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1 Material didático de uso exclusivo dos alunos do CEDUSP/ULBRA Arte – Profª Juliana Godin Ji-Paraná/ RO A principal característica da arte japonesa é uma mistura de harmonia e serenidade. Os japoneses sofreram grande influência da arte coreana e chinesa, mas souberam dar o seu toque pessoal e gracioso. A pintura japonesa foi influenciada de início, diretamente pela escrita: a boa caligrafia de ideogramas tem o valor de um bom desenho. A escrita ideográfica japonesa teve origem na China; ao invés de letras, ela utiliza símbolos que representam coisas e idéias. São milhares de símbolos, de difícil memorização, mas apesar desta complexidade, quase não existia analfabetismo no Japão, desde o fim do século XlX. No Sumiê, utiliza-se uma tinta feita de fuligem e cola (Sumi) e pincéis de pêlo de ovelha ou texugo de maneira a reter muito líquido. Mas é o papel, na maior parte das vezes fino e absorvente, que dá a principal característica deste tipo de pintura. As esculturas têm grande destaque e retrata indivíduos e máscaras. Os povos pré- históricos do Japão faziam imagens de argila para serem usadas em esculturas funerárias e pareciam com outros trabalhos semelhantes aos da China.

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Material didático de uso exclusivo dos alunos do CEDUSP/ULBRA Arte – Profª Juliana Godin Ji-Paraná/ RO

A principal característica da arte japonesa é uma mistura de harmonia e serenidade. Os japoneses sofreram grande influência da arte coreana e chinesa, mas souberam dar o seu toque pessoal e gracioso.

A pintura japonesa foi influenciada de início, diretamente pela escrita: a boa caligrafia de ideogramas tem o valor de um bom desenho. A escrita ideográfica japonesa teve origem na China; ao invés de letras, ela utiliza símbolos que representam coisas e idéias. São milhares de símbolos, de difícil memorização, mas apesar desta complexidade, quase não existia analfabetismo no Japão, desde o fim do século XlX.

No Sumiê, utiliza-se uma tinta feita de fuligem e cola (Sumi) e pincéis de pêlo de ovelha ou texugo de maneira a reter muito líquido. Mas é o papel, na maior parte das vezes fino e absorvente, que dá a principal característica deste tipo de pintura.

As esculturas têm grande destaque e retrata indivíduos e máscaras. Os povos pré-históricos do Japão faziam imagens de argila para serem usadas em esculturas

funerárias e pareciam com outros trabalhos semelhantes aos da China.

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Os japoneses assim como os chineses preferem a madeira como material de construção. O desenho de suas casas permaneceu inalterado por centenas de anos, são térreas, situam-se no meio de jardins rodeados por cerca de bambu, com painéis corrediços de papel (biombos) separando os cômodos que são arejados; seus telhados são inclinados e esteiras de palha cobrem seus pisos de madeira.

O símbolo dos Santuários Xintoístas é o Tori. Ele representa a divisão entre o mundo comum e o mundo divino.

A maioria dessas pinturas era feita em blocos de madeira, xilografia (arte de reproduzir imagens e textos por meio de pranchas de madeira gravadas em relevo). Primeiramente em preto e branco, depois entraram outras cores e os artistas começaram a retratar heróis do palco, mulheres famosas por sua beleza, personagens históricos e lendários. Tornou-se uma forma de arte muito popular, pois permitia uma produção em massa. Até hoje é uma forma de arte das mais apreciadas.

A palavra japonesa origami quer dizer "dobrar papel" (ori = dobrar; kami = papel). Apesar de ser um

patrimônio da cultura japonesa, é provável que tenha começado na China, a qual é considerada "o berço do papel". Imaginação, conhecimento e habilidade: este é o instrumental que nos permite criar esculturas em papel. Porém, é preciso não violar certos princípios, como num jogo. Há condições fundamentais:

• Utilizar uma folha quadrada;

• Não cortar;

• Não colar.

A História de Sadako

Depois da destruição de Hiroshima em 1945, muitas doenças surgiram entre os sobreviventes. Uma das vítimas Sadako Sassaki, com dois anos no dia da explosão, começou a sentir os efeitos da Bomba Atômica aos 12 anos; seu diagnóstico: Leucemia.

Quando Sadako estava no hospital, um amigo trouxe-lhe alguns papéis coloridos e dobrou um pássaro (TSURU). Disse que esse pássaro é sagrado no Japão, vive mil anos e tem o poder de conceder desejos.

Se uma pessoa dobrar mil Tsurus e fizer seu pedido a cada um deles, seu pedido será atendido. Sadako, começou então a dobrar Tsurus e pedir para sarar, porém sua enfermidade se

agravava a cada dia. Sadako então desejou pedir para a Paz Mundial. Sadako dobrou 964 Tsurus até 25/10/1955, quando morreu.

Seus amigos dobraram os Tsurus restantes a tempo para seu enterro. Mas eles queriam mais, desejaram pedir por todas as crianças que estavam morrendo em conseqüência da explosão da Bomba Atômica. Então formaram um clube e começaram a pedir dinheiro para um monumento.

Estudantes de mais de 3.000 escolas no Japão e de 9 outros países contribuíram, e em 5 de maio de 1958, o Monumento da Paz das Crianças foi inaugurado no parque da Paz de Hiroshima.

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Todos os anos no Dia da Paz (06/08) pessoas do mundo inteiro enviam Tsurus de papel para o Parque. As crianças desejam espalhar ao mundo a mensagem esculpida à base do monumento de Sadako: Este é nosso Grito! Esta é nossa oração: Paz no mundo e nunca mais uma cena como a de Hiroshima!

Os Mistérios do Bonsai

O significado da palavra bonsai é "cultivar árvore em vaso". Por isso, para ser considerada um bonsai, a planta precisa representar a árvore como ela é na natureza. Assim, deve ser realmente uma árvore em miniatura, de qualquer espécie, produzindo flores e frutos normalmente como a de tamanho natural.

Costuma se falar muito em bonsais verdadeiros e falsos. Essa diferença nada mais é do que em relação à idade da planta. "Não basta ser um galho de árvore plantado. Um galho não é uma árvore em miniatura. Ele pode vir a ser um bonsai, mas para começar a ter forma de árvore, com o tronco mais grosso, precisa ter no mínimo 15 anos".

História

Sua origem no oriente parece ser do século III a.C., na China. Os chineses acreditavam que as montanhas eram o ponto de encontro entre o homem e Deus e, por isso, traziam para casa pequenas árvores do local para se sentirem mais próximos da presença divina. Quem se aprofundou na técnica foram mesmo os japoneses e assimilaram-na em sua cultura não só como uma manifestação artística, mas também como um objeto de culto e meditação. Um vaso com bonsai costuma ser caro e às vezes chega a custar o preço de um automóvel, porque é vendido como obra de arte. Há bonsais que chegam a séculos de idade, o que significa que pessoas de gerações diferentes tiveram um cuidado todo especial com aquela planta.

Hashi na verdade é um talher de origem oriental. Há diferentes tipos de hashi ou "pauzinhos japoneses" uns que são usados para comer, cozinhar, e outros somente para apanhar comida. O principal material usado na fabricação de hashi´s é a madeira, mas também

há hashi´s de marfim, ossos, dentes de elefante, bambu, metal podendo ser ainda pintados ou decorados com os mais diversos motivos mas quase sempre laqueados.

O dinheiro nacional é o iene cujo símbolo é ¥. Circulam moedas de 1, 5, 10, 50, 100 e 500 e

cédulas (notas impressas) de 1.000, 5.000 e 10.000 ienes. As moedas mais usadas são as de 10, 50 e 100 ienes. As de 10 ienes servem de ficha telefônica para aparelhos públicos, para uma ligação de 3 minutos. As moedas de 50 e 100 ienes são usadas em ônibus, máquinas vendedoras de cigarros, bebidas não-alcoólicas, passagens de trens e metrôs, etc..

A arte de escrever é Shô ou Sumi-ê, ou caligrafia, é uma das artes típicas do Oriente. Nela, busca-se a beleza através da forma, da posição dos caracteres desenhados, da graduação da tinta e da força das pinceladas. Alguns materiais são essenciais para essa arte:

- Bunchin - Peso para papel

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- Shitajiki - Prancheta de apoio - Hanshi - Papel de arroz - Suzuri - Tinteiro de pedra - Sumi - Tinta nanquim em bastão - Fude - Pincel

(Feito de bambu e lã ou pêlo de texugo)

A língua japonesa faz parte da família altaica e tem muitas palavras em comum com o coreano e chinês. Entretanto, sua sintaxe é muito diferente da chinesa. A escrita japonesa utiliza caracteres chineses em combinação com dose alfabetos silábicos chamados hiragana e katakana. Os caracteres chineses, ou kanji, representam significados (ideogramas); o hiragana e o katakana representam apenas sons.

O sushi, um prato japonês tão típico, tem origens que remontam aos tempos pré-históricos. Através dos séculos, ele tem sido apreciado em um grande número de variações; desde o mais simples e cotidiano, como o atum enrolado em arroz avinagrado e alga Nori, ao elegante sushi criado para ocasiões festivas.

O sushi apareceu há séculos no Japão como um modo de conservação do peixe. Era um método proveniente dos países do sudoeste da Ásia que consistia na prensagem de peixe com sal. O peixe fermentava durante alguns meses antes de ser consumido.

Foi somente no começo do século passado que um hábil chef chamado Yohei decidiu fazer com que o sushi deixasse de ser apenas um método de preservação, e acabou desenvolvendo um sushi parecido com o conhecido hoje em dia. O prato, rapidamente, se tornou muito popular no Japão em duas modalidades: o Kansai, da cidade de Osaka, na região de Kansai; e o Edo, de Tóquio. Osaka sempre foi a capital comercial do Japão, e os seus comerciantes de arroz desenvolveram um sushi que consistia primeiramente em arroz temperado misturado com outros ingredientes, servido em uma embalagem comestível decorada. Tóquio, localizada numa baía rica em peixe e frutos-do-mar, produzia o Nigiri-sushi, que consistia em uma pequena porção de peixe ou fruto-do-mar sobre um bolinho de arroz temperado.

A arte do arranjo floral (ikebana) atingiu o máximo de refinamento na última metade do século XVI graças a seu criador, Sen-no-Rikyûu. O arranjo pode ser feito nos vários estilos: horizontal, em cascata, rasteiro, vertical ou oblíquo. O arranjo principal é formado por três ramos: um longo, um médio e um curto. Para manter as flores frescas pode-se cortar os talos debaixo da água, chamuscar os galhos cortados ou aquecê-los em vapor.

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