Os Hebreus

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HEBREUS ORIGEM O nome "hebreus" vem do hebraico "Ivrim", que significa "descendentes de Héber". O livro de Gênesis, capítulo 10, a partir do versículo 21 diz que Noé gerou a Sem; este gerou a Arfaxade, que gerou Salá, que gerou HÉBER; este gerou a Pelegue, que gerou Reú, que gerou Serugue, que gerou Naor, que gerou Tera, que então gerou a Abrão (que significa "pai exaltado, mais tarde tendo seu nome mudado pra Abraão, que significa "pai de muitas nações), sendo este considerado o patriarca do povo de Israel. Os antigos hebreus (etnônimo possivelmente oriundo do termo hebraico Éber, ou םםםםם, transl.ʿIvrim, significando "descendentes do patriarca bíblico Éber") foram um povo semítico da região do Levante, localizado no Oriente Médio. O etnônimo também foi utilizado a partir do período romano para se referir aos judeus, um grupo étnico e religioso de ascendência hebraica. Acredita-se que, originalmente, os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século X a.C. Os hebreus falavam uma língua semítica da família Cananéia, à qual se referiam pelo nome de “língua de Canaã” (Isaías 19:18)1 . Esse povo, apagado pela grandeza de estados muito maiores, tecnologicamente avançados e mais importantes politicamente2 , foi responsável, contudo, pela composição de alguns dos livros que compõem a Bíblia, obra considerada sagrada por religiões ocidentais e orientais. Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único Deus, isto é, a professar uma religião monoteísta. Na crença dos hebreus, o único Deus é Javé (Jeová), cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas para evitar idolatria. Essa crença é a origem das três maiores religiões monoteísta do mundo COSTUMES A sociedade hebraica era patriarcal, sempre havia o elemento masculino, o homem mais velho na liderança da comunidade, mas as mulheres também tinham seu papel, eram responsáveis Pela educação dos filhos e também eram conselheiras do marido, bons exemplos da influência da mulher na sociedade hebraica são Sara, Rebeca e Débora. Junto ao Patriarca e sua esposa estavam os parentes mais próximos, que também tinham certa influência na sociedade, depois vinham os parentes distantes e os agregados e finalmente, os escravos. Inicialmente a economia hebraica era apenas baseada na pecuária, principalmente a criação de ovelhas ou pastoreio, com a ida para o Egito acrescentaram também a agricultura, o artesanato também teve um significativo desenvolvimento, pois as construções que empreenderam exigiram tais profissionais.

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HEBREUS

ORIGEM

O nome "hebreus" vem do hebraico "Ivrim", que significa "descendentes de Héber". O livro de Gênesis, capítulo 10, a partir do versículo 21 diz que Noé gerou a Sem; este gerou a Arfaxade, que gerou Salá, que gerou HÉBER; este gerou a Pelegue, que gerou Reú, que gerou Serugue, que gerou Naor, que gerou Tera, que então gerou a Abrão (que significa "pai exaltado, mais tarde tendo seu nome mudado pra Abraão, que significa "pai de muitas nações), sendo este considerado o patriarca do povo de Israel.

Os antigos hebreus (etnônimo possivelmente oriundo do termo hebraico Éber, ou עברים, transl.ʿIvrim, significando "descendentes do patriarca bíblico Éber") foram um povo semítico da região do Levante, localizado no Oriente Médio. O etnônimo também foi utilizado a partir do período romano para se referir aos judeus, um grupo étnico e religioso de ascendência hebraica. Acredita-se que, originalmente, os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século X a.C. Os hebreus falavam uma língua semítica da família Cananéia, à qual se referiam pelo nome de “língua de Canaã” (Isaías 19:18)1 . Esse povo, apagado pela grandeza de estados muito maiores, tecnologicamente avançados e mais importantes politicamente2 , foi responsável, contudo, pela composição de alguns dos livros que compõem a Bíblia, obra considerada sagrada por religiões ocidentais e orientais.

Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único Deus, isto é, a professar uma religião monoteísta.

Na crença dos hebreus, o único Deus é Javé (Jeová), cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas para evitar idolatria. Essa crença é a origem das três maiores religiões monoteísta do mundo

COSTUMES

A sociedade hebraica era patriarcal, sempre havia o elemento masculino, o homem mais velho na liderança da comunidade, mas as mulheres também tinham seu papel, eram responsáveis Pela educação dos filhos e também eram conselheiras do marido, bons exemplos da influência da mulher na sociedade hebraica são Sara, Rebeca e Débora. Junto ao Patriarca e sua esposa estavam os parentes mais próximos, que também tinham certa influência na sociedade, depois vinham os parentes distantes e os agregados e finalmente, os escravos.

Inicialmente a economia hebraica era apenas baseada na pecuária, principalmente a criação de ovelhas ou pastoreio, com a ida para o Egito acrescentaram também a agricultura, o artesanato também teve um significativo desenvolvimento, pois as construções que empreenderam exigiram tais profissionais.

A religião praticada pelos hebreus é chamada de judaísmo. Seus escritos sagrados são o que os cristãos chamam de Antigo Testamento Bíblico, e os judeus chamam de TANACH, iniciais das três seções em que a Bíblia hebraica está dividida: TORÁ, que significa lei e inclui os 5 primeiros livros da Bíblia e que foram escritos por Moisés; NEVIIM, que são os profetas e a terceira parte KTUVIM, que significa escritos, inclui livros poéticos e históricos. Estes escritos sagrados não contam apenas a vida deste povo, mas influenciaram tremendamente a nossa sociedade e continuam influenciando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Dentre outras influências podemos citar também, a Páscoa, que tem origem com a PESSACH dos judeus e o Dia de Ação de Graças que foi inspirado no YOM KIPPUR, dia do perdão israelita.

RELIGIÃO

De acordo com os relatos bíblicos, o pacto realizado entre hebreus e seu Deus no Sinai impôs alguns deveres aos homens, ligados ao culto de sua deidade. Assim como muitos povos no Oriente Próximo, os hebreus acreditavam que os nomes revelassem a natureza intrínseca de indivíduos e deuses. Essa concepção de mundo explica a proibição da vocalização do nome de seu Deus em alguns livros de leis.

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Por intermédio de Moisés, os hebreus renovaram um pacto com Deus iniciado no período dos patriarcas, e prometeram cumprir suas leis em troca de proteção. Os historiadores apontam para esse pacto como uma representação dos acordos políticos de vassalagem no Oriente Próximo Antigo.43 . As ordens de yahweh (Jeová) são formuladas na forma de dez mandamentos. A Bíblia Hebraica traz duas versões dessas ordens, em Êxodo (Êxodo 20:1-17) e em Deuteronômio (Deut. 5:6-21). Um dos exemplos da transformação dessas leis ao longo do tempo é a obrigação do Sabbah, associado ao descanso divino no sétimo dia em Êxodo 20:8-1144 , enquanto em Deuteronômio 5:12-1545 o mandamento é vinculado ao episódio da fuga do Egito.

ESCRITA

Os desafios referentes à escrita da história dos antigos hebreus são, em primeiro lugar, desafios historiográficos. Questões tais quais os tratamentos das fontes, a natureza das fontes, a maneira de interpretar os dados e as concepções inerentes ao processo de redação dessa história são as mais discutidas recentemente. As fontes para a história dos antigos hebreus, por exemplo, são as mais diversas possíveis: documentos escritos (a Bíblia sendo, de longe, a fonte mais rica de informações escritas, embora não a única), epigrafia, iconografia, arqueologia, línguas, etc. Tradicionalmente, a história dos hebreus antigos foi (e em alguns meios ainda é) recontada a partir de um viés unicamente bíblico, mais ou menos crítico, seguindo o modelo: patriarcas, escravidão no Egito, êxodo, conquista, Império, exílio. Essa prática está associada a perspectivas religiosas e a uma concepção de história, típica do princípio do século XIX, na qual o documento escrito era considerado mais relevante que outras fontes. Sob esta perspectiva teórica, a cultura material era empregada como mero instrumento ilustrativo. Ademais, nessa época, as interpretações dos dados assumiam fortes conotações nacionais e políticas, uma vez que a institucionalização da História estava estreitamente vinculada ao processo de organização de identidades nacionais. Por conseguinte, muitas interpretações da história hebraica incorporaram elementos anacrônicos do nacionalismo judaico. Diversas escolas historiográficas surgidas desde o fim do século XIX até o começo do século XXI (como os Annales) contribuíram para redefinir essas práticas, focando em fatores sociais, econômicos, demográficos, culturais, etc. e utilizando novos métodos e novos documentos.