Os Nossos Contos

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015 OS NOSSOS CONTOS COLETÂNEA DE CONTOS DO 7ºC

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Coletânea de textos narrativos do 7ºC

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

OS NOSSOS CONTOS

COLETÂNEA DE CONTOS DO 7ºC

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

O brinquedo mau

Há trinta anos, num planeta muito, muito distante, um cientista louco não sabia o que

iria inventar a seguir. Certo dia, já em desespero, teve uma ideia: dar vida a um brinquedo.

Mal teve essa ideia pôs mãos à obra. Ligou as luzes, abriu os estores e organizou a

papelada numa grande e empoeirada mesa de vidro. Estava tudo pronto para começar.

Desmontou isto, tirou uma peça àquilo, juntou tudo e pronto, estava feito. Cruzou os dedos,

limpou o suor da testa e, com um grande desespero ligou o interruptor. Mas nada aconteceu.

- Algo correu mal – disse o cientista, guardando o brinquedo numa estante do seu

armário das fórmulas.

Passaram-se dias, depois semanas. Vinte anos mais tarde, deu-se um terramoto que

destruiu tudo. As fórmulas derramadas sobre o brinquedo tiveram uma reação estranha e o

brinquedo ganhou vida. Revoltado por o terem deixado naquela prateleira, queria aniquilar toda

a raça humana.

Os meses passaram e o cientista tinha dado vida a todos os brinquedos. Foi uma

questão de tempo até atacar o laboratório. Quando terminaram, estava tudo destruído.

Quando o filho do cientista chegou e viu o seu pobre pai a morrer, aproximou-se. Com

um último suspiro, o cientista disse-lhe:

- Desliga o brinquedo!

O rapaz cumpriu a sua promessa. Agarrou nas suas botas, pegou num canivete e num

papagaio que o seu pai lhe tinha dado, e partiu até a base do brinquedo. Estava rodeada de

seguranças, mas ser filho de um cientista louco tem as suas vantagens, pois o seu pai tinha

criado um manto da invisibilidade. Tirou-o da sua mochila, vestiu-o e passou.

A base do brinquedo estava toda armadilhada e, como seria de esperar, ele caiu numa.

Ficou amarrado ao teto e o alarme suou. Ele pegou no canivete e cortou as cordas, mas era

tarde demais, correu, correu, correu e, por fim, conseguiu esconder-se entre dois grandes

tubos que vinham das caldeiras.

Ao virar de uma esquina, avistou o brinquedo. Estava numa grande sala com um

interruptor no fundo. Lançou o seu papagaio e, com um ensurdecedor bater de asas, distraiu o

brinquedo. Então, o rapaz correu como nunca tinha corrido antes e desligou o interruptor.

Todos os brinquedos perderam a vida e a vida voltou ao normal.

Quando chegou à sua aldeia, deram-lhe uma medalha e viveram felizes para sempre.

Afonso

Uma aventura no castelo assombrado

Num dia de verão, há muito, muito tempo, um jovem aventureiro foi passar as férias a

Montemor-o-Velho. A casa que os pais dele alugaram ficava perto do castelo. O jovem alto,

magro e moreno foi explorar o local.

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Quando já era hora do jantar, voltou a casa e contou o que tinha visto. Disse ao pai que

gostaria de ir visitar o castelo. O pai concordou e, no dia seguinte, quando se levantou, tomou o

pequeno-almoço e começou a caminhar em direção ao castelo. Quando lá chegou, entrou e

começou a explorar os sítios grandes e pequenos, compridos e estreitos. Quando entrou numa

sala, percebeu que era a sala do trono, pois tinha uma cadeira enorme cercada por umas fitas

vermelhas. Quando ia para se ir embora, reparou num homem com cara de caso a sair da sala

do trono e resolveu ir espreitar.

Então, reparou que a grade da lareira, tinha sido movida. A lareira estava com as

cinzas remexidas. Por baixo da cinza, num canto da lareira, encontrou um botão e carregou

nele. De repente, a parte da frente da lareira abre-se. Ele estava hesitante, mas decidiu entrar.

Lá dentro havia um corredor escuro, onde se tinha de andar de gatas, que ia dar a uma

salinha com duas arcas. Ele ia para abrir uma, mas depois pensou:” Bem se o homem já sabe

onde fica este compartimento, já deve ter levado o que está lá dentro”. Só depois reparou que

ambas as arcas tinham cadeado. Ele decidiu sair, pôr tudo como estava e ir almoçar. O jovem,

chamado Pedro, quando chegou a casa tinha à sua espera um grande almoço e comeu tudo

num ápice.

Quando acabou de comer, foi outra vez para o castelo e, pelo caminho, encontrou uma

velha senhora que lhe disse:

- Então, meu rapaz? Já vi que vais a caminho do castelo. Diz-me, já ouviste falar da

Lenda das Arcas de Montemor?

Ele, sem saber o que dizer, apenas respondeu:

- Não. Será que me poderia contar?

- Com todo o prazer. Diz-se que o Castelo de Montemor é assombrado e que um rei

muito mau guardou num sítio secreto do castelo duas arcas: uma com ouro, jóias e outros

valores, e outra com uma maldição. Ainda se diz que o espírito do rei vagueia pelo castelo de

noite.

O jovem curioso perguntou:

- Sabe mais alguma coisa?

- Sei sim, meu jovem. Mas, primeiro, diz-me, como te chamas?

- Pedro.

- Pedro, eu vi-te a entrar na lareira. Eu própria, quando era jovem, já a tinha

descoberto. Descobri também um mapa e trago-o sempre comigo, estava enterrado no meu

quintal. Foi assim que descobri a lareira. Enrolado no mapa, vinham também as chaves das

arcas. Numa está gravada a palavra Ouro e noutra a palavra Maldição. Quando lá fui a última

vez, tentei abrir a da esquerda e nada resultou. Não experimentei a outra, porque vi que

estavam pessoas na sala do trono a visitar o castelo e fui-me logo embora. Nunca mais lá voltei

e quero dar-te as chaves. Mas, depois, devolve-mas. São uma recordação. Só te digo mais

uma coisa, toma cuidado. Anda por ai um homem perigoso.

- Obrigada por tudo. Onde é que vive para depois eu lhe devolver as chaves?

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- Eu vivo naquela casa ali em baixo. Se surgir mais alguma novidade, podes vir ter

comigo. Adeus, meu jovem.

- Adeus, minha senhora.

Foram-se os dois embora, e ele foi para casa a dizer que, no dia seguinte, ia descobrir

o tesouro.

Chegou a casa, jantou e desejou as boas-noites.

- Já vais para a cama? Ainda é tão cedo! - disse a mãe, admirada.

- Sim, amanhã quero-me levantar cedo, para ir ao castelo. Gosto muito de lá ir. -

Respondeu o Pedro.

Não disse mais nada. Deu um beijinho a todos e foi-se deitar, a pensar nos

acontecimentos do dia.

No dia seguinte, levantou-se muito cedo e foi para o castelo. Dirigiu-se à sala do trono

e deparou-se com uma coisa muito estranha, a passagem estava aberta. Ele decidiu entrar.

Quase a chegar à sala, ouviu barulhos e pensou que fossem pequenos bichos, mas

enganou-se. Quando chegou ao pequeno compartimento, viu-se cara a cara com o homem do

outro dia. O homem, sem paciência, disse bruscamente:

- Eu sei que tu tens as chaves. Passa-as para cá!

O Pedro, sem saber o que fazer, limitou-se a responder:

- Não sei do que é que estás a falar!

- Sabes sim, que eu bem via a velha a dar-te uma chave.

O Pedro pensou: “Ele pensa que eu só tenho uma chave. Vou dar-lhe a da Maldição e

ele, como não vê no escuro, não vai reparar nas letras”.

Então, ganhou coragem e disse:

- Está bem, eu dou-lhe a chave. A senhora disse que a arca da esquerda era a do ouro.

O homem, pensando que ele estava a dizer a verdade, foi a correr para a arca. Pôs a

chave no cadeado antigo, que abriu de imediato, e começou a abrir a arca que rangeu e, de

seguida, o espírito do rei ergueu-se dizendo:

- Quem se atreve a incomodar o meu descanso? Eu amaldiçoo-o este homem

eternamente.

O homem cheio de medo, fugiu. Por sorte, estavam dois polícias na sala do trono que o

prenderam de imediato, pois ele já tinha praticado mais crimes.

Quanto ao Pedro, tirou a outra chave do bolso, abriu a arca da direita e lá estava o ouro

e as jóias. Levou tudo para a sala do trono, onde a puseram em exposição. O dono do museu,

como recompensa, quis dar ao menino 10 moedas de ouro, que ele aceitou.

No regresso a casa, o Pedro contou tudo aos pais, que ficaram estupefactos. Só

acreditaram mesmo quando viram as 10 moedas de ouro, muito douradas a luzir à luz do dia.

Os pais ficaram muito contentes e ele perguntou:

- Posso dar uma moeda a uma senhora que me ajudou?

- Claro, filho. Vai lá.

O Pedro chegou a casa da senhora, contou-lhe tudo e devolveu-lhe as chaves dizendo:

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- São suas. Quero dar-lhe uma moeda do tesouro, pois sem a sua ajuda nunca teria

conseguido.

- Obrigado, meu rapaz. És muito bondoso, nunca me esquecerei do teu gesto.

- Eu também nunca me esquecerei de si. Obrigada por tudo. Se eu poder ainda volto

ao castelo.

- Sempre que quiseres.

O Pedro foi-se embora feliz e a pensar “Mas que grande aventura”.

Ana Leonor Ribeiro Cachulo

O extraterrestre

Há muitos, muitos anos, um extraterrestre chegou ao planeta

Terra. Ele andava desesperado à procura do seu grande amor. Todos os

seus amigos tinham um, exceto ele. Então, ele começou à procura do seu

amor num castelo assombrado.

O extraterrestre não estava preocupado, pois na sua busca pela

princesa já tinha passado por muitos obstáculos, desde espinhos

venenosos a bichos-de-sete-cabeças.

Entrou no castelo e encontrou uma bruxa horrorosa. A bruxa perguntou o que é que ele

andava a fazer. Ele disse que andava à procura do seu amor, e, subitamente, uma gargalhada

sai da boca desdentada da bruxa. O extraterrestre perguntou o que fazia rir tanto e ela logo o

avisou:

- Se depender de mim, nunca encontrarás a tua princesa!

O extraterrestre ignorou a bruxa e continuou o seu percurso, até que encontrou uns

monstros sanguinários que lutavam contra um amigo do extraterrestre. Não hesitou e ajudou o

seu amigo. Depois de muita luta, mataram o monstro.

No final, o extraterrestre perguntou ao amigo o que ele fazia atrás de uma princesa, e

ele disse que estava ali mesmo para o ajudar, pois tinha visto o perigo na sua bola de cristal.

O extraterrestre agradeceu a sua ajuda, mas agora já não precisava dele. O seu amigo

disse para ele não se deixar levar pelos sons das sereias que cantavam no rio que passava

pela ponte, onde a sua princesa o esperava. Ele disse para o seu amigo não se preocupar.

De repente, a bruxa apareceu e disse que ele não se ia safar no tal rio.

Mais uma vez, foi ignorada. Continuou até à ponte onde ouvira uma pequena voz e

tapou os seus ouvidos. A voz era muito forte. Ele quase que se deixava levar, mas...continuou

em frente, até que chegou à princesa.

A princesa era linda, foi amor à primeira vista. Eles ficaram juntos e decidiram casar.

Ele disse para si próprio “O meu amigo é mesmo meu amigo!”.

Catarina

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O cientista que consertou o mundo

Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias no seu

laboratório, tentando encontrar meios de menorizá-los.

Certo dia, o filho dele de sete anos invadiu o seu laboratório decidido a ajudá-lo. O

cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho brincasse noutro lugar.

Vendo que seria impossível demovê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança.

De repente, deparou-se com o mapa do mundo. Estava ali o que procurava. Recortou o

mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:

- Filho, gostas de quebra-cabeças? Então vou-te dar o mapa para consertar.

Aqui está ele, todo quebrado. Vê se consegues consertá-lo bem direitinho!

Mas faz tudo sozinho! Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa.

Passadas algumas horas, ouviu o filho chamando-o calmamente.

A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade conseguir

recompor um mapa que jamais havia visto.

Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um

trabalho digno de uma criança.

Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços tinham sido colocados

nos devidos lugares. Como seria possível? - Filho, tu não sabias como era o mundo, filho,

como conseguiste?

- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando tirou o papel da revista para

recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando me deste o mundo para

consertar, mas não consegui.

Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que

eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia

consertado o mundo!

Daniel

Do nunca ao sempre

Num reino muito distante, o Reino do Nunca Mais vivia um menino chamado

Davide. Isto aconteceu há muito muito tempo, quando as galinhas ainda tinham

dentes.

O reino era um pouco triste e sombrio. As pessoas raramente se divertiam e

andavam sempre trombudas. Na verdade, alguém que estivesse de passagem naquele

reino só ouvia as pessoas a refilarem muito alto:

- Eu nunca mais vou à escola! - diziam uns.

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- Eu nunca mais tomo banho! - acrescentaram outros.

- Eu nunca mais calço sapatos! - continuavam eles.

Ora o Davide era um menino muito calado. Assustava-o todas aquelas pessoas

rezingonas e mal dispostas. O Davide tinha uma amiga imaginária, uma fada muito

distraída.

A fada gostava muito de usar a sua varinha mágica, mas sempre que a usava

algo estranho acontecia. Uma vez, queria transformar uma cadeira numa cama e, em

vez da cama, surgiu uma árvore estrondosa no meio do quarto. Houve uma outra vez

que queria transformar um rato num lindo potro e apareceu um belo rapaz, que disse

ser um criado ao seu serviço.

O Davide passava os dias a rir-se a bom rir das aventuras da fada. Até que um

dia, começou a fazer como todas as pessoas do reino e da, sua grande boca, saiu a

seguinte frase:

- Eu nunca mais quero a fada na minha vida.

Se assim o disse assim se arrependeu. Foi então a correr, muito desesperado,

até ao reino mais próximo, o Reino do Resolve Tudo. Foi ter com o mago e pediu-lhe

para voltar atrás e ter a fada de volta. O mago sussurrou-lhe ao ouvido a solução para

o seu problema.

Chegando ao Reino do Nunca Mais, o Davide pôs-se a gritar em plena rua:

- Eu vou sempre querer a fada comigo.

Todas as pessoas que estavam ali paradas a olhar para ele, sorriram e ouviu-se

então:

-Eu vou sempre à escola.

-Eu vou sempre tomar banho.

-Eu vou sempre comer a sopa.

O reino começou então a chamar-se o Reino Do Sempre. As

pessoas agora eram mais felizes e a natureza ganhava vida. Davide

continuava a rir-se das aventuras da fada.

Davide

Planeta Maravilhoso

Era uma sexta-feira normal e eu e as minhas amigas tínhamos apanhado o autocarro

para minha casa: íamos dormir todas juntas. Ao entrar no meu quarto, vimos uma luz forte e

decidimos aproximar-nos.

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Quando demos por nós estávamos num planeta esquisito e conseguíamos ver a Terra

ao longe. Ao olhar em redor, vimos um bonito labrador bege, um leopardo muito fofinho, duas

gatinhas brancas com um pelo branco e super macio, e um majestoso tigre branco.

Cada uma de nós decidiu fazer uma festinha a um animal e, conforme passávamos as

mãos por cima do seu pelo, sentíamos alguém a tocar-nos nas costas. No entanto, seguimos

caminho e os animais vieram também atrás de nós.

Mais tarde, apareceu um rapaz com uma bonita tartaruga ao pé dele, e, acabamos por

perguntar onde estávamos, e porque é que aqueles animais nos seguiam para todo o lado.

Ele explicou-nos que nós estávamos no planeta Maravilhoso e que cada pessoa estava

“conectada” com um animal. Assim, tudo o que lhes acontecia, nós também o sentíamos.

Então, percebemos porque é que, quando fizemos festinhas aos animais, tínhamos

sentido alguém a tocar-nos. Voltamos a fazer-lhes festinhas a um e percebemos que a

Catarina escava conectada com o labrador bege, a Leonor e a Mafalda com as duas gatinhas,

a Rita com o tigre branco e eu com o leopardo.

Naquele planeta, tudo o que não se mexia na Terra ganhava vida: as plantas

dançavam, as pedras cantavam, as flores corriam… Era tudo tão perfeito. Toda a gente que

por ali passava esquecia os maus momentos e chorava de alegria. Ouviam-se risos por todo o

lado, até que vieram umas nuvens negras que taparam toda a alegria daquela terra e tudo

parou. Apenas se sentia um enorme silêncio no meio daquela escuridão.

As pessoas e os animais juntaram-se e nós fomos tentar descobrir o que se tinha

passado e que nuvens eram aquelas. De início, pensávamos que era uma tempestade que

vinha a caminho, mas as pessoas disseram logo que não, porque no planeta Maravilhoso só

choviam gotas arco-íris, não havia tempestades e as nuvens nunca tapavam o sol.

Então, as pessoas dirigiram-se todas para o palácio do rei Maravilha. A Leonor ficou

maravilhada por o palácio ser feito de gomas de imensas cores cobertas de açúcar, que não se

podiam tocar nem comer, pois tratava-se do palácio do rei. Pareciam tão boas…

Pedimos aos guardas para nos deixarem entrar, mas eles responderam que o rei tinha

sido apanhado uma doença, e que podia contagiar outras pessoas, daí as nuvens negras que

cobriam o planeta Maravilhoso. Perguntamos logo se havia alguma cura para o rei, pois assim

o planeta maravilhoso voltava a ser tão perfeito como era antes.

Eles disseram que só o mago sabia a cura, e que ele também estava doente e ninguém

se podia chegar ao pé dele. Ficamos todos sem saber o que fazer, até que me veio uma ideia

maravilhosa à cabeça: se inventaram tanta tecnologia porque é que não a usamos?

Pedimos logo o número de telefone do mago e ligamos-lhe. Assim que ele atendeu,

perguntamos qual era a cura para o rei. Ele respondeu que a única cura para a doença da

tristeza era o rei voltar a ouvir risos por todo o lado e os habitantes voltarem a ser felizes.

Fomos a correr para a aldeia e dissemos que tínhamos que voltar a ser felizes para o

rei ficar bom. No entanto, estávamos todos tão preocupados com ele que não arranjávamos

maneira de começar a rir-nos outra vez, até que escorreguei num bocado de açúcar e aterrei

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numa poça de chantili. Aí, toda a gente começou a rir-se e a atirar molho de morango e

chocolate derretido uns aos outros.

No meio daquela risada toda, as nuvens negras desapareceram e toda a gente foi a

correr para o palácio do rei para ver se este já estava bom. Bateram à porta e o próprio rei

abriu com um sorriso de orelha a orelha, agradecido por termos curado o planeta Maravilha.

De seguida, o rei convidou-nos para fazermos uma festa no seu palácio e a Mafalda

não hesitou em dizer aceitar. Não tínhamos escolha. Tivemos de ficar, se não ela ia ficar

amuada, pois aquele sítio era maravilhoso.

O lanche foi delicioso, cada doce era melhor que o anterior e a Catarina não parava de

comer. Tivemos que ir embora, para ela não ficar com uma tremenda dor de barriga.

De repente, lembramo-nos que tínhamos que ir embora e que os nossos pais podiam

andar à nossa procura. O único problema é que não sabíamos como sair dali! Por momentos,

pensei que íamos ficar presas naquele mundo com vista para a Terra, que parecia estar tão

perto.

A Rita quase desmaiou só de pensar que nunca mais ia voltar a ver a sua família!

Estava determinada a sair dali de qualquer maneira, mesmo sabendo que o jantar era

esparguete à bolonhesa.

Voltamos para o palácio e fomos logo perguntar ao rei como é que voltaríamos para

casa. O rei começou logo a rir-se e explicou-nos que, no Planeta Maravilha, só tínhamos que

pensar no que queríamos fazer, e tal coisa realizava-se.

Todas nós pensamos no jantar que nos esperava …De repente, puf, lá estávamos nós

novamente no meu quarto! Começamo-nos a rir, pois ainda não tinha passado um único minuto

desde que nos tínhamos vindo embora: a minha mãe estava a fazer o jantar e a minha irmã

continuava a brincar no seu quarto.

Decidimos, então, que todas as sextas feiras íamos visitar os habitantes do Planeta

Maravilhoso.

Ema

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A história de uma vida

Há muito, muito tempo, numa pobre casa situada junto a um pinhal, viviam um pobre

agricultor com a sua esposa e o seu filho de cinco anos, que era paraplégico e sofria de várias

doenças.

Os pais estavam muito preocupados com a saúde do filho e sonhavam que ele

pudesse voltar a andar, mas a falta de dinheiro não os ajudava. Mesmo assim, os pais davam

tudo por tudo para ajudarem a melhorar a sua qualidade de vida. Eles viviam em muitos más

condições, embora ao longo dos anos eles tivessem conseguido aguentar a doença do filho.

Certo dia, o Miguel (filho do agricultor) começou a ficar gelado e sem ar. Os pais, por

momentos, pensaram que o seu filho tão amado fosse morrer. Então, o agricultor, sem saber o

que fazer, desatou a correr até chegar ao Reino que não ficava muito longe do pinhal.

Os habitantes, por ele não ser da sua classe social, não lhe ligaram e o pobre coitado

ficou desesperado. Até que chegou a princesa e lhe perguntou o que passava. Ele, entre

soluços, disse:

- Minha princesa, é o meu filho de cinco anos que está a morrer. Eu só sou um

agricultor e não sei o que fazer. Por favor, ajude-me que eu estou desesperado!

A princesa, quase a chorar, disse ao agricultor para a acompanhar ao castelo. Quando

chegaram ao grande salão, a princesa falou com os pais, que também choravam, e eles

mandaram chamar os melhores médicos das redondezas para cuidar do Miguel.

Após alguns minutos, já se encontravam todos em casa do agricultor. A mulher, ao ver

os médicos, agarrou-se ao marido e agradeceu ao Rei e à princesa. No meio daquela

choradeira, Miguel quase que por milagre acordou e disse, meio desorientado:

- Obrigado. Sempre soube que não desistiram de mim! Vossa Alteza, obrigado por me

ajudarem. Posso não ser de uma elevada classe social, mas sou boa pessoa.

Nisto, toda a gente que lá estava se emocionou e se agarrou ao rapaz. O médico, aflito,

grita bem alto:

- Cuidado !! Ele ainda está a recuperar!

E, assim, toda a gente se afastou e todos ficaram orgulhosos daquele rapaz tão novo,

mas tão sincero.

Flávia Machado

O castelo assombrado

Era uma vez, há muito muito tempo, um grupo de amigos que estava a passear pelo

bosque. De repente, encontraram um castelo enorme, cheio de torres, no cimo do monte. Toda

a gente dizia que aquele castelo estava assombrado há milhares de anos. Mas, um jovem

aventureiro chamado Lucas, decidiu entrar nele.

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Quando entrou, reparou que todos os salões tinham a porta trancada. A certa altura,

deparou-se com uma boneca de porcelana sentada numa cadeira de baloiço. Era uma boneca

pequena, com um vestido vermelho, rasgado, a rir-se, tinha um aspeto sinistro. Parecia

amaldiçoada: tinha sangue no rosto, os olhos pareciam que se mexiam sempre que sentia

alguém a entrar no castelo.

O jovem, ao ver a boneca, não ficou com medo, porque pensava que ela não tinha

nenhum significado e era só mais uma boneca velha. De repente, ouviu um estranho. Era a

porta a fechar-se. De seguida, o jovem virou-se para trás, para ver se estava lá alguém.

Quando olhou para a cadeira de baloiço, viu que a boneca não estava lá, mas a

cadeira continuava a baloiçar.

O jovem começou a ficar com medo e tentou sair do castelo, mas não conseguia abrir a

porta, porque estava trancada. Começou a ouvir vozes, que pareciam as de pessoas a pedir

ajuda. Ele pensava que elas estavam dentro da sua cabeça e começou a ver tudo desfocado e

desmaiou.

Quando acordou, o jovem estava amarrado numa cama. De repente, viu a boneca a

olhar para ele. Começou a ficar com medo. De seguida, o Lucas virou a cabeça para o lado e

viu uma rapariga linda, de cabelo loiro e de olhos azuis e perguntou-lhe o nome. A rapariga

disse que se chamava Rita e ele disse que era o Lucas.

A boneca desapareceu. Foi então que o Lucas e a Rita tentaram soltar-se, mas a Rita

não conseguiu, porque estava muito fraca. Então, o Lucas, que já se tinha soltado, ajudou-a a

soltar-se da cama.

Com muito esforço, ele conseguiu soltá-la, mas fizeram barulho, e a boneca ouviu, Foi

lá acima, mas o Lucas e a Rita já não estavam lá. A boneca começou a ficar irritada e foi à

procura deles, mas eles estavam escondidos. Por isso, a boneca não os encontrou. Quando

eles estavam escondidos, tiveram a ideia de montar uma armadilha para apanhar a boneca.

Foi assim que a boneca caiu na armadilha e ficou presa numa rede elétrica. O espírito

que a boneca tinha dentro dela desapareceu por completo. Porém, a Rita não tinha família. Por

isso, o Lucas disse para ela ir viver para casa dele.

Ela aceitou e, desde então, são como irmãos.

Francisca

Ana e Nina

Há muito tempo, num reino distante, num castelo encantado, viviam duas irmãs, Ana e

Nina, que tinham o poder de conseguir fazer gelo e neve.

Um dia, Nina quase matou a sua irmã mais nova, porque não conseguiu controlar esta

força mágica.

Com remorsos do que fizera, fugiu do reino e passaram-se alguns anos sem se

encontrarem. Nina vivia triste. Não se passava um só dia em que não se lembrasse da irmã.

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Um dia, Ana, que era corajosa e otimista, resolveu ir à procura da sua irmã, partindo

na companhia do montanhista Kris e da sua rena Sten. Foram até à montanha e encontraram o

esconderijo de Nina.

Ana e Nina abraçaram-se e choraram de alegria. Ana convenceu Nina a voltar para o

castelo, mas Nina teve medo de ferir a irmã, porque os poderes dela só desapareciam com um

beijo de um verdadeiro amor.

De regresso ao castelo encantado, Nina encontrou um príncipe que se apaixonou por

ela e lhe deu um beijo. Ela ficou sem os poderes.

Chegaram ao castelo e o montanhista, que já estava apaixonado por Ana, pediu-a em

casamento.

Por fim, os dois casais foram falar com o rei que aprovou os casamentos. As duas

irmãs viveram muito felizes e tiveram muitos filhos.

Gabriela

O planeta Marsmallow

Num planeta mirabolante, há muito muito tempo, um extraterrestre exótico desejava a

salvação do seu planeta. Para salvar o seu planeta, tinha de voar para o planeta Marshmalow e

passar pelos monstros sanguinários que estavam a guardar o lago pantanoso à saída do

planeta.

Tinha já tudo preparado para sair, só lhe faltava a nave. Depois de ter a nave, arrancou

para o pântano.

Quando chegou, estranhou que os monstros não estivessem lá e decidiu partir. Mas

algo estava mal, os monstros nunca tinham saído da sua guarita. Porque é que nesse dia não

estavam lá? Mas o extraterrestre não pensou mais nisso e seguiu viagem.

O planeta Marshmalow era habitado por robôs e por um rei, que também era um robô,

chamado Maclot. O Rei não gostava de ninguém, muito menos de “estrangeiros”, e andava

sempre muito mal disposto. O seu corpo era feito de ouro e, se alguém falasse mal ou o

tentasse atingir (matar), acabava por morrer. Por isso, já se sabia o que esperar de um rei mal

disposto!

Foi parar à prisão, porque se tinha esquecido do passe de estrangeiro. Na prisão

estavam mais dez robôs que também tinham sido presos. Foram eles que o ajudaram a sair e

acompanharam até ao fim da sua viagem.

Depois de muita dificuldade, pediu ajuda ao rei e voltou ao seu planeta. Tinham

conseguido cancelar a guerra e salvar o planeta Marshmalow.

Joana

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O colégio QD

No dia em que foi escrito este conto havia um grande colégio onde as qualidades e os

defeitos dos alunos ganhavam vida. Aí, os alunos eram divididos em várias turmas. Havia

turmas Q e D (5ºQ, 5ºD, 6ºQ, 6ºD…). A escola era dividida em duas partes: a parte dos

defeitos e a parte das qualidades. Mas algo estava errado, os defeitos dos alunos eram cada

vez mais.

Vendo isto, o diretor declarou o estado de emergência. Mandou chamar todos os

membros da divisão Q(ualidade) e contou-lhes o que se passava. Vários dias depois, um rapaz

chamado José, da divisão Q, teve um pesadelo: sonhou que uma pessoa entrava no seu

quarto e tentava puxá-lo para a porta. Ele tentava escapar, mas a pessoa tinha demasiada

força. De repente, apareceu uma luz que impediu essa pessoa de levar o rapaz.

A certa altura, Zé acordou, olhou para as horas e reparou que estava atrasado.

Rapidamente se preparou e se dirigiu para as aulas. No final das aulas, viu uma luz que lhe

parecia familiar. Seguiu-a e chegou à zona antiga. A luz contou-lha que se chamava Q-men e

que a missão dele era dar qualidades às pessoas. D-men, o seu maior inimigo, tinha ganho

poderes graças à tristeza e, por isso, as pessoas com qualidades estavam a desaparecer. Ele

era o único que as podia salvar, mas primeiro teria que encontrar a espada Esperança

guardada pelos Espíritos da Desistência, que se encontrava nos antigos calabouços.

José não hesitou e foi ao calabouço. Lá encontrou a espada, mas fartava-se de ouvir

vozes: ”Tu não consegues, tu não consegues!” O rapaz pegou na espada e tirou-a com toda a

força que podia, até que a espada saiu e se agarrou-se às mãos dele.

De repente, uma tempestade apareceu e uma voz, grossa e alta, gritou: “Quem se

atreve a desafiar o grandioso D-men?”

Uma figura negra apareceu. Zé pegou na sua espada e a luta começou. Durou muito

tempo, mas graças à espada e à sua inteligência José, o herói, triunfou.

Todos os desaparecidos reapareceram. O diretor felicitou José e este ficou para a

História.

João Pedro Monteiro Coelho

François

Há muito, muito tempo, numa velha cabana no meio da floresta, havia um rapazinho,

que vivia com a sua irmã. O nome desse rapazinho era François.

François sentia-se muito sozinho. Por isso, gostava de ir brincar com os animais que

havia nessa floresta, mas todos tinham medo dele. Todos exceto um : o lobinho. Eles eram

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

grandes amigos e brincavam o dia todo. Quando a irmã do François o chamava, o lobinho

ficava sozinho, porque não tinha família. François não sabia disso.

Certo dia, o lobinho decidiu contar ao François que não tinha família e o amigo foi logo

a correr ter com a irmã, perguntando-lhe se o lobinho podia ir viver com eles. A irmã concordou

com a ideia. O lobinho agradeceu muito a François e foi com ele para casa.

Para que o lobinho dormisse bem, arranjou-lhe uma cama muito confortável e fez-lhe

umas taças de madeira para a comida e água.

Passados alguns anos, François ficou farto da floresta. Queria ter aventuras, conhecer

o mundo. Então, decidiu partir. O lobinho, ao saber da decisão também quis ir.

Os dois amigos despediram-se da irmã de François e foram andando.

Quando saíram da floresta, viram coisas espantosas. Queriam explorar tudo e

começaram por ir visitar um castelo. Mal sabiam eles que o castelo era habitado por uma

pessoa importante.

Quando chegaram, passaram a ponte e entraram no castelo. Assim que entraram, os

guardas prenderam-nos e levaram-nos ao Rei.

O Rei fez-lhes milhares de perguntas, às quais eles não sabiam responder. O Rei, com

uma cara má, pensou que eles estavam a gozar com ele e mandou enforcá-los em frente ao

povo. Os dois amigos tentaram esclarecer o Rei dizendo que não estavam a gozar com ele.

Mas o rei não acreditou neles.

Quando estavam para ser enforcados conseguiram escapar graças ao lobinho que

conseguiu roer a corda.

Depois os amigos correram até à floresta e nunca mais de lá saíram.

José Ferreira Coelho Contente

O tesouro

Era uma vez, numa floresta encantada, um rapaz que se chamava Robin. Asua família

era pobre e a irmã mais nova tinha uma doença que só podia ser curada com uma poção que

estava num tesouro, guardado por um mago muito forte.

Naquela floresta, havia também os lacaios do mago, que eram duendes mágicos um

bocado gordos. Robin andou a vigiá-los. Eles temiam um dragão pequeno e mágico, que

estava quase a derrotá-los. De súbito, apareceu o mago que mandou o dragão para um dos

cantos da floresta e, por isso, os duendes, para agradecerem ao mago, ficaram seus lacaios.

Robin não esperou mais tempo e foi procurar o dragão na floresta. Teve sorte, pois

encontrou-o facilmente. Chamava-se Faísca. Contou-lhe a sua história e o dragão aceitou

ajudá-lo a derrotar os duendes. O dragão, desta vez, derrotou os duendes com uma gigantesca

chama de fogo sem que o mago se apercebesse deste ataque.

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

Depois, foram em busca do mago, para conseguir o tesouro. Encontraram o mago e

lutaram violentamente. O Faísca fez um feitiço ao Robin que fazia com que ele disparasse

projéteis de fogo pelas mãos. Estavam quase a perder quando, de súbito, um animal correu

sobre as folhas secas e o mago se distraiu. Nessa altura, eles uniram os seus poderes e

atiraram uma bola de fogo que derrotou, de imediato, o mago.

No fim do confronto, abriram o tesouro e lá estava a poção que Robin tanto queria. Foi

logo entregá-la à sua irmã, que estava muito doente. Ela bebeu-a e ficou logo bem. O Faísca,

como viu que eles eram muito pobres, decidiu dar-lhes uma boa quantia de moedas, de ouro,

ficando com eles para os ajudar e também porque se sentia muito só na quele sítio, sem

ninguém. Ficaram todos contentes e felizes com a decisão de Faísca.

Rodrigo Bernardes Cotovio

O tesouro encontrado

Era uma vez um grupo de amigos que estavam, na noite de Halloween, a pedir de

porta em porta aos residentes da sua rua que lhes oferecessem os tradicionais docinhos.

De repente, por entre uma fileira cerrada de árvores, avistaram ao longe, no cimo de

um monte, um castelo gigantesco e grandioso com umas grandes muralhas e umas altas

torres.

Cheios de medo, mas com coragem, decidiram aproximar-se. À entrada do castelo

podia-se ler-se, numa placa velha e gasta pelo tempo, ”Este castelo está amaldiçoado” e de

cada um dos lados, estava um assustador esqueleto.

Apesar de estarem aterrorizados, resolveram bater à porta do castelo, uma porta toda

velha e podre. Ninguém lhes abriu a porta.

Passados alguns minutos em que eles ficaram à espera, abriu-se uma greta na porta e,

de seguida, os amigos empurraram-na. Depois de entrarem, a porta tornou-se a fechar com

força e eles ainda ficaram mais aterrorizados. Andaram mais um pouco e encontraram um

mapa de um tesouro onde apareciam assinaladas muitas armadilhas e, no final do mapa,

aparecia em legenda a dizer “Existem duas arcas do tesouro, uma amaldiçoada e outra

abençoada”

De facto, mais tarde, os amigos passaram por armadilhas com lasers. Se tocassem

neles, caíam num buraco escuro e profundo. Felizmente, nenhum dos amigos caiu!

Quando as armadilhas acabaram, prosseguiram calmamente até encontrarem um sem-

abrigo com muitas cicatrizes e a roupa rota.

Quando estavam a passar pelo sem-abrigo, o senhor disse-lhes que havia uma bruxa

que estava a guardar o tesouro e que, em troca de muitos doces lhes dizia qual era a

verdadeira arca do tesouro .

As palavras do sem-abrigo não os preocuparam, porque traziam com eles um carrinho

cheio de doces. Finalmente, chegaram ao tesouro e a bruxa pediu-lhes os tais doces.

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

Como era a dona do tesouro, deu-lhes o tesouro correto e em troca deram-lhe os

docinhos. Eram tantos, mas tantos doces, que davam para a vida inteira da bruxa. Só por lhe

terem dado tantos doces, a bruxinha com grande vestido roxo concedeu-lhes um desejo a cada

um. Assim todos felizes partilharam o tesouro …!

Tiago Filipe Oliveira Caiado

Era uma vez um cão e um gato que andavam a passear com a sua dona

Mafalda, que era uma menina muito divertida, amorosa e que gostava muito dos seus

animais. O cão chamava-se Floco, era muito aventureiro, mas também muito agitado.

O gato chamava-se Tareco e era muito preguiçoso, mas tinha um bom coração. Eram

dois amigos inseparáveis.

Quando estavam a passear, viram uma casa. Parecia uma casa assombrada

mas, como o Floco era um cão muito aventureiro e o Tareco um gato muito curioso,

decidiram entrar. Quando entraram, ouviram alguém gritar por socorro e os dois

amigos foram a correr. Ao subirem, entraram num quarto onde estava uma princesa

enjaulada a chorar. O Floco e o Tareco perguntaram-lhe:

- Porque estás a chorar, Princesa?

E a Princesa respondeu:

- Foi o Mago Gargamell quem me prendeu aqui.

- Quem é o Mago Gargamell? - Perguntaram o Floco e Tareco.

- É um feiticeiro que vive sozinho nesta casa e prendeu-me para ficar com toda

a fortuna do reino. - Respondeu a Princesa.

De repente, chega o Gargamell e prende o Floco e o Tareco dentro de outra

jaula. O Floco teve a ideia de chamar os dois amigos deles, a Kessy e o Oscar. A Kessy

era uma cadela muito simpática, mas muito agitada, e o Oscar era um cão amoroso,

mas muito preguiçoso. O Floco começou a ladrar, para os chamar. A Kessy e o Oscar

ouviram e foram os dois a correr até à casa assombrada. O Oscar e a Kessy ajudaram o

Floco e o Tareco, salvaram a Princesa e derrotaram o Gargamell.

A Princesa ficou eternamente grata por lhe terem salvo a vida e perguntou-lhes

como podia retribuir-lhes. O Floco disse que salvar uma vida era a melhor coisa que

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Ana Cristina Fontes Ano letivo 2014/2015

podiam ter feito. E, assim, os nossos amigos aventureiros, Tareco, Floco, Oscar e Kessy

ficaram amigos da princesa e receberam medalhas pela sua coragem.

Mafalda Reis

A MÚSICA

A música é um dom que toda a gente tem e todos podem experimentar.

Um menino chamado João, que tinha seis anos, sonhou sempre com a

música, mas os seus pais nunca o deixaram aprender, pois eles queriam

que o João tivesse um futuro melhor, por exemplo, ser médico ou

bombeiro.

O João implorou aos pais para o deixarem aprender música, mas eles disseram que

não, porque pensavam que, ao deixar o João aprender música, se iria esquecer da escola e ia

concentra-se mais na música.

Como o João adorava a música, ele decidiu aprender às escondidas dos pais. O João

aprendia música com um amigo depois da escola mas, para os pais não pensarem porque é

que ele chegava tarde a casa, o João dizia-lhes que ia estudar com um amigo. Na verdade, ia

aprender música.

O João aprendeu música durante anos e já não aguentava mentir mais aos pais. Por

isso, contou-lhes a verdade. Os pais, ao ouvi-lo tocar um instrumento, pensaram que, afinal,

ele podia ter um futuro bom com a música como com outra profissão qualquer.

Os pais do João não ficaram chateados quando este lhes contou a verdade pois, com

esta mentira, o João fez-lhes perceber que era bom músico e que podia ter um bom futuro.

Neste momento, este menino é agora um excelente músico com apenas catorze anos.

Rita Nobre