Os sofistas

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OS SOFISTAS Origem e objetivo da sofística A filosofia pré-socrática chega ao seu termo com a sofística, movimento de ideias que se desenvolve no mundo grego durante o século V a.C. Diferença entre as escolas filosóficas: A sofística não possui um localização geográfica bem- definida: seus seguidores procedem tanto da Itália meridional como da Ásia Menor, tanto da Sicília como da Grécia. Ela despertou um grande interesse em todas as colônias e também na mãe pátria, Atenas. O aparecimento da sofistica deve-se a razões de ordem filosófica e também política: Ordem filosófica: Resultado do esforço metafísico de dois séculos não havia sido encorajador. As mentes mais esclarecidas tinham pesquisado a causa primeira das coisas, mas as conclusões a que tinham chegado eram totalmente contrastantes: Alguns filósofos tinham identificado a “causa primeira” com um dos quatro elementos; outros, com os quatro elementos; outros ainda, com elementos sutis, chamados “átomos”. Diante desse quadro pouco animador, é lógico que os pensadores do século V julgassem inútil insistir na pesquisa metafísica sem antes estudar o homem em profundidade e determinar com exatidão o valor e o alcance de sua capacidade cognitiva. Nesta fase de desconfiança em relação à metafísica, surge a sofística como exigência de uma verificação da capacidade cognitiva do homem. O seu interesse é portanto, humanístico e gnosiológico.

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OS SOFISTAS

Origem e objetivo da sofística

A filosofia pré-socrática chega ao seu termo com a sofística, movimento de ideias que se desenvolve no mundo grego durante o século V a.C.

Diferença entre as escolas filosóficas:

A sofística não possui um localização geográfica bem-definida: seus seguidores procedem tanto da Itália meridional como da Ásia Menor, tanto da Sicília como da Grécia. Ela despertou um grande interesse em todas as colônias e também na mãe pátria, Atenas.

O aparecimento da sofistica deve-se a razões de ordem filosófica e também política:

Ordem filosófica:

Resultado do esforço metafísico de dois séculos não havia sido encorajador. As mentes mais esclarecidas tinham pesquisado a causa primeira das coisas, mas as conclusões a que tinham chegado eram totalmente contrastantes:

Alguns filósofos tinham identificado a “causa primeira” com um dos quatro elementos; outros, com os quatro elementos; outros ainda, com elementos sutis, chamados “átomos”.

Diante desse quadro pouco animador, é lógico que os pensadores do século V julgassem inútil insistir na pesquisa metafísica sem antes estudar o homem em profundidade e determinar com exatidão o valor e o alcance de sua capacidade cognitiva. Nesta fase de desconfiança em relação à metafísica, surge a sofística como exigência de uma verificação da capacidade cognitiva do homem. O seu interesse é portanto, humanístico e gnosiológico.

Ordem política

Contribuíram para o aparecimento da sofística, além de razões de ordem filosófica, também exigências de ordem política, típicas da cidade grega deste período. A vida na pólis exigia de todos os cidadãos que se dedicavam à atividade política uma razoável cultura e certa facilidade na eloquência, isso por causa das enormes assembleias públicas, nas quais eram tratadas as mais variadas questões como a guerra e a paz; o direito e o conceito, o governo e a religião.

Como surge a figura do sofistaA educação tradicional não estava em condições de satisfazer as exigências tão variadas e avançadas. Fazia-se necessária uma instrução mais profunda e especializada. Aparece então, a figura do sofista.

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Ele se atribui o encargo de instruir os filhos da aristocracia na gramática, na literatura, na filosofia, na religião, e principalmente na retórica.