OVNIs diversos

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MUITO ALÉM DO NOSSO SOL

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©2000 Zely Coutinho

Minas Gerais, Brasil

Registrado no Escritório de Direitos Autoraisda Fundação Biblioteca Nacional sob nº 205.953.

Capa: foto de Greg Rakozy

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Page 4: OVNIs diversos

Aos meus amigos e parentes que,embora não sejam adeptos da Ufologia,

aceitam com muita paciência a minha"tietagem" com os ETs.

A Autora.

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Tudo se torna possível quando admitimos oimpossível.

O impossível existe quando raciocinamos nos limitesdo possível.

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Page 6: OVNIs diversos

ÍndiceNota ao LeitorUFOs1 e alienígenasUma súplica ouvidaAs estrelas de maioA mãe-do-ouroMeus amigos e seus amigosUma explicação muito simplesAs sondas bailarinasCogumelos no arOlhos de raios-XAs estranhas mulheres e outras estranhezasUm piloto e seu veículoEncontro no meio da noiteOs mocinhos brilhososUm pequeno enigma desafiadorConvites recusadosSenso de humorQue susto!Uma visita inesperadaOs simpáticos forasteirosO Adônis de ébanoUm estrondo ensurdecedorDiante do inexplicávelEssa luz tão diferente - IUma estrada e seus mistériosEssa luz tão diferente - IIFeliz ano novoEssa luz tão diferente - IIICoincidências, fatos e fotos intrigantesEssa luz tão diferente - IV

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Page 7: OVNIs diversos

Pelas estradas de MinasEssa luz tão diferente - VMais um capítulo dessa intrigante novelaEssa luz tão diferente - VIUma usina de outro mundoAlgumas consideraçõesFotos

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Nota ao Leitor

Prezado Leitor:

Você encontrará neste livro as palavras num, numa e seus plurais,correspondentes às expressões “em um”, “em uma”, “em uns” e “emumas”.

Trata-se de um mineirismo que resolvemos manter e nos desculpamos porisso.

A Autora.

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UFOs1 e alienígenas

Meu interesse não diz respeito a fatos chocantes envolvendo terráqueos ealienígenas. Pelo contrário, procurei reunir situações nas quais nãoocorreram alarmes. Entretanto, elas deixaram, como sequela na mente dosespectadores, um ponto de interrogação difícil de ser apagado, por teremextrapolado a compreensão mediana, superando, sem escândalo epublicidade, a expectativa comum. Milhares de pessoas, com um certosenso crítico, já participaram de um acontecimento dessa natureza, levandopela vida a fora uma pergunta não respondida. Eu definiria tais situaçõescomo insólitas e discretas. E o porquê de minha preferência por elas sebaseia na crença de estarem os extraterrenos por aí, misturados conosco,há muito tempo. Algum dia, quando tivermos assimilado a possibilidadede sua existência, quebrando alguns tabus sociais, religiosos, científicos epolíticos, nós poderemos encontrá-los na casa vizinha, na fazenda de umamigo, ouvindo uma palestra num auditório, assistindo a um programa detelevisão. Então, constataremos que não são verdes, não possuem antenas,rabos, cara de lesma gigante etc., não são impalpáveis nem robôs, emborapossam usá-los eventualmente. São gente como nós, maiores, menores,com diferenças insuficientes para transformá-los em monstros-abóboras ououtras aberrações de QI genial, mostradas pelo cinema. Nessa hora,perceberemos não ter sido nossa fantasia sequer original, assemelhando-semesmo às elaboradas antigamente em torno dos habitantes do outromundo, no caso, a América, antes de ser oficialmente descoberta.

Tenho lido quase toda matéria publicada sobre naves extraterrestres e oscontatos de seus tripulantes com os homens da terra. Acredito que, emboraos Estados Unidos sejam acusados de antipropaganda em decorrência doProjeto Livro Azul, essa ojeriza não é somente do país em questão. Asrevistas e jornais daqui e de vários outros países, ao tratarem do assunto,costumam adotar dois comportamentos prejudiciais: a ironia subliminar,dificilmente detectável pelos menos avisados, responsável por um rastro dedescrença e ridículo e o estardalhaço não convincente. Em alguns casos,tal como num artigo publicado recentemente em uma revista famosa, tem-se a impressão que, ou o articulista foi obrigado a escrevê-lo sem odesejar, ou não perdoa os participantes da aventura, pois ela deveria serdele, repórter, que foi não convidado para o encontro interespacial. Épossível, contudo, ter tido ele, alguma vez, uma espécie de convite,comparecendo na mais completa inocência, pela inexistência de efeitosespeciais e monstros intergalácticos. Sendo assim, não computou a matéria******ebook converter DEMO Watermarks*******

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como publicável e capaz de gerar interesse por parte dos leitores, nãoobstante alguns fatos o intrigarem. Faltou no caso o espírito de curiosidadeconducente à pesquisa e sobrou o apreço ao sensacionalismo. Mas nósdevemos aceitar uma lógica muito elementar. Se os ufonautas vêm até nóse nós "não vamos" até eles, é porque têm um avanço superior, podendo serdotados de tecnologia e capacidade para viver na Terra sem despertarsuspeitas. E não estão interessados na invasão de nosso planeta ou naextinção de seus habitantes, senão já o teriam feito há muito tempo. Aocontrário, ante o esforço de muitos governos para incendiar a Terra, parecepreocupá-los a nossa "sobrevivência".

A vontade de escrever sobre a presença de alienígenas aqui não surgiu,como foi explicado, de uma vivência espetacular. Veio do meu paulatinoenvolvimento com o assunto e de ouvir os relatos de pessoas simples,jamais entrevistadas, que nem sequer podiam muitas vezes avaliarcorretamente sua experiência. Por isso, eu os narrarei como meros casosmineiros, não significando ser o fenômeno restrito a Minas Gerais ou termaior incidência nas estradas mineiras. Por comodidade, limitei-me a falarsobre nosso Estado, para exemplificar ocorrências mundiais.

Apesar dos entrechoques com a mídia, seria bom reconhecer algumasverdades e agradecer aos meios de comunicação. Muitas são as fraudes, osenganos de boa fé e de má fé. Enorme é a ignorância sobre o assunto, porparte de todos nós. Porém, embora fantasiando, brincando, humilhando,tratando a sério o assunto, ou tratando-o seriamente de forma inadequada,a imprensa tem contribuído para a divulgação da ideia. Sendo assim, umdia haveremos de receber o alienígena sem pânico e sem xenofobia,mesmo se vindo de um lugar distante, muito além do nosso Sol. Só entãoestará definitivamente erradicado o geocentrismo, responsável pelaperseguição de Galileu e outros desmandos, pois a teoria da Terra como oúnico local habitado deste imenso universo nada mais é que um resquíciodaquela tese defendida pela inquisição.1 UFO - (Unidentified Flying Objects) sigla em inglês correspondente à nossa abreviatura "OVNI"(Objeto Voador Não Identificado).

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Uma súplica ouvidaEscolhi, para iniciar os meus relatos, esta singela história, tratando de ummero avistamento. Após narrá-la, ficará óbvia a minha crença nos UFOs eimplícita a minha esperança. E esperar é mais do que acreditar. É contarcom algo originado daquilo em que se crê.

Em junho de 1993, já me aposentara e a paralisação de minhas atividadesrotineiras foi de encontro a um período difícil. Lembro-me da ocorrênciade uma prece muda, certa manhã, ao subir a Avenida do Contorno,levando um emaranhado de problemas para resolver. Naquela hora, pedi,do fundo do meu coração, um avistamento de OVNI, mesmo sob a formade uma pequena estrela se deslocando no céu, desde que fosseinconfundível. Na verdade, eu estava querendo arejar minha cabeça, pararesolver todos os problemas incomodativos. E, sem dúvida, um contatocom os alienígenas, apesar da distância, poderia ter efeito terapêutico eafastar o meu sentimento de solidão. Esse desejo pode parecer estranho enem eu mesma sei a razão pela qual me atravessou a mente. Mas, ànoitinha, encontrando-me mais calma, resolvi chegar à janela para ver otempo. O céu estava limpo e colorido de azul marinho, havendo algumasestrelas dentro do meu campo de visão. Olhei para a copa de uma árvoreem frente ao prédio vizinho e vi duas delas, próximas uma da outra.Depois de observá-las por alguns minutos, a mais baixa começou a semovimentar de forma tão retilínea que acompanhei a sua evolução entre osfios elétricos dos postes da avenida. A luz não piscava, deslizavatranquilamente. Tive tempo, ainda, de apanhar meus óculos e retornar àjanela. Exatamente na ponta do Colégio Loyola, um pouco acima de umaoutra estrelinha, parou e foi esmaecendo rapidamente até sumir, como setivesse girado noventa graus. Eu diria ter ela feito um percurso doGutierrez à Cidade Jardim e dobrado à direita. Já o outro ponto luminoso,perto do qual se encontrava anteriormente, continuou fixo no mesmo lugar.Então, deduzi tratar-se de fato de um astro celeste.

Acredite quem quiser, porém, naquele exato momento, não me lembrei dasúplica matinal. Somente olhei para o relógio, marquei a hora e fui relatarà minha mãe o curioso incidente. No dia seguinte, levando em conta ohorário sideral, permaneci à espreita por longo tempo. Para surpresaminha, na copa da árvore usada como ponto de referência, não vi a outraestrela, embora o céu estivesse sem nuvens. Aliás, apesar da minhavigilância, ela nunca mais apareceu. Só vi a estrelinha sobre o prédio doColégio Loyola, perto da qual o meu distante OVNI desaparecera. Aí, me******ebook converter DEMO Watermarks*******

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dei conta de ter avistado não um, mas dois UFOs, e lembrei-me do pedidofeito no dia anterior. Tudo tinha acontecido como eu desejara e meucoração ficou inundado de alegria. Aquilo não podia ter sido meracoincidência e tais acasos devem ter outra explicação. A partir desse dia,estabeleci uma íntima convicção. Embora ignoremos, além, muito além donosso Sol, amigos desconhecidos pensam em nós e se preocupam com aluta dos terráqueos para encontrar um caminho neste planeta cheio deincertezas. Não somente pensam, também ouvem os nossos pensamentos eatendem às súplicas legítimas.

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As estrelas de maioA minha família materna é oriunda de Viçosa, cidade da Zona da Mata, emMinas Gerais, transferindo-se para Belo Horizonte na época de meunascimento. Meus avós, muito simples, viveram durante longo tempo semeletricidade e minha avó só viajou de avião uma única vez. Por isso,jamais conversamos sobre OVNIs. Se pensar na existência dedeterminados povos da terra, era difícil para eles, os extraterrenos, então,seriam inimagináveis. E o fato ora narrado ficou arquivado em minhamemória por estar ligado a uma sugestiva observação de minha avó: "nomês de maio, é comum aparecerem estrelas durante o dia".

Tentando determinar a época exata do acontecimento, só afirmo ser umacerta tarde de maio, no fim de minha infância e princípio da adolescência,entre 1946 e 1948, quando ainda dispunha de tempo para brincar. Omomento era entre 14:00 e 16:00 horas, ocasião determinada para nós,crianças, nos banharmos antes dos adultos retornarem do trabalho. Meusavós viviam numa casa antiga, com janelas compridas e altas. O estreitovidro do meio da parte superior da janela do banheiro fora quebrado enunca foi substituído, o que não acarretava qualquer transtorno. Ficavaapenas um vazio, de onde se enxergava um retângulo de céu, sem qualquerrisco de exposição aos olhares alheios. Eu estava dentro da banheira,olhando para o pedacinho de céu muito azul daquela linda tarde e vi umaestrela brilhante. Tal fato não me causou qualquer impressão. Apenas oregistrei, como uma ocorrência própria daquele mês, segundo minha avó.Observei o fenômeno durante uns quinze minutos e, ao sair do banho, aestrela ainda estava no mesmo lugar.

O intrigante dessa história é a sua permanência na minha memória, apóstantos anos. Entretanto, mesmo depois de me interessar pela problemáticados discos voadores, fui incapaz de associar a eles o avistamento de minhaadolescência. Só o fiz recentemente, ao questionar a assertiva referente àsestrelas de maio. Se minha avó considerava comum o aparecimento deastros, em pleno dia, especificamente nesse mês, ela e seus parentes ouconterrâneos possivelmente passaram por várias experiências similares, afim de adquirirem tal convencimento. E isso aconteceu no mínimo antes desua mudança para Belo Horizonte, pois aqui mal tinha tempo de chegar àporta da rua. Para minha tia, trata-se realmente de uma referência aostempos antigos. Já minha mãe, dotada de uma memória infinita, relacionaa crença com informações da escola, onde se aprendia que o planeta Vênusera avistado durante o dia. É possível, embora minha avó não tivesse o******ebook converter DEMO Watermarks*******

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mesmo grau de escolaridade de minha mãe e todo o seu conhecimentoparecesse empírico. Mas Vênus, conforme se aprende em Astrologia,nunca está a mais de 48 graus de distância do Sol no mandala zodiacal.Portanto, o planeta só se apresenta como um ponto luminoso, maior queuma estrela comum, no nascente ou no poente, ao amanhecer ou aoentardecer. No meio do céu e no meio da tarde é ofuscado pelo brilho doSol. Logo, se minha avó se referia a Vênus, sua informação incompleta meserviu para memorizar um acontecimento dissociado do planeta emquestão. O ponto luminoso estava bem próximo do zênite e o horário eralonge do alvorecer ou do ocaso.

A minha tendência hoje é acreditar num contato de zero grau, como diriamos ufólogos. Vi uma nave à distância, como um simples ponto luminoso.Em termos de experiência é nada ou quase nada, a não ser pelo alerta:muitos são aqueles que já viram e nem sequer imaginam ter avistado umdisco voador.

Estrelas de maio.

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A mãe-do-ouroTambém a família de meu pai vem da zona rural de Minas Gerais, ondemeu bisavô possuía uma grande fazenda espraiada pela Serra da Moeda.As aparições de OVNIs ali são dos tempos de antanho e eu voltarei a falarsobre essa região em outros relatos. O local dista hoje mais ou menoscinquenta quilômetros de Belo Horizonte, sendo parte do percurso feitopela BR-040. Dentro do velho estilo patriarcal, meus tios-avós foramagraciados com glebas de terra confinantes com a fazenda do pai,construindo lá suas casas e criando suas famílias. O mesmo aconteceu commeus avós, que se casaram pelos idos de 1904, mudando-se para BeloHorizonte em 1941. Jamais conversei com eles a cerca de extraterrestres,porque o assunto situava-se além de sua compreensão. Assim, o relato éprocedente de minha mãe, cujo temperamento cético e questionadorelimina dúvidas quanto à autenticidade. Além disso, o fato é endossadopor outros incidentes ocorridos com parentes e conhecidos nos mesmosarredores. Segundo minha mãe, sua sogra se referia sempre à mãe-do-ouro,uma bola brilhante, semelhante à lua, com movimento rotativo, cortando océu em velocidade não muito grande e desaparecendo em cima de certamata ou atrás de um dos morros existentes no lugar. Os seus avistamentosforam todos noturnos e ocorreram nos períodos de gravidez, quando,sentindo necessidade de ar puro, ficava assentada junto à janela aberta, demadrugada, olhando através da escuridão. Minha avó teve doze filhos.Portanto, tais ocorrências situam-se entre 1904 e 1934, data de seu últimoparto.

A lentidão do objeto e seu tamanho excluem a hipótese de meteoro. E, pelareincidência das aparições, seria meteoro demais para um só lugar.Corroborando as histórias de minha avó, uma tia presenciou o mesmofenômeno muito mais tarde, por volta dos anos cinquenta. Em férias nafazenda do tio, ao anoitecer, quis apanhar água na bica fora da casa.Movendo-se pelo céu e sumindo na direção de Belo Horizonte, avistouuma lua viajante. Ela considerou o espetáculo maravilhoso e, sabendo-odenominado "mãe-do-ouro", não lhe concedeu outra importância senãoaquela atribuída pelos habitantes locais: um indício da existência de minasocultas naquelas paragens. De fato, o próprio topônimo "Serra da Moeda"advém de uma lenda sobre cunhagem de moedas de ouro ali, semautorização do rei. Situação semelhante sucedeu com um primo de meupai, na década de sessenta. Ao sair de casa no início da alvorada, parabuscar água, viu um objeto redondo, parado quase sobre sua cabeça, cheio

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de luzes coloridas e algumas pontas se projetando para o exterior.Assustado, correu para dentro de casa, observando-o da janela, até seafastar em direção a uma densa mata. Ouvindo falarem muito napossibilidade de novas guerras mundiais, em sua simplicidade, julgoutratar-se de um engenho bélico e chorou apavorado, temendo umaconvocação para servir no exército brasileiro. Talvez as pontasmencionadas por ele formassem o tripé para a iminente aterrissagem doUFO.

Na década de oitenta, meu cunhado e minha irmã adquiriram um terrenoalém de Lagoa Santa, local diametralmente oposto à Serra da Moeda,distante uns sessenta quilômetros de Belo Horizonte. Entrando emconversa com um dos contratados para a construção de sua casa, foraminformados da existência de um fato perturbador. À noite, ninguém seaventurava na direção da Gruta da Lapinha, perto de uma lagoa, receandoa mãe-do-ouro. Querendo maiores detalhes, eles insistiram na descrição dofenômeno. O homem esclareceu serem bolas de movimento rotativo,parecidas com a lua, constantemente transitando acima da água.

Quando conheci um casal sequestrado, que continuou mantendo contatocom os alienígenas, eu soube serem essas duas regiões - Serra da Moeda eLagoa Santa - e outras de Minas, pontos de convergência de navesextraterrestres de médio e pequeno porte. A estrada ligando a primeira àrodovia federal fica perto de onde foram deixados, após o sequestro,embora tenham sido abduzidos na divisa de Minas com o Rio de Janeiro. Ea segunda foi ponto de referência no terceiro contato deles.

Mas, nem só na zona rural a mãe-do-ouro se fez presente. Mais ou menosem 1987, um professor meu amigo, estando à noite ao telefone, viu passarpela sua janela uma estranha lua, passeando pelo céu da cidade. Outrosbelorizontinos, de bairros diversos, descreveram o fenômeno aosjornalistas. A descrição do professor foi semelhante à de minha avó, à deminha tia e à do empregado de meu cunhado.

De tudo isso, concluo não ser o fenômeno mãe-do-ouro específico de umsó local. Além de corriqueiro, é antigo, não podendo ser relacionado àqueda de meteoros. Por outro lado, jamais obtive para o mesmo umaexplicação sequer razoável.

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A mãe-do-ouro.

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Meus amigos e seus amigosNa metade da década de setenta, seguindo os apelos do mundo interior,resolvi alargar o meu campo de visão, participando de grupos de estudosmístico-ufológicos, apesar de minha convencional formação em colégio defreiras. Como acontece muitas vezes, decepcionei-me profundamente. Amesma vaidade e a mesma competição de nossos ambientes sociais e detrabalho estavam presentes ali, comprometendo o aprendizado. Esseprimeiro voo valeu, entretanto, como experiência destinada a romperminha linha sectarista de pensamento. Então, parti, quase sempre só, parao estudo de outras religiões e de fenômenos ligados ao mundo espiritual. AUfologia me interessava, mas neste contexto ela entrou apenas como fontede uma técnica muito interessante. Eu tinha ouvido falar de um casalabduzido, que passara 48 horas em uma nave extraterrestre, continuando amanter contato com os alienígenas. Eles se propunham a transmitir umatécnica ensinada por um ET, na época, chamada por nós de "saídaconsciente da matéria". Resolvi comparecer à palestra de divulgação docurso, gostando muito, porque eu estava desencantada com a maioria dosmédiuns conhecidos e ela encerrava uma proposta que eliminava ointermediário em nossos contatos. A saída consciente do corpo físico eraconquistada através de exercícios físicos e mentais, concentração erelaxamento, sem invocação de espíritos, ligação a um credo religioso, féno resultado final ou mesmo admissão da existência de OVNIs. Emsíntese, para se obter êxito, a única exigência era aprender, praticandodiariamente os exercícios. E esse era o meu propósito. Quanto à técnicapropriamente dita, me foi muito útil na vida. Após três meses deexercícios, tive o primeiro resultado. Para mim, aquele momento marcou aquebra definitiva do tabu da morte. Não há como confundir o fenômenocom sonho, auto-hipnotismo, vidência, imaginação ou outras coisas. É oaqui e agora. A pessoa anda, vê, ouve, sente e age, enquanto seu corpo estádeitado. Enfim, é a realidade do espírito que sobrevive à morte. Ainda hojeposso avaliar perfeitamente as vantagens desse aprendizado dentro do meucotidiano. Um exemplo simples são os quebra-cabeças. Tenho o hábito decomprar revistas com eles e, entre outros, há os constituídos de dez letrasembaralhadas, para se formar um determinado vocábulo. A única chavefornecida é a letra inicial. Quando praticava habitualmente a técnica, empoucos minutos acertava todas as palavras. Atualmente, como não a façoem sua totalidade, levo dias para acertar tudo, quando o consigo. O motivotalvez esteja ligado ao funcionamento do lado direito do cérebro.

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A respeito dos alienígenas, o casal trouxe para nós algumas novidadesinteressantes. Não obstante o avanço tecnológico e científico deles, ouexatamente por essa razão, não eram apresentados como ateusmaterialistas, a exemplo de alguns eruditos racionalistas da Terra.Também não eram vistos como anjos. Embora a sua concepção de Deusnão fosse exatamente igual à nossa, o Criador existe para eles e adualidade do homem também, sendo priorizada a parte espiritual. Poroutro lado, os contatos de meus amigos sempre foram descritos como reaise concretos, não sendo projeção ou captação de mensagens através derecursos paranormais. Na verdade, eu valorizo profundamente aparanormalidade e os próprios professores a respeitavam, conformeobservei depois. Porém, naquele momento, me sentia cansada de uma sériede simulações e informações contraditórias, preferindo um tipo deexperiência sem apelo a qualquer influência mística ou esotérica.

Não repetirei aqui as aventuras de meus mestres, muito divulgadas atravésde livros e da imprensa. Só enfatizarei o que mais me chamou a atençãonesse contato mantido durante quase dois anos. Ambos pertenciam, antesdo sequestro, a religiões cujos seguidores eram genericamentedenominados "crentes", pelos católicos, sendo o homem muito atuante.Portanto, não aceitavam a existência de discos voadores, tendo umaconcepção muito dura da vida após a morte. Esse deve ser o motivo peloqual, levando-se em conta suas informações, partiram paraquestionamentos de ordem espiritual, abandonando o lado material, ao sedefrontarem com os alienígenas. Entretanto, em 1980, época do início docurso, estavam absolutamente convencidos da realidade da reencarnação,convicção adquirida com a saída consciente do corpo físico, mas nãoapresentavam qualquer preconceito religioso. Possuíam um sítio fora deBelo Horizonte, onde várias pessoas viram sondas alienígenas. Este localteria sido escolhido por indicação dos amigos ufonautas e lá teriamocorrido avistamentos e contatos. Certa noite, o pai de nossa professora foicurado de uma paralisia parcial, quando um potente OVNI iluminou opaiol onde se encontrava. Tudo isso fomos sabendo aos poucos, através deconversas com outros alunos, amigos e familiares do casal. Entre eles, ouvifalar pela primeira vez de coisas divulgadas pelos cientistas só muitotempo depois. Uma delas era o perigo de aquecimento da terra,denominado efeito estufa. Entretanto nunca apregoaram catástrofesalarmantes, não gostavam de ser considerados dirigentes espirituais,incentivando sempre o nosso autoconhecimento. A sua visão dosextraterrestres, embora contatando com etnias diferentes, era pacífica. Não

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escondiam, é claro, o medo e traumas pelos quais passaram logo no inícioda abdução, mas não lamentavam o acontecido.

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Uma explicação muito simplesDeterminados sonhos ficam arquivados em nossa memória, apesar de suaaparente simplicidade. Não são alegres nem assustadores como ospesadelos, no entanto, talvez pela clareza, nos lembramos deles anos eanos depois. Poderíamos buscar em Freud a explicação, porém,dificilmente tais sonhos parariam no divã do psicanalista, exatamente pelaausência de complexidade. Uma situação assim aconteceu comigo.Quando era criança, tive um sonho ou supus tê-lo, jamais o esquecendopor uma razão singela: era real demais. Outro detalhe intrigante é o fato denunca me lembrar de sua ocorrência. Lembro-me apenas dos fatosacontecendo.

Não sei qual era minha idade. Entretanto, deveria estar na faixa dos dozeanos, pela certeza de que minha avó paterna morava em frente à nossacasa, situada em movimentada esquina de Belo Horizonte. Pela quietudeao redor, devia ser tarde. Nós duas estávamos na ponta da rua em declive,olhando para o norte, onde havia um morro com algumas casas e umcampo de futebol. Ela me apontava, sobre o campo, um vistoso númerodois, parecendo um grande letreiro de gás néon. O sonho é apenas isso,não havendo nele qualquer detalhe importante pelo qual devessememorizá-lo. Mas lembro-me de tudo tal como se estivesse acontecendoagora. Entretanto, tal situação era inviável. O local onde estávamos era aconfluência de duas ruas muito movimentadas. Em uma delas passava obonde, havendo a casa comercial de meu pai. Apenas de madrugada otrânsito diminuía ali. Minha avó era do interior e, na condição de viúva,dificilmente saía depois de oito horas da noite, muito menos sem acompanhia dos filhos solteiros e das crianças de minha faixa etária. Antesda juventude, minha mãe não permitia nossa permanência na rua depois devinte e uma horas. Tanto a casa de minha avó quanto a minha eramverdadeiros hotéis, cheias de parentes, amigos, empregados, etc. Portanto,não me ocorre nenhuma circunstância especial na qual pudéssemos estar asduas sozinhas. Nessa hipótese exatamente é que outras pessoas sejuntariam a nós. A visão do número dois sobre o campo é outro pontoenigmático. Lá, não havia casas comerciais, somente moradias esparsas ehumildes. Na década de quarenta, os letreiros de néon constituíam um luxogrande demais para a região e eu nunca mais avistei coisa semelhantenaquele ponto.

Diante de tanta improbabilidade incluí essa minha lembrança entre ossonhos indecifráveis, até a época em que saí voluntária e conscientemente******ebook converter DEMO Watermarks*******

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do meu corpo físico. A partir de então, eu passei a associar o incidentecom uma saída ocasional do corpo, realizada na companhia de minha avó,na qual tivéssemos observado o enigmático dois. Porém, ficaram algumasperguntas. O que representava esse número? Qual a sua importância? Seriaele um mero símbolo ou uma nave extraterrestre de formato exótico?Inúmeras vezes pensei na última hipótese, após divulgarem notícias depossíveis avistamentos de UFOs pelos integrantes de uma das missõesApolo. Segundo informações, eles teriam encontrado uma nave no formatode um cavalo marinho. Ora, esse animal se parece com um dois e umacriança desconhecedora das coisas do mar pensaria no número em vez depensar no animal.

Recentemente, uma cantora minha parenta me falou das experiências deseus companheiros de trabalho com OVNIs, nas viagens do conjuntomusical. E um deles contou-lhe um fato interessante. Existe num lugarejode Minas Gerais um alto rochedo, difícil de ser escalado. Ali, gravado cominstrumento desconhecido, há um número dois impossível de ser talhado,usando os recursos rurais. Por isso, os habitantes do lugar atribuem-no aosextraterrestres, cujas naves passam pelo local. Ouvindo tal informação,lembrei-me imediatamente de meu sonho e perguntei-lhe o significado donúmero na versão popular da região. Ela não soube responder, sugerindosingelamente a possibilidade de ser o ano dois mil, a partir do qual nossoscontatos com os ETs se tornariam efetivos.

Essa explicação descomplicada encontra respaldo entre os ufólogosmísticos. Para eles, estamos no limiar de uma nova era, na qual outraverdade e estilo de vida surgirão, quer queiram ou não as autoridades civis,militares e religiosas.

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Uma explicação muito simples.

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As sondas bailarinasEsta experiência aconteceu em janeiro de 1981, sendo espectadores meucunhado, minha irmã e eu. Nós três estávamos aprendendo a "técnica dasaída consciente da matéria" com um casal de abduzidos. Eles possuíamum sítio em local de ampla incidência de avistamentos e onde várioscolegas de curso tiveram experiências interessantes. Por isso, resolvemostentar uma aventura ufológica, indo até lá também. Por antecipação, fomosadvertidos da existência das sondas, aparentemente inócuas, masresponsáveis pela crise histérica de um ou outro curioso.

O lugarejo, próximo da Serra do Cipó, era um distrito de casas pobres comestradas de terra bem ruins. Chegamos à tardinha, passando pela venda,centro de divulgação das inúmeras histórias, envolvendo os lavradoreslocais e ufonautas. Seguimos rumo ao sítio, na verdade, apenas um antigopaiol no meio de uma plantação de maracujá. Lá, estavam alojados algunsjovens que nos falaram novamente das sondas alienígenas. Depois,subimos de carro através de uma estrada interna até um ponto maiselevado, de onde se tinha uma visão panorâmica de toda a várzea. Emborafosse janeiro, caia uma garoa muito fina, apelidada de "chuva em pó" pelaminha irmã caçula. Por isso, estávamos bastante agasalhados.

Tão logo escureceu, surgiu o espetáculo das sondas. Eram três luzesalaranjadas do tamanho de um abacate, dançando sobre o paiol e sobre avárzea. Não piscavam nem davam reflexos, movimentando-se rapidamentesem deixar rastro luminoso. Subiam, desciam, pairavam sobre a plantaçãoe, de vez em quando, pareciam estar diretamente sobre o solo. Não erapossível confundi-las com farol de carro ou luzes de postes, inexistentes nolugar. O espetáculo durou até dez horas da noite mais ou menos. Então,nos deitamos e cada um assumiu o compromisso de acordar os queestivessem dormindo, caso houvesse alguma novidade. No entanto, nóstrês caímos no sono imediatamente. Meu cunhado escolhera ficar no bancodo motorista, enquanto nós nos alojáramos atrás, no espaçoso bagageiroaberto da Caravan de quatro portas.

Suponho ter acordado mais ou menos às cinco horas, intrigada com aforte claridade sobre meu rosto. Achei que esquecêramos a lâmpada doteto do carro acesa, estando a bateria no fim. Foi um rápido pensamento,porque escureceu num átimo, restando-me a dúvida de ter visto ou não aclaridade. Amanhecia e meus companheiros despertaram sem qualquerchamado. Seguimos para o paiol e tomamos café com os rapazes, trocando

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excelentes informações. Os moços tinham visto as luzes sobre nós edebaixo do automóvel, enquanto nós as avistáramos sobre eles e o paiol.Isso nos levou a uma conclusão: a própria pessoa não notava as sondasvagueando sobre a sua cabeça.

Voltamos para Belo Horizonte e curiosamente ficamos todos cobertos deurticárias, consideradas picadas de insetos, embora ninguém tivesse notadoisso na hora. Até meu cunhado, apesar do casaco de couro e das botas, secoçava nas costas e nos pés. Se bem me lembro, naquela ocasião, nossaprofessora explicou-nos terem tais artefatos extraterrestres a propriedadede registrar reações, tensões, batimento cardíaco, pulsação cerebral,sudorese, etc., dos terráqueos. Ela brincou conosco, levantando a hipótesede já estarmos cadastrados pelos ETs.

Há uns três anos, retornei àquelas paragens. As novas estradas e o trânsitointenso durante a noite não nos deixaram ver coisa alguma a não ser farolde carro.

Algum tempo após essa aventura, um Procurador do Estado, possuidor deuma chácara na região, contou-me que andava certa noite com umalanterna acesa em seu quintal. Avistando algo semelhante às luzesdescritas por mim, dirigiu-lhe o foco. O objeto se encolheu, murchou,desaparecendo quase instantaneamente.

Também um advogado narrou-me recentemente um fato curioso,silenciado por muito tempo em razão da incredulidade generalizada. Hávários anos atrás, perto de 22:00 horas, caminhando não muito longe doPalácio da Liberdade, em Belo Horizonte, ele viu uma luz azul entre osgalhos de uma árvore. Como estava perto de bares e casas noturnas,acreditou, inicialmente, tratar-se de alguma filmagem. Continuou a andar,aproximando-se mais e mais, quando, para seu espanto, o objeto saiu daárvore, voando e desapareceu. Não sendo este o único relato, mencionandoessa área próxima ao palácio do governo, cheguei à conclusão de que nemela escapa das incursões noturnas das sondas alienígenas.

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As sondas bailarinas.

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Cogumelos no arSe não me engano, aquele era o último sábado de setembro de 1991. Eume deitara depois do almoço para colocar o sono em dia, pois nuncaconsegui dormir antes da meia-noite, levantando-me sempre cedo, a fim dechegar ao serviço. A temperatura tinha caído, ameaçando chover, como defato aconteceu pouco depois. Acordei perto das 17:00 horas, abrindo ajanela do quarto. Olhei o tempo por alguns minutos e percebi algo semovendo pouco abaixo do meio do céu. Uma criança perdeu o seu balão,pensei. O objeto não era um balão. Acompanhei-o com a vista e, um poucoatrás, mais baixo, surgiu um segundo, idêntico ao anterior. Finalmente,apareceu o terceiro, em posição superior ao do meio. Não sei avaliarcorretamente o tamanho, altura ou velocidade dos três. Eles eram de umacor marrom terrosa sem qualquer luminosidade, tendo o formato de umcogumelo com o caule largo, ou de uma sombrinha de cabo muito grosso.A curvatura era pouco acentuada, tendo, o cabo, a largura de um terço dasombrinha, aproximadamente. Iam na direção sudeste, mantendo sempre amesma velocidade e formação. Corri para a janela da sala, onde foipossível acompanhá-los por mais tempo e chamei minha mãe. Ela aindaconseguiu ver o último entrar entre as nuvens baixas, procedentes da Serrado Curral. Pensei em ultraleves, embora só os conhecesse pela televisão,descartando logo essa probabilidade, porque os objetos desafiaram ovento, entrando entre nuvens baixas, vindas na sua direção. Em momentoalgum notei qualquer balanço típico de balão. Não havia, também, asfamosas luzes dos discos voadores. Eram opacos e eu diria estaremfazendo um passeio tranquilo sobre a cidade. Alguém levantou apossibilidade de serem balões meteorológicos, entretanto, a forma, a cor ea maneira como se conduziam não confirmavam tal hipótese. Por outrolado, eu pergunto: - Para que três instrumentos iguais, soltos na mesmahora e no mesmo local? Outra explicação, essa bastante tola, seria aconfusão com urubus ou alguma ave desconhecida. Dada a grossura docabo central, descendo do meio da sombrinha, eu diria que só se fosse ocaso de pássaro de tala larga.

Sem decifrar o enigma, na segunda-feira, ao chegar ao Campus daUniversidade, procurei alguns professores de áreas mais adequadas, parapesquisar sobre o meu avistamento, fazendo um desenho do conjunto.Ninguém soube interpretá-lo ou me dar informações e os meus cogumelosvoadores permaneceram sem reconhecimento.

Lembrei-me, então, de um conhecido que afirma terem as naves******ebook converter DEMO Watermarks*******

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extraterrestres formas inusitadas, quando são de pequeno porte. Entreurubus de tala larga ou cogumelos voadores, eu preferi ficar com ospequenos OVNIs para uso de um só ocupante. Minha escolha, é claro, estásujeita e aberta a contestações.

Cogumelos no ar.

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Olhos de raios-XEm meados de 1991, ousei programar, em meu Setor, um curso no qualseriam abordados temas ufológicos e místicos, com a colaboração deprofessores de outros Departamentos e de fora da Universidade. Temi oveto do Colegiado, no entanto, a diretoria conduziu a proposta de formabem humorada e meu projeto passou tranquilamente. Assim, no limiar deuma greve de docentes, na qual se discutia também a oportunidade demanter as atividades de extensão marcadas para o período do movimento,cheios de incertezas, recebemos as inscrições e o número de vagas seesgotou. Eu me sentia inquieta e receosa, lamentando silenciosamente, porvárias vezes, a falta de estímulo dos extraterrestes que, segundo minhaconvicção, circulam calmamente entre nós sem se traírem. Como nós,terráqueos, talvez ainda sejamos emocionalmente infantis, eu estavacobrando-lhes um retorno não prometido por um trabalho não solicitado.Por ser o meu esforço muito grande, julgava-me no direito de umarecompensa. O curso teve aqueles percalços próprios das situações muitoimportantes para nós. O primeiro deles foi uma crítica divertida no jornaldos alunos, anunciando o evento, ao lado da caricatura de uma professoravoando em direção à janela, o que comprometia a seriedade do trabalho.Entretanto, conseguimos realizá-lo. Mas, no final da semana anterior,aconteceu algo interessante e só mais tarde, porém, consegui percebertodos os aspectos intrigantes do fato.

Saí da Universidade em busca de uma encomenda no centro da cidade. Erauma tarde de sexta-feira e quem conhece Belo Horizonte sabe como é otrânsito no limiar do fim de semana, após uma chuva, na Rua São Paulo,em frente ao antigo Orfanato Santo Antônio. Eu me encontrava fora dopasseio, perto de uma grande poça de lama, do lado oposto ao da capela,tentando atravessar a rua, quando cocei minha orelha e, em seguida,percebi ter perdido a tarraxa do brinco. Tentei localizá-la, vasculhando ochão de cabeça baixa. Os carros começaram a buzinar ao meu lado,engarrafados no sinal e percebi a minha imprudência, expondo-me porcausa de um objeto pequeno, impossível de ser encontrado naquele caos.Ainda sem levantar a cabeça, escutei uma voz masculina, perguntando: - Oque aconteceu, jovem? Ouvindo me chamarem de jovem, acreditei tratar-se de uma brincadeira de mau gosto. Era um homem entre trinta e trinta ecinco anos aparentemente, da minha estatura ou pouco mais. Embora nãofosse magro, não tinha um grama de gordura excedente e sim músculos.Vestia-se simplesmente, com uma roupa de confecção barata, limpa e sem

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estragos, trazendo uma pochete pendurada no ombro. Tinha cabelos louro-escuros, formando um bico na frente, sem ser calvo, olhos azuis grandes,saltados, lábios e nariz grossos. Parecia um trabalhador em roupadomingueira e a fisionomia lembrava uma escultura do Aleijadinho1.Antes de lhe responder, receei tratar-se de uma pessoa impertinente, porémexpliquei, o mais delicadamente possível, ter perdido a tarraxa do brinco eque já desistira dela. Na mesma hora, sem olhar para o chão, elerespondeu: - Eu já encontrei. Para mim, tratava-se de uma brincadeira ouequívoco resultante da vontade de ser útil, quando o homem me fezretroceder uns passos, a fim de mostrar o objeto fincado na lama entreoutros detritos. É um cisco, pensei, porém ele apanhou a tarraxa e meentregou dizendo: - Se eu fosse a senhora, não usaria agora, porque estalama não está boa. Meio confusa, comentei sobre sua vista excepcional, deraios-X e, enquanto abria a bolsa para guardar o par de brincos, ele se foisem receber os agradecimentos devidos. Vi-o à distância, na esquina daRua Tupis com São Paulo, caminhando com a pochete sacudida pelospassos largos. Fiquei tão impressionada que, encontrando-me com umaconhecida, fiz um comentário estranho: não sei se vi um anjo, umextraterrestre ou um homem fora do comum. Depois de ouvir minhahistória, ela considerou razoável o meu espanto. Entretanto, só mais tarde,percebi não ter ele sequer perguntado sobre o formato da tarraxa, se eradourada, prateada, de plástico, ou mesmo o seu tamanho mínimo, de meiocentímetro. Também não questionara o local exato onde caíra. Agira comose a tivesse visto saltar de minha orelha, coisa impossível, já que nãoestava ao meu lado e sim veio ao meu encontro. Fiz ainda outrasconsiderações. Uma pessoa humilde, ao interromper o seu trajeto paraajudar alguém com tanto empenho, sempre espera maioresagradecimentos. No entanto, bastou o meu comentário sobre a suaacuidade visual e o moço se afastou quase correndo. Também o fato de mechamar de jovem na primeira abordagem e depois, cerimoniosamente, desenhora, é algo inusitado. Até uma pessoa obtusa identifica uma mulheralém dos cinquenta anos, mesmo com o rosto voltado para o chão. Possoestar fantasiando, contudo me pareceu que o homem sentiu o meu malestar ao ser interpelada jovialmente. Aliás, eu não resisto aqui a uma piada:se se tratasse de um extraterrestre, eu deveria estar exatamente dentro dafaixa etária juvenil de seu planeta. Também a sua frase "esta lama não estáboa", não corresponde à nossa forma usual de falar. Para nós, todas aslamas são sujas, exceto as das termas. Mas, essas, estando restritas a certoslugares, nós nem levamos em conta. Assim, seria viável considerar ahipótese de uma pessoa humilde e afetada, querendo demonstrar******ebook converter DEMO Watermarks*******

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conhecimento ao elaborar a frase. Entretanto, para ser alguém afetado, elese afastou depressa demais quando elogiei sua visão. E, por último, numjogo de pró e contra, podemos alinhar a hipótese de uma pessoa, por algummotivo especial, preocupada com os diversos tipos de lama existentes noplaneta. A favor deste argumento, pesa um fato. Quando estamos noestrangeiro, nos preocupamos em ser mais puristas que o próprio nativo e,se não somos descobertos pelo sotaque, causamos suspeitas exatamentepela pureza da linguagem. Quem assistiu a "My Fair Lady"2 sabe disso. Arigor, levando em conta as estações termais, nós, terráqueos, deveríamosrealmente classificar as lamas em boas e más. Porém, seja o que for essehomem, descobrir uma tarraxinha de aproximadamente meio centímetrono meio da sujeira a dois metros de distância, sem informações sobre o seumaterial, forma e cor, só mesmo para um adivinho dotado de olhos delince ou de raios-X.

Durante o curso, comentei o acontecimento com um engenheiro meuamigo, responsável pela palestra sobre OVNIs e técnica da consciênciaextrafísica. Ele achou graça, por ter-lhe acontecido algo semelhante certavez. Estando numa rua movimentada, coçou os olhos e uma de suas lentesde contato caiu. Abaixou-se para procurá-la, receando vê-la pisada poralguém. Não conseguiu achá-la e, já ia desistir quando veio ao seuencontro um homem de cor negra, com roupas simples e limpas,perguntando-lhe o que procurava. Depois da informação, aconselhou-o aolhar melhor. Tão logo meu amigo se abaixou de novo, viu a lente perdida.Mas o homem já estava longe.

Também um professor da Universidade contou-me um fato similar.Estando na praia com alguns parentes, sua tia entrou na água com o relógiode pulso, perdendo-o. Ao dar pela falta, começaram a procurá-lo, semsaber onde tinha caído. Caminhando na orla da praia, um homem,aparentemente distraído, escutou a conversa e se afastou, indo retirar orelógio de dentro da água, para entregá-lo à tia atônita. E, sem prestaratenção aos agradecimentos, continuou o seu passeio.

Todas essas histórias parecem muito banais. Entretanto têm, entre si, umponto comum, relacionado com o nosso limitado campo de visão. A minhaamiga, sequestrada com um companheiro e hoje contato dosextraterrestres, deu-nos uma pista sobre isso. Segundo ela, entre os examesaos quais foram submetidos na nave, um se destinava à avaliação dacapacidade visual e outro, da auditiva, porque ambas vêm decrescendo nosterráqueos. De fato, para comprovar o quão deficiente é a nossa visão, eu

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perdi outra vez uma tarraxa de brinco num corredor bem iluminado de umdos prédios da Universidade, enquanto conversava com três alunos. E nãofoi fácil para nós encontrá-la.

Não aceitei imediatamente o meu encontro com o homem de olhos deraios-X como um incentivo ou aceno favorável para iniciar o curso deMisticismo e Ufologia. Meu lado racional contestou, questionando atéhoje. Contudo, me deixei embalar pela possibilidade de ter tido umencontro extraordinário. Até hoje, guardo na memória aquela figura eespero revê-la. Mesmo estando entre cem outros homens, sabereireconhecê-lo. E este é também outro dado importante. Sendo eu tãodistraída, consegui guardar um rosto contemplado rapidamente. Teria eucomposto a figura com a imaginação? Todavia, desde o primeiro momentodescrevi, sem titubear, a mesma pessoa.

Para completar as coincidências desse curioso acontecimento, após iniciaro meu livro, minha amiga quis saber se eu seria capaz de traçar o retratofalado do homem de olhos de raios-X. Tentei visualizar cada detalhe desua face, porém, ao abrir casualmente um romance sobre o Egito antigo, láencontrei o rosto procurado. Era a cabeça, existente no museu de Berlim,do feio Amenófis IV, ou Akhnaton, o faraó monoteísta e reformadorreligioso. Reduzindo um pouco o queixo e sem a fissura do lábio inferior,estava pronto o meu trabalho3.1 Aleijadinho. Francisco Antônio Lisboa, famoso escultor mineiro do século XVIII, mais conhecidopelo seu apelido decorrente de uma enfermidade deformante.

2 My Fair Lady. Filme baseado na peça Pigmaleão. Na Inglaterra, um erudito aposta na suacapacidade de transformar uma suja florista das ruas de Londres em uma dama irreconhecível. Noseu primeiro baile, um poliglota, encarregado de descobrir quem era moça, concluiu tratar-se deuma estrangeira, pela excelente qualidade de seu Inglês.

3 O Romance "Nefertiti e os mistérios sagrados do Egito", de Chiang Sing, no qual encontrei o rostode Akhnaton, teve sua 5ª edição publicada em 1984, pela Livraria Freitas Bastos S.A., no Rio deJaneiro.

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As estranhas mulheres e outras estranhezasO primeiro fato a ser narrado aconteceu mais ou menos no princípio dadécada de sessenta com duas primas, estando a mais velha no limiar daadolescência. Só tomei conhecimento dele em 1986, por intermédio deuma parenta. Então, pedi à mais nova das duas, com quem tinha maiorcontato, que o contasse e gravasse para nós. A gravação, porém, ficouimprestável e antes de fazer outra, reunindo as irmãs, ela morreu de formainesperada.

Essa prima, embora nascida em Belo Horizonte, passou toda a sua infânciacom a família na roça. Posteriormente, instalou-se em Sete Lagoas, ondetrabalhou e formou-se em Direito. Um pouco antes de seu casamento,transferiu-se para Belo Horizonte. Faleceu quarenta dias após onascimento da única filha, em decorrência de uma trombose, com a idadede trinta e seis anos, ficando casada apenas durante um ano. Como jáestivesse aparentemente recuperada da cesariana à qual se submetera, suamorte foi considerada repentina. Ela era uma pessoa de bom nível cultural,inteligente, sensível, religiosa e interessada na vida política do país Mas,em decorrência da luta para conseguir vencer na vida, não tinha tempopara ilusões ou devaneios. Por isso, talvez nunca questionasseprofundamente certos estranhos acontecimentos vivenciados.

Quando sua família se mudou para o interior de Minas, eles moraram pertode uma cidade pequena, em uma fazenda distante alguns quilômetros dasterras de nossos antepassados. Trata-se de uma região muito acidentada,havendo, no alto de um morro, próximo à casa, uma solitária igreja dasmais antigas de Minas Gerais, em cujo adro está enterrado meu bisavô.Minha prima deveria ter uns nove anos e a irmã doze. Meu tio,extremamente severo, incumbiu-as, dia claro, de ir à fazenda vizinha levarou buscar alguma coisa e, para cortar caminho, tomaram a estrada quepassa em frente à igreja. Antes de ali chegarem, duas mulheresdesconhecidas surgiram inopinadamente um pouco à frente. Elascaminhavam de forma diferente, a um palmo do chão cheio de buracos epedregulhos. Praticamente, deslizavam num mesmo ritmo, voltando de vezem quando a cabeça para trás, num sincronismo esquisito, como se fossemmanipuladas por um só cordel. Eram iguais em tudo: altura, peso, cor decabelo, feitio de roupa. Usavam uma trança caindo nas costas e vestidosroceiros com cintura bem marcada e saia ligeiramente franzida, sendoxadrez de branco e azul, o de uma, e branco e rosa, o da outra. Minhasprimas estancaram e ficaram imóveis. As mulheres continuaram sua******ebook converter DEMO Watermarks*******

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caminhada, chegando à igreja, no topo do morro. Então iniciaram algomais inexplicável ainda: começaram a escalar a parede lisa para atingir otelhado e passar para o outro lado, coisa a ser feita sem nenhum esforçoapenas dando uma volta. Uma delas subiu rapidamente, porém a outraescorregava e voltava ao chão, reiniciando sempre a sua tarefa. Chegandoa este ponto da história, minha prima chorava e quase não podia falar.Segundo ela, era horrível lembrar-se do som supostamente vindo dasunhas das mulheres raspando na parede. Até aquele dia, ela acreditava,talvez induzida pela presença do cemitério no local, terem visto almaspenadas, pois jamais entendeu a cena. Nesse ponto dos acontecimentos, asduas meninas se afastaram correndo pelo meio do mato, alcançaram umoutro caminho e chegaram à casa do vizinho. Não quiseram narrar o fatocom medo do pai vir a saber e não acreditar nelas, porque ele não admitiamentiras. O fazendeiro, entretanto, pressentindo ter acontecido algo deanormal às duas, por estarem pálidas e assustadas, levou-as de jipe paracasa.

Após a narrativa, nós, presentes, tentamos dissecar a história, mostrandocom certo humor a tolice de sua crença. Almas penadas não têm corpofísico, podendo escalar paredes facilmente. Aliás, atravessam qualquercoisa densa. E meu cunhado falou na possibilidade de serem robôsalienígenas em teste, comandados por controle remoto. Mas em 1986 omundo já era outro. O homem fora à lua, tínhamos assistido aos filmes ETe Contatos Imediatos de Terceiro Grau e a impressa noticiava abertamentesobre discos voadores. Também, estávamos contatando pessoas entendidasno assunto, conhecedoras da fama daquela região. Nada mais fácil paranós do que fazer uma análise diversa e com parâmetros bem diferentesdaqueles usados por uma criança da roça tantos anos antes. Mesmo setornando adulta e culta, se conservasse certos condicionamentos religiosospróprios da região de nossa família, ser-lhe-ia difícil enxergar por outroprisma.

Nesse dia, ainda soubemos de dois outros fatos estranhos acontecidos comela. Um dizia respeito a um avistamento em Sete Lagoas. Segundo suaspalavras, ela andava pela cidade, não sei se durante o dia ou à noite.Olhando para o céu, viu um objeto em forma de losango, no qual pôdedivisar a silhueta de um ser humano. Imediatamente, dirigiu-se a umhomem parado nas imediações, para constatar se ele observava a mesmacoisa e juntos contemplaram o calmo afastamento do OVNI. Lembro-mede ter insistido na época para saber se se tratava de um balão, porém haviadetalhes, já esquecidos, eliminando tal hipótese.******ebook converter DEMO Watermarks*******

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O outro acontecimento é bastante estranho, mas não é uma novidade nosmeios ufológicos. Minha prima tinha um sono muito pesado. Quando sedeitava, adormecia imediatamente, só acordando a custo na hora detrabalhar. Isso era compreensível, tendo em vista a sua juventude eocupações em Sete Lagoas. Certa noite, em plena madrugada, acordoucom o quarto totalmente iluminado por uma claridade intensa. Podia-se verqualquer cisco no chão. Parecendo vir de dentro de sua cabeça, uma vozperguntou-lhe se tinha ela mãe. Respondeu assustada afirmativamente euma escuridão total envolveu o aposento. É desnecessário dizer que passoua noite acordada, morrendo de medo de acontecer um desastre com suamãe, em viagem para Goiás. Felizmente, não houve qualquer novidade.

Mas um último fato esdrúxulo, relacionado com essa parenta, aconteceriapouco depois de nos ter contado tais histórias, um ano antes de sua morte.Morávamos ainda na Rua da Bahia, perto da Praça da Liberdade. Ela nosvisitou numa quinta-feira, saindo de nossa casa às 20:30 para comprar umpassador de cabelo na feira noturna da praça e tomar seu ônibus.Gravamos bem o horário por ter sido o som do relógio de parede, batendoa meia hora, a causa de sua pressa. Como a distância era mínima, deve terchegado lá em cinco minutos. A visão da feira superlotada e o desejo deentrar entre determinadas barracas de bijuterias foram as últimaslembranças gravadas em sua memória. Após isso, havia um branco total.Sabia apenas que, às vinte e duas e quarenta e cinco, portanto duas horas equinze minutos depois, estava em frente ao nosso prédio, sem saber comochegara ali em hora tão avançada e o que fizera, pois não comprara opassador. Apavorada, em vez de entrar, foi para a casa. Soubemos doacontecido um mês depois, quando nos levou o convite de casamento.Desejosa de esclarecer o assunto, perguntei-lhe, preocupada, se antessofrera ausências, esquecimentos ou qualquer problema semelhante, masela era absolutamente sadia, física e mentalmente. Tanto que, ao morrerem outubro de 1988, ainda sem preencher a lacuna em sua memória, ocorpo passou pelo Instituto de Medicina Legal.

Para as pessoas indiferentes ao assunto, a possibilidade de alguém ter vistodois ou três OVNIs durante uma vida inteira é um exagero inconcebível.Imaginem a tentativa de se explicar a um incrédulo um rapto ocorrido nomeio da multidão, no centro de uma capital. O comportamento óbvio dafamília seria a rápida busca de uma vaga num hospício para o infeliz.Contudo, essa história não é única. Já ouvi outras de pessoascompletamente saudáveis, dotadas de comportamento bem rotineiro. E hásempre uma constante: permaneceram secretas ou quase, só me sendo******ebook converter DEMO Watermarks*******

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segredadas depois de um razoável tempo de relacionamento, quando avítima, para falar de forma mais drástica, sentiu poder contar com a minhacompreensão. Por outro lado, tais pessoas realmente não entendem oacontecido. E o fenômeno pode realmente estar relacionado com umproblema mental ou psíquico. Em tais casos, somente a conduta diária doenvolvido nos mostrará a hipótese mais adequada aplicável ao fato: doençamental, excesso de imaginação ou ocorrência de fenômeno inexplicável.

Entre as histórias ouvidas, há a de uma jovem funcionária de um banco dogoverno, diplomada em curso superior e sem qualquer ligação com aUfologia. Certa noite ela acordou de madrugada, indo à cozinha beberágua. Embora não olhasse o relógio, viu o negrume completo do céu pelovidro de uma janela. Contudo, ao retornar ao quarto, o dia estava quaseclaro. Ou seja, ela gastou duas ou três horas para andar alguns passos e nãose lembrava de nada nesse espaço de tempo.

Atualmente, eu me pergunto por qual motivo essa prima estaria maissujeita a tais fenômenos do que o resto da família. Existe, porém, umaexplicação razoável. Sendo a quarta filha da casa, foi quem permaneceumais tempo na região. Quando adolescentes, as três primeiras irmãs vierampara Belo Horizonte. Mesmo assim, uma delas se lembra de umaocorrência ou sonho inusitado ainda por narrar. Os três meninos maisnovos eram pequenos e tímidos. Meu tio, um cético intolerante, se vissealgo fora de sua compreensão, permaneceria calado e sua mulher, emboradiferente, é muito silenciosa. Outras circunstâncias explicariam, ainda, talpredisposição. Dentre todos os seus irmãos, ela era a de maior atividadeintelectual, possuindo uma sensibilidade próxima da paranormalidade. Àsvezes, captava instantaneamente o pensamento de alguém, repetindo aspalavras pronunciadas por esse alguém antes de sua chegada. A mortemostrou claramente esta sua virtude. Pressentindo-a, preveniu a família,tomando medidas para o futuro. Quando se encontrava no velório de umacriança no Cemitério do Bonfim, sentiu uma dor aguda no peito, sendotransportada para o Hospital Felício Rocho. Dentro do carro, ela pediu aomarido para entregar a filha à sua irmã solteira e explicou ser inútil osocorro. Ele também faleceu poucos anos depois, sendo providencial aguarda da criança recém-nascida pela tia.

Considerando tudo isso, sou tentada hoje a admitir ter tido essa primamuito mais contatos do que realmente se lembrava. Tendo vivido muitoperto de um local de grande incidência de OVNIs, talvez tenha sido dealguma forma muito ligada aos alienígenas sem o saber.

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Quando terminava minha narrativa, fui chamada para abrir a nossagaragem. Ao acionar o controle remoto longe do portão, lembrei-me dasestranhas mulheres, possíveis robôs controlados por invisíveisextraterrestres, escalando a parede da igreja e fiz um paralelo. Se hoje nós,pessoas do terceiro mundo, conseguimos manipular com facilidade umobjeto à distância, é inimaginável o potencial de uma civilizaçãoalienígena bem mais avançada, dominando, inclusive, outras formas deenergia desconhecidas para nós. Imaginei como se portariam meusantepassados, mortos até meados do século anterior, diante de um simplesinterruptor na parede, capaz de, se pressionado, lançar instantaneamente aclaridade de cem velas em um aposento, ou, ainda, a atitude de meu avôpaterno, falecido em 1943, diante de um aparelho televisor. Teriam,certamente, a mesma reação de minhas parentas vendo as estranhasmulheres. Assim, entendi perfeitamente o motivo pelo qual se calam aspessoas simples, desconhecedoras da Física e de outras ciências, evitandopublicidade, quando têm avistamentos fora do comum. São tantas asperguntas científicas a responder que se sentem tão desamparadas como seestivessem diante da Santa Inquisição. Não sabem desenhar, não entendemde graus, ângulos, velocidade, altura etc. Como não possuem provas, nemrecurso verbal, sentem-se suspeitas "in limine" e são tratadas dessa forma.Em sua simplicidade, não avaliam estar a nossa ciência tão distante deentender o fenômeno quanto outrora esteve a Inquisição distante de Deus.

Talvez seja esse o motivo pelo qual certos pesquisadores, não conseguindodemonstrar aos céticos cientistas de hoje a existência de alienígenas entrenós, têm procurado subsídios nas lendas e histórias de civilizaçõesremotas, para demonstrarem a sua presença naquela época, deixando delado as evidências atuais. Não há nada como os tapetes voadores dosárabes para fazer pensar em OVNIs e nem melhor do que Ali Babá e o seu"abre-te, SÉSAMO", para indicar uma passagem controladaeletronicamente. Por outro lado, as lendas não correm o risco de cair noridículo nem podem ser pressionadas.

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Um piloto e seu veículoA terceira filha desse mesmo tio, que residiu perto da Igreja de Santana,tem remota lembrança de um acontecimento marcante, ocorrido na fazendamais ou menos em 1955, alguns anos antes da visão das estranhasmulheres pelas duas outras irmãs. Como era criança e a história é bastanteextravagante, admite a possibilidade de ter sonhado, insistindo, todavia, nariqueza e realismo dos detalhes arquivados em sua memória.

Era época da colheita de milho e lá estava ele, entre as folhas do milharalque cercava a casa, bem ao lado de uma ameixeira, na entrada principal dafazenda, mais ou menos às onze horas da manhã. Tinha a cor metálicabrilhante e era oval, mais ou menos do tamanho de um automóvel e, porisso, possivelmente só comportasse uma pessoa assentada. O veículopossuía uma cúpula transparente, podendo-se enxergar a luz vermelhagiratória em seu interior. Dali, saiu um homem de estatura mediana,esguio, com uma vestimenta justa, prateada, de capacete e botas justas atéos joelhos. O moço bateu palmas e sua mãe atendeu. Ele disse estar comfome, frisando querer pouca comida. Como era hora do almoço e na regiãonão se recusava alimento aos visitantes, ela lhe preparou um prato,incluindo ovo frito, comentando apenas com os filhos sobre a esquisiticedaquele traje. Tão logo lhe entregou o prato, a mãe chamou a criança,também, para almoçar. Assim, minha prima não viu mais nada. Não sendopermitida a entrada de desconhecidos na casa na ausência do dono e,estando seu pai ocupado na roça, ela supõe que ele fez a refeição assentadonum degrau da escada. Sua mãe não se recorda de coisa alguma, contudo,pelo excesso de afazeres, pode não ter percebido a nave e talvez nãoperdesse o seu tempo com outras verificações, já que o homem não lhetrouxe outro qualquer problema. Hoje, quando se toca no assunto, suareação é a de quem quer se lembrar inutilmente de algo. No entender desua filha, isso sugere a possibilidade de ter sido hipnotizada pelo visitante.

Essa lembrança é muito nítida para minha prima e somente anos depoisconseguiu avaliar o quão futuristas eram tal personagem e seu veículo.Naquele momento, ficou somente extasiada. Embora a fazenda esteja hojea pouco mais de uma hora de Belo Horizonte, o meio de transporte usualera o trem de ferro, até meados da década de sessenta, sendo péssima aestrada de rodagem. Com isso, fica descartada a hipótese de um carromuito moderno transitando por uma região, aonde nós, parentes, sóchegávamos de jipe, após muitas peripécias. Entretanto, além da máqualidade da estrada, aquele tipo de roupa não coadunava com os trajes******ebook converter DEMO Watermarks*******

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mais avançados de então. Resta, portanto, a pergunta: - Teria minhaparenta sonhado ou visto realmente algo incrível? Não havendo comocomprovar os fatos e sendo muito absurdo pensar num extraterrestreassentado na escada de uma fazenda, testando o sabor da comida da roça ea receptividade de nosso homem rural, a questão fica em aberto.

O veículo do piloto

Essa mesma pessoa contou ter contemplado com suas vizinhas, há muitosanos atrás em Sete Lagoas, uma bola vermelha de mais ou menos sessentacentímetros de diâmetro. Ela rodopiava como um pião no céu escuro,afastando-se rapidamente até fugir do alcance da vista. A natureza daqueleobjeto aéreo até hoje lhe é desconhecida. Mas em recente entrevista natelevisão, um militar reformado da aeronáutica admitiu ter visto efotografado vários OVNIs no norte do Brasil, quando participava de umprojeto do governo destinado a pesquisar uma onda ufológica. Segundoele, as formas das naves variavam muito, sendo a maior delas uma bola deuns cem metros de diâmetro. Tal descrição, inclusive com relação aotamanho do objeto enxergado no ar, coincide perfeitamente com esseavistamento ocorrido em Sete Lagoas.

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Encontro no meio da noiteEntre as histórias ouvidas, considero esta a mais adequadamentetestemunhada, por envolver profissionais competentes de áreas nas quais aobservação é fator fundamental. Ambos são cultos e insuspeitos, não tendoqualquer envolvimento com a Ufologia. Um trabalha como professor dedesenho mecânico e o outro é professor de fotografia. Eles participam deum projeto de órgãos públicos, que exige a escalada de uma determinadaserra entre as suas atividades. Isto é feito em grupo de dez ou dozepessoas, incluindo alunos adolescentes, normalmente em fins de semanaprolongados. A subida é cercada de uma série de cuidados e nuncaaconteceu qualquer incidente, apesar de se repetir há vários anos.Entretanto vou omitir o nome do local. A publicidade poderia prejudicar odesenvolvimento do projeto de grande interesse e importância para aregião.

Em 1993, num feriadão, o grupo rumou para a tal serra, ficando comosempre alojado em uma pequena casa destinada aos guardas locais, situadaem um ponto relativamente plano e grande no meio da subida, onde háduas edificações rústicas. A casa de pedra é um antigo abrigo de tropeirosfeito antes do lugar passar para o domínio público. A outra foi construídadepois, com o fim de abrigar os vigias da região. Exatamente pela suafinalidade, possui janelas de vidro liso, seladas e jamais abertas por causado frio. Elas distam uns cem metros uma da outra. Dada à altitude, não háárvores ou outros empecilhos, sendo a visibilidade entre ambas muito boa.Os turistas costumam subir a serra nos fins de semana à noite, paracontemplarem o nascer do sol lá do alto, parando antes na casa de pedra,bebendo água e descansando um pouco. O grupo de estudos já escalara omonte mais afastado naquele dia e estava se preparando para subir ao outrona madrugada seguinte. Em virtude do cansaço e contando levantarem-sepelas duas ou três horas da manhã, todos dormiram muito cedo, espalhadospelo chão do alojamento. O professor de fotografia disse-me não terconciliado o sono, permanecendo quieto em seu canto. Em torno de 23:30horas, ouviu, ou melhor, sentiu algo no teto e acreditou tratar-se de algumafolha rolando ou bichinho do mato. Posteriormente, percebeu alguémandando em volta da casa. Não era bem um ruído, era mais uma sensação.Como os turistas não se limitam ao primeiro abrigo, rodeando também ooutro e acordando quem se encontra lá dentro, ele evitou fazer qualquermovimento para não atrair o possível visitante. Algum tempo depois, oprofessor de desenho mecânico acordou com o barulho de um ratinho, que

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já o incomodara na noite anterior, escondido entre as madeiras perto dofogão. Resolvido a expulsá-lo, pediu a lanterna ao companheiro, subindosobre o rabo do fogão e lançando seu foco entre as madeiras, paradesalojar o camundongo. Nesse instante, correu os olhos pela janelavendo, na noite enluarada, um movimento estranho em torno da casa depedra. Apagou a lanterna, evitando acordar alguém com seu foco econtinuou observando na tentativa de compreender a situação.Aparentemente, vira quatro turistas, mas tais pessoas tinham característicasmuito peculiares, fazendo uma movimentação incomum. O professor defotografia ficou intrigado com a razão pela qual o companheiro olhavapara fora, enquanto o ruído do rato vinha de dentro do alojamento e fez umcomentário baixo. O colega chamou-o, então, à janela, não lhe adiantandoo motivo, para ter a certeza de que a cena presenciada não era uma ilusãode ótica, tal a sua estranheza. E eles permaneceram ali embasbacados unsquinze minutos, observando aquele quadro fantasmagórico.

De acordo com o depoimento dos dois, as quatro pessoas variavam emestatura, sendo três altas e uma pequena, da altura de uma criança de unsdoze anos. Não se tratava de uma diferença absurda, porém bem visível àdistância. A menor permaneceu afastada uns vinte metros da casa depedra, totalmente imóvel durante o episódio, possivelmente, coordenandoou monitorando as demais, enquanto as três outras se movimentavam aoredor e mesmo sobre o teto da construção. Embora considerada área plana,aquela espécie de terreiro no meio de uma serra, onde se situam os doisabrigos, é cheia de obstáculos para nós, pessoas comuns. Entretanto os trêsseres deslizavam como num piso muito liso, untado com vaselina, oucomo se estivessem a alguns centímetros do chão. Os movimentos eramacelerados ou desacelerados em determinados instantes. Por outro lado,usavam uma vestimenta clara, cobrindo o corpo inteiro, dotada de umbrilho especial que não era fosforescente. A princípio as testemunhaspensaram tratar-se do reflexo da lua cheia na roupa branca. Mais tarde,porém, tal hipótese se mostrou insustentável. Em determinado momento,um deles se afastou dos outros, vindo diretamente na direção da casa dosguardas. Foi um instante de suspense. Um professor chegou a murmurar: -O que vamos fazer? Mas o ser passou pela janela e pela porta, como sefosse bater ou entrar, rodeou o abrigo numa rapidez invejável, fez ocaminho de volta, juntando-se novamente aos companheiros, sem qualquerruído, gesto amistoso ou desagradável. Também não houve tempo paraobservação de detalhes relacionados com sapatos, cabelos, olhos, nariz,sexo etc. Era apenas uma forma humana brilhosa, movendo-se agilmente.

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As quatro figuras, assim denominadas por um dos professores, entraram nacasa de pedra e lá dentro surgiu uma luz muito forte, vazando por entre asfrestas. Ela aumentava e diminuía rapidamente, saltando de um lugar parao outro, tal qual uma fogueira móvel. Logo em seguida, os professoresobservaram lanternas de excursionistas no caminho que leva àquela casa eouviram alguém gritando: - Cheguei, cheguei! Então, a luz diminuiu e foitotalmente apagada, exatamente quando apareceu um montanhista, depoismais três e um bando, rodeando o local e entrando dentro do abrigo. Naexpectativa de que algo muito louco pudesse acontecer, quando as pessoasse defrontassem com aquele grupo insólito, os tensos observadoresaguardaram o desenrolar dos fatos. Contudo não houve incidente algum.Tudo correu normalmente. O pessoal se espalhou pelo terreiro, osprofessores saíram para conversar com alguns e, posteriormente, todos sejuntaram à turma da pesquisa na subida ao monte. Nenhuma alusão foifeita a qualquer fato estranho visto pelos turistas na casa de pedra.Entretanto as quatro figuras não tinham como ter saído de lá. O professorde fotografia teve a impressão de vislumbrar, antes do apagar definitivo daluz, algo como mochila e roupa e a transformação dos entes brilhosos empessoas normais como nós, para se misturarem aos montanhistas. Aliás, foiele quem guiou o grupo na subida, através das trilhas, enquanto ocompanheiro ficou cuidando de um terceiro professor atacado de umaindisposição desde a véspera. Durante a escalada, esteve tenso edesconfiado e a cada momento esperava o toque de alguém em seu ombro,dizendo frases usadas em filmes de terror: - Eu sei quem você é; eu sei quevocê me viu.

As duas testemunhas desse espetáculo inacreditável, durante os dez ouquinze minutos de observação e mesmo depois, não puderam trocar entresi quaisquer comentários. Limitaram-se a exclamações de pasmo, não seafastando da janela nem por um segundo. Embora tivessem equipamentofotográfico com teleobjetiva bem à mão e, mesmo um deles sendoprofissional da área, não se lembraram de tirar fotos. A explicação dada ésimples. Não sentiram vontade de falar nem de se mover, não sabiam otempo de duração da cena e não quiseram perder nenhum detalhe. Ahistória narrada, separadamente, aos responsáveis pelo projeto epreservação do local, foi a única comunicação oficial feita, temendo umadivulgação maior, com uma avalanche de curiosos depredando tudo ecomprometendo o andamento do projeto. Embora não haja rota de aviãopassando pela serra, souberam, posteriormente, constituir rotina naquelelugar o aparecimento de luzes à noite em determinados dias e horas. A

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respeito do avistamento, ambos acreditam estarem os alienígenas cientesde seu testemunho, por causa da vinda de um deles em sua direção. Oprofessor, que teve a sensação de perceber pessoas rodeando a casa deguardas antes de presenciar a cena na janela, chega mesmo a admitir teremtais figuras procurado deliberadamente chamar a atenção sobre si naquelemomento. Eles ainda partilham certas opiniões iguais. Em momento algumperceberam qualquer indício de agressividade por parte dos quatro entes.Aliás, gostariam de passar por uma segunda experiência, agora a serdocumentada fotograficamente, pois o impacto não seria mais tão violento.Ambos admitem a possibilidade de mistura dos estranhos seres aosturistas, após uma rápida transformação. Quanto à casa do incidente, oprofessor de desenho mecânico foi vistoriá-la pela manhã e não encontrouqualquer vestígio justificando a presença de uma luz tão forte lá dentro nanoite anterior, a não ser um restinho de madeira muito frio, inadmissívelcomo resíduo de uma fogueira.

Nesse episódio extraordinário, dois fatos me chamaram a atenção. Oprimeiro diz respeito à movimentação das figuras acima do solo. Nocapítulo “As estranhas mulheres e outras estranhezas", fiz referência a essemodo de caminhar, deslizando a um palmo do chão. Portanto, o fenômenose confirmou aqui, através das palavras de outras pessoas. Mas, sepensarmos bem, podemos lembrar-nos do trem-bala japonês, correndoacima dos trilhos, numa velocidade muito superior a dos nossos trensconvencionais. Assim, mesmo na nossa Terra, já temos experiência desituação análoga.

O outro diz respeito à presença tranquila de alienígenas entre nós, fatocomentado quando narrei o meu encontro com um homem de olhos deraios-X. Não creio terem os alienígenas subido a serra juntamente com osmontanhistas e participantes do projeto, mesmo porque entre eles havia umde tamanho menor. O professor de fotografia, guia do grupo, teriadesconfiado, caso houvesse alguém pequeno entre os excursionistas.Entretanto não notou nada de anormal. Por outro lado, a pessoa nãopoderia ser confundida com um dos alunos presentes, por demaisconhecidos. Resta uma alternativa, salvo melhor juízo. Não tendo saídopela porta ou através de uma nave, os ETs devem ter permanecido na casae recebido os turistas com naturalidade, afastando-se tão logo houve umaoportunidade.

E aqui há uma consideração a ser feita. Enquanto governos, auxiliados porcientistas, gastam milhões em complexa aparelhagem de captação de sons

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de outros mundos, ninguém quer investir um centavo para ouvir o homemcomum. Ao contrário, ele é pressionado e maltratado quando ousa falar emextraterrenos. Dessa forma, é possível que alienígenas conversemtranquilamente com o vizinho do lado ou com um transeunte na rua, aoarrepio das nossas especulações sobre a existência de vida inteligente emoutros planetas.

Encontro no meio danoite.

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Os mocinhos brilhososEm quase todas as narrativas envolvendo ufonautas, há um detalherotineiro, omitido apenas quando os extraterrestres estão se mantendoincógnitos entre nós. É o brilho da roupa, seja ela clara ou escura. E, sobreisso, há uma singular história, contada com muito humor por umconhecido meu, caçador de "discoportos" ocultos.

A Serra do Cipó sempre foi considerada um ponto de avistamentos deOVNIs, principalmente nas décadas passadas. Havia ali uma figurafolclórica, conhecida por todos que trafegavam pelas estradas da região: oJuquinha. Ele era um homem simplório, muito terno, com algumadificuldade para falar. Viveu a sua vida, ou parte dela, vendendo ramos desempre-viva. Era comum os carros ou ônibus, em trânsito para Conceiçãodo Mato Dentro e outras cidades, estacionarem para os passageiroscomprarem suas flores, conversarem, suprindo-o, ainda, de roupa ecomida. Hoje, do Juquinha, resta uma lembrança de grande porte, perto dolugar onde costumava permanecer e dormir. É uma enorme escultura,homenageando a sua existência gratificante entre nós, embora sempreencher a lacuna de sua ausência. Meu cunhado e minha irmã muitasvezes lhe deram carona até São José do Almeida, um lugarejo no meio docaminho. Certo dia, meu cunhado, um assíduo comprador de flores paraminha irmã, vindo para Belo Horizonte com a família e duas sobrinhas,resolveu homenagear daquela vez as duas mocinhas e a filha, pedindo-lhetrês ramos de sempre-viva. Inconformado, ele tirou um quarto ramo,entregando-o à minha irmã. - É pra ela, mas eu num tô de sentido nela,esclareceu. Foi um gesto bem típico dele. Não compreendendo o motivopelo qual só as meninas foram presenteadas, tratou de corrigir o erro,esclarecendo ser o gesto desinteressado, pois sabia tratar-se de mulhercasada. Tal fato mostra a capacidade de observação e a ternura dessafigura singular.

A serra era uma presumível rota de UFOs, sendo, também, a casa doJuquinha, o local onde permanecia durante o dia e à noite. Facilmente seconclui que ele avistasse muita coisa estranha atravessando aquele pedaçode céu. Por isso, o grupo de conhecidos meus, ao passar pelas redondezas àcata de OVNIs, brincava, perguntando-lhe: - Como é, Juquinha, tem vindomuita gente conversar com você à noite? A resposta era quase invariável: -Nada, só os mocinho briôso. Assim, meus amigos se inteiravam dapresença dos ufonautas na região.

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Essa quase anedota, se verdadeira, dimensiona bem a questão dosextraterrestres entre nós: um enigma desconcertante para a alta cúpulacientífica, filosófica e administrativa, com o qual um homem humilde erústico convivia sem qualquer problema, bastando-lhe o testemunho deseus olhos e ouvidos para reconhecer um irmão.

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Um pequeno enigma desafiadorEsta não é uma história passada em Minas Gerais mas, como aconteceucom mineiros residentes em Houston, resolvi contá-la, por envolver meuirmão, minha cunhada e as filhas de sete e quatro anos.

Meu irmão é engenheiro mecânico e administrador de empresa. Entre 1971e 1972, se encontrava no Texas com uma bolsa de estudos daUniversidade, fazendo o seu mestrado. Portanto, ele nada tem a ver com aárea mística ou ufológica de meus amores. Muito pelo contrário, jamaisgostou de mistérios ou enigmas. Se até hoje conta a história, é porquerealmente não conseguiu entendê-la.

Para definir minha cunhada, eu usaria a linguagem astrológica: umacapricorniana com ascendente em Virgem, cujo lema é simplicidade,trabalho, organização e limpeza. Eles formam a imagem do casalorganizado, capaz de contabilizar bem seus ganhos e gastos, sabendo ondeestá cada objeto de sua propriedade. Sendo assim o padrãocomportamental de ambos, é fácil imaginar como procediam em Houston,onde as quatro pessoas estavam condicionadas aos proventos de uma bolsade estudos. Tudo era medido e pesado, não havendo espaço para oconsumismo. Uma ou outra vez visitavam algum brasileiro ou recebiamem sua casa, tendo poucos conhecidos na cidade.

Certo dia, compraram para as filhas uma caixa de canetas hidrocor comaproximadamente vinte centímetros de comprimento, por doze de largura edois centímetros de altura. As crianças brincaram um pouco, tendo o estojodesaparecido misteriosamente. A casa era de dois andares, embora fossepequena. Na parte inferior ficavam a sala, a copa e a cozinha. Na superior,havia dois quartos, o banheiro e um pequeno hall com armário embutidona parede. Todo esse espaço foi pesquisado, o armário foi vasculhado,porém as canetas nunca foram encontradas. Não tendo recebido visita deestranhos, os pais buscaram uma explicação razoável. Talvez a filha desete anos, apesar da vigilância constante, esquecera-as na porta da rua, deonde foram levadas por algum passante. O tempo correu. Minha cunhadafazia diariamente limpeza em todos os cômodos e no dito armário. Ascanetas, porém, jamais foram encontradas.

Aproximadamente dois meses depois, eles foram visitados por um casalamericano de mudança para o Brasil, levando duas crianças levadíssimasde quatro e nove anos. Tão logo trocaram cumprimentos, os endiabradosmeninos correram para o segundo andar, deixando os pais desapontados******ebook converter DEMO Watermarks*******

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por ser a primeira vez que entravam em contato com a família de meuirmão. Advertidos pela mãe, desceram imediatamente, tendo a cena duradono máximo um minuto, ou seja, o tempo justo para as crianças atingirem otopo da escada e retornarem. Mas, ao regressar, o menor trazia nas mãos otão procurado estojo. Perguntado onde o encontrara, respondeu ter sido láem cima. Pelo espaço de tempo transcorrido, ele só poderia tê-lo apanhadono patamar da escada. Ainda que o objeto estivesse no armário do hall, otempo não fora suficiente para uma criança pequena abri-lo, mexendo ládentro. Ninguém estranho estivera lá, permanecendo o fato absolutamenteenigmático.

Quem teria colocado o estojo no alto da escada? Como a criança visitanteapanhara a caixa com tanta facilidade, se minha cunhada e meu irmãotransitavam pelo lugar o tempo todo e não a viram? Aqui, fica descartada ahipótese de minhas sobrinhas terem feito algum empréstimo. Sendoestrangeiras, não se comunicavam com os vizinhos e os pais controlavamtodos os seus passos, sobressaltados com os choques raciais na região.Eles, por sua vez, jamais aceitaram a possibilidade de uma das filhas terescondido o objeto, com certa razão. Além de serem muitos meticulosos,ambas eram muito pequenas para um plano tão bem elaborado. Assim, ocaso permaneceu insolúvel, comentando, meu irmão, até hoje, oenigmático reaparecimento das canetas, porque o desaparecimento eleconsidera explicável.

Realmente, o sumiço de certas coisas parece obra do diabo, até seremachadas, quando, então, percebemos tratar-se de um esconderijo viável:um anel caído na greta do assoalho, uma chave na dobra da bainha dacalça, etc. Porém, nessa história, a situação é inversa. Além do objeto sergrande, compreende-se o desaparecimento, não havendo como esclarecer osurgimento.

Eu também não tentarei explicar o fato, embora considere perfeitamentepossível a pesca de um objeto à distância por alienígenas de umacivilização mais avançada, presentes entre nós. Afinal, aqui, dopaupérrimo terceiro mundo, já mandamos comunicações via fax. Semdúvida, um primeiro passo para o transporte da matéria à distância. Masque utilidade teriam para eles canetas hidrocor usadas? Exame desudorese, impressão digital ou outras coisas com as quais nem sequersonhamos? Isso poderia ser feito mais facilmente através de uma sonda.Contudo acredito em outra hipótese: ao contrário do pensamentodominante, os alienígenas não se comunicam somente com iletrados do

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meio rural. Todos os terráqueos, em algum momento de sua vida, têm asua oportunidade. E, sem dúvida, eles sabem como agir. É óbvio que issovaria, tendo em vista o caráter do indivíduo visado. Tal procedimento nãoteria qualquer validade em se tratando de pessoas acostumadas a perderobjetos ou a ver em qualquer acontecimento um mistério insondável. Só évalido para os meticulosos, detalhistas e observadores, que um dia irãoassociá-lo a outros fatos, a uma nova informação, a uma descobertacientífica, acordando, enfim. O objetivo talvez seja o despertar temido pelagrande maioria, por preguiça, receio do ridículo, medo do desconhecido,crença religiosa, convicção científica, etc. Entretanto, não considero aexistência de vida em outros planetas um entrave à fé. Pelo contrário,reafirma a harmonia do universo, reforçando a existência do Criador, nomeu entender. Quanto a convicções científicas, não somos donos do saberabsoluto.

Tenho em mente estar o nosso despertar programado para ser progressivo,com a queda de cada barreira. E os extraterrestres nos conhecem bem paraisso.

Após escrever sobre esse pequeno enigma, minha cunhada se lembrou deoutro acontecimento também estranho. Hoje, porém, muitos anospassados, eles não são mais capazes de saber se ocorreu antes ou depois doepisódio das canetas, já que nunca poderiam estabelecer qualquer conexãoentre situações tão diversas. De fato, somente quando admitimos a possívelexistência de alienígenas entre nós, fazemos algumas ligações esdrúxulasaos olhos dos céticos. Mas, estando ou não as duas coisas interligadas, asegunda história merece ser contada.

A família de meu irmão foi ao supermercado, estacionando o carro pertoda entrada. Na saída, ao ser ligada a chave, o motor começou a ratear.Entrava, nesse momento, um típico professor americano. Antes mesmo daconfirmação do defeito, ele veio até meu irmão para oferecer-lhe ajuda,numa atitude completamente fora dos padrões daquele povo, sempredesconfiado quando se trata de latino-americanos. E não só ofereceu ospréstimos. Percebendo tratar-se de estrangeiros, entregou um cartão devisitas para contato, caso houvesse necessidade de emprego. Depois,despediu-se solícito, sem nunca mais ser visto.

Talvez meu irmão, no decorrer do diálogo, tenha declarado a sua condiçãode professor universitário, o que traz sempre traz algum crédito. Entretantoa abordagem foi feita pelo homem. Seguindo um raciocínio tipicamentemineiro, perguntei, desconfiadamente, à minha cunhada se ele não estaria******ebook converter DEMO Watermarks*******

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interessado na vaga deixada pelo carro, sendo a resposta negativa.

Agora, o nó da questão é saber como os dois acontecimentos estariamrelacionados. Uma possível hipótese seria o interesse em contatar meuirmão, não tendo ele correspondido à expectativa. Também pode tercorrespondido e até hoje não se deu conta disso. O certo é que, após aconversa, o carro funcionou bem.

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Convites recusadosAs duas primeiras histórias aconteceram no fim da década de setenta. Nãoconsegui ouvi-las diretamente dos protagonistas, entretanto me foramnarradas por várias pessoas, repetindo idênticos detalhes. Daí, não colocarem dúvida os fatos, mesmo porque uma das ocorrências deixou algumassequelas.

A primeira ocorreu em uma cidade do interior de Minas, não muitodistante de Belo Horizonte, envolvendo um pai de família maduro, de bomnível cultural, inteiramente desligado de assuntos ufológicos, razão pelaqual teve um susto enorme. Sua casa, conforme acontece geralmente naspequenas cidades mineiras, possuía um quintal grande. Era noite e o casalnão se deitara ainda. Em certo momento, o homem enxergou, através docorredor, uma claridade proveniente da cozinha. Acreditando que suamulher deixara, desnecessariamente, a lâmpada acesa, foi apagá-la. Aochegar ali, percebeu não se tratar de luz elétrica, sim de um clarão intensofora da casa. Abriu a porta, temeroso de um incêndio provocado por balãojunino, caído no quintal. Completamente aturdido, viu um estranho objetopairando acima do solo, emitindo uma forte luminosidade. Atraído poruma força irresistível, agarrou-se ao batente da porta, no mesmo instanteem que sua mulher, alertada pelos seus gritos de "não quero ir", correu ecomeçou a puxá-lo para dentro, trancando a porta diante dos visitantes.Pelo vidro da janela, ela percebeu a luz se afastar imediatamente. Então,abriu a porta, vendo o objeto à distância. Apanhado de surpresa, o homem,para quem as histórias de OVNIs eram fruto de imaginação muito fértil,acabou submetendo-se a um tratamento, tal o abalo sentido, ante apossibilidade de ser conduzido à força para dentro da audaciosa nave.

O outro acontecimento envolveu um jovem estudante na faixa etária devinte anos, nas imediações do Palácio da Liberdade, área central de BeloHorizonte. Havia um barzinho numa esquina da Avenida João Pinheiro,local de reunião da turma, onde o rapaz marcou encontro com os amigos.Sendo o primeiro a chegar, permaneceu na porta apreciando a noite. Àleste da cidade, viu uma estrela e algo atraiu sua atenção. A estrela nãotinha um movimento ostensivo. Ela pulsava e crescia lentamente,chegando a ficar quase do tamanho da lua, como se estivesseaproximando-se, enquanto ele mantinha os olhos presos ao fenômeno.Naquele momento, seus amigos apareceram e perceberam a ocorrência deuma anormalidade, ao ouvi-lo repetir sem cessar, numa espécie de transehipnótico: - Não quero ir, não quero ir, não quero ir. Começaram a sacudi-******ebook converter DEMO Watermarks*******

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lo e, voltando a si, ele não soube explicar a razão daquelas palavras, só selembrando do incidente algum tempo depois.

Não sabemos, com certeza, se em ambas as situações as testemunhas sesentiram apenas amedrontadas ou se realmente correram o sério risco deuma abdução, interrompida pelo aparecimento de alguém. No caso dorapaz, dada a região na qual se encontrava, provavelmente meiohipnotizado, seria induzido a andar até um local mais adequado. Mas, se aluz observada pelas pessoas era um tanto hipnótica e continha um convitequase compulsivo, esbarrou, porém, numa recusa absolutamente frontaldos envolvidos. Assim, suponho que, mesmo sem o aparecimento deterceiros, o livre arbítrio dos convidados seria levado em conta, porque,nos relatos de sequestro, sempre há um mínimo de conivência dosequestrado, ora resultante da curiosidade, ora de uma posição passiva,pelo desconhecimento da situação. Essa pode ser uma concepçãoromântica de minha parte. Entretanto, se os extraterrestres estivessemrealmente dispostos a agarrar alguém, face aos seus recursos, a presença deoutra pessoa não seria um impedimento.

Três outras ocorrências similares corroboram meu ponto de vista. Umadelas, acontecida recentemente perto de Sete Lagoas, foi narrada porminha sobrinha, amiga do casal envolvido, uma psicóloga e seu marido.Estando em uma estrada vicinal, entre a fazenda da moça e a de seu sogro,o carro no qual se encontravam foi acompanhado, durante parte dopercurso, por uma luz inexplicável. Não era de outro veículo, não podendoser, também, de avião. A psicóloga, embora não acreditasse em OVNIs,rezou o tempo todo para que a luz não lhes trouxesse qualquer problema.Tão logo chegaram em casa, a moça desceu do veículo e, não vendo aestranha companheira de estrada, julgou-se livre dela. No entanto, ao abrira janela de seu quarto, avistou-a do lado oposto de um muro, nos fundos dacasa. Apavorada, trancou todas as portas e janelas e passou a noiterezando.

Também um fato interessante aconteceu com minha prima há poucos anosatrás. Ela residia na cidade de Itabirito, fazendo as compras do mês numhipermercado, na saída de Belo Horizonte. Certo dia, voltando à noite pelaBR-040, acompanhou durante um bom tempo, através do para-brisa docarro, desde a entrada de Moeda, um agrupamento diferente de luzes. Erauma formação oblonga, composta de pontos brilhosos e aglutinados,movendo-se na dianteira do automóvel. Sendo noite e a estrada muitocheia de curvas, ela supôs tratar-se de alguma torre iluminada, projetando

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o movimento do próprio veículo. Manteve a observação silenciosa, atédecorrer tempo suficiente para ultrapassarem a tal torre imaginária.Finalmente, concluiu estarem, as luzes, precedendo o carro na mesma rotae velocidade desenvolvida. Alertou o marido na direção, falando napossibilidade de ser uma nave extraterrestre. Ele se dispôs a parar e descer,para ver o que aconteceria. Embora não lhe passasse pela mente apossibilidade de uma abdução, minha prima discordou claramente, porestarem com duas crianças dormindo no banco posterior e recear umaatitude aventureira. Nesse momento, como se ouvissem suas palavras, asluzes passaram para a traseira do carro, desaparecendo.

O último avistamento envolveu um jovem cabeleireiro e seu amigo, no dia30 de setembro de 1985, entre as cidades de São Domingos do Prata eDionísio. Ambos saíram de um baile mais ou menos às 2:45 damadrugada. Desejando chegar à cidade vizinha, tomaram a estrada de terrana expectativa de uma carona. Após alguns quilômetros, surgiu sobre elesuma forte luz, deixando o caminho tão iluminado quanto o Sol. Sentindo-se acossados, ambos começaram a correr no meio da pista. Tropeçaram,caíram, esfolaram-se, gritaram, mas a luz continuou a perseguiçãoimplacável. Após quase meia hora de peleja, ela se desviou para o ladodireito, voando sobre um milharal. À distância, os dois observaram o corpoplatinado de uma nave redonda, de três metros de diâmetro, cheia de luzescambiantes. O incidente foi narrado a diversos habitantes locais, inclusivea um padre, o único a lhes dar crédito.

Achando estranha a insistência do OVNI em acompanhá-los e asubsequente desistência do sequestro, perguntei ao cabeleireiro se eles,também mentalmente, repudiaram a hipótese de um contato direto com osalienígenas. No seu entender, o amigo não aceitaria a abdução, pois tevemuito medo, o mesmo não acontecendo com ele, que correu arrastado pelocompanheiro. Sem dúvida, a carreira desabalada de ambos pode parecer aexteriorização de uma recusa. Pesa aí, no entanto, a rejeição de um e osentimento de dúvida do outro, possível razão da demora do disco sobre osdois. Isso é válido também para o caso da psicóloga, porque seu maridoadmitiu sentir uma grande curiosidade naquele momento. Já com relação àminha prima, a recusa veemente foi verbalizada, daí, talvez, o sumiço doOVNI. Para mim, a demora das naves perto de duas ou mais pessoas édeterminada mais pela expectativa de baixar a guarda do convidadorecalcitrante em algum momento, já que o outro não se opõe. Se o objetivodos ufonautas fosse diferente, eles o executariam em poucos minutos,afastando-se, porque não faz sentido uma presença tão prolongada e até******ebook converter DEMO Watermarks*******

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mesmo insistente, só para se mostrarem, salvo em se tratando de umabrincadeira.

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Senso de humorRelutei muito em acreditar no senso de humor dos alienígenas. Já eradifícil aceitar essa presença constante entre nós quanto mais admitir suasbrincadeiras com alguém, em determinadas circunstâncias. Posteriormente,fui forçada a dar crédito a um amigo, alvo de uma dessas pilhérias em umapassagem de ano, no sítio de nossos professores. Ele me disse que, estandoem uma caminhonete com outra pessoa, duas naves pequenas assediaram-na várias vezes, como se fossem colidir com o veículo. Ao se despedirem,lançaram fachos de luz em forma de um grande vê invertido no céu. Maistarde, ouvindo algumas narrativas de pessoas absolutamente ingênuas,admiti terem os extraterrestres agido também de forma bem humorada comelas, talvez para desfazer o clima de tensão. Uma dessas histórias me foicontada por um morador da periferia de Lagoa Santa, tendo acontecido hámais de quinze anos atrás.

Naquela época, o homem trabalhava no plantio de alho em uma fazendolana beira da estrada. Por ser inverno, geava durante a noite, cabendo aosempregados jogar água sobre a plantação antes do amanhecer, evitando aqueima do alho. Portanto, o fato precedeu a alvorada, quando ele e outrocompanheiro estavam chegando ao trabalho. Na estrada, distante uns trintametros do local onde se encontravam, alguns trabalhadores iam subir numcaminhão, estacionado naquele momento, já com outras pessoas dentro.Saindo da neblina, um círculo de luz grande e amarelado veio em direçãoao veículo. Tanto as pessoas na carroceria quanto as que aguardavam noponto gritaram, receando uma trombada ou aterrissagem da roda luminosa.Atordoados, os dois amigos pularam dentro de uma vala, ouvindo umchiado semelhante a chuva de pedras, seguida de vento. Entretanto aesperada aterrissagem não aconteceu. A nave fez uma curva, ganhou alturarapidamente e desapareceu sobre as plantações vizinhas. O espetáculo foipresenciado por um grande número de pessoas, sendo, durante muitotempo, o assunto mais comentado nas redondezas.

A cidade de Lagoa Santa tem um parque da Aeronáutica e ostrabalhadores, apesar de incultos, estão familiarizados com objetos aéreos.Assim, não se assustariam facilmente com um helicóptero ou avião,confundindo-o com outra coisa. É difícil, também, acreditar numa tentativade aterragem da nave, forçada por uma pane controlada posteriormente. Omesmo pode ser dito de uma descida voluntária, mal calculada em razãoda neblina e interrompida pela gritaria do pessoal. Sendo os extraterrestrestecnologicamente mais avançados, devem possuir aparelhos apropriados******ebook converter DEMO Watermarks*******

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para guiá-los em tais emergências. A hipótese parece ajustar-se mais a umabrincadeira, para exorcizar as fantasias macabras instaladas na cabeça dosmoradores, em decorrência dos inúmeros avistamentos de OVNIs. Naverdade, todos as testemunhas se assustaram bastante, mas, como sempreacontece em circunstâncias semelhantes, as discussões em torno da histeriade cada uma acabou por conduzir o acontecimento para o campo dazombaria, do ridículo e parte do medo desses objetos voadores foiminimizado.

Aliás, tal comportamento parece repetir-se nas pequenas comunidadesonde as intrigantes luzes transitam com certa regularidade. Um compadrede meu cunhado, residente nas imediações da Serra do Cipó, às margensdo Rio Lambari, contou-nos ser antiga a presença dessas luzes em seudistrito, havendo maior incidência nos meses de setembro e outubro. Àsvezes, aparentavam estar perto, sobre a copa de alguma árvore. Em outras,viam-se dois ou mais pontículos bem separados, piscando no horizonte eencaminhando-se para o meio do céu, onde desapareciam. Segundo ele,certa vez ao sair da casa da mãe, distante uns cem metros da sua, abalou-senuma corrida, ao enxergar, no alto de uma árvore, um ameaçador farolverde-azulado, girando como a hélice de um helicóptero, parecendoesperá-lo. Diante dos gritos assustados da mãe, mandando-o correr, a luzescafedeu-se. Ele nunca avistou qualquer tripulante das naves, mas alguémlhe afirmou ter visto, numa ocasião, duas pessoas de pequena estatura.Outros amigos seus tiveram o carro imobilizado pelo efeito mecânico deuma luz, girando sobre eles na estrada de Itacolomi. Após o incidente, ocarro voltou a funcionar e, no dia seguinte, passando pelo mesmo local,encontraram um círculo de mato sapecado. Também em sua família,ocorreu uma dessas inacreditáveis brincadeiras ufológicas. Um irmão,blefando com os parentes e vizinhos certo dia, ameaçou dar um tiro naprimeira luz voadora vislumbrada. Ao anoitecer, foi perseguido sem dónem piedade por uma delas, chegando a lastimar suas palavras de deboche.Aliás, os alienígenas, possuindo o seu "ufogate" ou "ovnigate", devem seros prováveis inspiradores do sistema de escuta clandestina em nossosmeios políticos e industriais. Não raro, encontrei situações semelhantes aessa, nas quais o desafio ou o pedido feito por alguém foi imediatamenteseguido de uma resposta. Por outro lado, já tive notícia de uma pessoa quepassou parte da vida tentando desmascarar ufólogos e UFOs por motivosinconfessáveis e nunca viu sequer uma duvidosa estrela cadente. Noentanto, quando mudou de atitude, foi presenteado com uma minúscula,inconfundível e gratificante estrela voadora. Isso não significa que os

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UFOs só se mostrem àqueles que creem em sua existência. Muito pelocontrário. Coincidência ou não, acredito mais numa bem humoradaresposta ao comportamento mercantilista da pessoa: uma demonstraçãopequena para uma mente estreita. Sem dúvida, trata-se de um juízo devalor bem dosado, pois, se os alienígenas realmente acreditassem naseriedade do critério de avaliação de tal pessoa, poderiam ter-lhe mostradoalgo bem mais sensacional.

De todos os casos bem humorados envolvendo OVNIs, o mais divertidome foi contado despretensiosamente por um escritor, quando lhe faleisobre meu livro. Sua irmã morava no sul de Minas, onde começaram aaparecer muitas luzes suspeitas. Ela acabou contatando telepaticamente osocupantes de uma nave, usando pedidos de “apaga e acende”, etc.Cansando-se, com o tempo, da brincadeira, comunicou mentalmente aosufonautas seu desejo de ver um OVNI bem de perto. Então, ela conseguiuum avistamento tão próximo que deu para perceber uma avaria no objetovoador, ou seja, o disco estava trombado.

Isso é uma piada, diriam os incrédulos. E é a pura verdade. Porém, não setrata de uma piada contada pela moça porque, se ela quisesse chamaratenção para si, narrando algo estapafúrdio, teria mil maneiras de o fazer,sem se tornar ridícula. A piada é deles, alienígenas. Talvez tenhamescolhido um UFO avariado para exibir, a fim de confirmar a suamaterialidade. Possivelmente, desejaram deixar claro não serem deusesnem anjos, tendo suas naves existência concreta. Enfim, quiseram mostrarque são pessoas vulneráveis como nós, apesar do avanço tecnológico.

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Que susto!Há quem pense que as naves extraterrestres só aterrissam na zona rural.Certamente, essa deve ser a preferência, pela comodidade, discrição dolocal e possível natureza do trabalho alienígena. Mas, como nós usamos aimaginação para estabelecer os seus objetivos aqui na terra, se incluirmos apesquisa entre eles, facilmente faremos outras inferências. Suponhamospossuírem, os ufonautas, um contingente entre nós, dedicado a umapesquisa de campo, movimentando-se em nosso "habitat", nas grandes epequenas cidades ou zonas despovoadas. Aliás, segundo os ufólogos, oextraterrestre tipo beta se confunde facilmente conosco, podendo passardespercebido no meio da multidão. Havendo necessidade de contatar umdeles em uma metrópole, a saída óbvia seria a aterragem de um pequenoOVNI o mais próximo possível do local de sua presença: num parque,quarteirão de lotes vagos, área gramada de um clube de recreação,pequeno aeroporto, heliporto, enfim, qualquer espaço aberto e sem trânsitonoturno. A partir desse raciocínio prosaico, podemos entender a ousadia decertos UFOs, vistos a poucos metros do solo, em locais densamentepovoados.

Foi exatamente o que aconteceu à minha amiga, residente em BeloHorizonte, não muito distante da Igreja do Carmo. Disse-me não poderprecisar a data da ocorrência, sabendo apenas ter sido antes da morte deseu pai, acontecida em 1979. Ligada a trabalhos literários, o respeito a seushorários diferentes lhe proporcionou um apartamento anexo à casaprincipal, construído por seu pai, para deixá-la mais à vontade. Eramadrugada quando desligou a televisão na sala da família e saiu pela copa,tendo o cuidado de trancar bem a porta de acesso ao terreiro. Do lado defora, uma claridade incidiu instantaneamente em sua face. Olhou curiosanaquela direção, chegando a subir sobre um reservatório de água nãomuito alto. Surgindo detrás de um tronco de árvore, apareceu uma luz naforma de bacia emborcada ou de uma enorme lua, nas imediações doClube Recreativo, na Rua Grão Mogol. O espetáculo era tão bonito que elase sentiu atraída momentaneamente. A lua, entretanto, voou rápido demais,estando num átimo sobre o prédio vizinho. Tremendo e assustada, retornouà casa, quase não conseguindo introduzir a chave na fechadura. Emboranada soubesse, na época, sobre sequestros e abduções, a hipótese de sedefrontar com um disco voador de perto era-lhe pouco convidativa. No diaseguinte, narrou o episódio aos familiares e, na mesma semana, os jornaisda cidade noticiaram o avistamento, solicitando, em nome de um

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conhecido ufólogo, a apresentação dos espectadores. Apesar da áreamovimentada, o horário não permitiu o aparecimento de muitastestemunhas. Ela também se calou, receando a publicidade.

Muitas vezes, tenho contemplado o "campus" da Universidade Federal emBelo Horizonte, onde várias pesquisas são desenvolvidas e penso nafacilidade de um OVNI e seus ocupantes transitarem por ali à noite. Ospoucos prédios estão mais ou menos centralizados perto da Reitoria,havendo extensos vazios ao redor. Em determinados pontos, as capoeirasocultam o seu interior dos olhares dos motoristas. E, assim como o nosso"campus", qualquer lugar seria passível de ser visitado por eles, caso odesejassem. Se não temos tais abordagens, podemos quase admitir aexistência de um propósito pacífico por parte dos ufonautas, desejosos denão se imiscuírem em nossos problemas. Algum padrão ético deve nortearseu comportamento e isso impede um atentado à civilização visitada oupesquisada. Talvez o nosso medo e a nossa desconfiança lhes sejam maisperigosos do que seus propósitos para conosco. E quem pode garantir nãonos terem, eles, prestado ajuda silenciosa em momentos críticos? Há unsquatro anos atrás, a imprensa noticiou discretamente a presença de umcorpo celeste em rota de possível colisão com a Terra. E, há uns três, a suadesintegração. Ele se desintegrou realmente ou foi desintegrado? Já com oplaneta Júpiter, em 1994, a colisão aconteceu. Pelo seu tamanho, Júpitersuportou bem o impacto. O mesmo não teria acontecido à nossa Terrinhaanã.

Mas tudo isso são especulações em torno do avistamento de um UFOpouco acima do solo e sua provável aterrissagem em área densamentehabitada de Belo Horizonte, no meio da madrugada. Porém, a perguntamais curiosa eu deixei para o final.

Se o extraterrestre tipo beta se confunde facilmente conosco, em qual paísestaria melhor acobertado? Evidentemente no Brasil, onde qualquerbiótipo se enquadra em sua confusa etnia.

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Uma visita inesperadaHá pessoas que se deparam com um fato surpreendente em sua vida,carregando silenciosamente, a partir daí, uma interrogação sem resposta.Não sendo afeitas ao sensacionalismo, nada têm a lucrar com a narrativaextraordinária, capaz de desmerecer a sua credibilidade e, não encontrandooutro recurso, retomam a rotina diária, até espocar o clarão doentendimento. Entretanto, às vezes, o silêncio é rompido, sendo o episódiocontado ao parente ou amigo confiável, quase sob a forma de um desabafo,porque ele também não tem como explicá-lo. Essa é exatamente a saga deuma dinâmica empresária mineira, cujo ponto focal, talvez com suas raízesfincadas na infância, foi manifestar-se no momento de uma gravidezcomplicada, quando ainda era bem jovem.

Entre 1948 e 1950, houve uma verdadeira onda jornalística, envolvendo oaparecimento de OVNIs em vários pontos do planeta. Em geral, os relatosnão faziam alusão aos tripulantes das naves. Os avistamentos, em si,constituíam fatos tão espetaculares e questionáveis que a imprensa nãoousava ir além dos mesmos. Não tendo ocorrido, também, o advento datelevisão, o tema ficou restrito quase só aos leitores de jornais e revistas,entre os quais, evidentemente, não se incluía a meninada. Esse era umassunto de adultos. Embora a empresária fosse ainda bem criança, depassagem, ouviu falar na questão, enchendo-se de terror. O pânicoinexplicável acompanhou-a durante quase vinte anos, até pouco antes deseu segundo parto. Era um pavor irracional dentro da ótica daquelasdécadas, pois, morando em região central de Belo Horizonte,tecnicamente, deveria estar fora do alcance de uma ação alienígena, emgeral ocorrida em áreas pouco habitadas, no dizer da imprensa.

Após o casamento, ela continuou a residir em um bairro central da cidade.Havia, contudo, um lote vago atrás da casa, dando a janela de seu quartodiretamente para ele. Eram duas horas da manhã aproximadamente, omarido dormia e o berço do primogênito estava ao lado da cama do casal.A única claridade existente provinha da lâmpada acesa no corredor dacasa. Ela tem plena convicção de sua lucidez no momento, por ter acabadode inverter sua posição na cama, na tentativa de sentir-se menosdesconfortável. Aos seus ouvidos chegou um zumbido fino, cada vez maisincomodativo, porém não muito duradouro. Uns trinta segundos apóscessar essa espécie de assobio, mesmo com todas as janelas e portasexternas fechadas, surgiram dois seres estranhos em seu quarto,permanecendo imóveis perto do leito. Eram troncudos, tinham a cabeça******ebook converter DEMO Watermarks*******

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proporcionalmente grande e um metro e vinte centímetros mais ou menosde altura. Usavam um tipo de macacão cinza escuro e, embora ela nãoconseguisse definir seus traços fisionômicos, sentiu fitarem-na tãointensamente que perdeu a noção do tempo. Tais pessoas não esboçaramqualquer gesto, desaparecendo da mesma forma como surgiram. Não tendoseu marido acordado durante o episódio, ela se manteve calada, por recearsua descrença. A gravidez seguiu seu curso difícil, nascendo, dez diasantes do sétimo mês, a segunda criança do casal. Entretanto, desde talocasião, perdeu o medo aterrorizante dos alienígenas e, posteriormente,passou a procurar toda literatura ligada à área espiritual e ufológica.Decorridos mais ou menos sete anos, ela encontrou desenhos deextraterrenos contatados por terráqueos em um livro. Entre as figuras,observou uma de físico idêntico aos visitantes noturnos.

Até hoje, as razões daquela incursão imprevista permanecemdesconhecidas. Mas, pela sobrevivência da criança prematura e todo oocorrido, o seu medo dos alienígenas terminou, em vez de se acirrar,ficando em seu lugar uma grande curiosidade e interesse por assuntos maisabrangentes. Ela atribui tal modificação aos misteriosos estranhos econtinua seus estudos, na certeza de ter futuramente um esclarecimentocompleto do mistério.

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Os simpáticos forasteirosO desenvolvimento científico é fundamental para tirar a venda de nossosolhos, permitindo uma reinterpretação melhor de fatos e histórias antigas.Por isso, só agora o homem começa a compreender e valorizar algunsindícios deixados por outros povos de civilizações mais avançadas. Umexemplo disso ocorreu nas últimas décadas. Até o princípio deste século,os arqueólogos no Oriente Médio catalogavam, como objetos de culto ouritual, o material desconhecido achado nas escavações. Hoje, mercê dodesenvolvimento, as peças enigmáticas são analisadas por especialistas, natentativa de se encontrar, nelas, possível semelhança com artefatos denossa tecnologia de ponta. E o resultado tem sido surpreendente.

No campo da Ufologia, aconteceu um fenômeno similar. Depois dadescida dos americanos na lua, foi dado ao homem o direito de pelo menospensar na possibilidade de seres de outros planetas chegarem até nós, vistoirmos tão longe. Essa abertura repercutiu na literatura e no cinema, abrindoas portas para inúmeras obras de ficção científica, abordando o tema eexplorando fatos antigos sob novo ângulo.

Comigo aconteceu algo parecido. Depois de informada sobre o contínuoavistamento de OVNIs ao longo da Serra da Moeda, certo acontecimentoinsólito me pareceu suspeito. Uma conversa sobre o assunto trouxe à bailaoutros casos já sepultados pelo tempo, ocorridos na região, dentro de umcírculo de aproximadamente vinte quilômetros de diâmetro. Como nãopodia deixar de ser, comecei a analisá-los através de enfoque diferente,ligando-os aos extraterrestres.

Nos anos oitenta, num arraial de casas rústicas onde moravam velhosagregados de nossa família e de outros fazendeiros, apareceu um forasteirocompletamente desconhecido, sem parentes ou amigos, que se transformounum benfeitor local. Quando soube disso, desconfiei dos ideaisfilantrópicos do homem, alinhando outras hipóteses para a sua presença lá.Mulher foi a primeira delas, mas não havia nenhuma à sua altura naqueleermo. Pensei, ainda, em perseguição policial e tráfico de drogas. O seutrânsito pelos arredores, porém, era tão aberto e desprovido de subterfúgiosque o absolvia de tais pecados. Sendo a região "ufologicamente" suspeita,me ocorreu, após sua partida, tratar-se de algum contato dos extraterrenos,mantendo seu posto avançado naquele ermo. Certa vez, discutindo esseassunto em casa, minha mãe afirmou ser comum o misteriosoaparecimento e subsequente desaparecimento de pessoas naquele lugar.

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Lembrei-me, então, do último encontro com meu tio, antes de sua morte,quando ele narrou um caso bastante comentado, acontecido nas terras demeu bisavô no princípio deste século. Um rapaz muito habilidoso se juntouao pessoal da casa, durante a condução de uma tropa. Depois, permaneceutrabalhando um bom tempo na fazenda. Mesmo travando amizade compatrões e demais trabalhadores, nunca mencionou o seu lugar de origem oua existência de parentes. Como era inofensivo, trabalhador, bonito e ótimovioleiro, suspeitaram de uma aventura sentimental, deixando-o em pazcom o segredo. Um dia, dentro de um contexto romântico, mas nadaesclarecedor, anunciou a sua partida iminente. Tinha ouvido o canto de umpássaro madrugador e a saudade batera em seu peito. Pretendia retornar.Só não disse para onde e de quem ou de que era a saudade. Sumiu sem sedespedir. Os fazendeiros não deram pela falta de animal algum e suacondução deve ter sido as próprias pernas. Ninguém soube dizer a hora oua forma como partiu, nem o rumo tomado por ele. Foi-se com o vento, talcomo chegou. Talvez tenha alçado voo atrás do primeiro morro, semdeixar rastros.

Outro fato interessante ocorreu no período da segunda guerra mundial.Pouco antes do conflito, um casal inglês de meia idade alugou um sítio nasredondezas. Curiosamente, eles trouxeram a empregada e uma cachorrabuldogue, com pedigree, supostamente adquirida no Rio de Janeiro. Ohomem se dizia engenheiro, embora não desenvolvesse qualquer atividadeeconômica. Para facilitar a solidão do trio e dificultar a comunicação, ocaseiro e seus filhos, estes meros colaboradores ocasionais, moravam numpovoado onde se falava um Português próximo do dialeto, distante daliuma légua. Contam que o inglês nunca foi visto caçando, mas era amantedo esporte e mandou pedir ao meu avô um cachorro veadeiro chamado“rojão”, de ouvido muito aguçado. Algum tempo depois, o casal partiupara visitar a pátria, levando a empregada e presumivelmente o cão decaça. Jamais se ouviu falar deles. Entretanto, eles partiram com a intençãode retornar ou procuraram deixar tal impressão. Além de atribuírem aoempregado, expressamente, a função de vigiar o imóvel e cuidar dacachorra, deixaram algumas portas e armários trancados com cadeados.

Sem receber seus salários, o homem ficou à míngua. Por sua vez, o locadordo imóvel, na falta do aluguel, solicitou a presença de autoridades pararetomá-lo. Com o alvoroço da guerra, também surgiu a suspeita de ter olugar servido como centro de espionagem, porém não foi apurado qualquerfato inculpando os estrangeiros. Os bens deixados por tais pessoas eramescassos: a cadela buldogue, poucos utensílios de cozinha, cobertores e******ebook converter DEMO Watermarks*******

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bolsas de água quente. Meu pai ajudou a família do caseiro em suatransferência para a capital. Por isso, recebeu de presente a cachorra, difícilde ser sustentada por pessoas tão pobres. O sumiço dos ingleses foiatribuído a um distúrbio de guerra. Até hoje, entretanto, há contradiçõesquanto à nacionalidade e o rumo tomado pelos três. Aliás, ninguémpresenciou o momento da partida. A cadela chegou à nossa casa em 1942,arredia e maltratada, morrendo em 1947. Seus hábitos, contudo, indicavamum animal de luxo.

Eu lamento profundamente só agora, quando já não posso contar comtestemunhos preciosos, ter minha atenção despertada por um fato tãosingular. Assim, fico no terreno das conjeturas. E, nessa história, cabemvários epílogos. Pode ser que os "ingleses" fossem realmente inglesesvindos para o Brasil antes da guerra. O conflito teria explodido durante umbreve retorno à sua terra. Assim, não puderam regressar, morrendo depoisnum bombardeio. Talvez tenham sobrevivido, perdendo o interesse peloBrasil. Há, ainda, a possibilidade de serem alemães, preferindo buscarrefúgio em algum país mais conveniente da América Latina. Quem sabe,também, se não morreram no Brasil, vítimas de crime ou acidente?!Considero tal hipótese mais remota porque, embora a comunicação fossedifícil na época, as duas cidades próximas ao sítio possuíam telégrafo e ahistória foi muito divulgada, por ter chegado ao conhecimento dasautoridades.

Sempre me incomodou a insistente referência da família do caseiro aopedigree da cadela, chamado, por eles, de “registro da cachorra”. Meu painunca teve acesso ao documento, porém presumiu que ele realmenteexistisse. Todas aquelas pessoas eram semianalfabetas e não tinhamfamiliaridade alguma com esse assunto. Aliás, nem entendiam do que setratava. Por que, então, os estrangeiros se preocuparam em colocá-las a parde um detalhe desnecessário, sendo que ignoravam até mesmo o nomecorreto dos patrões. Pedantismo? Não me parece ser o caso. Talvez fosseuma precaução para o bom encaminhamento do animal, após a partida dotrio, havendo aí pequena pista: uma cachorra de raça exótica, tratada comofilha, ajudava a dar credibilidade ao grupo, desejoso de assumir o aspectode grupo familiar, tornando-se inútil e descartável no momento doregresso.

E o cachorro veadeiro foi realmente levado para a Inglaterra ou foi usadopara um fim diferente? Também aqui aparece uma contradição. Contamque, naquela época, por causa da quarentena e outros inconvenientes

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ligados às viagens marítimas, era muito difícil transportar animais doBrasil para a Europa. Por isso, os ingleses da Mina de Morro Velho,residentes em Nova Lima, quando retornavam ao país, costumavam abateros cães de estimação, poupando-lhes o sofrimento do abandono. Ainformação parece ser procedente, pois a cadela buldogue, apesar do apegodos donos, foi deixada para trás.

Durante mais de cinquenta anos, só se pensou na guerra para explicar osumiço dos estrangeiros. Ninguém ousou formular outra hipótese, ligandoo mistério aos alienígenas. O máximo permitido pelo avanço cultural foi asuspeita de espionagem. E, convenhamos, a presença daqueles "ingleses",embora não incomum na época, soou estranha mesmo para os primárioshabitantes das redondezas.

A razão de minha suspeita, porém, se apoia em outro precedente. O casalmeu amigo, contatado pelos ufonautas, contou-nos várias vezes, e amulher relata a experiência em seu livro, ter um lavrador lhes servido deinterprete no segundo encontro com os alienígenas, ocorrido fora da nave.Esse homem era igual a qualquer agricultor nosso e falava corretamentenossa língua. Somente na hora da despedida ficaram sabendo tratar-se deum extraterrestre em atividade aqui, originário de um lugar muito além denosso planeta.

Em quase todas as cidades mineiras encontramos casos semelhantes aosnarrados acima. Um escritor meu amigo, num rasgo de intuição, chegou aescrever um conto tendo um ET como personagem central. Para isso,baseou-se na misteriosa passagem de um jovem desconhecido por suaterra. O moço, ao que parece, tinha uma personalidade intrigante,semelhante à do forasteiro empregado na fazenda de meu bisavô. Tambémele tocava violão, o que foi ótimo para a sua aceitação e popularidade,porque nós mineiros recebemos desconfiadamente os forasteiros.

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O Adônis de ébanoNos sábados, havia feira de antiguidade, comida e bebida na Praça daLiberdade. Quase sempre eu passava por lá perto do meio-dia e via os doisassentados na proteção de concreto ao redor de um coqueiro. Ela era umabonita loura, perto dos quarenta anos, responsável por uma das barracas.Ele foi o negro mais espetacular visto por mim até hoje. Tinha a cor doébano, a cabeleira escura e encaracolada, igual à de um anjo barroco, osolhos grandes, os traços muito finos e proporcionais. Para completar, eraalto e musculoso como um Adônis. Sua idade presumível ficava entrevinte e cinco e trinta anos. A roupa limpa, porém pobre, não chegava a serandrajosa e ele carregava sempre um saco, cujo conteúdo eradesconhecido. Daí, ser considerado, equivocadamente, um catador depapel. O homem era educado e limpo demais para viver entre mendigos eos feirantes protegiam-no dos pivetes quando se encontrava lá. Quasesempre permanecia silencioso, com o olhar perdido na paisagem, ou,então, pedia papel e caneta para escrever. O par, assentado sob o coqueiro,era fotogênico. Eu tinha até a impressão que minha amiga, a moça loura dabarraca, como artista e ex-modelo, posava ali deliberadamente para serfotografa pelos compradores e turistas.

Ao concluir um número razoável de histórias ufológicas, pedi a ajuda dealguns amigos, que avaliaram meu trabalho. Tal como previra, houve umatomada de consciência após a leitura e certas pessoas, instigadas pelasquestões levantadas, começaram a questionar situações inexplicáveis dopassado, em busca de respostas convincentes. Foi a lembrança de umaconhecida que me fez recordar a cena descrita acima. Conforme mecontou, ela dirigia o seu carro na região do Gutierrez, tendo a irmã ao lado.Em dado momento, os parafusos da roda se soltaram, ficando o pneu presoapenas por um. Felizmente, outros motoristas lhe acenaram, sendo oveículo parado antes de um acidente. Enquanto se debatia com o problema,surgiu um catador de papel para ajudá-la. Era um negro retinto de grandebeleza. Vendo-a irritada, ele advertiu com serenidade: - Com amor, só comamor tudo se resolve. Os três localizaram os parafusos caídos ao longo dedois quarteirões e ele colocou corretamente o pneu, partindo sem aceitarpagamento ou esmola. Por muito tempo, minha conhecida esperou rever ohomem, não o conseguindo, mas ficaram-lhe na lembrança a beleza de seurosto e dos dentes, o corpo atlético sob as roupas simples e limpas e aspalavras inspiradas.

Associei imediatamente essa figura ao catador de papel da feira, porque os******ebook converter DEMO Watermarks*******

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fatos tinham ocorrido em bairros próximos e mais ou menos à mesmaépoca, sendo praticamente impossível aparecerem dois andarilhos tãoatípicos e com as mesmas características. Para conferir os detalhes,telefonei à vendedora da feira. Seus esclarecimentos tornaram o enigmamais excitante, não só por causa das muitas incongruências, como tambémpelo comportamento insólito do homem, tornando-o uma pessoa bastantesuspeita. Entretanto, embora eu afirme estarem os ETs entre nós há muitotempo, não posso concluir ser aquele indivíduo um alienígena disfarçadode alienado, a fim de desempenhar melhor sua observação nesta Terra. Afeirante, muito mística, prefere vê-lo como um anjo encarnado ou umaentidade de luz. Eu, entretanto, encontro certas inconsistências que mesugerem uma farsa perfeita, só plenamente avaliável tempos depois, longedaquela presença envolvente e carismática. Para começar, ele chegou àPraça da Liberdade e desapareceu, uns seis meses depois, sem preâmbulos.Um dia, após voltar de um lanche, a feirante encontrou-o assentado sob ocoqueiro, em frente à sua barraca. Depois, ele voltou regularmente todosos sábados, à hora costumeira, permanecendo sempre algum tempodescansando sob a mesma árvore, até quando desapareceu sem deixarvestígios. Alguns comerciantes quiseram localizá-lo, por considerá-lo umdoido manso e indefeso, que não incomodava com pedidos de esmola ecuja presença dava um toque bonito e exótico ao local. De fato, ele quasenão conversava, nunca aceitou comida, só bebendo água ou café. Traziaconsigo um muito oportuno documento de identidade da marinha de umestado sulista, pois os andarilhos, mendigos e vadios são sempre abordadospela polícia. Dessa forma ele estava acobertado, sendo facilmente aceitocomo um ex-marinheiro, aposentado por motivos mentais. Emcompensação, jamais mencionou o seu passado ou falou de desejos oupretensões futuras. A vendedora, considerando-o uma pessoa especial,guardou todos os papéis escritos ou desenhados por ele. Os seus erros dePortuguês são muito interessantes, como se tivesse sido alfabetizado emcastelhano. Nos desenhos, aparecem, de forma recorrente, estrelas,suásticas ou cruzes gamadas e algo semelhante às serpentes emplumadasdos astecas. Ele escreveu muita coisa alusiva aos orixás e à comida baiana.Com exceção de sua assinatura, todo o material está em letra de forma,quase sempre adotada pelas pessoas de baixa escolaridade. Entretanto, otraço dele é fino e delicado e a assinatura bem elaborada como a de alguémde um nível mais alto. Duas psicólogas examinaram os papéis a meupedido, encontrando neles certa semelhança com o material elaborado poresquizofrênicos. Outro detalhe singular é a ausência, no homem, de maucheiro corporal. Segundo me informaram, mesmo sendo um caminheiro,

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presumido catador de papel, não apresentava odor de transpiração ouqualquer mau cheiro. Seu físico perfeito não parecia ser fruto de trabalhobraçal, porque a coluna era ereta e ele não trazia marcas ou cicatrizesvisíveis de uma labuta pesada. Sua figura escapava ao biótipo comum donegro brasileiro: a cor era muito escura, demonstrando ausência demiscigenação, os traços fisionômicos eram de raça ariana e os cabelos demulato. Acredito que, se ficasse mais tempo por aqui, suscitariacuriosidade e perguntas indiscretas. Entretanto, partiu no momentooportuno, deixando somente um rastro intrigante. Um indicador a mais desua possível origem extraterrestre é o próprio caso dos três parafusosperdidos por minha amiga. Hoje, muitos anos depois, ela não se recordaexatamente da sucessão dos fatos. Lembra-se apenas que ela, a irmã e oindivíduo, surgido não se sabe de onde, num lapso de tempo relativamentecurto, encontraram tudo ao longo de dois quarteirões e admite ser isso raro.Até ser alertada para outra possibilidade, jamais lhe ocorrera que aacuidade visual do homem fosse a responsável pelo quase milagre denenhum parafuso se perder.

Enfim, o caminheiro de nossa história, ainda que não seja de outro planeta,deixou um retrato falado e uma biografia oral dignos do interesse de umSherlock Holmes da era de aquário.

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Um estrondo ensurdecedorNo princípio, minhas conversas com alguns ufólogos pareciam oscilarentre ficção e realidade. Eu estava no estágio dos meros avistamentos,enquanto eles se expressavam como participantes de algum projeto estelar.Falavam naturalmente de um mundo surrealista em cuja existência eradifícil acreditar. Hoje, diante da confirmação de vários fatos, dou a mão àpalmatória, mesmo porque me vejo na mesma incômoda situação depessoa suspeita. Por isso, passei a aceitar a dúvida como fatorindispensável ao processo de mudança da linha de pensamento, porque,ainda que predisposta a aceitar o novo, a pessoa perderia totalmente orumo, correndo o risco de desintegração mental, se lhe tirassemrepentinamente os parâmetros nos quais seu raciocínio se apoia. Énecessário duvidar para garantir a sanidade mental, pois a dúvida concedeum tempo para a mente se acomodar e aceitar o fantástico mundoalienígena. Em linguagem chã, como bem diz o nosso caipira, é no balançoda carroça que as abóboras se acomodam.

Um dos amigos mais citados nesse livro foi uma grande vítima de minhassuspeitas. Para começar, era difícil aceitar seus reiterados contatos com osextraterrestres e mais difícil ainda admitir a veracidade de suasinformações. Ironicamente, confirmei algumas delas sem qualquer esforço,como nesse caso.

Minha sobrinha e um amigo dispunham-se a subir a Serra do Caparaó e,em conversa, mencionei alguns avistamentos na região. De volta dopasseio, trouxeram fotografias e, surpreendentemente, percebia-se emuma, no céu totalmente azul, um pequeno objeto em voo rasante sobre umacolina próxima. Estabeleceu-se a dúvida e o impasse. Helicóptero não era.Nenhum avião se manteria tão próximo do solo num terreno tão ondulado.Para ser árvore, não havia sinal do tronco e estava um pouco alta demais.Por outro lado, a região fora devastada por um incêndio recente, nãoexistindo lá plantas de grande porte. Entretanto, algo apontava para umOVNI. Era uma espécie de cabeleira na sua retaguarda. E somente o meucombatido amigo falara sobre o fenômeno do campo magnético muitoforte ao redor dos UFOs, decompondo a atmosfera por onde passam eformando aquela espécie de cauda, só avistada durante o dia, assim mesmode perto. Com isso, ele explicava o fato dos locais das aterrissagensficarem pulverizados com uma camada esbranquiçada, semelhante ao sal.

Outra informação dessa mesma pessoa diz respeito a um estrondo

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ensurdecedor, marcando a entrada e saída de grandes naves extraterrestresnas plataformas subterrâneas. Gratuitamente, outras pessoas mencionaramo fenômeno. Um dia, um colega de serviço, que trabalhou alguns anosentre índios, na fronteira do Brasil com a Guiana, inteiramente alheio aomundo ufológico, deu notícia do barulho naquele ermo. Por não haverqualquer causa aparente para o ruído, definiu-o, curiosamente, como "oespantoso som da queda de uma coluna de ar". Quem ouve supõe, nomínimo, o arrebentamento de um morro com dinamite. No entanto, não sevê poeira, pedra rolando ou sinal de explosão. O ambiente permaneceinalterado e, em seguida, uma estranha calma envolve tudo e todos.Também na Serra do Caparaó esse fenômeno tem acontecido, colocandoos vigias intrigados. E um deles, certa noite, presenciou um incrívelespetáculo, corroborando ainda mais a presença de ufonautas na região.Era noite e o chão avermelhou na sua frente. Olhando para cima, viu umcírculo do tamanho de uma roda de carroça, movendo-se lentamente poucoacima das árvores, lançando uma luz rubra e flamejante sobre o solo.

Essas são algumas das informações de meu enigmático amigo,confirmadas por outras pessoas. Mas isso não é tudo, há aquelas de difícilcomprovação. Segundo ele, se os extraterrestres que ora nos visitam estãonum alto ponto da espiral evolutiva, nem sempre foi assim. Já tivemos aquios homens de Plutão, hoje vetados em nosso espaço aéreo por um conselhocósmico, devido à semelhança com os terráqueos. Eles detêm evoluçãotecnológica sem o correspondente crescimento espiritual. Daí, não serbenéfica a sua presença entre nós, pois são os verdadeiros responsáveis poralguns acontecimentos nefastos, creditados generalizadamente aosalienígenas.

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Diante do inexplicávelRelutei em narrar certas ocorrências pelo constrangimento de falar muitosobre minha pessoa. Além disso, tais fatos, embora inexplicáveis,poderiam ser classificados como corriqueiros. Mais por esta aparentebanalidade, decidi comentar três deles, acreditando que as pessoas, namaioria das vezes, assim como eu, deixam passar batidas algumassituações equívocas, apesar de constatarem certas incongruências. Aliás,só quando provocadas se propõem a fazer uma análise mais acurada doacontecimento.

Já estive algumas vezes diante de acontecimentos intrigantes e sempre useia lógica como muleta, apesar das peças do quebra-cabeça nem sempre seajustarem com precisão. Era o vício do pensamento racional. Porém,depois de ouvir muita coisa sobre os alienígenas, consegui creditar algunsfatos esdrúxulos à sua ciência e tecnologia, por sinal, tão avançadas quenos fazem confundir com milagre o que escapa ao nosso entendimento.Mas não abandonei totalmente a lógica, apenas passei a aceitar, comoviável, o que me foge ao entendimento, por perceber a nossa limitaçãointelectual relativamente aos viajantes de outros mundos. E, para darsossego à minha racionalidade, criei um aforismo: “tudo se torna possívelquando admitimos o impossível; o impossível existe quando raciocinamosnos limites do possível”.

No final de fevereiro de 1990, cheguei ao meu apartamento lá pelas dezhoras da noite e vi, projetado no vidro da janela do banheiro, um desenhoem luz e sombra, formando um círculo cortado por um diâmetro de maisou menos vinte centímetros por dois de largura. Embora procurasse, nãoconsegui identificar a fonte de tal desenho e, como o fato era irrelevante,deixei-o para lá. Não tenho certeza da data, entretanto a sequência a sernarrada aconteceu nos dias seguintes. Eu estava dentro do box dochuveiro, todo em azulejo branco, e ainda não abrira a torneira, quandosenti uma terrível fisgada na coxa esquerda. Olhando, constatei haver sidoretirado, com uma precisão cirúrgica, no meio dela, um círculo de pelesuficientemente profundo, deixando exposta a carne rosada e limpa,embora não houvesse sangramento. Tive a curiosidade de medi-lo depois eo diâmetro era de três milímetros. Procurei dentro do box, ajudada pelaclaridade dos azulejos, não encontrando nenhum animal, por menor quefosse, para justificar tal lesão. Só algum tempo depois me dei conta de quea coisa provavelmente não era deste mundo e juntei os dois fatos: o círculode luz, nunca mais visto, e a retirada de minha pele. Hoje, tanto tempo******ebook converter DEMO Watermarks*******

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depois, ainda guardo a marca esmaecida do incidente, ignorandototalmente o motivo desse roubo tão esquisito.

O segundo acontecimento se deu também em 1991. Por mais de dois anos,eu vinha reclamando a respeito de pedras semipreciosas, desaparecidas emocasiões distintas. Perdi um conjunto de águas marinhas, ganho de umcolega de faculdade e um aglomerado de ametistas, posteriormenteoferecido por um amigo de meu pai. Eram presentes caros, dados comoagradecimento por dois serviços jurídicos não cobrados. Quandodesapareceu o bloco de ametistas, passei a me considerar tão sem talentopara possuir pedras que prometi, várias vezes, guardar em cofre forte atéum calhau ganho por mim.

No mês de dezembro, eu quebrei o pé e fiquei, por mais de trinta dias,andando de muletas, com a perna direita engessada, sem poder tocar nochão. Não saía à rua, com medo de escorregar na escadaria do prédio.Embora licenciada, não encontrei quem me substituísse na Universidade.Para contornar o problema, outros professores aplicaram as minhas provasfinais e recebi em casa os pacotes para corrigir. Adiei a comemoração demeu aniversário para o Natal e passei esse dia, como os anteriores, numagrande labuta, levantando as notas de uns duzentos alunos, sentada àescrivaninha de meu quarto, tendo, à frente, um estojo de madeira de ondetirava os lápis, canetas, borrachas, corretor de tinta, clipes etc. A únicapessoa a aparecer rapidamente em minha casa foi meu irmão, com quemeu não comentara o desaparecimento das pedras, porque ele iria,possivelmente, atribuí-lo ao meu estilo “zen” de vida. Passei o dia todoquase sem contato com o mundo exterior, exceto pelo telefone. Na manhãseguinte, qual não foi a minha surpresa ao encontrar, dentro do meu estojo,junto daquela miscelânea, uma pedra rolada, sem nenhum valor, dotamanho de um ovo de codorna, feia, assimétrica e escura. Inicialmente,pensei tratar-se de uma pilhéria. Como meu irmão negasse veementementeser o autor da brincadeira, avoquei a culpa, já que ninguém estivera emmeu quarto. Admiti ter apanhado a misteriosa pedra em algum lugar,colocando-a distraidamente no estojo. Entretanto, eu sabia, por estarremexendo sempre na caixa por mais de dez dias consecutivos, ser inviáveltal hipótese, pois eu teria encontrado a pedra muito antes Ela era, também,muito feia e insignificante para ser guardada. Somente quando associei oacontecido com a data de meu aniversário e me lembrei da reiteradaafirmativa de manter em cofre forte qualquer calhau recebido comopresente, comecei a desconfiar de algo fora do comum. Pelo sim e pelonão, até hoje tenho comigo esse presente de origem duvidosa. Porém tenho******ebook converter DEMO Watermarks*******

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como certo o seguinte: quem me presenteou escolheu o local e o momentooportunos, de forma a não deixar minha distração ser invocada comodesculpa.

Eu me sentia muito angustiada, com uma situação completamente fora domeu controle, em setembro de 1997. Todo um ramo de minha família iriaviajar para a Ilha de Páscoa, a fim de participar de um encontro ufológico.A ilha fica a três mil e quinhentos quilômetros da costa do Chile, é umlocal cheio de cavernas e não tem qualquer manancial hídrico. Tambémnessa ocasião, a imprensa noticiou o suicídio coletivo de alguns fanáticosnos Estados Unidos, o que serviu para piorar a minha tensão. Uma coisanada tinha a ver com a outra, pois considero meus parentes pessoasnormais, com uma vida pautada dentro do padrão comum. Contudo, eu nãoconhecia os promotores do encontro e o local era muito primitivo eestranho. Aflita, lancei um apelo infantil ao cosmo e aos extraterrestres.Tranquei a porta do meu quarto e falei alto e bom som, como criançaconversando com Papai Noel. Narrei o motivo de minha aflição, pediproteção para todos e afirmei que, sendo eles ligados à Ufologia, mereciamser socorridos na hipótese de algum problema. Concluí pedindo algumindício de que a viagem transcorreria bem. Daí para a frente, evitei oassunto, colocando a minha atenção num livro muito interessante,comprado para me distrair.

Numa quinta-feira, dia de reunião em nossa associação profissional,cheguei à minha casa mais ou menos às cinco horas da tarde. Depois deum lanche e outras rotinas, deitei-me para ler, enquanto aguardava o jornalfalado das oito horas. Em dado momento, alguma frase no livro meprovocou um devaneio. Nesse momento, olhei para as minhas mãos e, naesquerda, percebi uma grande placa de tinha perolada, brilhante, cobrindoparte do indicador, do polegar e a curva entre esses dedos. A palma da mãodireita se encontrava toda salpicada com o mesmo material, como se eu ativesse encostado em uma vasilha de tinta, enquanto nas pontas dos dedoshavia placas mais densas. Por mais que me esforçasse, não me lembrava deter passado sequer perto de alguma pintura nova. Além disso, quandoretorno da rua, lavo as mãos em primeiro lugar e, em tal momento, eudeveria ter visto as manchas. O incidente, portanto, ficava restrito aoâmbito do lar. Só que não havia vasilha de tinta no apartamento e nemserviço desse tipo no prédio. Intrigada, fui para a pia e inutilmente tenteiremover as manchas com água, sabão e pedra pomes. A tinta permaneceuinalterada. Voltei para o meu quarto, convencendo-me que mais cedo oumais tarde me lembraria do lugar onde me sujara. Quando segurei o livro******ebook converter DEMO Watermarks*******

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novamente, percebi uma coisa interessante. As nódoas nas mãoscoincidiam com a forma pela qual eu o segurava. Onde o contato eramaior, elas se apresentavam mais densas. Se não se tratasse de uma obrabem encadernada e cara, cuja leitura eu iniciara dias antes, diria ter-mesujado ali. Assustada, fui até minha mãe e lhe mostrei as manchas. Elaprocurou acalmar-me com o mesmo jargão: “passado algum tempo, vocêse lembrará como tudo aconteceu”. Aí, olhei novamente para minhas mãose vi a tinta se evaporando misteriosamente, como éter, até não restar omínimo vestígio. É radioatividade, pensei. Mas fiz um exercício deracionalidade, lembrando-me que material radioativo não anda jogado aoléu.

Todo isso durou entre vinte e trinta minutos e, se não fosse pelotestemunho de minha mãe, juraria ter sofrido uma alucinação.

Muito mais tarde, recordei-me do pedido feito aos extraterrestres erelacionei os fatos. Possivelmente eles estavam a par de minha aflição e eutivera a minha resposta. A questão estava, pois, em mãos competentes. Defato, meu pessoal fez a viagem sem qualquer incidente.

Um sobrinho me explicou serem as misteriosas manchas ocasionadas pelavibração da cor. A capa do livro, em sua maioria de tom peroladobrilhante, tinha sido sensibilizada, imprimindo a sua cor, tal como se fossetinta, em minhas mãos. A duração do fenômeno é rápida e as manchas seesvaem num prazo curto, sendo, contudo, irremovíveis com o uso dequalquer produto químico. A explicação faz sentido, levando-se em contater eu iniciado a leitura do livro alguns dias antes e que outras pessoas oleram depois sem qualquer problema.

Já me perguntaram como seria feita tal sensibilização? Na verdade, nãodisponho de resposta, apenas de uma constatação. Hoje, nós podemospossuir em nossas casas aparelhos do tamanho de um baralho, colocadospelas firmas de segurança, para prevenir a presença de assaltantes. Assim,é bem possível que em nossos quartos, escritórios, etc., especialmente nodaqueles dispostos a contatar com os extraterrestres, haja célulasmicroscópicas para a transmissão de mensagens alienígenas. Tudo issosem vestígios aparentes. E não é nada milagroso. Trata-se apenas de umatecnologia avançada. Quem assistiu ao filme “Inimigo do Estado” já viucomo pode ser feita a invasão de nossa privacidade aqui na Terra, pelopróprios terráqueos. E uma civilização adiantada poderá fazer muito maisdo que simplesmente fiscalizar nossa vida.

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Junho de 2001Apesar de não mais advogar, estava à espera, certo dia, de um julgamentono Tribunal de Alçada de Minas Gerais, envolvendo interessesparticulares. Eu não acreditava na reforma da decisão, porque dois juízesjá tinham votado contra nós e o terceiro pedira vista do processo. Esse, senos fosse favorável, ensejaria um novo recurso com revisão total dapendência. Lamentando naquela hora o meu isolamento, cheguei mesmo apedir que os extraterrestres me ajudassem a enfrentar tal situação.

Exatamente na hora do almoço, quando a comida teimava em nãoescorregar pela garganta, o telefone tocou. Um homem desconhecido,através de minha sobrinha, ficara sabendo a respeito de meu livro. Como aUfologia também era seu o hobby, ela o colocou na linha. Foi uma longaconversa. Na verdade, não se tratava de um mero amador, mas de alguémcom grande atividade e conhecimento na área. E o melhor é que não estavaenvolvido com a mídia. O seu trabalho, junto com o de seu grupo, eradesenvolvido silenciosamente. Ele me prometeu novo contato para ospróximos dias e eu fui para tribunal com a alma lavada e encerada. Assim,enfrentei a decisão sem atropelos de saúde.

Quanto ao homem, jamais foi visto novamente, por mim ou minhasobrinha. Mas não se trata de um ser imaginário. Ele existe realmente.Tem ficha no cadastro de seguro onde ela trabalha e sua presença ali,naquele momento, era plenamente justificável e imprescindível.

Junho de 2002O ano transcorreu sem notícias dos OVNIs e ufonautas. Por várias, vezesquestionei amigos e familiares sobre tal silêncio. Ninguém vira sequer umaluz suspeita no céu. Por isso, lancei uma pergunta aos extraterrestres. -Vocês sumiram ou nos abandonaram? Nenhuma resposta foi ouvida.

Logo depois disso, encontrei, num ônibus, uma ex-colega de trabalho que,na década de setenta, datilografava os meus contos e artigos. Ela queriasaber se eu parara de escrever. Então, contei-lhe sobre o livro nãopublicado, guardado na gaveta de minha escrivaninha, até que algumaeditora se interessasse pelo tema. Ela ficou entusiasmada. Embora poucosoubesse sobre o assunto e duvidasse muito das narrativas ufológicaspublicadas nos jornais e revistas, queria ler as minhas histórias. Prometi-lhe enviar a cópia. No dia seguinte, quando abri a gaveta, nada encontrei.O livro não estava onde eu o colocara e isso me deixou muito aborrecida.

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Procurei em outros lugares, fiz uma limpeza na gaveta e nada. Eu não melembrava de tê-lo emprestado a outra pessoa, mas, quando se chega a certaidade, a memória nem sempre é confiável. E era este o nó da questão, arazão maior de meu aborrecimento, porque é muito desagradável constatarnossas deficiências. Arquivei minha contrariedade e providenciei novaimpressão. Consolei-me, pensando que, no futuro, descobriria onde foraparar a outra cópia e que, há muito tempo, eu necessitava de duas. Tãologo terminei, a impressora começou a apresentar problemas e, por fim,tive de comprar e mandar instalar uma nova. Este fato me salvou de umgrave problema porque, tão logo se realizou a troca, necessitei fazer umserviço urgente, para o qual não estava preparada antes. E, também, no diaseguinte, abrindo a questionada gaveta de minha escrivaninha, láencontrei, acima de tudo o tão procurado livro, com a capa de plásticovirada para baixo. No momento, pensei estar muito louca, pois aquela era anova cópia, que eu julgava ter guardado em outro local para maiorsegurança. Tratava-se, entretanto da primeira, da que desaparecera.

Nós não temos crianças em casa e nem mesmo pessoas da família têmacesso às minhas gavetas. Quase sempre elas estão trancadas. Por outrolado, ninguém teria interesse em tirar e recolocar o livro secretamente.Quando ocorreu o desaparecimento, a gaveta foi esvaziada e muito de seuconteúdo colocado em pastas de plásticos com etiquetas. Portanto restouum enigma, tomado por mim como resposta à pergunta formulada aosalienígenas: - Vocês sumiram ou nos abandonaram?

Coincidência ou não?

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Essa luz tão diferente - I

Uma estrada e seus mistériosSetembro de 1995Diz meu primo que ele não carrega três coisas: medo, preguiça e guarda-chuva. Sendo atualmente um cidadão rodoviário, com um pé na cidade e ooutro na estrada e, na juventude, pioneiro da Transamazônica, técnico emmáquinas pesadas na Alemanha e um "faz-de-tudo" no Brasil, o medo apreguiça e o guarda-chuva só servem para atrapalhar suas andanças. Mas,se ele não chegou a tremer perto de determinada luz, pelo menos não ficoutranquilo com o seu próprio desempenho, não sabendo, até hoje, se a dorde cabeça sentida posteriormente tem algo a ver com ela ou se foi fruto dosusto.O fato ocorreu no princípio de setembro de 1995, não muito longe dacidade de Três Pontas. Era madrugada e, em dado momento, meu primonotou o provável farol de um automóvel pelo espelho retrovisor de seuveículo. Olhando novamente, viu tratar-se de uma única luz, o que o fezpensar em moto. A luz continuou seguindo o carro e, estando alta demaispara ser farol de moto e baixa demais para ser de avião, deixou-o inquietopor ignorar a sua procedência. A estrada estava deserta, passando pela suacabeça a possibilidade de um assalto, embora não entendesse qual tipo deveículo seria aquele. Resolveu dar seta e lhe dar passagem, mas a luztransferiu-se para o seu lado direito, entrando no mato à margem daestrada, correndo paralela ao carro, na mesma velocidade. Ele suportou asituação por três ou quatro minutos, suando frio e racionalizando os fatos.Ocorreu-lhe, assim, a possibilidade de ser um trem de ferro, embora o focoestivesse muito alto. Descartou logo a hipótese, lembrando-se dainexistência de via férrea no local. De repente, a luz sumiu. Intrigado,estacionou o carro, imaginando um acidente no qual o misterioso veículotivesse entrado mais ainda para dentro do mato, capotando. Por ser hábitoseu socorrer acidentados em estradas, pegou a lanterna e saiu, tendo aquase certeza de não ter desligado a chave, porque seria perigoso apagar osfaróis na estrada deserta. Não vendo nada ao redor, retornou ao veículo,encontrando o motor parado, embora o painel estivesse aceso.

Depois de me contar tudo isso, fiz-lhe várias perguntas, tentandoesclarecer alguns pontos e saber se sua viagem fora interrompida, sendo aocorrência obliterada por uma amnésia parcial. Entretanto, ele parece ter******ebook converter DEMO Watermarks*******

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permanecido dentro de um rígido e bem controlado horário e, se seatrasou, a demora foi imperceptível. Mais dois fatos foram aindaacrescentados por ele: as pilhas novas da lanterna usada ficaram totalmentedescarregadas depois do incidente e, nos dias seguintes, sofreu uma fortedor de cabeça.

Segundo suas palavras, a luz era bem diferente. Clareava muito e nãoproduzia reflexos, conforme notou pelo espelho. Contudo suas váriastentativas de descrevê-la resultaram inúteis: uma lua cheia bem grande,clareando muito e não dando foco; o reflexo da lua num lago; umalâmpada de néon; a luz azulada, porém não intermitente, da solda elétrica.Em cada imagem, faltavam coisas. Enfim, concluiu não dispor de umacomparação razoável, porque não havia emissão de raios, mas uma cortinade luz. No dizer de meu sobrinho, talvez fosse algum tipo de raio lazer.Nas palavras de um conhecido, tratava-se de luz sólida, de uso comumentre os alienígenas, razão pela qual não se encontra parâmetro algum paradescrevê-la. Realmente meu primo é homem de muitos talentos e játrabalhou no aperfeiçoamento de muitos instrumentos mecânicos. E, se elediz ser essa luz tão diferente, é porque, como profissional entendidoinclusive em eletricidade, jamais viu coisa igual.

Entretanto, a história não termina aí. Curioso com o fenômeno, quandopassou por uma cidadezinha próxima do local de seu avistamento,entabulou conversa sobre o assunto. Soube, então, não constituir o fatonovidade alguma entre os moradores da região. Havia dezenas deocorrências semelhantes à sua. Na véspera, um caminhoneiro, habituado atrafegar por uma ligeira subida em quarta marcha, fora arrastado pela luzfantasma, vendo-se obrigado a engatar uma primeira a fim de enfrentá-la,o que tem seu lado cômico.

Mais tarde, teve notícia, também, de outro caso mais assustador. Umfazendeiro e mais dois companheiros estavam nos arredores da cidadenuma plantação de café, ao anoitecer, quando viram uma estranha máquinano céu. O objeto tinha a forma alongada e era meio quadrado numaextremidade. Dali, saía uma espécie de labareda, enquanto ele ia e voltavarepetidamente, como se estivesse acumulando energia para sair do local. Amanobra durou uns quinze minutos. No final, ele voou rapidamente. Umdos homens, bastante religioso, ajoelhou-se em pânico, acreditando terchegado o fim do mundo. Todos, contudo, ficaram muito abalados1.

O mais engraçado, porém, é o relacionamento dessa luz assombração como povo da localidade, segundo histórias de um lavrador. Quando seu pai******ebook converter DEMO Watermarks*******

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era jovem, há mais de quarenta anos atrás, ela já fazia parte do folclorepopular. No correr do tempo, algumas pessoas, inutilmente, se opuseramao seu convívio, como seu irmão, que lhe brandiu uma faca num mero atode desafio. A luz, aliás, não se mostrou nem um pouco amedrontada dianteda ameaça. Pelo contrário, colocou-o para correr e, como ele se escondessedentro de sua própria casa, sob a cama, plantou-se sobre o teto, clareandoaté a última fresta, durante um bom tempo. Com seu pai, entretanto, anosantes, ocorrera o oposto. Indo buscar ajuda para um filho doente,desorientou-se na noite escura. Assustado, apelou para a luz, pedindosocorro. Ela apareceu, iluminando o seu caminho durante todo o percurso.Já um outro irmão desse mesmo lavrador foi acompanhado pela talclaridade bem sobre a sua cabeça, não a percebendo em momento algum.Mas outras pessoas, a uma certa distância, viram nitidamente suaacompanhante.

Que esse fantasma luminoso transita pelos caminhos e atalhos da região,parece fora de dúvida. Já quanto ao seu grau de relacionamento com oslavradores, a ponto de passar carão em algum ou ajudar outro, numafunção disciplinadora, fica a critério de cada leitor aceitar. É bom lembrar,porém, que qualquer pessoa radicada num lugar por mais de quarenta anosacaba conquistando amigos e desafetos ali. Quanto mais uma luzimprevisível, misteriosa e bisbilhoteira, dotada do mau hábito deacompanhar seus vizinhos, ouvir suas palavras e captar seus pensamentos.

1 Recentemente, um livreiro meu vizinho, falando-me de um objeto bastante estranho avistado porele e participantes de uma festa, no alto de um edifício, de madrugada, há alguns anos atrás em BeloHorizonte, fez o seu desenho. A descrição era parecida com a do fazendeiro de café. O OVNIpassou com a velocidade de um avião, não muito alto, rumando para o leste. Foi avistado tambémpor outras pessoas nas proximidades do Rio de Janeiro.

Uma estrada e seus mistérios.

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Essa luz tão diferente - II

Feliz ano novoSetembro a dezembro de 1995Os contatos do meu primo com as estranhas luzes e outros espectrosassociados a elas não poderiam parar com a simples coleta de informaçõesentre os moradores dos municípios às margens de seu caminho. Alertadopelo incidente já contado e ouvindo outras histórias similares, seus olhosse abriram e ele começou a enxergar a estrada não só como rota de viagemnossa, mas também como local de convergência de inúmerosacontecimentos insólitos, anteriormente ignorados. As suas experiênciastêm sofrido as limitações impostas pelo fato de estar a serviço de terceiros,dentro de um horário rígido, muitas vezes com um veículo pesado. Poroutro lado, quase sempre é favorecido pelo trabalho noturno, pois, segundodiz, as coisas acontecem nas noites estreladas, quando não há formação denuvens chuvosas. Em princípio, ele já se desvencilhou da cristalizada fénas estrelas cadentes - meteoros - cortando o céu a toda hora. Não se trataaqui de uma contestação. Aliás, quem é ele para se contrapor a abalizadasinformações científicas dos astrônomos! Mas o tráfego aéreo de meteorosnaquele trecho de estrada é tão intenso que carece de um fiscal de trânsito,para evitar abalroamentos. Certa noite, tendo sido obrigado a parar numdeterminado ponto, viu uma estrela brilhando de forma diferente no meiodas outras. Resolveu fazer um teste, piscando o farol de alerta do caminhãoum certo número de vezes. Ela respondeu no mesmo ritmo e número.Espantado, repetiu a operação, usando apenas um sinal. A estrela devolveua senha. Ficaram assim por certo tempo, até o aparecimento de outroveículo interromper o diálogo luminoso. Tão logo o carro passou, acomunicação foi restabelecida, mas daí a pouco um fluxo maior na estradafez cessarem os sinais e a estrela apagou. Após alguns segundos,reacendeu, cortou o céu tal como o fazem nossas conhecidas estrelascadentes, desaparecendo.

Antes, porém, desse diálogo à distância, outros fatos estranhosaconteceram. Existe nessa rota um lugar, perto de um trevo rodoviário,considerado transcendental pelo meu parente. De lá, se descortina um belopedaço de céu estrelado. Parado exatamente ali de madrugada com umpequeno problema mecânico, viu ao longe uma cena recoberta por umanévoa, que não sabe se é real ou provocada, como se estivesse dentro de

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uma outra dimensão, envolvendo um grande número de pessoas. Numabaixada, mais ou menos a duzentos metros da rodovia, enxergou uma meiaesfera de luz pouco acima do solo. No centro do diâmetro, estava paradoum homem, possivelmente o líder de uns vinte outros, espalhadosregularmente ao redor do semicírculo. Raios ondeados de luz iam, de cadahomem, ao centro. E, um por um, eles deslizavam acima do chão até olíder, retornando ao seu lugar, como se estivessem entregando ourecebendo algo, ou cumprindo um ritual. A cena durou alguns minutos,porém surgiu um caminhão buzinando absurdamente. Então, tudo seapagou, nada mais sendo visto. Segundo meu primo, era impossível captaros detalhes das pessoas àquela distância. Apenas distinguiu a estaturamediana dos seres e as roupas brilhosas, uma espécie de macacãoacinzentado com gola rulê, cobrindo o corpo até o pescoço. Quanto aomotivo daquela reunião, nem por hipótese conseguimos alguma pista. Ele,chorando a ausência de binóculo, gaiatamente sugeriu ser dia depagamento, entregando, o líder, a cada homem, um envelopezinhocontendo o salário. Eu, de minha parte, espero estarem nossos visitantesmuito além da era do dinheiro.

Em outra noite, meu primo na velocidade costumeira, vislumbrou umanimal parado no meio da pista. Imaginou tratar-se de uma paca, em riscode ser atropelada, não havendo como brecar o carro para evitar a colisão.Antes, porém, de ultrapassar o ponto, um ser miúdo, de cor cinzenta, acabeça baixa, sentado em posição quase fetal, deixou-o entrever enormesolhos oblíquos, sem qualquer semelhança com os olhos de um animal daTerra. Não houve impacto e ele freou mais à frente. Voltando ao local demarcha-ré, não encontrou nem sombra da tal figura. De outra feita,também à noite, viu rapidamente, bem no meio da estrada, perto dessemesmo lugar, uma mochila quadrada, brilhosa, de cor cinza com frisosprateados em volta, do tamanho de uma pasta de executivo. Parou umpouco além. Novamente deu marcha-ré e novamente não achou nem sinaldo objeto em seu retorno.

Para finalizar as suas aventuras com as misteriosas luzes nesse período, napenúltima madrugada de 1995, em sua última viagem do ano, avistou entredois morros, na mesma região, uma espécie de farol semelhante a umespelho iluminado, lançando um grande vê para baixo. Isso me fez lembrarda história já narrada de um amigo meu. Também, ele, num dia 31 dedezembro, teve seu carro assediado por OVNIs que, ao se despedirem,projetaram um vê invertido. Considerei curiosa a coincidência das datas edo sinal, aliada ao fato do meu primo desconhecer as histórias desse******ebook converter DEMO Watermarks*******

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amigo. Fiquei pensando se os extraterrestres, conhecendo o nossocalendário, não teriam convencionado tal senha luminosa para nos desejarum feliz ano novo. É lírico, eu sei, mas não é impossível, sendo ainda umademonstração de respeito pelas nossas crenças e sentimentos.

Semicírculo de ufonautas. Os raios luminosos, de linhas quebradas, iam decada um deles até o centro, perto do presumível líder.

OVNI visto à noite, projetando um farol em forma de “V” invertido.

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Essa luz tão diferente - III

Coincidências, fatos e fotos intrigantesJaneiro a março de 1996Em janeiro deste ano, seguindo a sugestão de terceiros, procurei reunirilustrações e fotografias que dessem ao meu leitor algumas referênciasvisuais, além da mera descrição dos fatos. Num álbum de família,encontrei algumas fotos e, para completar, decidi telefonar ao meu primo,pedindo-lhe algum material, mostrando os locais de seus contatos naestrada. Ele me prometeu fotografar os pontos mais interessantes.Logicamente, nenhum de nós dois pensou em retratos de discos voadores,pois eles não são modelos comerciais, que posam quando contratados eninguém, até onde se sabe, tem com os alienígenas uma intimidade tãogrande a ponto de convidá-los para participar de um álbum de recordações.

O meu parente tratou de cumprir a promessa. Fotografou de forma clara, àluz do sol, no horário de 13:30 às 14:00 horas, os pontos da estrada ondeos fenômenos aconteceram, dentro de uma área entre Coqueiral, TrêsPontas e Varginha. Antes, porém, de entregar a encomenda, fomossurpreendidos com uma celeuma nesta última cidade. Nos primeiros diasde fevereiro, os jornais e a televisão noticiaram a respeito de um pequeno eesquisito ser, possivelmente alienígena ou fruto de experiência genéticadeles, visto por três jovens em um terreno baldio. Segundo moradores dolugar, ele foi levado pelo Exército ou Corpo de Bombeiros para o hospitalde lá. As autoridades desmentiram a apreensão, mas o fato em si constituiuuma coincidência. Em outubro ou novembro de 1995, meu primovislumbrara no meio da estrada, à noite, entre Varginha e Três Pontas oque ele descreveu como sendo um ser miúdo, de cor cinzenta, semqualquer semelhança com um animal da terra, sentado em posição quasefetal, a cabeça baixa e com enormes olhos oblíquos.

Sinceramente, apesar dessa parte de nossa conversa já estar consignada nahistória "Essa luz tão diferente - II", mais por apreço à literalidade de suaspalavras, porque ele insistia sempre nelas, eu ainda não entendera comouma pessoa assentada, meio cabisbaixa, poderia ser vista como estando emposição quase fetal. Somente através do jornal "Estado de Minas" do dia16 de fevereiro, as coisas se tornaram claras para mim, confirmandonovamente a coincidência. Nos retratos falados, construídos a partir dasdescrições das moças, não havia boca, nariz e orelhas, detalhes faciais do******ebook converter DEMO Watermarks*******

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ser que meu primo acreditava não ter enxergado em razão da rapidez deseu avistamento à noite. Somente apareciam os enormes olhos oblíquos outriangulares. Por outro lado, nas figuras de corpo inteiro, o ente surgia decabeça baixa, com os punhos entre as pernas e acocorado, em posiçãopróxima à do feto no útero materno. O meu parente, embora muitoaventureiro, tem formação estritamente urbana. Daí, não se lembrar dessaposição tipicamente rural. Preferiu dizer "sentado em posição quase fetal",tornando a imagem um pouco diferente, sugerindo a colocação dos glúteosno chão. A posição de cócoras, pelas minhas lembranças dos idos temposde advocacia nas cidades do interior, é comum em quem descansa e vigia,aguardando alguma coisa. Tal como foi mostrada, ela é inclusive difícil deser mantida para quem não tem tal hábito ou está doente, pois quasesempre os calcanhares ficam suspensos no ar, a fim de se obter o equilíbrionecessário. E, se o estranho ser, conforme notícias da imprensa, pareciadepauperado, a posição era incômoda para ele, dentro dos nossos padrões.Mas os padrões para o caso podem não ser os nossos. Entretanto, a minhasensação, ante os retratos falados, foi muito mais a de ver alguém emcalma expectativa.

O importante da história, porém, é ter o relato de meu primo antecedido econfirmado esse encontro das jovens de Varginha, ocorrido em 20 dejaneiro. Mas a sua narrativa, embora anterior, consta num disquete decomputador com a data de 25 de janeiro de 1996, em decorrência da últimacorreção. Ora, como ele viaja constantemente para aquela cidade, poder-se-ia afirmar, com base exclusivamente nessa prova, haver um intervalo decinco dias, tempo suficiente para que ele tomasse conhecimento dosacontecimentos lá e os transmitisse a mim. Porém os retratos falados,mostrando a figura em posição de cócoras, só foram divulgados emmeados de fevereiro. E, se meu primo tivesse usado o encontro das jovenspara fantasiar um avistamento seu, esse detalhe só apareceu bem depois dodia 25 de janeiro. Assim, é justo concluir que o depoimento dele valida odas jovens e vice-versa. Todos disseram a verdade. Viram a mesmacriatura ou duas iguais em épocas distintas. Ele, em outubro ou novembrode 1995, e elas, no dia 20 de janeiro de 1996.

Outras surpresas, contudo, nos aguardariam com a revelação das fotos,deixadas despreocupadamente em minha casa com as anotações referentesaos lugares. O meu espanto não teve tamanho. Embora o alvo visado fossea estrada, em algumas, o céu também aparecia e, entre as nuvens, figurasindecifráveis. Telefonei ao meu parente contando-lhe o fato e sugerindouma segunda revelação, a fim de eliminar a hipótese de defeito no papel.******ebook converter DEMO Watermarks*******

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Isso foi feito, reaparecendo os pontos mais suspeitos. Um entendido meadvertiu que as fotos estariam refletindo algum desenho ou sujo no para-brisa, porque foram batidas de dentro do veículo. Realmente, no carroutilizado havia um decalque redondo no canto superior-direito do para-brisa. Mas, nas fotografias, as formas redondas e maiores apareciamclaramente do lado esquerdo do motorista, em posição exatamente opostaao decalque. Por outro lado, um ufólogo, interessado no caso de Varginha,afirmou sobrevoarem aquela região sul-mineira, balões atmosféricoslançados periodicamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais deSão José dos Campos e de Cachoeira Paulista. Por tudo isso, meu primovoltou a fotografar os mesmos locais, de fora do carro, focalizando umaárea maior do céu. Novamente, apareceu algo em um dos retratos,desafiando a nossa compreensão.

Não sei dizer se tais pontos estranhos são naves extraterrestres, porque nãopossuo a necessária competência para tal e não conheço o formato dosinstrumentos usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Mas,pelo que meu parente vê à noite naquelas estradas e ouve de outraspessoas, os UFOs passeiam por ali há muito tempo, quer seja de dia ou denoite, tendo-se tornado, inclusive, audaciosos nos meses de fevereiro emarço. Por duas vezes, num espaço de quinze dias, entre Varginha e TrêsPontas, ele viu possivelmente a mesma nave, no mesmo lugar, pairando auns oito metros do solo. A sua forma era a de dois pratos colocados umcontra o outro, com janelas nas cabines da parte superior e inferior. Aotodo deveria ter uns seis metros de diâmetro e somente o anel centralgirava. Era difícil ver a sua forma, por causa do envoltório luminoso de corcambiante: amarelo, vermelho, azul e verde. Seguindo essecomportamento ousado, no princípio de março, ele, ainda, teve umainusitada companheira de viagem desde o trevo de Coqueiral, perto deSantana da Vargem, até quase Belo Horizonte. A luz acompanhou-o,precedendo-o ostensivamente, sempre do seu lado esquerdo. Quando eleparava, ela parava, transformando-se numa estrela. Quando ambosreiniciavam o trajeto sua forma era a de um farol brilhante, virado parabaixo. Ao amanhecer, em Betim1, talvez num aceno de adeus, ela fez umziguezague sobre a estrada à sua frente, passou para trás do carro, tomandooutro rumo e desaparecendo. O motivo de tudo isso é indecifrável,contudo, como meu primo já estava sendo procurado por algunsjornalistas, para uma reportagem, parece que os alienígenas desafiavam amídia, fornecendo mais elementos para uma publicidade em torno doassunto.

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1 A cidade de Betim, vizinha de Belo Horizonte, dista quase 280 Km. do trevo de Coqueiral, no sulde Minas.

Nave avistada por duas vezes perto do trevo de coqueiral.

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Essa luz tão diferente - IV

Pelas estradas de MinasAbril a julho de 1996Quando iniciei minhas histórias, não pretendia ficar presa aos relatos deuma única pessoa e muito menos aos de meu primo que, até setembro de1995, não avistara no céu qualquer fenômeno extrapolando os limites doconhecimento científico. A sua primeira experiência nesse campo se deuquando eu estava no meio de minhas narrativas. Escrevi o texto referente aela, acreditando ser o único, contudo a cada dia outras novidades surgiam.Assim, apelei para uma solução óbvia: continuar escrevendo as históriasprogramadas e, paralelamente, ir contando as suas aventuras ufológicassob um mesmo título e com um subtítulo diferente, para juntá-los no final.Mas o fim nunca aparecia, porque as estradas ligando Três Pontas aVarginha e outras cidades mineiras, na região de Furnas, são uma fonteinesgotável de informações sobre OVNIs1.A partir de seu contato inicial, foram tantos os seus avistamentos eperipécias que meu parente já passara a considerar as luzes itinerantescomo parte do cotidiano e dava por encerrada a sua capacidade deassombrar-se com os extraterrestres. No entanto, estava enganado.Novamente perto do trevo de Coqueiral, em abril deste ano, seriasurpreendido por outro fato incomum. Saindo de um aglomerado denuvens e, com o corpo parcialmente dentro de outro, viu o que, talvezfosse no dizer dos ufólogos, a cauda de uma nave-mãe. Era imensa,parecendo parte de um gigantesco vagão ferroviário ou de um prédioacinzentado, tendo enormes janelas quadradas, escuras e algo semelhante aum para-choque cinza-chumbo, circundando-a. Essa espécie de para-choque refletiu lindamente uma luz, possivelmente a do farol do carro,formando tons coloridos. E dessa vez ele não teve dúvida: a nebulosidadeera provocada, pois o resto do céu estava limpo2. Não obstante o seutamanho, o objeto se deslocava calmamente sem rumor, em sentidoligeiramente ascendente. Uns três meses mais tarde, entretanto, ele voltoua avistar essa mesma nave próxima ao local anterior e viu como ia sendoformado o nevoeiro para encobri-la.

Tal avistamento se assemelha à descrição da primeira experiência de umamigo meu. Esse amigo é hoje um espiritualista, aficionado da Ufologia

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mas, naquela época, no fim da década de setenta, tal como meu parente,considerava-se um incrédulo incorrigível e criticava os ufólogosimpiedosamente. Certo dia, perto de Felixlândia, voltando para BeloHorizonte em seu carro, ele, sua mulher e o filho viram, ainda na verticalcomo se estivesse saindo de dentro da terra, uma nave comprida, tomada àprimeira vista por um prédio recém-construído. A nave inclinou-se,passando sobre o veículo, imobilizado pelo famoso efeito mecânico. O fatofoi tão absurdo e tão contrário a todas as suas crenças que os trêsocupantes do carro acordaram em jamais o mencionarem a alguém. Essepacto, evidentemente, foi rompido porque o meu amigo passou a terexperiências extra-sensoriais muito alarmantes a partir daí, sendo obrigadoa romper o silêncio e procurar ajuda. Mas nenhum dos três observadoresrecorda-se efetivamente do que aconteceu quando a nave sobrevoou ocarro. Meu amigo lembra-se apenas de ter sentido o veículo balançar no ar,como se tivesse sido suspenso por ela, sendo recolocado no mesmo lugar.

Cauda da nave-mãe, antes de ser totalmente encoberta pela neblina.

Voltando à epopeia ufológica de meu primo, o trevo de Coqueiral,próximo de Santana da Vargem, a 54 km de Varginha, parece ser oepicentro dos fenômenos e a quarta-feira deve ser o "dia quente" dasemana, porque nos demais dias apenas observa as luzes transitando pelaestrada. De fato, na quarta-feira dia nove de maio, mais ou menos às trêshoras da madrugada, ele passou por outra experiência incomum entreCoqueiral e a cidade de Nepomuceno. Durante uns vinte minutos, debateu-se com um problema inexplicável. À sua frente, estendia-se a estradacompletamente escura e, quando olhou pelo espelho retrovisor do carro, a

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sua retaguarda estava clara como o dia, a ponto de enxergar toda asinalização da estrada. Assustado, parou e desceu, acreditando estar sendoacompanhado por alguma grande nave. Entretanto, não viu nada e aestrada, tanto à sua frente como atrás, se mostrava escura como o breu.Assim, reiniciou sua viagem e interrompeu-a várias vezes pelo mesmomotivo, até Nepomuceno, sem conseguir determinar de onde vinha a luzintensa, que dividia a estrada de forma tão singular. Quando o carro estavaem movimento, ela acendia. Quando ele estacionava, colocando a mão namaçaneta da porta para sair, apagava. O mesmo fenômeno repetiu-se emalgumas outras viagens pelo mesmo local. Trata-se de um procedimento detal maneira ostensivo por parte dos alienígenas que parece ser ou umabrincadeira ou uma atitude destinada a aumentar a publicidade sobre osacontecimentos misteriosos daquela região. Em outra oportunidade, meuparente quase teve o carro levantado ao atravessar um corredor de ventoincidindo, parece, somente sobre o seu veículo. Dessa vez, embora o fatose desse dentro dos 20 km mais suspeitos da rodovia, eram 14:00 horas datarde. Além disso, ele tem visto grandes círculos de luz sobre o capinzalnas proximidades da estrada, não sendo possível determinar a sua fonteimediata, porque nenhum OVNI se mostra à vista.

Entretanto, o fato realmente cômico envolvendo esse parente e osalienígenas aconteceu em um dos últimos dias de julho, também entreSantana da Vargem e Nepomuceno no meio da tarde. Estando com oveículo bem acelerado, ele vislumbrou no meio da via, nesse trecho maismisterioso, uma bola prateada do tamanho de um abacate, cheia dereentrâncias e saliências. Acreditando tratar-se de uma forma de marmitexembolada e atirada ao chão, passou sobre a mesma sem atingi-la. Parou ocarro e desceu, em seguida, por ter pressentido algo suspeito. Ao seaproximar, a bola, que estava a uns cinco centímetros de altura do chão,começou a correr sozinha, sem rolar e adentrou pelo mato, deixando-operplexo e desapontado, por ter perdido uma prova material de suasperipécias ufológicas na região.

Se os extraterrestres dispõem do seu "ovnigate", certamente já estão a pardos meus relatos e dos comentários de meu primo com outros interessados.Dessa forma, suponho estarem endossando tal divulgação e fornecendomaiores subsídios para o seu prosseguimento. Agora, qual é o objetivo portrás disso, cabe a nós descobrir. Aliás, pelo que vem acontecendo lá e,como a gigantesca nave-mãe foi vista muito rente à terra, é provável existirnaquelas paragens, como timidamente sugeriu um habitante local, umaplataforma subterrânea, abrigando algum "discoporto". E, pelo visto, os******ebook converter DEMO Watermarks*******

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alienígenas deixaram de lado suas cautelas habituais, evidenciando a suaexistência.

Um detalhe que corrobora tal hipótese tem sito continuamente mencionadopor meu primo. Antigamente, ele não via em suas viagens noturnasqualquer pessoa transitando ao longo da rodovia. De fato, sendomadrugadores, os fazendeiros e lavradores não podem se dar ao luxo deperambular pelos caminhos em altas horas da noite. No entanto, nessesquilômetros problemáticos, bem no meio da madrugada, ele tem passadoultimamente por pessoas andando nas margens da rodovia. E o que lhechama a atenção são os passos ágeis e a postura desenvolta, diferentes daforma de andar do nosso matuto.

Contudo, o fato mais enigmático, esse ocorrido na BR-381, não foi o meuprimo quem presenciou nem aconteceu em cidade do sul de Minas. Ouviu-o diretamente de duas testemunhas no dia seguinte ao acontecido. Sendomuito comunicativo, vários conhecidos ao longo da estrada ficaram cientesde suas aventuras ou desventuras, sentindo-se à vontade para lhefornecerem detalhes das suas. Assim, no dia 25 do mês de abril, quandochegou a um posto de gasolina perto de Santa Teresinha de Minas, asessenta e cinco quilômetros de Belo Horizonte, dois trabalhadores foramchamados pelo patrão, para lhe contarem um extravagante acontecimentoocorrido na madrugada anterior. Estavam ambos no posto após meia-noite,quando visualizaram uma luz transitando no céu. Curiosos, permaneceramobservando. Ela se aproximou, parando mais ou menos a oitenta metros dosolo e a uma distância de uns quatrocentos metros do local onde seencontravam. Então, observaram o corpo prateado de uma nave com aforma de dois pratos virados um contra o outro, circundada por umaluminosidade, variando entre azul, verde, vermelho e amarelo. Do centrode seu bojo inferior, foi projetada uma faixa larga de luz, até o solo. Anave permaneceu parada no mesmo local por mais de duas horas, enquantoos dois homens aguardavam o resultado daquilo. Antes de partir, elarecolheu a faixa de luz, como se fosse algo sólido e, quando era içada,viram, presa à sua extremidade, uma bola cor de fogo, também engolidapelo bojo da nave. O UFO, segundo descrição dos observadores, erasemelhante àquele avistado duas vezes perto do trevo de Coqueiral.

Pela primeira vez ouço falar de OVNI minerando em nossas terras. Essa éminha primeira sugestão, baseada nos ensinamentos dos ufanistas, paraquem Minas é "um peito de ferro, com um coração de ouro". Aqui, emqualquer lugar perto de Belo Horizonte, há minério de ferro. Porém um

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professor meu amigo insiste que o nosso minério não lhes interessa. Oprovável é estarem extraindo algum tipo de energia magnética do interiorda Terra. Agora, quanto ao destino do material recolhido, talvez seja usadoem pesquisas para o nosso próprio benefício. Tudo isso, entretanto, sãoconjeturas.

1 Uma explicação para tal incidência de avistamentos seria a represa de Furnas, pois a água permitea permanência dos UFOs no solo por mais tempo, consoante informação encontrada na página 108,da 2ª edição do livro de Maria Aparecida de Oliveira (Bianca), denominado "As possibilidades doInfinito".

2 “Quando o desejam, os Objetos Voadores Não Identificados criam, em redor de si, ao que parece,uma barreira fotônica que os torna invisíveis!” - (O.V.N.I. e as Civilizações Extraterrestres, GuyTarade - Hemus Livraria Editora Limitada, pág. 13).

Desenho do disco com a bola de fogo, visto em Santa Teresinha de Minas.

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Essa luz tão diferente - V

Mais um capítulo dessa intrigante novelaSetembro/outubro de 1996Como já foi dito, há um ano o meu primo tem visto os UFOs e seusderivados em sua rota habitual. Creio mesmo que já desenvolveu umacerta habilidade para percebê-los camuflados nos ninhos preferidos echego quase a admitir a existência de uma atração recíproca entre eles. Suavida se transformou numa novela de suspense, por cujos capítulos aguardaansiosamente. Mas seus parentes não querem nem ouvir falar nisso. Aoposição familiar não impede, entretanto, esse namoro interplanetário. Elecontinua fascinado pelas naves e elas, como as sereias, continuam o seuprocesso de sedução. Contudo, os últimos capítulos desse estranhoromance deixaram o meu parente muito intrigado.No final do mês de setembro, ele notou, perto trevo de Coqueiral, aocorrência de uma neblina inexistente nos demais trechos ou do outro ladoda estrada. Conseguiu emprestado um binóculo dez por cinquenta e passoua levá-lo consigo. Exatamente às 3:15 horas da madrugada do dia primeirode outubro de 1996, ao atingir esse ponto da estrada, encontrou a cerraçãosuspeita. Saiu do veículo, preparando-se para um novo avistamento, tendoos fatos superado a sua expectativa. Enquanto ajustava o binóculo, aneblina foi-se desfazendo, surgindo uma nave prateada com o feitio de um"sanduiche", as janelas ou escotilhas iluminadas, ligeiramente ovaladas edispostas simetricamente na parte superior e inferior. Sendo o local umvale cheio de pequenos morros, a nave pairava sobre um deles, quase nolocal exato em que ele já avistara um grupo de alienígenas, formando umsemicírculo. Ela se encontrava num nível abaixo da estrada, sendo fácilfocalizar uma das janelas, através da qual viu um homem e uma mulheriguais aos terráqueos, trajando roupas do nosso cotidiano. Não era possíveldistinguir os traços fisionômicos, mas a mulher tinha os cabelos curtos,ondulados, usando uma blusa comum. O homem vestia uma camisa creme.Ambos pareciam estar assentados, sendo vistos apenas até a cintura. Nessemomento, meu primo pressentiu uma terceira pessoa no ambiente, fora deseu campo de visão, que começou a projetar numa espécie de tela de luzalgum desenho de cor contrastante, tal como fazem os oftalmologistas.Imediatamente, ele apanhou em cima do painel do carro a caneta e umpapel grande e grosso, mantido ali para limpeza do para-brisa. Escorado

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sobre o capô iluminado pela luz do teto do carro, começou a copiar com amão direita, enquanto mantinha o papel firme com o cotovelo esquerdo,segurando o binóculo também com a mão esquerda. Foram quatro osdesenhos projetados sucessivamente, o tempo suficiente para serem bemvistos e analisados, enquanto o casal conversava com o instrutor ou líder,gesticulando às vezes. A cena não foi longa, tendo tido, o meu parente, aimpressão de estar com a cabeça diretamente na janela da nave, talvez porcausa do binóculo. Após a última projeção, percebeu uma luz com uns 40ou 50 centímetros de comprimento, diretamente sobre a sua cabeça. Nessemomento, o participante oculto puxou uma espécie de persiana ou cortina,barrando a sua visão. A janela continuou iluminada, ficando, entretanto,obliterado o seu acesso ao interior da nave. A movimentação da pessoa, aofechar a persiana, permitiu-lhe vislumbrar uma sombra com a cabeça umpouco maior que a dos outros dois presentes. Logo, a nave foi recobertapela neblina e a luz sobre ele desapareceu. Sentindo-se um pouco confuso,levou alguns minutos para recordar onde se encontrava. Afastou-se dolocal, acreditando ter permanecido entre dez ou quinze minutos ali. Naverdade, descobriu ter demorado uma hora e, apesar do tráfego estar tododesviado para aquela região, em virtude das obras na BR-381, nãopercebeu a passagem de nenhum outro veículo durante a sua parada, o queé quase impossível. Quando chegou a Belo Horizonte, também nãoencontrou o papel com as cópias feitas. Ele não sabe explicar a razão, masacredita tê-lo jogado na estrada. Isso, porém, não lhe causou nenhumapreocupação, porque refez facilmente os desenhos de memória.

No meu entender, esse capítulo merece não somente uma narrativa, masalgumas considerações. É estranho ter a nave, inicialmente escondida pelaneblina, se mostrado em toda a sua plenitude tão logo meu primo ajustou obinóculo. É igualmente estranho o início da projeção dos desenhos naqueleexato momento. Parece incrível ele ter conseguido copiar os quatrodesenhos, antes de perceberem a sua presença nas imediações. E é nomínimo suspeito nenhum outro carro ter passado por ele durante uma hora,embora se pudesse objetar que, estando absorvido demais em sua tarefa,não percebera os acontecimentos ao redor nem o tempo gasto. Entretanto,quanto ao fato de não guardar o papel com os símbolos tão laboriosamentecopiados, é um absurdo. Então, o que haverá por trás de tudo isso?Perguntamos.

Meu primo acredita ter a sonda emitido um sinal denunciando a suapresença, levando o ufonauta a bloquear sua visão e a camuflar a nave. Eunão penso assim por um motivo muito simples. Os nossos serviços de******ebook converter DEMO Watermarks*******

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investigação policial, com uma tecnologia muito aquém da demonstradapelos extraterrestres, já fazem a varredura de áreas mais ou menosextensas, quando é necessário. Logo, por que seriam os UFOs tãovulneráveis e desprovidos de dispositivos de segurança até elementares?Para mim, tanto a nave quanto os desenhos lhe foram mostradosdeliberadamente. Não acredito ter sido a sua presença notada a partir dosinal da sonda. Acredito que a sonda foi enviada com o propósito de tirá-lodo seu estado de concentração, por ser hora de partir. Em razão do seutrabalho, aquele era o seu limite de tempo disponível. A hipótese do papellhe ter sido tomado, evitando a análise dos desenhos é incongruente,levando-se em conta a facilidade em refazê-los e a impossibilidade deinterpretá-los. Provavelmente, ele foi induzido a dispor do original paracertificar-se do potencial de sua memória. Admitindo terem os alienígenasum conhecimento muito grande a nosso respeito, eu considero tal versãomais coerente com os fatos. Ela esbarra na incredulidade de muita gente,porque a questão fundamental, relativa ao significado dos desenhos, nósnão sabemos responder. Um dia, porém, não muito distante, haveremos deter maiores esclarecimentos e os traços copiados deixarão de parecerhieróglifos.

Para completar esse capítulo dos sinais, também no dia 12 do mesmo mês,meu primo viu de madrugada entre Varginha e Três Pontas, projetadadentro da cerração à altura de uns vinte metros do solo, uma espécie deplaca de sinalização em forma de losango, de cor acinzentada, com linhasquebradas no centro e bordas brilhantes da mesma cor. Os raios dentro dolosango eram semelhantes aos que viu certa vez no já citado semicírculoformado por vários ETs.

Nave em forma de sanduíche.

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Placa vista entre Varginha e Três Pontas.

Desenhos vistos dentro da nave.

Essa luz tão diferente - VI

Uma usina de outro mundoOutubro de 1996 a março de 1997Em outubro de 1996 meu primo deixou a rota do sul de Minas e asestradas ligadas à BR-381, encerrando-se, no nosso entender, seu ciclo deavistamentos. Mas era somente um recesso, durante o qual, por três vezes,viu, em Belo Horizonte, pontos luminosos se locomovendo no céu à noite,não podendo assegurar se eram ou não OVNIs. Entretanto, um fato novoaconteceu nas cercanias de Rio Casca, Minas Gerais.

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Numa viagem por lá, um sitiante lhe falou sobre a mãe-do-ouro, umaestrela que parece entrar e sair da terra todos os dias, no mesmo lugar e nomesmo horário noturno. Ao fenômeno, de conhecimento geral, meu primonão dedicou atenção especial, por ter-se envolvido anteriormente emsituações mais complexas. No entanto, em cinco de março de 1997,querendo distrair-se antes de retornar à capital, resolveu pescar num lugarermo, não muito distante da fazendinha onde se encontrava. Por volta de20:30 horas, cansado daquele silêncio e da falta de companhia, apanhouseus apetrechos, pegando o caminho de volta. Ao olhar na direção dosmorros, foi atraído por uma forma luminosa intrigante, a uma distância,talvez, de quase 700 metros. Era uma espécie de triângulo retângulo,virado para a esquerda, com os catetos ligados por um fio mais fino .Havia esferas sobre cada ângulo e outra no centro da hipotenusa. Pareciaconstituído de feixes de luz em movimento, porque pequenas faíscasescapavam dele. Ao lado do objeto, havia alguma neblina, que logo sedesfez, supostamente provocada pela umidade do rio. Apareceram, então,outras figuras brilhosas, de igual tamanho e certamente do mesmomaterial, ainda mais enigmáticas. Formavam um renque de cinco ou seisgrandes cogumelos, dotados de um contínuo movimento ascendente edescendente, fazendo lembrar pistão de motor de carro. O formato era deum tubo comprido, de mais ou menos um metro de altura, encimado poruma meia circunferência. De imediato, meu primo pensou tratar-se dealguma usina moderna, embora estranhasse o fato, por desconhecer aexistência de fábricas ou construções por ali. A visão durou vinte minutos,sendo o local da cena recoberto novamente pela cerração.

Ele retornou à fazenda, contudo, antes de regressar a Belo Horizontevisitou durante o dia a região, convencendo-se da possibilidade de aliocorrerem fenômenos ufológicos. Os objetos avistados estavamexatamente na junção de dois morros, onde a paisagem tem certaspeculiaridades. No solo, há várias protuberâncias de quase um metro dediâmetro, ressecadas e granulosas, semelhantes a cupinzeiros, porém bemmais baixas. As poucas árvores são esgalhadas, de copa aberta e escassaramagem, parecendo ter sofrido a ação de ventos fortes. Não foiencontrado qualquer sinal de construção por perto e, se existiu algumausina em tal lugar, não era deste mundo.

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1 – Distância de aproximadamente 700 metros. 2 – Altura deaproximadamente um metro. 3 – Posição do observador. 4 – Rio Casca

É certo que o espectador da cena foi informado da existência da mãe-do-ouro. Entretanto não estava à cata de novas aventuras. No máximo, pelasua experiência no assunto, admitia a possibilidade de ver alguma "estrelavoadora", flanando pelos ares. A realidade, porém, se mostrou mais rica,como sempre, deixando várias interrogações.Quando ele transitava nas proximidades de Três Pontas e Varginha,creditamos todos os seus incidentes ufológicos ao local. A região e suarotina de trabalho facilitavam os avistamentos. Mas Rio Casca foi umaetapa ocasional. Portanto, o questionamento passa a ser outro. Teria tido,meu primo, alguma abertura da terceira visão, enxergando o que os outrosnão veem? Estará sendo guiado para os lugares certos, nos momentosoportunos, através de algum chip ou tudo não passa de mera coincidência?

Já me perguntaram se não duvido da veracidade de tais acontecimentos.Sinceramente, minha resposta é negativa. Sou testemunha dos seusdissabores e lamentos pela falta de testemunhas. Só uma única vez elecontou com a presença de alguém. Na rota de Varginha, por ocasião de umacidente com outro veículo no caminho, conseguiu mostrar, ao apavoradopessoal do socorro, a luz cortando o matagal da beira da estrada.

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Algumas consideraçõesEmbora eu pretenda ficar meramente no campo do casuísmo, como sãochamadas as narrativas de avistamentos, abduções, teletransportes e outrosacontecimentos envolvendo UFOs e ufonautas, possivelmente o leitoraguarde, no final, um posicionamento meu sobre o assunto. Mas quemestaria apto a preencher o silêncio das autoridades? Se quem dispõe demaiores recursos não quer falar, qualquer opinião particular sobre oassunto seria temerária. As minhas teorias sobre OVNIs e osextraterrestres refletem, por isso, apenas o selecionado entre as muitascoisas ouvidas e lidas no campo da Ufologia.

Quem são os ufonautas? São daqui ou vêm de outros sistemas solares?

A grande maioria dos contatados insiste na segunda hipótese, porém, épossível a existência de bolsões internos em nosso planeta, habitados porcivilizações desenvolvidas por eles e com as quais mantenham constanteintercâmbio. Exatamente de onde são não faz diferença, no meu entender.O importante é a sua vinda de um lugar remoto, muito além do nosso Sol.

O que os extraterrestres desejam de nós? Seus propósitos são pacíficos?

Eu prefiro me ater à informação do casal amigo, segundo a qual acivilização terráquea iniciou-se a partir de grupos étnicos alienígenas.Conforme as palavras do ET, com o qual dialogaram, esses gruposestiveram afastados daqui, porque os canais de comunicação com a Terrapermaneceram interrompidos durante milênios. Nesse período, emdecorrência das explosões solares, o terráqueo sofreu uma involução,perdendo, inclusive, a lembrança dos ancestrais1.

Possivelmente, a Terra é um dos muitos lugares visitados pelos alienígenase, se fossem belicosos, já teriam acabado conosco há muito tempo, pois háindícios de sua silenciosa presença entre nós durante toda a segunda guerramundial. E essa era uma oportunidade ímpar para extinguirem a nossacivilização, apossando-se do planeta.

Há muitas pessoas consideradas vítimas de acidentes envolvendo osOVNIs. Entretanto, já ouvi, também, inúmeras referências a abordagensagressivas dos terráqueos que, em sua ignorância, partem ingenuamentesobre eles com toda a espécie de armas, seja de fogo, arma branca, facão,foice e, ainda, pedra, pau, etc. Por isso, não sabemos se tais acidentes seoriginam de alguma imprudência praticada pelas vítimas, se resultam de

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um infeliz acaso, ou de uma agressão real dos ufonautas.

Os meios de comunicação noticiam, de vez em quanto, mutilações deanimais realizadas com grande perícia técnica, atribuindo-as aos ufonautas.Mas seriam eles os responsáveis? Se forem, teriam agido maldosamente outêm um propósito superior? É problemático avaliar a conduta dosextraterrestres pelos padrões éticos da Terra. Como saberemos, dentro dasnossas limitações atuais, se uma atitude deles é boa ou má? Usando apenasum percentual mínimo do cérebro, nós erramos constantemente,arrependendo-nos de atos considerados muito convenientes no passado.Assim, uma ação alienígena pode encerrar propósitos altamente benéficosà humanidade e ser incompreendida por nós, devido à diferença no grau deevolução.

Agora, a pergunta desafiante: as viagens a outros sistemas solares sãoimpossíveis para os terráqueos. Como, então, esses visitantes do espaçochegam até aqui, vencendo uma distância de vários anos-luz?

Usando palavras de Jacques Bergier2, para nós entendermos todo essemistério, falta-nos algum dado fundamental e simples como, até o adventode Isaac Newton, faltava o conhecimento da gravitação central, para oscientistas compreenderem os antípodas. Mas, talvez, estejamos entrandono campo das vãs considerações. A postura atual dos alienígenas, paramuitos ufólogos, indica estarmos na véspera de uma confraternizaçãointerplanetária. E a decorrência natural desse evento seria o esclarecimentode todos essas perguntas até agora sem respostas.

1 Maria Aparecida de Oliveira, mais conhecida como Bianca, conta a história de sua abdução e desua experiência no campo espiritual nos livros As Possibilidades do Infinito e A Vida Dentro daVida.

2 As Fronteiras do Possível, livro de Jacques Bergier publicado em 1971 pela Editorial Verbo.

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Fotos

A mãe-do-ouro. A frente da casa de meus avós na Serra da Moeda, em Minas Gerais, de ondeminha avó observou, algumas vezes, a mãe-do-ouro.

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Page 101: OVNIs diversos

As estranhas mulheres. Igreja de Santana, perto da cidade de Belo Vale, em Minas Gerais, ondeminhas primas viram as estranhas mulheres. Festa da padroeira, em 26 de julho de 1953.

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Page 102: OVNIs diversos

Um piloto e seu veículo. A fazenda onde meu tio morou e onde minha prima teria visto, perto daameixeira, um piloto futurista e seu incompreensível veículo. Belo Vale, Minas Gerais, 26 de julho

de 1953.

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Page 103: OVNIs diversos

Os mocinhos brilhosos. Juquinha. Serra do Cipó, Minas Gerais – local de grande incidência deavistamentos de OVNIs.

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Page 104: OVNIs diversos

Uma estrada e seus mistérios. Local onde se iniciou o primeiro contato de meu primo, quando a luzcomeçou a acompanhá-lo. Estrada Varginha – Três Pontas, Minas Gerais. Fevereiro de 1996.

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Page 105: OVNIs diversos

Uma estrada e seus mistérios. Local próximo a Santana da Vargem, Minas Gerais, onde a luz, nesseprimeiro contato, desapareceu. Fevereiro de 1996.

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Page 106: OVNIs diversos

Local do aparecimento de luzes com maior frequência. Estrada Varginha – Três Pontas, MinasGerais. Fevereiro de 1996.

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Page 107: OVNIs diversos

Feliz ano novo. Trevo de Coqueiral, perto de Varginha, em Minas Gerais – BR265. Local onde foivisualizada uma cena com aproximadamente vinte figuras. Observar o semicírculo sem grama.

Fevereiro de 1996.

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Page 108: OVNIs diversos

Feliz ano novo. Vista à distância do local onde aconteceu a estranha reunião, nas proximidades dotrevo de Coqueiral, Minas Gerais – BR265. Fevereiro de 1996.

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Page 109: OVNIs diversos

Coincidências, fatos e fotos intrigantes. Local onde foi visto o estranho ser em posição quase fetal.Estrada Varginha – Três Pontas, Minas Gerais. Fevereiro de 1996.

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Page 110: OVNIs diversos

Coincidências, fatos e fotos intrigantes. Local onde foi visto o volume quadrado. Estrada TrêsPontas – Varginha, Minas Gerais. Fevereiro de 1996.

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