Os mercados mais quentes da internetOempreendedorismoganhou omundo virtuale vem expandindo fronteiras nocomrcio eletrnico, na educao a distncia e sobretudo nos negcios ligados s redes sociais. Mas quais so os melhores caminhos diante do universo aparentemente infinito deoportunidadesda web? Para responder a essa pergunta, coletamos dados e estatsticas sobre os mercados, conversamos com dezenas de especialistas e mapeamos os modelos de negcios com maior potencial de crescimento nos prximos meses. De um portal de noivas - que pagam para ter seu perfil na rede - a um site onde alunos se preparam para o Enem com aulas ao vivo e tiram dvidas em tempo real, desbravamos um territrio repleto de possibilidades. A seguir, voc vai conhecer iniciativas originais e lucrativas nos sete mercados mais quentes do momento: turismo, educao, entretenimento, compras coletivas, produtos e servios para mulheres, suporte para o comrcio eletrnico e marketing em redes sociais. Inspire-se: o futuro est nainternet- e tambm nas suas mos.

#TURISMOCONEXES LUCRATIVAS Nos ltimos dois anos, o mercado virtual de turismo apresentou um forte crescimento, especialmente no que se refere compra de passagens areas. Mais recentemente, aumentou tambm o nmero de sites dedicados comparao de preos e trocas de informaes. Segundo o instituto de pesquisa e-bit, 62% dos brasileiros costumam pesquisar na internet detalhes de destinos de viagem e preos de passagens e hotis. "H espao para novos modelos de negcio nas reas ligadas a esses servios", diz Cludio Felisoni, do Programa de Administrao de Varejo da FIA (Provar).MALAPRONTA procura da melhor hospedagemUm site especializado em hotis, mas que no aceita reservas: assim o MalaPronta, idealizado por Francisco Millarch, 38 anos, e Rodrigo Souza, 40 anos. "O site atua como um intermedirio entre o consumidor e os hotis", afirma Millarch. Funciona assim: o cliente se cadastra para ter acesso a 10 mil hotis no Brasil e 95 mil no exterior (esses, em parceria com operadoras), realiza a busca e direcionado para o site do hotel escolhido. A receita do MalaPronta vem das comisses que os hotis pagam pelos clientes enviados. "No incio, em 2004, ningum acreditava no nosso modelo", diz Millarch. "Mas logo os hotis perceberam que a ocupao aumentou e aderiram ao site." Em 2009, quando o MalaPronta incorporou um servio de aluguel de carros, o negcio faturou R$ 37 milhes - R$ 25 milhes com hotelaria e R$ 12 milhes com locao.YOUHOTELReservas internacionaisUm site onde possvel reservar (e pagar) com antecedncia sua estadia em outro pas. A novidade surgiu em agostode 2010e responde pelo nome de YouHotel. "Criamos o site pensando em um pblico que procura hotis diferenciados", diz Franco Pontillo, 38 anos, CEO do YouHotel. A empresa recebeu um investimento da empresa de venture capital Elarea, da qual Pontillo tambm scio. Com o foco em start-ups, a Elarea j investiu em empresas como BuscaP e Direct Talk. Graas a acordos comerciais no exterior, o site garante ao viajante a facilidade de pagar, ainda no Brasil, todas as dirias. "Ele recebe um voucher, que depois ser apresentado no hotel." O YouHotel, que teve um investimento inicial de R$ 2 milhes, espera faturar R$ 10 milhes no primeiro ano de funcionamento.#EDUCAOUMA NOVA FORMA DE ENSINARProfessores vendem diretamente seus cursos na internet. Os alunos escolhem com quem vo estudar e do notas s aulas. Sim, isso j acontece hoje no Brasil. Um dos primeiros setores a realmente vingar na rede, a educao agora passa por um estgio mais sofisticado de transformao. "A web torna o aprendizado mais interessante. O estudante ganhou mais autonomia porque decide como e quando quer estudar", diz Frederic Litto, presidente da Associao Brasileira de Educao a Distncia (Abed).

BUZZERORede de professores

No portal deeducao a distnciaBuzzero.com, lanado h seis meses peloempresrioRobson Catalan, 33 anos, professores podem se lanar em carreira solo. Eles cadastram os cursos no site, definem o valor e ficam com 50% dos lucros. A outra metade vai para a Buzzero. Antes de efetuar o pagamento, os estudantes podem ver 25% do contedo. Ao final, do nota para as aulas. Caso o nvel de satisfao seja baixo, o material retirado do ar. Segundo Catalan, o ponto forte do site a versatilidade: so mais de 1.800 cursos, em 200 reas distintas. "A variedade fundamental para o crescimento da empresa", diz. Para 2011, est nos planos crescer 50% e lanar cursos em ingls e espanhol.ENVESTPreparao para o Enem

Uma plataforma de ensino pelainternet, que usa infogrficos, animaes e vdeos para ajudar os estudantes a se prepararem para o Enem. Assim o Envest, uma criao de Gian Zelada, de 44 anos, que foi colocada no ar no incio de outubro. Direcionado a jovens das classes C e D, o negcio deve faturar R$ 1,5 milho em 2011. "As aulas so ao vivo", afirma Zelada. "Dessa maneira, possvel tirar dvidas, rever contedos e comparar o desempenho com o de concorrentes. No futuro, os alunos vo poder escolher o professor que querem para determinada aula." O investimento inicial foi de R$ 200 mil. O servio gratuito: a receita vem de empresas que patrocinam os cursos, em troca de publicidade no site.

CONCURSO VIRTUALPara quem procura emprego pblico

A proposta do Concurso Virtual, empresa fundada em agosto de 2009, preparar pessoas para prestar as concorridas provas para cargos pblicos. Professores de todas as regies do pas viajam ao Rio de Janeiro, sede da empresa, para gravar o contedo - que colocado no ar em seguida. Alm de conseguir rever as aulas, os estudantes podem participar de fruns, falar com professores, fazer exerccios e simulados. A escola tem hoje 30 mil usurios ativos e fatura R$ 200 mil mensais. O objetivo atingir a marca de 200 mil alunos cadastrados at o final de 2011. Segundo Alexandre Prado, 31 anos, um dos scios do empreendimento, o curso agrada por ser muito prtico. "Muitos alunos trabalham em perodo integral e no tm tempo para frequentar cursos presenciais. Oferecemos a eles a facilidade de montar seus horrios", diz.

>>> WEBAULACursos corporativos

Avon, Nestl e Sadia so algumas das companhias que compem a carteira de clientes da webAula S/A, especializada em produzir cursos on-line para o governo, instituies de ensino e corporaes. Fundado em 2002, o grupo uma joint venture das empresas Poliedro, de Braslia, e Zargon, de Belo Horizonte, etem 200 funcionrios. Marcos Resende, 46 anos, um dos scios, diz que o maior diferencial da webAula propor solues personalizadas aos clientes. "Desenvolvemos tecnologias que nos possibilitam ser flexveis e atender aos interesses especficos de cada empresa", afirma. Formado em Cincia da Computao, antes de montar o negcio Resende era dono de uma escola de informtica.

>>> MEUINGLSLies em 15 minutos

Voltado para jovens entre 18 e 35 anos, o MeuIngls conta com podcasts, vdeos e material interativo para atrair os alunos. Lies de conversao so feitas via Skype. "As aulas tm durao de 15 minutos, o que d dinamismo ao curso", afirma Ana Gabriela Pessoa, 29 anos, proprietria do negcio. Dentro do site, foi criada uma rede social onde o aluno pode montar seu perfil, falar com amigos e participar de discusses. O portal tem hoje 70 mil usurios, que pagam R$ 49 para ter acesso ao servio. Ana Gabriela acredita que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olmpicos de 2016 devem impulsionar o ensino de idiomas pela web. "J estamos sendo procurados por agentes de viagens e taxistas que no falam ingls, mas precisam aprender at o incio dos eventos."

#ENTRETENIMENTODIVERSO COMPARTILHADA Um dos setores que mais vem lucrando com o fortalecimento das redes sociais o de entretenimento. Esto em alta negcios que possibilitam s pessoas trocarem informaes sobre cinema, teatro, programas de TV, livros e msicas ou que aproximem os produtores da rea cultural de seu pblico. Sem contar o gigante mundo dos games. " um mercado que cresce 10% ao ano no mundo", diz Winston Petty, presidente da Abragames. "Uma rea promissora a da produo de jogos sob encomenda para empresas."

LUSIS INTERACTIVE GRAPHICSGames para exportao

O site bilngue - escrito em portugus e ingls - j d a pista: o Ilusis Interactive Graphics almeja o mercado internacional. Criada em 2008 pelos scios e apaixonados por jogos Wallace Lages, 32 anos, e Leonardo Arantes, 26 anos, a empresa cria games para internet, computador e plataforma PSP. "A pirataria nos impede de apostar no mercado brasileiro. No exterior, somos valorizados, j que h um maior consumo de games originais", afirma Rodrigo Mamo, 39 anos, scio desde 2009.

>>> GUIDUGuia feito pelos usurios

Qualquer um pode ser um crtico de entretenimento. Com esse princpio em mente, os scios Marcus Andrade, 27 anos, e Paulo Veras, 38 anos, ex-diretor geral e atual membro do conselho da Endeavor, criaram em setembro a rede social Guidu, com um investimento inicial de R$ 2 milhes. O site permite ao usurio cadastrado criar um perfil, fazer crticas sobre os locais que visitou (em at 250 caracteres), seguir amigos e comentar o que foi publicado pelos demais. Essa interao determina o grau de influncia do usurio na rede social: ele pode ganhar status de baladeiro, cinfilo, botequeiro e gourmet. "O site ajuda no planejamento de atividades, porque mostra a opinio de pessoas comuns e no de um crtico formado", afirma Andrade, que fatura com os patrocinadores.

>>> GRUDAEMMIMCelebridades em mdias sociais

A convite de Gilberto Gil, Alberto Blanco, 42 anos, e Christian Roas, 32 anos, criaram em 2007 um negcio capaz de integrar o mundo real das celebridades com o mundo virtual. A ideia era estabelecer novos canais de divulgao para os artistas na internet, explorando todo o potencial das redes sociais. "O Grudaemmim funciona como uma ferramenta de dilogo entre o pblico e o f", diz Blanco. "Nosso trabalho est concentrado na produo de contedo criativo e em sua distribuio em multiplataformas." Alm disso, a empresa realiza pesquisas de comportamento digital e faz a criao e a manuteno de sites, com destaque para o relacionamento em mdias sociais. O empreendimento, que atende artistas como Juliana Paes, Capital Inicial e Nando Reis, teve um faturamento de R$ 2 milhes em 2009 e de cerca de R$ 3 milhes no ano passado.

>>> WEBCORE GAMESAnncios na forma de jogos

Nos ltimos anos, as empresas descobriram o potencial do game como mdia. Apostando nisso, os scios Fernando Chamis, 30 anos, Camila Malaman, 29 anos, e Winston Petty, 31 anos, investiram R$ 20 mil na criao da Webcore Games, em 2006. Desde ento, a empresa de advergames - feitos especificamente para campanhas de marketing - produziu mais de 30 jogos institucionais. "A maior dificuldade desse tipo de negcio levar o conceito da empresa para o game", diz Chamis, que conta com uma equipe de 15 funcionrios. Alm dos advergames, a empresa produz jogos para internet, computador, redes sociais e smartphones. Como a produo cara, a margem de lucro da empresa pequena, variando de 20% a 30%. Por conta disso, a Webcore procura trabalhar com grandes clientes, como Rede Globo, Johnson & Johnson e Pernambucanas. O faturamento estimado anual de R$ 2 milhes.

>>> SKOOBDiscusso literria

Em 2009, Lindenberg Moreira, 34 anos, decidiu investir R$ 5 mil para criar um espao onde pudesse discutir literatura com os amigos. "Eu imaginava que, no final de 2009, o site teria cinco mil cadastrados. Mas a propaganda boca a boca foi to grande que logo chegamos a 25 mil", afirma. Hoje, o Skoob tem 275 mil usurios registrados. "Nossa rede social no vive s de internet. Mensalmente, promovemos encontros para que os usurios se conheam e troquem informaes", diz Moreira. Voltado para o pblico apaixonado por livros, o espao permite a troca de experincias. Nele possvel criar uma biblioteca virtual, escrever resenhas, saber o que est sendo lido pelos demais, registrar um histrico de leitura e fazer comentrios sobre as resenhas publicadas.Em 2010, o faturamento foi de cerca de R$ 550 mil, basicamente com publicidade.

#COMPRAS COLETIVASVEM A A SEGUNDA FASENos EUA, j so mais de 500 sites de compras coletivas. Por aqui, o fenmeno cresce na velocidade de dois novos sites por semana - passando dos 60 negcios. Agora, vir uma segunda etapa de desenvolvimento: sites segmentados, em setores como gastronomia e beleza, agregadores de endereos de compras coletivas, descontos individuais - e no por grupos. No limite, qualquer negcio de comrcio eletrnico poder oferecer esse modelo ao consumidor. "No futuro, todas as compras sero em grupo", diz Francisco Perez, do fundo de capital semente Inseed Investimentos.

>>> OFERTA NICASem colaborao

No modelo de compras coletivas criado pelos scios Rodrigo Monzoni e Antonio Mouallem, ambos com 34 anos, no necessrio um nmero mnimo de compradores para ativar a oferta. "Resolvemos adaptar o modelo estrangeiro realidade brasileira", diz Monzoni. "No Brasil, as compras coletivas ainda geram receio. As pessoas tm medo de pagar antes e no ter acesso s ofertas depois." No site, quem opta por uma promoo j pode usar a oferta imediatamente. "Procuramos escolher estabelecimentos de qualidade, para ter certeza de que teremos um bom nmero de compradores." Entre junho e setembro de 2009, o Oferta nica, que est em seis cidades, faturou R$ 605 mil. "Em 2011, estimamos um faturamento entre R$ 30 milhes e R$ 40 milhes." Para chegar l, os scios pretendem expandir a empresa com franquias a partir de novembro. "Vamos oferecer aos franqueados uma oportunidade com investimento inicial baixo, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil."

>>> JELLYGPara gays, lsbicas e simpatizantes

Cruzeiros para lsbicas, restaurantes gay-friendly, chocolates com temtica homossexual: dificilmente o consumidor encontraria ofertas como essas nos sites convencionais. "Resolvemos escolher um nicho com alta demanda reprimida", diz Cibele Marques, 39 anos. Ao lado de Thais Angelotti, 29 anos, ela criou o JellyG, no ar desde o ms passado. Segundo Cibele, o site no ter apenas servios voltados para o pblico gay. "Podem entrar todos os estabelecimentos gay-friendly". Para abrir o negcio, as scias contaram com a ajuda de um investidor anjo, que entrou com R$ 500 mil. Segundo elas, o objetivo recuperar esse investimento no prazo de um ano. "No temos a pretenso de ser do mesmo tamanho dos sites de compras convencionais", diz Cibele, que espera levar JellyG para nove capitais nos prximos meses.

>>> CITYBESTCupom dividido

Ao escolher uma oferta no site de compras coletivas Citybest, o consumidor paga apenas uma parcela do cupom - o restante quitado diretamente no estabelecimento. "Na hora em que comea a valer a oferta, nosso parceiro passa a ganhar. No modelo tradicional, ele tem de esperar o site repassar o dinheiro", afirma Gustavo Borja, 34 anos, scio do negcio ao lado de Srgio Oliveira, 34 anos, e Alexandre Magno, 29 anos, todos de Belo Horizonte. "Dessa maneira, conseguimos melhores descontos." At o final de 2010, o site atuava em dez cidades e tinha a meta de chegar a 30, com um faturamento anual de R$ 2 milhes. Nada mal para um negcio que comeou com um investimento de cerca de R$ 50 mil.

>>> BOM PROVEITO S restaurantesOs scios Andr Zuckerman, 24 anos, Ivan Marinho, 30, Alexandre Zylberstajn, 25, e Henri Zylberstajn, 30, apostaram na segmentao. Lanado em setembro de 2010, o Bom Proveito especializado em gastronomia. At o momento, 107 restaurantes aderiram ao site, que recebe 60 mil visitantes por dia. A experincia de Zuckerman com e-commerce comeou h dois anos e meio, quando abriu a Sold Leiles Online. "Meu pai tinha uma empresa de leiles, ento resolvi levar essa experincia para o mundo virtual", diz. A exploso dos sites de compra coletiva chamou sua ateno e resolveu investir no filo. O objetivo atingir um faturamento de R$ 6 milhes em 12 meses.

#SITES FEMININOSO PODER DAS MULHERES Parecia que ningum compraria um perfil em uma rede social. Mas, no Brasil, 20 mil noivas j pagaram para ter um espao virtual onde possam colocar listas de presentes e postar fotos do casamento. O mercado feminino na internet um dos mais interessantes. No entanto, apesar de as mulheres serem responsveis por 50% do comrcio eletrnico (segundo o e-bit), pequeno o nmero de empresas on-line dedicadas a elas. "Quando os empreendedores investirem nessa rea, o resultado vai ser explosivo", acredita Andiara Petterle, da consultoria Sophia Mind.

>>> OQVESTIRRevista que vende tudo

A diferena entre o Oqvestir e outras publicaes virtuais voltadas para o universo fashion que ele permite s leitoras comprar tudo o que exposto, desde sapatos at looks completos. O negcio, elaborado pela advogada Mariana Medeiros, 36 anos, caiu no gosto das mulheres. Lanado em 2009, o site recebe 110 mil visitantes nicos por mse o faturamento anual estimado deR$ 10 milhes. Como as roupas no Brasil no seguem padronizao de tamanho, cada pea tem a descrio das medidas. " importante a clientela se sentir segura."

>>> EMEXDieta 2.0

Ao longo dos 20 anos em que trabalhou como administrador hospitalar, Cesar Pedroso percebeu que a busca pelo corpo perfeito afligia brasileiras de todas as idades. Inspirado na dieta dos pontos, Pedroso, 56 anos, investiu R$ 100 mil para montar, em 2000, o Emagrecendo.com.br. As usurias pagam uma mensalidade de R$ 59 e tm acesso a cardpios balanceados e ao suporte de nutricionistas. "Se a usuria tem um jantar fora e no sabe o que comer, basta entrar no site e pedir sugestes s especialistas". Com o crescimento da empresa, o nome mudou para Emex eo faturamento em 2010 ficou em cerca de R$ 2,4 milhes.

>>> LOJA DO PRAZERSex-shop virtual

A quantidade de opes impressiona quem acessa o portal Loja do Prazer pela primeira vez. So centenas de produtos erticos, voltados em especial para o pblico feminino. "As mulheres so a maioria dos meus consumidores", afirma Daniel Passos, 30 anos, proprietrio da empresa. Fundado h dez anos, o site temmais de500 mil clientes cadastrados e vende cerca de 8 mil itens ao ms, com valor mdio de R$ 110.

>>> AMOMUITOLoucas por acessrios

Ainda raro encontrar no Brasil lojas virtuais capazes de suprir a demanda feminina por acessrios. A brecha levou Vanessa Caldas, 29 anos, a montar a Amomuito.com, empresa de acessrios voltada para mulheres entre 20 e 35 anos. Para divulgar os produtos, ela faz uso das redes sociais. "Lidamos com mulheres conectadas e, por isso, o Twitter e o Facebook so fundamentais", diz Vanessa. Hoje, a loja recebe cerca de 400 pedidos por ms, a um tquete mdio de R$ 130.

#SUPORTE PARA COMRCIO ELETRNICOGANHOS NOS BASTIDORES DA INTERNET Quem abre um estabelecimento na web ir precisar de uma srie de servios: logstica, pagamentos, marketing, design, finanas. Negcios que oferecem esse tipo de retaguarda esto crescendo muito. H at sites em que qualquer pessoa monta sua loja: s escolher os produtos que deseja vender.

>>> NEOMERKATORede de negcios virtuais

O modelo da Neomerkato inovador: uma rede de lojas, cada qual com sua marca, mas todas integradas. "No havia ningum fazendo isso no Brasil", diz Carlos Soares, 29 anos, um dos seis scios da empresa, fundada em 2005. A Neomerkato entra com um portflio de mais de 500 produtos e toda a logstica da operao, incluindo solues de pagamento, estoque e distribuio. Cabe ao lojista criar sua prpria marca e se dedicar estratgia comercial. Para entrar na rede, ele paga uma taxa de R$ 5 mil. O faturamento ser dividido com a Neomerkato: o lojista fica com 5% a 30% do total. A rede conta com 80 lojas, com faturamentos que variam de R$ 120 mil a R$ 2,5 milhes ao ano.

>>> CHAORDIC SYSTEMSPara envolver o cliente

Quem faz compras em sites como Amazon est acostumado a receber recomendaes do tipo: "Se voc comprou o CD X, talvez tambm goste do DVD Y". No Brasil, porm, isso ainda no comum. "Criamos um software para servios como esse", diz Joo Bernartt, 30 anos, que, ao lado de Joo Bosco, 28 anos, dono da Chaordic Systems, de Santa Catarina. Fundada em 2009, a empresa est em processo de incubao no Celta. Mas j chamou a ateno da gestora de fundos DLM Invista Asset Management, que adquiriu uma participao de 20% no negcio.

>>> ESCALENALogstica para lojas da internet

Abrir e manter um site de e-commerce pode at parecer uma tarefa fcil, mas no . Muita gente acaba pecando por no dar ateno a detalhes importantes, como controle de mercadorias e solues de pagamentos. "Ns fazemos todo o trabalho sujo", brinca Paulo Csar Chacur, 47 anos, scio majoritrio da Escalena, especializada em logstica para empresas de e-commerce. A empresa existe desde 1997 - mas foi s nos ltimos trs anos que passou a registrar um crescimento constante, de 40% a 50% ao ano. Para 2011, espera contar com um faturamento de R$ 25 milhes a R$ 30 milhes.

>>> PS-CLIQUEInsero em sites de busca

A Ps-Clique faz gesto de links patrocinados. "Procuramos encontrar as palavras que, na busca feita pelo usurio, levam a nossos clientes", diz Joo Paulo Ayres, 35 anos, dono do negcio. A agncia passou de oito para 841 clientes em quatro anos. Em 2009, o faturamento foi de 2,5 milhes - para 2010, a previsoera chegar a R$ 4,8 milhes.#MARKETING EM REDES SOCIAISNEGCIOS ESCONDIDOS NAS COMUNIDADES Com a exploso do Twitter e do Facebook, um novo campo de ao surgiu para o empreendedor: o marketing em redes sociais. As grandes empresas esto inseguras sobre o que falado a seu respeito nas comunidades. Quem souber fazer um bom trabalho de monitoramento e colocar essas corporaes em posio favorvel tem tudo para crescer. Outra tendncia so os anncios em redes sociais: apesar da resistncia dos participantes, eles so cada vez mais comuns. "O grande desafio integrar e-commerce e redes sociais", diz Gustavo Donda, diretor de criao do grupo de comunicao TV1. "Esse casamento ainda est no comeo, h muito o que explorar."

>>> WOITMonitoramento de comunidades

Um dos maiores desafios das empresas entender - e controlar - o que est sendo dito sobre elas nas redes sociais. "No basta saber quantas vezes a marca foi citada", diz Leandro Nascimento Loi, 27 anos, um dos scios da Woit, ao lado de Rodrigo Copetti, 31 anos. " preciso processar esses dados e analisar o que est sendo comentado." Juntos, os dois scios criaram uma ferramenta, chamada Intelli, capaz de interpretar informaes das redes e gerar relatrios em tempo real para os clientes. "Com isso, podemos vasculhar milhares de lugares: blogs, vdeos, notcias, fruns e redes como Orkut, Facebook e Twitter." Fundada em 2007, a Woit est em processo de incubao na Celta, em Florianpolis: a expectativa de Loi e Copetti era de um faturamento de R$ 300 mil em 2010, o primeiro de real atuao no mercado, e de R$ 800 mil em 2011.

>>> BOO-BOXAnncios nas redes

Marco Gomes, 24 anos, e Marcos Tanaka, 33 anos, foram os pioneiros em inserir publicidade nas mdias sociais. "Percebi que havia muita gente criando contedo bacana, sem conseguir ganhar dinheiro com isso. Do outro lado, havia anunciantes procura de contedo para usar como veculo. Resolvemos intermediar essa operao", diz Gomes. A Boo-Box trabalha tanto com redes sociais abertas como Twitter e Facebook, quanto com as fechadas, como blogs e fruns. As agncias de publicidade contratam a Boo-Box, que procura a melhor colocao nessas redes, com base no perfil da audincia, idade, localizao, etc. Depois, os donos de sites recebem uma parte do dinheiro, de acordo com a relevncia da sua audincia. Em 2007, ano em que foi criado, a Boo-Box recebeu um aporte de US$ 300 mil da Monashees Capital, fundo especializado em mdia digital. Mensalmente, a empresa publica 600 milhes de anncios em 13 mil sites de mdia social e 2 mil perfis de Twitter. "Em 2010, a empresa passou a ser lucrativa", comemora Gomes.Modelos de Negcio na InternetModelos de negcio so as diversas formataes que os empreendimentos adquirem ao utilizar a Internet como canal primrio ou secundrio de comercializao. Como uma lista completa de modelos de negcio poderia se tornar quilomtrica, na medida em que qualquer servio ou produto existente pode ser comercializado via Internet, sistematizamos todas essas alternativas em trs grandes grupos:Comerciante,CorretagemePublicidadecom suas respectivas variantes.

Comerciante:Modelos de negcios que envolvem a comercializao de servios ou produtos tangveis/digitais para pessoas fsicas (e-tailers) ou jurdicas. Pode ser um negcio totalmente baseado na Internet ou com reforo de uma loja tradicional.

VariantesDescrioExemplo

Comrcio MistoModelo de Negcio tradicional baseado em instalaes fsicas e que utiliza a rede como mais um canal de comercializao para os seus produtos.www.livrariasaraiva.com.br

Comrcio virtualComercializao de produtos/servios exclusivamente pela Internetwww.submarino.com.br

Comrcio virtual puroComercializao de produtos digitais ou servios cuja entrega seja realizada pela prpria Internet. a forma mais pura de Comrcio Eletrnico uma vez que todo o processo do negcio realizado on-line. Empresas que vendem software, musica ou cursos on-line so exemplos.www.symantec.com.br www.weblinguas.com.br

MercantilEmpresas que vendem produtos ou servios para outras empresas utilizando-se a Internet como canal de comercializaowww.quickpack.com.br

Mercantil diretoModelo de negcio de empresas produtoras de mercadorias que se utilizam da web como canal direto de venda para o consumidor final, eliminando total ou parcialmente os intermedirios.www.caloi.com.br www.celta.com.br

Corretagem:Modelos de negcios dos chamados facilitadores de negcios na Internet. So sites que facilitam e estimulam a realizao de transaes, atravs da manuteno de um ambiente virtual, que coloca em contato e aproxima os fornecedores e os potenciais compradores.

VariantesDescrioExemplo

ShoppingVirtualSite que rene diversas lojas virtuais. Receita obtida atravs de uma taxa mensal + comisso sobre as vendas realizadas ou pagamentos por anncios.www.sebraecenter.com.br www.shopfacil.com.br

Leiles on-lineAmbiente virtual que possibilita a oferta de mercadorias e a realizao de lances at se chegar a a melhor oferta disponvel. A Receita obtida atravs de taxas de cadastramento + comisso no caso de empresas (B2B) ou comisso sobre venda no caso de pessoas fsicas (C2C). Possui variantes como o Leilo reverso, onde os vendedores que fazem os lances, e o menor preo ofertado leva o pedido.www.superbid.net www.mercadolivre.com.br

Portal VerticalPossibilita a interao entre empresas do mesmo setor de negcio e incentiva a realizao de transaes atravs de negociao direta ou leiles. Variantes:Comunidades de Negcios,onde alm das transaes existem um grande fluxo de informao e orientao aos membros da comunidades, como boletins, diretrios de fornecedores. classificados, ofertas de empregos, entre outros;Agregador de compras, que rene os compradores para obter maior volume e melhor negociao nas compras. www.chemconnect.com

MetamediriosAproxima compradores e vendedores sendo que a receita geralmente obtida atravs de comisses sobre as transaes realizadas atravs do site. o caso dosCorretores Financeiros que facilitam a realizao de investimentos por parte da pessoa fsica, disponibilizando acesso a um ou mais fornecedores de servios financeiros como compra de aes, seguros, investimentos, ou os sites que do prmios aos consumidores para incentivar a compra em sites parceiros.www.investshop.com.br www.dotz.com.br

Publicidade:Modelos de negcios que utilizam o conceito das emissoras de TV e Radio, o chamado Broadcasting. Oferecem produtos e servios, gratuitamente, como informao ou entretenimento, geram um grande volume de trfego e obtm receita atravs de anunciantes que desejam atingir esse pblico.

VariantesDescrioExemplo

Portais genricosSo os grande portais de contedo que oferecem conteudo gratuito ou parcialmente gratuito, alm de servios como servidores de emai.lwww.ig.com.br

Portais especializadosSites especializados em determinado pblico ou segmento de mercado. Geram menos volume de trfego que os portais genricos mas com um perfil de pblico mais concentrado, o que valorizado pelos anunciantes. www.maisde50.com.br

GratuidadeSites oferecem algum servio/produto gratuitamente para gerar volume de trfego. o caso tpico dos mecanismos de busca e servios de correio eletrnico.www.yahoo.com.br www.hotmail.com