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OS PULVERIZADORES Tecnologia e rentabilidade www.agriworld-revista.com FEIRAS ENTREVISTA Cobertura Expointer Edmilson Siqueira de Azevedo Depto. Comercial - Agricultura (AllComp) TRACTOR OF THE YEAR EUROPA 2019 CASE IH Maxxum 145 ActiveDrive 8

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OS PULVERIZADORESTecnologia e rentabilidade

www.agriworld-revista.com

FEIRAS

ENTREVISTA

Cobertura Expointer

Edmilson Siqueira de AzevedoDepto. Comercial - Agricultura (AllComp)

AG

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D

TRACTOR OF THE YEAR EUROPA 2019

CASE IH Maxxum 145 ActiveDrive 8

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SUMARIONumero 34 ANO 9 2018

EditorialSeja bem vindo 2019!!!5

EntrevistaThiago Rodrigues, Gerente Geral Solinftec23EntrevistaEdmilson Siqueira de Azevedo, Depto. Comercial - Agricultura (Allcomp)

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EntrevistaMaurício Menezes, Gerente de Marketing Tático da John Deere Brasil

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A Tecnologia Agrícola“Por eu não engraxar os eixos me chamam de esquecido” Qual o papel das graxas na lubrifi cação de máquinas agrícolas

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A Tecnologia AgrícolaEquipamentos para tratamentos fi tossanitários Parte I: O pulverizador hidráulico

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CompanhiaAgricultura de precisão ajuda no preparo do solo?

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Tractor Of The YearO prêmio Tractor of the Year 2019 foi entregue na Itália durante a EIMA Internacional

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FeirasDe volta à EIMA40

FeirasCobertura Expointer 201818

ProdutoMahindra traz novo modelo de trator na show rural 2019

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MercadoJan-Nov 201864

Na minha opiniãoNo rio revolto…7Notícias Brasil

de motoniveladoras e expansão da fábrica de máquinas de construção em Indaiatuba (SP)

importantes dados sobre AGCO

aumentam a área útil e a qualidade de colheita

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Notícias Globais

transporte sustentável durante evento na Jordânia

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60derrubar árvores

produtos a bateria de alto desempenho

W O R L D

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E D I T O R I A L

Prof. Dr. Leonardo de Almeida MonteiroProfessor de Mecanização Agrícola da Universidade Federal do Ceará e Coordenador do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrí[email protected]

SEJA BEM VINDO 2019!!!

Chegamos ao fi nal de mais um ano. E como passou tão rápido! A cada ano tenho a impressão que o tempo passa mais e mais depressa. Quantas coisas aconteceram, quantas pessoas encontramos, reencontramos... Oportunidades, escolhas, novos caminhos, momentos sorrisos e principalmente: quantas experiências e aprendizados. Recuperamos as vendas de máquinas agrícolas em relação ao ano anterior, mas a credibilidade e a confi ança no governo ainda são obstáculos a serem vencidos. Continuamos líderes na produção e exportação de Commodities e possuímos milhões de hectares livres para a exploração do agronegócio.

Iniciaremos 2019 com novos gestores no Executivo e Legislativo e esperamos que o novo governo recupere a confi ança, impulsione a indústria, incentive a Agricultura e invista na Educação.

Desejamos a todos um 2019 de paz, luz e que possamos renovar nossas esperanças num ano melhor.

Nosso tríplice e fraterno abraço a todos.

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NO RIO REVOLTO…A situação da política internacional, com as posturas adotadas pela Administração Trump com respeito ao aumento das tarifas aos produtos provenientes da China, pode ser um incentivo para certos produtos brasileiros agrícolas, como a soja, por exemplo, na qual o Brasil é líder… e não apenas na soja, mas também no milho e no ramo de carnes. Para isso, o Governo do Sr. Bolsonaro deveria dar uma contrapartida à China. É neste ponto em que o atual governo deveria inovar e “abrir” a possibilidade de que as empresas chinesas obtenham incentivos para sua instalação em nosso país.

A China é a locomotora da Ásia e isso não é uma utopia, bem como é o Brasil no Cone Sul; e não seria uma política ruim se aproveitar das disputas com terceiros países para criar uma “cordialidade”. Ainda mais quando a política errática dos EUA não nos dá confi ança nenhuma a médio e curto prazo. Temos ainda muito mais oportunidades: podemos ser um sócio privilegiado na hora de vender maquinas agrícolas -não tratores nem colhedoras - bem como fazer “joint ventures”, ou ainda crescer na exportação de equipamentos para grandes explorações.

A China já está se movimentando há tempos, inclusive na conservadora Europa. Os fabricantes chineses estão conseguindo seus espaços, podemos citar YTO, LOVOL… e através de importadores de componentes e equipamentos agrícolas e industriais¸ miramos muito “ao norte”. Até hoje em Chicago se marcam os preços das produções agrícolas brasileiras. O mundo está passando por uma autentica revolução em muitos aspectos e conceitos. As mudanças nas tendências alimentícias são um trunfo para nos mantermos em posição de liderança naquilo que somos autênticos líderes: na produção de produtos agrícolas.

Nos despedimos de 2018 com um sinal positivo nas vendas de máquinas, ainda que para as multinacionais que operam em nosso país, o Brasil está abaixo de suas “expectativas”. Ainda é muito cedo para saber o que fará o Governo, mas esperamos que as políticas para impulsionar a mecanização e a implantação industrial seja benéfi ca para todos. Necessitamos de novos horizontes onde se perfi lem metas de confi ança, onde a economia se distancie dos avatares políticos e que novamente o Brasil seja um país para se contar, no conjunto das economias potentes do mundo.

Apenas me resta desejar a todos o melhor para 2019, em saúde e negócios… com muita Paz.

N A M I N H A O P I N I Ã O

Julián Mendieta

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NOTÍCIAS

A JOHN DEEREAnuncia nacionalização de motoniveladoras e expansão da fábrica de máquinas de construção em Indaiatuba (SP)A John Deere, com sua linha de máquinas pesadas e equipamentos para construção, anuncia que irá nacionalizar a partir de 2021 a produção de três modelos de motoniveladoras - 620G, 670G e 770G -, atualmente importados. Para isso, ampliará a fábrica de Indaiatuba (SP) em 12.000 m² de área fabril. Com este comunicado, logo após a recém-nacionalização dos tratores de esteira 700J, 750J e 850J, a companhia completa seu portfólio de soluções para fornecer suporte integral aos seus clientes no desafio de desenvolver a infraestrutura brasileira, em frentes como logística, moradia, transporte, saneamento e/ou energia.Esse movimento da empresa está pautado pelas boas perspectivas para o setor nos próximos anos. Para Roberto Marques, diretor de Vendas da divisão de Construção da John Deere Brasil, o País tem uma alta demanda de obras reprimida que precisará ser destravada num curto espaço de tempo. “São vários fatores que nos levam a uma expectativa positiva: o crescimento exponencial da população, a concentração das pessoas nos centros urbanos com a formação de megacidades e a necessidade urgente de melhorias no escoamento das safras agrícolas, motor do PIB. Para atingirmos esse equilíbrio, precisamos estar preparados do ponto de vista tecnológico, investindo em construções de precisão, conectadas e inteligentes. Esse é o caminho”, afirma o executivo. “Nossa estratégia para o Brasil é de longo prazo e independe de oscilações temporárias do mercado, o que nos permite oferecer alternativas eficientes de produtos e serviços aos clientes. Estamos felizes por estarmos contribuindo para o fortalecimento do setor, além de viabilizarmos a criação de mais postos de trabalho e incentivarmos o crescimento do mercado nacional”, ressalta. Produzir as motoniveladoras no País permitirá que elas se enquadrem em diferentes programas de financiamento de máquinas para clientes brasileiros, facilitando o acesso e, inclusive, a exportação destes itens para demais países da América do Sul. “Somos a única fábrica no mundo, além dos Estados Unidos, apta a produzir alguns dos modelos do portfólio John Deere, como os tratores de esteira e a partir de 2021 também as motoniveladoras. Isso é motivo de orgulho e prova de que somos referência em questões de modernização e infraestrutura fabril e mão de obra qualificada”, comenta Marques. Atualmente são produzidos em Indaiatuba oito modelos de pás-carregadeiras, cinco escavadeiras John Deere e quatro Hitachi, uma retroescavadeira e três modelos de tratores de esteira. São importados três modelos de pás-carregadeiras, três modelos de escavadeiras e, agora, as motoniveladoras. “A nacionalização proporciona maior agilidade para as demandas do nosso mercado”, finaliza. As motoniveladoras 620G, 670G e 770G da John Deere são conhecidas por sua versatilidade e tradição,

afinal a marca foi a responsável pelo lançamento da primeira motoniveladora articulada, em 1967. Por

seu desempenho excelente, as máquinas podem ser utilizadas nos mercados de construção,

mineração, agrícola, em aterros sanitários e na indústria de agregados – com indicação para

aplicações leves (manutenção de estradas vicinais), intensas (construção de rodovias) ou severas (preparação de solo para agricultura, especialmente para cana-de-

açúcar).www.deere.com.br

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PROJETO ESCOLA NO CAMPO Conscientização em primeiro lugarDirecionado para alunos de 5º e 6º anos de escolas públicas, o Projeto Escola no Campo chegou a 17ª edição na área de atuação da Cotrijal em 2018. Conforme o vice-presidente da cooperativa, Enio Schroeder, o agricultor está mais consciente da sua responsabilidade com sua saúde e com o meio ambiente, um reflexo do projeto. “Quando a Syngenta nos apresentou o Escola no Campo buscamos parceria com as prefeituras e isso fez toda a diferença para que obtivesse êxito. Os resultados alcançados mostram que vale a pena investir na educação das crianças, porque através delas a família e toda a comunidade é beneficiada”, destacou o dirigente.Com mais de 24 mil alunos capacitados, o Escola no Campo mostra que é possível promover a transformação sustentável quando cada um faz a sua parte, na avaliação do gerente regional Aliança da Syngenta, Rafael Chioquetta. “Não atacamos o problema, visamos a conscientização das comunidades através da escola e hoje temos alunos responsáveis em levar essas informações”, destacou Chioquetta. O Projeto Escola no Campo é uma parceria entre Cotrijal, Syngenta, Secretarias de Educação e Fundação Abrinq. Em 2018, participam 55 escolas, em 14 municípios, beneficiando 1471 alunos. O objetivo é promover a integração sustentável das comunidades, com o foco para o meio ambiente, segurança alimentar e agricultura.

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NOTÍCIAS

MARTIN RICHENHAGEN ANUNCIA IMPORTANTES DADOS SOBRE AGCOCom vendas globais 17% maiores nos últimos nove meses, comparadas ao mesmo período de 2017, impulsionadas pelo bom desempenho das safras na região, o CEO prevê que 2019 será um ano de mais crescimento. “As expectativas para os próximos anos são as melhores possíveis, por isso temos investido tanto na renovação do portfólio das nossas marcas e como na alta tecnologia das nossas fábricas da região, consolidando a AGCO na era da Indústria 4.0”, disse Richenhagen.A AGCO está presente no país com 03 importantes marcas do Grupo, Massey Ferguson, Valtra e GSI, e já estão acontecendo estudos para a introdução da marca FENDT com o trator mais poderoso do mundo, mais compacto, mais leve, com grande eficiência e menos utilização de combustível. A ideia é inserir o produto nas grandes faixas de potência e com distribuição feita com rede e estrutura próprias.Martin frisou a importância do Brasil no mercado da América Latina e destacou o fato de que o grupo possui uma forte presença global, “onde há cultivo a AGCO está presente”.A disputa comercial entre EUA e China também deve favorecer a exportação dos equipamentos produzidos no país. Para atender essa demanda e a evolução tecnológica dos maquinários agrícolas, a AGCO deve completar em 2019 o processo de renovação de 100% do seu portfólio, iniciado em 2017 quando aconteceu a maior transformação da oferta de produtos de toda a história da companhia, com 159 novos equipamentos.Richenhagen também apresentou lançamentos de produtos e estratégias das principais marcas do grupo, acompanhado do Vice-presidente Sênior e Gerente Geral AGCO Américas, Bob Crain, do Presidente AGCO América do Sul, Luís Felli, e do Chefe de Comunicação global da AGCO, Ulrich Stockheim. Em 2018, a AGCO destinou um aporte R$ 112 milhões em investimentos, sendo R$ 60 milhões apenas para modernização e aplicação de novas tecnologias na planta da companhia em Santa Rosa (RS) e quadruplicou o tempo de treinamento dos colaboradores da empresa, para reforçar o conceito de “Smart Factory” em suas linhas fabris.Robert Crain, Vice-presidente Sênior e Gerente Geral AGCO Américas, destacou os investimentos elevados em pesquisa e desenvolvimento para as plataformas globais da marca focando sempre em melhores preços, qualidade e tecnologia. Destacou o Brasil e a América Latina como importantes destinos dessas plataformas da marca. Mencionou a aquisição da Precision Planting com tecnologia de ponta para o plantio. Mencionou o FUSE Connected Services, ferramenta usada para conectar todos os equipamentos da fazenda e que ajuda na redução de custos e aumento da produção.“Além de todo o aporte financeiro que temos feito em nossas fábricas, somos pioneiros mundiais no uso de tecnologias como o Glass para a fabricação dos nossos produtos. Estamos prontos para atender as necessidades do produtor rural sul-americano, nosso principal parceiro na nossa missão de alimentar o mundo”, disse Luís Felli, Presidente da AGCO para a América do Sul.O Brasil é líder na produção e exportação de itens como a soja, o café e o açúcar, e das carnes bovina e de frango. Ainda assim, o país possui cerca de 219 milhões de hectares de terra livres para o agronegócio. Foi destaque ainda o crescimento da produção na região do cerrado brasileiro nos últimos anos, que amplia inclusive a área da atuação das marcas do grupo que tem feito

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testes e realocado equipes para se aproximar dessas regiões. Isso, somado ao clima favorável e à disponibilidade de água e terra fértil, coloca o Brasil como um dos países de maior potencial para atender a crescente demanda por alimentos no planeta.Foram ainda apresentados os novos produtos da empresa a serem lançados em breve: a plantadora dobrável Momentum e a colhedora IDEAL.A Momentum chega ao mercado brasileiro com a tecnologia Precision Planting, que melhora a distribuição de sementes no campo. Um produto com mais velocidade, mobilidade e transportabilidade.O produto terá versões de 24, 30 e 40 linhas. Além disso, a plantadora conta com 18 metros de largura quando aberta, o que aumenta a rapidez no plantio, e 3,6 metros quando fechada, para facilitar o transporte. O armazenamento de sementes também é destaque, com uma capacidade de até 5.130 litros. Um desenvolvimento com importante participação da engenharia brasileira.A IDEAL é a nova linha de colhedoras de grãos axiais de alta performance da AGCO. O principal diferencial do lançamento é um sistema de processamento inteligente que preserva a qualidade dos grãos e oferece melhor manuseio, eficiência energética e capacidade, em uma grande variedade de condições de solo. A colhedoras de grãos IDEAL apresenta as mais recentes inovações tecnológicas na área de agricultura de precisão, oferecendo serviços conectados como o gerenciamento de informações e dados do campo. “A colhedora de grãos IDEAL é o resultado de muitos anos de pesquisa e desenvolvimento, inúmeras horas de engenharia, trabalho em equipe e experiência como líder do setor”, afirmou o CEO.www.agcocorp.com

A AGCOPromove evento com as últimas inovações da Indústria 4.0 e da Escola Móvel do SENAICom o objetivo de exibir as inovações tecnológicas da Indústria 4.0 presentes em suas fábricas, a AGCO, líder global em concepção, fabricação e distribuição de máquinas e soluções agrícolas, promoveu entre os dias 3 e 7 de dezembro o Smart Factory Showcase, em Mogi das Cruzes (SP). A planta fabril abriga as linhas de produção dos tratores Valtra, motores AGCO Power, geradores de energia elétrica e o único laboratório de emissões da indústria de maquinário agrícola no Brasil.O evento aconteceu dentro da Semana de Melhoria Contínua da AGCO e apresentou o que há de mais moderno em tecnologias de manufatura, que não só garantem melhorias de custos, mas, principalmente, aprimoram a eficiência e qualidade de produção. O principal destaque foi a presença da Escola Móvel Indústria 4.0 do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que trouxe demonstrações da evolução da automação na indústria, bem como materiais educativos sobre o que há de mais novo em tecnologias conectadas de fabricação.“O Smart Factory Showcase mostra como estamos comprometidos com as práticas de manufatura mais modernas do mundo, para continuarmos a liderar o mercado global de máquinas agrícolas”, afirma Alexandros Aravanis, diretor de melhoria contínua AGCO América do Sul. “Ao trazermos renomados expositores de tecnologia para Mogi das Cruzes, destacamos a importância estratégica do desenvolvimento e produção de equipamentos e soluções com alta tecnologia para produtores rurais que alimentam o mundo”, completa Ricardo Huhtala, diretor de manufatura da AGCO Mogi das Cruzes.

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NOTÍCIAS

A CASE IHNovas Colhedoras de Café aumentam a área útil e a qualidade de colheita A redução de perdas e o aumento da área útil de colheita com menor dano às plantas são os principais destaques das novas colhedoras de café da Case IH. As duas versões, Coffee Express 100 Multi e 200 Multi, chegam ao mercado com maior amplitude de altura de colheita e com mais paletas retráteis para serem ainda mais efetivas no recolhimento dos frutos durante o processo de derriça. Com motor de 55 cavalos, a Coffee Express 200 Multi apresenta o menor consumo de combustível entre todas as colhedoras autopropelidas do mercado, além de baixo custo de manutenção. Outro fator que contribui para a diminuição dos gastos é o tanque graneleiro da máquina, que armazena até 2 mil litros, com possibilidade de descarga simultânea da colheita. O modelo conta ainda com o sistema de freio hidráulico, que proporciona mais precisão no ajuste, com menos danos nas plantas, o que resulta em maior qualidade de colheita. A Coffee Express 100 Multi é a versão tracionada da Case IH. Ou seja, a máquina é acoplada ao sistema de levante hidráulico do trator e recebe a potência do equipamento que irá arrastá-la. Para trabalhar junto com a CE 100, a Case IH trouxe ao Brasil o trator estreito Quantum 75 N, um dos mais fortes da categoria (leia mais abaixo).Os novos modelos de colhedora de café contam com um chassi rebaixado em 100 mm para que a estrutura de derriça e recolhimento se aproxime do solo, de forma a realizar a colheita inclusive em plantas de menor porte e de saias mais baixas (primeiras produções/lavoura nova). “No mercado, muitos produtores realizam o rebaixamento das colhedoras para conseguir realizar a colheita em plantas mais jovens, mas essas máquinas com sistema de freio mecânico (cinta) e/ou varetas alinhadas podem causar danos às plantas mais sensíveis. Esse fator torna a Coffee Express uma colhedora mais apta para as lavouras de cafés mais jovens ou de menor porte e mais sensíveis”, analisa Roberto Biasotto, gerente de Marketing de Produto da Case IH.Com o rebaixamento do chassi (aumento da estrutura do equipamento), o rolo derriçador também ficou maior e foram inclusas duas flanges na parte inferior de cada rolo. Essa novidade auxilia para que o rolo seja capaz de realizar a derriça de frutos da parte mais baixa da saia, onde concentra-se um grande número de ramos produtivos, inclusive em plantas de menor porte.Para reduzir as perdas de chão, as novas versões de colhedora têm mais paletas retráteis do que o modelo anterior. No modelo Coffee Express 100 Multi o número de paletas passa de 26 para 50 e na versão 200, de 32 para 62 paletas. As paletas apresentam novo design e tamanho, além de menor flexibilidade de curso para cima e para baixo, evitando que grãos de café entrem debaixo das mesmas e se transformem em perdas de chão. Esse problema pode, ainda, provocar o travamento da máquina, já que o seu deslizamento certamente será afetado. “Essas características melhoram o recobrimento do caule e o recolhimento dos frutos derriçados”, comenta Biasotto.A nova ponteira do transportador horizontal foi desenhada para trabalhar nas diversas condições, incluindo colheita de plantas de saia mais baixa. O novo desenho possibilita mais qualidade no levante da saia do café, tanto de pequeno quanto de grande porte, quando ela está próxima ao solo. Outro ponto importante é que a nova ponteira da Coffee Express 100 Multi é mais curta e, assim, não tem contato com os pneus do trator. Além disso, também não faz parte da estrutura do chassi, podendo ser removido para acesso aos transportadores horizontais pela parte frontal.

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“Todas essas novidades mostram que as colhedoras de café da Case IH são as mais propícias do mercado para o trabalho em cafezais mais novos devido ao exclusivo sistema de derriça (freio hidráulico, design, quantidade e disposição das varetas), que proporciona o menor dano ao caule, quebra de galhos e retirada de folhas, fatores determinantes do bom desenvolvimento e produção de café nos anos subsequentes”, explica Biasotto.As máquinas também aumentam a excelência na colheita plena, com maior volume total colhido e baixa desfolha, e seletiva, que colhe o maior volume possível de frutos maduros com o mínimo de frutos verdes, com menor dano as plantas. Os fatores que contribuem para essa melhora são o aumento na quantidade de varetas e a disposição delas em colmeia, necessitando menor

arraste de plantas para derriça; a precisão de ajuste do freio dos rolos (exclusivo sistema de freio hidráulico); e a desfolha das plantas em até 70% menor que os concorrentes

Gerenciador de colheita

A Case IH também oferece o gerenciador de colheita de café, que tem como objetivo auxiliar o produtor na gestão da colheita mecanizada. Por meio das informações obtidas pela ferramenta, é possível determinar o momento ideal para dar início à colheita em determinada área, além de definir a maneira mais apropriada para colher – se será de forma seletiva ou plena –, realizando os ajustes recomendados para a colhedora Coffee Express da Case IH. Todas essas informações proporcionam uma maior eficiência operacional.A ferramenta, desenvolvida pela empresa “Inovação em Mecanização Agrícola CEIFA Ltda”, trabalha como um medidor, mostrando qual é a força necessária para o desprendimento dos diferentes tipos de frutos presentes nas plantas a serem colhidas. Com as informações coletadas e inseridas no aparelho, ele realiza cálculos relativos à área e determina com maior precisão os próximos passos.

Quantum 75N

Outra novidade da Case IH para o mercado da cafeicultura é o trator estreito Quantum 75N, que chegou ao Brasil em agosto. Com 78 cavalos, o trator é um dos mais fortes da categoria. A capacidade de armazenamento do tanque de combustível é de 77 litros, contra a média de 50 litros dos concorrentes. A autonomia não é o único destaque do Quantum 75N. A máquina tem ampla acessibilidade ao motor e seus sistemas, o que significa rapidez e agilidade nas inspeções diárias que o operador precisa fazer. Essa facilidade resulta em um tempo maior do trator no serviço. O trator é equipado com o que há de mais moderno em termos de motores com nível de emissão Tier 3 (MAR-I). O sistema utilizado é o I-EGR (Recirculação Interna de Gases do Escapamento), que apresenta menor complexidade e é de mais fácil e simples manutenção. Os motores são turbo intercooler, com quatro cilindros (3,2 L), cuidadosamente ajustados para oferecer alta reserva de torque, eficiência no uso de combustível e vida útil longa para o motor.A transmissão 28x16 com o super redutor proporciona mais versatilidade ao operador. Enquanto a maioria das máquinas apresenta apenas uma válvula de comando remoto de série, o trator da Case IH tem três, sendo uma válvula remota com controle de fluxo. A bomba hidráulica tem vazão de 65 litros por minuto e o levante é de três pontos, com capacidade de 2.360 kgf, conseguindo trabalhar com implementos maiores. www.caseih.com

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NOTÍCIAS

COMPANHIA E INSTITUIÇÃO REFORÇAM PARCERIA E PROMOVEM CONHECIMENTO PARA REDE MWM E PROFISSIONAIS DA COMUNIDADEA MWM acredita que promover e incentivar o conhecimento é contribuir para um país mais próspero e é com esse intuito que a fabricante independente de motores diesel, reforça parceria com o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, uma das mais importantes instituições educacionais, que desenvolve ampla gama de programas e atua na formação de técnicos e tecnólogos industriais.A companhia e a Instituição são parceiras há 24 anos, e esse ano ampliam ainda mais sua atuação. A expectativa é que existam escolas SENAI conveniadas MWM em todo território nacional.Em atendimento à parceria, as Escolas SENAI disponibilizam (1) uma semana por mês para Treinamento de Capacitação de Rede Autorizada MWM, podendo ser ministrado pelo instrutor do SENAI ou da MWM.Os cursos são de todas as famílias de motores MWM, ofertados para a capacitação da Rede Autorizada MWM e treinamentos para clientes, com conteúdo teórico e prático de desmontagem de motores, metrologia, montagem e ajustes do motor, e diagnóstico do Sistema de Injeção Eletrônica de Combustível.Em contrapartida a MWM realiza a doação de motores e ferramentas especiais, fornecimento do material didático para os cursos de capacitação de Rede Autorizada, além da capacitação ou reciclagem anual dos cursos aos instrutores SENAI.Todo material doado para atendimento à parceria, poderá ser utilizado pelo SENAI para realizações de treinamentos para a comunidade e nas suas diversas modalidades de cursos internos, como cursos profissionalizantes, formação continuada, especialização, entre outros.Para o Diretor da Unidade de Negócios de Motores da MWM, Cristian Malevic, “São 24 anos de parceria com o SENAI, uma das mais importantes instituições de ensino brasileira, em um acordo que promove o desenvolvimento profissional da Rede MWM, que trará melhor qualidade na reparação dos motores e atendimentos aos clientes, além disso, os treinamentos alcançarão os clientes e as oficinas independentes e toda a comunidade, expandindo o reconhecimento da marca e seus produtos.Reafirmarmos nosso compromisso com esta instituição que utiliza os propulsores MWM nas aulas práticas, fornece, através de pessoal gabaritado e equipamentos de ponta, a formação necessária para os futuros profissionais da indústria.” Destaca Cristian.www.mwm.com.br

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Premiada no Destaque Pós-Venda 2018 da SobratemaMarca da CNH Industrial foi reconhecida na categoria Equipamentos de TerraplenagemA New Holland Construction é uma das empresas melhor avaliadas pelo Núcleo Jovem da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) no Destaque Pós-Venda 2018. O prêmio, entregue em cerimônia durante o evento Tendências no Mercado da Construção, em 8 de novembro, em São Paulo, reconheceu a marca da CNH Industrial na categoria Equipamentos de Terraplenagem.

O coordenador de Serviços Marcelo Barbosa com o troféu do prêmio.

NEW HOLLAND E BANCO CNH INDUSTRIAL INCENTIVAM O EMPODERAMENTO DE JOVENS EM ESTADO DE VULNERABILIDADE Aos poucos, ônibus lotados de jovens estudantes de escola pública chegavam pela manhã à Associação dos Funcionários da CNH Industrial, localizada na Cidade Industrial de Curitiba. Parte desses adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, contou com o apoio da New Holland Agriculture e do Banco CNH Industrial, e estavam ali para as suas formaturas. O projeto “Crê-SER”, desenvolvido pela ONG Associação Gente de Bem, visa empoderar adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica para se tornarem transformadores e aprenderem sobre cidadania. Atualmente, o apoio das marcas beneficia 200 adolescentes e 30 educadores.Letícia Mota dos Santos, 16 anos, é uma dessas jovens. Antes de integrar o projeto, ela conta que estava desacreditada, temendo o desemprego e ainda com dificuldade de falar em público. “Meu medo era de que ninguém acreditasse em mim, mas logo que entrei no projeto me identifiquei com os cursos. Fiquei menos tímida”, conta Letícia. O projeto tem quatro módulos que promovem o desenvolvimento pessoal e interpessoal, o desenvolvimento profissional (orientação para entrevistas de emprego, organização de currículo e dinâmica de grupo), empreendedorismo e, por fim, cidadania e sustentabilidade.No módulo do empreendedorismo, Letícia, por exemplo, criou uma empresa de produção de bolos de pote, com recursos financiados pela Gente de Bem. Após a produção, divulgação e venda do produto, os recursos são devolvidos a ONG, e o lucro fica com a estudante. No módulo, os jovens conhecem sobre características do empreendedorismo, custos de produção e networking. “A empresa dura apenas sete dias e os jovens põem em prática o que aprendem. Eles não são incentivados a serem empresários, mas a serem empreendedores”, explica Luany Ferreira Wosniaki, gerente de Projetos da Associação Gente de Bem.A formatura teve a presença de um “mestre sem cerimônias”. O palhaço Alípio, interpretado por Rafael Barreiros, divertiu a plateia, mas também compartilhou sua experiência de vida, vencendo desafios.www.newholland.com

Jovens se reuniram na Associação dos Funcionários, na Cidade Industrial de Curitiba. Foto: Guilherme Pupo.

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NOTÍCIAS GLOBAIS

A IVECO Expõe visão sobre futuro do transporte sustentável durante evento na JordâniaA IVECO participou do Congresso Mundial da União Internacional dos Transportes Rodoviários 2018, realizado em Mascate, capital de Omã, nos dias 7 e 8 de novembro. O evento, organizado pela Associação Global do Setor de Transporte Rodoviário (IRU), promoveu uma plataforma para os líderes do setor trocarem ideias, debaterem soluções e definirem o futuro do setor de transportes. Entre os participantes, destaque para os principais fabricantes de caminhões, associações de transporte, organizações internacionais e políticos de diversos países. Pierre Lahutte, presidente mundial da IVECO, falou na primeira sessão plenária, dedicada ao transporte rodoviário, à mobilidade e ao comércio no século 21. Em sua palestra, ele propôs respostas para a seguinte pergunta: “O que a ordem do ‘mundo novo’ em constante evolução

significa para o transporte rodoviário?”. Entre os líderes de empresas e governos participantes, o evento contou ainda com as presenças de José Manuel Durão Barroso, presidente da Goldman Sachs International e ex-presidente da Comissão Europeia; Christian Labrot, presidente da IRU; Dr. Ahmed Muhammed Al Futaisi, ministro dos Transportes e Comunicações de Omã, e Steffen Bilger, secretário de Estado do Ministério dos Transportes e Infraestrutura Digital da Alemanha.Lahutte também apresentou a visão da IVECO

sobre o futuro dos transportes e relatou sobre o enfoque da companhia em sustentabilidade, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental do setor. O executivo destacou ainda a necessidade de se encontrar uma alternativa ao diesel, já que a pressão sobre os combustíveis fósseis e proibições estão sendo introduzidas em um número crescente de cidades. “Não se trata de uma solução para todos. Precisamos considerar um mix tecnológico que atenda às especificidades de cada missão.” O gás natural como uma alternativa de solução para o transporte sustentável é uma visão compartilhada pelas instituições e governos da União Europeia, que estão apoiando o seu desenvolvimento por meio de várias ações. Entre elas estão os incentivos financeiros para caminhões com baixas emissões de CO2 e eficiência energética e isenção de pedágios para veículos movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL) anunciados na Alemanha. Também figuram na lista de incentivos a eliminação do imposto especial de consumo de GNL e a tributação do diesel para financiar o desenvolvimento da infraestrutura de GNL na Polônia, os decretos emitidos na França e na Itália para promover o uso de biometano produzido a partir de estrume de vaca, além de resíduos agrícolas para abastecer veículos de transporte. Como consequência da visão de transporte sustentável da IVECO, hoje a marca tem uma oferta completa de veículos de tração alternativa, desde soluções elétricas, para o transporte de cargas no centro das cidades e veículos comerciais leves para o transporte de pessoas, ônibus e caminhões de transporte intermunicipal movidos a Gás Natural Comprimido (GNC), até caminhões de GNL para o transporte de longa distância. Além disso, este ano a IVECO fez história no IAA 2018 com o primeiro estande 100% livre de diesel na exposição, local em que exibiu seus equipamentos de tração alternativa. www.iveco.com

Da esquerda para a direita: Pierre Lahutte, presidente mundial da IVECO, e participamtes do evento.

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PRODUTO

Com foco na Agricultura Familiar e nos pro-dutores de médio porte, a MAHINDRA, a maior fabricante de tratores do mundo,

lança nesta 31ª Edição da SHOW RURAL COO-PAVEL, que acontece de 04 a 08 de fevereiro – Cascavel/PR, o novo trator MAHINDRA, mode-lo 2025, com 25vc será comercializado em todo país já em 2019. O trator 2025, sub-compacto é adequado para trabalhos em estufas e canteiros de até 80 cm, totalmente adequado às necessida-des dos produtores de hortifrutigranjeirose fumo.

MAHINDRA TRAZ NOVO MODELO DE TRATOR NA SHOW RURAL 2019Adequado às necessidades dos produtores de hortifrutigranjeiro e fumo, o modelo 2025 será comercializado já no primeiro semestre neste ano.

Especifi cações técnicas do 2025

O trator é equipado com motor Mahindra DI de 25cv, transmissão mecânica sincronizada de 8 marchas a frente e 4 marchas para trás, tem sis-tema hidráulico de três pontos com capacidade de levante de 750 Kg e Tomada de Potência (TDP) de duas velocidades, 540 rpm ou 540E rpm. De simples manejo, com todos os acionamentos er-gonomicamente bem posicionados, possui exce-lente espaço na plataforma de operação, trazen-do maior conforto ao produtor. O modelo chega ao Brasil para complementar o portfólio de tra-tores da Mahindra que é composto por mode-los de 25 à 95 cv.

Diferenciais: O novo modelo 2025 tem mo-tor agrícola de 2 cilindros, com baixo consumo de combustível e manutenção. Possui moderno de-sign, totalmente de acordo aos requisitos e exi-

gências do mercado brasilei-ro. O novo trator, menor

da família MAHINDRA, mantém as caracterís-ticas de robustez, ergo-nomia aprimorada, ide-

al para longas jornadas de trabalho e excelente (maior) capacidade de levante no sistema hi-

dráulico de 3 pontos do segmento. Visite nosso es-

tande e descubra porque o trator MAHINDRA é o mais forte sobre a terra.

Mais informações: www.mahindrabrasil.com.br

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COBERTURA EXPOINTER 2018

O balanço fi nal dos resultados da 41ª Ex-pointer revela que o volume de vendas superou a edição anterior. O total de ne-

gócios foi de R$ 2.300.360.769,81, valor 13% su-perior ao ano de 2017. No segmento de máqui-nas e implementos agrícolas, a comercialização atingiu R$ 2.284.813.575,33, cifra 18,8% além da obtida no ano anterior. O número de públi-co também não deixou a desejar. Nem mesmo a chuva dos últimos dias foi sufi ciente para fre-ar a visitação. Em nove dias da feira, circularam pelo parque 370.581 pessoas. Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein, a movimentação de negócios representa o refl e-xo da economia do país. “No caso do segmento de máquinas, percebe-se que o acréscimo está diretamente relacionado à visão de investimen-tos para o futuro”, avaliou.

NEW HOLLANDColhedora TC5090 Arroz foi o lançamento Produzida para resolver os desafi os da rizicultura, como difi culdade de locomoção no campo, excesso de massa de palha e desgaste no equipamento, a nova máquina é voltada para um dos mercados mais importantes do agronegócio brasileiro.

MASSEY FERGUSON Levou nova plataforma draper

Lançamento oferece baixo índice de perda de grãos e aumenta o rendimento operacional em até 10%.

FEIRAS

Plataforma 9255 Dynafl ex: baixo índice de perda de grãos e maior rentabilidade nas lavourasCréditos: Divulgação Massey Ferguson.

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VALTRALançou dez tratores na Expointer 2018

Novidades das Séries A4, A4s e Linha BH trazem modelos de 75 cv a 195 cv, com transmissões manuais ou automáticasA empresa destacou também o pulverizador de 2.500 LitrosO novo pulverizador BS2517H oferece vão-livre de 1,5 m, suspensão pneumática, chassi flexível e eixo independente, todas características que dão agilidade ao modelo, sendo opção para áreas de plantio com terreno irregular, com aclives e declives. A tração 4x4, o sistema automático de nivelamento de alturas de barras e chassi flexível contribuem para o alto

desempenho do pulverizador em qualquer terreno.A máquina também já sai de fábrica equipada com o piloto-automático Auto-Guide® 3000, disponível em três níveis de precisão (submétrico, decimétrico ou centimétrico), e capaz de garantir ao equipamento aplicação precisa sem desperdício. “Outra inovação tecnológica disponível é o serviço de telemetria AgCommand®, capaz de monitorar o equipamento à distância.

AGRALENovo trator 6185 foi o grande destaque da marca Fabricante apresentou pela primeira vez no evento sua linha tratores com o novo padrão de cores e também a Nova Geração do Agrale Marruá para o Transporte Escolar Rural.O Agrale Marruá 4x4 AM200 MO (micro-ônibus) foi desenvolvido para atender às especificações do Programa Caminhos da Escola do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em função das suas características off road diferenciadas, o Agrale Marruá torna-se uma das únicas opções capazes de fazer o transporte de estudantes nas áreas de mais difícil acesso.

JOHN DEEREAgricultura conectada é aposta Companhia destacou soluções que integram pessoas, máquinas, tecnologia e inteligência no campo.

Novo pulverizador Valtra BS2517H, lançamento na Expointer 2018. Crédito: Divulgação/Valtra.

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FEIRAS

LS TRACTOR Aproveitou a vitrine da feira para lançamentos Além de toda a sua já tradicional linha de produtos, das Séries G,R,U e P, de 40 a 100 cvs, a LS Tractor apresentou oficialmente o seu trator de maior potência, o H145, de 145 cv, desenvolvido para a agricultura tropical, pensado para os mercados latinos, da América Central e da África. E, ao mesmo tempo, o menor trator do portfólio, o MT 25, de 25 cv, ideal para agricultura indoor, pequenas áreas rurais e produtores de fim de semana.

MAHINDRA Apresentou em primeira mão protótipo do primeiro trator fruteiro da marca no mundo

Trator estreito foi 100% desenvolvido pela Mahindra Brasil e tende a ser exportado para diversos paísesTotalmente desenvolvido pela Engenharia da Mahindra Brasil, localizada em Dois Irmãos (RS), em parceria com profissionais da Índia, Estados Unidos e Japão, o trator mais estreito e totalmente adequado às necessidades dos produtores de frutas começará a ser comercializado em 2019. Países como Argentina, Chile, Peru, México e Austrália já demonstraram interesse pelo produto.

CASE IH Trator estreito preparado para fruticultura foi destaque na Expointer

Quantum 75N pode ser usado em cafeiculturas, pomares e no cultivo de hortaliças e uvas

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GRAZMEC

O TSG 1100 é acoplado no trator e realiza o tratamento de sementes de forma precisa, com qualquer tipo de calda e sem causar danos nas sementes. Tem capacidade para 1000 kg e vai acoplado ao terceiro ponto do trator. Algumas das melhorias foram: Canudo lateral para facilitar o abastecimento da plantadora, colocação de atomizadores para a realização do tratamento de sementes e a nova caixa de grafite turbo.Outras mudanças foram o canudo de abastecimento mais alto, para facilitar o abastecimento dos mais variados tipos de plantadoras, plataforma para auxiliar no abastecimento da caixa pó, nova caixa de utensílios, novo controle via multiplexador além de todos os equipamentos atenderem as normas NR12.

FOCKINK No setor de energias a empresa apresentou uma nova estrutura para suporte de painéis fotovoltaicos, especialmente projetado para atender as necessidades dos consumidores brasileiros, sendo modular e principalmente robusto para suportar ventos de até 169 km/h. A Fockink se consolida como uma das maiores empresas no ramo de energia fotovoltaica do Brasil com soluções completas para fazendas, agroindústrias, industrias e parques solares.

GTS KUHN AGRITECH

MARINI

AGRIMECJACTO

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Fale um pouco sobre a Solinftec. Qual o

serviço que ela oferece?

Temos a função de ajudar o agricultor a tomar a decisões na hora que ele mais precisa, a nossa visão não é alimentar apenas relatórios, mapas e fazer previsões para a próxima safra, temos infor-mações automáticas de qualidade que proporcio-nam ao agricultor tomar decisões em tempo real.

É um software que foi desenvolvido para qual

tipo de produtor, pequeno, médio ou grande?

Os desafios são iguais para todos os tipos de produtores. Talvez o pequeno produtor tenha que ter mais lucratividade para competir com empre-sas maiores, o maior tenha mais foco na opera-ção. São visões diferentes, cada um com uma ne-cessidade. Nossa plataforma consegue atender

THIAGO RODRIGUESGerente Geral Solinftec

“Nosso principal diferencial é trabalhar dentro e junto do cliente”

ENTREVISTA

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ENTREVISTA

ter uma visão mais ampla. Exemplo: você pode estar pulverizando e o vento aumentar muito, e dependendo deste vento você precisa aumentar ou abaixar a barra, aumentar ou diminuir a velo-cidade da gota, e isso é o que a Alice faz, ela en-tende todo este ecossistema e manda a melhor definição de operação para o equipamento autô-nomo ou para o operador que estiver trabalhan-do no momento.

Vocês oferecem um apoio externo para os

produtores que irão comprar o seu produto?

Nosso principal diferencial é trabalhar dentro e junto do cliente. Tem alguns clientes que absor-vem muito rápido, mas aqueles que tem dificul-dade sempre disponibilizamos uma pessoa para estar presente durante a implantação e pós im-plantação. A Solinftec tem um trabalho continuo, isso não é só por um motivo de pós-venda. Nós aprendemos junto com os clientes, a cada dia co-nhecemos uma necessidade nova, uma dificulda-de nova, uma operação que precisa de melhoria, um processo que não está legal, e como temos recursos que entendem tanto da operação quanto

a todos os perfis de agricultores, buscando sem-pre ajudar na tomada de decisões.

Como funciona este sistema?

Nosso sistema é uma plataforma única que consegue ser implantada em qualquer tipo de equi-pamento independente de ano ou marca. Embar-camos um rider que coleta todas as informações e transmite em tempo real para uma central de mo-nitoramento. Nessa central se consegue trabalhar em relatórios e também com foco em condições no momento da operação. Não olhamos apenas telemetria e equipamento, mas sim o ecossiste-ma como um todo, agregando máquina e opera-dor nesta análise.

Esse momento de tantas transformações

tecnológicas, onde existem Drones, maqui-

nas autônomas... Como a Solinftec está pre-

parada para esta Era que estamos vivendo e

para o futuro?

Na verdade todos os equipamentos, mes-mo os autônomos, ainda vão precisar dessas in-formações para as tomadas de decisão. Eles são programados, mas em campo aparecem mui-tas diferentes condições. Nosso software con-segue analisar tudo o que escapa do olho huma-no e da máquina com sua inteligência limitada e dá inputs de ação para aquela máquina autônoma

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da Solinftec, desenvol-vemos produtos muito mais rápido que a con-corrência.

Como focam o af-

ter marketing?

Nossa base é junto dos clientes... em grãos por exemplo, temos base em Mato Grosso, Rio Verde, Bahia, onde não existem outras empre-sas, e o melhor para nos-sa evolução é a proxi-midade com o cliente. Em 10 anos de empre-sa nunca perdemos um cliente, principalmen-te pela parceria, pois trabalhamos pensan-do sempre em um fu-turo melhor. Temos su-porte 24H e em campo. Nosso período de aten-dimento é de pelo me-nos 24h. Quando foca-mos em treinamento, palestras, nossa equipe vai sempre com interesse apenas de estar perto sem gerar despesas para os clientes.

Onde está localizada a empresa?

Nossa sede está em Araçatuba, começamos com o mercado de cana, temos uma base tam-bém em Piracicaba para o mercado sucro energé-tico. Em Araçatuba temos 250 funcionários hoje, no Mato Grosso iniciamos em Nova Mutum em 2016 e hoje contamos com 67 pessoas. Bahia 15 pessoas, Rio Verde 12. Vamos expandir para Pri-mevera do Leste ou Dourados...

Vocês estão presentes em outros países,

estão preparados para tipos de solo e condi-

ções climáticas tão diferentes?

Em 10 anos desenvolvemos um produto base que atente pelo menos 90% de tudo, mas cada

lugar tem suas particu-laridades. Esses 10% são o que desenvolve-mos junto com os agri-cultores. São melhorias que a gente desenvolve em parceria e para aque-le determinado cliente. Com essa visão conse-guimos equalizar em qualquer país para ade-quarmos o software para funcionar 100%. A tec-nologia muda sempre

muito rápido, mas temos um time grande de de-senvolvimento que está sempre atento a essas novas tecnologias para colocar nas nossas solu-ções. Entendemos que o futuro é a inteligên-cia artificial. Hoje a Ali-ce já consegue moni-torar o que está acon-tecendo na fazenda e responde para o celular ou computador do ad-ministrador, e já come-

çou a identificar comportamento de operadores e máquinas.... Está sendo treinada para analisar layers mais complexos, com isso teremos mui-tas oportunidades. Sabemos que sados sem um resultado final não servem para nada, e o nosso software ajuda a estudar esses dados para apli-car na produção.

Vocês oferecem um estudo pronto para o

produtor, seria isso?

Nosso objetivo é este. Entregar um rela-tório que ajude a decidir a melhor estratégia para cada momento. O software pode deter-minar por exemplo: você precisa pulverizar por estes motivos; você precisa colher porque vai chover em cinco dias.Ou seja: apresentar resul-tados e medidas fáceis para ajudar na tomada de decisões.

“A TECNOLOGIA MUDA SEMPRE MUITO RÁPIDO, MAS TEMOS UM TIME GRANDE DE DESENVOLVIMENTO QUE ESTÁ SEMPRE ATENTO A ESSAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA COLOCAR NAS NOSSAS SOLUÇÕES”

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ENTREVISTA

Fale um pouco sobre a AllComp e o mer-

cado de tecnologia agrícola.

A Allcomp é uma empresa 100% gaúcha, com mais de 20 anos de mercado, criada com o objeti-vo de dar suporte e com foco em equipamentos de topografi a, que hoje se dividem em dois depar-tamentos: Civil e Agrícola. O departamento agrí-

cola desenvolve trabalhos com equipamentos de precisão, como os Drones, GPS, pilotos automá-ticos, plainas, níveis a laser e sistematização de lavouras por RTK. Trabalhamos com as melhores marcas do mundo como Spectra Precision, Trim-ble, DJI, Outback, Pentax e Garmin, com distri-buição autorizada para todo o Brasil e com assis-

ALLCOMP UMA MARCA FORTE NO BRASIL

EDMILSON SIQUEIRA DE AZEVEDODepto. Comercial - Agricultura

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tência técnica, um orgulho da nossa empresa. A preocupação em dar o melhor suporte com técni-cos treinados na fábrica, faz hoje da Allcomp uma marca forte no Brasil e muito promissora dada sua excelência e dedicação visando o melhor desem-penho de seus equipamentos.

Sobre os caminhos da agricultura de pre-

cisão, como você sente esta evolução? Como

pensa que ela se encaminhará daqui pra frente?

Sem dúvida é um caminho sem volta, vejo que agricultura cresceu e deve crescer muito mais e a passos bem mais largos. O crescimento popu-lacional e a demanda de alimentos pressionam o Agronegócio na busca por tecnologia e constân-

cia de quebras de paradigmas. Este processo está acelerado e hoje se buscam parcerias e conheci-mentos não mais como experimento e sim como soluções para ontem. O empresário do Agrone-gócio esta bem ligado e acredito que o que deve acontecer para acelerar este processo produtivo é os nossos governantes pararem de somente fa-zer política e passarem a acreditar que somos o celeiro do Mundo, e aqui será a despensa do fu-turo, onde os países buscarão a preços justos o alimento para seus povos.

Os Drones são aliados do agricultor, ape-

sar de existirem problemas em relação a re-

gulamentação de seu uso. Qual o futuro dos

Drones na agricultura?

Sem dúvida o Drone hoje é uma ferramenta de trabalho, e talvez venha a se tornar o principal elemento coletor de informações. A capacidade e a praticidade em colher dados e imagens pro-jeta o Drone para uma esfera importante no ciclo de plantio. Integrado em todas as fases do ciclo de vida da lavoura, identifica falhas na semeadu-ra, zonas críticas de desenvolvimento, manchas de infestações e desta forma faz com que o ges-tor direcione suas ações de investigação ao en-dereço certo, sem perda de tempo, agindo rapi-damente no foco do problema sem impactar em custos desnecessários na lavoura, pois ações di-recionadas não geram desperdícios.

A tecnologia avança hoje em dia rapida-

mente. Os agricultores estão preparados para

assimilar estes avanços?

Vejo desta forma: o difícil acesso à tecnolo-gia em razão de preço, faz com que os agriculto-res em sua maioria pulem etapas e muitas vezes saiam de um sistema rude ou convencional para uma tecnologia de ponta, deixando um buraco neste meio. Ex: como sair da segunda e ir para a oitava série? O indivíduo vai saber ler e vai sa-ber escrever, mas não terá a capacidade de tirar do equipamento todo o seu potencial, portanto, muitas vezes acaba por desistir ou mesmo vol-tar para o modo convencional. Esta é uma preo-cupação da Allcomp no treinamento, e direciona nossos trabalhos em escolas agrícolas, associa-

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ENTREVISTA

ções de produtores, e parcerias com entidades, pois este é um grande e talvez o maior problema. Investir é necessário, mas tirar do equipamento todo seu potencial também é importante. No Bra-sil as normativas são muito soltas em matéria de segurança e regulamentação.

Não estamos oferecendo ao mercado pro-

dutos e serviços muito adiante das suas pos-

sibilidades de utilização.

Minha visão é muito clara em relação a isso, temos que produzir e muito, mas com qualidade e com economia, e principalmente com menor impacto ao meio ambiente. Acre-dito que toda a tecnologia que atenda a estes objetivos é muito bem vinda, e cabe a nós, empresários agrícolas, divulgar e fazer com que se torne de uso comum e simples. Já es-tamos caminhando neste sentido trabalhando la na base: nas escolas.

DRONESA produção agrícola vem aumentando drasticamente nos últimos anos, e tende a aumentar ainda mais com o crescimento populacional, saltando dos 7 para 9 bilhões de habitantes no mundo até 2050. A agricultura possui este grande desafi o, de se revolucionar para conseguir acompanhar esta crescente demanda, e junto com isso evitar danos ambientais que a agricultura acaba muitas vezes causando. Outro desafi o é em relação às mudanças climáticas, e o uso do Drone vem a somar neste sentido: auxiliar a agricultura. Não tenho dúvidas de que o maior mercado para esta ferramenta é a agricultura. Até recentemente a forma mais avançada que se tinha de monitoramento agrícola era a utilização de imagens via satélite, imagens caras e sem toda a precisão que os Drones trazem. Hoje a tecnologia do Drone oferece uma grande variedade de possibilidades de monitoramento de safra por um menor custo, e este monitoramento pode ser integrado em todas as fases do ciclo de vida da lavoura. Se consegue medir quantos hectares de terra estão disponíveis para o plantio, quantos hectares obtiveram um desenvolvimento efetivo de plantas, quantos hectares foi possível colher. São informações obtidas através do uso do Drone. Estas informações são importantes para o empresário do campo e para as empresas agrícolas. Estão acessíveis ao pequeno, ao médio e ao grande produtor. O Drone acaba se tornando uma ferramenta de gestão do agronegócio e do meio rural. Um dos pré-requisitos para a busca de um funcionário ou mesmo colaborador é o conhecimento em operar Drones.

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Outro ponto importante com tendência a crescer, é a identifi cação de zonas problemáticas dentro das lavouras. O monitoramento com Drones vai ajudar a avaliar a saúde das plantas e detectar as zonas problemáticas, ou seja, locais onde existem infl uências externas, como água em pouca quantidade, baixa disponibilidade de nutrientes no solo naquele local, concorrência com plantas invasoras, e vários outros fatores que podem impedir que a planta atinja seu pleno desenvolvimento. Ao examinar a lavoura utilizando o Drone com sensores acoplados, somos capazes de adquirir informações que nos permitirão interferir no manejo. São alterações que estão acontecendo nas plantas, vinculadas com a sua saúde, e assim ao detectar zonas críticas poderemos agir. Podem ser tomadas decisões que vão infl uenciar lá no fi nal da produtividade. O Drone é um agente coletor de informações que consegue integrar todas as fases do ciclo de vida da lavoura. Através de todas estas informações que o Drone coleta é que os gestores das fazendas podem direcionar suas ações e suas investigações ao endereço certo dentro do campo, buscando a melhor dosagem a ser aplicada, pontos problemáticos, amostragens de solo e de plantas e também observar as que tem mais vigor, além de corrigir falhas de plantio e detectar zonas de aplicação de defensivos para não gerar altos custos com aplicações em locais desnecessários. O uso do Drone impacta diretamente na otimização do custo na fazenda.

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COMPANHIA

Paulo PadilhaTécnico de Agricultura de Precisão da Piccin Tecnologia Agrícola

Cultivar não é uma tarefa fácil. O produtor além de sua lavoura precisa monitorar cente-nas de variáveis que podem interferir no su-

cesso lá no fim da safra. Para este processo com-plexo, é preciso o auxílio de ferramentas que fa-cilitem o seu trabalho com dados e números que serão fundamentais nas tomadas de decisões. A tendência nos últimos anos é o surgimento de so-luções em agricultura de precisão. Podemos dizer que a agricultura de precisão é uma filosofia de manejo da fertilidade do solo utilizando-se de in-formações exatas e precisas sobre faixas ou por-ções menores do terreno, tendo por objetivo au-mentar a eficiência do uso de corretivos e fertili-zantes nas culturas agrícolas. E o que podemos

dizer dessas novas ferramentas para a importân-cia de um bom preparo de solo?

Primeiro vamos destacar algumas dessas novas ‘armas’ à disposição dos produtores. Po-demos elencar os sistemas de posicionamento global (GPS), sistema de informações geográfi-cas (SIG ou GIS), tecnologias de aplicação em taxa variável, monitoramento das áreas, senso-riamento remoto, monitores de colheita, amos-tradores de solo e balizadores de aplicação (aé-rea e tratorizada). Além disso, sensores de ma-téria orgânica, de plantas daninhas, de umidade de solo, de pH, de NO3 no solo, de compacta-ção, pulverizadores de precisão, fotografias aé-reas e outros.

Já ficou claro para o agricultor que é funda-mental o preparo do solo, bem feito, isso resul-ta em lavouras de alta produtividade. Nessa fase inicial é fundamental a mecanização e uso des-

AGRICULTURA DE PRECISÃO AJUDA NO PREPARO DO SOLO?

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O uso dessas e de tantas outras ferramentas da agricultura de precisão é a redução dos cus-tos de produção, principalmente dos agroquími-cos, fertilizantes e/ou corretivos. Conforme aponta Rossato (2010), em média, é possível obter uma redução de 20-30% no custo de insumos como calcário, fósforo e potássio. Com a aplicação di-ferenciada de insumos consegue-se maior ho-mogeneidade da lavoura e aumento de sua pro-dutividade. É questão de avaliar quais ferramen-tas melhor se adaptam ao bolso e a necessidade da propriedade.

sas novas tecnologias. O preparo do solo e, prin-cipalmente, as práticas corretivas como o uso correto do calcário, do gesso, e até mesmo do fósforo para corrigir o solo estão na lista obriga-tória de sucesso.

A Piccin Tecnologia Agrícola, por exemplo, é uma empresa especialista em desenvolver equipamentos voltados ao preparo do solo, em seu portfólio, conta com soluções tecnológicas com padrão ISOBUS para todo o ciclo produti-vo. Ou seja, implementos que garantem comu-nicação total entre máquinas e tratores ISO-BUS, resultando em transparência e liberdade aos produtores. Além disso, há a possibilida-de também de utilizar os equipamentos com sistema de desligamento linha a linha para se-meadoras, desligamento bico a bico para au-topropelidos e taxa variável nas mais diversas operações.

A empresa também tem parceria com a ame-ricana Ag Leader, que disponibiliza para a linha de distribuidores de adubo e materiais como calcá-rio terminais do tipo InCommand 1200/800, com a plataforma, chamada de AgFinit. Essa opção é uma mão na roda e gerencia dados agronômicos, com taxa variável e transferência de informações para ‘Nuvem’, onde o agricultor pode ter acesso de qualquer lugar e em qualquer momento. Os dados ficam disponíveis em um local virtual, além disso, a sincronização de mapas e relatórios é rea-lizada entre a nuvem e o dispositivo, utilizado pelo agricultor para gerenciar a safra.

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ENTREVISTA

MAURÍCIO MENEZESGerente de Marketing Tático da John Deere Brasil

“POR MEIO DO CONECTIVIDADE RURAL, CONSEGUIREMOS CONECTAR AS ÁREAS RURAIS DO BRASIL”

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Nesse sentido, a John Deere tem focado em plataformas de telemetria, como o JDLink™, que coleta dados das operações das máquinas no cam-po e garante o acompanhamento da performance do equipamento e da operação, bem como auxilia na tomada de medidas de diagnóstico e corretivas, tanto de manutenção da máquina quanto da efi ci-ência no melhor uso das tecnologias embarcadas e do próprio equipamento. Isso evita, por exem-plo, o consumo desnecessário de combustível.

Além do melhor uso da frota, é necessário to-mar decisões agronômicas mais efi cientes e, nes-se campo, entra a plataforma de dados agronô-micos do Centro de Operações, que coleta, tam-bém pelo sistema de telemetria do JDLink™, os dados relativos à operação agronômica da máqui-na, como mapas de aplicação, velocidade da ope-ração, taxas aplicadas, mapas de colheita etc. Tudo isso fi ca disponível em tempo real para que o pro-dutor possa acompanhar as operações e tomar decisões de maneira rápida e assertiva relaciona-das à operação. Uma vez que essa plataforma é online e de via dupla, isto é, coleta e envia dados para as máquinas, ele pode alterar uma taxa, um mapa de prescrição, ou forma de operação e en-viar diretamente para o equipamento. Essa plata-forma também permite o compartilhamento das informações com quem o produtor queira e en-tenda que pode agregar inteligência ao negócio dele, sendo outras empresas, consultores etc.

Esses consultores podem utilizar os dados coletados para criar orientações e prescrições que podem ser devolvidas à plataforma e, poste-riormente, enviadas diretamente para a máquina em trabalho, tudo de maneira on-line e conecta-da. A agricultura de precisão transformou o cam-po na medida em que as inovações tecnológicas fi zeram com que os produtores extraíssem todo o potencial dos equipamentos agrícolas e otimi-zassem o uso dos recursos e insumos.

Importantes recursos já têm ajudado produ-tores brasileiros na otimização de processos e na mensuração de variáveis e eles têm gerado bons resultados e aumentado as estimativas de cres-cimento do mercado nacional. Há algum tempo, por exemplo, a internet das coisas é uma realida-de para os clientes da John Deere no Brasil, au-

Estamos vivendo uma era da agricultu-

ra em que a informação e a análise de dados

é o caminho da produção. Como a John Dee-

re trabalha com seus clientes estas questões?

O agricultor brasileiro tem adotado cada vez mais a agricultura de precisão, que pode ser en-contrada em diferentes níveis pelo Brasil, desde a agricultura familiar, passando pelos produtores de hortifrúti, café, grandes produtores de soja e algo-dão, até os produtores de cana de açúcar ou nas atividades de silvicultura. E todos eles têm algo em comum: a importância que dão para a infor-mação e como a busca pela mesma tem cresci-do. Os dados têm se tornado o insumo mais va-lioso em qualquer sistema de produção e, hoje, não importa somente a quantidade e a qualidade desses dados, mas, especialmente, a velocidade com que se recebe, analisa e transforma em infor-mação para rápida e assertiva tomada de decisão.

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ENTREVISTA

mentando a produtividade da lavoura e o dia a dia do produtor.

Para os próximos anos, esperamos que a internet das coisas se expanda ain-da mais entre os agriculto-res brasileiros. De acordo com estudo realizado pelo Ministério da Ciência, Tec-nologia, Inovações e Comu-nicação (MCTIC), a estima-tiva é de que, até 2025, o impacto do uso de internet das coisas no campo alcan-ce um valor de US$ 5 bi-lhões a US$ 21 bilhões, e a John Deere tem lidera-do esse movimento de le-var a tecnologia para o dia a dia de todos que vivem da terra. Porém, entende-mos que para a completa adoção da agricultura 4.0, é fundamental que todo o campo esteja conectado (máquinas, tecnologias, pes-soas e inteligência).

Nós, da John Deere, estamos comprometidos com o sucesso daqueles ligados à terra e acredita-mos que todos os investi-mentos destinados à tec-nologia são necessários e trarão um rápido retor-no para os agricultores, já que possibilitam maior produtividade, redução de custos e outros impor-tantes benefícios econômicos não só para o pro-dutor, mas para toda a cadeia produtiva.

Um grande problema do Brasil é a difi-

culdade de sinal de internet dentro das fazen-

das para ajudar na análise de dados em tem-

po real. A John Deere possui alguma solução

para esta situação?

A John Deere acredita que o cenário de co-nectividade rural no Brasil está diretamente rela-

cionado ao futuro da agri-cultura, porque os agricul-tores precisam de acesso em tempo real à internet para tomar as melhores de-cisões. Temos certeza que somente a partir de uma gestão baseada na aná-lise de dados em tempo real, é que os agricultores poderão melhorar seus re-sultados e produzir de ma-neira mais eficiente e sus-tentável.

E, certamente, há muito o que avançar nessa área, já que a conectividade ain-da é um dos grandes de-safios de infraestrutura do País. Por isso, recentemen-te, lançamos o Conectivida-de Rural, para resolver um dos principais gargalos do Brasil. Em parceria com a Trópico –empresa dedicada ao desenvolvimento, produ-ção e distribuição de mo-dernos equipamentos de telecomunicações–, o Co-nectividade Rural levará co-bertura de acesso à inter-net às áreas rurais, para que as tecnologias destinadas a melhorar a agricultura pos-

sam ser utilizadas em todo o seu potencial. A ini-ciativa consiste na instalação de torres de trans-missão de acordo com o perfil de cada produtor, que permitirão que ele esteja conectado à inter-net, mesmo em locais onde as operadoras de te-lefonia móvel não alcançam.

Por meio do Conectividade Rural, consegui-remos conectar as áreas rurais do Brasil e, além de colaborarmos diretamente para o desenvolvi-mento do campo como um todo, ofereceremos aos agricultores acesso às melhores ferramentas e soluções. Acreditamos que, uma vez que eles te-nham uma boa conexão à internet e ao Centro de

“NÓS, DA JOHN DEERE, ESTAMOS COMPROMETIDOS COM O SUCESSO DAQUELES LIGADOS À TERRA E ACREDITAMOS QUE TODOS OS INVESTIMENTOS DESTINADOS À TECNOLOGIA SÃO NECESSÁRIOS E TRARÃO UM RÁPIDO RETORNO PARA OS AGRICULTORES”

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Operações - nova plataforma da John Deere que integra informações sobre agricultura, máquinas e território -, poderão tomar decisões mais asser-tivas e em tempo real. Assim, teremos uma agri-cultura baseada em decisões inteligentes em to-das as propriedades e veremos os resultados me-lhorarem significativamente. Em outras palavras, estaremos ainda mais próximos do futuro da agri-cultura e de todos os seus benefícios.

Sobre suas novas aquisições de empresas,

vocês podem dizer que a John Deere já tem a

solução completa para o campo?

A John Deere atua para facilitar o dia a dia do produtor, oferecendo equipamentos e soluções que ajudam o agricultor a tornar seu trabalho mais produtivo e rentável. Por isso, investimos forte-mente na utilização da telemetria e gestão avança-da de dados em seus equipamentos, bem como na utilização do big data. Em agricultura de pre-cisão, por exemplo, atuamos conectando máqui-nas, tecnologia, pessoas e inteligência para exe-cutar cada trabalho agrícola de forma eficiente. Tudo para que o agricultor melhore sua rentabili-dade de forma sustentável, aplicando o elemen-to correto, na medida correta, no lugar correto, no tempo correto e da maneira correta. São mo-vimentos que fazem com que os equipamentos sejam cada vez mais inteligentes rumo ao futu-ro onde a aprendizagem com os dados que esta-mos acumulando hoje nos possibilite a autono-mia das operações.

No ano passado, por exemplo, fizemos a aqui-sição da Blue River Technology, startup líder na apli-cação de machine learning na agricultura. A em-presa constrói robôs do tipo “olhe e pulverize”, que são fixados em tratores. Estes robôs podem fazer com que o produtor rural economize até 90% do volume de químicos que aplica no solo, se com-parado a outros métodos tradicionais. Esta aqui-sição reforça o portfólio da John Deere que vem, há muito tempo, desenvolvendo soluções que sejam menos ferro e mais inteligência e posicio-nando a companhia cada vez mais como líder no mercado de agricultura de precisão.

De lá para cá, a John Deere desenvolveu uma série de iniciativas para apoiar a agricultura brasi-

leira, como a parceria com a Trópico para o projeto Conectividade Rural; o Centro de Operações; de-senvolvimento, atualização e melhorias de aplica-bilidade do JDLink™; e a estratégia de engajamen-to de startups, que se fortaleceu com a participa-ção da companhia na Campus Party Brasil e das startups no estande da John Deere na Agrishow - essa parceria segue crescendo na busca de so-luções tecnológicas para a agricultura brasileira.

Em 2017, como um passo decisivo para in-serir o Brasil e América do Sul na rede global de inovação tecnológica, a John Deere criou o Cen-tro de Agricultura de Precisão e Inovação (CAPI), em Campinas (SP). O Centro integra complexo de negócios já formado pelo Centro de Distribuição de Peças e pelo Centro de Treinamento e trata-se da convergência de áreas de tecnologias da John Deere com a finalidade de pesquisar e desenvol-ver o que há de mais moderno em termos de efi-ciência tecnológica aos agricultores.

Nele, estão reunidas as iniciativas do LATIC - Centro Latino-Americano de Inovação Tecnológi-ca, do ISG (Intelligent Solutions Group), as ativida-des da Auteq, empresa de softwares de bordo e gerenciamento de frota, adquirida pela John De-ere em 2014, e também da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento que integra sistemas produti-vos e encontra soluções diferenciadas para os pro-

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ENTREVISTA

dutos e serviços oferecidos pela marca, de acor-do com as necessidades dos clientes do merca-do agrícola, de construção e florestal.

Quais as principais inovações da John De-

ere dentro da América Latina?

A John Deere tem atuado para que cada vez mais os agricultores possam tomar decisões in-teligentes, a partir da transformação da informa-ção em conhecimento.

Na América Latina como um todo se encon-tram uma das maiores diversidades agrícolas do mundo, com alguns sistemas de produção ainda em desenvolvimento e outros extremamente avan-çados e a John Deere tem feito esforços em to-dos os aspectos para potencializar as oportunida-des do agro na região. Ao entendermos que aqui (na América Latina) temos as maiores oportuni-dades para prover ao mundo alimentos, fibras e energias, temos criado e adaptado as melhores soluções para cada segmento de produtor. Dos sistemas de orientação mais simples, como o pi-loto auxiliar, até o piloto automático RTK, com 2,5 cm de precisão, taxa variável, desligamento de seções e mapas de colheita. Temos soluções aplicadas a todas as fases do processo produtivo (preparo do solo, plantio, pulverização e colheita), em todas as culturas (grãos, cana, fruticultura, sil-vicultura, hortifruti e pecuária).

Um exemplo interessante de solução cria-da no Brasil e que tem chamado atenção de ou-tras regiões fora da América Latina é o plugin cha-mado AGROCAD, que atua convertendo dados e

criando planejamento de operações de campo em software CAD, e que foi pioneiro como ini-ciativa desse tipo.

Dessa forma, a John Deere oferece um ecos-sistema completo de tecnologia, resultado do nos-so investimento diário de US$ 4 milhões em pes-quisa e inovação em todo o mundo. São inovações que estão em nossas máquinas, mas também es-tão nos softwares que desenvolvemos, na atua-ção de nossos concessionários e, claro, na comu-nicação integrada entre tudo isso.

Fala-se muito hoje em dia sobre a Agricul-

tura 4.0. A América Latina se encontra prepa-

rada para enfrentar esse desafio?

Muitas das práticas agrícolas na América La-tina têm se tornado referência para a agricultura mundial. O plantio direto é um ótimo exemplo de sistema produtivo conservacionista e sustentável. Outra pratica que temos liderado é o ILPF – Inte-gração Lavoura Pecuária Floresta, onde a John De-ere, junto com outras entidades, tem feito gran-des investimentos para disseminar a educação e a prática desse sistema de integração que vai nos permitir aproveitar muito mais o potencial regional.

A Agricultura de Precisão, Agricultura Digital ou, por fim, Agricultura 4.0 é uma jornada onde produtores, concessionários e fabricantes preci-sam andar juntos. A John Deere vem liderando esforços para garantir que principalmente as pes-soas estejam preparadas para seguirem acompa-nhando essa jornada de evolução. Desde 2015, está instalado em Campinas o nosso Centro de Treinamento que, com mais de 3000 m², visa ca-pacitar concessionários e clientes para poderem aproveitar 100% das soluções da John Deere e das práticas agrícolas mais atuais. Nesse Centro de Treinamento foram investidos mais de US$ 3 milhões para capacitar, além dos colaboradores da John Deere, os funcionários dos concessio-nários, que também se tornarão instrutores cer-tificados e poderão multiplicar todo seu conheci-mento. Isso com certeza irá colaborar para que a América Latina esteja sempre na vanguarda da agricultura mundial.

Ainda temos muito para caminhar, mas, sem dúvida, estamos na direção certa.

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TRACTOR OF THE YEAR 2019

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Durante a jornada inaugural da EIMA Interna-cional 2018 (Bolonha, Itália), com a participa-ção de um júri internacional composto por

25 veículos de comunicação procedentes de toda Europa, entre os quais a nossa revista irmã Agro-técnica é o representante espanhol, foi divulgado

o vencedor absoluto do Tractor of the Year 2019. Foram entregues também os troféus ao Melhor Utilitário 2019, Melhor Especializado 2019 e Me-lhor Design 2019. Os ganhadores foram eleitos entre 10 tratores pré-selecionados, com base nos seguintes motivos que foram expostos pelo júri:

TRACTOR OF THE YEAR 2019

O PRÊMIO TRACTOR OF THE YEAR 2019 FOI ENTREGUE NA ITÁLIA DURANTE A EIMA INTERNACIONAL

Trator de alta tecnologia que convenceu ao júri pela potência de seu motor, comodidade da caixa de câmbio, o efi ciente consumo de combustível, conforto de condução e seu atrativo aspecto visual. Entre todas as características, a transmissão semi powershift de dupla embreagem impressionou muito positivamente em termos de manobras e rendimento. As trocas de marcha e faixa podem ser efetuadas de modo manual ou automática de uma maneira muito fl uida. O modelo-gama tem o tamanho correto para adaptar-se às diferentes aplicações.

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MELHOR UTILITÁRIO 2019

O modelo oferece a melhor agilidade e a tecnologia mais moderna neste segmento de mercado. A transmissão contínua, baixo consumo de combustível, moderna cabine com para-brisas continuo, eixo dianteiro suspenso e muitas opções eletrônicas o fazem adequado para qualquer trabalho da exploração. O controle eletrônico do elevador e as válvulas, sistema de gestão de cabeceira preparado para o autoguide e Isobus, melhoram a versatilidade e a efi ciência.

Transmissão continua, sistema hidráulico de alta potência, joystick multifuncional e controle eletrônico da maioria das funções. Tudo em um trator muito pequeno. O novo braço MaxCom é um avanço importante para garantir uma interface simples de utilizar. Uma grande quantidade de opções, incluindo a suspensão independente do eixo dianteiro, e o eixo traseiro direcional, proporcionam efi ciência e um alto conforto de marcha.

Dinâmico, moderno e elegante. O design do novo Maxxum é um concentrado de estilo, ergonomia e funcionalidade.Este modelo será o último que receberá este troféu, já que a partir da próxima edição, que se entregará na Agritechnica 2019 (Hannover, Alemanha), será substituído pelo TOTY Sustentabilidade, que avaliará as inovações do ponto de vista da sustentabilidade em qualquer um de seus aspectos e vertentes.

MELHOR DESIGN 2019

MELHOR ESPECIALIZADO 2019

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FEIRAS

Luis MárquezDr. Eng. Agrônomo

A Agritechnica se volta principalmente para os mercados do Centro-Oeste da Europa e aos Orientais, apresentando as grandes

máquinas de utilização nestas regiões, e é orga-nizada por uma Associação de Agricultores (DLG). A EIMA recebe a todos os fabricantes que que-rem promover seus produtos em nível mundial,

incluindo os países em desenvolvimento, e é or-ganizada pela Associação de Fabricantes Italianos (FederUNACOMA).

O perfi l da EIMAAo se visitar a EIMA pode ser que não se en-

contrem inovações revolucionarias para os trato-res, salvo as que ofereçam alguns fabricantes ita-lianos, mas se pode ter a certeza de que qualquer tipo de máquina agrícola, ou relacionada com a agricultura estarão presentes. São empresas mé-dias e pequenas com alta tecnologia que predomi-nam na exposição, mesmo que os grandes fabri-cantes, devido à importância do mercado italiano para eles, também estejam presentes.

Estas particularidades explicam os produtos reconhecidos como ‘Novidades Técnicas’ que em seu conjunto demonstram que os fabricantes de média e pequena dimensão oferecem um bom nível de tecnologia e se adaptam com seus pro-dutos ao que demandam os agricultores, espe-cialmente nas regiões mediterrâneas e também com menores níveis de desenvolvimento de ou-tras zonas do Mundo.

DE VOLTA À EIMA

A feira de outono europeia, em alternância com a Agritechnica de Hannover (Alemanha), é a EIMA de Bolonha (Itália). Embora ambas as feiras concorram por serem a referência em mecanização na Europa, são muito diferentes, mesmo que seus objetivos sejam similares.

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Isto não quer dizer que sejam esquecidos os equipamentos para a Agricultura de Precisão, que em parte se centralizaram em seu próprio pavi-lhão. Também podem ser encontrados produtos fabricados em outras partes do mundo, especial-mente os procedentes de China, Índia, Turquia e do Leste europeu, que em alguns casos podem ser considerados como ‘imigrantes sem papéis’ (necessitam de placas de homologação, por isso não podem ser vendidos na União Europeia), mas que, através de sua presença na EIMA, abrem ca-minho nos mercados extracomunitários.

A EIMA recebe visitantes com diferentes per-fi s profi ssionais. Em sua origem apenas repre-sentantes de empresas a visitavam. Mais tarde se abriu a exposição a todos os profi ssionais da agricultura, o que faz com que alguns pavilhões sejam intransitáveis quando chegam os agriculto-res com suas famílias para ver os stands de suas marcas preferidas.

Nas zonas de componentes predominam os professionais da fabricação, que buscam os ele-mentos que permitam baixar custos de produção com uma boa qualidade. Isto é um dos pontos for-tes da EIMA, e que se mantém desde sua origem.

Como já havia sido previsto na EIMA 2016, a superfície coberta aumentou consideravelmen-

te para dar espaço a novos expositores, mesmo que alguns tenham fi cado na parte de fora devido ao grande incremento da demanda. Para eles as tendas instaladas em anos anteriores se conver-teram em instalações fi xas. O que não se pode aumentar é a superfície total ocupada pela feira, nem a capacidade de acolhimento de uma cidade como Bolonha. Um assunto pendente.

28º Encontro do Clube de BolonhaComo complemento e formando uma parte

importante da EIMA, foram celebradas numero-sas reuniões que deixam claro que a EIMA é um ‘ponto de encontro’ internacional. Entre elas se destacou o ‘28º Encontro do Clube de Bolonha’ que debateu estratégias para o desenvolvimento da mecanização, que este ano se dedicou às ‘no-vas tecnologias para as maquinas agrícolas: desa-fi os e limites’ com três seções: a primeira delas dedicada à ‘reparação e manutenção remota de maquinas agrícolas’, a segunda às ‘tendências na agricultura de precisão’ e a terceira ao ‘futuro da mecanização em horticultura’. Além disso, uma in-formação focada sobre a situação do setor na Chi-na. A informação completa sobre os diferentes te-mas (textos e apresentações) podem ser encon-tradas em www.clubpfbologna.org.

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FEIRAS

A New Holland Agriculture recebeu três prê-mios na competição de inovação técnica da EIMA International 2018, feira de mecanização agrícola que realizada entre 7 e 11 de novembro, em Bo-lonha, na Itália. Organizada pela FederUnacoma desde 1986, a competição reconhece e destaca os produtos inovadores das áreas agrícola e de jardinagem, com enfoque especial nas novidades tecnológicas de qualidade de produção, seguran-ça e sustentabilidade.

A marca conquistou o prêmio de inovação técnica com o sistema IntelliSense das colheita-deiras CR Revelation e duas menções honrosas: uma pela mais nova série de tratores New Holland T5 Auto Command, com tecnologia de transmis-são contínua variável, e outra pelo sistema inteli-gente de freio de reboque.

O sistema de regulagem automática dos pa-râmetros de colheita da linha CR Revelation, pre-miado também na Agritechnica 2017, maximiza a produtividade da máquina diminuindo as perdas e danos dos grãos. Esse sistema revolucionário e inovador traz grandes benefícios de produtividade aos clientes, oferecendo ao operador quatro pos-sibilidades de configuração: diminuição das per-das (com limite máximo de perdas), qualidade de grão, máxima produtividade e produtividade limi-tada pelo usuário, com isso, enquanto o sistema configura e ajusta automaticamente todos os pa-râmetros de colheita, o operador pode focar ex-clusivamente em guiar a máquina. O sistema de limpeza e os sensores Grain Cam™, patenteados pela New Holland, transmitem cargas e medidas extremamente precisas, as quais a colheitadeira

usa para ajuste automático e constante dos parâ-metros de colheita da máquina, como por exem-plo: ajuste do ângulo das vanes do duplo rotor, ve-locidade de rotação do duplo rotor, velocidade de deslocamento da máquina, velocidade do ventila-dor (OptiFan™) e regulagens de pré-peneira, pe-neira superior e peneira inferior. Obtendo, dessa maneira, o resultado desejado automaticamente.

Menção honrosaA série de tratores T5 Auto Command, que

foi apresentada na EIMA International 2018, ce-lebrou a estreia da testada e premiada transmis-são contínua variável Auto Command, ideal para as atividades agropecuárias. A transmissão, que contempla o que há de mais moderno em tecno-logia CVT, se junta ao novo motor NEF de 4,5 litros especialmente desenvolvido pela FPT Industrial.

O painel de jurados ficou especialmente im-pressionado com a instalação do novo sistema de exaustão e pós-tratamento de gases, totalmente

NEW HOLLAND Conquista três prêmios de inovação técnica na EIMA International 2018Reconhecimentos foram concedidos pelo sistema IntelliSense das colheitadeiras CR, pela nova série de tratores T5 Auto Command e pelo freio de reboque

T5 Auto Command celebrou a estreia da testada e premiada transmissão contínua variável. Cred.: New Holland Agriculture.

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embutida dentro do capô. Com isso, a visibilidade, a dirigibilidade e a versatilidade de operação são aumentadas, assim como a segurança do opera-dor durante operações entre passadas e de pas-tagem, graças ao aumento da distância do solo. O sistema une todos os componentes-chave: ca-talisador de oxidação a diesel (DOC), injetor Ad-Blue, sistema SCR com fi ltro e um segundo SCR acoplado ao catalisador de limpeza (CUC), que remove as partículas residuais do escapamento.

Desenvolvida pela FPT Industrial e batizada de HI-eSCR2, essa solução elimina a necessida-de de substituições durante a vida útil do trator, consequentemente reduzindo os gastos opera-cionais. As demais características do novo mo-tor permanecem inalteradas em relação à versão anterior, embora tenha sido remodelado para ga-rantir maior produtividade com custos operacio-nais extremamente baixos. Sua potência vai de 110 cv a 140 cv, ou seja, até 20 cv de potência a mais que o modelo T5.120 Electro Command atu-al. O resultado é um motor que oferece alta po-tência e torque: o coração da nova série T5 Auto

VALTRA rasilieiros são nalistas do Desa o de Desi n Valtra e

tem seu projeto em destaque na EIMA 2018

Command, que deve se tornar a primeira opção em tratores entre os agricultores do mundo todo.

Sistema inteligente de freio de reboque

Também premiado na Agritechnica e recente-mente introduzido nos tratores modelo T7 Auto-Command e T6 AutoCommand, o sistema de freio do reboque aumenta a estabilidade do motor du-rante a desaceleração com um reboque, propor-cionando mais segurança durante as operações de transporte. Geralmente, quando um trator e um reboque têm sua velocidade diminuída so-mente pela transmissão e pela frenagem do mo-tor, a velocidade do reboque é transmitida dire-tamente ao trator. Neste caso, o sistema detec-ta a diminuição da velocidade do trator e calcula a força de desaceleração necessária a ser aplicada por um sensor de torque montado na transmis-são. Em seguida, uma válvula controlada eletro-nicamente aciona os freios do reboque para que a taxa de desaceleração do reboque e do trator sejam iguais.

O bento-gonçalvense Yuri Kozowski, e seu sócio, Paulo Biondan, de Caxias do Sul, designers de produto com especializa-ção em gerenciamento de projetos, fi caram entre os quatro fi nalistas do Valtra Design Challenge, concurso que é referência glo-bal na apresentação de projetos de máqui-nas agrícolas. Eles concorreram ao prêmio de 10 mil euros, equivalentes a cerca de R$ 45 mil reais. Profi ssionais e estudantes de design de todo o mundo participaram da seleção que escolheu o melhor projeto de máquina agrícola multipropósitos para o ano de 2030. O projeto desenvolvido pelos sócios fi cou em segundo lugar na competição.

A dupla já possui uma caminhada no setor. Yuri já atua há mais de 15 anos e Paulo, há cerca

de 25 anos. Juntos, eles desenvolvem projetos de produtos para indústria em geral, principalmente automotiva, agrícola e de maquinário.

Yuri contou que a sensação é de dever cum-prido e de esforço recompensado. “Poder repre-

Paulo Biondan. Yuri Kozowski.

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FEIRAS

sentar um pouco do trabalho brasileiro na Itália, terra do design e principalmente em um ramo tão disputado como é o agrícola ou automotivo, é uma realização profissional que certamente se estende para uma certa satisfação pessoal. Ter chegado até esta etapa já consideramos uma vi-tória, não apenas para nós, mas também para o Brasil e em especial a Serra gaúcha”, comemorou.

Para participar do concurso, os designers apresentaram o título do projeto, descrições do conceito e suas inovações tecnológicas, além da inclusão de fotos e vídeos mostrando a máquina desenvolvida. Os trabalhos não podiam ter sido publicados ou exibidos previamente, e todas as informações foram enviadas em inglês. “As ima-gens do nosso produto só foram divulgadas ao público no dia da entrega da premiação”.

Conforme o regulamento do concurso mun-dial, os jurados elegem os três vencedores, mais um indicado a menção honrosa, pela análise de critérios como, relevância ao tema, originalidade do conceito, inovação, valor e qualidade do design, potencial de desenvolvimento, implementação e capacidade de produção, exibição do design, per-sonalidade, confiança e robustez.

A cada ano, são escolhidos onze finalistas. Dentre eles, os três melhores projetos recebem uma premiação em dinheiro, enquanto outros dois ficam com uma menção honrosa do júri. Para esta edição do prêmio, foram recebidos 107 projetos

criados por equipes de desig-ners de 32 países.

Kozowski e Biondan supe-raram projetos de equipes de países como Polônia, Finlândia, Alemanha, Ucrânia, Irã, Rússia, Índia e Holanda. A primeira colo-cação ficou com o projeto ‘Val-tra Vertical’, desenvolvido pelos designers industriais Benjamin Miller, Jack Morris, Alireza Sae-edi, da Áustria.

Os prêmios foram entregues no dia 7 de novembro, em Bo-logna, na Itália, durante a EIMA (Esposizione Internazionale di Macchine per l’Agricoltura e il Giardinaggio).

Confira a proposta do concurso idealizado pela Valtra

O maquinário agrícola de hoje está se tornan-do altamente especializado; costumava ser que um único trator poderia levar de tudo, desde o cultivo do solo até a colheita. E se você pudesse pegar a tecnologia do futuro, recomeçar do zero e inventar uma máquina verdadeiramente poliva-lente? Que tipo de possibilidades isso ofereceria?

Como você acha que essa máquina ideal li-daria com o trabalho de hoje e as necessidades do futuro? Por que seria mais eficiente que as máquinas mais específicas de hoje? Como lida-ria com o cultivo, semeadura, pulverização e co-lheita do solo, ou essas fases serão necessárias no futuro? Como poderia ser projetado para uso durante todo o ano e não apenas por algumas se-manas por ano?

No futuro, parece que tarefas mais fáceis serão automatizadas, embora ainda haja tarefas que precisem da experiência inestimável de um operador humano. Como você imagina a máqui-na polivalente do futuro, apoiando essas duas coi-sas aparentemente contraditórias? Como as pes-soas usarão a tecnologia sem drivers? Olhando para o quadro mais amplo, como você acha que a digitalização nos ajudará e como isso facilitará a vida dos agricultores no futuro? Mostre-nos a

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sar de uma grande variedade de modelos, permi-tindo trocar apenas seus implementos conforme a necessidade de cada época da lavoura. Porque neste caso, menos é mais.

Com base neste cenário buscamos inspira-ção em um contexto já tentado pelos ancestrais do atual agricultor, quando foi necessário utilizar a força animal combinada. E a partir dessa exper-tise, desenvolvemos um único equipamento que pode realizar todas as atividades necessárias, tro-cando apenas seus implementos. No entanto, se ainda precisar usar mais tração ou área, acopla--se a outros V-Icons, aumentando a capacidade de execução de tarefas maiores.

Essa diversidade irá alterar as rotinas no dia de trabalho das fazendas e será necessário se adap-tar a elas com agilidade nas ações. Para isto, o V-Icon terá uma inteligência artifi cial que lhe dará a capacidade de aprender e executar tarefas autô-nomas, podendo reproduzir imediatamente uma atividade que foi realizada através dos coman-dos de seu operador, seja diretamente dirigindo o equipamento ou através de um controlador vir-tual. Então você pode trabalhar nele ou longe dele – à cargo de sua necessidade.

Outra facilidade que destaca a criatividade de-senvolvida é o acoplamento lateral que permite o uso de implementos de colheita e pulverização, possibilitados pelo seu motor auxiliar central. Para disponibilizar essa tecnologia no campo, o V-Icon pode ser alimentado por fontes de energia dis-poníveis em seu local de operação, alimentando suas baterias e motores através de um sistema híbrido, seja biogás, biodiesel e até mesmo fontes de armazenamento de energia eólica ou solar.

sua visão de como o Veículo MultiPurpose Valtra mudará a forma como vemos tratores em 2030!

O conceito criado pelos designers gaúchos:

PRINCIPAL NOVIDADEO V-ICON é uma máquina agrícola multifuncio-

nal e versátil para trabalhar o ano todo em peque-nas e grandes propriedades com uma montagem simplifi cada, otimização dimensional e com uma nova proposta para o uso de suas forças. É possí-vel ser operado tradicionalmente ou por wireless.

DESCRIÇÃO DO CONCEITOAcreditamos que até 2030 o mun-

do terá maiores necessidades para solu-cionar a crescente busca por alimentos e com essa previsão vemos um cená-rio com mais diversidade nas fazendas, aumentando a demanda por pequenas máquinas com funcionalidades otimiza-das, ou seja, um mesmo trator capaz de trabalhar como as diversas e distintas máquinas da fazenda, mas sem preci-

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Heliodoro Catalán MogorrónDr. Eng. Agrônomo

Óleos e graxas frente a frenteSe a graxa não se destaca por causa de seu

volume, se destaca por causa de sua importância em uma boa manutenção da maquinaria agríco-la. Na verdade, o uso de graxa como lubrifi cante remonta a muitos séculos antes do óleo, sendo do mesmo tempo o uso da invenção pela roda.

As primeiras graxas foram feitas com óleos minerais ou gorduras animais e apenas evoluíram até a revolução industrial, mas a partir daí a for-mulação das graxas evoluiu nos mesmos requi-sitos dos lubrificantes das máquinas.

O que conto a partir de agora aconteceu co-migo há alguns dias. Eu sei que você vai achar di-fícil de acreditar, mas ... quero dizer o privilégio

Lamento ter usado o termo ‘grande esquecido’ para o óleo de transmissão, porque se há algo esquecido na manutenção de máquinas agrícolas são as graxas. No presente artigo, tento contribuir para ‘iluminar o universo obscuro e untuoso das graxas lubrifi cantes; na realização do objetivo, apenas o leitor tem a palavra.

A TECNOLOGIA AGRÍCOLA

“Por eu não engraxar os eixos me chamam de esquecido” Qual o papel das graxas na lubrifi cação de máquinas agrícolas

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que tive de ouvir um fato ‘incomum’. Eu assisti a uma conversa entre uma graxa e um óleo!

Aconteceu como eu digo. Eu estava andando em direção à gara-gem onde mantenho os tratores e notei que alguém estava falando, en-tão parei para ouvir. A conversa veio de dentro da garagem. Eu pude ver, e um pequeno buraco me permitiu ouvir a conversa que na época man-tinha uma lata de graxa e algumas latas de óleo. Isto é o que eu ouvi antes que eles interrompessem o di-álogo para detectar minha presença:

—A graxa: Nossa história, é muito antiga, nada a ver com você, derivados do petróleo, você é novato. Os antigos egípcios já nos usavam. E sim, é verdade que você tem algumas boas qualidades. Eu não vou ques-tionar isso, mas outras características…

Então a graxa começou uma música !, can-tarolou “Por eu não engraxar os eixos, me cha-mam de esquecido, e eu gosto que eles saibam como eu quero lubrificá-los...”

A música é interrompida pela voz de outra pes-soa que entra em cena; Mais uma vez eu olho atra-vés do buraco e vejo que quem fala agora é o óleo:

—O óleo: A que você se refere? Que que-res dizer?

—G: Simples. Por exemplo, você sabe tão bem quanto eu que agora, com as interconexões entre máquinas agrícolas, a contaminação por óleo ocorre com frequência e até mesmo óleos incom-patíveis entram em contato uns com os outros. No nosso caso, é difícil para a mistura de duas graxas gerar essa incompatibilidade.

—O: Vamos falar de contaminação em se-guida, reconhece que existem graxas capazes de manter os contaminantes em suspensão difícil de remover. Porém os óleos possuem, decantadores e filtros para separar-nos do que nos contamina.

E lembre-se também que qualquer ausência de óleo ou variação de nível pode ser facilmen-

te controlada com hastes, orifícios, etc. Enquan-to o volume de graxa é controlado à distância. E a manutenção? Não me diga que não é mais fácil para o fazendeiro ou mecânico trocar e substituir a gente do que não engraxar alguns rolamentos que às vezes você tem que desmontar meio trator...

—G: Bem, eu não concordo com você. Má-quinas lubrificadas por mim podem funcionar por anos sem manutenção.

—O: É possível o que você diz, mas reconhe-ce que quando já estamos velhos, podemos ser reciclados com segurança para o meio ambien-te. Mas quanto a recuperar uma graxa ou retirar seus resíduos...

—G: Muito bem, eu também te dou parte da razão. Mas e as minhas qualidades? Temos um desempenho no começo e paramos muito mais alto que você. A graxa estava se referindo ao fato de que, quando uma máquina é parada, o óleo é drenado para o cárter, para os pontos baixos, mas a graxa permanece no componente. Quan-do o componente de graxa é iniciado novamente, ele apresenta um risco menor de partida a seco.

Ela continuou seu discurso: Além disso, você não pode negar que na lubrificação de motores elétricos Eu sou a rainha absoluta e estendo o meu reinado em máquinas sensíveis, tais como

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máquinas que trabalham com alimentos, forra-gem, grãos...

—O: O que você diz é verdade, mas lembre--se de que os sistemas de lubrificação em que atuamos, respingos, circulação forçada, banho, são capazes de lubrificar quase imediatamente. Também temos um volume maior e isso signifi-ca que podemos adicionar mais e também pode-mos eliminar contaminantes nas zonas de atrito.

—G: Os aditivos já saíram! Você deve saber que podemos conter aditivos como grafite, moli-bdênio ou óxido de zinco que nos fornecem mui-tas vantagens. Enquanto você não pode incorpo-rá-los, porque eles são aditivos que sedimentam.

—O: Você não é trocado quantas vezes for necessário e quantas vezes você está contamina-do com areia, água ou outros contaminantes que em vez de ajudar a lubrificar o que você faz é aju-dar o rolamento a falhar.

E o que você me diz quando há um pequeno vazamento de óleo? Como você bem sabe, isso alerta o usuário de que algo está errado. Mas “oh so clean fat” você não vê vazamentos e o fracas-so que causa sua ausência pode ser caro e ca-tastrófico.

Além disso, como tenho muito mais capa-cidade de fluxo, posso executar funções de res-friamento eliminando o calor em muitos lugares indesejáveis.

—G: Você fala de ‘pequeno vazamento de óleo’, mas o que acontece quando há uma gran-de perda de óleo, por exemplo, pela ruptura de um cárter ou uma mangueira? O que você orga-niza é muito gordo. É difícil para nós, gordos, cau-sar uma catástrofe dessas.

Até aqui a conversa chegou; Eu acho que eles me ouviram ou me viram.

Gorduras, o que são e em que consistem?

Composição de uma graxa: As graxas lubrificantes são compostas de três componentes principais: um óleo base (80-90%), um espessante (10-15%) e aditivos (5-10%)

-neral. Os óleos utilizados na formula-ção da graxa têm diferentes graus de viscosidade, encontrando graus (ISO 3448) de 100, 150, 200, 450, 700... Esta enorme variedade de viscosidade também afeta uma das qualidades que mais se destacam no gorduras e que é o chamado ponto de gota (temperatura em que a gordura começa a escorrer) e que vai de 120 ºC a 250 ºC ou mais

são o lítio e o cálcio, mas há muitos

Lubrificando com óleo ou graxa: Bem, isso depende! Se for uma transmissão com engrenagens sujeitas a cargas pesadas e altas velocidades, é melhor optar por óleo. Mas para caixas com velocidades pequenas, a graxa é uma ótima escolha e, por exemplo, no mundo da lubrificação de motores elétricos, a graxa de poliuréia é a rainha absoluta.

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mais, como os espessantes orgânicos, o com-plexo de alumínio, o complexo de cálcio, o cál-cio anidro, a argila, a poliureia, o sulfonato de cálcio, o sódio

algumas qualidades, como estabilidade ao cisa-lhamento, resistência à água, consistência ou aderência; eles também influenciam a ‘mobili-dade’ ou capacidade de bombeamento de gor-dura. Os mais comuns são dissulfeto de moli-bdênio; grafite; óxido de zinco; polímeros; adi-tivos de extrema pressão (EP)...

Escolhendo uma gorduraA diversidade de máquinas é tal que os parâ-

metros operacionais, como temperatura, velocida-de, carga... variam consideravelmente de um para outro. Não é conveniente ‘ter uma gordura para tudo’; No mercado, formulações de gordura são oferecidas para qualquer necessidade.

Graxa multiuso: ‘Multipurpose’ é um termo popular para gorduras no mercado e nem sempre bem aplicado. É chamado gorduras multiuso que combinam as propriedades de duas ou mais gor-duras especializadas para que possam ser usa-das em várias aplicações.

Lítio ou cálcio?No mercado vamos ler lítio, cálcio, sódio,

poliuréia... mas os mais comuns nas pratelei-ras são lítio e cálcio. E se você tiver que esco-lher entre qualquer um dos itens acima, então o lítio é a rainha indiscutível que ocupa mais de 70% do mercado.

Lítio: caracterizam-se por ter boa estabili-dade, boa resistência à água e também a altas temperaturas.

Quando é necessária uma maior resistência à alta pressão ou à corrosão, ela é geralmente adi-cionada de antimônio-zinco, que geralmente é cha-mado de gorduras complexas de lítio.

Cálcio: O uso de gorduras de cálcio ou sulfo-nato de cálcio está ganhando popularidade dia a dia. A razão deve ser procurada em certas aplica-ções que excedam as gorduras de lítio, por exem-plo, naquelas aplicações que requerem maior re-sistência ao cisalhamento, também à corrosão. Cálcio e sulfonato têm excelentes propriedades antidesgaste. Além disso, o sulfonato é um inibi-dor natural da ferrugem, o que torna a resistência à água superior. Portanto, as gorduras com essa base são tradicionalmente recomendadas para partes do chassi.

Em qualquer caso, as graxas de complexo de lítio e lítio são compatíveis com as do sulfo-nato de cálcio.

Poliureia e sódio: É um espessante das gra-xas projetadas para lubrificar rolamentos. Também as graxas à base de sódio são muito adequadas

Olho para os aditivos: Os aditivos EP não são a panacéia porque podem ser muito agressivos quimicamente e causar corrosão química nas superfícies de engrenagens e rolamentos.

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para altas temperaturas e é por isso que elas tam-bém são recomendadas para rolamentos de roda.

A melhor gordura: não existe tal concei-to. Existe a ‘melhor gordura’ para esta ou aque-la aplicação.

O que você deve pedir por uma boa gra-

xa?: Deve ser capaz de oferecer uma boa lubrifi-cação e, em certas aplicações, será essencial ter características de pressão extrema (EP); proteção contra corrosão e oxidação; boa resistência à lava-gem; boa aderência e fácil oleosidade; Do ponto de vista ambiental, deve ter boa biodegradabilida-de, que não possui aditivos para metais pesados.

Designação de gordurasNLGI: Assim como os óleos, existem várias

designações para gorduras. A designação mais comum é o National Lubricating Grease Institute (NLGI) O grau NLGI é largamente dado pelo es-pessante envolvido na formulação.

No pacote, o acrônimo NLGI será pesquisa-do seguido por um número. O número fornece a consistência em uma escala que varia de 0/00 a 6.

O 0/00 corresponde a uma gordura muito fluida. O 6 é a correspondência com uma gordu-ra muito sólida. É normal encontrar números 2 ou 3, embora em componentes com graxa para

vida útil, como rolamentos herméticos ou engre-nagens difíceis de acessar, seja comum encon-trar graus 0/00.

DIN e ISO: Outras normas usuais que serão encontradas nas etiquetas são aquelas corres-pondentes a DIN (51502 e 51818) e ISO (6743/9 e 3448).

Lembre-se como nas linhas anteriores eu disse que uma gordura foi composta, 80-90%, por um óleo de base. A viscosidade do óleo (ISO 3448) não tem de estar relacionada com o grau NLGI e, além disso, pode ser encontrada com as mesmas gorduras NLGI mas as viscosidades dos óleos muito diferentes; Da mesma forma, você pode encontrar duas gorduras com a mesma vis-cosidade do óleo base e diferentes graus NLGI.

E a cor tem algo a ver?As cores das gorduras comerciais são mui-

to variadas, do branco ao preto e até translúci-do, mas são realmente indicativas de qualidade?

A resposta para a pergunta anterior é não. No entanto, os fabricantes tendem a usar corantes para facilitar a identificação de graxa com o uso. Há também razões de marketing para pensar que uma ou outra cor é mais atraente. Mas o fato de que, como resultado da interligação entre fabri-

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cantes, usuários ou clientes e do mercado global, você tende a ter certeza de cor com um ou outro gaze para ajudar a distingui-los.

De cores: O preto indica a existência de al-gum aditivo, como grafite; o amarelo ou casta-nho claro é que é uma gordura de lítio ou cálcio; o branco para gorduras de qualidade alimentar; o azul para gorduras com poliuréia...

A cor resulta da adição de alvejantes na for-ma de poeira, como óxido de zinco ou dióxido de titânio. E embora a cor não fornece qualidade ou propriedade se uma mudança de cor pode indi-car que está a afectar qualquer propriedade, como uma gordura pode escurecer a ser armazenado em locais de alta temperatura ou luz pode também afetar o desbotamento da cor ou uma contamina-ção com água que pode causar a alteração da cor.

Lubrificação de rolamentos com graxa

Os rolamentos são alguns dos componen-tes mecânicos mais utilizados que exigem graxa como lubrificante.

No caso de rolamentos pequenos e com bai-xa velocidade de uso, eles podem ser mantidos selados, pois exigem pouca manutenção e a lu-brificação se torna ‘vitalícia’. Mas na maioria dos casos, uma manutenção é recomendada quando a relubrificação é uma parte principal.

Uma chumaceira pode ser submetida a enor-mes pressões causadas pelo esforço, mas tam-bém pela superfície de contacto inferior (falar cer-ca de 30.000 kg / cm2, um valor típico para alguns rolamentos) Tipicamente encontrar rolando ele-mentos, bolas, cilindros, cones, que mover-se em uma pista de rolamento. A única coisa que impe-de o contato metal-metal é um filme muito fino (1 mícron ou até menos) de lubrificante.

Se sob estas condições o lubrificante for des-locado ou contaminado (sujeira ou água), o calor gerado é tal que logo o mecanismo entrará em colapso. Outra razão pode ser a escolha de um lubrificante inadequado, porque a viscosidade ou os aditivos não são adequados para os requisi-tos de serviço.

Olho para a água: a água não é um bom lubrificante; se por descuido ou acidente a umidade entrar em um rolamento deslocando ou contaminando a graxa, ocorrerá oxidação ou hidrólise que degrada o lubrificante.

Obs. “Por eu não engraxar os eixos me chamam de esquecido” é um trecho de uma canção que se chama “Los ejes de mi carrete” de Atahualpa Yupanqui. Acesse em https://www.youtube.com/watch?v=w9g9jvZ4yJ0

Gorduras brancas: São gorduras não-tóxicas, catalogadas como adequadas pelo prestigiado e poderoso FDA norte-americano (agência de medicamentos e alimentos) para contatos acidentais com alimentos.

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Heliodoro Catalán MogorrónDr. Eng. Agrônomo

‘Jogar fl uido’ não é uma boa prática

Garantir a produção controlando as colheitas, exige, inclusive dos agricultores com maior consci-ência ecológica, o uso de produtos químicos (her-bicidas inseticidas, fungicidas). Com o incremen-to da agricultura mais conservacionista esta ne-cessidade se faz ainda mais notória.

Seja quando se produz convencionalmente ou de forma mais conservacionista, deve-se fa-zer de forma efetiva a gestão integrada dos culti-vos e dos agentes causadores de danos (pragas, doenças e plantas daninhas).

A aplicação de defensivos não deve ser feita de forma ‘indiscriminada’; o respeito à natureza, à sua fl ora e fauna natural, assim como a própria saúde de agricultores e consumidores deve ser a prioridade na hora de se fazer uma aplicação.

Você é agricultor? Se sim, quase com toda a certeza dispõe de um pulverizador hidráulico. O pulverizador é sem dúvida o ‘rei’ dos equipamentos para tratamentos. Mas você conhece a diferença entre um pulverizador, um nebulizador ou um atomizador?AgriWorld publicará neste número e no seguinte, as características mais destacadas entre uns equipamentos e outros. Conhece-los é básico para iniciar de forma oportuna a cadeia de decisões necessárias para uma correta aplicação de defensivos num sistema agrícola sustentável.

A TECNOLOGIA AGRÍCOLA

EQUIPAMENTOS PARA TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS Parte I: O pulverizador hidráulico

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Os equipamentos utilizados para aplicação dos defensivos estão tecnologicamente muito evoluídos mas, ainda assim, seu uso deve estar sob os cuidados de um responsável capacitado.

Tratamentos uniformes com volumes bai-xos, com bons dosadores e com as ferramentas de agricultura de precisão são algumas das ar-mas que o bom agricultor deve ter. Em sua mão resta eleger bem o produto, a dose, o momento e o equipamento.

Regras de ouro para uma boa aplicação:O agricultor está consciente do que é neces-

sário aplicar?Qual a pressão correta? Quais os melhores

bicos? E quais os cuidados que deve ter no que diz respeito às condições ambientais mínimas para discernir entre realizar um bom tratamento ou perder tempo e dinheiro?

Estas que seguem são as regras de ouro para realizar uma aplicação correta: efetiva, barata e ecologicamente correta.

-tes do tratamento, conhecer bem o problema

se refere ao estágio de desenvolvimento das pra-gas, doenças e plantas daninhas, bem como da cultura cultivo, condições atmosféricas e meio -ambientais

de princípio ativo e o tamanho ideal das gotas

precisão de trabalho, calda e bicos.

Classificação de equipamentos:Nem sempre o agricultor ou quem faz a apli-

cação tem em mente a importância de utilizar o

equipamento adequado para um determinado pro-blema. Não é o mesmo aplicar um inseticida (pre-cisa se contar com a mobilidade do própria praga para sua ingestão ou inalação) ou um fungicida, que necessita da aplicação do princípio ativo onde se desenvolve o fungo. Tampouco é o mesmo um produto sistêmico ou um de contato.

Na sequencia uma classificação sobre a base e a forma de ‘romper’ o liquido em gotas: por pressão do liquido, por corrente de ar ou por for-ça centrifuga.

Pulverização hidráulica: Se trata de equi-pamentos especialmente indicados para trata-mentos com herbicidas e fitossanitários em plan-tas herbáceas; não tem uma boa capacidade de penetração na massa foliar de cultivos arboriza-dos, mesmo que possam dar bastante resulta-dos nestes cultivos sempre que se saiba utilizar, calibrar e regular.

Pulverizador autopropelido.

Tabela I.- Diferentes tipos de máquinas pulverizadoras

PULVERIZADORES Formas de dividir Técnica Máquina O líquido

Pressão do líquido Pulverização hidráulica Pulverizador ou pulverizador de jato ou hidráulicoCorrente de ar Pulverização hidropneumática Atomizador ou pulverizador hidropneumáticoCorrente de ar Pulverização pneumática NebulizadorForça centrífuga Pulverização centrífuga Pulverizador centrífugo

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O principio de funcionamento se baseia na pressão que leva o liquido e que passa por um estreitamento que é o bico. Uma vez forma-da a gota esta chega a seu objetivo pela pró-pria inércia.

O maior inconveniente do pulverizador hidráu-lico é que as gotas produzidas sao relativamen- te grandes e trabalha com maiores volumes de liquido que em outros equipamentos.

Pulverização hidropneumática (atomiza-

dor): Na realidade se trata de uma variante da pulverização hidráulica. Nestes equipamentos a gota se forma hidraulicamente, mas o transporte até a folha de cultivo se realiza pela energia do ar.

As gotas do atomizador são mais peque-nas que as do pulverizador. Tem melhor chegada à massa foliar e é menos sensível ao vento nos dias de tratamento.

Pulverização pneumática (nebulizador):

Neste caso a gota se produz ao acertar o líqui-do com um jorro de pressão de ar; o transporte até a massa foliar se consegue através da ener-gia do ar gerado.

São equipamentos especialmente indicados para tratamentos em vinhedo e outros lenhosos. Seu inconveniente está na grande relação ar ne-cessário/líquido pulverizado que requer e que se traduza em uma alta demanda de potência.

Pulverização centrífuga: Neste caso um disco giratório é o que proporciona uma força centrífuga que impulsiona o líquido de tratamento.

Diâmetro de gota: O tamanho das gotas é responsável por grande parte do êxito do trata-mento, já que uma mesma superfície pode ser tratada com menor volume de calda.

Uma gota fina tem um tamanho de 150 μm; enquanto uma gota media está entre 150 a 400 μm e uma gota grossa acima destes valores.

Mas observar o tamanho não é tudo. Uma gota muito pequena também tem o inconvenien-te de ser muito sensível à evaporação e não che-gar a seu destino por evaporar-se durante o tra-jeto, ou ter problemas de ‘deriva’ e desviar-se de seu objetivo.

Qual o mais vendido?: O pulverizador hi-dráulico é o mais ‘genérico’, e ‘multiuso’. Um agri-cultor médio não poderá ter vários equipamen-tos, e na hora da compra, se decidirá por aquele que sirva um pouco ‘para tudo’, por isso os equi-pamentos hidráulicos são, indiscutivelmente, os nº 1 em vendas.

Pulverizador hidráulico.

Influência do tamanho das gotas no revestimento foliar (fonte UCLM).

Tamanho de gota: Menor tamanho de gota, menor volume de líquido:Pulverizador Hidráulico > Pulverizador centrífugo > Atomizador > NebulizadorNecessidade de gota: Um fungicida requer um tamanho de gota menor que o insecticida, que por sua vez requer um tamanho menor que o herbicida.

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Pulverizador hidráulicoSem dúvida se trata do equipamento mais

versátil, um autêntico multiuso. É apto para apli-car produtos tão dispares como herbicidas, inse-ticidas e fungicidas. Especialmente indicado para cultivos com baixo desenvolvimento foliar, porém, se bem usado, também pode competir em cul-tivos lenhosos.

Em sua própria versatilidade podemos en-contrar suas limitações: volume de fluido; tama-nho de gota; o bico deve estar próximo ao obje-tivo já que a energia que leva a gota é exclusiva-mente hidráulica.

De todos os tamanhos: São encontrados equipamentos automotrizes (com capacidades superiores aos 4.000 L) até equipamentos pes-soais de mochila que rondam os 15 L e entre estes: arrastados (1.000 a 3.000 L); suspendi-dos (até 1.000 L) Tamanhos tão dispares permi-tem larguras de trabalho de desde os 8 até os 40 m; equipamentos que podem ser utilizados por tratores de potencias diferentes e também em amplas velocidades de traba-lho (entre 5 e 15 km/h).

Cultivos herbáceos e cul-

tivos lenhosos: A versatilidade comentada faz com que com um sistema de barras porta-bicos em horizontal, e dobráveis, sejam idô-neos em cultivos herbáceos co-brindo a largura de trabalho; mas com barras em vertical podem ser usados em vinhedos, olivei-ras ou florestas. Também é pos-sível acoplar mangueiras e pis-tolas para tratamentos manuais.

Existem barras simples, mas conforme se sobe a largura bus-

cam desenhos de tipo reticular, de treliça, para melhorar a robustez com peso leve.

Algumas características:Chassi: Estrutura na qual o restante dos com-

ponentes é montado. O tamanho determina o tipo de chassi, mas em geral tende a perfis estrutu-rais (tubos, ângulos). Um sinal que denota quali-dade é o tipo de proteção, que é fornecido às su-perfícies metálicas (tratamento galvanizado, ini-ciadores sintéticos e tintas epóxi ou poliuretano bi componente).

Depósito (tanque): Em geral, são utilizados polietilenos de alta densidade (PEHD) e molda-gem rotacional. Há alguns anos se recorria mui-to ao poliéster reforçado (PRFV) que é um plásti-co termo endurecido, mas agora o PE, que é um termoplástico muito resistente ao ataque quími-co é o material mais utilizado.

Um bom depósito pode possuir ‘quebra-on-das’ para evitar o balance no transporte. Também deve ter uma boca larga de enchimento e um dre-no para o esvaziamento total.

O equipamento deve ser dotado de algum método de agitação para manter o líquido fi-tossanitário homogêneo. O sistema mais co-mum é a utilização da agitação hidráulica para que parte do líquido acionado (cerca de 1/3 do líquido) circule para o depósito vertendo geral-mente a partir do topo para aproveitar a ener-gia cinética do líquido. Outro sistema consiste

Generalizando: A pulverização hidráulica é menos homogênea que a pneumática e a centrífuga. Com a pulverização hidráulica, para um número pequeno de gotas se requer grande quantidade de liquido, por outro lado, o processo de pulverização hidráulica consegue uma melhor uniformidade de distribuição de gotas.

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A TECNOLOGIA AGRÍCOLA

em usar agitadores mecânicos, como alguns ti-pos de paletas.Ao comprar, é aconselhável verificar se é um tanque de fácil limpeza.

Bomba: É a encarregada de gerar pressão su-ficiente nos tubos e dotar a gota de energia para chegar ao seu destino.

As duas grandes famílias de bombas utiliza-das são aquelas denominadas de membrana ou de pistões. As bombas de membrana são muito confiáveis, mas trabalham sob pressão que não supera os 4 bar (kg/cm2) com uma vazão que nor-malmente não supera os 100 L/min; as bombas de pistão podem exigir mais manutenção mas po-dem chegar a trabalhar de forma confiável até os 6 bar e com vazão de até 150 L/min.

A bomba recebe a energia através da tdf do trator mediante uma arvore com juntas homo ci-néticas (cardam). Na hora de comprar deve se comprovar que tipos de regulagem de fluxo são necessários e qual está disponível no equipamento (podem ser reguladores de fluxo proporcionais ao motor ou ao avanço). O regulador de pressão deve ser capaz de assegurar uma pressão uniforme e com fácil seleção.

Bicos: Se trata da ‘última linha de defesa’ para obter um tratamento acertado já que são as res-ponsáveis pela distribuição do líquido.

Existe no mercado uma grande variedade de bicos, tem os de jato cônico, defletores, ventilado-res ou jato plano ou os denominados de baixa de-riva. Podem ser fabricados em materiais plásticos (teflon, nylon o PE) ou metálicos (cobre ou inoxidá-vel) ou mesmo cerâmicos. Cabe comentar que cada material tem algumas particularidades de duração assim como diferentes custos. As cerâmicas são as de máxima duração, seguidas pelas inoxidáveis.

Uma boa escolha de bico diz muito sobre o conhecimento do usuário e, portanto, a qualida-de do tratamento.

Os bicos são rosqueados (ou com um siste-ma tipo ‘baioneta’) para a barra do suporte do bo-cal. O tamanho é definido pela vazão nominal (L / min) a uma pressão definida (normalmente 3 bar).

Tratamento realizado

recentemente em vinhedo de

Tempranillo com pulverizador

hidráulico de barra vertical.

Deve-se observar o número de impactos e o tamanho das

gotas obtidas.

Bomba de pistão 30 atm e 145 l / min.

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Na hora de adquirir um pulverizador é aconselhável verificar se existem válvulas anti-gotejamento no suporte do bico.

Filtros: Ter um bom sistema de filtro garan-te que você possa trabalhar com segurança para que nenhum bico esteja tapado ou entupido. Os filtros são geralmente feitos de malha de metal (melhor usar inoxidável) ou poliamida; ao passo que se definem pela separação entre os fios. Eles são intercalados com diferentes etapas ao longo do circuito e dependendo da qualidade do equi-pamento, além do seu tamanho, há em maior ou menor número. Em qualquer caso, um equipa-

Algo mais: A eleição dos bocais é condicionada pelo tipo de produto a ser aplicado, assim como o tipo de cultivo e as condições atmosféricas. Os bicos de jato plano possuem uma ótima distribuição. Os de jato cônico dão ao liquido um movimento de rotação que pode ser cheio ou oco. São as mais usadas para inseticidas e fungicidas. As de baixa deriva são as mais utilizadas em baixos volumes de aplicação. As deflectoras são recomendáveis para herbicidas e também para fertilizantes foliares.Existe un código ISO (0625) de cores para distinguir os bicos por seu caudal nominal.

mento no mínimo deve ter o filtro de enchimen-to no gargalo do tanque que serve para reter fo-lhas e partículas grossas, e o filtro de sucção que é colocado entre o reservatório e a bomba, e que deve ter um passo em torno de 500-600 μm. Equi-pamentos mais específicos também possuem fil-tros de impulso e até mesmo filtros de bico (eles são incorporados no corpo do bocal).

Torneiras/válvulas: É o conjunto de válvu-las, distribuidores e canos que regulam o movi-mento do líquido. A oferta é tão variada que cada equipamento deve ser analisado antes de adqui-ri-la. Existem válvulas de segurança para aumen-to de pressão; há as de regulação de fluxo, exis-tem as anti-gotejamento. Quanto aos distribuido-res também há para todos os gostos: manual, de controle remoto, ou eletrônico.

Um elemento indispensável é o manôme-tro que é utilizado para conhecer a pressão de trabalho e que no final é informação necessária para se saber se o tratamento está sendo reali-zado de acordo com os parâmetros marcados.No momento da compra, é conveniente analisar a disponibilidade de manuseio do trator (alavanca única, unidade de controle...), bem como se as válvulas são manuais ou eletroválvulas. Quanto aos tubos, eles devem

Tabela II.- Cores dos bicos e fluxo nominal

Cor Fluxo nominal L/min

Laranja 0.4

Verde 0.6

Amarelo 0.8

Azul 1.2

Vermelho 1.6

Marrom 2

Cinza 2.4

Branco 3.2

Elaboração própria a partir do Manual de Boas Práticas na Aplicação de fitosanitarios. Prof Luis Marquez MARM 2008.

Avanços tecnológicos: Existem equipamentos que são uma verdadeira maravilha, capazes de regular a pressão em diferentes tramas das barras com válvulas solenoides para seu comando vindo do trator. Ou com sistemas de caudal proporcional ao avanço que através de dados de velocidade real e quantidade de fluido por superfície, são capazes de regular automaticamente a dose na parcela. Ou inclusive, com mapas de parcela, ajustando a dose de forma diferencial.

Marca: Não esquecer de comprovar a ‘marca’ do equipamento. Os fabricantes são obrigados a colocar de uma forma visível a marca CE que certifica que se respeita o estabelecido pela Normativa 98/37/CE, que são uma série de requisitos mínimos que o fabricante se compromete a cumprir.

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A TECNOLOGIA AGRÍCOLA

ter seção suficiente e todos os bicos devem atingir a mesma pressão e fluxo.

Um bom tratamentoAo modificar o tamanho dos bicos (vazão)

e a pressão do trabalho, se ajusta o volume de aplicação e o tamanho médio das gotas pulveri-zadas. As pressões normais de trabalho oscilam entre 3 e 5 bar.

Antes de começar:

feito: escolha do produto químico, o momen-to de aplicação tanto por desenvolvimento ve-getal ou pelo desenvolvimento da praga, e as condições ambientais

-cessária de produto e fluido por superfície. Se houver mistura de produtos, você tem que se certificar que eles são compatíveis.

bicos, tubulações, manômetros… Tudo isso deve ser feito com o equipamento carregado apenas com água

lubrificada, bem como verificar o estado de to-dos os filtros.

Calibrando: Um pulverizador pode ser calibrado com elementos ‘simples’ (recipientes para coleta de líquido, cronómetro e cinta métrica) mas também existem simuladores de calibragem como este de Hardy que oferece em sua página web (www.hardi.es)

Verificação de manômetros e jogos de bicos.

Plataforma del conocimiento del Medio Rural y Marino. www.marm.esGil Moya, E. Tratamientos en la viña. Equipos y técnicas de aplicación. Ediciones Universidad Politécnica de Cataluña. Barcelona, 2003. ISBN: 84-8301-691-5Márquez, L.- Buenas prácticas agrícolas en la aplicación de los tosanitarios. M RM 2008. NIPO: 770-08-158-3. Depósito Legal: M-59160-2008

ázquez, . plicación de tratamientos tosanitarios. Mundi Prensa. Madrid, 2006.

ISBN: 84-87480-72-1Teejet. www.teejet.com Catálogos y manuales sobre aplicadores, y boquillas

“Este texto é de um Professor espanhol que utiliza alguns termos técnicos usuais na Europa, e que foram traduzidos para o português.”

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www.tratordoano.com

SELO TRATOR DO ANO2019

O concurso vai premiar as principais inovações no setor e conta com inscrições de tratores fabricados e

comercializados no mercado brasileiro.

APOIOPATROCÍNIO

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Artur Barbarioli Goncalves

O Brasil sempre foi um país com grande for-ça no agronegócio, principalmente na área florestal. Nos últimos anos muita coisa mu-

dou em relação à conscientização, adoção de po-líticas públicas e de novas práticas que favoreçam o manejo mais sustentável das florestas.

No manejo de florestas renováveis, a primei-ra etapa a ser considerada é a escolha das espé-cies e materiais genéticos mais indicados para cada região, conforme o objetivo da produção e as especificidades de clima, solo e relevo, pois a obtenção de maior retorno produtivo depende da escolha adequada da espécie. Após a definição das espécies, se iniciam os processos de produ-ção das mudas, preparo do solo, plantio, manu-tenção da floresta até a colheita, que marca o fim do ciclo de um plantio florestal sustentável, per-mitindo assim que outro ciclo seja iniciado sobre o mesmo solo.

A partir da década de 90, com a abertura de mercado para importações e a entrada de empre-sas estrangeiras no Brasil, houve um significativo aumento de investimentos em mecanização dos processos de colheita, o que propiciou forte cres-cimento neste setor.

As grandes empresas florestais de todo o mundo passaram, então, a utilizar máquinas de grande porte e com alta capacidade nas ope-rações. E por conta dos altos investimentos em mecanização, tornou-se necessário o uso de ferramentas de gestão que auxiliem as em-presas a fazerem o melhor uso possível des-ses recursos.

No processo de colheita mecanizada, fato-res como declividade do terreno são considera-dos um grande problema para a operação, devido ao risco envolvido na utilização dessas máquinas em terrenos muito sinuosos. Outra questão im-portante é como extrair a madeira derrubada das encostas dos morros. Colher em áreas assim im-põe desafios não só com relação ao maquinário a ser utilizado na operação, como também no pla-nejamento da colheita dessas áreas com estraté-gias de escoamento da madeira colhida.

Em muitas regiões no Brasil, o plantio das flo-restas renováveis é feito em áreas predominan-temente planas, facilitando todo o processo de plantio, colheita e transporte, diminuindo riscos, custos e aumentando a produtividade da opera-ção. Entretanto, tanto no Brasil como em outros países, é necessário realizar plantios também em áreas acidentadas.

Ciclo de crescimento das espécies florestais

Outro fator relevante e que pode provocar in-fluências no planejamento da colheita é o tempo do ciclo de crescimento da floresta. As grandes empresas de base florestal no Brasil possuem plantações de eucalipto, espécie que, graças às condições do clima, solo e outras, encontra con-dições favoráveis, tendo o ciclo de crescimento com média de 6 a 7 anos. Outra espécie – o pi-

COLHEITA FLORESTAL: MUITO ALÉM DE DERRUBAR ÁRVORES

O aumento de eficiência de 30 minutos por dia por máquina, dependendo de número de máquinas e operadores, pode gerar uma redução de custo na casa de milhões de reais

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nus, é mais adaptada a climas mais frios e tem um ciclo um pouco maior. Claro que o ciclo de-pende de diversos fatores, inclusive de acordo com a fi nalidade do uso da madeira. Quando a fi nalidade é o uso da madeira para processo in-dustrial, por exemplo, indústrias de celulose, fa-bricação de MDF ou até mesmo carbonização para geração de energia, não há necessidade de toras grossas, possibilitando a redução do ciclo. Quando o objetivo da madeira é para serraria, in-dependentemente da espécie, naturalmente há uma necessidade de maior ciclo para que as ár-vores tenham tempo para crescimento.

Em Portugal, entretanto, mesmo com o plan-tio de eucalipto, o ciclo médio é de 12 anos, qua-se o dobro da média do Brasil, o que se deve pre-dominantemente a fatores climáticos. No Chile, que possui inverno rigoroso, há um forte merca-do de madeira para serraria com foco no pinus e o ciclo pode chegar a 24 anos. Com todo esse tempo, o que está sendo colhido atualmente foi plantado sob condições de planejamento e tec-nologias muito distintas das atuais.

Nesse aspecto, o fator tempo torna-se muito relevante, pois na proximidade da colheita, elemen-tos como planejamento de estradas em função da tecnologia de colheita adotada são signifi cati-vos. Como planejar e construir estradas também necessita de tempo, as empresas precisam an-tecipar suas preocupações com a colheita, come-çando até três anos antes de iniciar a operação. Esse período é necessário para realizar o plane-jamento mais otimizado da construção da estra-da. Fatores como a liberação de licenças, cumpri-mento de aspectos legais e ambientais e a pre-paração do local onde a madeira será depositada

para posterior transporte requererem também muita atenção.

Quando as áreas são predominantemente planas, a própria beira de estrada torna-se local de depósito da madeira (fi gura 1).

Porém, em terrenos de alto declive, construir estradas largas sufi cientes para comportar a ma-deira torna-se muito caro, sendo necessário pla-nejar campos de depósitos (fi gura 2).

Nesta imagem é possível observar um con-junto de estradas e alguns pontos que represen-tam esses campos. Os campos geralmente são planejados considerando: o melhor local, para oti-mizar o custo de construção (do campo e estra-da) e também o alcance das máquinas de colhei-ta. Comumente utiliza-se também torres com ca-bos para recolher as árvores derrubadas nas áreas declivosas. Nestas áreas com o ciclo de colheita mais longo, é comum aproveitar as áreas constru-ídas de estradas para plantio pós colheita.

O planejamento do próximo ciclo é realizado somente após 24 anos, levando em consideração condições e equipamentos de colheita da época.

Diante de todos esses desafi os, os gestores de planejamento de colheita lançam mão de fer-ramentas de gestão de informações confi áveis para resolução de problemas complexos e apoio às suas decisões.

Já nos Estados Unidos, existem outros de-safi os, pois há uma grande variabilidade de espé-cies de árvores nas fazendas e, sem divisas físi-cas, tais como estradas, o planejamento é reali-zado considerando a ocupação espacial. E neste caso, há necessidade do uso de ferramentas mais especializadas para planejamento das entradas e/

Figura 1.

Figura 2.

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ou maior necessidade de esforço humano para realizar o planejamento de colheita e transpor-te da madeira.

Eficiência e produtividade das máquinas

Após vencer os desafios do planejamento, as empresas passam a concentrar seus esfor-ços para obtenção de eficiência e produtividade na execução da colheita em si.

Hoje, muitas inovações tecnológicas estão sendo incorporadas às máquinas e equipamen-tos para maximizar a produtividade e minimizar riscos e custos. Com a possibilidade de maior uso de IoT (Internet of Things), as empresas cap-turam dados gerados pelas máquinas (máquina base e também cabeçotes) para avaliar motivos de paradas, tempo que os equipamentos ficam ligados, tempo que ficam inoperantes, dentre ou-

tros aspectos. Essas análises ajudam as empre-sas a identificar oportunidades para aumento de eficiência. O aumento de eficiência de 30 minu-tos por dia por máquina, dependendo de número de máquinas e operadores, pode gerar uma redu-ção de custo na casa de milhões de reais.

Existem inúmeros desafios que precisam ser ultrapassados no dia a dia das empresas flores-tais para alcance da excelência operacional. Espe-cificamente no processo de colheita, é importan-te que os gestores possam contar com um bom sistema de gestão para suportar todas as eta-pas da atividade, começando pelo planejamen-to, com informações confiáveis, estruturadas e rápidas para apoio à melhor tomada de decisão. E durante a execução da colheita, com as infor-mações capturadas das máquinas, é possível re-alizar o controle de qualidade das operações e a melhoria contínua do processo.

O Grupo Salmeron, especializado em reci-clagem e valorização de resíduos, geração de energia renovável, locação de máquinas e ou-tras soluções ambientais, está com uma nova fase de investimentos direcionados à inovação para a coleta e o processamento de resíduos de madeira. O novo projeto tem como foco o abastecimento de caldeiras e, para isso, será necessário dobrar a produção de cavaco de ma-deira por meio do processamento em tritura-dores e picadores.

Para esta etapa, a empresa terá a demanda de novos equipamentos e deverá contar com o apoio, já firmado, com a Vermeer na nova em-preitada. “A Vermeer já é nossa parceria de mui-to tempo e, claro, vai fazer parte deste nosso novo projeto”, afirma o gerente de contas do Gru-po Salmeron, Marcelo Almeida.

A parceria deu tão certo que até mesmo o maquinário da Vermeer que a empresa já possui é destaque no site do grupo, ao citar a locação

de equipamentos como uma das soluções que oferece ao mercado. Com quase 40 anos de atu-ação, o Grupo Salmeron é reconhecido pelo pio-neirismo na reciclagem energética e pelo amplo investimento em melhorias e inovações no ser-viço de gerenciamento de resíduos e geração de energia renovável. Além das unidades ope-racionais em clientes espalhados pelo Brasil, a empresa possui unidades operacionais próprias nas cidades de Campinas, Jundiaí, Cotia e Soro-caba (todas no Estado de São Paulo) e São Pe-dro do Ivaí, no Paraná.

Recentemente, a Salmeron buscou na Ver-meer a resposta para uma demanda de um cliente, que estava com uma máquina do setor de celulose que não atendia às suas necessida-des. Esta empresa usa resíduos da casca da ma-deira no processo produtivo, mas sem passar pela etapa de peneira deste subproduto. Nes-se caso, apenas ocorre a tritura da casca, que vai para a caldeira.

NOVO PROJETO NO PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS DE MADEIRA É O FOCO DO GRUPO SALMERON

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A Husqvarna, empresa de origem sueca que está há 40 anos no Brasil, fabricante e líder mundial em equipamentos para manejo de

áreas verdes, investe em trazer para o Brasil sua linha de produtos a bateria de alto desempenho, com dois focos de aplicação: Equipamentos para uso Profissional, com alto desempenho, econô-micos e desenvolvidos para reduzir o esforço físi-co do operador , e para uso Ocasional, cujo foco é o público doméstico, com diferenciais que ga-rantem resistência e durabilidade alinhado à faci-lidade de operação pelo usuário.

“A linha a bateria da Husqvarna tem desem-penho equivalente à dos motores de média cilin-drada movidos a gasolina, com o benefício de não consumir combustível e não poluir o meio am-biente”, explica Mario Fortunato, gerente de Pro-dutos da Husqvarna na América Latina. “A potên-cia dos motores e a ótima relação entre durabili-dade, leveza e recursos inteligentes fazem com os equipamentos a bateria da Husqvarna garan-tam mais conforto e desempenho para o usuário, seja ele profissional ou ocasional. Essa é a chave para a alta produtividade em qualquer trabalho.”

Os produtos da Linha Profissional disponíveis no Brasil são aparadores de cerca viva, aparado-res de cerca viva articulados, motosserras, poda-dores de galhos, sopradores e roçadeiras. Com comandos intuitivos e baixa emissão de ruídos, esses equipamentos garantem conforto até em

turnos mais longos. Para a linha Ocasional, es-tão disponíveis motosserras, sopradores, apara-dores de grama e aparadores de cerca viva. São equipamentos práticos, sem emissão de ruídos ou fumaça, que proporcionam maior liberdade de uso ao usuário.

“Aqui no Brasil, assim como no resto do mun-do, a roçadeira profissional é um grande desta-que de vendas. O podador de galho também faz bastante sucesso porque seu desempenho é su-perior ao do mesmo equipamento a combustão”, comenta Fortunato. “Outros produtos de gran-de demanda são os sopradores e as motosser-ras. Mas, de forma geral, a linha toda está sendo muito procurada para trabalhos profissionais pela redução de ruído e pelo baixo custo operacional.”

Linha Profissional: Aparador de cerca viva Aparador de cerca viva articulado Motosserra Podadores de galho Sopradores Roçadeiras

Linha Ocasional: Motosserra Sopradores Aparador de grama Aparador de cerca viva

HUSQVARNA INVESTE EM LINHA DE PRODUTOS A BATERIA DE ALTO DESEMPENHO

A performance desses equipamentos é equivalente à dos motores movidos a gasolina, com o benefício de não consumir combustível e não poluir o meio ambiente

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MERCADO

JAN-NOV 2018

Font

e: A

NFA

VEA

Unidades 2018 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Ano Total 1.602 2.399 3.522 4.137 3.280 4.926 4.739 5.037 4.916 5.039 3.754 - 43.351 Tratores de rodas 1.157 1.873 2.859 3.520 2.833 4.190 4.037 4.299 4.058 4.029 2.833 - 35.688 ATÉ 80 CV 624 833 1.344 1.338 1.205 1.835 1.884 1.945 1.930 1.683 1.304 - 15.925 DE 81 CV A 130 CV 302 593 918 1.308 1.033 1.477 1.142 1.215 1.153 1.270 1.027 - 11.438 ACIMA DE 130 CV 231 447 597 874 595 878 1.011 1.139 975 1.076 502 - 8.325 Tratores de esteiras 23 33 36 42 25 56 42 62 39 32 40 - 430 Cultivadores motorizados* - - - - - - - - - - - - - Colhedoras de grãos 270 329 419 354 248 480 405 417 536 643 684 - 4.785 ATÉ 265 CV 133 144 173 129 101 186 128 173 181 199 239 - 1.786 DE 266 CV A 410 CV 101 133 162 177 91 172 220 177 222 272 296 - 2.023 ACIMA DE 410 CV 36 52 84 48 56 122 57 67 133 172 149 - 976 Colhedoras de cana 80 44 84 89 37 33 30 34 39 93 23 - 586 Nacionais 80 44 84 89 37 33 30 34 39 93 23 - 586 Importadas - - - - - - - - - - - - - Retroescavadoras 72 120 124 132 137 167 225 225 244 242 174 - 1.862

Vendas internas totais no atacado de máquinas agrícolas e rodoviárias

* Empresas não associadas à Anfavea

Unidades 2018 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Ano Total 775 933 1.228 1.124 1.055 1.082 1.218 1.206 1.092 1.020 1.094 - 11.827 Tratores de rodas 281 379 621 659 508 568 636 610 559 630 456 - 5.907 Tratores de esteiras 237 224 260 218 327 240 336 360 270 143 410 - 3.025 Cultivadores motorizados* - - - - - - - - - - - - - Colhedoras de grãos 84 118 82 60 47 47 54 30 67 47 80 - 716 Colhedoras de cana 5 10 33 26 7 21 28 34 26 30 - - 220 Retroescavadoras 168 202 232 161 166 206 164 172 170 170 148 - 1.959

Exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias

* Empresas não associadas à Anfavea

Unidades 2018 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Ano Total 2.724 3.905 5.371 5.005 4.588 5.307 6.740 6.783 5.750 7.448 6.619 - 60.240 Tratores de rodas 1.683 2.727 4.100 3.821 3.499 4.002 5.223 5.279 4.285 5.874 5.125 - 45.618 Tratores de esteiras 278 301 305 351 311 308 368 450 341 362 386 - 3.761 Cultivadores motorizados* - - - - - - - - - - - - - Colhedoras de grãos 413 471 487 416 385 578 663 579 581 749 671 - 5.993 Colhedoras de cana 95 96 90 44 82 59 84 60 184 56 69 - 919 Retroescavadoras 255 310 389 373 311 360 402 415 359 407 368 - 3.949

Produção de máquinas agrícolas e rodoviárias

* Empresas não associadas à Anfavea

Unidades 2018 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Ano Total 1.602 2.399 3.522 4.137 3.280 4.926 4.739 5.037 4.916 5.039 3.754 - 43.351 Nacionais 1.592 2.394 3.514 4.132 3.272 4.919 4.727 4.967 4.881 5.009 3.740 - 43.147 Importadas 10 5 8 5 8 7 12 70 35 30 14 - 204 Tratores de rodas 1.157 1.873 2.859 3.520 2.833 4.190 4.037 4.299 4.058 4.029 2.833 - 35.688 Nacionais 1.154 1.872 2.855 3.520 2.827 4.184 4.027 4.232 4.024 3.999 2.819 - 35.513 Importadas 3 1 4 - 6 6 10 67 34 30 14 - 175 Tratores de esteiras 23 33 36 42 25 56 42 62 39 32 40 - 430 Nacionais 16 29 32 37 23 55 40 59 39 32 40 - 402 Importadas 7 4 4 5 2 1 2 3 - - - - 28 Cultivadores motorizados* - - - - - - - - - - - - - Nacionais - - - - - - - - - - - - - Importadas - - - - - - - - - - - - - Colhedoras de grãos 270 329 419 354 248 480 405 417 536 643 684 - 4.785 Nacionais 270 329 419 354 248 480 405 417 535 643 684 - 4.784 Importadas - - - - - - - - 1 - - - 1 Colhedoras de cana 80 44 84 89 37 33 30 34 39 93 23 - 586 Nacionais 80 44 84 89 37 33 30 34 39 93 23 - 586 Importadas - - - - - - - - - - - - - Retroescavadeiras 72 120 124 132 137 167 225 225 244 242 174 - 1.862 Nacionais 72 120 124 132 137 167 225 225 244 242 174 - 1.862 Importadas - - - - - - - - - - - - -

Vendas internas totais no atacado de máquinas agrícolas e rodoviárias

* Empresas não associadas à Anfavea

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Nosso objetivo: “Ser líder em fabricação de cabinas e componentes, fabricando produtos com alto padrão de qualidade, para poder satisfazer plenamente as necessidades de nossos clientes de maneira criativa e efi ciente”.

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