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Os trabalhos publicados nos Anais da II Jornada Ibero-Americana da ARIUSA 2012 — no que se refere a conteúdo, correção linguística e estilo — são de inteira responsabilidade dos respectivos autores e autoras.

FICHA CATALOGRÁFICA

U3

II Jornada Ibero-Americana da Ariusa: compromisso das

universidades com a ambientalização e sustentabilidade [recurso eletrônico] / Coordenadores: Antonio Fernando Silveira Guerra, Mara Lúcia Figueiredo e Orlando Sáenz, – Itajaí: Editora da UNIVALI, 2012.

Modo de acesso: Word Wide Web: <http://www.ariusa.net/> e <http://www.reasul.org.br/> E-book ISBN 9788576961086 1. Educação. 2. Sustentabilidade. 3. Universidade. I. Título II. Universidade do Vale do Itajaí. CDU: 378(082)

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central Comunitária – UNIVALI

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Participantes da II Jornada Ibero-Americana da ARIUSA. (Foto: FerMara_junho-2012)

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Prof. Dra. Adair de Aguiar Neitzel

Ana Claudia Dalagnoni

Msc. Anésio Dalcastagner

Prof. Dr. Antonio Fernando Silveira Guerra

Alessandro Pereira

Carlos Magno de Lima e Silva

Msc. Dalva Sofia Schuch

Eliane Gatto

Msc. Gilmar Joner

Prof. Dr. José Marcelo Freitas de Luna

Lucia Mateus

Luciana Lima da Costa

Prof. Dra. Mara Lúcia Figueiredo

Mariana Soares da Silva

Núbia Teresinha Marchiori

Prof. Dr. Orlando Sáenz

Paulo Roberto Régis Júnior

Ricardo Capraro

Prof. Dra. Valéria Silva Ferreira

Virgínia Kuhnen Zunino

Prof. Dra. Yára Christina Cesário Pereira

COMISSÃO CIENTÍFICA

Prof. Dr. Aloísio Ruscheinsky – Unisinos

Prof. Dr. Antonio Fernando Silveira Guerra – Univali/PPGE

Prof. Dra. Elisabeth Brandão Schmidt – FURG/PPGEA

Profa. Dra. Isabel Cristina de Moura Carvalho – PUC-RS

Prof. Dr. José Edmilson de Souza Lima - UFPR

Prof. Dr. José Marcelo Freitas de Luna – Univali/PPGE

Profa. Dra. Mara Lúcia Figueiredo – Identidades – REASul – GEEAS/ Univali

Profa. Dra. Maria de Lourdes Pinto de Almeida – Uniplac/PPGE

Profa. Dra. Marilia Andrade Torales – UFPR

Profa. Dra. Nelma Baldin – Univille/PPGE

Prof. Dr. Orlando Sáenz - UCAA/Colômbia

Profa. Dra. Tânia Regina Raitz – Univali/PPGE

Prof. Dr. Yára Christina Cesário Pereira – Univali/GEEAS

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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RELAÇÃO DE UNIVERSIDADES REPRESENTADAS POR PESQUISADORES(AS) NA II JORNADA DA ARIUSA

Universidade do Vale de Itajaí- UNIVALI – Brasil

Universidade Federal do Rio Grande – FURG – Brasil

Universidade Federal do Paraná - UFPR

Pontifícia Universidade Católica de Minas - PUC Minas Betim – Brasil

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS – Brasil

Universidade de São Paulo - USP-SC em São Carlos – Brasil

Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos – Brasil

Universidade Regional de Joinville – Univille – Brasil

Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac – Brasil

Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF - Brasil

Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales - U.D.C.A – Colombia

Universidad Tecnológica de Pereira. UTP- Colombia

Universidad del Valle. UNIVALLE - Colombia

Universidad Nacional del Nordeste - UNNE – Argentina

Universidad Nacional de Catamarca - UNCa – Argentina

Universidad Nacional de Quilmes - UNQ – Argentina

Universidad de Buenos Aires – Argentina

Instituto Nuestra Señora de Luján del Buen Viaje - Argentina

Universidad de Granada. UGR – España

Universidad Autónoma de Madrid. UAM – España

Universidad Autónoma de Coahuila - UADEC – México

Universidad Autónoma de Baja California - México

Universidad Internacional del Ecuador- UIDE – Ecuador

Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas. INSTEC – Cuba

Universidad EARTH- Costa Rica

Universidad de Valparaiso – UV – Chile

RELAÇÃO DE REDES UNIVERSITÁRIAS E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,

ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTADAS NA II JORNADA DA ARIUSA

Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable. ACUDES - Ecuador

Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable – ACUDES - Ecuador

Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado. AUIP- España

Comisión Sectorial de Calidad Ambiental, Desarrollo Sostenible y Prevención de Riesgos - CADEP -

España

Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable –

COMPLEXUS - Mexico

Red Argentina de Universidades por la Sostenibilidad y el Ambiente - RAUSA - Argentina

Red Colombiana de Formación Ambiental - RCFA - Colombia

Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles – REDIES – Costa Rica

Red Cubana de Gestores Ambientales en las Universidades - RC-GAU - Cuba

Red de Estudios del Conurbano Sur - Argentina

Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad – REMEPPAS - Mexico

Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental – REDFIA - Guatemala

Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul – Brasil

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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APRESENTAÇÃO

As Jornadas da ARIUSA são basicamente reuniões ou sessões de trabalho onde são apresentados os recentes avanços em seus projetos acadêmicos e científicos e informes sobre as redes universitárias que compõem esta Aliança. Procuram, também, gerar um espaço para a apresentação de experiências relevantes das universidades associadas nas áreas de formação em educação, pesquisa, extensão e gestão ambiental.

Por tratar-se de verdadeiras Jornadas de trabalho, algumas das suas sessões são oficinas sobre projetos específicos, envolvendo apenas os membros das Redes Operacionais responsáveis por essas ações. Outras sessões são fechadas uma vez que se dedicam a abordar assuntos internos da organização e operação regular da ARIUSA. No entanto, algumas sessões estão abertas e possibilitam a participação de interessados e do público em geral. Este componente das Jornadas da ARIUSA é especialmente dedicado à apresentação e debate amplo dos resultados de seus projetos de pesquisa cooperativos no âmbito ibero-americano.

Dadas estas características, as Jornadas da ARIUSA convocam, principalmente, para a participação:

1. Representantes de Redes Universitárias Ambientais da ARIUSA 2. Representantes de outras Redes Universitárias Ambientais 3. Representantes de universidades, com um claro compromisso ambiental 4. Representantes de instituições interessadas em apoiar essas redes e universidades 5. Outros interessados na ambientalização das universidades.

A I Jornada Ibero-Americana da ARIUSA foi realizada em 18 e 19 de março de 2010, na Universidad Nacional del Nordeste (UNNE), em Corrientes, Argentina. Esta reunião contou com a participação de 35 pesquisadores e representantes das Redes Universitárias Ambientais, que compõem esta Aliança, e de várias universidades ibero-americanas articuladas a essas redes e agências de cooperação internacional que apoiam algumas atividades da ARIUSA.

Na Jornada da ARIUSA realizada na UNNE formalizou-se a adesão da Red Argentina de Universidades por la Sostenibilidad y el Ambiente (RAUSA) e da Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable (ACUDES). Também foi aprovado o "Acordo de Princípios e Organização" da ARIUSA e ratificou-se a coordenação conjunta da Aliança de RUAS que se vinha exercendo desde o início pelos representantes da RCFA-UDCA e de OIUDSMA-UGR. Também foi acordado sobre as atividades principais para o Plano de Ação da ARIUSA 2010 - 2012.

Além disso, na I Jornada da ARIUSA foram formalizados e consolidados vínculos de cooperação com a Asociación Universitaria Iberoamericana de Posgrado (AUIP), com o Colégio das Américas (COLAM), da Organización Universitária Interamericana (OUI), com o Programa de Intercambio y Movilidad Académica (PIMA), da Organización de Estados Iberoamericanos (OEI), e com o Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe (IESALC), da UNESCO.

Dando continuidade ao processo de consolidação e ampliação da ARIUSA, de 13 a 15 de junho de 2012 foi realizada a II Jornada Ibero-Americana da ARIUSA, no campus da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, em Itajaí – SC - Brasil.

A II Jornada teve como objetivos: - Avaliar os avanços do projeto de pesquisa da “Red de Investigación sobre Ciencia, Tecnologia, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamerica” (CTIE-AMB), financiado pelo Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnologia para el Dessarrollo – CYTED; - Integrar à ARIUSA representantes de instituições interessados em apoiar a ambientalização nas redes e universidades nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão ambientais, e - Socializar as ações e projetos de

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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ambientalização promovidos nas universidades que atuam no âmbito ibérico, latino-americano e caribenho.

Nesta reunião inscreveram-se 117 participantes de 10 países, sendo: 96 do Brasil, seis da Colombia, cinco da Argentina, três do México, dois da Espanha, dois do Equador, um do Chile, um da Costa Rica, um da Guatemala e uma pesquisadora de Cuba.

A Jornada contou com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e representantes das Redes Universitárias Ambientais, que compõem esta Aliança, representando 24 universidades ibero-americanas articuladas a essas redes, ou interessadas em formalizar sua adesão, além de agências de cooperação internacional que apoiam algumas atividades da ARIUSA, como o CYTED, financiador do projeto da Red CTIE-AMB, a Asociación Universitária Iberoamericana de Posgrado – AIUP e a Global University Network for Innovation - GUNI. A Jornada também recebeu o apoio do Ministério da Educação do Brasil (MEC), representado pela Coordenação de Educação Ambiental.

Essa II Jornada foi fruto do esforço coletivo de um grupo que busca fortalecer a articulação das várias Redes Universitárias Ambientais, assim como projetos específicos de cooperação acadêmica e de pesquisa entre elas.

Ela representou o empenho de cada membro da ARIUSA que justifica a existência desse grupo e das Jornadas, com experiências relevantes na ambientalização do currículo, assim como com projetos e atividades exitosas de ensino, formação, pesquisa, extensão e gestão ambiental nas instituições de ensino superior.

A todos e todas, a nossa acolhida, o convite ao diálogo e o desejo do encontro.

Antonio Fernando Silveira Guerra

Mara Lúcia Figueiredo Orlando Sáenz

Coordenadores da II Jornada Ibero-Americana da ARIUSA Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Itajaí, junho de 2012

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PROGRAMAÇÃO

Quarta / Miércoles 13 de Junio

Exposição permanente: Percussão Catarina Local: Entrada do Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Exposição permanente de Pôsteres/ Exposición permanente de pósteres Local: Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar Exposição permanente de livros e Diálogo com autores (as) / Exposición de libros y Dialogo con autores (as). Local: Salas do Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar

14:00 – 18:00 Credenciamento e inscrição de participantes / Registro y inscrición de participantes Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

16:00 – 18:30 Rodas de Formação / Ruedas de Formación Sessão de trabalho de socialização dos expositores das experiências institucionais de ambientalização no ensino, pesquisa e formação, extensão e gestão ambiental nas instituições / Sesión de Socialización de los expositores de las experiencias institucionales de la ambientalización en la enseñanza y del currículo universitario y, en general, de actividades de formación, investigación, extensión y gestión ambiental en las instituciones. Local: Salas do Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar

18:30 – 19:30 Atividades culturais

Local: Salas do Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar Apresentação musical dos musicistas do setor de Arte e Cultura e do curso de Música da Univali – Rafaela Gonzalez, Marcela Gonzalez e Luciano Candemil

Quinta / Jueves - 14 de Junio

Exposição permanente: Percussão Catarina Local: Entrada do Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Exposição permanente de Pôsteres/ Exposición permanente de pósteres Local: Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar Exposição permanente de livros e Diálogo com autores (as) / Exposición de libros y Dialogo con autores (as). Local: Salas do Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar

8:00 – 12:00 Credenciamento e inscrição de participantes / Registro y inscrición de participantes

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) 8:30 - 9:15 Boas vindas e abertura da Jornada / Bienvenida y apertura de reunión

Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Apresentação musical dos musicistas do setor de Arte e Cultura e do curso de Música da Univali – Bárbara Damásio e Ricardo Capraro – INTERPRETAÇÃO DO HINO NACIONAL Dr. Mario Cesar dos Santos. Reitor da Universidade do Vale do Itajaí - Brasil Dr. Marcelo Fernández Sanchez. Rector Universidad Internacional del Ecuador – UIDE. Presidente ACUDES - Equador MSc Rita Silvana Santana dos Santos - Ministério da Educação do Brasil - Coordenação de Educação Ambiental - Brasil Dr. José Luis Rosúa – Representante Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado – AUIP - España Dr. Javier Benayas – Universidad Autónoma de Madrid - UAM – CADEP/CRUE - España Dr. Orlando Sáenz - Coordenador da ARIUSA. Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales – Colombia Dra. Valéria Ferreira Silva – Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Univali - Brasil Dr. Antonio Fernando Silveira Guerra - Coordenador da II Jornada Ibero-americana da ARIUSA. Programa de Pós-Graduação em Educação da Univali - Brasil

9:15 – 10:15 Mesa Redonda 1: Políticas para a sustentabilidade nas universidades ibero-

americanas / Políticas para la sustentabilidad en las universidades iberoamericanas Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) A Educação Superior comprometida com a Sustentabilidade: Do compreender ao atuar / La Educación Superior comprometida con la Sostenibilidad: Del comprender al actuar

Dr. Javier Benayas e Dr. Orlando Sáenz GUNI, Global University Network for Innovation

A política de Educação Ambiental e a sustentabilidade no Ensino Superior no Brasil/ La Política de Educación Ambiental y la Sustentabilidad en la Enseñanza Superior en Brasil

MSc. Rita Silvana Santana dos Santos Ministério da Educação do Brasil - Coordenação Geral de Educação

Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público

10:15 – 10:45 Apresentação Cultural - INTERVALO / RECESO

Apresentação musical dos musicistas do setor de Arte e Cultura e do curso de Música da Univali – Rafaela Gonzalez e Marcela Gonzalez

10:45 - 12:30 Mesa Redonda 2: As Redes Universitárias Ambientais Fundadoras da ARIUSA / Las Redes Universitarias Ambientales Fundadoras de ARIUSA Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Dr. José Luis Rosúa - Coordinador de ARIUSA – Secretario General de OIUDSMA - España Dr. Jhonniers Guerrero – Vice-Presidente Junta Directiva de la Red Colombiana de Formación Ambiental, RCFA - Colombia Dr. Germán Rodríguez - Coordinador Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental, REDFIA - Guatemala

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Dra. Norma Yolanda Mota - Secretaria Ejecutiva de Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable – COMPLEXUS - México Dra. Lourdes Ruiz - Coordinadora de la Red Cubana para la Gestión Ambiental en las Universidades. RC/GAU- Cuba

Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público

12:30 – 14:00 ALMOÇO / ALMUERZO

14:00 – 15:30 Mesa redonda 3: A plataforma de informação, sensibilização e avaliação da

sustentabilidade nas universidades / La plataforma de información, sensibilización y evaluación de la sustentabilidad en las universidades Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Dr. Javier Benayas - Universidad Autónoma de Madrid - UAM – CADEP/CRUE- España Dra. Isabel Cristina de Moura Carvalho - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS- Brasil Dra. Patrícia Cristina Silva Leme – Universidade de São Paulo – USP - Brasil Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público

15:30 – 16:00 Apresentação Cultural e Lançamento de livros – INTERVALO / RECESO

Apresentação musical dos musicistas do setor de Arte e Cultura e do curso de Música da Univali – Luciana Assanti e Serginho Espezim

16:00 – 18:30 Rodas de Formação / Ruedas de Formación Sessão de trabalho de socialização dos expositores das experiências institucionais de ambientalização no ensino, pesquisa e formação, extensão e gestão ambiental nas instituições / Sesión de Socialización de los expositores de las experiencias institucionales de la ambientalización en la enseñanza y del currículo universitario y, en general, de actividades de formación, investigación, extensión y gestión ambiental en las instituciones. Local: Salas do Programa de Pós-Graduação em Educação – Bloco F7 (antigo Bloco 29) – 4° andar

18:30 – 19:00 Atividades Culturais e Encerramento da Sessão / Actividades culturales y

Cierre de la sesión GRUPO SARAU LITERÁRIO – MULHERES & MULHERES – Meurly, Bruno Portes, Bruno Lazarotto, Marina Schernikau, Naiara Aline Chaves. GRUPO DE PERCUSSÃO DE ITAJAÍ- Luciano da Silva Candemil, João Gilberto A. P. Moojen, Elvis Pauli, Rodrigo Fonseca Pinheiro, Madlon Martins de Freitas, Mayla Iara Valentin, Katrin Deeke Graff.

Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

Sexta - Viernes - 15 de Junio

Exposição permanente: Percussão Catarina Local: Entrada do Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) Exposição permanente de livros e Diálogo com autores (as) / Exposición de libros y Dialogo con autores (as). Local: Entrada do Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

8:30 - 10:00 Mesa Redonda 4: As Redes Universitárias Ambientais que aderiram à

ARIUSA / Las Redes Universitarias Ambientales Adherentes en ARIUSA Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

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Dr. Javier Benayas. Secretario Ejecutivo de Comisión de Calidad Ambiental, Desarrollo Sostenible y Prevención de Riesgos de la Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas - CADEP/CRUE – España Dra. Mara Lúcia Figueiredo. Comissão de Gestão Participativa da Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental - REASul – Brasil Dra. Nora Indiana Basterra. Coordinadora de la Red Argentina de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente – RAUSA - Argentina. Dr. Marcelo Fernández. Presidente de la Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable - ACUDES- Ecuador Dra. Ileana Espejel. Coordinadora Red Mexicana de Postgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sostenibilidad – REMEPPAS - México Dr. Manrique Arguedas. Coordinador de la Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles – REDIES – Costa Rica.

Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público

10:00 – 10:30 INTERVALO / RECESO 10:30 - 12:00 Mesa Redonda 5: Avanços da pesquisa da Rede CTIE-AMB / Avances de

investigación de la Red CTIE-AMB Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) O Projeto de Investigação sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Ambiental em Ibero-américa – CTIE-AMB – CYTED/ El Proyecto de Investigación sobre Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamérica – CTIE-AMB - CYTED

Dr. Orlando Sáenz- Coordinador Red CTIE-AMB / CYTED - Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales- Colombia

Ambiente y Sustentabilidad en el SNCTI de España

Dr. José Luis Rosúa –- Universidad de Granada - España Ambiente e Sustentabilidade no SNCTI do Brasil

Dr. Antonio Fernando Guerra, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul- Brasil

Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público 12:00 – 13:30 ALMOÇO / ALMUERZO 13:30 - 15:00 Mesa Redonda 6: Avanços da pesquisa da Rede CTIE-AMB / Avances de

investigación de la Red CTIE-AMB Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

Ambiente y Sustentabilidad en el SNCTI de Colombia

Dr. León Felipe Cubillos - Universidad Tecnológica de Pereira - Colombia Ambiente y Sustentabilidad en el SNCTI de Cuba

Dra. Lourdes Ruiz - Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas - Cuba

Ambiente y Sustentabilidad en el SNCTI de Guatemala

Dr. Germán Rodríguez - Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental - Guatemala

Ambiente y Sustentabilidad en el SNCTI de México

Dra. Laura Ortiz - Universidad Autónoma del Estado de Morelos – México

Perguntas e comentários do público / Preguntas y comentarios del público

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15:00 – 15:30 INTERVALO / RECESO 15:30 - 16:30 Conclusões da Jornada, encaminhamentos e encerramento da Jornada /

Cierre de la II Jornada Iberoamericana de ARIUSA. Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17) 16:30 – 18:30 Reunião fechada / reunião cerrada.

Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

18:30 – 19:00 Reunião de trabalho sobre o Mestrado e Doutorado Ibero-americano em Educação Ambiental / Reunión de Trabajo sobre el Máster y Doctorado Iberoamericano en Educación Ambiental Local: Auditório do Curso de Farmácia – Bloco E1 (antigo Bloco 17)

RODAS DE FORMAÇÃO: APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS APROVADOS

Grupo 1- A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades Coordenação: Prof. Dr. Aloisio Ruscheinsky – Unisinos - Data: 13/06/2012 – horário – 16h às 18h30min Local: Bloco F (antigo bloco 29) – 4 andar - Sala A – Programa de Mestrado e Doutorado em Educação

- Informação universitária como crítica ao modelo social e como competências técnicas ante os

conflitos socioambientais- Aloisio Ruscheinsky

- A participação da universidade do planalto catarinense - UNIPLAC no projeto Rede Guarani Serra

Geral: educação ambiental- Lucia Ceccato de Lima

- Levantamento das ações ambientais realizadas pela Universidade do Planalto catarinense nos

últimos 20 anos- Lucia Ceccato de Lima, Luciani Liz de Souza

- Educação ambiental: uma proposta ao curso de Direito- Suzana Moraes, Alexandre Schappo,

Caroline Vieira Ruschel

- Projeto escola & universidade: fortalecendo a educação ambiental multidisciplinar nas escolas-

Elizabete Aparecida Sola Franco, Marilia Andrade Torales

- Ambientalização curricular em cursos de licenciatura e na educação básica: a pesquisa e a

formação inicial e continuada- Mara Lúcia Figueiredo, Antonio Fernando Silveira Guerra, Elisabeth

Brandão Schmidt

Grupo 2 - A Extensão e a ambientalização nas universidades Coordenação: Profa. Dra. Marilia Andrade Torales - UFPR Data: 13/06/2012 – horário – 16h às 18h30min Local: Bloco F (antigo bloco 29) – 4 andar – sala B – Programa de Mestrado e Doutorado em Educação

- Comitê UNIVILLE Verde: Uma proposta de articulação das ações ambientais na universidade-

Elzira Maria B. Munhoz, Cláudio Rudolfo Tureck, Paulo Ivo Koehntopp

- Extensão universitária: o Programa Licenciar e a práxis da educação ambiental nos centros

municipais de educação infantil de Curitiba, Paraná- Andrea Macedonio de Carvalho, Marilia

Andrade Torales, Almerilis Ramos

- Proyecto deja tu huella- Horacio Osvaldo Boraso, Cristina Teresa Carballo

- A extensão acadêmica como espaço para realização da educação ambiental- Maria do Rosário

Knechtel, Katya R. Isaguirre-Torres; José Thomaz Mendes-Filho

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Grupo 3 - A Gestão para a ambientalização nas universidades Coordenação: Prof. MSc Marco Antonio Harms Dias - Univali Data: 14/06/2012 – horário – 16h às 18h30min Local: Bloco F (antigo bloco 29) – 4 andar - Sala de reuniões da Incubadora da Univali – Programa de Mestrado e Doutorado em Educação

- Plan participativo de gestión y educación ambiental dentro de la Fadu / UBA. apuntes sobre sus

inicios- Horacio Osvaldo Boraso; Cristina Teresa Carballo

- PUC Minas Sustentável - Plano de sustentabilidade ambiental da PUC MINAS- Miguel Angelo

Andrade, Eugenio Batista Leite, Jeanne Marie Ferreira Freitas, Leonardo de Araújo Pereira, Tânia

Maria Ferreira Souza

- A transformaçâo do espaço fisico da universidade como intenção educadora- Dalva Sofia Schuch,

Francieli Andreia Bedin.

Grupo 1- A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades Coordenação: Elisabeth Brandão Schmidt Data: 14/06/2012 – horário – 16h às 18h30min Local: Bloco F (antigo bloco 29) – 4 andar - Sala A – Programa de Mestrado e Doutorado em Educação

- Ecuela de Formación Ambiental para Colombia. Aportes desde la Facultad de Ciencias

Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira- Jhoniers Erazo Guerrero

- La union hace la fuerza: Posgrados ambientales de la Universidad de Baja California, Mexico

Martha Ileana Espejel Carbajal, Claudia Leyva e Maria Concepción Arredondo

- Núcleo de meio ambiente e sustentabilidade: uma proposta que se concretiza na Universidade

Federal de Uberlândia- Maria da Graça Vasconcelos, Hudson de Paula Carvalho, Reginaldo

Camargo, Bruna Nayara Pereira Cardoso, Vinícius William Borges Rodrigues

- Definindo os rumos para a ambientalização curricular e sustentabilidade na Universidade: Univali

Sustentável - Antonio Fernando S. Guerra, José Marcelo Freitas de Luna, Paulo Dos Santos Pires,

Elisete Navas Sanches Prospero, Dalva Sofia Schuch, Yára Christina Cesário Pereira

- Sustentabilidade ambiental comunitária: uma prática que passa pela universidade- Nelma Baldin,

Gabriel Horn Iwaya, Elzira Maria B. Munhoz, José Cavalheiro Neto, Lidio Schiochet Júnior

- Uma experiência prática em ambientalização escolar no semiárido piauiense- Márcio Herbes

Santos; Simone Silva de Santana; Kmaila Cosme de Andrade; Maria das Graças Cleophas Porto;

Maria Luciana da Silva Nóbrega

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SUMÁRIO

Presentación de las Jornadas Iberoamericanas de ARIUSA Prof. Dr. Orlando Sáenz - Coordinador ARIUSA - Profesor – Investigador U.D.CA …………………

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Presentación de la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente Prof. Dr. Orlando Sáenz - Coordinador ARIUSA - Profesor – Investigador U.D.CA …………………

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Presentación de la Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado – AUIP Dr. José Luis Rosúa Campos - Coordinador de ARIUSA – Secretario General de OIUDSMA – Facultad de Ciencias Ambientales - Edificio Politécnico - Universidad de Granada – España ……..

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Discurso de Abertura e Boas Vindas do Coordenador da II Jornada Ibero-Americana da ARIUSA Prof. Dr. Antonio Fernando Silveira Guerra - Universidade do Vale do Itajaí - Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul ....................................................................................................

27

Mesa Redonda 1: Políticas para a sustentabilidade nas universidades ibero-americanas / Políticas para la sustentabilidad en las universidades iberoamericanas …………………………………………….

30

A Educação Superior comprometida com a Sustentabilidade: Do compreender ao atuar / La Educación Superior comprometida con la Sostenibilidad: Del comprender al actuar Dr. Javier Benayas e Dr. Orlando Sáenz - GUNI, Global University Network for Innovation ……….

31

A política de Educação Ambiental e a sustentabilidade no Ensino Superior no Brasil La Política de Educación Ambiental y la Sustentabilidad en la Enseñanza Superior en Brasil – MSc. Rita Silvana Santana dos Santos - Ministério da Educação do Brasil – MEC -Coordenação Geral de Educação Ambiental – Brasil ..............................................................................................

34

Mesa Redonda 2: As Redes Universitárias Ambientais Fundadoras da ARIUSA / Las Redes Universitarias Ambientales Fundadoras de ARIUSA ............................................................................................

35

Organización Internacional de Universidades por la Sustentabilidad y el Medio Ambiente (OIUDSMA) Dr. José Luis Rosúa - Coordinador de ARIUSA – Secretario General de OIUDSMA – España ……

36

Presentación de la Red Colombiana de Formación Ambiental (RCFA) - Etapa más reciente 2005 – 2012 Prof. Dr. Orlando Sáenz - Coordinador ARIUSA - Profesor – Investigador U.D.CA Prof. Dr. Jhonniers Guerrero - Vicepresidente Junta Directiva de la Red Colombiana de Formación Ambiental – RCFA - Decano Facultad de Ciencias Ambientales UTP – Colombia ……..

39

Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental (REDFIA) Prof. Dr. Germán Rodríguez - Coordinador REDFIA – Guatemala …………………………………….

44

Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable (Complexus) MC Norma Yolanda Mota Palomino - Secretaria General Ejecutiva del Complexus (2011-2012) -

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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14

Coordinadora de la Agenda Universitaria Ambiental de la Universidad Autónoma de Coahuila – México …………………………………………………………………………………………………………

48

Red Cubana para la Gestión Ambiental en las Universidades (RC-GAU) Dra. Lourdes Ruiz - Coordinadora. RC/GAU - Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas – Cuba …………………………………………………………………………………………….

52

Mesa Redonda 3: A plataforma de informação, sensibilização e avaliação da sustentabilidade nas universidades / La plataforma de información, sensibilización y evaluación de la sustentabilidad en las universidades …………………………………………………………………..

56

Cooperação Interuniversitária e a Plataforma "Informação, Sensibilização e Avaliação da Sustentabilidade na Universidade" Prof. Dr. Javier Benayas - Profesor Titular de Ecologia, Universidad Autónoma de Madrid; Profa. Dra. Patrícia Silva Leme - Bióloga, doutora em Educação, educadora da Superintendência de Gestão Ambiental/USP .................................................................................................................

57

Educação e Sustentabilidade: A Cátedra Anísio Teixeira na PUCRS Dra. Isabel Cristina de Moura Carvalho - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS – Brasil ................................................................................................................................

58

Mesa Redonda 4: As Redes Universitárias Ambientais que aderiram à ARIUSA / Las Redes Universitarias Ambientales Adherentes en ARIUSA .............................................................................................

63

El Compromiso con la Sostenibilidad de las Universidades Españolas Prof. Dr. Javier Benayas - Secretario Ejecutivo de Comisión de Calidad Ambiental, Desarrollo Sostenible y Prevención de Riesgos de la Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas - CADEP/CRUE – España ……………………………………………………………………..

64

Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental (REASul) Profa. Dra. Mara Lúcia Figueiredo - Comissão de Gestão Participativa da REASul – Brasil Prof. Dr. Antonio Fernando Silveira - Universidade do Vale do Itajaí - Comissão de Gestão Participativa da REASul – Brasil ........................................................................................................

66

Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad (REMEPPAS) Dra. Ileana Espejel - Coordinadora REMEPPAS - Universidad Autónoma de Baja California - Facultad de Ciencias - Baja California – México …………………………………………………………

70

Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles (REDIES) Prof. Dr. Manrique Arguedas - Coordinador REDIES - Universidad EARTH – Costa Rica ..............

74

RESUMOS EXPANDIDOS Grupo 1- A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades ........................... 77

Informação universitária como crítica ao modelo social e como competências técnicas ante os conflitos socioambientais - Aloisio Ruscheinsky ................................................................................

78

A participação da universidade do planalto catarinense - UNIPLAC no projeto Rede Guarani Serra Geral: educação ambiental - Lucia Ceccato de Lima ........................................................................

84

Levantamento das ações ambientais realizadas pela Universidade do Planalto catarinense nos últimos 20 anos - Lucia Ceccato de Lima e Luciani Liz de Souza .....................................................

87

Educação ambiental: uma proposta ao curso de Direito - Suzana Moraes, Alexandre Schappo e Caroline Vieira Ruschel .....................................................................................................................

89

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15

Projeto escola & universidade: fortalecendo a educação ambiental multidisciplinar nas escolas - Elizabete Aparecida Sola Franco e Marilia Andrade Torales ............................................................

94

Ambientalização curricular em cursos de licenciatura e na educação básica: a pesquisa e a formação inicial e continuada - Mara Lúcia Figueiredo, Antonio Fernando Silveira Guerra e Elisabeth Brandão Schmidt ................................................................................................................

99

Ecuela de Formación Ambiental para Colombia. Aportes desde la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira - Jhoniers Erazo Guerrero ………………….

106

La union hace la fuerza: Posgrados ambientales de la Universidad de Baja California, Mexico - Martha Ileana Espejel Carbajal; Claudia Leyva e Concepción Arredondo …...……………………….

110

Núcleo de meio ambiente e sustentabilidade: uma proposta que se concretiza na Universidade Federal de Uberlândia - Maria da Graça Vasconcelos, Hudson de Paula Carvalho, Reginaldo Camargo, Bruna Nayara Pereira Cardoso e Vinícius William Borges Rodrigues ..............................

113

Definindo os rumos para a ambientalização curricular e sustentabilidade na Universidade: Univali Sustentável - Antonio Fernando S. Guerra, José Marcelo Freitas de Luna, Paulo Dos Santos Pires, Elisete Navas Sanches Prospero, Dalva Sofia Schuch e Yára Christina Cesário Pereira ......

116

Sustentabilidade ambiental comunitária: uma prática que passa pela universidade - Nelma Baldin, Gabriel Horn Iwaya, Elzira Maria B. Munhoz, José Cavalheiro Neto e Lidio Schiochet Júnior .........

122

Uma experiência prática em ambientalização escolar no semiárido piauiense - Márcio Herbes Santos; Simone Silva de Santana; Kmaila Cosme de Andrade; Maria das Graças Cleophas Porto e Maria Luciana da Silva Nóbrega .....................................................................................................

127

Grupo 2 - A Extensão e a ambientalização nas universidades ................................................... 129

Comitê UNIVILLE Verde: Uma proposta de articulação das ações ambientais na universidade - Elzira Maria B. Munhoz, Cláudio Rudolfo Tureck e Paulo Ivo Koehntopp .........................................

130

Extensão universitária: o Programa Licenciar e a práxis da educação ambiental nos centros municipais de educação infantil de Curitiba, Paraná - Andrea Macedonio de Carvalho, Marilia Andrade Torales e Almerilis Ramos ..................................................................................................

134

Proyecto deja tu huella- Horacio Osvaldo Boraso e Cristina Teresa Carballo ……………………….. 137

A extensão acadêmica como espaço para realização da educação ambiental - Maria do Rosário Knechtel, Katya R. Isaguirre-Torres e José Thomaz Mendes-Filho ..................................................

143

Grupo 3 - A Gestão para a ambientalização nas universidades ................................................. 147

Plan participativo de gestión y educación ambiental dentro de la Fadu / UBA. apuntes sobre sus inicios - Horacio Osvaldo Boraso e Cristina Teresa Carballo …………………………………………..

148

PUC Minas Sustentável - Plano de sustentabilidade ambiental da PUC MINAS - Miguel Angelo Andrade, Eugenio Batista Leite, Jeanne Marie Ferreira Freitas, Leonardo de Araújo Pereira e Tânia Maria Ferreira Souza ...............................................................................................................

155

A transformaçâo do espaço fisico da universidade como intenção educadora - Dalva Sofia Schuch e Francieli Andreia Bedin ......................................................................................................

161

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PRESENTACIÓN DE LAS JORNADAS IBEROAMERICANAS DE ARIUSA

Las Jornadas Iberoamericanas de ARIUSA son básicamente reuniones de trabajo en las que se presentan informes periódicos sobre las Redes Universitarias Ambientales que conforman esta Alianza y los avances recientes de sus proyectos académicos y científicos. Además, generan espacios para la presentación de experiencias relevantes de las universidades asociadas en los campos de la formación, la investigación, la extensión y la gestión ambiental.

Puesto que se trata de verdaderas Jornadas de Trabajo, algunas de sus sesiones son Talleres sobre proyectos específicos en los que sólo participan los integrantes de las Redes Operativas responsables de esas acciones. Otro tipo de cesiones cerradas son las que se dedican a tratar asuntos internos de la organización y operación regular de ARIUSA.

En cambio, algunas sesiones son abiertas y posibilitan la participación de todos los interesados y del público en general. Este componente de las Jornadas de ARIUSA está dedicado especialmente a la presentación y debate amplio de los resultados de sus proyectos académicos y de investigación cooperativa en el ámbito iberoamericano.

Dadas estas características, la Jornadas de ARIUSA convocan principalmente a:

1. Representantes de las Redes Universitarias Ambientales en ARIUSA 2. Representantes de otras Redes Universitarias Ambientales afines 3. Representantes de Universidades con un claro compromiso ambiental 4. Representantes de instituciones interesados en apoyar estas redes 5. Otras personas interesadas en la ambientalización de las universidades.

Las Jornadas de ARIUSA se realizan en colaboración con universidades vinculadas a una de sus Redes e interesadas en contar con un espacio propicio para la presentación de sus compromisos y actividades en materia de ambientalización y sustentabilidad. Estas universidades ofrecen sus campus e instalaciones como sedes de las Jornadas y garantizan el apoyo institucional y logístico mínimo necesario para su realización. Según sus intereses, determinan la amplitud de la convocatoria pública y la mayor o menor apertura de las reuniones.

Por su parte, ARIUSA ofrece la participación de un número significativo de representantes de sus RUAS y universidades asociadas, así como su disponibilidad para apoyar los eventos académicos complementarios y compatibles con el tipo de reunión. En todos los casos, se deben programar sesiones de trabajo exclusivas de los miembros activos de ARIUSA para tratar asuntos internos de su organización y funcionamiento.

Hasta el momento, se han realizado dos Jornadas Iberoamericanas de ARIUSA (en 2010 y 2012 respectivamente) y se espera darle continuidad a estas reuniones con una periodicidad bianual. Existiendo manifestaciones de interés en asumir la siguiente sede, la decisión se toma por parte del Comité de Coordinadores de Redes en la última sesión de trabajo de cada Jornada.

Primera Jornada Iberoamericana de ARIUSA

La Primera Jornada Iberoamericana de ARIUSA se celebró el 18 y 19 de marzo de 2010, en la Universidad Nacional del Nordeste (UNNE), con sede en la ciudad de Corrientes, Argentina. En esta reunión participaron 35 académicos y funcionarios en representación de las Redes Universitarias Ambientales que conforman esta Alianza, de varias universidades iberoamericanas articuladas a esas redes y de agencias de cooperación internacional que apoyan algunas actividades de ARIUSA.

En la Jornada de ARIUSA realizada en la UNNE se formalizó la adhesión de la Red de Universidades Argentinas por la Sostenibilidad y el Ambiente (RAUSA) y de la Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable (ACUDES). También se aprobó el

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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“Acuerdo sobre Principios y Organización” de ARIUSA y se ratificó la Coordinación conjunta de esta Alianza de RUAS que se viene ejerciendo desde un comienzo por los representantes de la RCFA–U.DCA y de OIUDSMA–UGR. Igualmente se acordaron las principales actividades para el Plan de Acción de ARIUSA 2010 – 2012.

Adicionalmente, en la Primera Jornada de ARIUSA se formalizaron y consolidaron vínculos de cooperación con la Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado (AUIP), con el Colegio de las Américas (COLAM) en la Organización Universitaria Interamericana (OUI), con el Programa de Intercambio y Movilidad Académica (PIMA) de la Organización de Estados Iberoamericanos (OEI) y con el Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe (IESALC) de la UNESCO.

Segunda Jornada Iberoamericana de ARIUSA

Para darle continuidad a este proceso, del 13 al 15 de junio de 2012 se realiza la Segunda Jornada Iberoamericana de ARIUSA en el campus de la Universidad del Valle de Itajaí (UNIVALI), en Santa Catarina, Brasil. Las inscripciones formales y algunas actividades preliminares se iniciarán en la tarde del miércoles 13 de junio de junio. Las sesiones centrales de la reunión se realizarán durante los días jueves 14 y viernes 15 de junio. Estas sesiones de trabajo de la II Jornada están organizadas como mesas redondas, dedicadas a temas específicos. En cada una de ellas intervendrán dos o más conferencistas invitados y tendrán siempre un espacio final para preguntas y comentarios del público sobre los temas tratados.

En la tarde del miércoles 13 de junio se inaugura la exposición permanente de pósteres en los que se presentan 17 experiencias en ambientalización de la enseñanza y del currículo universitario y, en general, de actividades de formación, investigación, extensión y gestión ambiental en las instituciones de educación superior. También se inician las presentaciones y diálogos con los autores de algunos libros sobre temas relativos a la ambientalización de las universidades.

El jueves 14 de junio comenzará con la inauguración formal de la II Jornada Iberoamericana de ARIUSA. En la siguiente sesión de esta primera mañana de la Jornada de ARIUSA se hará una presentación del Global University Network for Innovation (GUNI) y de su más reciente libro “Higher Education In The World 4. Higher Education’s Commitment to Sustainability: from Understanding to Action”. En la misma Mesa Redonda 1, se expondrá la Política de Educación Ambiental y la Sustentabilidad en la Enseñanza Superior en Brasil. Después del intervalo de media mañana, se realizará la mesa redonda dedicada a la presentación de las Redes Universitarias Ambientales Fundadoras de ARIUSA.

La tarde del jueves 14 de junio iniciará con la mesa redonda 3, dedicada a la plataforma de información, sensibilización y evaluación de la sustentabilidad en las universidades. Durante el resto de la tarde, los participantes en la II Jornada Iberoamericana de ARIUSA podrán visitar la Exposición permanente de pósteres y dialogar con los colegas que presentan las distintas experiencias formación, investigación, extensión y gestión ambiental en las instituciones de educación superior.

De manera simultanea, al final de esta tarde, los Coordinadores de Redes Universitarias Ambientales y los invitados especiales tendrán una reunión de trabajo para tratar asuntos internos de la organización y operación regular de ARIUSA. En particular, los participantes en esta sesión de trabajo analizarán el informe de gestión 2010 – 2012 y formalizarán la adhesión de las más recientes redes que se han sumado a esta Alianza.

El viernes 15 de junio continuará la II Jornada Iberoamericana con la mesa redonda 4 sobre las Redes Universitarias Ambientales Adherentes en ARIUSA. Todo el resto de la Jornada estará dedicada a la presentación de los avances de investigación de algunos de los equipos nacionales de trabajo de la Red de Investigación sobre Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamérica (CTIE-AMB), apoyada por el CYTED. Específicamente, se presentarán los informes de los estudios sobre la Incorporación de los temas de Ambiente y Sustentabilidad en los Sistemas Nacionales de Ciencia, Tecnología e Innovación de España, Brasil, Colombia, Cuba y Guatemala.

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Después del receso para el café, se realizará el cierre de la II Jornada Iberoamericana de ARIUSA. Esta sesión estará abierta a intervenciones de todos los participantes sobre conclusiones y recomendaciones que pueden derivarse de esta reunión.

Al final de la tarde del viernes 15 de junio se realizará una nueva sesión formal de trabajo de los Coordinadores de Redes Universitarias Ambientales y los invitados especiales para continuar tratando asuntos internos de la organización y operación regular de ARIUSA. En particular se decidirá sobre la Coordinación de esta Alianza y se recibirá un informe sobre la reunión de lanzamiento oficial del Global Universities Partnership on Environment for Sustainability (GUPES).

Después de esta sesión formal de trabajo del equipo de Coordinadores de Redes en ARIUSA se realizará una última reunión de trabajo de los interesados endos programas cooperativos de formación ambiental a nivel de posgrado: el primero ya está en curso y opera como la Red del Postgrado Iberoamericano en Ciencias y Tecnologías Ambientales (PICyTA); el segundo es apenas una propuesta para trabajar en el Máster y Doctorado Iberoamericano en Educación Ambiental. Con respecto al primer programa, se presentará una propuesta del Doctorado Interinstitucional en Ciencias Ambientales que ofrecen en Colombia tres universidades.

Siguiente Jornada Iberoamericana y reuniones de ARIUSA

Según se ha señalado, la Jornada Iberoamericana de ARIUSA en UNIVALI es la segunda reunión de este tipo y se espera darle continuidad a esta serie con eventos similares cada dos años. Hasta el momento, no se han planteado ofrecimientos de sede para la que será tercera Jornada, a celebrarse en el 2104. Es posible que en el curso de esta reunión se presente alguna propuesta en tal sentido y sobre ella se decidirá en la última sesión de trabajo del Comité de Representantes de Redes en ARIUSA.

Independiente de esta decisión, está prevista una nueva reunión de trabajo de la Red CTIE-AMB para marzo de 2013, que tendrá como sede el campus de la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales (U.D.C.A) en el norte de Bogotá y las instalaciones de El Colegio Verde en Villa de Leiva, Colombia. En esta reunión se evaluará la versión final del informe de investigación del primer proyecto comparativo internacional de esta Red del CYTED titulado Incorporación de los temas de Ambiente y Sustentabilidad en los Sistemas Nacionales de Ciencia, Tecnología e Innovación de Iberoamérica. Adicionalmente, se presentarán los avances de investigación en el segundo proyecto comparativo internacional de la Red CTIE-AMB sobre la Incorporación de los temas de Ambiente y Sustentabilidad en los Sistemas Nacionales de Educación Superior de Iberoamérica.

Para financiar la mayor parte de los costos de esta reunión, ya se cuenta con recursos aportados por Departamento Administrativo de Ciencia, Tecnología e Innovación (COLCIENCIAS) del gobierno colombiano. Del mismo modo que se ha hecho con la II Jornada en Itajaí, existe la posibilidad de ampliar la nueva reunión de trabajo de la Red CTIE-AMB para realizar reuniones complementarias de otros proyectos y RAUS de ARIUSA.

Finalmente, con la muy probable participación de ARIUSA en la Global Universities Partnership on Environment for Sustainability (GUPES), será necesario que durante el segundo semestre de este año se realice una reunión de trabajo con las otras redes universitarias ambientales de América Latina y el Caribe que participan en GUPES. Al respecto ya se tienen conversaciones preliminares con la Coordinadora del Programa Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe (RFA-LAC), en la Oficina Regional del PNUMA, para convocar a un encuentro de RAUS interesadas en GUPES.

Junto con los proyectos y actividades que se realizan de manera permanente en la distintas Redes Operativas, las próximas Jornada iberoamericanas y los otros eventos que se realicen continuarán contribuyendo al fortalecimiento y consolidación de esta importante Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente.

Orlando Sáenz

Coordinador de ARIUSA, CTIE-AMB y PICyTA

Profesor – Investigador - U.D.C.A

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PRESENTACIÓN DE LA ALIANZA DE REDES IBEROAMERICANAS DE

UNIVERSIDADES POR LA SUSTENTABILIDAD Y EL AMBIENTE

La Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente

(ARIUSA) es una red de redes universitarias ambientales creada en Bogotá el 26 de Octubre de

2007 por un grupo de Redes Universitarias reunidas durante “IV Congreso Internacional

Universidad y Ambiente”. La misión de ARIUSA es promover y apoyar la coordinación de

acciones en el campo de la educación ambiental superior, así como la cooperación académica y

científica entre Redes Universitarias en Ambiente y Sustentabilidad (RUAS).

Como objetivos específicos, esta red de RUAS se propone: a) Difundir ampliamente las agendas

de cada una de las redes miembros, permitiendo el conocimiento de las mismas y su posible

coordinación en cuanto a fechas y temas de interés común; b) Proponer eventos y reuniones

temáticas, desde cada una de las redes o de forma coordinada entre ellas, que permitan ser

conocidas por el resto de redes y los interesados en general, y se favorezca la asistencia a los

mismos y la mejora de sus conclusiones y resultados; c) Formular y realizar proyectos

colaborativos e interdisciplinarios de investigación sobre problemas ambientales o de la gestión y

la educación ambiental en Iberoamérica; d) Apoyar la creación de nuevos programas académicos

conjuntos y el fortalecimiento de los posgrados existentes sobre ambiente y sustentabilidad en las

universidades latinoamericanas; e) Promover el fortalecimiento de la capacidad docente e

investigadora de las universidades de América Latina; f) Constituirse en un instrumento de acción

y representación institucional colectiva de las redes universitarias ambientales que la integran,

para potenciar su tarea de influencia ante las instancias institucionales y gubernamentales que

definen y aprueban los programas académicos y de política ambiental en la región; y g) Fomentar,

entre las universidades de las redes asociadas, la implementación de prácticas y sistemas de

gestión institucional y ordenamiento de campus universitarios, como aspectos importantes de su

sustentabilidad institucional.

La Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente no

recibe ningún tipo de cuotas o contribuciones económicas de las redes universitarias ni de las

universidades. ARIUSA funciona esencialmente con base en los aportes de tiempo y trabajo

voluntario de los representantes de las universidades, a través de las redes nacionales o

internacionales que la conforman. Para cada actividad o proyecto específico que se desarrolla en

el marco de esta alianza de redes, se constituye una nueva red que gestiona con otras entidades

algunos recursos financieros.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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En un principio, la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el

Ambiente se constituyó con 6 RUAS fundadoras. Durante los últimos años se han sumando otras

6 redes universitarias ambientalistas que expresaron su interés por participar en esta alianza y su

adhesión a los principios y normas constitutivas acordadas.

En desarrollo de su estrategia de operación y financiamiento, ARIUSA ha propiciado la creación

de 4 nuevas redes universitarias en ambiente y sustentabilidad que se encargan de proyectos

específicos. A diferencia de sus redes fundadoras y adherentes, este grupo de redes no vienen a

sumarse a esta Alianza sino que nacen en ARIUSA. Este es un mecanismo que propicia la

articulación efectiva entre instituciones universitarias que ya participan en distintas redes

nacionales y, de esta manera, promueve una verdadera integración de las RUAS en Iberoamérica

y no simplemente su sumatoria.

Redes Universitarias Ambientales Fundadoras de ARIUSA

Son fundadoras de ARIUSA 6 las Redes Universitarias Ambientales de Iberoamérica que

redactaron el “Acuerdo de Creación” en octubre de 2007 y luego ratificaron por escrito su

participación en esta Alianza. A continuación se presenta una breve descripción de cada una de

ellas redactadas por sus respectivos Coordinadores:

En 1982 se inició el Programa General de la Red de Formación Ambiental para América Latina y

El Caribe (RFA-LAC), apoyado por el PNUMA. Hoy en día, la RFA-LAC tiene como objetivo

principal la coordinación, promoción y apoyo de actividades en el ámbito de la educación, la

capacitación y la formación ambientales en la región. Para ello, la Red coordina y ofrece

asistencia para la realización de cursos y el desarrollo de programas de formación ambiental,

actividades de capacitación ambiental a nivel comunitario y la promoción del desarrollo de

estrategias de políticas de desarrollo sustentable (Web RFA-LAC 2012).

La Red Colombiana de Formación Ambiental (RCFA) es la más antigua de las redes universitarias

ambientales en la región. Surgió a comienzos de la década de los ochenta, articulada al Programa

RFA-LAC del PNUMA. Actualmente es una organización con personería jurídica y patrimonio

propio, que asocia 40 instituciones de educación superior, 7 entidades estatales y 5

organizaciones no gubernamentales en el campo de la educación ambiental. Durante cerca de 30

años la RCFA ha trabajo de manera continua para promover la incorporación de la dimensión

ambiental en las universidades de Colombia (Guerrero 2012).

La Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental (REDFIA) es un mecanismo de

cooperación y coordinación interinstitucional entre 8 universidades de Guatemala con programas

ambientales. En esta red participan también instituciones estatales y otras organizaciones

interesadas en la educación ambiental a nivel superior. Durante sus 16 años de existencia ha

establecido las bases para consolidarse como instancia para catalizar iniciativas de formación e

investigación en la temática ambiental (Rodríguez 2012).

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La Red Cubana de Gestores Ambientales en las Universidades (RC-GAU) fue creada en el año

2006, en una reunión auspiciada por la Red Nacional de Formación Ambiental con los gestores de

varias universidades e instituciones ambientales. Está coordinada por el Instituto Superior de

Tecnologías y Ciencias Aplicadas (INSTEC) y participan: el Centro de Gestión, Información y

Educación Ambiental; la Agencia de Medio Ambiente; la Universidad de Guantánamo; la

Universidad de Holguín y la Universidad de Ciego de Ávila. La RC-GAU se encuentra incorporada

a la Web del Portal de Medio Ambiente de Cuba y está inscrita en el Registro de Redes Científicas

Cubanas (Ruiz 2012).

La Organización Internacional de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente

(OIUDSMA) es una red de instituciones universitarias que tiene entre sus objetivos prioritarios el

desarrollo de programas docentes e investigadores en el campo ambiental y de la sustentabilidad.

En Noviembre de 1995 se organizó el I Congreso de Universidades que aprobó la Declaración de

San José, siendo suscrita por 20 Universidades fundamentalmente Iberoamericanas. En este

momento, pasados 20 años de Rio-92 y acercándonos a Rio-+20, esta organización continua

aportando su contribución a los objetivos señalados y apuesta decididamente por la consolidación

ARIUSA (Rosúa 2012).

El Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable

(COMPLEXUS) fue constituido en diciembre de 2000 en reunión del Consejo de Universidades

Públicas e Instituciones Afines (CUPIA), de la Asociación Nacional de Universidades e

Instituciones de Educación Superior (ANUIES). Complexus está integrado actualmente por 17

instituciones públicas y privadas. Su misión establece el impulsar el mejoramiento de los procesos

académicos en materia de ambiente y sustentabilidad, mediante la concurrencia y colaboración de

los programas o instancias ambientales de alcance institucional de sus universidades integrantes.

Ser además una comunidad de aprendizaje que impulse la sustentabilidad del desarrollo en

México (Mota 2012).

Redes Universitarias Ambientales Adherentes de ARIUSA

Son adherentes de ARIUSA las Redes Universitarias Ambientales que expresaron por escrito su

interés en participar de esta Alianza, adhirieron a sus principios y normas constitutivas y fueron

aceptadas por el Comité de Representantes de Redes. Enseguida se presenta una breve

descripción de cada una de ellas redactadas por sus respectivos Coordinadores:

La Asociación Continental de Universidades de Desarrollo Sustentable (ACUDES) se conformó en

2009, con el objetivo de generar conciencia sobre la importancia de conservar el medio ambiente

a través de actividades que promuevan y ayuden a disminuir la contaminación global. Lo

concerniente al cambio climático, hace imperativo que todas y cada una de las universidades sean

modelos de sustentabilidad y forjen nuevas generaciones de profesionales con perfiles requeridos

por la sociedad en esta área del conocimiento (Barriga 2010).

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La misión de la Red Argentina de Universidades por la Sostenibilidad y el Ambiente (RAUSA) es

promover y apoyar la cooperación académica y científica en el campo ambiental entre las

universidades argentinas. Fue propuesta por el Grupo de Universidades del Norte Grande

Argentino y, en 2010, se constituyó formalmente la red que integra 18 instituciones de educación

superior del país. Sus actividades actuales se concentran en la determinación de temas de

agenda prioritarios a desarrollar desde el ámbito académico, la implementación de la Cátedra de

Educación Ambiental, el incentivo a la ambientalización en las universidades, la elaboración del

mapa de ofertas académicas de investigación y la extensión en el tema de sustentabilidad

(Basterra 2012).

En 2002, la Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental (REASUL) fue formada por investigadores

de dos universidades (UNIVALI e FURG), ambientalistas de una ONG (Mater Natura) y gestores

de políticas públicas del IBAMA. La red actúa en los Estados de Paraná, Santa Catarina y Rio

Grande do Sul, para fortalecer la comunicación y la inserción de la dimensión socioambiental en

las prácticas educativas y sociales y la difusión de los objetivos y principios de la educación

ambiental. La Comisión de Gestión Participativa y la Secretaría Ejecutiva de REASul hacen la

gestión compartida del Red, formada por investigadores de nueve universidades, organizaciones

no gubernamentales y OSCIPs, y administradores de la educación pública y el medio ambiente

(Guerra 2012).

La Comisión Sectorial de Calidad Ambiental, Desarrollo Sostenible y Prevención de Riesgos

(CADEP), de la Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas (CRUE) se constituye

en el año 2002 y considera que la Universidad, como institución dedicada a la transmisión del

conocimiento a través de la investigación y la docencia, debe desempeñar un papel protagonista

en la difusión y aplicación de posibles soluciones y alternativas a los problemas ambientales a los

que se enfrenta la sociedad actual. Parte del objetivo de que las experiencias que se desarrollen

en las universidades deben servir de referencia social para un cambio de modelo más acorde con

la cultura de la sostenibilidad y pretende la cooperación entre las universidades españolas para

compartir y trazar metas comunes (Benayas 2012).

Estudiar el binomio ambiente y sociedad requiere de aproximaciones pluridisciplinarias y marcos

teóricos de la ciencia postnormal. Lo que conlleva a una confrontación con los sistemas

administrativos de la educación superior. Desde 2005 los profesores de la Universidad Autónoma

de Baja California (UABC) iniciaron un proceso buscando la asociación entre iguales para

fortalecer sus posturas y convicciones. Al inicio importaba la evaluación, y en 2011 el

fortalecimiento. La Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad

(REMEPPAS) tiene la finalidad de favorecer la colaboración entre posgrados pluridisciplinarios y

fomentar el diálogo entre docentes y alumnos de este tipo de posgrados (Espejel 2012).

La Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles (REDIES) es una red de

instituciones educativas para la cooperación, el intercambio, la promoción y la ejecución de

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acciones conjuntas para la sostenibilidad en los campus y comunidades, Esta red busca ser el

referente nacional en las acciones para la sostenibilidad desde las instituciones educativas.

Agrupa a 14 instituciones de educación superior en Costa Rica y funciona formalmente desde

2010. En cumplimiento de sus objetivos, ha realizado foros académicos, promovido el

establecimiento de políticas ambientales, generado líneas base para indicadores ambientales e

impulsado la generación de planes de gestión ambiental (PGA) en las instituciones participantes

(Arguedas 2012).

Redes Universitarias Ambientales Operativas de ARIUSA

Son redes operativas de ARIUSA las que se crean en el marco de esta Alianza para desarrollar

determinadas actividades o proyectos académicos y de investigación ambiental, se organizan de

manera autónoma y gestionan la consecución de sus propios recursos. Sus coordinadores las

describen brevemente de la siguiente manera:

Desde 2005 la Universidad de Granada (UGR) coordina la Red de Medio Ambiente y Desarrollo

Sostenible (MADS), articulada al Programa de Intercambio y Movilidad Académica (PIMA) de la

Organización de Estados Iberoamericanos (OEI) y de la Junta de Andalucía. Actualmente

participan en esta Red MADS otras 5 universidades de Colombia, México, Guatemala, Argentina y

Bolivia. Esta red moviliza cada año unos 12 estudiantes de intercambio, aunque ha habido alguna

convocatoria que ha llegado a movilizar más estudiantes. Desde el inicio formal de la red, han

realizado su movilidad aproximadamente unos 60 estudiantes de pregrado en Ciencias

Ambientales y otros programas afines (Ruiz 2012).

Entre los principales objetivos de ARIUSA se encuentra la creación de programas académico

conjuntos de universidades en sus redes. Consecuentemente, su primer proyecto fue el diseño y

puesta en marcha de un Máster Iberoamericano, que ya tiene operando dos programas de

Maestría en Colombia y otros tres próximos a iniciar actividades en Bolivia, Cuba y México. Con

base en este trabajo, en 2010 se constituyó formalmente la Red del Postgrado Iberoamericano en

Ciencias y Tecnología Ambientales (PICyTA) de la cual forman parte 9 universidades de la

región. Su más reciente decisión fue ampliar este proyecto hasta el nivel de Doctorado (Sáenz

2012).

Para la Convocatoria de 2010 del Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología para el

Desarrollo (CYTED), 14 equipos universitarios de investigación en ARIUSA crearon la Red de

CIENCIA, TECNOLOGÍA, INNOVACIÓN Y EDUCACIÓN AMBIENTAL EN IBEROAMÉRICA

(CTIE-AMB). Su campo de estudio son las prácticas de investigación científica e innovación en los

países iberoamericanos que se orientan a la generación de conocimientos y tecnologías

necesarias para comprender y dar solución a los problemas derivados de la crisis ambiental, así

como las prácticas de educación para la sustentabilidad de los estudiantes de todos los niveles,

ciudadanos y comunidades (Sáenz 2012).

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Una de las mejores formas de contribuir al desarrollo del postgrado es fomentar la cooperación en

investigación entre nuestras instituciones. Para ello, en Noviembre del 2011, el Director General

de la Asociación Universitaria Iberoamericana de Posgrado (AUIP) propuso a ARIUSA la creación

de la Red Iberoamericana de Investigación en Sustentabilidad y Ambiente (RINSA), que se suma

a otras redes de la AUIP. El objetivo de esta red es generar nuevos conocimientos, desde la

perspectiva de sistemas complejos, que contribuyan a la solución de problemas de

sustentabilidad y ambiente mediante la coordinación de tareas de investigación provenientes de

los diferentes campos del saber ambiental y socioeconómico (Rosúa 2012).

Otras RUAS afines y proyección internacional de ARIUSA

Con las 16 redes universitarias en ambiente y sustentabilidad que se han descrito, ARIUSA reúne

a la gran mayoría de las redes de este tipo que operan actualmente en América Latina y el Caribe.

No obstante, desde hace algún tiempo existen redes afines y se están creando otras nuevas en la

región. Desde la Coordinación de ARIUSA se busca la articulación con todas ellas en la

perspectiva de que se sumen a esta Alianza. Entre las RUAS existentes con las que ya se tiene

comunicación se destacan: El Comité de Medio Ambiente (CMA) de la Asociación de

Universidades Grupo Montevideo (AUGM); el Protocolo Campus Sustentable (PCS) de

universidades chilenas; y el Mainstreaming Environment and Sustainability in the Caribbean

Universities (MESCA). Además, se están creando nuevas RUAS en Perú y República Dominicana,

que desde su etapa inicial de constitución ya tienen prevista su adhesión a ARIUSA.

Al consolidarse esta tendencia, ARIUSA se constituirá en la Alianza regional de redes

universitarias en ambiente y sustentabilidad con mayor tradición y más fuerte en el contexto

internacional. Por esta razón, está llamada a desempeñar un rol muy importante en la recién

creada Global Universities Partnership on Environment for Sustainability (GUPES), a la cual ya fue

invitada a participar. La vinculación a GUPES representará nuevos retos y seguramente conducirá

a una nueva etapa en la historia de ARIUSA.

Orlando Sáenz

Coordinador de ARIUSA, CTIE-AMB y PICyTA

Profesor – Investigador - U.D.C.A

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PRESENTACIÓN DE LA ASOCIACIÓN UNIVERSITARIA IBEROAMERICANA DE

POSTGRADO – AUIP

QUÉ ES LA AUIP

La Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado -AUIP- es un organismo internacional no gubernamental reconocido por la UNESCO, dedicada al fomento de los estudios de postgrado y doctorado en Iberoamérica. Actualmente está integrada por casi 170 prestigiosas instituciones de educación superior de España, Portugal, América Latina y el Caribe.

La AUIP presta servicios de información y divulgación sobre los postgrados que se ofrecen, colabora en procesos de evaluación interna y externa, acreditación y armonización curricular de esa oferta académica, facilita la movilidad e intercambio de profesores y estudiantes, incentiva el trabajo académico e investigador a través de redes de centros de excelencia en diversos campos del conocimiento, auspicia eventos académicos y científicos que están claramente relacionados con la formación avanzada y organiza cursos itinerantes internacionales en temas de interés para profesores y directores de programas de postgrado y doctorado.

PROGRAMAS DE ACCIÓN

Programa 1: Calidad de la Formación Avanzada.

Su propósito es contribuir a elevar la calidad académica de la oferta de Postgrado y Doctorado en todas las instituciones asociadas al sistema, fomentando las autoevaluaciones y facilitando la realización de evaluaciones externas periódicas..

Programa 2: Fomento de los Estudios de Postgrado y Doctorado. Apunta al desarrollo de los mencionados programas incidiendo en la mejora y capacitación del profesorado, facilitando la movilidad internacional mediante programas de becas y proporcionando asistencia técnica a los directores y gestores de los programas a través de la organización de Seminarios y Reuniones Técnicas.

Programa 3: Información y Documentación.

Este programa pretende mantener actualizada la base de información del sistema, crear nuevas bases de datos especializadas, impulsar la comunicación informática y apoyar el desarrollo académico de los Postgrados a través de publicaciones generadas por iniciativa de la Red o concertadas con sus Instituciones Asociadas.

Programa 4: Gestión y Desarrollo Institucional.

Contribuir al desarrollo y a la proyección institucional del Sistema AUIP mediante iniciativas que permitan: facilitar la gestión ejecutiva, consolidar el sistema, promover la imagen de la AUIP y difundir sus acciones programáticas

REDES DE INVESTIGACIÓN

Una de las mejores formas de contribuir al desarrollo del postgrado es fomentar la cooperación en investigación entre nuestras instituciones. Para ello, la AUIP ha iniciado una nueva línea de actuación, con un plan de apoyo a la cooperación entre nuestros investigadores, cuyo primer objetivo es la creación de Redes Iberoamericanas de Investigación.

La AUIP está promoviendo la constitución de estas redes y ayudando financieramente a su sustento.

RED IBEROAMERICANA DE INVESTIGACIÓN EN SUSTENTABILIDAD Y MEDIO AMBIENTE (RINSA-ARIUSA).

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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En reunión realizada en el campus de la Universidad Autónoma de Occidente (Cali - Colombia), el 30 de noviembre de 2011 se formalizó la creación de la Red Iberoamericana de Investigación en Sustentabilidad y Ambiente (RINSA). Será la cuarta red operativa de ARIUSA y contará el apoyo de la Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrados (AUIP), a través de una de sus líneas de actuación.

http://www.auip.org/index.php?Itemid=202&id=291&lang=es&option=com_content&view=article

Para desarrollar el trabajo de esta nueva red se conformarán equipos de investigación especializados en las universidades de Granada (España), Autónoma de Occidente (Colombia), Autónoma del Estado de Morelos (México), de Ciencias Aplicadas y Ambientales (Colombia), Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas (Cuba) y Tecnológica de Pereira (Colombia).

También podrán participar otras universidades integrantes de las distintas redes en ARIUSA, que expresen su interés por escrito.

RINSA será coordinada desde la Universidad de Granada y la Universidad Autónoma de Occidente. Una de sus primeras tareas será la formulación de un proyecto de investigación comparativa sobre alguna problemática ambiental relevante y común a los países iberoamericanos, para el cual se buscará financiamiento por parte de alguna agencia de cooperación internacional. El trabajo de esta nueva red de investigación de ARIUSA estará estrechamente vinculado con y le dará soporte al Máster y Doctorado Iberoamericano en Ciencias y Tecnologías Ambientales.

José Luis Rosúa Campos Facultad de Ciencias Ambientales - Edificio Politécnico

UNIVERSIDAD DE GRANADA E-mail. [email protected]

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DISCURSO DE ABERTURA E BOAS VINDAS DO COORDENADOR DA II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA

Cara Profa e colega Dra Amandia Maria de Borba, vice-reitora da Universidade do Vale do Itajaí e vice-presidente da Fundação Univali, nesse ato representando o magnífico reitor da Univali. Prof. Dr. Mario Cesar dos Santos, que infelizmente não pode estar aqui presente para receber a todos e todas os participantes e convidados em função do falecimento de um familiar que ocorreu na noite de ontem.

Magnífico reitor Dr. Marcelo Fernández Sanchez. Rector Universidad Internacional del Ecuador – e Presidente da ACUDES.

Cara colega e amiga Rita Silvana Santana dos Santos, aqui representando a coordenação de Educação Ambiental do Ministério da Educação do Brasil, e o seu coordenador o também amigo de muitos anos o Dr. José Vicente de Freitas, um dos guerreiros da Educação Ambiental no Ensino Superior no Brasil, e que há 10 anos atrás, coordenando o Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande, iniciava em parceria conosco aqui da Univali, com a OSCIP Mater Natura, do Paraná e 2 unidades do IBAMA, criavam a Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul, uma rede que também integra a ARIUSA por meio dos pesquisadores e pesquisadoras das suas universidades elo, a própria FURG e Univali, a PUC do Rio Grande do Sul, a Univille de Joinvile, a Universidade do Sul de Santa Catarina - Unesul de Tubarão, a Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI, Faculdade Cenecista de Osório, e ainda em fase de credenciamento junto a ARIUSA, a Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC, as quais eu agradeço a presença no planejamento dessa Jornada.

Saúdo também a Dra. Valéria Ferreira Silva – Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Univali – Brasil, e aos nossos colegas espanhóis Dr. José Luis Rosúa e Dr. Javier Benayas, grande companheiros e incentivadores da integração das universidades ibero-americanas. Nuestra casa é sua casa amigos!

Saúdo também em especial o meu amigo colombiano Dr. Orlando Sáenz - Coordenador da ARIUSA, a quem agradeço a amizade e confiança de compartilhar comigo, com Mara Lúcia e nossa equipe do Grupo de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação da Univali, a responsabilidade de planejar cooperativamente essa II Jornada da ARIUSA. Foram milhares de e-mails, horas de reuniões pelo Skype, mas que valeram a pena, com certeza porque vocês todos estão aqui conosco hoje.

Essa II Jornada da ARIUSA acontece, não por acaso, na efervescência dos acontecimentos e expectativas do mundo todo que voltam seus olhos à Conferência Rio+20 (do canto da sereia da economia verde, que é insustentável para o desenvolvimento humano) e fazendo frente a essa irracionalidade, a Cúpula dos Povos

São dois eventos antagônicos em seus princípios e valores, e que iniciam essa semana no Rio de Janeiro. A Conferência e a Cúpula nos trazem recordações de 20 anos atrás, da Rio 92, do paradoxo do desenvolvimento sustentável, para que e para quem, da Agenda 21 e do Protocolo de Kioto - compromissos ignorados pelos países mandantes do capitalismo moderno

Mas do lado de fora da Conferência, o Fórum Global das ONGs, transpirava a esperança e a utopia de que “um outro mundo era possível”, e a sociedade civil, os movimentos sociais, as redes de EA, assumiam o compromisso político e ético com a construção de sociedades sustentáveis e responsabilidade Global, firmadas no Tratado de Educação Ambiental, valorizando a educação como um processo permanente e resgatando princípios e valores, que

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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também estão na Carta da Terra, que até hoje defendemos em nossa práxis na Educação Ambiental brasileira e ibero-americana.

É com muita honra e emoção que temos o maior prazer em receber aqui hoje, irmãos e irmãs que não só compartilham e co-habitam conosco esse planeta Terra, mas que assistiram seus antepassados europeus colonizarem esse continente, trazendo outro Deus, outras línguas e culturas, mas que também se contaminaram e encantaram com as belezas que a natureza do Novo Mundo gratuitamente oferecia ao colonizador que deixou sua pátria mãe, para aqui nesse continente sul-americano cravar suas raízes e criar seus descendentes gerando uma nova e rica cultura e civilização nesse nosso continente, de que hoje nós todos temos o orgulho de fazer parte e dizer como o poeta de que somos todos latino-iberoamericanos.

E para comprovar que somos todos companheiros e companheiras, irmãos e irmãs, Hermanos e Hermanas, fruto e semente da mesma Gaia, da mesma Europa e da mesma latino-ibero-américa, tomo a liberdade de pedir licença para ler uma mensagem encaminhada a cada um de vocês que atravessaram terras, céus e mares para aportar na nossa Itajaí nesses dias da II Jornada da ARIUSA,

É uma mensagem de nada mais nada menos do que Carlos Galano, que não pode estar presente, mas me pediu que dissesse a vocês o que segue:

Hermano Antonio, gracias por la información e invitación a Jornada de ARIUSA.

Ingresé a la página de la universidad y me parece estupenda la convocatória y los objetivos planteados para los intercambios y fortalecimiento de las redes de investigadores y del desafío ambiental que implica para las universidades construir conocimiento en tiempo de Crisis Ambiental. He colocado este mensaje en varias de nuestras redes y se las hice llegar a compañeros y compañeras de varias universidades vinculados con la problemática ambiental.

Dijimos más adelante que el contexto histórico de nuestras universidades es la Crisis Ambiental, y esta es la configuración del mundo de ideas y pensamientos con que la modernidad y las universidades de esta etapa histórica han comprendido y destruido al mundo.

La visibilidad de esta catástrofe es bastante reciente. Con decir que en 1972 en Estocolmo se hace el primer encuentro mundial sobre el tema ambiental humano. Ese mismo año se conoce el Informe del Club de Roma sobre LOS LÌMITES DEL CONOCIMIENTO, concepto que aún no ingresó en las malas intersticiales y curriculares de la universidad occidental.

Cuando Tbilisi, en 1977 se ocupa de la Educación Ambiental, y propone como nuevo soporte ontológico y epistemológico para reconstruir el saber los principios de una nueva ética y de abordar el mundo como un sistema complejo, està dando por tierra y convertidos en escombros insalubres y contaminantes, la organización de los sistemas educativos de la Modernidad Insustentable entre ello, y básicamente a la Universidad.

Pero todo ha pasado, como luego otras cumbres y seminarios internacionales como Budapest, y la misma cumbre de Río 92, a habitar el espacio de la desmemoria, instrumento que tiene la Racionalidad Instrumental para enviar a la nada del olvido, todo aquello que atente contra sus princípios Insustentables.

El Desierto crece, ya lo decía Nietzsche, será un magnífica oportunidad para que en Itajaì, ciudad en la que estuve en 1980, pueda hacer girar el rumbo gris de la epistemología de la Modernidad y rumbee hacia las nuevas alamedas de la Racionalidad Ambiental.

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Proponer la descolonización del conocimiento consabido es deconstruir la cárcel en dónde encerrara a la complejidad y la incertidumbre La Razón Absoluta cartesiana y la Fragmentación suicida Kantiana, que aún laten en los recintos de la universidad, mas allá de algunos intentos por verdificar su imaginario sin imaginación.

Los desafíos de la sustentabilidad en las regiones de la universidad, deben desandar los caminos del conocimiento que desconoce al conocimiento, y construir el Saber Ambiental desde la Perspectiva del Pensamiento Ambiental Latinoamericano.

Asegurar la Sustentabilidad como principio rector de las universidades significa zambullirse en los mares de la complejidad ambiental, para salir del desamparo y de los territorios vacíos arados con los garfios de la ciencias y tecnologías Insustentables.

La esquizofrenia de occidente debe ser detenida. Y la universidad, desde la idea de universalidad y no de eficiencia cortoplacista debe lugarizarse en el Diálogo de Saberes.

Claro que la lógica de Mercado se apropió del conocimiento universitario y lo encerró en una jaula dorada, pero con ventajas financieras. Vivimos tiempos de paradojas aparentemente indescifrables, pero vivimos tiempos de riesgos finales que azuzan la mirada y conmueven el pensar. Son "tempos que dan que pensar", y allí radica la fuerza incontenible de la nueva universidad ambientalizada desde el Pensamiento Ambiental Latinoamericano.

Este desafío es simultáneamente epistemológico y político, Y la arena universitaria es el lugar apropiado para darlo. Descolonizar la Insustentabilidad enciende los faros de la Racionalidad Ambiental y del Saber Ambiental para romper con "la Colonialidad del Poder, la Colonialidad del Saber y la Colonialidad del Ser."

Abrir el espacio al Diálogo de Saberes que propone la II JORNADA IBEROAMERICANA DE ARIUSA es una propuesta sugestiva, estimulante y libertaria.. Abrir la compuertas del futuro, puro por venir sin contenidos, es la apertura sin endicamientos del pensamiento que quiere "Pensar lo No Pensado".

Amigos! nuestros mejores deseos de éxitos y de que el programa para la sustentabilidad y ambientalizaciòn de las universidades sea impregnado por los aromas epistemológicos del Pensamiento Ambiental Latinoamericano.

Como siempre un abrazo azul y luminoso de Carlos Galano

Com esta mensagem de Galano, concluo minha fala.

Gracias amigos y amigas, Paz e Bem e Sustentabilidade também.

Prof. Dr. Antonio Fernando Silveira Guerra, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul

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MESA REDONDA 1:

POLÍTICAS PARA A SUSTENTABILIDADE NAS UNIVERSIDADES IBERO-

AMERICANAS / POLÍTICAS PARA LA SUSTENTABILIDAD EN LAS UNIVERSIDADES

IBEROAMERICANAS

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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EDUCACIÓN SUPERIOR, AMBIENTE Y SUSTENTABILIDAD EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE

Orlando Sáenz y Javier Benayas

El proceso de incorporación de la dimensión ambiental en las instituciones de educación superior (IES) en América Latina y el Caribe (ALC) se inició a comienzos de la década del cincuenta y se ha desarrollado a través de tres etapas que se caracterizan por estar centradas sucesivamente en los recursos naturales, el medio ambiente y el desarrollo sostenible.

Un estudio reciente sobre el surgimiento histórico y las primeras etapas de desarrollo de la formación ambiental superior en Colombia) muestra que, desde 1950 en adelante, las universidades de este país comenzaron a ofrecer los primeros programas de formación técnica y profesional para el aprovechamiento y conservación de los recursos naturales. Así, durante las décadas del cincuenta y sesenta se crearon en total 26 programas académicos relativos a dichos temas, en 14 diferentes IES. Con toda seguridad, avances iguales o superiores se podrían encontrar en otros países de ALC si se realizaran estudios similares.

La etapa de la educación ambiental propiamente dicha se inicia en los años setenta, de manera simultánea con el proceso a nivel internacional. Académicos latinoamericanos participaron activamente en las reuniones que se realizaron a partir de la Conferencia de Estocolmo en 1972 y la región fue objeto de un importante trabajo de promoción por parte del Centro Internacional de Formación en Ciencias Ambientales (CIFCA) y del Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA). En 1977, el CIFCA realizó el estudio titulado “Panorama de los estudios superiores ambientales en América Latina”, que evidenció avances significativos en este campo.

A comienzos de la década del ochenta, el PNUMA creó el programa Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe (RFA-LAC). En el marco de este programa, en 1984 se adelantó el “Diagnóstico de la Incorporación de la Dimensión Ambiental en los Estudios Superiores en América Latina y el Caribe”. Sus resultados se presentaron en el primer Seminario sobre “Universidad y Medio Ambiente en América Latina y el Caribe”, que se realizó en Bogotá a finales de 1985 y reunió a 59 universidades e instituciones ambientales de 22 países de la región. En general, estos trabajos permitieron constatar que las universidades de ALC ya estaban desarrollando múltiples actividades ambientales en sus programas de docencia, investigación y extensión, pero el proceso de incorporación de la dimensión ambiental en la ES de la región todavía enfrentaba serios obstáculos para su consolidación.

La tercera etapa del proceso de “ambientalización” de las universidades latinoamericanas es la que actualmente está en curso y se centra en conceptos como “educación para el desarrollo sostenible”, “educación para la sustentabilidad” o “educación para sociedades sustentables”. Su comienzo está marcado por la Conferencia de las Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo que se realizó en Rio de Janeiro en 1992. En esta etapa, el proceso de incorporación de los temas de ambiente y desarrollo en la educación superior de ALC se ha acelerado de manera muy notable con respecto a los dos periodos anteriores. Desafortunadamente, no se tiene hasta ahora un estudio regional que se pueda comparar con los diagnósticos realizados durante las décadas del setenta y ochenta. Si se hiciera, es casi seguro que la comparación permitirá demostrar el enorme crecimiento cuantitativo y cualitativo de las actividades de formación, investigación y extensión relacionadas con el ambiente y la sustentabilidad en las IES de la región durante los últimos veinte años.

Un claro indicio del avance durante esta última fase se puede encontrar también en el caso colombiano. Desde la participación en los primeros diagnósticos del CIFCA y de la ORPALC del

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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PNUMA, en este país se han realizado con alguna frecuencia nuevos estudios y diagnósticos sobre la incorporación de los temas de ambiente y desarrollo en la ES. En los dos trabajos cuantitativos más recientes se reporta que las IES colombianas ofrecían 190 programas en 1999 e incrementaron este número hasta 465 en 2006.

Un proceso similar de crecimiento de la oferta de ES relativa a los temas de ambiente y desarrollo se tiene registrado en el caso de México, donde en 1993 se realizó el estudio “Oferta educativa de estudios ambientales en instituciones de educación superior en México”. Más tarde, durante 2000 y 2001 se adelantó una encuesta sobre “Acciones educativas relacionadas con el medio ambiente y el desarrollo sustentable en las instituciones de educación superior en México”. La comparación de los resultados de ambos estudios muestra que el crecimiento de la oferta de programas académicos en el área de estudios ambientales fue “explosivo”, ya que se pasó de 290 programas en 1993 a 1.399 en el 2001.

Con el apoyo del PNUMA y de varios gobiernos nacionales, desde mediados de la década del ochenta, las universidades latinoamericanas comenzaron a organizarse en redes para impulsar sus actividades de formación, investigación y extensión ambiental. La primera de ellas fue la Red Colombiana de Formación Ambiental, que inició actividades desde 1982 y se consolidó a partir del Seminario de Bogotá en 1985. En la actualidad la RFCA tiene como miembros activos a más de 40 universidades del país.

Menos éxito tuvieron otras redes nacionales creadas en el marco del Programa RFA-LAC del PNUMA. Para 1986 se reportaba la creación de Redes Nacionales en Argentina, Brasil, Cuba, México, Nicaragua y Venezuela, pero ninguna de estas redes se mantuvo de forma estable. Entre 1988 y 1990, varias de estas redes realizaron una serie de Seminarios Nacionales sobre Universidad y Ambiente con el objetivo de promover la incorporación de la dimensión ambiental en las IES. En 1996, un grupo de instituciones y universidades de Guatemala decidieron crear la Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental (REDFIA), que aún sigue operando.

La creciente importancia de la educación ambiental en el nivel superior, también se refleja claramente en los principales eventos académicos y científicos especializados en el tema. En el marco del I Congreso Iberoamericano de Educación Ambiental celebrado en Guadalajara (1992) se elaboró un documento que recogía experiencias e iniciativas de distintos países para incorporar la EA en el contexto universitario. Los siguientes Congresos iberoamericanos celebrados en Guadalajara (México,1997), Caracas (Venezuela, 2000), La Habana (Cuba, 2003), Joinville (Brasil, 2006) y San Clemente de Tuyu (Argentina, 2009) han seguido profundizando en esta temática.

Según se ha visto, el rol protagónico en la incorporación de los temas de ambiente y sustentabilidad en la ES de América Latina y el Caribe corresponde a las propias universidades, con el apoyo de algunas agencias internacionales. A ellas se sumaron luego algunos gobiernos nacionales que comenzaron a formular políticas específicas para orientar y promover la EA en todas sus modalidades y niveles, incluido el de la ES. Los primeros documentos de estrategias nacionales de EA surgen en Guatemala (1990), México (1993), Ecuador (1994), Costa Rica (1995) y Cuba (1997). Pero es Brasil, el país que concretó estos documentos de declaraciones en 1999 con una Política Nacional de Educación Ambiental (PNEA). Colombia también aprobó desde 2002 una Política Nacional de Educación Ambiental en la que explícitamente se dan lineamientos para las IES en esta materia. Igualmente, Guatemala en 2004 adopta una iniciativa similar.

En los últimos años se ha registrado un nuevo auge en la creación de redes universitarias ambientales en ALC. Su número es alto y creciente, a tal punto que resulta difícil reseñarlas todas. Entre las redes de más reciente creación está el Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable (COMPLEXUS), que se constituyó en diciembre de 2000. Otra experiencia significativa es la de varias Redes de Educación Ambiental en Brasil, que comenzaron a organizarse desde 1988. Un caso de la mayor importancia es el Comité de Medio Ambiente de la Asociación de Universidades del Grupo de Montevideo (CA – AUGM) que se creó en 1991. A finales de 2009 fue constituida la Red Argentina de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente (RAUSA). En 2010, siete universidades de la región metropolitana de Santiago firmaron el protocolo de colaboración para impulsar la iniciativa de Campus Sustentables en Chile.

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Finalmente, en octubre de 2007, varias de las redes reseñadas constituyeron la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente (ARIUSA). A su vez, en el marco de esta Alianza se vienen creando nuevas redes operativas alrededor de proyectos y actividades de formación e investigación ambiental, tales como la Red de Universidades en Medio Ambiente y Desarrollo Sostenible (MADS), la Red de Investigación sobre Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamérica (CTIE-AMB), la Red del Posgrado Iberoamericano en Ciencias y Tecnologías Ambientales (PICYTA) y la Red Iberoamericana de Investigación en Sustentabilidad y Ambiente (RINSA). Sin duda estas iniciativas para promover proyectos comunes de cooperación interuniversitaria pueden ser la base para generar dinámicas y un nuevo impulso que permita introducir cambios ambientales y compromisos con la sustentabilidad en las universidades latinoamericanas.

Durante una buena parte de su desarrollo, el proceso de incorporación de la dimensión ambiental en la ES en ALC estuvo centrado principalmente en las actividades de enseñanza. No siempre las nuevas actividades de formación estuvieron acompañadas de las correspondientes acciones de investigación y extensión pero, en general, los proyectos de este tipo también se fueron incrementando progresivamente en las universidades. Desde finales de la década del noventa, a estas acciones ambientalistas en las tres funciones universitarias tradicionales se le vienen sumando nuevas prácticas de gestión ambiental institucional en las IES de la región.

Desafortunadamente, este importante y muy rico proceso de ambientalización de la educación superior en ALC está escasamente documentado a escala regional durante las últimas décadas. Tomando como referencia las últimas estadísticas disponibles en México y Colombia, se puede esperar que ahora sea de varios miles el número de programas de formación ambiental en las universidades de la región. Mucho más numerosos deben ser los proyectos de investigación ambiental y de proyección universitaria en esta materia. A su vez, las IES en ALC con algún grado de ambientalización en su modelo de gestión se pueden contar por cientos.

Todas estas estimaciones apenas sirven para tener una idea aproximada de las magnitudes generales de las variables más importantes del proceso de ambientalización de la educación superior en América Latina. Sin embargo, están muy lejos de proporcionar un conocimiento preciso sobre su situación actual. De aquí deriva la necesidad urgente de realizar nuevos estudios a escala regional sobre los distintos aspectos de la incorporación de la dimensión ambiental en las universidades latinoamericanas.

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A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL

Rita Silvana Santana dos Santos

Doutoranda em Educação pela Universidade de Brasília e consultora do Ministério da Educação - Brasil na área de educação ambiental na educação superior

Palavras – chave: políticas públicas, educação ambiental, educação superior, Brasil

A educação superior no Brasil tem como propósito a formação do espírito científico visando o

desenvolvimento da ciência e a relação com o meio ambiente (Lei 9.394/96). Essa, está articulada

com a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9795/99), que estabelece a obrigatoriedade

da EA em todos os níveis e modalidades de ensino, fomentando a formação cidadã. A articulação

entre essas duas leis, além do que estabelece a Constituição Federal, tem contribuindo para

subsidiar as iniciativas do Ministério da Educação (MEC) na inserção da educação ambiental nas

propostas, programas e ações no âmbito da educação superior. Nesse sentido, o presente texto

visa apresentar algumas iniciativas brasileiras favoráveis às políticas públicas de educação

ambiental na educação superior no Brasil, que têm como premissa o reconhecimento das

especificidades desse nível de ensino, bem como a relevância da articulação com a educação

básica. Das ações realizadas destacam-se a inclusão da EA nos documentos pedagógicos,

avaliativos e regulatórios; os processos formativos em educação ambiental: escolas sustentáveis

e Com-Vida; o fomento à universidades sustentáveis por meio do Programa de Extensão

Universitária – PROExt. Além destes estão previstos um novo mapeamento e um seminário

envolvendo as instituições de educação superior brasileiras para traçar de forma cooperada e

democrática iniciativas de fomento e fortalecimento das IES na transição para a sustentabilidade.

Para discutir essas questões estruturamos o texto em três momentos complementares. O primeiro

versa sobre os marcos regulatórios da educação ambiental, em seguida apresenta-se as

principais ações fomentadas pelo MEC e, por fim as propostas do referido ministério para

construção coletiva de novas políticas públicas de educação ambiental para a educação superior

no Brasil.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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MESA REDONDA 2:

AS REDES UNIVERSITÁRIAS AMBIENTAIS FUNDADORAS DA ARIUSA / LAS REDES UNIVERSITARIAS AMBIENTALES FUNDADORAS DE ARIUSA

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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ORGANIZACIÓN INTERNACIONAL DE UNIVERSIDADES POR LA SUSTENTABILIDAD Y EL MEDIO AMBIENTE (OIUDSMA)

José Luis Rosúa Campos UNIVERSIDAD DE GRANADA Campus Fuentenueva, GRANADA - España E-mail. [email protected]

Esta organización de Universidades Ambientales se creó en noviembre de 1995 con motivo de la celebración del Primer Congreso de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente celebrado en San José de Costa Rica, organizado por las Universidades Latina de Costa Rica, Granada y Valencia de España. En este Primer Congreso se acordó la Declaración de San José, relacionada con los objetivos de las Universidades en el campo del Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente. El Segundo Congreso Internacional de OIUDSMA se celebró en Diciembre de 1997 en la Universidad de Granada (España); el Tercero en Noviembre de 1999 en Valencia (España); el Cuarto en Octubre de 2002 en Viña del Mar (Chile); el Quinto en Octubre de 2004 en Granada (Nicaragua) y el Sexto en Noviembre de 2006 en Curitiba (Brasil). En general, la Organización Internacional de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente, OIUDSMA, actúa como una red de instituciones universitarias que tienen entre sus objetivos prioritarios el desarrollo de programas docentes e investigativos en el campo del medio ambiente y el desarrollo sostenible.

UNIVERSIDADES ASOCIADAS A OIUSMA #

UNIVERSIDAD SIGLA RECTOR REPRESENTANTE

E.MAIL

1 Universidad de Granada

UGR Francisco González

José Luis Rosúa

[email protected]

2 Universidad Buenos Aires

UBA Rubén Hallú Ricardo Pahllen

[email protected]

3 Universidad Javeriana Bogotá

PUJ Joaquín Emilio Sánchez

Juan Ricardo Gómez

[email protected]

4 Universidad Federal de Paraná (Brasil)

UFPR Carlos Augusto Moreira

Renato de Lima

[email protected]

5 Universidad de Valencia España

UV Esteban Morcillo

Manuel Costa

[email protected]

6 Universidad de Ica Perú

UNICA Juan Marino Alba

Rolando Reategui

[email protected]

7 Universidad Politécnica de Nicaragua

UPOLI Juan Alberto Molinares

Hugo Silva [email protected]

8 Universidad del Yucatán

UADY Alfredo Dájer Abimerhi

Andrés Aluja [email protected]

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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INFORME DE ACTIVIDADES ANTERIORES

Ya desde Noviembre de 1995, las Universidades: Latina de Costa Rica, Valencia (España) y Granada (España), co-organizaron el I Congreso de Universidades que debatió y aprobó la Declaración de San José, que inspiró la creación de la Organización Internacional de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente (OIUDSMA), que fue suscrita por 20 Universidades fundamentalmente Iberoamericanas. Asimismo, en aquel momento se acordó celebrar el II Congreso de la OIUDSMA en la Universidad de Granada (España) en Diciembre de 1997 y una primera Conferencia de Rectores, que permitiera la consolidación y ampliación de OIUDSMA en la Universidad Privada de Tacna (Perú) en Diciembre de 1996. Posteriormente, se celebró el III Congreso de la Red en la Universidad de Valencia (España), en noviembre de 1999, en Octubre de 2002, se celebró el IV Congreso, en la Universidad de Valparaíso (Chile). En noviembre de 2004, se llevó a cabo el V Congreso en la Universidad Politécnica de Nicaragua, y en noviembre de 2006, el VI Congreso, y hasta ahora el último, en la Universidad Federal do Paraná (Curitiba, Brasil). La propuesta para la que se solicita la actual ayuda es para la celebración del VII Congreso de la Red, en la Universidad de Buenos Aires (Argentina), en abril de 2009.

Descripción de la Red:

La Red OIUDSMA de Universidades por el Desarrollo Sostenible y Medio Ambiente, pretende incorporar el saber ambiental a la actividad docente e investigadora de las universidades que integran la Red. Son numerosas las instituciones y organismos internacionales que vienen haciendo llamamiento a la colaboración de la educación superior en el desarrollo sostenible fundamentalmente en los países en desarrollo. La mayoría de países iberoamericanos, presentan actualmente graves problemas de equilibrio entre sus procesos de desarrollo y la conservación del medio natural. Se justifica, por tanto, el que las universidades prioricen la docencia e investigación en medio ambiente para aumentar el nivel de formación de sus sociedades y permitir procesos de desarrollo sostenible en estos países. En relación con estos planteamientos, la Red OIUDSMA evalúa de forma bianual los procesos de implementación y compromiso, tanto en el área docente como investigadora de las universidades que integran esta red, en el campo de la sustentabilidad y el ambiente. Procede, en este momento, con la convocatoria del VII Congreso en la Universidad de Buenos Aires, favorecer la integración en esta Red de universidades argentinas, uruguayas y paraguayas, consiguiendo asimismo la creación de redes nacionales en favor de la sustentabilidad. Hay que señalar la reciente creación (2007), con el apoyo de la OIUDSMA, en la universidad de Ciencias Aplicadas de Bogotá (Colombia), la denominada Alianza de Redes Iberoamericana de Universidades en Sustentabilidad y Ambiente (ARIUSA), que integra las redes nacionales de países como México, Cuba, Colombia y Guatemala, y que pretende coordinar la labor en este campo de las diferentes redes nacionales. La convocatoria del VII Congreso, tendrá un espacio para la celebración de un primer encuentro de la Red ARIUSA, al que se sumaría en esta ocasión, las redes nacionales de Argentina, Uruguay y Paraguay anteriormente creadas.

ACTIVIDADES FUTURAS PROYECTADAS POR LA RED

APOYO A RINSA

Una de las mejores formas de contribuir al desarrollo del postgrado es fomentar la cooperación en investigación entre nuestras instituciones. Para ello, la AUIP (Asociación Universitaria Iberoamericana de Posgrado) que se integra en nuestro Consejo Consultivo- ARIUSA, y con motivo de la presencia de su Director General en la Reunión de Trabajo convocada conjuntamenet por ARIUSA , Universida Autonoma de Occidente de Cali y COLAM-OUI-IOHE, celebrada del 28-29 de Noviembre del 2011 y ante la invitación de AUIP, se decide por parte de ARIUSA y el resto de organizaciones presentes , constituir formalmente la RED IBEROAMERICA DE INVESTIGACION EN SUSTENTABILIDAD Y AMBIENTE (RINSA) integrada en AUIP, lo que significa iniciar una nueva línea de actuación, que se suma las ya creadas redes AUIP de investigacion en PYMES, Estudios Jurídicos y Filosofia lo que significa por parte de AUIP asumir un plan de apoyo a la cooperación entre nuestros investigadores.

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Los objetivos de esta nueva red, es avanzar desde la especialización de cada investigador a identificar nuevos retos que contribuyan a la solución de problemas de sostenibilidad y ambiente. ligados a sistemas complejos, mediante la coordinación de tareas de investigación provenientes de los diferentes campos del saber ambiental y socioeconómico que contribuyan al avance del desarrollo humano.

En este año 2012, con motivo de la II Jornada de ARIUSA, a celebrar en la Universidad del Valle de Itajaí (Brasil) , donde se pretende ampliar las redes , se va a celebrar una sesión específica de RINSA, para así contribuir a consolidar esta nueva perspectiva de coordinación de investigadores tan necesaria en estos momentos en al ámbito iberoamericano

ARTICULACIÓN FUTURA DE OIUDSMA Y ARIUSA

La Organización Internacional de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente (OIUDSMA) pretende actuar como una red de instituciones universitarias que tengan entre sus objetivos prioritarios el desarrollo de programas docentes e investigadores en el campo del Medio Ambiente y el Desarrollo Sostenible.

Desde diferentes foros internacionales y más en concreto desde la celebración de la Conferencia Mundial sobre Medio Ambiente y Desarrollo de Río de Janeiro 1992, en su denominada Agenda 21, se prevé la incorporación de diversas instituciones, entre ellas las Universidades, a desarrollar iniciativas en una línea de apoyo a los acuerdos de esta magna Conferencia. Por ello en Noviembre de 1995 las Universidades Latina de Costa Rica, Valencia y Granada de España, coorganizaron el I Congreso de Universidades que debatió y aprobó la Declaración de San José, la cual inspiró la creación de la Organización Internacional de Universidades por el Desarrollo Sostenible y el Medio Ambiente, siendo suscrita por 20 Universidades fundamentalmente Iberoamericanas.

La constitución de una red de estas características se justifica entre otras razones, por las llamadas que hace la denominada Agenda 21 que se elaboró durante la Conferencia de Rio-92, a las diversas Instituciones, entre otras, a las Universidades, para incorporarse al cumplimiento de los objetivos de esta Conferencia sobre desarrollo sostenible y medio ambiente. Así se recoge expresamente que es prioritaria la "transferencia de tecnología ecológicamente racional, cooperación y au,mento de la capacidad".

En este momento, pasados 20 años de Rio-92 y acercandonos a Rio-+20 , esta organización continua aportando su contribución a los objetivos señalados y apuesta decididamente por la consolidación de la Alianza Iberoamericana de universidades en Sustentabilidad y Ambiente (ARIUSA), como continuidad de su accionar en la perspectiva de que fortalecer redes de redes es una contribución positiva al futuro debate en sostenibilidad y ambiente

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Presentación de la RED COLOMBIANA DE FORMACIÓN AMBIENTAL (RCFA)

ETAPA MÁS RECIENTE 2005 - 2012

Orlando Sáenz Coordinador ARIUSA Profesor – Investigador U.D.CA Jhonniers Guerrero Vicepresidente Junta Directiva RCFA Decano Facultad de Ciencias Ambientales UTP

La Red Colombiana de Formación Ambiental (RCFA) es la más antigua de las redes universitarias por el ambiente y la sustentabilidad (RUAS) en América Latina. Surgió a comienzos de la década de los ochenta, articulada a la Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe (RFA-LAC), de la Oficina Regional (ORPALC) del Programa de la Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA). Desde entonces, ha trabajado de manera continua para promover la incorporación de la dimensión ambiental en las instituciones de educación superior del país. Durante este largo periodo de 30 años, se pueden identificar cuatro etapas en la historia de la RCFA: las tres primeras determinadas por la distintas instituciones del Estado colombiano encargadas de su coordinación y la última caracterizada por su constitución como una red universitaria autónoma. Así, entre 1982 y 1985 la RCFA estuvo asociada al Instituto Nacional de los Recursos Naturales Renovables y el Ambiente (INDERENA). De 1986 a 1995 su coordinación estuvo a cargo del Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior (ICFES). Desde 1996 hasta 2004 asumió como punto focal y coordinador el Ministerio de Medio Ambiente (MMA). A partir de 2005, la RCFA se constituyó como asociación civil con fines académicos y científicos, personería jurídica y patrimonio propio. Esta presentación de la Red Colombiana de Formación Ambiental se limitará a su etapa mas reciente, en la que se ha desarrollado como una red universitaria ambiental autónoma. En la primera parte se describirá la forma en que está organizada actualmente y en la segunda se registrarán algunas de las principales acciones que ha desarrollado durante los últimos años. Organización actual de la Red Colombiana de Formación Ambiental A finales de 2004, las universidades y otras organizaciones integrantes de la Red Colombiana de Formación Ambiental decidieron constituirla como una entidad jurídica sin ánimo de lucro, para fines académicos y científicos, regida por las leyes nacionales en materia de ciencia y tecnología, y con autonomía para tomar sus decisiones y manejar sus propios recursos. Su objetivo general es promover la creación de espacios de cooperación, intercambio y comunicación entre los miembros de la Red, a través de procesos de información, formación, investigación, participación y gestión para el desarrollo sostenible y la conservación del medio ambiente en Colombia, con el propósito de contribuir al desarrollo científico y tecnológico, por medio de la investigación y la formación. Desde su nueva autonomía, en los Estatutos aprobados y presentados ante las correspondientes autoridades nacionales, se reafirmó que la Red Colombiana de Formación Ambiental hace parte de la Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe, promocionada por el Programa de Naciones Unidas para el Medio Ambiente PNUMA, cuyo punto focal es el Ministerio

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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de Ambiente y Desarrollo Sostenible, a través de la Oficina de Educación y Participación o la Oficina que haga sus veces. Para facilitar la coordinación de acciones con la RFA-LAC, se decidió que la Secretaría General de la RCFA sea ejercida de manera permanente por el Director de la OPE en el Ministerio o su delegado, quien asume la representación oficial de la Red ante el PNUMA y la coordinación del programa oficial en Colombia. Los órganos directivos de la Red Colombiana de Formación Ambiental son su Asamblea General y su Junta Directiva. La primera está constituida por todos los miembros activos que se reúnen ordinariamente en el mes de marzo de cada año y de manera extraordinaria cada vez que sea convocada por las instancias autorizadas para ello. La Asamblea de la RCFA decide sobre cambios en los estatutos, evalúa los informes de gestión, aprueba el plan de acción anual, fija el valor de las cuotas, determina el ingreso o retiro de su miembros y elige la Junta Directiva. En la actualidad la RFCA tiene como miembros activos a 40 universidades del país, a la Asociación Colombiana de Universidades (ASCUN), a 5 Organizaciones no gubernamentales y a 7 instituciones estatales. Entre estas últimas se encuentran el Ministerio de Ambiente y Desarrollo Sostenible (MADS), el Ministerio de Educación Nacional (MEN), el Departamento Administrativo de Ciencia, Tecnología e Innovación (COLCIENCIAS), la Asociación de Corporaciones Autónomas Regionales (ASOCARS) y varios Institutos de Investigación adscritos o vinculados al Ministerio (IDEAM, INVEMAR y HUMBOLDT). De todos ellos, las universidades son el núcleo más numerosos e importante, pues son sus representantes quienes han tomado las decisiones fundamentales sobre la orientación de la Red en los últimos años, con cada vez mayor autonomía frente a las instituciones de las que antes se dependía. La Junta Directiva está conformada por 15 miembros activos de la RCFA, nombrados en la Asamblea General para periodos de dos años. Ellos son: siete representantes de universidades miembros de la red, nombrados por cada uno de los siete nodos regionales, el delegado de la Academia de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales, los representantes del Ministerio de Ambiente y del Ministerio de Educación Nacional; un representante de los Institutos de Investigación Ambiental adscritos y vinculados al Ministerio; el delegado de la Asociación Colombiana de Universidades; el representante de la Asociación de Corporaciones Autónomas Regionales; y un representante de las organizaciones no-gubernamentales miembros de la Red. Entre ellos se elijen como dignatarios de la Junta Directiva de la Red: un Presidente, un Vicepresidente y Tesorero, también para periodos de dos años. Desde 1999, ha sido ratificado en la Presidencia de la Junta Directiva, el Dr. José Lozano, quien ejerce también como Secretario de la Academia de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales (ACCEFyN). La Vicepresidencia de la Junta Directiva de la RCFA fue desempeñada durante casi una década por el Dr. Germán Anzola Montero, Rector de la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales (U.D.C.A) y representante de la Asociación Colombiana de Universidades (ASCUN) ante la Red. Recientemente, fue nombrado en este cargo, el Dr. Jhonniers Guerrero, Decano de la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira (UTP). La Tesorería de la Junta Directiva de la Red la han desempeñando distintas personas, pero en varias oportunidades y actualmente está a cargo de la Dra. Rosa Isabel Patiño, quien representa a la Corporación para la Educación y el Desarrollo Sostenible (CEDES), una de las ONGs que son miembros de la RCFA. Esta Junta Directiva se reúne con regularidad tres o cuatro veces al año para tomar las decisiones más importantes relacionadas con el funcionamiento y las actividades de la Red. La Junta Directiva es apoyada por la Secretaría General que es ejercida por un funcionario del Ministerio de Ambiente y Desarrollo Sostenible de manera permanente. Desde 1996 hasta 2010, estas funciones las desempeñó el Dr. Mario Sarmiento, como delegado de los distintos Directores que tuvo la Oficina de Educación y Participación del Ministerio de Ambiente. Debido a los frecuentes cambios de funcionarios en esta entidad, durante los últimos años han desempeñado el cargo de Secretario de la Red personas con muy poca estabilidad laboral, lo cual dificulta que lleguen a comprender y cumplir bien con sus funciones en la Red.

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Desde la etapa coordinada por el ICFES, la Red Colombiana de Formación Ambiental ha contado con Nodos Regionales que agrupan a las universidades integrantes de la Red en cada una de las principales regiones del país. En el transcurso de las dos últimas décadas se han organizado los nodos regionales Centro, Eje Cafetero, Antioquia–Chocó, Caribe, Occidente, Santander y Amazonía. Respectivamente, cada de ellos han sido coordinado en los últimos años por la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales (U.D.C.A), la Universidad Tecnológica de Pereira (UTP), la Universidad de Medellín (UdeM), la Universidad Tecnológica de Bolívar (UTB), la Universidad Autónoma de Occidente (UAO), la Universidad Industrial de Santander (UIS), y la Universidad de la Amazonía (UNIAMAZONIA). También desde las etapas anteriores, las RCFA ha promovido la creación de Redes Temáticas que articulan universidades interesadas en trabajar de manera colaborativa sobre temas ambientales de interés común. Entre las redes temáticas actuales se destacan: la Red de Pensamiento Ambiental, que coordina la Universidad Nacional de Colombia, Sede Manizales; la Red de Educación Ambiental que coordina la Universidad Nacional de Colombia, sede Bogotá; la Red de investigación para la Prevención y Control de Incendios Forestales, coordinada por la Universidad Autónoma de Occidente; la Red de Estudios del Territorio, que coordina la Universidad de Medellín; la Red de Gestión Ambiental Urbana, que coordina la Universidad Piloto de Colombia; y la Red de Medio Ambiente y Salud, coordinada por la Universidad El Bosque. Además, se cuenta con una Red de J Principales acciones realizadas por la RCFA durante los últimos años. Una de las primeras acciones que realizó la Red Colombiana durante su etapa más reciente fue la convocatoria y realización del Tercer Seminario Internacional Universidad y Ambiente. Con este evento se quería celebrar los 20 años del Seminario Universidad y Medio Ambiente en América Latina y el Caribe, que tuvo lugar en la ciudad de Bogotá entre el 28 de octubre y el 1 de noviembre de 1985. Como muchos autores coinciden en señalar, este evento se constituyó en un verdadero hito en la historia de la incorporación de la dimensión ambiental en la educación superior de nuestra región. El Segundo Seminario de esta serie se había realizado en noviembre de 1999, con sede en el campus de la Universidad Autónoma de Occidente (UAO), en la ciudad de Cali. La tercera versión de este Seminario Internacional fue convocada por la Red Colombiana de Formación Ambiental (RCFA) y organizada conjuntamente por la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales (U.D.C.A) y la Pontificia Universidad Javeriana (PUJ). En esta labor contaron con el apoyo financiero o institucional de varias agencias oficiales del orden nacional y distrital en Colombia como fueron: el Ministerio de Ambiente, Vivienda y Desarrollo Territorial (MAVDT), el Ministerio de Educación Nacional (MEN), el Instituto Colombiano para el Desarrollo de la Ciencia y la Tecnología (COLCIENCIAS) y el Departamento Administrativo del Medio Ambiente de Bogotá (DAMA). De igual manera recibieron el aval de varias redes universitarias de Colombia e Iberoamérica, entre las que se contaron la Asociación Colombiana de Universidades (ASCUN), la Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe (RFA-LAC) del PNUMA, la Unión de Universidades de América (UDUAL), la Asociación de Universidades de América Latina y el Caribe para la Integración (AUALCPI), la Red de Universidades Regionales Latinoamericanas (Red UREL) y la Asociación Internacional de Presidentes de Universidades (IAUP por sus cifras en inglés). Como objetivo general, en el Tercer Seminario Internacional Universidad y Ambiente se planteaba hacer un balance de los esfuerzos realizados durante los veinte años transcurrido desde el primer seminario de 1985 y reflexionar sobre los resultados, dificultades, perspectivas y retos para el inmediato futuro del proceso de incorporación de la dimensión ambiental en la educación superior de América Latina y el Caribe. Con este propósito se formuló una convocatoria amplia a las universidades de la región para presentar ponencias en las que dieran a conocer los aspectos más relevantes de su experiencia de ambientalización en los campos de la formación de pregrado y posgrado, extensión, investigación y gestión ambiental, así como una primera reflexión sobre el proceso adelantado en esta materia hasta ese momento.

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En respuesta a las invitaciones institucionales enviadas a un gran número de rectores, asistieron al Tercer Seminario Internacional Universidad y Ambiente representantes de 16 universidades colombianas y de 10 universidades iberoamericanas, de las cuales 13 y 5 respectivamente entregaron ponencias oficiales. La mayoría de las ponencias presentadas fueron publicadas en el libro de memorias de este Seminario, con el cual se inauguró la serie Biblioteca Universidad y Ambiente. En total, a este evento asistieron 99 personas, en su gran mayoría profesores e investigadores universitarios, pero también funcionarios de alto nivel de los Ministerio de Ambiente y Educación, así como de la agencia ambiental de Bogotá. Teniendo en cuenta que desde el 2004 las Naciones Unidas habían declarado la Década de la Educación para el Desarrollo Sostenible (DEDS), en el marco del Tercer Seminario Internacional Universidad y Ambiente se hizo el lanzamiento oficial en Colombia de esta iniciativa. La parte del evento dedicada a ella fue presidida por el Dr. Carlos Gamba - Secretario Ejecutivo de la Comisión Colombiana de Cooperación con la UNESCO, y contó con las intervenciones de la Dra. Juanita Castaño a nombre de la Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza, de la Dra. Olga María Bermúdez en representación de la Red temática de Educación Ambiental de la RCFA y del Dr. Enrique Leff como Coordinador de la Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe. El compromiso de la RCFA con las actividades de la DEDS fue asumido por la Red Temática de Educación Ambiental, coordinada por el Instituto de Estudios Ambientales (IDEA) de la Universidad Nacional de Colombia. Durante el segundo semestre de 2006, esta red temática organizó cuatros foros sobre temas ambientales específicos, asumidos por distintas universidades de Bogotá, así: el 22 de septiembre se realizó, en la Biblioteca Virgilio Barco, el Foro sobre Educación Ambiental para la Calidad de Vida, coordinado por la Universidad Pedagógica de Colombia; el 18 de octubre se realizó el Foro sobre Educación Ambiental para la Comunidad y Bosques, en el auditorio del Instituto Distrital para la Recreación y el Deporte IDR, bajo la responsabilidad del IDEA de la Universidad Nacional de Colombia, la Universidad Distrital y el Jardín Botánico; el 1 de noviembre se realizó, en el l Hotel Tequendama, el Foro sobre Educación Superior y Desarrollo Humano, bajo la responsabilidad del Departamento Administrativo del Medio Ambiente (DAMA); y el 30 de noviembre se realizó el foro sobre Educación Ambiental para el Agua, bajo la responsabilidad de la Universidad de la Salle. Considerando que al inicio del nuevo siglo está comenzando también una nueva fase de institucionalización del compromiso ambiental de las universidades, en el 2007, la Red Colombiana de Formación Ambiental, la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales y el Politécnico Grancolombiano convocaron al Cuarto Seminario Internacional Universidad y Ambiente. En esta oportunidad se escogió como tema central del evento la Gestión Ambiental Institucional y el Ordenamiento de los Campus Universitarios. El planteamiento básico de la convocatoria, era que éste es un nuevo campo de acción para las instituciones de educación superior, además de las actividades que ya se venían haciendo para incorporar la dimensión ambiental en las tradicionales funciones de formación, investigación y extensión. Por esta razón, la cuarta versión del Seminario internacional tenía como objetivos: a) Presentar importantes experiencias universitarias internacionales y avances de universidades colombianas en torno a la Gestión Ambiental Institucional; b) Fomentar la incorporación de la dimensión urbanística en la gestión ambiental y el ordenamiento de los campus universitarios y otras instalaciones educativas; y c) Promover la creación de una red internacional de cooperación en la gestión ambiental interna de las instituciones educativas. Para los días previos al Seminario se organizó también un Curso Internacional con el mismo tema central. El primer Curso Internacional sobre Gestión Ambiental Institucional y Ordenamiento de Campus Universitarios se realizó del 22 al 24 de octubre en la sede de la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales, de la zona norte de Bogotá. El Seminario internacional tuvo lugar en el Club La Aguadora y en el campus del Politécnico Grancolombiano, el 25 y 26 de octubre de 2007. El Curso contó con la participación de 44 personas entre conferencistas, estudiantes e invitados

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especiales. Al Cuarto Seminario Internacional Universidad y Ambiente asistieron en total 105 personas en representación de 6 redes universitarias ambientales de distintos países; 22 universidades nacionales; 7 universidades de Japón, España, México, Cuba y Paraguay; 6 instituciones del gobierno colombiano; y 2 organizaciones internacionales. Las ponencias seleccionadas se publicaron en las Memorias del Seminario con el título Gestión Ambiental Institucional y Ordenamiento de Campus Universitarios. El libro se presentó como el segundo volumen de la Biblioteca Universidad y Ambiente, que financian la Red Colombiana de Formación Ambiental y la Universidad de Ciencias Aplicadas y Ambientales. Estas Memorias incluyeron 6 artículos sobre casos de gestión ambiental y ordenamiento de campus en universidades colombianas y 8 artículos sobre experiencias exitosas en universidades de otros países. El libro termina con un análisis comparativo de todos estos casos y algunas reflexiones sobre los nuevos campos de acción en los que se expresa recientemente el compromiso ambiental de las universidades. Según se había previsto, el Cuarto Seminario Internacional Universidad y Ambiente sirvió de escenario para la creación una nueva red. En principio, se había propuesto una red internacional de universidades interesadas en desarrollar programas conjuntos de gestión ambiental institucional y de ordenamiento de sus campus. Sin embargo, teniendo en cuenta la participación de los representantes de 6 Redes de Universidades por el Ambiente y la Sustentabilidad (RUAS), se decidió crear una Red de Redes Universitarias Ambientales. Para hacerlo se redactó y aprobó un documento titulado “Acuerdo de las Redes Universitarias y Universidades Iberoamericanas participantes en el IV Seminario Internacional Universidad y Ambiente”. Por este acuerdo se creó la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente” (ARIUSA). De esta manera, la historia de la Red Colombiana de Formación Ambiental se articula directamente con la Segunda Jornada Iberoamericana de ARIUSA. Fue en uno de los seminarios internacionales de la RCFA que se constituyó esta Red de redes universitarias por el ambiente y la sustentabilidad en Iberoamérica, que hoy se reúne por segunda ocasión. Son muchas más las acciones realizadas por la Red Colombiana de Formación Ambiental durante sus 30 años de historia. Resulta imposible registrar todas esas actividades en una breve presentación de esta Red. Lo que interesa ahora es destacar el fuerte vínculo entre la RCFA y ARIUSA. Desde Colombia estamos comprometidos con seguir apoyando y contribuyendo a la consolidación de esta Alianza que aspira a reunir a todas las Redes Universitarias en Ambiente y Sustentabilidad (RUAS) que ya existen y las nuevas que se están creando en América Latina y el Caribe.

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INFORME SEGUNDA JORNADA DE ARIUSA ITAJAÍ, BRASIL – JUNIO 2012

Germán I. Rodríguez Arana E-mail: [email protected]

PRESENTACIÓN La Red Nacional de Formación e Investigación Ambiental REDFIA, es un mecanismo de cooperación y coordinación Interinstitucional en materia ambiental entre las Universidades de San Carlos de Guatemala (única Universidad pública del país, con más de trescientos años de existencia), la Universidad del Valle, la Universidad Rafael Landívar, la Universidad Mariano Gálvez, la Universidad Rural y la Universidad Galileo, así como la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales FLACSO, la Asociación de Investigaciones y Estudios Sociales ASIES, el Ministerio de Ambiente y Recursos Naturales MARN, y como un aliado estratégico, el Banco de los Trabajadores.

REDFIA promueve la reflexión crítica y constructiva en el seno de la comunidad académica de los aspectos técnicos y metodológicos ligados al medio ambiente y al desarrollo sostenible; establece canales de coordinación y suma de esfuerzos entre las unidades académicas de las Universidades participantes involucradas en la temática ambiental; promueve la generación de políticas y estrategias que orienten a la formación técnica profesional en medio ambiente; fortalece la coordinación interinstitucional entre las Universidades, Centros de Investigación y autoridades responsables de la Gestión Ambiental Gubernamental; busca incidir en la formulación e implantación de las políticas ambientales públicas y establece a nivel internacional canales de comunicación y cooperación con otras Universidades.

Tiene representación en diversos foros nacionales e internacionales, tales como: La Mesa Nacional de Cambio Climático, el Proyecto de “Centros de Investigación y Transferencia Tecnológica en Cambio Climático”, la Instancia de Consulta y Participación Social del Sistema Nacional de Seguridad Alimentaria y Nutricional, el Comité Nacional de Biodiversidad – CONADIBIO-, el Comité Editorial de la Revista Mesoamericana de Conservación, la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente, y actualmente ejerce la Presidencia de la Alianza Centroamericana y del Caribe por el Principio 10 (Acceso a la información, a la participación y a la justicia en asuntos ambientales).

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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INSTITUCIONES ASOCIADAS A REDFIA

INSTITUCIONES SIGLA RECTOR REPRESENTANTE EMAIL

UNIVERSIDAD DE SAN CARLOS DE GUATEMALA

USAC Lic. Estuardo Gálvez Rector Magnifico

Dr. Jorge Luis De León Arana Director General de Investigación

[email protected]

UNIVERSIDAD RAFAEL LANDÍVAR

URL Padre Rolando Enrique Alvarado López, S.J, Rector

Arqta. Lyz Cifuentes

[email protected] [email protected]

UNIVERSIDAD DEL VALLE DE GUATEMALA

UVG Lic. Roberto Moreno Godoy Rector

Dr. Edwin Castellanos Director Centro de Estudios Ambientales

[email protected]

UNIVERSIDAD MARIANO GÁLVEZ

UMG Dr. Rolando Torres Moss Rector

Arq. M.A. José Antonio Dávila Calderón

[email protected]

UNIVERSIDAD RURAL DE GUATEMALA

URURAL Dr. Fidel Reyes Lee Rector

Ing. Carlos Salazar [email protected]

UNIVERSIDAD GALILEO

UGAL Dr. Cyrano Ruiz Vicerector

Dr. Nelson Amaro [email protected] [email protected]

ASOCIACIÓN DE INVESTIGACIÓN Y ESTUDIOS SOCIALES

ASIES Licda. Raquel Zelaya Secretaria Ejecutiva

Lic. Carlos Vega [email protected]

FACULTAD LATINOAMÉRICA DE CIENCIAS SOCIALES

FLACSO Dr. Virgilio Alvarez Director

Licda Claudia Donis [email protected]

MINISTERIO DE AMBIENTE Y RECURSOS NATURALES

MARN Licda. Roxana Sobenes Ministra

Ing. José Augusto Sierra Director General de Formación, Organización y Participación Social

[email protected]

BANCO DE LOS ABAJADORES

BANTRAB

Lic. Edwin Méndez Director

Lic. Edwin Méndez [email protected]

COORDINACIÓN REDFIA

Germán Rodríguez Coordinador REDFIA

[email protected]

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ACTIVIDADES MÁS IMPORTANTES DESARROLLADAS DURANTE LOS ÚLTIMOS AÑOS

Entre algunos de los logros significativos de REDFIA está el haber establecido relaciones de cooperación con NUFFIC/HOLANDA, para el establecimiento de diferentes proyectos, entre ellos:

“Diseño y Desarrollo de un Programa de Formación e Investigación en Educación Ambiental a Nivel Superior”, marco en el cual se creó el Profesorado de Enseñanza Media en Educación Ambiental y la Maestría en Educación con Orientación en Medio Ambiente, que dio lugar posteriormente a la creación de la Maestría en Ambientalización Curricular en la USAC. Dentro de ese proceso también se creó como programa la Cátedra de Educación Ambiental Superior. “Combate a la Impunidad Ambiental en Guatemala por medio de la Formación de Profesionales con Especialización en Fiscalía Ambiental”, en el que se crearon en la Universidad Mariano Gálvez, las Maestrías en Control y Evaluación Ambiental y en Derecho Ambiental con énfasis en Fiscalía. Se está impulsando la definición en la Universidad de San Carlos, de una política ambiental universitaria y un proyecto de campus sustentable. Se impulsa también la creación del Consejo Científico Nacional de Cambio Climático, que tiene como objetivos: promover la investigación a través de programas y proyectos sobre medición y monitoreo de parámetros climáticos, inventario nacional de emisiones, monitoreo y calidad del aire e interpretación de escenarios de cambio climático en sectores estratégicos; fortalecer a nivel nacional a través de la adaptación al cambio climático la gestión de riesgo y la reducción de vulnerabilidad desde una visión integral que brinde asesoría a los tomadores de decisiones y entes ejecutores.

Está en desarrollo de la creación de una Escuela de Pensamiento Ambiental, a través de la realización de un Plan de Foros Interuniversitarios, sobre la base de cuatro ejes temáticos: cambio climático, ética, vulnerabilidad y desarrollo. En coordinación con la Universidad Galileo y con el apoyo del programa Alfa de la Unión Europea desarrolla el proyecto Centros de Investigación y Transferencia en Cambio Climático, cuyos objetivos son:

Contribuir a la construcción de una red temática de investigadores, docentes y entidades relacionadas con cambio climático en Guatemala dentro de los diversos programas de formación y capacitación que las instituciones adscritas a REDFIA tienen en marcha, así como en otras entidades que expresen su voluntad de afiliarse a las actividades que se desarrollen.

Contribuir a la construcción de capacidades en investigadores y docentes de las universidades adscritas a REDFIA, específicamente en cambio climático para fortalecer la labor de los mismos en sus áreas de trabajo.

Contribuir al diseño de Centros de Investigación y Transferencia de Tecnología en cambio climático y a la conformación de redes en esta materia para afrontar desde la perspectiva de la educación superior las tendencias cambiantes del clima en Guatemala, con la finalidad de generar elementos de abordaje de la mitigación y adaptación a estos factores por parte del sector privado, público, académico y de la sociedad civil.

En el ámbito internacional, REDFIA está desarrollando la estructuración del informe de Guatemala sobre “Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamérica”, en el marco de la Red CTIE-AMB apoyada por el programa CYTED, como la Red Temática 611RT0426 en el contexto de la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente – ARIUSA, de la cual REDFIA. SEGUIMIENTO DE ACTIVIDADES EN DESARROLLO Y OTRAS PROYECTADAS Dado que muchas de las actividades que se han venido desarrollando durante los últimos años constituyen procesos de tres o cuatro años de duración, hay un seguimiento a las mismas y en ese sentido, se continuará impulsando la definición en la Universidad de San Carlos, de una política ambiental universitaria y el proyecto de campus sustentable.

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Igual sucederá con la creación del Consejo Científico Nacional de Cambio Climático y el desarrollo de una Escuela de Pensamiento Ambiental a través de la realización del Plan de Foros Interuniversitarios, sobre la base de cuatro ejes temáticos: cambio climático, ética, vulnerabilidad y desarrollo.

En coordinación con la Universidad Galileo y con el apoyo del programa Alfa de la Unión Europea desarrolla el proyecto Centros de Investigación y Transferencia en Cambio Climático.

Para inicios del año 2013, se proyecta la realización del Primer Congreso Nacional de Cambio Climático.

Se proseguirá con el impulso y apoyo a la creación de nuevos posgrados ambientales y centros de investigación en la materia.

También se espera que con el apoyo del Ministerio de Cooperación Alemana se pueda desarrollar el proyecto “Adaptación Nacional y Local al Cambio Climático - CLIMAX (National and Local Adaptation to Climate Change”.

En el ámbito internacional, REDFIA está desarrollando la estructuración del informe de Guatemala sobre “Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Ambiental en Iberoamérica”, en el marco de la Red CTIE-AMB apoyada por el programa CYTED, como la Red Temática 611RT0426 en el contexto de la Alianza de Redes Iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente – ARIUSA, de la cual REDFIA. PROPUESTA DE ARTICULACIÓN CON LAS ACTIVIDADES DE ARIUSA Y/O DE LA OTRAS REDES QUE CONSTITUYEN LA ALIANZA

En el ámbito de la definición de la política ambiental universitaria y en el proyecto de campus sustentable, así como con la creación del Consejo Científico Nacional de Cambio Climático y el desarrollo de una Escuela de Pensamiento Ambiental a través de la realización del Plan de Foros Interuniversitarios, sobre la base de cuatro ejes temáticos: cambio climático, ética, vulnerabilidad y desarrollo y en la realización del Primer Congreso Nacional de Cambio Climático, REDFIA esperaría interactuar y poder compartir experiencias y apoyo en otras redes, misma situación que puede darse con el impulso y apoyo a la creación de nuevos posgrados ambientales y centros de investigación en la materia.

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CONSORCIO MEXICANO DE PROGRAMAS AMBIENTALES UNIVERSITARIOS PARA EL DESARROLLO SUSTENTABLE: “COMPLEXUS”

MC Norma Yolanda Mota Palomino Secretaria General Ejecutiva del Complexus (2011-2012) Coordinadora de la Agenda Universitaria Ambiental de la Universidad Autónoma de Coahuila i) PRESENTACIÓN GENERAL DE COMPLEXUS

En todas las instituciones educativas del país, existen esfuerzos y acciones significativas, aunque no suficientes, en relación a la incorporación de la dimensión de la perspectiva ambiental en el currículo, así como en tratar de desarrollar una conciencia crítica y capacidades entre estudiantes y profesores, a fin de ofrecer propuestas de solución a la problemática ambiental y de sustentabilidad, cada día más evidente y urgente de resolver.

Sin embargo, existen alternativas como el aprovechar las capacidades y recursos de las instituciones mediante el trabajo colaborativo y en red, que permita crear sinergia para el cumplimiento del objetivo de articular sus funciones sustantivas en torno a la sustentabilidad.

Ese es el espíritu del El Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios para el Desarrollo Sustentable, (“Complexus”; http://ambiental.ws/complexus/), que se constituyó en una Reunión General de ANUIES, realizada en la Universidad Autónoma de Coahuila, en diciembre de 2000, mediante un acuerdo de creación suscrito por varias universidades mexicanas públicas y privadas y Actualmente está constituido por 17 instituciones de educación superior; 11 universidades públicas estatales, 3 universidades privadas y 3 universidades tecnológicas. Cuenta además con 4 asesores de reconocido prestigio de acuerdo a cuadro anexo.

ii) CUADRO O TABLA CON LOS DATOS DE LAS UNIVERSIDADES Y SUS REPRESENTANTES, INTEGRANTES DEL COMPLEXUS.

Cuadro No. 1 Integrantes del Complexus, a Mayo de 2012

Programa/Institución Rector Representante

1. Programa Ambiental Universitario. UNIVERSIDAD DE BAJA CALIFORNIA

Rector: Dr. Felipe Cuamea Velázquez

Dr. Margarito Quintero [email protected]

2. Programa Ambiental Universitario. UNIVERSIDAD AUTÓNOMA CHAPINGO

Rector: Dr. Carlos Alberto Villaseñor Perea

M. C. María del Rocío Romero Lima [email protected]

3. Agenda Universitaria Ambiental, “AUA-UAdeC”. UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE COAHUILA.

Rector: Lic. Mario Alberto Ochoa Rivera

M.C. Norma Y. Mota Palomino [email protected]

4. Programa de Protección al Medio Ambiente (PPMA). UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DEL ESTADO DE MÉXICO

Rector: Dr. Eduardo Gasca Pliego

M. en A. Eduardo Jenaro Archundia Mercado [email protected]

5. Agenda Ambiental. UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE SAN LUIS POTOSÍ.

Rector: Dr. Pedro Medellín Milán

Arq. Manuel Fermín Villar Rubio. [email protected]

6. Programa de Gestión Ambiental. UNIVERSIDAD DE COLIMA.

Rector: M. C. Miguel Ángel Aguayo López

Dr. Francisco Javier Cárdenas Munguía [email protected]

7. Plan Universitario para la Sustentabilidad (PLUS). UNIVERSIDAD DE GUADALAJARA

Rector General Sustituto: Dr. Marco Antonio Cortés Guardado

Mtra. Ana Rosa Castellanos Castellanos [email protected]

8. Dirección de Medio Ambiente y Rector General: Dra. Shafía Súcar S.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Sustentabilidad. UNIVERSIDAD DE GUANAJUATO.

Dr. José Manuel Cabrera Sixto [email protected]

9. Programa de Medio Ambiente. UNIVERSIDAD IBEROAMERICANA - CIUDAD DE MÉXICO.

Rector: Dr. José Morales Orozco, S. J.

M. en C. Dulce María Ramos [email protected]

10. Programa Interdisciplinario en Medio Ambiente. (PIMA) UNIVERSIDAD IBEROAMERICANA – PUEBLA

Rector: Mtro. David Fernández Dávalos, S. J.

Dr. Benjamín Ortiz Espejel benjamí[email protected]

11. Programa de Ecología y Medio Ambiente de la UNIVERSIDAD LA SALLE (ECOULSA)

Rector: Mtro. Enrique A. González Álvarez

M. en C. Ribia García Arrazola ribia.garcí[email protected]

12. Sistema de Gestión Ambiental y Educación para la Sustentabilidad. UNIVERSIDAD TECNOLÓGICA DE LEÓN.

Rector: Dr. Jesús María Contreras Esparza

M. en C. Carlos Oliverio Pantoja [email protected]

13. Programa de Gestión Ambiental Universitario (PROGAU). UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DEL ESTADO DE MORELOS

Rector: Dr. Jesús Alejandro Vera Jiménez

Dra. Ma. Laura Ortiz Hernández [email protected]

14. Plan Ambiental Institucional (PAI). UNIVERSIDAD MICHOACANA DE SAN NICOLÁS DE HIDALGO.

Rector: Dr. Salvador Jara Guerrero

Biol. Federico Hernández Valencia [email protected]

15. Programa Universitario por el Ambiente. UNIVERSIDAD POLITÉCNICA DE AGUASCALIENTES.

Rector: M. en C. Eulogio Monreal Ávila

M. A. Juan Fernando Aguirre Sámano [email protected]

16. Plan Maestro para la Sustentabilidad de la UNIVERSIDAD VERACRUZANA

Rector: Dr. Raúl Arias Lovillo

Dr. Lázaro R. Sánchez Velásquez [email protected]

17. Programa Institucional Ambiental de Desarrollo Sustentable (PIADES) UNIVERSIDAD TECNOLÓGICA DEL SUROESTE DE GUANAJUATO

Rectora: Dra. Virginia Aguilera Santoyo

M. en A. Olimpia Liliana Rivas García [email protected]

Cuadro No. 2 Asesores del Complexus

• Dr. Edgar González Gaudiano. UNIVERSIDAD VERACRUZANA

• M. en C. María Teresa Bravo Mercado. IISUE. UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE MÉXICO

• M. en C. Luz María Nieto Caraveo. UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE SAN LUIS POTOSÍ

• M. en C. Javier Riojas. UNIVERSIDAD IBEROAMERICANA - CIUDAD DE MÉXICO

iii) INFORME SOBRE LAS ACTIVIDADES MÁS IMPORTANTES DESARROLLADAS POR COMPLEXUS DURANTE EL

PERIODO 2010-2012.

Se llevo a cabo la IX Reunión Nacional del Complexus, en el mes de febrero de 2010. La institución sede fue la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, además de hacer una revisión de las actividades realizadas y de los avances en los compromisos establecidos, se decidió celebrar el décimo aniversario del Consorcio, mediante la realización conjunta de un evento académico que fue el:

Foro Nacional las Instituciones de Educación Superior frente a los Desafíos del Cambio Climático “Las IES del Complexus; diez años tejiendo en conjunto”, realizado en la Universidad Autónoma de Coahuila, Saltillo, Coahuila, el 21 y 22 de Octubre de 2010. Su objetivo principal; el reflexionar sobre el papel de las instituciones de educación superior ante los desafíos del cambio climático, además de analizar y proponer posibles líneas de acción desde la docencia, la investigación y la extensión que contribuyeran a enfrentar estos desafíos. Se contó con la participación de expertos en los diversos temas abordados de acuerdo a 3 ejes temáticos relevantes para la educación

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superior; i.- Formación profesional ante el desafío del cambio climático; ii.- Avances en la investigación sobre la problemática del cambio climático y, iii.- Difusión, extensión y vinculación de las IES, con los diferentes actores sociales, en relación a la problemática generada por el cambio climático.

X Reunión Nacional del Complexus, siendo la sede la Universidad Iberoamericana Campus Puebla, Puebla, Puebla, los días 4 y 5 de Marzo de 2011. Se realizó el cambio operativo en la Secretaría General Ejecutiva, siendo designada la MC Norma Yolanda Mota Palomino, por los siguientes dos años. Se tomó el acuerdo de realizar el libro “Trayectorias y Experiencias de las instituciones que integran el Complexus, en la marcha y operación de su Programa Ambiental Institucional”, con la coordinación del Dr. Edgar González Gaudiano. Así mismo, se revisaron los avances al borrador del libro de “Indicadores para medir la sustentabilidad de las instituciones de educación superior en México”, y se definió una estrategia para la edición e impresión del mismo,

Se realizaron varios Talleres sobre los “Indicadores para Medir la Contribución de las Universidades a la Sustentabilidad”, entre los más importantes fueron el realizado en la Universidad de Guanajuato, Guanajuato Capital, el 15 y 16 de Junio de 2011 y el llevado a cabo en la Universidad Autónoma de Baja California, Campus Mexicali. Mexicali, Baja California, el 3 y 4 de Noviembre de 2011. El principal objetivo fue dar a conocer los indicadores que el Complexus ha venido construyendo, para proponer ajustes y adaptaciones que favorezcan su aplicación en las IES del Complexus, así como propuestas de implementación a manera de prueba piloto, en las instituciones, o bien en algunos de sus espacios académicos. Los participantes en este taller se familiarizarían con los Indicadores y con la metodología, para reproducir este taller en su Institución y otras Universidades.

Participación en el 11vo congreso Internacional Retos y expectativas de la Universidad. Sede: Universidad Juárez Autónoma de Tabasco, Villahermosa Tabasco, 5 al 7 de Octubre.

Presentación de la ponencia: “Consorcio Complexus; contribuyendo a promover la dimensión ambiental y la sustentabilidad en las instituciones. Una alternativa innovadora”

XI Reunión Anual Complexus. Sede: Universidad de Veracruz, Xalapa Veracruz, 2 y 3 de Marzo de 2012. Se llevo a cabo el balance de compromisos y actividades del periodo 2011, así como la definición del Plan de Trabajo 2012. Siendo la educación ambiental para la sustentabilidad un tema de vital importancia tanto para la educación superior como para el sistema educativo nacional y su incorporación como política pública; acordamos elaborar una propuesta de educación ambiental para la sustentabilidad para las instituciones de educación superior a la nueva administración federal que cambiará el 1º de diciembre de este año de 2012.

Consideramos así mismo, participar conjuntamente con la ANEA, “Asociación Nacional de Educadores Ambientales” en el foro de Veracruz de la ANEA y realizar el II Foro de IES Complexus, sobre Sistemas de Manejo Ambiental en UIA-Ciudad de México, abordando los temas de: agua, compras verdes, construcción sustentable, manejo integral de áreas verdes, energía, materiales y residuos peligrosos, protección civil, residuos sólidos, servicios de alimentos, movilidad sustentable, vinculación de los sistemas de manejo ambiental con la docencia o investigación, certificaciones, indicadores de sustentabilidad.

Las instituciones más recientemente incorporadas formalmente al Complexus son; la Universidad Veracruzana y la Universidad Autónoma de Chapingo durante 2011; y las Universidades Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, así como La Universidad Tecnológica del Suroeste de Guanajuato y la Universidad Politécnica de Aguascalientes durante 2012.

iv) ACTIVIDADES MÁS IMPORTANTES QUE TIENE PROYECTADAS EL COMPLEXUS PARA LOS SIGUIENTES DOS AÑOS,

Fortalecer el trabajo colaborativo realizado con otras entidades como son la SEP, ANUIES y el Consejo Nacional de Educación Ambiental para la Sustentabilidad en México.

Mucho se ha trabajado a lo largo de estos 12 años para sentar las bases de lo que en su momento fue un ideal de un grupo de instituciones educativas del País. Está pendiente sin embargo, dar a conocer y llevar a cabo acciones que den sentido al acervo conceptual y de experiencias logradas; difundir la Declaratoria sobre el Decenio de las Naciones Unidas de la

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Educación para el Desarrollo Sustentable. Retomar la propuesta hecha a la ANUIES de incorporación de la perspectiva ambiental a las IES, que sigue siendo no sólo viable sino necesario que los tomadores de decisiones escuchen las diversas propuestas sobre los cambios urgentes que necesita la educación superior, que nos permitirá ser actores en el mundo globalizado actual.

En este sentido, es de importancia estratégica para las instituciones que conforman el Complexus, fortalecer el papel de la educación ambiental para la sustentabilidad en las instituciones de educación superior, aprovechando la coyuntura que significa el cambio en la administración federal del gobierno mexicano en diciembre del 2012, el principal mecanismoserán las consultas públicas con los diversos actores sociales a fin de escuchar propuestas para la construcción del Plan Nacional de Desarrollo, por lo que se tiene contemplado presentar una propuesta suscrita por las universidades Complexus y otros cuerpos colegiados.

Se publicará el libro “Indicadores para medir la contribución de las Instituciones de Educación Superior a la Sustentabilidad” y simultáneamente a los preparativos finales, se esta trabajando sobre el diseño de una estrategia de aplicación y evaluación en las universidades Complexus de los mencionados indicadores como proyecto piloto, para iniciar en el 2013.

Un reto importante es aumentar la cobertura de las instituciones integrantes de Complexus y la construcción y fortalecimiento de redes de trabajo con otras redes de medio ambiente, a fin de crear sinergias, conscientes de la diversidad de instituciones educativas que existen para dar servicio y satisfacer las necesidades de un universo heterogéneo como lo es México.

La publicación así mismo del libro sobre la trayectoria y experiencias de las universidades Complexus con el fin de compartir reflexiones y experiencias significativas con colegas y grupos de interés, significará también marcar un hito en nuestro deambular como consorcio y redefinir y/o fortalecer rumbo, objetivos y metas.

v) PROPUESTA DE ARTICULACIÓN DE LAS FUTURAS ACTIVIDADES DE SU RED CON LAS ACTIVIDADES DE ARIUSA.

Compartir experiencias y retos con una comunicación más constante y significativa, fortaleciendo la participación en proyectos conjuntos.

A nivel internacional el Complexus considera un imperativo contribuir, junto con otros actores y organizaciones universitarias, como ARIUSA, a lograr una de las reivindicaciones de la Declaratoria sobre Educación y Desarrollo Sustentable suscrita en el marco de la consulta pública hacia la Conferencia de Johannesburgo (CNP-CMDS, 2002):

“Que las universidades deben ser consideradas como grupo principal en el escenario mundial, pues son sin duda interlocutores sociales y espacios de ensayo e interacción de formas de vida, que han demostrado su contribución en el avance de la percepción social y en su actuación en el aprovechamiento, conservación, protección y restauración ambientales.”

Consorcio Mexicano de Programas Ambientales Universitarios “Complexus” Universidad del Valle de Itajaí

Itajaí, Santa Catarina, Brasil, 13 de junio de 2012.

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RED CUBANA PARA LA GESTIÓN AMBIENTAL EN LAS UNIVERSIDADES (RC-GAU)

Lourdes Ruiz Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas - Cuba E-mail: [email protected] La Red Cubana para la Gestión Ambiental en las Universidades tiene como coordinador al Instituto Superior de Tecnología y Ciencia Aplicada (InSTEC), que como universidad hasta el año 2011, adscrita al Ministerio de Ciencia, Tecnología y Medio Ambiente (CITMA), asumió desde el 2000, la labor de formación académica en Gestión Ambiental. RC- GAU es parte integrante, junto con otras redes universitarias que trabajan en los temas del medio ambiente, de la Red Cubana de Formación Ambiental (REDFA) que constituye la representación del Punto Focal Cubano de la Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe. Esta red pertenece al Ministerio de Ciencia, Tecnología y Medio Ambiente, como rector de la actividad de educación ambiental en el país en todos los niveles de enseñanza, incluyendo la universitaria.

En el año 2007, RC-GAU se inscribió en el registro central de la Empresa de Gestión del Conocimiento y la Tecnología (GECYT) perteneciente al CITMA. Dicha tarea dio respuesta a la demanda de capacitación de investigadores y funcionarios con nuevos enfoques holísticos e interdisciplinarios por mandato del CITMA, en coordinación con el Ministerio de Educación Superior y de otros organismos de la Administración Central del Estado. Está estructurada por enlaces entre redes, lo que le confiere un gran poder de multiplicación. Al considerar que la red integra el trabajo de la gestión ambiental en las universidades, como un sistema interactivo, se determinó que su objeto social es el suministro de información para la gestión ambiental, el desarrollo sostenible y las ciencias ambientales en general.

ii) Cuadro de las universidades que la integran y representantes

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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UNIVERSIDADES E INSTITUCIONES ASOCIADAS A RC-GESTION AMBIENTAL

#

UNIVERSIDAD

SIGLA RECTOR O DIRECTOR

REPRESENTANTE

E.MAIL

1 Instituto Superior de Ciencias y Tecnologías Aplicadas

InSTEC Bárbara Garea

Lourdes Ruiz [email protected]

2 Red Nacional de Formación Ambiental - Agencia de Medio Ambiente

AMA Gisela Alonso

Teresa Rubio Lídice Castro

[email protected] [email protected]

3 Univ. Guantánamo

CUG Idania Nuñez

Milagros Sagó y Enio Rovas

[email protected]

4 Univ. Ciego de Ávila y Delegación CITMA

UNICA DELEGCA

Celso Pazos

Mayumis Veloso [email protected]

5 Universidad de Holguín “Oscar Lucero Moya”

UHO Marcia Esther Noda

Roberto Rodriguez [email protected]

6 Delegación CITMA Isla de la Juventud y Centro Universitario Isla de la Juventud

DELEGIJ Leonardo Hernández

Fidel Vera [email protected]

7 Universidad Central "Marta Abreu" de Las Villas

UCLV Andrés Castro

Xiomara Palacios y Elena Rosa

[email protected]

8 Univ. Pinar del Río Hermanos Saiz

UPR Andrés Erasmo Ares

Marilin Laborí y Ernesto Jaula

[email protected]

9 Red Nacional de PML y Ecodiseño del PNUMA

RECOD Mario Abbo Carmen Terry y Lourdes Ruiz

[email protected] [email protected]

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iii) Informe sobre las actividades más importantes desarrolladas por RC-GAU en los últimos dos años En los últimos dos años la red ha tenido un intenso trabajo que tuvo como objetivo fortalecer el intercambio de experiencias entre sus miembros y evitar la dispersión de la información, sobre todo en las actividades de posgrado interuniversitarias de las figuras académicas de maestrías y doctorados en el campo de la gestión ambiental y el desarrollo sostenible. Este trabajó se centró en la maestría en gestión ambiental del InSTEC que se imparte en la Universidad de Holguín, la Universidad de Guantánamo, la Universidad Central de Las Villas y la de Pinar del Río, así como en las unidades docentes de la delegaciones del CITMA en la Isla de la Juventud y de Ciego de Ávila en coordinación con sus respectivas universidades.

Por otra parte, el colectivo de profesores del Departamento de Medio Ambiente del Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas (InSTEC), en colaboración con la Agencia de Medio Ambiente de Cuba (AMA), realizó una labor conjunta que aborda el diseño de los contenidos del aprendizaje y el diseño informacional del sitio Web de la red para la enseñanza virtual de la gestión ambiental y la sostenibilidad en las universidades cubanas.

Este trabajo se encuentra en etapa de diseño terminado tanto en sus contenidos como informacional. A partir de los resultados obtenidos, se debe continuar con la certificación del sitio Web de la Red Cubana para la Gestión Ambiental en las Universidades, para continuar con las siguientes fases del proceso de implementación en las universidades y su visibilidad internacional. Dicho diseño propuso una metodología que se evaluó a partir de la aplicación de encuesta a expertos, miembros de la red y especialistas de la gestión ambiental en general.

Además se determinó la ubicación de RC-GAU dentro de la Red Nacional de Información sobre Medio Ambiente y la propuesta del diseño para la visualización internacional del sitio Web. RC-GAU ya tiene un identificador o logotipo que la caracteriza, el cual aparece en todas las páginas del sitio Web.

iv) Informe sobre las actividades más importantes que tiene proyectada la Red para los siguientes dos años Las proyecciones para el trabajo de la red en los próximos dos años se fundamentan en los siguientes aspectos: la creciente incorporación de la temática de gestión ambiental y el desarrollo sostenible en los programas de estudio de la educación superior; en la elevada cultura de cooperación como elemento vertebrador entre las universidades cubanas; en un alto nivel de informatización en las universidades en ocasiones limitado por un estrecho ancho de banda.

También constituyen fortalezas la existencia de potencialidades de mecanismos internacionales y de alianza de redes tales como ARIUSA, para divulgar el trabajo de la gestión ambiental en las universidades y la elevada capacidad y conocimiento por parte de especialistas para diseñar redes de transmisión de datos.

Estas proyecciones constituyen un punto de inicio para llevar a cabo acciones precisas, entre las que se relacionan las siguientes:

Cumplir con la visión de ser una red de excelencia en la divulgación del conocimiento de la gestión ambiental, la información y la investigación de postgrados en las universidades cubanas.

RC-GAU que integra el trabajo de la gestión ambiental debe tener mayor visibilidad desde un sitio Web accesible a través de los portales ambientales existentes tales como el portal de medio ambiente del Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría (ISPJAE) y en la red universitaria del Ministerio de Educación Superior, adonde el InSTEC acaba de incorporarse (al ser traspasado desde el Ministerio de Ciencia Tecnología y Medio Ambiente).

Completar la creación de un boletín de la Red para difundir los principales resultados y avances para incrementar la cantidad de miembros.

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Completar las modalidades de servicios de información más relevantes en el sitio tales como la publicación de boletines, memorias de eventos, cursos, entrenamientos, biblioteca virtual, directorios, entre otros.

También se desea el mayor acceso a búsquedas en directorios y bases de datos corporativas; cursos de formación; presentaciones de productos y servicios; el servicio de correo, que permite el intercambio entre los miembros; el servicio de mensajería instantánea (chat) para viabilizar la inmediatez de la comunicación entre los miembros; el servicio de Internet denominado protocolo de transferencia de ficheros (FTP); el foro de discusión y un espacio de intercambio sobre diferentes temáticas.

v) Propuesta de articulación de las futuras actividades de RC-GAU con las actividades de ARIUSA y/o de las otras Redes que constituyen esta Alianza. Se propone incrementar la articulación de las actividades con ARIUSA en consecuencia con la propia visión de ser una red de excelencia en la divulgación del conocimiento de la gestión ambiental, la información y la investigación de postgrados en las universidades cubanas y en otras iberoamericanas.

Para ello es necesario desarrollar fortalecer la concertación de convenios multilaterales y

bilaterales interuniversitarios que posibiliten incrementar la colaboración entre docentes de las

universidades de ARIUSA tanto en los cursos presénciales como en los virtuales en las figuras

académicas de maestrías y doctorados. En RC-GAU se agrupa un claustro de excelencia con más

de 25 doctores en ciencias de diferentes disciplinas que están dispuestos a colaborar en las

demandas de formación académica de las universidades de ARIUSA.

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MESA REDONDA 3:

A PLATAFORMA DE INFORMAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NAS UNIVERSIDADES / LA PLATAFORMA DE INFORMACIÓN, SENSIBILIZACIÓN Y EVALUACIÓN DE LA SUSTENTABILIDAD EN LAS UNIVERSIDADES

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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COOPERAÇÃO INTERUNIVERSITÁRIA E A PLATAFORMA "INFORMAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE"

Javier Benayas e Patrícia Silva Leme Profesor Titular de Ecologia, Universidad Autónoma de Madrid; Bióloga, doutora em Educação, educadora da Superintendência de Gestão Ambiental/USP E-mail: [email protected] O projeto de cooperação entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Autônoma de Madrid (UAM) teve início em 2009, depois de aprovado pela Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID. Participaram do projeto professores, técnicos e estudantes ligados ao Programa USP Recicla, em diversos campi da Universidade de São Paulo (USP), e à Equipe de Comunicação, Educação e Participação Ambiental do Departamento de Ecologia na Universidade Autônoma de Madrid (UAM). No primeiro ano o objetivo principal do projeto consistiu em fazer o levantamento e a caracterização das estruturas de gestão e educação ambiental existentes nas instituições participantes e no ano seguinte o projeto teve como foco a elaboração de uma Plataforma web de comunicação sobre a sustentabilidade nas universidades, chama de “Plataforma de Informação, sensibilização e avaliação da sustentabilidade na universidade". O processo de construção da plataforma foi participativo e passou pela revisão bibliográfica, o desenho coletivo da ferramenta, experiência-piloto em campi das universidades participantes, divulgação dos resultados e o estreitamento de vínculos de cooperação com outras universidades. Seus principais objetivos consistem em: a) criar um banco de informações e dados sobre as iniciativas empreendidas em IES para incorporar a sustentabilidade no ensino, pesquisa, extensão e gestão; b) criar um centro de referência para os diversos segmentos da instituição que desejem conhecer, divulgar, desenvolver e avaliar ações/práticas sustentáveis; c) promover a participação direta da comunidade na avaliação do desempenho (sócio)ambiental da instituição e, desta forma, direcionar seus esforços para melhorá-lo. No terceiro ano de vigência do projeto, em 2011, estabeleceram-se novas parcerias com outras universidades ibero-americanas utilizando a Plataforma como base para a cooperação. Nessa nova etapa do projeto, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) agregou-se como parceira na construção da ferramenta. Ao mesmo tempo, buscava-se um espaço para os usuários participarem da avaliação da sustentabilidade sobre a sua própria universidade. Para isto, a Plataforma contém uma ferramenta específica chamada “teste da sustentabilidade” (www.projetosustentabilidade.sc.usp.br). A principal diferença entre essa ferramenta criada e as demais iniciativas que serviram como referência (AISHE, STARS, Pegada Ecológica etc), é a firme intenção de promover a participação de toda a comunidade na avaliação, bem como de privilegiar a função da sensibilização para o tema da sustentabilidade. De maneira geral, o teste foi aprovado e até elogiado pelos respondentes, na fase de aplicação piloto. Para 47% dos respondentes, esta ferramenta promoveu um incremento dos conhecimentos e para 18% contribuiu para a reflexão sobre a sustentabilidade na sua universidade. O teste foi visto como incentivo para a participação das pessoas em ações pró-sustentabilidade nos campi universitários para 10% dos respondentes e como um espaço para denunciar problemas socioambientais para 3% dos respondentes. Problemas inerentes ao formato do teste (desenho e duração) foram apontados por 7% dos respondentes. Gostaríamos de concluir este trabalho convidando os leitores e as universidades para conhecer, explorar e, quem sabe, cooperar com o grupo de universidades que já adotaram a Plataforma para divulgá-la e aperfeiçoá-la.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: A CÁTEDRA ANÍSIO TEIXEIRA NA PUCRS

Isabel Cristina de Moura Carvalho Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS

Introdução Nesta mesa, apresentamos o projeto Cátedra de Desenvolvimento Anísio Teixeira desenvolvido

na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com a intenção de destacar

seu principal argumento que relaciona o pensamento democrático do educador Anísio Teixeira e a

exigência ambiental contemporânea como bases para um projeto de universidade sustentável nos

dias de hoje. Este projeto resulta da obtenção de apoio junto ao Edital IPEA/CAPES 2010

“Cátedras de Desenvolvimento” pela professora Isabel Cristina de Moura Carvalho, da Faculdade

de Educação e do Programa de Pós-Graduação da PUCRS, envolvendo a participação de seu

Grupo de Pesquisa “Educação, Cultura e Educação” (CNPq). Nossa proposta foi elaborada em

torno do patrono Anísio Teixeira e a denominamos “A Cátedra Anísio Teixeira. Educação e

sustentabilidade: novas perspectivas para a educação democrática”. A escolha de Anísio Teixeira

como patrono desta Cátedra se baseia em seu pensamento social, sua trajetória como educador e

seu compromisso social em defesa da democracia e do acesso amplo a uma educação de

qualidade no Brasil. Em especial, destacamos suas ideias sobre o papel social da Universidade

para uma sociedade democrática. Dessa forma, a Cátedra inspira-se no pensamento social do

educador Anísio Teixeira e o atualiza, articulando-o aos novos desafios da educação e da

democracia contemporâneas para pensar a educação democrática e o desenvolvimento em

tempos de sustentabilidade e de cidadania ambiental.

1 Anísio Teixeira e os pressupostos para uma universidade sustentável

Anísio Spínola Teixeira (1900 – 1971) nasceu em Caetité, na Bahia, e é considerado o principal

idealizador das principais transformações realizadas na Educação Brasileira no século XX.

Formou-se em Direito, em 1922, e realizou seus estudos de Mestrado, obtendo o título de Master

of Art em 1929 na Columbia University nos Estados Unidos. É neste período que constrói amizade

com John Dewey (1852 – 1952), que acabará por influenciar suas ideias. Baseado em Dewey,

considerava a educação uma constante reconstrução da experiência. É na escola que se deveria

experimentar a democracia, como um laboratório de experiências que reproduzisse a vida social.

De seus inúmeros trabalhos, vale conferir o artigo intitulado “Bases da teoria lógica de Dewey”,

publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (TEIXEIRA, 1955), onde Anísio Teixeira

apresenta o pensamento de Dewey para a comunidade brasileira.

A produção de Anísio Teixeira sobre a educação, em diferentes níveis, é apresentada numa rica e

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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extensa produção teórica que não caberia nos limites deste artigo relacionar. Da sua trajetória

como educador no ensino superior brasileiro, ressaltamos sua participação na fundação da

Universidade do Distrito Federal (1935), a qual se transformaria posteriormente em Faculdade

Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil; nos anos 1950 na direção do Instituto Nacional de

Estudos Pedagógicos (INEP) e na criação da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (CAPES). Além disso, foi idealizador da Universidade de Brasília,

inaugurada em 1961, na qual veio a ser reitor em 1963 antes de seu afastamento pelo golpe

militar de 1964.

É bastante notável a atualidade de Anísio Teixeira. Seu projeto esteve alicerçado na defesa da

qualidade do ensino e da excelência da pesquisa no ensino superior bem como em sua luta pela

garantia do acesso democrático a uma formação superior de qualidade para o jovem brasileiro.

O projeto Cátedra que aqui apresentamos, em sintonia com os ideais de Anísio Teixeira, aposta

na universidade como um espaço educador para a cidadania ambiental. Uma universidade é

sustentável, neste sentido, na medida em que articula as dimensões do currículo, da produção do

conhecimento e do espaço físico e social do campus ao eixo da sustentabilidade social e

ambiental. Isso significa tomar a universidade como um espaço dotado de uma intencionalidade

pedagógica que internaliza as premissas da sustentabilidade socioambiental. Esta ideia — que

partilhamos juntamente com outros pesquisadores e educadores ambientais — pode ser vista em

continuidade com o que defendia Anísio Teixeira, no início da década de 1930 quando foi diretor

de instrução pública do Brasil. Naquele momento, ele alertava sobre o papel pedagógico do

espaço escolar no âmbito do pensamento educacional. Os programas arquitetônicos de Anísio

Teixeira, apenas para dar um exemplo, serviram de apoio a uma concepção na qual a escola se

constituía na sua totalidade física e social, em um espaço educador. Por esta razão, Anísio

Teixeira tem sido uma das referências para o Programa Escolas Sustentáveis, atualmente

implementado pelo Ministério da Educação (MEC) para o ensino médio.

As atividades curriculares e extracurriculares propostas pela Cátedra, inspiradas no pensamento

de seu patrono, têm como horizonte a formação como processo amplo baseado no conceito de

experiência proposto por Dewey (1976) e adotado por seu principal difusor no Brasil, Anísio

Teixeira. Como ele destaca no artigo “A universidade de ontem e de hoje”, publicado na Revista

Brasileira de Estudos Pedagógicos (TEIXEIRA, 1964, p. 12), “as universidades não apenas devem

difundir conhecimentos e formar profissionais, mas ainda na atmosfera do saber, preparar o

homem para uma experiência viva, consciente e progressiva”. Em outro de seus textos – “As

funções da Universidade, Boletim Informativo CAPES” (TEIXEIRA, 1964, p. 2) – preconizava que

além da formação profissional, no sentido de preparar profissionais para as carreiras de base

intelectual, científica e técnica, a universidade teria o papel de “alargamento da mente humana

que o contato com o saber e a sua busca produz naqueles que frequentam a universidade. É algo

mais do que cultura geral”. Esta noção de experiência enquanto algo mais que a cultura geral, ou

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ainda alargamento do horizonte humano de compreensão é por nós acionada no sentido da

densidade do processo formativo vinculado ao profundo envolvimento dos sujeitos nos processos

ativos que envolvem o aprender e o produzir conhecimento. Nesse sentido, a pesquisa e a

intervenção na universidade tornam-se significativas na medida em que são parte de um diálogo

produtivo entre a comunidade acadêmica e as exigências contemporâneas de novos acordos

societários em torno de práticas democráticas e sustentáveis.

2 Ambiente, cidadania ambiental e sociedade sustentável.

Educar é formar cidadãos para atuarem na esfera pública dentro do campo democrático. Na

medida em que concordamos com esse pressuposto do projeto educativo de Dewey e Anísio

Teixeira, reconhecemos a exigência de formação de uma sensibilidade ambiental como um

imperativo ético para uma sociedade responsável pelo mundo em que habita. O ambiente ganha

aqui o sentido de espaço de vida comum. Esta esfera de convivência e de ação inclui o mundo

não humano e os outros humanos. Ter uma atitude ecológica, nesse sentido, é assumir a

responsabilidade ambiental como a definiu Hans Jonas (2006). O filósofo denuncia a insuficiência

do princípio da reciprocidade do que fundamenta a ética kantiana como base para uma ética

ambiental e defende o direito à existência como uma exigência ética que se estende aos humanos

e não humanos e não se limita às relações de reciprocidade restritas ao pacto de convivência

entre os seres humanos. Para Jonas,

Aquilo que temos que exigir do nosso princípio [de uma ética ambiental] não pode

mais ser obtido pela ideia tradicional de direitos e deveres – reciprocidade -

segundo a qual o meu dever é a imagem refletida do dever alheio que por seu

turno é a imagem refletida do meu próprio dever, de modo que, uma vez

estabelecidos certos direitos do outro também se estabelece meu dever de

respeitá-los e se possível promove-los. Esse esquema não serve para o nosso

objetivo de uma ética ambiental (JONAS, 2006, p.89).

É nesse contexto que a exigência ética da problemática ecológica emerge como um dos campos

relevantes para pensarmos como se constitui a rica cadeia de relações entre o público, o privado

e o exercício da cidadania. As lutas ecológicas, ao afirmarem o ambiente como bem comum, de

cuja gestão depende as condições para a sobrevivência humana, acaba por acionar uma crítica

vigorosa à sociedade contemporânea e apontar para uma nova distribuição de diretos e deveres

para com o ambiente. Esta questão encontra sua melhor formulação nas lutas por justiça

ambiental. A luta ecológica vem justamente mostrar que o ambiente não é a casa, no sentido

doméstico, privado, o espaço da intimidade. O ambiente é um espaço comum e, sobretudo, um

espaço público, onde habitamos com os outros. Por isso, exige de nós, humanos, outro tipo de

conduta e outra lógica para a ação, diferentemente da lógica da privacidade e da intimidade.

Nesse sentido, não concordamos com uma pedagogia romântica que, ao entender as relações

ambientais dentro da esfera doméstica, subtrai ao ambiente seu caráter de espaço público,

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remetendo-o à lógica da vida privada. Não se trata de reduzir a natureza a um sucedâneo do

jardim doméstico.

O ambiente tem uma importante dimensão biológica e geográfica, contudo, para o debate que

propomos, é principalmente social. Poderíamos ainda chamá-lo mais adequadamente de

convivencial. Essa convivência implica estarmos permanentemente em comunicação, discutindo

em meio aos outros humanos e determinando e sendo determinado pelos agentes não humanos.

Isso exige uma atitude muito diferente daquela que rege a esfera da vida privada ou doméstica.

Não significa que as decisões individuais, tomadas no âmbito da vida doméstica, não tenham um

impacto sobre o meio ambiente enquanto espaço comum. Todavia, é importante ressaltar a

diferença entre as regras que regem uma e outra esfera das atividades humanas sob pena de

reduzir as questões socioambientais à soma dos comportamentos individuais, perdendo de vista o

que há de mais transformador na dimensão coletiva das decisões ambientais.

Ainda que o direito de todos a um ambiente de qualidade esteja garantido no artigo 225

Constituição Brasileira — que define a obrigação do Estado e da sociedade “na garantia de um

meio ambiente ecologicamente equilibrado, já que se trata de um bem de uso comum do povo que

deve ser preservado e mantido para as presentes e as futuras gerações” (BRASIL, 1988) —

existem enormes diferenças na maneira como cada setor da sociedade afeta e desfruta dos bem

ambientais comuns. Em geral, as populações mais pobres são as que pagam mais caro pela má

gestão ambiental, pois têm sua saúde prejudicada e a vida encurtada pelas péssimas condições

ambientais a que estão submetidas.

Assim como acontece quando a esfera pública se deteriora, quando os bens ambientais tornam-

se objeto de interesse privados, os riscos ambientais dificilmente são evitados ou assumidos por

alguém, como é o caso das enchentes, dos desmoronamentos, dos efeitos das mudanças

climáticas entre outros problemas ambientais que afetam de forma contundente os grupos mais

vulneráveis da sociedade.

Desta forma, para construirmos uma sociedade sustentável e garantirmos o direito à vida para

todos da nossa geração e para aquelas que virão, não basta amar as árvores e os animais. É

preciso criar práticas sociais efetivamente democráticas e responsáveis ambientalmente na

gestão do nosso ambiente comum, incluindo aí a relação entre os humanos e estes com os não-

humanos.

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. BRASIL (1964). Boletim Informativo da CAPES, Rio de Janeiro, n. 135, fev. JONAS, Hans (2006). O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro, Contraponto/Editora PUC Rio.

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TEIXEIRA, Anísio (1964). “A universidade de ontem e de hoje.” In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.41. n. 45, p. 27-47. TEIXEIRA, Anísio (1955). “Bases da teoria lógica de Dewey.” In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v. 23, n.57, jan./mar. p.3-27. DEWEY, John (1976). Experiência e educação. Tradução de Anísio Teixeira. 2ª ed São Paulo: Ed. Nacional, v.131.

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MESA REDONDA 4:

AS REDES UNIVERSITÁRIAS AMBIENTAIS QUE ADERIRAM À ARIUSA / LAS REDES UNIVERSITARIAS AMBIENTALES ADHERENTES EN ARIUSA

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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EL COMPROMISO CON LA SOSTENIBILIDAD DE LAS UNIVERSIDADES

ESPAÑOLAS

Javier Benayas del Alamo. Profesor Universidad Autónoma de Madrid E-mail: [email protected] Ana Maria Geli de Ciurana. Rectora de la Universidad de Girona Las primeras universidades españolas que inician experiencias de ambientalización de sus campus tienen lugar al comienzo de los años 90. Muy probablemente influidas por los resultados de la Cumbre de Rio 92. Pero el verdadero motor que ha generalizado la implantación de estos cambios fue la creación en 2002 de la Comisión Sectorial de Calidad Ambiental, Desarrollo Sostenible y Prevención de Riesgo (CADEP) dentro de la Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas (CRUE). Institución que acoge a las 75 universidades españolas tanto públicas como privadas. Este grupo se planteó como principal objetivo el fortalecer la gestión y sensibilización ambiental de las universidades españolas, con el fin de minimizar los impactos que sus actividades causan al ambiente local y global. También pretendía fomentar la cooperación para el intercambio de experiencias exitosas, así como la coordinación con otros agentes sociales para potenciar la aplicación de acciones concretas en sus campus. El número de universidades participantes en esta comisión ha evolucionado desde las 19 de la cita inaugural (2002), a las cerca de 40 que asiduamente participan en las reuniones trimestrales. Si bien más del 85% de las universidades españolas han participado en alguna ocasión en estos eventos.

La comisión tiene actualmente diez grupos de trabajo activos que abordan distintos temas como: la incorporación de temas de Sostenibilidad en el curriculum, participación y voluntariado ambiental, prevención de riesgos laborales, evaluación de las políticas de sostenibilidad, mejoras ambientales en edificios, aplicación de modelos de contratación sostenible, implicación de la universidad con su territorio más próximo, urbanismo universitario y sostenibilidad, movilidad sostenible y universidades saludables. En la página web www.crue.org/sostenibilidad puede encontrarse información más detallada de los objetivos y actividades de cada grupo.

Otra de las actividades frecuentes de la Comisión ha sido la elaboración de declaraciones institucionales sobre temas concretos que son sometidas a la aprobación del plenario. Como por ejemplo la declaración sobre la introducción de la sostenibilidad en el curriculum, sobre cultura preventiva o sobre medidas de compra verde. Pero uno de los avances importantes de la Comisión ha consistido en la implicación de los grupos de trabajo en la elaboración de estudios específicos que permiten hacer un diagnóstico de los compromisos de las universidades españolas con la sostenibilidad. Algunos de los informes más relevantes se centran en analizar la incorporación a las universidades de infraestructuras de energías renovables (2008), sobre acciones a favor de la movilidad sostenible en las universidades españolas (2009) o de forma más específica en relación al uso y promoción de la bicicleta en los campus (2011), sobre la gestión de residuos (2010) o sobre el uso y gestión del papel en la universidad (2011).

Quizás el estudio más relevante ha consistido en la elaboración de un sistema de indicadores de seguimiento de las políticas de sostenibilidad de las universidades españolas (2012). Esta investigación ha permitido definir un cuestionario amplio de 176 items divididos en tres grandes áreas (organización, docencia e investigación y gestión) y 12 ámbitos de análisis. Como síntesis de los resultados de este estudio se identifica que las universidades españolas presentan un mayor avance en actuaciones relacionadas con la sensibilización ambiental de la comunidad universitaria, o con la gestión de los residuos y el desarrollo de prácticas docentes relacionadas con la sostenibilidad. En menor medida han desarrollado programas sobre responsabilidad social de la institución, la evaluación del impacto ambiental que ocasionan las actividades e instalaciones

ANAIS DA II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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universitarias, la gestión del agua o la aplicación de políticas de compra verde. Sin duda, este cuestionario está siendo de gran ayuda a las universidades españolas al identificar deficiencias y carencias que les permitan definir políticas y estrategias más claras y comprometidas con la sostenibilidad.

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REDE SUL BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

www.reasul.org.br Mara Lúcia Figueiredo Antonio Fernando Silveira Guerra Comissão de Gestão Participativa da REASul por Santa Catarina E-mail: [email protected] APRESENTAÇÃO

A Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental (REASul – www.reasul.org.br) foi criada em 2002 e consolidou-se com a execução do Projeto Tecendo Redes de Educação Ambiental na Região Sul financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (Convênio UNIVALI/MMA/FNMA 035/2002).

A rede foi inicialmente formada por 5 instituições que deram origem à sua Comissão de Gestão Participativa - CGP: Duas universidades (Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Itajaí - SC e Universidade Federal do Rio Grande - FURG - Rio Grande - RS), 2 unidades do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA (o Núcleo de Educação Ambiental – NEA, de Florianópolis e o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul – Cepsul - Itajaí) e uma OSCIP (MATER NATURA - Instituto de Estudos Ambientais - Curitiba - PR).

Dentre os objetivos da REASul destacam-se o de debater e traçar rumos para difundir e fortalecer a EA no Brasil e na região Sul, contribuindo para diagnosticar, socializar e dar visibilidade a projetos e ações no campo ambiental, fornecendo subsídios para formação de educadores e gestores ambientais e participar na discussão e implementação de políticas públicas.

A REASul é parceira nas ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ministério das Educação (MEC), que coordenam o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental e em parceria com a Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA e outras redes colaborou no diagnóstico da Educação Ambiental no país e alimentação do SIBEA (Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental).

No período de 2003 a 2004 as instituições-elo da REASul realizaram o diagnóstico da EA nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde foram validados 1323 registros inseridos nos módulos do SIBEA na FURG e UNIVALI. Os dados estão disponíveis no site da rede em http://www.reasul.org.br.

O portal da REASul oferece serviços de divulgação de notícias, eventos, e acesso a uma Biblioteca Virtual de Meio Ambiente.

A rede vem sendo tecida por pessoas e instituições que atuam nos três estados do sul do Brasil difundindo a cultura de redes e as diretrizes e princípios da Educação Ambiental (EA), que orientam suas ações, as quais estão sintonizadas com documentos como o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (Fórum Global das ONGs na Rio 92), Agenda 21 e Carta da Terra, além das políticas públicas como a Política Nacional de EA (Lei 9795/99), e do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA).

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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A gestão compartilhada da rede é organizada por uma Comissão de Gestão Participativa (CGP) e uma secretaria Executiva. Cada instituições-elo tem representantes na rede e as informações circulam em uma lista de discussão ([email protected]). Um grupo de trabalho é responsável pela edição de um Boletim Virtual da REASul encaminhado a 2400 pessoas no Brasil e exterior.

Em 2010 na reunião presencial da rede, aboliu-se a figura da Secretaria Executiva e a Comissão de Gestão Participativa foi constituída por representantes dos três estados do Sul do Brasil, ficando constituída da seguinte forma:

ESTADO Representante/Instituição/Cidade

Paraná

Adriano Wild - Mater Natura – Curitiba Irene Carniatto - UNIOESTE- Cascavel

Santa Catarina

Antonio Fernando S Guerra - Univali – Itajaí Fátima Elisabeti Marcomin - Unisul- Tubarão Mara Lúcia Figueiredo - Identidades

Rio Grande do Sul

Jorge Amaro Borges - Maricá – Viamão Igor Velho de Souza - FACOS - Osório

Neste ano de 2012, a REASul é formada por 28 instituições-elo nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dentre os quais: 12 são Universidades; um Museu Zoobotânico; um unidade do ICMBio; uma unidade do IBAMA; uma Secretaria Municipal de Educação; uma OSCIP; nove ONGs; um Coletivo Jovem e um Comitê de Bacia Hidrográfica.

ESTADO Instituição/Cidade

Paraná

Mater Natura – Curitiba Universidade Estadual de Maringá - Maringá UNIOESTE - Cascavel

Santa Catarina

UNIVALI – Itajaí UNOESC - Joaçaba UNISUL – Tubarão UNIVILLE - Joinville ICMBio – Florianópolis SMED – Florianópolis Fundação Praia Vermelha – Penha IDEIA – Balneário Camboriú ECOSUL – Florianópolis ONG GATO DO MATO - Caçador

Rio Grande do Sul

FURG – Rio Grande PUC-RS – Porto Alegre FACOS - Osório URI – Erechim UNIJUÍ - IJUÍ UPF - Passo Fundo Museu Zoobotânico - Passo Fundo IBAMA – Porto Alegre CENED – Porto Alegre CAIBOATÉ – Porto Alegre MIRA SERRA – Porto Alegre Maricá – Viamão APOEMA - Novo Hamburgo Coletivo Jovem de Meio Ambiente do RS – Parobé Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí - Tramandaí

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ATIVIDADES MAIS IMPORTANTES DESENVOLVIDAS NOS ÚLTIMOS ANOS

- 2003 – 2004- Diagnóstico da EA nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

-

Participação em políticas públicas e projetos:

- Membro da Sociedade Civil na CIEA – SC, desde 2004;

- Projeto Sala Verde “Observatório de Educação, Saúde, Cidadania e Justiça Sócioambiental – Vale do Itajaí” – Itajaí - SC;

- Coletivo Educador da Bacia do Itajaí e Litoral Centro – Norte Catarinense - CEBILINC.

- Coletivo Educador do Planalto Médio Gaúcho e Sala Verde Itinerante (MMA);

- Projeto de Capacitação em Gestão Participativa de Unidades de Conservação – PR, SC, RS e MS

Apoio, planejamento e participação em eventos:

- Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul – CPEASul

- Fórum Brasileiro de Educação Ambiental

- Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental – V Ibero (Joinville-SC - 2006)

- Congresso Internacional de Educação Ambiental dos países Lusófonos dos Países Lusófonos e Galícia – 2007

- Encontros Regionais e Estadual de EA de Santa Catarina

- Consulta Pública do Programa Estadual de Educação Ambiental

- Simpósio Gaúcho de Educação Ambiental

- Encontro Paranaense de Educação Ambiental

- Jornada ibero-americana da ARIUSA

PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO COM AS ATIVIDADES DA ARIUSA E/OU DE OUTRAS REDES QUE CONSTITUEM A ARIUSA

Em 2011, a REASul foi admitida na ARIUSA passando a divulgar as ações da rede no Brasil. Pesquisadores de duas de suas universidades-elo, a Univali e a FURG, fazem parte do projeto da ARIUSA, aprovado e financiado pelo CYTED, da formação da Red Temática sobre Ciencia, Tecnología, Educación e Innovación Ambiental en Iberoamérica- CTIEAmb

Algumas das universidades-elo da REASul também demonstraram seu interesse em fazer parte da ARIUSA. São elas:

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UNIVERSIDADES ASSOCIADAS À REASUL - INTERESSADAS NA ADESÂO COM A ARIUSA

UNIVERSIDADE SIGLA RECTOR REPRESENTANTE E.MAIL

1 Universidade do Vale do Itajaí

UNIVALI Mário Cesar dos Santos

Antonio Fernando S. Guerra

[email protected]

2 Universidade Federal do Rio Grande

FURG João Carlos Brahm Cousin

Elisabeth Brandão Schmidt Vanessa Caporlíngua

[email protected] [email protected]

3 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

PUCRS Joaquim Clotet

Isabel Cristina Moura Carvalho

[email protected]

4 Universidade Estadual do Oeste do Paraná

UNIOESTE Alcibiades Luis Orlando

Irene Carniatto [email protected]

5 Faculdade Cenecista de Osório

FACOS Adelar Hengemuhle

Igor Velho de Souza [email protected]

6 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

URI

Luiz Mário Silveira Spinelli

Sônia Balvedi Zakrzevski

[email protected]

7 Universidade do Oeste de Santa Catarina

UNOESC Aristides Cimadon

Ricardo Marcelo de Menezes

[email protected]

8 Universidade do Sul de Santa Catarina

UNISUL Ailton Nazareno Soares

Fátima Elizabeti Marcomin

[email protected]

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RED MEXICANA DE POSGRADOS PLURIDISCIPLINARIOS EN AMBIENTE Y SOCIEDAD (REMEPPAS)

Ileana Espejel UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE BAJA CALIFORNIA Facultad de Ciencias - BAJA CALIFORNIA México E-mail. [email protected]

Estudiar el binomio ambiente y sociedad requiere de aproximaciones pluridisciplinarias y marcos teóricos de la ciencia postnormal. Lo que conlleva a una confrontación con los sistemas administrativos de la educación superior. Desde 2004 los profesores de la Universidad Autónoma de Baja California iniciaron un proceso buscando la asociación entre iguales para fortalecer sus posturas y convicciones. Al inicio importaba la evaluación y en 2011 el fortalecimiento. Por lo tanto la Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad (REMEPPAS) es resultado de un esfuerzo colectivo de los posgrados mexicanos cuyo objetivo es formalizar la colaboración de las universidades y centros participantes para la formación de la REMEPPAS para analizar y discutir entre iguales aspectos de la enseñanza-aprendizaje de la pluridisciplina. La finalidad básica es favorecer la colaboración entre posgrados multi, inter y transidisciplinarios y fomentar el diálogo entre docentes y alumnos de este tipo de posgrados. Se plantea una red basada en la construcción de una comunidad de aprendizaje, donde exista un documento compromiso de interactuar profesores, investigadores y alumnos y con un sitio de internet que integraría información, discusiones y grupos de trabajos específicos. Las acciones que se plantearon fueron: 1) desarrollar una comunidad de aprendizaje, 2) participar y mantener los espacios conjuntos de la red, 3) establecer cursos compartidos, 4) facilitar la movilidad de profesores y alumnos, 5) organizar eventos académicos, 6) establecer proyectos de investigación y vinculación en conjunto, 7) promover giras de trabajo y 8) fomentar la investigación educativa de posgrados pluridisciplinarios. El Primer Simposio-Taller sobre la Evaluación de los Posgrados y el Trabajo Interdisciplinario se realizó en la ciudad de Ensenada en junio de 2004, el siguiente en Puebla en 2005, después en Xalapa, donde se habla por primera vez de la Red y de nuevo en Ensenada en 2010 se forma a Red y finalmente en Querétaro en 2011 se le da continuidad al proceso. Este año y el siguiente tendremos foros de discusión sobre la docencia de la interdisciplina en pequeños talleres en Ensenada. El interés principal de estos encuentros ha sido la revisión curricular y la evaluación de los procesos de construcción de los posgrados emergentes en materia ambiental. En el primero sólo participaron los coordinadores de posgrados y del taller derivó una publicación (Espejel et al., 2005), en los siguientes ya participaron profesores y alumnos además de los coordinadores. En un encuentro independiente, pero conectado, se habló de las Escuelas (Pineda et al., 2007). A continuación se presenta un cuadro con los profesores que participaron en la formación de la REMEPPAS, ya que no es una red oficial que avalen los rectores, como autoridades máximas sino una comunidad de estudiantes, profesores y coordinadores que están aprendiendo mientras construyen los diseños curriculares y viven experiencias pluridisciplinarias.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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ii. Cuadro o tabla con los datos de las universidades que integran cada red y sus representantes

UNIVERSIDAD SIGLA PROFESOR Y POSGRADO E-MAIL

1 Universidad Autónoma de Baja California

UABC

Ileana Espejel Claudia Leyva Evarista Arellano Maestría en Manejo de Ecosistemas de Zonas Áridas

[email protected], [email protected], [email protected]

2 Universidad Autónoma de Yucatán

UADY Juan Jiménez Osornio Posgrado en Ciencias Agropecuarias y Manejo de Recursos Naturales

[email protected]

3 Universidad de Colima UCOL Ernesto Torres Orozco Maestría en Ciencias del Mar

[email protected]

4 Universidad de Guadalajara.

UDEG María Guadalupe Garibay Chávez Maestría en Ciencias de la Salud Ambiental

[email protected]

5 Universidad Autónoma de Baja California

UABC Concepción Arredondo Especialidad en Gestión Ambiental

[email protected]

6 Universidad Autónoma de Baja California- Mexicali

UABC Rosa Imelda Rojas Caldelas Posgrado en Planeación y Desarrollo Sustentable

[email protected]

7 Benemérita Universidad de Puebla

BUAP María Lioba Osnelda Villegas Rosas, Ricardo Pérez Avilés, Elsa Iracena Castañeda Roldán, Miguel Posgrado en Ciencias Ambientales

[email protected], [email protected], [email protected],

8 Benemérita Universidad Autónoma de Puebla

BUAP Posgrado en Ciencias Ambientales

9 Universidad Autónoma de Querétaro

UAQ Raúl Pineda López Enrique A. Cantoral-Uriza, Bustos Contreras Diana Elisa Ángel Domínguez Cortázar, Posgrado Gestión Integrada de Cuencas

[email protected] [email protected], [email protected], [email protected]

10 Universidad Autónoma de Querétaro

UAQ Patricia Roitman Genoud Especialidad en Desarrollo Comunitario.

[email protected],

11 Universidad Autónoma de San Luis Potosí.

UASP ASISTIERON ALUMNOS

12 Universidad Autónoma de Baja Caifornia.

UABC Leopoldo Mendoza Doctorado en Medio Ambiente y Desarrollo

[email protected]

13 Centro EPOMEX-Universidad Autónoma de Campeche

UACAMP Guillermo J. Villalobos Zapata Daniel Pech Maestría Manejo Integral de Costas y Mares

[email protected] [email protected],

14 Universidad UIA Benjamín Ortiz Espejel Programa benjamí[email protected]

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Iberoamericana, Puebla.

Interdisciplinario de Medio Ambiente

15 El Colegio de la Frontera Norte

COLEF Lina Ojeda Revah Maestría en Administración Integral del ambiente

[email protected]

16 Universidad de Guadalajara

UADG Arturo Curiel Ballesteros Maestría en Ciencias de la Salud Ambiental

[email protected],

17 Centro de Investigaciones Biológicas del Noroeste

CIBNOR Elisa Serviere Zaragoza Coordinadora del programa de estudios de posgrados

[email protected],

18 Universidad de Colima UCOL Rosalba Thomas Muñoz Especialidad en Ciencias del Ambiente, Gestión y Sustentabilidad

[email protected]

19 Universidad Veracruzana

UV Alejandro Sánchez Vigil Maestría en Estudios Transdisciplinarios para la Sostenibilidad

[email protected]

20 Universidad Autónoma De Mexico

UNAM Gerardo Bocco Verdinelli del Centro de Investigaciones en Geografía Ambiental-UNAM. Campus Morelia. Michoacán

[email protected],

21 Instituto Mexicano de Tecnología del Agua

IMTA Alejandro Sainz Zamora Programa de posgrado

[email protected]

22 Universidad Veracruzana

UV Leonardo D. Ortiz-Lozano Maestría y Doctorado en Ecología

[email protected]; [email protected]

23 Universidad Veracruzana

UV Silvia del Amo Rodríguez José María Ramos Prado

[email protected], [email protected]

En 2010 el simposio armó foros de discusión entre los fundadores de las Escuelas identificadas donde la Escuela Ensenada es la más experimentada y que está en proceso de actualización para oficializar los cambios tenues que han hecho a los largo de 20 años pero que garantizan la interdisciplina en la curricula y en el desarrollo de las tesis. La Escuela Querétaro se especializa en manejo de Cuencas, y coincide en mucho con la anterior, el simposio de 2011, los alumnos expresaron muchas opiniones y experiencias similares. El blog http://4simposioposg-interdisciplinarios.blogspot.mx/ se ha estado utilizando como sitio para actualizar la información, anunciar eventos y se espera que la comunicación entre alumnos ahora sea más fluida con ua pagina de Facebook que elaboraron los alumnos. En los foros se habló de aquellas que por los indicadores impuestos por el sistema oficial, han cambiado su orientación regresando a ser más disciplinarios o en el mejor de los casos, multidisciplinarios, como es el caso de la escuela Yucatán, la cual era un ejemplo muy interesante e importante de trabajo transdisciplinario con las comunidades mayas. O casos tristes de posgrados que simplemente cerraron por falta de apoyo institucional como es el caso de la especialidad en Agua del Colegio de Sonora. El resultado de este simposio se concreta en un libro que está en prensa (Espejel et al., 2012) con las memorias de trabajos sobre los diferentes posgrados y su evaluación curricular en el cual participaron coordinadores, docentes y alumnos. En 2011 el grupo pionero de la UABC de la maestría en manejo de Ecosistemas de Zonas Áridas recibe el premio 2011 de Ecology and Society donde los alumnos publican los métodos y las experiencias para que, a través de proyectos, se aprenda el proceso de la pluridisciplina (Vázquez et al., 2011). Las actividades más importantes que tiene

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proyectadas la REMEPPAS para los siguientes dos años es la realización de dos foros regionales para la discusión universitaria de las formas de enseñar la ciencias pluridisciplinarias, además de buscar universidades iberoamericanas para establecer convenios de colaboración, donde los alumnos y profesores sean favorecidos en estancias de investigación y en colaboración de cursos. Esta reunión forma parte de esa meta para el 2014 ya que tenemos una propuesta de articulación de las futuras actividades de su REMEPPAS con las actividades de ARIUSA y/o de las otras Redes que constituyen la Alianza.

Espejel, I., C. Leyva, E. Arellano, G. Arámburo, R. Martínez, J.L. Fermán y C. Arredondo. 2005. Evaluating interdisciplinary teaching and research in developing countries. Intrerdisciplinary Environmental Review. June.VII(1):82-90.

Espejel, I, C. Arredondo y R. González Barradas. 2012 en prensa. Posgrados pluridisciplinarios en ambiente y sociedad: Aproximaciones diversas. VII Biblioteca Universidad y Ambiente.

Pineda López R. y M.C. Gilio Medina. 2007. La Maestría en Gestión Integrada de Cuencas: vinculación para el mejoramiento del aprendizaje. Ponencia en el Congreso nacional de cuencas. http://www.scribd.com/doc/27319767/Universidad-Autonoma-de-Queretaro

Pineda López, R., J.L. Moreno Vázquez, B. Ortiz Espejel, e I. Espejel, UABC. 2007. Manejo Integrado de Cuencas: necesidad de innovar la educación universitaria para promover su aprendizaje. Congreso nacional de cuencas. http://www.scribd.com/doc/27364011/Pineda-Moreno-Ortiz-y-Espejel-Queretaro

Varios. Propuesta de Investigación sobre la situación actual y potencialidades futuras de los postgrados en ambiente y sustentabilidad en Iberoamérica, en el marco del Espacio Iberoamericano del Conocimiento (EIC). http://www.scribd.com/doc/27898049 /Sobre-AIPAS

Vázquez, C., C. Aguilar, H. Benet, R. Carmona, T. De la Vega, H. Espinosa, M. Flores, P. Franco, I. Frias, J. Guzmán, A. Hernández, A. Licona, F. Martínez, A. Maymes, M. Mondragón, T. Montano, L. Ojeda, A. Ríos, E. Rochín, L. Rodríguez, N. Rodríguez, R. Romero, F. Solís, S. Valdés, and I. Velázquez. 2011. Twenty years of interdisciplinary studies of the “MEZA” program’s contributions to society, ecology, and the education of postgraduate students. Ecology and Society 16(4): 19

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Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles

Manrique Arguedas C., Coordinador REDIES, Universidad EARTH- E-mail: [email protected]

Antecedentes: Con el propósito de promover acciones conjuntas para alcanzar la sostenibilidad de nuestros campus y comunidades,se organizó en noviembre del 2009 un encuentro de Instituciones de Educación Superioren el Campus de la Universidad EARTH. Al mismo asistieron 21 personas de 9 instituciones distintas. Este fue el punto de partida para solicitar la firma de una carta de intenciones a las instituciones que asistieron y conformar así la Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles. Posteriormente se dio la firma de un convenio avalado por 14 rectores de diferentes instituciones en Diciembre del 2010, en donde se consolidó y formalizó la creación de la Red.

Objetivos estratégicos REDIES desde su concepción ha visionado ser el ente dereferente nacionalen las acciones para alcanzar la sostenibilidad social empezando por las instituciones educativas, de forma que puedan considerarse en primera instancia mejorar internamente la gestión ambiental en los campus universitarios, para luego incidir en los programas de estudio, es por ello que se definieron una serie de tareas para llegar al objetivo mencionado. Definiendo sus objetivos estratégicos:

1. Establecer indicadores mínimos de desempeño ambiental para sus miembros con el fin de homologar acciones.

2. Desarrollar proyectos conjuntos con los miembros de la Red para optimizar los recursos. 3. Incorporación de la política ambiental en las Universidades

Amparados en los objetivos anteriormente mencionados, el Comité Técnico y el resto de representantes de las instituciones, han desarrollado planes de trabajo anuales, del cual se presentan a continuación los resultados obtenidos durante el 2011:

1. eneración de Indicadores de desempeño ambiental 2. Generación de Políticas Ambientales en las Instituciones 3. Desarrollo de protocolo para incorporación a REDIES 4. Participación en la EcoRomería 2011 5. Estado de las regencias de ambiente y química en las Instituciones 6. Mesa Redonda: Ley de Gestión Integral de Residuos Sólidos 7. REDIES Forum 2011, Campus de la UTN 8. Actividades realizadas en cada institución el 05 de Junio 9. Reuniones mensual del Comité Técnico 10. Perspectivas para el 2012

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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1. Generación de Indicadores Se promovió la incorporación de indicadores ambientales en las instituciones miembro en los temas de:

1. Manejo de residuos sólidos 2. Gestión y eficiencia del recurso energético 3. Reducción de Emisiones 4. Aguas Residuales 5. Consumo de agua 6. Gestión de recursos: compras sustentables

Diagnóstico inicial y avances de Indicadores Se elaboró una reunión para la presentación de indicadores de desempeño seleccionados, con el fin de cada una de las instituciones miembro los apliquen en su gestión ambiental. No obstante, algunas de la instituciones no han presentado los avances de los indicadores. Por lo que para el año 2012 se deberá dar seguimiento y solicitar a las rectorías los avances correspondientes.

2. Políticas Ambientales en las Instituciones Se ha promovido, desde la red, la gestión y aprobación de la política ambiental de cada institución. A la fecha, 9 de las 14 instituciones ya poseen su política ambiental. Las instituciones que han entregado su política al Comité Técnico de la red son:

1. UNA 2. UCR 3. EARTH 4. CATIE 5. UTN 6. TEC 7. UNIBE 8. INCAE 9. INA 10. UCI 11. UVERITAS 12. UNED (pendiente en revisión) 13. UMCA (pendiente en revisión) 14. ULATINA y UAM (pendiente en revisión)

3. Protocolo para incorporación a REDIES

Se diseñó el protocolo y un formulario de incorporación a la Red, con el propósito de promover la adhesión de más instituciones a la Red. El reto para el 2012 se presentará en la promoción de la red a otras instituciones y su incorporación como miembros activos.

4. Estado de las Regencias de ambiente y química en las Instituciones Desde octubre del año 2011 fue enviada una carta dirigida a los rectores y directores de las instituciones, manifestando la preocupación de la figura de los regentes químicos y de ambiente que son necesarios para la gestión operativa de las instituciones. El estado actual con base a las respuestas recibida por parte de las autoridades universitarias se detalle en el Anexo 1 al final de este documento.

5. Participación en la EcoRomería 2011

Con el objetivo de generar un cambio en la población costarricense,la Universidad EARTH une esfuerzos con el Ministerio de Ambiente, Energía y Telecomunicaciones de Costa Rica (MINAET), para implementar un programa de educación ciudadana sobre el manejo de residuos sólidos durante la Romería a Cartago. Esta campañarecibió el nombre de EcoRomería: la promesa de todos. En esta actividad se contó con el apoyo de diferentes instituciones que conforman REDIES, por medio del voluntariado. Dentro de las que colaboraron están: UMCA, UNA, INA,

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UTN, TEC y UCR. Gracias a este esfuerzo compartido se recuperaron 2.4 toneladas de materiales valorizables, gracias a una mejor clasificación de los residuos, siendo el éxito más evidente la ausencia casi total de desechos en las vías.

6. Mesa Redonda: Ley de Gestión Integral de Residuos Sólidos La Universidad Nacional, la Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles (REDIES), el Programa UNA-Campus Sostenible y con la colaboración de la Municipalidad de Heredia, organizaron el Conversatorio sobre la “Ley para La Gestión Integral de Residuos N°8839”. Dicho Conversatorio se realizó el jueves 24 de marzo del 2011, en el Auditorio Clodomiro Picado del Campus Omar Dengo de la UNA. La actividad contó con la participación de 125 personas.

7. REDIES Forum 2011, Campus de la UTN

El REDIES Forum 2011 fue el segundo espacio de intercambio de experiencias y prácticas de carácter sostenible, organizado por Red Costarricense de Instituciones Educativas Sostenibles - REDIES. En esta ocasión, se comprendieron las áreas de ahorro energético, arquitectura sostenible, carbono neutralidad y compras verdes. Dicho espacio fue dirigido a todos aquellos interesados que deseen convertir sus espacios de trabajo o estudio en centros sostenibles.

El Forum fue desarrollado en la Sede Atenas de la Universidad Técnica Nacional, los días jueves 18 y viernes 19 de Agosto del 2011. Para cubrir los temas propuestos se contó con la participación en los paneles de expertos en la materia así como vivencias prácticas. Esta actividad reunió a más de 50 personas de las siguientes instituciones: UNIBE, UNA, TEC, INA, UCR, UMCA, UNED, UTN, EARTH, UCI, CATIE, VERITAS, ULATINA, INCAE. A cada participante se le entregó un certificado de participación y un disco con los contenidos de las presentaciones. Asimismo, en este espacio se contó con proveedores amigables con el ambiente, quienes participaron mediante stands, entre ellos: DISCRESA (calentadores solares), Jiménez y Tanzi, 360 Soluciones Verdes y Swissol.

8. Actividades en celebración del día mundial del ambiente y otras fechas Se ha logrado generar acciones conjuntas para desarrollar actividades entorno a diferentes fechas como lo es el día mundial del ambiente, día de la tierra, y otras. Estas actividades van de estimular apoyar “un día sin autos”, promoción de la eficiencia energética, siembra de árboles, charlas de carbono neutralidad, limpieza de ríos, entre muchas otras. Esto ha sido promovido por medio de comunicados de prensa conjuntos.

9. Perspectivas para el 2012

Para este 2012, las iniciativas se centran en: 1. Promover dentro de las instituciones faltantes la aprobación de políticas ambientales. 2. Desarrollar actividades para la celebración de fechas ambientales, tales como el día del

ambiente, día sin autos, entre otras 3. Presentación y actualización de indicadores de sostenibilidad. 4. Contar con un reglamento de trabajo de la Red. 5. Organizar el REDIES FORUM 2012: Gestión de Residuos y Carbono Neutralidad 6. Incorporación a otras redes regionales de universidades que compartan nuestros objetivos

como red. 7. Promover capacitaciones de los integrantes de la Red en temas relacionados a la gestión

ambiental, que ayuden a incidir en sus instituciones.

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RESUMOS EXPANDIDOS

GRUPO 1- A PESQUISA E FORMAÇÃO PARA A AMBIENTALIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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INFORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA COMO CRÍTICA AO MODELO SOCIAL E COMO COMPETÊNCIAS TÉCNICAS ANTE OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

RUSCHEINSKY, Aloisio1 Unisinos Email: [email protected] Grupo1 – A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades Palavras-chave: informação, socioambiental, competência técnica, sustentabilidade Introdução

O presente texto2 reporta-se a um estudo da compreensão de questões socioambientais e possui como foco primordial fundamental a abordagem sobre as diferentes formas de percepção, o acesso à informação que potencializam as ações cotidianas, o domínio sobre conceitos de gestão da natureza por parte de estudantes universitários. O domínio de conceitos e o discernimento de informações ambientais qualificam a qualificam a interpretação dos processos tecnológicos e compreensão dos impactos ambientais.

Existem poucas universidades brasileiras que consolidaram as condições para construir os mecanismos de um sistema de gestão ambiental e além disto agilizaram os encaminhamentos obtendo o sucesso da certificação – ISO 14001.

O sistema de gestão ambiental uma vez instituído ou formalizado pela instituição ainda requer um programa de difusão de informações e de adesão por meio de uma educação ambiental, ao mesmo tempo esta tende a contribuir para o sucesso das iniciativas atinentes aos programas que compõe a gestão ambiental.

Esta pesquisa enfoca as informações expressas por universitários a partir de sua inserção nas dinâmicas econômicas, socioambientais e políticas de organização, denotando suas relações com diversos agentes sociais. A pesquisa realizada ao longo de diversos semestres com alunos de disciplina com temática socioambiental, servindo assim como mecanismo de formação de uma consciência a respeito de proposições para alternativas à crise ambiental como um processo de ambientalização nas universidades, mas não somente de currículo, mas de práticas e de compromisso com o ambiente.

A escolha deste objeto de estudo prende-se a dois aspectos principais: à caracterização dessas informações como uma compreensão das relações sociais e ao mesmo tempo reveladoras de um processo de reconhecimento das questões ambientais como fundamentais na formação profissional, representando uma possibilidade de qualificação e de aquisição de competências; à possibilidade de caracterizar o universo dos usuários/universitários que circulam ou freqüentam uma instituição educacional que se orgulha da certificação adquirida.

A investigação levada a efeito teve entre seus objetivos descortinar a percepção ambiental associada ao grau de informações e o artigo apresenta um estudo dos universitários que possuem na grade curricular de seus cursos uma disciplina relacionada às questões ambientais. A análise pretende contribuir com o conhecimento da realidade à medida que dimensiona aspectos relevantes da visão e do comportamento em relação às variáveis ambientais. Por fim, pode vir a fornecer subsídios aos docentes da respectiva área de atividade acadêmica, bem como à gestão

1 Doutorado em sociologia pela USP, pesquisador e professor do PPGCS da Unisinos.

2 Esta é uma versão ainda preliminar.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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organizacional da universidade no planejamento de ações de acordo o sistema de gestão ambiental e na direção das expectativas de confirmar a boa avaliação da certificação.

A pesquisa não teve uma preocupação com algumas questões deveras usuais neste tipo de investigação que levem a destacar questões individuais e que visam identificar um perfil do estilo de vida como sexo, idade, local de moradia, instrução, renda, preferências estéticas e fonte de informações sobre as questões ambientais.

Metodologia

O presente texto foi concebido na ótica da apreciação do grau de informações expressas pelos universitários de uma disciplina num momento da trajetória e como construção de um programa de Educação Ambiental. enfim desenvolvido a partir de um diagnóstico possível a partir de um questionário os universitários responderam às questões formuladas e que serão apontadas e analisadas oportunamente. A população considerada foi constituída de universitários dos cursos das áreas da economia e das engenharias da Unisinos (São Leopoldo/RS) totalizando 148 questionários, no início dos semestres de 2010.

O questionário também é revelador, menos da eficiência, mas da abrangência e da importância das informações prévios ao momento de inicio das atividades acadêmicas sob a temática do desenvolvimento sustentável. Dos cerca de 40 cursos de graduação oferecidos pela universidade todos incluem em sua grade curricular uma disciplina relacionada às questões ambientais, cujos desafios reportam-se a uma abordagem que ofereça uma conexão entre racionalidade, complexidade e sustentabilidade socioambiental (Leff, 2009)

As respostas que desvelam as concepções dos estudantes subsidiaram as reflexões conduzidas sobre os diversos temas como o sistema de gestão ambiental como uma forma de organização do espaço, bem como o privilégio atribuído a origem, a destinação e as consequências da gestão dos resíduos.

Algumas ponderações significativas a partir das respostas ao questionário

Algumas disciplinas instituídas na grade curricular da universidade se destacam como espaço privilegiado para o debate sobre o discernimento a respeito de informações e a aprendizagem referente a alternativas e a valores socioambientais. De acordo com Brandalise e outros (2009, p.280),

“verifica-se que a percepção ambiental não está associada ao grau de educação ambiental que é recebida. Esta conclusão baseia-se somente na interferência gerada pelas disciplinas direcionadas às questões ambientais. Este estudo de caso corrobora outros resultados de pesquisas, constatando-se que a educação ambiental nas escolas brasileiras é deficiente ... já que a mídia é a principal fonte de informações sobre as questões ambientais para os dois grupos da amostra pesquisada”. Isto apesar de disciplinas já cursadas sob a temática ambiental na respectiva universidade.

As expectativas dos universitários são úteis na tomada de decisão organizacional, pois identifica oportunidades para estimular ações. A investigação não teve como firme propósito observar diferenças no conjunto de informações entre universitários da amostra que já tinham cursado disciplinas relacionadas a questões ambientais e aqueles que não o tivessem participado de atividade acadêmica sob este conteúdo.

O dispositivo constitucional compreende uma certa associação entre direitos sociais e ambientais, bem como assegura a parceria entre Estado e sociedade civil na resolução dos problemas ambientais: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo é essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações presentes e futuras” (CF, 1988, art. 225). Ao seu final reporta-se à definição de desenvolvimento sustentável do relatório de Brundtland para a ONU em 1987 sobre o ambiente global e do desenvolvimento.

Os relatórios relativos às questões ambientais na órbita da ONU alertam para a urgência de medidas alternativas ao processo de degradação de recursos naturais e a relevância das informações como requisito para tal empreendimento ou como forças para participar de

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campanhas visando modificar os rumos ante alarmes quase catastróficos. Os futuros profissionais, como cidadãos e como consumidores podem exercer uma pressão positiva no seu ramo de atividade laborativa para que as empresas adotem medidas ambientais responsáveis, bem como para difundir formas de colaboração com a sustentabilidade no cotidiano.

A análise das respostas leva em consideração que a percepção ambiental decorre da interpretação das informações, da capacidade de discernimento e de convicções crenças, valores. Enfim, é uma junção entre aspectos relativos aos condicionantes sociais e os aspectos da subjetividade e valores éticos. O cidadão e o consumidor são amplamente influenciados por um amplo conjunto de informações, especialmente da publicidade, bem como por questões subjetivas que podem estar relacionadas a idade, renda, nível de educação, mobilidade social, imaginário de distinção e gosto estético individual. O questionário não solicitava indicar a principal fonte para a obtenção de informações sobre as questões ambientais. Provavelmente destacariam o acesso a mídia eletrônica como a principal fonte de informações (Almeida e Andrade, 2007).

A análise das respostas permitiu verificar que nas amostras da população universitária pesquisada vicejam um amplo conjunto de informações ambientais, cujas características são reveladoras da difusão do debate e institucionalização de questões ambientais. Sendo assim as respostas à interrogação “desenvolvimento sustentável”, permitiu a aglutinação em quatro blocos: a) a conciliação entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental; b) desenvolvimento para atender necessidades do presente e das gerações futuras; c) tudo o que se consome seja reciclável d) o uso dos recursos renováveis e não- renováveis conforme o ecossistema e sua capacidade de suporte.

As atividades de ensino podem ser vistas como conjugadas ou inseridas num campo de observação de um processo de gestão ambiental da instituição universitária (Tozzoni-Reis, 2001), direcionada dentro de um escopo de ações orientadas em projetos e em processos de participação que ensejem ações colaborativas e de comprometimento individual com a proteção ao espaço e uso de bens do patrimônio ambiental. Considerando as áreas dos cursos de graduação podem ser consideradas singelas ou carentes de informações as respostas a propósito da questão sobre o sentido de um Sistema de Gestão Ambiental numa sociedade de escassez de recursos naturais. A par dos que não afirmaram não saber o que significa ou de apontar fragmentos, alguns efetivamente o SGA como o funcionamento ou controlador das ações realizadas num determinado espaço em vista de amenizar os problemas/riscos ambientais.

As informações referidas à certificação estão na mesma direção da questão anterior. Portanto, dentro desse contexto da obtenção e da ratificação das condições da certificação ISSO 14001, inclui-se também o que ocorre junto aos conteúdos e práticas relativas às atividades acadêmicas e suas circunstâncias, como espaços privilegiados para a reflexão sobre a implementação de atividades e a colaboração do público universitário.

O conjunto de informações pode revelar o grau de identificação dos pesquisados com o consumo ecológico, de discrepâncias nas características em suas respostas e da adesão às oportunidades com desdobramento de ações com significado ambiental. O questionário solicitava citar três coisas relativas ao meio ambiente que acha que deveria fazer, mas que por alguma razão não as põem em prática. Existe quase um consenso, como temas informados por meio da mídia, quanto aos três primeiros aspectos: a) separar adequadamente o lixo; b) economizar água e luz; c) usar menos o carro e mais transporte público; d) cuidar mais dos recursos naturais e evitar os supérfluos no consumo ou desperdício.

Todavia, em face da interrogação sobre as diferentes formas em que consome água ou se utiliza de recursos hídricos apenas cerca de 10% fez referencia às formas indiretas do consumo de água como qualquer processo produtivo de bens de consumo. Dimensionar as formas indiretas de consumo de água remonta uma visão com informações mais abrangentes em lugar da fragmentação, com capacidade de compreender o quanto a água potável está embutida em cada bem de consumo.

A imensa maioria dos universitários resignou-se a mencionar os aspectos cotidianos diretos ou imediatos, revelando a abstinência à perspectiva abrangente ou da totalidade. Em face da fragmentação das leituras da realidade socioambiental Bacci e Pataca (2008, p. 211) destacam a

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relevância de uma abordagem a partir de diversas perspectivas ou uma aglutinação de informações.

Diante das discussões em relação à crise socioambiental atual, acreditamos que a educação para a água deva ser realizada a partir da abordagem das dimensões espacial e temporal, considerando nesta última o tempo geológico e a história humana, sem a qual não é possível enfrentar a fragmentação do conhecimento que predomina no ambiente escolar. A abordagem por metodologias interdisciplinares, proporciona uma visão integrada e contextualizada do tema para a construção do conhecimento.

Ainda sobre as informações relativas ao consumo de água em face da interrogação quanto à origem da água encanada para consumo cotidiano as respostas foram um tanto evasivas ou sintéticas: rios, estações de tratamento, empresa pública ou poços. Este sintoma pode revelar a escassez de informação quanto à árdua trajetória da água até chegar ao consumidor ou os desafios das políticas públicas ambientais como se reportam Ferraro e Sorrentino (2001), em face da demanda pelo direito à água potável. Igualmente ante a pergunta sobre “para onde vai a água que descarta” a informação sobre uma possível trajetória pareceu demasiadamente parcimoniosa, permanecendo a dúvida se é o caso de ausência de compreensão do processo. Integra esta fragilidade das informações sobre o cuidado do meio ambiente cotidiano as incertezas quanto a existência ou não de rede coletora de esgoto doméstico e sua possível condução a uma estação de tratamento.

Os elementos que compõem as informações sobre o meio ambiente podem ser avaliados como mais adequadas quando compreendem os processos históricos, entre os quais a estreita presença da variável ambiental e sua influencia em toda a cadeia produtiva ou nas etapas da extração da matéria-prima ao descarte ou reciclagem. Alguns itens do questionário sob a ótica da percepção ambiental abordavam questões que se referiam às ações, à conduta ambiental no cotidiano visando a colaboração com a redução/conservação de recursos no consumo, reutilização e reciclabilidade.

Em geral, ao que tudo indica, considerando os elementos apresentados somente em alguns casos a questão fundamental permite fazer referência a uma suposta ausência de informações quando não respondem efetivamente, como é o caso da interrogação sobre pegada ecológica. As respostas a esta interrogação possuem quatro significados preponderantes (além do significativo número que não sabe ou não respondeu): a) o reconhecimento do indivíduo quanto ao seu impacto ecológico; b) a recuperação do meio ambiente; c) a preservação ecológica (proteção/ respeito); d) os programas de conscientização/fiscalização. Efetivamente, a proposição da pegada ecológica associada as atividades do ONG WWF possui uma importante tarefa de alertar os indivíduos quanto aos impactos ambientais, porém igualmente contém duas limitações especiais relevantes: a sua generalidade quanto ao tempo e espaço e a restrição a questões ecológicas, sem contemplar adequadamente as dimensões social, cultural e institucional.

Como mecanismo de averiguar o uso racional da água alguns autores fazem referência à “pegada hídrica” ou “pegada da água”, termo recente que se concentra exclusivamente em avaliar os gastos diretos e indiretos de água, como metros cúbicos ou litros por pessoa/ano, para sustentar o estilo de vida individual, de uma cidade, região ou país. Sobre este aspecto consulte-se as diversas reportagens em www.ihu.unisinos.br, bem como Garrido (2008).

Entre as preocupações da investigação situa-se a atenção a questões relativas às práticas sociais decorrentes das informações. Neste sentido, se poderia estabelecer nexos entre as informações, as questões atinentes à percepção Ambiental e como tais se referem às ações ou à conduta individual cotidiana. Esta questão fica evidenciada quanto à informação sobre práticas sociais relativas à coleta seletiva, visando à reciclagem, quanto à redução/conservação de recursos no consumo e reutilização. É significativo o numero que apontam o significado desta variável ambiental, todavia confessam que não realizam a prática que a informação enseja.

A percepção da dimensão ambiental nas mais diferentes circunstâncias pode ter o seu correlativo demonstrado pela ação ou comportamento junto às atividades domésticas, profissionais e de lazer, ou na aquisição de produtos considerados ecologicamente corretos. Há um conjunto de questões que se reportam mais expressamente a uma compreensão da dimensão política das

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questões ambientais, todavia é neste momento que o senso comum se manifesta de uma forma mais evidente ou uma ausência da compreensão política da questão ambiental.

A organização do espaço, o uso da energia, os resíduos sólidos e líquidos tornaram-se um problema da gestão, tanto no que se refere a sua produção e contaminação ambiental, ou no desperdício de energia e matéria-prima. Por isto algumas questões interrogam sobre a preocupação em relação à matéria-prima ou origem de bens de consumo ou as condições de produção para a oferta, ou quanto ao destino dos resíduos gerados (possibilidade de reutilização, reciclabilidade) ou a redução do consumo de energia. Sobre a questão dos resíduos o questionário ainda contemplou os seguintes tópicos: origem e destino dos resíduos sólidos e líquidos; medidas que o entrevistado imagina que comporiam uma política ambiental estratégica para a sua cidade.

Algumas ponderações ou considerações de finalização

A partir do diagnóstico oferecido pelas respostas ao questionário foram planejadas e desenvolvidas atividades acadêmicas sobre praticamente todos os itens, destacando-se aspectos que poderiam ser considerados críticos em face das informações supostamente difusas ou no mínimo largamente disponíveis ao acesso e da compreensão de estudantes universitários.

O tipo de informações apreendidas pode ser substantivo para endossar movimentos na sociedade visando à diminuição dos impactos introduzidos pelas práticas de consumo e pelas atividades industriais sobre o meio ambiente. Em colaboração com as políticas públicas ambientais a demanda dos cidadãos vem requerendo na ótica do Estado de direito uma normatização para sistemas de gestão ambiental que norteiem as organizações e dentro dos quais a colaboração individual possui um espaço fundamental.

Os investimentos no sistema de gestão ambiental da universidade provavelmente também possuem entre os seus motivos os fatores competitivos, existem outros fatores que determinam a realização de tal investimento. Assim, o que antes parecia fator de custos quanto ao processo de organização do espaço, a questão ambiental depara a instituição não somente com as vantagens competitivas e oportunidades econômicas, porém associado a questões éticas e humanísticas para fomentar uma gestão responsável dos bens naturais.

A universidade além de implantar um sistema de gestão ambiental que lhe concede a certificação precisa investir de forma racional no que se refere ao desenvolver dos seus instrumentos ou mecanismos de informação aos usuários do espaço. Os benefícios ambientais almejados ou proporcionados necessitam de uma adequada apropriação para instigar a mudança na visão de mundo dos universitários. Para os universitários das áreas da engenharia e da economia uma ênfase na mudança dos padrões de consumo e nos processos de produção tanto adverte na direção de rever os nexos com a escassez de bens ambientais, quanto se consolida como uma forma de fortalecer a ação política dos cidadãos. Sob a lógica humanística adicionam materialidade ao campo de um compromisso ético e responsabilidade em face dos impactos ambientais que as escolhas tendem a causar no meio ambiente.

Referências

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ESCRIVÃO, Giovana, NAGANO, Marcelo S. e ESCRIVÃO F., Edmundo. A gestão do conhecimento na educação ambiental. Perspectivas em Ciência da Informação, v.16, n.1, 2011, p.92-110.

FERRARO J., Luiz A. e SORRENTINO, Marcos. Imaginário político e colonialidade: desafios à avaliação qualitativa das políticas públicas de educação ambiental. Ciências e Educação. Bauru, vol.17, n. 2, 2011, p.339-352.

GARRIDO, Alberto. A pegada da água. Revista Eco21, no. 143, 2008, Disponível em http://www.eco21.com.br/home/index.asp

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LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade,complexidade, poder. 7 ed. Petrópolis RJ.: Vozes, 2009.

JACOBI, Pedro; VIVEIROS, M. Da vanguarda à apatia, com muitas suspeitas no meio do caminho: gestão de resíduos domiciliares em São Paulo entre 1989 e 2004. In: JACOBI. P. (org.) Gestão compartilhada dos resíduos sólidos no Brasil: inovação com inclusão social. São Paulo: Annablume, 2006, p. 17-64.

TOZZONI-REIS, Marília F. C. Educação Ambiental: referências teóricas no ensino superior. Interface (Botucatu), vol. 5, n. 9, 2001, p.33-50

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A PARTICIPAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC NO PROJETO REDE GUARANI SERRA GERAL: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

LIMA, Lucia Ceccato de Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC Projeto Rede Guarani Serra Geral – CTHidro, ANA,CNPq e FAPESC E-mail: [email protected] GRUPO 1 – A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades. Palavras-chave: Sustentabilidade. Educação Ambiental. Rede. Aquífero Guarani.

Ao compreender que o conhecimento se constrói historicamente, permite-se a articulação entre importantes unidades legais de planejamento e gestão ambiental: às unidades de conservação, às bacias hidrográficas e às cidades.

Neste contexto, a sociedade está organizada nos setores público, privado e social. As Universidades bem representam a sociedade civil, assim como outras associações, instituições e ONGs.

A Unidade de Conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo ás águas jurisdicionais para preservação, proteção e conservação da biodiversidade, é uma das estratégias para a conservação das águas (Lei 9.985/2000).

A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da política nacional dos recursos hídricos (Lei 9.433/1997). O estatuto da cidade, Lei 10.257/2001, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como de equilíbrio ambiental.

A educação ambiental, segundo a Lei 9.795/1999 é entendida como o processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,conhecimentos. (...) atitudes voltadas á conservação do meio ambiente (...) e a sustentabilidade.

Apresenta-se, portanto, como espaço para a construção da cidadania ambiental e do desenvolvimento sustentável dessas unidades legais, é como estratégia de formação e de mediação de processos educativos, de pesquisa e de extensão.

Em meio ao arcabouço legal apresenta acima, está a UNIPLAC que é uma universidade comunitária da Serra Catarinense, que tem compromisso com o desenvolvimento regional e vem realizando múltiplas ações de conformidade socioambiental.

Estas ações ocorrem no âmbito da gestão do campus com coleta de água da chuva para uso dos sanitários, coleta, separação, destinação do lixo (principalmente o hospitalar), saneamento básico e outras ações que contemplam as dimensões de ensino, pesquisa e extensão.

A UNIPLAC é uma das instituições que iniciou o Projeto Rede Guarani / Serra Geral em 2005, por meio de professores da área do Direito e das Ciências Biológicas. A articulação intra e interinstitucional, elaboração e tramitação do Projeto levou 3 anos. As atividades iniciaram em 2008.

A concepção e desenvolvimento do referido projeto tem uma estrutura complexa, haja vista, o número de Instituições e de pesquisadores. É um projeto interdisciplinar e em rede que visa a geração de conhecimentos técnicos, científicas e jurídicas para proteção ambiental e uso sustentável das águas do Sistema Integrado Aquífero Guarani / Serra Geral, no sul do Brasil, com

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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a participação de pesquisadores de universidades e Centros de Pesquisas que constituem uma rede. Segundo Capra (2002, p. 117) “(...) os sistemas vivos são redes autogestoras de comunicações. Isso significa que uma organização humana só será um sistema vivo se for organizados em rede ou contiver redes menores dos seus limites”.

O Projeto Rede Guarani / Serra Geral está organizado em metas subdivididas em componentes. Meta 1 (M1) – Caracterização e Levantamento de Dados: Meta 1 Componente 1 (M1C1) – Mapeamento geológico-estrutural, hidrogeológico e de avaliação de vulnerabilidade; Meta 1 Componente 2 (M1C2) – Sistemas de Informações Geográficas aplicadas à Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe; Meta 1 Componente 3 (M1C3) – Caracterização da mata ciliar do Rio do Peixe; Meta 1 Componente 4 (M1C4) – Levantamento qualitativo e quantitativo da fauna de vertebrados e recomposição de mata ciliar na Bacia do Rio do Peixe; Meta 1 Componente 5 (M1C5) – Levantamento do uso da terra, caracterização geofísica e geoquímica, e proposição de projetos de RAD em áreas de afloramento / contato do Aquífero Guarani.

Meta 2 (M2) – Avaliação da Qualidade da Água: Meta 2 Componente 1 (M2C1) – Análise e monitoramento da qualidade das águas na bacia do Peixe; Meta 2 Componente 2 (M2C2) – Monitoramento da qualidade das águas na bacia do rio Canoas; Meta 2 Componente 3 (M2C3) – Análises e monitoramento da qualidade de águas subterrâneas e superficiais da região do Alto Uruguai Catarinense.

Meta 3 (M3) – Estudos de Políticas Públicas: Meta 3 Componente 1 (M3C1) – Elaboração de metodologias aplicáveis aos planos diretores.

Meta 4 (M4) – Análise dos Aspectos Jurídicos: Meta 4 Componente 1 (M4C1) - Elaboração de marco jurídico legal, nacional e multinacional, de uso e conservação do Sistema Aquífero Integrado Guarani / Serra Geral; Meta 4 Componente 2 (M4C2) – Análise da natureza jurídica da água; Meta 4 Componente 3 (M4C3) – Estudo comparado da legislação voltada à gestão dos recursos hídricos em âmbito internacional; Meta 4 Componente 4 (M4C4) – Estudo comparado da legislação voltada à gestão dos recursos hídricos nos estados brasileiros.

Meta 5 (M5) – Extensão Tecnológica e Capacitação: Meta 5 Componente 1 (M5C1) – Formar agentes para implementação de ações de intervenção direta junto à comunidade (Educação Ambiental); Meta 5 Componente 2 (M5C2) – Ações estratégicas de Educação Ambiental para o uso sustentável das águas superficiais e subterrâneas na Bacia do Rio do Peixe; Meta 5 Componente 3 (M5C3) – Curso de Capacitação em Homeopatia; Meta 5 Componente 4 (M5C4) – Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias Homeopáticas / Fitoterápicas e de substitutos aos fertilizantes solúveis; Meta 5 Componente 5 (M5C5) – Inclusão da temática da gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas nas pesquisas e atividades de educação ambiental da Unochapecó. Das metas/componentes citados, chamamos a atenção para a M5C1. A Meta 5 – Extensão Tecnológica e Capacitação e Componente 1 – Educação Ambiental caracterizam-se por atuar na educação formal e não formal, na extensão e na pesquisa.

A Educação Ambiental transversaliza as metas e os componentes do Projeto o que permite seu transito nas mais diversas atividades e parcerias, tanto no fomento da rede interna como externamente. Assim, muitas das ações são desenvolvidas com pesquisadores de outros componentes e com outras instituições (Klabin, Sesc, Epagi ...).

Todos os eventos, orientações, produções científicas, palestras ministradas, trabalhos apresentados, oficinas pedagógicas, saídas a campo são vinculadas a área da Educação Ambiental e as e estão situadas em áreas de abrangência e/ou afloramento do Aqüífero Guarani / Serra Geral, como é o caso da Estação Experimental da Epagi – Lages/SC, Vila Camboni que localizam-se na borda do Guarani.

Neste sentido, há fios condutores que ligam cada uma destas ações, caracterizando a emergência que é a Rede Guarani/Serra Geral, onde a Educação Ambiental é o elemento articulador.

A complexidade para a ligação entre estas dimensões é mediada pelos pressupostos teórico metodológicos propostos no Modelo Aberto de Educação Ambiental (LIMA, 2007), que trata da percepção ambiental dos envolvidos em cada atividade sobre as águas subterrâneas e superficiais como processo que integra aspectos biopsicosocias capazes de dar significado as

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experiências dos sujeitos no ambiente. De fevereiro de 2008 a março de 2012, foram atendidas 7.284 pessoas de forma direta, que se considerarmos que cada uma atua como disseminador de conhecimento sensibilizando mais três pessoas teremos aproximadamente 22.000 pessoas atendidas pelo M5C1.

Cabe salientar que estas ações são realizadas presencialmente e com grupos pequenos de pessoas, imprimindo proximidade entre os participantes das atividades.

O modelo epistêmico vigente construiu a relação que temos com o ambiente, ou seja, antropocêntrica insustentável.

Para construir outras relações ambientais será necessário um modelo que aproxime os seres humanos, que os leve a atuar em rede sinérgica, que construa uma ética ambiental integrada ao cotidiano, portanto, um paradigma ambiental sustentável.

Referências

BRASIL. Constituição Federal: Coletânea de Legislação de Direito Ambiental. Odete Madauar (ORG.) 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.

CAPRA, F. As Conexões Ocultas: Ciência para uma Vida Sustentável. São Paulo: CULTRIX, 2002.

LIMA, Lucia Ceccato de. Processo de Planejamento e Implantação do Parque Natural Municipal de Lages – SC com Ênfase na Conservação de Bacias Hidrográficas e na Percepção da Comunidade do Entorno. Florianópolis: UFSC. 2007 (tese).

LIMA, Lucia Ceccato de. Rede Guarani / Serra Geral: Relatório Técnico 2008 – M5C1. Lages: UNIPLAC, 2008.

LIMA, Lucia Ceccato de. Rede Guarani / Serra Geral: Relatório Técnico 2009 – M5C1. Lages: UNIPLAC, 2009.

LIMA, Lucia Ceccato de. Rede Guarani / Serra Geral: Relatório Técnico 2010 – M5C1. Lages: UNIPLAC, 2010.

LIMA, Lucia Ceccato de. Rede Guarani / Serra Geral: Relatório Técnico 2011/2012 – M5C1. Lages: UNIPLAC, 2012.

Projeto Rede Guarani / Serra Geral. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~laam/rgsg/index2.htm. Acesso em 25/04/2012.

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LEVANTAMENTO DAS AÇÕES AMBIENTAIS REALIZADAS PELA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

LIMA, Lucia Ceccato de; SOUZA, Luciani de Liz Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC Projeto de Iniciação a Pesquisa – Art. 170 Constituição Estadual E-mail: [email protected]; [email protected] GRUPO 1 – A Pesquisa e Formação para a Ambientalização nas Universidades Palavras-chave: Ações Ambientais. Universidade. Responsabilidade Socioambiental. A necessidade em estabelecer relações entre a sociedade e o seu meio ambiente fez com que atualemte voltemos nossos esforços para compreender como as atividades antrópicas interferem no meio ambiente.

Surge, então, a Educação Ambiental como estratégia de sensibilização ambiental, para contribuir com a reflexão a respeito do atual modelo de sociedade. Sendo assim, entendemos como Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Lei 9.795/99).

Pela relevância da Educação Ambiental, ela é considerada um tema transversal a ser desenvolvido como uma prática educativa e integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidade do ensino formal (MARIOTTO e CORAIOLA, 2009).

O Ministério da Educação iniciou em 2005 um projeto que mapeou a presença da Educação Ambiental nas escolas e verificou os padrões e tendências utilizando-se os dados dos censos escolares entre 2001 e 2004. Constatou-se que em 2001, o número de escolas que ofereciam educação ambiental eram de aproximadamente 115 mil, 61,2% do universo escolar, ao passo que, em 2004, esse número praticamente alcançou 152 mil escolas, ou seja, 94% do conjunto (LOUREIRO e COSSIO, 2007).

Entretanto, mesmo com este aumento da oferta da Educação Ambiental nas escolas, questionamos se esta Educação Ambiental oferecida é dinâmica, participativa, integrativa e transformadora na busca para promover a sensibilização para a adoção de novas posturas individuais e coletivas (MARIOTTO e CORAIOLA, 2009), ou continuam utilizando-a, como instrumento para atividades isoladas ou comemorativas.

Muito tem sido abordado, nos últimos tempos, sobre Educação Ambiental. Alguns autores concentram suas pesquisas nas questões epistemológicas, outros nas questões metodológicas. Não há registros sobre a concentração da concepção nas ações de educação ambiental que ocorrem na Uniplac.

A Educação ambiental, como um processo mediador, possibilita a construção coletiva do processo de desenvolvimento sustentável para os setores produtivos, com uma proposta metodológica aberta, cujo o modelo é gerar soluções a partir da participação social, podendo ocorrer em modalidades: formal e não-formal.

Neste sentido, entendemos que a Educação Ambiental Formal e Não-Formal é um processo de práxis educativa, que tem por finalidade a construção de valores, atitudes, conceitos, habilidades, normas, saberes e práticas partilhadas para a construção de um estilo de pensamento que contribua para a Cidadania Ambiental (LIMA, 2007).

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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A Educação Ambiental Formal ocorre dentro do sistema escolar. O educador deve construir o conhecimento inicial, bem como se apropriando dele e, aprender o suficiente para construí-los com seus alunos. “O educador deve ser o portador, da consciência mais avançada do seu meio [...] necessita possuir antes de tudo, a noção crítica de seu papel, isto é, refletir sobre o significado de sua missão profissional, sobre as circunstâncias que a determinam e a influenciam [...]” (PINTO, 1987, p. 24 – 25).

No campo educacional com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 20 de dezembro de 1996, que flexibiliza as estruturas curriculares, não apresentando mais currículos mínimos.

Na Educação Básica, foram apresentados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), enfatizando o meio ambiente como um tema transversal e no Ensino Superior as Diretrizes Curriculares de cada curso. No estado de Santa Catarina, em 1998, é disponibilizada, a toda a Rede Pública Estadual, a Proposta Curricular, que consta a Educação Ambiental como um Tema Multidisciplinar.

A educação ambiental deve permanecer em todas as instâncias do processo educativo. Mas reconhecendo as dificuldades de se estender num primeiro momento, por espaço tão amplo, limita-se a considerar apenas o que é possível fazer na educação formal, levando em conta as suas especificidades.

O desafio que nos apresenta, então, é oferecer uma proposta que sensibilize todos os educadores e abra caminho para uma capacitação que lhe permita a vivência da educação ambiental no cotidiano do seu fazer pedagógico (PROPOSTA CURRICULAR – Temas Multidisciplinares, 1998, p. 47 – 48). A LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 que dispõe sobre a educação ambiental, nos seus artigos 9 e 13 tratam das modalidades de educação ambiental, formal e não-formal: Art. 9o “Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas”.

Da mesma forma o Art. 13 “Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente”.

A Educação Ambiental Formal é identificada pelas ações Pedagógicas que ocorrem no âmbito das Unidades Escolares e das Universidades (Ensino, Pesquisa e Extensão). Essas ações apresentam-se como uma educação problematizadora em que não há uma metodologia única, nem técnicas fixas. Busca-se, acima de tudo, substituir a pedagogia das certezas e saberes pré-fixados por uma pedagogia da construção de conceitos e de conhecimentos contextualizados e historicamente situados.

A Educação Ambiental não-formal é entendida como qualquer atividade educacional, organizada fora do sistema escolar formalmente estabelecido, desenvolvida isoladamente ou como parte de uma atividade mais ampla, que visa atingir um grupo determinado com objetivos de aprendizagem também determinados. As lideranças constituídas pelos setores públicos e privadas começam a partir de um contexto da necessidade de preservar, recuperar, e ou manter o que ainda resta em nosso Meio Ambiente. A Educação Ambiental Não-Formal é identificada pelas Ações Pedagógicas organizadas fora do sistema escolar formalmente estabelecida, que pode ser isolada como parte de um programa mais amplo com objetivos específicos, que intenciona atender um determinado grupo de pessoas (Comunidades, Associações, Empresas).

A Uniplac nos últimos 20 anos tem realizado muitas ações na área de Educação Ambiental no ensino, pesquisa e na extensão. Por ser uma temática transversal estas ações estão pulverizadas em vários cursos e programas e na gestão da universidade.

No Programa de Pós-Graduação em Educação da Uniplac, a linha de pesquisa 2 trata da educação ambiental “Investiga processos educativos, com ênfase na educação popular, movimentos sociais, educação ambiental, cultura e políticas públicas. Com especial interesse nos estudos sobre diferença, etnicidade, gênero, geracional, território e sustentabilidade” (PPGE/Uniplac). Entretanto, até o momento não conhecemos uma pesquisa na Uniplac que

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possibilite sistematizar estas ações para um planejamento institucional, local e regional com vistas a um melhor aproveitamento dos recursos investidos, bem como possiblitando avanços teóricos.

Diante destes aspectos citados, esta pesquisa teve como objetivo realizar levantamento das ações ambientais realizadas por acadêmicos, professores e pesquisadores vinculados a Universidade do Planalto Catarinense nos últimos 20 anos, contribuindo para a construção do estado da arte da educação ambiental na região serrana.

A pesquisa está em andamento, e mesmo com os limites de uma pesquisa de iniciação, os resultados obtidos até o momento, estão sendo sistematizados e contribuirão com outras investigações e indicarão a ênfase das pesquisas em educação ambiental e ciências do ambiente realizadas na Uniplac.

Referências

BRASIL. LEI 9.795, de 27 de abril de 1999, Dispõe sobre Educação Ambiental e Institui a Política Nacional de Educação Ambiental, 1999.

LIMA, Lucia Ceccato de. Processo de Planejamento e Implantação do Parque Natural Municipal de Lages – SC Com Ênfase na Conservação de Bacias Hidrográficas e na Percepção da Comunidade do Entorno. (Tese) Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

LOUREIRO, Carlos Frederico B.. COSSÍO, Mauricio F. Blanco. Um olhar sobre a educação ambiental as escolas: considerações iniciais sobre os resultados do projeto “O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental?” In: Vamos cuidar do Brasil : conceitos e práticas em educação ambiental na escola. UNESCO, Brasília, 2007.

MARIOTTO, S. C. ; CORAIOLA, M. . Educação Ambiental na Concepção do Pensamento Sistêmico. Revista Acadêmica : Ciências Agrárias e Ambientais (PUCPR. Impresso), v. 7, p. 237-243, 2009.

PINTO. A. V. Sete lições sobre Educação de Adultos. São Paulo: Cortez, 1987.

SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina. Temas Multidisciplinares. Florianópolis: IOESC, 1998.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA AO CURSO DE DIREITO

MORAES, Suzana; SCHAPPO, Alexandre e RUSCHEL, Caroline Vieira Universidade do Vale do Itajaí E-mail para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]

Grupo 1 – A pesquisa e formação para ambientalização nas universidades

Palavras-chave: Educação Ambiental, Lei 9.795, Direito Ambiental, Formação curricular.

Historicamente, o operador jurídico é visto pela sociedade como um agente norteador, que aponta os caminhos seguros a serem tomados, levando em consideração o atendimento das diferentes demandas dos indivíduos com segurança erga omnes.

A formação acadêmica do curso de Direito precisa atentar-se a preparar os acadêmicos para além de compreender, promover a preservação ambiental com ênfase na sustentabilidade, afinal “estamos vivendo, na ciência e na sociedade, um momento de transição de paradigmas”. (TOZZONI-REIS, 2001).

Utilizou-se para a pesquisa o método de abordagem dedutivo, onde partindo-se de uma proposição teórica geral faz-se a aplicação ao caso particular. Como técnica de pesquisa a bibliográfica e como método de procedimento a pesquisa de campo, utilizou-se formulário de entrevista contento sete perguntas, sendo cinco abertas e duas fechadas.

O formulário foi aplicado a 25 acadêmicos do primeiro ano e a 37 acadêmicos do último ano do curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí. As questões apresentadas tiveram por objetivo identificar a percepção da cidadania ambiental, da concepção acerca da contribuição das pessoas e do operador de Direito, bem como da percepção da Lei de Educação Ambiental – Lei nº 9.795, de 1999.

O surgimento da Educação Ambiental se deu em três momentos significativos: “O primeiro ocorreu, gradativamente, em meados do século XIX e XX, nos Estados Unidos e na Europa, o qual se restringia apenas ao ambientalismo conservacionista. O segundo teve seu marco nas décadas de 1950 a 1971, e concomitantemente, o contexto do movimento ambientalista se intensificou não só em movimentos político-sociais, mas, sobretudo em ações direcionadas à educação escolar básica. O terceiro momento histórico da Educação Ambiental teve seu início com a Conferência de Estocolmo, em 1972, permanecendo até os dias atuais, registrando, assim, uma significativa e acentuada transformação, inclusive no Brasil, com a publicação de novas legislações, dentre elas, a Lei de Educação Ambiental.” (SOARES, 2010).

A Política Nacional de Educação Ambiental, instituída pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, define que a educação ambiental é o meio pelo qual os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, consagrado também na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que garante que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O meio ambiente é componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, também na educação superior. Esta prática educativa deve ser integrada, contínua e permanente, atendendo aos objetivos da educação ambiental, dentre os quais se destacam o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; o incentivo à participação permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente; construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada; e o fortalecimento da

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cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

CAPORLINGUA e COSATA (2011, p.11) afirma que “evitar que os conflitos cheguem às portas dos tribunais é um grande desafio social. A problematização da consciência ambiental do operador jurídico é necessária, pois ele tem um importante papel na transformação do meio em que está inserido. Logo, a Educação Ambiental transformadora é proposta para o (re)pensar as atividades daqueles que têm a formação jurídica na sua constituição e que denota a representatividade relacionada as mais diversas áreas de atuação e resolução de conflitos oriundos das relações socioambientais.”

CAPORLINGUA (2010, p. 92) afirma ainda que a “Educação Ambiental transformadora possui um conteúdo emancipatório, em que a dialética entre forma e conteúdo se realiza de tal maneira que as alterações da atividade humana vinculadas ao fazer educativo impliquem mudanças individuais e coletivas, locais e globais, estruturais e conjunturais, econômicas e culturais. Por isso situa o sujeito como agente de transformação da realidade; aquele que faz; age transformando o meio/a sociedade. Tem por finalidade a sustentabilidade da vida, a atuação política consciente e a construção de uma ética que se afirme como ecológica.”

A interdisciplinaridade do Direito Ambiental, prevista na Lei de Educação Ambiental, é algo inerente da própria existência do Direito Ambiental, conforme conceito de MACHADO: “O Direito Ambiental é um Direito sistematizador, que faz a articulação da legislação, da doutrina e da jurisprudência concernentes aos elementos que integram o ambiente. Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua abordagem antagônica.

Não se trata mais de construir um Direito das águas, um Direito da atmosfera, um Direito do solo, um Direito florestal, um Direito da fauna ou um Direito da biodiversidade. O Direito Ambiental não ignora o que cada matéria tem de específico, mas busca interligar estes temas com a argamassa da identidade dos instrumentos jurídicos de prevenção e de reparação, de informação, de monitoramento e de participação” (2010, p. 54 e 55). “Já em 1977, a UNESCO, junto a seu Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente promoveram a Conferência intergovernamental de Educação Ambiental em Tbilisi, que deliberou, entre outros temas, sobre a educação ambiental na universidade.

Dez anos depois o Congresso Internacional sobre a educação e a formação relativas ao meio ambiente, ocorrido em Moscou, reuniu mais de cem países e reafirmou as Recomendações feitas em Tbilisi. O Informe Final de Tbilisi contribui para definir o papel da Universidade, na incorporação da dimensão ambiental na sociedade: as universidades – em sua qualidade de centros de investigação, de ensino e de formação de pessoal qualificado no país - devem dar cada vez maior capacidade a investigação sobre educação ambiental e a formação de expertos em educação formal e não-formal, e - que a educação ambiental nas escolas superiores e universidades diferirá cada vez mais da educação tradicional e que se transmitirá aos estudantes os conhecimentos básicos essenciais para que sua futura atividade profissional redunde em benefício ao meio ambiente.” (NUNES, 2010).

Foram entrevistados 25 alunos do primeiro ano da faculdade de Direito. Nesta categoria, 32% conhecem e já ouviram falar de cidadania ambiental, destes, o conceito de cidadania ambiental está atrelada à consciência (62%) e a preservação e responsabilidade (38%). As pessoas, segundo os entrevistados, podem contribuir com a preservação ambiental (27%), reciclando os resíduos (25%), reduzindo o consumo (18%), economizando água (15%), agindo com prática sustentáveis (10%), e consciência ambiental (5%). Já a contribuição dos operadores de Direito se dá com o cumprimento da lei e pela busca de sua evolução (38%), defendendo o meio ambiente de forma consciente (27%), preservando (11%), orientando (8%), fiscalizando (8%) e punindo práticas lesivas ao ambiente (8%). O contato com a Educação Ambiental está atrelado a divulgação dada pela escola (38%), mídia (32%) a família (12%), faculdade (6%) e por outros meios (12%). Este contato se deu com a escola (36%), com a faculdade (23%), com a mídia (18%), com a família (18%) e por outros meios (5%).

Entre os entrevistados, 76% não conhecem a Lei de Educação Ambiental, 16% dizem conhecer a Lei de Educação Ambiental e 8% não responderam. Foram entrevistados também, 37 alunos do

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último ano da faculdade de Direito. Nesta categoria, 22% conhecem e já ouviram falar de cidadania ambiental, destes, o conceito de cidadania ambiental está atrelada a preservação e responsabilidade (63%), à consciência (12%) e a concretização de direitos e deveres (25%). As pessoas, segundo os entrevistados, podem contribuir com a preservação ambiental agindo com consciência ambiental (38%), reciclando os resíduos (33%), reduzindo o consumo (12%), economizando água (10%) e outras práticas (7%). Já a contribuição dos operadores de Direito se dá, principalmente com o cumprimento da lei e pela busca de sua evolução (50%), defendendo o meio ambiente de forma consciente (40%) e punindo práticas lesivas ao ambiente (10%). O contato com a Educação Ambiental está atrelado a divulgação dada pela mídia (34%), a faculdade (33%), a escola (25%), a família (25%), e por outros meios (3%).

Este contato se deu com a escola (33%), com a faculdade, citando as aulas de Direito Ambiental (31%), com a mídia (31%) e por outros meios (5%). Entre os entrevistados, 76% não conhecem a Lei de Educação Ambiental, e apenas 24% dizem conhecer a Lei de Educação Ambiental.

Em análise global da pesquisa, com a resposta de todos os entrevistados. Apenas 26% conhecem e já ouviram falar de cidadania ambiental, destes, o conceito de cidadania ambiental está atrelada a preservação e responsabilidade (50%), à consciência (37%) e a concretização de direitos e deveres (13%). As pessoas, segundo os entrevistados, podem contribuir com a preservação ambiental preservando (27%), reciclando os resíduos (26%), agindo com consciência ambiental (19%), reduzindo o consumo (13%), economizando água (11%) e agindo com práticas sustentáveis (4%).

Já a contribuição dos operadores de Direito se dá, principalmente com o cumprimento da lei e pela busca de sua evolução (46%), defendendo o meio ambienta (35%), punindo práticas lesivas ao ambiente (9%), preservando (4%), fiscalizando (3%) e orientando (3%). Os entrevistados demonstram que o local que se deu o contato com a Educação Ambiental foi a mídia (34%), escola (30%), faculdade (23%), família (7%) e outros locais (6%). O contato com a Educação Ambiental está atrelada à escola (34%), à faculdade (28%), à mídia (27%), infância (6%) e em outros meios (5%).

Entre os entrevistados, 76% não conhecem a Lei de Educação Ambiental, 3% não responderam e apenas 21% dizem conhecer a Lei de Educação Ambiental. Como resultado, vê-se que a formação acadêmica do estudante de direito atende parcialmente as propostas da Política Nacional do Meio Ambiente, havendo muito a ser feito. Fica confirmado pela pesquisa que a faculdade tem aumentado o conhecimento acerca do ambiente, entretanto, este conhecimento se deu principalmente nas aulas de Direito Ambiental, indo ao desencontro com o proposto pela Política Nacional de Educação Ambiental, que tem como princípio o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade, e não como uma específica e exclusiva disciplina.

É preciso que desde os primeiros momentos na universidade, o acadêmico sofra um processo de ambientalização, tornando-se consciente, e preocupado com a preservação ambiental, não apenas no campo teórico, mas também no campo prático.

Faz-se necessário o encontro com as realidades ambientais para aqueles que não trazem consigo uma bagagem prática e teórica acerca dos impactos ambientais e suas consequências para o hoje e para a posteridade – tanto para os alunos, quanto para os professores que demonstrem o que chamamos de deficiência ambiental, que é a carência de conhecimento acerca do meio ambiente e real consciência ambiental, visto que parte-se do pressuposto de que não se pode transmitir o conhecimento que não se possui.

De modo que o acadêmico do curso de Direito consiga absorver e incorporar a consciência ambiental como um instrumento de trabalho e de cidadania. Acredita-se, por experiência própria, que o contato com a realidade obtido com projetos de extensão, como por exemplo, o Projeto Rondon a nível nacional, e outros promovidos pela própria UNIVALI são determinantes para a efetivação do que a Lei 9.795 regulamenta.

A Educação Ambiental é rica, contínua e interminável. “Viver é um ato de contínua Educação Ambiental, pois pelas experiências, vivências e contextos, o ser humano aprende a interagir melhor no meio”. (PEREIRA; TERZI, 2010).

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Não se pode esperar que o conhecimento seja construído exclusivamente dentro da sala de aula, é preciso instigar o meio acadêmico a mesclar seus conhecimentos a fim de construir uma nova realidade socioambiental, que alcance além da visualização do dia de hoje, mas que consiga conceber que nosso planeta é apenas parte de um todo muito maior e que precisamos mantê-lo em equilíbrio para garantir condições de sobrevivência para as futuras gerações. A inteligência de exercer a transdisciplinariedade é de fundamental importância, afinal, “não é possível aceitar que a Educação Ambiental se “esgote” numa única disciplina”. (PEREIRA; TERZI, 2010).

Nesse sentido, reforça-se o entendimento de que o incentivo a Educação Ambiental aplicada a todas as disciplinas e o engajamento em projetos de extensão são facilitadores para a construção de um operador jurídico capaz de cumprir com seu papel norteador no seio da sociedade.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Publicado no Diário Oficial da União em 05 de outubro de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em 11 de abril de 2012.

BRASIL. Lei 9.795: Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União em de 27 de abril de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm> Acesso em 11 de abril de 2012.

CAPORLINGUA, Vanessa Hernandez. O revelar da consciência ambiental na sentença judicial transformadora como forma de efetividade processual. Tese de Doutorado. Rio Grande: FURG, 2010.

CAPORLINGUA, Vanessa Hernandez; SOARES DA COSTA, César Augusto. A inserção da educação ambiental no direito: horizontes interdisciplinares. Contribuciones a las Ciencias Sociales: 2011. Disponível em: <www.eumed.net/rev/cccss/13/>. Acesso em: 29 de março de 2011.

MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2010.

NUNES, Elles Mayhé. A educação ambiental na universidade: caminhos e possibilidades para a sustentabilidade ecológica. Disponível em: <http://www.ecossistemica.com.br/reflexoes/Educacaoambientaleuniversidade.pdf>. Acesso em 10 de abril de 2012.

SOARES, Matilde de Paula. et al. A problemática ambiental nos cursos de direito: estudos sobre a lei de educação ambiental (9.795/99). Inter Science Place: 2010. Disponível em: <www.interscienceplace.org>. Acesso em 10 de abril de 2012.

TOZZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Educação Ambiental: referências teóricas no ensino superior. Interface, 2001.

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PROJETO ESCOLA & UNIVERSIDADE: FORTALECENDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL MULTIDISCIPLINAR NAS ESCOLAS

FRANCO, Elizabete Aparecida Sola; TORALES, Marília Andrade Universidade Federal do Paraná Email para contato: [email protected]; marí[email protected] Grupo1: A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades

Palavras-Chaves: Educação Ambiental, Multidisciplinaridade, Programa Escola e Universidade.

INTRODUÇÃO

Essa proposta de análise refere-se aos projetos de Educação Ambiental do Projeto Escola & Universidade desenvolvido pelos professores da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Neste estudo, trata-se de analisar os seguintes projetos: Projeto Na Trilha da Matemática: do raciocínio ao meio ambiente e Projeto Água que te quero água.

Tendo em vista a necessidade de melhorar a qualidade do ensino básico no país, observa-se que a implantação da Educação Ambiental de forma multidisciplinar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pode também ser um meio que facilite e possibilite essa melhoria na qualidade do ensino em nosso país. O Brasil tem uma política nacional específica para a Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), composta por quatro capítulos, sendo: I – Da Educação Ambiental; II – Da Política Nacional de Educação Ambiental; III – Da execução da Política Nacional de Educação Ambiental; e IV – Disposições Gerais.

Nota-se que muitos professores de ensino básico acabam realizando, desenvolvendo ou recriando algum projeto sobre Educação Ambiental e Meio Ambiente de forma isolada, e em muitos casos sem terem realizado nenhum curso de capacitação que os preparem para trabalhar com Educação Ambiental de forma multidisciplinar.

Portanto, faz-se necessário que os currículos de licenciatura das universidades e cursos de capacitação busquem meios para propiciar aos seus alunos (futuros professores, pedagogos), o gosto pela pesquisa, pela troca de ideias e discussões que visem sanar os mais distintos problemas relacionados ao MA, instigando-os a serem pensadores críticos e conscientes. Desta forma, quando forem atuar com os alunos de ensino básico possam transmitir a eles uma Educação Ambiental mais clara e objetiva de acordo com os problemas do cotidiano, depois da comunidade, da cidade, do país e do mundo; passo a passo buscando proporcionar-lhes uma visão mais ampla sobre EA e os problemas ambientais.

Capítulo I, Art. 1º da Lei nº 9.795/99:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Essa interação por etapas, chegando à discussão de problemas ambientais mais complexos, ou aqueles em que muitas vezes são gerados por ignorância ou diversidade cultural, faz-se necessário que tenhamos a clareza que, desigualdades sociais, acordos políticos, crenças e hábitos culturais podem afetar o MA.

Assim, entende-se que as diversidades e antagonismos sociais, políticos e econômicos manifestam-se também no âmbito da cultura, porque a cultura é tão material e economicamente significativa quanto qualquer outra atividade social,

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porque também permite ir ao encontro da “experiência” e do vivido, no âmbito da sociedade, dos grupos raciais, de gênero, religiosos e outros, da mesma forma que no âmbito das classes sociais (SCHMIDT e GARCIA, 2008, p. 11).

Nas concepções de cultura citadas por Forquin (1993) e Lopes (1999), cultura como ato de cultivar, cultura escolar, cultura erudita (a alta cultura, elite, cultura dominante), cultura popular (baixa cultura, os dominados) e cultura que nos confere algum privilégio, devem ser abordadas e aprofundadas nos cursos de licenciatura e formação de professores, para que os professores possam se aproximar mais da realidade vivida pelos alunos e compreendam que muitas vezes os alunos agem de forma inconsciente ou contrária ao caminho da EA por ignorância ou diversidade cultural. Talvez a cultura popular vivida por aquele aluno que pouco se envolve nos projetos voltados para EA, seja a única que ele conheça e desta forma, é a única correta para ele.

As distintas concepções de cultura estão fortemente presentes em nossas vidas, e de forma inteligente e necessária, essas concepções estão sendo abordadas dentro do Programa de Pós Graduação (Mestrado em Educação) da Universidade Federal do Paraná, na Linha de Pesquisa: Cultura, Escola e Ensino. “A linha de pesquisa tem como objetos de estudo os saberes, a cultura e as práticas que são construídos e se mostram no cotidiano escolar. Tais objetos têm interesse para a linha em dupla dimensão: o pensar e o fazer docente e discente, ou seja, a formação de professores e o ofício de aluno, considerados na perspectiva histórica, social e cotidiana. O foco pelo qual a linha de pesquisa optou foi tematizar o pensar e o fazer da cultura, dos saberes e práticas escolares. A sua apreensão far-se-á a partir do método histórico e da abordagem conceitual. O método histórico permite a verificação dos momentos e tendências históricas que subsidiaram a construção do fazer e pensar a educação escolar, possibilitando recuperá-la em sua historicidade. O objetivo é recuperar e analisar a dinâmica e a estrutura da educação escolar - seu pensar e a sua prática - correlacionando-a com o seu tempo. A abordagem conceitual trata de questões da cultura, dos saberes e práticas escolares sob a perspectiva do seu pensar e fazer cotidiano”.

Desta forma, cabe às universidades e instituições de ensino capacitar e orientar seus alunos e futuros professores a melhor compreender as concepções de cultura para ampliar os significados da ação educativo-ambiental.

Embora a escola não seja a principal responsável pelo processo de produção do saber, ela está comprometida com a distribuição do conhecimento historicamente acumulado. É necessário, portanto, que cumpra com clareza e determinação este papel que lhe é específico e singular quando se trata de formação humana (HORN, 2008, p. 187).

Sendo assim, é preciso mais que conhecimento, é necessário que a escola assuma seu compromisso de trabalhar com formação de valores e atitudes que favoreçam a adoção de novos comportamentos e hábitos pró-ambientais.

PROJETO ESCOLA & UNIVERSIDADE

O Projeto Escola & Universidade é um programa que a Secretaria Municipal da Educação de Curitiba – SME oportuniza aos professores da Rede Municipal de Ensino de Curitiba – RME para desenvolverem projetos que viabilizem a melhoria na qualidade do ensino, inovação e pesquisa. A SME firma convênios com Instituições de Ensino Superior - IESs, que recebem uma gratificação financeira para que alguns de seus professores/mestres ou doutores possam ser orientadores dos professores da RME.

“As IESs contratadas para a prestação de serviços de orientação pedagógica de projetos/trabalhos técnicos ou científicos ou de utilidade para o serviço público, de autoria dos profissionais integrantes do Quadro do Magistério da RME, no âmbito do projeto Escola & Universidade, interagem por meio da prática colaborativa de transformação da realidade local e global da sociedade, diminuindo a distância entre a escola pública municipal e as diversas instituições formadoras”, como salienta Peixoto (2007, p.41), que “a melhoria da qualidade da educação passa necessariamente pela valorização do profissional da educação e por uma formação sólida e comprometida”.

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Os projetos que forem encaminhados e estiverem dentro das normas do programa, passam por um processo de seleção. Após a seleção dos projetos os professores passam a receber uma gratificação extra em seus salários, uma forma de incentivo e motivação.

O projeto Escola & Universidade tem como objetivo geral: “Promover a formação continuada através de processo de qualificação em serviço por meio de um trabalho dinâmico, planejado e orgânico, sob a premissa da qualidade e da busca pela ação crítico-reflexiva, com estímulo à aprendizagem, inovação e pesquisa, beneficiando a comunidade educativa (crianças/estudantes, profissionais da educação, funcionários e pais ou responsáveis)”.

VIVÊNCIAS E REFLEXÕES SOBRE O PROGRAMA ESCOLA & UNIVERSIDADE

Em ambos os projetos realizados através do Escola & Universidade, não notou-se nenhum tipo de capacitação sobre Educação Ambiental ou Meio Ambiente, aliás, nem na graduação tiveram alguma disciplina que atendesse especificamente sobre Educação Ambiental. Os Professores/Mestres das Faculdades credenciadas no Projeto Escola & Universidade, orientaram na fundamentação teórica dos projetos, e ajudaram para que fossem realizados da melhor forma possível, com muita vontade e comprometimento, respeitando o meio, a diversidade cultural e todos os conflitos e dificuldades encontradas no caminho.

A proposta de trabalho intitulada: “Na trilha da Matemática: do raciocínio ao meio-ambiente”, sugerimos um trabalho com conceitos básicos matemáticos inseridos nos livros de literatura infantil, realizamos práticas e parcerias proporcionando aos nossos alunos condições de desenvolvimento da autonomia intelectual necessária a todos os cidadãos a partir do compromisso posto em relação à construção de uma ética planetária e a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. Questionamos o uso racional de recursos naturais para a sustentabilidade ambiental, avaliando o impacto social, os resultados mensuráveis e as metas executáveis.

As atividades desenvolvidas junto às turmas de 2º Anos e 4ª Série do Ensino Fundamental foram abordadas numa visão global e multidisciplinar. Diante de tais encaminhamentos, realizamos práticas que configuraram tanto a construção do conhecimento lógico-matemático, quanto à formação humana para a promoção da vida.

Nesta proposta, entendemos a figura do profissional da educação como o mediador capaz de tornar cada questão discutida em um tema de trabalho, independente da área de conhecimento, aprofundando o novo paradigma de tudo com tudo, do local para o global, do cuidado necessário para com o planeta e de um novo modo sustentável de ser. Nas estratégias para a realização do projeto optamos pelas brincadeiras, construções e jogos que possibilitaram às trocas, as comparações, as descobertas que colaboraram na construção de um pensamento produtivo e no raciocínio lógico. A compreensão das questões ambientais pressupôs um trabalho multidisciplinar em que a matemática está inserida, fornecendo ferramentas essenciais para a construção de conceitos e procedimentos matemáticos, como: formulações de hipóteses, realizações de cálculos, coleta, organização e interpretações de dados estatísticos, práticas de argumentação, entre outros.

Em nossa proposta de trabalho favorecemos aos educandos aprender conceitos matemáticos para melhor compreender o mundo, os quais foram discutidos a partir da participação, do interesse, da autonomia na resolução de problemas.

No desenvolvimento do projeto os alunos realizaram produções escritas como: relatórios, entrevistas, acrósticos, textos coletivos, pesquisas, desenhos, convites, cartazes para divulgação, campanhas, construção de jogos matemáticos, escrita de uma nova versão a partir do livro “A família Gorgonzola”, dentre outros, numa abordagem ambiental.

A proposta de trabalho intitulada “Água que te quero água²”, as realizações das atividades possibilitaram aos alunos a sistematização de seus conhecimentos por meio das habilidades de observação, de experimentação, de comparação, de estabelecimento de relações entre o antes e o depois.

O projeto foi realizado com as turmas de 2º ano B e C, tendo por faixa etária alunos de 6 a 7 anos de idade, turno tarde.

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Iniciamos o projeto com uma investigação, através de discussões em sala, sobre os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema em questão. Em seguida, os educandos assistiram, em Power point, dois vídeos sobre a água: o primeiro trata da água limpa e de seu uso em diversos ambientes. O segundo trouxe como tema a Carta de 2070, que trata dos prejuízos que podem ocorrer com a falta do líquido em nosso planeta. Novamente iniciou-se uma discussão para saber a opinião dos alunos sobre os vídeos assistidos. Foi grande a comoção dos alunos frente à realidade apresentada nos vídeos.

Em continuidade as atividades relacionadas ao projeto, as professoras instigaram o processo de conscientização dos alunos, solicitou-se aos alunos que produzissem um texto sobre os cuidados com a água e a importância dela em nossa existência. Os textos produzidos foram extremamente criativos e o tema internalizado nas crianças. Os alunos com a orientação das professoras realizaram uma pesquisa com a família sobre como cada um cuida e evita o desperdício da água. O registro foi feito no caderno das crianças através de tópicos.

Foi trabalhado com a música Planeta Água, autoria de Guilherme Arantes. Os alunos receberam a letra, realizaram leitura da mesma e depois ouviram a música. As palavras de difícil entendimento aos alunos foram pesquisadas no dicionário e depois registraram no caderno, através desta atividade foi possível trabalhar com a ampliação de vocabulário dos mesmos. Questionamentos foram realizados sobre o porquê de a música receber este nome e sobre a mensagem transmitida pela letra da canção.

Também foi proposta aos alunos a criação de um logotipo para representar o projeto da turma e através de votação entre os educandos foi escolhido o logotipo. O trabalho eleito foi exposto no mural da sala de aula. Os alunos trouxeram imagens e textos com informações sobre a água para confecção dos cartazes para serem expostos na escola.

Outra atividade foi a criação dos Agentes da Água, alunos responsáveis pela observação da utilização da água durante o recreio de todas as turmas. Cada dia as professoras escolhiam três alunos. Estes fizeram à observação e depois, relataram na sala para os colegas, as situações de uso dos bebedouros e banheiros no momento do recreio. Essa atividade teve como objetivo um pedido de colaboração a todos os demais alunos da escola, para que evitem o mau uso da água nos ambientes de acesso aos mesmos.

Os alunos criaram, em duplas, panfletos de conscientização do uso da água, que foram entregues para as demais turmas. Tais panfletos continham informações sobre os cuidados com a água e o que devemos fazer para preservá-la. Posteriormente, outra pesquisa foi realizada com a família dos alunos envolvidos diretamente no projeto. Duas perguntas estavam propostas: Você acredita que a água potável possa acabar um dia? Você tem o hábito de economizar água? As alternativas para as questões deviam ser respondidas através de sim ou não. Com o retorno da pesquisa, os alunos sob a orientação das professoras elaboraram uma tabela com as respostas e os resultados expostos nos murais da escola. Foi organizado um momento de conversa para os alunos exporem as descobertas realizadas com a pesquisa. Os alunos demonstraram uma postura crítica ao observarem seu ambiente familiar.

As professoras selecionaram também textos informativos sobre a poluição da água e questionamentos referentes aos mesmos. Foi utilizado ainda, o texto dos Direitos Universais da Água, anexando uma cópia do mesmo à tabela da pesquisa anterior. Realizou-se atividade oral sobre cada um dos direitos, e posteriormente cada aluno escolheu o direito da água que mais achou interessante e fez um desenho sobre ele. Criamos acrósticos com a palavra ÁGUA e cada aluno desenvolveu atividade de acordo com sua criatividade, e ainda como ferramentas, usou-se o laboratório de informática para pesquisar sobre o ciclo da água.

Nesse trabalho abordou-se a questão da água através de problematizações que despertaram a compreensão dos cuidados e preservação com ela, desenvolvendo habilidades que levaram os alunos a serem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, dentro e fora da escola. Desta forma, foi grande o estímulo e empenho na procura de soluções, o que constitui um aspecto fundamental para os cuidados com este líquido tão precioso e fundamental para a existência de vida no planeta. Professoras e alunas assumiram assim, o compromisso com a preservação da água e a aquisição de conceitos para uma atuação mais consciente referente ao meio ambiente.

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O trabalho com este projeto significou a busca por uma mudança de postura, uma forma de repensar as ações do cotidiano, possibilitando o envolvimento, a cooperação e a solidariedade entre alunos e familiares no intuito de, transformar positivamente, a realidade a partir das descobertas realizadas.

O trabalho na área de português foi importante para os alunos, pois eles melhoraram a oralidade e sua produção textual através de textos que faziam sentido em sua prática, como: folhetos, textos informativos, acrósticos, etc.

O projeto Escola & Universidade contribui para a valorização dos profissionais da educação da RME no que tange à atuação com os estudantes e aprimora seu trabalhando visando à qualidade da educação pública de Curitiba.

Através do envolvimento e da orientação dos mestres/doutores das IEEs contratadas para o projeto, abriu-se um caminho para uma real integração entre os profissionais das escolas municipais com os profissionais das instituições de ensino superior. Faz-se possível “o aprimoramento teórico metodológico dos profissionais do magistério, aliando ensino-pesquisa-extensão e oportunizando aos professores das IEEs o conhecimento e a reflexão sobre a realidade educacional do município de Curitiba”.

REFERÊNCIAS

SCHMIDT, M.A.; GARCIA, T.M.B.; HORN, G. (org). Diálogos e perspectivas e investigação. Ijuí: UNIJUÍ, 2008. (coleção Cultura, Escola e Ensino; volume 1).

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Trad. Guacira Lopes Louro. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1993.

LOPES, Alice R.C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999, p. 33 a 101.

Lei nº 9.795/99. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso em 25 abr. 2012.

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AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR EM CURSOS DE LICENCIATURA E NA

EDUCAÇÃO BÁSICA: A PESQUISA E A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

FIGUEIREDO, Mara Lúcia; GUERRA, Antonio Fernando Silveira; SCHMIDT, Elisabeth Brandão Universidade Federal do Rio Grande, Universidade do Vale do Itajaí E-mail para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected] Grupo1 – A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades

Palavras-chave: ambientalização curricular, sustentabilidade, formação inicial e continuada,

Educação Ambiental

Histórico e antecedentes

A chamada “ambientalização curricular” pode ser conceituada como um processo contínuo de produção cultural voltado à “formação de profissionais comprometidos com a busca permanente das melhores relações possíveis entre a sociedade e a natureza, atendendo aos valores da justiça, solidariedade e da equidade, aplicando os princípios éticos universalmente reconhecidos e o respeito às diversidades” (REDE ACES, 2000). A formação inicial e continuada (cultural e científica) de professores nos cursos de licenciatura e de profissionais do campo ambiental nas universidades, a mudança conceitual e de suas vivências educativas são apontadas como estratégias para institucionalizar a Educação Ambiental nos currículos e práticas sociais, e para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento humano local, regional e do país. Nessa perspectiva, é necessário que a universidade assuma o seu papel no compromisso da construção de uma sociedade mais sustentável e solidária, fundada na ética e justiça social. A própria Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA reforça a necessidade desse processo formativo em seu artigo 11, quando ressalta que “[...] Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental”. (BRASIL, Lei 9795/99).

Nesse sentido, a Educação Ambiental para a sustentabilidade assume o compromisso com uma transformação social da realidade, visando estabelecer novas formas de relação ser humano sociedade natureza. A Educação Ambiental é, portanto, indissociável do contexto educativo, assim como o é dos contextos ecológico, econômico e social.

A defesa da tese da “escola ambientalizada” definida por Sanmarti e Pujol (2002) vem ao encontro das concepções discutidas e trabalhadas em uma série de pesquisas desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (PPGEA) da Universidade Federal do Rio Grande. Para Copello-Levy (2004, 2006), a ambientalização da escola “compromete-a em sua totalidade, sua organização, seu funcionamento, assim como compromete a cada em de seus membros individualmente” e “afeta o currículo explícito e também o currículo oculto. Fundamenta o pensamento divergente, na criatividade, na procura de novas formas de trabalho coletivo que superem rotinas acríticas” (COPELLO-LEVY, 2004, p. 114).

Pelo exposto, a temática da ambientalização curricular nos cursos de Licenciatura das Universidades constitui por si só uma linha de investigação e de ação. No entanto, a despeito de todas as iniciativas, e da sensibilização da sociedade e das políticas públicas, as escolas e, em especial, as universidades encontram inúmeros obstáculos para tornar realidade a ambientalização curricular e o enraizamento da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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A ambientalização entendida como um processo contínuo e dinâmico torna as universidades e escolas como autênticos “espaços educadores sustentáveis”, e possibilita a “inserção da sustentabilidade socioambiental na gestão, na organização curricular, na formação de professores, nos materiais didáticos e no fomento da cidadania”, como enunciado no Plano Nacional de Educação – PNE (2011 – 2020), capazes de propiciar à comunidade universitária, vivências não só de práticas, mas também de princípios, de atitudes e valores da sustentabilidade, que sejam incorporados pela comunidade que vive além dos seus muros.

Nesse contexto, defendemos o pensamento de Sanmarti e Pujol (2002), Copello-Levy (2004, 2006) e Marcomin e Silva (2010), quanto à criação de políticas institucionais e da consequente estratégia de ambientalização curricular. Na assunção dessa responsabilidade emerge a necessidade de explorar todas as vertentes possíveis da ambientalização na universidade e de integrá-las em um todo sinérgico, coerente, e gerador de resultados efetivos para a sustentabilidade institucional, local e planetária.

Nesse pensar, ao elaboramos nossa pesquisa de pós-doutorado, nosso olhar voltou-se para um desses espaços para a ambientalização curricular, o Programa de Bolsas de Incentivo à Docência (PIBID) da FURG, que tem por objetivos favorecer processos de formação em rede, com a imersão de licenciandos (as) na escola, buscando um aperfeiçoamento dos conhecimentos adquiridos na universidade e a melhoria do ensino da educação básica.

Nessa perspectiva confiamos na conjunção e integração de esforços entre o maior número possível de atores envolvidos (docentes, discentes, pesquisadores e professores da Educação Básica) e a utilização de um material pedagógico em suporte multimidiático (CD-ROM).

Este texto apresenta e discute parte dos resultados do trabalho de pesquisa de estágio pós-doutoral desenvolvido no PPGEA-FURG, a respeito da validação de parte do conteúdo do CD-ROM “Educação Ambiental: As Dimensões da Sustentabilidade” (GUERRA e FIGUEIREDO, 2011a), junto aos bolsistas PIBID-FURG (licenciandos (as) da FURG e professores da educação básica da rede pública do município de Rio Grande-RS).

A pesquisa teve como objetivo geral, promover a inovação pedagógica por meio da validação de material pedagógico em suporte multimidiático, com o tema gerador sustentabilidade, engendrando ações efetivas nas práticas docentes e discentes dos cursos de Licenciatura, participantes do PIBID da FURG.

O percurso da pesquisa

Com base na pesquisa-ação participante (TRIVIÑOS, 1997), e na pesquisa narrativa (SOUZA, 2006, HART, 2005), os procedimentos metodológicos da pesquisa podem ser resumidos nas seguintes etapas: a) apresentação da proposta de pesquisa aos coordenadores dos Cursos de Licenciatura da FURG, licenciandos e professores supervisores da educação básica do município do Rio Grande, vinculados ao PIBID; b) revisão dos temas geradores, ampliação e edição de novas sequências didáticas do conteúdo do CD-ROM; c) planejamento e realização do “Curso de formação inicial e continuada em Educação Ambiental: as dimensões da sustentabilidade”; d) aplicação, avaliação e validação do material pedagógico no Curso; e) análise e discussão sobre o material produzido.

O campo da pesquisa: o curso de formação inicial e continuada

O “Curso de formação inicial e continuada em Educação Ambiental: as dimensões da sustentabilidade”, desenvolvido com os pibidianos nos permitiu executar o processo de formação inicial e continuada, previsto na pesquisa, por meio da realização de três Oficinas Pedagógicas. As atividades foram, inicialmente, desenvolvidas em um Encontro presencial de 8h/aula, seguidas de 24h/aula de atividades de acompanhamento e avaliação realizados à distância, por meio de uma página virtual do Curso na Plataforma Moodle™ do PIBID-FURG, finalizando com 8h/aula presenciais, em um Encontro de Socialização e Avaliação. O Ambiente Virtual Moodle™ do Curso foi criado para possibilitar o diálogo e a interação entre os participantes do Curso. A página foi disponibilizada pela Secretaria de Educação a Distância - SEaD da FURG, e está disponível para acesso em: http://www.moodle.sead.furg.br/course/view.php?id=1144.

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Este Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) foi usado como repositório de materiais de apoio à validação dos temas geradores e sequências, mas também para interação entre todo (as) os (as) participantes por meio das mensagens por e-mail e acesso aos portfólios individuais e dos grupos, e às narrativas individuais e coletivas produzidas pelos participantes.

O Curso foi uma estratégia metodológica que, dentre os objetivos propostos, destacamos a aplicação, avaliação e validação, junto aos bolsistas do PIBID e nas escolas da rede pública de ensino de Rio Grande, de parte do conteúdo do material pedagógico em CD-ROM multimídia, denominado “Educação Ambiental: as dimensões da sustentabilidade”, volume 2 (GUERRA e FIGUEIREDO, 2011a).

O referido material pedagógico tem como base o uso de estratégias inovadoras de ensino integradoras e interdisciplinares, e busca atender à necessidade de informação ambiental de qualidade, a demanda por conhecimentos e formação inicial e continuada, voltadas à transversalidade da temática da sustentabilidade. Nele, essa temática é desenvolvida a partir de Temas Geradores3 - estratégias metodológicas para a formação crítica e transformadora da realidade, dentro de uma abordagem crítica da EA (GUERRA e TAGLIEBER, 2007; TOZONI-REIS, 2007; GUIMARÃES, 2004, entre outros) inspirados na pedagogia de Paulo Freire (1997). Os temas são constituídos por sequências didáticas com atividades e sugestões didáticas, além de informações sobre documentos, legislação, jogos, vídeos, mapas conceituais, entre outros. Os Temas Geradores e sequências didáticas são parte do conteúdo do CD-ROM, e estão organizados da seguinte forma:TG1. O ser humano, meio ambiente, natureza e sociedade: Sequências: I - As representações de meio ambiente; II - O jogo do meio ambiente; III - As representações de meio ambiente, ser humano e sociedade, na história, artes, literatura e ciências. TG2. A percepção da problemática socioambiental: Sequências: I - A percepção das transformações da paisagem; II - A percepção da paisagem; III - Ambiente urbano: convivência entre o sistema natural e o sistema construído. TG3. Sustentabilidade: consumir sem consumir o planeta: Sequências: I - O jogo da sustentabilidade. TG4. Terra, Planeta Água: um capital natural cada vez mais ameaçado: Sequência I - Consumo e desperdício da agua. TG5. A hora é agora! Aquecimento global e mudanças climáticas:Sequências I - Necessitamos de tudo o que consumimos?; II - Ações pela Sustentabilidade no planeta. TG6. Resíduos: O que nós temos a ver e fazer com isso?: Sequências: I - Boletim ou Blog informativo; II - Uso de vídeo educativo.

Para avaliação da aplicação, nas escolas, e validação das sequências didáticas de cada um dos seis temas geradores do CD-ROM, foram elaboradas Fichas de Avaliação de cada sequência. Os dados obtidos, com o preenchimento das fichas pelos (as) pibidianos (as), foram organizados em planilhas e quadros, para descrição e análise.

As aprendizagens vivenciadas nas rodas de discussão

Ao analisarmos a trajetória deste trabalho, destacamos: a compromissada participação dos (as) bolsistas do PIBID. Concluíram o processo de formação, aplicação e validação do material educativo, 44 pibidianos (as), sendo 34 licenciandos (as) de oito diferentes cursos PIBID e 10 professores supervisores de sete escolas da rede pública de ensino da cidade de Rio Grande. À permanência no processo, atribuímos o sentimento de pertencimento à escola, à comunidade e compromisso com o PIBID, demonstrado por professores (as) e licenciandos (as) nas narrativas, elaboradas e inseridas no Ambiente Virtual do Curso por aqueles (as) que permaneceram até o final do mesmo, e nos depoimentos e apresentações que orgulhosamente abrilhantaram a roda de socialização do Encontro Presencial.

Quanto à adequação, uso e aplicação do material pedagógico sobre sustentabilidade, utilizado no Curso, há várias possibilidades de análise e discussão. Ele foi uma inovação, tanto em conteúdo – abordando questões relacionadas à problemática ambiental e à sustentabilidade - quanto em seu formato, em CD-ROM. Designado como suporte para subsidiar o planejamento e as ações de aplicação e validação das sequências nas escolas, o conteúdo dos temas geradores e suas

3 Os temas geradores são (...) estratégias metodológicas de um processo de conscientização da realidade opressora

vivida nas sociedades desiguais; são o ponto de partida para o processo de construção da descoberta, e, por emergir do saber popular, (...) são extraídos da prática de vida dos educandos, substituindo os conteúdos tradicionais e buscados através da pesquisa do universo dos educandos (TOZONI- REIS, 2006, p. 97).

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sequências apresentam uma intencionalidade, e um compromisso com o conceito e abordagem crítica da EA, justificando assim as ações sugeridas. No entanto, percebemos que alguns licenciandos não estavam acostumados a receber uma proposta pronta, e a exercitar o diálogo em situações de conflito. Isso gerou certa inconformidade, o que é natural que aconteça.Mas estes obstáculos e dificuldades podem ser entendidos como conflitos previsíveis, uma vez que estávamos trabalhando com pessoas com diferentes representações e percepções sobre o que é Educação Ambiental e suas abordagens.

Assumimos que foram pertinentes as críticas dos participantes quanto ao tempo da realização da parte presencial da formação, que para se adequar às condições de funcionamento e planejamento de cada Curso PIBID, acabou se resumindo a oito horas/aula de trabalho, diferentemente do que tínhamos planejado para a pesquisa. Da mesma forma, na etapa de planejamento seria necessário um tempo maior para realização de um diagnóstico nas escolas, para, em função dele, realizar a distribuição dos temas geradores. Reconhecemos que, por tratar-se de uma pesquisa acadêmica, em razão da necessidade de validação dos temas geradores nas escolas, e do grande número de participantes de cursos diferentes, nós mesmos decidimos os critérios de distribuição, atribuindo a cada grupo um tema gerador específico para aplicação e avaliação nas escolas. Esta decisão provocou algumas críticas por parte dos(as) pibidianos (as).

Na etapa de acompanhamento a distância pela plataforma Moodle do Curso, e durante os contatos pessoais e pelo telefone com os (as) pibidianos (as), identificamos uma série de obstáculos, no que diz respeito à apropriação da linguagem das tecnologias (material audiovisual e da informática educativa) na mediação pedagógica.

Um dos obstáculos foi a falta de uma cultura digital, no uso do Ambiente Virtual da Plataforma. Embora o uso deste ambiente seja uma rotina nos PIBID da FURG, uma análise dos acessos verificados no ambiente, ao longo do Curso aponta que nem todos se apropriaram dessa ferramenta, e a resistência maior ao uso foi justamente dos professores supervisores. Esta situação nos remete a questão da inclusão digital do próprio professor, como mencionado por Almeida (2004). Esta resistência ao uso das ferramentas das tecnologias como suporte para o trabalho docente e na formação de professores (as) educadores (as) ambientais também foi verificada em dissertações e publicações de nosso Grupo de Pesquisa da Univali (LUCHETTA, 2010; GUERRA, et al., 2009, 2010; LUCHETTA e GUERRA, 2008). Por outro lado, as desistências e as dificuldades de acompanhamento, principalmente de alguns professores supervisores, vítimas do processo de “precarização da profissionalidade docente” (CUNHA, 1999), - a carga horária excessiva em várias escolas, tarefas de correção de trabalhos e provas, baixa autoestima, entre outros –, podem ser justificadas pelos obstáculos pedagógicos, como a ausência de formação inicial específica, falta de preparo para o uso das tecnologias na educação, falta de domínio do conteúdo específico e das demais áreas do campo ambiental. É preciso também considerar que os licenciandos, em sua maioria, apresentavam pouca vivência com a pesquisa acadêmica e com o processo de pesquisa-ação e formação inicial e continuada, como o vivenciado neste Curso.

Essa constatação e o processo vivido também nos proporcionou a reflexão sobre a nossa própria práxis, o que nos levou a repensar o nosso trabalho como pesquisadores. O cronograma da pesquisa e as condições de tempo e adequação ao planejamento dos cursos do PIBID, exigiu que, ao invés de sermos dialógicos no processo de partilha e aprendizagem mútua, assumíssemos uma postura de maior rigor científico na definição dos prazos de planejamento, aplicação e avaliação das sequências nas escolas, sobrepondo em algumas escolas, a pesquisa, ao planejamento do professor. Assim, a avaliação desses obstáculos, e das alterações realizadas em nossa Proposta, nos permitem justificar a resistência dos pibidianos (as) à metodologia do Curso.

Entretanto, uma leitura das narrativas individuais e coletivas e os momentos das rodas de formação que aconteceram durante o Curso demonstraram que esse processo-projeto de utilização do material pedagógico permitiu aos licenciandos uma aprendizagem significativa sobre o tema da sustentabilidade, e aos professores (as) supervisores (as) a possibilidade de refletir a ação, sobre a ação e sobre a reflexão na ação (FREIRE, 1997), de partilhar seus saberes e valores conosco, validando e aprimorando o material pedagógico dessa pesquisa.

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Ainda, quanto às possibilidades oferecidas podemos afirmar que o processo de formação e da validação do material pedagógico contribuiu para o desenvolvimento de habilidades referentes à pesquisa e competência em pensar o próprio trabalho docente, pois, ao “favorecer o exercício de uma prática refletida, induz a um olhar introspectivo, para pensar, decidir e agir sobre sua prática” (PERRENOUD, 2002, p.129), a troca de experiências e a partilha de saberes indicadas por Nóvoa (1992, 1997), e a possibilidade de reflexão sobre a própria práxis (FREIRE, 1997).

Outro fato fundamental para o sucesso da aplicação e validação da proposta nas escolas foi a participação e engajamento da maioria dos professores (as) supervisores (as), evidenciado nas narrativas postadas no Ambiente Virtual do Curso e no Encontro de Socialização dos resultados. Ressaltamos também os inúmeros avanços vivenciados nas escolas, como também na mediação deles com os (as) licenciandos (as) do PIBID.

Os obstáculos, avanços, contribuições, sugestões e críticas demonstram não só a importância da etapa de planejamento para a validação do conteúdo dos temas geradores e sequências didáticas do material pedagógico do CD-ROM multimídia, uma vez que as realidades e contextos são diferentes em cada escola, mas destacam também uma importante característica do material que é sua flexibilidade. Esta proporciona seu reuso e atualização constantes, a partir das contribuições e críticas apontadas pelos licenciandos e professores, o que permite que o material possa ser ampliado, corrigido e trabalhado tanto em outras Instituições de Ensino Superior, com licenciandos de diferentes áreas, quanto na formação continuada dos professores da Educação Básica.

Quanto às possibilidades e obstáculos à ambientalização curricular, reafirmamos nossa crença que as lacunas na formação do professor e dos licenciandos se devem, em algumas situações, a obstáculos epistemológicos como a falta de uma fundamentação teórico-metodológica, sociológica e filosófica mais consistente em sua formação, bem como, obstáculos pedagógicos relacionados ao acesso a inovações pedagógicas para este fim, mesmo que ferramentas estejam disponíveis, como o Ambiente Virtual da Plataforma Moodle do PIBID.

Os resultados da aplicação das sequências e as produções apresentadas pelos grupos das escolas na roda de socialização, no Encontro Final, foram muito significativos e as apresentações deixaram transparecer o orgulho dos (as) pibidianos (as) por um trabalho bem feito, e a reafirmação de valores como o pertencimento à escola e comunidade em que vivem.

No que se refere à validação do material pedagógico, essas ações e resultados são animadores e demonstram que os pibidianos perceberam a ambientalização curricular como uma possibilidade, um processo-projeto de ensino-aprendizagem e, ao mesmo tempo, que exige flexibilidade, um diálogo de saberes, uma sociabilização de conhecimentos de diferentes áreas, mudanças de atitudes e estilos de vida, e a vivência de princípios e valores ambientais.

Os resultados, avanços e obstáculos obtidos com essa pesquisa, confirmaram que, embora as iniciativas das políticas e programas de formação inicial e continuada de professores (as), como é o caso do PIBID, já venham alcançando resultados significativos, e que a FURG seja uma referência nacional em Educação Ambiental, a partir das pesquisas e ações do próprio PPGEA, estas iniciativas ainda não são suficientes para uma transformação da realidade, em especial ao que se refere à formação profissional dos egressos sobre a temática da sustentabilidade.

Nesse sentido, consideramos importante sugerir a realização de um diagnóstico e revisão nas estruturas curriculares dos cursos de graduação da FURG, na tentativa de analisar o grau de ambientalização curricular, e elaborar propostas de disciplinas ou seminários que abordem as questões da sustentabilidade. Assim, e para que o processo de ambientalização também inclua a extensão e a gestão institucionais, sugerimos a elaboração de estratégias para estabelecer os limites e possibilidades para esse processo. Recomendamos, também, a adesão ao programa da “Plataforma informação, sensibilização e avaliação da sustentabilidade nas universidades4”, resultado do Projeto de Cooperação Internacional entre a USP, no Brasil e a Universidad Autónoma de Madri, na Espanha, com a participação de outras universidades ibero-americanas.

Algumas considerações sobre um processo que não se conclui

4 O acesso à Plataforma está disponível pelo site http://www.projetosustentabilidade.sc.usp.br.

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Acreditamos que o processo de pesquisa-ação desenvolvido nessa pesquisa configurou-se como um rico espaço de aprendizagem, produção e diálogo de saberes, o qual envolveu diferentes momentos de uma intensa roda de formação.

Nós, como agentes do processo (pesquisadores e pibidianos (as)), tivemos uma oportunidade única de vivenciarmos a relação teoria e prática sobre a ambientalização na escola, preconizados por Sanmarti e Pujol (2002) e Copello-Levy (2004, 2006), no sentido de assumirmos, juntos, um compromisso, individual e coletivo no processo de formação e transformação da realidade.

Esse movimento causado pela intervenção dos (as) pibidianos (as) afetou o currículo oficial e o “currículo oculto”, subvertendo, de diferentes formas, a rotina tradicional das escolas e as práticas docentes, pelo movimento e interações possíveis provocadas pela aplicação das sequências didáticas nas escolas.

Assim, os resultados obtidos com a validação do material pedagógico, e os relatos escritos e orais corroboram o que afirmamos em outros trabalhos (GUERRA, 2007, 2010; GUERRA e FIGUEIREDO, 2010) que esse diálogo de saberes e interações promovem o aperfeiçoamento das nossas práticas docentes. E, no caso dessa pesquisa, tanto o aperfeiçoamento dos futuros professores e professoras, quanto do produto desta pesquisa, o material pedagógico validado.

Entendemos que a validação desse material pedagógico, com as sequências dos temas geradores, constitui um importante subsídio à continuidade das pesquisas sobre o tema da sustentabilidade e da parceria dos grupos de pesquisa do PPG de Educação Ambiental da FURG (o CEAMECIM) e do PPG em Educação da Univali (GEEAS), no qual atuamos.

Acreditamos que a continuidade desse trabalho, e de outras pesquisas, pode gerar subsídios, produzir e avaliar outras metodologias, além desta aqui proposta, para que se possa avançar, superar o obstáculo da fragmentação, estabelecendo um diálogo de saberes que torne realidade o processo de ambientalização dos cursos de Licenciatura de nossas universidades, e a formação continuada e atualização de professores (as) educadores (as) ambientais das redes públicas de ensino.

Agradecimentos

Ao Programa de Bolsas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, do Ministério da Educação; à Coordenação do PIBID-FURG; Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande, e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale de Itajaí.

Referências

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ESCUELA DE FORMACIÓN AMBIENTAL PARA COLOMBIA

APORTES DESDE LA FACULTAD DE CIENCIAS AMBIENTALES DE LA

UNIVERSIDAD TECNOLOGICA DE PEREIRA

GUERRERO, ERAZO Jhoniers Universidad Tecnológica de Pereira E-MAIL para contacto: [email protected]

Grupo 1: - La investigación y la formación para ambientalización en las universidades

Palabras Claves: Escuela de Formación, dialogo de saberes, interdisciplina

INTRODUCCIÓN

La Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira, nació en el marco de las discusiones académicas en torno a un plan de estudios que formara profesionales pertinentes para cubrir las demandas del país en el ámbito ambiental, es así que con la realización de seminarios, congresos y diferentes eventos sobre la formación ambiental, se facilito la creación del Programa de Administración del Medio Ambiente en el año de 1991.

Las discusiones ambientales se filtraron en la “institucionalidad ambiental colombiana y llevo al director del Instituto Nacional de Recursos Naturales Renovables y del Ambiente INDERENA en 1998, a proponer a la Universidad Tecnológica de Pereira la elaboración de un programa académico que formara talento humano para el trabajo con la comunidad propiamente y la ejecución de proyectos que promovieran la conservación y preservación de los Recursos Naturales” (ARIAS, 2010)es así como se consolida el programa de Administración del Medio Ambiente.

Este se ha convertido en pionero a nivel nacional frente a la formación ambiental, es así como en el año 2000 recibió el “Premio Nacional de Ciencia y Tecnología Aplicada” debido al alcance de sus investigaciones, y esta acreditado por el Ministerio de Educación Nacional con el reconocimiento institucional de alta calidad además ha sido galardonado con la “Orden a la Educación Superior y la Fe Pública Luis López Mesa”

De igual manera, en un constate proceso de evolución y mejoramiento de su objetivo académico y comprometida con las demandas locales, regionales y nacionales, ofrece programas de formación a nivel de posgrado: Maestría en Ciencias Ambientales, Maestría en Eco tecnología, Maestría en Biología Vegetal, Especialización en Gestión Ambiental Local y El Doctorado Interinstitucional en Ciencias Ambientales; este ultimo se realiza en convenio con la Universidad del Cauca y la Universidad del Valle.

La Facultad de Ciencias Ambientales cuenta con seis grupos de investigación reconocidos por el Departamentos Administrativo de Ciencia, Tecnología e Innovación de Colombia en diferentes niveles: Agua y Saneamiento Básico; Biodiversidad y Biotecnología; Producción Mas Limpia; Gestión en Agro ecosistemas Tropicales Andinos; Gestión Cultural y Educación Ambiental y Gestión Ambiental Territorial. Los cuales abarcan diferentes líneas de investigación para la comunidad académica que puede hacer parte activa desarrollando diferentes proyectos de investigación. Las líneas en las cuales la Facultad de Ciencias Ambientales enfoca su quehacer institucional se basan en el fomento de una cultura investigativa, educación continuada y extensión.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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En ese sentido el presente documento contiene los esfuerzos que realiza la Facultad de Ciencias Ambientales en pro de consolidar una Escuela de Formación Ambiental para Colombia, bajo principios de integridad, movilidad académica y equidad, que armonicen los objetivos de la formación en pregrado y posgrado direccionando los procesos de investigación y fortalecimiento académico hacia la solución de la problemática ambiental a nivel local, regional y buscando ampliar las fronteras hacia la construcción de una sociedad del conocimiento.

La metodología utilizada para consolidar la escuela de formación ambiental, consiste en la formulación de unas bases conceptuales y epistemológicas que sustenten la construcción de dicha escuela; de igual manera ofertar a la comunidad académica diferentes espacios de formación y fortalecimiento en su proceso investigativo, y por ultimo integrar los programas académicos de la Facultad de Ciencias Ambientales.

BASES CONCEPTUALES Y EPISTEMOLOGICAS

Teniendo en cuenta que los procesos de formación están comprometidos con la realidad social de un país, es necesario que se generen alternativas de integración académica para aportar al contexto real, en ese sentido “las sociedades del conocimiento se caracterizan por los procesos continuos de generación y uso de conocimiento que organizados puedan contribuir a procesos de aprendizaje social” (RIVERA, 2007), y es desde la interdisciplinariedad que sustenta a las Ciencias Ambientales, desde donde se consolida un dialogo de saberes que ilumina el ámbito educativo necesario para cumplir con este compromiso.

Es así como se hace hincapié en que la epistemología de la ciencia” debe propender por una vía intermedia a reconocer el aporte innegable de las escuelas, pensadores y debates filosóficos” (CUBILLOS, 2007) , el mismo autor plantea la importancia de “sentenciar desde allí los límites y alcances de todo conocimiento científico; y abstenerse de incidir en procesos endógenos interesados en hablar de las ciencias desde las ciencias mismas” ese esa entramada red de conocimiento y dialogo constante desde donde la investigación y la ambientalización de las universidades aportan al logro de objetivos comunes materializados en proyectos de investigación, planes y programas territoriales que contemplen la formación ambiental.

Por lo tanto la formación ambiental en las universidades debe ser transversal a las disciplinas de los currículos, teniendo en cuenta la demanda de la sociedad por contemplar en todos los ámbitos el ambiente como eje estructurante de cualquier modelo o proceso de desarrollo, técnico y científico.

“En el ámbito educativo, entonces, la transversalidad se refiere a una estrategia curricular mediante la cual algunos ejes o temas considerados prioritarios en la formación de nuestros estudiantes, permean todo el currículo, es decir, están presentes en todos los programas, proyectos, actividades y planes de estudio” (VELÁSQUEZ, 2009)

Esa transversalidad ambiental esta basada en el eje central de las Ciencias Ambientales, “las relaciones entre ecosistemas y culturas que han dado ya lugar a una serie de especialidades derivadas del campo de la ecología o de las etnociencias, sin que por ello lleven al establecimiento de ciencias ambientales” (LEFF, 2007), pero que en la practica se reconocen como tal debido a la implicación que el conocimiento ambiental tiene para el territorio.

En ese sentido la Facultad de Ciencias Ambientales en busca de fortalecer el área de conocimiento de las Ciencias Ambientales busca consensos que permitan identificar los campos del saber ambiental para su comunidad académica, “este colectivo de académicos y científicos ambientales comparte: conceptos fundamentales y procedimientos propios de validación de sus tesis y argumentos; objetivos comunes orientados a contribuir a la comprensión y solución de los problemas que se generaran en la interacción sociedad – naturaleza; ámbitos institucionales propios de formación profesional universitaria y de investigación científica y tecnológica” (SÁENZ, 2007)

ESPACIOS DE FORMACION Y FORTALECIMIENTO ACADEMICO

La Escuela de Formación Ambiental para Colombia, como iniciativa de la Facultad de Ciencias Ambientales se ha convertido en un espacio de discusión y construcción de conocimiento, teniendo en cuenta que Cubillos (2007) plantea la importancia del análisis de las problemáticas

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concretas propia de las Ciencias Ambientales, ya que se había identificado una ausencia de “reconocimiento de un espacio particular, a la actividad de construcción de conocimiento y acciones dirigidas a la solución de la problemática ambiental, en las instituciones nacionales e internacionales encargadas de promover la generación de estos saberes o la acción en estos temas” (GONZÁLES, 2007)

Por lo tanto se han generado procesos de movilidad académica desde los programas de Especialización en Gestión Ambiental Local; la Maestría en Ciencias Ambientales; las Maestrías en Ecotecnología y Biología Vegetal; así como el Doctorado en Ciencias Ambientales fundamentados en los principios de equidad social, flexibilidad y excelencia académica.

De igual manera se cuenta con espacio Foro Permanente en Ciencias Ambientales, como la posibilidad de un encuentro libre y abierto para la Comunidad Académica de Posgrado de la Facultad de Ciencias Ambientales, donde se socialicen los estados de avance de los trabajos y tesis de grado, trabajos y avances de los Grupos de Investigación, y participación tanto de los estudiantes de Pregrado y Posgrado para la consolidación de conocimiento ambiental; es decir se convierte en como un diálogo académico necesario con docentes, grupos de investigación y estudiantes, en busca de retroalimentación que beneficie el alcance de sus objetivos.

Se ha institucionalizado un espacio académico de encuentro para los estudiantes que contribuya a construir en la práctica la Escuela de Formación Ambiental en Ciencias Ambientales, y que permita fortalecer y afianzar los alcances de los programas de formación de la Facultad y descubrir tanto oportunidades como falencias que contribuyan al reconocimiento de sus profesionales en los ámbitos de actuación publico o privado.

INTEGRACIÓN DE LOS PROGRAMAS ACADEMICOS DE LA FACULTAD DE CIENCIAS AMBIENTALES.

Teniendo en cuenta que “la propuesta de unas ciencias ambientales es, por supuesto, la de una ambientalización de la educación (investigación, docencia y divulgación) y es también la superación de los conceptos de sujeto y de objeto de la modernidad cientificista” (NOGUERA, 2007), la Facultad de Ciencias Ambientales ofrece a sus estudiantes capacitación en métodos y técnicas de investigación cualitativa y cuantitativa, escritura y redacción científica mediante los cuales los estudiantes puedan fortalecer su perfil como investigadores, dichos espacios de formación están abiertos a toda la comunidad académica de la Facultad y se convierten en espacios de integración de todos los estudiantes tanto de posgrado como de pregrado, teniendo en cuenta los principios de equidad e integridad sobre los que se sustenta la escuela de formación ambiental.

Por lo tanto la importancia de la Escuela de Formación Ambiental radica en la relevancia que puede tener para su comunidad académica el fortalecimiento investigativo, tomando como premisa que “la investigación interdisciplinaria se concibe como la metodología más adecuada para llevar a cabo la toma de decisiones en la Administración Ambiental, al favorecer el diálogo directo entre la academia, las instituciones, la comunidad y el sector privado” (CUBILLOS, 2012) así mismo para los programas de posgrado de la Facultad de Ciencias Ambientales.

CONCLUSIONES

La escuela de Formación Ambiental, es una iniciativa que aporta al fortalecimiento de ambientalización de las universidades y de los procesos de investigación ambiental para la sociedad del conocimiento que se pretende consolidar en América Latina y el Caribe; es a partir de este tipo de procesos sobre los que el conocimiento se convierte en un abanico de posibilidades que impacten realmente las demandas locales, regionales y nacionales frente a la problemática ambiental.

Formando profesionales íntegros, lideres y con direccionamiento hacia el papel que desempeñan frente a la demanda que el planeta acrecenta debido a los esquemas de desarrollo que han impactado durante épocas el ambiente; una apuesta estratégica hacia la sustentabilidad que radique en la aplicación del conocimiento, mediante el abordaje interdisciplinario que las situaciones demanden.

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BIBLIOGRAFÍA

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CUBILLOS, Q. L. (2007). La Epistemologia de las Ciencias Ambientales: Reflexiones sobre la "Impertinencia" Social. En O. SÁEN, Las Ciencias Ambientales: Una Nueva Área de Conocimiento (pág. 72). Colombia: Red de Formación Ambiental para America Latina y el Caribe.

CUBILLOS, Q. L. (2012). Razones Académicas para La Formulación de las Practicas Ambientales Interdisciplinarias. En M. C. Cano Echeverri, L. F. Cubillos Quintero, G. Castaño Arcila, C. I. Jimenez Montoya, C. E. López Castaño, H. Lopez Martinez, y otros, Territorio del Rio Consota, Municipio de Pereira- Risaralda. Aportes desde las Practicas Ambientales Interdisciplinarias del Programa Administracion Ambiental y los Grupos de Investigación de la Facultad de Ciencias Ambientales. Colombia: Universidad Tecnológica de Pereira.

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VELÁSQUEZ, S. J. (2009). Universidad de Caldas. Recuperado el 12 de Abril de 2012, de http://latinoamericana.ucaldas.edu.co/downloads/Latinoamericana5(2)_3.pdf

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LA UNION HACE LA FUERZA: POSGRADOS AMBIENTALES DE LA UNIVERSIDAD DE BAJA CALIFORNIA, MEXICO

ESPEJEL, Ileana; LEYVA, Claudia y ARREDONDO, Concepción Facultad de Ciencias y Facultad de Ciencias Marinas de la Universidad Autónoma de Baja California. Email para contacto: [email protected], [email protected], [email protected]

Grupo1. La investigación y la formación para la ambientalización en las universidades. Palabras clave. Enseñar/aprender pluridisciplina, ciencia postnormal, manejo de ecosistemas y recursos naturales.

Una de las actividades más importantes pero más difíciles en la docencia y en la investigación pluridisciplinaria es el trabajo en equipo.

En una sociedad cada vez más intolerante, es necesario enseñar y aprender a abrir la mente, a comprender y a ser condescendiente.

Las ciencias ambientales, por su propia naturaleza, sólo se logran en equipos disimiles y cambiantes a lo largo del tiempo.

En esta ponencia queremos compartir algunas de las experiencias más importantes en más de 20 años de lidiar con equipos de estudiantes, profesores, autoridades y los usuarios de los ecosistemas costeros.

Según nosotros (Arredondo et al., en prensa), las actividades de posgrados en ciencias ambientales incluyen actividades de docencia, investigación, vinculación y difusión.

En principio, los docentes, más que ningún otro integrante, debe compartir una misma filosofía para aprender mientras se hacen los proyectos.

Los proyectos necesariamente deben estar planteados por una necesidad de solución a un problema local, regional, nacional o internacional, pero sobretodo tienen un compromiso social fuera de las fronteras universitarias.

La forma en que hemos vivido este aprendizaje ha sido planteada en cinco fases: 1) el origen de la idea, que corresponde a la construcción teórica y operativa la cual es producto de un reducido número de investigadores, profesores y administradores

Esta primera fase es la más importante ya que marca un comienzo diferente a un posgrado disciplinario.

En primer lugar surge de un pequeño grupo de docentes de nuevo ingreso o de jóvenes recién egresados, que no fueron fundadores de su institución, que no piensan tradicionalmente ni ti enen una parti cular necesidad de agradar al sistema educativo.

Es decir, son de alguna manera intelectuales heterodoxos con intenciones de mejorar la educación a través de nuevas formas de aprendizaje.

Esta fase no dura más de un año y, si se cuenta con el apoyo de las autoridades, el proceso de justificar la pertinencia del programa educativo no es tan extenuante.

2) la experimentación que se refiere a la puesta en acción y en la cual se incorporan otros docentes e investigadores que son un apoyo estrátegico dentro de las universidades. Esta fase es

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la más crítica porque es el primer acercamiento a la experimentación del programa, donde se invita a docentes o grupos de académicos teóricamente estratégicos, y de manera casi simultánea es cuando surgen las confortaciones con las diferentes formas de hacer y pensar. Esta fase también coincide con los procesos de evaluación externa e interna de los programas, que normalmente son procesos ejecutados por evaluadores disciplinarios y basados en indicadores reduccionistas. El enfrentar estos retos, conduce en ocasiones a que los grupos de disgreguen, se desgasten los ánimos, y en casos extremos, cuando el grupo no ha alcanzado un nivel de cohesión suficiente, hasta la extinción de los programas. Esta fase puede durar años, y es una lucha constante entre los integrantes del grupo y las autoridades que no están convencidos, pero si se mantiene el esfuerzo y se tiene la suficiente persistencia, también es una fase de mucha creatividad, es entonces cuando se ha trabajado en las propuestas para una evaluación correcta y es cuando se buscan alianzas con grupos externos para flortalecerse. En esta fase, la evaluación positiva de los alumnos y el éxito de los egresados es al mismo ti empo la mejor defensa y la fuente de fortaleza que permite seguir y que se sugiere uti lizar como bandera. En nuestra experiencia, hay dos formas de evaluar el éxito de un programa, el que logra balancear su propia filosofí a “contra el sistema” y las exigencias de los organismos externos que a través de su evaluación condicionan el fi nanciamiento pero sobre todo, creemos que los alumnos satisfechos autocríti cos y responsables, son la mejor recomendación y la justificación más fuerte para continuar.

3) la consolidación que surge cuando se logra conformar un equipo pluridisciplinario y al cual se incoproran los primeros egresados. En esta fase, el grupo está cohesionado, se cuida a sí mismo y se fortalece académicamente. En estos años es cuando se logra la productividad que tanto promueven las autoridades, es cuando el grupo defi ne de mejor manera su fi losofí a de origen y prueba, con sus alumnos, el éxito de la misma. Al final de la etapa, se escribe sobre las lecciones aprendidas. Se sugiere documentar más esta fase porque en ella están las mejores lecciones aprendidas. Un evento importante en esta fase, es la autoevaluación crítica, los alumnos aportan ideas para el mejoramiento de los cursos, y estas se van practicando (ensayando) semestre con semestre, aprendiendo de las formas de trabajar, adecuadas a las formas de aprender de los alumnos y a la diversidad de profesiones que integran cada generación.

4) la revisión o restructuración de los planes educativos que surgen de la autoevaluación, de la evaluación externa y de los propios egresados. En esta fase son analizados los planes y programas de acuerdo a las estrategias que derivan de la autoevaluación, de la evaluación externa y de los egresados. Esta fase es fundamental porque puede marcar una nueva línea, un nuevo posgrado, una nueva organización administrativa o, aún, el cierre. Es una fase creativa porque el análisis de las ventajas y desventajas de la inserción de una materia, el trabajo conjunto de varias materias, de un nuevo orden, de una nueva área del conocimiento, de métodos, etc., permiten al grupo crecer invitando a nuevos miembros o a nuevos grupos. De alguna manera corresponde a la Fase I, pero ahora ya no es de un grupo pequeño de personas, ni de jóvenes rebeldes ni profesores de recién ingreso; ésta la viven grupos consolidados y académicamente fuertes con todo el apoyo de egresados y alumnos satisfechos y en el mejor de los casos, con autoridades y evaluadores comprensivos.

Finalmente la fase 5) el reinicio o los reinicios donde se consigue integrar las múltiples experiencias tanto de egresados como del equipo que crece y se diversifica. En esta fase especialmente, se necesita de la fuerza de otros. Es decir, distintos posgrados a nivel nacional e internacional que hayan pasado por experiencias similares y cuya fuerza, si se conjunta, puede ser clave para el desarrollo de estas ideas novedosas muchas veces poco toleradas, aun mismo dentro de las universidades. En esta ocasión explicaremos las cinco fases ejemplificando las formas en que el equipo de posgrados en ciencias ambientales de la Universidad Autónoma de Baja California (UABC), es decir una especialidad en Gestión Ambiental, una maestría en Manejo de Ecosistemas de Zonas Aridas y Costeras y un doctorado en Medio Ambiente y Desarrollo, han encontrado para que, a través de proyectos prácticos, se formen equipos donde el aprendizaje más intenso fue: la tolerancia. Expondremos varios casos, donde comenzamos el análisis con estudiantes que de manera individual transforman sus anteproyectos de tesis en proyectos interdisciplinarios (doctorado). Después mostraremos un conjunto de experiencias con grupos multidisciplinarios, que un semestre después son capaces de replantear sus proyectos colectivos

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como interdisciplinarios y transdiciplinarios (maestría) (Vázquez et al., 2011). Los alcances de ambos grupos de ejemplos, tienen repercusión a niveles local y nacional.

Finalmente y muy brevemente, explicaremos como llevamos a cabo la fase 5 con la formación de una Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad. Desde 2005 los profesores de la Universidad Autónoma de Baja California iniciaron un proceso buscando la asociación entre iguales para fortalecer sus posturas y convicciones. Al inicio importaba la evaluación; y en 2011 el fortalecimiento. La Red Mexicana de Posgrados Pluridisciplinarios en Ambiente y Sociedad (REMEPPAS) tiene la finalidad de favorecer la colaboración entre posgrados pluridisciplinarios y fomentar el diálogo entre docentes y alumnos de este tipo de posgrados. Como recientemente, contamos con más alumnos hispanoamericanos, queremos aprovechar la ocasión para invitar y sumarse a la experiencia de la UABC a otras universidades de Latinoamerica y España.

ARREDONDO, C. et al. (En prensa). "Etapas de desarrollo de equipos para la formación interdisciplinaria: experiencias de la Línea ambiental en la Universidad Autónoma de Baja California". ESPEJEL, I., ARREDONDO, C. Y VELAZQUEZ R. Posgrados pluridisciplinarios: experiencias diversas.

VÁZQUEZ, C., et al. 2011. "Twenty years of interdisciplinary studies of the “MEZA” program’s contributions to society, ecology, and the education of postgraduate students". Ecology and Society, 16(4): 19

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NÚCLEO DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE: UMA PROPOSTA QUE SE

CONCRETIZA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

VASCONCELOS, Maria da Graça; CARVALHO, Hudson de Paula; CAMARGO, Reginaldo; CARDOSO, Bruna Nayara Pereira; RODRIGUES, Vinícius William Borges Instituto de Ciências Ambientais e Agrárias - Universidade Federal de Uberlândia E-mail para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected] Grupo1 - A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades Palavras-chave: Comunidade virtual, Meio ambiente e sustentabilidade, Projetos e pesquisas. A sociedade vem passando por transformações que exigem da educação uma profunda reformulação, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida e a preservação do planeta.

A abordagem de temas ambientais, apoiada nos princípios da transversalidade e da interdisciplinaridade, desenvolve a capacidade dos indivíduos de se posicionarem diante das questões, que interferem na vida coletiva, intervindo no processo de forma responsável para transformá-lo.

Com o uso dos recursos tecnológicos informatizados a serviço da educação diferentes metodologias e estratégias podem ser incrementadas nesta parceria tecnologia-educação. Usar a Internet, como ferramenta-meio, é uma concepção tecnológica, facilitadora e motivadora para o incremento da aprendizagem, criando condições de alunos e professores desenvolverem suas potencialidades.

Assim, propõe-se neste projeto a consolidação de um espaço de troca on line, com incentivo a multidisciplinaridade, estabelecendo e experimentando uma metodologia de articulação da comunidade universitária, de forma virtual com o uso de ferramentas da internet, que venha a favorecer a identificação, a reflexão, a compreensão e a busca de soluções coletivas para a problemática ambiental.

A organização dos conteúdos em torno de projetos, como forma de desenvolver atividades de ensino e aprendizagem, favorece a compreensão da multiplicidade de aspectos que compõem a realidade, uma vez que permite a articulação de contribuições de diversos campos de conhecimento.

Projetos que lidam com os principais problemas ambientais das cidades, constituem o ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre esta realidade visível. É necessário que todos os cidadãos associem seus problemas cotidianos à degradação ambiental e reconheçam que são responsáveis por esta questão.

Estimulando assim, a adoção de uma postura que pode ter resultados significativos na mudança de atitudes e praticas de todos os envolvidos.

A proposta de educar pela pesquisa, busca alternativas para a aprendizagem mais construtiva e caminhos mais seguros e emancipatórios.

Estimular o aprender a aprender pela pesquisa, pela construção e reconstrução do saber, podem incluir os preceitos da utilização da internet, onde as informações estão dispostas democraticamente para quem dela quiser fazer uso e estabelecer sua própria linha de conhecimento.

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Pressupõe-se assim, que esta proposta, possa favorecer um processo pedagógico, que seja aberto, democrático e interativo, com o desenvolvimento de projetos e pesquisas colaborativas, entre alunos e professores da Universidade Federal de Uberlândia, que conta com seis campi, sessenta e oito cursos de graduação, dezessete mil alunos, um mil e quatrocentos docentes e cerca de três mil técnicos administrativos, um universo muito favorável para o desenvolvimento da educação continuada nessa temática.

Considerando as características da metodologia interdisciplinar, que proporciona diferentes interpretações sobre o tema ambiental e as prováveis contribuições especificas que cada interpretação pode oferecer.

O objetivo geral deste projeto é estabelecer e experimentar uma metodologia de articulação da comunidade universitária, de forma virtual através do uso de ferramentas da internet, que venha a favorecer a identificação, a reflexão, a compreensão e a busca de soluções coletivas para a problemática ambiental, interligando diferentes cursos, nos diversos campi da instituição.

Apresenta como objetivos específicos propor e avaliar novas condutas de repassar o conhecimento promovendo a interdisciplinaridade entre temas transversais trabalhando por projetos utilizando como meio a internet e os alunos; estimular e estruturar a formação de uma rede de pesquisadores de diferentes cursos, com incentivo a construções coletivas por meio de pesquisas desenvolvidas e experiências vivenciadas, pelos diferentes cursos da instituição.

A metodologia consiste na administração de sistemas de comunicação e informação com participações à distância. Utilizando a internet, com a criação de um site, que cumpra as funções de comunicador e articulador dos atores diversos, no sentido de armazenar, produzir e distribuir informações em torno da defesa da natureza,para que se possa empreender reflexões coletivas e ações conjuntas, através de recursos digitalizados como as listas de discussão, os seminários e as conferências eletrônicas, os cursos on line e os bancos de dados.

A avaliação final do projeto será feita de forma quantitativa de acordo com: o número de unidades participantes do projeto; o número de projetos de pesquisas realizados e disponibilizados no site; o número de artigos publicados e o número de acessos ao site.

Como resultados alcançados constam a elaboração e a finalização do regimento interno do núcleo, para a orientação de suas atividades, a aprovação do projeto submetido a Pró-reitoria de Graduação da Universidade - PROGRAD, que contemplou a proposta com duas bolsas de estudos, para que os alunos, que foram selecionados, possam auxiliar no estabelecimento da comunidade virtual e no desenvolvimento de material didático, que proporcionará a construção do conhecimento de forma coletiva, colaborativa e participativa em relação às questões ambientais.

Parceria foi estabelecida com o Centro de Tecnologia da Informação da Instituição - CTI, que atendendo a uma solicitação do Grupo de Pesquisa em Gestão Ambiental Aplicada, está contribuindo com a criação do site, que brevemente estará disponível para que a comunidade acadêmica tenha conhecimento do projeto e se vincule a ele de conformidade com o seu interesse.

No âmbito das pretensões deste trabalho, pretende-se reunir vários projetos, com objetivos diferenciados, mas que se integram diante da mesma proposta, que visa associar os recursos informatizados com as questões ambientais e educativas, procurando promovê-las dentro das necessidades de um contexto social.

Espera-se contribuir para o desenvolvimento de habilidades necessárias para o trabalho em equipe estabelecendo um processo permanente de discussão, produção, difusão de conhecimentos, troca de experiências e busca de soluções para os problemas socioambientais, articulando as questões do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Iniciativa precursora a essa proposta pode ser comprovada no site http://www.meioambienteonline.ufu.br, disponibilizado desde 2002, quando foi indicado pela Rede Paulista de Educação Ambiental - REPEA, como um site educativo, mantendo um link com o mesmo.

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Assim, após muito tempo de espera e preparação está se concretizando a aspiração de criar o Núcleo de Meio Ambiente e Sustentabilidade - NUMAS - na Universidade Federal de Uberlândia, como há muito foi pretendido.

Referências

ALCÂNTARA et al. Educação ambiental e os sistemas de gestão ambiental no desafio do desenvolvimento sustentável. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental REGET/UFSM (e-ISSN: 2236-1170), v(5), n°5, p. 734 - 740, 2012.

CASTRO, Raquel Cardoso. A sociedade em rede. Perspectiva, ciência e informação. Belo Horizonte, n. especial, p. 134-144, dezembro 2003.

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DEFININDO OS RUMOS PARA A AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR E

SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE – UNIVALI SUSTENTÁVEL

GUERRA, Antonio Fernando Silveira; LUNA, Jose Marcelo Freitas de; PIRES, Paulo dos Santos;

PROSPERO, Elisete Navas Sanches; SCHUCH, Dalva Sofia; PEREIRA, Yára Christina Cesário

Universidade do Vale do Itajaí E-mails para contato: [email protected] ; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Grupo1 – A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades

Palavras-chave: ambientalização curricular, sustentabilidade, formação inicial e continuada,

Educação Ambiental

Contextualização

A preocupação com a ambientalização e a sustentabilidade nas universidades não é nova. Um importante programa internacional foi desenvolvido ainda nos anos 2000 pela “Red de Ambientalización Curricular de los Estúdios Superiores5” – Red ACES7, um projeto intercultural e interdisciplinar que envolveu onze universidades internacionais (no Brasil, a UFSCar- Univ. Federal de São Carlos; UNESP- Rio Claro; Univ. Estadual Paulista, Campus Rio Claro; UNICAMP- Univ. Estadual de Campinas).

Conforme os pressupostos enunciados na introdução da página web do Programa da Rede ACES (2003), a “Universidade constitui-se um potencial agente dinamizador de mudanças para a sustentabilidade de especial relevância, uma vez que forma os futuros/as profissionais, que, ao exercerem sua profissão, terão um efeito direto ou indireto em seu entorno”.

Nesse sentido, educar para a sustentabilidade constitui um objetivo que implica um esforço educativo com foco, por um lado, na mudança dos modelos interpretativos em relação às questões ambientais e, por outro, na oferta da vivência de modelos alternativos que permitam sua análise e avanço. (REDE ACES, 2003)

As produções desse programa (ARBAT, GELI, 2002; GELI et. al., 2003, 2004), e, especialmente, os resultados de estudos realizados em universidades brasileiras como os de Carvalho et. al (2003) e Santana et.al (2004), na Unesp – Rio Claro, bem como de Oliveira e Freitas (2004), na UFSCar, e de Amorim et. al (2004), na Unicamp, definiram referenciais importantes para a ambientalização de outras universidades públicas.

De acordo com diferentes autores (GELI et al. 2003, 2004; FREITAS, OLIVEIRA et. al. 2003; OLIVEIRA, 2006, dentre outros), com base nos indicadores da Rede ACES, são 10 as características de um curso ambientalizado: Compromisso para a transformação das relações sociedade-natureza; Complexidade; Ordem disciplinar (flexibilidade e permeabilidade); Contextualização local – global -local e global – local - global; Considerar o sujeito na construção do conhecimento; Considerar os aspectos cognitivos e afetivos das pessoas; Coerência e reconstrução entre teoria e prática; Orientação de cenários alternativos; Adequação metodológica e espaços de reflexão e participação democrática.

5 Trata-se do “Programa de Ambientalización Curricular de los Estudios Superiores: diseño de intervenciones y

análisis del proceso" financiado pelo Programa ALFA da União Europeia, e pela Comissão Européia. Ver detalhes no

site disponível em: http://insma.udg.es/ambientalitzacio/web_alfastinas/castella/c_index.htm.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Partindo dessas características e do pressuposto de que a formação inicial dos profissionais nas universidades se constitui a partir de uma rede de relações, especialmente pela sua corresponsabilidade na formação profissional e socialização do conhecimento, autoras e autores como Tristão (2007), Guimarães (2004), Guerra (2007), dentre outros, entendem que a escola e as universidades são importantes espaços para a ambientalização curricular que passa, necessariamente, pela abordagem da sustentabilidade. Além disso, processos para a ambientalização curricular dos Cursos na formação inicial e na pós-graduação podem contribuir, efetivamente, no desenvolvimento de princípios e valores, como de respeito à vida, responsabilidade socioambiental e exercício da cidadania planetária.

Nesta década, o aumento do compromisso das universidades com a ambientalização pode ser verificado em outros trabalhos mais recentes como de Oliveira (2006), e em universidades espanholas (BARRON, NAVARRETE e DIDAC, 2010), este resultante de um Grupo de Trabalho proposto pela Conferencia de Rectores para las Universidades Españolas (CRUE). Da mesma forma, outras universidades ibero-americanas atuando em parceria no Projeto de Cooperação Internacional entre a USP, no Brasil e a Universidad Autónoma de Madri (UAM), apresentaram no 3. Seminário “Sustentabilidade na Universidade”, realizado na USP de São Carlos, em 2011, uma diversidade de experiências e boas práticas de sustentabilidade, no âmbito da extensão, no ensino e currículo, e na gestão e planejamento territorial nas universidades.

A sustentabilidade no Ensino, Pesquisa e Extensão na Univali

Ao longo dos últimos anos, a Universidade do Vale do Itajaí - Univali, como a maior universidade comunitária do Estado de Santa Catarina, vem se destacando no campo socioambiental, recebendo prêmios e menções como as que se seguem:

• Finalista do Prêmio Melhores Universidades do Guia do Estudante da Editora Abril- Categoria “Melhores por Área – Meio Ambiente e Ciências Agrárias – Privadas”.

• Projeto RECICLA SÃO JOSÉ, do PPTA, escolhido como uns dos 25 pré-finalistas da Categoria Sustentabilidade do III Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real.

• 5º Prêmio Docol / Ministério do Meio Ambiente de Jornalismo Ambiental Reportagem: A realidade às margens do Canhanduba. Categoria: Destaque Acadêmico – 1º lugar. Março/2007

• Prêmio Empresa Cidadã 2002 - ADVB Categoria: Desenvolvimento Cultural - Mérito de fazer da responsabilidade social um exercício da cidadania. Outubro/2002

No que diz respeito à integração pesquisa, ensino e extensão, a Univali abriga na Biblioteca Central Comunitária o Projeto “Sala Verde”, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Univali. A Sala Verde é um espaço dedicado à disseminação de informação, criação e desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental. O espaço foi criado com a realização, em 2006 do Projeto Sala Verde - Observatório de Educação, Saúde, Cidadania e Justiça Sócioambiental - Vale do Itajaí – SC. Em 2009, o GEAS, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE-Univali, desenvolveu um Projeto de extensão e formação ligado à Sala denominado Fortalecendo as ações de formação continuada na Sala Verde “Vale do Itajaí’

Outros projetos de pesquisa e formação desenvolvidos pelo GEEAS foram “Desenvolvimento de materiais e tecnologias para Educação Ambiental em escolas da microrregião da Foz do Rio Itajaí” - 2007 – 2009 (GUERRA et. al, 2010), financiado pela FAPESC, e o Projeto, “O cenário da Educação Ambiental em municípios da região da foz da bacia do Rio Itajaí-SC: Sustentabilidade Sócioambiental ou Desenvolvimento Sustentável?”, (GUERRA, 2011) financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq (2009 – 2011) - Edital Universal MCT/CNPq 02/2009.

Promovendo um espaço para socialização desse projeto e de outras pesquisas sobre sustentabilidade, em 2010 a Univali, por meio do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação - PPGE e do GEEAS, coordenaram a quarta edição do “Colóquio de Pesquisadores em

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Educação Ambiental da Região Sul – IV CPEASul”, com o tema: “Diálogos sobre sustentabilidade: desafios aos educadores frente às mudanças climáticas”. O evento integrou as comemorações dos 10 anos do PPGE-UNIVALI. Ainda neste evento, foi lançado o livro “Sustentabilidades em Diálogos” (GUERRA e FIGUEIREDO, 2010), um projeto iniciado no III CPEASul, integrando pesquisadores da região Sul, e convidados do país e do exterior.

A Univali participa, desde 2010, da Alianza de Redes iberoamericanas de Universidades por la Sustentabilidad y el Ambiente – ARIUSA, fazendo presença na I Jornada dessa rede, realizada em Corrientes, na Argentina, com a exposição de um trabalho “A formação em Educação Ambiental para a sustentabilidade: A experiência de um grupo de pesquisa no Sul do Brasil” (GUERRA, FIGUEIREDO e PEREIRA, 2010), e organiza em 2012 a II Jornada Ibero-americana dessas redes em Itajaí – SC. O tema central é o compromisso das universidades ibero-americanas com a sustentabilidade.

Em 2011, no 3. Seminário “Sustentabilidade na Universidade”, com o objetivo de discutir ações de ambientalização no âmbito da Gestão, Extensão e Currículo, a Univali participou com trabalhos do Programa de Pós-Graduação em Educação, por meio do Grupo de Pesquisa Educação, Estudos Ambientais e Sociedade – GEEAS (GUERRA e FIGUEIREDO, 2011; FIGUEIREDO e GUERRA, 2011). Nesse evento, foi apresentada a “Plataforma informação, sensibilização e avaliação da sustentabilidade nas universidades – disponível em http://www.projetosustentabilidade.sc.usp.br, resultado do Projeto de Cooperação Internacional entre a USP, no Brasil e a Universidad Autónoma de Madri, na Espanha, com a participação de outras universidades ibero-americanas.

Em 2012, três projetos da Univali foram classificados para a segunda etapa do concurso Santander “Práticas de Educação para Sustentabilidade”. A premiação reconhece, multiplica e premia casos práticos de professores universitários das mais diversas disciplinas obrigatórias dos cursos de graduação de Administração ou Economia, de todo o país, que inserirem a temática da sustentabilidade de forma contínua e integrada às aulas ministradas no primeiro semestre de 2012.

O Laboratório de Paisagismo – LaPa, do campus de Balneário Camboriú, e setor de Engenharia, desde 2006 procuram desenvolver uma reformulação das áreas verdes, jardins dos campi, e tem atuado na restauração e na recuperação de ecossistemas alterados e urbanizados do campus de Itajaí, utilizando técnicas de permacultura na implantação de canteiros, entre outras ações. A partir do ano de 2010, formou-se uma equipe interdisciplinar com o Setor de Engenharia , o Laboratório de Vegetação Costeira e o Laboratório de Educação Ambiental – LEA, para tomada de decisão sobre o bosque de espécies exóticas na encosta do Morro da Cruz, entre outras tantas ações que buscam formalizar o espaço da universidade como espaço educador sustentável.

Nessa problemática a Univali estabeleceu, em 2010 uma parceria com a ONG Prima - Mata Atlântica e Sustentabilidade na realização do IV CPEASul, recebendo o Selo Prima "Mudanças Climáticas" como evento neutro em emissões de Carbono. A certificação foi concedida em função da execução pela equipe interdisciplinar do compromisso de executar um projeto de recuperação ambiental e plantio de árvores nativas6, viabilizado por meio de parceria estabelecida entre a Univali e as Fundações de Meio Ambiente de Itapema (FAACI), de Itajaí (FAMAI) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Balneário Camboriú.

Na Unidade Ilha da Univali, em Florianópolis, um projeto desenvolvido na disciplina de Processo Criativo, do curso de Produção Publicitária, um dos discentes criou a ideia do “Bitucão”, um recipiente para o descarte das guimbas de cigarros, que geralmente eram jogadas no chão.

Ainda neste ano de 2012, a Univali, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas, antecipando os debates para a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, promoveu a I Conferência Internacional Direito Ambiental, Transnacionalidade e Sustentabilidade com a presença, dentre outros palestrantes, do Prof.

6 A universidade e os órgãos públicos assumiram e assinaram o compromisso da aquisição e transporte das mudas

nativas, preparo do solo, organização do plantio e seguro de vida por 21 anos das mudas que foram plantadas no Morro

do Cruz, no campus de Itajaí, e no campus da Univali em Balneário Camboriú.

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Michel Prieur, da Universidade de Limorges, e do Prof. Gabriel Real Ferrer, da Universidade de Alicante, autoridades mundiais em Direito Ambiental.

O PPGE, desde 2009, desenvolve sob a coordenação do Grupo de Pesquisa Educação, Estudos Ambientais e Sociedade – GEEAS, a sua Agenda Ambiental. Esta implementou algumas ações e práticas visando à sustentabilidade, aprovadas pelo Colegiado do Curso, como a entrega da versão final das Dissertações em capa dura, reduzidas de 5 cópias para duas e impressas em papel reciclato e com a versão da dissertação gravada em CD-ROM para ser disponibilizada na página web do Programa. Também a cada semestre é realizada pelos pesquisadores do GEEAS uma sensibilização dos novos mestrandos, e neste ano da primeira turma de doutorandos do Programa, com relação ao consumo e descarte de materiais recicláveis.

De abril de 2011 a março de 2012, como parte do Convênio de Cooperação entre PPGE da Univali e do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental – PPGEA, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, foi promovido, como atividade de pesquisa, ensino e extensão o “Curso de formação inicial e continuada em Educação Ambiental: as dimensões da sustentabilidade” desenvolvido pelo Prof. Antonio Fernando Silveira Guerra e Profa. Mara Lúcia Figueiredo. O curso foi uma das etapas da pesquisa de pós-doutoramento realizada no PPGEA – FURG (GUERRA e FIGUEIREDO, 2011b) e contou com a participação de 43 licenciandos de oito Cursos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBID da FURG (Português, Física, Espanhol, Geografia, Artes, História, Biologia e Química) e nove professores de sete escolas da Educação Básica do município de Rio Grande - RS.

No âmbito do PIBID, a Univali desenvolve o Programa Docência na Educação Básica da UNIVALI - PIBID/UNIVALI. Este busca a articulação entre o Ensino Superior e a Educação Básica de forma a possibilitar, aos licenciandos, conhecer os fundamentos filosóficos e políticos de sua área de atuação, os processos de aprendizagem e os saberes pedagógicos que constituem a prática docente. Em face das constantes mudanças na sociedade e da necessidade de se discutirem as tendências atuais da formação de professores, o Programa propõe aos envolvidos no processo de educação escolar repensar a prática pedagógica, organizando espaços coletivos de discussão, reflexão e vivências sobre a Educação Básica que contribuam para o redimensionamento da ação docente.

O Programa PIBID/UNIVALI tem como objetivo geral promover o planejamento, execução e avaliação de atividades educativas na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio para inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de ensino, buscando a integração entre educação superior e educação básica. O PIBID Univali está organizado em quatro áreas (Artes Visuais e Música, Letras, Matemática e Pedagogia – Educação Infantil), onde atuam licenciandos e professores supervisores de escolas da rede pública de ensino municipal e estadual. Em 2011, os licenciandos e professores supervisores do PIBID UNIVALI trabalharam com 1.057 alunos da rede municipal de Itajaí e 1035 alunos da rede estadual, um número bastante significativo, tendo em vista que é um programa pequeno, que envolve 04 áreas de ensino e 72 bolsistas (RELATÓRIO PIBID, 2012).

O Programa Univali Sustentável

Considerando as iniciativas já em andamento na Pesquisa, Extensão e Ensino, com a participação em Programas como o do PIBID, envolvendo os Cursos de Licenciatura, e de que os Programas de Pós-Graduação da Univali, com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura – PROPPEC e da Pró-Reitoria de Ensino – PROEN, em 2012 foi constituído um Grupo de Trabalho Interdisciplinar para a elaboração do Programa Institucional de Ambientalização e Sustentabilidade na universidade, o Programa “Univali Sustentável”, como parte integrante da política institucional e de seu Planejamento Estratégico para os próximos anos, uma vez que a análise ambiental, interna e externa, é o eixo central deste planejamento que envolve todos os setores da instituição. Para isso é necessário verificar e mensurar todas as ações realizadas na instituição voltadas à ambientalização, bem como desenvolver ações para sua implementação.

O Programa tem duas finalidades que se complementam: 1) executar ações estruturantes com a comunidade universitária no âmbito da formação para ambientalização na Universidade,

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integrando atividades de ensino, pesquisa e extensão, 2) diagnosticar e elaborar subsídios à criação de uma política institucional de ambientalização curricular e de estratégias para sua implementação. O objetivo geral do Programa é desenvolver processos de formação inicial e ações de extensão para ambientalização na universidade, fortalecendo o ensino de graduação e pós-graduação, a extensão e gestão, por meio da sensibilização ambiental e mobilização na prevenção de riscos ambientais com a comunidade universitária. Está direcionado a licenciandos do PIBID-Univali, graduandos de outras áreas, pesquisadores de graduação, pós-graduação e extensão e funcionários e gestores da Universidade. Destacam-se também como objetivos específicos: Estabelecer um diálogo de saberes na comunidade universitária para a construção de uma cultura da sustentabilidade; Identificar ações, projetos e boas práticas inovadoras relacionadas à sustentabilidade desenvolvidas na Univali, no âmbito do currículo, extensão e gestão institucional; Desenvolver práticas educativas de forma cooperativa em situações concretas de ensino aprendizagem que permitam o diálogo interdisciplinar; Aplicar material pedagógico em suporte multimidiático, com bolsistas do PIBID da Univali; Sugerir subsídios com a finalidade de introduzir mudanças no que se refere a metodologias e abordagens para ambientalizar as práticas nos currículos dos cursos de graduação e programas de pós-graduação; Inserir aspectos de ambientalização na avaliação institucional da Universidade; Gerar produtos e processos que subsidiem a elaboração de trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, voltados à ambientalização; e Integrar e consolidar ações e pesquisas da pós-graduação e programas de extensão, com o ensino de Graduação. A etapa de diagnóstico do Programa já está em andamento com a realização de reuniões envolvendo as coordenações e Programas de Pós-Graduação e de extensão, juntamente com os gestores administrativos e funcionários da universidade, e coleta de dados nos documentos curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação para identificar ações, projetos e práticas voltadas à sustentabilidade.

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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL COMUNITÁRIA: UMA PRÁTICA QUE PASSA PELA UNIVERSIDADE

BALDIN, Nelma; IWAYA, Gabriel Horn; MUNHOZ, Elzira Maria Bagatin; CAVALHEIRO NETO, José; SCHIOCHET JÚNIOR, Lídio. Universidade da Região de Joinville E-mail para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Grupo 1 – A pesquisa e formação para a ambientalização nas universidades

Palavras-chave: Relação universidade-comunidade; Sustentabilidade ambiental comunitária; Educação Ambiental. INTRODUÇÃO

Fundada em uma filosofia política, da ciência e da educação antitotalitária e pacifista - que venha a garantir os princípios básicos de justiça social – a Educação Ambiental enfrenta um grande desafio de mudança de mentalidade do modelo de desenvolvimento atual, cujas bases estão esteiradas na acumulação de capital; no uso dos recursos naturais a partir de uma ótica linear de mercado; no autoritarismo político; no desprezo às culturas de grupos minoritários e aos direitos fundamentais do homem (REIGOTA, 2010).

Considerando essas questões, faz-se urgente e necessário a promoção de ações que estimulem a internalização da questão ambiental - ambientalização - de modo a fortalecer visões integradoras que possibilitem a construção de sentidos às problemáticas quanto: à relação indivíduos-natureza; riscos ambientais locais e globais; e relações ambiente-desenvolvimento (JACOBI, 2003). Contudo, diante dessa perspectiva, não basta somente a conscientização dos sujeitos para que a educação ambiental torne-se efetiva, é necessária também uma movimentação coletiva e que além disto exercite em suas ações um conhecido lema ecológico: o de “agir localmente e pensar globalmente”.

Desta forma, agir e pensar constituem a práxis da Educação Ambiental que atua consciente das especificidades locais e individuais, de sua força coletiva e que lhe possibilita adquirir um caráter planetário e ambientalmente sustentável (GUIMARÃES, 1995).

Este processo de ambientalização (LOPES, 2006) deve contemplar necessariamente as inter-relações do meio natural com o social e a pluralidade de atores e formas de organizações sociais envolvidos. Ou seja, deve centrar-se dentro de uma perspectiva interdisciplinar que priorize uma nova forma de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental (JACOBI, 2003).

Neste sentido, o processo interdisciplinar carrega consigo não só a necessária vinculação de diferentes áreas disciplinares, mas a possibilidade do diálogo das disciplinas entre si, desencadeando uma cumplicidade solidária - um diálogo entre saberes - servindo como instrumento de renovação dos diferentes objetos científicos disciplinares e gerando representações coletivas, fruto da soma das realidades estudadas e conhecidas (COIMBRA, 2000).

Nesta direção, fica a cargo das instituições que têm por objetivo desenvolver o conhecimento científico – as universidades – proceder a uma análise crítica e reflexiva do seu papel com relação à sociedade contemporânea afim de estabelecer uma práxis efetiva, congregando as

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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comunidades e centros universitários em autênticas comunidades interpretativas e democratizando o acesso à informação com atividades ditas de extensão (SANTOS, 2001).

Considerando essas questões, é de fundamental importância que dentro das universidades criem-se espaços que possibilitem o desenvolvimento do processo de ambientalização conectado às áreas de pesquisa e formação. Tais mudanças podem subsidiar a necessária reconversão de paradigmas e de profissionais às novas questões ambientais, bem como novos tipos de profissionais podem aparecer e, consequentemente, dentro dos processos de pesquisa e formação este seria um caminho para o fortalecimento ou mesmo para a reconstrução de uma justificativa crítica ambiental ao sistema econômico atual – capitalismo – e seus aspectos devastadores.

Ainda, poder-se-ia entender esse papel como de resistência à onipresença deste mesmo sistema sobre múltiplas variáveis, como por exemplo a natureza, a saúde e a humanidade (LOPES, 2006). Trata-se, aqui, portanto, de uma importante reconstrução das engrenagens sociais através da promoção de práticas inovadoras que possibilitem o surgimento de sujeitos autônomos dentro de suas respectivas comunidades (GUATTARI, 1990).

O desafio é estimular tais atores sociais, intrinsicamente ligados à predisposição de governos locais a criarem espaços públicos e plurais de participação e articulação, fortalecendo, assim, a corresponsabilidade destes sujeitos para que a população possa, de forma concreta, reivindicar iniciativas governamentais que rompam com a cultura política dominante e que venham implantar políticas pautadas no binômio: sustentabilidade e desenvolvimento.

Esta é, segundo Jacobi (2003), uma das formas de participar intensamente dos processos decisórios de fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação socioambiental local. É de acordo com estes direcionamentos que tem trabalhado o Grupo de Pesquisa “Produção do Conhecimento e Sensibilização Ambiental”, conectado ao grupo de pesquisa também conhecido como “Projetos EduCA – Univille”, o qual atua nas linhas de pesquisa: “Diagnóstico, Conscientização e Sensibilização Ambiental na Promoção da Saúde” e “Educação Ambiental, História Ambiental e Patrimônio para Gestão Ambiental Comunitária” vinculadas ao Mestrado em Saúde e Meio Ambiente da Univille. É, portanto, sobre as pesquisas dos Projetos EduCA-Univille que tratará esse texto.

AMBIENTALIZAÇÃO E A UNIVERSIDADE: OS PROJETOS EDUCA E ESENSI

A partir da perspectiva do trabalho buscando a relação universidade-comunidade, o Grupo de Pesquisa tem atuado na elaboração e execução de projetos de pesquisa nas áreas de Educação Ambiental, da História Ambiental, Patrimonial e Cultural, da Sensibilização Ambiental e da Gestão Ambiental Comunitária.

O grupo iniciou sua formação (2003) e efetivação enquanto grupo de pesquisa (2004) e desde então tem contado com apoio de bolsistas PIBIC do Programa FAP Univille e do Programa PIBIC/CNPq, bem como inclui, em seu corpo de trabalho, estudantes voluntários de diferentes áreas disciplinares, em especial, de acadêmicos dos cursos de Engenharia Ambiental, Direito, Geografia, Biologia, Psicologia, Educação Física e Pedagogia da Univille. Além disso, conta ainda com a participação dos bolsistas do CNPq e da FAPESC e de mestrandos do curso de Mestrado em Saúde e Meio Ambiente, da mesma instituição, que ali constroem ou construíram suas pesquisas e Dissertações.

É importante destacar que no meio de sua trajetória (2009, 2010, 2011) os Projetos EduCA incorporaram, no seu campo de atuação, o Projeto ESENSI que também volta suas pesquisas para a área de Educação Ambiental, da História Ambiental e da História Sócio Patrimonial. Posteriormente, na trajetória deste Grupo de Pesquisa demonstrou-se também uma preocupação em elaborar uma análise teórica reflexiva que revertesse em ações práticas (críticas) de desenvolvimento dentro das temáticas das áreas de atuação, abrangendo ainda a Gestão Ambiental Comunitária.

Como exemplo deste amálgama de ações, no ano de 2011 ocorreu o evento “Projeto EduCA e ESENSI: revisão de uma trajetória de pesquisa”; além deste, cada ano realiza-se dentro da própria universidade o Seminário de Iniciação Científica.

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Nestes eventos os pesquisadores apresentam seus trabalhos e relatam suas experiências, além de, principalmente, poderem discuti-las frente a outros acadêmicos, professores e convidados, havendo assim um intercâmbio de conhecimentos e experiências bastante positivas.

Essa ação, uma práxis efetiva de ambientalização na universidade, destacou, essencialmente, ações de pesquisa voltadas a duas comunidades em especial: a comunidade do Distrito de Pirabeiraba e a comunidade do bairro Vila Nova no Município de Joinville – SC, respectivamente situadas nas áreas das Bacias Hidrográficas do Rio do Braço e do Rio Piraí.

Para isso, foi constituído um grupo de estudantes e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento que, em um primeiro momento, desenvolvem trabalhos de pesquisa, análise e caracterização dos problemas ambientais locais e, em um segundo momento, conformam as ações dos projetos e execução de seus objetivos propostos.

Esse projeto, em específico, voltado às comunidades escolares do bairro Vila Nova e do distrito de Pirabeiraba, iniciou suas atividades no ano de 2009, após um estudo teórico com levantamentos históricos e geográficos das comunidades envolvidas e com o objetivo de analisar e comparar informações coletadas por meio de entrevistas nas comunidades no que se refere à História, ao Patrimônio e Meio Ambiente.

Para realização da pesquisa e entrevistas (2010) foram abordados diferentes atores sociais das respectivas comunidades. O recrutamento desses diferentes sujeitos foi realizado segundo a metodologia de cadeias de referência (snowball).

Essa metodologia consiste em selecionar a partir de referencias chave e recrutar lideranças comunitárias e estudantis através da indicação das direções escolares – sementes.

A pesquisa levou em consideração diferentes representantes comunitários, a exemplo: líderes escolares, políticos, religiosos e empresariais (MUNHOZ, 2011).

A partir daí foram realizadas as análises das respostas adquiridas. Em um segundo momento (2011), foram apresentados, às localidades, os resultados da pesquisa de modo informativo e educativo com o intuito de se iniciar uma discussão dos resultados junto às representações comunitárias – depreendendo, disto, uma maior conscientização dos sujeitos locais quanto às questões relacionadas à linha de pesquisa.

Determinou-se, então, como objetivo específico do projeto em aplicação: o desenvolvimento de estratégias de sensibilização voltadas às comunidades escolares – Escolas Municipais Evaldo Koehler, Adolpho Barstch e Eugênio Klug do Distrito de Pirabeiraba e Escolas Municipais Valentim João da Rocha, Bernardo Tank e Karin Barkermeyer do bairro Vila Nova; e de orientação aos líderes comunitários da importância da melhoria das condições de vida local.

No que se refere às atividades de sensibilização voltadas às escolas participantes, destacam-se dentre os conceitos trabalhados: patrimônios históricos e naturais; monumentos históricos; a história do bairro; degradação do meio ambiente; coleta seletiva e o uso de sacolas permanentes. Os resultados que foram obtidos com o trabalho feito nas escolas foram apresentados em forma de palestras pelos participantes envolvidos, de modo centralizado.

Era escolhida uma escola em cada região e as demais escolas participantes eram convidadas a comparecer, para que houvesse essa devolutiva. Nessas apresentações, foi divulgado todo o processo de construção das atividades de pesquisa, ações desenvolvidas e resultados obtidos, de modo a mostrar a comunidade um diagnóstico da situação com relação as questões ambientais e patrimoniais.

As análises dos resultados do projeto serviram como base para reconstrução das propostas de atividades do ano subsequente (2012) e para definição das novas atividades e conceitos a serem trabalhados nas comunidades escolares, com ênfase agora em atividades que envolvem as questões a respeito do Patrimônio Imaterial presente nas localidades (saberes, festas populares, danças e pratos típicos) relacionadas ao destino correto de resíduos (reciclagem de lixo orgânico - minhocário) considerando seus benefícios ao meio ambiente e, por consequência, às comunidades em geral.

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Dando continuidade, os Projetos EduCA/ESENSI pretendem encaminhar ao poder público o relatório da pesquisa para que os pontos de convergência apontados pelos participantes locais sejam considerados e possam reverter-se em políticas públicas que venham a sanar problemas identificados e beneficiar as comunidades envolvidas.

Nesse esforço de interrelação universidade-comunidade dos Projetos EduCA, está expresso, pois, o sentido de ambientalização no espaço do trabalho com os atores sociais envolvidos na pesquisa. E o caminho para essa via de mão dupla passa pela Educação Ambiental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho socioambiental dos Projetos EduCA levando a universidade para a comunidade busca, em última instância, a sustentabilidade ambiental dessas comunidades que participam do estudo. Através das suas ações realizadas dentro da comunidade escolar e a socialização dos resultados de pesquisa ao corpo docente da escola, aos alunos e representações sociais da comunidade estimula-se o surgimento de potenciais disseminadores de informações e mobilizadores de ações coletivas locais, sintonizadas nas demandas globais e voltadas à necessária internalização da questão pública do "meio ambiente".

Tais percursos permitiram também a manifestação das lideranças locais quanto às necessidades da comunidade e possíveis encaminhamentos a serem propostos ao poder público e às pessoas que ali vivem, contribuindo para um sentimento de pertencimento local e maior sensibilização dos envolvidos nas questões relacionadas às linhas de pesquisa em que vêm trabalhando os Projetos EduCA, bem como para efetivação da cidadania e geração de conhecimentos que possam, dentro de um futuro próximo, ser revertidos em políticas públicas que beneficiem a todos.

Os Projetos EduCA – Univille, além de suas ações voltadas a área de pesquisa (e por vezes também de extensão), promove também a construção de uma racionalidade ambiental no grupo de pesquisadores que o constitui, ao passo que propõe, aos mesmos pesquisadores, a incorporação dos saberes ambientais que, em um movimento recursivo, constroem suas ações práticas e reconstroem - ao mesmo tempo – as visões de mundo individuais que alteram por sua vez as futuras práticas científicas e docentes, estimulando, também, dentro do espaço universitário, a necessária atualização dos currículos a partir da internalização de dimensões ambientais. Este, por fim, configura-se em um processo de aprendência contínua, subsidiado por uma relação dialética e dialógica, interdisciplinar, aberta à comunidade e ambientalizada.

REFERÊNCIAS

BALDIN, Nelma; ORTH, Cíntia M., COSTA, Satya L., MELLO, Amanda C; SCHIOCHET JÚNIOR, Lídio; CAVALHEIRO NETO, José. Projeto EduCA e ESENSI: revisão de uma trajetória de pesquisa. In: ANAIS DO SEMINÁRIO: Projeto EduCA e ESENSI: revisão de uma trajetória de pesquisa.Joinville: Univille, 2011.

COIMBRA, José de Avila Aguiar. Considerações sobre a interdisciplinaridade. In: PHILIPPI JR. Arlindo. Interdisciplinaridade em ciências ambientais. São Paulo: Signus, 2000.

GUATTARI, Felix. As três ecologias. Campinas: Papirus, 1990.

GUIMARÃES, Mauro. A dimensão da educação ambiental. Campinas: Papirus, 1995.

JACOBI, Pedro Roberto. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas), São Paulo, v. 118, p. 189-205, 2003.

LOPES, José Sérgio Leite. Sobre processos de "ambientalização" dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes antropológicos, Porto Alegre, v. 12, n. 25, June 2006 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832006000100003&script=sci_arttext. Acesso em: 18/04/2012.

MUNHOZ, Elzira M. B. Resultados científicos e socioambientais de um projeto em educação ambiental comunitária – O Projeto EduCA/ESENSI. In: ANAIS DO SEMINÁRIO: Projeto EduCA e ESENSI: revisão de uma trajetória de pesquisa. Joinville: Univille, 2011.

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REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2010.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 2001.

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UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA EM AMBIENTALIZAÇÃO ESCOLAR NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

Márcio Herbes Santos7; Simone Silva de Santana; Kmaila Cosme de Andrade; Maria das Graças Cleophas Porto8; Maria Luciana da Silva Nóbrega9 E-mail para contato: [email protected]

Grupo 1: A pesquisa e formação para a Ambientalização nas Universidades Palavras-chave: Convivência, Semiárido, Piaui, Ambientalização, Educação Contextualizada. A Ambientalização do ensino no Semiárido Brasileiro está diretamente vinculada ao resgate do conhecimento prévio dos alunos, que trazem consigo para a sala de aula, um conhecimento nato de sua região, muitas vezes deixada à margem pelos professores, durante o desenvolver de suas atividades diárias, não se utilizado de termos, simples, porém, extremamente eficazes do ponto de vista contextual, para trazer uma melhor clareza de idéias e objetivos, ao ministrar uma aula, para estes atores e demais colegas de sala.

A partir das ações do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/MEC/CAPES, através de levantamento de necessidades, debates e reuniões, procurou-se levar ao conhecimento do público docente, as várias possibilidades de abordagem de temas relevantes para o crescimento e desenvolvimento sustentável do aluno e professores por meio da realização de mesas redondas e oficinas pedagógicas, abordando conteúdo prático, dinâmico e elucidativo.

Através do Diagnóstico Participativo Local – DPL, realizado em 2010, em duas escolas de São Raimundo Nonato (PI), foram identificada as carências e necessidade dos temas relevantes para subsidiar e dar suporte ao conhecimento dos professores. A partir daí, foi iniciado uma promoção de ações em Ambientalização Escolar, com ciclo de debates e reuniões com os dirigentes e coordenadores da escola, juntamente com os professores, primeiramente, esclarecendo o tema e buscando identificar suas carências, necessidades e formas para aplicação do conteúdo.

7 Estudantes do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Vale do São Francisco –

UNIVASF – Campus Serra da Capivara – São Raimundo Nonato – Piauí. Bolsistas do projeto PIBID.

8 Profª Ms. Participante do Grupo de Pesquisa NESA – Núcleo de Estudos em Sustentabilidade e Ambientalização.

Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF – Campus Serra da Capivara (PI).

9 Profª. Ms./Apresentadora. Líder do Grupo de Pesquisa NESA – Núcleo de Estudos em Sustentabilidade e

Ambientalização. Coordenadora do projeto PIBID “Educação Contextualizada e Convivência com o Semiárido Brasileiro:

Experiência piauiense”. Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF – Campus Serra da Capivara (PI).

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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De fundamental importância, foi a promoção de uma oficina pedagógica onde, os atores principais, tiveram contato direto com métodos e técnicas que podem ser utilizadas e abordadas durante a aplicação das diversas disciplinas ministradas na escola, transformando a experiência, em um eixo transversal de conhecimento que abrange principalmente, a biologia, física, química, matemática e o meio ambiente, enfim, as ciências da natureza.

Como exemplo, cito a construção de um filtro caseiro, feito com material encontrado facilmente, de forma farta na região, do entorno do município e também obtido em qualquer região do país.

Como resultado e discussão, a pesquisa indicou a necessidade de subsidiar o meio acadêmico de conhecimento sobre o tema. O resultado durante a oficina pedagógica foi identificar o grande envolvimento dos professores que, buscaram mais informações sobre as questões ligadas a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido Brasileiro, se entregando a construção do filtro caseiro, para garantir água potável para os meses de estiagem na região.

A discussão ficou concentrada nas formas a se utilizar para obter a apropriação por parte dos alunos, do conhecimento, que por vezes, já está contido no seu dia a dia, mas que não aflora de forma significativa devido a não correta condução do tema em sala de aula.

Conclui-se que a prática escolar é carente de métodos e técnicas para a Ambientalização, merecendo especial atenção para a instrumentalização dos professores que necessitam de suporte técnico/teórico, objetivando a convivência com o Semiárido Brasileiro.

É necessário quebrar paradigmas no campo educacional, para que esta promissora metodologia sirva como ponte entre a ciência da natureza e a comunidade em geral, não somente estudantes, mas também, país, professores e políticos, que juntos podem construir uma prática interdisciplinar contextualizada.

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RESUMOS EXPANDIDOS

GRUPO 2 - A EXTENSÃO E A AMBIENTALIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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COMITÊ UNIVILLE VERDE: UMA PROPOSTA DE ARTICULACAO DAS AÇÕES AMBIENTAIS NA UNIVERSIDADE

MUNHOZ, Elzira Maria Bagatin; TURECK, Cláudio Rudolfo; KOEHNTOPP, Paulo Ivo. Universidade da Região de Joinville – Univille E-mail para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected] Grupo2 - A extensão e a ambientalização nas universidades Palavras-chave: Extensão universitária, Educação Ambiental, Projetos e programas. Este resumo pretende apresentar os resultados científicos e socioambientais oriundos da implantação do Comitê Institucional Univille Verde, no ano de 2010, na Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE.

O Comitê foi criado como uma instância organizadora das diversas ações da extensão universitária que já congregavam ações ambientais, internas e externas à instituição. Com a missão de aproximar a Univille da Sociedade por meio dos seus espaços e atividades educacionais de orientação e informação, fomentando a sensibilização ambiental e a integração do ser humano à natureza; a implantação do Comitê deu visibilidade a diversas frentes de ação ambiental, vinculadas à área de extensão da universidade.

A Universidade da Região de Joinville, “[...] uma instituição de ensino superior comunitária, comprometida com o desenvolvimento regional sustentável através de práticas inovadoras de ensino, pesquisa e extensão [...]” (Univille, 2007, p. 15), mantém uma série de espaços ambientais, como os Centros de Estudos e Pesquisas Ambientais (CEPA’s) em São Bento do Sul e São Francisco do Sul, além do Jardim Botânico e do Herbário Joinvillea, no Campus de Joinville.

Com a implantação destes espaços, umas séries de atividades voltadas ao público interno e externo foram sendo demandado, o que resultou em uma diversidade de projetos e programas de extensão voltados a educação ambiental, à conservação e à promoção da qualidade ambiental e da saúde, num processo crescente de Ambientalizacao da universidade, sob a coordenação de diversos setores institucionais e departamentos.

Cabe registrar que esta tentativa de organizar as várias frentes ambientais da universidade, é coerente com a concepção de educação da universidade, manifesta em seu Projeto Pedagógico Institucional “[...] UNIVILLE concebe a educação como uma ação [...] que possibilite ao acadêmico e ao futuro profissional pensar ambientalmente a sociedade em sua dimensão totalizadora, isto é, o ser humano inserido no meio ambiente, fazendo uso de seus conhecimentos e habilidades para a construção de uma sociedade sustentável (Univille, 2007 p. 7).

Acredita-se ainda que a opção pela implantação do referido comitê encontra sustentação ainda no compromisso com a Responsabilidade Ambiental da Universidade, que prevê a “Gestão de recursos e ações comprometidas com o equilíbrio ambiental, favorecendo a melhoria da qualidade de vida”, e visou, além da garantia de previsão, nos orçamentos anuais, dos recursos necessários à otimização da manutenção dos espaços ambientais, privilegiando as condições de seus usos com segurança.

O fomento ao desenvolvimento dos projetos e programas vinculados aos espaços ambientais da Instituição e o aperfeiçoamento da infraestrutura de meio ambiente da Universidade, são algumas de suas linhas de ação.

As ações do Comitê Univille Verde vão desde o investimento em capacitação de recursos humanos, ampliação e restauro ambiental e produção de guias de campo, até a criação de um museu biológico e de programas de exposição itinerantes.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Um de seus principais objetivos é fomentar a sensibilização ambiental junto à comunidade, por meio dos seus espaços e atividades educacionais de orientação e informação, sendo que desde sua implantação, percebeu-se forte adesão das pessoas, que querem fazer parte deste processo.

Operacionalmente, o Comitê Univille Verde, sob a responsabilidade de um coordenador, congrega ambientes, projetos e programas institucionais, com foco nas ações ambientais em andamento na universidade, vinculados a diferentes departamentos e à Pró–reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PROEX.

Os ambientes de apoio as atividades ambientais da universidade (Quadro 1), incluem diferentes estruturas, tanto no Campus Universitário, em Joinville, quanto na Unidade implantada em São Francisco do Sul, além dos CEPAS instalados nos municípios vizinhos, já mencionados. Especial interesse existe atualmente sobre as possibilidades de gestão da área da Ilha da Rita, localizada na Baía da Babitonga, cedida à Universidade em Comodato pelo poder público federal.

As estruturas de apoio à pesquisa e ensino, como os CEPAs, além do Herbário Joinvillea e o Jardim Botânico da Univille, recebem especial atenção por parte dos pesquisadores da institucional, e tem contribuído para o avanço da pesquisa nas áreas da biodiversidade e conservação.

Com relação aos projetos de interesse ambiental, o Comitê Univille Verde congrega os diversos Projetos de Extensão em andamento na universidade (Quadro 2).

Importante destacar que existe certa variância anual no conjunto destes projetos, já que os mesmos têm sua implantação vinculada aos editais internos anuais, que fomentam a demanda por atividades de pesquisa e extensão dos departamentos da universidade.

As atividades tanto dos projetos como dos programas institucionais, são coordenados e desenvolvidos por professores da instituição, vinculados aos diferentes Departamentos da Universidade, e oferecem vagas anuais para acadêmicos, contempladas com bolsas de extensão custeadas pelo Fundo de Apoio à Extensão – FAEX (Univille, Sd) ou através de verbas oriundas de convênios com os governos municipal e estadual.

O projeto de extensão Signessencia III (A essência e o significado: as competências, a criatividade e a inovação vivenciadas e desenvolvidas em treinamentos experimentais ao ar livre), atende aos acadêmicos e à comunidade em geral, e visa o estímulo de atitudes empreendedoras, a partir de experiências relacionais e situações diferenciadas.

O projeto de extensão Material Zoológico (Material zoológico: preparo e exposição pública), atende aos acadêmicos e a comunidade regional, em ações de preparo e exposição de material zoológico, através de atividades de educação ambiental, visando aprimorar as noções preservacionistas de fauna nos cidadãos.

São envolvidos acadêmicos bolsistas do curso de Ciências Biológicas, tanto na preparação dos animais, através de técnicas de taxidermizacao; como no recebimento de grupos para visitação à exposição, montada no Campus em Joinville.

O projeto de extensão Desenho Animado Ambiental, sob a coordenação do departamento de Design, oferece à comunidade local a oportunidade de valorização regional do meio ambiente através das animações produzidas em torno de personagens como o “Menino Caranguejo”.

O projeto de extensão Uso Racional de Plantas Medicinais, coordenado pelo Departamento de Farmácia, tem por objetivo difundir entre a comunidade em geral, noções sobre a correta utilização de plantas medicinais como alternativa terapêutica no Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto prioriza a estratégia de auto-cuidado em saúde, atendendo preferencialmente a população de Joinville, aliando os conhecimentos científicos e tradicionais na construção dos saberes.

Embora o projeto tenha ações em diversos locais da cidade de Joinville, conta também com o suporte do Horto Medicinal, instalado no Campus em Joinville.

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O projeto de extensão Toninhas, vinculado ao Departamento de Ciências Biológicas e ao Curso de Biologia Marinha, tem por objetivo a conservação e pesquisa da toninha em Santa Catarina, através do monitoramento de indivíduos da espécie.

Atualmente faz uso de transmissores satelitais para a investigação de padrões biológicos e ecológicos, mapeamento de áreas prioritárias para a conservação da espécie e sensibilização ambiental das comunidades litorâneas.

Têm ações educativas voltadas a acadêmicos e a comunidade regional, através de atividades monitoradas por acadêmicos bolsistas, realizadas preferencialmente no Espaço Ambiental Babitonga, localizado nas dependências da Unidade da Univille em São Francisco do Sul.

Em outra modalidade de atividades contempladas pelo Comitê Univille Verde encontram-se os Programas Institucionais (Quadro 3), implantados em caráter permanente pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PROEX, e coordenadas por diversos Departamentos da instituição.

O programa institucional de visitação pública aos campi da Universidade, conhecido como Programa Visite, organiza, através do agendamento de visitas monitoradas às diversas dependências da instituição, o acesso da comunidade à Universidade.

Além das visitas rotineiras, realizadas ao longo do ano letivo, são também organizadas seções específicas de visitação monitorada, alusivas às campanhas de divulgação de cursos ou de eventos, entre eles os de interesse ambiental.

As ações do programa de visitação são articuladas às ações de educação ambiental disponíveis nos campi, notadamente as palestras do Programa Reciclar, as trilhas monitoradas do Jardim Botânico e as visitações à exposição dos projetos Material Zoológico e Espaço Ambiental Babitonga.

O Programa de extensão institucional de Educação e Interpretação Ambiental, conhecido como Programa Trilhas, desenvolve atividades interdisciplinares de Educação Ambiental nos CEPA’s/Univille (Vila da Glória e São Bento do Sul), além do Jardim Botânico, de forma a permitir que estes espaços sejam apropriados pedagogicamente pela comunidade interna e externa da Univille.

Serve de importante instrumento de extensão universitária, através da articulação entre o ensino e a pesquisa dos temas relacionados, tendo por princípio a busca da reflexão da relação homem/ natureza, buscando contribuir para com a conservação ambiental.

O Programa Institucional Reciclar, coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, visa à conscientização e a participação dos acadêmicos e da comunidade no manejo dos resíduos sólidos gerados nos Campi da Universidade.

Tem importantes ações de educação ambiental, voltadas à conscientização e melhoria da qualidade ambiental e social e atende a comunidade interna e externa da Universidade, com palestras e orientações técnicas a respeito da implantação de sistemas de coleta seletiva em diferentes ambientes.

O Programa de Assessoria Técnico-Científica ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão Norte e Cachoeira – CCJ, instalado nas dependências do Campus Joinville, tem por objetivo assessorar técnico-cientificamente o CCJ – Comitê Cubatão Joinville.

Em conjunto, todos os projetos e programas vinculados ao Comitê Univille Verde oportunizam a diversos professores e acadêmicos, através da estrutura física e pedagógica da universidade, a oportunidade de contribuir para a questão ambiental local, no planejamento e desenvolvimento de suas atividades.

Além do atendimento aos diversos públicos aos quais se destinam tais projetos e programas, cumprindo a função de inserção comunitária da instituição, pelo viés ambiental, também são contributivos as diversas inserções científicas dos professores e acadêmicos em diversos eventos

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científicos, internos, locais e nacionais, através de Comunicações Orais, Comunicações Visuais na modalidade Banner e artigos em diferentes veículos de veiculação científica nacional.

Referências

UNIVILLE. Conselho Universitário. Resolução n. 37/02, de 29 de Novembro de 2007. Aprova o Projeto Pedagógico Institucional (PPI). 2007. Univille, Joinville.

UNIVILLE. Política de Extensão Universitária. Sd. Disponível em: http://vdisk.univille.edu.br/pro_reitoria_extensao/get//Politicas_de_Extensao.pdf

Anexos

Quadro 1 – Ambientes de apoio às atividades ambientais da Universidade

Estrutura Local Objetivos CEPA Vila da Glória São Francisco do Sul Pesquisa e Educação Ambiental CEPA Rugendas São Bento do Sul Pesquisa e Educação Ambiental Ilha da Rita Baía da Babitonga/

São Francisco do Sul Conservação ambiental Preservação do Patrimônio Histórico

Jardim Botânico da Univille

Campus em Joinville Conservação e Educação Ambiental

Herbário Joinvillea Campus Joinville Pesquisa e conservação Espaço Ambiental Babitonga

Unidade em São Francisco do Sul

Pesquisa e Educação Ambiental

Horto Medicinal Campus Joinville Conservação ambiental Promoção da Saúde

Quadro 2 – Projetos com enfoque ambiental do Comitê Univille Verde

Projeto/SIGLA Curso Objetivo Signessência – III Administração Empreendedorismo Material Zoológico Ciências Biológicas Educação Ambiental Desenho Animado Ambiental Design Educação Ambiental Uso racional de plantas medicinais Farmácia Promoção da saúde Projeto Toninhas Ciências Biológicas Educação Ambiental

Quadro 3 – Programas com enfoque ambiental do Comitê Univille Verde

Programa/SIGLA Curso Objetivo Programa Visite PROEX Visitação orientada aos campi

da Univille Programa Trilhas

Ciências Biológicas Pedagogia Geografia Engenharia Ambiental

Educação Ambiental Monitoramento

Programa Reciclar

Engenharia Ambiental Engenharia Química

Educação Ambiental Manejo dos Resíduos Sólidos da Universidade

CCJ PROEX Gestão Ambiental de Recursos Hídricos Educação Ambiental

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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: O PROGRAMA LICENCIAR E A PRÁXIS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE

CURITIBA, PARANÁ

CARVALHO, Andréa Macedônio de; TORALES, Marília Andrade e RAMOS, Almerilis Universidade Federal do Paraná E-mails para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected] Grupo 2 - A extensão e a ambientalização nas universidades. Palavras-chave: Extensão universitária, Programa Licenciar, Educação Ambiental, Educação Infantil, Práxis.

A temática ambiental apresenta um crescimento considerável, tanto no âmbito dos debates sociais como no campo científico, o que exige uma sólida argumentação e o desenvolvimento progressivo das pesquisas sobre o tema. Esta etapa exige um comprometimento das universidades, principalmente no que se refere à divulgação e projeção dos resultados de pesquisas, consolidação dos grupos de investigação e a formação acadêmica de novos profissionais, com competências para agir em seus campos profissionais ante aos novos desafios que surgem no cenário contemporâneo.

A extensão universitária, juntamente com a pesquisa e o ensino, formam os pilares do ensino superior no Brasil hoje, em acordo com o artigo 207 da Constituição Federal de 1988. Ao longo da história, o conceito de extensão universitária passou por diversas diretrizes, indo desde a extensão para prestação de serviços à extensão assistencial ou à extensão cidadã, por exemplo. Apesar das diversas variantes do conceito, a extensão universitária esteve sempre, de uma forma ou de outra, relacionando os saberes acadêmicos com a comunidade na qual a academia está inserida ou envolvida.

Na Universidade Federal do Paraná, as iniciativas de Extensão Universitária desenvolvidas por servidores docentes, técnicos administrativos, discentes da UFPR e colaboradores externos viabilizam a concepção de universidade cidadã, em que a socialização do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento social e para a criação e reestruturação de novos conhecimentos; e contribuem na solução de problemáticas sociais específicas possibilitando que as comunidades possam desenvolver capacidade de auto-gestão. Além disso, a partir da perspectiva de desenvolvimento sustentável, têm desenvolvido diagnósticos, análises, estudos, proposições e ações que envolvem questões prioritárias da sociedade, com ênfase na transformação e melhoria da qualidade de vida, com um trabalho integrado com a população. Tais iniciativas são realizadas por intermédio de educação continuada em diferentes áreas do conhecimento, de articulação com movimentos sociais, de programação cultural, de difusão científica e tecnológica, de promoção do desporto e lazer e de integração com a educação básica, entre outros. Dessa forma, promove-se a formação de um estudante participativo em uma relação de compartilhamento e troca e de experiências relacionadas à sua futura área de atuação profissional.

Dentre essas ações, destacam-se os Programas e Projetos de Extensão Universitária. De acordo com a Resolução Extensão – 72/11 CEPE, entende-se como Programa de Extensão, “o conjunto articulado de Projetos e outras atividades de Extensão, que contemple os quatro princípios estabelecidos no 1º artigo desta Resolução (Impacto e Transformação, Interação Dialógica, Interdisciplinaridade, Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão), visando resultados de mútuo

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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interesse para a sociedade e para a comunidade acadêmica”. Este conceito põe de releve a perspectiva e a oportunidade que se abre para uma construção de conhecimentos a partir de estratégias mais democráticas e próximas a realidade, transcendendo tradições academicistas que nem sempre favorecem o diálogo e compromisso necessário com o contexto social.

No âmbito da Extensão Universitária da Universidade Federal do Paraná seria oportuno destacar as ações que vem sendo efetivadas através do Programa LICENCIAR, que congrega projetos dos diversos cursos de Licenciatura da UFPR. O objetivo geral do LICENCIAR é apoiar ações que visem ao desenvolvimento de projetos voltados à melhoria da qualidade de ensino nas Licenciaturas da Universidade, através do acompanhamento pedagógico, orientação aos coordenadores, distribuição de bolsas aos licenciandos e organização e promoção de eventos para socialização dos conhecimentos gerados a partir de projetos. Além disso, o LICENCIAR busca promover a ampliação da formação acadêmica, bem como a produção de conhecimento científico sobre a prática pedagógica, a partir de processos de integração com contextos educativos formais e não formais e enfatizar a integração das Licenciaturas com os diferentes níveis da Educação Básica da Rede Pública, bem como com os contextos não-formais da educação, proporcionando o desenvolvimento de ações que assegurem a indissociabilidade entre teoria e prática na formação do licenciando.

Neste ano de 2012, vinte e sete projetos foram aprovados pelo Programa LICENCIAR e cento e cinquenta bolsas foram disponibilizadas para estudantes das Licenciaturas. Dentre os projetos aprovados, apenas um aborda a temática da Educação Ambiental. Este projeto, intitulado “A Práxis da Educação Ambiental nos Centros Municipais de Educação Infantil de Curitiba, Paraná” está vinculado ao LICENCIAR desde 2011, quando contou com duas bolsistas, e em 2012, além de aprovada a sua continuidade, foi contemplado com um total de quatro bolsistas.

O projeto “A Práxis da Educação Ambiental em Centros Municipais de Educação Infantil de Curitiba, Paraná” tem como principal objetivo analisar práticas e discursos de docentes da rede pública municipal de Curitiba no que se refere à temática educativo-ambiental, a partir de um estudo qualitativo-hermenêutico. Além disso, no conjunto dos procedimentos metodológicos, busca-se aprofundar conhecimentos sobre os projetos educativo-ambientais desenvolvidos nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e, através desta análise, desenvolver oficinas pedagógicas que fortaleçam o trabalho sobre Educação Ambiental.

Através deste projeto foi possível perceber, em 2011, fatos importantes a serem trabalhados e estudados daqui em diante. Ao final do ano e após a realização das oficinas, as professoras foram estimuladas a manifestar sua opinião em relação ao trabalho desenvolvido pela equipe do projeto. Neste momento, recebemos manifestações positivas sobre a necessidade de que iniciativas como essa sejam repetidas nos próximos anos e que o número de CMEIs participantes fosse ampliado. Além disso, foi possível notar a escassez de atividades de Educação Ambiental nos CMEIs visitados e o grande interesse das professoras e pedagogas em nosso envolvimento, como representantes de uma instituição de ensino superior, cada vez maior com os Centros. As professoras ainda ressaltaram que seria fundamental que os CMEIs também firmassem mais parcerias com diversas outras instituições, como empresas privadas, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Organizações Não-Governamentais, por exemplo.

Analisando os resultados obtidos no ano passado, foi possível notar a importância e a repercussão que um projeto de extensão pode ter para uma comunidade e para os acadêmicos. Como estudante de Pedagogia, o contato direto com professoras da Educação Infantil foi – e continuará sendo - fundamental para o desenvolvimento de diversas competências que, um dia, caberão à mim. Além disso, tão importante quanto, é o exercício de percepção que se faz, em um projeto de extensão, do que se o que estudamos na Universidade está de acordo com o contexto da realidade ou não.

Falar de sustentabilidade, Ambiente e Educação Ambiental em Universidades hoje em dia é falar de ciclos de sensibilização e aprendizados, visto que de cinco em cinco anos, em média, praticamente todo o rol de estudantes destas instituições é renovado. Nesses momentos é que se percebe quão importante é o trabalho de formação de valores e referências desde a primeira infância – no caso, durante a Educação Infantil. É por isso que um trabalho com a comunidade, principalmente com a Escola, sobre a temática ambiental se faz tão importante e tão urgente. É

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percebendo as necessidades da Universidade hoje que levamos para fora a importância de se reforçar certos aspectos, trazemos para a academia o status quo da comunidade externa e, em conjunto, trabalhamos na busca de soluções e melhorias.

Assim, no marco do sistema universitário, é importante considerar o impacto acadêmico, científico e social exercido a partir das ofertas formativas das universidades que, por sua vez, também emergem das próprias demandas sociais. Mais especificamente, busca-se compreender o papel das instituições educativas nos processos de educação e socialização dos sujeitos, com especial interesse nos processos formativos propostos e desenvolvidos pelas instituições de ensino superior. Neste contexto, a Educação Ambiental se apresenta de forma relevante a ser considerada como compromisso das universidades e dos programas formativos na constituição de educadores ambientais pesquisadores, buscando redefinir seu papel e construir, coletivamente, projetos “com” e não somente “para” a sociedade.

Pela complexidade das questões ligadas a identidade disciplinar do campo educativo-ambiental, pela necessidade de delimitação dos objetos de estudo pertencentes a esta área de pesquisa, pelas características metodológicas implícitas nas escolhas dos pesquisadores e nos objetivos estabelecidos no processo de análise dos dados, seria oportuno avaliar como empiria e teorias se articulam nos debates sobre os significados das ações no campo educativo-ambiental, aportando ferramentas interdisciplinares de análise e até mesmo de problematização do campo, como forma de ampliar os resultados e avançar na ação social e política.

Referências

CORNELL, J. Brincar e Aprender com a natureza – gruía de atividades infantis para pais e monitores. São Paulo: Melhoramentos, 1996.

LAYRARGUES, P. Muito além da natureza: Educação ambiental e reprodução social. In: Loureiro, C. F. B.; Layrargues, P. & Castro, R. C. (Orgs.). Pensamento complexo, dialética e educação ambiental. São Paulo: Cortez, p. 72-103, 2006.

MEIRA CARTEA, P. Á. Eloxio da Educación Ambiental. In: Educação Ambiental no Contexto da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável 2005-2014. Boletim das XII Jornadas da ASPEA. Lisboa, pp. 14-18, 2005.

“Especial LICENCIAR”. Disponível em: <www.copeforufpr.blogspot.com.br>. Acesso em: 23 de abril de 2012

“Extensão na UFPR”. Disponível em: <www.prograd.ufpr.br>. Acesso em: 23 de abril de 2012

“Programa LICENCIAR”. Disponível em: <www.prograd.ufpr.br/licenciar.html>. Acesso em: 23 de abril de 2012

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PROYECTO DEJA TU HUELLA BORASO, Horacio y CARBALLO, Cristina Teresa Instituto Ntra. Señora Luján del Buen Viaje, Universidad de Buenos Aires, Universidad de Quilmes. E-mail de contacto: [email protected] Grupo 2: La extensión y la ambientalización en la Universidades.

Palabras clave: Trabajo en red, educación ambiental, gestión ambiental.

“Aprender es más que saber” Silvia Schlemenson

La presente experiencia se inscribe en el Programa de Investigación y Extensión Universitaria de la Cátedra de Ecología de la Facultad de Agronomía de la Universidad de Buenos Aires, Argentina, dirigido por la Dra. María Semmartin y co-dirigido por la Dra. Marina Omacini.

Proyecto UBANEX Educación ambiental en el área metropolitana de Buenos Aires: bases racionales para manejar los residuos domésticos y adoptar estilos de vida sustentables que tiene el objetivo general de promover en los miembros de las comunidades involucradas la preocupación, la valoración y el cuidado del ambiente de modo tal que repercutan en cambios en sus hábitos de consumo y de manejo de los residuos domésticos.

Se conformó un equipo donde se investigó interdisciplinariamente sobre temas ambientales mediante un trabajo en Red entre el Colegio Secundario Nuestra Señora de Luján del Buen Viaje y la Universidad de Buenos Aires10, adhiriendo al Programa Nacional de Educación Solidaria del Ministerio de Educación de la Nación Argentina11.

Trabajamos a partir de la metodología de la investigación-acción-participativa concentrándonos en la construcción de la ciudadanía y el consumo responsable. Buscamos promover la cultura del reciclaje pensando y ejecutando junto a directivos, docentes, alumnos, personal de apoyo de la escuela y vecinos un conjunto de acciones que permitan arribar a programas de sensibilización, concientización, educación y capacitación ciudadana en el manejo de residuos y que redunden en una mejora de la calidad de vida de las personas.

En este proyecto de Extensión Universitaria, que profundiza los vínculos preexistentes entre el grupo de trabajo, mientras que los investigadores de la Facultad de Agronomía proveen el conocimiento sobre la dimensión ambiental y las herramientas tecnológicas para resolver el problema de los residuos, desde la Facultad de Arquitectura, trabajando junto a la profesora de nivel secundario, desde el campo de la educación ambiental urbana3 se buscó asegurar tanto la solidez y adecuación de las estrategias pedagógicas implementadas así como la problematización de nuestras formas habituales de habitar el tiempo y el espacio.

10

Participan en esta propuesta Docentes, Investigadores y Alumnos de las Facultades de: Agronomía, Arquitectura y Filosofía y letras de la Universidad de Buenos Aires. Agradecemos el acompañamiento del grupo MIRA: Facultad de Agronomía de las Universidad de Buenos Aires. Extensión del grupo MIRA. http://www.agro.uba.ar/extension/mira 11

Agradecemos el asesoramiento permanente de la Prof. Gabriela Hillar del Programa Nacional de Educación Solidaria. Ministerio de

Educación Presidencia de la Nación Argentina. Link: http://www.me.gov.ar/edusol/.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Concebimos esta propuesta reconociendo que coexisten actualmente diferentes discursos sobre la Educación Ambiental (en adelante EA) que proponen diversas maneras de pensar y de practicar la acción educativa en este campo. Lejos de sostener que hay una manera correcta de educar, o el mejor programa con el método adecuado a ser llevado adelante, en tanto investigadores y trabajando en la línea de la formación en investigación hemos intentado identificar aquellas corrientes que más convienen a nuestro contexto de intervención y elegir aquellas que sabrán inspirar nuestra propia práctica. Siguiendo a Sauve4 (2004) adherimos a las corrientes: sistémica, científica, humanista, práxica en el marco de la educación para el desarrollo sustentable. Privilegiamos un enfoque complejo de la problemática a abordar: “ya que en muchos casos los (...) problemas ambientales se consideran más técnicos que de conducta humana y esto es erróneo...”5 buscamos ayudar a generar nuevos espacios institucionales contribuyendo al mismo tiempo a elaborar la lógica espacial de los mismos invitando a la participación y expresión de los adolescentes porque “(…) la crisis ambiental es un problema de la cultura”7 Animamos a ejercitar la ciudadanía a los jóvenes en el presente, interpelándolos como sujetos de derechos activos, buscando que se sumen al dispositivo priorizando primero su participación para abordar la ciudadanía activa en términos de ponerla en práctica: ejercitando, practicando y construyendo ciudadanía ambiental8 en torno al eje de los Residuos Sólidos Urbanos (en adelante RSU) y buscando contribuir a la formación y a la toma de conciencia de los adolescentes, acompañándolos para que puedan alcanzar nuevas percepciones sobre el ambiente.

Según GARCIA, D y PRIOTTO, G. (2009) En el plano del análisis de las representaciones sociales, podemos considerar que la forma de pensar y saber sobre el ambiente es la resultante de un conjunto de significaciones, normas, valores, intereses y acciones socioculturales. La percepción sobre el ambiente se construye en el seno de una sociedad y se concreta y modifica en una interrelación permanente entre los procesos simbólicos y las practicas cotidianas.

Todo esto implicó ofertarles un espacio en el cual ellos pudiesen capacitarse y al mismo tiempo ir asumiendo el protagonismo en las distintas etapas del proyecto llevado a cabo. En este sentido, los RSU y el ambiente en que vivimos nos han servido como disparadores para la construcción conjunta de una serie de experiencias que partiendo de las percepciones de los alumnos los ayudaron a ir tomando conciencia sobre hábitos, las consecuencias socio-ambientales relacionadas a ellos y la búsqueda de alternativas a los modelos naturalizados en nuestra cultura individual, social, económica y política.

Queremos contribuir a ambientalizar la educación entramados en una política sustentable porque “en la medida en que la crisis ambiental no es ideológicamente neutral, la praxis educativa tampoco lo puede ser”13. La política forma parte de la naturaleza misma de la educación porque los problemas de la educación no son exclusivamente pedagógicos sino esencial y radicalmente políticos en este sentido buscamos cruzar la política en un sentido amplio, aquella que implica participación ciudadana y prácticas democráticas con la educación ambiental sentando las bases con esta propuesta que nace desde este espacio de educación para llegar a animar poco a poco la participación de toda la comunidad de referencia en torno a esta temática. La metodología que decidimos llevar adelante da sustento y es coherente con estas ideas ya que el proceso por excelencia de la corriente práxica a la que adherimos, es la de la investigación-acción, cuyo objetivo esencial es el de operar un cambio en un medio y cuya dinámica es participativa, implicando a los diferentes actores de una situación por transformar.

Coincidimos con Reigota (1994) en que “la comprensión de las diferentes representaciones sociales debe ser la base de la búsqueda de negociación y solución de problemas ambientales. No se trata de saber cuantitativamente más, sino cualitativamente mejor sobre las cuestiones que un grupo determinado pretende estudiar y donde pretende actuar”. En esta misma línea, Carballo (2011) sostiene que la EA se asume como una estrategia de recuperación, remediación o prevención de conflictos o problemáticas ambientales, la que puede alcanzar diferentes niveles y

4 Sauve, Lucie. “Una cartografía de corrientes en educación ambiental” ,Université du Québec à Montreal (2004)

5 Galano, Carlos (2006).

7 Ibid 5

8 Concepto tomado de Trellez Eloisa.

13 Caride y Meira, (2001).

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ámbitos de aplicación. En el que la Información, Comunicación y EA tienen un papel central, en la resolución de conflictos, prevención de problemas e información ambiental a la ciudadanía.

Acerca de las actividades:

Durante la etapa de Motivación y Capacitación de la Practica Educativa Solidaria realizamos las siguientes actividades:

1) Trabajamos partiendo desde la representación personal sobre la actividad científica hacia la construcción de sentidos compartidos acordes al paradigma de la complejidad. Hemos creado acuerdos sobre la importancia de generar información ambiental ya que “reduce la incertidumbre del área de interés e incrementa la eficiencia en las tareas y en la toma de decisiones” (Carballo, 2010).

2) Hemos realizado una pesquisa empírica a modo de diagnóstico inicial sobre la temática por medio de dos instrumentos:

a) Auto-encuesta sobre percepción ambiental entre estudiantes de 4º de secundaria (los 23 alumnos que son parte del proyecto). Diseño de la matriz y cargado de datos en planilla Excel, aplicación de fórmula para el cálculo de las frecuencias y porcentajes. Análisis descriptivo.

b) Auto-encuesta de producción y tratamiento de residuos domiciliarios. Diseño de la matriz y cargado de datos en planilla Excel, aplicación de fórmula para el cálculo de frecuencias y porcentajes. Socialización mediante la generación de un documento de Power Point por parte de los alumnos.

3) Recién a partir de este momento introdujimos la metodología de prácticas educativas solidarias por medio de unas presentaciones de video y del documento Itinerario y Herramientas para desarrollar un proyecto de aprendizaje-servicio que fue trabajado en varias sesiones también habilitamos un espacio web para intercambiar información.

4) Con la modalidad de taller nos capacitaron Alumnos y Profesores de Ciencias Ambientales junto con el Profesor de Biología del Colegio Emiliano Tourinio en torno al: impacto ambiental del inadecuado manejo de RSU, a la gestión de residuos, el consumo responsable y el aprovechamiento de recursos naturales. Los alumnos realizaron una visita didáctica al Programa MIRA de la Facultad de Agronomía de la Universidad de Buenos Aires.

5) Desde la Facultad de Arquitectura nos capacitaron problematizando nuestras formas cotidianas de habitar el tiempo y el espacio.

6) Luego realizamos un diagnóstico participativo desde varias miradas o fases del problema, para ello, armamos mapas conceptuales, un árbol de problemas y una presentación usando recursos visuales.

7) Posteriormente avanzamos hacia la etapa de diseño del proyecto esbozamos un primer borrador y un plan de acciones a seguir donde los alumnos manifestaron la necesidad de concientizar a sus compañeros por medio del armado de talleres para capacitarlos en tono a las mismas temáticas que ellos habían sido educados.

8) Se efectuó luego un relevamiento de los residuos producidos en la escuela realizándose el pesaje de los diferentes tipos de residuos que se producían a lo largo de una jornada tipo.

9) Se diseño una señalética y se sensibilizó a la comunidad a través de charlas y videos realizados por los propios alumnos.

10) Se dispusieron recipientes para la recolección diferenciada de papel, pet, tapitas plástica de bebidas.

11) Se realizó un acuerdo con recuperadores urbanos para que recojan los residuos separados.

12) Se realizó una Jornada de evaluación del Proyecto en la Universidad en la que participaron profesores de la Universidad, investigadores, el director de la escuela secundaria y egresados participantes del proyecto como estudiantes de los últimos años que son los encargados de sostener la propuesta durante este año 2012.

Acerca de los instrumentos:

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A modo de hipótesis de sentido dos preguntas iniciales guiaron la presente propuesta: ¿Cuáles de los aspectos generales de la problemática de los RSU se encontraban presentes en los alumnos desde el inicio y cuáles se han ido generando y o profundizando a lo largo de la experiencia? ¿Cómo perciben los alumnos el ambiente y el espacio de la escuela? Esto nos llevó a trabajar en una primera etapa con dos instrumentos (encuestas) que fueron utilizadas para comenzar a responder la primera de las cuestiones, durante el diagnóstico inicial y que nos permitieron arribar a una serie de datos, sobre la percepción de los alumnos. Los otros dos instrumentos fueron propuestos para la etapa de seguimiento luego de haber participado en los talleres de capacitación: uno cuantitativo (encuesta) para conocer lo que los alumnos entendían por ambiente y su percepción del espacio de la escuela y otro cualitativo (propuesta de trabajo de escritura y lectura de las ponencias) para acompañarlos en la construcción de los conceptos trabajados.

Datos iniciales, instrumentos de diagnóstico y algunos comentarios:

22% de los alumnos sostienen que la contaminación ambiental es producida por la basura tirada en las calles. Al 30% de los alumnos les molesta ver basura tirada en las cercanías del colegio. 22% de los alumnos respondieron que les molesta ver basura tirada en el colegio pero que también tiran porque lo hace todo el mundo. El 9% de los alumnos no se mostraron predispuestos a ayudar a modificar esto.

Ante la pregunta ¿qué tipo de residuos se producen en mayor cantidad en tu hogar?

79% Alimentos. 17% Envases plásticos y latas. 4% Papel y cartón.

0% Otros. Esta respuesta nos ayudó a problematizar junto con los alumnos los tipos de residuos que producen junto con los que se producen en su hogar ya que además de alimentos, envases plásticos y latas, papel y cartón solemos desechar otro tipo de residuos.

Ante la pregunta ¿Cuál es el problema ambiental más frecuente en tu comunidad debido a la presencia de desechos sólidos?

70% malos olores.

Ante la pregunta ¿En tu barrio qué se acostumbra hacer con los desechos sólidos que se producen?

30% Quemarlos. 56% Entregarlos al camión recolector de la municipalidad. 14% Tirarlos en la calle.

0% Otro tipo de tratamiento. Nuevamente esta respuesta nos ayudó a reflexionar sobre el trabajo de recolección que realizan los llamados recuperadores urbanos (en Argentina), prácticas muy extendidas en la Provincia de Buenos Aires.

En tu hogar ¿Qué hacen con las latas y productos plásticos que se generan debido al consumo de ciertos productos?

70% Tirarlos. Aquí es interesante pensar que uno de los grupos propuso luego de la capacitación proponer una charla sobre el consumo responsable del plástico. Para conocer su propuesta remitirse a la página 15 del presente escrito.

26% Reutilizarlos. 4% Recolectarlos

¿Qué aspectos consideras necesario implementar en tu comunidad para reducir la producción de desechos sólidos?

14% Modificar hábitos. 26% Reciclar. 17% Promover campanas.

43% Sancionar. Como podemos apreciar es muy alto el porcentaje que alcanza el sancionar en relación al 17% de los alumnos que optaron por promover campañas. Resulta interesante que algunos meses después y luego de haber recibido la capacitación por parte de distintos actores de la Universidad, los mismos alumnos propusieron como primera medida a llevar adelante el armado de talleres para sensibilizar al resto de sus compañeros de la escuela en relación a la problemática de los Residuos Sólidos Urbanos y la necesidad de elaborar dos instrumentos una encuesta y una entrevista para conocer la percepción de sus compañeros respecto a esta temática previo a cualquier plan de acción a ser propuesto a la comunidad.

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Seguimiento de la propuesta:

Los alumnos participaron completando una encuesta on line13, donde entre otros aspectos se trabajó en la línea de Auge (1994) quien defiende la tesis de que hoy en este capitalismo tardío y en nuestras ciudades se producen “no-lugares” en detrimento de “lugares antropológicos”. Por medio de la encuesta se buscó, avanzada la capacitación, por un lado conocer la construcción que hacían los alumnos del concepto de ambiente y la relación que mantenían con la escuela entendiendo que los “lugares antropológicos” pueden ser pensados como espacios identitarios, relacionales e históricos y los “no-lugares” serian “espacios constituidos apenas para la realización de determinadas finalidades como transporte, tránsito, comercio o placer. [y que] la relación que los individuos mantienen con esos espacios” está exclusivamente ligada a aspectos utilitarios14.

Los alumnos logran construir un concepto de ambiente donde las mayores puntuaciones las alcanzan: los seres humanos, el mundo animal, el mundo vegetal y las ciudades por lo que podemos inferir si adherimos al concepto que sobre ambiente propone Eloísa Trellez que logran una construcción compleja del mismo.

Los ítems con mayor índice de respuestas positivas en relación al espacio de la escuela se ubican en: poder pensarla como un lugar donde se pueden establecer vínculos, un lugar en el que se puede establecer un compromiso social y un lugar de participación. Hipotetizamos que estas respuestas podrían pensarse como indicadores del excelente clima institucional que se busca generar desde el equipo de Dirección de la escuela acorde a su Proyecto Institucional y consideramos así mismo que el Proyecto de Extensión contribuyó por su modalidad participativa y por la sostenida presencia en la escuela de profesores y alumnos de la Universidad a ahondar aún más en esta percepción del espacio de la escuela que alcanzan los alumnos como un lugar antrópológico.

Acompañando pedagógicamente la iniciativa del armado de los talleres propuesta por los alumnos, se les planteó un plan de trabajo que fue llevado adelante durante el mes de agosto de 2011, desde el mismo marco de la investigación acción participativa tomando como referencia aportes del libro de Paula Carlino: Escribir, leer y aprender en la Universidad, Una introducción a la alfabetización académica (2005).

Cabe destacar que se motivó a los alumnos a que escribiesen ya que la escritura es considerada por nuestro equipo como una forma de expresión y consideramos que la posibilidad de escribir puede ser también una forma de escribirse si se acompaña ese espacio que para la subjetividad la escuela no puede y no debe renunciar a ofrecer. En este punto la propuesta de trabajo buscó ayudar a emerger el acto narrativo y con él la posibilidad de subjetivarse en la tarea de escritura.

Coincidimos con Carlino (2005) cuando sostiene que nadie aprende por recepción pasiva y que para apropiarse de un saber colectivo, los alumnos han de transformarlo y los docentes tenemos que preveer esta acción cognitiva del sujeto y propiciarla. Es por esto que partiendo de la capacitación recibida durante el primer cuatrimestre del año se buscó profundizarla. Al tener que escribir una ponencia por grupo sobre un tema elegido por ellos, dudas y preguntas que fueron surgiendo les permitieron a los alumnos profundizar en los sentidos sobre los conceptos en los que habían recibido la capacitación y que ahora se proponían comunicar a otros. Como reza el exergo de esta comunicación “Aprender es más que saber” en adhesión a él acompañamos un proceso que pasó por ayudar a pensar generando una propuesta de intervención que lo propiciase entendiendo con Lewkowicz (2004) que el pensamiento se define por su capacidad de generar otros pensamientos y que el pensamiento no se queda quieto, comprendiendo que el saber puede acumularse, pero que el pensamiento es una actividad.

Como el pensamiento no se queda quieto y nadie aprende de una vez y para siempre necesita abordar recursivamente los mismos contenidos y efectuar ajustes paulatinos, el trabajo con la

13

Se trabajó con una adecuación del instrumento diseñado por Boraso, Horacio en el marco de su investigación en curso cuyo link es:

http://www.fadu.uba.ar/investigacion/proyec_sipyh16.htm 14

Augé, Marc (1994), “No lugares: una introducción a una Antropología de la super modernidad”, citado en : Carvalho, V.S. “Educaçào ambiental urbana”, WAK editora, Rio de Janeiro (2008).

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escritura y la lectura se transformó en una estrategia didáctica que favoreció que los estudiantes se apropien de los conceptos impartidos por los capacitadores.

Carlino (2005) sostiene también que nadie aprende una disciplina solo sino que precisa entablar un diálogo con quienes ya participan en las comunidades disciplinares para que éstos le muestren su quehacer y comenten cómo marchan sus intentos de aproximación y considera que se han de auspiciar estas situaciones.

El que los alumnos hayan sido capacitados por Profesores y Alumnos de la Universidad que se acercaron a la escuela en 10 reuniones de aproximadamente 2 horas cada una, los llevó a esperar esos encuentros y a participar activamente en ellos.

Podemos decir que entre los alumnos y los representantes de las comunidades de Universitarios ese diálogo fue extendido en el tiempo y en el cual los más experimentados ofrecieron información, proveyeron explícitas reglas de juego y comentaron las tentativas de acercamiento de los recién llegados. En ese diálogo los alumnos transformaron a su manera la información que les llegó y pusieron a prueba sus comprensiones una y otra vez para irse acercando en forma progresiva a la cultura de la disciplina o disciplinas que estudiaron.

Así mismo establecieron un primer acercamiento con la Universidad y lograron generar un proyecto y sostenerlo en el tiempo. El desafío para continuar con esta experiencia los convoca durante este ciclo lectivo a difundirlo en el nivel primario de dicha institución.

“...la inteligencia Humana no es un producto natural sino social, destinada no sólo a transformar el mundo existente sino a producir nuevos mundos, a diferencia de los castores que fabrican diques, o de los horneros que hacen casitas de dos ambientes, los seres humanos crean por carriles que implican no solo la modificación de lo ya dado sino su deconstrucción que se afirma en lo existente para dar el salto a lo impensado” (Bleichman, 2000).

Bibliografía:

CARBALLO, Cristina Teresa. (2004) “Crecimiento y desigualdad urbana, implicancias ambientales y territoriales, Campana 1950-2000”. Editorial Dunken, Buenos Aires..

CARBALLO, Cristina Teresa. (Editora). (2010) “Información ambiental de la cuenca del rio Luján, aportes para la gestión integral del agua”, Prometeo Libros. Buenos Aires.

CARBALLO, C.; ESCALAS, T. (Directoras); DEL MOLINO, G. y FERRERO P. (2004). “Más allá de las técnicas en educación ambiental: algunos aportes desde la percepción de la población”.1er. Congreso de Educación Ambiental para el Desarrollo Sustentable de la Argentina. Ciudad de Embalse, Córdoba.

CARIDE GÓMEZ, J. A. (2008) *La educación ambiental en la investigación educativa: realidades y desafíos de futuro*. Universidad de Santiago de Compostella.

CARLINO, P. (2005). “Escribir, leer y aprender en la universidad”, una introducción a la alfabetización académica. Fondo de la Cultura Económica.Buenos Aires.

CARVALHO, V.S. (2008). “Educaçào ambiental urbana”, WAK editora. Rio de Janeiro.

FERREIRA DA SILVA, R. (2002) “Representaciones Sociales de Medio Ambiente y Educación Ambiental de Docentes Universitarios/as”. Tópicos en Educación Ambiental 4 (10), 22-36.México.

GARCIA, D y PRIOTTO, G. (2009) “Educación Ambiental, aportes políticos y pedagógicos en la construcción del campo de la educación ambienta”. Secretaria de Ambiente de la Nación. Buenos Aires.

REIGOTA, M. (1995) *Meio ambiente e representaçao social*. Cortez Editora, Sao Paulo.

SCHLEMENSON, S. (1996) “El aprendizaje un encuentro de Sentidos”. Editorial Kapeluz, Colección triángulos pedagógicos, Buenos Aires.

TRÉLLEZ, E., QUIROZ, C. (1995) *Formación Ambiental Participativa: Una propuesta para América Latina*. OEA, Caleidos. Lima.

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A EXTENSÃO ACADÊMICA COMO ESPAÇO PARA REALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

KNECHTEL, Maria do Rosário; ISAGUIRRE-TORRES, Katya R.; MENDES-FILHO, José Thomaz Universidade Federal do Paraná E-mail para contato: [email protected] Grupo 2 – A extensão e a ambientalização nas universidades Palavras-chave: Educação ambiental, sustentabilidade, extensão acadêmica.

Neste ainda início de século XXI, a questão ambiental, assim entendidas todas as variáveis em jogo no binômio ambiente-sociedade, estimula pensar práticas educativas comprometidas com a conscientização acerca da relação ser humano-natureza.

Nas universidades, a educação ambiental entra como elemento transversal a várias disciplinas, porém pensa-se que sua avaliação meramente teórica não contribui para que os alunos possam compreender criticamente a sua importância, em especial no que se refere à pluralidade de aplicações de seus conteúdos.

Com efeito, considerando a necessidade de aproximação entre teoria e prática, pensa-se que o espaço da extensão universitária pode ser eficiente para que os alunos possam vivenciar, em medida importante, a complexidade que caracteriza os problemas ambientais contemporâneos.

Diferentes áreas de conhecimento podem atuar em conjunto a partir de um determinado contexto social, tentando estabelecer, dialogicamente, uma análise que se aproxima mais da realidade social, conforme esta é percebida pelas pessoas que dela participam. Neste trabalho, considera-se que “a interdisciplinaridade é sempre um processo de diálogo entre disciplinas firmemente estabelecidas na sua identidade teórica e metodológica, mas conscientes de seus limites e do caráter parcial do recorte da realidade sobre a qual operam” (RAYNAUT, 2004, p. 31-32).

Diferente da prática multidisciplinar, em que cada especialista contribui no estrito limite de sua competência, e o faz, normalmente, a partir de uma demanda externa relativamente bem definida, no processo de produção de conhecimento interdisciplinar identifica-se como que uma considerável abertura das pessoas a compreender um problema também a partir de pontos de vista mais diretamente relacionados a outras formações disciplinares.

E isto é particularmente importante, se não mesmo necessário, em contextos em que o objeto de estudo, por sua natureza, precisa ser percebido a partir de distintas concepções. No caso da educação ambiental, essa necessidade interdisciplinar apresenta-se especialmente valiosa, visto que os dois componentes – educação e meio ambiente – são marcados por expressiva complexidade: do lado educativo, observa-se a pluralidade de sentidos, de idiossincrasias, de ideias e de sentimentos que caracteriza cada ser humano, o que autoriza a pensar o processo educativo – para utilizar uma expressão cunhada por Paulo Freire – como “um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação de significados” (FREIRE, 1983 [1969], p. 46).; do lado ambiental, identifica-se um número muito grande de interações entre seres vivos e entre estes e o mundo abiótico.

Ademais, Floriani e Knechtel consideram que “aprender é, antes de qualquer coisa, a possibilidade de reavaliar constantemente o conjunto de informações. Estas são passíveis de reformulação no contexto de sua produção, daí que são objeto permanente de modificações”

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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(FLORIANI; KNECHTEL, 2003, p. 37).

Percebe-se que o processo educativo, muito embora possa valer-se de aquisição de conhecimentos previamente elaborados – como acontece, com frequência, no domínio de técnicas como, por exemplo, a de execução de um instrumento musical –, caracteriza-se fortemente pela atividade de criação, sensível, em medida importante, à visão de mundo dos educandos. Visto que a extensão universitária privilegia a interlocução entre a Academia e pessoas e grupos a ela externos, estabelece-se nessa prática um ambiente frutífero em possibilidades de novas leituras, que, dependendo da situação em questão, podem contribuir seja para a produção de conhecimento novo, com a marca das características das comunidades em que ele é gerado, seja para, com a utilização de conhecimentos previamente desenvolvidos, contribuir com a melhoria das condições de vida das pessoas e das comunidades.

“O conhecimento desenvolvido nas instituições de educação superior deve ser apropriado por seu entorno: comunidades e organizações em geral” (ORTIZ-RIAGA; MORALES-RUBIANO, 2011, p. 362; tradução livre): e a prática da extensão acadêmica, quando compreendida como forma institucionalizada de aproximação entre a Academia e a sociedade em que ela existe, reúne condições por excelência para o estabelecimento de um diálogo educativo frutífero, que tanto pode beneficiar as comunidades, que passam a ter contato com possibilidades até então não (bem) conhecidas de ação, como para o mundo acadêmico, que encontra na comunidade meio para desenvolver sua tarefa de produção de conhecimento no próprio ambiente em que os valores são observados e as experiências vividas.

Entretanto, é imperioso que essa experiência interativa esteja pautada por genuíno respeito entre as partes: porque o conhecimento que, por meio da experiência acadêmica de extensão, se apresenta à comunidade encontra condições de com esta contribuir na proporção em que é por ela aceito, isto é, em que nela é reconhecido como importante e ou valioso diante da necessidade de tomarem-se decisões e de agir comunitariamente.

A academia por certo interage com a comunidade em que ela se estabelece: faz isso quando, por meio da atividade de ensino, transmite conhecimentos às pessoas que nela buscam qualificação profissional e cultural, e também quando realiza pesquisa científica e tecnológica cujo objeto de estudo esteja compreendido dentro dos limites comunitários; mas ao praticar extensão acadêmica, o processo de interação acontece de modo sui generis , visto que o resultado da prática destina-se fundamentalmente ao encaminhamento de soluções reais vivenciadas por coletividades. Nesse contexto, importa de modo decisivo o modo como as pessoas não acadêmicas que dele participam percebem o processo.

“A extensão universitária, enquanto locus natural de interação universidade-comunidade, merece ser resgatada como elemento estruturante da função social universitária, contribuindo para a emancipação humana, a autopromoção e a autossustentação [sic] da comunidade envolvida” (MORETO NETO et al., 2011, p. 842).

Quando pensada em termos de contribuições para pensar os modelos de desenvolvimento, as práticas de extensão contribuem para que os alunos entendam que a sustentabilidade não se resume a um determinado modelo hegemônico de produção e consumo.

Ao conviver com realidades diferenciadas, o aluno pode perceber que existem estratégias de comunidades locais (sejam essas tradicionais ou não) que podem informar estratégias valorativas para que as atividades humanas causem menores impactos ambientais.

Nesse sentido, a educação ambiental que se realiza no diálogo com diferentes atores sociais pode ser uma valiosa ferramenta para conduzir ao diálogo de saberes, aproximando conhecimento científico e não científico.

Quando realizada com o acompanhamento de professores de diferentes disciplinas, a extensão facilita ainda a compreensão de que a análise da realidade diferencia-se conforme o olhar de cada ciência.

Para tanto, é preciso ressignificar o termo “extensão” para entende-lo como uma situação relacional, que liga os sujeitos envolvidos e promove um conhecimento diferente, tanto para educadores como para educandos.

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Como afirmava Freire: “todo ato de pensar exige um sujeito que pensa, um objeto pensado, que mediatiza o primeiro sujeito do segundo, e a comunicação entre ambos, que se dá através de signos lingüísticos” (1983 [1969],p. 44).

Freire acreditava que todo pensamento surge da interação com o outro e a realidade. Seria portanto, a co-participação dos sujeitos que caracteriza o pensar. E o objeto seria, assim, o mediatizador desta comunicação.

Desta forma, a ação do pensamento não possui o condão de transformar o outro como depositante ou reduzido a um simples paciente que ouve e assume os resultados.

É algo mais: trata de reconhecer que o processo de pensar é transformador nas duas instâncias: ou seja, tem capacidade para conduzir os sujeitos para compreenderem e apreenderem, a partir de sua ordem de valores, diferentes nuances do mesmo objeto.

Essa noção da comunicação co-participativa não admite que existam sujeitos meramente passivos dos processos de conhecimento e é com esta noção que deve-se entender o termo extensão. As atividades de extensão requerem um diálogo no qual o extensionista pode compreender os saberes não científicos que envolvem a realidade dos sujeitos envolvidos na realidade empírica e perceber as trocas de conhecimentos que muitas vezes faz com que o extensionista se descubra muito mais aprendendo do que ensinando.

A idéia de extensão é, portanto, aquela onde pela comunicação eficiente se pode pensar na educação ambiental como uma ferramenta para a formação cidadã, incorporando a questão ambiental como também um elemento vital de um genuíno espaço democrático.

Nesse aspecto, se pode estabelecer uma tríade na qual a extensão interliga cidadania, meio ambiente e sustentabilidade. Para tanto, os professores que desenvolvem atividades de extensão desempenham um papel importante no despertar da sensibilidade dos envolvidos para o fim de captar os condicionamentos socioculturais envolvidos em determinada prática social e analisá-los de modo a identificar dentre essas quais as formas que podem favorecer a construção de estratégias de desenvolvimento sustentáveis.

A atividade extensionista exige a percepção da dimensão cultural que envolve os sujeitos para aos quais se desenvolve a atividade. Aqui entra a importância do saber ouvir e da sensibilidade do extensionista para estabelecer as pontes que facilitam a aceitação da intervenção proposta, bem como seu êxito como um processo de trocas inter-relacional.

As ações de extensão na Universidade Federal do Paraná são entendidas como “um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e os demais setores da sociedade” (Res. 70/08, art. 1º). Nessa concepção, a Universidade propõe a extensão articulada em quatro eixos orientadores (Res.70/08, art. 2º).

O primeiro deles é identificado como “Impacto e Transformação” pelo qual se pensa no estabelecimento de relações entre a Universidade e a sociedade para uma atuação transformadora, voltada ao interesse e às necessidades sociais, com vistas a implementação do desenvolvimento regional e das políticas públicas.

O segundo eixo trata da “Interação Dialógica”, que ressalta a necessidade do diálogo para uma relação entre a Universidade e a sociedade que supere o discurso da hegemonia acadêmica.

O terceiro eixo reconhece a Interdisciplinaridade como a interação de modelos e conceitos complementares, de material analítico e de metodologias, buscando consistência teórica e operacional que estruture o trabalho dos sujeitos do processo social, por meio da inter-relação de organizações, profissionais e pessoas.

O quarto eixo, por fim, traz a “indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, reconhecido como o vínculo de toda ação que se volte ao processo de formação de pessoas e de geração de conhecimento, tendo o aluno como protagonista de sua formação técnica para obtenção de competências necessárias à atuação profissional e à sua formação cidadã.

A Extensão não é um elemento novo dentro da Universidade, mas uma maneira de articular

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ensino e pesquisa, que surgiu a partir das discussões de Responsabilidade Social. O que se pretende com a extensão não é simplesmente o aperfeiçoamento técnico, mas sobretudo a educação para o pleno desenvolvimento da cidadania a partir do diálogo. Seu elemento de fundo é a ‘abertura ao outro’, que nesse trabalho se reconhece como o sentido profundo da democratização da universidade, que vai além das questões relativas às formas de acesso e da sua permanência na esfera pública.

Numa sociedade cuja qualidade de vida se assenta em configurações cada vez mais complexas, a legitimidade da universidade tem seu reforço no desenvolvimento de práticas extensionistas que favoreçam ouvir a voz das comunidades, que possam articular conhecimentos de modo a favorecer uma compreensão de que a relação dos seres humanos com o meio ambiente se dá em caráter de complementaridade.

Os projetos de extensão constituem-se como espaço ideal para um novo paradigma democrático de um Brasil que se quer sustentável tanto no aspecto social como ambiental. Para isso, pensa-se relevante repensar a estrutura universitária para que a educação ambiental seja um princípio fundante das ações extensionistas, nas quais os conhecimento produzidos bem como a sua gestão se tornam coletivos, isto é, que seus atores sociais se reconheçam nesse processo com autonomia e possam entender seu papel na formação de uma cidadania sócioambiental. O compromisso com a emancipação humana implica que as ações a serem nela empreendidas devem contribuir, de modo significativo, para que as condições de vida das pessoas sejam ao menos dignas, e para que as escolhas eticamente respaldadas feitas pela comunidade devem, na medida do possível e do razoável, ser observadas.

O compromisso com promoção comunitária materializa-se na proporção em que a atividade de extensão acadêmica contribui para que as legítimas – porquanto eticamente respaldadas – vocações das comunidades encontrem (melhor) condição para manifestarem-se.

E o compromisso com sustentação própria revela a atenção que a prática da extensão acadêmica deve dedicar a que os processos que se mostrem benéficos à vida da comunidade encontrem condições para que seus resultados sejam, por assim dizer, duradouros: é importante que o benefício deles resultante não seja efêmero, mas encontre condições de permanecer mesmo depois de encerrada a interação mais direta da Academia com a vida comunitária observada no momento da prática da extensão acadêmica.

Referências

FLORIANI, Dimas; KNECHTEL, Maria do Rosário. Educação ambiental: epistemologia e metodologias. Curitiba: Vicentina, 2003. 143 p.

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 7.ed. Tradução de R. D. de Oliveira; original em língua espanhola: Santiago: Instituto de Capacitación e Investigación en Reforma Agraria, 1969. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 65 p.

MORETO NETO, Luís; GARRIDO, Paulo Otolini; JUSTEN, Carlos Eduardo. Desenvolvendo o aprendizado em gestão social: proposta pedagógica de fomento às incubadoras sociais. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, v. 9, n. 3, p. 828-845, set. 2011.

ORTIZ-RIAGA, María Carolina; MORALES-RUBIANO, María Eugenia. La extensión universitaria en América Latina: concepciones y tendencias. Educación y Educadores, Bogotá: Universidad de la Sabana, v. 14, n. 2, p. 349-366, enero-abril de 2011.

RAYNAUT, Claude. Meio ambiente e desenvolvimento: construindo um novo campo do saber a partir da perspectiva interdisciplinar. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, Ed. da UFPR, n. 10, p. 21-32, jul.-dez. 2004.

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RESUMOS EXPANDIDOS

GRUPO 3 - A GESTÃO PARA A AMBIENTALIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES

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ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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PLAN PARTICIPATIVO DE GESTIÓN Y EDUCACIÓN AMBIENTAL DENTRO DE LA FADU / UBA. APUNTES SOBRE SUS INICIOS

BORASO, Horacio y CARBALLO, Cristina Teresa. Universidad de Buenos Aires, Instituto Ntra. Señora Luján del Buen Viaje, Universidad de Quilmes. E-mail de contacto: [email protected] Grupo 3: La gestión para la ambientalización en la Universidades. Palabras clave: Cultura Ambiental, Ambientalización Universitaria, Diseño Sustentable. Este trabajo propone líneas para la Gestión Ambiental dentro de la Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo, de la Universidad de Buenos Aires (FADU/UBA) comunicando alcances y logros provisorios de un proyecto participativo que busca contribuir a la democratización de la dimensión ambiental en dicha institución.

Un avance del mismo ha sido presentado en las Terceras Jornadas Iberoamericanas de Sostenibilidad en las Universidades, noviembre de 2011, Sao Paulo, Brasil.

Nuestro equipo llevó a cabo una investigación que permitió arribar a resultados a partir de los cuales se derivaron esas líneas de acción que se presentan al final de este resumen.

Entendemos al ambiente como un fenómeno de gran complejidad, por lo que buscamos analizar la temática ambiental partiendo de un esquema de interpretación que tenga en cuenta una imagen dinámica de la realidad social y a la vez sintética (Carballo, 2004) por eso nuestra perspectiva es un enfoque cultural e interdisciplinario que analiza las relaciones espaciales y subjetivas.

Desde el Pensamiento Ambiental Latinoamericano, Maya12 plantea que, si los problemas ambientales han emergido de las prácticas culturales, tendrá que ser en el entramado de la cultura donde se construyan soluciones, que necesariamente pasan por la política, la economía, la ética, la estética, la ciencia y la tecnología.

En la FADU/UBA, por iniciativa de su Decano, Arq. Eduardo Cajide, y elegido por la votación de mas de un centenar de profesores, se ha decidido institucionalmente a partir del año 2011 profundizar el tratamiento de la “Cultura Medioambiental”.

Entre otras actividades, durante la primera parte de ese año se ha convocado una Mesa Redonda en torno a la temática. En la misma participaron expertos, además de los Directores de cada Carrera de la FADU. Allí se plantearon distintas visiones enriquecidas por el ámbito interdisciplinario. Esto se sumó a las iniciativas encaradas por numerosas Cátedras y grupos de estudiantes y graduados alrededor del tema propuesto.

Como también se ha expresado en las Jornadas SI+AMB, organizadas por la Secretaría de Investigaciones, “la necesaria reflexión ambiental que debería atravesar cualquier proceso proyectual, es un paradigma que está comenzando a construirse. Y la Universidad, como productora de conocimiento, tiene la responsabilidad de hacer un aporte en este campo”.

En dichas Jornadas se ha abierto la discusión en torno: al significado del diseño medioambiental en nuestro contexto; la producción objetual en el marco de este paradigma; las formas de habitar y construir el medio ambiente; la reflexión histórica, morfológica y comunicacional específica; y los desafíos en la enseñanza de este enfoque.

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En NOGUERA, A. P. (2006)

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ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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Para concretar nuestro aporte desde el Instituto de Espacialidad Humana quisimos comenzar por elaborar la lógica espacial, que entendemos que nos ayudará a todos a posicionarnos como sujetos cada vez más críticos; Doberti13 entiende al espacio como:

“…ámbito específico donde se desarrolla la vida humana, como realidad necesitada de interpretación para acordarle sentido, como entidad donde nace y se desarrolla el pensamiento racional, como campo de las manifestaciones sensibles, como lugares abiertos o restringidos, como organización de escalas que van de lo íntimo al cosmos, como elaboración y sustrato de la vida social, como objeto de la apropiación imperativa o del ejercicio de las libertades comunes, es decir como el conjunto de todas estas notas, contiene o demanda una lógica que solo la conjunta cooperación del hacer y el pensar permite abordarla. Este tema y estas operaciones nos instituyen de tal manera que no debería haber asignatura o investigación que no recogiera y elaborara la lógica espacial”...

Uno de los objetivos generales del proyecto es entre todos generar usos más sustentables de los espacios de la Universidad lo que nos llevó a indagar: ¿Cómo podemos pedir a los diferentes actores de la comunidad educativa que hagan un uso más sustentable de los espacios si no trabajamos también desde las otras escalas de la espacialidad que, como señala Doberti, van de lo íntimo al cosmos?

Comenzamos a responder esta pregunta desde la metodología a partir de la que trabajamos que es la investigación acción participativa. Por medio de ella generamos distintos dispositivos de reflexión e intervención.

Uno de los que propusimos fue una encuesta de percepción ambiental para toda la comunidad educativa. Coincidimos con Reigota (1995) cuando sostiene que “la comprensión de las diferentes representaciones sociales debe ser la base de la búsqueda de negociación y solución de problemas ambientales. No se trata de saber cuantitativamente más, sino cualitativamente mejor sobre las cuestiones que un grupo determinado pretende estudiar y donde pretende actuar”. Ya que “estamos frente a un problema ambiental en cuanto se perciba como tal por la sociedad”. (Tabara,1996)14.

El estudio particular de la percepción de los problemas ambientales forma parte de una reflexión más amplia de las relaciones que todos los actores y sus acciones mantienen con el entorno. Carballo (2004)

Se buscó contribuir a este uso mas sustentable del ambiente de la FADU por medio de la socialización de este instrumento, generando junto con los actores información ambiental, trabajando desde la perspectiva de la identificación de las representaciones sociales, y sumándonos a un proceso (Ferreira Da Silva, 2002) que pretende “deconstruir” ciertas representaciones y “reconstruir” otras mejor elaboradas en encuentros participativos y sesiones de retroalimentación que pongan en tensión las dimensiones culturales y los sentidos múltiples del fenómeno.

Ya que consideramos que la información ambiental “reduce la incertidumbre en el área de interés e incrementa la eficiencia en las tareas y en la toma de decisiones para resolver qué acción tomar (...) Pero también interviene en la percepción y representación de la población”…”la información constituye a la vez un recurso precioso y un factor de producción que se almacena y se intercambia, para muchos a la manera de cualquier mercancía. Pero la información ambiental, más que una mercancía es un derecho” (Carballo, 2010)

La encuesta de percepción ambiental se realizó entre el 17 de Octubre y el 7 de Noviembre de 2011, en la Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de la Universidad de Buenos Aires (FADU/UBA). Fue posible acceder a ella a través del sitio web de la Facultad. Participaron 2061 personas: 1930 estudiantes; 89 profesores; 42 administrativos.

13

Doberti, R. “La cuarta posición” (2006), en *Espacialidades* (2009) 14

En CARBALLO, C.; T. (2004)

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Se definieron cinco variables de estudio: Concepto de Ambiente, El Espacio de la FADU, Los Problemas ambientales en la FADU, Actitudes proactivas de la Comunidad Educativa de la FADU, La información ambiental en la FADU; y acompañado a estas una serie de indicadores.

Buscamos problematizar el espacio vivido, su equipamiento y las dimensiones psicológicas del fenómeno analizando problemáticas ambientales a escala institucional, con un marco teórico que se funda en la Teoría del Habitar sumando contribuciones de la Psicología Social y la Psicopedagogía Clínica que nos ayudan a deconstruir lo ya dado y reconstruir sentidos junto a otros encontrando nuevas formas de habitar el tiempo y el espacio.

“La teoría del Habitar es (…) una teoría espacial de las prácticas sociales…”(…) “Centra su estudio en una práctica, en una construcción social, con la necesaria interacción entre sujetos y objetos y con la flexibilidad propia de lo que discurre por la historia...”(…) “Las prácticas sociales, constituyen el modo primario y, decisivo en que se repertoriza lo que se hace en cada ámbito cultural. (…) Son entonces las unidades reiteradas, identificadas, nominadas, y reconocidas por un cuerpo social, entidades en cuya composición ingresan ciertos discursos -selecciones en el sistema del Hablar- y ciertas actuaciones -selecciones en el sistema del Habitar-…”

15

Como se sostiene en Benayas/Massambani y Eq. (2010), variables ambientales vienen siendo introducidas en los últimos años en muchas Universidades tanto en el ámbito curricular como de gestión. En algunas Universidades argentinas estas variables se han introducido mayormente en el ámbito curricular (diríamos nosotros, siguiendo a Doberti, en la lógica de la organización de los saberes ambientales o –selecciones en el sistema del Hablar-) existiendo contadas experiencias de gestión ambiental (diríamos nosotros, siguiendo a Doberti, nuevas prácticas sociales en torno a lo ambiental o –selecciones en el sistema del Habitar-).

Entendiendo que las prácticas sociales son un conjunto de acciones portador de sentido, con la necesaria interacción entre sujeto y objeto, que repertorizan lo que se hace en cada ámbito cultural, desde la investigación se generó un instrumento para realizar un estudio de la percepción ambiental o percepción social del ambiente, entendida por Lowenthal (1987) como ‘’experiencias y preconcepciones, coloreadas por gustos y preferencias, re-moldeadas por la memoria y la amnesia que guían nuestros juicios y acciones ambientales (…) dando cuenta de cómo la gente da sentido al mundo que lo rodea”.

Como entendemos a la información ambiental como derecho es que apuntamos con ella a contribuir a abordar un diagnóstico amplio que permita objetivar avances y evaluar resultados de acciones a corto, mediano y largo plazo16, contribuyendo al diseño de un Plan Estratégico Participativo de Gestión y Educación Ambiental dentro del ámbito de la FADU /UBA y abierto a la comunidad.

Como sostiene Carballo (2010) se genera información ambiental a través del desarrollo de indicadores, que deben responder a las cuestiones ambientales que interesan en la toma de decisiones y en la información pública en general. Dando prioridad a una aproximación antrópica en el diseño de los mismos, no podemos entender que exista un modelo único de sistema de indicadores pues este se determina por el uso al que está destinado, no por su contenido. Podemos llegar a concluir que un indicador ambiental es una variable que ha sido dotado de un significado añadido al derivado de su propia configuración científica que provee una información sintética con respecto a un fenómeno ambiental de relevancia social.

En la línea de la apropiación sustentable del espacio es interesante conocer la percepción y construcción que la población realiza del concepto de ambiente y sus dimensiones. Los indicadores que hemos definido se relacionan con una selección de elementos dados en la encuesta que pueden corresponderse con las dimensiones sociales, políticas, culturales, espaciales y naturales del ambiente.

15

DOBERTI, R. (2009) 16

EADS, Educación Ambiental para el Desarrollo Sostenible, GUTIERREZ, BENAYAS Y CALVO, en CARIDE GÓMEZ (2008)

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Gráfico 1. Componentes de Ambiente.

En el Gráfico 1 pueden apreciarse los elementos que hemos configurado para que la población construya su concepto de ambiente. Siguiendo a Ferreira da Silva (2002) hemos propuesto tres grupos de componentes que pueden asociarse a diferentes tipos de representaciones que van de las estrictamente naturalistas, a las que incorporan algunas cuestiones sociales y finalmente a las que contemplan cuestiones políticas, sociales y culturales relacionadas con el medio natural.

100% reconoce las componentes naturales del ambiente.

58% reconoce además componentes sociales y culturales. Para profundizar en el análisis del espacio de la FADU, coincidimos con Wilden (1979)17 quien sostiene que las teorías sobre el habitar, (…) se nutren de tres orientaciones básicas: la ecológica, centrada en la “territorialidad”, la psicoanalítica, basada en la primordialidad prenatal, y la antropológica, que trata los fenómenos culturales. A las que se puede sumar una orientación sistémica: el habitar puede ser estudiado como un sistema abierto, con múltiples retroalimentaciones. Hemos elaborado indicadores en base a la posibilidad de selección en una escala Likert en relación a determinadas frases disparadoras relacionadas con las dimensiones ecológica, psicoanalítica y antropológica del espacio.

Gráfico 2. Percepción del espacio.

17

En IGLESIA, R. (2011)

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Como puede apreciarse en el gráfico 2, en la FADU se produce lo que podríamos llamar una apropiación antropológica del espacio, valorando positivamente a la institución la que es vista por parte de la comunidad educativa como: un lugar de pertenencia (88%), al que se considera integrado (84%), en la que puede establecer vínculos (96%) y establecer un compromiso social (79%).

Para poder avanzar en el proyecto de ese plan ambiental resultó sumamente relevante conocer la percepción de los actores sobre los Problemas Ambientales de la FADU. Los indicadores que hemos elaborado permiten la identificación del grado de preocupación de los problemas ambientales a escala institucional, por medio de la selección en una escala Likert. Según Benayas, en las instituciones educativas se reconocen cinco problemas principales que son: Consumo excesivo de energía, Consumo excesivo de agua, Consumo excesivo de papel, Ruido, Residuos y Transito.

Sobresalen la identificación por parte de la comunidad educativa de los residuos (92%) y el excesivo consumo de papel (89%) como principales problemas ambientales. En un tercer lugar se ubica el tránsito (64%).

En línea con la sustentabilidad ambiental, 87% de la población concurre a la FADU en transporte público lo que contribuye a minimizar la huella de carbono institucional en relación a la que generaría el uso del automóvil.

El 69% de los encuestados vendría a la facultad en bicicleta (actualmente lo hace sólo un 2%) si se le proporcionaran condiciones adecuadas como bicisendas seguras y lugares apropiados en donde dejarlas. Estos datos afirman la tendencia de la comunidad a la participación si existiese un Plan de Movilidad Sustentable dentro de la FADU.

La toma de iniciativa en el desarrollo de acciones creativas y audaces para generar mejoras, en la que el sujeto u organización asume el pleno control de su conducta de modo activo haciendo prevalecer la libertad de elección sobre las circunstancias del contexto, es entendida por Víctor Frankl (1999) como Proactividad; actitud que nos hemos propuesto analizar en la encuesta.

Los indicadores que hemos elaborado para conocer la actitud proactiva de la Comunidad Educativa de la FADU implicaron la identificación del grado de predisposición a realizar acciones para mejorar el ambiente a escala institucional; hemos planteado la selección en una escala Likert sobre actitudes referidas a los problemas ambientales mencionados anteriormente.

93% de los encuestados estaría dispuesto a ahorrar energía. 73% a ahorrar agua. 92% a reducir el consumo de materiales. 96% a reutilizar materiales. 97% a separar residuos para permitir su reciclado. 95% a utilizar ambas caras del papel. 92% a utilizar criterios ambientalmente sustentables en los proyectos. 72% a evitar usar el auto. 60% a venir a la FADU en bicicleta. 96% a pedir fotocopias doble faz. La positiva demanda por parte de la comunidad educativa de la FADU conformó una importante base para la elaboración de Plan Piloto de Gestión y Educación Ambiental.

Siguiendo a Schlemenson (1996) las instituciones educativas son espacios donde se transmite el capital cultural existente, al tiempo que se ofrece la oportunidad para transformarlo y ponerlo en cuestión. Son también espacios donde se puede proyectar, desplegar, confrontar y modificar aspectos esenciales de la individualidad y donde esto se logra en tanto se favorezca el desarrollo de competencias reflexivas y se ofrezca la oportunidad de cuestionar lo instituido.

La investigación permitió conocer en qué profundo grado la Comunidad Educativa se encuentra predispuesta a sumar su participación en acciones que se coordinen en un plan participativo de gestión y educación ambiental. Un plan que sea capaz de canalizar las enormes potencialidades de la Comunidad Educativa de la FADU hacia el interior de nuestra casa, presentándola como una

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facultad ambientalmente sustentable, modelo de buenas prácticas que puedan ser extendidas hacia la Sociedad.

En base a la información recogida, desde el Instituto de la Espacialidad Humana hemos avanzado en la elaboración un Plan Piloto de Ambientalización 2012-2014, que incluye la investigación, la educación y muy especialmente la gestión, para seguir generando un aporte hacia la democratización de la dimensión ambiental dentro de la FADU. Plan cuyas primeras líneas de acción, de acuerdo a las principales preocupaciones de la Comunidad Educativa, pueden ser resumidas en el siguiente gráfico:

Pensamos que haber puesto en marcha esta experiencia nos puede ayudar en ese navegar cotidiano que desde las instituciones educativas nos invita a buscar ir más allá de lo instituido y generar, entre todos, nuevos espacios institucionales.

BIBLIOGRAFIA CITADA

BENAYAS, J.; MASSAMBANI, O. Y EQUIPO (2010) *En el camino a la sostenibilidad. Retos y aprendizajes compartidos entre la USP y la UAM*.

CARBALLO, C. T. (2004) *Crecimiento y desigualdad urbana, implicancias ambientales y territoriales, Campana 1950-2000*. Editorial Dunken. Buenos Aires.

CARBALLO, C. T. (Editora) (2010). *Información ambiental de la cuenca del rio Luján, aportes para la gestión integral del agua*, Prometeo Libros, Buenos Aires.

CARBALLO, C. T. ESCALAS, T. (Directoras de Tesis); DEL MOLINO, G. y FERRERO P. (2004) “Más allá de las técnicas en educación ambiental: algunos aportes desde la percepción de la población”.1er. Congreso de Educación Ambiental para el Desarrollo Sustentable de la Argentina; Ciudad de Embalse, Córdoba.

Plan de Reducción

de consumo

Actividades previstas:

Conferencias.

Materiales educativos.

Jornadas de Cine.

Formación de Voluntarios Ambientales.

Minicurso en competencias básicas de sustentabilidad universitaria.

Actividades previstas:

Concurso: Recipientes para la separación de residuos de la FADU.

Concurso: Campaña Gráfica y Audiovisual para promover la separación de RSU.

Exposición “Historia de los RSU”.

Campaña Gráfica y Audiovisual para promover la de reducción de consumo

Plan de Reducción,

Separación y Reciclado de

RESIDUOS

Papel / Cartón.

Envases de PET y Aluminio.

Tapas de gaseosas.

Vidrio.

Residuos electrónicos.

Cartuchos impresoras y toner.

FADU- Cultura Ambiental

Plan Piloto de Ambientalización 2012 / 2014

Medidas de

GESTIÓN

(Con el apoyo de

Medidas de

EDUCACIÓN

(Como apoyo

Medidas de

Sensibilización

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CARIDE GÓMEZ, J. A. (2008) *La educación ambiental en la investigación educativa: realidades y desafíos de futuro*. Universidad de Santiago de Compostella.

DOBERTI, R. (2008) *Espacialidades*, Ediciones Infinito, Buenos Aires.

ESTEBAN, G.; BENAYAS, J.; GUTIERREZ, J. (2000) “La utilización de indicadores de desarrollo de la educación ambiental como instrumentos para evaluación de políticas de educación ambiental”. *Tópicos en educación ambiental* Volumen 2, Número 4, Págs. 59-72. México.

FERREIRA DA SILVA, L. R. (2002) “Representaciones Sociales de Medio Ambiente y Educación Ambiental de Docentes Universitarios/as”. *Tópicos en Educación Ambiental* Volumen 4, Número 10, Págs. 22-36. México,

FRANKL, V. (1999)(1946), *El hombre en busca del sentido último* Paidós Ibérica, Barcelona.

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PUC MINAS SUSTENTÁVEL - PLANO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DA PUC MINAS18

ANDRADE, Miguel Ângelo; LEITE, Eugênio Batista; FREITAS, Jeanne Marie Ferreira; PEREIRA, Leonardo de Araújo; SOUZA, Tânia Maria Ferreira. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e-mails para contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]. Grupo 3 – A gestão para a ambientalização nas universidades. Palavras-chave: Universidades Sustentáveis, Gestão Ambiental e Plano de Sustentabilidade. INTRODUÇÃO

A partir da consagração do conceito de desenvolvimento sustentável, introduzido pelo Relatório Brundtland, colocou-se em pauta a necessidade de se estabelecer compromissos ambientais baseados na definição de condições e limites para o crescimento econômico e os padrões de consumo a ele associados. Todos, das nações aos indivíduos, são corresponsáveis pela sustentabilidade ambiental, ou, nos termos colocados por Gadotti (2008), corresponsáveis pela construção de uma vida sustentável. Ao exigir práticas individuais e coletivas conscientes de sua inserção planetária, a sustentabilidade está indissociavelmente vinculada à vida cotidiana em todas as suas dimensões, sejam elas físico-ambientais, socioespaciais, econômicas ou culturais.

Desde os anos 1960, a temática ambiental vem se incorporando ao debate mundial e gradativamente ganhando destaque nas agendas internacionais. Entretanto, foi a partir dos anos 1990 que as Instituições de Ensino Superior (IES) definitivamente se engajaram na discussão do desenvolvimento sustentável, avançando além das iniciativas isoladas de controle ambiental e de busca de eficiência energética até então praticadas em algumas universidades. Vários documentos internacionais retratam o apelo para que as universidades tenham papel decisivo na educação para o desenvolvimento sustentável: a Declaração de Talloires (1990), a Declaração de Halifax (1991), a Declaração de Swansea (1993), a Declaração de Kyoto (1993), a Carta Copernicus (1994), a Declaração de Lüneburg (2001), a Declaração de Ubuntu (2002) e a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável: 2005–2014 (2004).

Não só porque pautada pelos documentos internacionais, a discussão das questões ambientais na sociedade contemporânea vem se ampliando no âmbito da educação, principalmente entre as IES, cuja contribuição tem ultrapassado o aspecto tradicional na formação técnica dos seus estudantes. Certas universidades do século XXI têm, inclusive, procurado ir além da abordagem educacional na relação com sua comunidade acadêmica, buscando, cada vez mais, envolvê-la em estratégias de implantação de boas práticas de sustentabilidade ambiental.

Neste contexto é que este trabalho, desenvolvido por uma equipe de professores que atuam na gestão universitária, resgata o debate da educação e sustentabilidade e o utiliza como moldura

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Trabalho de Conclusão de Curso do Programa de Desenvolvimento Gerencial da PUC

Minas (PDG), Dezembro 2011.

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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para discutir o estágio em que ele se encontra na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E IES

O modo mais rápido de engajamento das IES no debate ambiental se deu, a princípio, através da perspectiva da produção de conhecimento voltado para a busca de soluções tecnológicas para enfrentamento dos problemas ambientais. Soma-se a esta, a perspectiva formativa o repúdio à degradação ambiental e o cumprimento da função educacional voltada para a formação de egressos capacitados a intervir de modo ambientalmente sustentável, da realidade local à escala global, nas mais inúmeras modalidades de atuação profissional. Educar para o desenvolvimento sustentável passou a ser uma nova missão para as IES.

A reflexão sobre a contribuição das universidades para a promoção do desenvolvimento sustentável tem se tornado cada vez mais complexa, abrangente e integradora. Para além do papel educacional das IES, desde a Declaração de Kyoto, colocou-se em pauta a necessidade de encorajar as universidades a rever suas próprias operações de forma a refletir as melhores práticas de desenvolvimento sustentável. Deste modo, espera-se que as IES não apenas contribuam para o desenvolvimento sustentável através de suas atividades-fim (ensino-pesquisa-extensão), mas contribuam também, elas próprias, através da exemplificação de boas práticas no cotidiano.

A sociedade espera que a universidade lidere o caminho da incorporação da sustentabilidade, seja articulando ações ambientais na rotina administrativa ou pedagógica, seja promovendo a vivência de experiências interdisciplinares em espaços, por sua natureza, caracterizados pela pluralidade. Do ponto de vista pedagógico, não se consolida o processo de construção do conhecimento por aquilo que é somente transmitido; igualmente importante é aquilo verificado através de vivências que transformam o desafio de educar num ato mais vivo e próximo da realidade em que os envolvidos estão inseridos (FAZENDA, 1993).

A extensão a que este engajamento pode chegar depende das universidades ao redor do globo, mobilizando estudantes, docentes, funcionários e sociedade em programas de benefícios mútuos. Várias IES já iniciaram a implantação de políticas ambientais próprias, abrangendo tanto a gestão acadêmica quanto a gestão administrativa. Algumas já estão, inclusive, certificadas com a ISO 14001. Além disso, várias iniciativas têm congregado IES por meio do tema do desenvolvimento sustentável, como as organizações de universidades que desenvolvem pesquisas em rede e fomentam a troca de experiências.

No Brasil, a necessidade da incorporação da temática ambiental no cotidiano das escolas tem se manifestado em variados níveis de ensino e de diversos modos, tanto numa perspectiva formativa mais integral dos alunos, quanto por meio da exemplificação própria. As iniciativas em universidades brasileiras são, entretanto, ainda pouco conhecidas.

2 GESTÃO E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA PUC MINAS

2.1. Do planejamento à gestão ambiental

A gestão ambiental numa IES remete a uma questão complexa, imposta pelo próprio conceito de ambiente que envolve desde questões socioeconômicas àquelas relacionadas à diversidade cultural e natural em diferentes escalas. Por isso, na visão de Uehara et al. (2010), deve ser percebida no contexto de uma crise civilizatória que é política e transversal a todas as atividades humanas, remetendo à interface entre sociedade e ecossistemas.

A questão da gestão ambiental nas IES também não pode ser desvinculada do papel exercido pelas universidades há séculos, como centros formadores da cidadania, além da competência específica de cada profissional. Entretanto, “as universidades em todo o mundo têm produzido e sido guardiãs do conhecimento pelo qual os seres humanos têm obtido excepcional poder para promover, paradoxalmente, o desenvolvimento e a degradação da terra” (UEHARA et al., 2010, p.168).

Nessa perspectiva, ao se analisar a relação das IES com o desenvolvimento sustentável, emergem duas correntes: (i) a primeira privilegia a questão educativa, na medida em que se

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entende que a instituição, no processo de formação dos discentes, possa contribuir para que seus egressos sejam mais conscientes e sensíveis às questões ambientais, considerando-as em sua atuação profissional; (ii) a outra corrente, é mais pragmática e defende que, por meio de uma boa gestão ambiental, a IES possa difundir exemplos práticos de gestão sustentável interna e externamente (TAUCHEN; BRANDLI, 2006).

Tauchen e Brandli (2006) dizem que é fundamental a existência de um projeto político-pedagógico que estimule a construção de um homem-cidadão que, como ator político, possa pensar e construir a proposta ecodesenvolvimentista. No âmbito universitário, tal tarefa somente se revela viável pela elaboração de um Projeto Político Institucional (PPI) em que a IES formalmente assuma o seu compromisso com a formação ética e cidadã, em termos ambientais, e em consonância com o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida no planeta.

Nesse processo de transformar-se em uma IES ambientalmente correta, a PUC Minas deve, cada vez mais, sistematizar ações alinhadas com as políticas públicas e os tratados internacionais, sintonizando-as com ações que fazem da instituição a maior universidade católica do mundo e a melhor universidade privada de Minas Gerais. A “ambientalização” da PUC Minas, associada a práticas de educação para a sustentabilidade, pode articular os saberes por meio da intersetorialidade e transdisciplinaridade, permitindo uma visão mais global do mundo e, por consequência, uma compreensão mais apropriada do desenvolvimento sustentável. Trata-se de uma atitude pedagógica capaz de quebrar o isolamento das disciplinas e dos setores pela circulação de conceitos e valores, instituindo um novo olhar sobre as coisas (DIAS, 2002; CAPRA, 2002; LEFF, 2005; GADOTTI, 2000).

A PUC Minas, cumprindo sua missão e identidade, procura servir e fortalecer a sociedade da qual faz parte, por meio da produção de conhecimento e construção de valores que fortaleçam o capital social, pela formação de estudantes que possam contribuir positivamente para comunidades locais, nacionais e globais. Em seus mais de 50 anos de produção do conhecimento e de educação, ela construiu uma sólida contribuição para o debate e a promoção de novas perspectivas de existência humana e de desenvolvimento, capazes de inserir definitivamente a dimensão ambiental em suas ações. Em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI): 2012-2016 (PONTIFÍCIA..., 2011), a PUC Minas assumiu a responsabilidade ambiental, o que pode promover o avanço rumo a um novo patamar de ação universitária que efetivamente contemple o tema da sustentabilidade ambiental. A exemplo do que já vem sendo tentado em outras universidades, a definição de um Plano de Sustentabilidade Ambiental deverá articular quatro níveis de intervenção:

I. Educação dos tomadores de decisão para um futuro sustentável; II. Investigação de soluções, paradigmas e valores que sirvam uma sociedade sustentável; III. Operação dos campi universitários como modelos e exemplos práticos de sustentabilidade à escala local; e IV. Coordenação e comunicação entre todos estes níveis e com a sociedade. (FOUTO apud TAUCHEN; BRANDLI, 2006, p.504).

Tal proposta pode ser traduzida por um conjunto de ações, baseadas em boas práticas de sustentabilidade ambiental em campi universitários de várias IES, internacionais e nacionais, e em normas de gestão ambiental, exigindo uma sistematização de procedimentos e culminando num modelo para implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Deve ser concebida no âmbito de um amplo Programa de Responsabilidade Ambiental, entendido como um processo em que o aperfeiçoamento do desempenho ambiental da instituição deveria seguir o ciclo PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACTION), um instrumento de gestão eficaz quando há metas de melhoria contínua e uma revisão permanente. Além disso, o estudo de práticas ambientais desenvolvidas em variadas universidades e de experiências similares constitui uma estratégia valiosa de aprimoramento dos mecanismos de gestão baseada no benchmarking. Observar e registrar as melhores práticas ambientais já testadas em campi universitários pode revelar-se uma fonte de oportunidades e aprendizagem.

2.2 Boas práticas ambientais

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O levantamento sistemático, a organização e a divulgação dos trabalhos já desenvolvidos em torno da temática ambiental no âmbito da PUC Minas, assim como a identificação dos diversos atores envolvidos nestas atividades e a perspectiva de promoção da comunicação entre estes esforços, podem gerar uma capacidade de penetração da sustentabilidade ambiental no cotidiano da Universidade ainda não explorada em sua plenitude. Com destaque, trata-se mais de reconhecer o grande elenco de iniciativas existentes do que de criar uma agenda de sustentabilidade. Entretanto, um diagnóstico qualitativo e quantitativo das práticas de sustentabilidade ambiental em curso na Universidade ainda é tarefa a ser elaborada. Sabe-se da existência de inúmeras ações, desenvolvidas tanto no âmbito das atividades-fim de ensino, pesquisa e extensão, quanto relativas às operações dos campi, porém, em função da falta de integração entre as diversas iniciativas, todas isoladas e pontuais, não se consegue perceber em que medida a dimensão da sustentabilidade encontra-se, de fato, incorporada em seu cotidiano. Ações generalizadas na PUC Minas são praticamente inexistentes. Por ora, cabe indicar a necessidade de elaborar tal diagnóstico e, diante de sua inexistência, elencar algumas experiências em curso.

2.2.1 Operação dos campi

Com base em informações fornecidas pela Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura, podem ser destacadas as seguintes ações relacionadas à atuação da Comissão Interna de Conservação de Insumos (CICI) – que constitui um grupo de trabalho que analisa e propõe medidas de redução de consumo dos insumos, priorizando a água, a energia elétrica e a telefonia utilizadas pela Instituição – e à gestão ambiental dos campi da PUC Minas:

Obtenção de licenças ambientais e rigoroso cumprimento da legislação ambiental e urbanística vigente;

Programa de uso racional de materiais: reaproveitamento de móveis através de matérias-primas que seriam descartadas;

Adoção de princípios de sustentabilidade aplicados à reforma de edificações existentes e à concepção de novas: instalação de equipamentos de aquecimento solar; instalação de brises em fachadas; plantio de barreiras de árvores próximas às edificações; projeto da Biblioteca do Futuro e do Centro de Integração e Valorização das Atividades Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas (CEIVA) / Centro de Integração para a Sustentabilidade Ambiental (CISAL);

Garantia de acessibilidade como um dos critérios de pontuação de edificações sustentáveis pelo método CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency);

Gestão de resíduos sólidos: reaproveitamento e reciclagem de resíduos da construção civil; planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais e de Serviços de Saúde aprovados; construção de abrigos de resíduos comuns, recicláveis, infectantes e químicos; tratamento e reaproveitamento dos resíduos químicos de laboratórios e clínicas; restauração e doação de resíduos eletroeletrônicos e reciclagem de material sem recuperação; transformação de resíduos recicláveis em objetos de venda ou doação a associações; uso de lixeiras seletivas;

Gestão de recursos hídricos e efluentes líquidos: adesão ao Programa de Recebimento e Controle de Efluentes não Domésticos (PRECEND), criado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) para garantir a destinação adequada dos efluentes líquidos; reaproveitamento de água em edificações; troca gradativa de vasos sanitários por vasos dotados de reservatórios com capacidade de 6 litros; desassoreamento do açude existente na área de preservação ambiental do campus principal e implantação de um grande reservatório de retenção de águas pluviais, com capacidade de 645 m3;

Gestão de áreas verdes: criação de áreas permeáveis, tratamento e recomposição paisagística; programa permanente de plantio de árvores; adoção de áreas públicas, canteiros centrais e praças;

Melhorias urbanísticas: intervenções viárias como medida compensatória pela atração de veículos inerente à atividade universitária; sistema de rodízio das vagas de estacionamento; incentivo ao uso do transporte alternativo e implantação de bicicletários nos bolsões de estacionamento;

Ações de educação ambiental.

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2.2.2 Ações da Comissão de Sustentabilidade da PUC Minas em Betim

A PUC Minas em Betim conta com uma Comissão de Sustentabilidade, cujas atividades descritas em seu relatório de 2010 foram orientadas para a promoção de um consumo responsável, ajustado à política dos Rs (Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e sua ampliação através da adoção de novos conceitos: Reeducação, Respeito a si mesmo, Respeito ao próximo e Responsabilidade por suas ações (LAUREANO et al, 2011). Dentre as principais ações executadas pela comissão encontram-se: a redução do consumo de copos descartáveis (cerca de 42% em 12 meses), a prática da redução e reutilização do papel (destinação adequada de 2,9 toneladas de papel e reaproveitamento de 10.000 folhas A4 em 6 meses), a implantação da coleta seletiva e o monitoramento do abrigo de resíduos recicláveis (recuperação de vários produtos) (ANDRADE et al, 2011).

2.3 Proposta de Plano de Sustentabilidade Ambiental da PUC Minas

Partindo do pressuposto sistêmico e em conformidade com os referenciais teórico-metodológicos apresentados anteriormente, destacam-se as dimensões norteadoras para a elaboração de um Plano de Sustentabilidade Ambiental da PUC Minas: a formação de agentes capazes de incorporar a temática ambiental em suas práticas profissionais cotidianas; o desenvolvimento de ações investigativas com vistas à inovação para solução de problemas ambientais; a articulação de atores e interesses voltados para a gestão ambiental e a comunicação entre os mesmos e, a exemplificação através da adoção de práticas sustentáveis em todos os níveis de atuação universitária. Tais dimensões devem ser traduzidas em ações estratégicas sustentáveis que, respaldadas pela política ambiental institucional e organizadas por meio de um PDCA, constituam o Sistema de Gestão Ambiental da Universidade (FIG. 1).

Figura 1: Sistema de Gestão Ambiental da PUC Minas, organizado segundo o PDCA

(adaptado a partir de TAUCHEN; BRANDLI, 2006)

Através da efetiva mobilização e participação da comunidade acadêmica, o plano deve ser construído coletivamente, articulado de forma permanente e sistêmica, constituindo um referencial interno e externo das ações da Universidade. Acredita-se que o plano, ao contribuir com a formação dos alunos, alterar práticas de operação e gestão universitárias e interagir com a

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sociedade por meio da pauta da sustentabilidade, possa também reforçar a estratégia institucional de comunicação e marketing e, consequentemente, agregar valor à marca PUC Minas.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho demonstra o empenho da PUC Minas no sentido de reforçar seu alinhamento com as melhores práticas de sustentabilidade, já adotadas por algumas IES, mas, também, de renovar o compromisso contínuo da Universidade em contribuir para o bem estar social, por meio da geração de conhecimento e de propostas/diretrizes ambientalmente corretas.

O modelo de atuação proposto para a Universidade não se revela um guia de atuação e práticas para ser consultado nos momentos de fiscalização ambiental ou somente para atender a regulação do estado. Também não deve ser concebido como uma proposta pontual de intervenção para atender a uma agenda verde global. Entende-se e espera-se que possa ser praticado, exercido e corrigido diariamente por toda a comunidade acadêmica. O desafio revela-se imensurável, uma vez que envolve mudança de paradigma, e as ações listadas não podem ser confinadas ao papel. São ações estratégicas sustentáveis exatamente porque envolvem e estabelecem diretrizes de formação, de investigação, de articulação política e comunicação e de boas práticas ambientais, E os benefícios esperados são inúmeros, destacando-se: as economias oriundas das melhorias de produtividade e da redução do consumo de energia, água e materiais de consumo; a necessária adequação à legislação ambiental, reduzindo os riscos de estabelecer litígios com o estado em questões correlatas e acumular passivos ambientais; a geração de oportunidades de extensão e pesquisa e de ampliação, portanto, dos campos de investigação para a comunidade universitária e, finalmente, um benefício às vezes intangível, relacionado aos ganhos positivos na imagem externa da IES, agora vinculados aos desafios de uma agenda comprometida com a nossa própria sobrevivência na Terra.

4 REFERÊNCIAS

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI): 2012-2016. Belo Horizonte: PUC Minas, 2011.

TAUCHEN, J.; BRANDLI, L.L. A gestão ambiental em instituições de ensino superior: modelo para implantação em campus universitário. Gestão e Produção, v. 13, n. 3, p. 503-515, set./dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v13n3/11.pdf. Acesso em 1 ago 2011.

UEHARA, T. H. K. et al. Pesquisas em gestão ambiental: análise de sua evolução na Universidade de São Paulo. Revista Eletrônica Ambiente & Sociedade. v. 13, n.1, p. 165-185, jan-jun.2010. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/46085559/UEHARA-Et-Al-2010-Pesquisas-Em-Gestao-Ambiental. Acesso em: 1 ago 2011.

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A TRANSFORMAÇÂO DO ESPAÇO FISICO DA UNIVERSIDADE COMO INTENÇÂO EDUCADORA

SCHUCH, Dalva Sofia e BEDIN, Francieli Andréia Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – Laboratório de Paisagismo – LaPa Campus BC; Setor de Engenharia - Laboratório de Vegetação Costeira – Campus Itajaí; Email para contato: [email protected], [email protected] Grupo 3 – A gestão para a ambientalização nas universidades Palavras chave: Ambiente educador; Gestão; Universidade Sustentável. A paisagem das cidades contemporâneas revela ambientes artificiais configurados pela ação do homem; as intervenções vêm modificando-se ao longo da história e do tempo. Os ambientes construídos ocupam os espaços dos ambientes naturais acarretando em desequilíbrios no ecossistema urbanizado. A cidade moderna tenta expulsar a natureza e busca ocupar seus espaços, entretanto a natureza e seus processos naturais resistem. A cidade contemporânea optou pela tecnologia: rios controlados e leitos modificados, margens cimentadas, mananciais soterrados, alagadiços cobertos, morrarias cortadas, túneis e acessos transformados, grandes áreas urbanizadas, drenagem pluvial, impermeabilização das estradas, ilhas de calor, vegetação exótica, paisagem monótona e materiais diversos do lugar. Configurando assim, um quadro de artificialização e de destruição da vida e da diversidade.

Estas constatações e outras tantas nos levam a reflexões sobre as práticas de produção científico/tecnológica em função da contínua degradação ambiental e à compreensão da problemática socioambiental de nossa época, não podem ser entendidas e, portanto, solucionados, isoladamente, estão interligados, são interdependentes, portanto são problemas sistêmicos (CAPRA, 1996, p.23). Platt (1994) enfatiza, a sustentabilidade do ecossistema urbano deve ser focalizada por meio de dois eixos: a) proteção e restauração das características e processos biológicos remanescentes dentro da comunidade urbana; b) o impacto das cidades nos recursos terrestres, aquáticos e atmosféricos da biosfera, com os quais elas se mantêm e nos quais ela causa efeitos nocivos. Sustentabilidade, sob este prisma, envolve aspectos de transporte, conservação de energia, construções ecológicas, uso racional dos recursos, reciclagem de materiais, tratamento dos efluentes domésticos e industriais, tratamento dos resíduos sólidos, consumo consciente, controle da poluição da água e ar, justiça social entre outros. Dentro desta perspectiva, espera-se que a universidade colabore com estímulo ao transporte coletivo, uso da bicicleta, diminuição da pegada ecológica, reciclagem e redução no consumo de papel e outros insumos, piso permeáveis, espaços verdes com espécies nativas, jardins ecológicos, paredes verdes, tetos verdes, traduzidos em conforto ambiental, sistema de tratamento de raízes de efluentes domésticos, construções sustentáveis, redução de consumo de energia substituição por alternativas econômicas, redução e uso consciente de produtos químicos, substituição por práticas ambientalmente corretas, mudanças curriculares, estímulo à pesquisa de novas tecnologias buscando colaborar com processos sustentáveis, entre outras tantas ações.

O desconhecimento dos processos ecológicos e físico químicos na cidade retrata uma cultura de tecnologias exclusivas dos agentes de dominação, esquecendo, muitas vezes, os aspectos sociais, geográficos e ecológicos. MacHarg (1969) ressalta, “a tarefa do desenho foi encomendada para aqueles que não sentem remorsos por abrir espaços e destruir a paisagem: os tecnocratas”. Levando em consideração apenas o custo benefício em detrimento de obras de proposta orgânica, ecológica contextualizada. Estes caminhos têm conduzido as sociedades a uma alienação dos valores ambientais e dos processos ecológicos. A universidade assim como a

II JORNADA IBERO-AMERICANA DA ARIUSA: Compromisso das Universidades com a Ambientalização e Sustentabilidade

ITAJAÍ, BRASIL, 13 A 15 DE JUNHO DE 2012

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cidade apresenta uma gestão, que impõe à paisagem uma marca e reflete uma decisão política, que é interpretada e assimilada pela comunidade universitária. A universidade como palco de tecnologias de vanguarda, de criação, de pesquisa - educa. Dentro deste panorama surge a interrogação: Como educar para construção de sociedades sustentáveis? Como contribuir na construção de universidades sustentáveis? Como transformar e ambientalizar a universidade?

Ao buscarmos o entendimento da universidade como um espaço educador sustentável, faz-se necessário a reflexão sobre as questões socioambientais exigindo a compreensão de novos paradigmas filosóficos e éticos que atravessam os universos científico, técnico, socioeconômico e político. Entende-se como condição necessária à implantação de uma gestão, dentro da perspectiva de sustentabilidade, a convicção ideológica, dos gestores, do corpo docente e da comunidade universitária.

Ao questionarmos os rumos e o futuro da Educação, muitas vezes menosprezamos o impasse ambiental cada vez, mais profundo e ao papel dos seres humanos na perturbação da estabilidade ecológica do planeta (HUTCHINSON, 2000). O aprofundamento dos aspectos multifacetados do desafio ecológico em termos de crise a economia e na consciência irá ajudar-nos a avaliar os aspectos ideológicos das reivindicações contemporâneas por uma reforma educacional levando uma intensificação adicional do impasse ambiental ou a soluções possíveis para o conflito (op. cit.). Ao abordarmos a Educação como mediador da transformação, passamos por caminhos da relação da educação e estrutura social capitalista, educação e possibilidade de superação do modelo capitalista, educação e mudança radical, educação e sensibilização. Se educação é um processo histórico social de humanização do homem supõe assumir-se o desafio da transformação social e da superação da sociedade alienada. Educar indivíduos para a transformação da sociedade sugere transformar consciências. È relevante, considerar que transformar consciências pela educação não é um processo independente, mas uma prática determinada pelas estruturas sociais, políticas e filosóficas (OLIVEIRA, 1996).

Trajber (2008) enfatiza que a sociedade e natureza caminham juntas, não podem ser pensadas separadamente, assim como toda a educação é ambiental. As atividades coletivas resgatam o sentido de pertencimento e corresponsabilidade na superação de causas e problemas ambientais. Partindo do pressuposto de respeito à diversidade, estaremos contribuindo para valores voltados à sustentabilidade nas múltiplas dimensões. Compartilhar experiências é observar a resposta da natureza às mudanças,quando a complexidade significa interações e não complicações e a simplicidade a essência do complexo, nunca uma posição simplista, predatória e dispersa (CORNELL, 2008).

A Fundação Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – desde 2006 busca introduzir e incorporar novos conceitos, a reformulação do espaço externo – áreas verdes- trouxeram mudanças significativas. As áreas verdes- jardins- foram redesenhadas buscando uma leitura inspirada na ECOGENESE de Arquiteto Paisagista brasileiro Fernando Chacel (2000). Chacel afirma que o processo de recomposição paisagística permitiu uma nova maneira de entender o projeto paisagístico em um determinado empreendimento, não se limitando apenas a uma suposta satisfação estética ou a uma ideia simplificada de conforto climático. Compartilhando conhecimentos com o geógrafo Aziz Ab'Sáber, ampliou seu entendimento sobre a complexidade do meio ambiente, reforçando a relevância de processos interdisciplinares que enriquecem o projeto. Também, David Loenthal afirma: “somente em espaços não virgens podem emergir novos espaços virgens” esta afirmação contempla uma verdade (grifo nosso) se encaramos a humanidade como parte de um processo natural. Podem ser criadas paisagens diferentes da original que podem ser saudáveis e diversas da que lhe deram origem. Desta forma, uma maneira positiva e construtiva para o design de espaços urbanos sugere reconhecer a degradação e contribuição para sua recuperação, reutilizando e redesenhando o espaço. Lograr um sistema natural de saúde ecológica buscando reestabelecer a biodiversidade e uma nova proposta de adaptação podem ser caminhos a serem contemplados

Assim, dentro desta perspectiva o setor de Engenharia da universidade – locado na Gerência de Logística tem atuado na restauração e na recuperação de ecossistemas alterados e urbanizados do campus, trazendo uma proposta ecológica para as mudanças. Inicialmente foram retiradas as placas de proibição de uso dos espaços verdes; a) aboliu-se o uso de agrotóxicos como a capina

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e adubação química trocando os insumos por produtos ecológicos como húmus, proveniente de compostagem de material de varredura no campus; b) a incorporação de vegetação e o novo desenho dos espaços verdes entre os prédios diminuiu a quantidade de resíduos coletados pelos jardineiros; c) utilização de técnicas de Permacultura e Huggelkultur na implantação de canteiros; d) aproveitamento das espécies e agrupamento buscando maior biodiversidade de espécies; e) plantio de espécies nativas arbóreas; f) implantação de sistema de raízes em prédio LATEC - LGRS (construção sustentável) recolhimento de água das chuvas; g) implantação de vala de infiltração com sistema de raízes em áreas alagada com efluentes domésticos (vizinhança); h) implantação de sistema de raízes no campus de Balneário Camboriu (bloco 2); I) implantação de projeto de construção sustentável-Biblioteca de BC e entorno; m) As espécies espontâneas trazidas por pássaros ou roedores são deixados nos canteiros com o objetivo de introduzir maior diversidade de espécies; n) a implantação de uma parede verde no Setor do Financeiro B2 buscando diminuir o consumo energia (ar condicionado) trazendo maior conforto térmico; o) Criação de uma equipe interdisciplinar do CTTMAR em parceria com o setor de Engenharia para tomada de decisão sobre bosque de espécies exóticas na encosta do Morro da Cruz; entre outras tantas ações que buscam formalizar o espaço da universidade como ambiente educador.

A mudança nos Jardins traz uma nova concepção de economia, racionalidade e ecologia à universidade. O processo de mudanças deu-se inicialmente entre o gestor da Logística e o grupo de engenheiros do setor, na medida em que as mudanças foram introduzidas, a comunidade universitária passou a contribuir com sugestões que foram aceitas e incorporadas, dentro do possível. E os jardins passaram a ser utilizados como espaços de contemplação, de lazer e a partir da percepção sutil como um ambiente educador. A percepção dos sentidos emerge da relação da decodificação, códigos a serem transmitidos às gerações no processo educativo (INGOLD, 2006). Quando o individuo passeia pelos jardins- espaços externos do campus -, transmite-se ou revela-se a intenção: o ambiente educador como um código. Os códigos revelados nas interações constituem e contribuem no processo de formação ecológica. Assim, compartilhando do pensamento de Ingold (2006) passa a ser uma educação da atenção. Porém, além do código da aprendizagem está à relação afetiva entre o individuo e o ambiente que também constituem um código a ser apropriado. O viver nos exige comportamentos que nos podem conduzir a uma melhor qualidade de vida. Estas concepções exigem uma releitura da nossa condição humana. Se o mundo é construído por nós, em um processo interativo e contínuo, implícito está tomarmos consciência de nossas responsabilidades (MATURANA, 2001). Ao observar o ambiente como resultado de sensações que se revelam, acontecem marcas profundas, que ficam impregnadas na memória, agindo assim na constituição do indivíduo. Ao facilitarmos o relacionamento da comunidade universitária no ambiente do campus em forma de encantamento, possibilitamos a descoberta dos elementos constituintes deste mundo, suas funções, suas interações emergindo daí o respeito necessário à concepção ética da natureza e uma possibilidade de mudança comportamental.

Apresentamos o exemplo do estudo de caso do projeto de recuperação da biodiversidade do Morro da Cruz, este trouxe uma mudança na dinâmica das decisões, que foram compartilhadas com Centro Tecnologia da Terra e do Mar - CTTMAR- e a Gerência de Logística – Setor Engenharia e a Reitoria.

Metodologia: Ação conjunta e participativa a partir de reuniões do grupo; definição de estudos técnicos para dar suporte às decisões; realização de estudos: levantamento plani altimétrico e geofísico da área da encosta; classificação das espécies exóticas, suas características, danos ao ambiente e situação de risco; definição das ações. Retirada do bosque e introdução de espécies nativas e estímulo ao surgimento das espontâneas. Em área especifica (Bloco F7) foi realizada uma hidrossemeadura, implantação de sistemas de drenagem com manta orgânica e plantio de espécies arbóreas nativas. Foram utilizadas várias técnicas da Bioengenharia, como suporte vivo, rolos de manta com substrato e manta orgânica. Uma parte da encosta foi destinada a área de pesquisa com parceria da FAPESC, sendo desenvolvidas várias técnicas de recuperação da área, como nucleação, anelamento, chuva de sementes, coletores de sementes no bosque nativo remanescente, coletores da entomofauna associada para caracterizar os níveis de degradação da área.

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O Laboratório de Vegetação Costeira, Laboratório de Botânica, Laboratório de Planejamento e Manejo de Unidades de Conservação, e os Grupos e Pesquisa; Ecologia da Paisagem e Geotecnia e recuperação de áreas degradadas desenvolveram pesquisas na área de abrangência da encosta do Morro da Cruz. Os pesquisadores envolvidos pesquisaram a estrutura geomorfológica da encosta, sua biodiversidade, resilência, o risco de desastres, monitorando técnicas e módulos de pesquisa.

O Laboratório de Educação Ambiental – LEA- apresenta uma trajetória consolidada de uma metodologia da Trilha da Vida – Caminhos e Descobertas construiu um espaço de sensibilização para as práticas de educação ambiental e uma trilha a ser percorrida na encosta do morro.

O Laboratório de Inteligência Aplicada integrou-se ao grupo, desenvolvendo a Trilha Virtual da encosta do morro que permitirá aos alunos modalidade de percepção do ambiente da universidade.

O Laboratório de Design Gráfico (BC), três alunos, envolveu-se em uma produção visual do projeto, criação de logotipo, jogos e material educativo em parceria com a equipe de pesquisadores.

Alunos dos diferentes campi dialogam entre si na construção de uma imagem para um projeto, conhecem novas e outras realidades, surgem desafios e criam-se outras demandas. A interdisciplinaridade e a participação de vários laboratórios foi um desafio para o projeto e para a universidade, meta satisfatoriamente alcançada. Entende-se que ao abrirem-se espaços, ocorre o envolvimento, a participação e a utilização dos recursos que a universidade proporciona, disponibiliza e possibilita à comunidade universitária. Docentes e discentes trabalhando conjuntamente apontam para uma mudança, quebra de paradigmas: uma educação ambiental possível, e uma universidade sustentável possível. Entretanto, é longo o caminho da interdisciplinaridade, a urgência, os tempos e a disponibilidade individual para a construção coletiva ainda é um espaço de difícil construção. Os projetos desenvolvidos no projeto: Recuperação da biodiversidade do Morro da Cruz apresentou resultados satisfatórios; quando o quadro docente era constituído de professores da educação ambiental ou diretamente relacionados ao tema a disponibilidade para dialogo sempre esteve aberta, com retornos solicitados, as demandas cumpridas e muitas vezes além do esperado. Entretanto as demandas que envolviam docentes de áreas tecnológicas a construção foi difícil ou não aconteceu, frustrando o processo de diálogo, da prática interdisciplinar e principalmente a expectativa dos alunos em relação aos processos construtivos.

Entende-se a Educação como um processo, as atitudes são lidas, observadas e incorporados pelo educando, relembrando Ingold (2006) na decodificação das ações, constrói-se o espaço educador.

Referências

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida – uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Trad. Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1996.

CHACEL, F. Paisagismo e Ecogênese. Rio de Janeiro: Fraiha, 2001.

CORNELL, J. Vivências com a Natureza II: nova atividade pratica para pais e educadores São Paulo: Aquariana, 2008.

HUTCHINSON, D. Educação Ecológica: ideias sobre consciência ambiental Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000

INGOLD, T. The perception of the environment: essays in livelihood, dwelling and skill. New York: Routledge e USA, 2006.

MacHARG,I.L. Design with Nature. Garden City, N.Y.: Natural History Press, 1969.

MATURANA, H.; VARELA, F. Árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.

OLIVEIRA, B.O Trabalho Educativo: reflexões sobre paradigmas e problemas do pensamento pedagógico brasileiro. Campinas: Autores Associados, SP, 1996

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PLATT, R. H. The ecological city: introduction and overview. In: ________The ecological city. Preserve and restoring urban biodiversity. Amherst: The University of Massachussets Press, 1994.