Os Pré-socráticos. A Escola Jônica Mapa da Grécia antiga.

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Os Pré- socráticos

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Os Pré-socráticos

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A Escola Jônica

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Mapa da Grécia antiga

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Parte da Ásia Menor

Império Persa

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Mapa da Grécia moderna

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Os fragmentos

Dos primeiros filósofos temos apenas fragmentos (do que disseram).

Muitos fragmentos chegamo-nos através de historiadores da antiguidade, mas mais recentes que os pré-socráticos. Por exemplo, Diógenes Laércio (III dC?), ou o próprio Aristóteles (384-322 aC.)

Esses fragmentos foram compilados e editados por Diels em 1903, e posteriormente recompilados e editados por Kranz, em 1934.

Por isso é que qualquer fragmento pré-socrático tem e é identificado pela sigla DK (Diels-Kranz) seguida de um número.

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Os milésios

Os primeiros filósofos foram cientistas experimentais: astrónomos, meteorologistas, matemáticos, geómetras.

Preocupavam-se principalmente em compreender a causa material das coisas.

Aceitavam quatro elementos (causas materiais) fundamentais: o ar, a água, a terra e o fogo.

Estes deveriam ser, segundo eles, os elementos mais primordiais da matéria.

Divergiam porém quanto a qual desses seria o elemento mais fundamental da natureza.

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Os milésios

Thales. (VI aC). Milésio. O pai fundador da filosofia. Filósofo experimental. Filósofo da natureza.

Geómetra, astrónomo, meteorologista.

Foi o primeiro a prever eclipses com base na observação dos movimentos dos astros. Foi primeiro a conseguir medir pirâmides, etc.

Na cosmologia de Thales a água é o elemento primordial, pois é o que sustenta a terra e o resto das coisas.

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Os milésios

Anaximandro (VI aC.) Milésio. Sucessor intelectual de Thales. Filósofo da natureza. Cosmólogo. Deixou o livro Da natureza, do qual temos fragmentos.

Elaborou o primeiro mapa do mundo (conhecido). Consta que construiu o primeiro relógio de sol e o primeiro relógio interior.

Na cosmologia de Anaximandro o Apeiron é o elemento primordial.

O apeiron é o indefinido, o irrestrito, o sem-forma.

Primeiro conceito de oposição natural das coisas: “Todas as coisas pagam um preço e têm de fazer justiça umas às outras por causa da sua injustiça, sempre sob a lei do tempo” (DK, 12. b1)

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Os milésios

Anaxímenes (546-525 aC.) Milésio.

O ar como princípio explicativo primeiro, como substância fundamental da natureza.

O ar transforma-se em todas as outras coisas: em vento e nuvens, depois em água e lama e terra.

Cientista e religioso: o ar é para ele uma divindade.

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A EscolaPitagórica

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Parte da Ásia Menor

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Os pitagóricos

Pitágoras (570 aC, aproximadamente)

Diz-se que cunhou a expressão “filósofo”.

Em vez de querer ser um sábio , dizia-se um amigo da sabedoria: Philos-Sophia

Matemático e místico.

Influenciador de Platão (Porfírio e muitos outros).

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Os pitagóricos

A ideia de uma relação entre os intervalos musicais (notação) e ratios numéricos conduziu os pitagóricos à crença que a ordem e estrutura do universo são essencialmente numéricas, matemáticas.

Assim, os pitagóricos puseram a ênfase na causa formal das coisas.

A explicação primordial era dada pelos/nos números e suas relações.

Descobertas na geometria, por exemplo, o famoso Teorema de Pitágoras…

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Os pitagóricos

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Os pitagóricos

Os pitagóricos fundaram uma comunidade filosófica e científica em Croton (actual território italiano).

Esta comunidade foi o protótipo de comunidades subsequentes, como por exemplo:

a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles, o Jardim de Epicuro.

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Mapa da Grécia antiga

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Os pitagóricos

Raízes do vegetarianismo.

Os pitagóricos (tal como por exemplo os hindus) acreditavam na reincarnação da alma noutros seres, alguns dos quais seres não-humanos.

Logo, não era correcto comer os corpos de animais que podiam conter outras almas.

O clico de reincarnação dos 3000 anos.

Mas nem todos eram completamente vegetarianos.

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Fim do primeiroperíodo

Morte de Pitágoras.

Destruição e queda de Mileto (494 aC.) por invasão dos Persas.

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Inauguração do

segundo período

Pré-socrático

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Inauguração do

segundo período

Pré-socrático

Xenófanes (570-470 aC).

Talvez o primeiro filósofo no sentido contemporâneo do termo.

Originário de Colophon

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Mapa da Grécia antiga

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Jônios

Xenófanes estabelece, tal como Pitágoras, uma ligação entre a cultura oriental e ocidental.

Cosmologia/Causa material das coisas: a terra.

“Todas as coisas começam na terra e nela acabam” (DK 21.B27).

Astronomia: O sol gera-se e destrói-se a cada dia. A impressão de rotação é dada pelas suas maior ou menor distância à Terra.

Misticismo, mas também combinou filosofia e ciência experimental.

Primeira tentativa de analisar o registro fóssil (o “espírito” condensado materialmente das coisas).

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jônios

Xenófanes estabelece as primeiras preocupações epistemológicas

Os deuses têm intelecção divina, apreensão imediata da realidade

Plausivelmente, segundo Xenófanes, os homens não têm essa capacidade mas podem apreender e compreender a realidade usando o seu aparato cognitivo (termos não usados pelo filósofo).

Os deuses não querem saber daquilo que podemos saber

Os homens são epistemicamente autónomos

“Deus não nos disse tudo, a nós mortais, quando o tempo começou. Somente após longa pesquisa os homens alcançam o conhecimento” (KRS 188)

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jônios

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jônios

Heraclito ( 600 aC – segundo Anthony Kenny).

Originário de Ephesus, na Ásia Menor

Geralmente tido como o último e mais famoso filósofo jónio.

Cognome: o obscuro (ou o enigmático). Porque a sua escrita era densa, críptica e escrita em aforismos (máximas, preceitos morais, adágios).

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Mapa da Grécia antiga

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jônios

Defendeu a existência de um logos universal e governador de toda a realidade.

Logos heraclitiano: um princípio, uma lei geral e objetiva do cosmos. Uma ordem racional e imutável das coisas.

Este é um plano intencional, um desenho propositado que instancia e revela uma inteligência suprema, algo superior a tudo o resto e que governa a existência.

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jônios

Mas essa “racionalidade” ontológica, i.e., do Ser, não parece ser, estritamente falando, uma racionalidade na base de considerações lógicas.

Famosamente, Heraclito rejeita a Lei da Não-contradição (LN), por vezes também chamada a Lei do Terceiro Excluído). A LN é uma Lei do pensamento

Forma lógica da LN: Para qualquer proposição A, ou A ou não-A, não havendo uma terceira hipótese (alternativa, caminho).

Para Heraclito todas as coisas encerram na sua essência a sua própria contradição, o seu próprio anulamento.

Por isso não aceita a LN

NB: (alguns matemáticos modernos, os intuicionistas, argumentam que para algumas proposições (e.g., a Hip. De Riemann), não é possível demonstrar essas proposições ou a sua negação, e portanto a LN é falsa).

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jônios

Foi precursor (na senda de Anaximandro) e defendeu o Fluxismo, a teoria filosófica de que tudo na natureza está num perpétuo movimento e em constante mudança.

Alegoria do Rio: não nos podemos banhar nas mesmas águas de um rio, pois elas nunca serão as mesmas e nós também não.

O problema ontológico: da constituição última da realidade, o movimento, o fluxo constante as coisas.

O problema da seta do tempo

O problema da identidade das coisas e de cada coisa: ser o mesmo numericamente, ser o mesmo ao longo do tempo, e ser o mesmo por exibir as mesmas propriedades

NB: lei da identidade de Liebniz: x = y ↔ (∀F)(Fx ↔ Fy), de (1): ( ∀F)(Fx ↔ Fy) → x = y e de (2): x = y → (∀F)(Fx ↔ Fy)

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jônios

A ordem cósmica, o logos, só pode ser captada por alguns homens, sendo que estes vêm mais longe e são mais esclarecidos que os outros.

A percepção sensorial é importante para decifrar a natureza, não menos importante é pesquisa por via do pensamento.

A alma humana é feita de fogo. Quanto mais seca melhor, mais fogosa, mais genial.

Pois a natureza tende a “esconder” os seus segredos, e a evidência deve ser cuidadosamente interpretada.

Um desses segredo é a “unidade” dos opostos (quente/frio) e a tensão constante entre eles que gera o movimento e a realidade.

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jônios

Tensão entre pares de opostos: por exemplo, o universo é divisível e indivisível, gerado e não-gerado, mortal e imortal (interpretação de Hegel , século XVIII).

Afirmações de oposição como relativização de predicados: “o caminho para cima é o mesmo que o caminho para baixo”. “Cima” e “Baixo” são predicados que dependem do observador, da perspectiva do usuário da linguagem.

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Mapa da Grécia antiga

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Eleatas

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Eleatas

Parménides (V aC.) – Eleia

Provável discípulo de Xenófanes (Aristóteles Metaph.A 5. 986b21–5)

Contra o Fluximo (Heraclito): não há movimento, ou a natureza não consiste em movimento.

Proémio de Parménides, obra-referência da filosofia pré-socrática.

Composto por duas partes: 1) O caminho da verdade (da deusa);2) O caminho da opinião dos mortais.

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Eleatas

Mellissus de Samos (discípulo de Heraclito): interpreta o Poema de Parménides

Argumento contra a possibilidade do movimento:

1. Não há tal coisa como o Não-ser (Tudo o que existe tem de ser)

2. Logo, não há vácuo (pois para isso teria de haver o Não-ser);

3. Se não há vácuo, então não possibilidade de um corpo se deslocar da sua posição para outra posição (pois para isso teria de atravessar o vácuo, o vazio);

4. Conclusão: Não existe movimento (pois nenhum corpo se pode deslocar).

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Eleatas

Zenão de Eleia – 450 bC (discípulo de Parménides)

Argumentos contra a possibilidade de movimento

I. Argumento do estádio

II. Aquiles e a tartaruga

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Eleatas

Argumento contra a pluralidade (ou a favor do infinito):

1. Se há múltiplas coisas, então as coisas existentes são infinitas;

2. Pois há sempre outras coisas entre as coisas que há, e outras entre essas, ad infinitum;

3. E assim as coisas que são são em número infinito

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Eleatas

I. Argumento do estádio

1. Tudo o que se poderia mover teria de atingir primeiro metade do percurso antes de atingir o fim.

2. Para alcançar a meta do estádio teria de se alcançar primeiro metade do estádio, e depois metade dessa metade, ad infinitum.

3. Se há pluralidade de coisas, então tudo é divisível até ao infinito

4. Conclusão: não pode haver movimento.

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Eleatas

I. Aquiles e a tartaruga

1. Aquiles deixa a tartaruga partir primeiro (pois confia que é tão lenta que facilmente a ultrapassará);

2. Mas Aquiles tem sempre que chegar a metade do pecurso da tartaruga de modo a conseguir alcançá-la;

3. Mas primeiro tem de chegar a metade dessa metade, e depois a metade dessa nova metade, ad infinitum;

4. Conclusão: Aquiles nunca consegue ultrapassar a tartaruga (o mais rápido nunca consegue ultrapassar o mais lento. (paradoxo de Zenão).

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Outros

Empedocles – Agrigento (450 aC)

Reclamava ser uma espécie de deus, esclarecido cerca de muitas coisas

Aristóteles e outros indicam que poderia ter conhecimentos medicinais e de fármacos.

Poemas: Da Natureza e Purificações

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Mapa da Grécia antiga

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Escola Italiana

Empedocles – Agrigento (450 aC)

Reclamava ser uma espécie de deus, esclarecido cerca de muitas coisas, incluindo previsões meteorológicas

Aristóteles e outros indicam que poderia ter conhecimentos medicinais e de fármacos.

Também segundo Aristóteles, Empedocles tentou dar explicações das funções biológicas de determinadas partes de organismos vivos

O acaso como telos final (posição criticada por Aristóteles), antecipando o contemporâneo pressuposto darwiniano da seleção natural das espécies.

Poemas: Da Natureza e Purificações

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Escola Italiana

A realidade é constituída por quatro stoicheia (tradução para o latin: elementum)

Ar, água, terra e fogo

Os elementum podem transformar-se uns no outros

Os elementum são a raízes de todas as coisas

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Escola Italiana

Iconoclasta: percursor do conceito de força: dunamis, energeia.

Todas as coisas são comandadas por duas forças primárias…

O Amor e o Ódio

O Amor, enquanto força, aproxima, une, congrega

O Ódio, enquanto força, afasta, separa, desagrega

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Escola Italiana

A realidade e a substância física constroem-se num eterno ciclo de agregação e desagregação

Num primeiro momento, a força Amor exerce a sua influência e tudo une num único centro, numa homogénea esfera de existência (de existentes)

Num segundo momento, a força Ódio exerce a sua influência e, contrariando a força Amor, tudo separa do seu próximo

O ciclo de união e separação das coisas repete-se infinitamente, formando a realidade tal como a conhecemos

Todas as criaturas são seres temporários, passageiros, por serem constituídos pelas quatro raízes e estarem sujeitos às forças primordiais

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Outros

Anaxágoras – (500 aC.) Clazomenae (perto de Izmir)

Geralmente tido como um percursor da contemporânea Teoria do Big Bang

No principio do universo todas as coisas estavam junta, infinitas em quantidade e infimidade, pois o minúsculo era também infinito

Embora todas a coisas fossem em número infinito, não eram contudo reconhecíveis, dada a sua condição

Tudo é sustentado pelo ar e pelo ether.

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Outros

Analogia universo/sémen

Aventou a possibilidade de existirem outros planetas e outros homens (extraterrestres):

“…men have been formed and the other ensouled animals. And the men possess farms and inhabit cities just as we do, and they have a sun and a moon and the rest just like us. The earth produces things of every sort for them to be harvested and stored, as it does for us. I have said all this about the process of separating off, because it would have happened not only here with us, but elsewhere too”.

Atribuído a Anaxágoras: (KRS 498) In A. Kenny, p. 25.

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Outros

Antecipou a teoria de Giordano Bruno (filósofo renascentista) do Multi-verso: a existência (o Kosmos) é constituída o múltiplos uni-versos

O que deflagrou as Existência foi a Mente (nous, Fedro, de Platão), algo a um tempo uno e separado

No princípio todas as coisas estavam juntas e a Mente ordenou-as

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Atomistas

Demócrito – (500 aC), Abdera (Trácia-1º filósofo realmente grego)

Provável discípulo de Leucipo de Mileto

Escreveu cerca de 80 tratados, muitos deles pedidos para sempre, sobre os mais variados tópicos: ciência, arte militar, teologia, etc…

Dizia que preferiria ter uma boa explicação científica a ser rei da Pérsia

Principal teoria: a matéria não é divisível ao infinito

O argumento de Demócrito a favor desta teoria não é conhecido

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Mapa da Grécia antiga

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Atomistas

O argumento de Demócrito segundo Aristóteles:

1. Suponha-se que se tenta dividir a matéria até ao infinito

2. Perguntamos: o que se segue se a divisão fosse efectuada?

3. Se cada uma das infinitas partes tivesse magnitude, então teria de ser ainda divisível, o que contradiz (1)

4. Por outro lado, se nenhuma das partes tivesse magnitude, então não haveria qualquer quantidade, pois o resultado de multiplicar zero pelo infinito é zero

5. Conclusão: a matéria não é infinitamente divisível

• A matéria é divisível até a divisão alcançar as partes indivisíveis: os átomos

• Átomo=indivisível (em grego antigo)

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Atomistas

Propriedades dos átomos:

São indivisíveis

Têm múltiplas formas (variedades, disposições)

São infinitos em número

São eternos (sempre existiram e existirão para sempre)

São o que existe no vácuo (os atomistas defendiam a existência do vazio, contra os eleatas)

São ínfimos…

Por serem ínfimos são indetectáveis pela percepção sensorial

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Atomistas

Para Demócrito, os átomos e o vazio esgotam a realidade

Conjunções de átomos formam as coisas que percepcionamos

As diferentes configurações “atómicas” geram, por exemplo, cores, sabores, cheiros, etc

……..

Próxima sessão: os sofistas.

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Obra de referência

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