Otimizacao-3

download Otimizacao-3

of 74

description

Teoria do controle da otimização utilizando o formalismo Hamiltoniano.

Transcript of Otimizacao-3

  • Otimizao sem restries:

    Suponha que a funo ( ) : nf x r de classe 2kC > tenha um extremo, mximo ou mnimo ou ponto de sela, em *x x=

    r r. Vamos transformar o problema de n dimenses em um problema

    de uma dimenso atravs da parametrizao: *x x th= +rr r

    onde t e 0h r r

    . Nesse caso a

    funo de uma varivel ( ) ( )*g t f x th= + rr tem extremo em 0t = para h r . A condio de primeira ordem para ser ponto de mximo, mnimo ou sela que ( )0 0g = . Derivando ( )g t obtemos:

    ( ) ( ) ( ) ( )* * *1 1 2 21 2

    n nn

    d f d f d f dg t x th x th x thdt x dt x dt x dt

    = + + + + + +

    L

    ( ) 1 21 2

    nn

    d f f fg t h h hdt x x x

    = + + +

    L

    Logo, para ser um ponto extremo preciso que:

    1 21 2

    0nn

    f f fh h hx x x

    + + + =

    L

    Agora, essa igualdade deve ser verdadeira para qualquer hr

    . Escolhendo

    ( )0 0 0 0 0ih h =r L L ento 0j ij j i

    f fh hx x

    = =

    implica que

    ( )* 0if x

    x

    =

    r

    . Fazendo 1,2, ,i n= L percebe-se que ( )* 0if x

    x

    =

    r

    para i . Em termos

    vetoriais isso pode ser escrito da forma:

    ( )* 0f x = rr . Condies de Segunda Ordem:

    Se o ponto extremo for de mximo ento ( )0 0g < , e se for de mnimo ento ( )0 0g > . Em outras palavras a condio de segunda ordem dada pelo sinal da segunda derivada:

  • ( )0 1sign g = ponto de mximo, e ( )0 1sign g = + ponto de mnimo. Calculando a segunda derivada temos:

    ( )2 2

    2 i i i ji i i ji i j i

    d d f d f fg t h h h hdt x dt x x xdt

    = = =

    Ou seja:

    ( )2 2

    2 i ji j j i

    d fg t h hx xdt

    =

    A matriz Hessiana definida como: 2

    ijj i

    fHx x

    =

    . Trata-se de uma matriz simtrica pois

    2 2

    ij jij i i j

    f fH Hx x x x

    = = =

    . Podemos escrever essa derivada na forma de uma

    multiplicao de matrizes como ( )2

    2d g t h H hdt

    =

    r r. Algumas pessoas usam a notao

    2H f= , mas no gostamos dessa notao na fsica porque mesma do Laplaciano 2

    22

    i ix

    = =

    que um operador escalar e no tensorial como o Hessiano.

    ( )11 12 1 1

    21 22 2 21 2

    1 2

    n

    ni ij j n

    i j

    n n nn n

    H H H hH H H h

    h H h h h h

    H H H h

    =

    L

    LL

    M M O M M

    L

    Nesse caso a condio para o ponto extremo ser de mximo que ( )2

    2 0d g t h H hdt

    = r r

    , o que significa que a matriz Hessiana deve ser definida positiva. Se

    a matriz Hessiana no for nem definida positiva, nem definida negativa, ento o ponto de sela. Anlise da definio de matrizes simtricas apresentada no apndice xxx. O fato de que a

  • definio da matriz Hessiana define a concavidade da curva apresentado no apndice xxx sobre srie de Taylor de funes multivariadas.

    Teorema da funo envelope:

    Suponha que desejamos achar o extremo de uma funo de xr que depende de um parmetro , ou seja o problema :

    ( ){ },extremo f x r sem restries. As condies de primeira ordem so:

    ( )*, 0ii

    f f xx

    = =

    r

    onde *xr o ponto extremo. Vamos definir uma funo de dada por

    ( ) ( )* ,f x = r . Note que se o problema for de mximo ento, para um xr fixo, [ ] ( ),f x r , s tocando a curva ( ) quando ( )*x x =r r . Se for de mnimo ento

    [ ] ( ),f x r . Por isso a funo ( ) uma funo envelope para a funo [ ],f x r . Pergunta : quanto vale d

    d

    ?

    Incluir figuras da funo envelope!!

    ( )* *, ii i

    f x dxd fd x d

    = +

    r

    Entretanto ( )*,

    0i

    f xx

    =

    r

    nos extremos, logo chegamos ao resultado do teorema da funo

    envelope:

    d fd

    =

    .

    Otimizao com restrio de igualdade:

  • Suponha agora a seguinte problema: otimizar ( )f xr sujeito restrio ( )g x c=r , ou ( ) 0g x c =r . Agora nem todo xr permitido, s os que satisfazem restrio ( )g x c=r .

    Existe um raciocnio intuitivo simples que nos permite resolver esse problema. O gradiente de uma funo perpendicular s curvas de nvel da mesma. Por um lado sabemos que 0df = porque na curva de nvel f constante. Por outro lado, das regras do clculo sabemos que:

    ( )1 2 1 21 2 1 2

    , , , , , ,n n

    n n

    f f f f f fdf dx dx dx dx dx dxx x x x x x

    = + + + =

    L L L

    O que significa que 0f d =rl , que nos leva concluso de que f d rl , com drl sendo um deslocamento infinitesimal na curva de nvel. A restrio ( )g x c=r uma curva de nvel da funo g . Alm disso, como a prpria restrio s deslocamentos sobre a mesma so possveis. Figura xxx mostraem vermelho a restrio e os gradientes da funo g . No mesmo grfico desenhamos em preto diferentes curvas de nvel da funo f e seus respectivos gradientes nos mesmos 3 pontos da restrio. Note que no ponto de encontro mais esquerda existe uma componente do gradiente da f ao longo da curva de restrio para direita. Isso significa um deslocamento para direita ao longo da curva de restrio aumentar o valor da funo f . J no ponto mais direita a componente do gradiente de f ao longo da curva est na direo esquerda, assim um deslocamento na curva de restrio nessa direo aumenta o valor de f . Apenas no ponto em que a restrio tangencia uma curva de nvel, com ambos os gradientes

    paralelos, impossvel aumentar o valor de f atravs de deslocamentos na restrio.

  • Esse argumento nos indica, ento, que no ponto extremo com restrio os dois gradientes, da restrio e da funo f devem ser paralelos. Matematicamente isso escrito como f g = , ou ainda como ( ) 0f g = . A constante chamada multiplicador de Lagrange. Assim percebe-se que podemos definir uma funo Lagrangeana dada por:

    ( ) ( ) ( ), x f x g x c = r r rL Que se comporta como o problema da otimizao sem restries, ou seja:

    ( ), 0x =rL Assim as condies de primeira ordem para um extremo da funo f sujeito restrio

    g c= so que ( ), 0 1,2, ,i

    x i nx

    = =

    rLL . Essa equao deve ser resolvida em conjunto

    com a restrio g c= . Entretanto, notamos que ( ) 0f g c

    = implica em

    ( ) 0g c = , ou seja, a prpria restrio. Dessa forma, usando a funo Lagrangeana o nosso problema resolver o conjunto de equaes simultneas:

  • ( ), 0 1,2, ,i

    x i nx

    = =

    rLL

    ( ), 0x

    =

    rL

    Uma demonstrao mais rigorosa desse resultado incluindo as condies de segunda ordem apresentado no apndice Otimizao com Restries: demonstrao rigorosa. Exemplos tambm so apresentados no apndice Exemplos de Otimizao com Restrio.

    Teorema da funo envelope com restries:

    Suponha que desejamos achar o extremo de uma funo de xr que depende de um parmetro , ou seja o problema :

    ( ){ },extremo f x r com a restrio ( ), 0g x c =r . Cujas solues so dadas por:

    ( )*, , 0ii

    xx

    = =

    rL L e ( )*, , 0x = rL Novamente definimos a funo envelope por ( ) ( )* ,f x = r e

    ( )* *, ii i

    f x dxd fd x d

    = +

    r

    . S que agora ( )*,

    0i

    f xx

    r

    . Mas a restrio continua valendo, ou

    seja, ( )*, 0g x =r , logo: ( )* *,

    0ii i

    g x xdg gd x

    = + =

    r

    . Subtraindo esse zero na derivada de

    temos:

    ( ) ( ) ( ) ( )* * * ** **

    , , , ,i i

    i ii i

    i

    i i i

    f x f x g x g xdx dxdd x d x d

    dxf g f gx x d

    = + =

    = +

    r r r r

    Agora sim 0i i

    f gx x

    = no extremo, logo:

  • d f gd

    = =

    L

    dd

    =

    L

    .

    Esse teorema nos permite extrair uma interpretao do significado do multiplicador de Lagrange . Note que devido ao fato de que a restrio nula, ( ), 0g x c =r , a funo objetivo que se deseja otimizar ( ),f x r tem o mesmo valor de ( )f g c= L . Se derivamos em relao ao parmetro c vemos que ( )d c

    dc c = =

    L

    . Ou seja, ( )c o preo por unidade c da restrio que se paga em no melhorar o objetivo por conta da restrio. Se ( ) 0c < poderamos aumentar a funo objetivo diminuindo o valor da restrio c , j se ( ) 0c > poderamos aumentar a funo objetivo aumentando o valor da restrio c , e se ( ) 0c = o mximo com restrio coincide com o mximo sem restrio e no h qualquer penalidade devido restrio.

  • Dualidade nos mtodos de otimizao.

    Suponha o problema de otimizao, sem especificar priori se de mximo ou de mnimo:

    Otimizar ( )f xr sujeito restrio ( ) og x g=r .

    Condies de primeira ordem:

    Achamos o Lagrangeano

    ( ) ( ) ( )1 , ox f x g x g = r r rL e procuramos a soluo das equaes:

    1

    j j j

    f gx x x

    = L

    ento 0j j

    f gx x

    =

    logo j j

    f gx x

    =

    .

    ( )1 og x g

    = +

    rL ento ( ) og x g=r .

    Resolvendo esse conjunto de equaes encontramos *xr , * e ( )*otf f x= r , no qual, obviamente, ( )* og x g=r .

    Condies de segunda ordem:

    O Hessiano orlado dado pelas derivadas segundas do Lagrangeano

    2 2 21

    ij iji j i j i j

    f g f gx x x x x x

    = =

    L,

    21

    ii i

    g gx x

    = =

    L

    e 2

    12 0

    =

    L

    com as quais construmos a matriz:

  • 1 2

    1 11 11 12 12 1 1

    2 12 12 22 22 2 2

    1 1 2 2

    0n

    n n

    n n

    n n n n n nn nn

    g g gg f g f g f g

    H g f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    .

    Denotando um subdeterminante por:

    ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 2

    1 11 11 12 12 1 1

    2 12 12 22 22 2 2

    1 1 2 2

    0

    det

    k

    n k

    n kk

    k k k k k kk kk

    g g gg f g f g f gg f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    L

    M M M O M

    L

    Se a soluo for um ponto de mximo ento:

    2 0 > , 3 0 < , 4 0 > , ou seja, [ ] ( )1 kksign = . J o ponto for de mnimo ento todos os subdeterminantes so negativos e:

    [ ] 1ksign k = .

    Problema DUAL.

    Vamos inverter as funes objetivo e restrio e trocar o problema para:

    Otimizar ( )g xr sujeito restrio ( ) maxf x f=r .

    Agora o Lagrangeano dado por:

    ( ) ( ) ( )2 max, x g x f x f = r r rL e encontramos a soluo atravs das equaes:

  • 2j j j

    g fx x x

    = L

    ento 0j j

    g fx x

    =

    logo j j

    g fx x

    =

    .

    Comparando com a situao anterior 1j j

    g fx x

    =

    vemos que basta fazer 1 = para voltar

    absolutamente s mesmas equaes anteriores. A restrio ser, obviamente, ( ) maxf x f=r .

    ( )2 maxf x f

    = +

    rL

    Isso mostra que o mesmo ponto *xr , com **

    1 = , ( )*maxf f x=r

    , no qual sabemos que

    ( )* og x g=r , soluo das equaes de Lagrange. O problema dual, portanto, fornece a mesma soluo do problema original. Resta saber se mantm maximizao/minimizao ou se troca, maximizao se torna minimizao e vice-versa. Para isso precisamos das condies de segunda ordem.

    Vejamos como fica o Hessiano orlado agora.

    2 2 22

    ij iji j i j i j

    g f g fx x x x x x

    = =

    L

    Usando o fato de que 1 = re-escrevemos essa derivada segunda como:

    ( )2 2 1 1ij ij ij iji j

    g f f gx x

    = =

    L

    2 22 11

    i j i jx x x x

    =

    L L

    As orlas so obtidas atravs de:

    22

    ii i

    f fx x

    = =

    L

    .

  • Por outro lado i i

    g fx x

    =

    logo 1i i if g g= = ento:

    22

    ii

    gx

    =

    L

    2 22 1

    i ix x

    =

    L L

    Claro que 2

    22 0

    =

    L

    .

    O Hessiano orlado, ento, muda para:

    ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 2

    1 11 11 12 12 1 1

    2 12 12 22 22 2 2

    1 1 2 2

    01 1 1

    1 1 1

    1 1 1

    n

    n n

    n n

    n n n n n nn nn

    g g g

    g f g f g f g

    H g f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    .

    No qual o sub-determinante de ordem k dado por:

    ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 2

    1 11 11 12 12 1 1

    2 12 12 22 22 2 2

    1 1 2 2

    01 1 1

    1 1 1det

    1 1 1

    k

    n k

    k n k

    k k k k k kk kk

    g g g

    g f g f g f g

    g f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    Sabemos que multiplicar uma linha ou uma coluna por uma constante multiplica o determinante pela mesma constante, assim podemos pegar a primeira linha e colocar em evidncia, e para

    cada uma das demais linhas colocar 1 em evidncia. Nesse caso temos que:

  • ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 22

    1 11 11 12 12 1 12

    2 12 12 22 22 2 2

    21 1 2 2

    0

    1 det

    k

    n kk

    n kk

    k k k k k kk kk

    g g gg f g f g f gg f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    Agora colocamos 2 na primeira coluna para obter:

    ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 2

    1 11 11 12 12 1 12

    2 12 12 22 22 2 2

    1 1 2 2

    0

    1 det

    k

    n kk

    n kk

    k k k k k kk kk

    g g gg f g f g f gg f g f g f g

    g f g f g f g

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    Ou seja:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( )

    1 2

    1 1 11 11 12 12 1 1

    2 12 12 22 22 2 23

    1 1 2 2

    0

    1 det

    k

    k n k

    n kk k

    k k k k k kk kk

    g g gg f g f g f gg f g f g f g

    g f g f g f g

    +

    =

    L

    L

    % L

    M M M O M

    L

    Assim mostramos que:

    ( ) 13

    1 kk kk

    +

    = %

    Aqui temos dois casos:

    1. Multiplicador de Lagrange positivo 0 >

    Nesse caso o termo 31k no muda o sinal e

    ( ) [ ]11 kk ksign sign+ = % .

  • Se o soluo do problema 1 foi de mximo ento [ ] ( )1 kksign = e se foi de mnimo ento [ ] 1ksign = .

    O problema dual ento ser:

    ( ) ( )11 1 1k kksign k+ = = % de mnimo quando o original mximo.

    ( ) ( ) ( )11 1 1k kksign + = = % , de mximo quando o original mnimo.

    2. Multiplicador de Lagrange negativo 0 <

    Nesse caso = e ( ) 3 33 1 k kk = portanto:

    ( )( ) [ ] ( ) [ ]

    14

    31

    11

    k

    k k kksign sign sign+

    = =

    %,

    [ ]k ksign sign = % Isso mostra que se o multiplicador de Lagrange negativo o problema dual tem a mesma caracterstica do que o problema original, ou seja, problema dual de maximizao tambm de maximizao e de minimizao tambm de minimizao.

    Significado do sinal do multiplicador.

    Quando o multiplicador positivo os gradientes de ambas as funes, ( )f x e ( )g x apontam na mesma direo, ou seja, no so apenas paralelos. Isso significa que ( )f x e ( )g x crescem/decrescem na mesma direo. J se o multiplicador negativo os gradientes apontam em direes opostas. Se uma das funes cresce em determinada direo a outra decresce. Figura xxx mostra intuitivamente o efeito do sinal de no problema dual.

  • Otimizao com restrio de desigualdade:

    Suponha agora a seguinte problema: otimizar ( )f xr sujeito restrio ( )g x cr e compar-lo como problema otimizar ( )f xr sujeito restrio ( )g x c=r . Vamos usar a mesma figura

    Conside a figura xxx. A regio vermelha a regio ( )g x b , significando que o gradiente da restrio aponta para fora dessa regio. Se o gradiente da funo f tambm aponta na mesma direo quer dizer que o mximo da funo estar na fronteira ( )g x b= e a restrio colou. Por outro lado se o gradiente de f est na direo contrria o mximo estar dentro da regio

    ( )g x b< e a restrio no tem qualquer efeito, ou seja, no colou. Nesse caso se procura o mximo sem restrio. No caso da restrio de igualdade, ( )g x b= , o ponto extremo tem que estar obrigatoriamente na fronteira, mas no no caso da restrio de desigualdade, ( )g x b . Note ento que no problema de achar mximo a restrio s cola se f g = se f e g estiverem na mesma direo, isto , 0 > . Vale notar que no problema de achar mnimo isso se inverte. Se se f e g estiverem na mesma direo podemos diminuir a funo entrando na regio de desigualdade. No caso de minimizao ento a restrio cola se 0 > .

  • Comparando ento com o problema de maximizao com restrio de igualdade temos que se 0 > a restrio colou e deve-se resolver o sistema de equaes:

    { }

    ( )

    0 1,2, ,

    0i i

    f g i nx x

    g x c

    =

    >

    =

    L

    r

    Por outro lado se a restrio no colou temos um problema de maximizao sem restrio e s

    temos que resolver as equaes { }0 1,2, ,i

    f i nx

    =

    L . Podemos escrever essas duas

    possibilidades em um conjunto de equaes apenas da forma:

    { }( )

    0 1,2, ,

    00

    i i

    f g i nx x

    g x c

    =

    =

    L

    r

    Note que agora a condio ( ) 0g x c = r leva a apenas duas opes: 1. 0 ento ( ) 0g x c = r e a restrio colou, logo:

    { }( )

    0 1,2, ,

    00

    i i

    f g i nx x

    g x c

    =

    =

    L

    r

    2. ( ) 0g x c r e 0 = levando ao sistema { }0 1,2, ,i

    f i nx

    =

    L .

    Com esse exemplo podemos extrair as regras:

    1. Maximizar ( )f xr s.r. ( )g x cr ento ( ) ( )f x g x c= r rL e devemos resolver as equaes: 0

    ix

    =

    L

    , ( ) 0g x c = r e 0 .

  • 2. Maximizar ( )f xr s.r. ( )g x cr ento ( ) ( )f x g x c= + r rL e devemos resolver as equaes: 0

    ix

    =

    L

    , ( ) 0g x c = r e 0 .

    3. Minimizar ( )f xr s.r. ( )g x cr ento ( ) ( )f x g x c= r rL e devemos resolver as equaes: 0

    ix

    =

    L

    , ( ) 0g x c = r e 0 .

    4. Minimizar ( )f xr s.r. ( )g x cr ento ( ) ( )f x g x c= + r rL e devemos resolver as equaes: 0

    ix

    =

    L

    , ( ) 0g x c = r e 0 .

    Note que restries do tipo ( )g x cr podem ser transformadas em ( )g x c r , logo o problema pode sempre ser tratado com a restrio do tipo ( )g x cr para maximizao e ( )g x cr para minimizao bastando redefinir ( )g xr e c . Dessa forma o Lagrangeano sempre ser do tipo

    ( ) ( )f x g x c= r rL , sempre exigindo que ( ) 0g x c = r e 0 . Essa regra ecvita ter que trocar o sinal de no Lagrangeano.

    Otimizao com restries mistas:

    1. Maximizar ( )f xr s.r. ( ) ( ) ( )1 1 2 2; ; ; m mh x c h x c h x c= = =r r rL e ( ) ( ) ( )1 1 2 2; ; ; k kg x b g x b g x b r r rL ento construmos o Lagrangeano dado por:

    ( ) [ ] [ ] [ ] [ ]1 1 1 1 1 1k k k m m mf x g b g b h c h c = r L LL Devemos resolver as equaes:

    1. 0i

    ix

    =

    L

    2. ( ) 0j j jg x b j = r ou 0jj

    =

    L

    3. h c= l l l

  • 4. 0j j

    5. ( )j jg x b j r 2. Minimizar ( )f xr s.r. ( ) ( ) ( )1 1 2 2; ; ; m mh x c h x c h x c= = =r r rL e

    ( ) ( ) ( )1 1 2 2; ; ; k kg x b g x b g x b r r rL ento construmos o Lagrangeano dado por:

    ( ) [ ] [ ] [ ] [ ]1 1 1 1 1 1k k k m m mf x g b g b h c h c = r L LL Devemos resolver as equaes:

    1. 0i

    ix

    =

    L

    2. ( ) 0j j jg x b j = r ou 0jj

    =

    L

    3. h c= l l l

    4. 0j j

    5. ( )j jg x b j r As condies de segunda ordem mudam se a restrio cola, usam-se ento as regras do Hessiano orlado, ou no cola, usam-se as regras do Hessiano sem orlas.

    Problema de Kuhn-Tucker:

    Kuhn-Tucker querem solues para variveis que se podem ser positivas, com um problema do tipo:

    Maximizar ( )f xr s.r. ( ) ( ) ( )1 1 2 2; ; ; m mg x b g x b g x b r r rL e 1 20; 0; ; 0nx x x L . Usando a tcnica anterior oLagrangeano seria dado por:

    ( ) ( )j j j i ij i

    f x g x b x = + r rL

    As equaes conjuntas a serem resolvidas seriam:

  • 1. 0jj iji i i

    gf ix x x

    = + = L

    2. ( ) 0j j jg x b j = r ou 0jj

    =

    L

    3. 0j jx j =

    4. 0j j

    5. 0j j

    O Lagrangeano de Kuhn-Tucker no inclui as desigualdades { }0 1, 2, ,ix i n L , no considear os multiplicadores de Lagrange r , sendo escrito apenas como:

    ( ) ( )KT j j jj

    f x g x b = r rL

    Note que KT i ii

    x= + L L . As equaes de Kuhn-Tucker so:

    0 0KT KTi ii i ix x x

    = + = = L L L

    Como 0i ento 0KTix

    L

    . Se a restrio 0ix = cola escrevemos 0KTii

    xx

    =

    L

    0KTi

    L

    ; 0KTii

    =

    L

    ; 0i e 0ix .

    Equaes de Kuhn-Tucker:

    1. 0KTix

    L

    2. 0KTii

    xx

    =

    L

  • 3. 0KTi

    L

    4. 0KTii

    =

    L

    5. 0i

    6. 0ix

    Incluir exemplos de fixao!!

  • Clculo das Variaes:

    Clculo das Variaes comea com o problema da curva brachistocrona levantado por Johann Bernoulli, chamando a ateno de seu irmo Jakob Bernoulli. Leonhard Euler trabalhou sobre o problema e seu livro Elementa Calculi Variationum gerou o termo Clculo das Variaes. Lagrange foi outro nome importante nesse campo e Legendre se preocupou com as condies de segunda ordem para discriminar mximos e mnimos.

    Todo o clculo das variaes est baseado na regra de Leibnitz para derivada de integrais demonstrada no apndice Regra de Leibnitz. Essa regra afirma que:

    ( )( )

    ( ) ( )( )

    ( )( )( ) ( )( ),, , ,

    h x h x

    g x g x

    f x td dh dgf x t dt dt f x h x f x g xdx x dx dx

    = +

    Funcional:

    Um funcional associa um nmero cada funo ( )y t de um domnio de funes. O domnio pode restringir os tipos de funes, apenas as diferenciveis, por exemplo, ou funes que possuem determinados valores em determinados pontos, etc. A expresso abaixo representa um funcional:

    ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    J f t y y dt= & onde ( ) ( )dy t y tdt=&

    Sabendo f e dada uma trajetria ( )y t , sabemos calcular ( )y t& , substituir em f e calcular o valor J obtido aps a integrao.A questo tpica do Clculo das Variaes se existe uma trajetria especial ( )*y t que torna o valor de J o maior possvel, ou o menor possvel, ou um extremo?

    Vamos comear com 1t e 2t fixos e restringir o domnio das funes quelas trajetrias que passam nos pontos ( )1 1,t y e ( )2 2,t y com ( )y t diferenciveis. Nesse caso podemos parametrizar J tornando-a funo univariada de um parmetro da seguinte forma:

    ( ) ( ) ( )*y t y t t= + Onde ( )*y t a trajetrio tima e ( )t um desvio da trajetria tima. Como ( )y t e ( )*y t so diferenciveis, ento ( )t tambm diferencivel. Alm disso as restries dos pontos inicial e final da trajetria implica que:

  • ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )

    1

    2

    *

    1 1 1

    *

    2 2 2

    0

    0

    y t y t y t

    y t y t y t

    = = =

    = = =

    Assim podemos construir a funo univariada da varivel :

    ( ) ( )21

    * *, ,

    t

    t

    J f t y y dt = + + &&

    Que sabemos possuir um extremo em 0 = , ou seja, ( )0

    0d Jd

    =

    = como condio de

    primeira ordem. Alm disso as condies de segunda ordem so ( )2

    20

    0d Jd

    =

    < se o extremo

    for de mximo e ( )2

    20

    0d Jd

    =

    > se o extremo for de mnimo.

    Com os limites , 1 2,t t fixos a derivada da integral facilita, desprezando os termos das derivadas dos limites de integrao. Nesse caso:

    ( ) ( )21

    * *, ,

    t

    t

    d J f t y y dtd

    = + +

    &&

    ( )2

    1

    t

    t

    d f fJ dtd y y

    = + &

    &

    Agora, 22 2

    1 11

    tt t

    t tt

    f f d fdt dty y dt y

    =

    && & &

    aps fazer a integral por partes com vd dt= & e fuy

    =

    &. O

    termo uv nulo porque ( ) ( )1 2 0t t = = . Ento ( )0

    0d Jd

    =

    = implica em:

    ( )2

    1

    0t

    t

    f d ft dt

    y dt y = &

    Em princpio o fato de que uma integral nula no significa que o integrando seja nulo. Entretanto no nosso caso a integral deve ser nula para qualquer funo arbitrria

    ( )t significando que a nica forma da integral ser nula sempre que:

  • 0f d fy dt y

    =

    &

    Essa a famosa equao de Euler-Lagrange.

    A equao de Euler-Lagrange representa a condio de primeira ordem para que o funcional seja um extremo. Se de mximo ou de mnimo ser discutido no apndice Condies de Segunda Ordem do Clculo Variacional. O problema de otimizao do funcional liberando as condies de pontos fixos no incio e ou fim da trajetria discutido no apndice Condies de Transversalidade.

    Generalizaes:

    1. Mais de uma varivel dependente ( )2

    1

    1 2 1 2; , , , ; , , ,t

    n n

    t

    J f t q q q q q q dt= & & &L L . Neste caso

    temos uma equao de Euler-Lagrange para cada varivel:

    ( )0 1,2, ,k k

    f d f k nq dt q

    =

    L

    &

    2. Mais de uma varivel independente da forma:

    ( )( )21

    1 2 1 2 1 2, , , ; , , , ; , , ,t

    n n n jjt

    qJ f t t t q t t t q q q dt com qt

    = =

    L L L

    Neste caso a equao de Euler-Lagrange deve ser estendida para cada t:

    1 1 2 2

    0k n n

    f f f fq t q t q t q

    =

    L

    & & &

    3. Otimizao com restries do tipo 1. Achar o extremo de:

    ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    J f t q q dt= & sujeito restrio ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    g t q q dt C= & .

    Agora usamos a parametrizao para criar duas funes de :

    ( ) ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    J f t q q dt = &

  • ( ) ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    I g t q q dt C = = &

    E usamos a tcnica dos multiplicadores de Lagrange para encontrar o extreme. Nesse caso:

    ( ) ( )L J I C =

    As solues so dadas pelas equaes 0L J I

    = =

    e ( ) 0I C

    = =

    L

    . Agora:

    2

    1

    0t

    t

    J f d f dty dt y

    = = & e

    2

    1

    0t

    t

    I g d g dty dt y

    = = &

    portanto:

    2

    1

    0t

    t

    L f g d f g dty y dt y y

    = =

    & &

    de onde extramos que:

    ( ) ( ) 0df g f gy dt y

    = &

    Assim percebemos que basta criar o Lagrangeano ( ) ( ), , , ,f t q q g t q q= & &L com sendo o multiplicador de Lagrange, nest caso, independente do tempo, e resolver a nova equao de Euler-Lagrange:

    0dy dt y

    =

    &L L

    4. Otimizao com restries do tipo 2. Achar o extremo de:

    ( )2

    1

    , ,

    t

    t

    J f t q q dt= & sujeito restrio ( ), , 0g t q q =&

  • Agora como ( ), , 0g t q q =& podemos mudar para o tipo 1 fazendo ( ) ( )2

    1

    , , 0t

    t

    t g t q q dt = & , e o

    multiplicador de Lagrange agora pode ser funo do tempo. Novamente camos na equao de Euler-Lagrange na forma:

    ( ) ( ) ( ), , , ,f t q q t g t q q= & &L e 0dy dt y

    =

    &L L

    .

    Teoria do Controle timo: A teoria do Controle timo uma matemtica do sculo XX e no mais a matemtica do sculo XIX. O matemtico russo L. S. Pontryagin publicou Princpio de Mximo com o qual ganhou o prmio Lenin em 1962, mesmo ano em que seu trabalho foi traduzido para o ingls. O matemtico americano Magnus R. Hestenes da Rand Corporation produziu um report Interno da Rand chamado A general Problem in the Calculus of Variations with Applications to Paths of Least Time.Mais tarde ele publicou um paper estendendo os resultados de Pontryagin com o ttulo On variational theory and Optimal Control Theory, Journal of SIAM, series A, vol.3 p23-48 (1965), e o livro Calculus of Variations and Optimal Control Theory, Wiley&Sons, NY (1966).

  • L.S. Pontryagin Magnus Hestenes

    A teoria do Controle timo est focada em encontrar a melhor trajetria para uma varivel de controle ( )u t , sobre comando do controlador, que leva a varivel ( )y t a uma trajetria maximizadora/minimizadora de uma determinada funo objetivo. A varivel de controle ( )u t precisa, obviamente, interferir na trajetria de ( )y t , chamada de varivel de estado. O problema matemtico achar o extremo de:

    ( )0

    , ,

    T

    J f t y u dt= sujeito restrio ( ), ,y g t y u=&

    Exemplo: Suponha que exista um estoque S de petrleo e que a taxa de extrao, sobre comando do operador do sistema, seja ( )E t , definindo a relao entre estoque e taxa de extrao dada por:

    ( )dS E tdt

    =

    Com extrao nula no h consumo e a reserva de petrleo no gera qualquer bem estar. Por outro lado, a extrao vai exaurindo a reserva e diminuindo o consumo no futuro. O futuro vale

  • menos do que o presente e a funo bem estar acumulada pode ser calculada com uma taxa de desconto da forma:

    ( )0

    Tt

    acumU U E e dt=

    O problema de otimizao, portanto, pode ser colocado na forma: Maximizar

    ( )0

    Tt

    acumU U E e dt=

    Sujeito s restries ( )dS E tdt

    = e ( )0 oS S= . Nesse caso ( ) ( ), , tf t S E U E e = e a restrio ( )S E t= & . A varivel de controle ( )E t e a de estado ( )S t .

    O problema mais geral do controle timo colocado da seguinte forma: otimizar

    ( )0

    , ,

    T

    J f t y u dt= sujeito restrio ( ), ,y g t y u=& dados ( )0y e condies sobre T e ( )y T .

    A varivel de controle pode ser descontinua por partes, mas com descontinuidades finitas. Exemplo tpico o ligar e desligar da maioria dos controles de temperatura. J a varivel de estado deve ser contnua, notando que u atua na derivada de y , mas no diferencivel porque a derivada pode ser descontnua. A teoria mais geral do que o clculo das variaes, portanto, pois capaz de lidar com funes no diferenciveis. Alm disso capaz de manusear restries sobre a varivel de controle e admite solues de canto. Por exemplo, suponha o caso on-off em que { }0,1u , s pode assumir valores 0 (desligado) ou 1 (ligado). A trajetria tima para u pode ser do tipo:

    ( )1

    *

    1 2

    2

    1 [0, )0 [ , )1 [ , ]

    t t

    u t t t t

    t t T

    =

    Vamos resolver esse problema com um multiplicador de Lagrange e denominamos:

    ( )u t varivel de controle ( )y t varivel de estado

  • ( )t varivel de co-estado [costate variable] Nosso problema :

    Otimizar:

    ( ) ( )0

    , , ,

    T

    V y u f t y u dt=

    sujeito s restries:

    ( ), ,y g t y u=& ( )0 oy y=

    ( ),T y T livres.

    A restrio ( ), ,y g t y u=& pode ser re-expressa como ( ), , 0g t y u y t = & logo:

    ( ) ( )0

    , , 0T

    t g t y u y dt t = &

    Logo podemos som-la na funo objetivo:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0

    , , , , ,

    T

    V y u f t y u t g t y u t y dt = + &

    Definindo um Hamiltoniano da forma:

    ( ) ( ) ( ) ( ), , , , , , ,H t y u f t y u t g t y u = +

    e integrando por partes ( ) ( ) ( ) ( ) ( )00 0 0

    0 0T T T

    Tt y dt y y dt T y T y y dt = + = + + & && re-

    escrevemos o problema como:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0

    , , , , 0 0T

    V y u H t y u y dt T y T y = + + &

    A parametrizao feita da seguinte forma:

    ( ) ( ) ( )*u t u t p t= +

  • ( ) ( ) ( )*y t y t q t= + *T T T= +

    ( ) *y T y y= + ( )t varivel de co-estado [costate variable]

    A funo objetivo univariada dada por:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )*

    * * * * *

    0

    , , 0 0T T

    V H t y q u p y q dt T T y T T y

    +

    = + + + + + + + &

    Vamos impor ( )0

    0d Vd

    =

    = :

    ( ) ( ) ( ) ( )*

    * *

    0

    Td d dV H y dt H y T T y y T Td d d

    = + + + + + + & & & &

    ( )*

    *

    0

    T H Hq p q dt H y T y y Ty u

    + + + + + & & & &

    ( ) ( ) ( ) ( )*

    * *

    0

    T

    TH Hq t p t dt H T T T yy u

    + + + &

    usando y T y = &

    Como ( )q t e ( )p t so arbitrrias cada um de seus multiplicadores no integrando devem ser nulos independentemente, assim:

    0H Hy y

    + = =

    & & e 0H

    u

    =

    Existe ainda uma equao escondida nesse sistema:

    ( )H f g g y

    = + = =

    & ou seja Hy

    =

    & .

    Condies de transversalidade:

    Se y livre, arbitrrio, ento, ( )* 0T =

  • Se 0T = , tempo limite especificado, ento ( )* 0H T Se T livre ento ( )* 0H T =

    Assim, o problema de achar o extremo de ( ) ( )0

    , , ,

    T

    V y u f t y u dt= sujeito s restries

    ( ), ,y g t y u=& e ( )0 oy y= , nos leva s seguintes equaes de movimento:

    Defina o Hamiltoniano H f g= + e resolva o conjunto de equaes:

    H y

    =

    &

    ; Hy

    =

    & ; 0Hu

    =

    e ( ) 0T = .

    Ou seja, sempre se escolhe u que maximiza H em todo momento, e resolve-se H y

    =

    &

    ;

    Hy

    =

    &.

    Alm disso ainda existe a seguinte propriedade importante na trajetria tima: dH H H H H H H H H Hy udt t y u t y y

    = + + + = +

    && &

    dH Hdt t

    =

    Isso significa que se o Hamiltoniano no depende explicitamente do tempo ento 0dHdt

    = e

    H cte= uma constante, ou seja, existe uma lei de conservao.

    Clculo das Variaes como um caso particular da Teoria do Controle timo: No clculo das variaes o problema de Lagrange era:

  • ( )2

    1

    , , 0t

    t

    J t q q dt = = &L

    Dando origem equao de Euler-Lagrange:

    0dy dt y

    =

    &L L

    Vamos re-expressar esse problema no formalismo Hamiltoniano:

    Achar o extremo de ( ) ( )2

    1

    , , ,

    t

    t

    V q u t q u dt= L sujeito restrio q u=& .

    Neste caso H u= +L logo:

    0 0Hu u u

    = + = =

    L L

    Hq q

    = =

    & &L por outro lado d

    dt u =

    & L

    portanto 0dq dt u

    =

    L L

    lembrando

    que u q= & recuperamos a equao de Euler-Lagrange:

    0dq dt q

    =

    &L L

    Exerccios de fixao da operacionalidade da teoria do controle timo esto apresentados no apndice. Exemplos de fixao da Teoria do Controle timo.

  • Apndice: Srie de Taylor A Srie de Taylor de uma funo de classe C , i.e., infinitamente diferencivel, pode ser explicada da seguinte forma simples e intuitiva. Desejamos aproximar a funo ( )f x em torno de

    ox x= por uma srie de potncias na forma no

    nn xxaxf )()(

    0=

    =

    . O ndice n define a

    ordem da aproximao, com ( ) of x a= para aproximao de ordem zero, ou seja, uma reta horizontal, ( ) ( )1o of x a a x x= + , ou seja uma reta com coeficiente angular 1a , para aproximao de ordem 1, ( ) ( ) ( )21 2o o of x a a x x a x x= + + para a aproximao de ordem 2, e assim por diante. intuitivo que a melhor aproximao seja aquela em que, no ponto

    ox x= tanto

    a funo quanto sua aproximao sejam idnticas. Nesse caso:

    oxxn

    on

    n axxa o = =

    =

    |)(0

    , logo ( )o oa f x= . Para determinar os outros coeficientes

    na tambm vamos exigir que os valores das derivadas da

    funo e da aproximao sejam idnticos em o

    x x= , como mostra o grfico da figura 4, abaixo, para uma aproximao de ordem 2.

    Srie de Taylor

    x

    f(x)

    f(x)ordem 0ordem 1ordem 2

    Figura 4. Srie de Taylor.

  • Podemos demonstrar que os coeficientes !

    )()(n

    xfa o

    n

    n = , onde n

    nn

    dxfd

    xf =)()( , atravs dos seguintes passos:

    1. nkxxkn

    nxxknnnxx

    dxd kn

    okn

    on

    k

    k= 0)( 0

    3. !)( 0 nxxdxd n

    n

    n

    =

    4.

    =

    =

    =

    nk

    nkok

    k

    kokn

    n

    xxkn

    naxxa

    dxd )()!(

    !)(0

    5. nk

    xxk

    okn

    n

    anxxadxd

    o!|)(

    0

    =

    ==

    6. Impondo que

    =

    ==

    0

    )( |)()(k

    xxk

    okn

    n

    on

    oxxa

    dxd

    xf chegamos a: !

    )( 0n

    xfa

    n

    n = .

    Dessa forma, a Srie de Taylor, dada por: 1 2 ( )

    0 0 0 0 0 00

    '( )( ) ''( )( ) ( )( )( ) ( )1! 2! !

    n nf x x x f x x x f x x xf x f xn

    = + + + + +K L

    Que pode ser escrita na forma condensada como: ( ) ( ) ( )

    0( )

    !

    nno

    o

    n

    f xf x x xn

    =

    =

    Um caso particular da srie de Taylor a srie de Taylor-McLaurin, para a qual 0ox = :

    LK +++

    +++= nn

    xn

    fx

    fx

    fx

    ffxf!

    )0(!3

    )0(!2

    )0(''!1

    )0(')0()()(

    32

    Que pode ser escrita na forma condensada como: ( ) ( )

    0

    0( )!

    n

    n

    n

    ff x xn

    =

    =

    Em princpio essa uma srie infinita. Entretanto, uma srie infinita s ser til se for possvel mostrar que ela converge, ou seja, que pode ser truncada em determinado nmero de termos e

  • que o erro cometido com essa truncagem tende a zero medida que o nmero de termos includos cresce. O erro cometido com essa truncagem chama-se Resto. Uma srie de Taylor truncada em n s pode ser utilizada para funo diferencivel, pelo menos, n vezes. Mas isso relaxa a condio de que a funo deve ser infinitamente diferencivel.

    Casos Particulares:

    Funo exponencial: 0 !

    kx

    k

    xe

    k

    =

    =

    A expanso da exponencial ( ) xf x e= imediata se notarmos que xxkk

    eedxd

    = e que, portanto,

    1)0()( =kf . Nesse caso:

    ...

    !...

    !3!21

    !

    32

    0++++++==

    = kxxx

    xkx

    ek

    k

    kx

    .

    Binmio de Newton Generalizado:0 0

    !( )!( )!

    n nn n k k n k k

    k k

    nna x a x a x

    kk n k

    = =

    + = =

    Lembrando da frmula do binmio de Newton ( ) ( )0 0!

    ! !

    n nn n k k n k k

    k k

    nna b a b a b

    kk n k

    = =

    + = ==

    .

    Considere a expanso em srie de Taylor-McLaurin da funo ( ) ( )nf x a x= + , com n inteiro positivo. Nesse caso, sabemos que ( ) !(0) ( )!

    k n knf a se n kn k

    = >

    , e ( ) (0) 0kf se k n= > e a srie de Taylor-McLaurin se torna um polinmio de grau n naturalmente truncada em k n= .

    Ento, vale a igualdade: 0 0

    !( )!( )!

    n nn n k k n k k

    k k

    nna x a x a x

    kk n k

    = =

    + = =

    , que o prprio binmio

    de Newton. Os coeficientes dos primeiro e ltimo termos valem 1 pois ! 10 0!( 0)!n n

    n

    = =

    e

    ! 1!( )!

    n n

    n n n n

    = =

    , uma vez que 0! 1= . 1 A srie de Taylor no agregou muito valor ao caso

    das funes de potncia em que a expanso binomial de Newton j era muito conhecida.

    1 A propriedade dos fatoriais que 1! 1= e ( )1 ! !n n n = . Fazendo 1n = temos que ( )1 1 1 ! 1! = que leva a 0! 1= . Fatoriais

    de nmeros inteiros negativos divergem pois fazendo 0n = temos que ( )0 1 ! 0! = ou ( ) 11 !0

    = .

  • Entretanto ela pode ser usada para generalizar o binmio de Newton para valores de n negativos ou no inteiros, em que a srie se torna infinita. A sim, ela agrega grande valor. Se n

    negativo no escrevemos )!(!)1)...(2)(1(kn

    nknnnn

    =+ pela dificuldade dos

    fatoriais de nmeros negativos. Nesse caso melhor colocar ( )1 em evidncia em cada termo e usar:

    )!1|(|)!1|(|)1()1)...(2)(1(

    +=+

    n

    knknnnnk

    Caso particular do binmio de Newton para 1n = :

    !)1()!11()!11()1()11)...(3)(2)(1( kkk k

    k=

    +=+

    Esse resultado pode ser usado para a expanso de ( ) ( ) 11f x x = + . Nesse caso:

    ...1)1(!

    !)1()1()( 3200

    1 ++==

    =+=

    =

    =

    xxxxxk

    kxxf

    k

    kk

    k

    kk

    J para ( ) ( ) 11f x x = obtemos:

    ...1)(!

    !)1()1()( 3200

    1 ++++==

    ==

    =

    =

    xxxxxk

    kxxf

    k

    k

    k

    kk

    .

    Caso particular do binmio de Newton para 12n = :

    Nesse caso teramos que calcular ( )

    ( )1 !2

    1! !2k k

    ( )( )

    ( )( )( ) ( )( )( )

    ( ) ( ) ( ) ( )

    1 1 1 1 1 1! 1 2 1 !2 2 2 2 2 21 1! !2 2

    11 1 1 1 1 3 5 2 11 1 2 1 1 2 1 !!2 2 2 2 2 2 2 2 2

    kk k

    k

    k k

    k k

    kk k

    + = =

    = + + + = =

    L

    L L

    Onde ( )( ) 1!! 2 42

    n n n n

    =

    L . Nesse caso:

  • ( ) ( )120

    ( 1) 2 1 !!( ) 1 (1 )2 !

    kk

    kk

    kf x x x xk

    =

    = + = + =

    Agora notamos que:

    ( ) ( )( ) ( )( )( ) ( )( ) ( )( )( )2 !! 2 0 2 2 2 4 2 2 2 2 1 2 2 1 2 !k kk k k k k k k k= + + = =L L E escrevemos a srie como:

    ( ) ( )( )0( 1) 2 1 !!( ) 1

    2 !!

    kk

    k

    kf x x xk

    =

    = + = .

    Logaritmo:1

    1

    ( 1)(1 )k k

    k

    xLn xk

    =

    + =

    Para o caso do logaritmo, ( ) ( )0 ln 1 0f = = , e 1)1()( += xxf , as derivadas podem ser facilmente calculadas usando: kkk

    kk xkx

    dxd

    xf

    +=+= )1()!1()1()1()( 111)1(

    )(, para

    obter )!1()1()0( 1)( = kf kk . Desse resultado mostra-se que:

    ...

    432)1(

    !)!1()1()1(

    432

    1

    1

    1

    1++=

    =

    =+

    =

    =

    xxxx

    kx

    xkk

    xLnk

    kk

    k

    kk

    e:

    ...]432

    [)(!

    )!1()1()1(432

    11

    1++++==

    =

    =

    =

    xxxx

    kx

    xkk

    xLnk

    k

    k

    kk

    .

  • Apndice: Clculo do Resto da srie de Taylor Para calcular o Resto da Srie de Taylor, precisaremos do Teorema do Valor Mdio de

    Cauchy. Partimos do teorema de Rolle: se ( )f x contnua e diferencivel em ( ),a b e ( ) ( )f a f b= ento existe um nmero entre a e b em que a primeira derivada dessa funo

    igual a zero. Pode existir mais de um no intervalo, mas o teorema garante que existe pelo menos um.

    Teorema do Valor Mdio de Cauchy (TVM) Tomemos duas funes diferenciveis ( )f x e ( )g x tal que ( ) ( )f a f b e

    ( ) ( )g a g b . Com elas construmos uma nova funo ( ) ( ) ( )F x f x g x= + e determinamos que obriga a ( )F x satisfazer as condies do Teorema de Rolle, ou seja, que ( ) ( )F a F b= , ou seja, ( ) ( ) ( ) ( )f a g a f b g b + = + . Resolvendo para obtemos )()(

    )()(agbgafbf

    = . Isso

    significa ento que ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( )f b f aF x f x g xg b g a

    =

    , satisfaz as condies do Teorema de Rolle.

    Nesse caso, existe um nmero ( , )a b , i.e., a b , em que ( ) 0F = . Por outro lado )(')()(

    )()()(')(' xgagbgafbf

    xfxF

    = , logo ( , ) / '( ) 0a b F = , ou seja:

    ( ) ( )'( ) '( ) '( ) 0( ) ( )

    f b f aF f gg b g a

    = =

    .

    O teorema do Valor Mdio de Cauchy afirma que: ( ) ( ) ( )( , ) / ( ) ( ) ( )

    f f b f aa b

    g g b g a

    =

    .

    No caso particular em que ( )g x x= , ( ) 1g x = o TVM ele se reduz a ab

    afbff

    =

    )()()(' . Resto da Srie de Taylor

    Seja ]!

    ))((!1

    ))(('!0

    ))(([)()()(10

    n

    xbxfxbxfxbxfbfxFnn

    ++

    +

    = K o erro

    cometido na truncagem da srie de Taylor at ordem n e seja )!1()()(

    1

    +

    =

    +

    n

    xbxG

    n

    . Como

    ( )F x e ( )G x satisfazem as condies do TVM de Cauchy ento:

  • )()()()(

    )()(/),(

    aGbGaFbF

    GFba

    =

    . Por outro lado, derivando diretamente a funo ( )F x , obtemos:

    ]!

    ))((!2

    ))(('''!2

    ))(('''!1

    ))((''!1

    ))((''!0

    ))(('!0

    ))(('[)(')1(22

    1100

    n

    xbxfxbxfxbxf

    xbxfxbxfxbxfxbxfxF

    nn

    ++

    +

    +

    =

    +

    K

    Como os termos intermedirios se cancelam [soma telescpica]:

    !))(()('

    )1(

    n

    xbxfxF

    nn

    =

    +

    .

    Derivando diretamente ( )G x obtemos !

    )()!1(

    ))(1()('n

    xbn

    xbnxG

    nn

    =

    +

    += . Usando esses

    resultados no TVM de Cauchy: ( 1)

    ( 1)

    ( )( )'( ) ! ( )( )'( )

    !

    n n

    n

    n

    f bF n f

    bGn

    +

    +

    = =

    Percebendo que ( ) ( ) 0F b G b= = , ento ( 1)( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )nF b F a F a f

    G b G a G a+ = =

    . Logo,

    nn

    n abn

    faGfaF )(

    !)()()()(

    )1()1(

    ==

    ++ . Fazendo x a= na ( )F a obtemos:

    )!1())((]

    !))((

    !1))((')([)(

    1)1()(1

    +

    =

    ++

    +++

    n

    abfn

    abafabafafbf

    nnnn K ,

    de onde tiramos que existe a b tal que: 1 ( ) ( 1) 1

    '( )( ) ( )( ) ( )( )( ) ( )1! ! ( 1)!

    n n n nf a b a f a b a f b af b f an n

    + + = + + + +

    + K .

    O erro em truncar com n termos, tambm chamado de resto, dado por ( 1) 1( )( )

    ( 1)!n n

    on

    f x xRn

    + +=

    +

    e tende a zero quando n tende a infinito para valores de x suficientemente prximos de ox .

  • Apndice. Srie de Taylor de Funes Multivariadas:

    Vamos comear com uma funo bivariada ( ) 2, :f x y e queremos a expanso em srie de Taylor de ( ),f x h y k+ + . Tomando y constante sabemos expandir:

    ( ) ( ) ( ), , ,! ! !

    n n mn m nx y x

    n n m

    h h kf x h y k f x y k f x yn n m

    + + = + =

    ( ) ( ), ,! !

    n mm ny x

    n m

    h kf x h y k f x yn m

    + + =

    Claro que se tivssemos comeado com y constante teramos obtido:

    ( ) ( ), ,! !

    n mn mx y

    n m

    h kf x h y k f x yn m

    + + =

    Como no pode haver diferena entre as duas formas se percebe que

    ( ) ( ), ,m n n my x x yf x y f x y = . Agora vamos re-expressar a srie da forma:

    ( ) ( ) ( ), , ,! !

    m mn nyx

    n m

    khf x h y k f x y T f x yn m

    + + = =

    onde

    ! !

    m mn nyx

    n m

    khTn m

    = o operador srie de Taylor.

    Agora queremos a srie em ordem crescente em l , de tal forma que n m+ = l , ento

    ( ) ( )0

    1 !, ,

    ! ! !n n n n

    x yn

    f x h y k h k f x yn m

    =

    + + =

    ll l

    l

    l

    l

    Por outro lado, lembrando que que as derivadas so operadores lineares, sabemos que o operador

    0

    !! !

    n n n nx y x y

    n

    h k h kn m

    =

    + = ll l ll

    Logo a srie de Taylor pode ser expressa como:

  • ( ) ( ) ( ), ,!

    xf x h y k f x y

    + + =

    l

    l

    uur

    l

    O processo pode ser rapidamente generalizado para dimenses maiores do tipo

    ( ) : nf x r onde queremos a expanso em srie de Taylor de ( )f x x+ uurr . ( ) ( )1 21 2

    1 2

    1 2 11 2 1

    1 2! ! !

    nn

    n

    mm mmm m

    m m m n

    x x xf x x f xm m m

    + =

    uurr rL

    Agora fazemos 1 2 nm m m+ + + =L l e multiplicamos e dividimos por !l para obter:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )1 21 2

    1 1 2 20 0 01 2 1 2

    1!

    !! ! !

    n

    n

    mm m

    n nm m mn n

    m m m

    f x x x x x f xm m m

    = = =

    + + + =

    + =

    l l l

    l

    L l

    uurr rL

    l

    lL

    L

    Por binmio de Newton sabemos que:

    ( ) ( ) ( ) ( )1 21 2

    1 1 2 2 1 1 2 20 0 01 2 1 2

    !! ! !

    n

    n

    m nm m

    n n n nm m mn n

    m m m

    x x x x x xm m m

    = = =

    + + + =

    = + + +

    l l l

    L l

    L Ll

    LL

    Ou seja:

    ( ) ( ) ( ) ( )1 21 2

    1 1 2 20 0 01 2 1 2

    !! ! !

    n

    n

    nmm m

    n nm m mn n

    m m m

    x x x xm m m

    = = =

    + + + =

    =

    l l l

    L l

    uurL

    lL

    L

    A srie de Taylor em n variveis dada portanto por:

    ( ) ( ) ( ),!n

    n

    xf x x f x y

    n

    + =

    uuruurr

    At ordem 2 podemos escrever a srie de Taylor multivariada como:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )212!f x h f x h f x h f x+ = + + r r rr r r r

  • Ou ainda como:

    ( ) ( ) ( ) ( )1 1 1

    12!

    n n n

    i i i ij ji i j

    f x h f x h f x h f x h= = =

    + = + + rr r r r

    A matriz ( ) ( )2

    ij iji j

    H f x f xx x

    = =

    r r

    chamada de Matriz Hessiana.

  • Apndice. Convexidade de uma curva:

    Funo cncava: uma funo cncava se para ( ) ( ) ( )1 2,x x x f x R x > onde ( )R x a reta secante que une os pontos ( )1 1,x f x ( )2 2,x f x . Esse o caso da figura 2(a). Funo convexa: uma funo convexa se para ( ) ( ) ( )1 2,x x x f x R x < onde ( )R x .Esse o caso da figura 2 (b).

    Figura 2. (a) Funo cncava. (b) Funo convexa.

    Vamos construir um ( )1 2,x x x atravs de um parmetro ( )0,1 da forma ( ) ( )2 11x x x = + . Se 0 = ento ( ) 10x x= e se 1 = ento ( ) 21x x= . Alm disso ( ) ( ) ( )2 1 2 2 21 1x x x x x x = + + = e ( ) ( ) ( )2 1 1 1 11 1x x x x x x = + + = , logo

    ( )1 2x x x< < pertence ao intervalo ( )1 2,x x . A equao da reta secante que passa pelos pontos ( )1 1,x f x e ( )2 2,x f x dada por ( ) ( ) ( ) ( )1 2 1

    1 2 1

    R x f x f x f xx x x x

    =

    , ou seja,

    ( ) ( ) ( ) ( )11 2 12 1

    x xR x f x f x f xx x

    = +

    ou, em termos de ,

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )2 1 1 2 11 2 1 1 2 12 1 2 1

    1x x x x xR f x f x f x f x f x f xx x x x

    + = + = +

    , que nos

    leva, finalmente, a: ( ) ( ) ( ) ( )2 11R f x f x = + .

    Da afirmamos que:

  • 1. Se ( ) ( ) ( ) ( )2 1 2 11 1f x x f x f x + > + para ( )0,1 ento a funo ( )f x estritamente cncava

    2. Se ( ) ( ) ( ) ( )2 1 2 11 1f x x f x f x + < + para ( )0,1 ento a funo ( )f x estritamente convexa.

    Generalizao da convexidade para funes de n :

    Seja 1 2( , , , )nX x x x=r

    L um vetor em n e ( ) : nf X r uma funo escalar que associa um nmero real a um vetor. Ento:

    1. Se ( ) ( ) ( ) ( )2 1 2 11 1f X X f X f X + > + r r r r para ( )0,1 ento a funo ( )f xr estritamente cncava.

    2. Se ( ) ( ) ( ) ( )2 1 2 11 1f X X f X f X + < + r r r r para ( )0,1 ento a funo ( )f xr estritamente convexa

  • Apndice Otimizao com Restries: demonstrao rigorosa.

    Se ( )* 0n

    gx

    x

    r

    ento existe uma funo inversa local implcita tal que

    ( )1 2 1, , ,n nx x x x = L que pode ser utilizada para eliminar a varivel nx e camos em funes de 1n variveis dadas por:

    ( ) ( )1 2 1 1 2 1 1 2 1, , , , , , , , , ,n n nG x x x g x x x x x x = L L L e

    ( ) ( )1 2 1 1 2 1 1 2 1, , , , , , , , , ,n n nF x x x f x x x x x x = L L L Note que a F j inclui a restrio, automaticamente satisfeita quando fizemos

    ( )1 2 1, , ,n nx x x x = L . Ento as condies de ponto extremo da F so as usuais:

    [ ]0 1,2, , 1iF i n

    x

    =

    L e

    21 1

    1 1

    21 1

    1 1

    0 max

    0 min

    n n

    i ji j i jn n

    i ji j i j

    F h hx x

    F h hx x

    = =

    = =

    Agora 0i i n i

    G g gx x x x

    = + =

    pois G c= , o que significa que i

    i

    n

    gx

    x gx

    =

    . Por outro

    lado 0i i n i

    F f fx x x x

    = + =

    , ento 0n

    i i

    n

    fxf g

    x xgx

    =

    . Como n

    n

    fx

    gx

    =

    uma

    constante, calculada no ponto *xr

    temos que:

    0i i

    f gx x

    =

    ou ainda que [ ] 0 1,2, , 1if g i n

    x = =

    L .

  • Por outro lado [ ] 0nn n n n n n n

    n

    fxf g f g f ff g

    x x x x x x xgx

    = = = =

    automaticamente. Portanto podemos estender a condio para

    ( ) 0 1,2, ,i

    f g c i nx

    = = L .

    Definindo a funo Lagrangeana dada por: ( ) ( ), x f g x c = r rL vemos que as condies de primeira ordem para um extremo so que ( ), 0 1,2, ,

    ix i n

    x = =

    r

    LL . Essa

    equao deve ser resolvida em conjunto com a restrio, mas notamos que

    ( ) 0f g c

    = implica em ( ) 0g c = , ou seja, a prpria restrio. Usando a

    funo Lagrangeana o nosso problema resolver o conjunto de equaes simultneas:

    ( ), 0 1,2, ,i

    x i nx

    = =

    rLL

    ( ), 0x

    =

    rL

    A condio de segunda ordem um pouco mais complicada. Vamos usar a notao jj

    f fx

    =

    para simplificar. Nesse caso temos:

    j j n j

    j j n j

    F f fG g g

    = +

    = +

    Sabemos que 0j j n jG g g = + = , logo j j jF F G= e ij ij ijF F G= . Por outro lado:

    ( ) ( )( ) ( )

    ij ij nj i in nn i j n ij

    ij ij nj i in nn i j n ij

    F f f f f fG g g g g g

    = + + + +

    = + + + +

    Subtraindo as duas equaes obtemos:

  • ( ) ( ) ( )( ) ( )ij ij ij ij in in j nj nj i

    nn nn i j n n ij

    F G f g f g f gf g f g

    = + + +

    + +

    Agora:

    0nn n n nn

    ff g f gg

    = =

    Ento:

    ( ) ( ) ( )( ) ( )

    1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 11 1 1 1

    1 1 1 1

    n n n n n n

    ij ij i j ij ij i j in in i j ji j i j i jn n n n

    nj nj j i i nn nn i i j jj i i j

    F G h h f g h h f g h h

    f g h h f g h h

    = = = = = =

    = = = =

    = + +

    + +

    Definindo um 1

    1

    n

    n i ii

    h h

    =

    = e usando o fato de que n

    ii

    gg

    = temos que 1

    1

    1 nn i i

    inh g h

    g

    =

    = ,

    ou seja, 1

    10

    n

    i i n ni

    g h g h

    =

    + = , i.e., 1

    0n

    i ii

    g h=

    = nos garante que hr

    est na curva ( )g x h c+ =rr . Nesse caso temos que:

    ( ) ( ) ( )( ) ( )

    1 1 1 1 1

    1 1 1 1 11

    1

    n n n n n

    ij ij i j ij ij i j in in i ni j i j in

    nj nj j n nn nn n nj

    F G h h f g h h f g h h

    f g h h f g h h

    = = = = =

    =

    = + +

    + +

    Assim conclumos que:

    ( ) ( )1 1 1 11 1 1 1 1 1

    n n n n n n

    ij i j ij ij i j ij ij i ji j i j i j

    F h h F G h h f g h h

    = = = = = =

    = =

  • Hessiano orlado:

    O Hessiano orlado definido como:

    1

    1 11 1

    1

    0 nn

    n n nn

    f ff H H

    H

    f H H

    =

    L

    L%

    M M O M

    L

    . Note as duas orlas nas

    primeira linha e primeira coluna da matriz Hessiana. A condies de segunda ordem dos pontos de mximo e mnimo sero dadas pela definio do Hessiano orlado discutido no apndice Definio de matrizes simtricas com restrio. Note que o Hessiano orlado poderia sair diretamente do Lagrangeano se incluirmos como uma varivel pois:

    ( ) ( )2 ,i i

    x g xx x

    =

    r rL e

    ( )22,

    0x

    =

    rL

  • Apndice. Definio de matrizes simtricas:

    Dizemos que a matriz

    11 12 1

    21 22 2

    1 2

    n

    nn n

    n n nn

    m m m

    m m mM

    m m m

    =

    L

    L

    M M O M

    L

    definida positiva se 0h Mh >r r

    para qualquer 0h r r

    . A matriz ser definida negativa se 0h Mh r r

    ento 0kkM > e se 0h Mh , ou ainda, [ ]det 1ksign M = para qualquer [ ]1,k n .

    b. Se M definida negativa ento [ ] ( ) 1det 1 kksign M += , ou seja, o sinal do determinante vai alternando na forma ( ) + + L .

  • A melhor forma de prova esse teorema diagonalizar as submatrizes, mas instrutivo analisar o caso de uma matriz 2 2 e outra 3 3 com a tcnica de completar quadrado.

    Matriz 2 2 :

    ( ) 11 1212 22

    m m hq h k

    m m k

    =

    ( ) 11 12 2 211 12 2221 22

    2m h m k

    q h k m h m hk m km h m k

    + = = + + +

    2 21211 22

    112mq m h hk m km

    = + +

    2 22 2 2 212 12 12

    11 2211 11 11

    2 m m mq m h hk k k m km m m

    = + + +

    2 22 2 2 212 12 12

    11 2211 11 11

    2 m m mq m h hk k m k km m m

    = + + +

    2 2212 11 22 12

    1111 11

    m m m mq m h k km m

    = + +

    ( ) ( )( )2*2 2

    11

    detdet

    detM

    q M h kM

    = + onde * 1211

    mh h km

    = + .

    Se 0q > e como *2 0h > e 2 0k > preciso que 1det 0M > e 21

    det 0det

    MM

    > o que implica

    em 1det 0M > e 2det 0M > . Por outro se 0q < preciso que 1det 0M < e 21

    det 0det

    MM

    <

    o que implica em 1det 0M < e 2det 0M > .

  • Matriz 3 3 :

    ( )11 12 13

    12 22 23

    13 23 33

    m m m hq h k l m m m k

    m m m l

    =

    ( )11 12 13

    12 22 23

    13 23 33

    m h m k m lq h k l m h m k m l

    m h m k m l

    + +

    = + + + +

    2 2 211 12 13 22 23 332 2 2q m h m hk m hl m k m kl m l= + + + + +

    [ ]2 2 211 12 13 22 23 332 2q m h m k m l h m k m kl m l= + + + + +

    ( ) ( )

    ( )

    2211 12 13 12 132

    11 11

    2 2 212 13 22 23 33

    11

    1 12

    1 2

    q m h m k m l h m k m lm m

    m k m l m k m kl m lm

    = + + + + +

    + + + +

    ( )2

    22 212 1311 22 12 13 23 33

    11 11

    1 2m k m lq m h m k m k m l m kl m lm m

    += + + + + +

    ( ) ( ) ( )

    212 13

    1111

    2 2 2 211 22 12 11 23 12 13 11 33 13

    11 11 11

    1 1 12

    m k m lq m hm

    m m m k m m m m kl m m m lm m m

    += + +

    + + +

  • ( ) ( )( )

    ( )( )

    ( ) ( )( ) ( )

    212 13

    1111

    2 211 22 12 11 23 12 13 11 23 12 132 2

    22 211 11 22 12 11 22 12

    2 211 22 12 11 23 12 13 2 2 2

    11 33 132211 1111 22 12

    2

    1

    m k m lq m hm

    m m m m m m m m m m mk kl l

    m m m m m m m

    m m m m m m ml m m m l

    m mm m m

    += + +

    + + + +

    +

    ( ) ( )( )

    ( ) ( )( ) ( )

    22211 22 12 11 23 12 1312 13

    11 211 11 11 22 12

    22 2 211 22 12 11 33 13 11 23 12 132

    11 11 22 12

    1

    m m m m m m m lm k m lq m h km m m m m

    m m m m m m m m m m lm m m m

    + = + + + +

    +

    ( ) ( )( )

    ( )

    22211 22 12 11 23 12 1312 13

    11 211 11 11 22 12

    2 2 2 2 211 22 33 11 22 13 11 12 33 12 13 2

    2 2 2 2 211 11 22 12 11 23 11 12 13 23 12 13

    12

    m m m m m m m lm k m lq m h km m m m m

    m m m m m m m m m m ml

    m m m m m m m m m m m m

    + = + + + +

    +

    +

    +

    ( ) ( )( )

    ( )( )

    22211 22 12 11 23 12 1312 13

    11 211 11 11 22 12

    2 2 211 22 33 12 13 23 11 23 22 13 12 33 2

    211 22 12

    2

    m m m m m m m lm k m lq m h km m m m m

    m m m m m m m m m m m ml

    m m m

    + = + + + +

    + +

  • ( ) ( )( )( )( )

    32*2 *2 21

    1 2

    detdetdet

    det detMM

    q M h k lM M

    = + +

    Ento se 0q > exigimos que 1det 0M > , 21

    det 0det

    MM

    > e 3

    2

    det 0det

    MM

    > o que implica em

    1det 0M > , 2det 0M > e 3det 0M > . Mas se 0q < preciso que 1det 0M < ,

    2

    1

    det 0det

    MM

    < e 3

    2

    det 0det

    MM

    < o que implica em 1det 0M < , 2det 0M > e 3det 0M < .

    No entanto a melhor forma de provar o caso geral usar a tcnica de diagonalizao de matrizes.

    J sabemos que se a matriz M definida positiva ou negativa ento as sub-matrizes kM possuem a mesma definio. Sabemos que uma transformao de similaridade do tipo

    1M S M S = preserva o determinante e queremos descobrir o sinal de k k kq h M h=r r

    . Seja kS a matriz que diagonaliza kM , simtrica, ou seja k k k kS M S D = , ento podemos fazer

    k k k k k k kq h S S M S S h =r r

    , ou seja, k k k k kq h S D S h =r r

    . Agora definimos *k k kh S h=r r

    logo

    *k k kh h S=r r

    logo * *k k kq h D h=r r

    .

    Mas

    1

    2

    0 00 0

    0 0

    k

    k

    D

    =

    L

    L

    M M O M

    L

    ento *2

    1

    ki i

    iq h

    =

    = . Logo se 0q > ento 0i i > , mas

    se se 0q < ento 0i i < . Se 0i i > ento det 0kD > , mas se 0i i < ento [ ] ( )det 1 kksign D = . Como a transformao de similaridade preserva os determinantes

    ento, a condio 0q > implica em [ ]det 1ksign M k= + e a condio 0q < implica em [ ] ( )2det 1ksign M k= .

  • Apndice: Definio de matrizes simtricas com restrio.

    Suponha agora que os vetores possveis devem obedecer a uma restrio do tipo:

    1 2 0f h f k+ = . Nesse caso as duas variveis h e k no so mais independentes, mas devem obedecer a relao 2

    1

    fh kf= .

    Assim 2

    2 2 2 2 22 211 12 22 11 12 222

    112 2f fq A h A hk A k A k A k A kff= + + = +

    22 2

    2 11 1 2 12 1 22 21

    2 kq f A f f A f A f = +

    E o sinal de q ser definido pelo sinal de ( ) ( )2 22 11 1 2 12 1 222sign q sign f A f f A f A= + . Agora percebemos que

    1 22 2

    1 11 12 2 11 1 2 12 1 22

    2 12 22

    0det 2

    f ff A A f A f f A f Af A A

    = +

    logo em

    lugar de encontrar os sinais de dois subdeterminantes encontramos o sinal de apenas um mas com uma orla.

    Generalizando:

    Sem restrio com uma matriz Hessiana n n da forma

    11 12 1

    12 22 2

    1 2

    n

    n

    n n nn

    H H HH H H

    H

    H H H

    =

    L

    L

    M M O M

    L

    ento

    a matriz definida positiva se ( )1 11det detH H= , 11 12212 22

    det detH H

    HH H

    =

    ,

  • 11 12 1

    12 22 2

    1 2

    det det

    k

    kk

    k k kk

    H H HH H H

    H

    H H H

    =

    L

    L

    M M O M

    L

    at

    11 12 1

    12 22 2

    1 2

    det det

    n

    nn

    n n nn

    H H HH H H

    H

    H H H

    =

    L

    L

    M M O M

    L

    forem

    todos positivos. A matriz ser definida negativa se 2 1det 0kH + < e 2det 0kH > .

    Com restrio:

    1

    1 11 1

    1

    0 nn

    n n nn

    f ff H H

    H

    f H H

    =

    L

    L%

    M M O M

    L

    ser definido positivo se os determinantes

    3det 0H

  • Apndice. Definio de Matrizes e concavidade das curvas:

    A definio da matriz Hessiana tambm define a concavidade da funo. Se ( )f xr estritamente cncava ou convexa ento:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )1 1

    1 1

    f x x f x f x concavaf x x f x f x convexa

    + > +

    + < +

    r r r r

    r r r r para x e xr r

    .

    Ento tambm vale para x x h = +rr r

    com 0h r r

    mas com 0h r

    . Nesse caso

    ( ) ( )1 1x x x x h x h + = + + = +r rr r r r r ento: ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )1

    1

    f x h f x f x h concavaf x h f x f x h convexa

    + > + +

    + < + +

    r rr r r

    r rr r r

    Agora, por srie de Taylor at segunda ordem sabemos que:

    ( ) ( ) ( ) ( )1 1 1

    12!

    n n n

    i i i ij ji i j

    f x h f x h f x h f x h= = =

    + = + + rr r r r

    Que pode ser escrita como:

    ( ) ( ) ( ) 12f x h f x h f x h Hh + = + +r r r rr r r

    Fazendo h hr r

    temos que:

    ( ) ( ) ( ) 22f x h f x h f x h Hh + = + +r r r rr r r

    Logo:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    2

    2

    112 2

    112 2

    f x h f x h Hh f x f x h f x h Hh concava

    f x h f x h Hh f x f x h f x h Hh convexa

    + + > + + +

    + + < + + +

    r r r r r rr r r r r

    r r r r r rr r r r r

  • ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( )

    2

    22 2

    2 2

    f x h f x h Hh f x h f x h Hh concava

    f x h f x h Hh f x h f x h Hh convexa

    + + > + +

    + + < + +

    r r r r r rr r r r

    r r r r r rr r r r

    2

    22 2

    2 2

    h Hh h Hh concava

    h Hh h Hh convexa

    >

    e a concavidade definida por: 00

    h Hh concavah Hh convexa

    r r

    r r

    ou seja, se o Hessiano for definido negativo a funo cncava e se for definido positivo a funo convexa. intuitivo que funes cncavas possuam mximos enquanto funes convexas possuam mnimo.

  • Apndice. Exemplos de Otimizao com Restrio:

    1. Maximizar 1 2y x x= s.r. 1 24 16x x+ = .

    ( ) [ ]1 2 1 2, 4 16x x x x x = + rL

    ( )21

    0 1xx

    = =

    L

    ( )12

    4 0 2xx

    = =

    L

    ( ) ( )1 24 16 0 3x x

    = + =

    L

    Das equaes (1) e (2) temos que 12 4x

    x = = logo 1 24x x= . Jogando essa relao na restrio [equao (3)] temos ( )2 2 2 14 4 16 0 2 8 2x x x x + = = = = A matriz Hessiana orlada

    2 2 2

    21 1

    2 2 2

    1 221 1 212 2 2

    21 1 2 2

    0 1 41 0 14 1 0

    x x

    H x e xx x xx

    x x x x

    = =

    %

    L L L

    L L L

    L L L

    .

    Entre os sub-determinantes 0 1 2,D D e D s o 2D interessa pois uma restrio comea no 1+1+1=3, e troca-se o sinal em relao ao determinante sem restrio. determinante

    2

    0 1 4det 1 0 1 4 4 8 0

    4 1 0D

    = = + = >

    .

  • Como 2 0D > com uma restrio o 2D sem restrio seria negativo, matriz definida negativa. Assim ponto de mximo.

    Esse problema tambm fcil de resolver por substituio. Da restrio temos que ( )1 24 4x x= . Substituindo na funo objetivo ( )2 24 4y x x= , logo

    ( )2 2 22

    4 4 4 16 8 0dy x x xdx

    = = = e 2 2x = e ( )1 4 4 2 8x = = . A segunda derivada 2

    22

    8 0d ydx

    = < , logo o ponto de mximo.

    2. Maximizar ( ), ,f x y z xz yz= + s.r. 2 2 1y z+ = e 3xz = .

    ( ) ( ) ( )2 21 2, 1 3x xz yz y z xz = + + rL ( ) ( )2 21 0 1z z z

    x = = =

    L

    ( )12 0 2z yy

    = =

    L

    ( )1 22 0 3y x z xz

    = + =

    L

    ( ) ( )2 21

    1 0 4y z

    = + =

    L

    ( ) ( )2

    3 0 5xz

    = =

    L

    Da equaes (1) ou 2 1 = ou 0z = . Mas 0z = entra em contradio com 3 0 3xz = = . Logo, obrigatoriamente, 2 1 = .

    12 0z y =

    12 0y z =

  • Extraindo z e substituindo ( )2 21 14 1 4 0y y y = = com duas opes 0y = ou ( )211 4 0 = . Novamente se 0y = ento 0z = em contradio com 3xz = . Logo 21 14 = e

    112

    + = e 112

    = .

    Para 11 2 02 2

    y z y z+ = = =

    Para 11 2 02 2

    y z y z = + = =

    Em qualquer um dos dois casos y z= a restrio 2 2 21 2 1y z z+ = = , logo 12

    z = , 12

    y = e 3 3 2xz

    = = . Assim temos 4 pontos extremos:

    ( )

    ( )

    ( )

    ( )

    1 2

    1 2

    1 2

    1 2

    1 1 1, , , , 3 2, , , ,1

    22 21 1 1

    , , , , 3 2, , , ,122 2

    1 1 1, , , , 3 2, , , ,1

    22 21 1 1

    , , , , 3 2, , , ,122 2

    x y z

    x y z

    x y z

    x y z

    =

    =

    =

    =

    Agora vamos ao Hessiano Orlado:

  • 2 2 2 2 2

    21 2 1 1 11

    2 2 2 2 2

    21 2 2 2 222 2 2 2 2

    21 2

    2 2 2 2 2

    21 2

    2 2 2 2 2

    21 2

    x y z

    x y z

    Hx x x y x zx

    y y x y y zy

    z z x z y z z

    =

    %

    L L L L L

    L L L L L

    L L L L L

    L L L L L

    L L L L L

    ( )

    ( )2

    1

    2 1

    0 0 0 2 20 0 00 0 0 12 0 0 2 12 1 1 2

    y zz x

    z

    yz x

    =

    .

    Como 2 1 = ento

    1

    1

    0 0 0 2 20 0 00 0 0 02 0 0 2 12 0 1 2

    y zz x

    H zyz x

    =

    %

    So 3 variveis e 2 restries ento s o sub-determinante total 4D interessa. Podemos usar a coluna ou a linha 3 cheia de zeros para diminuir a ordem do determinante:

    11

    11

    0 0 0 2 20 0 2 2

    0 0 00 0 0

    det det0 0 0 02 0 2 1

    2 0 0 2 12 1 2

    2 0 1 2

    y zy z

    z xz

    zzy

    yz x

    z x

    =

    Agora usamos a linha 2 para diminuir mais uma ordem:

  • ( )4 11

    0 2 2det 2 2 1

    2 1 2

    y zD z z y

    z

    =

    ( ) ( )2 2 2 2 2 24 1 1 14 4 8 8 8D z zy zy z y z zy z y = + + + = + + como 2 2 1y z+ = ento:

    [ ]24 18D z zy = + Para 21 1

    1 1 1 1 12 2 2 2

    z y zy z zy = = = = + = + = portanto 24 8 0D z= <

    logo se trata de ponto de mximo.

    Para 1 11 1 1 1 12 2 2 2

    zy zy = = + = = portanto 24 8 0D z= > logo se trata

    de ponto de mnimo

    Assim os pontos ( ) 1 1, , 3 2, ,2 2

    x y z =

    e ( ) 1 1, , 3 2, ,2 2

    x y z =

    so pontos de

    mximo enquanto os pontos ( ) 1 1, , 3 2, ,2 2

    x y z =

    e ( ) 1 1, , 3 2, ,2 2

    x y z =

    so

    pontos de mnimo. Voltando funo objetivo vemos que 1 1 1 1 1 1 73 2, , 3 2 3

    2 22 2 2 2 2f = + = + =

    logo 72

    o valor mximo. J

    1 1 1 1 1 1 53 2, , 3 2 32 22 2 2 2 2

    f = = =

    m logo 52

    o valor mnimo.

  • Apndice. Regra de Leibnitz:

    Seja ( ) ( )( )

    ( ),

    h x

    g x

    F x f x t dt= . Queremos calcular ( )d F xdx .

    ( ) ( )( )

    ( )( )

    ( )

    ( ), ,

    h x x h x

    g x x g x

    F x f x x t dt f x t dt+

    +

    = +

    ( ) ( )( )

    ( )( )

    ( )

    ( )( )

    ( )

    ( )( )

    ( )

    ( ), , , ,

    g x h x h x x h x

    g x x g x h x g x

    F x f x x t dt f x x t dt f x x t dt f x t dt+

    +

    = + + + + +

    ( ) ( ) ( )( )

    ( )( )

    ( )

    ( )( )

    ( )

    ( ), , , ,

    h x h x x g x x

    g x h x g x

    F x f x x t f x t dt f x x t dt f x x t dt+ +

    = + + + +

    ( ) ( ) ( )( )

    ( )( )

    ( )

    ( )( )

    ( )

    ( ), , 1 1

    , ,

    h x h x x g x x

    g x h x g x

    F x f x x t f x tdt f x x t dt f x x t dt

    x x x x

    + + + = + + +

    Agora, seja ( ),P x t tal que ( ) ( ), ,P x t f x tx

    =

    , ou seja, ( ) ( ), ,P x t f x t dt= , ento:

    ( )( )

    ( ) ( )( ) ( )( )

    ( )( ) ( )( )( ) ( )

    ( ) ( )

    ( )( ) ( )( )

    , ,1,

    , ,

    , ,

    x x

    x

    P x x x x P x x xf x x t dtx x

    P x x x x P x x x x x xx x x x

    P d dx x f x x

    dx dx

    + + + + + = =

    + + + + = =

    +

    = =

    Ento:

    ( )( )

    ( )( )( )1 , ,

    h x x

    h x

    dhf x x t dt f x x h xx dx

    +

    + = +

  • ( )( )

    ( )( )( )1 , ,

    g x x

    g x

    dgf x x t dt f x x g xx dx

    +

    + = +

    Logo:

    ( ) ( )( )

    ( )( )( ) ( )( ), , ,

    h x

    g x

    dF x f x t dh dgdt f x h x f x g xdx x dx dx

    = +

    Ou seja, a regra de Leibnitz de derivar integrais :

    ( )( )

    ( ) ( )( )

    ( )( )( ) ( )( ),, , ,

    h x h x

    g x g x

    f x td dh dgf x t dt dt f x h x f x g xdx x dx dx

    = +

    Casos particulares?

    1. Os limites no dependem de x . Nesse caso:

    ( ) ( ),,b b

    a a

    f x td f x t dt dtdx x

    =

    2. O integrando no depende de x . Nesse caso:

    ( )( )

    ( )( )( ) ( )( )

    h x

    g x

    d dh dgf t dt f h x f g xdx dx dx

    =

  • Apndice. Condies de Segunda Ordem do Clculo Variacional:

    J sabemos que ( )21

    t

    y yt

    dJ f f dtd

    = + & & onde yffy

    =

    e y

    ffy

    =

    & &. Aplicando a segunda derivada

    temos:

    ( )21

    22 2

    2

    t

    yy yy yy yyt

    d J f f f f dtd

    = + + + & & & && & &

    Que pode ser escrito na forma matricial:

    ( )2

    1

    2

    2

    tyy yy

    yy yyt

    f fd J dtf fd

    =

    & & &

    &

    &&

    Assim:

    2

    2 0d Jd > se a matriz

    yy yy

    yy yy

    f ff f

    & & &

    &

    for definida positiva e o extremo de mnimo.

    2

    2 0d Jd < se a matriz

    yy yy

    yy yy

    f ff f

    & & &

    &

    for definida negativa e o extremo de mximo.

    Logo, usando as regras dos determinantes das matrizes definidas positivas e negativas, temos que o extremo ser de mximo ou mnimo se ( )2 0yy yy yyf f f >& & & . Se essa condio no for satisfeita o ponto de sela. Ser mnimo se 0yyf >& & e mximo se 0yyf

  • Apndice. Condies de Transversalidade:

    Suponha agora o problema de encontrar o extremo de ( )0

    , ,

    T

    J f t y y dt= & sem a exigncia de que

    T e ou ( )y T sejam fixos. Para simplificar vamos manter o ponto inicial fixo em ( ) ( )1 1, 0, ot y y= . A nova parametrizao,considerando ( )*y t a trajetria tima, *T o tempo final timo e ( )* * *fy y T= o y final timo, ser:

    ( ) ( ) ( )*y t y t t= + ( )*T T t T= +

    *

    f fy y y= + Agora o funcional dado por:

    ( ) ( )*

    * *

    0

    , ,

    T T

    J f t y y dt

    +

    = + + &&

    E devemos derivar tambm o limite de integrao usando a regra de Leibnitz, da forma:

    ( ) ( )*

    *

    0

    T Td f fJ dt f T T Td y y

    +

    = + + + &

    &

    Logo

    ( ) ( )*

    *

    00

    Td f fJ dt f T Td y y

    =

    = + +

    &&

    A integral por partes agora tambm deve ser feita com cuidado porque o termo uv no mais nulo:

    ( ) ( )*

    * * *

    * *

    0 0 00

    TT T Tf f d f f d fdt dt T T dty y dt y y dt y

    = =

    && & & & &

    Substituindo no resultado anterior temos:

  • ( ) ( ) ( ) ( )*

    * * *

    00

    Td f d f fJ dt T T f T Td y dt y y

    =

    = + +

    && &

    Agora ( ) ( )* * * *f fy y y y T T y T = = + ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    ( )

    * * * *

    * * * * * * * *

    * *

    y T T y T T T T

    y T T y T y T T y T T T

    y y T T T

    + = + + +

    + = + + +

    = + + &

    Logo

    ( )* *T T y y T + = & e no limite 0 ( )* *T y y T = & . Substituindo na equao acima temos:

    ( ) ( )* *

    *

    00

    Td f d f f fJ dt T y f y Td y dt y y y

    =

    = + +

    & && & &

    O extremo ser dado pela condio:

    ( )* *

    *

    0

    0T f d f f fdt T y f y T

    y dt y y y + + =

    & && & &

    Novamente a funo ( )t arbitrria significando que a integral e os outros dois termos devem ser nulos independentemente. Para a integral ser nula continua valendo a equao de Euler-Lagrange:

    0f d fy dt y

    =

    &

    Mas a ela devemos acrescentar as condies de transversalidade:

    ( )*

    * 0f fT y f y Ty y

    + = &

    & &

  • Exemplos de fixao:

    Considere o problema de encontrar a distncia origem em um plano ,x y . A trajetria agora ( )y x e manteremos a notao fazendo x t= . Nesse caso 2 2 21d dt dy y dt= + = + &l e

    2

    0

    1T

    y dt= + &l . A funo objetivo ( ) 2, , 1f t y y y= +& & . Nesse caso 0yf = e

    2 2

    1 22 1 1

    yy yfy y

    = =

    + +&

    & &

    & &. Note que ( ) ( ) ( )

    22 2 2

    2 3 32 22 22

    11 1 1

    1 11yy

    yy yy y yf

    y yy

    + + +

    = = =

    + ++& &

    && &

    & & &

    & &&

    o que

    significa que 0yyf >&& sempre, e o problema de mnimo.

    Equao de Euler-Lagrange 0y ydf fdt

    =& nos leva a 0yd fdt

    =& ou seja yf c=& , logo

    21y

    cy

    =

    +

    &

    &. Assim ( ) 22 2 2 2 2 21 1 1

    c cy c y y y ac c

    = + = = =

    & & & & . Se y a=& ento

    y at b= + . Como ( )0 0y = , ento 0b = e a reta y at= que passa na origem uma soluo. Retas gerando distncias mnimas so esperadas. Falta determinar o coeficiente angular da reta.

    Caso 1. 2T t fixo= = e ( ) 2y T y= , ento 2 2y at= , logo 22

    ya

    t= e a reta ( ) 2

    2

    yy t tt

    = a

    trajetria de menor distncia entre a origem e o ponto ( )2 2,t y .

    Caso 2. 2T t fixo= = mas ( )y T livre= , ento vamos impor que ( ) 0yf T =& . Mas 21yyfy

    =

    +&

    &

    &

    , y a=& logo 21

    yaf ta

    = +

    & logo 0a = e a reta horizontal ( ) 0y t = a trajetria de menor distncia entre a origem e o ponto ( )2 ,0t . Caso 3. T livre= mas ( ) fy T y= , ento vamos impor que ( ) ( ) 0yf T yf T =&& . Mas 2 21 1f y a= + = +& , y a=& e

    21y

    af ta

    = +

    & logo

    ( ) ( ) 22 2

    111 1

    yaf T yf T a aa a

    = + =+ +

    && 0a = . Entretanto, para que

    2

    1 01 a

    =

    + preciso

  • que a e a reta horizontal ( ) 0y t = e 0yyTa

    = . A trajetria a reta vertical entre a

    origem e o ponto ( )0, fy . Caso 4. O ponto final deve cair na reta ( )T T = + . Nesse caso impomos a condio

    ( ) ( ) 0yf T yf T =&& , com =& temos que a condio dada por ( ) yf y f= &&& ,. Mas ( )2

    21

    1a

    a aa

    + = +

    , logo 2 21 1a a a a + = = e 1a = . Nesse caso 1y t= a reta perpendicular ( )T T = + que passa pela origem. O ponto de encontro

    das retas dado por 1 T T = + ou seja 2 1T

    += , ou seja, 21T

    = + .

    Exerccio: Considere o problema da trajetria de menor distncia da origem at o crculo ( ) ( )2 2 2o oy y T T R + = . Mostre que a trajetria a reta que passa pela origem e pelo centro do crculo ( ),o oT y . Determine T e ( )y T .

  • Apndice. Exemplos de fixao da Teoria do Controle timo: Exemplos de fixao:

    1. Maximizar ( )12 20

    1T

    V u dt= + s.r. y u=& e ( )0y A= .

    Nesse caso ( )12 21H u u= + + , ( ) ( )12 21 1 2 02

    Hu u

    u = + + =

    logo

    21u

    u=

    +,

    ento:2 2

    2 2 2 2 2 22 2 21 1 1

    uu u u u

    u

    = = + = =

    +

    0Hy

    = =

    & logo o = constante. Como ( ) 0T = ento 0 = , logo 0u = . Neste caso

    0y =& e y A= .

    2. Vamos apresentar um problema em que a varivel de controle pode ser descontnua.

    Maximizar ( )2

    0

    2 3V y u dt= s.r. y y u= +& ; ( )0 4y = ; ( )2y livre= e ( ) [ ]0, 2u t .

    Nesse caso ( )2 3H y u y u= + + .

    Maximizar H em relao u : 0 3

    30 3

    seHseu

    > >

    = = < o u que maximiza H ser 2u = , o maior valor permitido para o u . J se 3 < o u que maximiza H ser 0u = , o menor

    valor permitido. Dessa forma podemos escrever:

    ( )* 2 30 3

    seu t

    se

    >=

  • Notando que o fato de que H uma funo linear de u implica que Hu

    =

    sempre, para

    qualquer u , e a condio 0Hu

    =

    sempre, no pode valer nesse caso para determinar u . O

    critrio claro que escolhendo u que maximiza H o tempo todo teremos Hdt mximo.

    Encontrando :

    2Hy

    = =

    & logo 2 + = & uma equao diferencial de primeira ordem. Usando a

    soluo 1t

    oe = + , temos que 1 2t to oe e + + = , ou seja, 1 2 = e ( )1 0toe + = , ou

    seja, 1 = . Dessa forma 2toe = .

    Por outro lado as condies de transversalidade impem que ( )2 0 = logo 2 2 0oe = e 22o e = , portanto, ( )22 1te = . Para 0t = ( ) ( )20 2 1 12.778 3e = > e, claro, ( )2 0 = . O

    tempo limite em que ( )* 3t = definido por ( )*22 1 3te = , ou seja, *2 52te = . Aplicando o logaritmo de ambos os lados, *2 ln 5 ln 2t = , ou seja, * 2 ln 5 ln 2 1.084t = + . Com isso temos:

    ( )* 2 0 1.0840 1.084 2

    tu t

    t

  • Usando a condio inicial ( )0 4Iy = tiramos que 1 2 4a = logo 1 6a = . A outra condio que ( )y t contnua, ento ( ) ( )* *I IIy t y t= , logo * *26 2t te a e = de onde extramos que

    ( )*2 2 3 ta e= . Finalmente temos:

    ( ) ( )( )**

    *

    *

    2 3 1 0

    2 3 2

    t

    t t

    e t ty t

    e e t t