OUVIRAMDO IPIRANGA

3ª edição

A HISTÓRIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

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CIP – BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Duarte, Marcelo, 1964-Ouviram do Ipiranga: a história do Hino Nacional Brasileiro/ Marcelo Duarte; ilustrações Mauricio Negro. − 3. ed. − São Paulo: Panda Books, 2012. 36 pp.il.

ISBN: 978-85-7888-227-3

1. Hino Nacional (Brasil) − Literatura infantojuvenil. 2. Literatura infantojuvenil brasileira. I. Negro, Mauricio, 1968-. II. Título. III. Título: A história do Hino Nacional Brasileiro.

12-3476 CDD: 028.5CDU: 087.5

© Marcelo Duarte

Diretor editorialMarcelo Duarte

Diretora comercialPatty Pachas

Diretora de projetos especiaisTatiana Fulas

Assistentes editoriaisVanessa Sayuri SawadaJuliana Paula de SouzaAna Luiza Candido

Assistentes de arteAlex YamakiDaniel Argento

Projeto gráfico e diagramaçãoEduardo Okuno

Consultoria pedagógicaJosca Ailine Baroukh

ImpressãoYangraf

2012Todos os direitos reservados à Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 4105413-010 – São Paulo – SPTel./Fax: (11) 3088-8444edoriginal@pandabooks.com.brwww.pandabooks.com.brtwitter.com/pandabooksVisite também nossa página no Facebook.

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Original Ltda. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

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A BATUTA MÁGICA

Era o sábado da arrumação. Uma vez por mês, vovô Dedê tirava tudo dos armários para uma boa limpeza. Vovó Cidinha ficava bem longe porque era alérgica ao pó. Papai e mamãe tinham ido ao supermercado e me deixaram lá. Para ser bem sincera, eu adorava os sábados de arrumação. Vovô Dedê era especialista em guardar tranqueiras. Quanto mais velho, melhor. Ele era avesso ao que chamava de “modernidades”. Usava um espanador meio depenado. Uma vez, torceu o nariz quando vovó chegou em casa, toda radiante, com um micro-ondas. Era adepto do fogão. Vovô limpava com o maior cuidado a sua coleção de discos. Ou melhor, long plays, como ele fazia questão de dizer. Foi justamente nessa hora que uma varetinha de madeira caiu de uma das caixas de papelão. Uma que dizia assim: “Xarope São João: o melhor para tosse, bronchites (sim, estava escrito desse jeito, para você ver como a caixa era velha) e constipações”.

— O que é isso, vovô? Um pauzinho de restaurante japonês?Ele tirou aquilo da minha mão e me puxou discretamente para um

canto, fora do alcance dos olhos meio míopes de vovó.— É uma batuta, Beatriz!— Ah, aquilo que o maestro usa para comandar a orquestra?— Sim. Mas esta é uma batuta mágica.— Mágica???— Isso mesmo. Ela pertenceu a Francisco Manuel da Silva.— Quem?— Francisco Manuel da Silva. O autor da música do Hino Nacional

Brasileiro.— Hããã? E por que ela é mágica?— Fale baixo, menina! Esta batuta tem o poder de contar toda a

história do nosso hino.Meu Deus! A batuta deixou o vovô biruta. Continuei ouvindo um

pouco preocupada.

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