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OS SELVAGENS DE S. PAULO

Em tres tribus ou grupos podem ser divididos os selvagens que habitam os sertões de S. Paulo : Caynás, Coroados e Char~antes. - Não é nosso fim tratar desenvolvidamente do que

diz respeito a esses aborigenes, mas dar uma breve no- ticia da lingua, usos e costumes e caracteres physicos de cada um delles.

Neste artigo nos occuparemos dos primeiros.

Os Caynás

A sua lingua, com leve alteração, é a gumaly, e á farnilia deste nome podemos, sem duvida, filial-os.

Cmno todas as linguas dos indigenas da America, pertence a sua ao grupo das agglutinantes, em que os eleinentos que entram na contextura da palavra não conservam todos seu valor proprio : ha a raiz principal, que se mantem inalterada, e a raiz ol-i raizes secunda- rias, que perdem a independencia, atrophiam-se e fun- ccionam como elementos modificativos da raiz principal.

C!bmquanto rudimentar, têm os CaynAs sua gram- maticn.

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Possuem tres pronomes pessoaes, coni que desi- giiam as tres pessoas do singular : che, eu, dr'. tu, e uprá , elle. Estes pronomes prefixados a substantivos denotam possessão. Ex. : juá , braço ; Chejui , o meu braço deiuá, o teu braço, ~rpeájlrá, o seu braço ou bra- ço delle.

Os teinpos verbaes s&o lodos derivados do iiifinito, a cujo final agglutinaiii a terminação cngrré ou a g u á , para indicar o passado, e ~71'a 11 OU LI ligcíve, para ex- primir o futuro, scndo as pessoas discriminadas pela prefixação do respectivo pronome pessoal seguido de n quanto á 1:' pessoa e de o quanto á 2.' e 3.' A fórma do presente é a mesma do infinito, prefixados a esta o pronome e letra euphonica. O participio fórma-se tam- bem do infinito, agglutinando-se-lhe a terminação o : n ~ ou Nza. Exemplos; sejam os verbos ~ l i o ~ l h á , correr, e m ~ n d ó , mandar.

C ~ ~ L Z I ~ Z O ~ Z ~ ~ , eu corro Deornonhd, tu corres U p e o m ~ n h á , elle corre CheL~monhúagué, eu corria Deomonhd.~gué, tu corrias lJpeoltlr)llháLtgué, elle corria í ~ 7 1 ~ e L 7 m ~ ~ i ~ d ~ v n n , eu correrei L)c~onzanhaava~i, tu correrás CJpeo~nor~hász~a~z. elle correrá -Morlhn'oin.7. co~reiido Ch~anzondd , eu mando I)eoinondí, tu mandas lipeotlzon ió, elle inanda Cheamo~td(íag-~tii , eu iiiandars l ) ~ ~ o t n o ~ i ~ i ó a g ~ ~ ~ i , tJii i~innclavai:

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Chepmoizdóa ngave, eu mandarei Deomondóa?tg~?ve. tu mandarás .2íoudoirt~~, mandando.

Têm alguns adverbios para as circuinstancias de tempo e logar ; de tempo : clrcP, honterri, ar~ngrrè, hoje, coet-ai~~o, amanhã, ang-ave, logo : de logar : coipi~, aqui, trpipe, ali.

Para exprimirem os sete iiumeros simples (um a sete), termo de sua numeração, einpregain os nomes ( r - [eil, ~troclzoe'rz, boapr', ir-irrzily, tinl~er-nin, temová e boù- per-n'.

Quanto aos costuiiles. Os Caynás aridain nús ; os hoinens coinpletamente e as mulheres apenas velam as partes genitaes com uma tanga de enibira trançada. Usam furar o labia inferior, collocando na abertura um pedaço de resina. Os hoinens trnzein os cabS!los corta- dos. Sepultam os cadaveres dos da sua tribu, em posi- ção horisontal, e são I-espeitosos para com a velhice.

Tem unia unica industria e ainda lirnitada ás ne- cessidades domesticas-a fabricação de loii<;as de barro, a qual é exercida pelas mulheres.

Suas arinas são o arco, a flexa, a lança e o t,acape. São os Caynás de côr tle cobre ainarellado, tém a

fronte saliente e aloiiibada, os cabellos pretos, grossos e lisos, os olhos tainbein pretos e bridados. rosto achata- do, labios grossos, orelhas grandes, queixo saliente ; seus ~neinbros são reforçittlos, os pés pequenos e as unhas &ata+.

Sã0 naturalmeiiie iudoleiites. ainda que alguiil tan- to robustos e raleiite~.

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Padre Jezuino do Nonte Carmello No seculo XV, quando as sciencias renasciain na

Italia e as bellas artes florescinin rapida e brilhante- mente, tiasceu ein 1452 ria aldeia de Viiici, perto de Florença, Leoriarclo de Virici, uin dos maiores genios das bellas artes e das sciencias de que a liistoria tem perpe- tuado onoiiie e a gloria. Filho natural clc uin obscuro iiota- rio de noinepiero, desde a inais telira idade manifestou de- cidida vocação para as artes e priiicij,altnente para a pin- tura. Seii pae, observando os seus variados e tão precio- sos talentos, levou-o a Floranqa, apresentou-o a Ve- racliio, piritor ja bem coiiliccido, c pediu-llie que adinit- tisse o iiienino Leoi~ardo coiiio :y)i.cridiz ein seu atelier.

Aos vinte anilos cle idatlc, o discipulo de Veraohio era já iiin celcbre pintor, csciili)tor, arcliitccto e inusico, e depois de mais alguns alilios era tainbein recorihecido coino uin grande lioinein de scicncias.

Se Leoiiardo dc Vinci tivesse nascido ein;Ytú no ul- timo quartel do seculo passado, coino o I'adre Jezuino do Monte Carmello, de unia fainilia obscura c pobre, rião passaria da altura do Padre Jezuino, assim coino este, se tivesse nascido na Itnlia, na segunda nictade do seculo XV, talvez tivesse alcançado nas bellas artes a brilhante reputação de Leonardo de Vinci, se encontrasse

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( ) 1':~tli.c Jcxiiiiio L I I ) C ~ ~ : I S po~le : I~)I*CII~ICI~ :ts l)i'il:~cii.:ts letti.;is, tlcii-sc :xo oficio tlc piiilor I):W:L g:iirli:tr o pao tle catl:~ tli:~ e vivcri disw :tlg~1113 : i i i i~~s . NLLI~~ ' :L viu 11111

:~tclici. l)iiiliir:l, iiciii tovc i i i i i iiic>~ti.c c~iial(liici; eiilrc- t:~iito clic~goii a .cr i i i i i I)oiii ~)iiiloi., t.ic:iill)ior. iiiiisicw colii- 1)tfiitoi- c :~rcliitecto, coiiio :itli;iillc sc riiosti.:ri~:i.

Jcziiiiio e:iqoii-sc, tcvc ircs jillioi c nii1:l lilli:t, c cbii-

viiivou :LOS triiitit : I I ~ I I O < S 111:~is 011 I ~ ~ C I I O S (1c e(l:idc. Nc's\e tciiil)o Soi 1)rocwr:itlo l):~r:\ eiicarrcg:~r-ic~ dc f:izttr II:L IgrckJ:~ do ('ai.iiio 'ilgui~irts piiitiiras, tle tjuc ~ 1 1 : ~ iriuito l)rcc~isavn. E ~ : L (~iiláo prior c10 ~011~01110 1.10 C ( : I ~ I ~ I ~ 11111 frade poitii- gwx, C ~ ~ : L I I I : L ~ ~ ~ Irei l'lioi:i&, cliic, sc.g~in(lo :L traclicçáo, cru Iioiiiciii illiistrwtlo e coiilic~ci:~ I~ciil :is iri:~tlleiii:~ticas. Frei Tlioiiic, ciiicyuuiito Jeziiiiio tr:tl):~lliava, cst:lv:~ sciiiprc ali :I 1):~lcsti-ar coin cllo; logo coiilieccii :X sii:i graiicic iri- telligeiicin c iiuina tleisns 1)alestras llic tlisscra Jcxiiiiio : -« 1)cstlc :L rriinlin ii~ocitlatlc tive dccitlicla voc:~ção 1):ir:L o estudo ecclesiastico e 1150 iiic orderici, coirio tanto cle- sejttva, porque a pobreza tlc ~lliiill:~ í':iiliilia iifio periiiit- tiu que cu cstudassc o latirii; tlci-rue :L cste oficio cor110 i i i i ~ irieio de vida. Agora qiic eitoii viiivo, qua1it:is vczcs iiie te11110 le~i~br:lclo coiii ii1:lgiin o 1150 saber latiiii; se (lu o soiibcssc niiiila i i ~ e ordei~aria. »

Replicou-llie ei~tão Erei 'I'lioiilú : « Ri C esse o uiiico obstaculo, furtai .ido vosso tral)ulllo clo nina :X tliiws 11or:~s todos os dias e ide :L iili~ilia ccllu ; e cii vos gnr:~iito qiie ein tlois niiiios estareis 1i:ll)ilitado 1ltli.n vos ordenardes. »

Jeziiirio assim o fez, e eiii dois aniios era o P:idre Jezuino do Moilte C:irincllo, tão eelel)rc 1)el:xs obras cic arte quc fez, coiiio urniido c adiiiirutlo 1)or suas graiides virtudes.

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A Igreja do Patrociiiio é obra excliisivaiiiente siia c: clc seii fillio Elysèo, cliic o njiiclav:~. E m Ii.entc n cisn Igreja construiii i~:ii.:i si iiiiin casa, qiie :linda esis- tc c toirinva toda n lnrgiinb tlo pnteo, a qual era. iiiiin csl'ccic tlcl ceiiobio oiide i e ~ i i ~ l i : ~ coiii LICIIS qiiatro fillios c coiii o iiieilino Joúo l'aiilo, crc:ldo o ctlucatlo por elle.

A cste iiiciiino Jo5o 1':~ulo ciisiiiou elle iiiiizicri, Ccz estiidar 1:ltiiil coin o I':i(lrc Alcstrc hI:~iioel ZFlorjaiio c ortlcii~lr-se. O Pnclrc Joúo I'í~,iilo toi,iioii-se rn:~is tartlc i i i i i 1:~tiiiist:~ nbdiszdo c sn1)stitiiiii o l'aclrc, M:liioel Flo- ri:~iio II:L cndcira tlc 1:btiili (1:~ villa de Ytíi.

O I'nilre Jcziiiiio trouxe la~iibeni para a siia coin- 1):~nliia os seus iriiiãos .JosG Iiiliz e Fraricisci, do hfon- te Cnriiiello c a siia ii.iiiú hIari:~, qiic for:tiii por clle crcndos e cd~~cndos, e tornar:~iii-se 1)esso:is iiteis n so- ciedade. Na sua casa totlos ci.nili berii riiiílos, priiici- pt~liiieiite os pobres, qiie sei1il)i.c ciicoiif i.:~vaiii ilella con- forto e agasnllio.

Dos tres fillios c10 I'ntlrc Jczuiilo, dois, S1111no e Elias, taiii1)eiii rcccl~eraiii ortlciis s:icrns c for:iiii boiis sncerdotcs, especialiiicntc o Padre Elias, qiie foi uiii santo vnrao e inorreu velho, seiiipre gosniitlo tln nxtior esti~iia. c veiieraçzo do 11ovo Ytnario, por suas virtudes cvaiigclicns c pela piii.ez:L (le sciis costuiiles . O tercei- ro fillio, Elisco, casou-se c foi scinpre o nusi1i:u tlc seu 1):ii coiiio piiitor c esciilj)tor, c riotn1)iliso~i-se pcl:~ siia c~xli.aorc1iiiaria voz (Ic 1)niuo l)i*o[iiiii30 ; iiuiic:~ ii:ts egrc- j :~ , tlc Ytú sc oiiviu voz iii:iis gravo, iiiais soilóra e pro- fniitln.

1':ulrc Jcziiiiio eii~pl.elic~iidcii :L coiistriicy~o <]:L Igrc,j:i i10 I'ntrocinio, 1)etliiitlo c~.iiiiol:is : ~ o povo e tr:x- l):~llia.iido ellc c sciifillio ElisCo c.oiii :L Ileis~~vil':iiiçii, (I('- i , c o i i o i ~ i i ~ c o c 1 t i l i etlilica

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uina casa para a sua residencia ou constróe uina ]na- quina coin a qual espera ganhar uina fortuna. Entre- tanto, estes dois hoiilens nada esperavam receber neste mundo ein recoinperisa de tanto trabalho.

Padre Jezuino organisou, clle niesino, a plarita da sua egreja e execiitoii-a tal e qual como existo até lioje. Tudo quanto alli se vê de architectura, esculptiira e pintura, é obra exclusiva destes dois bravos lioinens, que se rião tivessem vivido ein Ytú naquelle teinpo de tanto obscurnntis~no, seriam celebres architectos e graii- des inestres das bellas artes.

Ein 1817 concluiu-se a obra e preparou-se a inaii- guração para o inez àe Novembro. Padre Jezuirio deixou então o escopro de esculptor coin que tinlia feito as iinagens precisas para o templo, o pincel coin que tinlia feito as pinturase qiiadros, e o compasso do ar- chitecto, toinou a penna e escreveu todas as musicas iie- cessarias para a festa da Senhora do Patrociriio.

Este homem, que nunca tivera uin mestre de inu- sica que lhe desse alguinns lições de coiitraponto, escre- veu as iniisicas para novenns, vesperns, matinas so- leinnes, t e -d~unz lnzrclnmus, pangelirigiia. e inissn solcin- ne n dois córos, que foram executaclns nas grandes festas da. iriatiguração, coin applausos dos irielliores inestres (to musica da Capital, entre os quaes figiiravn Aiidré da Silva Goiiies, compositor muito estiinado iiaqiielle teinpo, professor publico (le lntiin e rlietoric:~ einS. Pau- lo e iiieinbro do Goveriio Pi.oviçorig de 1821-22.

Depois coinpoz tot1:l.s n.; inusicaç precisas para as festas da Seinana Sftiitn, coln inatiiias dc quarta, quinta c sexta-feira musicas que até lioje ainda silo cantadas iiessas festas.

O escriptor e poeta portuguoz Einilio Zaluar viajou

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eiri 8. Patilo ein 1858, niais ou inenos e ilas suas inl- pressões de viageiri, que publicou em jorrial do Rio, dis- se o seguinte : - «Ein Y t t ~ Iia o teriiplo da Seriliora do ((Patrocinio, de estylo gothico que attrae a attriição do ((viajante pela sua belleza e eleganeia; iieiiliuiii viajante cdeve deixar de vel-o.»

Ein 1862, iliais ou iiieiios, quando eu residia no mu- nicipio cle Campinas, o finado senador rniiieiro dr. Firiniilo Rodrigues Silva, que foi jornalista ilotavel e uni dos luzeiros do parlairieiito brazileiro, foi a Cainpi- rias eiii viagem de recreio. Depois de estar dois dias ein ininha fttzerida, levei-o para Ytú, e como n&o hou- vesse ainda estrada de Cerro fizeinos a viagem ein troly. Caininliamos, pois, sete loguas iio inesino assento e iniii- to conversanios durante a viageiii, que durou quasi todo o dia. Então tive occasião de coiitar-llic a historia dacons- trucção da Igreja do Patrocinio c repeti-lhe o que desse templo dissera o poeta Zillunr.

pois quero ver esse teiiiplo amanha, ine disse elle. No dia seguinte lá foinos ; estava a egreja aberta, inas deserta porque :i inissa do dia j6 tinha sido dita. O se- nador entrou, parou eiii baixo do coro e cin silencio exairiinou e observo11 tado por inuito teinpo; seguiu depois, vag:trosairieiltc, at8 a cn~ella-iriór, continuoii a observar todo o interior do teiiiplo e voltoii a encoritrnr- se coin~rligo. Entuo llie disse eu: - ((Seiihor senador, «o que aclia ? Zaluar teiii oii 1150 razno iio que dissc <desta cgreja ?» - Não tc-iri r'isiio, I ~ C resyoiicleu seiiteii ociosairieiitc, «isto iimica foi estyio gotliico.))

((ICiitão que estylo leiii ?» perguntei-lhe eu. - «Ne- eriliuin, me replicou ellc ; não é gothico, ilein dorico. ciiein coriiitliio, ri50 tein estylo algiirn coiihecido ; po- aréin, é nisto rnesiiio que está o seii grande inerito. E'

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«ii~ii parto S U ~ gefze~is , iiin estylo origiiial, que saliiii da «cal)cça c1e iiiii artistq iliie 1150 (aoiilieceu systeiiin «:~lguiri rle nrcliitectur:l, inas que tili li:r ii:r cal ~cçn o «ideal tla arte. E' uin tciii1)lo digiio tle vci.-se pel:i, sii:i « c1cg:iiicin e origiii:iliclaclc . »

Em Yoveiilbro l)roxiillo pnssntlo estive ciil Ytíi t.

1mssan~lo pelo largo clo I'atio(aiiiio, iiotci qiie a Tgi.<:jn cstav:~ coiu iiilia I':~ch:~(l:l iiiteir:iilie11tc i~ov:x e ~legaiitc ; gostei tle vel-:L assiin reiiovntla. Notei t:~iiibciii quc f;iziaiil-se ol;)rns interiores ; ciitrci c vi q11e tiiill:~ii~ sido tirnd:ts nc~iiellns hoiiitas coliiiiiiias, qiic c111 distsiici:~~ rcgii1ai.c~ siibi:~i~i ~i i i i~lns As 1):~rcde~ :~t(\ ccrt:t :~ltiirn, oiidc serviaiii de l)cclcstal oii poiitos cle :~poio par:^ o m i c o s , t1iicatrr:~vess:ivaiii o espaço (le iiiiin coliiiiiiin :L oiitr:~, fiii- giiiclo siisteiitarei~i o tccto coiii os sciis graiitles zii~il)o- lios. Eram exnctniiieiitc aqiicllas coliiiurins, ~~(~ i i e l l c s arcos e ziiiiborios que davaii~ no tciiiplo a clcgaricin iii- tcrior c n origiii:llitladc que t:tiito iiiipi~rssio:iaraiil o 1)c)cta Zaluar e o sciiaclor Firiiliiio Silv;~. &'j(lii(~i co~i - trista(lo, e salii logo, iil:rgiindo pela i(lci:t qiic o teii~plo i;i ser todo rcforinado e iie~a1)pnrecci.i:~ paix seiril)re o iiioriuiiieiito quc attestavti (pie eiii Ytíi lio~i\-e i1111

Iioiilcrii tle gciiio :~rtistico cluo tiii11:i i i i i i : ~ giaritlc ca. I)eça, :~ssiiii coiiio iiiii gr:uitlc eorzçno c gi:~iides vir- tii<1cs.

Si havia iiecessiclacle cle fazcreiii-se coliiii~iias (lo ti.jolos, qiie firiiiassc : ~ s p:iretlcs, tlc\-i;liil faze1 as, poi.ciii, sciiil)re ~ecolloctlndo :is :iiitigns coliiiiiiitrs iios seiis lo- gnres, niiidns as paredes de 11iaiieir:i n ser coiisei.v:~do o iiiesiiio origiiinl estylo d e arcliitcctur~l. N5o sei si nssiiri sc SarB, iiias sei5 uiii criiiic tlc lesa nrtc e dc l c s :~ tr:iclicq:io si o ii5o f izciciii. 11 c:i1)(~11;x-iii(íi- iião ti - ii1i:i aiiicl:~ siclo tocatl:~, c si for coiisei.v:icla. s(li.:i isso uilin

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:~lteirii:iiitc :to tlclicto tla tlcsti.uiç50 tl:is ol)r:is 1)riiiiiti- v:ts tlo corl)o cla 1grcj:t. ( )s 1)oiis Ytii:iiios, :iiiiigos tl:r siia terra c zclat!orcs tias sn:i.; 1ioiiros:is tr;~clicyõcs, (!c.- viairi iiitervir c oblcr dc tliiciii dirigc as iiov:ts o1)r:is ~ I I C

t1cix.e no iiiciios :L c:11pc11:1-11101. illt:~ct:i, :i!jin (1c (111~ por (111:~ se 1)oss:~ julgar o rliic foi :: 1)riiiritiya Igrc1j:i (10 1':~- trociiiio clo P:~dre Jeziliilo, cssc ii1oii~1iiici1to iii:iiiori-e- t1oiii.o tlo sei1 gciiio ortiçtico.

O fillio Pndro Siinno, cjuc coiiscrvoilL :L(~I IC~~:L Igr('j:l (1cl)ois do 1850, gii:irtlava c01 i i aiiioi. fi1i:il tiido

qi~:uito i6rn oljrii. de seu pai, c tiiilin 1)ciii co1iserv:itl:~s tot1:is :~s iiiusicas de sua coii1posiç5o. Niío sei qiieiii foi seu Iicrtleiuo, iicin oiide 1):1r:1111, iicni si i : ~ i n t l ~ cais- teiii 21s tliffui.ciites 1)cç;~s (Ic I I ~ U S ~ C : I R ~)i.r)l)ri:is 1):~ra :is grandes Scstas que oiitrórn sc cclel)l.:avniii iincluclle teiriplo.

13:~ cerca dc viiltc c cinco niiiios tive occnsiáo c?e pci-gunt:~r' ao fiiintlo Marioel Jose Goiiies, pai tlo graii- tle innestro Carlos (:oiiies, o qual fora ninigo e adinir:~- dor do Paclre Jczuirio c todos os ariiros ia a Ytíi tocar o priineiro violino nncjuella Sesta, si coiiservnva alguinn das iiiiisicas coiiipostas pclo I'adrc Jczniiio. Respoli- dcii-irie que as tinlia todas e as coriscrvava com grari- dc ciiiclado, e quc alguiilas vczcs ainda se eritretinlia tocaiiclo ern su:i rabéca longos treclios clcssas n~usic:~s tle tzo saudosa recordaçzo. E' posqivcl que os seiis B11-ios, Carlos Goines c R:LritlAriiia Gomes, as coiiserveii~ e teriliam iiell:ts feito os scns 1)riiiieiros ~)nssos na s~i1,li- me nrtc de Verdi e hlozart.

Como j6 disse, a casade morada do Pndrc Jeznirio era iiina especic de cenól~io, onde viviaili :ilgi~irs p i ~ - dres e outros agregados :i fniirili:~ hloiitc Cariiiello ; era tainbeiii o logar de re~zdez-nous diario cle outros pa-

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clres e de muitos ainigos. Naquelle tempo liavia ein Ytíi inuitos padres ; ri50 desses que se ordenairi por officio, rnas por vocaç?ío natural e desejo de bem ser- vir a huinanidade, segundo as suas crenças religiosas. Erarn esses padres quasi todos fillios dos inais abasta- dos e aristocraticos fazendeiros, entre os quaes prepon- derava ri ideia que toda a famiiia nobre devia ter um filho no exercito e outro no altar. Os padres frequen- tndores do cenóbio patrocinista eram desse genero. k'tú tiiiha entgo cerca de virite e cinco padres, fillios do logar e quasi todos riotaveis por suas virtudes. Citareinos os noines de alguns:

O frariciscano Frei Igi~acio de Sarita Justina, perten- cente á fainilia Silveira, era intelligerite, tirilia estudos profundos de philosophia tkieologica e foi le~ite dessa materia em Liin coiiveiito do Rio de Janeiro. Este foi o professor do grande orador sagrado Moiite Alverric, que, quando por sua vez tornou-se professor cla iries- ina materia no inesmo convento, frequeiiteineiite ci- tava coin respeito, nas siias preleções, as opiniões clo seu mestre (((frei Ignncio de Santa Justiria, que ainda vive rm Ytú», accrescentava elle). Jicfcriu-me este facto o (Ir. José Marioel da Costa Bastos, natural da cidade cle Cainpos e aritigo cliscipulo de Monte -Alverne.

O Padre Arrudinha era táo virtuoso que p:issava. por santo; era tal a faina das suas virtudes clue ao des- cer o seu cadaver no fundo da scpult~i~:~, o povo julgoii ver esta toda illuminada; a noticia cspalliou-sc e foi gerdinentc acreditada, c a tradicçáo deste inilngre exis- te até o presente. O Padre João Lcitc Ferraz, oii do Sainpaio, era conhecido pelo appelliclo de Padre Sal-- gento-mór, porque tinli:~ sido snrgento-inor do inilicias, casado e fazendeiro rico; il~ais tarde enviilvarido e s8-

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bendo seu lutiin (coiiio qiiasi todos os fweiideiros tle Ytú), orderioii-se e foi uni sncerclote exemplar. O Pa- dre ,4ntonio Joaquiin de Mello foi lioineiii clt: iiitelli- geiicia superior. tornou-se bispo de S. Paulo ein 1851, voltoii a residir ein Ytú e alli i-iiorreu ein 1861. O Padre José Galvão de França foi iiin cidadão distiiicto e bom sacerdote. O Padre Fraricisco Paclieco, que sendo f~zendeiro rico, ordenou-se, deu tudo quanto pos- suis ein esrnolas e inorreii pobre. O I'adre Manoel Floriario era filho do celebre capittio iilór Viceiite da Costa Taques Qoes e Arsmlia e pertencia a alta fidalguia paulistana; dedicou-se ao ensino cla lingua latina e prestou serviços a sua terra natal.

O Paclre Manoel da Silveira tanto exagerou as virtudes religiosas que inutilisou-fie, fazendo-se ariacoreta e cahindo ein vertlatleiro nervosismo inystico ; eiicer- mil-se eni uin quarto tlo cenobio, onde passoii vinte e tantos aniios sein dirigir unia s0 pala~ra i t :~lgueili e seiii responder a qiiein a elle se dirigia, excepto ao Padre Elias, filho do Padre Jezuiiio, que era n iiiiica pessoa coin quern fallavn, ein cuja coinpailhia resava, os officios divinos e ia ouvir inissa ila visinh:~ Igreja do Patrocinio; os padres Antonio Felis, Jeroriy~no Rodri- gues e outros excellentes sacerdotes qilc foram padres de coragão e não de oflicio.

Ainda a este inesino admiravel grupo perteiicia o Padre Diogo Antonio Feijó, depois scriador e regente do Iinperib, o q~ia l já nesse teiiipo n5o se liiiiitava ao estudo da pl-iilosopliin tlieologicn, inas eilsiriava a plii- losophia karitiana e outras iiiateri:ls, o ,jA era clos que no Erazil mais conheciam a sociologi:~. Coin o iiiesino ardor coin que propagav:c, a doutrina cliristti declicava- se ao direito publico, e juiitamente coiii o finado seiia-

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dor Paula Boiiza prelmrava os 1tu:rrios para a rcvolii- qáo de 1822, lia (qiinl teve gi;~ricle p:xibtc coino coiise- l l~eiro e assescor cla <.;iinarnmuiiici1>al 11e Ytú.

Eram aiilclit desse tempo os p:t<lres Vrancisco Jlei- t e Ri1)eii.o (meu tio a\o) e llelcl-iioi.. ,de Poiites A i ~ ~ a r a l . liomeiis virtiioqos r iiiteiliqeniej que, ein falta de ba- charcis, se deraiii ao eqtiiclo da jiirisi) .:1dei1ci~ e a 1)r'~tica da advoc:rcaia ; o P:tdi.c Cailipoq, ex-;é/i~iia, que a sua ciista eclificou o aiitiqo reinin:ir.io, co i i iiinti boa c ~ p e l l a , e por testamerito legon- ) 8 r.:i,ii:t:~ i n ~ r ! i j p i1 para q r i ~ delIe fi~eqse iiiiia iil~titxic2:io de c i-:Aia po~jii:ar -co:i- cliciílc r i -a :jue nãr) foi i.ea'i,,ids, 13 )I* e.11 reL cle nni estabc~!eciriicrito (li. iii-:ruc 1 ;> ,: r a e cl<:i:locratica, a q u ~ ' l c q e i ~ i j ~ ~ ! : r i ~ ~ s t x traiis-' ' # i 19 p l i i colleg'? dos paclres jesuita., oiitlt: o cric:iio 6 todo p r i ~ i ~ r q i a d o , sectario e arisioi.ratiiao e, fii~niínr'iite, o Padre ,liironio Pacliieco da Silvn, que sern o objeeto clc iiiii estudo especial, cin oiiiro :irt:go

do iio co~ireiito rlo (::i1:'1110; 2lgi;ii i 3111;~s i 1 c ~ ) o i ~ f'orarn . . OS seus opsos t:.nii-f<si.ii::>q 1 '~ r : l :i. i ~ r c j ; ~ tlo F?:<tr~-

7 . ciilio. 1)or tji.c<c?i?.:, (lc.s:~ i:::-. :,, i:: ;%< o j'l1:L.e i)ic)go Fei- j6 recitoii iiilla or.si<:?ib f>!l;~j . ;~* ci7=,c: 6 i!i:i <loci:!jieiito

. 7 . . . c i o c i c 1 I : : o . Yeyse , . . discurso tii?so I : ' . .i:) I' (>:,jo ,!:i:> c!iieiii i ':tli::~~::~ <'i)ii! l ~ i P:L-

dre .Jez:ii!io fic;it:-:i t i r : lc i o ~ . - . c3>~)liio c!ic iic.:í:.;i. siil,ju-~ . . gado, coii;o cii.:e iii::y:!ct:<&:io. i; tlt.wi:i~;i qvi i? i :; \ -ela e oiivil-o ; scn oli:kii.. ii:a To;:. sciis fie3:0.-. ç3ii1:ii attru- . . hent,e.; ; si:in ter i:iit!-!icy5o ji?~l':?qn:,:!~i:,n. sliiji:i ao 1)iil- . - pit,o e (li~co!.i.i;t soi~,~i+iiiii !,:,:-!:o c , ~ : i l , : , ~ t - : - ti<+ i.i!igiri.> oii de 1iioi~i11 i l e 1i10d~) ~172~ l j ~ ~ : l ~ ? j : t :L . , I - , . . .' ( 1 , ~ oyL~ in - tes, porrliie as suas J)LL~;LSTI'R? saliit~ni (1:~ C,:;;~::%O c erain a expressão do que elle sentia e111 sua. co:lscierici:i, ox-

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priiniai-ii o inais fino hoiii senso e nina santa phi- losol.)hia, que Ilic cra tiatura1 e i ~ ã o recebicla dos li- vios.

Erasino. o grziiide 1)iiilowplio Iiollniidez, ao acabar a leitura tlo I I ' : l ~ ~ l i l , l : r : i , ~ . cle Q'iccio (que foi a inaior i i l -

tcllip~ncia tl:i a i i t~~i i i t la i ic . qcqiiido a opiiiiáo do Padre Vriitura tlc l:.~i~licn), esc :ri~iou : - «E.sfc l i u o parece q74e f o i 17cci~rdo ],c10 111 o 1 i ~ ~ o T l é ~ i s ! » Eu creio cliie o Padre FeijO poclia accrr3-cc,lit:ii. a t.sclainaçiio de Eras- iiio ao que aciiii:~ r e fe~ i c diiei que, si o Padre Jezuirio era assim, foi l)oi*que as suas pal:ivras eram iiispirntlas pelo proprio 1)eiis.

ANTOXIO AUGUSTO Da FONSECA

S. Paulo, Agosto de 1893.

Oraçarn funebre (I)

Pregada pelo Padre Diogo Aiitoiiio Feijó iio arii- rerqario do I ' d r e .Jezuiiio do hloiitc (':ii'iiielo, ein oca- siaiii que sc iiiuLlucniii 03 os»> do llieq1no do convento do ('i1~1110 l)nra :L Igreja. c3a Srii1loi.a ilo l':iti.oeiiiio, a 2 de Juiil~o ctc 1821.

1iT012 vecetlit nicrrzol-irc 6, jus - Ecleso. <Seu i i o i ~ ~ e 11;1111 ~:iil.:t j?~~tl:lis 110 cquec.imento. O iii:il~atlo, 11~1' i1111 o ~ ~ i t > ~ n ( l o - - e d:ts cii*ciiriitancius

favoraveis nos sem tlesigiicos, toiii esl)nll~ado a faina de suas wçoiiis, e de seo iioiiic. 1);trcce disputar ao justo o privilegio ila imort:~li(I:tile.

(1) Este disourso foi publicado ern folheto ha muitos snnos, sendo a tira- gem p?queoz e distribuiria entra os amidos do finnslo. I h t i esgottada a ebi - são, constmdo qo? ha'iirn exemplar na bibliotheca da Academia.

(N. da R.)

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O Eróe, que o iiiunclo aplaude, qu:~ndo era bein cre- dor de siia cxecraçaiii, qrie de ordiiiario eleva o edificio tlc 311a gloria sob]-c a ruiii:~ de scos seinelliaiitcs, atrtie coiiituclo qnazi seinpre os elogios, c a atlinirnçam do sei1 seculo : a posterid:id<: parece einpeiiliada eiil guardar 3,

iiieiiioria cle seos feitos, e seo iioiiic. Mas que difrx- reiiça entre a ineinoria do justo, e do que o ilain é ! O priiiieiro é leinbrado coiii dor, e saudade : o seg~iiitlo coin orror, c inclignaçaiii; iiin é seinpre leinbrado pai-tt ser ohjecto de resp~ito, e iiiiitaçam, outro é apoiitado al- guinas vezes soilieiite, e para vergoiilin, c coiifiizain tlo iinpio e clo insensato.

Meos Senliores, eii i in i i i veiil~o neste lugar saiito coiiçagrar louvorcs a ~ i i i i lCi*cíc. ciii quem a religiaiil triii rcconliecido o cuiilio cln \;~iitid:idc. A cadcira da ver- dade ~ e d a ao orador cliristaiii, arriscar csse tributo (1% Jiistiça ao oiilem, qiio nani tem a, seu favor OS votos tlo Ui~iverso ; ]nas a I irtlidc tcln ceos grAos, e n religiain iiain proihe fazer soni eiii scos teinplos a voz clo amor, da gratidain, e da sand:~de.

O Padrc Jczuiiio n tlois rin nos caio rio ieio da riior- te ; seos dias foriiin cort:itlos de repente ; elle desappa. receii de eritre nós. Esta fatalitladc ainda é para nós uiii sa~ilio ; iião poíleinos crer, que tal I-loiiiem nos fose roubatlo, iiias é ver clnde que o fol ; porcri1 a sua iiieirio- ria nnm o serA; seo iioiiie liam cnirA jniiiais iio esqneci- ineiito. O aiiior, a saudade, e a gratid:~in todos os dias nol-o farRo reviver.

Seriliores, :rproveiteinos esta leiiibrança, f:içaino-ia frutifera. tornemos proveitosos iiosos seiitiiiieiitos, e toiri:tiitlo por inorlclo siins virtudes aprendainos igunl- iiiciite :L coiihccer a triste sorte das couzns do in~inclo. Este 6 o Iiieo dcstiiio, c o objeto de vosns ateiiçoeiis.

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Meos senhoros, o reconhecimento iiain é uix rezul- t:ldo da cultiira tlo cspirito, 4 uin seiitiiiieiito iriato ao óinein, seja qiial for o seo estado. Todos os ~)o\-os oiii to- das as edadcs tciii apresciitntlo brilhaiites exernplos clesta vertlade. Quaiito iiltiis seos ICróes se te111 asiiiala(1o pelas virtiides sociacs, iriais tein sitlo creclorcs de suas lagriinas, e seos elogios.

Moiiuiiieiitos tle gloria sc teiii erigido 6 sua ilieiiio- ria ; ritos difereiitcs sc tcin iiiveiit:~rlo p:wa siiiibolizar a gratitlaiii, e traiisinitir :L posterit1:tdo cstc tributo do iiierito, e da jiistiç:l. E' rei'clatlc qiie o teiripo, estrn- gatlor tlc tudo, tciii iriuitns vczcs qiicritlo coiifuiitlir as ciiizas clo j~isto coiii a clo iiiipio; tein-sc qiieiinado in- ceiic;o taiito sobre o tnniiilo do virtiiozo, coiilo do inal- vado. A ri1 atlixlnyaiii tem ein difereiites épocas le- v:tiit:~clo seo troiio a paia tla verdatle; iuns aquella riáo teiii podido susteiitar cstcs direitos iixurpados ; quariclo esta, snrgiiido l)oi+ eiitrc o erro, tcin recebido o respeito, e n adoraqain cle todos os scculos.

Nosos louvores, tain puros oje coiilo iiosos seiiti- inentos, nain sain extorqiiidos, saiii livres, aiiida que ar- rancados pela força c10 aiiioi., e tla grwtidain. Qixeiii ave- rá de entro iihs, que ilniii tenha ~-etr:~ta(lo vivainente em sua iiieinoria os priineiros pasos dac~uellc Eróe raro ? Aq~iele engeiilio viro, pciietrn~ite, e atilt~clo, talhado para iiielhores teinpos, e que iiasidt, eiii outra época iiiais feliz para a cultura das Artes, seria cap:tz de pi-o- por modelos origiriaes :to gosto, e ao belo.

Senhores, a yu61i1 se deve o brilliaiitisiilo de lrosa patria ? Queiil e.;r)nllloii eiitre vós tantos iiioiiuinentos dessa arte eiicaiitadora, que iiirortaliz:~ os Eróes, quo salva do esqueciiiieiito taiitos persoiiagens ilustres, dando-ltles uiii:~ cspccic tle vida, fiizendo-os iiida ines- mo ein soinbru olujectos tle iiiiitaçarn,c de respeito ?

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Na Protiricit~ iiiteii.:i,, c iiicl:~ iiluito alem, cliegnrn, coin a f:1111a Ck seo iioiiie, as obias de sco geiiio. Ele tem sido o cretlito de si12 l):tti.ia, a hoiiia da Proviiicin, :L glo~ia , e as dclicias (10s ituaiios. A iriiiitos tios vos0 iioiiie é proniirici:~do coin respeito. e coin inveja: éieis. e niiidn sois apoiitados como a piiineirn vila, oride a iuiigestade (10 culto, LL 1)oiilpa das festividntles, o e.;pleii- tlor (10s teinplos clniii a corihecer voso cnrater ile ieli- giain. c: tle grandeza.

11 qiieiii dcveis esta gloria sciiam hqiiele, cuja irieiiioria sa~itloza desperta hoje 11os:~s 1agrim:~s 3 Nasido para oriiaiiieilto da Jgiej:~. seos oiii(lndos, seos (lisvelos, totlo o seo gosto foi orriar os teiiil)los, fazel-os respei taveis, inculcai. n ningestncie tlo lugar sarito pelos obje- tos tocantes, qiie seo zelo, e siia l~iednde fsziaiii neles depositar

Aquela arte cliviiia, tlc qiie ele 1)osuia. os segretios, e que ii~aricjavaiii coiii t:mt:~ (Icstreza, tein asiiinlndo os diferentes perioclos de siin piedade para com Deus, c de seo a111or para. coiivosco. hlil vezes retiiinbaiaii~ cin vosos teilil~los sorioros écos de siinveis cariçoens, que iios reprcsentavaiii ao lo~igc ( ~ + c prazer, com qiie o SENHOR teiii de i~lebi.inr seos csc~c,lliitlos ; quc elevain o cspirito, e iiuiii sniito eiituziasiiio Sai,i:~iii-iios gozar cle aiiteiiiaiii (Ias c1oçur:is da Patrin (10s Anjos. Mil vczes sua voz ncoiiipaiilioii a protluçaill de sua, pena ; c coiribiiiadn :L clevoç~iii coiii :I iiic1ucli:i. o ollinsteis como n joia tle iirais preqo, qlic eiit:~rir 1)opiiieis. o coi-isitle- rasteis coiiio o iilais lirine apoio tlo vos:c patiia.

l'or toda :L 1):lrto >C esp:~lli:lr:~ii~ iilniiuiiientos dc seos taleiitos, c dc suas virtirtles. Ciiiaiitos iinitndorcs iiaiii deixou ele ? r i iiiis foi irlotivo tlc eiuiilriç:iii~, n oiltros objecto de iinitaçniil.

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Sei:liores. o I'adre .Jcziiiiio, <:oiii o boiii gosto, iiitro- diiziii est:is iii:iiieir:is tloc~s, c. atti.ativ:rs, cliie uiii:iriiz:iiii os órneris, o que os toi*riaili iii:tis socines. Estc C:II*:L

ter duro, e austero, fillio tla l,robitladc, iiias (pie ao loiigc vos torri:tra suspcitozos, iiiorliiicoii-se. A iriveii- çain, e a piedade daqiiele s;xcerclote iiiil vezes cliwnaruiii aovoso paiz OS povos circuiiivizi~ilios. Vistcs coin prazer anualriicrite vosas cas:\s :i t:iutdas tle óinens desco- rihociclos, mas t,orri:~dos vosos iriii:~oi~s. e aiiiigos, prems pelos laços c l : ~ gratidaiii. Aiiinciit:~ rtiiii-se Yossas rela- çoeils ; o coiriiiiercio pror1,crou ; :L ci\-ilizaçain atlyiiiriii tiin aiige considcravel. Totlos tliiniitos acliii eritiiin nos achavainos descoiilieciairios vos:i p t r i a ; :L alegria trrtnsbortlar:t ciri vosos cortiçoeiis; iiivej:t~aiiios a vosa sorte ; e seritlo tu110 rlevido ao Yat1i.c Jczuiiio, o Patlrc Jeziiino por si só ( ~ i t :L festa, er:i :I iiio1:i re:il do pra- zer, a pedra procioz:~, cliic ic,Elctia a iiosos ollios, c que formava as delicins tios qiic o corilieciaiii.

Na verclarle, ~c i i l iorc~ , cu ii&o sei tliie tiiiliu :rtyuellc seiii1)laiitc do ;tiiiavc.l, c liwiigcirv, clrie atraia, ciitivava, e tloceinente arrel)atav:i os tliie o \.it~iii. 1211 inesino, a l~riilieira vi.;t:~, senti os cfcxitos (lc-te ciic:~iito E u iiio ritlin f:~rt:iva de vel-o, cle oiiuil-o, i l t : cstar ciii siia coinpa. iiliiu. Eii coi1tnv:i por i i i i r : ~ Sclic.id:ide tcr parte ciii seii coraçain. Este fciioiiiciio raro nain foi ericoiiti.o de aiiior, oii iricliiiaçaiii ; foi 11111;~ iiccesid:L(le de :trlmirar, e niriar a iiioceiicia, c :i virtiltle. 'I'otlos qiic o tcin \-isto, clue o te111 tratado, tem si(lo ol)i-igndos a sentir igu:les eleitos.

Y6s, que tivestes n dita d c o coi~lieeer, iiaiii estacs ( a ~ ) ~ i i o aiiicla ruildo :iqiicle i .o\~o :iiii:~vrl. c stlrc:iio, oii(1c se acliavaiii retratadas n iiiocsciici:~, e n ulegri:~. coiii- pnnheiras inseparavcis cla virtude? Ayucle :Ir mo-

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dcsto, e caririliozo, aquela giavidatle de semblante, aquelas maneiras respcitoznt;, clnc foriiiavaiii seo cara- ter ainda rio meio d:~s grnqas iiiocciites, com que ele fazi:i intercsante, e :to iiiesiiio ter11110 gostoza a sua coiiipanhia ?

A! E que iiinildade tain rara ein riosos dias ! NO seo coriceito ele era o inais criiiiinozo dos óii~ciis ; iiein iiiiia açaiii fazia, que para ele iiaiii fose iiin criiiie; 11111

pensameiito ligciro era uinn, teiiiericlade; a. leiiibranya de uin pecado era parti. ele j:i uin clclito. Se ele co- rihecia alguns dotes coiii que n iiatuicza o eiiriquecer:~, ele ignorava ahsoluta~ilente :LS belas dispoziçoens, que tiriha para a virtude.

Parece que z1s8s ainbiciozo de :mar o Autor cle todo o bein, interesado soinoiite cin agrad:rl-o, ele riaiil descobria ein seo coraçam sen:Liil a semente da discor- (%:i, que S. Paulo notava eiitrc as leis do corpo, e as do espirito. Sei~ipre :~s~~sta t lo de sua fraqiieza, ele ja- mais se considerava seguro ria iilnrxa pcrigoza da vida; rodeado de caxopos, oride podi:~ iiaiifragar a iiio- ceiicia, a vista do perigo que ele valcrozaineiite afroii- ttrv:~, parecia-llie ter siicii~iibido. Tal era a delica- deza cle sua conciencia; t a l era o temor coni que ele sei via ao Onipoteilte.

Que trabalhos nain sofreo, que eiicoinodos 11~111

orperiinentou, quando :h soinbra do pecado parecia riu- blar suas intençoens? Que sustos! Que tciilorcs! Qiiantas vezes nam o vistes coino uni criininoso erraiite, e fugitivo, inârxar a pé, a procurar com sagaz priideiicia aqueles inedicos do espirito, que tinham ein seo aboiio os votos do publico? Nada era capaz de impedil-o, iiein iilesino retardal-o a a~rezentar-se aquelcs >{inistros da Religiam

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a quem tinlia confiado os segredos, e a direçarn de sua coiiciencia.

Cristaoiis, vós bein sabeis que ele nada ernpreeiideo que nain fose para agradar ao Soberano Beinfeitor ; que todw suas açoens se dirigiam a cuinprir a lei do creador, e para isto coino vivia ele dezapegado do mundo ! Co- mo nada era capaz de prendel-o a estes bens falsos, e cndiicos, que cegain tanto aos inortaes? Uma pobreza voluntaria, e verdadeirainenie evaiigelica foi a inaxiina constante aprendida na cscola do Salvador, que dentro do muiido o conservou separado do mesino inurido, vós bem o sabeis.

A ! E o qiie direi eu cle sua caridade? Seiiliores, ainda que :!o Padre Jezuiiio faltascm estes conlieciineiitos, que fazein oje a gloria do seculo, ele posuia os segredos da verdadeira sabedoria. Ele iiaii~ sabia falar esta liiigua- gem de erudiçain, e ordiiiariamente de vaidade; inas ele -,

sabia obrar coino filoxofo. Ele iiain poderia entrar nas yuestoens espinhozas da ciencia sagrada; iuns ele co- nhecia perfeitainerite a religiain, e a praticava. A cari. dade, portanto, era sua innsiina; este principio, de uina extençgo infinita, o ligam coin todas as scrics de crites do Universo. Ele se considerava feito para todos.

Eis aqui, ineos Seiiliores, o nioineiito ein que eu exijo voso reconheciiriento. A gratidain deinunda a con- fisain de tantos beneficios.

O Padre Jezuiiio ap:aecc neste periodo de sua vida riam jB coino uni simples cíiiieni, gozarido as vantagens da sociedade, apenas ocul~:ldo rio pequeno recinto de sua casa, empenhado nos ini ercses de sua fainilia. Verda- deiro filantropo, as iii:ixiiii:~s sagradas do cristiailisrno d&n iiina firmeza inabalarcl tis propeiisoeris sociaes de seo espirito. Ele aprezenta-sc qual ilpostolo, esquecido

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soiiieiite tle si, e de seos comotlos, teiitlo somente diante (le seos ollios a c:aiiza de Deos, e :L vosn s:~lvaçniii.

Cadeira (Ia vcrd:xcle, depóc qn:~iit:~s vezes, torritido de iiin santo crit~iziasiiio, 1cv:liitoii ele :L VOZ para depri- iiiir o vicio, para :itropelar as paisoeiis ra(licaes, que sai11 :L origem funesta de t:~iitos inales. i1Iil vezes aprezeiitoii- vos o F,v:~~igellio dczciivol\~i~lo 1)(xlos or:~ciilos da reli- giaili. X tlo~itriria de Jesus-Cristo vos foi gregacla coiii forç:i, e coin cli~rezn. hlil vezes vos :ihi.io o quadro hor- rivcl d : ~ ira tlo Onil)ote~ite para ])or(les termo a vosos errados projectos.

(Jiiaiitns vezes iiain o vistes serit:ido no sagraclo Tribiiiial (Ia Pciiitciici:i, jiilg:iii(lo as coiicieiicias? Com que prolitid:iiii, :to 111~~~111n teiiipo t80 i i i que zelo, coni que tciuor se i in i i i eiiilregoii cle soiiipre iieste iiiiportarite, ciiL~tozo,e :iriise:itlo iiiiiiistcrio '> (1ii:liitos l)cc:idos se riam tJiiiiiriuirniii, cluniit:is coiivcisoeiis se iiaiii t l eve~i~ :i sua cnricl:itlc'~ A cliieii~ se deve este gn~iitlc iiuiiiero (10 ver- tlndeiros ci.istnoiiq, qiie fi*eqiient:~iii vos03 teinplos, que fieis a seos drveres :tprczeiit:ilii eiii 1):~rticnl:~r, e eiii pul~lico o \-erdnc1eii.o carater tle Dicipiilo~ (le Jesus-('risto, e (lue d a ~ i i a1oi.i:~ a IgroJa, cxeiul~los :tos re1:ixatlos; que diariaiiieiite :~teri*nili, e c~orifniiilciii o.; libertiiios, sendo SU:L coiidllt:~ 11111:~ (*;11;1,1;1 i.t;l,i'eeilç:iiii tlcl icos c.ic:iiidalos, e ila vergoii1io~:i (lezei.yaiii, cliio te111 fcito c t : ~ I-):riiclciras tlo C>riicifict~do ?

0 Patlre Jeziiiiio po(lc ljeiil xailiz~r-sc o ~tatiiarca destas ci.e'ituras eoiivertitlnq, (lesas ;~liii i~s ft~r\~orozas, ~ I I C

eiii teiiil)os iiaiii felizes ser2Liii colii iiiellior jiistiça avaliada

Clu:iiitos, (pie jazeiii ojc iio seio da. iiiorte, nam es- perirricritn~.aiii siia cnii(l:~tlc iios iiltiiilos i~io~iieiitos, sein- pre aconiljanliatlos cio oiijfio, e tlo closprczo, aiiida (16s iiiesiiios doii~esticos? Quuiitos iittrii fora111 socorridos por

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siia diligcncia, cjuaii(10 1iit:iiitlo coiii :L ~)obrci;a, iiiiscr:i- veis, apeiias faziaiii xcg;ii* n scos o~ivitlos o siirclo, e P:LS tidoso éco (]:L iieccsida(le?

Seiihores, pai* qnniitas 1n:iiieir:ir diferciites ii:iin l~i'o- ciirou ele dezeiivolvcr sua a~i.itl:i<le, que tliseiiçoeris iiaiii teriniiiou, que otlios ii:iiii nl)l acoii, qiio 1:igriiiias iiniii enxiigoii ele? (2u:tiitos iiifclizcs ilniii oiicoiitrnrniii iicle o reiiletlio, oii a eoiisolaçaiii iio irieio de runs tlc~sgr:iç:i~?

Este óiileiii iiicariç:~vol, ativo, l:il)oi.iozo, 1)rocuroii (.i11

toda siia vida ~ 'el i~i i r a vil-tiitle :i iii:igiiilic~ciic*i:i: sua. 1 ~ ' u deiicia ciigei-il~os:i vos co~icluzio, seli] :itc~iitlci~tles, ]")r cainiiilios seinpre silaves :i fiiis dc alto iiiteresc.

Este tein1)lo ti i i i i i dos rnoiliiiiie~iios de sii '~ 1)iedadc e (levoçain. Toclo ele potlc I)eiii c1izc.r-se 15 (jJ)i.:~ de siias maoiis. A ! E qae fins ele se prol)ox ! Ser 1oiiv:ltla n i i~a - gestaclo (10 Oiiil)ot,~iite tle riin iiio(1o iiiais tligiio da Di- viiidatle,e atrair-vos pelo ciilto esteriio A v(~i.tl:uleirn tlc- voçaiii; xainar vos 1)cln ~ ) O I N ~ I : I (1:" soleiiitl:itles, que ele ei-iilweei~di:i :y)rezeiitar iiestcl lugar s;~iito, a ciitrartlcs 120s rerdri(1eiros seiitiiiiel~tos (Ia re1igi:iiii qiie profes:ics. ,4 gloria de I)eos, c :L roia iitili(1;tile forniii seinprc a inira de suar açoeiis, e projetos.

Mas, seriliores, este óiileiii r:li'o, este sacertlotc zelozo, este I'ai da p;itii:i, vosa iicjiic~tt, voqa c'oiiqolaçain, e vos:& glori:i, terii~iiluii seli.; (lias (Lii:~iiilo totlos 116s desc~iir1:idos iiaiii 1eiril)i:iv:~iiios que ele estava sugcito no iinperio da iiiorte, qu:iiiilo :ilrgres coiitn\-aiiios: coin t i i i i :~

vida salva dos l~erigos, qiie lios tiii1i:liii qcte niezes aiites aiiieaqaclo 'oul~al-a; clii:tiitlo totlos tlcicaiiç:iv:tii~os sc- giiror soinbr:~ tlo 1)eiii qiie 2oz:ivniiioi. ( ) ! I'rovitlciicin atloravel ! A inorte (1irC:ii~y:ltl:~ ciii i i i i i soiio I~ciiigiio, i l i i - dinclo riosos tlisvclo~, ~ ~ ( ~ ~ ~ ~ i i t i ~ i : ~ i ~ i e l I t e :iIsoii a f:itnl foic(3, e roubo~i 110s 1)ar:i seiiilxc t;iiii 1)recio~:~ vi<l;t

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Cadaiiin de n6s perdeo uin amigo. Cada fainilin pcrtleu um pai. Esta povoaqxiii perdeo uiii protetor. O pico sentirá seiiipre a falta de um economo qiie o obri- giic a fazer justa distrihuic;aiii de seos bens. O pobre lil- ineiltará sempre a nilzericia de ii:ii beinfeitor; sua mesina inizcria cada dia fará inais saiidoza sua ineiiloria.

Morreo, seriliores, mas riuni seiltio as agonias do cri- iiiixiozo; riam experiinentou o reiilorso, que dilacera o culpado; iiain sofreo o xoclue terrivcl, partilha (10 pccn- dor. Pagou o iridispeiisavel tril)iito imposto a especie uinana; mas o Ileos, a qiiom ele ainava, e a qixeiil sou- bc servir, o izeritou dos orrores iiievit:iveis ú tain doida separaçaiii. Nosas lagriinas derramaram-sc; em todos os cazos os geinidoc foriiiavain a triste cuiiçairi, que aii- nuriciava S L I ~ orfaridade; todos eiitre suspiros qilizcrain ver coin seos ollios, quizerarii por si iriesiiio certificar- sc dc tain fiiiiesta fnt~tlidacle. Todos déinos l~ixblico tes- teiniiiitio de iiosa dor; justa coiifiçain de nosa perda.

Eis aqiii, Cristaoris, :L sorte das coiizas do miirido. O iinpio, o inalvado, que serre de flagelo a siia patrisi ; o cidadão iinprobo, que perturba a sociediide, estc óineiii vive, e o padre Jezuino inorre! O 6ineiii. que por pare- cer de bein, mas que invejozo tln gloria, que nein ' inerece, disfarça debaixo cle nieiitirozas apare1ici:is uiii carater detostuvcl, que exaspera a iiiclignqam dos que sabcin dar o justo valor a probi(l:ide, e a virtude; elte óinein vive, mas o Padre Jezuino morre! O inizaii- tropo, que liam se comunica coin outro óinein seiisiiii debaixo das vistas do proprio iiiterese, iiicapaz clo iileiior sacreficio a beiii da iiinaniclade ; este óinein vivc, iiins o Padre Jezuino inorre!

Provideiicia (le iiieo Deos, eu vos adoro!

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Cristaoiis, o justo nain inorre; separa-se de 116s por iiin castigo devido a iiosos crimes, porque iiain sabemos agradecer no C60 tain caro bcneficio. Ele cainiiiha para su :~ patria, vai receber a coroa (ia iinortalidade ; sua ine, irioria 6 eteriia, seo noine é sempre leinbrado coin ainor, e coin saudade.

O iinpio, pelo contrario, se conserva parn dagelo de siia patria, para inetcr a confiizain, e a discordia na sociedade, para gerar inil descoiiterites, parn fazer-iios, porérn, a1)orrecedores deste cáos seinpre confuzo, deste teatro de paixoeiis, e de inizeri:~~. Rua vitia terinina-se coin a alegria (10s qiic o detestam; siia ineinoria scpillta- se no inais ignoininiozo esqueciiiieiito; e se é leinbrado pelo estroiitlo de suas iilfainias, 6 só ptii-u orror, e exo- craçain.

Ali está n exeiilplo: Aqueles osos sain os restos do Padre Jezuiiio, sain pó, sain nada; iiias para n6s sain iiina preciozidade, 116s os rcspeiti~inos.

Ali veinos os ultiinos despojos de um irinaiii, que nos ajudava; de uin pai, que teriiainente nos ainava; (le uirl amigo, qiie fiizia nosa coiisolaçaiii; de urn sacerdote que nos conduzia pela estrada da virtude com a voz, r coin o exemplo.

Sua incinoria nos serA sempre saiidoza. E vós, co- lunas deste teiiiplo, parctlcs do saiituario, que sois oje testeinunlias de iiosos loixvores, e ainda de riosas Iagri- mas, guardai para trt~iisinitir R posteriílade as ilustres açoeris deste sacerdote ; coiitai a cada óinein, que aqui entrar pela serie nain iiiterroiilpida dos seculos, que nós solnos gratos a scos beiieíiaios, que fazei~os justiça a scjos inercciinentos, e que teinos dado o sxeinplo da mais iiobre grntidani.

E v6s, sel)iilturii. feliz, coiiservai com cuidado esa

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joia preciosa, que nós vos confiainos; aquivireinos, nosos olhos repetidas vezes voltar-se-aiii para v6s coin respeito e coin saudade; todos os dias nós, e iiosos viiidouros vos pedireinos conta dese cáro perilior, que ai depozitainos. Sereis de oje ein diante o ineinorial perene dese 6inem raro, cujo noine, cuja açoens, cujas virtudes eternamente estarain gravadas em nosa memoria.

E v6s, Senhores, a quem o amor, a gratidain, e a saudade juntaram nest,e lugar santo á prestar os ultimo8 oficios de religiam, e unranidade ao Padre Jeziiiiio, des- pedi-vos dele talvez para seinpre; mas eiiiquanto viverdes orai por ele; aprendei iieste exeinplo fatal qiraiito saiii falsas nosas esperanças, que s6 lia Patria dos Justos de- vemos pôr iiosos cuitlados, a nosa co1ifi:iilça. Trabalhai para serdes imitadores de siias virtudes; s6 assim escá- pareis a uma niorte ignoiniiiiozn, e voso noine sobrevi- verá a vosa ruina.

Eu nain afirmo que ele tí uin santo reconhecido por uma autoridade legitima; porem, foi uin 6inein de beiii, iiin cidadão onrado, engenliozo, ábil, ativo, e laborinzo; um cristain, que aprezenta em sua vida inuitos rasgos de virtudes dignas de serein imitadas. Uinilde, caritativo, piedoso, será seinpre ainado emqnanto no coraçain do óinein nain apagar-se o instinto do reconheciinento, e da gratidaiii ; obterá seiupre o respeito da posteridade, emquanto se souber avaliar o mcreciiiiento, e a virtudc.

Miiiistros do Senlior, contiuuai vosos sufragios ; n6s vos acoinparihareinos; quereinos ser coinvosco testemu- nhas do derradeiro ato, que em noine da Igreja ides praticar á bein desa alina. N6s, a borda da sepultura, atentos, pela ultiiiia vez saudamos coiri iiosas lagriinas os ósos dese sacerdote, que tanto aiilámos, e que iilere- ceo tanto ilosa saudade, e rioso respeito. -

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ESTUDO CRITICO

A POgSE DO BEMIL M~RIEDIOlàIAL

FUNDAÇÃO DA PRIMEIRA COLONIA REGULAR DOS PORTUGUEZES EM S. VICENTE

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ARGUMENTO: Trinta annos del~ois clo drscobri- mento do Brazil resolveo a Metropole colotzisal-o, enviando para esse fim ent 1630-1 uma esquticlra ao mando de Mart im Affonso de Sou,-a, o qual correo a costa a té o Rio da Prata, donde retrocede0 para o norte, vindo assentar a colonia em S. Vicente.

Demonstra-se que a armada de 1530-1 não veio, como opincc o S n r Vc~rnlhagen, com plano assentado de colonisar o Rio d a Prata; que o almirante portuguez ti- nha amplos poderes pal-a situar a colonia onde melhor lhe parecesse; que o regresso do alrnira~ztepara o porto de S. Vicente não se ntotivozc por haver vel-ijcado, apóz observa- ções astronomicas dos pilotos, que as tenaas do Rio d a Prata já estavam fóra do dominio ilortuguez; essas obser- vações não podiam ser concludentes; e que, ao contrario, sempre se julgaram os portuy/uezes, fundados no tratudo de Tordesilhas, com direito n h só u esse rio como ainda CLS terras da Patagonia ate' o Golfo de S. Mnthius; que o que trouxe o almirctnte ao porto ck S. Vic~:nte niío foi esscr verificação, mas sim o conhecinzeizto de que cssu regi60 era aurifera, e a fama das grandes ~iqueans existentf~s rio interior.

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ESTUDO CI<ITICO

A posse do Brasil meridional. Fundação d a pr imeira colonia

regular dos portuguezes em S. ~ i c e n t e

.Trinta aniios eram já decorridos depois que Cabral, pela primeira vez, aportára As l ~ r a i a ~ brasileiras, trinta uniios de iiin quasi coinpleto abaridorio, qiiando a me- tropole portugueza voltou as vistas para suas posses- sões americanas e resolveu colonisal-ao.

Essa ter?-a do Brazil que aos priineiros explora(1ores se exhibira coino uiiia terra pobre, i~iiida que ostentaiido galas de uma natureza incomparnvel, valia, de facto, aiiida incnos qiie a propria Africa, adusta e inhospita. Sirnples terra de degredo para criiniilosos, estaç50 de refresco para as armadas do Oriente, paiz de iniseraveis feitorias para o resgate de escravos oix para o trafego do lenlio ílçl t,inturaria, o Brazil n&o tiiili:t para seduzir o espi- rito iiier::i.itil da epocailein o ouro., nein o marfim, riein a piinenta daGuiné, iião tinha, t&o pouco, as nações poli- ciniia.: neiYi as praças opiileritas e niiinerosns dessa Indiu que todo o inurido conhecia ço111o uma terra de inartt- vilhas ,

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Das producçóes dessa terra da Vera Cruz, jU visi- tada pelos Piiizons, Cabraes, \'cspuccio e Cocllio, as prc- iiiiss:is verdadeiras niio eram, de ccrt,~, para erithusias- mar um povo de cominerci:intes e de aildazes riavega- dores. Vespuccio voltou da sua primeira vingein deseii- gaiittdo de que iio paiz niio havia tnetal alguin, porque o povo bnrbaro e iiú que o habitava nem se quer conhecia o uqo delle (1) Goiiçalo Coelho, depois de iriuito pere- griiiitr, regressou desilludido. porqiie as niercadorias da Terra que levou, no tiizer de Dainião de Gbes, num eram outras q ú e pau vermelho, a que clznmam brazil, bogios e papagaios. Jeroniino Osorio. relatando os ultimos suecesso3 dessa mesma expedição de Coolho, que voltou destroçada, tendo perdido quatro tlas seis náos coin que partira, frisa pelo ridiculo quando nos da conta do car- regairiento coin que uquelle iiavegador tornou ao reiiio; &que duas tantúrn sirniis in. patvinnt r ~ d ~ x w i t i2) Enciso ainda em 1518 publicava que x tel-rcc do bruzd era de pouco proveito.

Foram, portanto, triiitti, aiinos de justifiu?ido aban- clono. A p r a , pot*1Sin, as cii~cuinstaiici:~s iriu~lnram. O imperio coininerciul dos Portuguezes no 01-ieiite estava fundado; a iniragcm da Iiiditi ia se dissipaiido e a Arnc- rica, por taritos ariiios, coilfiiiidida com :i propri:~ Asia (3 ) desenlinva-se já coino uin inundo U parte, opulento, vastissiino e eiicerrando cousas extr:tortliiiarias.

Os successos dos Ctistelllnrios iio Novo Mundo fri- savain pelo iiiar:iviltioso e despertavam ri, einulnção.

( I ) Cartas de Americo Vespuccio.

(2) J . Osorio, D e Rehus gestis Rmnianelis.

(3) At6 1513 quando Ralboa descobriu o rnar do Sul ciu Oceano Pacifico se presiimia a America como um prolongamento da Asia. Colombo, fallecido em 1506, n&o logrou verificar que tinha descoberto um mundo novo.

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O Mexico, esinagado por um punhado dc aventu- rciros, entregara a Ferrinndo Cortez os thesouros ,le Moiitesuiiia; uma civilisnçiio nutoct,hoiie exliibia-se extia- ordiicaria no Centro-Ainerica e nos planaltos de Bogsth e Curicliriaiiiarca; no Perú, o impcrio Iiica, accosninettido pelos Piz:irros e nlinagro, estava excitnndo a cobiça do iiliind inteiro ; Feriião cle Magaltiiles descobrira jtí no extreino austral essa passagein piir:~ O Mar do Si11 qiie toin o sei1 i~oine e fizera a volta do globo.

Do estreito de Anian á Terra do Fogo, do cabo ile Santo Agostiiiho ;i Califoriiia, uma lileiade de nave. gadores auclazes tinha feito surgir nitidamente esbo- çados os coiitoriios de uin coiitiiiente ciiorine abarctiii- do o iniiiiclo de polo a polo.

As expetliyóes iiiacitirnas e telrestrei succediain-~e a iniiido. Estava se, coin &feito, n'um periodo febril. ca- rac.teristico (12s nvcii tiiras bem succedidas

No liorizonte ignoto de todria as soliclóes sentia-se conio q-ic pairar uina lenda do iirluezas fitbulosas; e no coi.ii,;ilo de catln aventureiro r n i n h a ~ u ~ s e o vago prcscntiiiieiito dessa fortuiin, sernpre a inesma, sempre captivli da audacia, aguçalido todas as ambições.

Foi entiio qiie rL politica portugiieza, coino que leva 1.l pelo estiinulo qiie o succerso alheio aguç:i até o ciuine, resolveu occupar e povoar o Rrazil. Esta terra. por tão longos annos abandonada, bem podia encerrar o se.1 iinperio coino o de Moiitesuiiia, e t:ilvez, qiiein sabe, se n8o seria innis facil accoinmetter o Inca do Perú, investindo-o pelas costas brasileiras ?

E assiin pelos annos de 1330 e 1531 sir i~rava oa inwes do Br93il uma expedição portuguez:~ de cinco velas e 400 liomeiis de tripolação ao mando do M~ir-

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tirn Affonse de Sousa para iniciar a coloiiisação das possessões ainerictinas. Trazia ella por inissrio: explo- rar, proteger e coloriisar.

Ao avistar as terras tia Ainerica n;i altllrtt do Cabo de Santo Agnstinho, segue umn parte (Ia espedicao ao inaii- do de Diogo Leite a explorar as costas do Norte até o MaranhBo, einquaiito o grosso íla esqiiadr;i, já aug- meiitada com as náos iritrusas, capturadas a traficantes francezos, dirige-se para o Sul, caiiiililio do rio de Banta Afaria oii rio da Prata.

Na Bahia, oride encontra o Ca7.an~u~ii coi iio uin pa- triarcha, deixa dguns lioinens e sementes para prova- rem a capacidade dn terra.

No Rio de Janeiro oride se deteve trcs iilezcs. e poi- que sua inissiio era conhecer o paiz. fez o aliniraiite partir para o interior uina turma dequatro exploradores a que foram cento e quinze le,quas e asscssemkt e cinco del2a.s fornnz 1101' montanhas mzci grandes, e as cincoenta firam 2101-

~cm campo nzui grande: e foi-am até darem com um grand? rei, senhor de todos aquelles campos. e lhe8 jes nzuita hon- ra P veizc cpm elles atk os entre.qar ao capitam J. ; e Ihr troztze muito. cristal, e dcu noras como no rio de Pa,.agu~~y havia muito ouro e prata. O capitnm l h ~ fez muita honl-a, P Ihe deu muitas dudiuas I> o mandou tornarpurcc as suas terras. (1 )

Estava, pois. o Capitiío de posse de uma inforina- ção valiosa e ao sabor tios seus intuitos; sabia jR que para as regiões centraes ao Sudoeste havia muitos metaes preciosos.

A informação correbora-se ainda em Cnnanéa ondea expedição foiaportar e se tleinorou quar enta dias. Alii se Ilic npreserits um certo Francisco de Cliaves, graiide lingoa da terra e conhecedor dc sertões, offerccciido-se-lhe para

( I ) Do Roteiros de Peros Lopes .

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guiar iiina expediçfio ao interior a qual podia ir e vir ein dez mezes e fornnl- ao po~.lo com 400 escraros car~.eanclos dcpl-ata P oul-o. N'io liavia iiiais diividar; a, noticia des- sas riquestis jú viiilia de longe; :ts iiifvrinaçõer colhidas confirinain-se, e, j:í agora, essa teria de fabulosas rique- z:is não era mais uin iriytho; havia ja qileiii 1 conheces- sc de perto e se offerecessc para iriostrsl-a.

Uina'expe<lic50 de 40 hestciros e40 espirig:~rdeiros, cdininantli;da por Peso I~oho e gii;ada pelo uveii~iireiro Cliaves, partin ciitão de Canariea a. i cle Seteiribro tlc i531 e entranhou se pelos sei-tõps R hiisca dessa região do oiiro e da prata, do Perú talvez I':trtiii, poréiii, para rião inais voltar, porqilc toda ella pcrcceu :tlgures trucidada. pelo gentio ieroz eiii iiin c:iiito obscii~o do valle do Parariá.

Entretiinto. desfalcatla da su:i gente, inas, porvcn- tura, inuis avoluiiiada ii:ts suas anibiçóes, a ariiiada por- tiigiiesa n:&vegou para o sul, caiiiinlio tio Rio tla Prnta, coinpletaiido n exploração clit costa

Atraz, poi.ei-ii, f cava-llie o iilelhor d:!s suas espe- ranças: essa espcdição que se ciitraiiliava rio deserto a busca de oùro !

Ao chegar ú entrada. do graiidc estuario, ja eiii frente (Icsse cabo tle Santa Mi~i'i;~, que Vespuccio fora talvez o primeiro a avistar e111 1502, 6 a esqiiadra collii- da de iinproviso por uiil (lesses fiiriosos painpeiros, tgo coinmuiis iios rnares do Sul, e se perde totaliriente a riáu capitaileri coni graridc copia das su:~s inelhores provi sões. 0 ca~i tão , que deli a costa ness:t terra areentn e agreste que se avisinlia do Cabo para o lado do Norte, perdidos algiins poucos tripolailtes, desariiiria de pros('- guir.

O iririão, poreiii, dispóe-se a aoinpletar os iiitrri- tos da exl)etliçáo, e crill>arcantlo ii'uin hergaiitiin coin

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trinta liomens de equipageiii a.iiiiria.sc a prnetrar iio graiide rio. Percorre llie t is iiiargeris (10 Norte até o fundo do estuario, passa a foz tlu Uruguay, e pelos iiiuitos e t.iitriiicatlos 1)raços ou cixriaes yixe O Par:inâ despede ao encoiitro tl'nquclle, sóbe até c, enteiro .cios Ca~-ccn/li~zs oride :~sseiita doiis pntli-õcs com as ariiins de seu ~ e i e toina posse da terra. p:ira se tol-iiar.

Pero Lo1)es de Souza. quc esse era o joveiii e es- forç :~ do coiiiin:~ndaiitc tlo bdrgtiitiru, estava entgo pclo 330 314 tle latitiide Siil, pouco iiiais ou menos lia altur:~ d o actual rio (10s :\r~.ccifes que reg:L a terra Argeiitiiia pela. b:riida clircita tlo grande 1';ir:iii:i (1)

«Esta terra dos Cnraii iiiis, dizia. elle no irrnso, é n. 11i;iis forinos;l lerrn c 111:~is :ipr,lsivel que p ~ d e ser. Eii tr:tzia c o ~ i i ~ i ~ ' g o :~lI~i l i?i<~i e italiaiios c Iioiiions que forain :i Iritliu c Er:i:iccxes. totlos craiii esparitados d:t forinosura. dcsta tcrr :~ . e t~:itla~ainos todos p.~sinntlos, que lios iiáo leiiibrava toi.iiar! »

O irinao, tod:~vi:i, se iiáo tlcixa seduzir pelos eii- cniitos dessa. terra tlos Cariiiitliiis, c , d:iil(lo por terini- linda a sua inissBo iio Sul, fez qe tle vela par:l o Norte e veio &portar :i S. Viceiitc. que escolheu p a i : ~ sede (3:; priiiieira povonçtlo que viiilia. f ~iiiclar iio Brasil.

Se esta cxpetliçiio i111 Martiils Affoiiso dc Sousa, coino opina o sr. V a r ~ i l ~ a g c ~ ~ (L), viiilia de .fncto,occiip:lr

( 1 ) Candiilo Mendes de Alini?iila, interprelriiido o rnt,eiro de Pero Lo- pes, presume o E.rteiro r1o.s (lrvrrnnclins á niargern .:o U r o ~ n a y . em Pny- snn,dli pn7ico niazs OU r n e ? ~ ~ . ~ , qiianrlo é cnrto que o taxt*i do rotairo a.l l t i- dido c n n d u z a P ,rito diametritmente ~ p p n s t o . Partindo d; t i ilhas de Santo Ani l ré qne rstílo no Urngn*y e sagiiinilo at,ravés iie cannrs t? brayox nos rrim:w d e O e ~ ~ o . i n ~ s t e , Noro'eyte e Ri~doei t ,n n h po~ua tender p.ira Pnysandú, qiie Rca ao Norte sen lo o enrso de Urilgiiay, ne-ire trech 1. Nortp-Sul. Dem:~iu, a terra <I,i.i C,trsndinq é d,> iri.do da Ruenns-Ayres e não do Oriental e a Isti- tiide inlielida v;ira o Esteira. onde se Rs4entarain os padrdes nRo se con- forlnn coma posição de Paydandú (Vide Atlas do Imperio d o Rraa i l -p~g . 24 )

(?) Historia Geral do Hraail, vol. I Deg. t 13.

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as inargens do graiidc Rio d:i ?ratil c iie1l:is assoiitai a priiiieira coloriia regular l)ortiiguezrt cla Llinerica, to- i ~ a i i d o posse definitiva dessa regi50 de c1im:i teinpe- rado cujo nome recoidav:~ ricliiezirs por ventura ainda veladas, irias já pre.;eiitidas, 6 icorq:i coiil'c~~;sttr que o principal irtuito da cx[,ccl'çiio .:st::ra perdido. Se as iilstrucções do cliefe ordeiitrvaiii llie cle fixar se neste rio, não seria, por certo. o desbarato cle iiina. peq11eii:t parte de sua esquadra cluc o dciiiovci.i~l tlc cuiiiprir as ordens regias, antes pelo contrario, o lctvaria a (lar-lhcs execuçiio, perinaiiecendn rio scii posto. refazendo-se OU

pedindo$ soccorro. O aliiiirante, poréni, r~partzrlas as avarias da armada, prefeiiii retroceder, nbnii r' mando essas paragens acoss dos dos l~;t~iipeiros e virido :issent:tr os fundamento^ d : ~ povoayfio tle S. Vicent no cliiii:~ mais tepido dc sob o Trnpic.o. iC :issiiri proccden(1o não desobede'cia elle as ~ r d e n s do scu rei, iieiil llie des. presavir, as insti ncç6ùs, e;tava, 1x0 ~.oiitr;~rio, eiii cxerci- cio das ainplas attribiiiç6e.j cluc tiri1i:i : esplorava, reco- rihecia a, região e sc locaria oiiclt: ii~ellior lhe parecesse. A carta regia de 28 cle Seteiiihro de 1532 tlil-o positi va~nente : «Depois cl,t vo i- L p ~ r t i t l a sc praticou se seria ineu serviço povoa: <e toilti costa do Brazil. e :iigiimas pcssoas ine req~ieriiliii c;ipitnnias em terra dellit. E u quisera, antes tlc !:i-so I';izcr cous:t algi~rna, e3perar por vosw vinda pnnt coiil vossa. inforin:~ç%o fazer o q ~ i c ine hein parrrcr. c {liie I~;L repartiçiiu que di+o se Ilourer de fazer &colh,tr.; ( 1 ?)zclhor parte.»

Qiicrn assiiri escrevia cin 1532 rino tinlla por certo 1)l:~iio asqentado, nem rcsoluy.ii) 1,nritiv;t de vo1onir:ir uina deterinii?atl:i rcgino (11i:i11do (totis unrios aiites enviava essa expedir;lto cLi,lu\ siicccssos csttiinos rela tando.

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d politica portugueza, ncssa epoca, não Iiuvia ainda cornprehendido o valor e alcance da posição que assiin se abandonava. E' verdade que a presença dos (aste- lhanos nas aguas do I'rata, onde corii iirn dos Cabotos se ensaiara pouco antes um rudiiiierito dei colonisação, que breve feneceu, tinlia, de facto, despertado a atten- ção dos conselheiros de Joúo III; inas as vantagens poli- ticas e estrategicas do estusrio. quer ein relação ao Estreito de hf:~g;tlliáes, quer ein relaçáo.ás terras aiiri- feras (10 Alto Períi não se llies tinhaiii tão claralnente patenteado que viesseiii a iiiotivni. uin plano politica de s:~bia previsúo.

Ao contrario disso, :~guardaveiiz-se ainda as infor- inações do almiraritc l)?i.:t coriz ellas tleciclir-se o que coiivitiha fazer-se. Para a nietropole, que só cogitava da Iiidia, esse paiz cltt Airierica era ainda, quasi que ein :tbsoluto, ~lescoii1~~:citlo. Das priineiras expediçóes que llie correr i i i ~ as cost:ts, baptisaiitlo-llie os logarer mais salientes, :it4 a inesina tradição se perdera. Ueinais. 6 snbi to, : i ( ~ u e l l t ~ priiiieiras viagens cle Vespiiccio e de Coelho iiX9 viravain sen5o du:is coiisas essenciaes :i politica co nrneroi.il dos Portuyuezer : verificar que essa terra do descobiiiiiento de Cja1)r'~l i i ~d : t tirili L coin :I

1iidi:t e que dii, cluiitr,) ilo Iiuinisplierio p~rt~igtxez, se 1150 ericontrava p a s ~ a g ( ~ ~ i i nlgiiina conduziiitlo aos inares tias especiariiis; e se esiit paswgen algures existia, devia ficar taiito ao si11 que o c,tiiiitilio d i ~ 3 Indias pelo Cabo da BoaIZsperariça, por in.aisciirto, ticava, de facto, como iiiii:~ gamiiti:i do predoiiiinio liicitalio iio Oriente.

Mas agora que iiiiiciarain os intuitos politicos da iiietropole em rclaç5o ar suas possesuóes da America, o conlieciluento mais completo do paix se iinpuiiha, cxi- gindo novas iridigal;ões, precedeiido ;L cjualquer plano

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~'olitico qiir iiccari,eta-c> dispc~ii~lios ou respoiisul~ili- dade< F: foi isso rc~aliiiriitc~ o q i i ( , veio Fa~ei. o almiraritr lios mares do Ki-asil e\l~loi.:ii.. iilf'orlil:~i-, tomar posse (10 que riesqe ;L cle+(.ol~i.ii. v I 11 ' vciltii ie:t. t-tabelecer-.e oride t> ( lui~i i~lo llic l~i t i -c~c~~s*t~ c~oli\t~iiic~iit(~ 1)(11yue iiii- <]~iella iiiriiria c:ii.ta cliziii 1 1 1 1 . :iiii~I,t 11 i.ri caoiiio (lu? cquereirtlo i.t'i!~\ :ir-llii. o- 11(1(1~1i(- I I O I , ~ U P t6u coutio tlc VOS, que i10 (111c' ~ L S S Y " I ~ ~ ~ L ~ ( ~ C . * s ( ' I ' ~ 1 1 I I I P I I I O I ' .

0 (lri.o 1~)litic.o 11;i lifio oc.c+ul)tiy50 tio Rio da Przita. erro qiicB i i t J i i i t i w sec.iilo* cle ~)oi.liii(las Iiictws colise- guirai~i . i :~~~iai$ 1ittu1 i*:t,Iis:i I . . I ~ ( , I I I I I I I ~ S I I I I I 1 I O I I ~ sei. Ieva~io i i I I s i i : I I o l i i i i ~ tlo iiliiiir;~iit~e, 1)oi'- q11e. p>lI*;b t;s(,lls:i5. ;11,,:' \ , l l l 1 1 , l i l l ( . ; ~ l l , ~ g : ~ l ~ tjs(;l*ll] l i ~ l l ' ~ d(? leal ca.v:~~ll~c~i~~o.

Corittt.-\e(l~ie 1 1 t i i ~ ~ i i i l ~ ~ o+ 1 1 1 , i \ t311t ( [ t i t a y t ~lettt\ree~~irel~it- rusilo (';ibo tlr Si~iitti .\lwi.i;i a ai-ii1i11Lw ~~ ' i ' t i i g iw~a . OS ('o-- i~iograpl-ios tle I)orclo I'ii~eii(111 cll)wi.\ ii(;i~ri :r~tronoiiiic~ii~ co~i~eguirairi vri*itic.;ii I I I I P cul~cl l , i co+tit c$ e.oin iil;tioi~ ia:~são todo o Rio tlt i I'i.i~t:i. ,tiiida :tlriii I E ~ I . : ' ( I Oestt.. j,i 11110 i'i.ai11 ilo* ~Ioiiiiiiio~ tlc 1 1 t 1 1 g 1 l ( ) + I . \ ' tit-i~lit~ge~i eslribe i i ies~~io ;i rqte 1.r5pc.i to ,ti~g~iiiic~iito~ 4{11tA 1 , e r f i ~ ~ - cletii. <\ruito l,i*ovurrl 6. ( l i / - I t o . o iIl~i\ti ta Iiiçti ~viatloi ( ~ I I V I L O erltrei~it~io tle t:i~ito* I I I ' I + O I I I I ~ ~ L V t'ei~j I ,opvb 11eirl:ii~cara o I<io ( l u I'l.ittti. 1151 I ttqtl\ çis+thi 1 1 o,.ioboç oi l'ilotos que liaviaiii ticwilo i i ~ i (.()+til coiii lli~rtiili Af - foiiso. Eiii terra t i \ ci.aiii i~c<'il.i,;ii I ~ . l t > tiiiei. fi.rqrir~ite- O ~ S ~ I ~ I Y ~ ~ ( ~ P S ~ i ~ s f t ~ o ~ ~ o ~ ~ ~ t c u ~ ~ J I 11 ' I / I I / / : J / l o t i .g~ t /~do clo logar. r isso lhes 11:lriii ;i coiivichçZo r iio capit50 iiiUr. dc. que t~cjuella costa. tL c,oiii i i i : t i i ~ .~;rão, todo o

Rio tla Prata, jii ye wcli;~\iiiii forii. i-;te 1,. iiiais a

locate, da i.:iia at4 oiide * c h <~.;t<.iit.li:i. pelo ti.atado (1. 'Sordesilha+, o dominio poi.ti~giie/ iiw~~iielltt~ 1)nrageli-. Ao coriheciinento (leste facato em Portugal dereinos a t

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tribuir o niío l~roseguirern cm Madricl as rcclainaçõea acerca desse rio ; o desistir aquellc reino de iiiandar inais frotas ás siias aguas ; e até o náo doar, quando doou outras terras, as que ficarnin aléiii clas de Santa Anna, ou da Laguna, onde terminava n courela que de direito airida por ahi llie tocava.

((Talvez tambein pelo conheciinerito desse facto, coritiniía o inesino liistoriador, inais que por sereiii alii as terras (no littoral) sáfias e areentas, e que Martiin Affonso não se deixou ficar nas plagas da actual Pro- vincia do Rio Grande, onde o laiiçara de si o proprio inar, e decidiu retroceder inais para o norte, a buscar outro local onde fixar-se de preferencia. » (1)

Ainda que plausireis estas rasões allegadas pelo nosso historiador, ellas não explicain cabalinente a que intuitos obedeceu o almirante retrocedendo para o Norte. As observações astronoinicas e a resultante verificação dos cosniographos ou pilotos de bordo, então realisadas coino nol-o attesta o iiiatheinatico Pedro Nuties, não deviam ser precedidas da tomada de posse daqilella região por Pero Lopes, effectuada rio Esteiro dos Ca- raridins. Antes esta forinalidade, tão esseiicial ilaquel- les tempos, é que devia, seguir-se n aqiiellas. Deinz~is todo o desenvolviinento 1.listorico que se seguio a este erro politico bem claro nos ensina que jniiiais os I'or- tuguezes se convencerain túo cedo c13 illcgitiiriidade das suas pretençóes rio Rio da Prata e iiiais aiiida ria Terra dos Patagóes.

Para 116s, outras c beiri diversas foram as rssõcs da preferencia de Martim Afkoriso pela região de sob o Tropico ; mas emquanto as não expoinos, exainineiiios,

(1) Historia Geral do Brasil, I vol. pag. 121 e 1 2 2 .

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á luz da critica historica, a força de convicção que ao animo do almirante podiam ter trazido as observações astronomicas dos pilotos de bordo.

Quando em 1494 se negociou entre Portuguezes e Castelhaiios o tratado <e Tordesilhas, corrigindo a bulla de Alexandre VI que reparti0 o mundo entre estes dous povos, mas excluia Portugal da Binerica, ficou, em definitiva, estipu1:tdo que a linha ineridiana da de- marcaqão correria a 370 leguas ao poente das ilhas do Cabo Verde e não a 100 como a bulla a principio estabelecera; que as duas partes contractaiites dentro dos 10 mezes que se seguissem á assignatura do trata- do enviariam cosmographos e delegados seus ein iguai numero para, de concerto, demarcarem a referida iner i- diana na altura do parallelo daquellas ilhas ; que 110 processo de demarcaçno se empregariam os gvcíos de Norte ou de Sol ou as silzgradul-as de teywcs; e que fi- nalmente se compromettiam de parte á parte a não enviarem navios violando ;i raia assiiii soleinneinente corivencionada e acceita. (1) O tratado, porém, trasia vi- cio insaiiavel que, para logo, tornou-o inexequivel. Ap- pellando para uma liiilia imaginaria que a sciencia contemporanea não tinha como demarcar, o tratado ficou, desde logo, lettra morta, inutil como garantia de direitos reciprocos.

Para os Portuguezes que, no i~egocial-o, nem siquer cogitavam do Continente iiovo, pois ainda não fora descoberto e que só visavam resguardar o seu caminho da Iridia, afasbndo para beiii longe delle a nação rival, o tratado correspondia, de facto, a uma necessidade po- litica. Para os Castelhctiios, porem, elle só tinha um

(1( Carlos Calvo, Colleccion coinpleta de 10s Tvatados, etc. I vol. ags. 19 n 38.

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yiiloi. positi~*o : rra o tlo i~ecoiiliec~iineiito do sei1 c1ii.c.i to

:iq ~~oii~~ti is t : ts (10 ~ I ~ ~ I - : I I I I : I I ~ 110 I I I ~ ~ - I I I I I 11e iqi i : i l ( I~(l~ , 1 1 1 1 ~ 1 1 - I'ortiigi:t~(~+ o* iju:~c!i: - ( & ~ ~ I ~ ~ ~ ~ I I I I I ~ : I I I I q(~iiIlores i~iii ,~os ( 3 0 Oc(~:iiio igiioto t. t1111:i.: ;i.; tcria:i por ~l(~s(.ol~i.ii*, ~e~i i i i (10 :I': (*t)ii(v\~õec: ;iiit(~i.io~~t~\ (Io'i Poilti- ti<.t~s.

( )l>ticl:ts rst:iq vuiit:ijieiis i.c<+ipi ocG:i-. iiiiiguom in:iis cdogitoii clo iiilplí~irrc~lito (10 l:itlo ~~r.;itic.o I c1auqiil:i~ clo ti.:it:1t30 Os 1 0 iiic.zcs .:(. c~s~l~t:li.:iiil ~ C ~ l l I 'J"" ' 1 ~ 1 1 : ~ r t ~ :I 1):~rte 'ie ~ I ( \ I I ~ : I ~ S P 111) ~ ) I * I ~ I~ l t~ i i i :~ I I ; L iI(~111:ii~(~:iq50, ii li:iq clr soliiçito iiiipc~ssivel.

I)? facto toda c qiiiilqiiei. teii t:itir:t pelo Iaelo prn- tic.11 I I ~ ~ " : L se ;~.;sigiial:ii. cliitão :i +wc~r. i~I i i i lr i~ niío pc1i1i:i cliir i-c~iiltado tangi\-01 (1 ( 'oiitiiic.iitc 11:i ,\iiici*ic:i :iintla chr:i I leqc.onlieci(lo, l)oi. sU tres :iiiiinq iii:\is t:ii.(le 6 que Coloi111)o rlesc.ol~riii :i t r , i . ~ . , r /i/.)lc/, li:( ;iltiirn ela foz do ( )rilioco e iieriliiiiii:~ i11 i:i ;~lgiirc>. t.uiqti:~ iio seio (10 oc2cniio. coi.t:ici:i I)or css:~ n r ~ r . ~ i / ~ n ~ i i i (- poderido serrir- 1 1 i ~ <Ir I)aliq:i I i n \ ~ ) q ~ i v ~ . l voiiio pi.ii ( I r , :~ii:igii:~l:tr innte- i,ialiiieiite esqa liiili:~ pai' *oI)i.c~ : i + \.;~c;i- ~iiorediças tio 0ce:iiio. teia-se-ia tlr : r ] ~ l ~ c ~ l l : i i ~ I)ni7:i : i - soliiyões astroiio- iiiica.: riii tine. aliii-. r11i:i-i iiiiigiiriii :iciaet1it:irn, t5o : ik)s~~ri io~ t> tii.;~~oi*cI:ii~tc~~ I ~ I ~ I I I I 114 ~ ~ + i i I t : i d o ~ (ilie exlii- l~iarn.

S:II~:L 11:ir i :~ t F i o i I, +, I .~ I I t b i11c.t 11iqi5tívite c01110 :i

s(~ie~11ci:t 11nq ( a ~ ~ ~ ~ ~ ~ o g ~ : t1,1 L I ) * 1 , l)iloto\ clc~qta e1)í)t.:~ S:i

~)i~iitic.,i r,oiiio ii:i t l i ~ . ~ , i ~ i : i tiitlo cir:i iiif'o~.iiie ( l riiclimeiitnr. I'toloii~>ii cra t > i i r A o ( I t~i~ac.iilo ( l j e toti s :~bei i io~ 110j(l O ) q111~ vali:( o ~ I S ~ I ~ O I I O I ~ I O I I P .Ales:~iic~ri:i (>o121 r ) ?(>li ec- c.lectisiiio ii;i - c b i r i i c i : i .4 i~c~iiiln~icl~n:i cl:i tci.ix cii-a niirtla

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iiiri,l liypotlic~e rel)iigii;trite e h i ~ i aiiiios apeiias 1)i.o- v:itl:i. .i gr:~ntlei.:i tlella iiin 11i.ol)lriri:~ cliic licsoii iiiC:o- I i i \ , e . l u clcC:l)eito do.: tr:il~:illio~ iiic~iiioi.:i\c~is de l,i*ntos- t,lit~iics. Hyp:irclio. l'os~itloiiio \l:ii.iiio tlc> '1'yi.o. ( )

(aoiiipriineiittr tlo grAo terresti-e (.i-:i inccli'to ;iiiidti ; :i

inrrliçilo clelle realisad;~ por I~~ratostlic~iirs c i.cctific:\tl:r i i i i i seciilo t1el)oiC: por l-Ty~):ii.clit~ qiicL fisoii-llich o caompri- iiieiito tle i 0 0 stadios qi3egos uii 1 IOtiOO irirti-os t1e Iiojc. ficnii riciatl~i 1)clo iiic~siiio l'toloiiit~ii cniii :I :itlopqSo clc i i i i i st:idio fictic.io, cii,j:x i(lt.iititi~:~t;iio ja1ii:iis SCI (*nii.:e gliili realis:ii-.

( ) iiiuiitln c'oiilic~t~itlo 011 I:'( trnrr,~bo cliir J.:rnto.:tlieiics c Str:tlto c:~lciil:tviiiii eiitrlc) i150 ;il)i.aiigri. iii:iis cliie 21; tl:t cii.ciiiilfei.t.iici:i (10 g1ol)n. I'i,i.:i 11elo inesiilo Ptolonicii t'?c~vado :i iilet:ttlt', tlo~itlc tlel)ois sc origin:ireii-i c:ilculoi: erroiieos coiiio os tlc C'oloiiiho (l1-ie ~) rc" i i~ in liso Iinvc~i.

As ~ I ) ~ e ~ r v : ~ q O ( ~ s :~sti'oii~iriicac, :L iulg:~r 11elos rcsul- t:itlo c~\rliil)iclw por l'toloiiieu. cLr:iiii siiiil~lesiiieiite groc- seiras :ipproxiiii:~çC>cs. Ac: Iatitiides c:il(-lila~-d;~i-se coin erro tle uiii g r io a iiiais ou :i iiieiios; as loiigitu(1es da~a i i i verd:itleiros dispar:itc.s. (,?liai i i lo i 1eteiiiiinatl:is por obser- vaçiio astrorioii-iica coiiio atliiclli~ tio t~c l i~ ) i c tlo iol rea- l i~sdi t sir~iultaiic~:tiiiriite clii ( 'nrtllajio e ilil.)elles, tlu- vniii resultado.: coiii cli.ro tle o1ii.r òi-kos! (,?~iai~tIo :I?

loiig~tlides cr:iiii calciil:idai I I O I * iireio t l :~ coii! ri.i:içiio ilr

(blrmeiito~ itiiierarios eiii :iiiiic )t:iqõchs :i~tro~io~l~ic:i.:. 1120

erali1 11181105 grosseiroq O S i.csiiltados.

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cosinograplios, os pilotos ou mercantes sahiain muito bein inaiiejar o seii nstrolabio, tosco iristruiiiento com que iizediain a altiira dos astros para calciilareiil a iati- t i ~dc , e corrigirem a derrota c10 naviu, ainda assim erain frequentes os erros de uin e iiiais grAos ria deterinina- @o desta coordenada, justainente como iio tempo de Ptololilc~l.

Segundo se vê do roteiro de Pero Lopes de Souza, a latitude da foz do rio de S. Francisco está ali deter- iiiinada coiiz o erro de nin grAo para iiiais; (1) a latitude da Bahia de Todos os Santos coin o erro de uni quarto de gráo a inais; :i do Rio de Janeiro coin uin terço a inais, e só a do Cabo de Santa Maria, :i entrada do es-

tiiaiio do Prata, talvez por ter sido reiternd:~ i-ias obser- vações feitas ein terra, acciisa, com pequena diffareii- ça, resultado exacto.

Nas operações eill qiie se requeria maior rigor, de- seinharcavarn em terra os 1,ilotos e tomavam ao meio d i : ~ a altura do sol. -4 latitide, Lima vcz c:~lculncln a declina- ção do astro para esse dia, cleduzi:~-se eiitzio sem mais correç0es. A bordo do navio era-lli(:s peiiosissima a ope- raçiio, e até iriesiiio iinpossivel si se tratava de estrellas, porque entáo não sabiam como se liaverein coin o ba- lanço do mar.

Mestre Johanes Enieiielaus, urn dos pilotos da ar- mada de Cabra1 de 1500, escrevendo a D. Manoel e dando-lhe conta de como se dispunlirtm no iiosso c60 as coiistellaç0es circumpolares, sem alihs determinar-

li O roteiro alludido consigna as seguintes latitudes : Foz do rio S. I~rancisco 11 1[2 Bahia de Tedos os Santos 13 1 1 4 Kio de Janeiro 23 114 Cabo de Santa #aria 34 511

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lhes os gráos (I), commuiiicava liaver observado em 17O austraes a latitude de Porto Seguro, mas como di- vergia ein muito a opinião dos demais pilotos que uns davam 150 leguas mais e outros menos, não havia como certificar-se senão depois que se cliegasse ao Cabo da Boa Esperança, porque então, dizia elle, se havia de ver quem inais certo andava se os pilotos com a carta se elle com a carta e com o astrolubio. Aiiida assimo calculo do mestre estava affectado do erro de umgráo a mais.

Americo Vespuccio que, aliás, era um cosmogra- plio Iiabil, errava a miudo rios seus calculos de latitude. Dos seus escriptos, por vezes tão discordantes, se vê que calculou a latitude do Cabo de Saiito Agostinho com iim erro de 11.3 grám:, a meiios, e a do Cabo de Santa Maria, á entrada do estuario do Prata, onde cliz que deixou de costea,r a terra para accommetter o mar por outra parte, accusava taes differeilças que o proprio Vespuccio ora dava-llie 320 austraes (2), ora calculava-a em 1 7 O 1/2 para além do l'ropico de Capricornio, r> que equivale a 41" ao S~il . (3). Discrepancia? cstas t5ograri- desque os mcsmos detractoresd~ Vespuccio mais se ser- vein dellas para provar a ma f6 ou o descaro de um mentiroso do que para deriioiistrar a inipericia do cos- lnographo, ou a imperfeiçso dos processos de observa- 950 astrorioraica em usc no seu tempo.

( I ) Dizia em sua carta o piloto : a . .quanto seílor a1 otro puncto sa- bra vosa altesa que cerca de las estrdllas yo he trahajado algo de 13 que he podydo pero non mucho.. . . . . sulamente mando a vosa alteza como estan situadas Ias estrellas del, pero ern que grado esta cada una non 10 he podydo saber antes me paresce ser i n ~ ~ ~ ~ > i b i l e eu Ia mar tomarse altura de ninguna estreila porque yo trlibajè rriiiiho eu eeo e por poco que el na- yio enbalanoe se yerran quatro ó cinco giados de guisa que se non pucden faser synon en terra. . .D

(2) Lettera a1 Solderini em Canovai, vol. 11.

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Ouaiito :i- loiigitu(le> o ~)roc.r..o ~ ~ o i i i i r i i i r ~ i i i i c . i i t t ~ iis:i-

tio c r :~ O (Ia taon\-ers5o (10s cleiiicriio. itiiic,~.,irio- c111 :iiiiio-

t:~viws astroiioiiiic.;l\ Seritiii ir1 ~ ~ i . o i . c ~ o 11ir'ect 1 I . 01 )sci~viii~-

( 1 0 O< a\tiaos, era riitiio l,i.atic.;i~lo

O q pilotos ou ii i i~reaiite~ t l ( ~ ~ l r i ~ i u i i i :I loiigitiitlc pela deirota tlo ii:tvio para o ( I I I ~ i)ai.tiil(io ( I ( > uiii poilto cuja Intitiidc cru c.oiilirci~l:~ tl gi1:ti.t l t i i i ~ 10 iiiii i.iliilo certo I - ~ I ~ ~ I : L I I I 110 (liario (le 1)01~1o, i ~ \ s i ~ ~ i : ~ I : i i i ~ l ~ ~ o, i i~ci~lciltc~s

I v as c.aiis:r. cliic. por voiitiiiaa, ~)ci.tiii.l~a~serii

21 i ii:ir~lii~ regular ilti eiriI~:ti~c.,l~ltc). c., t~~iiiair(lo : L ~ ~ L I ~ R ' : do

L I ) ] i ) ( ) iiicio d i i i 11tir:i c*iiI(~~~l:ii* i i I ~ i t i i i i ~ l ~ ~ . corrigialii

clualqiiei' c5ri80 [;,i c~.itiiiiati\;i ilii . +iligi~:~tliii~,i- I':<te siiii-

1)lc. 1)rol)leiil:t tle I o \ o c l r ~ ~ i i i i : i , cliitlri +cbit~;)i'ct resolvido 1 ~ 1 1 1 . iriariijos por uni 1roct"so gi.al)liieo. t.i.;~ o unicc) I lue critão po-quiniii 1)itrii deterii1iii;ii. :i Iotia~tiiclr i11 I

1ll:il'

.\l:~i, cjiiriii -ouI~t '~. 11it:ío I'alli\cl # - ( b i.iiiiio i i i t l i - c.:rt l t , 1)eltr l ) ~ i - ~ o l u . ii~sti.ii~ilciito i i i r p c rl(>iio c 11e riilprego

c1i11-itlo,o 1 ~ 1 r n&) ( ~ ~ i i l ~ c ~ . ( ~ r c i ~ i i i i i i t l : ~ : I - \(ais 1111 I I J ~ L ~ I I C '

li5ii-io: ' 1 u e i ~ c ~ o ~ ~ I i ~ c ( ~ i ( Y I H I ~ . I $ ( . ( H . I Y ~ I I t i * < oc.ciriiiu:is, c.iij:i

~ ~ I o c i ~ I i i c i ~ ~ cili:~5 1150 .(, ~;I;II:I I )i\i~i I ) l i i . 11o(ietii \-i(>i:ii.

;i dei-rota do I i:irio coii~l)i.c~l ictit Lei-,; I iti;io errorieo tltbve (bs~L proces50 (lc ( I IS~ ( ' I 111i11iii~ 11 ~iigitii~ltfi, totlo t ~ t i v . ~ : i ~ I o

ii;i iri:ri~cli:i tlc ciiibwrc~:rçõc~+ ( l i , \ ela ,~l~soliit:iincnto i l t - ~ ~ ~ ~ ~ ( I t ~ i i t c ~ s ( l w f'eic;;io ( I ( , \ 0 1 i 1 ( ~

. \s S///!// u / ~ / / I . / ~ . ~ / i 1 11 , / I / , / $ l l ( ~ I { \ l V 1;lI.l ( b trat>1110 l l ~ b . . I o r d c ~ ~ i l l i t ~ s t\r;iii~ ;L C(>II-A iiiaik i~itdt,i.tii t1 \ iirl:l\eI LI(, c,

I ~)s>ivcbl irn:i~iilwi--sc~ A- .ingrutlili.:r- (liu~.i;ià fie uiiiii c:i- ri^\-ell:c, iiavio \ e!~,iso. dob mais cinl)rrgaclos liessc te i r i l )~.

tiiilialii-se coiiio villerido : 3 0 legtias, oii 1 " i 12: ~ ~ : L X ~ I L N )

tu'lo d(tpc1ii1liii i10 \-rirto, a iiirti~cli:~ ( l u eml)iircirçáo <(i >e citlculura bern. quando o teiiipo pt8rinitti:i ol~iervur o sol pttl'il ~leterininar :I latitiidr

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Se a caravella qegiiia, a dirt.cçao de uni ineridiano. essa operac;fio auxiliar. i.epctitlnl~~êi-ite frita pc-riiiittia attingir alguma rxactidiio: poréiil a iIcrre,t:i se effec- tuava na tlirecc;áo ile uiii ~~:iral l r lo cAoriiu o tratiiclo de Torclesilhas tIeteriiii11a~;i cjiie -c tise.se rio ncto rla de- inarcação. partiiiclo da. illi:i.. tlo (::ho Verlle. esszc ope- raçfio aiixiliar. rião teritlo :tl)l)lie:ivRo eleiswvn t i estiir~ativa d~ rinviv tlrpe~itlelite c~xclu~i\-:~iiic~lite (I:t :ipreciayào dos pilotos. E' f:icil <le coi i ipi~~li t~i~lei- tiii5cr susce\~tivel de erro é uiii tal proce5scl tle ciilciiliir loiigitilcle por sirigra- duras de legiln.

S a 1iistori:t ila ii:ivcgdc.Zo tic.;ii :ti11 para sernpre ineinoraveis os gr:wissiil~oj erro* (ltl Io~)gitii(le eln que irieorrerani ( 'oloilil~o e M:ignl l i i i c - ii:lr cg:lrido no seiitido do r~aiallelo Aquelle. por ucc.:i-i5o cla siia primeira viagem ao No\w 31iiiitlo c,uereiitlo iroiii. d c i i ~ i i e5trz1tageina pura prevenir o terwr ela t.clilir~i::c~ii cluê 'L viti atastar para uma região loiiqiiiiliiw wiii eylei.:iiic;:i cltt toriiar. fraudava distaiiciiis no livro <!e l~ortlo. :I , , IJL\SSO que reservada- meate escrevia out1 > 1)iii.a si. oiide pi.rsiiiiiia corisigriar o roteiro exacto; wGe-..r Iicjr ciiie no fiiri de 24 dias de navegavão. I ) priiilt~irc, livro indil#:lva resultado mais chegado ii verdade (10 ciiie 1 1 de +cii roteiro reservado. O alniiraiite tinlitr illildiilo i* *I 11roprio.

Jíaga111Heq. iiiiregniitlci iiti.:i\~éc c10 I'ii~ifico n:i pri- ineirti c rc'nil)r(' ii~ciiie~rtr~el \-iaqcin tle circuinii~~vegaqáo CIO glol~o. i i < d c ~ ~ s ~ ~ i i i50 1tot:ivei. 111ff'~rcni;i-i~ ira- loiigitu- de.; ilue :i circ~iiiril'eieiivi:i d:i t c iw f i c . i ~ i i cIinii1iuitl:i de 20 2r:icj- i I ) EIT(I ?<te I I I I P todo. ~ : I ~ ( J I I I C ) S C*OIIIO i\ 1'0~- t11g:il s t ~ l ~ i o t,30 viir(-1.

i I! .Alrxwiiilir ( I P O n ~ i m l í ~ r l i z 111 ::Piins , I n ~lt~i i i~~nstrn comi, uiappa qiip traz Herrurn nn siia Hi.*t. I i ~ d i n - U c c i d ~ i ~ f ~ i e . > . K~rista do Inst. Wist. P Oeog, 21. I,

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rioinicos (10s pilotos da sua RI-iiiada & que Jfartiin Affoiiso de Souza abi~iidoiioii o Itio d~ Prata e qe reeollieii ;i. S. Viceiite.

Essas obscr~ acõci ii.ti~oiioiiii(~:ts tle que nos fiill;~ o sr. Varrilingeii, si se re:iliq:~i.:iii~, iiilo Boi*iiiii. por certo, as raz8es deteriiliiiaiites tlo rcgrew) (10 :tliiiii:iilte, corno ri50 foi por c a n ~ ~ 1 e l l : i s o tlo i~cc~oiilieci iiieiito de se achar o Rio cla Prata f'óra tlo 1ieiiiiy)l itli.io porliiqiiez cliie não proscgair;iiii ciii bliidilitl :L.: rc~.l;ii i i : i~õc~ :icLcic;i (lesse rio, (1110 11ão sol~alll (10:1(1:13 C1SiiI\ t?i41 i \ \ ( 1 0 filll :L0 telill~o eiil cli~e do;w:iiii :I. t lci~i~iit tcii:ii tio I:i,csil ; 1)oryiiaiito os Poi2tiigiiezos c to(loi cjii;iiito c.iiti3es ellci escreveraiii até o f i i i i tl(- \(.viilo 1';" \o! ,i.(, :i Iiiitoi i:i 1 , gc.ogi.apliia (lu Aiiiei.i(~:i l,iiiit:iii:i ' ( J~ l l l )~ ' 'L cou~itl~~i~:ii:iiii o lio tla 1'i:itti.

ii1:iis : ~ i i ~ i l : ~ ~ I I ) I : I q ~ ~ c ~ ~ ~ i l ~ ( ~ \ t ( ~ 1 1 ~ 5 o (] : I ' cofit<ts ([:L ll:it:i- ~oiii:i, (xoiiit) ~~~i~lc~iic~piit~:.; :(o\ t l o i i i i i i i o . ( I ( , 1'01 t11g:11

l:r<zi /'icc>~ite 1 1 0 S:\l\:~iloi t - ~ i ~ ~ \ ( ~ i i ( s ~ ~ ~ l ( i2 i : o I'u(1i.c~ Siiii5o clc \ ' : i s~~~ i i c~c~ l lo~ c ~ l i i ~ c ~ i i i i t ; i i l : ~ c.oiii~~:~iil~iii (lei .J(>SII.; ( j ~ l ( % e$t . i (bl~w C I I I I 11;1;2: O I ' .J050 (lc Soliza 1~c~i3i~c~ii*;~ ~ 1 1 1 1 li!):;; 1Ji.c.i ( ;:I~L):LI. ( l i ! AI:itli*(, 1 )eu<, ~ ~ i j i t o11i.t~ foi ate: al)lli.O~:l(lu ~ J ( ~ I : L Ac:itleiiii:i Re:il das Scieii- uias de fiis1~o:~ ein 1796 c: oilti'u.; iii:iii :tiitigos c01110 E'iaiicisco da ( 'iiiili:~. 1)iogo clc ( '2rstro c- o l)rol)rio Pedra Xiiiles, todos :tc.cortl:ti~:trii ciii coriio :L.; ~)oi iessôrs portu- gnezas ii-tin iiiuito wléiil tio Itio (Ia i'ixta, até o fiiiido do golfo de S. 3latlii:is

Para heiii :tv,~liiti.-sr (lilão tlisurcbl~ailtes era111 OS

c o ~ ~ i r o ~ i ~ a ~ ~ l i o . ; c*oritrml)orniieos ao representaraiil i i ' : ~

suas cartas o continente do Sul da America, basta atteii- íler para os dados forriecidos pelos iboteiros dessa epoca e por elles coiistriiir 2s cartas seguilclo os 1)rocerPos eiii uso:

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O ('oiitiiicntc~ do Si.11 oicill;r~ <i i i ~ q ~ a s car ta , para C)r le t~t~ nii p:ii:i ( ) t ~ ~ s c l i ~ ~ t t t ~ ~ O I I ~ I ~ I ~ I I I , ~ a r i ; t(ioiia!~~lad~ do& p1!otcF-,

A l:ig~ii*a clo ,?i l;iiitic.(~ t~iilrc~ ; i >\ 1.1 , ( * , I ;L ( \ i i ~ ~ ~ r i c ~ i

rr:i iserltinid:i o11 :iiiil)li,itl:i çcg:.ilii:!o (1. iiitiiito. cltle ~ 1 7 i l

I ;~rn e-.c\ l~i lota)~ ori c.osiiiogr;t~~Iio~. Aincrico \'esl~iit~cio, clii:iiitlo c3 i i i I501 vcsio eal)loi.:ir

LIS e4)slus tio f<i.iisil. toil~ni':~ l):u.;t 1)s)iitO iriiu:il <I:\ .na 11,:iveisia o 1'01lo tle Ilc < c iic3gue na c.o+t3 :il'i.i(':~~ia, 1)oi IA0 11's' tlc I : ~ t i t i i t l ( ~ I I O I li, P tl ; i l i i l'c i. l ) i&fi , i eiii riirco ciiiiqtaiitc-' de t;ii(l*,(~~ic-cl i i : i i ~ i ; i clc Si 1 1 (:):iq i I ' .?O'') at1.a-

Saiito ,~gostiiilio ]):"';L o ( I ) l'oiii~iiiilo ;ig,ii.a os ti:iclo\ tlo iott1ii.o cle \'icelite

Tnii(bz J)iiii.oii ii:t Fila ~i:tgt.iir tle I-C!~!~, se v6 (111~ :i c;o>t;'l. tlo iiorte tio l31.::~i I. ( l i i , ~ ~ i ~ : o e;11w C ~ C 111 C1o?z.sol(ici~~t fica- )-ia dcsloc:ido 1i:is:i »i , j(>~itc 1)c~lo ~iieiicls uils tics grds. ( 2 )

loii.:i 1~1o.i tl:itlo\ (10 iotciro de Peio I,oper, se o deslo-

( I ) A rnrtn d e \-espuclo diz:" ... navegando sempre per libeocio á vista d i terra d i i . i~ntinno fncl-iondo di inolte sritle ..."

!') Ni.,torta ( ? e ! r a l d u ILiLci.~i, do ár. 't'arnil8g~u, v u l . I. pag. i 8 ,

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camento do coiitiiirritc tihi clii;i<i cles;lltl):~i'ecc iio cutreino nortc. n%o clei\r:i to~l>i\-iw clc sei-6) 11c.lil it'liiivcl iio sul, onde a lir~lia tia coqta dccliiia iii:~is 1)ar:i Orieiitc. O ciiidado cluc se nota lict 1):ii.t~ (11) roteiro. cc~rre~l)oiicleiitc i traves+ do Atlaiitico uiidc sc veeiil olj.ervac;ões tcerc,r das correiites oceaiiic;~~, tla estiiiintiva tlas di%taiici,1s e riiiliu eiii relação aos poiitos iiiai.; coiiliecidos (Ia costa do.: dous coiltiiieiites, e as I;~titii(les toiiii!das cju~isi tiia- riaincntc~, tuclo ilio5tru o iiltcrcssc dos 1)ilotos eiri 1)ein verific:~r essa trar.es.i:t e nssigiialai. Ilio :L tlist:~ncia coill a pussivel esactitlgo. A irtu tu tlo rotcliro. l)oreiri, clue (w-icy~oiitlc ao ticclio da costa eiitre o I bio de J:~iieiro e o Rio d;i L'iat:~ velii iiiaii d(xficiviitc 11:~s iiitlic.:iyót.c doi r11111tw: :LY liititutlea são : i l i i rntiis tsc;iss:rmeiite (leter iriitl:ttl;~s riii vista clod coiist,iiitcs iicvociroq, e 1150 ]")i1

cos pontos dos i17:lis s2ilieiites di i costtt deixaiil de ser ~issigiialatius pai-cjuc i- ariiinda 1)o1 ";lei l)iiSq:l se111 O:,

l'erceber.

As loiigitiides cte~liizic1:is tle uiii itirie~ario voiiio cstciiáo podi~ii-i absolutaiiicute dai 1esu1t:icios dec i~ i - vos, (.:i1).uescle ti'azci coii\ i ~ ( ~ ã o I I C L I I 11ie.:111o aos 111-0-

\)rio5 iii:ire:iiitcs tliic ;~scalciilav:i iu. 1)cin:il.j. 110 roteiro :illiitlido n5o se lê a miiiiiii:i, i.c,fciciisi;i n o1,crayões réa- lisad:,s coiii esse intuito.

=\ palavra lo?zgit/i~lr ll(L1ii mcsilio 6 alli citada; e a 1150 ser :L 1;~coiiica uhserv,ic%) clo tiia %i tlc iioveinhi~o de la:l l , oiiiie se lê que riesso dia ( 1 : ~ partitla liara explorar o estuario tio Rio tla Prata, o $01 estava eiil 14" 35' de Saggittario e a liia eiii 2Co de T:iiii*o, observacá0 qiie parece leinhrzir que .;e acoiii1)a:illava a innrcli:~ t1essses astros, tudu iiiai, em rel:ic;ãu á, espheru celeatre

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refere-se iiirnri:i\-rlmeiite :is ol)+crraqõc.: cl:t altura (10 sol para o calciilo (Ias Intit~itles.

Yè-se, l~ost:riito, cpie :is tacs ol)ser\-a~fics tistroiio- niic:is (10s pilotos tln :iriiintl:~ tle i5:Sl p:irn tletcrii~iiiar loiigitudes :i50 se 1)otli;iiii ter rea1is:ido cc,ino 1101-0 refere 11 si.. \'ariiliageii. c qiie iião forniii ellaq ccrtaiiieiite cluc clrteriiiiiiaraii~ o aliliirante de ietroceder 1)ai.a o

Koi.te. Outras foram. poi. certo, as r n ~ ó e s q11e le ra ra i i~ .\I:irtii~i ilft'oiiio de Hoiisa cio porto c1c S. \'icelite.

Ii iião reiidia scí iio (lc'feitiioso 1)i-oceiso ile calcular loiigitiides :i tlilliculdaclc oii iiiil~i )c-il~ilitli~tle de taes rcriticaqõ~.: :i 1 i i i l i : l iiic~iitli~iii:~, iiiggei,itla iio t~atnclo a íjiic lloq te11105 i.clí~1.1(10, e i ~ o~iti-:i ~lif~it~i1l~l:ic1~ iiiveiicircl.

O ti,;itatlo foi oinii-o 1i:i fix:ic:5o ( 1 0 1)oiito iiiivial tlus i i o i i 1 ) I I ( ' i o \'(.i tle, ieiido cci.to

Os ! /r .cícis ( I ( , ,Sol :I qucL o li.;rl;itlo < t a i.cfcie, qiie são oi, gr:io,- c10 I 'iii.:illelo, roiiio os y t ~ í o s tle ATo?.tp que são os clo ;lleri(litiiio, ,j;i o tli,qseiiios. liso ci.:iiii I)eiii coiil~eci- 40s. :iii)da cliie í'o~st.iii g(1i.:iliiieiite :ic.citos os c:ilcnlos erroiieos de I ' to l~i i i~i i .

A s s i ~ l ! l ~ ~ c / t l ~ t c ~ ~ , c s c l , lqlrrccs sO ~tutli:,iii v:ilrr se a de. iiitii.~ii(;%o sct \.iesr;c. ;I i..>:iiis:ii. tle t20iiiiniiiii :iccoi.do llnr iueio (le 11iIotos : I I I I I I~IS tis ~ i : i ~ ~ i o i i : i l i t l : ~ c l c ~ ~ ~ .

( ) ti,:it:ido, cjiie tiido isso tlcixoii ao ciiitI:ido dos ~~o.-liiogi~:~ltIios t t roiiiiiliss:irio,~ a ri iiliil'csiil-EC deiitro CIP

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10 iiiezes eiri iiiiia das i l l ia~ Caii:trias par:+ o tiin de deiii:iic:tr u li~eridiniia, iiáo tcli~do tido exrciii5o iieesa claiisiila, deisoii tiitlo ein kli,l)c5nso iiiil)os.i\.el rliialqiier solução rlcfiiiiti\.:i.

S6 eiii 1523, delwis (la vi2lgeiii tle Alagalliães, quariclo os Hespaiilioe., reclatnaratil as RIo111cns nos nitlres das especiarias coiiio coiiil)ielieiididas iics 1800 do seu Iieiiiisplierio tle iiiflueiicisi. é (pie o tratado de Tordcsillias foi. pela vcz priii~cini iiitr1rpret:iilo.

Reiinidos erii Sar;igoc:a os corniliisni*ios ljorti~giieze~ e liespanlioes para regiilarciii essa cluc<tCio, 1130 risa~:riii aquelles outra coi~sa sei150 salvar :~s '\Iolncas aiiicla que coin sacrificio c l o latlo da Aiilerica; eqteq, os Iiesparihoes ao coiitrario, lirio sô rrclai i~arai i~ e . ~ : i s illlas (ias espe- ciarias, luas atM Ptlal:ica, pois qiic clcvitio ;i iiiii erro doro- teiro da viagetil tle ciicuiiiiiavegn@o, o niiibito do Oceano Pacifico tiillia. sicio niiiito reduzido e cl:~va logar a que os l @ O O cle Hespaiilia viesneiii t i ahr:iger possessties portugiiezas iio extremo oriciitc. I3 coiiio p;ira salval-as iião tiiillaiii os co i~i i i i i s~ar i~s de l'ortugc-il iiiein tilgtiiii rle deiuoiistrar a falsi(lut1e tl:,quclle roteiro, por se ilão conhecer i~iellior proue\+o tle cleter~iiiii:it loiigittides, esforçaraiii-se o l)or5ivel 1):~ra :inii* tlnc: gai.r;ls cle Uarlos

V, iio iiienos, as: ~11:~s illl:is (ias esl)eci;ll.ids, e. 1)ara taiito, exigiain qiie o 1)orito iiiicial (1:t.j 370 leg~ias Ijara w deii~arcação da iiiericliuiia i'usae a illia do Sal, :L iiiais oriental das do ('abo Terde, e iião a clc Saiito AntZo que, alitis, farorecia ds suas preteiiqões iin Aii~erica.

Alas, coiiio nesse teinpo, a ,Imerica pouco valia e ns especiarias da. Iiidia vali:im tiitlo. o JSrasil foi sacrilicado As Moluccis e procuroii-se, recunii(lo :I cle~iinr-

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c:ição para leste, .liriiiiiiiir :r cliH'ci.c~iic;n d o i grao.; ( I i l e

terici tlc pag.li- ciii ( I I I I . ~ ( I )

1C;li l;),j 1, I ~ L I ~ ~ I I C I O aiil(1:i lJer(>orriti 05 11i:ircq (10 Brasil :L arniacla (le Alartili1 AfFoiiw, l'ortiigttl giini.cln~:i, c certo, as suas illins cl:is crl)eci;tri:ii, iiias iio Al1:iiiiico tiiilin per(li(lo, porqiie teiiclo reciiatlo o ~)oiito iiiic.i:il tln (1ciiiarenc;~o pnrn n illia clo Sal. l)t.i.<lera iio coiitiiieiite (Ia Airncrica, 1)c.lo iiiciios. 2 i/r! hril04 ein loiigitiide.

;\Ias, sc iiestc. 1)orito o nceor(1o sc i i~ lpu~i l l a 1)or força de cohereiici:i, ile 011tro Ia(10, iillpo*'iv(~l era eiitrr os coçiiiogra~)hos dc c;id:~ pctici:ili~l:tdc, clunliliier <oluç&o detiiiiti\-:I da dcinait~:iqno iio te1.t eiio pi.:itico.

.Iccreclita-\-;i111 o i 1l~~sp:iiilioi~s y i ~ c : i liiilici de dernar- caçao irao d : i ~ a os 1'1 tilg~ic./e.: ii:1 -1 iiioiicri wnão U111

tetço do torritoi,io (11111 liojc l)o~.:lliilio-, C , s t ' g ~ ~ ~ i d o OS

.:em cobiiiogr.al)lioi, e5sti liiilin ;iii,igiiini-ia c1c~-ia coi-t:ir o coiitiiic:itc, :io Sorte , na l):!liia do I\I:ii.:iiili;io e snliii., no Sul, eiii S. Vieeiite; kic;ii~do :iiriiii p;w:t ;L Ileipaiilia toclo o treclio tlas cc,i:ni ii~ri~i:!ioiint~.: d c i ~ ? ~ ~ s t t poi~tc> até o I?io (I:\ 1'i.at.i

$3 ii'isto a~\d: i \ : i111 ( S I iii:li . cIitqa~Io\ :i \ ~r ( I ade , porq~~>ilito, v, 11't+,:i I jtocii l l i t h tohw ([:i( 10 tlfiect11a1* :L

cleinarcaç,;io corli o I ignr tlor ilo-qos ~-iiociei*iio% 1~1,oc~ssoc; aqti~oi,oiiiicos. qe ~~i.i t ic:r ria. clae a, :1i( 1 legiias coiit;itlai tla il1i:i (10 Lal :ical)aii:irii ii'niiin iiiei~itliaiiri cliie cort't u I ~ O S ~ O t ~ t ritn1.i~). :\o K o r ~ e i i i i 1i:ii.rn tln (;iii'i~l)y, niilig:~

(li f'ortoolttl pw#uil 350:tJOIl ci.uz:i~lus d'oiiru, pelos 17 . ique ilrvia~ii t t l , ~ n l i . Ker as ~ lo l i~rau.

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Abra de Diogo Leite r :ir) ,i11 lias iiiiir,etlincó~s do porto de Santos. (1)

Mixi dirersamente oliiil;t~:~iii os l'ortugriezee. os qnaes, I)nçeados rios seus tr:~l~;illioçgeograpl~i~~o~. seiri1)i.t. aci.editarnin cjne aiiieritliaria de tlciiiai.c.ay:o Ilies cortur:i o coritiiieritc, do lado do Soi te, n Oeitc da roi. do Aiiiai,oii:is clue ficaria totln poitiigiieza. (2) e, I)ni.:i o

Sul, viii1i;i cortanclo as tcir:t.: do 1:ioda l'iala aiiid,t ])"i.

ciiii:~ do cstiiario, ~riiii.; ou inenoq lia :rltiii.a do ~ l , ~ t ( ~ i ~ ' f ~ dos C/cl.c~wtli,w. onde I'ero TAol)c,s x ~ ~ t ~ i i t o l i os do l~s 11%-

tlii>cs, e irido saliir iiiais ciii l)ui\o 110 Tiiir(1o tlo golCo tle 8. 1I:~thias. Valia tarito coiiio d c sloc:ii. o 5iii ( 1 0 coiiti- iieiite para leste dc 14 para I 3 graos

occupar:tiii, pelo niciios oi: ~liic clsci.~ ~ c . i . ; i i i i :tiites (11, f i i i i

(10 seculo 1811. siio totlo-; c.criit~oi~ile- i i c ~ . . t c > ~ i i c ) t l , ) 11c f'nici. x tleii~ai.cxgiio.

(1) <:i~lcul:r!iil« e peliis leaiiii.~ por,lngiiex:i-: rIc R O U O Iirny;!<. oii ~ieliis clc 16 ao gr in rio parnl!elo tla i l l i ; ~ i lu F l i l . A nieridi;r!in nsbii i i iieteriitiri~~ln ctv- veria a 23* i' 30" ao pt~ente daquelln iI!r;i . Rr, porP111, c i ~ r sez i!x i l l i ndo $8.1 fosse a de %o. i21itiin, a irieridinnn virin i.ts!liir rr i l h a de hlarajó na ~ I I L do .-tinazonas em f rent i ri il11ot:i i l . i i ! ~ ' l ~ i ~ t i ! i s 1% 110 '111 viliia s t l i i r nus int l i~wlia-

y+"sx Tiagana. (2) Cirlco1;indo palas legiias renes de Ifeaphnlia rle 26.000 pbu que no

paral iclo da illia 110 cito. Antí io i.30 I ~ p i i ; i ~ ,ir I ú : i ~ i :i.;i,). A iii~rid;eti.i ~ s s i i i i

detertnin;~(la ívrhia t i 21 . .40' a O P ~ I Y d i i , ~ i t ~ , l i : ~ i l l i t t P linss8riir 11x4 \ - i? i ! ih ; t l l t ;d>

du ('~1;n 0ranfi.e.

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O mesliio Si. Vni.riliage11 qiic sc npoia eiii l'eclro Siiiics, rlliaiiclo 110s relata as o1)scrva~õcs asti.orioiiiicas dos l'ilotos da ariu:i(la (1t. Rlartiiil ilfl'oiiso, iião devia ignorar a opiiii:io de~scl t101110 iii:itl~ei~i:itico, exarada iiestes tcrinos: «A E'roviiicix do I3nizil coiiieça a correr juiito c10 rio (Ia.; ,\iliazoiias, onde hc principia o Nortc da 1iiilt;i tle demarcucno c repartição, e v:te correndo pelo sertno d'estn Proviiicia até qiinrerita e cinco grcios. 1)ouco 11iais 011 ilieilos; ali i e fi~o11 I I ~ R I . ( W ~icla coroa de Portiigtl. ::

O nlesiiio illii5ti.c autor (I;\ IIistoria Gcrnl (10 I3razil rios trasiilitte a siimin:L tle nrii vellio ilociiiiieiito de 1506 eiil que se (I& O Brazil toirin csteiider)clo se até os 40° de latitndc :tilstrnl (1)

Frei Viceritc clo Síi1v:irloi- seciicl :I i i i i~ína opiiiião O L llllf:3 cle Pedr "V

O Padrtx Siiiino tle Vtiqciitice!lor i-el'erc cliie como 1)s cornpns.sos (10s c c ) s i i i o g ~ ~ a ~ ) l ~ ~ ~ s r: i i . i : i~, t i i i iniiito, os inais 1ibcr:~es (lavnil~ t lo co~i~priiii c~iitc, t i liiilia imagina- ria de clc1iiarcaç5o 5,-)o, iiici~idi~iiios, oi i t ro~ 4B0, outros 350 c oiltio? :iiiid:t 240 qoiiteritc, riiai u1)oiaiido-se nos tra1):illio~ geo,ni:tl)liic*os tlc. .ll~inli,riii Ortelius e c~titros de gra11(1~~ iioiiicatl:r, t l : \ \ ti o I:r:tzil oiiio cotiivcntido ao Kortc: tio iio dc \'i(.r;lit'- I ' I i i / n i i :IC:II):I ~ i ( lo :io $4111 1 1 ~

halli~i (lc 8, Ai:itI~i;~\, ( 2 ) O 1':iclrc ,Jofio ~ o i i \ < i b't~l I ( s ~ i . c ~ i i , i z l ; ~ ~ e ~ ~ i c í ~

A(,I(V t r i c l c t (liz t:tiiiI)~~iii ( ~ i i ( ~ o I:i.a~il 1c~iliiiiiu~:t tio Si11 do Rio ~ 1 ~ i 1'r;it:1 1 i!) It~gti;~. ~ r i l t l v .r3 i c~ii11,iaraiii 0%

prii~leiror ( * ~crdn<lcii~ci- : \ ( . i05 tlc ~ioi+.c: coiii iiinrco rlEe

se rncttcil iin 1::ilii:i (11. S I\l:illiia\ 3 (3) c ao Nortc in --

(1) H z ~ t . Ge, ~ t l rir, I (> ( ~ , L I , r i ~ A . Variihagen, 2 edic(iío, v01 . I 1;g. 57. (2) Biiniio de Vrtrconrelloi, Ch? o ~ z r t a da Coii~p. ( I P 71?+1? tlo Ebtcido d a

Bt"azzl-vol. I pag. 1Y. (8) R P I ~ ~ Y ~ c ~ r io T n ~ f l f ~ l f o H I S ~ C I i ( o , tomo 5 ; .

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a t i o rio de TTicente Pinzon, 10 legiias alein do cabo dos IIiimos, Iiqjc cal,n (10 Noite, n qual cs1:í por 2O 40' ncinia da Etliiiiioxi:ll.

O mesiiio aiitoi. relata que, s~:gltiiilo Fr. hlarcos cie Giiadalaxara na siia Histol-ia Po~~ t~f i ca l , ahi começavam as Indias Occidentaes de C'astellct c qiic, por coinniiiin nccordo de Cailos V e D. .João 111, se iiietteratn doiis pat1róe.j de marmores, iim da banda do nascente com as armas de Poitiigal e niitrn da parte rln Poente coin as nriiias de Castella.

Rernardo Percii-a tlc IScrrcclu c: Aiitoiiio Baena referem que uni (lesses padr6cs fòra, coiiz effeito, encoii- trailo em l i 2 3 1)or Joiio Pacs do .iiiinrnl,

110 iiicsino roteiro tle I'ero I,opc.i: .c vê coilio os Portugueses consitleravairi Iariqatla a iiieridiaiia de delnat*caçNo ;>o Poente d : ~ fol: do ,iiiiazoiias oii « rio do Maranliaos co~iio tiitão scx cli:iiii:~\-:L. «iiclui, diz o roteiro, ao descrever a clicgnda (1:t wriiiacl;~ iio arcliipalago dc Clabo Verde, acliatiios 1 iii:t iiiio d c dnzeii tos torieis, ciiiiia clzaln- padc castelliaiios; eciii cliegaildo nos cliusernm coiiio iain ao Rio de JI:iraiih:iiii: t o ca1)it:iiii J. lllc maiiclou requerci. que elleq ligo foiir11 i ;to dito rio; l~orquaiitci era de1 1:c.i iios.io sc~ii1101 ( I ( ' I I ~ I . ~ I d:i &lia clrinai.. C~qã0. z

Ipis(~i (i:islu:r 11" .\ lt\~lrc~ De i i~ , i I t is suas l'eiiiorii~i. 1x11-a :L 1listoi.i:i d : ~ ('al)it;riiiti. dc F Vicciitc, obra pli- l->licstd:i eiri 1 i!)(;, clc:iiil ic, ,ia %c iiiili:till \-ulgarisado 03

procas.ios ai;ti.oiioiiiico* (tcl clctciiii 'iiwqão dc loilgitiide diz tcstiialiiieiite, t':ill:iiltlo tle 13iiciios L2j rss, fiiiidada pelos caste1li:tnos ii:t iii:lisgeiu auitral do Itio (Ia Prata: [ c . . . . . yuc a eoic^,;t de 1'oi.titg:il se coiiteiltava coiil cliie este rio fosse a balisa dii Sora IJiisitaiiia: iiãn ohstnrite cheqnr iriais ao 4111 :i liii11:i (li\-isoi-iti.

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I'ê-se. portatito, que clcqde epoca reinota se cnilside- niniiii os l'oriugi~ezes toiii clii.cito no rio (ia Prata e qiie as t:tcs ol)srr~7aqõeq asiroiioiiiicos dor pilotos de 1I:~i'tilii Affoliso jai~inii llies nbnlarain csia crença.

Ao contrario de Sr . JTai.iilingrii, (lizeiil oiitroi escri- 1)torc-; cliie hIartiiii A~"Soiiso. loriga tle se coiiveiiccr t l t l 11lie taes terras não e1.:1111 polti!giiczaq, dcllas att: toi8iiioii 1 ~ ) ~ s e e111 iioiiic ilo scii sei. Sinião (!e Yaicoil- ccllos (li/; cyiie o i~lniiraiitc aiseiitou niarco iiit illln de hIal;loiin(!o, l ~ ~ u c o tio Yorie da criirnd:~ tlo estanrio Clrar- I(.voi\ repete o iilc.uio ria sua « 1Ii.toii:l (10 P;ti.aguay~ e iii:~is ii~oderiiaiiieiit« o Sr. ('an(1ido ;\leii(ics 110 i eu l l t l ~ s do Braxil iioq i~A'ci.c (111 e o iiieqi tio iinvcgnd or assci1tni.n inarco em ('astilho. (4r:iiitlcq. ( 1 )

Pai-ece-iior (1u<' outr :~doi*: i~n a- i.az0es (111e lera- i ;iiii o aliiiiraiite ;I rctrocetlcr l,:~ra Ç Yiceiite.

Posto qucl, ao iiavegnr l):ir:i o kul, iiZo Ilie foi poeai- ve1, eii-i vista das difficu1tl:ldes (30 t r~i ipo. e~i t rnr nesqe porto c corillccci-llic 1)ci~o:ilineiitc as ~a i i t~ ige i i s , 6, I)eili c-erto tllie elle poqsiiin :tc.crcn (Ia rt>gi:it: i~il'oritl:~qG~s pi*t>- ris:is O iiiesiiio rotciro (le Pêro l-ollct-: :i C ~ L I ~ ~ i o s ~ C I ~ O S

i.rí'rritlo ilcisa 1,crce)sc~r (111t' :I 1101~10 tla es(liindrn viiiliaiii Iioiiiciiq praticos da cesta, e ut6 iio- al~i,csciita. ulii certo Pf~drc I ~ I ~ P S , 1 ,iIoto c11le e]-P l i t i i * ~ i : ~ ( I R tci,r.n. E' por ;s- so (111~~ ao 7-oltar 1):uao S o i.ic,. j t t 1-iiilia a es~4iiadi-a (Ira

rol:^ batida l)ar,?S \ 'icciit~~ ( 2 ) e s i ) de :~ri.ilr)a(l:~ 6 q i i ~ ~i l t roi i ciri ( 'aii~iiPa o ~ ' i ~ l i se clrte\-e cerca de oito (lias.

J>c facto. n (~ \ ; jr -~( / ic ; : lo , C[IIC l);u.tii*;l tla T'ui-op;t c3oii1 o

( . ) Oroteiro de l'cio Lopes nko falls em oiitros marcos qiie nho os as. ac.iiiadusoo esleiro dos ('arnnr!iiis. Xn ilha de Mal~lonatio apenas se rnaii~lon as- sentar uma ~ 1 . 1 1 ~ com uma cal.t>a ~ r i ~ o l ~ i d a ce r :~ 1i:irn ;is,~ignnl-a uin hor- gantiiii que se desgarsra.

(2) O Diario dc Pero Lolles d i z testnnlinenle : aAilui ('sti\ei~ios iir.st,i~ i lha (a dfls Palinas. Jiinto ao (*alio tIn H . \ Iar iai tluiilrii iii:is f ~ % e u d o . ~ ~ ~ p r e . tes p : ~ t i t nos irmos A U rio , / c H, Viccnte.,

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fim tle coloiiiiar e rcicouliccer ,z terra ,1150 veio com pln- iio aqseiitado cle fisar-se iici~i L O Rio da Prata como 1101-0 affiriiia $1'. 17ilrnliagcii, iieiii eiii S. T'iceiite coiiio o1)iiia o +r. lleiidcq de ,Iliiieicl't. (1).

A priiiieira coloiiia regular doi: Portiiçuezes na Arncl. i-ic:t qeria asseiitaila oi~cle iiiellior 1)nreccsse :io alini- i.:iiitc. E' assiiu que, eiiirando e111 Periiainbuco, apc.ii:rç osniiiiiia as feitoriac;, mas se iião decide fixar sob cssc c.liiil:i eilnatorial; aporta :i Bnhin, oiide por duas v c z ~ s ni.rii)a por iiiotivo das -tenipest:ides, niaq alii apenas dei- s n tloiis Iioineris e ~eiiiciites pala yer qual a capacidn(1c (1% tc~rra; cliega ao Rio tlc Jaiieiro ciija paiscigein parece nttraliil-o, mas apeiins alii 1)riiilaiicce o tenipo necessa- rio para refazer-se dc iiiaiitiiiiriitoq c aguardar a volta il:i geiite cjie iiiaiidoii pelo çci~tão exaiiiiiiar 8 terra, vae por fim até o Rio d:i k'ratn, rii:is 2ii11tla :rlii se náo deixa, seduzir pcla ameiiitl:i(le cio icn cliiiia tcinpcrado e retroce- tle 1)ara eqsaregiáo de sob o 'i'rnl)ico.para S. Yiceiite, cliic :ilirís 1150 coriseguira avistar ate ciitão.

Eiitretanto, esplica-se Pacilii-aite o iiiotivo das j)r.efcreiicias de llnrtirn A ffniico ciii relaqgo a esse to,

 coloili:~. cliie ~iiili:i fuiitl:tr, ~ i ~ i l i a tle locar-se rio ponto da costa que iiiais vniitage 11s oft'eiece5.c para a oxplorat-50 qiibqeqiieiite tlo interini (10 pniz, tentleiite n descobrir-llre as ricliiczns iiiiiit)r'aei ile (IUP j'í 11a~ ia iiifor- iriaçfies qiiasi qnc llositivai.

E' ]~reci.io iião pcrdcr (lc viqta (li'" aatteiiçáo ilamc. tropole pela siitt :tt6 eiitão itl);liidon:tda possessilo tl:t Ailierica viillia cir,l~ei.(:~dn pelos successos (10s Hef.1):~- . , iiliocs iio J [ a~ i (*o C ilo 1';1r11. O ouro (Ia X11ierica +;:L

:i esse teiii teiiipo dcsl)ertava o cohiça do iiiiiiirlo iiitciro. No tieclio tl:i cwta l)i.:~sileir:~ eiitrc o ('al)o E'iio r

-- - -

( 1 I .4:lo\ i 7 0 C r ~ y e? io r 7 1 1 Rili-11. y ~ g 24

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o 1)orto dos patos Santa Oatliariria) era tradição de que 1):tra o iiiterior liavia abuiit-laiivia de oiii80 t. de oiitros iiietaes l)rcciosos, tratlição qiic o uliiiiriiiitc :to deixar :i Europa náo devia dweciiliecer. (1).

J a iio Rio de Janeiro liavia elle reccbitlo dos qiia, tro pxploradorcs do sertão e daqiiellc rei selvageiii cj11e os conduzia, a boa nora de cjue p:lra as re * gióes provaveliiicittc~ (10 Oeste e do Siidoeste o oiiro a1)uilclarli.

Eiii ('aii:\iica 21s iliforiiia<;ões do :~veiltri~.ciro Chaves levaiil-iio até n corivicção; e por isso iião trepida eiii eii- viar ao sertão aquelle trnço d(1 80 Iioi~icils ao niando tlc Pero Lobo Piiil~eiro.

E0 Porto tios 1':1tod, 1111s tlui116e ~~1stc11iai1os, eiico11- trados perdidos, c qiie alli cst:~\-ain (1t;scle iiiiiitos annos ~de ra in iioras ao capitão I. do iiiuito ouro e prata que deritro iio rertxo li;iyin, e triisiniii 1ilO~tl'it~ do que di. siain e ai'lirinnralir vi. iiliii loiigc » 'I'ars lt:ilarra$ sKo do mesiiio roteiro.

A tradipo da yl:rgiiil tlc Aleist) (:tii.cin, indo de R. \'icelite ao I'CYII e111 1325, I'al)ulohi~ oii 1120, é ein si ixiesina a eiicariiac.80 clcx5w viintl itleci tle ritliiezas que se preaui"i;t a1)iiiitlar i ~ l g i ~ ~ ' ( ~ q ) e l o b serlõc s, u cio espirito ni-idwcioso ciiie ltrevaltl-cia IICSS:~ C ~ O C : ~ d~~wveiitiiras.

S. Vicciitc viiili:~ j:i lia tr:ifliçuo C U I I I O 11111 1)orto das iiiiiiaq) OII, ])c10 iliei105 t a O 1 l 1 0 o local tia zoiia iiiaritiilia riistis adcciiiatlo ptira atlii~gil.as, coiiio da1 ii Aleixo attiii. gi1.a o Pertí. A coloiiia :ilri asseiltada viiilia, portanto. coilio subsiclio ;i tle++jncIa ~1uc;Uo de uiii 1)roblerna.

(1) Escreve ,Pad re Simão de Vasconcellos: ~Afflnnavain os Indios, que os mais dos rios deste districto eram copiosos em niineraes de ouru,prftta, ferro, r , i l i~im e salitre 8th o ri0 Cananea : Chronirrc rln Co71ip d ~ . T e s ? ~ ' d o Esirl. do r20 Rrnr i l , vi>l. 1 pag. TJTII,

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Eqsa parte tla costa I>r:~silica que de ('al)o Frio se iiiflccte para. o Oeste e depois para o S~ldoestc coiiio qiic i~~otlclando na grande ciirvatura uiii iiinr brasileiro, t5o varia rio seu aspecto, tão hella iio 1)ittoresco das siins ~rioiitarilias de granito, tAo retiilhndn de hahias aiiiplas, eriseadas segiiras, tão abnildaiite clc illi:ls, essa costa hein podia cllniiiai, i c dsstle eiitão a costcc clo ozwo pela farlia OU tradiçuo clelle quc ju cor+, coiilo aquella outra secção ao Nortc de I'oi,to Pegui*o se poclia cha. iiiar a costa do pnn l)l.n,\rl.

Qiiaii(10 0s cloiii ii.iiiiio, Çoiizas tiverali! de erco lher oiltlr locni* :I.: \ t i n i cnl)itaii;:is, Soi ccitailiente a teiideiiclo !rara taci c~ii*c~iiiiiit:iiici:~s tjiie rscolhe~~am o me l i ~ o r , c ~)orcluc : i i z i i i i ,j;i o li;i~i:l itllctoriri~(10 ElRei (1)

1'01s iiso, :L ( , :~ l j i t i~ i~ i ;~ (11, 1l:i1~ti111 dlffoil~o (1e S o i ~ za al)i.:iogc 0 :c1iiti.o (Ici i :~ ( 0 < 1 1 i rlo 0 1 1 1 o tL \;Le l)or 100 1egii:~s rle<(lc o iaio 1lac~:ilic: ;~tc: I ? Icg:.it:1\:~0 s ~ i l tl:~ illi:~ tle (':iii:iilt~:i; c, 1):ii':~ li:?" ~~~~sc.oi i teir~: i i~ o i i . 1 1 1 ~ 0 1'cVli.o ~Jol)t.s lji,:i\ o i i i : i i i ~ ' ~ I ) c ). jii ill~i\:~'c II:I\ l i ~ l ( ' i (10 ( ) ( ~ ~ ; 1 1 1 0 :ibi.e..c.!litt CL;II:\(;<I iieii;i iiio.iii:i c.ost:i, II ; I . \ i - i i i I i : ~ i i y ; i i dcl S. Vi VCllt(1, Oll(l<~ 1I lC 550 1 I l ~ ; l l l ; l ~ I o 1ty11:1\ ~ O I i ~ O 1);tr:L F:ii.ci. IIic. 1):ii~iicil):ii~ I)c.fic.io. tl:i- soiil i:r(l:i. iiiiii:is tl'oiiro. :iiiitl:i \-cla<l:~\ i i o scio (105 sc.iliitli

,Il:is coiiio Iioineiii ~ ) i* ; i t i co ijiic era, 1'c)ro IAol)c.s cluiz ter iio 1:in:izil taiii1)ciii :tcliiillo cliic :icl~ii l~ositi. vwi~ierito citara reii(leiido, iliiiz tc.r o saii trecho da costa do pau hrnsll; c ciitáo. ci1.o eoi i~ a, do:ição tle 30 leguas eili It:iiilai.acá olitlo o It~iiiio cle tititiirari:i c.ra o mais al)iiit(laiite ( h ~)i.cc.ioqo.

O i ~ ~ s t o 11:15 S ~ I ; I S l)o\,c>. c1icoll1~ 1 1 cllt~ : t i i i ( I : i i121 cx~s

( I ) Gartd de1 Rei D Joao 111 a Y a r t i i ~ iffoiiuo de S ~ u s a , escripta d~ Lis l~oaa 28 de ~ete inbro às 1532

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ta do Siil. 11,is rj~i:trc~it:i 1cgii;rs ~jiie .c wgnein : t ~ (10 iriii?io, c ~ ihr t t i i~c i i~ lo c5.a luirte (10 Porto (105 Pntc q ,

01~(1c t : i ~ ~ ~ h e i n era tr:~tli(~ioi~;il tt ! '~IIII:I (10 oiiro Luiicatloq, 11orciii. oi: i'iiiid;iiiiciitoi da priiiic~irii

Ioriitt regiilnr poi . t i~g~ic~: t tla Aliiieric+n. :lt in:trgeiii (1e-a ~~i t to rcsça balii:~ de S. Picciite, cnl ci'jas aguas tiiiitla baloiiça\-ain os restos &i pequeiizi eyiiarlni. o alii!ii.aii te ciijn iiiissZo e s t a ~ a culllr)i.i~li~ C (jiie tiiiilti 0rclc111 (ie regi'cs~ar quniido lhe :ll)ronvwse. cxl)c(lc. t8o sotnciilc a iiiai.i;j:i pnix a Earop:~ o se clcis:~ tic':ir licita tonx do* Guoj.wiiaze~, :igii:irc!:iil(lo iio~.;ic (la ax1)udiclio dc 1 10

l.10 qiie i180 ~ o l t a ~ ; r . ('oino a (1c L l l ( > i ~ o (111~ :i t1~~1(1i~511 f : ~ t!i~vicl:~~l,i rl:%c,

iii:ii.gciis tio Pnriigliay, c.i.:i c\pcdic;%o. p:ti.tiii l1wr:i ii5o iii:iis ~ o l t : ~ . Atcl Iiojc iiiiigiie~ii S;II)C (111~ di~itiiio Foi o seu. il1;ls .c :\ 1)ei.tia clc t:iiitus coiii1t:iiiliei. rok, ~ i i j i ~ inorte csciii-a. fico11 l ) : t ~1 ic1111)i~c IU>L 5:"

gi-eclo inipenetr:xl clai sei\-:i.; :iiiici~i(~,iiias, troiixc dcseii g:~no :i to(1as :ts cyiei8;~liy:i\ (10 ;i1111 i i-;~iitc. c~ut: t lei~oii logo o 13r:tz;l parti ~ciill)rc>. i i : ~ aliii,i iiic.iilln do i11:~tiiu'

1iic.o. do Lil!,o (lcq*:~ r:ica criizticla cl~ic -.c ia forii!:iii~Io, t:illi:td:i 1 ) a r : u i ' ~ conqni.;t:i.: (10 d c ~ ~ i . 1 0 . fico11 :L crciic;a iii:ihaluvcl de i i i i i Ili i l r i 7 t l c r i i r~.o. :tc.aw yclatlo iius hrili~ini do fii t i i i*~

,1 ellc, o inaiiic~liico, 6 cliiu tli'vi:i c.<ll)c%i' c\ke laiice clerraíleiro (i;i fortiiti:~ : ;L elle :L ju\tific.;i(;<to ii l tei~x d a 5 prefcbrciici:is tlo :~liiiir~tiiíe.

8 I'iiiilo. 17 ctc .Jiillio rle 1 %!I.-).

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RELATORIO P)@S

Trabalhos e Occurrencias 1) d)

l ~ h 1 1 1 ~ 1 0 I11srolii1~0 I: ( I l roc , i~~~?t i~c o ])E; S . PAULU h 0 A N h O 1)lS lS!).-)

L \ l ~ l ~ ~ ~ s l ' ~ ~ ~ ~ ~ l l o P+,l, \ I)l~l:l',l 0141 i

NA ~ i i S ~ l \ l > I ) b : i,hc'l~,rtl; \ \ l i , N ' r O - Enr 2.3 uii Oi i - i ~ i c o 11i.. 1h!ti.

---ia,--

R:',nt.< ;-; i~i .s. Ille»zb,os t l ) / ~ z s t ~ / / i l o JJ l3 fu t . / ru r GCO I fcl'll l~"'1u S. Pu11lo.

Eiii cuiiil)riiiicritc~ iLo tiiil)oyto iio # 5". (10 i1i.t. I I (10s iiossos E>tatutos. ii I)ii,ectoriu do Iiiititiitn J l istoi.ico

( ;eogr:rl)liico de S. Pilulo -\-vil: wpiBeqeiit:rr o i.cl:~torio tloq 1':rcto roccorirlo\ dur:iiite o 11riiiieii.o aiiiio tlc exis- leiicia t l :~ 11osq;r ;is\ori:iq<:Io.

SF S S Ó F ~

So l ~ ~ . i o t l o ttccori-i(lo tl:t (lata (1:~ I'iii~d:i<;tio tlo l i i i -

tituto, cm 1.. cle S o ~ c i i i l ~ i n t l c 1S!14, ;1t6 :to I~rc ic r~ te , fnraiii c.elcl)r.:idas 21 .;cqyõc\ ~c~i ido: 1 (Ic in~t:tllaqún. I para tlisciiisZo (10.; Estatiitos c clcic.no cla 1 )irectori;i, 1 :i ordiiiai.i:i< e :l estrnordiiiariai, i i iclu~iuc x de Iioje.

A 1.l. sessão orciiiiai,i:r foi i.ealisa(la :L 2.1 cle .Jwi ic~ i

io tlcstc alino. scgiiititlo-se ui-il:r estraor(1iii' ria eiii 81 ele Abril, para coii1rilemc)rai- o :iiiiiiveriario (Ia moi te c10 Tiradentes. Devido á falta t3e aqsiiinpto, deixou de l i a~e i . ~ r s sóe s rios: iliezes de Fevereiro e h1ai.ço. De Abril eiii diarite e (Ir. i~ccoi.110 coiii a deliberay5o da l)irictc?ri:~ ~elchrarain-se regularliiei~te di~tis sessões ordiiiarias por

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iiicz. tciido liaviclo iiiiiu estraordiriari:~ n 13 de hI:~io para solemnisar a dattt da a1)olição tia chcrnvid&o ilo Brasil.

As sessõci ti.111 5itlo regu1:iriiieute ctoiicorridas, mas seria de desejar cliio lioiivesse ~ i l i~ io r ('I ~qiieilcin e ~ n i ~ i s asiidiiitlade d:i 1)arte dos siirs. qocios

O Iiistitiito coiitiiiúa :L ccle1)r;ir iiiah sezsõus eni iriii:t

das d a s do prcdio oiitle Piiiiccioii:i o (;yiiiriwsio do J3.l:~- do, A ltiin tla Boa h1oi.t~ i i . 17, e I: grato á Directorin consigriar aqui iiiii voto tlc: :rgi~~itleciii~ciito ao (ioreriio tlo Estatlo 1,oi' o\tr ;iii\ilio cliic ljrc+ia :L nosia :\ssocia- (%o,

'rl: \ I~\ l , l los l>iii.:iiiIt> O ; i i i i i o 1oi~:iiii : i l ) i - (~~~~ i i I : i ( i o~ o, seguiiites

trabalhos. 0 1 . k e w . i . i y ) / i b l r ç ~ ~ ~ ~ l r . (10 li'/ cisil, Iihii l) ; i l l io especial-

e c i 1 t o : i ~ ; i I i t i ~ I i I r 1)oniiil- gos.l;~gu:t~*il)c~. i l i i ~ ~ l(.ii alkiiiis (.:I] ~iliilos.

/ ) l l ~ ~ ~ ~ 1 ~ 1 ~ ~ 1 1 1 ~ ( 1 , ,S. ~ ' l / , l / ~ l ?/O / l l ~ ~ . ~ ! / ( ~ O ? L I 1 / l / O t h / ? l / ~ c 1 1 0 / I I / I I I . O ~ (~oiiI4~~reii(~i:i 1 ' 1 ~ i t : ~ 1)1%lo ,~jciu \]ir. I )i4. .JoCio l'e- t1r0 (I:\ l T c ~ i x : t 1~ ' i I l io I I : ~ LL~\ , ; I I I (1,. I tltl hL:iio

( ' I / / /i1 ( i i i c ~ l ~ i : ~ ~ 110 i ' / / c 1 11i 11o /;I (( \ i / , ( ' o ~ d o I / P (,'/L-

1 / 1 1 ! 1 . ~I i i i g i t l~~ :LO ( ; o \ 1.1. 1 0 ( I ; , A l , ~ i i , ~ l ~ o l ~ ~ t t i i t l 7 ( i 3 , s o l ~ i c ( ~ I I . / ' ~ I I ~ tio S I ' , I I I /U , 3/11r,l.\ ( < I I / ( .. litl:~ c , c.oiiiiiiei~tud;i. l ) e lo~o t~ io . i i i I ) i Oi\il le 1)(&1.11\ i , . ! its-.;iotlc20de Rlni<>,

11 Htofvi ( 1 1 1 1 1 ,V I'(irr1u. ol)i,t tio \oc.io \ i 1 1 'L'aiicrecio c10 L ~ l l l : ~ l ~ : l l > l jLltb 1lt1Il:t lc,u :ilg~lli~ct:ll~i ti110s

AS(]/ 1 . 1 1 ( lu J / r r / ~ l ~ i í r c c ~ ~ ~ ( r , tr:iI~:allio (10 iucio qrir. Ur. Or~ i l l e l>erl)>. (. 1)or clle l i t l o ii:i sni-tio tlc 2íJ ctle Juiilio.

.T)tscur,so sob^^ o . I~Ati~tlos l i ~ ~ d o s dci .limel icti rlo .AL\ó?.fe, proferido ~jrlo socio irir. Dr. Jo5o Pereira Mo~i- tciro. lia sessiío tle 4 de .Jiillio

1'0,ssi~ 7 i r 1 ~~idiot l ir l (10 N I o u i l , tralj,ill io do socio snr. 111.. 'l'lieotloi I I Saiiil):iio, litlo i i : ~ sti+;io ( 1 ~ 1 .$ (Ic Agosto.

a4 h x l ( y / ( I L C ~ C I I I i(t (lo lJ'i~~.\>il. c.011 t 'ei~t~~lci;~ l*ealisada pelo socio silr I1oiiiiiigos lieopoltlino d : ~ Foriseca e Si1 va, ila sessgo de 'i cle Seteiilbro

Bioyr.1~~Aia do l-'odt.e Jesuino do i2loj~te &/~r~zello, trabalho ilo iocio siir. Antoiiio Xugrrsto &i Foriseca,

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lido pelo socio snr. Aiitoiiio de Toleclo I'iza, lia ses.4iu de 20 de Seteinl~ro.

O1.acão fi1ncbl.e ~)~.ofi~rid(i ena 4821 pelo Pctdl-~ Diogo Eeijó n ~ ~ s p e i t o do P(ui~e J i ~ s i i í ~ z o do J lo~~tr , (,%o.mello. litio tailibeii~ pelo socio siir. 1)r Aiitoiiio de Toleilo Piza, iiit

iliesma sessgo tle 20 t3c Sctciiil)iao. 01.ccçcio f11nebl.c. yl~oiiu)rcín~lu 11o1' í ' ~ t ~ ~ l ~ d o J o a v

Ill0ttz a ~,cq~eito clo IJictlr-r I)ii/ilo F~ijó. niiiiotada, c oBe- recida ~ ~ c l o cjooio siir 111. .Jo,.io '\' Sogircii-:L d;i Jlotta c lida pelo socio siir, 'I'liiici~etlo a\iiii~i.:iI i i : ~ ie-sgo rlc 12 do correiitc..

'i'aiiibeiii forniii nt)i.c-c~iit:itl:l.: 1)elo L'resideiite do I s i t ~ t o l i r : t . I t o i 1 110

;LlllleSo I 1 1

.i 1)il)lioll~ec.~~ c o :ii.cliivo cstno c o i i i o (; ii,ltui.ul, u1)eiiii. cJiii coiiitic;o; ~ ~ o i i c o ~ l i \ i o \ c ol)jcctoi cont4iii. I o i I i ( o 1 c 1 o i eqpe- l o o 1 i t 0 1 o : I : I I \ocio', tlue 5ciii c1uvitl:i coiicorrei5o 1); i i4 ; i I 111c' w ( > t i l itlilt (::IIII.

A l c l ~ i ~ ~ ~ i qcl in~t:~lI:iclo~ 0111 L I I I I : ~ s;iI:i i cc1icl:i gr:itt~it:~- iiiciite pelo kocio 1)i. I)oil~iiigoi .J:iqiai i ] ) ( 110 pictlio 11

:)L, c1:1 Kiia (,!uiiixc~ (111 No\ eiiil~io. 2" :iiicIiii.. Saiiccioiiuii- c 1 0 laiiibt~iii a111 ;i scci.c.t:ii-i:~

O$ li\inos. I I I : I ~ ~ I ~ I S c c,l~,ic~etos cs\i.t(aiitc~. uctualive~i- tr ii:i I)ibliotlic~c;i ( I i10 :ii.clii\ o c~oiist:iiii (10 <,:it:tlono que vai aiiiicsn <o11 i i 2.

O lii~litilto licoii coiistitiiitlo coiii l;i9 svcios t'iiii-

cladores. iilas atk ao preseute .;oiiierite i I i j satisfizeraii~ a joia e l u . aiiiiuitl~)de, reiido di.y~ciis:itlo deste onuc o soeio siir. Dr L'iiideiite Jo.6 de Yíoixes B:irros, por ter sitio clcito f'le~ideilte \~oiiorai.ii) (10 111~titut0, de sorle (pie 23 socioh fiiiict:idores niii(1:1 liao png:iraiii rz joia e :~iiiiiiidatle.

A Directoriti, elii iiiiiadv .tias sed~ões. delil~erou 1)ec-lir aos ~111-S. socios e111 mora o ci11111)rir~leiito deste dever, dirigindo-lhes uiii officio circiilai assigriadu pelo r 1 1 hezoiireiro; alguns aciidiraii~ ao appello. oiitros dccla-

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rarairi 1150 cjueroreiii 1iei.tencei. ao Instituto e oiitros, fiiialiilei~tc, iiadu rec-l)oii(ier:iiii ;itc: agora.

( 'iiriil)re, l'oir, que toiileis iinia (1elil)ciraçTio u rcs- peito.

No correr rlo :mio I'ori~ii~ l)ro1)osto~ C : d i i i i tti(Io8 32 socios. sendo 1:) lia cjualitl:ldu tlc Iioiior:ii~ios, 7 iia tlc efcctivos e l d lia (le corre~l)ontleiitcs, incliisire os approvatlos ii:~ seçsão de lioje. Dos acoeitos lias duas 1iltiili:is categoria., 1)or ciiicyuailto sciinciitc 7 estilo con- sidcrndor (letiiiiiiv:~i~iciitc. socio.. 1 1 o ~ terei11 ~a t i s f~ i tc ! a joi:i e 1.1 tiiiriiiit1;itle. iios tcritiu.; clos Estatutu..

Soi: aiiiie\cjs 115 3. 4 e t~iicoiitrai~eis a relaçao noiiiiiial doq soeios i'iiilda(10les ~ j u ( ~ c~lilil)rir:~ill O dever tlo nrt. 4 tios l3st:itiitt~ clacluelics qne niiida iião o fi- Leram t. (10s si)rios a~li~iitt i(lo\ ( Icl)oi~ dn fiiiitla~iio (10 lrrstitii to.

0 1 1'1 l i r l \S

NPlo qti cloi çiir,. ~ o c i o ~ . C O I I ~ O 1)ecjsoas extrarilios ;is.o~iaçiic), tcni o liistitiito recc1l)iclo offertt~s de li-

vror, iiiapp:is, jorii:ic., etc.. e ;i Dircetori:~, eiii iioinr do Iii.;tituto, ;~gi':r(loc.c. :i\ oll'c~rt~ia t'c~itCis p:ii7n :I Bii)liotlieca e ~ r c l i i r o d ; ~ Soc~ii~,l:i<l~~ c ~)c~ile cliic c~~~irtiiiiiçin n dispen- r : I t i I i I I I ~ ~ < I I ; I , especi~lliiiriite ao. 5111.5. .()cio\ C ( I i r~qi~Io r - t (~ : r ] )~~ t~ l Io

1:1,\ 1hY.A

I )evci~lto :i I / ( /.i,\/i( (20 hl , t / i / t to 4 l~ublic:~r t~abtl- 1110. oi.igiilaei cloi iiii.+. ioc'os, oii iii(dito5 que teiiliaiii melito. i. cvideiite cjiic iio ciirto 1)criodo de teinpo de c.si+tciici:i d;i :t.sociay;io iiC~o 1)oclia :ibiiiitlnr O iiiaterial; s(í l~ i t i l l~a i l l e l~ t~ ~ ) O ~ I I I C L ii Cloi~ii~li+s<;\o de 1:edaeç~~o reli- iiir os elciiieiitoi (!lic tlcvc,iu coiistituir o 1 : riumero d:t Ne~.islu, o cliinl ;icli.i-rc j : ~ iio 1)i.elo e ser& breveiiierite distribuico, ieiido l)iil)lic.:iilo ( , i i i t l o i i f:isciciilos, iiias foriiiaiiilo i i i i i scí ~-oliliiit.

PLUAX$ A S

l't~los h:il:~~ieetc~s oi.ij'~~~is:~(jo. p ~ l o ' i ' l~e~o~ireiro e (lu(. do :iiiiieko, .ol) l iG3 . (i,( c: 8, 1-erei, cjual o estado fiilaiiceiro clo I i is t i t~~to ate 30 dc Sctciiibro p. fiilclo.

Ate essa data a Iteceitia foi de Iis. 7:691$000, pra- veiiiei~te da joia e l . c X ariiluitiade de 102 socios fuiidado-

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res, 2 effectivos e 2 correspoiidcnter e do doriat i~o clc Rs. 5O$OOO feito pelo socio honoiario siir. Dr. Georges Ritt.

A I>espem iiiil~ortou eni L:.: ;3.00~$950, confornic as c1ivers:~e verba.; mei-tcionadar iios ditos balti~icctes. as cluaes cstão tle :lccordo com os tlociiiiieiito.: existeiites eiii poc.ler tllo 'I'liezoureiro. O saldo, port:iilto. iiacluellu occasião. era (!c Iis. ~:S!):3S020

?;o corrcrite iiiej: foni111 recetLit1:is 21s iiiiportaricias cla joi:i. c Ia, aiiiiiiidadc. ilc iii:iiz 14 i;ocioh fnricladores e cle 3 effectivos e feitos os paguiiic~iitos de porceritageiil ao cobrador C de divei.s:is coirtas, o yiie coristarA do halaiieete tio tririicstie yiic (* t~ r r (~ qric. ic-i2:i orgaiii~ado em 31 de 1)ezcinbl.o 1) í'iitui~o.

1)o saltlo ;ietual a f'avoi ,lo Institiito esta tle1)ositadn iio Uaiico cle Credito Iienl tle S. l'aiilo a quantia de 11s. 4:90:3.$000; o esc.etlciitr ;tctin.qc rm iiião do Tlie- zoureiro r):u:t satiqJ';~zer. ar cltlsprn:i* qiie I~oisaiii occor- rer e :ipl)lic:ii. :I(-, p : ~ g : ~ i i i ( ~ ~ ~ t o ~ N ) I ' c w i i t ; ~ (l:i i n ~ ~ ~ r e s s ã o da Rwi8fn.

Ei5 o que a 1)irector iit vai ieiii w i~c1~tt;ii.. estaiiclo ~)xoinptn :L dar-vos todo* o+ ~iitii.; c~sclnrccii~i~ntos e iri- forinações que jnlgarcle- iiccrss:iriti~.

S. I'aulo, 2~7 de 0utiil)ro tlc 1St).-)

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Das divisas de R. Paiilo coin os Estados 1iiiiitrol)lies.

11th iiit'liieiici:t do rio 'i'iete lia. c.ivilisac:áo de S. P ~ u l o . )

h1.issUes .jeqilitit*;is (10 (;~iaii,;i -1.

1)n vi:iqiio i ( l i . i ( ; t riii S. l'iiiilo. no p;i+\:ttlo, 1)reselitc c fi1till'O

.)

]);I gc~ngi~:t~'liia iiieelic.:~ clca S. 1' : i i i Io.

(i ]):i í ' : ~ i i i i i i : ~ c, f1oi.u tle S. 1':iiilo.

,- 1

Iiifliieiicia do esliitlo do tlirc'ito riii S. 1':iillo ii:~ civilisa- vão c10 T3i-:izil.

S D:is fiiiaiiq:is t l r S. l'aiilo, 110 l~issiitlo. i10 preseiit,e e iio Sut11ro. ( :i: )

! 1 I)a liilgiia pt,:ti:giieztr e (Ias ~ i l~d i t i eu~f i e s que tem cx- l'erimciitatlo em S. Yaiilo.

1 O Da impreits:i (te S. 1':iiilo e clr siia iiiflueiic:ist ciestle os seus pi*iiiieii.os tc:i i i1,os.

( ) 15st;i tliese toi t le-eiivolrid w pelo meio silr. Dr Jogo Pedro tia Veiga I7illto eiii coriferencia realisaíla ila sesqlio cle i3 Jlaio.

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IIIVROS Cincoewta c ~ z t m s (Ir, p,<z.<f~~tri(i. pelo 111.. \L. A. de 9.

Sft Vianiia, Catciloyo d a e~posiçzo d~z t~~nb~~l l rus jziI,idicos, reitlisa-

da pelo Iiistituto tlos Advogados 13rwsilciros. Estnfutos do ?)z,stifuto C;~o,qrn/)l/ic» c Histor.ico dn

Bahia. Feio', uraqão fi~rie\,ro 1)or C':inclido .José (Ia l lo t t t

[iiiariuscripto). Dicciovuyio í~po:j~*nl,],jco tlu F'(i,,art~í. 110r Sivaltlo

Bragt. Bet4istu do IJuf.a~ui', joriial illiistratlo. Recista Gr-nsilci, n -- E<\icyáo tlc l ,aciiliiiert & C."

- Ns 1 a 19. Sa7jz.n ou AIIcnhn-u/í~.((, por A. ( i . dc ,\zeve(lo Saiil

],aio. Estc~tutos (lu. Socirdaclc Plztuinzriceutrra ?r 8. I'aulo. ConstitltircTo [do iU~h?licil)io de S'crtztos. Xevistu do Insfit~rfo clo C'em'cí, -- 'Toiiio H . O , 1894. I:oletinz de Estcctistiru fienzcgra11lio-,Cctizita++ia. 7hncr ~.e~.~lnr(To hisfu~.icr/. poi 1: ( de 3ioiira h-

cerda . Cotn.~entlio dc yeoc,rccl,It~a tlo I'((i.anti, por 1,. de h',

Almejda e Sa &leel?zorias e doclirrlr,ntos iwcol(il~~s. l)iihlicaç0es do Pe.

clagogiiiiii Brasileiro. Rerista P~dngo!jicn. joisii:il c to l'~clugogin111 l3r~1-i-

leiro. G u i a l)arn ci.cl,ediçcio d a co1.1 eal~orl~lcrrcia, Ilel~cr,cirio de 1lca1n.s te~./.csLt,cs. Tcibclln de ~.c~zcirnentus ( no Correio ). 12elcitoi.io dos scl.~.i~os (10 Col./.~io - 1880, 1W9. 1892,

1893 e 1894. Eep~?tcn~snto Soa Corr~ioq

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l i t s t v u c r õ ~ s 1Jal.a P X P C ~ ~ C ( O d~ s r~1 .1 r0 .c ~ O S ~ C I P S .

(=ou~.e~zg&s p o s t a ~ s B o l e t i m Po ,s fn l (70 7. i ls i l . A ~ ~ h i i . o d o I ) i s t ~ . / c t l i F i , ~ l c ~ . l / l R ~ l n f o ~ ~ j o (10 T I I F I ' I ~ I I ~ ~ i lou , I ~ l / ~ n y l c t l o a K ~ , n c i l c i ~ . o c -

3 X54-C O Ani/ironax, ])c10 1)r. Occai. Leal, Ref. is tc i J íodrvt tcc ( jo rna l ) -- Sq. i a 7. AScl~zrnnlctzto d e ,Viinto.s. pelo Di. T. I\-. d:i (;:~iiln Co-

cbrnnc , \ '~c~zcnvzc~t to r l c h' l ' c i i ~ l o . l ) c l o iiic~iiio. C o ~ r l i y 6 1 ~ r r r ~ . O I ~ I ~ ) I ~ ~ ~ . I I V ( / / I ( ' o ) I I ~ ) I\' l'i17110 P R i o de .7rr

n r i r o . 1)elo incsmo. r I I I ' 1 1 1 1 / / / o 11c J n n e i ) . o . pelo

tIIclsmo. L i y i ( i 1 7 1 1 i N o 1 / 1 1 ( ' O ; I Z ~ ~ AS 1 ' 1 i ~ 1 ~ 1 / > / / i11 I? / , , 1 1 1 ~ t r i 1 ~ ) ~ pelo

lneqiiio. h'í,t'/~i(t I ' / I , { ~ / I I / ( c c J I { / ~ ( I ~ ( S l ' i ~ ~ i l o \ XS 1 t\ $ ( ' lnssif icrrr NO 1/11., í / ! / c ~ l ( 1(1.\ /IO.\ t / / o ~ . « ( ' ( ~ i ~ < i ~ l t o r clo Comiiieiriojj. i)oi< .Io%o ('aiiclitio J íar -

de Aleiic:~r ,4i .~ripc. l ~ o r t ( ~ ~ ~ c ~ t í o s i ! u t / l ~ , ~ > s w ~ / t , ,v, l ) ~ i I ) l i c ~ i ~ ~ 6 ( ~ < d o .4scl1ivo d e

S. Paulo - - \'ols 1 ;i 15 K c l n t o l . i o d n I t e p n l t i t .61) t l r ~ P,'t\~triti.\fic/r e do A r c l i i ? . o

od J ~ s t n ~ l o dr b' 1 '11~1 lo 189:) A l n ~ n l z a k d o K s t ~ t d o 1 / 1 2 ,4' I ' l r ~ r l o 1 ~ 1 1 I( I<\'95 - Flcliqão

íla Cnmliaiiliia 1iidii.t i'iii I . I ~ z d i c r l t l o r /I11 I / I I I / ( I / - 11lv111 . L H i a f o ~ , l n tl( X. I ' t r ~ t l o . 1)' IY 'I'aiiucíl(t A~ilai.al ( ; / ( i ( / I I I I , ~ I P I Z . 1)or .I J I i ~ x i i ~ ~ i i ~ o Serzedello 110 i j j o CI J 'c( I .~s, l)t>lo 1 ) I . ()<cai- Ileal. 1 7 1 ~ t q c ~ ~ ~ /t I I I IL p n t ; ( / I > .V 11 r1(11 1 1 ~ pvlo n,tLsrno, I i I i I I I c - 1 rol. ilrr,i\tcr A , q ~ i c o ? / / - Nu. 1 i1 As f ) . ~ l > o l ~ t r í ~ r i r ) 11, o: r i r I+:rr 1.c ' r , I l n r~~ r t~ i ,í, por .Jolin

h!. C1txrI;c. l t e l c i t o ~ . i o clu C ' o ~ ) i ~ / r c - w i ( ~ r ; c ~ o g ~ . / i ~ ~ h i r n I. (:eologica (?r

8: P n s t l o - lf!!)4. E,rl~lo~,ncrlo doc I ioh f f r r y ~ f i ? z i r , y ~ o 7 'co~r r~~r ry1c lnew~c1~

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Boleftnt (Ia &fiz]~ Geo!/i.. e (:Po?o!J. rlr ,5'. Pnrrlo -- N.: 9 a 10.

Dados dimutolo!jir.os - I H!) 1 e 1 s!)2. ilfeteovitos brdsilriros, I , d o 1 )i.. ( )i-vi!le l)erby.-J'wro

nutiro cle Sanfcc C~lthnrilzci, 11c'lo I ) I . I,iiii; I'. (i. cle (Jaiii- 130s.

Rochas ~z~~)lzcliizas do IIr.criil, [)elo Dia. O r ~ i l l e 1)crby. Os ptcos nttoç (70 Kj-iisil, ])elo iiiesiilo. Limites rlzt7.e i('. l'r~ltlo c ;Ili~zos, pelo iiicsiiio. A ccnti,ihi~fio,z toflrr !1~d701!/ o/ ' t k r , 1oir.1~~ rl?iz«eon(/.s,

pelo mesmo. ~l ' l~helines r,ocl;s i,& h'rojil, pelo Iiieqiilo.

Occu/.cnce qf -Ye:e?zotiriz~~ crs u?l ircrc,.\,cory c.lem~~nf in rocks. - Aiaglzctitr: ore r7isii.icfo uf ,jctc~r; i/n?t!lic a1111 $a- nemn - pelo niesiiio.

'fie A/~f((:ojiicot / I I , ~ ) I ~ ~ ( ~ 1 1 ~ O I ~ ( / ~ I Y J I ~ S / I I / O ~ < I , 1)clo me<- mo.

lCeltrto~~ios cl(t C ( ( I ? ~ ( I J Y ~ JL~(~r~c,icl(il ( / c , .S 0(11(10- -1893 e 189-4.

Bscorp~ hioqr*ccj,liico c10 I ) , . Alfr~c~lo J$tlix - - \-o1 1, por Libero Eraga.

A justiça cl.irvbi~i(tl, pc>l0 1 ) ~ . ('aiidido 1lott:i. Iníelligencin e nlornl do hoi,ior~c, pelo DF. D. Jagl~a-

L'ast ct for?nel< des honz?~vfi tlr hielz. pelo iiieqnio. 12ei.ista ['til -- 3: yol,, pelo iiie.mo. Biqg7-a~:hia de SS'i11.a J i t l ~ i i ? ~ ~ , por .Jose Leão. 13, 111,

A Verdacle, jornal 1)ublicado ciii 1832. -4 Mutucct pica~ztc, itlciii. Recistn do Ilzstituto (;royr.alihiro Hisfor.ico da

B a l ~ i a -- N. 4. Geowzetria .suj~et*iof., pelo 1)t.: A. L;. clc Paiila Rouzn, Roticicc sobre (1 proi~irtcin clo Yrc?.niiic. Discu~so s o I , ) ~ Z~ l lor~ / (~~~o [>(>i r o t o , por Horacio cle

('arvalho. Discuj-so soh1.e F/o?.i(~lbo Peiroto, pelo h. Alfrctlo

1'11,j ~11. Bir-eito cie i+itel*i.e?z!.üo, pelo Ilr. Leopoltlo rlc Freitns. ,-lntolzio Cnn,s~l~iro, pelo Padre .Toao Eyaiigclista.

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Pronqt~tnr io comrnc~.rial, villi/ r1 iniliteh~., por lii i iz tle 1: Aliiieicl:~ c. Si

Relatorio da 2;'craenda dp S. ,JoLCo drt Moi~tu~zhrt . Relntol.io da Seci.ctrl~,ici c20 5 ~ t ~ l . i ~ ~ tle S. Paulo - 1894. Beicctoi.ios c l ( ~ Seo .r fn~ . in ~ I I l l ( / ~ ~ i ~ ~ r l f ~ i ~ ~ ( t de S. P ~ t u l o

- 1892, 1893, O 1894 iifoedn do Ui-nsil. l)or .Toao Snv ie r d : ~ Motta. T h r cos,no~g~.n))liic rrtlce, 1,oi7 \V. <\r i\. I<. Joliiisteil.

1\ IA I ~ I > A s Fl(a~tc6 (716 cidcitl~ de S. l'cr7tlo ct~z 1,910, reproduc-

çúo pelo sili.. Jiilo Ríai,tiii Ccerfa coroy~.tcl~hictr c7(6 í~cc l~ i t~ iv i~c (Ir 8. P{rulo, o r s -

ilieada em 1 i i ( i ( i i i~r l i ia ). Jftippa da cupif/i~lírc r70 ,II;I//I.Q C$cr.n~s, oi.,naiiis:\tlo

ein 1778 (iiletlito ). Plcuzta r/n cidtrtlc rlc 8. lJtr~t/o - 189,-). Mnppn to11oy1 cq?le w o &L l~r.ovincin do Pnrn?? cí.

.To RNALA 71ia1 io 0f iç ie i l ICstccrln ( /r S /'re~rlo. .I 2lfcld1.rlgndn ( I ,i\l)o:l ). O 3,'wsnio ( Pinclaiiioiih:iiig~tl)w ) .L h.sti.ue@o IIqu7cr1. ( ( 'al~itt~l ) ,Sa~clztos Co~cl?zln(~~~inl ( S;~tltos 1. I)icti.io dr 7'ul,unfP ( li'al ~uatt: ) O Reportei, ( RiI)eirao I'rrtc-, ). O iV?~~zicipio ( Cal)ital ). I ) in~ . ío rlc i C c ~ ~ f f ~ ) s ( S:iiiin\.

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~ I ~ E D ; \ S 1 bIoeda tle cobre da T-'ùcpii\)lica tlo I'nraguxy. 2 1)itas ila Itepiiblica Ai.gci~tiii:i. (; Ditns brasileiras. 1 Dita da I Iespa i~l~a . 3 Ditas de Portiignl. 1 Dita da Italia. 1 Dita da ~lllemaiil~a. 2 Ditas iigo classificadas

~ IEDALHAS i hfedallia coiiliiieiilot~atiw (1st libertaqão dos escra-

vos. 1 Dita de prata - (':ti~ipaiilia tle 1852. 1 Dita de aiitiinoiiio - l'omada de Uruguayna. 1 1)ita de bronze - Toiliada ile Paysnndú. i Dita de cobre - - Aos vencedores tle Jataliy. 1 Dita de I~ronxr -- (;lierra do P:tragnay,

RETRATOS E E N T ~ ~ M P A S Retratos tios arccbiq)o\ ila Baliia. Dito do h1:trcclial 1~loi.i:liio Peisoto. Dito de Frei ( ;eriiitiiio de .21incc~~. Plaritn c vi9t;ic: (Ir ctlific~inq (Ia iaitlnda de 8 . Pa~ilo

ein 1810.

RelayBv iioiiliilwl clus i.11i.s. ,<ocios coiisi(1erados de- fiiiiti\.tiri(~iite coiiio meml-lros t'iindadores do Tnstitiito.

\IHTII{K~I I:I ~ 1 1 I I ) O K H O N O R A R I O

DI-. i'riideiitc .Joic tlr lforxes Barros. ~ ~ I I . : R I ~ K O S P ~ I ~ ? ~ ^ D A I > O I ? I < R IGYF~;CI'T\ o

I Alherto li6fgi.eri. B I )r. Rl(~sai~di.c I~loi.inrln Coellro

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3 Alexaiiclre Kietlcl. 1 Dr. Alfretlo Ellis. .5 1 ) ~ . ,ilSrcdo 1:ochn (i Aiitoiiio Augusto cltr Foiiseca. 7 Ilr. A. í1arlos Ribeiro de Aiiclradn R f . Silva. 8 Dr. Aiitoi~io l)iiio da Costa Eueiio. 9 Dr. Antoiiio I<\-aiisto 13nccllai.

10 Dr. Antonio 17rancisco de Arnujo ('iiitrn. 11 Dr. Aiitoiiio Iprniicisco de I'auln Soiixa. 12 Xiitoiiio Alorcir:~ da Silra. 13 I)i. Xiitoi~io Pcrcira l'resteq. 14 Dr. Aiitonio t l : ~ Silva 1'1-:ido 1.3 Iji.. Aiitonio de 'I'oletlo I'iiii. ICi Artl~ur ( ;OLI!:II,~ 17 Aiiguiiu ( 'c~s;ir I3:irjoiia I X 1)r I Z I Z ~ I I J ~ O ('cqi~r cle Ihrros Cruz. 19 I)r. Arigusto ( 'c+:ir tlo 3lir:iiida Azevedo. 20 I)i.. ,liig,'iisto (Ir Siqiicirt C'ardoso. 21 Dr. dnrelinlio ilc Soiizn c 0livcii.n ('otitiiili0. 22 Dr. Beiieclicto Estrllila A1r:ii.c~. 23 Ilr. Bento l<iiciio. 24 Ilr. Reriiardiiio dc C:iiri[)oq. 25 I>r. Braiilio Cioliics. 26 Dr. Caiidi(1o Saziulizerio Sogt-ieira cln Xlotta. 27 Dr. Carlos dc Caiiipos. 28 Dr. C'nrloq Daiiiel Ratli. 29 Dr. ( 'ar lo~ Iteis. 30 Dr. Cesario Jiotta ,Jiiiiioi~. 31 Dr. Ciriciiiato Rraga. 32 Ilr. t'leirieiitiiio de Soiiza e í:astro. 33 Dr. C'oiistaiitck X ffoiiso Co~lho. :I4 Tj i - . I)oiiiiiigos Jose Nogueira .Jagu~ribe. i13 F,dii:irdo Carlos Pcrejra. :3ii Eiiianr~liel Vnilordcii. 31 ))r. Ernesto de RIornes ('oliii. 38 1)r. Eugeiiio Alherto Frniico. 39 Eugeilio Hollender. 40 Dr. Fergo O'Connor de Cuiiiargo 1)auiiti.e 41 Dr. Fortunato Martiils de C'rtrnargo. 42 1)r. Tpranciscn l?ei.reira Ka~iios,

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43 Francisco Igiiacio Xavier de Assis. Moiira. 44 Dr. Fraiicisco Jíartiiiiaiio da ( 'osta Carvallio. 45 Dr. Francisco de Paula liaiiios de Azevedo. 46 Dr. I~raricisco de T'auln Rodrigiies A lve~ . 47 Dr. iahriel Osorio t l ~ Alnieirla 48 M.or (hbriel Prestei;. 49 Dr. Gabriel de Toledo Piza e Alineida. 50 Dr. (iustavo I<oeiiigs\rald. 51 T.c. Heiiricjiic A tle Aranjo ;\lnceclo. .52 tieiiry IYkiite. .53 Dr. i le r l i~ t~~i i i von Il ie~ii iv 54 111.. Honice )I. 1,anc. - - :)o Horacio cle ( 'arvwllio. 56 Ilr. Hypclito tlc ( 'ainargo. 57 1)r. IKiiacio \\':ill:icc (1:i ( ;aliia ('ocslirace. 68 Dia. . J a j ine Serr:i, R!) Ps. Alvares 1tul)ião Jiinior, (i0 doso de Ari*iid:l I,eitc Penteado. 61 [)r. Joáo Nepomiicciio Nogiieira (IR hlotta 62 »i.. .João Nogueii.;l .J:igiiaribe. (i3 Dr. Joáo Peclro da Veig:t Fillio. (i4 Dr. João Pereira Alonteiro . ti5 Dr. .To50 1:il)eiro t-le JIoura Escobar. 66 Dr. Joaquim l!'loriaiio de (;odoy. 67 P.. Joaqiiiiil Soares de Oliveira Alvirn. A 8 Dr. .Joaqliiin dc 'l'oleclo I'iza e Alineida. li!) Joaqiiirn dc 'l'olcvlo Piza e .ilrncicla, 70 Dr. .Jorge 'Vihiriyh. 71 Dr. José .\l~res iie C'crcliiéiia ('csar. i 2 Dr. .Tos, Alws ;iiiiii:riães Jiinior. i3 JosC Antlrc: tio 1-lacr:ii:iento llaciico 74 Di . J o d Batista l'ereira . 73 Dr .Tos6 Caidow ele Aliiieida. 76 .José Ecl~ia~.tlo tle >Iacedo Sotti-e~. 7 7 J)r . .To4 1Ckt:icio ( 'orrba cLe Sá e Beiievideri. 78 José E'ei.i.ct~ tlc Almeida Juiiior. 79 l)r. .José Ferreira (;areia Redorido. X 0 .José Eraricisco Soares Komeo. 81 .José Maria 1,isboa. 82 Dr. .Tos6 ele Sii Roclia,

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i 4 . , -..,,-.- ... .-.- . .< . , b , \ \ - \ "

83 Dr. .José Yalois de Ctistio. 83 Dr. José Yiceiite dc Aaeretlo. 83 Dr. Jiilio Cesar Ferreira de Jlesqnit:~ 86 Dr. Liiiz de Anhain hlello. 87 Dr. Luiz Toleclo Piza e hliiicida. 86 Dr. il1anoc.l Ailrxro de Souza SA TTiaiiiia. 89 Dr. llarioel ,liitonio I)uarte de Azevedo. 90 Dr. llaiioel l7ct.i-nz (Ic C'niiipos Sallcs. 91 Dr Mailoel ferre ir:^ ( :areia, Redoiido. 9 2 Ríariocl JTarceliiiio tlc Soiiza Fi.aiico 93 »r. M:liioel ile hlor~tes I3;tri.o~.

$)_C Dr. Xlai tot)l 1'crcii.a ( ;iiimarães. 93 DT. &laiioc~l l'cssoa de Siqueira. Cninpos . !)(i T)r. llartiiii 12i.:tiicisco I:il)ciro ilc L.\iiili.~cln

Sol.~*iiilio . 9 7 I)r. hlartiiilio Prado .Tiiiiioi*. !I8 1)r. hlat1ii:is \':ilIadao. !?!I Dr. Orville ,\. I )cri)>,.

100 [)r. Oscar Suli\reiik d'llorta. 101 Dr. l'edro Augllsto (;oiiics Caisclim. 102 Dr. T'edro Ticeiite cle Azevedo, 103 Dr. 1Lti'-iiiiiiido I'nrtn(io 1:illio. 1 04 Di.. Ilodolpiio I'cruii~i. 105 nr, Severiiio t lr If'i.eitas l'restes. 1 O(; 'raiicrctlo 1,eite tlo Aiiiaral Coutii-illo. 107 Dr 'rheoiloro 1)1:1q de ( ' a ~ ~ ~ a l h o .J~inioi. 108 Di.. 'l'lieotloio S:tiiip:iio. I o9 'I'llcopliilo Barl)osct. 110 r 7 L lloi-iiaz Paulo de Boni Succe.;so (ialhardo. 11 1 r l I il~urtiiio ~Iontlirii ['eutana. 112 Moi. 'I'iist~o .lraril~r. 113 Dr. \'iceiitp 1~ihtir;iliiio de Alhiiqiiercjur. 114 »r. \'iriato Biniidáo. 1 15 Dr. Virgilio cle Rezende. i I 6 [)i \\'eiic,c.laii cle Quriroz .

N. 4 Iielliqão das pessotis que fora111 coi.iqicieraclas coiiio

socios fundadores, inas que aiiida ngo satisfizeraiii a joia e primeira annuidade.

I nr. Alfredo more ir;^ de Rarrou Oliveira Lima,

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2 Dr. Antoiiio Joaqiiiir~ I<it)aa. 3 Dr. hrgiiniro da Ki1veii.a. 4 1)r. A ~ t h u r C'es:ti* Giiiiilarács ( * ). 5 Ur. Augiisto Fomiii. ti Dr. Carlos Botellio. i Dr. Cesario Gabriel cle ];reita.;. h 1)r. Estevain Ideão Rourroiil ( '. ) !1 ( i.21. Fraiicisco (ilycerio.

10 Dr. Jcoab Ttapura de Mirarida. 11 João Canclido hlai til].. 12 »r. Joaquim Nogueira de Alilieitla Pedroso. 13 Dr Jose ( iab~iel de Toledo I'izti. 11 Dr. José T,iiiz tle Aliiieicla Nogueira. 1,5 1)r. .Josb M:~cIia(Io de Oliveira. 16 Dr. Joqé Arariti do Valle 17 .Jiiles hlartiii 1 X l ~ i f a ~ e t t e de Toleclo l!r Iiiicl9rf Eriiesto Pei-eir~i de V:cscoiicellos ( " ). 20 ])r. Iiuiz Aiitoriio tle Souza Ferraz. 21 Maiioel Augiisto ('rnlvRo. 22 Dr Paulo Rgydio de Oliveira Carvalho.

( ) Officioi~ dttclaraiiili, ~ i á o l,otler fazer l~arte ilo lristitiito.

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BelaçBo dos soctios ud~iliiiitttidos cleliois da fiiiida. ção do Tnstitiito

- -~ ~ ~ ~ ~~

N.^ 1citie.i NOMICS I I da adiniçsão Data i i Observa~ões I -- !

1 i Ea1.50 ~Ioiiieni cle l lc l io 1 ;I ,11111io lsc~s IJellarmino Cariiciro I h

j I

~ a r i i i iio l<io Ijrriiio I l r . < ieoi-gci Ri t t '' 5 i i r . t\ 1. .i. \ieiio 11. iii1oi;o >. >>

? 6: Ur. hIai-t, de h'. \; de \lclio8 f leir i i i . * O I Dr. Syl\.i« Iioiiicro 1 » >: >,

»r. 'l'ristào cle 4. =i. Jiiiiior ; >;

10 C o ~ s l l i . r '1, 1 . r p , . >,

( lc \Iciicics \-ieiia;o v 3

1 2 1 [)r. 1 . 1;. :\hsis l%r:isil : L I , ( ) ~ i t , ~ l ) , >> ~ 1)r. 1;i-eil. :\, 11.1 S. l , i s l ~ u a , ? ~ >. >>

1 i 5 I.iiir (Ir 1 . I l i i i i i i i i Sii :i ~ i i i i l ~ o i8o;:saiisíeza joia o ' * 2 + I ~ r . jo ige \l:iin : I ,, . annuid. , 1- I k . E;iiczto ( i . ~ ' o r i i i ~ > i, r,

1 7 Dr. 1,uiz l'ereii-:i I(:irieio / . ,. >, , :) cc 1 DI,. Alfccilo ,[11joI I t i : idem

p 1 2 i . e o l d o e r i s > >, i

, ; q 111. I<ilii:iriiu 11;i S. I'ratio 2 : i~)iitiiIi. r I I I

--

D r C)siar l.cai L)r. Eriiesto C;. IJetileiiilo Dr. Heni-icjuc Coellio Ur. J. da Costa I<. J u D I Ur. I t i e c i o de ToiedUior12Y .

i ~ Jos6 11. Çerzedello I 1 Ur. R. P . A . do S. Blaclí ' .i Agosto i ; Irlein Domingos I,. da F, e Silva ; Seleni. » I Eiirico Saldaiilia >o D » ' Dr. Heitor I'eisotu i? ~ i i t u h . r I Alberto \-eiga i p.

F. C da Alniiidn i lo ra rs r : 1 I

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Ba1:tilcete da Receita e Despczii tlo Zristituto Histo- rico e (;eographico de S. Paulo, iio trimestre findo em 31 d e Março de 1895.

RECEITA

Joias e ailiiiiidades cle tres so- cios fundadores recebida pelo , Tliezoureiro. I I

Idem de quareii la e ciileo sacio$ 1 1 fuildadores recebidas por interine- 1

dio do Cobrador (10 Tiistituto

Rs! 3.5531000

Porceiltagein ao C'obra lor I

Anriiiiicior e ~iih1ic:iqóes iios jor- 11acs T i r r o ~ , papel objecto 1) n Secret ' l i

Arcliiraiiierito do.: E.;tatutos iio Registro Geral Impressos clivrsos Sellos par:i o espe( lieil tc 1000 cseiiip1:ires tloq l%tatiito-

1iny)oi~txiiciu da Receita : ~ : ' F G ~ O O O Ideiil da despez:~

I I ,YOG<JOO 1 i ---

Saldo. . . . . . . . . . . /. . . I R~ ~!;KJIOO - - I - 1-1

Jfarco de 1@5 I I 1 - O Tbe~onreiro do Instituto

I DI. Donriw~ot ,Juq~~ai~ibe. 1 i I ; ,

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Buliliicete ila Jteceita e Despeza tlo Liistitiitu I-Iisto- rico c Geograpliico de S. Paulo, iio ti.iiiie5ti.c fiildo e i i l 30 de Junho de 18'35.

-

RECEIrl'A 1 1 1

Saltio do triiiicstrc antci.jov 2: 745100 Joias e aiiiiui(1aclcs de tres sacio\ I 1iiilcladoi.e~ recol )i (Ias 1 )tilo t hczou- I

ieiro I P ~ " 9 2 1 ~ ~ ~ Itloiil de ti.iilt:i o doi, +oc.ioi Cuii- I

c~ar1oi.c~ recek)itlni pois iiitci.iiicdio 1 I

do ('olii.n(loi. do Iii~titiito -I-- 2:1368i~OO

1 11s. 5!3:35~100

t)J:slJI<z \ I

1'0~cc.11 ttiqcii ii do c~l~i . ; \doi~ 2 3 ( ; 300 I Eiic:itIci.ii:lçZo (10 I)in~.io O// ic icil. I 1

1 \.o1 1 rili c:ii.iiiil)o tlr. iiicht;il 1';ii '1 i(tllii tio Iiistitiilo +\iinuiicio< ~ c l l o ~ ~):II.:I o t 2 \ 1 w tlieiitc

- - - -

RES',I'J10 Iili]w~~t:iilcia cla i.cceit:i i 5 3:) -) IOU Idei i~ d:i tlcsl)cz:i ;i:);) 800 I

--v

S L L ~ ~ I O . . . . . . . . . . . . . as. 4: 9993oo - ---

Seiido : I)el)o.it:~tlo iio ISaiico de I i ('redito Real 4: XOO/OOO 1

--- 8, Pazdo, 30 de Jicnho de 1693

Ijiilheiro eiil ii~Zo (lu tllcsouic.ii-o 19!11:)00

O thesotireiro do Instituto

&r,. norrtiyos Juguat íbe. 1 1 ' 1 I

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Balanceio da Reeeita, e 1)espez;t (10 Iristituto Histo- rico e Geographico de S. Paulo, rio triinestre de 1 . O ddo Jullio a 30 de Sctei~ibro de iS95.

.- - -

l{(;EIrr.\ , .

Saldo do trimestre aii!erior ' . ! I

Joias e aiinuidadcs de cinco socios, seiiilo ! i 3 fundadores, i eifectivo e i corres- 1 pondente, recebidas pelo Tliezoiireiro i

Donritivo leito pelo socio honorario siir. d r . Georges Kitt

i

Joias e annuitiades dc dezoito socios. sc i i do 16 fundadores, i cffectiro e i corres- pondente, recebidas por ititeriiicilio ilo ; i Cobrador iio Iiistitiito I : 1 , - 1 -

h:, 7 5 i 1300 - . -. .- --- - ~ -.

DIISPE%;\

Porcentageiii ao Cobrador 133 1~x3 Gratificaçso ao porteiro e servente do , ,

Gymnasio Estado pelo serrco presiado i i i , i ao Instituto nos dias ~ l e sessgo, relativa. 1 i I aos mczes de Abril a Setembro-6 me- ' !

zes a -.o$ooo Aiinuiicios nos jornaes prensa par: o c;trin~bo-sel!ns e sei-viçol. 1 !

d e juncçáo Circulares' e outros inlpressos e enre-,

loppes Scilos para ;i corresporidencia e despe-

zas miudas Gaz consumido por oecasiáo das sess6es

Abril, Alaio e Junlio

raria

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N. 8 R;ilaiicete d : ~ Iiecelta e I>esI)eztb ( 2 0 Institiito Histo-

tcrico e Geographico de S. Paulo rio triiiiestre de 1 . O de Julho a 30 de Seteinl~ro de 1893.

IbECElTX . . . . . Saldo do trimestre anterior. 4:!)9!)$300

.Joias e auiiiiidades de cinco socios. seiitlo 4 fiiri(larlores, i effectiro e 1 cor- respondente, i eccl)idas pelo Tlierourci-

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ro ;370$OOO Donativos feito pelo socio liniiora-

rio siir. dr. Georgcs Ritt. . . . . . . . . . . .50$000 Joias e aiiniiidndes de dezoito so-

cios, sendo 16 fundadores, 1 effectivo e I corres1,ondente. reccl~idas por in-

. terinedio do Cobrador do Tnitituto.. l;d82$000 ------ -

1 , ~,.ihl$SO0

1 > l:,Sl'E:%,l

. . . . . . I'or~ciitugeiii : ~ o ('ol)iador. 133$300 ( ;i.~itilica<ùo :)o 1)oi.trii.o servelite

do Ciyii1iia4o do I<.tndo pelo ier\.ic:o l~restatlo ao Instituto iios aias ae sessão relatira aos iiiezes de L21)ril :L Seteiiibro

. . . . . . . . . . . . . . -6 I I I ~ Z C S n %U$000. 120$000 ,2iiiluiicio.: lios jorii:~e,<. . . . . . . . . . 8i$500 I'i~eiisa p:iixrt o carirnl~o-wllo e seit-

. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-it;o tle juiicc:Zo.. b0$000 Circiil:ir~.; c 0iiti.o. iiiipi-e.sos e cii-

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . yeloppe.;. 1 1!)$500 Sellos 1):ira corrcqpoiitleiiria e (lei-

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pezas niindns. 17$300 C'nz consiiiiiiclo por occasião das

sessões do Iiistitiito, lios iiie/;eq dc Jn- iieiro, Al)ril, Vaio e .J ~iiilio. . . . . . . . . . :$O$i80

500 tlil,loni:ts litliograpliacioi pa- r ; ~ wcios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800$00n.

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12 livros in folis, papel Hollaiida e encadernsçiio forte, CGIII riscado es- pecial e dizeres impressos, i~iliiierados e rotulados, para a escripturagao da sc- cretaria, Bihlyotheca, Arçhivo e The- zo~~ra r i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500$000 -------

1 . í .8b8$280

RE:SlThl( ) Iiiiportaiicia da rec~i ta (i.'i:il$3oU Idem dn despem 1 %5;$s80

Saldo,. . . . . . . . . Rs. 4,8$~3$02(i Sendo : Ilepositado iio

Banco de Credttn Real &.200$0()( J Dinheiro ein iilão (10

Tliezoureiro (iff:j$080 4 .X!i3$020 8, l'alllo, 30 de Sctclii\~iso c \ [ , 189-5.

( ) Tliezoiireiro tio Iiistituto, / ) I . . Dom i ~ ! / o ~ q .7~~,qu/c~ibe.

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Actas das sessões

i'residetrcir~ rio ~ l r r . / ) I . . Cr\ccl.iL: A h ~ f f ~ z J ~ ~ n i o :

A's i e meia horas da noite, presentes os socios snrs. Carlos Reis, Ceryuera Cerar, Alberto Lôfgren, Branlio Gomes, Or\.ille Derby, Theodoro Sampaio, Macedo Soares, Domingos Leopoldino, l'ancredo Amaral, Miranda Azevedo. (iomes Cardim, Uuarte de A/evedo, João hlonteiro, E. Vanorden, Horare Lane, Evaristo I<acellar e Soares Komeo, foi a sessão aberta pelo vice-presidente, snr. Conselheiro Duarte de .'Lhevedo, comparecendo depois o atir. Dr. Cesario ùlotta, qne assumiu a preiidencia.

Foi lida e approvada a acta da sessão antecedente.

0 primeiro Secretario d:í conta do segiiinte

IJo siir. i)r. P'rederico liisboa, dirertor do Arcbhiro Pnhlico da Bahia &hviando a i lIe?~~oi.in 8obi.e o E<%tado tln Brrhin.

Do snr. Dr. Joaquim JOSP do Jlene.~es i'ieira agradecendo a sria admia. a60 como soeio honorario,

IJo snr. J>r. Alfredo L'ujol sgrndcccndo s siin ~dlnissáo como sorio effectiro.

f)o socio snr. J i i l cu bltiriiii, oRer~'c~erido iiin rctrato de Frei Cierinano du Annhecf, a planta e t istas d u riilado de 8 . Paulo em 1810 e um albnm de fne-similea das assignn!iir~s (10" gol.ernailorcil de cnpitan!a e provincia de 8. Panlo.

Do socio. snr . Cooego [)r. \'nlbis do Castro partiripando nno podef apresentar hnje o tra1lalho d ? qlie se tlnha ehrarregadn,

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Pelo çnr. Dr. Eduardo Prado: Le /:i.l:si/, por I,evaçsei~r, com collaboraçáo daqiielle snr.

Pela Directoria Geral dos Correios : Rrlnforios dos sevvigo.~ - 1<?9.,t.

Pelo snr. Dr , 31ello Rloraes Fillio: ..í'!-c.lii?,o do Ilisfricto Fe&- val, n , ]o .

Pelo director do Arcliivo do E s t a d o : /.ti, f ~l?ri,efas de r@fe r , ? y e /)ocr~rrze?rfos i7tfr~essniz fes, vol. 1 ,i.

Pela Direftoria do S e r v i ~ o Sanitario: /i>olefir~t d e Estnti.~irtir~ Be~nogrn jho - -Sm~i far i~r .

Pela Sociedade Pastoril c :igi.icola: hle.iiii l t c A4,$-~,ico/n, n. 5.

Pelas i-espectivas retlac-(;fies: Bial.io oflicital do Estado; 0 fifi~?zici$io; Sr r~ fos Ci~i~~i;~c~~c ' i t r l ; Dioi'io ilr i irr/( ,nft; O R4or tc i . Rc,i~istn do Xor1c; .,i i l / l rd /~ /~~rrd~ i .

ti'oi iido e ficou sol~re a iiicsa para .ier àisculido e votado na sessão Jeguinle, o parocer da Cotittnissio de admissáo de socios, cuja conclnsáo é favorarel fi admissão do snr. I ) r . Joaqiiim Praooisco de Assis Brasil, na qualidade de aocio honoraria.

Foram apresentadas, lidas e reinellidas ii ('ouiinissáo de adrriissão de socios as seguintes propostas:

Para socio effectivo, o snr, Ilr. Igkinardo ilu 8 i l ra Prado, autor de diversas obras e de varios capitiilos do artigo Brésil na lirande Encyclo. pedia, e t r . ; assignada pelos socios Orville Dcrhy, Theodoro Sampaio e Alberto Ldfgren ,

Para socios correspondentes, os ynrs, IJr, lleitor i'eikoto, redactor do Dinr io tle S'ui~toa, Alberto 1-eiga, redactor d'A F o l h a e Francisco CorrBa de Almeida Moraeu, cultor dedicado da historia patria; assignada por Sacra- mento Maciico, Ctlrlos Reis c l'ancredo do Amara].

Para socio honorario, o snr . Dr. Frederico Lisboa, homem de lettras.' director do Archivo Priblico da Raliia; nssignada por P r . Evarirrto Bacellar' C:arlos Reis e 'I'. Aniaral.

Levanta-se a sesss&o.

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A's i horas da noite, presentes os socios snrs. Cesario Motta Junlor, Carlos Reis, Domingos Japaaribe, Sheodoro Sampaio, Soares Romeo, Macedo Roarea, Gabriel Prestes, Garcia Redondo, Wenceslau de Qaeiroõ, e Braulio (+ornes, o sr. presidente declarou aberta a sessão.

0 primeiro secretario comrnunioa que foram feitas as seguintes

Ofertas

Pelo snr. Pai110 Tav:ii-es: Revist'z /Irnsilei /~n, fascictilo n. 19.

Pela Directoria do Servi<;o Sailiiario: Ro/elli~/z (/e Esfnlistics l>elrzu~j.nfihc,-kiifn~~i~r.

Pelo :iistituto Pedagogic~\ P:iiilist:i: '4 //zsb nr<.úo Pqbf~l'a?.. 11. 4.

I'do Siir. Dr. J u 5 o I? iptist;i RFgiieii.a Costa: Zi~scrz$çd?s em rocliedos do /:i.nsi/.

Pelas respectivas red;i<;Ges: Uitruio Of ic ia l ; O II.jru?~icipio; .Yia?zfos Comi~iercin(; Dia/ io dc .\irtifi~,: / ) /n/ . io de Ih?lhn/é; O Re-

@ U * . ~ L ' I ; . O E/lsnio; R ~ z ~ i c f n (/o f l o r - f ~ .

1:ornin ~ s t . 1 ~ ol1~rt:is rcct:l)idas coiii (.spec.i$il ngr:iilo.

E' !ido, posto cm iliscusstio e sem debate approvado o parecer da Com. missio de adrnisão de socios, que ficara sohre a mesa na sessão passada,

, sendo proclamado membro do Inscitubo. na qualidade de socio honorario, o snr. B r . Joaquim Francisco de Assis Brasil.

E' iido e fica sobre a mssa, para ser discutido e ~ o t a d o na sassão se- guinte, o parecer da Commissão da admissíto de socios opinando peia accei- tacão dos snrs. Dr. Eduardo da Silva Prado, 1)r. Iieitor Peixoto. Alberto Veipa, Francisco CorrBa de Alineida Mornes, e Dr. IJrederico Lisboa como socios do Iustiluto .

Pelo snr. I'resideute, em nome da ilirectoria, foi apresentar10 a seguinte proposta:

a Que a annuidade satisfeita coin a joia pelos sucios fundadores se j r considerada como pagn até 31 de 1)ezembro do corrente anuo, por ser isso de conveniencia para a escriptaração da 'rhezouraria e não haver offensa aos direitos dos meaplo socios. s Pandamentada a proposba R sulirnettida á dis. cussáo e votação, foi sein debate approvada,

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Picou designado o dia 25 do corrente mez para realisb~r-se a st)snBo do encerramento dos trabalhos, de que trata o artigo 33 dos Estntuton,

O s a r . Presidente leranton a sessão.

I're~idelrcin slr t - I ) ] . Cr c r i i.io il.foLftr ./rtnio~-

A's 7 horas da noite, presentes os socios snrs. Oesario Motta Junior', Carlos Reis, Daarte de Azevedo, José Vicente, Gomes Cardim. Rayinundo Furtado Vilho, Augusto Barjoiia, Ernesto Goulart, Moura Escobar, Domingos Jagoaribe, Domingos Leopoldino, Theodoro Sampaio, Eduardo Pereira, Ale- xandre Riedel, Braulio íiomes, I3ugenio tlollender, Arthur Gonlart, Soares iiomeo e Tancredo do Ainaral, o snr. Presidente declarou aberta a sessão.

I+'oram lidas e approvadas as aptas das sessúes de 1 2 e 20 do corrente mez.

O 10 secretario dá conta d o segi~itite.

K S 1' L I) I i: N 'i' i?

~ f f i r ;os

Do snr. I3ugeniu Lefévre, direc!tor da Secretaria da Agricuttara, envian- do reiatorios da repartição.

»o socio snr. Dr. Gomes Cardiin, cotninnriicando que não póle apresentar o parecer sobre o livro CUT~:L.;II.Y, do consocio snr. I)r. (iurcia Redondo, por estarem aiisentes os outros dois meiubros da coininis5áo.

Pelo snr . »r. iIenriqite Coelho: R c l n t o ~ ~ ; ~ t l ~ c Secre tu i ' i i~ d u Jzts.ticu - 1894.

Pelo snr. E. Iiollender: J I o e < l i ~ 110 Rrnuil , por João Savier da i\IolLa; d t l u s c o s . ~ ~ ~ o y i ~ ! i l ~ / ~ i c o , puùli<iac',o por \V. $ A. I<. Johnston.

Pelas respecti\-as redacções: Diasio Oljicial: O M~r?lfcipfo: # u ? L ~ o ~ Co!~~?ilereinl: Dicrrio d e !i'ctuliat& O lit:purte~,.

Foram estas ofertas recebidas com especial agrado.

1;' approvado o parecer da Commissão de admissão de sooios que ficara sobre a mesa na sessáo passada, sando proclamados mewbros do Instituto 0s snrs. Dr. Eduardo da Silva Prado, na qualidade de socio effectivo, DF.

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Heitor PeixnLo, Alberto Veiga e Francisco Corrêa dr Almeidn IIoraen. n a ile

~ o c i o s correspnodentes, e Dr. Prederico hugus to da Sii\-a Lisboa, n a da socir honorario .

O s n r . P res iden te apresenta o Relatorio d a directoria sobra os t rabalhos o factos occarridos duran te o primeiro aono da eyistencia do lost i tuto, o rjual i; lido pelo primeiro secretario e f i c a s o l ~ r e a in i sa para se r e ~ a m i n a d o pelos s n r s . socios, aos quaes foi dada a palavra para indiinarem as medidas qiie

julgassem convenientes.

Foi proposto e approvado qiie s e considerasse rorno tendo rennnciado o iiireilo de socio fundador todo nqiielle qiis, incluido n a l is ta dos socios dessa categoria. n8o t enha cuiaprido a t e ao prosenti! o dever imposto pelo 5 1 , do art . 10 dos i < ; s t a t u t ~ s (pfiga~n(, i i to 118 joia e primeira annuidade:, sendo e ~ c l i i i d o da respect iva inatriciilfl.

Foi tainhem proposto e approvado q u ~ ficasse! a SIma en-a r regada d e oraanisar í, progammil da sessúo inagna R real isar-se a 1. de Sovemhro , p ros imo vindouro, publicando-o pelos jornaes, e .le promover tudo que e n t e n desse conveniente para que a mesina sascXo s e revest isse da maior solemnidade,

S a d a m a i ~ havendo a t r a ta r foi l evan tada a ses iáo .

a ' s R horas da noite. presentes a lgumas e~ce l i eu t i s s i i i i a s senhoras, i e preseritantes de corporaçúes. assoc ia~óes , repar t i~6es , estabelecimentos, iiiipreli. oa e outras pessoas convidadas e os socios sn rs . Cesario Motta Jonior , Carlor; Reis , ( iarcia Redondo, Pereira (iuiliiar;te3, Alberto Lofgren, l lenry \i'hile, +Torace I.aiie. liugenio i lol lender, .Jiiles \ I i r t in , .iiexriutlre Riedal , 1)omingos Jagiiaribe, i'eiga Fiilio, Thocdoro Sainpaio, 1)nniingos Lepoldiiio, Orvil ie l)erbj.. E. Vanordem, ~ l f r e d o Ellis, Antonio Piza, l l e r t i in "rancisco So l~r inho , . \ r thnr (Goalart. Soares i iomeo, Candido Mottn. I3rnesto Goulart , Camargc Tjaunlre, .Jogo Bionteiro, 1:varisto Ilacellar, Liiiz Piza. klathias Valiadão, Angnsto Barjona. Angiisto Cardoso. Tihnrt ino l londim, Thomaz Oalhardo, Vaiois de (:astro, José \ 'icente. Sacramento Macuco e Tancredo Amaral , o enr. Presidente declarou aber ia a seesáo e leu u m impor tan te t rabalho, no qual , fazendo a resenha dos t rabalhos do Ini t i tnio e expondo o desenvolvi- mento qn9 teve e o estado ein que s e acha, iiiostroii a conveniencia d e s e dedicçrem os snr'i. socios ao estudo d a nossa hist,oria e uo tadamente ao d a l ingua tupi-guaran!., eiii r i s t a dos proficitos resul tedos que dah i provirão r

d o hrilho que adqu i r i r i a nossa associaqão.

O 1" secretario d i conta do segu in te

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í.ro snr. I>r. 1:raiici~co 1,cite Ili!tencoiirt B~iii[~:iir~ .Jiiriior agrnileceniio ov (esauieu pelo fallacimento de sen pi?i.

»o snr .:\lberto Veiga agradeceiido a siia adnii.~sCto coiiic sotio c3rrepondente.

Tlo snr. 1)r. Alfredo Ribeiro dos Santos a#ra~lci.en~lo o convite feito s @!te e aos einpregados dri Kepartiyio de Poiicin, ile qiie i. ilirector, para as- sistir i sesrrio de lir'je.

Do sovio snr . Jiiles Martiii oiTewrendo os oitjPrros a l iante inencionados

Do socio snr . 1)r. .\u:iisto Cesai' de I(nrri*j C'rii~ ~ ~ l t ~ r e c e n l n iiin exem. .vlsi do seu roiiiance O I '«~( / ;af lr .

I'elo SCI(:~U s i l r , 1111rs bIartii1: C!TI.! I 1 ; , , 0 , ~ I - < I ~ J ! ! ~ ~ ( T i/!!/ Ora(l( / in'r S. Jzr~do, ~irik>licnda e111 r:;iS; I i.<i<r i!,: ? i r o i c / ( ~ ~ i r - / ~ i ~ i t./c,;,tzc/o 11

f~i~r.n/ra?t.n ?/o / ,~r; l i , t~ i (r; Rcfi-tr/o ,fts 771-n<ic .v f ; .~; .iii!z ~ f t z inala- p-/it.~g.<'li> (tu ;,iaif/trio do Ch!í.

Pelo s o c i o s i i r . I ) r Alii-rt l , , F:lli.: .I/,,i/iiill,r cwr-iii io co ni ;i etti~i-ie tle P e d r o I . coiiteii<l» :i Cori.;ti:iii~;;i+i fJ<.iitic;i tlo I%i.;isil tfe -1124.

Pelc~ s11r. Pa t i l o T a v a r e s : A'~:,i.s/(? / , ' I . , Z \ . I / ( , ~ / - ~ ~ tcl<i:i(:lila 11. 2,j.

Pela rlii.ectc,ria ( ~ i e r a l dos C o r r e i o s . /:Li//iiiir / ' J > ! : I / , t i . 9. Pelas res<lecti\.;ii; redaccf ies : 1)itrrio' U j f ; ( l i z/ ; O -.l/;~~ii~.ifli o;

, S~rn los C ~ J I J L I ~ I ~ I . C ~ ( ~ / ; 1)i(r1,io ( /c Z I I ! ! , [ ( ~ ~ ! ; O / L ' ~ ~ . ) I . / : , I - ; O E I / ~ ~ ? I C ~ . 1;or;iril es t -s u i l c r t a s r e c e l ~ i d a s coiii ti;,<: . i . i l ;>;i-a

O soeio snr. I>r,31snoel Irerreira (;areia R?ilori,l? pr~,oedeii a leitiira de iima memoria snbre a primeira concessáo de estrada de ferro no Brasil, reivin- dicando para S . Paiilo a gloria de ser n primeira proi-incia que a\-entoii tal rommettimento nu paiz e procurou realisal-o.

LCm segiiida, o socio snr [ ) r . Tiieodor~~ Slmpdio lei1 iiiii trahaiho aohre

Iiistoria e geographia hrasilica.

Saudaram o Iiistitiito, eiii ùellissiinas oraqlie, os snrs. Ur. AI berto de Andrade, como represeiitante do Instituto dos Advogados de S . Paulo, e Remigio de Cerqueira Leite como repreaentdnte da i.~cola Kormal deatr c% pital.

Page 91: OS SELVAGENS DE - IHGSPihgsp.org.br/wp-content/uploads/2018/03/Vol-01-2o.-fasciculo.pdf · rio de noinepiero, desde a inais telira idade manifestou de- cidida vocação para as artes

i 1 3nr. fieaiiiaoit!? agradoeeu 31 ?~:luit , ' je? i:r:ziiiiis a0 hIstitut0 e a pre- seusa daa eui:e:iri!:ls.i~mda íen:i:iia,j e 'i:i!i.?,..:.: :?.;-z:hoiros que vieram abr-!

Ihantar a %sai: .

O uiesmj. :o:. E'resrdeiiie ..srnii~:ciir o 2 .;::r?. .jne f.li unanimemeute ac- ceitu. Je expe,i:r ,se ~ r r i ;elegrw,m,ri% ao iiir ;r. ?rzden:e de 1Ioraes. 3311-

dando.,> :ia ~ca!'.dad? 1s P%rsi(loritW hoiiwri:. o j > :7:::'r:-3' pelo prinieiro an- niverudri,~ da$:$.

Eru jaguiila fo: lovantadn s. se,t5d3.