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01/10/2013 Governo de São Paulo conhece processo de geração de energia na ETE Ribeirão Preto por Daniela Antunes O sistema opera desde 2011 e garante 60% da energia elétrica consumida pela estação construída e operada pela Ambient S/A, concessionária do tratamento de esgoto em Ribeirão Preto Milton Flávio Lautenschlager, subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo, conheceu o sistema de geração de energia a partir do biogás da Estação de Tratamento de Esgoto Ribeirão Preto. A visita aconteceu no dia 26 de setembro. Além desta estação, a Ambient S/A também opera a ETE Caiçara em Ribeirão Preto. A ETE Ribeirão Preto trata atualmente 110 mil m3 de esgoto por dia com 96% de eficiência na remoção da carga orgânica. As 50 toneladas de resíduos resultantes do processo de tratamento geram mais de 8 mil m3 de gás por dia. O sistema de geração entrou em operação em 2011 com um investimento de R$ 5 milhões. São gerados 16.725 kWh por dia através de dois moto-geradores, que têm capacidade 752 kw cada. A estação é a única no país a produzir energia nesta escala a partir do gás resultante do processo de tratamento do esgoto. Na visita, o subsecretário disse que o governo paulista estuda um modelo de incentivos fiscais para a produção de energia a partir de fontes alternativas. Milton explicou que o incentivo do governo nesse tipo de geração de energia objetiva a injeção de 15% da produção na rede elétrica em um prazo de 10 anos. Fonte: Segs > Notícias > Demais(http://www.segs.com.br/demais-noticias/133447--governo-de-sao-paulo-conhece-processo-de-geracao-de-energia-na-ete-ribeirao-preto.html)

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01/10/2013 Energia feita em casa Torneiro mecânico desenvolve biodigestor no quintal de casa e garante ter desenvolvido sistema ideal de produção de gás metano através de biomassa por Nelson Junior Diário do Sudoeste

Foto: Maya Dias/Diário do Sudoeste

Fonte: http://cdn.diarioagora.com.br/1013/foto_9581_300,225,index.jpg O torneiro mecânico Mário Dambrós conseguiu aprimorar ao máximo a técnica de economizar energia. Mais do que desligar algumas lâmpadas e comprar eletrodomésticos de baixo consumo, Dambrós desenvolveu a sua própria fonte de energia renovável. Mesmo sem nenhuma formação acadêmica ele criou sozinho um biodigestor no quintal de casa, com o qual produziu gás metano suficiente para alimentar o fogão e o chuveiro a gás de duas casas por vários anos. Até aí, nada de novo. Usar gases produzidos pela decomposição de biomassa, como esterco animal e restos de alimentos, já é uma técnica bastante conhecida. Dambrós afirma, no entanto, ter desenvolvido um sistema ideal de vedação, que garante a máxima geração do gás utilizando uma antecâmara de água e óleo queimado. “Desta forma a biomassa não tem contato nenhum com o oxigênio, gerando 100% de metano”, explica. Além disso, ele diz ter encontrado a medida mais equilibrada de biomassa verde, mais fresca, e biomassa envelhecida para a melhor produção do gás. A estrutura é um grande cilindro enterrado alguns metros no solo com um reservatório para a água e óleo e um bocal na parte superior para a saída do gás. A matéria prima é esterco animal, principalmente de aves, bovinos e suínos. Segundo o inventor, com o sistema seria possível produzir mais do que 0,7 metros cúbicos de gás por metro cúbico de biomassa, que é a capacidade média de geração de biodigestores tradicionais. Criação As pesquisas de Mário Dambrós começaram por volta da década de 70, quando ele conheceu um sistema de biodigestores na cidade catarinense de Luzerna. Movido pela curiosidade, o inventor testou várias técnicas de produção de gás, aprimorando seus aparelhos com o conhecimento que adquiria por conta própria e através de sucessivos experimentos de tentativa e erro, até chegar à versão final de seu biodigestor, que hoje está registrado e patenteado. Convicto da eficácia do projeto, Dambrós quer ir mais além. Seu sonho é desenvolver uma usina onde dezenas de biodigestores gerariam energia a partir do lixo orgânico doméstico. O inventor já rascunhou um esquema da usina, com estruturas de processamento e transporte do combustível para os biodigestores, que no final do processo ainda poderiam ser usados como adubo para reflorestamento, segundo suas avaliações.

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A cadeia produtiva de gás metano pensada pelo inventor envolveria ainda uma cooperativa responsável pela coleta e separação de lixo orgânico. Estudo Apesar de garantir as funcionalidades de seu invento, Dambrós não tem mais o resultado de um estudo técnico feito para analisar o desempenho do biodigestor. A última cópia do estudo teria sido surrupiada por um grupo de agrônomos gaúchos que deveria apenas copiá-la. “Eu já havia distribuído várias cópias, aquela era a última, e não me desenvolveram. Não me importo com o nome, quero ver a ideia funcionando um dia”, conta. O projeto de Dambrós será analisado agora por uma junta formada, de início, por profissionais dos cursos de mestrado em Engenharia Elétrica e Química da UTFPR. A aproximação foi intermediada pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação. De acordo com o professor Jean Marc Lafay, a equipe está elaborando o projeto de criação de um centro de estudos de energias renováveis, um espaço onde a técnica de Dambrós e outras técnicas de energias renováveis serão estudadas. O projeto deve ser concluído até o fim de outubro. Por enquanto nenhum estudo foi feito. Lafay explica que, com o espaço, será possível verificar o funcionamento do aparelho e as características dos gases. “O projeto é fantástico, mas há toda uma gama de fatores que precisam ser testados e comprovados cientificamente, como os tipos de materiais mais adequados e a produção em temperaturas diferentes”, argumenta. Fonte: DiárioAgora – Diário do Sudeste > Notícias(http://diariodosudoeste.com.br/noticias/pato-branco/10,38704,01,10,energia-feita-em-casa.shtml)

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01/10/2013 ‘Gelo inflamável’ pode garantir futuro energético d o Japão Estudo investe em hidratos de metano, formações gel adas de moléculas de água com gás no interior por Henry Fountain, The New York Times

Ideia seria uma fonte abundante de combustível, especialmente em países com poucas reservas de energia, como o Japão

Fonte: http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.724243.1380981952!image/image.jpg_gen/derivatives/main-single-

horizontal-img-article-fit_620/image.jpg Nova York, EUA – A estrada para o futuro energético do Japão pode passar por Sapporo, no norte do país, onde pesquisadores estudam sedimentos que contêm hidratos de metano, formações geladas de moléculas de água com o gás preso em seu interior. Os sedimentos são encontrados em grande quantidade em todo o mundo, tanto sob o mar como no permafrost (solo permanentemente congelado). Se puderem ser usados com segurança, serão uma fonte abundante de combustível, especialmente em países com poucas reservas de energia, como o Japão. Em março, Tóquio disse que produziu metano a partir de hidratos de sedimentos sob o oceano Pacífico. A iniciativa, conduzida a partir de um navio-plataforma na fossa de Nankai, foi o primeiro teste mundial de produção de hidrato em águas profundas. Mas os cientistas dizem que ainda há muito a conhecer sobre as substâncias, chamadas às vezes de “gelo inflamável”. “Precisamos saber mais sobre as propriedades físicas do hidratos e dos sedimentos”, disse Hideo Narita, chefe do laboratório que faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industriais Avançadas. Estudos Novas pesquisas vão ajudar os cientistas a entender o impacto ambiental da produção de hidrato, incluindo a possível liberação de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Também existe o potencial de que formações geológicas submarinas se tornem instáveis quando os hidratos forem removidos.

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Timothy S. Collett, do Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA, disse que, apesar de toda a conversa sobre seu potencial energético, “os hidratos ainda são um problema científico”. A pesquisa apresenta desafios porque os hidratos se formam sob alta pressão, causada pelo peso da água do mar ou da rocha acima deles, e essa pressão deve ser mantida quando os núcleos de sedimentos são analisados. Caso contrário, os hidratos em seu interior se dissociam em água e gás, disse Carlos Santamarina, da Georgia Tech em Atlanta. Os hidratos de metano intrigam os engenheiros do petróleo há décadas, pois podem se formar em oleodutos submarinos e obstruir o fluxo. Eles tiveram um papel pequeno mas indesejável durante os esforços para conter o vazamento de petróleo no golfo do México em 2010, bloqueando uma caixa de aço que conduzia o óleo para a superfície. Encontrar hidratos durante a perfuração também pode complicar a exploração das reservas convencionais de petróleo e gás, mas há anos os cientistas consideram que os hidratos podem ser uma fonte de energia. Fonte: O Tempo > Notícias > Saúde e Ciência(http://www.otempo.com.br/interessa/sa%C3%BAde-e-ci%C3%AAncia/gelo-inflam%C3%A1vel-pode-garantir-futuro-energ%C3%A9tico-do-jap%C3%A3o-1.724170)

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02/10/2013 Califórnia e Quebec serão um único mercado de carbono em 2014 por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/emissoes.jpg

Depois de meses de conversas, foi assinado nesta terça-feira (1) o acordo de compromisso que promoverá a completa integração entre os mercados de carbono do estado norte-americano da Califórnia e da província canadense de Quebec a partir de janeiro de 2014. “A colaboração entre Quebec e Califórnia no desenvolvimento de um mercado de carbono em escala continental é um excelente exemplo de como a cooperação regional é benéfica para todos os parceiros, tanto de uma perspectiva econômica quanto ambiental. Como líderes lutando contra a mudança climática, Quebec e Califórnia se posicionam de forma vantajosa para os negócios envolvidos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias limpas em escala global. Procuramos nada menos do que ser um referência internacional nesta questão”, afirmou ean-François Lisée, ministro de Relações Internacionais e Comércio Exterior de Quebec. “Por mais de cinco anos, Califórnia e Quebec, conjuntamente com outros estados norte-americanos e províncias canadenses, têm trabalhado para lidar com os riscos das mudanças climáticas provocadas pelo homem. Nós criamos e agora estamos implementando programas avançados e abrangentes para reduzir as emissões de gases que ameaçam nosso meio ambiente”, declarou Mary Nichols, presidente da Air Resources Board (ARB), que administra o mercado de carbono californiano. De acordo com o governo de Quebec, a integração dos dois mecanismos deve gerar uma renda de US$ 2,5 bilhões até 2020 para a província. O objetivo é que esses recursos sejam investidos em energias renováveis, medidas de eficiência energética, melhorias nos processos industriais e em ações de adaptação e mitigação aos impactos do aquecimento global. A meta da província é cortar em 25% as emissões de GEEs até 2020 com base no nível de 1990. Atualmente, o mercado californiano cobre 600 instalações industriais e usinas de energia, somando 85% das emissões do estado. Ainda são fornecidas 90% das permissões de emissões (CCAs) de forma gratuita, para que os grandes poluidores tenham tempo de se adaptar às reduções de CO2. A cada ano, o limite será diminuído, para atingir 15% nas reduções de emissões até 2020. As CCAs estão sendo negociadas em torno de US$ 14,50/t nos contratos para dezembro de 2013. A integração dos dois mercados pode ser também uma boa notícia para os projetos de conservação florestal no Brasil, já que a Califórnia vem analisando a possibilidade de aceitar esse tipo de crédito. O estado do Acre está especialmente bem posicionado para ser incluído por já ter conduzido negociações com a ARB. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=735284). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/california-quebec-serao-unico-mercado-carbono-2014/)

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02/10/2013 Entre as 100 maiores cidades do país, apenas três g arantem coleta de esgoto para toda sua população por Marina Pinhoni – Exame.com(http://exame.abril.com.br/)

Foto: Germano Lüders/EXAME.com

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/imagem/entre-100-maiores-cidades-apenas-tres-garantem-coleta-esgoto-populacao.jpg

Entre as 100 maiores cidades brasileiras, apenas três oferecem coleta de esgoto a 100% da população: Belo Horizonte (MG), Franca (SP) e Santos (SP). Outras 24 ainda apresentam taxas acima de 90%. Mas o Brasil ainda está longe de garantir a universalização do serviço para seus habitantes. A média de oferecimento de coleta de esgoto nas maiores cidades - onde vivem 78 milhões de brasileiros - foi de 61,4%, contra apenas 48,1% em todo o país. O saneamento básico é considerado como item primordial para evitar alguns tipos de doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde , cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de R$ 4 na área de saúde. Assusta o fato de que várias capitais brasileiras estão entre as cidades que têm as menores taxas de fornecimento. Em Porto Velho, por exemplo, apenas 2,7% da população tem acesso à coleta. Macapá (6%), Belém (8,1%) e Teresina (16%) também se destacaram negativamente. Os dados fazem parte de ranking de saneamento feito pelo o Instituto Trata Brasil, com base no Snis - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do governo federal. Fonte: Planeta Sustentável > Notícias(http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/100-maiores-cidades-pais-apenas-tres-garantem-coleta-esgoto-toda-sua-populacao-755867.shtml)

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03/10/2013 Pesquisadores alertam que situação dos oceanos é cr ítica por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

Coral começando a sofrer o processo de branqueamento (bleaching) devido a acidificação do oceano.

Foto: Frank Starmer/Universidade de Duke Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/coralbleaching.jpg

Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos afirma que podemos estar presenciando um processo de perda de biodiversidade em grande escala causado pela poluição, acidificação, pesca predatória e aquecimento das águas. Não é novidade que diversas ameaças estão colocando em risco os ecossistemas marinhos, mas o novo alerta do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, em inglês) afirma que, se nada for feito, veremos inevitavelmente o desaparecimento de muito da biodiversidade marinha e sofreremos severos prejuízos econômicos e de segurança alimentar. O IPSO reúne alguns dos mais conhecidos pesquisadores marinhos do mundo e é sediado na Universidade de Oxford; sua análise da situação dos oceanos, conduzida em parceria com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), é feita a cada dois anos e resume o que de mais relevante foi publicado em periódicos científicos. Essa nova coletânea, dividida em cinco artigos divulgados nesta terça-feira (3), destaca que a queda dos níveis de oxigênio, o aumento da temperatura das águas e a acidificação – fenômenos causados pelas mudanças climáticas –, combinados com a poluição química e a pesca descontrolada, estão minando a habilidade do oceano de suportar as chamadas pertubações de carbono, e colocando em risco todo o nosso modo de vida. “A saúde do oceano está em uma espiral de queda a uma velocidade muito maior do que pensávamos. Estamos vendo grandes mudanças acontecendo rapidamente, e os efeitos são muito mais iminentes do que o antecipado. A situação é de grande preocupação para todos, já que cada um de nós será afetado pelas alterações na habilidade do oceano de suportar a vida na Terra”, afirmou Alex Rogers, do Departamento de Biologia de Oxford, e um dos autores do novo relatório (veja vídeo). Os pesquisadores apontam que os oceanos estão mais ácidos agora do que jamais estiveram nos últimos 300 milhões de anos por causa das emissões de dióxido de carbono da queima de combustíveis fósseis. Um dos efeitos mais devastadores da acidificação é a morte de corais, que são essenciais para a vida marinha. O IPSO destaca que a taxa de absorção de carbono dos oceanos está atualmente dez vezes mais rápida do que no último evento de extinção em massa, que aconteceu há 55 milhões de anos. O pH dos oceanos está 0,1 abaixo de qualquer nível registrado antes da Revolução Industrial, e é esperado que caia outros 0,4 até 2100.

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A previsão é de que, com essa queda, associada a uma elevação de 2ºC na temperatura média do planeta, os corais parem de crescer. Esse é um cenário altamente provável se as concentrações de dióxido de carbono equivalente chegarem a 450 partes por milhão. Em maio deste ano foi quebrada a marca das 400ppm pela primeira vez desde que o homem existe. Caso essa concentração ultrapasse as 560ppm, e o aquecimento do planeta for maior do que 3ºC, o IPSO estima que os corais irão literalmente dissolver e desaparecer. “A acidificação atual é sem precedentes na história conhecida da Terra. Estamos entrando em um território desconhecido de mudanças no ecossistema marinho e expondo organismos a uma pressão evolucionária intolerável. A próxima extinção em massa pode já ter começado”, afirma um dos artigos. Com relação à queda do nível de oxigênio, o IPSO aponta que a concentração média pode cair até 7% neste século, devido à poluição por dejetos e também pelo escoamento dos fertilizantes utilizados na agricultura para o mar. Os impactos da falta de oxigênio são variados, mas incluem a compressão de habitats dos grandes predadores e eventos com a morte de cardumes com milhares de peixes que entram em zonas de baixa presença de O2. Fenômenos assim já foram registrados em 2006, 2007 e 2008. O número dessas zonas de baixo oxigênio tem dobrado a cada dez anos, e estão concentradas perto de áreas de ocupação humana, como o Mar Negro, na Eurásia, e a Baia de Chesapeake, na América do Norte. Para a pesca, o IPSO projeta uma situação que ameaça a segurança alimentar da humanidade. Citando números da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), os pesquisadores afirmam que 70% das populações de peixes comerciais estão sendo super exploradas e já registram uma queda de 30% em termos de biomassa total.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/chinese-bahabafish-125.jpg

Além disso, a questão da pesca deve ser ainda pior, uma vez que é estimado que 35% da atividade ainda não é controlada e não aparece na contabilização de danos aos ecossistemas. O estudo detalha o exemplo do Bahaba taipingensis (foto ao lado), uma espécie que foi apenas descrita em 1930 e que em 70 anos já está criticamente ameaçada por causa da sobrepesca na China. Ainda, de acordo com a FAO, 60% dos países estão falhando em colocar em prática leis que garantam a sustentabilidade da pesca, e nenhum pode ser considerado um bom exemplo. Mesmo nações que costumam se destacar em questões ambientais, como Noruega e Japão, não são modelos quando o assunto é pesca. Recomendações O IPSO pede que os governos façam tudo o que puderem para limitar a concentração de GEE na atmosfera a 450ppm. Além disso, a entidade quer a implementação de medidas de gerenciamento dos oceanos. Entre essas ações estariam a retirada de estímulos para atividades que incentivam a pesca predatória ou que agravam o aquecimento global, como os subsídios aos combustíveis fósseis e o financiamento dos equipamentos mais destrutivos da pesca industrial.

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Também seria necessário o estabelecimento de uma estrutura de governança para os oceanos, incluindo um acordo para a conservação e para o uso sustentável da biodiversidade sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). “As pessoas simplesmente não sabem o quão relevante é o papel dos oceanos para o sistema terrestre. O fitoplâncton produz 40% do oxigênio da atmosfera e 90% da vida está nos mares. Além disso, por serem tão vastos, existem áreas do oceanos que ainda nem estudamos”, concluiu Rogers. Veja o sumário executivo da avaliação do IPSO(http://www.stateoftheocean.org/pdfs/IPSO-Summary-Oct13-FINAL.pdf). * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias6/noticia=735301). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/pesquisadores-alertam-situacao-oceanos-critica/)

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03/10/2013 Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para dar fim adequado a resíduos sólidos, diz associação por Bruno Bocchini, Repórter da Agência Brasil São Paulo – O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado hoje (3) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do papel”, destacou o diretor. Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de resíduos seria suficiente para as adequações necessárias. Edição: Juliana Andrade Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil . Fonte: EBC > Notícias > Meio Ambiente(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-03/brasil-precisa-investir-r-67-bilhoes-para-dar-fim-adequado-residuos-solidos-diz-associacao)

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04/10/2013 Vamos ter de esperar por racionamentos? por Washington Novaes* - O Estado de S.Paulo É cada vez mais frequente na sociedade a sensação de que as instituições das áreas de políticas públicas (Executivo e Legislativo - no Judiciário os problemas têm outros formatos) parecem sempre mais distantes da formulação de macropolíticas e projetos capazes de resolver nossos gravíssimos problemas sociais. Suas decisões ou são muito limitadas na abrangência ou atendem a interesses específicos dos formuladores e dos que os apoiam - não da sociedade nem da solução de graves carências que a afligem. Ainda há poucos dias (28/9) este jornal publicou em várias páginas as gravíssimas consequências das alterações no clima do planeta enumeradas no novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da ONU) e endossadas pela quase totalidade dos cientistas. Que consequências ou desdobramentos isso está tendo em nossas políticas internas? Que urgência está sendo dada às recomendações do IPCC, embora seu secretário-geral, Rajendra Pachauri, tenha dito que o mundo está "a cinco minutos da meia-noite"? Não que nos faltem, internamente, informações capazes de fundamentar políticas adequadas. Ainda há poucas semanas, o próprio relatório de 345 cientistas do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas - no qual o governo federal está representado - afirmou que a temperatura no nosso Semiárido (que já passa pela maior seca em 50 anos) poderá aumentar de 3 a 4,5 graus Celsius até o fim do século, com de 40% a 50% menos de chuvas; na Amazônia poderão ser 6 graus mais; na Mata Atlântica do Sudeste poderá haver 30% mais de chuvas, no Cerrado, 40% menos. Vamos mudar algo? Estudo de grupo interdisciplinar de 26 pesquisadores da Unicamp alerta (1.º/10) que, ao contrário, a expansão da cana-de-açúcar no Centro-Oeste, em razão de vantagens econômicas de curto prazo, esconde problemas sociais e ambientais que "tendem a se agravar por causa de mudanças climáticas". A necessidade de irrigação intensa, principalmente, está levando a conflitos pelo uso de recursos hídricos cada vez mais escassos - quando o conveniente seria criar variedades mais resistentes às condições locais. Enquanto isso, as administrações públicas "parecem fascinadas demais pela riqueza fácil" trazida pela cultura. Nessa área dos recursos hídricos, não é preciso trazer de novo os dramas do saneamento, com quase 90 milhões de pessoas no País sem ligação de suas casas a redes de esgotos, quase 15 milhões sem receber água tratada - e com todas as nossas bacias hidrográficas, da Bahia ao Sul, em "situação crítica", segundo a Agência Nacional de Águas, por causa do despejo de esgotos sem tratamento. Mas não é só aqui. Na recente 23.ª Semana Mundial da Água, em Estocolmo, lembrou-se (2/9) que as insuficiências no abastecimento de água provocam 5 mil mortes diárias no mundo, quase 2 milhões por ano. Reunidos no seminário Water in the Anthropocene, em Bonn, 350 cientistas asseguraram (New Scientist, 1.º/6) que "em apenas uma ou duas gerações a maioria da população da Terra sofrerá com a falta de água de boa qualidade". Mais de metade dos rios e córregos dos Estados Unidos, diz a Agência de Proteção Ambiental desse país (16/4), já tem problemas graves de contaminação dos peixes, contaminação por bactérias fecais e nutrientes contidos em fertilizantes, que fazem proliferar algas, poluem com fósforo e nitratos. A cada ano, diz o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) que 100 milhões de toneladas de nitrogênio usadas nas lavouras chegam aos oceanos. O respeitado Thomas Friedman (The New York Times) contou neste jornal (Estado, 10/5) que ao visitar o Iêmen encontrou uma cidade na região de montanhas (Taiz) onde as pessoas só podem usar as torneiras de suas casas por 36 horas a cada 30 dias, no restante do tempo têm de pagar por água transportada em caminhões que a comercializam. A gravidade progressiva dos conflitos por água já está à vista. O volume de água necessário para produzir energia dobrará no mundo em 15 anos, segundo a Agência Internacional de Energia (O Globo, 31/3). Enquanto isso, já chegamos à perda de 50% das áreas úmidas no planeta, com o avanço da exploração agropecuária, industrial e urbana. E ainda precisaríamos aumentar o consumo de água para irrigação, de 70% do total atual para 90%, com o aumento da população. Como? No Fórum Mundial da Água, em junho, em Foz do Iguaçu, o brasileiro Benedito Braga, seu presidente, enfatizou que o Nordeste do Brasil "já precisa armazenar água". E foi ao ponto central abordado no início deste texto: "Soluções técnicas nós temos; mas a questão é política; e necessita de recursos financeiros". Enquanto não chegamos às macropolíticas e à conjugação de projetos, vamos com ações isoladas. São Paulo lança pacote de barragens e diques urbanos, mas continuamos com centenas de milhares de pessoas morando em áreas de preservação obrigatória às margens de reservatórios para abastecimento. Enquanto se vai buscar mais água a dezenas de quilômetros de distância e a custos altíssimos, outras

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tantas pessoas vivem em áreas de risco, sujeitas a deslizamentos, desmoronamentos. Não se consegue evitar que dezenas de afluentes do Tietê, sepultados sob o asfalto, levem para o rio mais lixo e sedimentos; e ele tem mais de cem quilômetros de suas águas sob um mar de espuma, que o transforma no rio mais poluído do País, embora a nascente, em Salesópolis, continue a fornecer água potável (Estado, 22/9). Aonde teremos de chegar? Todos os dias discutimos o crescimento ou recuo do produto interno bruto, o avanço ou decréscimo da dívida pública, o progresso ou retrocesso deste ou daquele setor econômico, mais ou menos empregos - mas sem discutir o que está na base física de tudo: os recursos naturais (que não são infinitos). Será preciso enfrentarmos racionamentos, penúrias? Não teremos competência para formular políticas adequadas? * Washington Novaes é jornalista. e-mail: [email protected] Fonte: O Estado de S. Paulo > Opinião(http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,vamos-ter-de-esperar-por-racionamentos-,1081888,0.htm)

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04/10/2013 Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para dar fim adequado a resíduos sólidos por Bruno Bocchini, da Agência Brasil

PNRS prevê, entre outros pontos, o fim dos lixões até 2014.

Foto: Marcello Casal Jr./ABr Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/lixao.jpg

São Paulo – O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado ontem (3) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do papel”, destacou o diretor. Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de resíduos seria suficiente para as adequações necessárias. * Edição: Juliana Andrade. ** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-03/brasil-precisa-investir-r-67-bilhoes-para-dar-fim-adequado-residuos-solidos-diz-associacao). Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-precisa-investir-r-67-bilhoes-dar-adequado-residuos-solidos/)

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06/10/2013 Brasil deve mudar matriz energética fóssil, alertam especialistas por EFE, Isadora Camargo. São Paulo, 6 out (EFE) – O Brasil precisa substituir as fontes fósseis que predominam em sua matriz energética, afirmaram à Agência EFE especialistas do setor, trazendo à tona um debate polêmico por seu impacto direto nas mudanças ambientais e climáticas. O coordenador do Programa de Mudança Climática e Energia da organização ecológica WWF-Brasil, Carlos Rittl, considerou que frente a um cenário de aquecimento global, "cada vez mais próximo", é um "dever" dos governos investir "muito mais em fontes renováveis" de energia. Rittl lembrou que 70% da matriz energética brasileira têm base fóssil, com um custo aproximado de R$ 700 bilhões até 2020. "É necessário um olhar estratégico para soluções de tecnologia limpa, e nisso o Brasil está ficando para trás", disse. O assunto está na agenda dos governos dos países emergentes e, recentemente, foi discutido nas reuniões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que concluiu seu quinto relatório em setembro passado em Estocolmo. Os 195 países que participaram dos debates insistiram na necessidade de "ações imediatas", praticamente a mesma conclusão de mais de 20 anos atrás, na cúpula mundial Eco 92, realizada no Rio de Janeiro. O relatório de setembro volta a citar como um dos impactos mais graves para a mudança climática a utilização de combustíveis fósseis e propõe como solução o uso de fontes renováveis e naturais, como o Sol, o vento, os mares, as chuvas e os combustíveis vegetais. O Brasil, como representante "verde" da América Latina, mantém um potencial no investimento de energia renovável que não foi explorado "prioritariamente", explicou o especialista. Como exemplo, Rittl citou a Arábia Saudita, que apesar de estar "assentada sobre petróleo" vai investir "como nunca antes" em energia eólica, setor que tem alguns projetos na Região Nordeste, por seu clima seco e a direção dos ventos. Segundo o ecologista, a discussão do setor elétrico deve levar em conta as reivindicações sociais das povoações afetadas pelo impacto dos projetos que "associem políticas de desenvolvimento para o setor industrial e energético". "Precisamos de energia mais limpa, com menor impacto, de forma mais sustentável", resumiu. No entanto, apesar dos avanços do país, quinto maior investidor em energias renováveis do mundo com cerca de US$ 7 bilhões até 2010, segundo a ONU, Rittl pediu mais "atenção" do governo para dar prioridade a esse tipo de projeto, frente às fósseis, nas licitações públicas. O engenheiro elétrico Adolfo Vázquez, da Universidade de São Paulo (USP), lamentou que o Brasil tenha perdido o "impulso" que tinha com os avanços no setor dos biocombustíveis. "Antes do pré-sal, o discurso em matéria energética era dominado pelo etanol e pelo biodiesel e avançou muito, sem dúvida, mas está claro que os biocombustíveis já não são uma bandeira do governo", observou. Os dois especialistas concordaram que a biomassa da cana-de-açúcar é um recurso "desperdiçado" no país, pois o Brasil é o maior produtor mundial e as grandes quantidades do bagaço que sobram muitas vezes são consideradas "lixo". Para Rittl, a biomassa da madeira seria outro recurso para um aproveitamento melhor e destacou que as pessoas, em nível individual, começaram a assimilar melhor a energia solar e a utilizá-la em suas casas. "Se cobríssemos nosso lado de Itaipu com painéis solares, teríamos condições para cobrir a demanda do setor elétrico do país, mas todas as fontes energéticas limpas são desperdiçadas no Brasil", lamentou Rittl.

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Fonte: UOL Notícias > Direto ao Assunto(http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2013/10/06/brasil-deve-mudar-matriz-energetica-fossil-alertam-especialistas.htm)

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07/10/2013 Feira traz rodada de Negócios sobre energias renová veis A Renex Business Matchmaking acontece em novembro durante a Renex South America, primeira feira de energias renováveis do Brasil. Redação Bem Paraná, com assessoria Com o objetivo de reunir e criar uma rede de contatos entre as empresas que desenvolvem projetos e apostam na evolução de energias renováveis no país e no mundo, a rodada de negócios Renex Business Matchmaking irá trazer novas oportunidades e desenvolvimento de parcerias aos participantes. O evento é uma das atividades paralelas da Renex South America, primeira feira de feira de energias renováveis do Brasil que acontece em Porto Alegre de 27 a 29 de novembro, no Centro de Eventos FIERGS. Organizada pelo Centro Internacional de Negócios - CIN-RS, da FIERGS, em parceria com o Programa AL-INVEST IV e com a Apex-Brasil, a Renex Business Matchmaking é aberta a empresas do Brasil e exterior que já podem se inscrever gratuitamente até dia 12 de novembro pelo link www.b2match.eu/renexsa201. O encontro promoverá a identificação de novos negócios, oportunidades de investimentos e o estabelecimento de parcerias entre empresas brasileiras e estrangeiras, atuantes nas seguintes áreas: energia eólica, energia solar térmica, energia fotovoltaica, biomassa, biogás, PCHs e biocombustíveis. A Renex Business Matchmaking oferece agenda de reuniões personalizada, local adequado para as reuniões, mesas individuais para cada empresa estrangeira e serviço de tradução. Mais informações pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone +55 (51) 3347-8675. Atividades Paralelas são Destaques dDa Renex Junto à área de exposição da feira ocorrerá uma série de atividades paralelas que visam atrair um publico diversificado e interessado em aprofundar conhecimentos no setor de energias renováveis: Congresso Renex South America – Realizado nos três dias de evento, das 14h às 20h, paralelamente à exposição. Contará com palestras nacionais e internacionais em que os participantes terão a oportunidade de acompanhar apresentações de autoridades governamentais, investidores públicos e privados, associações, além de especialistas do setor de energias renováveis. Programação e inscrições: http://renex-southamerica.com.br/convensaorenex/ Conferência Energia Solar Brasil 2013 – O dia 28 será especialmente destinado à energia fotovoltaica e solar térmica, com palestras organizadas pelo EuPD Research (www.eupd-research.com), Instituto alemão de pesquisas. Programação e inscrições: http://renex-southamerica.com.br/english-pv-solar-thermal-briefing-brazil-2013/ Painel – No dia 29 de novembro, o Instituto IDEAL promove o Painel: Cases de Sucesso de Geração Fotovoltaica em edificações no Brasil, das 14h às 16h, com entrada gratuita. O objetivo é apresentar casos de sucesso de implantação de energia solar fotovoltaica no Brasil com conexão à rede em diferentes setores. Informações: http://renex-southamerica.com.br/instituto-ideal/ Empresas patrocinadoras que apostam na feira A Renex South America conta com o patrocínio na categoria Quilowatt do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e Tractebel Energia; e patrocínio Watt da Força Eólica do Brasil (joint venture formada pelas empresas Iberdrola e Neoenergia), BADESUL Desenvolvimento – Agência de Fomento/RS, Sagres, Grupo Cuello, Transversátil e SULGÁS. Na área de exposição da feira já estão confirmados grandes nomes de empresas internacionais como: Goracon Windpower Access Systems, empresa norte-americana de energia eólica; DLG - Associação de Agricultura da Alemanha e Associação Alemã de Energia Eólica (BWE), com estande coletivo internacional. Sobre a Renex South America Uma plataforma multissetorial com o objetivo de apresentar as novidades da indústria, tendências, inovação, ideias e atração de investimentos para o mercado brasileiro e latino de energias renováveis. Este é o objetivo da RENEX (Renewable Energy Exhibition), feira internacional que terá sua primeira edição em Porto Alegre (RS), de 27 a 29 de novembro, das 14h às 20h, reunindo segmentos de energia eólica, fotovoltaica, solar térmica, biocombustíveis, biogás e biomassa. A feira é promovida pela Hannover Fairs Sulamérica com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul (SPDI), Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Associação

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Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), Federação Alemã de Engenharia (VDMA) e Associação Alemã de Energia Eólica (BWE). A Renex tem origem no setor de energias renováveis da feira Industrial de Hannover, na Alemanha, e já possui duas edições de sucesso na Eurásia. Devido ao grande potencial de uso de energia renovável na América do Sul, especialmente no Brasil, a Deutsche Messe AG, maior promotora de feiras do mundo, está apostando nesta primeira edição da Renex South America, ampliando seu portfólio de negócios e expandindo o engajamento em feiras na América do Sul. Contribuíram para a vinda da feira ao Brasil o grande potencial do país em energias renováveis e os planos do governo brasileiro de investimento de cerca de U$S 63 bilhões para a expansão de energias renováveis até 2020, aumentando a demanda por produtos internacionais e know-how. “A Deutsche Messe AG aposta no potencial brasileiro e sul-americano de um setor em franca expansão e com grandes oportunidades de negócios. A escolha do Rio Grande do Sul se deu devido aos fortes investimentos do governo nesta área e a existência de um mercado já preparado para atender e receber novos investimentos”, afirma Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs Sulamérica. Fonte: BEMPARANÁ – Trabalho & Negócios > Notícias(http://www.bemparana.com.br/noticia/281451/feira-traz-rodada-de-negocios-sobre-energias-renovaveis#.UlKzuNI3vxA)

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07/10/2013 Construção de usinas térmicas é estratégia energéti ca a longo prazo, diz ministério por Alana Gandra, Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro – A construção de mais usinas térmicas no Brasil, englobando unidades nucleares e a carvão, é uma estratégia de longo prazo do governo federal, disse hoje (7) o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura. Ele participou do seminário Desafios da Energia no Brasil, promovido pelo Grupo de Economia da Energia (GEE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. “O sistema hidrotérmico brasileiro vai evoluir no sentido de nós completarmos o aproveitamento das usinas hidrelétricas”, disse. Ventura estimou que isso ocorrerá entre 2025 e 2030, “mais ou menos”. Haverá, segundo o secretário, um intervalo de mais 15 anos, em que a hidrelétrica funcionará como fonte principal do sistema elétrico nacional, embora simultaneamente acompanhada por outras fontes alternativas. Até 2030, quando for concluído o aproveitamento do potencial do recurso hidrelétrico, do ponto de vista ambiental, Ventura frisou que será necessário expandir o sistema com outras fontes de geração. Ele disse que todas as demais fontes renováveis têm um papel importante e complementar a cumprir. “Não é possível atender a um país que cresce 4 mil megawatts [MW] ou 5 mil MW por ano, e isso crescente ao longo do tempo, em função do nosso nível de consumo de energia elétrica, somente com essas fontes. É necessário ter outra fonte que a gente chama que vai ser o carro-chefe da expansão e vai se responsabilizar por 40%, 50%, 60% do incremento do mercado”. Essas serão fontes térmicas, indicou o secretário. Entre as fontes térmicas existentes hoje, ele destacou a fonte nuclear, a fonte a carvão e a gás natural. “Como o sistema hidrotérmico do Brasil precisa de usinas de base, que operam de janeiro a dezembro, as térmicas adequadas a esse sistema não são as térmicas que têm combustível de custo elevado, derivadas do petróleo. São as térmicas que têm um custo do combustível baixo e que operam permanentemente durante os 12 meses do ano”. Nesse sentido, Ventura salientou entre as de menor custo de combustível a nuclear, seguida do carvão mineral e do gás natural, “dependendo de ter oferta de gás a um preço que permita que seja competitiva a geração [de energia]”. O secretário disse que no planejamento de longo prazo, até 2030, está prevista a construção de mais quatro usinas nucleares no país. Esse programa, conforme destacou, se encontra em fase de estudo, “não de decisão”, em complemento à Usina Angra 3, atualmente em construção na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município fluminense de Angra dos Reis. “Essa visão de longo prazo está sendo revista neste momento, estendendo o horizonte de 2030 para 2050, onde a opção nuclear será reavaliada”. Ele defendeu a continuidade do programa nuclear brasileiro. As quatro usinas nucleares previstas no planejamento “continuam válidas”. O aspecto da comercialização da energia está sendo considerado na análise das usinas nucleares. Ventura disse que a escolha permanece pela construção das novas unidades nas regiões Nordeste e Sudeste pelo fato de as duas regiões não apresentarem outros recursos energéticos suficientes para expandir a sua oferta de geração. “O país está se preparando para ter os elementos que permitam caracterizar a viabilidade técnica, econômica e ambiental de novas nucleares”. Embora a Constituição brasileira não permita a participação do capital privado nos leilões de usinas nucleares, Altino Ventura manifestou que existe a necessidade de abertura no setor. “Não entendemos que o programa nuclear seria puramente estatal. Com a experiência que nós estamos tendo nas sociedades de propósito específico [SPEs] no parque de geração e transmissão, muito bem sucedida, é desejável que essa experiência seja estendida para a nuclear no que diz respeito à parte convencional da usina”. Ventura observou que a evolução da tecnologia de captura de carbono será essencial para a utilização de carvão mineral como combustível para as usinas térmicas, tendo em vista as implicações ambientais e as mudanças climáticas. A análise dos custos desse processo também poderá determinar uma geração competitiva e um papel relevante do carvão mineral. Edição: Fábio Massalli

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Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil. Fonte: EBC > Notícias > Economia(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-07/construcao-de-usinas-termicas-e-estrategia-energetica-longo-prazo-diz-ministerio)

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08/10/2013 Pnuma: 3,5 bilhões de pessoas não têm acesso ao man ejo do lixo por Edgard Júnior, da Rádio ONU

Toneladas de resíduos ameaçam ambiente e saúde global

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/lixo.jpg Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente afirma que situação representa riscos de saúde e ambientais; agência afirma ainda que problema causa danos à economia. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, alertou que 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, não têm acesso ao manejo do lixo. Segundo o Pnuma, essa situação representa riscos à saúde e ao meio ambiente, além de prejudicar a economia. Guia A informação consta do Guia de Estratégias Nacionais para o Manejo do Lixo: Mudando de Desafios para Oportunidades, preparado com o apoio do Instituto da ONU para Treinamento e Pesquisa, Unitar. O documento fornece um guia estratégico aos países cujos sistemas de manejo do lixo estejam desorganizados, com poucos recursos ou passando por alguma revisão. Lixões Segundo o Pnuma, os lixões, como são chamadas as áreas abertas onde os dejetos são despejados, podem causar sérios problemas de saúde para as pessoas que vivem perto desses locais. Além disso, o Guia afirma que um manejo ruim do lixo pode causar a contaminação do solo e da água. A queima do material pode poluir o ar e o fato de não se utilizar materiais reciclados pode acelerar o esgotamento dos bens naturais. Coleta O Pnuma calcula que todos os anos são coletados 1,3 bilhão de toneladas de lixo sólido no mundo. Essa quantidade deve aumentar para 2,2 bilhões até 2025, principalmente, por causa dos países em desenvolvimento. O mercado global do lixo, desde a coleta até a reciclagem, movimenta um mercado de US$ 410 bilhões por ano, mais de R$ 820 bilhões. As atividades de reciclagem na União Europeia geraram mais de 500 mil empregos em 2008. Desperdício O Guia do Pnuma diz ainda que o desperdício de alimentos chega a 1,3 bilhão de toneladas por ano. Praticamente um terço da comida destinada ao consumo humano é perdida ou jogada no lixo anualmente.

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Para combater o problema, o documento diz que o manejo não é o único desafio. Os benefícios aparecem quando o lixo é tratado como um recurso que pode ser recuperado e colocado para uso produtivo e rentável. O Pnuma reforça a importância da implementação de estratégias nacionais, como também, da necessidade de ajuste dos sistemas tendo como base mudanças das circunstâncias ou do contexto local. * Publicado originalmente no site Rádio ONU(http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2013/10/pnuma-35-bilhoes-de-pessoas-nao-tem-acesso-ao-manejo-do-lixo/). Fonte: Rádio ONU/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/pnuma-35-bilhoes-nao-acesso-manejo-lixo/)

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08/10/2013 Mesmo sem emitir CO 2, mundo levará 20 anos para frear aquecimento, diz IPCCCOMENTE por Fabíola Ortiz, do UOL, no Rio de Janeiro Mesmo se o mundo inteiro parasse de emitir os gases de efeito estufa - grande causador das mudanças do clima, segundo os cientistas -, o planeta demoraria pelo menos mais duas décadas para frear o aumento das temperaturas. PROJEÇÕES PARA O BRASIL

Brasil pode ficar até 6ºC mais quente

Foto: Reprodução Fonte: http://imguol.com/c/noticias/2013/09/08/temperaturas-no-brasil-ate-2100-

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Amazônia pode perder 70% da área com seca

Foto: Nelson Feitosa/Ibama/Reuters Fonte: http://imguol.com/c/noticias/2013/09/04/4set2013---o-instituto-imazon-detectou-um-aumento-de-100-

do-desmatamento-da-amazonia-legal-entre-agosto-de-2012-e-junho-de-2013-mostrando-o-avanco-da-destruicao-apos-uma-decada-de-boa-reducao-acima-1378341033417_300x200.jpg

Clima pode gerar crises de energia

Foto: Getty Images Fonte: http://imguol.com/2013/07/30/midia-indoor-eletrico-eletricidade-luz-energia-economia-conta-

desperdicio-lampada-fonte-inspiracao-criatividade-criativo-invencao-inteligencia-solucao-potencia-brilho-acesa-1375201403376_300x100.jpg

'Desastres não são naturais, mas sociais', diz espe cialista

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Quem faz o cálculo é José Marengo, um dos pesquisadores brasileiros que trabalhou na formulação do Quinto Relatório de Avaliação, o AR5, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), ligado à ONU (Organização das Nações Unidas). "Mesmo que a gente feche todas as indústrias hoje, nós vamos ter ainda décadas de aquecimento em uma inércia. O IPCC fala em aproximadamente 20 anos, pois foram centenas de anos de CO2 acumulados na atmosfera. Mesmo que não libere mais, há um monte de CO2 que tem que ser consumido", explicou o climatologista. As florestas são os grandes instrumentos para absorver o dióxido de carbono, por meio da fotossíntese, mas ele admite que "o efeito não é imediato e demora décadas" para surtir efeito. Chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Marengo apresentou nesta terça-feira (8) os principais resultados do Resumo para Formuladores de Políticas do AR5 em um seminário no Rio de Janeiro. O texto, que foi divulgado no último dia 27 de setembro, apresentou as evidências científicas de que a atividade humana é, com 95% de certeza, a principal causa do aquecimento global. Mas, segundo o Painel do Clima da ONU, os efeitos das alterações passarão a ser sentidos pela população, de fato, a partir de 2040. O especialista ponderou, no entanto, que o documento do IPCC não é um relatório "catastrófico" e apontou para a necessidade de o homem adaptar-se às mudanças climáticas que estão por vir no decorrer deste século. "A adaptação é uma solução para enfrentar o problema, mas não é o fim. Não interpretem que o mundo vai acabar. A mensagem é que algo deve ser feito em relação a estes cenários pessimistas como mitigação e redução das emissões", argumentou.

Relatório do IPCC diz que planeta já esquentou cerca de 0,8°C desde o começo do século 20. As temperaturas têm aumentado mais lentamente nos últimos 15 anos apesar do aumento nas emissões de gases do efeito estufa, mas há uma retomada da tendência de aquecimento que provavelmente vai causar ainda mais ondas de calor, secas, enchentes e elevamento do nível do mar. A previsão é de aumento de quase 5ºC até 2100

Foto: Celso Pupo/Estadão Conteúdo Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/album/2013/06/17/veja-as-consequencias-do-aquecimento-

global.htm#fotoNav=29 Processos irreversíveis No relatório do Grupo de Trabalho 1, o primeiro de uma série que será divulgada até outubro de 2014, 259 autores de 53 países reuniram em mais de 400 páginas informações científicas e projeções para o futuro.

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PAINEL DO CLIMA DA ONU

Temperatura do planeta pode subir quase 5ºC até fim do século

Foto: IPCC Fonte: http://imguol.com/c/noticias/2013/09/27/27set2013---novo-relatorio-do-painel-intergovernamental-de-mudanca-climatica-ipcc-na-sigla-em-ingles-subiu-o-tom-de-alerta-sobre-o-aquecimento-global-elevacao-da-

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'Verdade incômoda se confirma' com relatório, dizem ONGs

Foto: Victor Moryama/Folhapress Fonte: http://imguol.com/2013/05/01/1mai2013---vista-panoramica-do-centro-de-sao-paulo-na-tarde-desta-quarta-feira-1-o-ar-seco-e-a-falta-de-chuva-aumentam-a-poluicao-na-cidade-1367454370973_300x100.jpg

EUA defendem ação vigorosa para combater mudanças climáticas

Foto: Peter Foley/EFE Fonte: http://imguol.com/c/noticias/2013/09/27/27set2013---o-secretario-de-estado-norte-americano-john-

kerry-disse-que-e-necessario-uma-acao-vigorosa-e-maior-compromisso-diplomatico-diante-do-impacto-das-mudancas-climaticas-no-nosso-planeta-este-1380285923722_300x100.jpg

Cronologia traz marcos e ações políticas "A influência humana no sistema climático é clara. As atividades humanas são responsáveis pelo aquecimento nos últimos anos, não são os únicos causadores, mas são os responsáveis. O aquecimento acontece de qualquer forma, com ou sem a presença do ser humano, mas ele piora o problema que já existe", salientou Marengo. Na sua avaliação, tudo o que envolve o ser humano, é possível adaptar-se ao novo cenário climático. Já os processos de transformação que envolvem os ecossistemas naturais, porém, são mais vulneráveis. "O ser humano pode se adaptar [ao novo clima], mas pode haver um colapso da vegetação atual". Para mostrar os efeitos já presenciados, o pesquisador indicou, inclusive como forte indício de irreversibilidade, o branqueamento de corais no Caribe, na América Central, devido ao aumento da temperatura da água e da acidez dos oceanos. Já o risco de savanização da Amazônia, apontado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas caso a temperatura do Brasil aumente para 6°C em um século , pode ser completamente reversível e evitado. Ainda sobre os efeitos no país, ele cita a tendência do aumento do volume e da ocorrência de chuvas nas regiões Sul e Sudeste, além de maiores e mais intensos períodos de seca na Amazônia e no Nordeste.

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Há cinco anos, o desmatamento era o primeiro colocado no ranking de emissões do Brasil. Agora, o desmatamento foi ultrapassado pela queima de combustível fóssil, anunciou Marengo. "O Brasil passou a poluir como um país desenvolvido. Temos que mudar nosso estilo de vida, essa é a parte mais difícil". Um inventário realizado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia de 2010 indicou que as principais fontes de emissão de gases de efeito estufa estão na agricultura, na atividade industrial com a queima de combustível fóssil e no desmatamento com a queima de biomassa. "Pelo fato de o desmatamento ter diminuído e a agricultura, reduzido [as emissões], a queima de combustível fóssil é a maior causa da emissão de gases. As termoelétricas produzem CO2, assim como a maior frota de veículos do país, que é muito grande. Acho preocupante porque sempre criticamos os países desenvolvidos por isso", analisou.

A pecuária é responsável por 14,5% das emissões de gases de efeito estufa provocadas pelo homem, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao estimar que a generalização de práticas já existentes permitiria reduzir essas emissões em 30%

Foto: Lucas Lacaz Ruiz/A13 Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/album/2013/06/14/principais-causadores-do-aquecimento-

global.htm#fotoNav=14 Agenda ambiental Contudo, em momentos de crise, na busca pela recuperação econômica e na tentativa de garantir um aumento no PIB (Produto Interno Bruto), os países priorizam o crescimento econômico. E, desta forma, a agenda ambiental atualmente fica rebaixada para segundo plano, especialmente depois da crise de 2008, afirmou Marengo. "Dificilmente você vai convencer um presidente [a assinar um acordo de clima]. É impossível que um país, com uma situação econômica pior, entre em um acordo ambiental que tem um custo social muito elevado". As medidas de mitigação são caras e ocorrem no longo prazo. "É caro mas vai permitir reduzir os impactos no futuro", conclui. Fonte: UOL Notícias > Meio Ambiente(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/10/08/mundo-levara-mais-20-anos-para-frear-o-aquecimento-diz-brasileiro-do-ipcc.htm)

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08/10/2013 Política de Resíduos Sólidos será debatida por 1.35 2 delegados no DF MMA prepara etapa nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente que acontecerá de 24 a 27 de outubro por Tinna Oliveira

Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/54b9a4b33b819b49d0652f10233157c9_S.jpg

Encerradas as etapas preparatórias, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) se organiza para receber, em Brasília, representantes de todo país na etapa nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), de 24 a 27 de outubro. Os 1.352 delegados estaduais debaterão a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com base nas propostas cadastradas que tratam de quatro eixos prioritários: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental. As propostas levadas à etapa nacional vieram das 26 etapas estaduais e da etapa distrital, além das conferências livres, que podiam ser convocadas por qualquer cidadão, e a realizada via internet. Foram realizadas 224 conferências livres em 26 estados, que mobilizou quase 25 mil pessoas. Essas modalidades foram utilizadas pela primeira vez na Conferência Nacional do Meio Ambiente. Nas etapas estaduais foram discutidas as propostas dos municípios, levantadas durante as 643 conferências municipais e 179 regionais (que envolvia mais de um município), mobilizando 3.652 cidades. Durante a etapa nacional, será produzido um documento final com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA. Mobilização Histórica “Mobilizamos 200 mil pessoas nas etapas preparatórias”, destaca a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Mariana Meirelles. “Isso mostra como a sociedade está envolvida na busca por soluções para os problemas ambientais”. A primeira Conferência Nacional do Meio Ambiente realizada em 2003 teve como tema o Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente, mobilizando 65 mil pessoas. Em 2005, ocorreu a segunda com o tema Gestão Integrada das Políticas Ambientais e Uso dos Recursos Naturais. Nessa edição foram mobilizadas 85 mil pessoas. A terceira conferência aconteceu em 2008 e mobilizou 115 mil pessoas para falar de Mudanças Climáticas. Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9687-pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos-ser%C3%A1-debatida-por-1-352-delegados-no-df)

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09/10/2013 Brasil polui como um país desenvolvido, diz pesquis ador do IPCC por Akemi Nitahara, da Agência Brasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/AgenciaBrasil060912MCSP1.jpg

Rio de Janeiro – O desmatamento deixou de ser a principal causa de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, que passou a ter como principal fonte de emissão a queima de combustível fóssil, poluindo “como um país desenvolvido”, segundo avaliação do pesquisador peruano José Marengo, representante latino-americano no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês). Ele é professor de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foi indicado pelo Brasil para o programa de monitoramento do clima. De acordo com o pesquisador, o inventário de emissão de gases de efeito estufa de 2010, lançado em 2013 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que houve a inversão do tipo de poluição predominante no Brasil em comparação ao relatório anterior, de 2004. “Desde 2008, talvez um pouquinho antes, a taxa de desmatamento na Amazônia diminuiu bastante, mas a frota de veículos aumentou. A agricultura também tem melhorado um pouco, mas ainda contribui, principalmente [a cultura de arroz], para a emissão de metano, a mineração contribui, tem as termelétricas. O que basicamente coloca o Brasil como país poluidor tipo primeiro mundo é mais a queima de combustíveis fósseis, e aqui no Brasil são basicamente termelétricas, de qualquer tecnologia, e também a frota veicular”. Para ele, apesar da diminuição no desmatamento, a situação ainda é preocupante. “Sempre criticamos os países desenvolvidos por isso [queima de combustível fóssil]. Obviamente, se nós tivéssemos um sistema de transporte massivo, confiável, confortável, as pessoas deixariam os carros em casa. Mas se vocês querem tomar o metrô em São Paulo, no Rio, em uma certa hora do dia, é uma humilhação. Se você vai de bicicleta, te atropelam. Então, isso tem que mudar, a única forma é favorecer o transporte público, decente, para que as pessoas deixem o carro em casa”. Marengo lembra que o IPCC não trabalha com o tempo geológico, que estuda os grandes ciclos do planeta, e já provou que houve eras de aquecimento e resfriamento da Terra sem a interferência humana. As análises são de um período de 200 anos e mostram que as causas naturais do aquecimento são de longo prazo e levam a variações pequenas, enquanto a intervenção humana é de curto prazo e tem ação “superrápida”. “A única forma [de evitar um aquecimento maior] é reduzir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo por exemplo a frota de veículos, [aumentar as] energias renováveis, solar, eólica, biomassa, redução no consumo de termelétricas, obviamente não podemos fechar, zerar a contribuição de gases de queima de combustíveis fósseis, o ideal é misturar um e colocar outras fontes, obviamente isso pode ter um custo elevado. Medidas de mitigação são caras”. As projeções mais otimistas estimam que a temperatura média do planeta vai subir cerca de 1,5 grau Celsius (ºC) até 2100. No caso das emissões de gases do efeito estufa, o aumento pode chegar até a 4°C .

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Marengo apresentou ontem (8) um resumo do relatório do Grupo de Trabalho 1 do IPCC, lançado no fim de setembro em Estocolmo, na Suécia, com as análises dos aspectos físicos e científicos dos sistemas e das mudanças climáticas. O Grupo de Trabalho 2 faz a análise sócio econômica dos impactos das mudanças climáticas e tem previsão de lançar o relatório em março de 2014 em Yokohama, no Japão. O Grupo 3 vai apresentar os resultados dos estudos sobre mitigação e opções para redução da emissão dos gases de efeito estufa em abril de 2014, em Berlim, na Alemanha. Além dos três relatórios setoriais, também está previsto o lançamento do relatório de síntese em outubro de 2014 em Copenhague, na Dinamarca. Este é o quinto relatório produzido pelo grupo, criado pela Organização das Nações Unidas. * Edição: Carolina Pimentel. ** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-08/brasil-polui-como-pais-desenvolvido-diz-pesquisador-do-ipcc). Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-polui-pais-desenvolvido-pesquisador-ipcc/)

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09/10/2013 Tratamento adequado de resíduos pode ser verdadeira ‘mina de ouro’, mostra estudo da ONU por Redação da ONU Brasil

Novas estratégias devem ser desenvolvidas para diminuir os impactos negativos do lixo.

Foto: PNUMA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/residuos.jpg

Cerca de 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, não dispõem de serviços cruciais de gestão de resíduos, o que significa um prejuízo significativo para o meio ambiente, a saúde e as economias, alertou as Nações Unidas na segunda-feira (7). A ONU também ressaltou que a reciclagem e o tratamento adequado do lixo podem ser, literalmente, uma mina de ouro. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) chamou de “impressionante” os números divulgados no relatório “Diretrizes para Estratégias Nacionais de Gestão de Resíduos: Dos Desafios às Oportunidades(http://www.unep.org/ietc/Portals/136/Publications/Waste Management/UNEP NWMS English.pdf)”, lançado em parceria com Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (UNITAR). O estudo mostra que uma tonelada de lixo eletrônico reciclado poderia render o equivalente entre cinco e 15 toneladas de ouro e afirma que a gestão de resíduos não é apenas um desafio, mas “uma oportunidade inexplorada”. Além do potencial de ouro que pode ser extraído de uma tonelada de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (e-waste), a pesquisa observa que a quantidade de cobre, alumínio e metais raros retirados do material reciclado excederia muitas vezes a quantidade encontrada naturalmente(http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=46211&Cr=waste&Cr1=#.UlV1YqLFXxD). Outros benefícios incluem a redução da emissão de dióxido de carbono e dióxido de enxofre para a atmosfera, aumento na geração de emprego e redução do desperdício de alimentos e poluição do ar. No geral, um número estimado de 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos são coletados em todo o mundo, uma quantidade que deverá aumentar para 2,2 bilhões de toneladas até 2025. Além disso, a degradação da fração orgânica dos resíduos sólidos contribui com cerca de 5% dos gases de efeito estufa emitidos no mundo. * Publicado originalmente no site ONU Brasil(http://www.onu.org.br/tratamento-adequado-de-residuos-pode-ser-verdadeira-mina-de-ouro-mostra-estudo-da-onu/). Fonte: | ONU Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/tratamento-adequado-residuos-mina-ouro-mostra-estudo-onu/)

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09/10/2013 UE supera meta de corte de emissões sob o Protocolo de Quioto por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil

Foto: http://www.shutterstock.com/

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/shutterstockefeitoestufa.jpg União Europeia anuncia que investimentos em fontes renováveis, eficiência energética e o mercado de carbono ajudaram o bloco a ultrapassar com facilidade o compromisso assumido internacionalmente. A União Europeia (UE) conseguiu reduzir as suas emissões de gases do efeito estufa em 18% desde 1990, segundo novas avaliações(http://ec.europa.eu/clima/policies/g-gas/docs/com_2013_xxx_en.pdf) da Comissão Europeia e da Agencia Europeia de Meio Ambiente (EEA). Assim, o bloco superou a sua meta de corte nas emissões sob o Protocolo de Quioto por uma ampla margem. Considerando os 15 membros da UE na época da assinatura do tratado, em média, a estimativa de corte alcançado foi de 12,2%, quando a meta era de 8% em relação ao ano base (1990). Isso apenas com medidas domésticas, completa a Comissão Europeia. Os demais 11 países que têm compromissos individuais também devem alcançar suas metas. A EEA coloca que, mesmo com a recuperação econômica, dados preliminares mostram que o bloco cortou as emissões em 1,3% em 2012 quando comparado com 2011. Nos anos anteriores, a queda das emissões também foi motivada pela crise financeira e por invernos mais amenos. Nos 28 países do bloco, as emissões caíram 3,3% em 2011 em relação ao ano anterior principalmente devido a um inverno menos intenso e a menor necessidade de aquecimento das residências. Já 2010 apresentou um leve aumento nas emissões devido à recuperação econômica e em seguida à marcada retração na liberação de GEEs devido à crise econômica em 2009. “A UE reduziu suas emissões significativamente desde 1990 mesmo expandindo a economia. Isso demonstra que as políticas climáticas podem ser implementadas de forma a incentivar empregos e o crescimento”, comemorou Connie Hedegaard, comissária para ação climática. Desde 2004, as emissões europeias têm caído continuamente. Enquanto o PIB cresceu em 45% entre 1990 e 2011, as emissões totais dos 28 países membros, incluindo do setor de aviação internacional, estavam 16,9% abaixo do nível de 1990 em 2011, e estimativas indicam uma queda de até 18% para 2012. O compromisso do bloco em cortar 20% das emissões até 2020 (em relação a 1990) – incluindo as emissões da aviação internacional – deve ser alcançado, completa Hedegaard. As projeções indicam um

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corte de 21% para o final da década e parte do sucesso é creditado ao pacote ‘clima e energia’, aprovado em 2009. O pacote é um conjunto de leis que visa garantir o atendimento das metas conhecidas como “20-20-20″: 20% de corte nas emissões de GEEs, 20% do consumo de energia baseado em fontes renováveis e 20% de melhoria na eficiência energética. Quanto às metas em relação às energias renováveis, a UE está bem atrás dos avanços nos GEEs, e a EEA reconhece que é preciso mais políticas de incentivo. Essas fontes contribuíram com 13% do consumo final em 2011. Apesar das tendências gerais serem positivas, nenhum país do bloco está bem encaminhado para atender às três metas. “As últimas analises da EEA confirmam que as energias renováveis e a eficiência energética têm um papel significativo no corte das emissões. Precisamos continuar trabalhando nesses avanços”, comentou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Em relação ao esquema de comércio de emissões (EU ETS), a EEA ressalta seu papel como importante para o alcance das metas de Quioto, especialmente quando os países decidiram combater também as emissões não cobertas pelo sistema – em setores como transporte e residências. Países como Áustria, Liechtenstein, Luxemburgo e Espanha ainda precisarão comprar grandes quantidade de créditos de carbono para cumprir suas metas individuais, coloca a EEA. Exportação Embora os números da UE sejam animadores, é importante levar em conta que alguns estudos vem apontando um crescimento das emissões embutidas na importação de bens provenientes de países com baixo custo de produção, como do sudeste asiático e China. O relatório ‘Fluxo Internacional de Carbono(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/reportagens_carbonobrasil/noticia=727517)‘, da consultoria britânica Carbon Trust, lançado em 2011, afirmava que até 25% das emissões de gases do efeito estufa globais trafegam no formato de mercadorias sendo exportadas de países em desenvolvimento para as nações mais ricas. Por exemplo, enquanto a China exporta 23% de suas emissões, o Reino Unido importa um adicional de 34%. A previsão da Carbon Trust é que em 15 anos o Reino Unido esteja importando a mesma quantidade de carbono que produz nacionalmente. A França apresenta o equivalente a 43% de suas emissões agregadas a mercadorias importadas, e a Alemanha, 29%, segundo o relatório. Outro estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academies of Science(http://www.pnas.org/content/107/12/5687) por pesquisadores da Universidade de Stanford, sugere – com base em números de 2004 – que entre 20% e 50% das emissões de alguns países europeus ocidentais vem de bens importados. Portanto, fica claro que políticas são urgentemente necessárias e precisam ser abrangentes, pensando que as emissões têm efeitos e circulam globalmente. Em sua mais recente tentativa de levar em conta emissões setoriais internacionais (da aviação), a UE sofreu forte retaliação e foi acusada de iniciar uma guerra comercial. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=735347). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/ue-supera-meta-corte-emissoes-protocolo-quioto/)

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09/10/2013 Mudanças climáticas radicais estão prestes a ocorre r, sugere estudo Cientistas estimaram que planeta experimentá clima extremo em 2047. Região dos trópicos será a primeira a sentir efeito intenso de mudança. da France Presse A Terra pode experimentar um clima radicalmente diferente no prazo de 34 anos, mudando para sempre a vida como conhecemos, com impacto mais intenso ocorrendo primeiramente na região dos trópicos, alerta um estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista "Nature". Com as tendências atuais de emissões de gases de efeito estufa, 2047 será o ano em que o clima na maior parte das regiões do planeta mudará para além dos extremos documentados, destacou o estudo. Este prazo se estenderá a 2069 em um cenário em que as emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis se estabilizarão. "Os resultados nos chocaram", afirmou a respeito das descobertas o principal autor do estudo, Camilo Mora, do departamento de geografia da Universidade do Havaí. "Ao longo da minha geração, qualquer clima com o qual estejamos acostumados será coisa do passado". A maioria dos estudos climáticos prevê mudanças médias globais a partir de uma data aleatória, como 2100. A nova pesquisa seguiu um curso diferente, ao distinguir diferentes regiões do planeta e tentar identificar o ano em que o clima cruzará o limite dos eventos climáticos extremos.

Cientistas estimaram a data em que clima vai piorar em determinados países

Foto: Denis Ferreira Netto/Aen Fonte: http://s2.glbimg.com/UHiZLqoDK4F8-

22ve8RFiixr6HE=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/09/12/fumaca.jpg Espécies terão de se adaptar ou morrerão Entre os efeitos analisados estão a temperatura superficial do ar e mar, padrão de chuva e acidez dos oceanos. "Independentemente do cenário, as mudanças vão acontecer logo", advertiu Mora, destacando que isto forçará as espécies a se adaptar ou mudar para não morrer. "O trabalho demonstra que estamos empurrando os ecossistemas do planeta para fora do ambiente em que evoluíram e para dentro de condições totalmente novas que eles podem não conseguir suportar. As extinções são o resultado provável", comentou Ken Caldeira, do departamento de ecologia global do Instituto Carnegie de Ciência. Segundo a investigação, os trópicos serão afetados mais rápido e de forma mais intensa. Plantas e animais tropicais não estão habituados a variações no clima e por isso são mais vulneráveis mesmo às menores alterações. "Os trópicos sustentam a maior diversidade do mundo em espécies marinhas e terrestres e experimentarão climas sem precedentes dez anos antes do que qualquer outra (região) da Terra", destacou um comunicado.

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Essas regiões também abrigam a maior parte da população mundial e contribuem significativamente para o abastecimento alimentar global. "Em países predominantemente desenvolvidos, cerca de um bilhão de pessoas em um cenário otimista e cinco bilhões em um cenário 'business-as-usual' (que mantém as mesmas condições) vivem em regiões que irão experimentar climas extremos antes de 2050", disse o co-autor do estudo, Ryan Longman. "Isso faz aumentar a preocupação com mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, a disseminação mais extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e desafios para as economias', alertou". Nossos resultados sugerem que os países que serão impactados primeiro por climas sem precedentes serão aqueles com menos capacidade de responder", prosseguiu. Contagem regressiva Segundo um cenário de emissões onde não foram tomadas a providências para reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, os cientistas previram que as datas da "partida climática" seriam por volta de 2020 em Manokwari (Indonésia), 2029 em Lagos (Nigéria), 2031 na Cidade do México, 2066 em Reykjavik (Islândia) e 2071 em Anchorage (Alasca). Os estudiosos denominaram de "partida climática" o ponto em que eventos extremos mensurados durante os últimos 150 anos - período durante o qual dados climáticos são considerados confiáveis - se tornam a norma. "Se a avaliação estiver correta, atenção conservacionistas: a corrida das mudanças climáticas não só começou, mas está definida, com a linha de chegada da extinção se aproximando mais dos trópicos", escreveu Eric Post, do departamento de biologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, em um comentário sobre as descobertas. O ano 2047 foi estabelecido em um cenário "business-as-usual", segundo o qual os níveis de dióxido de carbono (CO2) atmosférico continuarão constantes. Atualmente, estes níveis estão abaixo das 400 partes por milhão (ppm), mas podem alcançar 936 ppm em 2100, o que significaria uma elevação média na temperatura ao longo deste século de 3,7 graus Celsius. O ano 2067 se baseia em um cenário de redução de emissões, que alcançaria as 538 ppm em 2100, provocando um aquecimento neste século de cerca de 1,8º C. Mais 0,7º C precisa ser adicionado às temperaturas para incluir um aquecimento que aconteceu do início da Revolução Industrial até o ano 2000. Relatório do IPCC As Nações Unidas estabeleceram como meta limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis pré-industriais para evitar efeitos catastróficos decorrentes das mudanças climáticas. No mês passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC na sigla em inglês, divulgou o quinto relatório que aumentou o grau de certeza dos cientistas em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global. Chamado de "Sumário para os Formuladores de Políticas", o texto afirma que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau - a edição anterior falava em mais de 90%. O documento mostrou também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para "níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos". O novo relatório diz ainda que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes.

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Fonte:

http://s2.glbimg.com/88BSrJ9q34CY659LDutsZjoyaXE=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/09/27/ipcc_v2.jpg Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/10/mudancas-climaticas-radicais-estao-prestes-ocorrer-sugere-estudo.html)

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11/10/2013 Construindo outro mundo tijolo por tijolo por Stephen Leahy, da IPS

A libra Bristol, uma nova moeda alternativa.

Foto: Mark Simmons/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/franchute-629x419.jpg

Nantes, França, 11/10/2013 – Uma tarde de 2005, no povoado de Ashton Hayes, no condado inglês de Cheshire, alguém iniciou uma conversa em um bar sobre a mudança climática e a energia. Dois anos depois, moradores do lugar haviam reduzido em 20% suas emissões de dióxido de carbono e os custos energéticos. Ashton Hayes agora procura se converter na primeira comunidade neutra em carbono da Inglaterra. “A gente sabe bem que são necessárias grandes transformações diante da mudança climática e do esgotamento de recursos”, afirmou Rob Hopkins, um dos fundadores do movimento Transition Towns, que reúne os moradores preocupados em melhorar as ruas e os bairros. “Comecei com amigos e vizinhos, perguntando o que podemos fazer como pessoas comuns, sabendo que nossos governos não resolverão?”, contou à IPS. Diante de um problema crescente de lixo, os moradores da comunidade sul-africana de Greyton processaram os dejetos e os colocaram em garrafas de plástico para fabricar “ecotijolos”, um bom material de construção com alta capacidade de isolamento, que agora é usado para construir banheiros. Em Portugal, onde o desemprego supera os 20% da população economicamente ativa e os salários se deterioram, o movimento lançou iniciativas para limitar a circulação de dinheiro. Em uma pequena localidade foi proibido o uso de moedas e notas durante três dias, e os moradores trocaram bens e serviços. “Podemos fazer com que funcione”, disse Hopkins, autor do livro Power of Just Doing Stuff – How Local Action Can Change The World (O poder de simplesmente fazer algo – Como a ação local pode mudar o mundo). Agora há mais de mil comunidades envolvidas no Transition Towns, movimento voluntário e sem fins lucrativos. Estas inventam suas próprias formas de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, enquanto aumentam sua capacidade de resistência e sua autossuficiência em alimentação, água, energia, cultura e bem-estar. Segundo um informe de 200 páginas do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC), divulgado no dia 30 de setembro, as temperaturas registradas no hemisfério Norte, entre 1983 e 2012, foram as mais altas dos últimos 1.400 anos. O informe, redigido de forma muito cautelosa, detalha os últimos impactos observados, como as mudanças nas precipitações e os eventos climáticos

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extremos. Também confirma que esses e outros efeitos se agravarão conforme aumentarem as emissões de dióxido de carbono. “As cidades têm o papel mais importante nos esforços por uma emissão zero”, destacou George Ferguson, prefeito da localidade britânica de Bristol, com meio milhão de habitantes. “Bristol dá ênfase no transporte a pé e de bicicleta, e planejamos duplicar ou triplicar a cobertura florestal. Queremos melhorar a qualidade do ar e a saúde dos residentes”, disse Ferguson à IPS. Esta cidade, uma das primeiras a integrar o movimento Transition Towns, é um laboratório vivo para ideias e experimentos destinados a criar uma “ecocidade” para todos, destacou Ferguson. Entre três e cinco horas da tarde está proibida toda circulação de automóveis. Isso permite que as ruas fiquem livres e sejam usadas como lugar para brincadeiras por meninos e meninas. Bristol também é um exemplo na Grã-Bretanha em matéria de reciclagem, e prevê criar uma companhia municipal de energia sustentável. A partir do próximo ano, as crianças aprenderão ecologia nas escolas, que ensinarão a plantar árvores em seus bairros como parte de um esforço anual para aumentar os espaços verdes da cidade. “Creio que as crianças ensinarão seus pais importantes lições ecológicas”, afirmou Ferguson, que recebe todo seu salário em moeda alternativa da cidade, chamada libra Bristol, e que só pode ser gasta no comércio local. “Minha bicicleta, minhas calças, minha comida e o barbeiro, pago tudo com a libra Bristol”, contou. Há mais de 400 moedas alternativas em uso em todo o mundo, e o número cresce rapidamente em resposta à globalização e ao domínio corporativo. Embora os moradores possam pagar inclusive seus impostos em libras Bristol, as grandes redes de supermercados não as aceitam, explicou o prefeito. Neste verão boreal, Bristol foi premiada por seus esforços, ao ser designada a Capital Verde da Europa 2015, a primeira cidade britânica a obter esse reconhecimento. “O que fazemos pode ser aplicado em milhares de cidades e localidades, e nos divertimos muito fazendo isso”, afirmou Ferguson. Saint-Gilles-Du-Mene é um povoado rural na região francesa da Bretanha, que decidiu se reinventar como uma comunidade produtora de energia. Hoje, utilizando biomassa, biodigestores, fontes eólicas e solares, além de sistemas melhorados para isolamento das casas, produz 30% de sua própria energia. Os moradores esperam que até 2025 possam vendê-la também a outras comunidades. “Nossa transformação energética criou novos empregos e sinergias. Temos uma nova instalação para realizar videoconferências e produzimos nosso próprio biodiesel para os tratores agrícolas”, detalhou Celine Bilsson, da Comissão de Energias Renováveis do povoado. Ela acrescentou que sua localidade se inspirou no exemplo de Güssing, povoado austríaco outrora pobre que foi o primeiro da Europa a utilizar completamente energia renovável, no final da década de 1990. Güssing reduziu seu gasto energético em 50% graças à melhoria da eficiência, e agora ganha milhões de euros vendendo energia renovável para outras comunidades. “Não perdemos tempo fazendo estudos. Simplesmente reagimos. Vocês devem fazer o mesmo”, aconselhou Bilsson. Fonte: IPS/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/construindo-mundo-tijolo-tijolo/)

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11/10/2013 Conselho Constitucional francês valida lei que proí be extração de gás de xisto por France Presse PARIS, 11 Out 2013 (AFP) – O Conselho Constitucional francês fechou a porta para os industriais interessados em gás e petróleo de xisto na França, ao confirmar esta sexta-feira a proibição da fratura hidráulica que vigora no país desde 2011. Os dispositivos da lei de 13 de julho de 2011 que proíbem a exploração de combustíveis a partir da fratura hidráulica e anulam as permissões de exploração que exigem o uso desta técnica 'estão de acordo com a Constituição', decidiu o Conselho Constitucional. A instância se pronunciou sobre um recurso da companhia americana Schuepbach, que questionava a legalidade da abolição de duas permissões de exploração na França. O presidente François Hollande saudou a decisão nesta sexta-feira e afirmou que a lei de proibição da fratura hidráulica agora é 'incontestável'. Da mesma forma, o ministro da Ecologia, Philippe Martin, declarou que a lei é 'inatacável juridicamente' e que a proibição é 'geral e absoluta'. A porta está 'fechada com chave dupla' para os industriais do gás de xisto, reforçou o eurodeputado ecologista José Bové, personalidade da luta contra a exploração de xisto na França. A fratura hidráulica consiste em criar fissuras nas rochas ricas em combustíveis mediante a injeção em alta pressão de uma mistura de água, areia e produtos químicos. Seus críticos denunciam seu impacto ambiental e os riscos de desencadeamento de atividade sísmica. O gás de xisto é há anos objeto de polêmicas ásperas na França entre defensores do meio ambiente e industriais. Estes argumentam a riqueza das reservas potenciais do subsolo do país. Em 2011, o Parlamento aprovou a lei que proíbe a fratura hidráulica, a única técnica desenvolvida pela indústria para explorar esses combustíveis. Após a lei ser adotada, foram anuladas as permissões de exploração que tinham sido outorgadas. A companhia Schuepbach contestou a legalidade das suspensões de duas permissões de exploração que tinha obtido. Na audiência de 24 de setembro, a empresa avaliou que esta anulação constituía uma aplicação 'rigorosa demais' do princípio de precaução, alegando que 'não existe nenhuma pesquisa que demonstre que a fratura hidráulica represente o menor risco'. Em sua decisão, o Conselho Constitucional considerou que esta acusação não pode ser retida no caso de uma 'proibição perene', como é o caso da fratura hidráulica. Para Schuepbach, o litígio não terminou O advogado da companhia Schuepbach, Marc Fornacciari, informou nesta sexta à AFP que a empresa continuará contestando na justiça a anulação das duas permissões, apesar da decisão do Conselho. Embora tenha reconhecido que a decisão deve ser respeitada, o advogado afirmou: 'Estamos em um Estado de direito e vamos prosseguir com nossa ação na Justiça', referindo-se ao processo apresentado pela companhia perante um tribunal administrativo. As organizações de defesa do meio ambiente comemoraram a decisão, embora o Greenpeace tenha relativizado sua satisfação, já que a decisão 'só proíbe a fratura hidráulica, ao invés de proibir a exploração do xisto' em geral. Ao contrários de França, Bulgária, República Tcheca e Holanda, cada vez mais países contemplam a exploração do gás ou petróleo de xisto, que até agora só era feita comercialmente por Estados Unidos e Canadá. Vários países lançaram operações de exploração, como Polônia e Grã-Bretanha, ou se dispõem a fazê-lo, como Argentina, Espanha, Dinamarca, Rússia, China e Austrália.

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bur.mc/fp/mvv/dm Fonte: G1 > Economia(http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/10/conselho-constitucional-frances-valida-lei-que-proibe-extracao-de-gas-de-xisto-1.html)

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11/10/2013 Empresa da Califórnia transforma metano de aterros sanitários em combustível para carros da Redação A técnica reduz o impacto ambiental dos aterros e ainda diminui a necessidade da procura por gás natural no subsolo terrestre Aterros sanitários podem ser soluções terríveis para a gestão de resíduos sólidos, principalmente quando não são controlados. A empresa Clean Energy Fuels (http://www.cleanenergyfuels.com/), da Califórnia, pensou em uma maneira de aliviar o impacto ambiental desses espaços e acaba de anunciar o início da venda de combustível para carros feito com o metano dos aterros sanitários.

A empresa pretende vender o seu gás por um preço semelhante ao do gás natural já encontrado em postos, mas ainda inferior do que o biodiesel.

Foto: kanvag/shutterstock Fonte: http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2013/10/metano_de_aterro_-_shutterstock.jpg

O metano é o segundo maior contribuinte no conjunto de gases de efeito estufa presente na atmosfera terrestre e os aterros sanitários são a terceira maior fonte de emissões de metano. A técnica da empresa reduziria esse impacto e ainda diminuiria a necessidade da busca por gás natural no subsolo. A Clean Energy Fuels espera vender 15 milhões de litros do gás na Califórnia ainda neste ano em cerca de 40 postos de abastecimento. Segundo os responsáveis, o combustível de metano dos aterros pode queimar de forma 90% mais limpa do que o diesel. Fonte: Catraca Livre – A Cidade na Sua Mão > Notícias > Respirar(http://catracalivre.com.br/geral/respirar/indicacao/empresa-da-california-transforma-metano-de-aterros-sanitarios-em-combustivel-para-carros/)

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16/10/2013 Resíduos industriais podem ser úteis para fabricar cerâmica por Valéria Dias, da Agência USP Pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP analisou a possibilidade de incorporar lodo de esgoto e lama vermelha, dois resíduos industriais, como matéria prima na fabricação de cerâmicas, conferindo um valor agregado a esses rejeitos. O trabalho foi realizado durante a dissertação de mestrado do engenheiro Cristian Camilo Hernández Díaz, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vieira Coelho.

Imagem mostra o lodo de esgoto calcinado a diferentes temperaturas

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/imagem.png Segundo o engenheiro, as massas cerâmicas são usadas na fabricação de cerâmicas estruturais, ou seja, blocos maciços, tijolos e telhas. “Eles geralmente são fabricados com argilas comuns, com jazidas próximas à fabrica de produção. Decidimos utilizar lodo de esgoto e lama vermelha porque a produção desses resíduos está aumentando consideravelmente”, conta. A pesquisa Estudo da possibilidade de uso de lodo de esgoto e lama vermelha como matérias-primas cerâmicas foi apresentada na Poli no último dia 03 de maio. O lodo é gerado no processo de tratamento de esgoto e a lama vermelha é o resíduo de um processo denominado Bayer para produzir alumina (óxido de alumínio, que é um dos componentes da bauxita, o principal minério de alumínio). “O lodo veio da planta de tratamento de esgotos da cidade de Franca, no interior de São Paulo. Já a lama vermelha é originária de uma planta industrial localizada no Pará”, informa.

Lodo de esgoto foi obtido na Estação de Tratamento de Esgotos de Franca (SP)

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/lodo.jpg Hernández Díaz explica que o lodo de esgoto geralmente é depositado num aterro sanitário, diminuindo a vida útil deste. A lama vermelha é levada para lagoas especiais, mas a alta alcalinidade desse resíduo gera um problema ambiental. “Em ambos os casos, os resíduos têm a possibilidade de serem usados em outras aplicações devido a seus componentes químicos, diminuindo assim a quantidade de resíduos depositados na natureza”, explica. A pesquisa mostrou que esses resíduos poderiam ser usados como matérias-primas alternativas para outros produtos. “Assim seriam diminuídas as quantidades de resíduos a necessitarem de uma disposição final. Além disso, há um menor consumo dos recursos naturais. E quanto às propriedades tecnológicas, os produtos cumprem todos os parâmetros”, diz. Experimentos O engenheiro realizou a caracterização das matérias-primas quanto sua composição química, fases mineralógicas presentes e comportamento térmico. O pesquisador também avaliou as propriedades tecnológicas de corpos de prova prensados, fabricados com os resíduos e com misturas dos resíduos e argila em diferentes proporções. Essas propriedades tecnológicas são: resistência à flexão, densidade, absorção de água, porosidade e retração na secagem e na queima. Hernández Díaz ainda comparou os

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resíduos e suas misturas com os produtos sem adição de resíduos, quanto a vários aspectos físicos como: cor, textura e odor. Também definiu, segundo os resultados obtidos, as possibilidades de aplicações mais adequadas para os resíduos e para as misturas estudadas.

Método de disposição a úmido da lama vermelha

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/lam.jpg Os resíduos foram caracterizados e, baseados em estudos que já haviam sido realizados, foram escolhidas algumas proporções resíduo-argila. Depois foram determinadas as propriedades tecnológicas das misturas após queima. Os resultados mostraram que algumas das misturas cumprem os parâmetros exigidos para os tipos de produtos estudados. A mistura que apresentou melhor relação entre a quantidade de resíduos e propriedades físicas e mecânicas foi uma mistura de 45% argila, 45% lama vermelha e 10% lodo de esgoto. Ou seja, a incorporação de resíduo é maior ao 50%. Sobre a aplicação prática da técnica, o engenheiro afirma que seria possível. “De fato há vários artigos de testes a nível industrial e algumas casas já têm sido construídas com esse tipo de produto. Para que fosse uma produção em maior escala seriam necessárias iniciativas por parte das empresas e governos para favorecer este tipo de produção amigável com a natureza”, finaliza. * Imagens cedidas pelo pesquisador Cristian Camilo Hernández Díaz ** Publicado originalmente no site Agência USP(http://www.usp.br/agen/?p=156679). Fonte: Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/residuos-industriais-podem-uteis-fabricar-ceramica/)

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16/10/2013 Prefeitos catarinenses pedem apoio para construção de usina de biogás Para ministra do Meio Ambiente, projeto pode tornar-se referência nacional. por Luciene de Assis

Izabella e Ideli na audiência: projeto é viável

Foto: Paulo de Araújo/MMA Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/01f9710ee7d7cd55d0f81ec052ecdce6_XL.jpg

Os prefeitos das 14 cidades que compõem o Médio Vale do Itajaí, em Santa Catarina, querem o apoio do governo federal para implantar um projeto complementar na gestão de resíduos sólidos, que inclui a construção de uma usina de biogás na região. Uma comissão, formada por dirigentes municipais e representantes do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI) reuniram-se com as ministras Izabella Teixeira, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, para pedir apoio à execução do Projeto de Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos do Médio Vale. O prefeito de Timbó, Laércio Schuster Júnior, explicou que o projeto da usina de biogás é uma das necessidades do Médio Vale do Itajaí, tanto pela disposição dos municípios em cumprir a legislação federal, quanto para aprimorar o gerenciamento de resíduos com foco na diminuição do impacto ambiental. A ministra Izabella Teixeira considerou o projeto dotado de grande viabilidade para o desenvolvimento econômico da região, podendo destacar-se como polo de referência não apenas regional, mas como modelo para o Brasil. Sem Lixões As 14 prefeituras do Vale do Itajaí já conseguiram eliminar os lixões, colocando as 135 mil toneladas de lixo coletados a cada ano em dois aterros sanitários, depois de processadas e tratadas nas nove centrais de reciclagem e em dez centrais de triagem, reduzindo-se os riscos de contaminação ambiental, como garantiu o prefeito. Izabella Teixeira disse que a proposta precisa ser mais ambiciosa”, do ponto de vista político e desenvolvimentista: “Santa Catarina pode liderar o debate nacional, com visão estratégica de futuro, tornando-se referência em reaproveitamento, reciclagem e reutilização de resíduos sólidos”, insistiu. O projeto de instalação da usina de biogás na região terá dez mil metros quadrados de área construída e capacidade para processar todos os resíduos produzidos na região. Terá quatro biodigestores e empregará 100 pessoas nesse processo. O custo de implantação do projeto completo está estimado em R$ 60 milhões. Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9708-prefeitos-catarinenses-pedem-apoio-para-constru%C3%A7%C3%A3o-de-usina-de-biog%C3%A1s)

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17/10/2013 Mudanças climáticas destinadas a provocar graves al terações nos oceanos por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/coralmorto.jpg

Aumento das temperaturas, acidificação e redução de oxigênio afetarão todo o ecossistema marinho ainda neste século. Pesquisadores do Departamento de Geografia da Universidade do Havaí em Manoa e da Universidade Estadual de Oregon descobriram que nenhum oceano do mundo ficará intacto às mudanças climáticas até 2100, e os mares vivenciarão os diversos efeitos do aquecimento global, acidificação e redução do oxigênio. Em uma nova pesquisa(http://www.plosbiology.org/article/info:doi/10.1371/journal.pbio.1001683), publicada no periódico PLOS Biology, os cientistas descrevem toda a cadeia de eventos que as alterações bioquímicas nos oceanos, provocadas pelas emissões humanas de gases do efeito estufa (GEEs), podem gerar para habitats e organismos marinhos. Enquanto análises anteriores se focavam principalmente no aquecimento e na acidificação dos mares, essa observou também os impactos sociais das mudanças climáticas. Para chegar às conclusões expostas, os 28 estudiosos reuniram mapas de distribuição global de 32 habitats marinhos e hotspots de biodiversidade, desenvolvidos para o Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), para avaliar a possível vulnerabilidade desses habitats às transformações. Levando em consideração as variações previsíveis, como a diminuição do oxigênio dissolvido na água do mar e a redução na produtividade dos ecossistemas oceânicos, o novo estudo mostra que todos os oceanos serão afetados pelas mudanças climáticas até o final do século. Até 2100, as médias globais de temperatura para as camadas superficiais dos mares podem chegar a aumentar de 1,2ºC a 2,6ºC, o pH pode declinar de 0,15 a 0,31, o oxigênio dissolvido na água pode diminuir e a produção de fitoplâncton pode reduzir-se. “Quando você observa os oceanos mundiais, há poucos lugares que ficarão livres de alterações; a maioria sofrerá com os efeitos simultâneos do aquecimento, acidificação, e reduções no oxigênio e na produtividade”, colocou Camilo Mora, principal autor da análise e professor assistente do Departamento de Geografia da Universidade do Havaí em Manoa. “As consequências dessas transformações co-ocorrentes são enormes – tudo, da sobrevivência de espécies, à abundância, faixa de tamanho, tamanho do corpo, riqueza de espécies e funcionamento dos ecossistemas será afetado por variações na bioquímica dos oceanos”, acrescentou Mora. A influência dessas alterações sobre os seres humanos provavelmente serão enormes. A pesquisa mostra que entre 470 milhões e 870 milhões das pessoas mais pobres do mundo dependem dos oceanos para alimentação, empregos e renda, e vivem em países em que os bens e serviços provenientes dos mares podem ser comprometidos por várias transformações biogeoquímicas nos oceanos.

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“Outros estudos observaram impactos em pequena escala, mas esta é a primeira vez que fomos capazes de observar todos os oceanos mundiais e como estressores co-ocorrentes impactarão diferentemente os diversos habitats e povos da Terra”, comentou Andrew Thurber, coautor da Universidade Estadual de Oregon. Dos habitats marinhos analisados pela pesquisa, os cientistas descobriram que os recifes de corais, os bancos de algas marinhas e os habitats de fundo inconsolidado vivenciariam as maiores variações na biogeoquímica marinha, enquanto habitats mais profundos vivenciariam as menores alterações. O que exatamente acontecerá quando as mudanças climáticas transformarem os oceanos mundiais ainda não é sabido, declarou Mora, acrescentando que o processo é como “cair de uma escada: você não tem certeza de que parte do corpo irá machucar, apenas que você quase certamente será lesado de alguma forma”. “Sistemas são muito complexos. Você não pode dizer quais espécies vão ser extintas, ou a resposta de uma espécie específica, mas você pode esperar que essas variações sejam bem grandes”, concluiu ele ao LiveScience. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=735435). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/mudancas-climaticas-destinadas-provocar-graves-alteracoes-oceanos/)

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17/10/2013 Aprovada inclusão de campanhas educativas em planos de resíduos sólidos por Maria Neves, da Agência Câmara

Foto: http://www.shutterstock.com/

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/shutterstock_residuoslixeira.jpg A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, na última terça-feira (15), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 4846/12, do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), que inclui a realização de campanhas educativas para a população como um dos itens obrigatórios nos planos estaduais e municipais de resíduos sólidos. O texto, que altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10(http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2010/lei-12305-2-agosto-2010-607598-norma-pl.html)), seguirá para o Senado, exceto se houver recurso para que seja analisado pelo Plenário da Câmara. Pela proposta aprovada, desde que elaborem o plano estadual de resíduos sólidos, os governos dos estados poderão ter acesso a recursos da União destinados a empreendimentos, serviços e campanhas educativas relacionadas à gestão de resíduos. O projeto estabelece ainda que os municípios que realizarem essas campanhas educativas serão priorizados no acesso aos recursos do governo federal destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo dos resíduos sólidos. O relator na CCJ, deputado Ademir Camilo (Pros-MG), votou pela constitucionalidade da matéria. Íntegra da proposta: PL-4846/2012(http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=563300) * Edição – Marcelo Oliveira. ** Publicado originalmente no site Agência Câmara(http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/454653-APROVADA-INCLUSAO-DE-CAMPANHAS-EDUCATIVAS-EM-PLANOS-DE-RESIDUOS-SOLIDOS.html). Fonte: Agência Câmara/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/aprovada-inclusao-campanhas-educativas-planos-residuos-solidos/)

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19/10/2013 Conferência Nacional do Meio Ambiente pede fim dos lixões Acabar com os lixões até 2014 e aumentar percentual de reciclagem é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente por Ana Cristina Campos, da Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado

Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr Fonte: http://exame3.abrilm.com.br/assets/images/2012/9/68098/size_590_Lix%C3%A3o.jpg?1348776963

Brasília – O Brasil(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/fim-dos-lixoes-e-tema-da-conferencia-nacional-do-meio-ambie) tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/fim-dos-lixoes-e-tema-da-conferencia-nacional-do-meio-ambie) produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro – acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/fim-dos-lixoes-e-tema-da-conferencia-nacional-do-meio-ambie), que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro. O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor. Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.

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Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA. Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados. O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano. “A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu. A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos. Fonte: EXAME.COM > Notícias > Meio Ambiente e Energia > Sustentabilidade(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/fim-dos-lixoes-e-tema-da-conferencia-nacional-do-meio-ambie)

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21/10/2013 TERRAMÉRICA – Lixo a caminho da privatização por Patricia Grogg*

Um homem descarrega latas vazias de refrigerante na cooperativa San José de las Lajas, na província de Mayabeque.

Foto: Jorge Luis Baños/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/CubaCooperativaReciclagem.jpg

O eterno ofício de encontrar no lixo algo que sirva para ganhar alguns pesos adquire em Cuba uma nova dimensão para autônomos e cooperativas. Havana, Cuba, 21 de outubro de 2013 (Terramérica) – A iniciativa privada na Cuba socialista e de economia centralizada está encontrado um lugar em um setor impensado: coleta e reciclagem de lixo. Para muitos é um meio de subsistência, outros encontraram uma mina de ouro. Para Pitusa, os dejetos dos habitantes de Havana são fonte inesgotável de recursos úteis. “Não desperdiço nada, recolho, seleciono, limpo e guardo para quando me faltar algo”, disse esse homem que recompõe uma janela e fabrica um móvel “multifuncional”. “Tenho 43, anos e desde os 19 trabalho na reciclagem”, disse ao Terramérica, pedindo para ser identificado como Pitusa, porque não tem licença de autônomo. “Faço tantas coisas que não saberia como me registrar e pagar impostos”, justificou. No lixo há móveis quebrados, garrafas, vidros, tubos plásticos ou de ferro, carretilha de pesca, cadeiras, portas ou janelas velhas. “Nada é irreversível, embora fazer um móvel novo de um tareco (utensílio em desuso de pouco valor) não seja fácil. Para mim é algo artístico dar um uso a alguma coisa que foi abandonada e ninguém se importa”, afirmou com certo orgulho. Pituza é um “buzo”, nome local do eterno ofício de encontrar no lixo algo que sirva para ganhar alguns pesos. “Neste momento, há 5.800 coletores com licença de autônomos, mas sabemos que são muitos mais os que não se registraram”, informou Marilyn Ramos, vice-diretora geral da União de Empresas de Recuperação e matérias-primas, a entidade estatal que cuida da reciclagem do lixo. Odilia Ferro se dedica “legalmente” a recolher e vender lixo reciclável há cerca de dez anos, em San José de las Lajas, capital de Mayabeque, província vizinha a Havana. “Às vezes vou à rua buscar eu mesma, mas, como as pessoas sabem que trabalho nisso, vêm à minha casa para vender”, contou Ferro ao Terramérica. Ela compra alumínio, bronze, aço, plástico e garrafas de rum e cerveja. Até julho vendia esse material para a empresa estatal de recuperação de Mayabeque, então convertida em cooperativa de nove integrantes, quatro delas mulheres. “O bom é que agora sempre há dinheiro para comprar o que trazem, e à vista”, destacou. Nesse país de regime socialista, as cooperativas estiveram restritas por muitos anos à agropecuária. Em meados do ano, o governo de Raúl Castro lhes abriu outros espaços como parte das reformas para criar um “socialismo próspero e sustentável”. Nas primeiras 124 criadas, há duas dedicadas a recuperar lixo. A intenção do governo é que cada um dos 168 municípios cubanos tenha uma cooperativa de recuperação de dejetos.

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Ramos admite que a empresa estatal não tem condições de chegar à porta de cada casa que gera esse lixo. Isso fica para o incipiente setor privado, enquanto ao Estado são reservadas as grandes fontes de lixo recuperável, declarou em entrevista ao Terramérica. Superando os preconceitos, a contadora Eida Pérez, de 39 anos, encontrou um filão na recuperação de lixo. A cooperativa que dirige conseguiu em dois meses lucro equivalente a US$ 14.750. Em Cuba o salário médio gira em torno dos US$ 19. “Há três anos não imaginávamos que isso poderia acontecer”, afirmou. Dessa forma, Pérez se encaminha para a autonomia trabalhista, superando medos e conceitos de um passado recente, no qual só se fazia o que era orientado “de acima”. “Aumentamos os produtos recuperados. Agora nos consideramos mais eficientes e em vantagem com relação às empresas estatais, porque não estou de mãos amarradas. Operamos com dinheiro, podemos pagar mais se o serviço merecer, arrendar nossos caminhões e contratar os serviços de autônomos”, ressaltou. “De todos os produtos que compramos retiramos 50%” de diferença, contou Pérez. Suas sócias e seus sócios, que a elegeram presidente, esperam chegar ao final do ano com uma boa margem de lucro. Nesses dois meses, já terão pago o empréstimo inicial, sem juros, equivalente a US$ 5.400. No começo, a maioria dessas novas cooperativas foi criada por iniciativa estatal, entregando aos empregados a operação de uma atividade que o Estafo fazia. “É um mau começo, porque um princípio básico dessas formas de gestão empresarial é a vontade individual”, observou ao Terramérica um economista que pediu para não ser identificado. Contudo, para Ramos, “o benefício é duplo. Aumentamos a recuperação de lixo reciclável e evitamos que sigam para o lixão, ou seja, que também haja um impacto ambiental”. Nesse país funcionam 986 lixões que, em 2012, receberam pouco mais de 5,33 milhões de toneladas de lixo, segundo o Escritório Nacional de Estatística e Informação. No ano passado, foram recuperadas aproximadamente 420 mil toneladas de lixo: aço, ferro fundido, chumbo, bronze, alumínio, papel, papelão, plásticos, têxteis, lixo eletrônico e vasilhames de vidro. Esses produtos foram exportados ou vendidos para indústrias nacionais: siderúrgicas, fábrica de cabos e empresas de papel e papelão. Se essas indústrias tivessem que importar esses insumos, o país teria pago US$ 120 milhões, segundo Ramos. “Queremos industrializar cada vez mais esse trabalho e aumentar o valor agregado dos produtos reciclados”, enfatizou. A União estatal que dirige a reciclagem quer propiciar cooperativas provinciais que cuidam de processar,“ainda que de forma simples”, o lixo que obtiver. Hoje funcionam apenas duas unidades separadoras de lixo. O ideal, admite Ramos, seria que as famílias classificassem o lixo. Mas esse sonho, que exige fortes investimentos, está longe para Cuba. * A autora é correspondente da IPS. LINKS Cooperativas-Cuba: Opções à espera de uma lei, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2011/11/cooperativas-cuba-opciones-en-espera-de-una-ley/) Raúl Castro defende ritmo das reformas, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2011/09/cuba-raul-castro-defiende-ritmo-de-reformas/) Raúl Castro destaca mudanças dentro do socialismo(http://www.ipsnoticias.net/2011/04/cuba-raul-castro-apuntala-cambios-dentro-del-socialismo/) Reformas contra o relógio, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2011/06/politica-cuba-reformas-a-contrarreloj/) Artigo produzido para o Terramérica, projeto de com unicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press S ervice (IS) e distribuído pela Agência Envolverde. Fonte: Terramérica/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/lixo-privatizacao/)

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21/10/2013 Brasil avalia o impacto de obras da Copa do Mundo no efeito estufa Técnicos das 12 cidades-sede receberão treinamento para elaborar relatórios por Lucas Tolentino

Reunião em Brasília: objetivo é minimizar as emissões

Foto: Martim Garcia/MMA Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/d62cc0a50f6604c2b2aa239eda0cf7fe_XL.jpg

A liberação de gases que provocam o efeito estufa decorrente da Copa do Mundo de 2014 poderá ser medida pelos gestores públicos de todo o país. Representantes dos governos federal e do Distrito Federal começaram, nesta segunda-feira (21/10), em Brasília, a passar por capacitação para a construção de inventários de emissões. Além disso, a medida tem o objetivo de identificar alternativas de redução e compensação para os impactos causados pelas construções e obras de infraestrutura realizadas para o torneio. Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases poluentes, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura e a pecuária. Impactos A capacitação será realizada nas 12 cidades que sediarão o campeonato no workshop Inventário de Emissões da Copa do Mundo de 2014. Em cada um dos locais, o treinamento vai durar dois dias. Realizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o evento integra o projeto Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa em Setores-Chave do Brasil, executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O diretor-substituto de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Daniel do Couto Silva, afirmou que aspectos ambientais têm relevância nos preparativos para o campeonato. “A questão é dimensionar o impacto socioambiental de eventos desse porte”, destacou. “Pelo público e pela infraestrutura que a Copa atrai, há um aumento significativo das emissões. É preciso fazer um inventário com essas informações para que possamos identificar oportunidades de redução e compensação”. Nivelamento O treinamento permitirá o alinhamento dos gestores do governo federal com os das esferas estaduais na diminuição dos impactos causados pelo torneio. “A capacitação é uma forma de nivelar conhecimentos e informar quais são os dados necessários e como obtê-los”, explicou o oficial de Programas do Pnuma, Saulo Andrade. Segundo ele, um inventário nacional deverá ficar pronto até o fim do próximo ano e a intenção é que os governos das 12 cidades-sede façam documentos semelhantes acerca da realidade local. Além dos representantes do MMA e do Pnuma, a abertura do primeiro workshop, realizado em Brasília, contou com a participação do coordenador-geral de Mudança Global do Clima do MCTI, Gustavo Luedemann, e do subsecretário de Saúde Ambiental do DF, Luiz Maranhão. A capacitação ocorrerá até esta terça-feira (22/10). A próxima cidade a receber o evento será Natal (RN), entre 24 e 25 de outubro. O treinamento será realizado até o fim de novembro, passando por cidades como Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus.

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Cronograma Veja as datas dos workshops em cada uma das cidades-sede da Copa: Brasília: 21 e 22 de outubro Natal: 24 e 25 de outubro Cuiabá e Curitiba: 31 de outubro e 1º de novembro Recife e Salvador: 4 e 5 de novembro Fortaleza e São Paulo: 11 e 12 de novembro Belo Horizonte e Porto Alegre: 18 e 19 de novembro Manaus e Rio de Janeiro: 21 e 22 de novembro. Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9718-brasil-avalia-o-impacto-de-obras-da-copa-do-mundo-no-efeito-estufa)

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21/10/2013 Argentinos transformam gases da digestão de bovinos em energia Arroto de animais, que contém metano, é transformado em gás natural. Cada boi ou vaca emite entre 250 e 300 litros de metano a cada dia. da Reuters

Foto de 2012 mostra vacas leiteiras na cidade de Totoras, 360 km ao norte de Buenos Aires.

Foto: Reuters/Enrique Marcarian/Files Fonte: http://s2.glbimg.com/kKFBXRzBraYeWka5bQO8pr2-

JCA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/10/21/vacas.jpg Cientistas argentinos descobriram uma maneira de transformar o gás criado pelo sistema digestivo dos bovinos em combustível, uma inovação que poderia inibir os gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. Por meio de um sistema de válvulas e tubos, a técnica experimental desenvolvida pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola da Argentina (Inta) canaliza os gases digestivos das cavidades estomacais dos bovinos para um tanque. Esses gases, também conhecidos como arrotos, são então processados para separar o metano de outros gases, como dióxido de carbono. O metano é o principal componente do gás natural, usado como combustível para carros e indústrias. “Uma vez que o gás é comprimido, é o mesmo que ter gás natural”, diz Guillermo Berra, coordenador do grupo de fisiologia animal do Inta. “Como fonte de energia, não é muito prático no momento, mas se você olhar para o futuro, em 2050, quando as reservas de combustíveis fósseis estiverem ameaçadas, será uma alternativa”, disse à Reuters. Cada boi emite entre 250 e 300 litros de metano a cada dia, energia suficiente para manter uma geladeira funcionando por 24 horas. Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/10/argentinos-transformam-gases-da-digestao-de-bovinos-em-energia.html)

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22/10/2013 Emissões do setor de energia dos EUA chegam a menor nível desde 1994 por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/emissoeseua.jpg

Segundo os dados da Administração de Informação de Energia (EIA) dos Estados Unidos, as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) do país atingiram em 2012 seu menor índice em quase 20 anos. As emissões de dióxido de carbono (CO2) relacionadas ao setor energético caíram 3,8% em 2012, o que significa que elas estão 12% abaixo dos níveis de 2007, quando o maior índice de emissões foi registrado. Desde 1990, apenas o ano de 2009, em que a recessão econômica mundial atingiu os EUA com mais força, teve uma porcentagem maior de redução de emissões de CO2 do que 2012. Levando em consideração que a economia norte-americana teve um crescimento no último ano, significa que também a intensidade de energia (quantidade de energia utilizada por dólar do produto interno bruto – PIB) caiu. De acordo com as informações da EIA, enquanto o PIB do país cresceu 2,8% em 2012, o consumo de energia caiu 2,4% no mesmo ano, o que significa uma redução de 5,1% na intensidade de energia, ou de 75 milhões de toneladas métricas de CO2 (MMTCO2). A intensidade de carbono (quantidade de carbono emitida por unidade de PIB) também diminuiu, tendo uma queda de 6,5% em 2012. Essa foi a maior redução na intensidade de carbono desde que os registros começaram, em 1949. Apenas dois outros anos, 1952 e 1981, tiveram diminuições maiores do que 5%. Para se ter uma ideia, se a intensidade de carbono e de energia não tivessem diminuído, as emissões teria aumentado 143 MMTCO2. A EIA afirma que quatro fatores foram especialmente importantes para a redução das emissões norte-americanas em 2012: um inverno ameno, a diminuição na demanda residencial por eletricidade, a redução no consumo de energia pelo setor de transportes e a progressiva substituição do carvão pelo gás natural. Metade da diminuição da energia do setor residencial foi devido a um primeiro trimestre particularmente quente, que reduziu a necessidade do uso de calefação, cortando assim a demanda de energia e as emissões. Com isso, o consumo de eletricidade residencial caiu 3,4% e os sistemas de energia elétrica reduziram ainda mais (4,8%) seu consumo, o que significa que houve um aumento da eficiência na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em mais de 1%.

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Depois do setor residencial, o setor de transportes foi o que mais cortou o consumo de energia, contribuindo com 22% desse declínio. Isso porque, cada vez mais, veículos eficientes estão entrando no mercado norte-americano, e as emissões desse setor em 2012 ficaram muito abaixo do pico de 2007. O aumento na geração de energia a gás natural, e a diminuição na geração a carvão, também ajudaram a reduzir a intensidade de carbono e as emissões em 2012. E mesmo com uma retração no desenvolvimento das renováveis, a intensidade de carbono na geração de energia caiu 3,5%, principalmente por causa do crescimento na participação do gás e o parcial abandono do carvão. Mas apesar das tendências positivas, a EIA reconhece que ainda é cedo para dizer se as emissões continuarão caindo nos próximos anos. “É difícil tirar conclusões de um ano de dados. Circunstâncias específicas tais como o primeiro trimestre quente de 2012 e o grande aumento na geração de gás natural em relação ao carvão contribuíram para o declínio significativo nas emissões em 2012. Outros fatores, tais como melhoras na eficiência dos combustíveis para veículos e aumento no uso da geração renovável, contudo, podem ter um papel contínuo nos anos seguintes”, concluiu o relatório. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=735470). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/emissoes-setor-energia-eua-chegam-menor-nivel-1994/)

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24/10/2013 BM&FBovespa vai compensar emissões de gases-estufa com compra de créditos de carbono por Redação do EcoD

Emissões que não forem passíveis de redução serão compensadas com a compra de créditos de carbono.

Foto: rherreramarmol Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/bovespa-ecod.jpg

A BM&FBovespa passará a compensar anualmente as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) que não forem passíveis de redução, tornando-se, assim, “carbono neutro”. Esta iniciativa retrocede aos anos de 2011 e 2012 e tem entre os seus objetivos o de induzir a adoção das melhores práticas de sustentabilidade pelas empresas listadas e o mercado em geral. Segundo comunicado da instituição, a iniciativa também está em linha com a Política de Sustentabilidade da Bolsa – aprovada pelo Conselho de Administração em abril de 2013 – e “concretiza o compromisso com o avanço das iniciativas empresariais relacionadas às mudanças climáticas”. Para compensar as emissões destes dois anos, foram comprados 7.148 créditos de carbono (ou 7.148 toneladas de CO2 equivalente) gerados no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, denominados RCEs (Reduções Certificadas de Emissão). Os créditos de carbono comprados pela Bolsa foram gerados pelos seguintes projetos de energia renovável de pequena escala, registrados junto à Organização das Nações Unidas (ONU): Central Energética do Rio Pardo – Cogeneration Project (Cerpa); BT Geradora de Energia Elétrica S.A – Ferradura Small Hydro Power Plant; Araputanga Centrais Elétricas S.A. – Arapucel Small Hydroelectric Power Plants Project; Rialma Companhia Energética III S/A – Santa Edwiges III Small Hydro Power Plant. A compensação de emissões dos GEE é mais um passo no trabalho iniciado em 2009, quando a BM&FBovespa fez seu primeiro inventário de emissões de GEE, que a partir de 2010 passou a ser verificado por auditoria externa, visando identificar, gerenciar e reduzir o impacto ambiental de seus negócios e contribuir de forma voluntária para o esforço global em favor da estabilização do clima. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/outubro/bm-fbovespa-vai-compensar-emissoes-de-gases-estufa?tag=empresa-sustentavel). Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/bmfbovespa-compensar-emissoes-gases-estufa-compra-creditos-carbono/)

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24/10/2013 4ª Conferência do Meio Ambiente começa nesta quinta por Tinna Oliveira, do MMA

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/conferencia.jpg

1.352 delegados estarão em Brasília para definir ações, desafios e avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abre a etapa nacional da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), às 19h do dia 24 de outubro, em Brasília. O evento reunirá 1.352 representantes de todos os Estados e do Distrito Federal para propor ações prioritárias envolvendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para a ministra, os temas debatidos na conferência extrapolam a questão de resíduos sólidos e seus desdobramentos. “Estamos discutindo mobilidade urbana, qualidade de vida, direitos e deveres de cada cidadão”, afirmou. Ela espera que esta etapa nacional possa trazer propostas concretas para a coleta seletiva, o fim dos lixões, o consumo consciente, a reciclagem e a logística reversa. Para tratar destes e de outros pontos da PNRS, os participantes da conferência participarão do ciclo de debates que será promovido na manhã do segundo dia do evento. Representantes dos governos federal e estadual e da sociedade civil serão expositores e debatedores (confira os nomes abaixo). Serão 12 painéis tratando da implantação da logística reversa; erradicação dos lixões; recuperação energética de resíduos sólidos urbanos; desperdício de alimentos e combate à fome; gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil; desafios da coleta seletiva; os catadores na gestão de resíduos sólidos; resíduos sólidos e oportunidade de negócios; gerenciamento de resíduos no meio rural; gestão de áreas protegidas e resíduos sólidos e tratamento térmico: uma alternativa para a destinação de resíduos. Participação Ao longo dos dias 25 e 26 de outubro, os delegados dos Estados participarão das reuniões dos grupos de trabalho que discutirão os quatro eixos prioritários desta edição: produção e consumo sustentáveis; redução de impactos ambientais; geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental. No dia 27 de outubro, serão eleitas as propostas finais relacionadas à política. Será produzido um documento final com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA. Etapas preparatórias As propostas levadas à etapa nacional vieram das 26 etapas estaduais e da etapa distrital, além das conferências livres, que podiam ser convocadas por qualquer cidadão, e a realizada via internet. Foram realizadas 224 conferências livres em 26 Estados, que mobilizaram quase 25 mil pessoas. Tanto a modalidade livre quanto a virtual foram utilizadas pela primeira vez na Conferência Nacional do Meio Ambiente e ampliaram a participação popular. Nas 26 etapas estaduais e na distrital foram discutidas as propostas dos municípios, levantadas durante as 643 conferências municipais e 179 regionais (que envolvia mais de um município), mobilizando 3.652 cidades. A sociedade civil foi o segmento que mais participou das etapas estaduais, com o total de 3.421 representantes. Em segundo lugar ficou o poder público com 2.347 e em terceiro o setor empresarial com 868 representantes. Somando todas essas etapas, foram alcançadas cerca de 200 mil pessoas, mobilização recorde em uma Conferência de Meio Ambiente.

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A primeira Conferência Nacional do Meio Ambiente realizada em 2003 teve como tema o Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente, mobilizando 65 mil pessoas. Em 2005, ocorreu a segunda com o tema Gestão Integrada das Políticas Ambientais e Uso dos Recursos Naturais. Nessa edição foram mobilizadas 85 mil pessoas. A terceira conferência aconteceu em 2008 e mobilizou 115 mil pessoas para falar de Mudanças Climáticas. Confira aqui(http://www.mma.gov.br/images/noticias_arquivos/pdf/2013/outubro_13/programacao_4_cnma.pdf) a programação completa. * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9719-4%C2%AA-confer%C3%AAncia-nacional-de-meio-ambiente-debate-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos). Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/4a-conferencia-meio-ambiente-comeca-nesta-quinta/)

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24/10/2013 Saneamento básico no Brasil: “Um cenário alarmante” – Entrevista com Édison Carlos por Redação do IHU On-Line

Foto: Divulgação/Internet

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/06/saneamento.jpg “O governo federal pretende universalizar o saneamento básico no Brasil em 20 anos (2014 a 2033) e para isso estima a necessidade de 302 bilhões de reais somente para obras de água e esgotos. Teríamos de investir em média 15 a 16 bilhões/ano, mas ainda não passamos dos 9 bilhões de reais por ano”, adverte o presidente executivo do Instituto Trata Brasil. A situação do saneamento básico no Brasil é “alarmante” e compromete “a meta do governo federal de universalizar o saneamento em 20 anos”, diz Édison Carlos, ao comentar os dados do Ranking do Saneamento realizado pelo Instituto Trata Brasil, o qual avalia a situação do saneamento e da água nas 100 maiores cidades brasileiras. Segundo ele, em 2011, as 100 maiores cidades do país “geraram mais de 5,1 bilhões de m³ de esgoto. Desses, mais de 3,2 bilhões de m³ não receberam tratamento. Significa que as 100 maiores cidades jogaram cerca de 3.500 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza”. Apesar do cenário preocupante, o presidente Executivo do Instituto Trata Brasil assegura que houve avanços na última década, principalmente no acesso à água potável. Nas 100 cidades monitoradas, 92,2% da população tem acesso à água tratada, “bem acima da média nacional – que é de 82,4%”. Em relação à coleta de esgotos, os dados são mais precários. “Chega a 61,40% da população nas 100 maiores cidades e a 48,1% no país. Significa que mais de 100 milhões de brasileiros ainda não possuem esse serviço mais básico”, assinala em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. De acordo com ele, os investimentos do PAC destinados para melhorias do saneamento básico ainda não foram utilizados na sua totalidade. “O Trata Brasil monitora 138 obras de esgotos do PAC, e constatamos que somente 14% delas estão prontas após cinco anos. A maioria, 65% das obras, está atrasada, paralisada ou sequer começou”, lamenta. Édison Carlos é químico industrial graduado pelas Faculdades Oswaldo Cruz e pós-graduado em Comunicação Estratégica. Atuou por quase 20 anos em várias posições no Grupo Solvay, sendo que, nos últimos anos, foi responsável pela área de Comunicação e Assuntos Corporativos da Solvay Indupa. Em 2012, Édison Carlos recebeu o prêmio “Faz Diferença – Personalidade do Ano”, do Jornal O Globo – categoria “Revista Amanhã”, que premia quem mais se destacou na área da Sustentabilidade em todo o país. Confira a entrevista:

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IHU On-Line – Como foi elaborado o Ranking do Sanea mento realizado pelo Instituto Trata Brasil? Quais as principais constatações em relação ao sane amento básico nas 100 maiores cidades brasileiras? Édison Carlos – O Ranking do Saneamento(http://www.ihu.unisinos.br/noticias/524000-agua-de-20-capitais-tem-contaminantes-emergentes-porto-alegre-lidera) do Instituto Trata Brasil é elaborado a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, do Ministério das Cidades, que fornece anualmente os números de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, perdas de água, investimentos e outros; todos estes providos das próprias empresas ou municípios operantes. Vale ressaltar que o Ministério das Cidades divulga números com dois anos de defasagem, ou seja, os dados fornecidos este ano – e consequentemente usados para o Ranking do Instituto Trata Brasil – são de 2011. Com os números do SNIS, a GO Associados, parceira do Trata Brasil, se encarrega de elaborar o método que definirá a posição de cada município. As principais constatações são preocupantes, e a lenta evolução dos indicadores nas grandes cidades compromete a meta do governo federal de universalizar o saneamento em 20 anos. Nós temos um cenário alarmante no Brasil, mesmo em grandes capitais, como Macapá, Belém, São Luís, Teresina, Natal, entre outras, onde os serviços de coleta e tratamento de esgoto ainda são muito precários. Em 2011, as 100 maiores cidades geraram mais de 5,1 bilhões de metros cúbicos (m³) de esgoto. Desses, mais de 3,2 bilhões de m³ não receberam tratamento. Significa que as 100 maiores cidades jogaram cerca de 3.500 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza. IHU On-Line – Em que estados se concentram as cidad es em que há melhor e pior condições de saneamento?

Foto: http://bit.ly/1afV9N1

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/speaker_edison_carlos.jpg Édison Carlos – São Paulo, Minas Gerais e Paraná são os estados que têm números expressivos de municípios, mais especificamente 18 entre as 20 melhores cidades no ranking. Em contrapartida, as regiões Norte e Nordeste, no geral, têm os piores índices, principalmente o estado do Pará, que contém seus três grandes municípios (Belém, Santarém e Ananindeua) nas cinco últimas posições, além de Amapá, Pernambuco e Maranhão. Apesar de estar no Sudeste, o estado do Rio de Janeiro também possui algumas cidades da Baixada Fluminense entre as piores do país. IHU On-Line – Que percentual da população brasileir a é atendida com água tratada e coleta de esgoto? Édison Carlos - Nas 100 maiores cidades monitoradas pelo Instituto Trata Brasil, são 92,2% da população que têm atendimento em água tratada, bem acima da média nacional – que é de 82,4%. Já a coleta de esgotos chega a 61,40% da população nas 100 maiores cidades e a 48,1% no país. Significa que mais de 100 milhões de brasileiros ainda não possuem esse serviço mais básico. IHU On-Line – Qual o destino dado ao esgoto gerado pelas 100 maiores cidades brasileiras? Édison Carlos – Estas 100 maiores cidades, em 2011, geraram mais de 5,1 bilhões de m³ de esgoto; mais de 3,2 bilhões de m³ não receberam tratamento, isto é, as 100 maiores cidades jogaram cerca de 3.500 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza. São lançamentos de esgotos em córregos, rios e lagos, a céu aberto ou em fossas rústicas que, se não cuidadas, geram contaminação nos lençóis freáticos. IHU On-Line – Que avanços foram possíveis constatar no setor de saneamento desde 2003?

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Édison Carlos – Houve avanços, principalmente no acesso à água potável, mas muito pouco em coleta e tratamento dos esgotos. Quase nada se avançou também na redução das perdas de água. Os investimentos do setor federal, através do Programa de Aceleração e Crescimento – PAC, por exemplo, ainda não conseguiram ser usados em sua totalidade. O Trata Brasil monitora 138 obras de esgotos do PAC, e constatamos que somente 14% delas estão prontas após cinco anos. A maioria, 65% das obras, está atrasada, paralisada ou sequer começou. IHU On-Line – Quais são as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB para 2030? A partir da pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil, quais as expectativas na tentativa de alcançar a meta do PLANSAB? Édison Carlos – O governo federal pretende universalizar o saneamento básico no Brasil em 20 anos (2014 a 2033) e, para isso, estima a necessidade de 302 bilhões de reais somente para obras de água e esgotos. Teríamos de investir em média 15 a 16 bilhões/ano, mas ainda não passamos dos 9 bilhões de reais por ano. Precisamos, portanto, investir o dobro para atingir a universalização que o governo federal propõe. O PLANSAB exige que os municípios entreguem um plano de saneamento até dezembro deste ano, porém sabemos que muitos prefeitos não irão cumprir com o pedido, dessa forma, estas cidades poderão não mais receber recurso federal para novas obras. Quem perde com isso é o cidadão. IHU On-Line – Quais são as principais dificuldades para alcançar a meta de universalizar o saneamento básico em 20 anos no Brasil? Édison Carlos – Primeiramente, saneamento básico tem que ser prioridade número 1 dos entes públicos e da população. Devido aos 20 anos que o país passou sem recursos para esgotamento sanitário, criou-se um grande déficit nestes serviços. Hoje o setor enfrenta dificuldade por conta da gestão dos municípios e da atuação das empresas de saneamento na elaboração de projetos, no uso dos recursos, ao mesmo tempo em que há uma grande burocracia para a chegada dos recursos federais às obras, dificuldade e lentidão nas licenças ambientais e despreparo das prefeituras para com essas obras. IHU On-Line – Quais são hoje as principais política s públicas federais para garantir melhorias no tratamento da água e melhores condições de saneamen to básico? Édison Carlos – O governo federal, em 2007, sancionou a lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico (nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007). Esta lei preconiza que todos os municípios precisam elaborar seus Planos Municipais de Saneamento Básico e promover a Regulação dos Serviços de Saneamento. Estes são instrumentos de planejamento fundamentais para que as cidades organizem seu futuro no campo sanitário. Infelizmente, a implementação dessas diretrizes está muito lenta no país. IHU On-Line – Deseja acrescentar algo? Édison Carlos – Em 2014 temos eleições, e é momento de o brasileiro manifestar sua vontade de que esta realidade mude. Temos que cobrar soluções de nossos candidatos a deputado, senador, governador e presidente. Somente através da mobilização conseguiremos mostrar que saneamento é importante. * Publicado originalmente no site IHU On-Line(http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/524625-qos-servicos-de-coleta-e-tratamento-de-esgoto-ainda-sao-muito-precariosqentrevista-especial-com-edison-carlos). Fonte: IHU On-Line/Envolverde(http://envolverde.com.br/saude/saneamento-basico-brasil-cenario-alarmante-entrevista-edison-carlos/)

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24/10/2013 Governo estima investimentos de R$ 200 bi em energi a até 2022 Previsão faz parte da proposta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2022, que entrou em consulta pública nesta quinta por REUTERS(http://br.reuters.com/)

Torre de energia: governo considera uma expansão da capacidade instalada de geração elétrica do país para 183 gigawatts (GW) no final de 2022

Foto: Adriano Machado/Bloomberg Fonte:

http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2013/9/301328/size_590_PX033_7D8D_9.JPG?1379005489 São Paulo – O governo federal estima que serão necessários investimentos (http://www.exame.com.br/topicos/investimentos-de-governo) de cerca de 200 bilhões de reais para expandir a geração de energia (http://www.exame.com.br/topicos/energia-eletrica) no Brasil até 2022 para atender ao aumento previsto da demanda por eletricidade. A previsão faz parte da proposta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2022, que entrou em consulta pública nesta quinta-feira. O documento considera uma expansão da capacidade instalada de geração elétrica do país para 183 gigawatts (GW) no final de 2022, ante 119,5 GW em dezembro de 2012 – um acréscimo de 53 por cento na oferta. Do total de investimentos previstos em geração, 77,9 bilhões de reais já serão investidos nas usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. O restante – R$ 122 bilhões de reais – é o montante a ser investido em novas usinas ainda não contratadas ou autorizadas, "sendo 61 por cento em hidrelétricas, 38 por cento no conjunto de outras fontes renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e eólica) e 1 por cento em termelétricas", informou a proposta do PDE.

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No documento, estima-se um incremento médio de carga de energia no sistema nacional de cerca de 3 mil megawatts (MW) médios por ano, entre 2013 e 2022, ou cerca de 4,2 por cento ao ano. Os investimentos previstos na expansão na infraestrutura de transmissão de energia somam 60,4 bilhões de reais, sendo 37,8 bilhões em linhas de transmissão e 22,6 bilhões em subestações. O PDE dá diretrizes para a expansão energética do país e está em consulta pública até 10 de novembro, segundo portaria do Ministério de Minas e Energia publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira. A proposta do PDE 2022 e documentos relacionados ao tema estão disponíveis no site do ministério. Fonte: EXAME.COM > Notícias > Meio Ambiente e Energia > Geração(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/energia/noticias/governo-estima-investimentos-de-r-200-bi-em-geracao-de-energia-ate-2022-2)

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25/10/2013 Investidores pedem que empresas de combustíveis fós seis avaliem riscos climáticos por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/combustiveisfosseis.jpg

Coalizão de 70 investidores, que juntos reúnem mais de US$ 3 trilhões, desafia as maiores companhias do mundo de petróleo, gás e carvão a se tornarem mais preparadas para um futuro de baixo carbono. Um futuro climaticamente seguro implica em uma utilização cada vez maior das energias renováveis e de estratégias de eficiência energética em detrimento do uso de combustíveis fósseis. Sendo assim, o que podemos esperar das empresas que atualmente dependem dos combustíveis fósseis para sobreviver? Pensando nisso, um grupo de 70 investidores(http://www.ceres.org/files/car-mats/car-release/carbon-asset-risk-initiative-investor-signatories-as-of-october-2013/at_download/file) decidiu perguntar a essas firmas como elas planejam lidar com a questão. A ação dos investidores, chamada de iniciativa Carbon Asset Risk (CAR), foi lançada nesta semana visando estimular as 40 maiores companhias de combustíveis fósseis(http://www.ceres.org/files/car-mats/car-release/companies-that-received-car-letter/at_download/file) do mundo a avaliarem os riscos das mudanças climáticas para seus negócios e os benefícios de apoiar energias de baixo carbono. No último mês, os investidores já haviam enviado cartas às firmas solicitando respostas detalhadas antes de 2014. O esforço é uma resposta ao relatório Unburnable Carbon(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=734406), apresentado neste ano, que aponta que, apenas em 2012, as 200 maiores empresas de combustíveis fósseis gastaram cerca de US$ 674 bilhões para encontrar e desenvolver novas reservas, que podem nunca ser utilizadas devido às políticas internacionais para redução de emissões de gases do efeito estufa (GEEs). “As companhias de combustíveis fósseis são as maiores fontes de poluição de carbono de longe, o que significa que elas também estão unicamente posicionadas para liderar o mundo na resposta aos riscos climáticos globais”, colocou Mindy Lubber, presidente do Ceres, que coordena a coalizão. Os investidores estão preocupados que o dinheiro colocado em projetos de energia fóssil, que contribui para as mudanças climáticas, possa se tornar irrecuperável, fazendo com que as empresas do setor percam valor de mercado. Por exemplo, o valor de algumas firmas do setor carbonífero já está caindo, principalmente com o aumento da competição entre as fontes de energia, novos padrões de qualidade do ar para reduzir os impactos na saúde, e medidas para diminuir a poluição de carbono.

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“O mundo está levando as mudanças climáticas a sério e as pressões globais para reduzir o uso de combustíveis fósseis apenas se tornarão mais fortes”, observou Jack Ehnes, CEO do California State Teachers’ Retirement System (CalSTRS). “Como investidores em longo prazo, vemos o mundo caminhando para um futuro de baixo carbono no qual as reservas de combustíveis dosséis que as companhias continuam a desenvolver podem na verdade se tornar um passivo, o que pode afetar o valor para os acionistas”, acrescentou Ehnes. Por isso, os investidores querem saber como as empresas de combustíveis dosséis planejam lidar com os riscos climáticos e com a emergente economia de energia limpa: por exemplo, através da redução da intensidade de CO2 dos ativos, do abandono dos projetos mais intensos em emissões, e do investimento em fontes de energia de baixo carbono. “Gostaríamos de compreender a exposição de reserva [das companhias] aos riscos associados às atuais e prováveis futuras políticas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050”, escreveram os investidores às firmas de petróleo, gás e carvão. Ainda nesta semana, os investidores receberam respostas preliminares de 30 empresas, mas muitas delas garantiram que as questões serão detalhadas aos investidores em breve. “Muitas das respostas que os investidores receberam de companhias até agora reconhecem que há um problema de risco legítimo em torno das reservas de carbono, e as companhias estão abertas ao engajamento contínuo da comunidade de investidores para determinar o alcance”, comentou Mark Fulton, assessor do Ceres e membro do Quadro de Assessoria da iniciativa Carbon Tracker, que também coordena a coalizão. “As companhias de combustíveis fósseis se mostrarão mais responsáveis para com o capital no futuro se elas tomarem medidas agora para administrar os riscos colocados pelas mudanças climáticas”, concluiu Fulton. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://asenergiasdofuturo.blogspot.com.br/2010/04/combustiveis-fosseis.html). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/investidores-pedem-empresas-combustiveis-fosseis-avaliem-riscos-climaticos/)

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25/10/2013 Conferência Nacional do Meio Ambiente discute gestã o dos resíduos sólidos por Paulenir Constâncio e Sophia Gebrim, do MMA

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abre a etapa nacional da quarta Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA).

Foto: Valter Campanato/ABr Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/conferencia-ecod.jpg

Delegados de todo o país buscam soluções para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Com a presença de 2.500 participantes de 27 Estados e do Distrito Federal, foi aberta nessa quinta-feira (24), em Brasília, a 4ª. Conferência Nacional de Meio Ambiente. O encontro vai até o próximo domingo (26) e discute soluções para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “Esta é uma conferência que traz vocês para cá como agentes de transformação”, disse a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, em discurso dirigido aos 1.340 delegados que vão discutir temas e elaborar propostas para o fim dos lixões, o consumo sustentável e a logística reversa e a inclusão dos 850 mil catadores em atividade no País. A cerimônia de abertura teve a participação de cinco ministros de Estado, representantes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Ministério Público Federal, além de representantes da sociedade civil. Os debates começam nesta sexta-feira (25), com os delegados organizados em grupos temáticos e vão até domingo (26), com a aprovação de uma pauta a ser apresentada ao governo federal. “Acabar com os lixões não é apenas cumprir prazos, é transformar os catadores em empreendedores”, afirmou a ministra Izabella Teixeira, dirigindo-se aos representantes das prefeituras, que têm até 2014 para apresentarem plano de erradicação dos lixões. Ela defendeu soluções diferenciadas para grandes cidades, pequenos e médios municípios e cidades isoladas. Salientou, ainda, a necessidade desoneração fiscal e incentivos tributários para viabilizar a implantação da PNRS. Para ela, qualquer iniciativa nessa direção terá que levar em conta os trabalhadores em reciclagem. “Os catadores terão cada vez mais espaço nas políticas públicas ambientais”, salientou. Festa democrática O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fez reconhecimento público e agradecimento a todos os presentes na Conferência. “É uma verdadeira festa da democracia participativa, agradecemos a cada um de vocês que vieram de tão longe para compor esse encontro e também aos que participaram nos encontros municipais, que reuniram milhares de pessoas”, observou. Para ele, é revolucionário na história brasileira esse processo de discussão, por traduzir um novo jeito de construção, efetivamente democrático e inclusivo, o que mostra que o povo cada vez mais ocupa o seu espaço e se faz ouvir. Carvalho ressaltou a importância da escolha do tema da conferência e a necessidade de enfrentar o problema dos resíduos sólidos. “É preciso estabelecer um novo modelo de desenvolvimento, um modelo sustentável”, disse.

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O ministro destacou, ainda, a temática do consumismo “Sabemos a contradição que hoje toma conta do mercado com o aumento do consumismo no país, a necessidade de se ter e adquirir bens de consumo, precisamos de um novo modelo de distribuição para se viver em harmonia, um novo modelo em que a gente possa valorizar o ser como fator de felicidade com o meio onde vive.” Para ele, é projeto de governo a formulação de um modelo de desenvolvimento sustentável onde as pessoas sejam respeitadas e convivam comprometidas com a natureza. O tratamento dos resíduos sólidos nos municípios e o papel dos catadores e catadoras de material reciclado também foi apontado pelo ministro. “De forma alguma podemos fazer o tratamento do material reciclado de maneira excludente, a capacidade que esses trabalhadores e trabalhadoras mostraram nos últimos anos mostra que eles conseguiram criar uma cadeia de valor verticalizada, onde o resíduo é tratado, o que os torna consequentemente importantes agentes econômicos”. Para ele, não se pode fazer tratamento de resíduos sólidos excluindo essa categoria, é preciso que sejam ouvidos de maneira inclusiva para a construção de um plano de desenvolvimento sustentável no nosso país a partir da base, com processos participativos como esta Conferência de Meio Ambiente. Sociedade A representante dos catadores de materiais recicláveis Claudete Costa, do Rio de Janeiro, chamou a atenção para a questão do fechamento dos lixões em 2014 e a falta de políticas públicas voltadas especificamente para a defesa dos interesses da categoria. “Precisamos de apoio dos governos estaduais e municipais e que as nossas demandas sejam ouvidas”, observou. “Estamos reivindicando o que é nosso por direito, geramos trabalho, emprego e renda e somos uma cadeia produtiva de grande valor no mercado”. Claudete, que nesta sexta-feira (25/01) completa 23 anos na atividade, contou que sustenta a família com apenas a sua renda. “Assim como eu, hoje existem cerca de 90% de mulheres catadoras envolvidas na reciclagem no Brasil, o que mostra o papel de destaque que a mulher vem ocupando nesse mercado de trabalho, que requer força e determinação”. Ainda segundo ela, a categoria, pouco reconhecida no passado, vem ganhando destaque no cenário nacional. Também participaram da abertura da 4a Conferência Nacional do Meio Ambiente a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Maria do Rosário, o ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, o ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República Eleonora Menicucci, além de outras lideranças políticas e sociais. * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9730-ministra-abre-confer%C3%AAncia-de-meio-ambiente-falando-de-transforma%C3%A7%C3%A3o). Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/conferencia-nacional-meio-ambiente-discute-gestao-residuos-solidos/)

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25/10/2013 Prazo para erradicar lixões até 2014 é curto por Agência Brasil(http://www.agenciabrasil.ebc.com.br/) Palestrantes da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente consideram muito curto o prazo até agosto do ano que vem para erradicar os 3 mil lixões do país. A data foi estabelecida na Lei 12.305, de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Pela lei, depois do ano que vem, o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos por aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários. Os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) defendeu a revisão do prazo fixado na lei. “É um prazo curto para a implementação da política. Não se trata de dizer que vamos abrir um novo prazo para o município não fazer. É que, com esse prazo, não vai dar tempo de fazer algo bem-feito”. Para o deputado, o prazo apertado está aumentando a pressão sobre os prefeitos, e muitos estão recorrendo à incineração dos resíduos para não enviá-los aos lixões. “A incineração está sendo vendida como a solução de todos os problemas, mas não é a solução. Se não ajudarmos os municípios, vamos colocar os prefeitos nas garras da lei, sendo que eles não têm como resolver”. Segundo o secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo, em São Paulo, João Ricardo Caetano, além de acabar com os lixões, será preciso, na sequência, tratar o passivo ambiental gerado pela disposição inadequada de resíduos ao longo dos anos. “Temos quase 3 mil lixões espalhados em 2.800 cidades. A legislação aponta a eliminação dos lixões até 2014, e isso é um problema. Houve algum problema entre a lei e a política pública que não tem sido muito eficiente no sentido de oferecer recursos e assistência técnica para grande parte das prefeituras do país para que pudessem erradicar os lixões”, ressaltou. Os conferencistas destacaram que os pequenos municípios, com menos de 10 mil habitantes, não têm recursos financeiros, nem equipe técnica qualificada para elaborar planos de gestão de resíduos sólidos, ou para construir e manter aterros sanitários. Os especialistas apontaram o consórcio entre municípios na implantação de aterros sanitários como saída para diminuir os custos. Sérgio Cotrim, do Ministério das Cidades, disse que a permanência dos lixões deve-se ao problema orçamentário das pequenas cidades, que não têm condições de pagar pelo tratamento dos resíduos sólidos. “O orçamento em um município pequeno para o tratamento [de resíduos sólidos] tem que ser disputado com a educação e a saúde”, disse. Segundo ele, a solução passa pela regionalização dos aterros sanitários e pela simplificação dos sistemas de gestão de resíduos sólidos para dar condições às prefeituras para que atendam ao prazo da legislação. Fonte: Jornal do Brasil > Notícias > País(http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/10/25/prazo-para-erradicar-lixoes-ate-2014-e-curto/)

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27/10/2013 Cidades do noroeste paulista têm 10 meses para adeq uar lixões Lei que institui política de resíduos sólidos começa a valer em agosto. Em algumas cidades, lixo é descartado em locais inadequados. do G1 Rio Preto e Araçatuba Os municípios têm 10 meses para buscar alternativas e colocar em funcionamento o tratamento dos resíduos para dar fim aos lixões. São José do Rio Preto (SP) (http://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/cidade/sao-jose-do-rio-preto.html) tem um projeto modelo de separação e reaproveitamento de materiais, mas em algumas cidades da região noroeste paulista, o lixo ainda é descartado em locais inadequados, contaminando o meio ambiente. Todo o lixo produzido pelos 10 mil moradores de Uchoa(SP) (http://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/cidade/uchoa.html) é depositado em uma área rural que fica afastada da cidade. O município não tem aterro sanitário e descarta os resíduos em valas, depois o material é coberto com terra. Por enquanto esse tipo de processo é permitido, mas a partir do ano que vem Uchoa e outras cidades pequenas da região terão que se adaptar às novas regras. Isso porque a lei que institui a política nacional de resíduos sólidos começa a valer em agosto de 2014. “Já começamos a fazer o trabalho e no fim de 2013 estarão em nossas mãos os dados para darmos andamento neste plano”, afirma o assessor do Meio Ambiente em Uchoa, Adriano Júnior. Esse foi um dos assuntos discutidos no congresso em Olímpia (SP) que reuniu prefeitos e vereadores de mais de 100 municípios da região. “O plano é caro e se o governo do estado ou federal não ajudar com um aporte financeiro, com um plano coletivo, vai ser inviável. Cidades com menos de 10 mil habitantes não têm condições de ter o plano de resíduos e a execução deles”, diz Eugênio José Zuliani, presidente da AMA, Associação dos Municípios da Araraquarense. O secretário estadual do meio ambiente, Bruno Covas, também participou da discussão e diz que o governo oferece recursos para que os municípios se regularizem. “Tínhamos mais de 300 lixões, hoje são menos de 30 no Estado de São Paulo. Além disso, a Cetesb faz avaliação periódica para ver as melhorias, os investimentos para fechar todos os lixões”, diz.

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Lixões estão com os dias contatos em cidades no noroeste paulista

Foto: Reprodução/TV Tem Fonte:

http://s2.glbimg.com/uoh5bU2KQk4oh1LBfoGkak3nluY=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/10/27/lixao.jpg Fonte: G1 > Rio Preto e Araçatuba(http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2013/10/cidades-do-noroeste-paulista-tem-10-meses-para-adequar-lixoes.html)

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27/10/2013 Conferência aprova carta defendendo vinculação entr e meio ambiente e inclusão social por Stênio Ribeiro, Repórter da Agência Brasil

Fonte:

http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist696792/prev/AgenciaBrasil110612WDO_0219_1.JPG

Brasília – O desenvolvimento sustentável, com inclusão social, depende basicamente de soluções econômicas, sociais e ambientais. Por isso, o combate à pobreza, a distribuição de renda e a defesa do meio ambiente são dimensões interligadas, de acordo com carta aprovada pela 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, terminada hoje (27). A carta, apresentada pelo presidente da organização não governamental Força Verde, de Porto Alegre, Lélio Luzardi Falcão, destaca algumas decisões adotadas pela conferência, a começar pela aprovação de ações voltadas para a produção de alimentos sustentáveis e segurança alimentar, bem como a coleta seletiva de lixo e a compostagem orgânica dos resíduos. O que o documento sugere, na verdade, é a ampliação de conceitos já em discussão, mas ainda não muito disseminados na sociedade. Entre esses estão a capacitação de agentes e professores de educação ambiental, fortalecimento das comissões interinstitucionais de defesa ambiental e a necessidade de mais investimentos e menor caga fiscal em cooperativas de reciclagem de lixo. Na busca do desenvolvimento sustentável com inclusão social, a conferência aprovou moções para conferência exclusiva sobre sustentabilidade da Amazônia, participação efetiva dos catadores no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), maior engajamento dos jovens e fim dos lixões de forma articulada com a criação de condições para sobrevivência dos catadores. Edição: Davi Oliveira Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias, é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil. Fonte: EBC > Notícias > Meio Ambiente(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-27/conferencia-aprova-carta-defendendo-vinculacao-entre-meio-ambiente-e-inclusao-social)

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28/10/2013 Conferência aprova 60 recomendações para aprimorar Política Nacional de Resíduos Sólidos por Paulenir Constâncio, do MMA

Ministra confraterniza com os delegados.

Foto: Martim Garcia/MMA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/ministra1.jpg

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou neste domingo (27/10), no encerramento da 4ª. Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho permanente, vinculado ao seu gabinete, com um representante dos catadores de produtos recicláveis, para acompanhar a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). É a primeira medida a ser tomada após o evento, que reuniu quase 3 mil pessoas, de 27 Estados, para elaborar uma pauta prioritária com 60 recomendações que foram encaminhadas ao governo para tornar a política uma realidade. Para a ministra, a 4ª. CNMA acelera o processo de implantação da lei. “É uma nova agenda de trabalho, tanto para os governos, quanto para os cidadãos e as empresas. É isso que muda o Brasil. Vocês estão aqui defendendo o seu país”, disse a ministra ao analisar a os resultados da participação popular. Das etapas estaduais até a conferência nacional, os debates em torno da PNRS já reuniram mais de 200 mil pessoas. “Isso demonstra que todos querem e estão dispostos a trabalhar para que a política de resíduos sólidos avance”, salientou. Recomendações As propostas vencedoras do fórum nacional recomendam ao governo que amplie e diversifique suas ações na área de educação ambiental, fortaleça a fiscalização com leis e medidas mais rígidas, estimule com campanhas e recursos financeiros a reciclagem, desonere a logística reversa, valorize a mão de obra dos catadores e elabore leis que proíbam a incineração de resíduos recicláveis. Em três dias de debates e votações, um conjunto de 160 propostas com origem nas etapas estaduais e municipais definiu as 60 prioridades. Isabella lembrou que as conferências anteriores sempre produziram sugestões acatadas e transformadas em política públicas e que essa não será diferente. De acordo com a ministra, o que 4ª. CNMA recomenda é fruto da democracia participativa, em sua forma mais direta. Os debates contaram com a presença de representantes de governos estaduais, municipais e federal, pesquisadores, professores universitários e catadores. Na avaliação de muitos dos participantes, serviu para que as pessoas tomassem consciência da complexidade de implantar a PNRS e para que possam arregaçar as mangas para tornar o país mais sustentável. “Gente que nunca teve direito a voz nem voto nas decisões ministeriais, agora teve. É uma vitória do povo brasileiro”, avaliou Izabella. Para ela, a ajuda de todos permite com que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) possa fazer políticas públicas mais inclusivas e mais sustentáveis. Na avaliação do diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, que coordenou a realização da 4ª. CNMA, a quantidade de pessoas envolvidas na realização da conferência é uma prova de que está havendo uma renovação da política ambiental no Brasil. “O recado que eles passaram é de que o governo não deve arredar pé de implantar a política de resíduos sólidos.”, afirmou. Uma das propostas aprovadas pede que o governo não adie o prazo para a desativação dos lixões e implantação dos aterros sanitários.

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Para Abreu, ninguém mais quer ser apenas ouvinte nas questões ambientais. “Todos querem participar. Isso retira as decisões das mãos de alguns”, avalia. Ele conta que a escolha do tema para o evento foi controvertida. “Muitos achavam que não ia dar certo realizar uma conferência com uma política já adotada e sancionada”, disse. Agora a expectativa dele é de os bons resultados da 4ª. CNMA sejam traduzidos em ações concretas, que melhorem a implantação da política e a consolidação da responsabilidade compartilhada, com governos, empresas e cidadãos fazendo a sua parte. * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9748-catadores-ajudam-a-implantar-pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos). Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/conferencia-aprova-60-recomendacoes-aprimorar-politica-nacional-residuos-solidos/)

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28/10/2013 O mundo em que vivemos é ecocida por Leonardo Boff*

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/20131025_boff1.jpg

No dia 27 de setembro, centenas de cientistas reunidos em Estocolmo para avaliar o nível de aquecimento global do planeta, o conhecido Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), nos transmitiram dados preocupantes: “Concentrações de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4) e de óxido nitroso (N2O), principais responsáveis pelo aquecimento global, agora excedem substancialmente as maiores concentrações registradas em núcleos de gelo durante os últimos 800 mil anos”. A atividade humana influiu nesse aquecimento com uma certeza de 95%. Entre 1951 e 2010 a temperatura subiu entre 0,5ºC e 1,3ºC e em alguns lugares já chegou a 2ºC. As previsões para o Brasil não são boas: poderemos ter, a partir de 2050, um permanente verão durante todo o ano.Tal temperatura poderá produzir efeitos devastadores para muitos ecossistemas e para crianças e idosos. Os cientistas do IPCC fazem um apelo ardente para que se iniciem no mundo todo imediatamente ações, em termos de produção e de consumo, que possam deter este processo e minorar seus efeitos maléficos. Como disse um dos coordenadores do relatório final, o suíço Thomas Stocker: “A questão mais importante não é onde estamos hoje, mas onde estaremos em 10, 15 ou 30 anos. E isso depende do que fizermos hoje”. Pelo visto muito pouco ou quase nada se está fazendo de forma articulada e global. Os interesses econômicos de acumulação ilimitada à custa do esgotamento dos bens e serviços naturais prevalecem sobre as preocupações pelo futuro da vida e pela integridade da Terra. A percepção básica que se tem ao ler o resumo de 31 páginas é que vivemos num tipo de mundo que sistematicamente destrói a capacidade de nosso planeta de sustentar a vida. Nossa forma de relacionamento para com a natureza e a Terra como um todo é ecocida e geocida. A seguir por este rumo vamos seguramente ao encontro de uma tragédia ecológico-social. O propósito de incontáveis grupos, movimentos e ativistas se concentra na identificação de novas maneiras de viver de sorte que garantamos a vida em sua vasta diversidade e que vivamos em harmonia com a Terra, com a comunidade de vida e com o cosmos. Num trabalho que nos custou mais de dez anos de intensa pesquisa, um pedagogo canadense e experto em moderna cosmologia, Mark Hathaway, e eu, tentamos ensaiar uma reflexão atenta que incluísse a contribuição do Oriente e do Ocidente a fim de delinearmos uma direção viável para todos. O livro se chama: “O Tao da libertação: explorando a ecologia da transformação” (Vozes 2012). Fritjof Capra fez-lhe

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um belo prefácio e a comunidade científica norte-americana o acolheu a edição inglesa benevolamente, pois o Instituto Nautilus nos conferiu, em 2010, a medalha de ouro em Ciência e Cosmologia. Nossa pesquisa parte da seguinte constatação: há uma patologia aguda inerente ao sistema que atualmente domina e explora o mundo: a pobreza, a desigualdade social, o esgotamento da Terra e o forte desequilíbrio do sistema-vida; as mesmas forças e ideologias que exploram e excluem os pobres estão também devastando toda a comunidade de vida e minando as bases ecológicas que sustentam o Planeta Terra. Para sair desta situação dramática, somos chamados, de uma maneira muito real, a nos reinventar como espécie. Para isso precisamos de sabedoria que nos leve a uma profunda libertação/transformação pessoal, passando de senhores sobre as coisas a irmãos e irmãs com as coisas. Essa reinvenção implica também uma transformação/libertação coletiva através de um outro design ecológico. Este nos convence a respeitar e viver segundo os ritmos da natureza. Devemos saber o que extrair dela para a nossa subsistência coletiva e como aprender dela pois ela se estrutura sistemicamente em redes de inter-retro-relações que garantem a cooperação e a solidariedade de todos com todos e conferem sustentabilidade à vida em todas as suas formas, especialmente à vida humana. Sem esta cooperação/solidariedade de nós com a natureza e entre todos os humanos, não encontremos uma saída eficaz. Sem uma revolução espiritual (não necessariamente religiosa) que envolva uma outra mente (nova visão) e um novo coração (nova sensibilidade) em vão procuramos soluções meramente científicas e técnicas. Estas são indispensáveis; mas, incorporadas dentro de um outro quadro de princípios e valores que estão na base de um novo paradigma civilizatório. Tudo isso está dentro das virtualidades do processo cosmogênico e também dentro das possibilidades humanas. Importa crer em tais realidades. Sem fé e esperança humanas, não construiremos uma Arca salvadora para todos. * Leonardo Boff é filósofo, teólogo, escritor e comissionado da Carta da Terra. ** Publicado originalmente no site Adital(http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=78397). Fonte: Adital/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/mundo-vivemos-ecocida/)

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29/10/2013 Estudo rastreia a pegada de carbono da política tri butária brasileira por Jaime Gesisky, do IPAM

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/politica.png

Incentivos tributários federais para indústria, agropecuária, energia, e transportes pesam na balança das emissões de gases de efeito estufa, diz a pesquisa. O Brasil avança na redução de emissões de gases de efeito estufa pela redução do desmatamento, mas as emissões de dióxido de carbono equivalente dos setores de energia e agropecuária aumentaram 41,5% e 23,8% entre 1995 e 2005, e 21,4% e 5,3% entre 2005 e 2010, respectivamente. Juntos, os dois setores representam 67% das emissões nacionais, mas são, ao mesmo tempo, grandes beneficiários da política tributária do governo. A renúncia fiscal referente aos gastos tributários para energia aumentou na última década (2004-2013). A taxa de crescimento foi de 69% ao ano, depois de 2001, enquanto que no setor de agricultura foi de 38%. No setor automobilístico, a taxa foi de 18% ao ano. Os dados estão no estudo Pegada de Carbono da Política Tributária Brasileira(http://www.ipam.org.br/ipam/estudo-pegada-de-co2-da-politica-tributaria-brasileira) apresentado hoje em Brasília durante o seminário Política Tributária e Sustentabilidade – Uma plataforma para a nova economia,realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, Instituo Ethos e a Comissão de Assuntos econômicos do Senado. O estudo é o primeiro esforço científico na tentativa de mapear os impactos das políticas tributária do governo no quadro geral das emissões de gases causadores das mudanças climáticas. E a pegada é significativa, garantem os autores. Transportes e energia Entre 2011 e 2012, o consumo de combustíveis no setor de transportes cresceu 7,6%, enquanto que as vendas de veículos leves aumentou 4,6% neste mesmo período. O IPI-veicular não seria suficiente para impulsionar este consumo de combustíveis, mas a análise da renúncia fiscal da CIDE-combustíveis, expressa em termos de arrecadação (renuncia de mais de R$8bi somente em 2013), revela que existe forte correlação desse consumo e das emissões do setor com a CIDE, especialmente após a crise econômica mundial de 2008. De acordo com a pesquisa, o aumento dos gastos tributários referentes ao IPI no setor automobilístico apresentam correlação de 97% com o crescimento da frota e correlação de 85% com o aumento de emissões veiculares brasileiras para os anos de 2007 a 2012. No setor de energia, os gastos tributários referentes à isenção de PIS/PASEP e COFINS incidente sobre a compra de gás natural e carvão mineral dentro da modalidade termoeletricidade chamaram a atenção dos pesquisadores. Em 2012, a geração termoelétrica atingiu seu pico de 137.156 GWh, ao mesmo tempo em que a participação do carvão e do gás natural também cresceu a 42% (57.630 GWh).

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No entanto, quando se compara a média das renúncias fiscais e produção de eletricidade para gás natural e carvão no período 2004-2007 e 2009-2012, observa-se uma forte tendência. Em 2004-2007, a média dos gastos tributários foi de R$ 120 milhões/ano, enquanto que, para o mesmo período, a média de produção termoelétrica foi de 68.485 GWh/ano e 24.357 GWh/ano para geração a gás e carvão. A pesquisa observa ainda que houve crescimento de 82% das renúncias fiscais entre 2008- 2012 com relação ao período anterior, com média neste período de R$219 milhões/ano, e este aumento refletiu na média de produção termoelétrica, que aumentou cerca de 52%, 104.318 GWh/ano para termoelétricas em geral, e 53%, 37.339 GWh/ano, geração a gás natural e carvão mineral. Seguindo a mesma tendência, as emissões de termoelétricas a gás natural e carvão cresceram neste mesmo período de renúncia fiscal, uma vez que a média de emissões de GEE em 2004-2007 foi de 3 milhões de ton CO2 eq, e em 2008-2012, de 3,6 milhões de ton CO2 eq, um crescimento de 18,6%. No campo De acordo com o estudo, a atividades agropecuárias com maior participação nas emissões, em termos de CO2 equivalente, foram a criação de gado (56.4%) e solos agrícolas (35.2%) em que a utilização de fertilizantes sintéticos desempenha papel importante, já que é responsável por aproximadamente 15% das emissões de N2O (óxido nitroso). Entre 2006 e 2010, os gastos tributários voltados para o setor de agricultura aumentaram em 62% e alcançaram mais de R$ 12 bilhões em 2012. “Embora os dados referentes a tais gastos não permitam calcular o volume de recursos voltados especificamente para as três culturas [soja, milho e cana de açúcar], podemos inferir que a redução a zero de alíquotas de PIS/PASEP e COFINS neste setor contribuiu para a expansão destas culturas e para a aumento do consumo de fertilizantes sintéticos”, afirma o estudo. O subsetor da agricultura em que mais houve aumento das emissões no período foi o de fertilizantes sintéticos, utilizados primordialmente nas três culturas e no café (74% do total consumido). A análise da correlação estatística entre gastos e consumo de fertilizantes realizada no estudo aponta uma forte relação entre as renúncias fiscais e o aumento da utilização deste insumo. “Se, por um lado, o governo tem feito esforços para fomentar agricultura de baixo carbono, por outro, as renúncias fiscais na importação e comercialização de fertilizantes servem de estímulo à expansão de área dos três maiores commodities agrícolas do país e à maior utilização de fertilizantes na sua produção”, destaca o coordenador do estudo. Apesar do papel primordial dos fertilizantes para o aumento da produtividade no setor agrícola, estudos recentes indicam que o aumento do seu consumo ocorreu desproporcionalmente em relação ao aumento da produtividade e não resultou no estímulo à eficiência produtiva e à redução de emissões no setor. Conclusões Este estudo demonstra, com dados atuais e oficiais, que a política tributária brasileira não atende ao que estabelece o artigo 170, VI da Constituição que, em função da Emenda Constitucional 42 de 2003(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1), determina: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observado [dentre outros previstos nos incisos de I a IX] o princípio da defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. A coerência da política tributária para com outras políticas importantes voltadas ao desenvolvimento sustentável como a Política de Mitigação das Mudanças Climáticas deve ser exigida do governo, recomenda o estudo. Questões como os impactos dos incentivos tributários nas metas de redução de emissões de CO2 e critérios socioambientais para que os benefícios sejam apropriados são pertinentes, embora sejam ignoradas. É fundamental que os dados de incentivos tributários da Receita Federal sejam desagregados por setores da economia (por atividades econômicas do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas) e estejam disponíveis para que a sociedade possa conhecer e avaliar os impactos (positivos ou negativos) das políticas tributárias do governo federal sobre o meio ambiente e as emissões de CO2. Atividades econômicas sustentáveis geradoras de empregos tais como aquelas associadas aos serviços ambientais (recuperação, uso sustentável e manutenção de florestas), manejo florestal (madeireiro e não madeireiro), ecoturismo, uso sustentável de produtos da biotecnologia, agroecologia, energias renováveis

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(solar, eólica), veículos elétricos, transportes coletivos com matriz energética de baixas emissões, dentre outras devem receber fortes incentivos tributários em substituição gradativa aos incentivos atuais voltados para atividades altamente emissoras e intensivas em uso de recursos naturais. * Publicado originalmente no site IPAM(http://www.ipam.org.br/noticias/Estudo-rastreia-a-pegada-de-carbono-da-politica-tributaria-brasileira/2894/destaque). Fonte: IPAM/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/estudo-rastreia-pegada-carbono-politica-tributaria-brasileira/)

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29/10/2013 Eólica deve puxar crescimento de renováveis no Bras il até 2022, diz EPE Potencial de energia gerada por ventos deve subir para 9,5% no país. Dados fazem parte do Plano Decenal de Expansão de Energia. do G1, em São Paulo O possível crescimento da geração de eletricidade pela força dos ventos (eólicas) deve aumentar a participação de fontes renovável no Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com estimativa da Empresa de Pesquisa Energética, que lançou recentemente para consulta pública o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) referente a 2022. O potencial de energia eólica no país vai saltar de 1,8 mil MW, dado de 2012, para 17,4 mil MW, em 2022, segundo o estudo da EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia do Brasil. Com isso, a participação das renováveis deve ser de 85,8% em 2022. Ainda segundo a EPE, haverá também um aumento de 34,1 mil MW na capacidade instalada de geração de eletricidade por meio de hidrelétricas até 2022. As pequenas centrais hidrelétricas e fontes de biomassa, como o bagaço de cana de açúcar, também vão aumentar sua contribuição em 6,5 mil MW. As informações foram colocadas na última quinta-feira (24) em consulta pública. Ele traz os rumos para os setores de petróleo e gás natural, energia elétrica e biocombustíveis, e prevê investimentos de R$ 1,151 trilhão para os próximos dez anos. Interessados podem enviar contribuições para o aprimoramento da proposta até 10 de novembro. Capacidade das eólicas no Brasil cresceu em 2012 A capacidade de geração de energia eólica no Brasil subiu 73% em 2012 na comparação com o ano anterior, chegando a 2,5 gigawatts de potência instalada em 108 parques eólicos, afirma um relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica ABEEólica. Houve um acréscimo de 40 parques com relação a 2011, ano em que a capacidade de produção era de 1,4 gigawatts, segundo a associação. Em média 7,5 milhões de pessoas foram abastecidas com energia de origem eólica por mês, de acordo com a instituição. O número é pouco maior do que a população da cidade do Rio de Janeiro, de 6,3 milhões, segundo dados do censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento da capacidade foi resultado de investimentos de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, que geraram 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos, ressalta a ABEEólica. A média mensal de produção foi de 556 megawatts em 2012, com um máximo de 771 megawatts em outubro, o que significou um recorde, de acordo com a associação. Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/10/eolica-deve-puxar-crescimento-de-renovaveis-no-brasil-ate-2022-diz-epe.html)

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30/10/2013 Reciclar é preciso por Ariovaldo Caodaglio*

Foto: http://www.shutterstock.com/

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/shutterstock_reciclagem.jpg Números do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), associação sem fins lucrativos mantida por um grupo de grandes empresas brasileiras, mostram que nosso país está avançando na reciclagem, atingindo índices satisfatórios em alguns segmentos, mas deixando a desejar em outros: 96,2% da produção nacional de latas de alumínio; 47% da resina PET; 45% das embalagens de vidro; 29% das latas de aço; 23% das 46 mil toneladas de embalagens longa vida pós-consumo; e 20% dos plásticos. Nesses itens, estamos à frente de numerosas nações, como nas garrafas de PET, ou razoavelmente inseridos nas médias mundiais. Entretanto, há um aspecto particularmente preocupante: reciclamos apenas 3% do lixo sólido orgânico urbano. Evoluir nesse item específico é importante para a melhoria do meio ambiente, ganhos econômicos na produção e também no aspecto social, contemplando, assim, as três vertentes do mais contemporâneo conceito de sustentabilidade. Vale lembrar que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) definiu o conceito de “rejeito” da seguinte maneira: somente podem ser assim caracterizados os materiais que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. A fração orgânica dos resíduos domiciliares corresponde entre 48% e 55% do total do resíduo domiciliar gerado. Para uma produção anual de aproximadamente 64 milhões de toneladas de resíduos, temos então mais de 30 milhões de toneladas de resíduos orgânicos que não são ainda tecnicamente rejeitos e que, por isso, vãoin natura para os aterros e lixões no País. Há que se resolver isso, cumprindo-se metas até 2030, o que parece tempo suficientemente longo para tal. Não é! As grandes cidade ou consórcios das pequenas e médias terão de iniciar já a implantação dos respectivos Planos de Gestão, ou irá pairar a ameaça de validação da máxima que não somos afeitos ao cumprimento de metas, ou, em outras palavras, a assumirmos responsabilidades públicas. O trabalho das cooperativas é importante, mas não é suficiente para atender à gigantesca demanda. Em 2012, registrou-se um aumento de 1,3% na geração per capita de resíduos. No mesmo período, segundo o IBGE, o número de habitantes aumentou apenas um por cento. Conclui-se, portanto, que a inclusão social nos últimos dez anos e a maior renda estão fazendo com que o incremento do consumo (e, portanto, a geração de resíduos) fique acima da expansão demográfica. Otimo! Entretanto, precisamos atender com eficácia a essa demanda ambiental. Para isso, o grande salto é o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, cuja implantação, contudo, está atrasada em pelo menos metade dos 5.564 municípios brasileiros. Aliás, o descumprimento de cronograma relativo à execução do plano já comprometeu definitivamente a erradicação dos lixões em todo o País até 2014, como estava originalmente previsto na Política Nacional relativa ao tema (Lei nº 12.305). O que será feito? Com o atraso do programa, não só estamos postergando um processo capaz de melhorar muito o meio ambiente, como também retardando o crescimento da reciclagem. Ao invés de um círculo virtuoso de coleta de resíduos sólidos, seletividade, encaminhamento para aterros sanitários modernos e adequados e reciclagem em grande escala, estamos mantendo o círculo vicioso da letargia.

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* Ariovaldo Caodaglio, cientista social, biólogo, estatístico e pós-graduado em meio ambiente, é presidente do SELUR (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo). ** Publicado originalmente no site Mercado Ético(http://www.mercadoetico.com.br/arquivo/reciclar-e-preciso/). Fonte: Mercado Ético/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/reciclar-preciso/)

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30/10/2013 Vergonha nacional por Reinaldo Canto*

A falta de saneamento básico é um problema silencioso, mas um dos mais graves do país.

Foto: Arquivo/Abr Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/saneamento.jpg

Situação do país em relação ao saneamento básico é um sinal de que ainda somos uma nação basicamente subdesenvolvida. Entidade nacional aponta caminhos. É de se lamentar a triste situação que vivemos por estas bandas quando o assunto é saneamento básico. Até mesmo se comparado a países mais pobres economicamente que o nosso, o quadro brasileiro é na verdade vexatório e humilhante. Envergonhado, melhor dizendo, deveria se sentir cada habitante deste Brasil continental. Somos tão ricos em tantos quesitos e desprezíveis em atender a um número expressivo, 1/3 das casas brasileiras que em pleno século XXI não contam com o tratamento e a coleta de esgoto e graças a isso ainda vivem com índices de qualidade de vida, dignos do século XIX. A pior situação está no norte do país, onde apenas 21,6% dos lares tinham serviço de saneamento em 2011. Segundo o IBGE são 21 milhões de brasileiros com menos de 14 anos de idade sem rede de esgoto, água encanada ou coleta de lixo. Na América Latina somos o 19º colocado em saneamento básico, segundo relatório sobre as cidades latino-americanas, feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Estamos tristemente próximos, numa indigente colocação, no rol de nações entre as mais pobres do mundo quando levamos em conta critérios como o de saneamento básico e distribuição de renda. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 71,8% dos municípios ainda não possuíam, em 2011, uma política de saneamento básico. A “Pesquisa de Informações Básicas Municipais” revelou que 1.569 cidades possuíam políticas dessa natureza, o que corresponde a somente 28,2% dos 5.564 municípios brasileiros. Difícil é entender como foi possível chegar a esse estado de coisas. Culpa de políticos que diziam: “obra enterrada não dá voto?” Parte da responsabilidade não poderia também ser creditada à sociedade, incapaz de enxergar os benefícios extraordinários de uma água tratada, esgoto coletado, e até mesmo de lutar para que tivéssemos sempre rios limpos, saudáveis e vitais para a saúde da coletividade? O nosso atraso é gigantesco e histórico, mas não pode ser motivo de paralisia. No mês passado, a ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – realizou seu 27º Congresso em Goiânia e fez uma radiografia dos grandes desafios que a questão do saneamento básico tem pela frente no Brasil. Entre os pontos mais importantes destacados pela chamada Carta de Goiânia, documento que resumiu as principais conclusões do evento, está a necessidade de triplicar os valores de investimento atuais para cerca de 30 bilhões de reais por ano. Em conversa com este colunista, o presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pauli, afirmou que as metas pretendidas pelo governo federal de atingir a universalização da coleta e tratamento de esgoto no país até 2030 está muito longe de acontecer. Segundo ele, “no ritmo atual, isso deverá acontecer em 40 ou 50 anos”.

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Recursos ainda insuficientes A Lei 11.445 de 2007, conhecida como Lei do Saneamento estabeleceu a universalização do saneamento básico como um “compromisso de toda a sociedade brasileira”. Graças a essa lei, apesar de todos os problemas, houve a liberação de um bom dinheiro para o setor. Segundo o Ministério das Cidades, na primeira fase do PAC 1 – o Programa de Aceleração do Crescimento, o saneamento recebeu cerca de 40 bilhões de reais entre os anos de 2007 e 2010. Já no PAC 2 são mais 41,1 bilhões de reais para investimento em ações de saneamento no quadriênio 2011-2014. São 1.144 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário que beneficiarão 1.116 municípios em todas as regiões do País. A título de informação, no último dia 24/10 a presidenta Dilma Roussef anunciou a liberação de novos recursos na ordem de 10,5 bilhões de reais para serem utilizados em obras de saneamento básico no país. A verba irá para obras de sistemas de drenagem de águas pluviais, redes de abastecimento de água e esgoto sanitário. A cobertura de saneamento básico no Brasil tem melhorado, é verdade, mas a realidade permanece sendo de esgotos a céu aberto principalmente nas áreas mais carentes. São 15 bilhões de litros de esgoto sem tratamento despejados todos os dias em rios, córregos, passando por ruas e favelas e prejudicando a saúde de milhões de brasileiros. Propostas no lugar das reclamações de sempre Reclamar do governo e do país em geral já é um esporte nacional. Não há setor no Brasil que não reclame e com boa dose de razão! Mas ao lado das queixas devem também estar propostas que contribuam para a solução de problemas. Em seu encontro a ABES faz uma série de recomendações no apoio ao trabalho realizado pelo setor privado nas obras de saneamento, entre elas, a ampliação das fontes de financiamento, a agilização na análise e liberação de pedidos de financiamento e a redução de tributos. “As Prefeituras também precisam de mais apoio e cooperação da União e dos governos estaduais” ressalta Dante Ragazzi. Segundo ele, a maioria dos municípios é carente, não só em recursos, mas também em pessoal qualificado para a elaboração de projetos. Aliás, a Carta da ABES lembra que em 31 de dezembro deste ano, os governos municipais deverão entregar seus planos de saneamento. Pelo que temos visto em relação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, quando menos de 10% das cidades brasileiras apresentaram seus planos de gestão de resíduos no prazo estabelecido em 2012, não é de esperar algo muito diferente em relação ao saneamento básico. Tema irá continuar em destaque Felizmente, existem entidades, empresas e gestores públicos que tem procurado agir para mudar essa triste situação. Os cerca de 5 mil participantes das mais diversas regiões do país que participaram do Congresso da ABES deixaram claro que o tema atrai a atenção e o interesse de muita gente. Esperemos que isso se transforme em ações e benefícios reais para a sociedade brasileira, principalmente para as pessoas mais pobres deste país. Afinal, para podermos ser chamados verdadeiramente de Nação, precisamos ao menos, oferecer água limpa e tratar os esgotos das casas de todos os brasileiros. * Reinaldo Canto é jornalista especializado em Sustentabilidade e Consumo Consciente e pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Passou pelas principais emissoras de televisão e rádio do País. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e colaborador do Instituto Ethos. Atualmente é colaborador e parceiro da Envolverde, professor em Gestão Ambiental na FAPPES e palestrante e consultor na área ambiental. ** Publicado originalmente no site Carta Capital(http://www.cartacapital.com.br/politica/vergonha-nacional-8474.html). Fonte: Carta Capital/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/vergonha-nacional/)

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31/10/2013 Ciclo de vida dos produtos pode amenizar os impactos ambientais Empresas aderem a iniciativa em defesa da sustentabilidade por Tinna Oliveira

Mariana Meirelles: defesa da sustentabilidade

Foto: Martim Garcia/MMA Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/b38ec9055604bd050fc3e51596b6242d_XL.jpg

Já pensou no impacto de um produto para o planeta? A partir do lançamento da Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida, os consumidores poderão conhecer quais são os impactos ambientais de todas as etapas do processo produtivo. Esse conhecimento permitirá que o consumidor faça escolhas mais conscientes e que as empresas tomem decisões para melhorar os processos, produtos e serviços. A avaliação de ciclo de vida permite verificar a quantificação das cargas ambientais e a ponderação dos impactos positivos e negativos que um produto, sistema ou processo tem no meio ambiente. A análise envolve todas as etapas do processo produtivo, desde a matéria-prima ao pós-consumo, chegando à destinação final dos resíduos. Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, a avaliação é essencial para que o consumidor possa fazer escolhas inteligentes. Mariana, que participou do evento inaugural da Rede nesta quarta-feira (30/10), em São Paulo, também reforçou a importância da avaliação do ciclo de vida dos produtos para orientação das compras governamentais para que, de fato, sejam mais sustentáveis. Empresas A iniciativa é uma parceria de nove grandes empresas, juntamente com o Instituto Akatu e a Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV). Braskem, Danone, Embraer, GE, Grupo Boticário, Natura, Odebrecht, Oxiteno e Tetra Pak são exemplos de empresas que já aderiram à iniciativa, aberta a todas as companhias interessadas em debater o tema. O objetivo da Rede Empresarial Brasileira de Análise de Ciclo de Vida é discutir e pesquisar métodos para se conhecer o ciclo de vida dos produtos, serviços e sistemas, de maneira que sejam incorporados no processo produtivo. Além disso, a Rede pretende informar ao consumidor a importância de se considerar esse tipo de análise na hora de fazer escolhas de compra, uso e descarte, tornando-a determinante na avaliação socioambiental de produtos e serviços, mobilizando as empresas, educando o consumidor e incentivando a elaboração de políticas públicas. Papel do Consumidor Os consumidores precisam estar atentos ao longo percurso que um produto leva até chegar ao comércio. São muitos processos que exercem vários tipos de impactos sobre o meio ambiente. A avaliação do ciclo de vida envolve o impacto da emissão de gases de efeito estufa e o consumo de recursos naturais, água e energia. Conhecer esse processo ajudará as pessoas a optar por itens que tenham mais impactos positivos que negativos para a sociedade e o planeta. Também é importante atentar que o produto não acaba ao ser descartado. Ele continua o seu processo podendo ser reciclado ou reaproveitado. Para auxiliar nesse ciclo, é importante que os consumidores façam a separação básica dos resíduos em seco e úmido.

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Confira aqui o vídeo explicativo(http://www.braskem.com/site.aspx/Detalhe-Multimidia/Todo-produto-tem-uma-historia) sobre ciclo de vida. Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9756-ciclo-de-vida-dos-produtos-pode-amenizar-os-impactos-ambientais)

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31/10/2013 Comunidades locais podem monitorar florestas como especialistas, diz estudo Levantamentos feitos a partir de instrumentos simples, como fitas métricas e estacas, podem produzir dados mais precisos do que equipamentos modernos. Estudo defende maior engajamento de moradores de áreas de mata. A fim de garantir informações precisas e confiáveis sobre reserva de carbono em áreas verdes, a participação das comunidades que vivem em florestas tropicais no processo de monitoramento da região é essencial. Usando instrumentos simples, como fitas métricas e estacas, eles conseguem obter resultados ainda melhores e mais próximos da realidade do que especialistas utilizando equipamentos de alta tecnologia, como satélites. Esta é a conclusão do estudo Monitoramento comunitário para REDD – promessas internacionais e realidades em campo, desenvolvido pelo Centro Mundial Agroflorestal (Icraf, da sigla em inglês). Os 22 cientistas envolvidos chegaram ao resultado a partir de pesquisas feitas em 289 áreas verdes no sudeste da Ásia – como florestas baixas na Indonésia, florestas tropicais na China e florestas de monção no Laos e no Vietnã. Acompanhados por técnicos, moradores dessas localidades contaram árvores, mediram diâmetros de troncos e calcularam a quantidade de biomassa por hectare. Os pesquisadores depois compararam as medidas com as que haviam sido coletadas pelos especialistas com ajuda de computadores. Os resultados corroboram uma tendência entre pesquisadores ao ressaltarem que, devidamente treinados, moradores de pequenas comunidades e de baixa escolaridade conseguem ir a campo e monitorar com sucesso a biomassa de florestas. O levantamento das reservas de carbono em uma área verde é importante para que especialistas possam, com base na biomassa preservada, incluir na contabilidade das emissões de gases estufa as liberações evitadas com a redução do desmatamento. Este é o conceito da chamada Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). O ecologista finlandês Finn Danielsen, coordenador da pesquisa, vai além. Para ele, a falta de engajamento local pode fazer com que levantamentos sobre as reservas de carbono corram sérios riscos de não resultarem em medidas concretas. "Você pode ter todo tipo de pesquisa numa área, mas se você não envolver os membros da comunidade, será muito difícil transformar toda o monitoramento em medidas reais para a floresta. Pois há um grande risco de não haver um link entre o monitoramento e o manejo floresta", assinala Danielsen, ecologista na Fundação Nórdica do Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Compenhague. "E o principal ponto é manejar florestas para que as árvores sejam preservadas". Alternativa a dados oficiais Danielsen ressalta que existem iniciativas em vários países, como Quênia e Índia, que envolvem produtores locais. No entanto, segundo o estudo – o primeiro a fazer um levantamento quantitativo sobre a participação comunitária no REDD – quase metade dos projetos relacionados a dados sobre reservas de carbono em florestas ignora a participação dos moradores locais. Estima-se que cerca de 240 milhões de pessoas vivam em florestas tropicais em países de desenvolvimento atualmente. Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), florestas tropicais representam hoje 15% da superfície terrestre e contêm cerca de 25% de todo o carbono contido na biosfera terrestre. "Nós descrevemos o que é densidade florestal, explicamos técnicas de medição e o que queremos obter com elas", explica a pesquisadora Subekti Rahayu, analista do Icraf que conduziu o trabalho de campo na Indonésia e no Vietnã. Segundo ela, muitos dos locais já tinham trabalho para empresas florestais, por isso já contavam com alguma experiência em levantar dados sobre árvores. Subekti destaca que as principais dificuldades em campo estão relacionadas à falta de conscientização da população, especialmente entre os mais jovens, sobre a necessidade de preservação do ambiente em que vivem. "Eles vivem um dilema. Eles querem conservar a área, porque querem ter água limpa, por exemplo, mas por outro lado eles precisam tirar dinheiro de algum lugar para viver", avalia. Além do efeito positivo na preservação das áreas, para Danielsen o engajamento das comunidades pode ainda se converter em fonte de renda para a população, que oferece sua mão de obra. Além disso, o

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monitoramento por parte das populações pode ainda servir como um contraponto para validar os levantamentos feitos pelos governos, já que dependendo do país a credibilidade dos dados sobre as florestas pode ser questionada. Deutsche Welle Fonte: TERRA.COM > Notícias > Ciência(http://noticias.terra.com.br/ciencia/comunidades-locais-podem-monitorar-florestas-como-especialistas-diz-estudo,cd48c1b721f02410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)