Os principais problemas sociodemográficos da população portuguesa

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Os principais problemas sociodemográficos A população portuguesa debate-se com vários problemas sociodemográficos que se fazem sentir aos mais diversos níveis. Entre os quais, merecem destaque: O declínio da fecundidade; O envelhecimento; O baixo nível educacional; Situação perante o emprego. O declínio da fecundidade A demografia do nosso país caracteriza-se por baixas taxas de mortalidade e natalidade. Esta última está directamente relacionada com o declínio da fecundidade, cujo índice sintético de fecundidade reduziu. A baixa taxa de fecundidade é um grave problema que tem marcado a evolução da população portuguesa, pois poderá levar à estagnação do dinamismo demográfico, ou mesmo, ao crescimento negativo. A consequência imediata é que Portugal não consegue assegurar a renovação de gerações, uma vez que está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, cerca de metade do que seria necessário para que se dê a substituição das gerações. A redução crescente dos nascimentos equivale à redução da proporção de jovens. Esta situação irá, decerto, agravar os problemas do sistema de segurança social, já que aumenta o número de pensionistas e o número de activos diminui. Estes terão de contribuir com uma parcela maior dos seus rendimentos para garantir o funcionamento do sistema. Assim, Portugal apresenta um índice de fecundidade de 1,5. Para mudar este comportamento, teriam que ser implementadas poderosas políticas natalistas, de forma a alterara a mentalidade dos jovens casais e tornar compensatório o aumento de filhos. É necessário tomar medidas de carácter económico, nomeadamente: aumentos substanciais dos abonos de família, educação e saúde completamente gratuitos, facilidades de acesso ao crédito e subsídios para a compra de habitação para famílias numerosas. Porém, Portugal pouco ou nada tem levado a cabo para incentivar a natalidade. Políticas natalistas Medidas implementadas por um país para incentivar a natalidade, a título de exemplo, a gratuitidade dos serviços de educação e saúde. O envelhecimento Outra marcante realidade da população portuguesa é o seu progressivo envelhecimento, fruto do aumento da esperança média de vida e da redução da mortalidade, verificado nas últimas décadas. Este problema gera diversas consequências, entre as quais: a diminuição da população activa, principalmente nos meios rurais, a desaceleração do ritmo de inovação e do espírito empreendedor, o que leva à diminuição da produção, por decréscimo de propensão para o consumo. Pode acrescentar ainda um conservadorismo político, em consequência de o país ser “dominado” por uma população demasiado madura. Sendo mais alarmante, os encargos com os idosos aumentam consideravelmente, nomeadamente as reformas, pensões, assistência médica e lares de terceira idade. Consequentemente, o aumento de número de idosos aumenta os encargos para a população

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Os principais problemas sociodemográficos

A população portuguesa debate-se com vários problemas sociodemográficos que se fazem

sentir aos mais diversos níveis. Entre os quais, merecem destaque:

O declínio da fecundidade;

O envelhecimento;

O baixo nível educacional;

Situação perante o emprego.

O declínio da fecundidade

A demografia do nosso país caracteriza-se por baixas taxas de mortalidade e natalidade. Esta

última está directamente relacionada com o declínio da fecundidade, cujo índice sintético de

fecundidade reduziu. A baixa taxa de fecundidade é um grave problema que tem marcado a

evolução da população portuguesa, pois poderá levar à estagnação do dinamismo

demográfico, ou mesmo, ao crescimento negativo. A consequência imediata é que Portugal

não consegue assegurar a renovação de gerações, uma vez que está abaixo do limite mínimo

de 2,1 filhos por mulher, cerca de metade do que seria necessário para que se dê a

substituição das gerações.

A redução crescente dos nascimentos equivale à redução da proporção de jovens. Esta

situação irá, decerto, agravar os problemas do sistema de segurança social, já que aumenta o

número de pensionistas e o número de activos diminui. Estes terão de contribuir com uma

parcela maior dos seus rendimentos para garantir o funcionamento do sistema. Assim,

Portugal apresenta um índice de fecundidade de 1,5.

Para mudar este comportamento, teriam que ser implementadas poderosas políticas

natalistas, de forma a alterara a mentalidade dos jovens casais e tornar compensatório o

aumento de filhos. É necessário tomar medidas de carácter económico, nomeadamente:

aumentos substanciais dos abonos de família, educação e saúde completamente gratuitos,

facilidades de acesso ao crédito e subsídios para a compra de habitação para famílias

numerosas. Porém, Portugal pouco ou nada tem levado a cabo para incentivar a natalidade.

Políticas natalistas

Medidas implementadas por um país para incentivar a natalidade, a título de exemplo, a

gratuitidade dos serviços de educação e saúde.

O envelhecimento

Outra marcante realidade da população portuguesa é o seu progressivo envelhecimento, fruto

do aumento da esperança média de vida e da redução da mortalidade, verificado nas últimas

décadas.

Este problema gera diversas consequências, entre as quais: a diminuição da população activa,

principalmente nos meios rurais, a desaceleração do ritmo de inovação e do espírito

empreendedor, o que leva à diminuição da produção, por decréscimo de propensão para o

consumo. Pode acrescentar ainda um conservadorismo político, em consequência de o país ser

“dominado” por uma população demasiado madura.

Sendo mais alarmante, os encargos com os idosos aumentam consideravelmente,

nomeadamente as reformas, pensões, assistência médica e lares de terceira idade.

Consequentemente, o aumento de número de idosos aumenta os encargos para a população

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activa que desconta para a Segurança Social e será cada vez mais difícil aos governos

aumentarem as reformas e as pensões.

Uma das formas de valorizar os idosos passa por inclui-los no seio da comunidade, tentando

aproveitar o “saber” que eles compartam, que, infelizmente, na actualidade, tem tendência a

desaparecer. Face a este problema, Portugal tem como necessidade aumentar a taxa de

actividade das mulheres e de aumentar a idade da reforma, de maneira a que os trabalhadores

de idade superior possam participar no mercado de trabalho por mais tempo.

Baixo nível educacional

A educação é um dos aspectos fundamentais para o desenvolvimento de um país, sendo, por

isso, o nível de instrução determinante.

No caso português, debatemo-nos com um baixo nível educacional, possuindo uma

significativa taxa de abandono escolar e, consequentemente, uma fraca qualificação

profissional. Contudo, revelou-se uma evolução positiva neste tópico na última década,

aumentando o número de indivíduos mais instruídos, justificado pela renovação geracional.

Este facto resulta, também, do aumento dos sujeitos com cursos médios e superiores, devido à

contribuição feminina.

Relativamente à taxa de abandono escolar, apesar da sua quebra, permanece como

alarmante. Por outro lado, a taxa de saída antecipada, portanto, a saída precoce da escola,

registou um decréscimo acentuado nos últimos anos.Em última análise, Portugal regista uma

diminuição significativa da taxa de analfabetismo, todavia, é ainda elevada no Alentejo e no

interior da região Centro.

Situação perante o emprego

O emprego e a sua estabilidade são aspectos determinantes para a qualidade de vida e o

desenvolvimento pessoal de qualquer cidadão.

Contudo, tem aumentado o trabalho precário, portanto, temporário, afectando, sobretudo, os

jovens, as mulheres e os idosos. As empresas apostam nas contratações a prazo. O

desemprego e o subemprego são uma realidade vincada entre a população portuguesa,

acompanhando a deterioração da situação social, aumentando, escandalosamente, o trabalho

infantil. Atingindo uma dimensão preocupante, a sinistralidade aumenta no nosso país. Os

acidentes laborais matam centenas de portugueses, por ano.

O desemprego representa uma riqueza perdida, tendo elevados custos: origina conflitos

sociais, afecta psicologicamente os indivíduos, provoca a descida de nível de vida e, por último,

causa instabilidade ao nível das relações familiares.

Em suma, Portugal atinge um universo de desempregados que rondará o meio milhão de

pessoas.

Subemprego

Emprego sem as características que tem o pleno emprego, quer em termos de salário, horário

de trabalho, quer de segurança social. Costuma estar associado a economias subdesenvolvidas.