Terceiro Mundo.