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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ PROCESSO SELETIVO – EDITAL N.º 008/2017 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA – HUC/HSCMC/HMSB 13 DE NOVEMBRO DE 2017 SEM PRÉ-REQUISITO LEIA ATENTAMENTE AS INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES ABAIXO: 1. Esta PROVA contém 80 questões numeradas de 01 a 80, sendo que 75 dessas equivalerão a 1 ponto e 05 referen- tes aos casos clínicos, equivalerão a 5 pontos cada. 2. Nas questões numeradas de 01 a 75 são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. 3. As questões numeradas de 76 a 80 referem-se aos casos clínicos. De acordo com a questão a que cada um dos itens se refere, marque no CARTÃO-RESPOSTA, para cada item o campo designado com o código V, caso julgue o item VERDADEIRO/CORRETO, ou o código F, caso julgue o item FALSO/INCORRETO. 4. Confira se sua PROVA contém a quantidade de questões correta. Em caso negativo, comunique imediatamente ao fis- cal de sala para a substituição da prova. 5. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên- cia, informe imediatamente ao fiscal de sala. 6. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu nome no local indicado. 7. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta. 8. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe: a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. b. Preencha totalmente o espaço compreendido no retângulo correspondente à opção escolhida para resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 9. O tempo disponível para esta prova é de 04 (quatro) horas, com início às 14:00 horas e término às 18:00 horas. 10. Você poderá deixar o local de prova somente após as 15:00 horas. 11. O CADERNO DE PROVA NÃO poderá ser levado pelo candidato. 12. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo, no caso de: a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal; b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida 1 ( uma) hora do início da PROVA; c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO- RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou CADERNO DE PROVA; d. ser surpreendido, durante a realização da PRO- VA, em comunicação com outras pessoas ou utilizando-se de livro ou qualquer material não permitido; e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrôni- co ou de comunicação, bem como protetores auriculares não autorizados pela Comissão; f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos traba- lhos, incorrendo em comportamento indevido; g. não cumprir com o disposto no edital do Exame. Preenchimento correto; Preenchimento incorreto; Preenchimento incorreto. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- RESPOSTAS

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P R O V A O B J E T I V A

R E S I D Ê N C I A M É D I C A – H U C / H S C M C / H M S B

13 DE NOVEMBRO DE 20 17

SEM PRÉ-REQUISITO

L E I A A T E N T A M E N T E A S I N F O R M A Ç Õ E S E I N S T R U Ç Õ E S A B A I X O :

1. Esta PROVA contém 80 questões numeradas de 01 a 80, sendo que 75 dessas equivalerão a 1 ponto e 05 referen-tes aos casos clínicos, equivalerão a 5 pontos cada.

2. Nas questões numeradas de 01 a 75 são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão.

3. As questões numeradas de 76 a 80 referem-se aos casos clínicos. De acordo com a questão a que cada um dos itens se refere, marque no CARTÃO-RESPOSTA, para cada item o campo designado com o código V, caso julgue o item VERDADEIRO/CORRETO, ou o código F, caso julgue o item FALSO/INCORRETO.

4. Confira se sua PROVA contém a quantidade de questões correta. Em caso negativo, comunique imediatamente ao fis-cal de sala para a substituição da prova.

5. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên-cia, informe imediatamente ao fiscal de sala.

6. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu nome no local indicado.

7. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta.

8. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe:

a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. b. Preencha totalmente o espaço compreendido no

retângulo correspondente à opção escolhida para resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

9. O tempo disponível para esta prova é de 04 (quatro) horas, com início às 14:00 horas e término às 18:00 horas.

10. Você poderá deixar o local de prova somente após as 15:00 horas.

11. O CADERNO DE PROVA NÃO poderá ser levado pelo candidato.

12. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo, no caso de:

a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do

fiscal; b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida

1 ( uma) hora do início da PROVA; c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO-

RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou CADERNO DE PROVA;

d. ser surpreendido, durante a realização da PRO-VA, em comunicação com outras pessoas ou utilizando-se de livro ou qualquer material não permitido;

e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrôni-co ou de comunicação, bem como protetores auriculares não autorizados pela Comissão;

f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos traba-lhos, incorrendo em comportamento indevido;

g. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

Preenchimento correto; Preenchimento incorreto; Preenchimento incorreto.

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RESPOSTAS

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PEDIATRIA

1. Assinale a alternativa que contém todos os sorotipos da vacina pneumocócica conjugada (VP13).

1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 20A e 23F. A) 1, 2, 4, 5, 6B, 7A, 9B, 9V, 14, 18C, 18F, 19F e 23F. B) 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 14C, 18A, 19F e 23F. C) 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F. D) 1, 3, 4, 5, 7A, 7B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 19G e 23F. E)

2. Na doença falciforme, o agente etiológico importante da síndrome torácica aguda, que pode levar a um quadro clínico

de maior gravidade nesses pacientes, é

Salmonela thiphy. A) Clamydia pneumoniae. B) Streptococcus pneumoniae. C) Klebsiella pneumoniae. D) Clamydia trachomatis. E)

3. Adolescente com quadro de febre, odinofagia e exsudato em orofaringe foi medicado com ampicilina. A partir do

segundo dia de doença, notou-se exantema maculopapular disseminado e febre persistente. O sinal clínico que mais auxilia na confirmação do diagnóstico provável é

Esplenomegalia. A) Sinal de Filatov. B) Sinal de Pastia. C) Sinal de Koplik. D) Petéquias em palato. E)

Considere a descrição a seguir para a resposta das próximas duas perguntas

Id.:

KAP, 5 anos, fem., branca, natural e proc. de Curitiba. Informante - mãe

QP:

infecções de repetição

HMA:

há 5 meses iniciou com quadros recorrentes de febre até 40º, prostração, anorexia, odinofagia, aumento de linfonodos cervicais e submandibulares e dor abdominal. Os episódios têm duração de 5 a 7 dias e ocorrem a cada 2 a 3 semanas. Entre os quadros, apresenta-se assintomática. Refere uso de antibiótico nos episódios.

HMP:

RGE com diagnóstico aos 3 meses (usou prepulsid até 13 m);

ITU aos 6 meses;

após o 2º ano de vida – amigdalites de repetição, com 8 episódios/ano;

AMF:

mãe 38 anos, médica (neurologista); pai 48 anos. Ambos com rinite alérgica

AGO:

pré-natal sem intercorrências, CST (programada), nasceu a termo, PN 3.900g

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AA:

Leite materno até 1 a 9 meses (exclusivo até 6º mês)

AI: Vacinação completa. Fez duas doses de BCG (segunda doses 3 meses após a primeira por ausência

de pega vacinal) Pneumocócica 10 valente (1 dose); penumo 23, varicela

Exame Físico

BEG, corada, hidratada, febril, eupneica, eutrófica

FC: 140 FR: 24 T: 38,8ºC P: 18200g (P50) Est: 110cm (P50-75)

Cabeça e pescoço:

Múltiplos linfonodos submandibulares e cervicais anteriores bilateralmente, móveis, elásticos, pouco

dolorosos à palpação, medindo de 1 a 1,5 cm de diâmetro, sendo os maiores em região submandibu-

lar esquerda.

Hiperemia e hipertrofia amigdaliana (grau II / IV)

Tórax:

PC: BRNF sem sopros

CPP: livres

Abdomen: plano, flácido, indolor à palpação, sem VCM, RHA+

Membros – SP

4. Considerando a caso relatado anteriormente, o diagnóstico mais provável é

Febre Familiar do Mediterrâneo. A) Síndrome da Hipergamaglobulinemia D. B) Síndrome Periódica Associada ao receptor do TNF. C) Imunodeficiência Primária da Infância. D) PFAPA (Periodic Fever, Adenitis, Pharyngitis, Aphtous stomatitis). E)

5. O tratamento adequado para o diagnóstico da pergunta anterior é

Antibioticoterapia Profilática. A) Amigdalectomia. B) Imunoglobulina mensal por 2 anos. C) Corticoterapia. D) Imunoglobulina mensal por 2 anos e vacina antipneumocócica. E)

6. Quanto ao tratamento tópico para a infecção apresentada na figura, podemos afirmar que

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há fortes evidências da superioridade dos antibióticos orais em relação aos antibióticos tópicos para o tratamento A)do impetigo localizado.

a associação da neomicina e bacitracina é considerada a primeira escolha. B) a mupirocina ou o ácido fusídico podem ser utilizados como primeira escolha. C) a aplicação deve ser feita de 6 em 6 horas por 21 dias. D) a aplicação deve ser feita duas vezes ao dia por 7 dias e, após, mantida uma vez ao dia por 14 dias. E)

7. Pré-escolar com 2 anos de idade apresenta febre de 39

oC e vômitos. Exame físico: moderada hiperemia de orofaringe

e pequenas úlceras nos pilares anteriores das amígdalas. A impressão diagnóstica é de faringoamigdalite por

Herpes simples. A) Coxsakie A. B) Vírus EBV. C) Adenovírus. D) Estreptococos pyogenes. E)

8. Dos medicamentos a seguir, o que tem a síndrome do bebê vermelho como efeito colateral é

Aciclovir. A) Penicilina benzatina. B) Anfotericina B. C) Gentamicina. D) Vancomicina. E)

9. Analise o líquido cefalorraquidiano de um paciente imunodeprimido de 4 anos de idade

Aspecto: turvo Leucócitos: 1200 células Diferencial de celularidade: 93% polimorfonucleares, 7% mononucleares Proteína: 200 mg/dl Glicose: 20 mg/dl Coloração de Gram: não foram vistos germes Coloração de BAAR: não foram vistos germes

Esses dados são sugestivos de infecção do sistema nervoso central, classificada como

fúngica. A) amebiana. B)

bacteriana. C) tuberculosa. D) viral. E)

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10. Menina nasceu de parto prematuro e com Apgar 4 e 9. Foi amamentada ao seio até o 6º mês de vida. Com 8 meses de idade, foi internada por bronquiolite viral aguda. Em seu desenvolvimento, demorou a engatinhar e a caminhar, os primei-ros dentes sugiram a partir dos 11 meses e, com 1 ano, a fontanela anterior ainda era ampla. O diagnóstico provável é

Deficiência de Piridoxina. A) Raquitismo. B) Pelagra. C) Hipervitaminose A. D) Encefalopatia Hipoxico isquêmica. E)

11. Menino, 11 anos, refere desinteresse nas atividades escolares e há 20 dias iniciou com uma dor forte no pé direito. O mesmo ocorreu há 3 anos. Até os 8 anos de idade, praticava futebol. O exame físico era normal, exceto pelo pé direito que apresentava dor aos movimentos passivos e ativos, além de edema +/++++. O hemograma e o estudo radiológico eram normais. A hipótese diagnóstica mais provável é

Leucemia linfoide aguda. A) Osteossarcoma. B) Osteomaosteoide. C) Distrofia simpática reflexa. D) Síndrome da hipermobilidade articular benigna. E)

12. Dos antibióticos a seguir, o que apresenta mais penetração óssea para o tratamento de infecções por Gram positivo é

Clindamicina. A) Oxacilina. B) Vancomicina. C) Tetraciclina. D) Cloranfenicol. E)

13. Uma menina de quatro anos tem desenvolvimento mamário bilateral, observado pela primeira vez há seis meses.

A menina não toma alguma medicação e não há nenhuma fonte de estrogênio exógeno em sua residência. O exame físico mostra que a paciente está no percentil 50 para o peso e estatura, tem pressão sanguínea normal, pele normal, sem oleosidade excessiva, mamas no estágio II de Tanner, abdome depressível, sem massas palpáveis, ausência de odor corporal, ausência de pelos pubianos ou axilares e uma discreta estrogenização da vagina. Das seguintes explicações, a mais provável para o desenvolvimento mamário dessa criança é

puberdade precoce central. A) hiperplasia adrenal congênita. B) tumor adrenal. C) adrenarca prematura. D) telarca prematura. E)

14. Uma criança de 20 dias de vida é levada ao hospital porque foi observado cansaço após as mamadas. Nasceu de parto

a termo e normal, domiciliar, tendo a mãe feito apenas uma consulta de pré-natal.O exame físico mostra um recém-nascido com peso de 1950 Kg, estatura de 45 cm, perímetro cefálico de 29 cm, icterícia de ++/++++, hipoatividade, fontanelas abertas e normotensas, craniotabes negativo, presença de nistagmo, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente bilateralmente sem ruídos adventícios, à ausculta cardíaca sopro cardíaco contínuo no 2º espaço intercostal esquerdo, palpação abdominal com fígado a 3,5 cm do rebordo costal direito e baço a 3 cm do rebordo costal esquerdo. Dos reflexos primitivos, o de Moro é ausente. Esse quadro clínico sugere que, durante a gestação, a infecção materna mais provável foi

AIDS. A) Herpes. B) Rubéola. C) Sífilis. D) Toxoplasmose. E)

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15. Um recém-nascido prematuro 29 semanas, AIG, desenvolve quadro de doença da membrana hialina grave, necessi-tando ventilação mecânica. No sexto dia de evolução, começou a apresentar necessidade de maiores concentrações de oxigênio, impossibilitando a progressão do desmame. A complicação mais provável é

pneumotórax hipertensivo. A) broncodisplasia pulmonar. B) persistência da circulação fetal. C) permanência do ductus arteriosus. D) síndrome do pulmão úmido. E)

MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

16. Helena nasceu de parto normal em uma maternidade do município de Curitiba há 12 dias. O pré-natal foi realizado em uma unidade municipal de saúde, sem intercorrências. Quanto às ações programadas para uma criança como Helena, assinale a alternativa CORRETA.

Realização do teste do pezinho básico, ofertado a todos os recém-nascidos em território nacional, para diagnóstico A)

de, por exemplo, fibrose cística, talassemia, hipotireoidismo e fenilcetonúria. Realização do hemograma aos 6 meses de vida, caso a criança esteja em contexto social risco, mesmo que em B)

aleitamento materno exclusivo. Encaminhamento das crianças com necessidades especiais para que tenham seu atendimento realizado exclusi-C)

vamente na atenção especializada. Visita da equipe de saúde a família de Helena na primeira semana após o parto, segundo recomendação do Minis-D)

tério da Saúde. Realização de teste de acuidade visual quando a criança estiver completando o 1

o ano de vida. E)

17. Mário tem 45 anos e veio consultar com seu médico de família já trazendo alguns resultados de exames. Está assinto-

mático e nega vícios, tanto álcool quanto cigarro, ou outros. A história familiar não é significativa. O exame físico reve-lou PA 130/082mmHg e IMC 29,2 kg/m

2. Os exames complementares tiveram os seguintes resultados:

glicose em jejum: 110mg/dl colesterol total: 200mg/dl HDL: 40mg/dl triglicerídeos: 230mg/dl.

A respeito da abordagem recomendada, assinale a alternativa CORRETA.

O paciente é considerado pré-hipertenso e tem um fator de risco adicional bem determinado: a glicemia de jejum alte-A)

rada, sendo imperativo o tratamento não medicamentoso. A prescrição de AAS 100mg ao dia é recomendada para esse paciente como prevenção primária. B) Está recomendada a prescrição de sinvastatina 20mg ao dia, sempre com tomada noturna. C) Está recomendada a solicitação de nova dosagem de glicose de jejum para confirmação do diagnóstico de diabetes. D) O tratamento anti-hipertensivo medicamentoso está recomendado, devido aos fatores de risco adicionais indicados na E)

história.

18. Ana tem 25 anos e está grávida de 30 semanas. Ela comparece à consulta agendada de pré-natal, mas, no momento está preocupada com início recente de corrimento, prurido vaginal e dispareunia. Ao exame ginecológico, a inspeção vê-se descarga de corrimento amarelo-esverdeado. No exame especular, nota-se melhor o corrimento, bolhoso e féti-do, a parede vaginal está eritematosa e o colo friável, porém sem cervivite. Ao toque, não há alterações. O restante do exame físico relevante está normal.

Os exames trazidos foram: Urocultura com desenvolvimento de várias espécies de bactérias. Tipagem sanguínea B positivo. Toxoplasmose IGM não reagente e IGG reagente. Anti-HIV 1 e 2 não reagentes. VDRL não reagente. Glicemia 79mg/dl. Hemograma HB 10,2g/dl.

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Sobre o caso clínico, assinale V para verdadeiro ou F para falso

( ) O diagnóstico provável é de tricomoníase e está recomendado o tratamento com metronidazol via oral.

( ) A paciente tem bacteriúria assintomática e pode ser tratada com fosfomicina 3g em dose única.

( ) Está recomendada a prescrição de sulfato ferroso em dose maior que 100mg de Fe elementar.

( ) O tratamento de primeira linha para a condição atual é com Metronidazol gel a 0,75% por 7 dias.

( ) Está recomendada rotineiramente a realização de ultrassonografias apenas no 1o, 2

o e 3

o trimestres.

A alternativa com a sequência CORRETA, de cima para baixo, é

V, V, V, F, F. A) F, F, V, V, V. B) V, F, V, F, F. C) V, F, F, V, V. D) V, V, F, F, F. E)

19. A Unidade de Saúde recebeu o pedido de visita domiciliar para Dona Marília, que teve alta hospitalar há 1 semana. Segundo sua irmã, nada mais havia a ser feito no hospital. Resumo de alta: Marília, 43 anos, professora. Diagnóstico de carcinoma de colo uterino com metástases cerebrais há 8 meses. Foram realizados ciclos de quimioterapia, sem resposta terapêutica. O quadro clínico atual é considerado avançado e progressivo, sem perspectiva de tratamento curativo. Em visita, a equipe verifica que a irmã está muito preocupada em como lidar bem com essa situação. Queixa-se de que Marília tem muitas náuseas, está constipada e reclama frequentemente de dor (Escala Visual Analógica - EVA 5). Com relação ao caso, assinale a alternativa CORRETA.

O uso de medicações adjuvantes no tratamento de dor, como amitriptilina e carbamazepina, não influenciará na A)

qualidade de vida de Marília. Náuseas e vômitos não são comuns em casos como o de Marília. A Ondansetrona por via subcutânea está indica-B)

da como primeira linha de tratamento. No tratamento da constipação, deve-se orientar medidas não farmacológicas, como aumento do consumo de fibras C)

e líquidos, evitando-se a prescrição de qualquer laxante. Os cuidados da equipe de saúde cessarão no momento do óbito de Marília, que é o sujeito das ações de saúde. D) No tratamento da dor de Marília, está bem indicado o uso do tramadol 50 a 100mg até de 4h/4h, com dose diária E)

máxima recomendada de até 400mg.

20. Lúcia tem 38 anos e trabalha como secretária em uma grande empresa. Não procurou o médico antes porque tem

trabalhado muito. Ela relata há que 8 meses tem sensação de queimação localizada em epigástrio, com saciedade pre-coce e náuseas. Não perdeu peso e negou outras alterações. Não houve tratamento prévio. O exame físico é inocente. Com relação ao caso, assinale a alternativa CORRETA.

Na dispepsia não investigada, o tratamento empírico com antagonistas H2 apresenta melhor resposta. A) Deve-se recomendar o tratamento com dose padrão de inibidor de bomba de prótons por 8 semanas. B) Está recomendada a realização de endoscopia digestiva alta, para descartar lesão estrutural que explique os C)

sintomas. A erradicação do H. pylori não está recomendada em casos como o de Lúcia. D) Agentes procinéticos podem ser prescritos em monoterapia como tratamento inicial de primeira linha. E)

21. “Todo sistema de serviços de saúde possui duas metas principais. A primeira é otimizar a saúde da população por meio

do emprego do estado mais avançado do conhecimento sobre a causa das enfermidades, manejo das doenças e ma-ximização da saúde. A segunda meta, e igualmente importante, é minimizar as disparidades entre subgrupos populaci-onais, de modo que determinados grupos não estejam em desvantagem sistemática em relação ao seu acesso aos serviços de saúde e ao alcance de um ótimo nível de saúde”.

Bárbara Starfield – Atenção Primária, equilíbrio entre as necessidades de saúde, serviços e tecnologia.

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Assinale a alternativa que indica o princípio do SUS (Sistema Único de Saúde) contido na segunda parte afirmativa anterior:

Equidade. A) Igualdade. B) Acesso. C) Integralidade. D) Universalidade. E)

22. D. Sophia tem 55 anos, é mãe de 2 filhos adultos e casados, tem 5 netos e é frentista. Iniciou com dor lombar localiza-

da há 5 meses. Veio à unidade de saúde e foi tratada com Ibuprofeno em dose adequada e fisioterapia. Retorna hoje com persistência e piora da dor que a acorda de madrugada. Sente também parestesias em região perineal. Sobre o caso, assinale a alternativa CORRETA quanto à conduta na Atenção Primária à Saúde.

O quadro é de lombalgia mecânica e deve ser prescrito analgésico opioide por via oral, além de terapias comple-A)

mentares como acupuntura. O quadro decorre de hérnia discal e deve ser prescrito anti-inflamatório hormonal intramuscular associado à B)

fisioterapia. O quadro é de lombalgia mecânica, o tratamento precisa de otimização e pode ser radiografada a coluna, sem a C)

necessidade de outras avaliações. Deve-se tranquilizar D. Sophia quanto a benignidade do quadro, embora de difícil tratamento, e otimizar o trata-D)

mento conservador na unidade de saúde. Deve-se solicitar a radiografia de coluna e referenciar a paciente para investigação complementar. E)

23. Um ensaio clínico foi planejado e conduzido para se conhecer o melhor tratamento para sinusite. Após uma semana de

estudo, a proporção de indivíduos curados no grupo de terapia padrão foi de 88 % e a proporção de indivíduos curados no grupo do novo antibiótico foi de 97 %. O teste de hipótese para diferença entre os efeitos resultou em um p=0,03. Ao calcularmos o Risco Relativo(RR), para cura com o novo antibiótico, o Número Necessário para Tratar (NNT)e a Redu-ção do Risco Absoluto (RRA) encontraremos os seguintes valores, respectivamente:

RR=0,90;NNT=9; RRA=11%. A) RR=0,11;NNT=90;RRA=11%. B) RR=1,10;NNT=11; RRA= 9%. C) RR=0,99;NNT=11;RRA=3%. D) RR=1,13;NNT=110;RRA=9%. E)

24. Observe as letras atribuídas aos tipos de erros sistemáticos presentes em estudos epidemiológicos.

I. Viés de confusão. II. Viés de informação. III. Viés de seleção.

Assinale a sequência de letras adequadas para os seguintes estudos:

A - Estudo de caso-controle sobre insônia e eventos estressantes no dia a dia em que os indivíduos com insônia infor-mam muito mais eventos estressantes do que os indivíduos sem insônia. B - Estudo de coorte sobre associação entre consumo de álcool e risco de acidente vascular cerebral em que o nível socioeconômico mais baixo se associa tanto com o consumo de álcool quanto com o risco de acidente vascular cere-bral. C - Estudo de caso-controle sobre níveis de licopeno e câncer de próstata em que se utilizou material biológico conge-lado e guardado durante 10 anos. No momento da comparação do material de indivíduos com câncer de próstata com os controles, observou-se uma perda de 10% do material dos casos e 50% do material dos controles.

IC-IIB-IIIA. A) IB-IIA-IIC. B) IA-IIB-IIIA. C) IB-IIC-IIIA. D) IA-IIB-IIIC. E)

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25. Juliana, 25 anos, traz resultados de exame de rotina solicitados por um colega. Ela se queixa de fadiga e constipação, e não tem história familiar de doenças significativas. É casada e não tem filhos. Peso 62,5kg, altura 1,63 metros, PA= 120/80mmhg. Resultados: Hemograma normal, glicemia 78mg/dl, TSH 11mg/dl, T4l 0,6mg/dl, anti HIV não reagente, creatinina 1,0mg/dl, lipidograma CT 234mg/dl, TG 230mg/dl, HDL 28mg/dl.

Sobre o caso acima, assinale a alternativa CORRETA

Segundo o USPSTF (Unites States Preventive Services Task Force), todos os exames solicitados são para A)prevenção secundária.

A solicitação de anti-HIV não deve ser rotineira em nossa população. B) Juliana deve repetir o TSH e fazer um ultrassom de tireoide para decisão terapêutica. C) Juliana deve receber tratamento medicamentoso com levotiroxina na dose de 100mcg/dia. D) O valor de LDL de Juliana é 160mg/dl e ela deve receber tratamento medicamentoso para a dislipidemia. E)

26. A Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma agência especializada em saúde, subordinada à Organização das

Nações Unidas (ONU). Seu objetivo é desenvolver o máximo possível de saúde para todos os povos. Sobre a OMS e suas publicações, assinale a alternativa CORRETA

A poluição do ar é considerada um fator de risco importante para diversas doenças como doenças cardíacas, A)derrames, câncer de pulmão e asma.

O cigarro mata mais de 10 milhões de pessoas ao ano, sendo a 3ª causa de morte evitável no mundo. B) No mundo, a desnutrição é responsável por mais mortes que a obesidade, apesar do crescimento mundial da C)

obesidade. A resistência bacteriana é uma ameaça mundial crescente, mas não afeta doenças antigas como gonorreia e D)

tuberculose. Globalmente, a expectativa de vida ao nascer era de 74 anos em 2015, semelhante à expectativa de vida no Brasil. E)

27. Marco Aurélio, 35 anos, deseja consultar, pois está com cefaleia muito forte, que iniciou nesta madrugada. Ele refere

que é a pior dor de sua vida. Porém, ao chegar à unidade básica de saúde (UBS), é surpreendido por uma longa fila e informado de que deve esperar pelo atendimento. Sobre o caso acima, assinale a alternativa CORRETA.

Por ser tratar de um paciente jovem, Marco deve aguardar, sendo que nenhuma diretriz foi desobedecida. A) O princípio do método clínico centrado na pessoa que o médico deve aplicar ao ver que sua agenda está cheia, B)

mas que deve atender uma urgência é entendendo a doença como um todo. A diretriz do SUS desobedecida é equidade e, devido à gravidade, Marco deve ser atendido prontamente. C) O fluxo correto de atendimento deveria ser o encaminhamento pelo recepcionista da UBS à Unidade de pronto D)

atendimento (UPA). Marco deve ser atendido na UBS caso tenha domicílio na região de abrangência dessa UBS, respeitando-se a E)

adscrição de clientela.

28. Joana é uma senhora de 67 anos que consulta regularmente na Unidade de Saúde por ser hipertensa. Durante seu acompanhamento, você, medico, percebe uma alteração no eletrocardiograma e solicita uma consulta com cardiologis-ta para Dona Joana. Ela vai ao especialista focal e retorna a você com algumas sugestões de tratamento pelo colega. Qual o princípio da Atenção Primária à Saúde foi descrito no caso acima?

Territorialização. A) Coordenação do cuidado. B) Hierarquização. C) Acesso. D) Resolubilidade. E)

29. A profilaxia de Pré-exposição do HIV (PrEP), que visa a reduzir a transmissão pelo HIV, foi incorporada ao SUS por

meio da portaria número 21 e 22 de 2017. Sobre a PrEP, assinale a alternativa CORRETA.

Deve ser indicada para populações de maior vulnerabilidade como transexuais, independentemente de suas A)práticas sexuais.

A prevalência de HIV no Brasil é baixa e a PrEP tem alto custo, devendo ser indicada somente para casais B)sorodiferentes.

A eficácia de PrEP é de 99% a partir do 5º dia de uso. C) A PrEP começa a fazer efeito após 7 dias de uso para relação anal e após 20 dias de uso para relação vaginal. D) Há controvérsias sobre a PrEP, pois alguns estudos indicam aumento das práticas de risco com o seu uso. E)

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30. Você atende Júlio, de 65 anos, que consulta porque está pensando em parar de fumar. Júlio conta que fuma desde os 8 anos de idade, porque acendia o cigarro de seu pai. Ele já tentou parar de fumar outras vezes, mas não conseguiu. Ele está muito ansioso, pois está com problemas no coração e fez um cateterismo na semana passada. Sobre o caso acima, assinale o estágio de mudança comportamental que Júlio se encontra e a medicação contraindicada para Júlio respectivamente.

Pré contemplação e goma de nicotina. A) Ação e nortriptilina. B) Contemplação e bupropiona. C) Ação e adesivo de nicotina. D) Contemplação e adesivo de nicotina. E)

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

31. Por definição internacional, endossada pelo college of obstetricians and gynecologists, o cálculo da idade gestacional se faz a partir do primeiro dia da data da última menstruação, partindo do pressuposto de que a ovulação tenha ocorri-do duas semanas após essa data.

Baseado nisso, consideram-se como gestação prolongada

as gestações que atingirem 42 semanas completas, independentemente do uso de medicacão que auxilie na matu-A)ridade fetal.

as gestações que atingirem 42 semanas completas, porém, se houve uso de qualquer medicação para maturidade B)fetal, o cálculo é outro.

as gestações que atingirem 40 semanas completas independentemente de serem primigesta ou multigesta. C) as gestações que atingirem 42 semanas para as primigestas e as que atingirem 40 semanas para as multigestas. D) as gestações que atingiram 40 semanas e usaram corticoterapia. E)

32. A principal causa de óbito em lactentes é o nascimento prematuro. As condutas médicas estão relacionadas diretamen-

te à prematuridade. Para as assertivas a seguir, assinale V para verdadeiro ou F para falso.

( ) A corticoterapia mostra-se efetiva para reduzir as incidencias de desconforto respiratório e tem uma melhora nes-ses resultados, se o parto for postergado após 24 horas da primeira dose de betametasona feito intramuscular na mãe.

( ) As hemorragias intracranianas do tipo sub dural são as mais comuns dentre os outros tipos de hemorragias intracranianas, nos recém-natos prematuros.

( ) A utilização de progesterona pela mãe diminui as taxas de nascimento prematuros em gestações gemelares ou até trigemelares, pela concorrência com as prostaglandinas.

( ) A corticoterapia para profilaxia na gestação de prematuros tem como efeito colateral aumento de leucócitos e diminuição de linfócitos.

A alternativa com a sequência CORRETA, de cima para baixo é:

V, V, F, V. A) V, F, V, V. B) V, F, V, F. C) V, F, F, V. D) F, F, V, F. E)

33. A Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), a Sociedade Americana de Medicina Reprodu-

tiva (ASRM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia(FEBRASGO) publicaram suas orientações e recomendações para o tratamento de mulheres com endometriose. Para as assertivas a seguir, assinale V para verdadeiro ou F para falso.

( ) Paciente com estágios iniciais de endometriose pela videolaparoscopia podem beneficiar-se com ciclos de estimula-

ção de ovulação com ou sem inseminação intrauterina. ( ) O tratamento medicamentoso apresenta maus resultados para o tratamento da dor associada à endometriose. ( ) O tratamento medicamentoso apresenta bons resultados para o tratamento da infertilidade associada à endometriose. ( ) Para pacientes acima de 35 anos e estágios avançados de endometriose, preconiza-se a inseminação intra uterina. ( ) Pacientes com endometriose profunda assintomáticas podem ser beneficiadas com tratamento clinico.

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A alternativa com a sequência CORRETA, de cima para baixo é:

F,V,V,F,V. A) V,V,V F,F. B) V,F,F,F,V. C) F,F,F,V,F. D) V,V,F,F,V. E)

34. DDA, 39 anos, com ciclos regulares de 28 dias e 3 dias de fluxo, há 3 anos tentando engravidar, apresenta os seguin-

tes exames no ambulatório de infertilidade. Ultrassonografia pélvica transvaginal – útero em anteversoflexão com volu-me de 76cc, ovário direito 7,8cc, ovário esquerdo 5,6cc. Dosagens hormonais colhidas no 3º dia menstrual: FSH-11,1, LH 8,5, Estradiol 50, Prolactina 20. Anti Mulleriano 0,55, Histerossalpingografia – cavidade uterina normal, trompas opacificadas até porção distal, porém sem difusão do contraste para pelve. Marido com o seguinte espermograma – vo-lume 3,0ml, número – 20 milhões de espermatozoides/ml, mobilidade progressiva 35%, morfologia de Kriger 8%. A conduta mais apropriada é

estimular ovulação, realizar coleta dos óvulos e espermatozoides para fertilização “in vitro” e transferência dos ga-A)metas para o útero.

estimular ovulação, coletar dos espermatozoides, realizar o seu preparo e realizar inseminação intrauterina. B) estimular ovulação e, no período fértil, indicar coito programado. C) indicar vídeo laparosocopia. D) indicar vídeo histeroscopia. E)

35. Com relação aos cistos da glândula de Bartholin, assinale a alternativa CORRETA.

Quanto a sua etiopatologia, podemos afirmar que as bactérias mais comumente encontradas são a Neisseria A)gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

Devemos extirpá-los independentemente do seu tamanho, pois, no período de excitação sexual da mulher, eles se B)tornam muito volumosos e dolorosos.

A terapia com antibióticos, após incisão e drenagem dos cistos de Bartholin, deve ser usada até mesmo nos casos C)em que a celulite não esteja presente.

Quando o tratamento inclui incisão e drenagem, marsupialização, em mulheres com 40 anos ou mais, recomenda-D)se a biópsia devido ao risco de adenocarcinoma de Bartholin.

O epitélio de transição dos ductos e os traumas não são considerados fatores etiológicos. E)

36. Embora as Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero (Ministério da Saúde/ Instituto Nacio-

nal de Câncer José Alencar Gomes da Silva-INCA, 2016) estabeleçam que mulheres com menos de 25 anos não fazem parte da faixa etária prioritária para o rastreamento do câncer do colo do útero, é oferecida orientação para situações especiais em mulheres até 24 anos. Baseada nessa diretriz, a conduta a ser adotada em uma mulher de 18 anos com exame citopatológico demonstrando lesão intraepitelial de alto grau é

repetir citopatológico em três anos. A) realizar colposcopia, e se encontrado colposcópico maior, realizar biópsia, se revelar NIC III (Neoplasia intraepiteli-B)

al cervical do grau III), deve-se fazer seguimento citológico e colposcópico semestral por dois anos, caso seja as-segurado esse seguimento.

repetir citopatológico em seis meses. C) realizar colposcopia e, se encontrado colposcópico menor, realizar biópsia, se revelar NIC I (Neoplasia intraepitelial D)

cervical do grau I), deve-se realizar tratamento destrutivo e após seguimento citológico e colposcópico por dois anos caso seja assegurado esse seguimento.

realizar colposcopia, se ausência de colposcopia anormal, realizar biópsias múltiplas em colo uterino e vagina. E)

37. Paciente 32 anos G0P0, menarca aos 10 anos,apresenta nódulo de mama esquerda com diagnóstico histológico de

carcinoma ductal invasor,G3(bem indiferenciado), realizou estudo genético, o qual apresentou mutação do gene BRCA-1 comprovada. O perfil imunohistoquimico frequente desses tumores é

receptores hormonais positivos, HER - 2 negativo, ki 67 maior que 14%. A)

receptores hormonais positivos, HER - 2 positivo, ki 67 menor que 14%. B)

receptores hormonais negativos, HER - 2 positivo, ki 67 menor que 14%. C)

receptores hormonais positivos, HER - 2 positivo,Ki 67 maior que 14%. D) receptores hormonais negativos, HER - 2 negativo, Ki 67 maior que 14%. E)

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38. Paciente de 60 anos procura ambulatório de mastologia com queixa de derrame papilar em mama direita há 2 sema-nas, nega traumatismo. G1P1, história familiar positiva para câncer de mama. Ao exame: mamas simétricas médio volume, pendulares, ausência de retrações e ou sinais inflamatórios, sem nódulos palpáveis, expressão positiva por um único ducto em mama direita do tipo sanguinolento. Realizou mamografia, ultrassonografia de mamas, citologia, os quais demonstraram normalidade. A conduta mais adequada para esse caso é

realizar citologia do derrame papilar. A) controle clínico em 6 meses. B) controle com exame clínico e mamografia e ultrassonografia em 6 meses. C) ressecção dos ductos principais. (ducectomia). D) adenomastectomia com preservação de pele e colocação de próteses. E)

39. F.M.S, 28 anos, primigesta, com gestação atual de 36 semanas e 1 dia, passou em consulta na Unidade Básica de

Saúde, sendo aferida pressão Arterial (PA) de 160 x 120mmHg. Foi encaminhada ao Pronto Atendimento Obstétrico, no qual relatou aumento de PA nas últimas semanas - em uso de medicação anti-hipertensiva (não lembra o nome). Durante consulta na emergência, referiu dor em hipocôndrio direito, escotomas e epigastralgia. Ao exame: PA 160x 110mmHg sentada e PA 160X110mmHg em decúbito lateral esquerdo, batimentos cardíacos fetais em 144 batimentos por minuto, movimentos fetais não perceptíveis, dinâmica uterina ausente e colo uterino impérvio. Edema em face +++/4+ e membros inferiores +++/4+. Cardiotocografia não tranquilizadora. Nessa paciente, a classificação e a conduta mais apropriada são, respectivamente,

pré-eclâmpsia grave, devendo-se iniciar medidas anti-hipertensivas e administração de sulfato de magnésio, além A)

de indicar o parto terapêutico. pré-eclâmpsia leve, devendo-se iniciar medidas anti-hipertensivas e administração de sulfato de magnésio, além de B)

indicar o parto terapêutico. pré-eclâmpsia grave, devendo-se internar, iniciar medidas anti-hipertensivas e manter conduta expectante. C) eclâmpsia, devendo-se iniciar medidas anti-hipertensivas e administração de sulfato de magnésio, além de indicar D)

o parto terapêutico. eclâmpsia, devendo-se internar e manter conduta expectante. E)

40. A avaliação da vitalidade fetal por meio de métodos clínicos ou biofísicos tem como objetivo a prevenção da morte

perinatal. Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I. O sinal de Sadovsky, ausência de percepção dos movimentos fetais pela mãe por 12 horas consecutivas, indica sinal de gravidade à saúde fetal.

II. A cardiotocografia anteparto, método de avaliação do bem-estar fetal, fundamenta a análise de parâmetros que possibilitam estudar os efeitos da hipoxemia no sistema nervoso central do feto. Esses parâmetros são: linha de base, variabilidade, acelerações transitórias e presença de movimentação fetal.

III. A dopplerfluxometria é considerado o melhor método de avaliação da vitalidade fetal. Diástole reversa das artérias umbilicais ao doppler é indicativo de resolução imediata da gestação.

Somente I e II estão corretas. A) Somente II e III estão corretas. B) Somente I está correta. C) Somente III está correta. D) Somente I e III estão corretas. E)

41. Gestante de 22 anos foi tratada por sífilis com Penicilina Benzatina. Sobre o seguimento dessa paciente, segundo o

protocolo clínico e diretrizes para atenção às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde, é CORRETO afirmar que:

se após um ano a paciente apresentar títulos baixos de VDRL, significa que ela deve ser tratada novamente por ter A)

sido reinfectada, pois a positividade deste exame não pode ser duradoura para paciente adequadamente tratada. deve-se realizar teste não treponêmico mensal e uma queda de 2 diluições em três meses indica sucesso de B)

tratamento. os testes treponêmicos são os melhores parâmetros para monitoramento da resposta ao tratamento. C) se a gestante apresentar elevação do título de VDRL de 1:4 para 1:8, ou seja, elevação de duas diluições, deverá D)

ser considerada a possibilidade de reinfecção. FTA-ABS positivo após o tratamento indica, certamente, falha de tratamento. E)

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42. Paciente de 18 anos vem à consulta com queixa de ferida em genital e conta que teve relação sexual sem uso de preservativo com vários parceiros nos últimos meses. Faz uso correto de contraceptivo hormonal oral combinado. Nega outras doenças ou alergia a medicamentos. Considerando-se as DSTs e o uso do Fluxograma para Manejo de úlcera genital proposto pelo Ministério da Saúde, assinale a alternativa CORRETA.

Se as lesões durarem mais que 4 semanas, o tratamento é exclusivamente destinado a herpes genital. A) Se há evidências ou história de vesículas, o tratamento destina-se a Cancróide e Donovanose. B) Considerando-se que há laboratório disponível, recomenda-se coleta de material para microscopia (GRAM e C)

Giemsa) e campo escuro e exames de biologia molecular. Se os exames laboratoriais sugerirem H. ducrey, deve-se tratar Donovanose. D) Se o laboratório for sugestivo de K. granulomatis, o tratamento deve ser dirigido para Cancroide. E)

43. Paciente com atraso menstrual e beta-HCG positivo apresenta-se com sangramento via vaginal e dor em baixo ventre.

Com relação ao abortamento, é CORRETO o que se afirma em:

Evidência científica de alta qualidade apoia o uso de progesterona para prevenção do abortamento, pois a defici-A)ência da fase lútea é causa importante de interrupção da gestação.

As trombofilias são a principal causa de abortamento cientificamente comprovado e o uso de anticoagulante certa-B)mente reduz as taxas de abortamento (evidência alta).

Se essa paciente tiver o colo pérvio com saída de material ovular por ele, estará em ameaça de abortamento. C) O tratamento cirúrgico é o único tratamento adequado para as pacientes com abortamento. D) As gestantes diabéticas tipo 1 descompensadas têm maior risco de abortamento, mas aquelas bem controladas E)

não apresentam maior risco.

44. Paciente feminina, 52 anos, branca, casada. Veio à consulta no ambulatório de ginecologia para acompanhamento. Apresenta, na história familiar, mãe com diagnóstico de fratura no punho por queda de nível. Nos antecedentes gineco-lógicos e obstétricos: G 1 P1, menarca aos 12 anos, menopausa aos 49 anos. Fuma 8 cigarros ao dia há 25 anos, é sedentária, nega etilismo. Ao exame físico: PA: 125 x 90 mmHg, Peso: 65kg, Altura: 1,79, IMC: 20,3. No exame gineco-lógico, apresenta vagina atrófica, paredes lisas e Teste de Schiller positivo. Considerando o caso clínico, o exame complementar indicado para quantificar a massa óssea, predizer o risco de fratura e monitoração, é

densitometria óssea de coluna vertebral lombar e do fêmur proximal. A) densitometria óssea periférica da coluna vertebral lombar e do antebraço. B) tomografia computadorizada da coluna vertebral lombar e do quadril. C) radiografia da coluna vertebral lombar, do fêmur proximal e do antebraço. D) densitometria óssea periférica do fêmur proximal, do calcâneo e da falange. E)

45. Adolescente de 18 anos, gesta 2, apresentou na gestação anterior trabalho de parto prematuro com 34 semanas que

resultou em parto transpélvico. Na gravidez atual, no início da gestação, foi tratada por bacteriúria assintomática por Estreptococos do grupo B com urocultura de controle negativa. Com 35 semanas de gestação, apresentou perda de líquido vaginal e somente após 14 horas foi examinada na maternidade com confirmação da rotura prematura de mem-branas ovulares e fase latente do trabalho de parto. Após nove horas de trabalho de parto, evoluiu para parto transpél-vico sem laceração com dequitação placentária completa. No primeiro dia de puerpério, apresentou temperatura axilar de 38,5

oC, mamas não ingurgitadas, útero doloroso à palpação, amolecido e dois dedos acima da cicatriz umbilical.

Lóquios em pequena quantidade.

O diagnóstico e o tratamento padrão para essa paciente, são, respectivamente

endometrite, esquema duplo com Ampicilina e Penicilina G Cristalina, via endovenosa. A) endometrite, esquema duplo com Clindamicina e Gentamicina, via endovenosa. B) endometrite, esquema triplo com Gentamicina, Amicacina e Metronidazol, via endovenosa. C) endometrite, esquema triplo com Penicilina G Cristalina, Gentamicina e Amicacina, via oral. D) endometrite, esquema triplo com Ceftrianoxa, Gentamicina e Amicacina, via endovenosa. E)

CLÍNICA MÉDICA

46. Em relação as monoartrites, podemos afirmar que

monoartrites infecciosas agudas normalmente devem ser tratadas com antibioticoterapia, ficando a critério do médico A)

a drenagem articular. toda monoartrite aguda é infecciosa e necessita de drenagem articular e antibioticoterapia empírica. B)

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os agentes etiológicos mais comuns das monoartrites infecciosas agudas são o Staphylococcus aureus e o Streptoc-C)cocus pneumonie.

a causa mais comum de monoartrite aguda não infecciosa é a artrite reumatoide. D) a monoartrite gonocócica é comum em mais de 80% dos pacientes com infecção gonocócica não tratada de E)

mucosas.

47. Com relação às celulites, podemos afirmar que

as punções por agulha e biópsias dos locais das lesões de pele apresentam excelente sensibilidade e especificida-A)de para a definição do agente etiológico culpado.

a celulite purulenta normalmente se refere ao germe Streptococcus pyogenes. B) a causa mais comum das celulites periorbitárias são contaminações por lesões de contiguidade da pele. C) a celulite periórbitaria é uma condição de alto risco e necessita tratamento agudo e imediato, assim como antibioti-D)

coterapia endovenosa empírica contra agentes etiológicos mais comuns. o MSSA (Staphlycoccus aureus sensível a meticilina) está se tornando o germe mais comum em substituição ao E)

MRSA (Staphylococcus aureus resistente a meticilina).

48. Com relação à Hanseníase, assinale a alternativa CORRETA.

Trata-se de uma infecção restrita a pele e nervos periféricos. A) Na forma tuberculoide, é comum a presença de lesões nodulares com numerosa de BAAR a baciloscopia. B) O uso de glicocorticoide para as lesões nervosas pode ser iniciado até 7 dias após o surgimento dos sintomas. C) O eritema nodos é mais comum na fase tuberculoide da doença. D) O nervo ulnar é o mais comumente atingido pela manifestação neuropática periférica. E)

49. As pneumonias são infecções pulmonares extremamente comuns. A classificação clássica (pneumonias comunitárias,

hospitalares e associadas à ventilação mecânica) considera os agentes etiológicos como sua principal diferença. Entre-tanto, nos dias atuais, essa divisão vem sendo comprometida pela quantidade cada vez maior de germes resistentes ao antibióticos, geralmente usados para as pneumonias comunitárias.

Diante desse relato, assinale a afirmativa CORRETA.

Streptococcus pneumonie e Klebsiela pneumonie são considerados agentes etiológicos típicos das pneumonias. A) Agentes atípicos como Haemophylos influenzae, Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae estão entre B)

os agentes etiológicos mais comuns. Os vírus são agentes etiológicos incomuns e o uso de antivirais são obrigatórios em quase todos os casos. C) A melhor forma de detectar e definir os agentes etiológicos associados as pneumonias é a bacterioscopia pelo D)

GRAM com cultura da amostra do escarro, principalmente nos germes atípicos. Não é comum a associação de pneumonia por Staphylococcus aureus e o vírus influenza, sendo aquele agente E)

etiológico descartado na determinação da terapia empírica de pneumonia secundária a Gripe.

50. Em relação ao tratamento das pneumonias, assinale a alternativa CORRETA.

O tratamento empírico deve ser evitado na maioria dos casos, objetivando-se diminuir a seleção de germes resis-A)

tentes, principalmente no ambiente hospitalar. Todo paciente com FR (frequência respiratória) > 30 ipm (inspirações por minuto) deve ser hospitalizado em ambi-B)

ente de UTI pelo alto risco de complicações, de acordo com o escore de CURB-65. Uso de antibiótico nos últimos 3 meses é fator de risco para pneumonia por germe resistente. C) A falha terapêutica da antibioticoterapia é considerada após 24 horas de seu início, na ausência de melhora do D)

quadro clínico do paciente. A tomografia de pulmão é o melhor método para determinação de consolidações pulmonares e deve ser sempre E)

considerada no manejo das pneumonias.

51. A prevalência de hipertensão arterial primária na faixa etária adulta ultrapassa 30% em algumas populações, tornando-se uma das doenças crônicas mais prevalentes da humanidade nos dias atuais. Considerando essa assertiva, assinale a alternativa CORRETA.

A hipertensão do jaleco branco ou de consultório pode ocorrer em cerca de 10 a 15% da população e tem caráter A)

benigno sem acometimento de órgãos-alvo.

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A orientação de modificação do estilo de vida é obrigatória, independentemente dos níveis pressóricos mensura-B)dos, mesmo em pressões arteriais sistólicas acima de 200 mmHg.

O tratamento farmacológico da pré-hipertensão consiste no uso de uma droga ajustada aos fatores de risco e perfil C)epidemiológico do indivíduo.

O uso de alta dose de um agente anti-hipertensivo é melhor para a queda de pressão arterial evitando efeitos D)colaterais da terapia, do que a combinação de 2 anti-hipertensivos de classes diferentes em doses menores.

Quando se avalia eficácia do tratamento dos anti-hipertensivos, não existe diferença entre os agentes, mesmo E)quando se avalia subgrupos, como diabéticos ou idosos.

52. Quanto ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2, podemos considerar que

as classes farmacológicas que promovem perda de peso no tratamento do dibetes mellitus tipo 2 são os inibidores A)

da proteína SGLT2, o análogos de GLP-1 e as glitazonas (ou tiazolidinedionas). a Insulina NPH é considerada uma insulina de ação longa, assim como a glargina e a lispro. B) a metformina promove o aumento da glicose hepática, retirando da circulação o excesso de glicose promovido pela C)

resistência celular a insulina. apesar de controlar a glicose, nenhuma classe medicamentosa demonstrou diminuição de eventos cardiovascula-D)

res e mortalidade após início de sua terapia. tanto a insulina quanto as sulfonilureias podem promover aumento de peso, fato que deve ser considerado para E)

iniciar terapia para o DM tipo 2.

53. Com relação ao hipotireoidismo, assinale a resposta CORRETA

Em pacientes cardiopatas com isquemia miocárdica manifesta clinicamente, recomenda-se a reposição de hormô-A)

nio tireoidiano com altas doses desde o início do tratamento. Homens portadores de hipotireoidismo subclínico, ou seja, assintomáticos, devem receber terapia de reposição de B)

hormônio tiroidiano se os níveis de TSH estiverem acima do valor de referência do laboratório. A resposta clínica à terapia de reposição do hormônio tireoidiano pode ocorrer até 3 a 6 meses após estabilização C)

dos níveis ideais de TSH. Como a meia-vida da Levo-tiroxina é curta, em casos de falha terapêutica, não existe necessidade de correção da D)

dose em dias subsequentes. A Levo-tiroxina deve ser administrada junto com as refeições por otimizar a sua a absorção intestinal. E)

54. Com relação ao tratamento das dislipidemias, assinale a alternativa CORRETA

Em pacientes com triglicerídeos acima de 500 mg/dl, o uso de medicamentos para evitar pancreatite aguda é A)

recomendado, assim como o aumento da ingestão de carboidratos em relação às gorduras saturadas. Quando não se atinge o nível ideal de LDL-colesterol após o uso de estatinas, dobrar a dose desse fármaco é uma B)

medida com pouca eficiência, promovendo uma queda adicional do nível em apenas 6%. O foco principal do tratamento das dislipidemias é o aumento do HDL-colesterol, usando medicações específicas C)

para sua elevação, visando diminuição da mortalidade cardiovascular. O uso de ácidos graxos Ômega 3 está associado à diminuição de eventos cardiovasculares e mortalidade, princi-D)

palmente em diabéticos. As estatinas são as únicas opções terapêuticas disponíveis para diminuição do LDL-colesterol e, por fim, aos E)

eventos cardiovasculares.

55. Homem de 49 anos, com antecedente de consumo em altas doses de bebidas alcoólicas destiladas, vai ao pronto-socorro com quadro de edema em membros inferiores e distensão abdominal. Apresenta ginecomastia, ascite e espaço de Traube ocupado na percussão abdominal. Realizada paracentese com GASA de 1,8 e presença de 500 leucóci-tos/mm3, sendo 420 neutrófilos/mm3. Nesse caso, assinale a alternativa CORRETA.

O GASA sugere transudato, portanto, independente do número de leucócitos, não existe necessidade de antibioti-A)

coterapia. A presença maior de 250 neutrófilos no líquido ascítico confirma a hipótese de peritonite bacteriana espontânea, B)

independentemente do GASA sugerir transudato. O GASA sugere exsudato, porém a presença menor de 500 neutrófilos descarta peritonite bacteriana espontânea. C) O quadro clínico sugere cirrose hepática complicada com peritonite bacteriana espontânea, e o uso de antibiótico D)

deve ser empírico antes da cultura do líquido ascético. A presença de bactérias no líquido ascítico na bacterioscopia pelo GRAM, fecha o diagnóstico de peritonite bacte-E)

riana espontânea, independentemente do número do GASA e de células brancas no líquido ascítico.

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56. Paciente do sexo feminino de 64 anos, portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica há 2 anos em uso de B2 de longa duração, apresenta quadro de aumento da expectoração e mudança do aspecto do escarro, após resfriado comum. A sua saturação de O2 atual é 89%. Em relação ao tratamento do DPOC, assinale a alternativa CORRETA.

O uso de antibióticos deve ser empregado mesmo em casos de exacerbações causadas por vírus. A) O uso de glicocorticoide não é recomendado pelo risco de Síndrome de Cushing. B) O uso de teofilina é recomendável em casos como da paciente que já usava B2-agonista de longa duração. C) Se a saturação da paciente for previamente abaixo de 90%, não existe necessidade do uso de O2 suplementar. D) O uso de brometo de ipatrópio deve ser reservado para os casos refratários ao uso de B2 agonistas de curta duração. E)

57. Com relação à lesão renal aguda, termo mais atual para a insuficiência renal aguda, assinale a alternativa CORRETA.

A creatinina é o único parâmetro utilizado para a avaliação e o diagnóstico. A) A avaliação diária do clearence de creatinina é um parâmetro adequado da evolução da lesão renal aguda. B) A presença de proteinúria maior que 3,5g/24 horas sugere lesão renal aguda. C) A anemia é rara na lesão renal aguda porque a deficiência de eritropoietina demora a afetar a medula óssea. D) A oligúria - diurese menor que 400 ml/24 horas – é um fator indicativo de gravidade da lesão renal aguda. E)

58. Paciente de 88 anos, portador de doença arterial obstrutiva periférica em uso de anti-agregantes plaquetários, vem

apresentando quadro de astenia e cansaço, associado à palidez cutânea. Seu Hb – 7,1 g/dl com VCM – 72 e HCM – 22. Por se tratar de uma anemia hipocrômica e microcítica, aventou-se o diagnóstico de anemia ferropriva. Nesse caso, podemos afirmar que

a ferritina sérica nos casos de anemia ferropriva pode estar alta, principalmente em casos de sangramento A)

gastrointestinal crônico. a transfusão sanguínea é recomendada, após solicitação do perfil de ferro, principalmente devido aos sintomas. B) não é possível manter a hemoglobina elevada se os níveis de ferro sérico estiverem normais e ferritina estiver C)

baixa. esse paciente tem indicação apenas de reposição de ferro para tratamento de sua anemia, sem necessidade de D)

transfusão sanguínea. a avaliação de sangramentos crônicos é secundária na condução do caso, pois o paciente terá que realizar reposi-E)

ção de ferro de qualquer maneira.

59. Mulher de 55 anos, portadora de Adenocarcinoma de cólon e submetida a colectomia há 4 semanas, apresenta aumen-to do volume, dor e impotência funcional em todo membro inferior esquerdo, após viagem prolongada de carro. Ao exame, apresenta sinal da Bandeira negativo e Hommans positivo. Assinale a alternativa CORRETA.

O sinal da Bandeira negativo descarta a possibilidade de TVP. A) Provavelmente trata-se de uma TVP poplítea, sem necessidade de terapia anticoagulante plena. B) Como se trata de TVP proximal, o risco de tromboembolia pulmonar é extremamente alto, e a trombectomia cirúrgi-C)

ca está indicada. O uso de warfarina isolada em altas doses, visando a atingir RNI entre 2 e 3, é recomendável para essa paciente. D) A paciente apresenta alto risco de TVP (trombose venosa profunda) e deve ser instituída terapia anticoagulante E)

plena, mesmo com histórico de cirurgia recente.

60. Em relação ao manejo das crises convulsivas, podemos afirmar que

pacientes com crise convulsiva induzida por drogas que possam ser suspensas ou distúrbios metabólicos de rápida A)

resolução não necessitam usar drogas anticonvulsivantes. pacientes com crises convulsivas induzidas por doenças estruturais do cérebro devem receber terapia anticonvulsi-B)

vante por toda a vida. na presença de crise convulsiva única de etiologia desconhecida, está sempre indicado o início de terapia anticon-C)

vulsivante, visando prevenção de eventos futuros. a maioria dos indivíduos apresenta recidiva das crises epiléticas após 2 a 3 anos da suspensão do tratamento. D) a maioria das pessoas necessitam de 2 ou mais agentes anticonvulsivantes para controle das crises epiléticas. E)

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CIRURGIA GERAL

61. Considere um paciente de 56 anos com história de perda ponderal abrupta, nódulo supraclavicular do lado esquerdo e endoscopia digestiva alta que encontrou um tumor gástrico. Analise as afirmações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

Pela epidemiologia, o diagnóstico mais provável é linfoma gástrico. A) Apesar da perda ponderal, esse paciente apresenta-se em estágio inicial da doença, com bom prognóstico. B) A lesão precursora mais comum do câncer gástrico é a gastrite acompanhada por Helicobacter pylori não tratado C)

precocemente. O nódulo mencionado é conhecido pelo nome de Virchow. D) O nódulo mencionado é provavelmente um nódulo mesenquimal de Cajal, que, se for confirmado por biópsia, é E)

patognomônico para GIST (tumores estromais gastrointestinais).

62. Leia as 5 histórias clínicas abaixo, assinale a única alternativa CORRETA que descreve o quadro clínico típico de um(a) paciente com colecistite aguda.

Paciente masculino de 36 anos que deu entrada na UPA com quadro de dor abdominal intensa, em faixa, iniciada A)um dia antes, 2 episódios de êmese e história de “pedra na vesícula” (sic).

Paciente feminina de 24 anos com história de inapetência e que chegou referindo queixa de dor abdominal, em B)peso, periumbilical, ao longo do dia com piora progressiva, sendo que, nesse momento, refere dor intensa e aponta para a fossa ilíaca direita.

Paciente masculino de 43 anos que deu entrada na UPA com quadro de dor abdominal intensa e súbita, em C)epigástrio apresentando ao exame, abdômen em tábua.

Paciente feminina de 54 anos com quadro de febre, calafrios, confusão mental, hipotensão, icterícia e dor abdomi-D)nal intensa em hipocôndrio direito.

Paciente feminina de 56 anos com quadro de dor abdominal em cólica de início súbito, há 3 horas, mas que refere E)episódios semelhantes no passado. Ao exame, o abdômen é doloroso no hipocôndrio direito e na palpação profun-da do quadrante superior direito a paciente efetua uma parada da inspiração.

63. Você está atendendo um rapaz de 35 anos que sofreu queimadura no trabalho após o silo de uma madeireira pegar fogo. Considere esse atendimento e assinale a única alternativa CORRETA.

Caso o paciente apresente a história de ter ficado exposto à fumaça em ambiente fechado, a oximetria de pulso é A)

um instrumento seguro para avaliar a possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono. Em grandes queimados, a reposição volêmica deve ser cautelosa (reanimação hipotensiva) devido ao risco de B)

edema agudo do pulmão. Caso o paciente apresente rouquidão e os pelos da face apresentem-se chamuscados, indica-se a intubação C)

orotraqueal desse paciente mesmo que a escala do coma de Glasgow seja igual a 15. Em grandes queimados, o protocolo do ATLS é seguido como em qualquer trauma, exceto pela letra “E” de exposi-D)

ção, pois o risco de hipotermia em queimados é baixo e deve-se evitar aquecer a vítima e piorar o grau da queimadura.

Caso o paciente apresente queimadura de 2° e de 3

º grau na face e no tórax anterior (sem incluir o abdômen) e, em E)

ambos membros superiores (face anterior e posterior), o cálculo de superfície corpórea queimada seria de 45%.

64. Criança do sexo masculino, 06 anos de idade, é trazida à emergência pelos pais que relatam o menor ter caído da árvore com o cotovelo estendido. A radiografia do cotovelo mostra uma fratura supracondiliana umeral sem contato entre os fragmentos ósseos. Assinale a alternativa CORRETA.

A respeito desse tipo de fratura, pode-se dizer que, quando ocorre paralisia nervosa, o nervo mais frequentemente A)acometido é o nervo ulnar.

Na radiografia do cotovelo de uma criança de 06 anos de idade, espera-se visualizar os centros de ossificação B)secundárias da troclea e do olecrano.

Se a fratura do tipo relatado, apresentasse contato entre os fragmentos na radiografia, seria maior a probabilidade C)de lesão nervosa e vascular.

O tipo de desvio mais comum da fratura relatada é o desvio anterior do fragmento distal, visível na incidência D)lateral(perfil) da radiografia.

No caso de diminuição do pulso da artéria radial, porém com a palma da mão e dos dedos rósea, a conduta E)imediata deverá ser a redução e a fixação da fratura.

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65. Considere um paciente masculino de 30 anos, vítima de atropelamento, que é trazido por populares que não abre os olhos nem ao chamado e nem à dor, que emite sons incompreensíveis, apresenta descerebração à direita e decortica-ção à esquerda e anisocoria com a pupila esquerda maior que a direita. A pressão arterial desse paciente é 120/80 e o pulso é de 80bpm. Analise as afirmações e assinale a única alternativa CORRETA.

A escala de coma de Glasgow do paciente é 5 e ele apresenta indicação de intubação orotraqueal. A) Caso o hospital não apresente tomografia computadorizada, o paciente deve ser transferido em uma ambulância B)

básica a um hospital que possua esse recurso e serviço de neurologia. O exame físico descrito no enunciado indica que esse paciente apresenta fratura de base do crânio. C) Esse paciente apresenta trauma de crânio com sinais de herniação e pode-se considerar tratá-lo com diurético os-D)

mótico (manitol). A alteração mais provável na tomografia de crânio seria um hematoma epidural à direita. E)

66. Considere um paciente masculino de 78 anos que chega ao pronto-socorro acompanhado do filho, com história de

sangue vivo nas fezes. Analise as informações abaixo que tratam de hemorragia digestiva baixa e assinale a única al-ternativa CORRETA.

A cintilografia pode detectar sangramento digestivo em ritmo de 0,1 mL/min com acurácia variável para localização. A) A angiografia pode detectar sangramento digestivo em ritmo de 0,1mL/min e possibilita o tratamento. B) A colonoscopia é o exame de escolha em hemorragias de grande porte. C) Nos sangramentos digestivos baixos abundantes, a etiologia mais comum nessa faixa etária é hemorroida. D) Após excluir o sangramento digestivo baixo, é fundamental realizar a endoscopia para excluir hemorragia digestiva E)

alta.

67. Considere o atendimento de um paciente masculino de 28 anos previamente hígido com dor abdominal intensa de início súbito, PA 140/80 mmHg e pulso de 95bpm. Analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

O quadro clínico desse paciente leva à suspeita de aneurisma roto de aorta abdominal. A) A melhor conduta para esse paciente nesse momento seria solicitar uma tomografia abdominal contrastada. B) O quadro desse paciente associado ao sinal de Murphy leva à suspeita de apendicite aguda. C) O quadro desse paciente associado à história de uso frequente de anti-inflamatórios não hormonais leva à suspeita D)

de úlcera perfurada. A ausência de pneumoperitônio nas radiografias de tórax e abdômen exclui o diagnóstico de perfuração de E)

víscera oca.

68. Considere um paciente masculino de 56 anos que chega ao pronto-socorro com uma hérnia encarcerada. Analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

As hérnias diretas encarceram mais que as indiretas. A) As hérnias femorais encarceram mais que as inguinais. B) Deve-se sempre tentar reduzir o conteúdo herniário com manobras manuais antes de considerar procedimentos C)

operatórios. O diagnóstico de hérnia estrangulada depende do ultrassom do saco herniário. D) A hérnia de Richter é a hérnia encarcerada de um divertículo de Meckel. E)

69. Cricotireoidostomia cirúrgica e drenagem torácica em selo d’água são procedimentos não exclusivos do cirurgião geral.

Isso significa que todo médico deve estar preparado para realizá-los na emergência. Sobre esses procedimentos, analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

Até 30 minutos da drenagem pleural, realiza-se a avaliação clínica do posicionamento do dreno de tórax, após esse A)

período indica-se a radiografia de tórax para controle. A incisão no espaço intercostal para a drenagem de tórax deve acompanhar a borda inferior da costela superior. B) Na cricotireoidostomia, após a incisão da pele, disseca-se subcutâneo e platisma até atingir a membrana C)

cricotireoidea que, na sequência, é incisada transversalmente. A anestesia para a drenagem de tórax deve envolver pele e subcutâneo, não é necessário atingir o periósteo, pois D)

ele não apresenta inervação e deve-se evitar lesionar vasos intercostais. Na cricotireoidotomia, a laringe deve ser estabilizada com a mão direita enquanto a incisão na cartilagem E)

cricotireoidea é realizada.

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70. Durante um almoço de domingo, um parente pede orientações pois um amigo estaria com esôfago de Barret. Analise as afirmações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA

A frequência de adenocarcinoma na população com esôfago de Barret é cerca de 30 vezes maior que na popula-A)ção geral.

A metaplasia gástrica esofágica caracteriza Barret se sua apresentação for circunferencial, se houver projeções B)digitiformes dessa metaplasia, o diagnóstico não é realizado.

O aspecto endoscópico do Esôfago de Barret é característico, permitindo o diagnóstico macroscópico de Barret em C)95% dos casos.

A substituição da mucosa esofágica ocorre devido a uma alteração congênita, sendo ela mais comum em caucasi-D)anos.

A substituição do epitélio colunar com células caliciformes do esôfago pelo epitélio escamoso (metaplasia) no E)Esôfago de Barret está associada ao adenocarcinoma.

71. Um rapaz de 38 anos sofreu uma queda de moto. Apresentava-se pálido, frio, diaforético e com pulso filiforme. Rapi-

damente identificavam-se duas lesões: fratura do fêmur esquerdo e ferida contusa em coxa direita com sangramento externo, extenso. Analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

Considerando que os dados vitais do paciente fossem PA 80/40 mmHg e P132bpm, é importante examinar o A)

paciente buscando causas de hemorragia interna, pois as lesões descritas não justificariam choque hemorrágico. A fratura exposta deve ser coberta com curativo estéril ainda no ambiente pré-hospitalar. Esse curativo dever ser B)

aberto e a ferida limpa ainda na sala de emergência, trocando o curativo a cada 15-20 minutos para reduzir a colonização da lesão por microorganismos.

Se o índice tornozelo-braquial for maior que 0.9, deve-se avaliar o membro com angiografia devido ao risco de C)lesão vascular.

O alinhamento do membro inferior fraturado não deverá ser realizado por risco de aumentar o sangramento. D) Se o curativo compressivo aplicado na coxa direita não controlar a hemorragia externa sugerida no caso, deve-se E)

considerar o uso do garrote para o controle inicial da hemorragia, até que possa ser efetuado o controle definitivo da lesão. Lembrando que na coxa esquerda há fratura do fêmur, também fonte de hemorragia.

72. Considere um paciente masculino com 63 anos, com história de parada de eliminação de fezes há 2 semanas. O paci-

ente relata dor abdominal mais intensa em fossa ilíaca esquerda, queixa-se de distensão abdominal. O paciente veio hoje ao hospital, pois ontem começou a vomitar e não consegue mais se alimentar. Analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

Esse relato demonstra que provavelmente ocorreu uma obstrução intestinal alta. A) A obstrução em alça fechada em pacientes com obstrução do intestino grosso com válvula ileocecal incontinente B)

está associada ao risco de ruptura espontânea do cólon. A radiografia simples abdominal é diagnóstica em 10 a 30% dos casos. C) O quadro de dor em fossa ilíaca esquerda pode estar relacionado à distensão do ceco. D) Apenas pacientes com obstruções mecânicas totais precisam ser operados de emergência. Nas obstruções mecâ-E)

nicas parciais, o tratamento inicial é clínico.

73. Um senhor de 68 anos sofreu uma queda na sala após escorregar em um tapete, batendo o mento em uma mesa late-ral. Ele chegou ao hospital com força grau 0 em membros superiores e grau 2 e 3 em diferentes miótomos de membro inferior. Analise as informações abaixo e assinale a única alternativa CORRETA.

Pode-se suspeitar, pela clínica, de síndrome anterior da medula. A) A força muscular grau 2 significa movimento ativo contra a força da gravidade e grau 3, movimento ativo contra B)

alguma resistência. Ao se testar a abertura dos dedos das mãos, o miótomo relacionado é T3. C) O dermátomo relacionado à sensibilidade no ombro é C3. D) Pode-se suspeitar pela clínica de síndrome central da medula. E)

74. Um homem de 39 anos foi submetido a uma apendicectomia convencional por apendicite gangrenosa. Após 21 dias,

ele chega ao pronto-socorro com queixa de febre, cefaleia e apresentando sinais de desidratação. Na ferida cirúrgica há edema, rubor local e flutuação. No centro cirúrgico, drenou-se abscesso que atingiu o músculo oblíquo externo e músculo transverso. Analise as informações a seguir e assinale a única alternativa CORRETA.

A drenagem purulenta pela ferida e localização descrita referem-se a uma infecção de sítio cirúrgico profunda. A)

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Houve uma contaminação externa nessa ferida, pois consideram-se infecção do sítio cirúrgico períodos relaciona-B)dos até 14 dias após a cirurgia.

É uma infecção de incisional superficial por não envolver a cavidade abdominal. C) A ferida cirúrgica inicial da apendicectomia descrita pode ser caracterizada como potencialmente contaminada. D) A ferida cirúrgica inicial da apendicectomia descrita pode ser caracterizada como limpa. E)

75. Sobre cicatrização, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

Durante a fase de contração, ocorre a perda da mobilidade de estruturas pelo processo de retração na cicatriz. A) Durante o procedimento operatório, a hipotermia pode ser benéfica para melhorar a perfusão tecidual devido à B)

vasodilatação reflexa. A anemia em qualquer valor de hematócrito é deletéria, pois afeta a síntese de colágeno na ferida. C) Ao evitar que os pontos não estejam muito apertados, age-se contra a hipóxia tecidual que pode levar à disfunção D)

de fibroblastos e até à morte de células endoteliais. Cicatriz hipertrófica é aquela que excede os limites da ferida original, tornando-se espessa e elevada. E)

CASO CLÍNICO – PEDIATRIA

76. Lactente, masculino, 1 ano e 2 meses de idade, é levado ao pediatra com queixa de sibilância recorrente. Nasceu bem,

peso adequado, alta em 48 horas após o parto. Aos 3 meses de idade, foi internado em hospital pediátrico, permane-ceu 10 dias em enfermaria, por quadro de tosse, sibilância, esforço respiratório e hipoxemia. Desde então, apresentou mais de 3 quadros de obstrução nasal, tosse seca e sibilância, tratados ambulatorialmete. Mãe refere prurido e obstru-ção nasal diário. Lista de exames: Hemograma: Hb:13,1 VG:32 Leucócitos: 8400 (diferencial: segmentados 45%, linfócitos 35%, bastões 0, eosinófilos 12%, monócitos 8%). IgE total: 250 kU/L (valor de referência: inferior 60kU/L). Mãe trouxe radiografia de toráx AP, feita quando a criança estava fora da crise.

Com base no caso clínico apresentado, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto.

76-A (F) A asma é um dos diagnósticos diferenciais menos prováveis, uma vez que se trata de um lactente e a

radiografia de tórax não mostra hiperinsuflação. 76-B (F) A fibrose cística é um dos diagnósticos diferenciais da sibilância no lactente, principalmente quando ocorrem

casos graves. 76-C (F) A doença de refluxo gastroesofágico é o principal diagnóstico de sibilância nessa idade, sugerido pela

presença dos sintomas nasais associados. 76-D (V) A presença de eosinofília e o aumento da IgE total sugere que o diagnóstico desse lactente seja asma. 76-E (V) A radiografia de tórax é normal e descarta grandes malformações pulmonares e cardiopatias graves como

diagnósticos diferenciais.

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CASO CLÍNICO – MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

77. Marta é uma mulher transgênero de 47 anos, que deseja fazer seus exames de rotina na unidade de saúde. Ela é casada com uma mulher há 20 anos e não tem relações extraconjugais. Faz uso diário de hormonioterapia prescrita por colega há alguns anos e aguarda cirurgia para readequação de sexo. Marta também acha que está com a pressão alta, pois sente cefaleia eventual na região occipital. Sobre o atendimento prestado a Marta, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto.

77-A (V) Segundo a política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, Marta tem

assegurado o uso do nome social, na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. 77-B (V) A identidade de gênero de Marta é mulher e sua orientação sexual é homossexual. 77-C (V) O capítulo II da lei 8080 de 1990 trata do princípio da igualdade, afirmando que todos devem ser atendidos

sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. 77-D (F) A orientação sobre os efeitos colaterais possíveis do uso de hormônios chamamos de prevenção secundária,

devendo-se, no caso de Marta, optar pela suspensão do medicamento devido aos riscos cardiovasculares. 77-E (F) Os exames indicados para rastreamento nessa consulta são antiHIV, antiHTLV, VRDL, antiHCV, HBSag,

aferição de pressão, verificação de peso, lipidograma, glicemia, eletrocardiograma e creatinina.

CASO CLÍNICO – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

78. TCI, 21 anos, diarista, branca, solteira. Procurou serviço de emergência hospitalar, pois há 7 dias relata início de dor

aguda em hipogástrio após parada da menstruação. Ao ser questionada se apresentava dispareunia e dor lombar, apenas afirmou moderada dor lombar e náusea. Negou febre. Nos antecedentes ginecológicos e obstétricos: nuligesta, menarca aos 11 anos, ciclos eumenorreicos, relação sexual uma vez na semana e sem parceiro sexual fixo. Não usa método contraceptivo. Relata que por três vezes fez tratamento para corrimento com cheiro forte na unidade básica de saúde. Fuma 11 cigarros ao dia, nega drogadição e etilismo. Ao exame físico e ginecológico: PA: 110x70 mmHg, pul-so:77 bpm, T:36,8º C. Ausência de renitência e contratura abdominal. No exame especular, observou-se presença de conteúdo vaginal amarelado e saída de secreção mucosa amarelada do colo uterino. Teste das aminas positivo e pH 6. Ao toque vaginal bimanual, a paciente relatou dor à mobilização do colo uterino e anexo direito. O exame de gravidez da emergência foi negativo e a ultrassonografia transvaginal com doppler mostrou espessamento e distensão da pare-de tubária direita com sinal de hipervascularização, sem coleção. Considerando a história clínica da paciente, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto.

78-A (V) Os fatores de risco que corroboram o diagnóstico do caso clínico são frequente atividade sexual, diversos parcei-

ros, história prévia de vaginose e tabagismo. 78-B (F) A classificação do diagnóstico do caso clínico é grave. 78-C (V) Como complemento de exames laboratoriais, poderiam ser solicitados Hemograma, PCR e urocultura. 78-D (F) Os critérios mínimos para o diagnóstico da doença do caso clínico são dor à mobilização do colo uterino, dor à

palpação anexial , dor à mobilização uterina, febre e corrimento mucopurulento. 78-E (V) Considerando o caso clínico, uma proposta de tratamento seria Ceftriaxona 250 mg –IM dose única, associado à

doxiciclina 200 mg, VO diária, por 14 dias e metronidazol 500 mg, VO, 2 vezes ao dia por 14 dias.

CASO CLÍNICO – CLÍNICA MÉDICA 79. Paciente de 58 anos, feminino, professora aposentada, com história de IAM com supra ST há 2 anos que na época foi

submetida a angioplastia primária de artéria descendente anterior. Desde então, sofre de dispneia aos esforços habitu-ais, porém consegue desempenhar as atividades domésticas e caminhar 200 metros sem necessitar parar para des-cansar. Está em uso de AAS 100 mg/dia, atorvastatina 40 mg/dia, enalapril 10 mg 2x dia, carvedilol 25 mg 2x dia e es-pironolactona 25 mg/dia. Ao ECG apresenta ritmo sinusal, com frequência cardíaca de 58 bpm em repouso e área ina-tiva de parede anterior. Seu ecocardiograma demonstrou fração de ejeção de 38% e acinesia de parede anterior do ventrículo esquerdo. Há 2 dias, apresentou quadro de coriza, obstrução nasal, febre baixa (38º C) e piora da dispneia ao repouso. Seu ECG demonstrava ritmo regular com frequência cardíaca de 78 bpm e pressão arterial de 124/68 mmHg. Apresenta estertores crepitantes até 1/3 médios e ortopneia. Diurese sem alterações. Quanto ao manejo para o quadro apresentado, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto.

79-A (V) O uso de nitratos endovenosos são recomendados em pacientes com perfil quente e úmido como o caso

descrito da paciente. 79-B (F) A pressão diastólica de 68 mmHg confirma o perfil frio e úmido, necessitando o uso de dobutamina para

compensação clínica.

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79-C (V) Caso os níveis de potássio estiverem elevados acima 6,0 meq/dl, a espironolactona deve ser suspensa até normalização de seus níveis séricos.

79-D (F) A diminuição da dose do carvedilol é necessária, pois mesmo com febre, a paciente apresenta frequência cardíaca inadequada para seu status clínico.

79-E (F) O uso de diuréticos de alça só estaria recomendado nos casos mais graves pelo risco de depleção e hipocalemia.

CASO CLÍNICO – CIRURGIA GERAL

80. Você está de plantão e recebe um paciente que foi atendido inicialmente por uma equipe de resgate pré-hospitalar básica. O paciente é C.D.E, masculino, 40 anos, vítima de colisão autoanteparo. Ele era o condutor de um veículo de passeio que bateu contra uma árvore, a colisão provocou uma intrusão de mais ou menos 50 cm na frente do veículo e o velocímetro registrava 120 km/h. O carro não apresentava air-bag e o condutor não utilizava cinto de segurança. Ao exame inicial, o paciente estava pálido, frio e agitado. Os dados vitais eram PA 70/40mmHg, P 135bpm, FR 24irpm e SaO2 87%. Durante a avaliação da via aérea, foi iniciado oxigênio para esse paciente e a saturação subiu para 90%. O exame torácico à inspeção apresentava equimoses principalmente à direita, você palpou uma crepitação óssea em região lateral do terço médio do hemitórax direito; à ausculta, o murmúrio vesicular estava abolido em hemitórax direito com macicez à percussão. Com base no caso clínico apresentado, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto.

80-A (F) O diagnóstico mais provável desse paciente é pneumotórax hipertensivo. 80-B (V) A conduta inicial mais apropriada seria a drenagem torácica em selo d’água e reposição volêmica. 80-C (F) Se fosse realizada drenagem de tórax em selo d’água nesse caso e o débito inicial correspondesse a um

volume de 1 litro de sangue, estaria indicada a toracotomia de reanimação. 80-D (F) A radiografia de tórax em AP e P são necessárias para direcionar a conduta inicial para esse caso. 80-E (V) Pelo mecanismo de trauma desse paciente, um dos diagnósticos a serem excluídos após o atendimento inicial

é a lesão de aorta que não é considerada uma lesão torácica com risco iminente de morte.

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A)

P O N T I F Í C I A U N I V E R S I D A D E C A T Ó L I C A D O P A R A N Á P R O C E S S O S E L E T I V O – E D I T A L N . º 0 0 8 / 2 0 1 7

P R O V A O B J E T I V A

R E S I D Ê N C I A M É D I C A – I S C M C / H U C / H M S B

13 DE NOVEMBRO DE 20 17

PRÉ-REQUISITO EM CIRURGIA GERAL

L E I A A T E N T A M E N T E A S I N F O R M A Ç Õ E S E I N S T R U Ç Õ E S A B A I X O :

1. Esta PROVA contém 35 questões numeradas de 01 a 35.

As questões numeradas de 01 a 30 valerão 2,5 pontos e as questões numeradas de 31 a 35, referentes ao(s) caso(s) clínico(s), valerão 5 pontos cada.

2. Confira se a sua PROVA contém a quantidade de questões correta e se corresponde à sua ESPECIALIDADE. Em caso ne-gativo, comunique imediatamente ao fiscal de sala para a substituição da prova.

3. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên-cia, informe imediatamente ao fiscal de sala.

4. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu nome no local indicado.

5. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 05 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-nas uma responde corretamente à questão.

7. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe:

a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. b. Preencha totalmente o espaço compreendido no

retângulo correspondente à opção escolhida para resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. Preenchimento correto; Preenchimento incorreto; Preenchimento incorreto.

8. O tempo disponível para esta prova é de 03 (três) horas, com início às 14 horas e término às 17 horas.

9. Você poderá deixar o local de prova somente após as 15 horas.

10. O caderno de PROVA NÃO poderá ser levado pelo candidato. 11. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo,

no caso de:

a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal;

b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida 1 ( uma) hora do início da PROVA;

c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO-RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou caderno de PROVA;

d. ser surpreendido, durante a realização da PRO-VA, em comunicação com outras pessoas ou uti-lizando-se de livro ou qualquer material não permitido;

e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrôni-co ou de comunicação, bem como protetores auriculares sem a permissão da Comissão;

f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos traba-lhos, incorrendo em comportamento indevido;

g. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

RESPOSTAS

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

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14.

15.

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17.

18.

19.

20.

21.

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24.

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27.

28.

29.

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33.

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1. Paciente do sexo feminino, 3 anos de idade, foi levada à consulta médica quando a mãe percebeu a presença de uma massa abdominal indolor em flanco direito durante o banho. Ao exame físico, foi identificada massa em flanco direito com mobilidade limitada, indolor e com contornos lisos. Durante investigação do caso, foi solicitada tomografia de abdome que evidenciou a imagem da figura. Fundamentando-se na apresentação clínica da figura e na imagem, o tumor abdominal mais provável nessa situação é

Fonte: Arquivo de imagens do autor.

Neuroblastoma. A) Teratoma de ovário. B) Rabdomiossarcoma uterino. C) Nefroblastoma. D) Hepatoblastoma. E)

2. Paciente do sexo masculino, 55 anos ao ser submetido a gastrectomia total eletiva por adenocarcinoma gástrico com

esofagojejunoanastomose em Y de Roux, apresentou dor toracoabdominal, febre, taquidispneia, hipotensão seguida de alteração do nível de consciência no quarto dia pós-operatório. A deiscência parcial de anastomose foi identificada por tomografia abdominal com contraste. O paciente submeteu-se a múltiplas intervenções para lavagem da cavidade, peritoneostomia com perda do domínio lateral da parede abdominal, encarceramento pulmonar esquerdo por empiema e insuficiência renal. Recuperado do quadro de sepse abdominal e pulmonar, recebeu alta após longa permanência hospitalar, traqueostomizado, eventrado e dependente de hemodiálise. Com relação ao caso clínico apresentado, o grau de complicação cirúrgica foi

grau IV b-d, com comprometimento de mais de um sistema com deficiência renal permanente. A) grau II d, com procedimento terapêutico além do permitido no grau I com eventração. B) grau IV a-d, com comprometimento de um sistema com deficiência renal permanente. C) grau III b, com intervenção com anestesia geral. D) grau III b-d, com comprometimento de mais de um sistema com deficiência renal permanente. E)

3. A cirurgia mais indicada para o tratamento do linfoma, quando houver complicações, é

Gastrectomia total a D2. A) Gastrectomia parcial a D1. B) Gastrectomia total a D1. C) Gastrectomia parcial a D2. D) Gastrectomia parcial com reconstrução em Y de Roux. E)

4. Sobre os colangiocarcinomas considerados irressecáveis, assinale V para verdadeiro ou F para falso.

( ) O transplante hepático é uma modalidade que pode ser empregada com o benefício de curar a doença de base. ( ) A sobrevida dos pacientes submetidos à neoadjuvância e posteriormente transplante hepático pode atingir taxa de sobrevida de até 80% em 5 anos. ( ) A drenagem da via biliar para melhora da icterícia e viabilização de quimioterapia deve ser feita preferencialmente com próteses plásticas. ( ) O tratamento adjuvante de primeira linha é feito com gencitabina e cisplatina.

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A alternativa com a sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

F – F – F – V. A) V – V – V – V. B) V – V – F – F. C) F – F – V – V. D) V – V – F – V. E)

5. Sobre a isquemia aguda de membros inferiores, assinale a alternativa CORRETA.

Na oclusão arterial aguda, o uso do trombolítico por via endovenosa é superior à injeção intra-arterial de trombolíti-A)

co regional. A oclusão arterial aguda de membros inferiores de origem embólica deve ser tratada preferencialmente por embo-B)

lectomia com fogarty. O tratamento da oclusão arterial aguda combinando as técnicas de trombectomia mecânica e injeção seletiva pode C)

ser usado de rotina em pacientes que têm risco aumentado de sangramento. O uso de trombolítico está contraindicado na oclusão precoce de by-pass com prótese de PTFE. D) De acordo com a classificação de Fontaine, o estágio grau II é caracterizado clinicamente como uma claudicação E)

moderada a grave e o grau III como dor em repouso.

6. São indicações de cirurgia em casos de apendicite aguda não complicada

I. peritonite difusa. II. ausência de controle da dor em 24 horas. III. ausência de melhora do leucograma em 72 horas. IV. incapacidade de tolerar dieta via oral.

Apenas I, III e IV estão corretas. A) Apenas I e III estão corretas. B) Apenas II e IV estão corretas. C) Apenas I e IV estão corretas. D) Apenas I, II e IV estão corretas. E)

7. A duodenopancreatectomia é uma cirurgia de alta complexidade. A fístula pancreática, o retardo do esvaziamento gás-

trico e a hemorragia pós-operatória são as complicações mais importantes desse procedimento. Em relação às compli-cações cirúrgicas da cirurgia de duodenopancreatectomia, assinale a alternativa CORRETA.

A fístula pancreática pós-operatória é definida pelo extravasamento de secreção pancreática em um volume acima A)de 200ml a partir do terceiro dia de pós-operatório em eventual dreno abdominal, cujo valor da amilase da secreção colhida seja maior ou equivalente a três vezes a amilase sanguínea.

A hemorragia após duodenopancreatectomia, embora menos frequente do que o esvaziamento gástrico retardado B)e as fístulas pancreáticas, comporta alta taxa de mortalidade sendo considerada a complicação mais letal. É denominada hemorragia precoce quando ocorre nas primeiras 48 horas de pós-operatório.

Em relação aos aspectos técnicos da anastomose pancreática no intuito de diminuir a incidência de deiscência C)pós-operatória, alguns detalhes como a utilização de fios absorvíveis e multifilamentares na sutura do parênquima pancreático e a manipulação delicada da glândula são tidos como pré-requisitos de maior sucesso.

Nas fístulas de grau A, aquelas sem repercussão clínica sistêmica ou sinais de peritonite, indica-se drenagem D)percutânea guiada por radiologia intervencionista e antibiótico, terapia com penetração pancreática, como ciprofloxacim e metronidazol por 7 a 10 dias.

A fístula pancreática pós-operatória é definida pelo extravasamento de secreção pancreática em qualquer volume a E)partir do terceiro dia de pós-operatório em eventual dreno abdominal, cujo valor da amilase da secreção colhida se-ja maior ou equivalente a três vezes a amilase sanguínea.

8. O diagnóstico de carcinoma hepatocelular por biópsia é realizado quando

a lesão é maior que 1 cm, e há grande suspeita, mas os exames de imagem são inconclusivos. A) a dosagem de alfa feto proteína é maior que 200ng/ml. B) a lesão nodular é menor que 1 cm. C) há risco de disseminação do carcinoma hepatocelular. D) a dosagem de alfa feto proteína é maior que 1000ng/ml. E)

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9. Paciente do sexo masculino, 65 anos, há um mês iniciou dor difusa abdominal em cólica contínua, sem relação com alimentação, com piora de intensidade progressiva e com pouca melhora após o uso de analgésicos comuns. Há uma semana, notou o aparecimento de icterícia e procurou atendimento médico. Foi solicitado ultrassom de abdome que revelou os seguintes aspectos: dilatação de vias biliares extra-hepáticas, vesícula distendida sem cálculos, avaliação do colédoco distal e do pâncreas, prejudicada por intenso meteorismo intestinal. A tomografia de abdome com contras-te mostrou as seguintes características: dilatação de vias biliares extra-hepáticas, redução gradual do calibre da via biliar extra-hepática na sua porção médio-distal, dilatação do ducto pancreático principal. Não se observam alterações do parênquima pancreático do hepático nesse exame. A melhor conduta para investigação do caso relatado é

preparar o paciente para cirurgia, já que há evidencias fortes de câncer do pâncreas, pois, sendo um caso de A)doença não avançada, a cirurgia seria curativa.

não há necessidade de prosseguir investigação, já que a tomografia de abdome com contraste é método bastante B)eficiente e não mostrou massa ou tumor.

solicitar ultrassom endoscópico para melhor avaliação do pâncreas, da via biliar e da região da papila. C) solicitar tomografia de abdome multislice em três meses na tentativa de detectar lesão pancreática. D) repetir o ultrassom em três meses e, se permanecer com dilatação de vias biliares, solicitar colangioressonância. E)

10. Em relação às hérnias inguinais, assinale V para verdadeiro ou F para falso.

( ) Aproximadamente 75% das hérnias abdominais são inguinais. ( ) A hérnia inguinal indireta pode ser definida como uma falha de tecido conjuntivo na parede posterior abdominal à região inguinal. ( ) As hérnias de parede abdominal são uma das afecções cirúrgicas mais frequentes no mundo. ( ) A região inguinal é definida lateroinferiormente pelo músculo transverso abdominal, medialmente pela fáscia transversal e superiormente por uma linha imaginária ligando as duas espinhas ilíacas. ( ) Os limites do Trígono de Hasselbach são: borda lateral do músculo reto abdominal, ligamento inguinal e vasos epigástricos superiores.

A alternativa com a sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

V–V–V–F–F. A) V-F- V –F- F. B) V–F–F–V–F. C) V–V–V–F–F. D) V–V–V–F–V. E)

11. Considerando a nefrectomia parcial para transplante renal, complete as lacunas das assertivas a seguir.

I. O acesso ___________ é preferencial, proporcionando um campo mais amplo e maior possibilidade de ângulos dos instrumentos para trabalho e reconstrução.

II. Na nefrectomia laparoscópica sob anestesia geral e com sondas vesical e orogástrica posicionadas, o paciente é colocado em decúbito lateral __________ em ângulo de 45 graus.

III. A dissecção laparoscópica é iniciada pela liberação do cólon esquerdo _________, com incisão da fáscia de Toldt e exposição renal.

IV. O ureter é seccionado o mais distalmente possível, e o rim deve ser tracionado __________ com a mão do assistente que entrou pelo lap disc.

A alternativa com a sequência CORRETA é

retroperitoneal – direito – medialmente – lateralmente. A) transperitoneal – esquerdo – medialmente – lateralmente. B) retroperitoneal – direito – medialmente – medialmente. C) transperitoneal – direito – medialmente – lateralmente. D) retroperitoneal – esquerdo – lateralmente – medialmente. E)

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12. Paciente masculino, 72 anos, dá entrada no pronto socorro com relato de dor abdominal tipo cólica em região epigástri-ca com irradiação para dorso e hipocôndrio direito. Refere que os quadros de dor abdominal são em crises e tiveram início há algumas semanas. Há um dia refere piora da dor tipo cólica associada à parada de eliminação de gases e fezes. Veio ao pronto atendimento e foi solicitada a radiografia do abdomem vista na figura a seguir.

Trata-se de um caso de

obstrução intestinal por bolo de áscaris. A) obstrução intestinal por adenocarcinoma de cólon. B) obstrução intestinal por invaginação intestinal. C) obstrução intestinal por brida. D) obstrução intestinal por Íleo biliar. E)

13. Analise as afirmativas a seguir considerando a relação entre Esôfago de Barret e displasia, e assinale a alternativa

CORRETA.

I. Apesar de a acurácia e a confiabilidade do diagnóstico histopatológico de displasia no Esôfago de Barret serem

questionáveis, demonstrou-se que o grau de displasia é o fator preditivo isolado mais importante na avaliação do risco de adenocarcinoma invasivo na evolução do Esôfago de Barret.

II. A frequência de displasia associada ao Esôfago de Barret fica ao redor de 10%, sendo observada apenas no epitélio metaplásico intestinal.

III. Os pacientes com Esôfago de Barret associado à neoplasia intraepitelial de alto grau têm grande risco de apresen-tarem focos de adenocarcinoma e, nesses casos, erros de amostragem podem ocorrer mesmo com a realização de múltiplas biópsias.

IV. Recomenda-se, para o rastreamento de câncer de esôfago em pacientes com Esôfago de Barret sem displasia identificável, a realização de exames endoscópicos a cada dois ou três anos.

Apenas I, III e IV estão corretas. A) Apenas II, III e IV estão corretas. B) Apenas III e IV estão corretas. C) I, II, III e IV estão corretas. D) Apenas II e IV estão corretas. E)

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14. Em relação à espessura dos enxertos de pele, assinale a alternativa CORRETA.

Os enxertos de pele total sofrem menor contração secundária e maior contração primária. A) Os enxertos de pele parcial sofrem maior contração secundária e menor contração primária. B) A área doadora de enxertos de pele total é extensa, enquanto a área doadora de enxertos de pele parcial é mais C)

restrita. Os enxertos de pele total e parcial não estão indicados para lesões de mucosas devido à diferença histológica D)

desses tecidos. Os enxertos em tiras são os menos utilizados, enquanto os enxertos em estampilha ou malha são utilizados nos E)

grandes queimados, cuja área doadora é abundante.

15. Paciente masculino, 32 anos, vítima de colisão autoanteparo, sem cinto de segurança, dá entrada na sala de emergên-cia com dificuldade respiratória, frequência respiratória de 28ipm; presença de grande quantidade de sangue em cavidade oral, face e nariz, além da presença de múltiplos dentes fraturados. À palpação de face, apresenta crepitação em região mandibular. Além disso, à inspeção, observa-se equimose periorbitária bilateral, sinal de Batle e otorragia à esquerda. A conduta, nesse momento, além de estabilizar a coluna cervical, deve ser

intubação nasotraqueal. A) colocação de cânula de Guedel. B) máscara laríngea. C) analgesia e sedação. D) cricotireoidostomia cirúrgica. E)

16. Na prática da clínica cirúrgica, o diagnóstico de tumores é muito frequente. A respeito dos conceitos básicos que envol-

vem esse grupo de doenças, assinale a alternativa CORRETA.

Tumores ou neoplasias são massas anormais de tecido, cujo crescimento excede e é descoordenado com o tecido A)normal. São caracterizadas pela perda da resposta aos mecanismos de controle de crescimento e, portanto, são sempre consideradas malignas.

Displasias são caracterizadas por pleomorfismo, ou seja, a perda da uniformidade das células de seu padrão arqui-B)tetural de forma e tamanho. Quando a displasia é de alto grau, envolve toda a espessura do epitélio sem invadir a membrana basal e é também chamada de carcinoma in situ.

Metaplasias são respostas celulares de adaptação à agressão em que há substituição irreversível de um tipo C)celular por outro de linhagem diferente da original. É o que ocorre, por exemplo, na metaplasia intestinal do Esôfago de Barret.

A obtenção de amostra tecidual ou celular para diagnóstico pode variar de acordo com o tumor a ser estudado. D)Amostras obtidas por PAAF (punção aspirativa por agulha fina) ou esfregaço de Papanicolaou permitem diagnósti-co histológico, enquanto as biópsias excisionais e incisionais fazem diagnóstico citológico.

Após a confirmação diagnóstica de neoplasia maligna, o paciente deve ser submetido a estadiamento para defini-E)ção de conduta e prognóstico. Ao longo do seguimento, esse estadiamento deve ser refeito e o paciente recebe nova classificação conforme a progressão da doença.

17. Uma vez diagnosticado câncer, os pacientes devem ser encaminhados para tratamento. A respeito das opções

terapêuticas e suas implicações, assinale a alternativa CORRETA.

O tratamento neoadjuvante tem como única finalidade reduzir o tamanho do tumor para permitir o tratamento cirúr-A)gico dos tumores que inicialmente são inoperáveis.

Nos pacientes tratados com a associação de quimioterapia e radioterapia, os efeitos colaterais são sempre decor-B)rentes da quimioterapia, uma vez que a radioterapia é uma modalidade bastante eficaz, que causa poucos sinto-mas e deixa poucas sequelas.

O tratamento oncológico pode ter finalidade curativa ou paliativa. A definição da modalidade de tratamento e abor-C)dagem terapêutica dependem não somente do estadiamento inicial, mas também da capacidade funcional do paciente, ou seja, das condições clínicas para tolerar o tratamento.

A Radioterapia pode ser usada para paliação de sintomas como dor, sangramentos ou síndrome de veia cava D)superior. Toda área irradiada pode ser novamente tratada com radioterapia, independentemente da dose previa-mente recebida.

Atualmente, além de quimioterápicos, existem opções de tratamento oncológico com imunobiológicos. Esses medi-E)camentos, porém, estão indicados somente em casos graves, em que a quimioterapia já não tem mais a resposta esperada.

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18. O tratamento cirúrgico é considerado curativo quando indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. Sobre o tratamento cirúrgico do câncer, assinale a alternativa CORRETA.

Ao contrário do tumor benigno, cuja margem de segurança é o seu limite macroscópico, o câncer, pelo seu caráter A)de invasão microscópica, exige ressecção mais ampla. A margem de segurança na cirurgia oncológica é sempre de, no mínimo, 1 cm, independentemente da localização e o tipo histológico do tumor.

Linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo a receber células malignas do tumor e, portanto, sua biópsia é suficiente B)para avaliação da cadeia ganglionar de todos os tipos de tumores, reduzindo, assim, a morbidade das linfadenectomias.

Não há benefício na ressecção de metástases para algum tipo de tumor. C) O tratamento cirúrgico pode ter finalidade curativa ou paliativa. São exemplos de tratamentos cirúrgicos paliativos: D)

a descompressão de estruturas vitais, o controle de hemorragias e perfurações, o controle da dor, o desvio de trân-sitos aéreo, digestivo e urinário, e a retirada de uma lesão de difícil convivência por causa de seu aspecto e odor.

Classifica-se como ressecção R0 aquela que não deixa algum tumor residual; R1 a que deixa tumor residual E)macroscopicamente visível apenas nas margens de ressecção e R2 a que deixa tumor residual difusamente visível.

19. O tradicional cuidado pós-operatório tem sido questionado e a evidência tem mostrado que muitas condutas e práticas peri-operatórias são obsoletas e não têm respaldo científico. São quase empíricas e transmitidas a novos cirurgiões há décadas sem devido questionamento. Assinale a alternativa CORRETA a respeito dos cuidados peri-operatórios, tendo como base os atuais estudos de medicina baseada em evidência.

O jejum pré-operatório é muito importante e deve ser mantido por, no mínimo, 12 horas antes do procedimento, A)evitando, assim, os riscos de broncoaspiração na anestesia.

O uso de sondas nasogástricas vesicais e drenos no leito cirúrgico são medidas importantes para o adequado B)controle de fístulas e balanço hídrico no pós-operatório, portanto seu uso é fundamental e deve ser estimulado em todas as intervenções no trato gastrintestinal.

O preparo de cólon para cirurgias eletivas colorretais deve ser feito rotineiramente e é importante para a segurança C)da anastomose e diminuição do risco de infecção.

O repouso no leito é importante para a recuperação pós-operatória em cirurgias de grande porte. O paciente deve D)ser estimulado a permanecer deitado o maior tempo possível para melhorar a cicatrização, evitar hérnias abdomi-nais e estimular o retorno do trânsito intestinal.

A realimentação precoce após operações envolvendo ressecções e anastomoses intestinais pode ser conduzida E)sem riscos e com potenciais benefícios aos pacientes, como alta mais precoce, menor incidência de complicações infecciosas e diminuição de custos.

20. (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), sendo ess i- s e a alternativa CORRETA.

Os métodos de profilaxia podem ser químicos (medicamentosos) ou físicos (mecânicos). Quando o paciente apre-A)sentar risco de TEV aumentado, apenas um dos métodos deve ser escolhido, pois a associação de ambos aumen-ta o risco de hemorragias no pós-operatório.

B)

C) à anestesia por bloqueio ou com altos riscos de sangra-mento no pr i-ado somente após 12 horas do procedimento.

Para pacientes com insuficiência renal, as heparinas de baixo peso molecular como a enoxeparina são seguras e D)devem ser a opção para substituir a heparina não fracionada de baixa dose.

A tromboprofilaxia nunca deve ser continuada após a alta hospitalar, mesmo para pacientes com alto risco para E)TEV. Nesses casos, se houver necessidade de prolongar o tempo de profilaxia, o paciente deve permanecer inter-nado e sob controle laboratorial rigoroso.

21. Nódulos de tireoide são achados muito comuns na prática clínica. A investigação e o diagnóstico corretos são funda-mentais para que os casos de câncer não sejam negligenciados. A respeito dos nódulos de tireoide, assinale a alterna-tiva CORRETA.

Nódulos hipercaptantes na cintilografia e associados a níveis baixos de TSH são altamente suspeitos para maligni-A)dade e, portanto, requerem avaliação adicional por PAAF.

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Nódulos grandes e palpáveis são sempre suspeitos para malignidade e, mesmo que sejam completamente B)císticos, devem ser puncionados para diagnóstico.

A avaliação citológica colhida por PAAF é feita por meio do sistema Bethesda que possui seis categorias. Quando C)a avaliação é benigna (Bethesda 2), não há necessidade de investigação adicional. Porém, se o resultado for maligno (Bethesda 6), a confirmação por biópsia é necessária antes de se indicar tratamento cirúrgico.

Nódulos com mais de 1 cm de diâmetro e características sonográficas suspeitas ou os menores de 1 cm com sinais D)clínicos suspeitos ou linfonodomegalia associada devem ser investigados por meio de punção aspirativa por agulha fina (PAAF).

Para os pacientes com diagnóstico confirmado de carcinoma bem diferenciado da tireoide, o tratamento cirúrgico E)consiste em tireoidectomia total associada sempre à linfadenectomia do compartimento central.

22. O conhecimento anatômico tem implicação técnica direta nos diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos. Esse co-nhecimento é fundamental ao cirurgião, tanto para indicação cirúrgica quanto para execução correta do procedimento. A respeito da anatomia cirúrgica, assinale a alternativa INCORRETA.

A artéria mesentérica superior é responsável pela vascularização do intestino delgado e parte do intestino grosso. A)Sua obstrução aguda por trombose, invasão tumoral ou ligadura acidental pode levar à isquemia intestinal grave, uma vez que as anastomoses vasculares desse segmento, em geral, não são suficientes para a manutenção da vascularização do intestino.

Ao contrário da artéria mesentérica superior, a artéria mesentérica inferior pode ser ligada sem grandes implica-B)ções. Nesses casos, a vascularização do cólon esquerdo e reto se dá através das anastomoses vasculares exis-tentes na arcada de Riolan.

Nas gastrectomias parciais por câncer, a linfadenectomia adequada exige a ligadura da artéria gástrica esquerda C)junto à sua origem no tronco celíaco. Mesmo assim, o coto gástrico remanescente não fica desvascularizado em função da ampla irrigação do estômago que se dá principalmente através de artérias gástricas direita e esquerda, ao longo da grande curvatura; das artérias gastroepiploicas direita e esquerda ao longo da pequena curvatura e das artérias gástricas curtas, no fundo gástrico.

A anatomia cirúrgica divide o fígado em 8 segmentos, chamados segmentos de Couinaud. Diferentes dos lobos di-D)reito e esquerdo da anatomia morfológica, esses segmentos são individualizados no que diz respeito aos fluxos, portal e arterial, drenagem biliar e drenagem venosa, sendo, portanto, funcionalmente distintos e permitindo res-secções regradas.

Nas retossigmoidectomias, é importante observar que o ureter esquerdo está posterior ao cólon sigmoide. Para E)dissecções linfonodais da pelve, importa saber que a porção pélvica dos ureteres cruza anteriormente a artéria ilía-ca comum ou a primeira parte da artéria ilíaca externa. Em histerectomias, é importante atentar para o risco de li-gadura conjunta do ureter com a artéria uterina, uma vez que os ureteres acompanham essa artéria junto ao para-métrio próximo às suas entradas na bexiga.

23. Considerando as medidas básicas para prevenção das infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, assinale a alternativa CORRETA.

As infecções de sítio cirúrgico relacionadas às cirurgias limpas são aquelas que ocorrem nos procedimentos reali-A)zados em tecidos estéreis ou em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa na ausência de proces-so infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, de caráter eletivo com cicatrização na primeira in-tenção e sem drenagem aberta. As cirurgias realizadas nos aparelhos respiratório, gastrintestinal alto e urinário são consideradas limpas.

Em relação à indicação do antibiótico para profilaxia de infecção para uma cirurgia de inserção de prótese do joe-B)lho, em um paciente de 64 anos, pesando 130 Kg e sem histórico de alergia à penicilina, o antibiótico indicado po-derá ser a cefazolina na dose de 3g, a ser administrada entre 0 e 60 minutos antes da incisão.

Entre as medidas formalmente recomendadas para prevenção de infecção do sítio cirúrgico está, além da antis-C)sepsia adequada das mãos da equipe cirúrgica e da pele do paciente, a tricotomia ampla para além dos limites do sítio a ser operado.

Nas herniorrafias inguinais, o uso de prótese (tela) justifica a manutenção da profilaxia com antibiótico por 24 horas D)após a realização da cirurgia.

As cirurgias orificiais são consideradas contaminadas e, portanto, há indicação formal para ampliar a duração do E)antibiótico profilático para 7 dias.

24. Determinados medicamentos tem efeitos adversos com implicações importantes para o cirurgião. Seu conhecimento é fundamental para indicação de tratamentos e cuidados no pós-operatório. Assinale a alternativa que correlaciona os medicamentos a seus efeitos colaterais listados a seguir, com implicações no paciente cirúrgico.

I. Ibuprofeno, Naproxeno, Diclofenaco.

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II. Metronidazol. III. Clindamicina. IV. Ranitidina, Cimetidina, Omeprazol. V. Nimesulida, Cetoprofeno.

( ) Insuficiência renal pós nefrectomia total. ( ) Hemorragia digestiva alta. ( ) Colite pseudomembranosa por Clostridium difficile. ( ) Ginecomastia. ( ) Rubor, calor, vômitos e taquicardia após consumo de bebida alcoólica.

V, I, II, III, IV. A) I, V, II, IV, III. B) IV, V, I, II, II. C) V, IV, III, II, I. D) I, V, III, IV, II. E)

25. A respeito de cirurgias minimamente invasivas, assinale a alternativa CORRETA.

A pressão intra-abdominal deve ser a menor possível para a realização segura do procedimento. Pressões muito A)elevadas podem levar à compressão da veia cava inferior e comprometer o retorno venoso para o coração.

Nas laparoscopias, o pneumoperitônio é feito através da insuflação de oxigênio (O2) na cavidade abdominal e tem B)como função criar espaço para a adequada visualização e manipulação das estruturas.

Os procedimentos realizados através de toracoscopias requerem sempre a insuflação de gás no tórax, ou seja, a C)confecção de um pneumotórax que permita o colapso total do pulmão para a adequada visualização das estruturas.

Os acessos retroperitoniais e pré-peritoniais não são possíveis por vídeo-cirurgia, pois, nessas topografias, a insufla-D)ção de gás não permite a criação de um espaço virtual para inserção do instrumental. As cirurgias nessas topografias são sempre feitas através de técnica aberta com a menor incisão possível.

A via laparoscópica não está indicada para algum procedimento de urgência/emergência, uma vez que, nesses E)casos, a imprevisibilidade do achado cirúrgico não permite o adequado posicionamento das pinças e prejudica a segurança da cirurgia.

26. Em patologias do aparelho digestivo, a história clínica é bastante importante, porém, em geral, o diagnóstico correto só é possível por meio de exames complementares. A respeito da avaliação complementar do aparelho digestivo, assinale a alternativa CORRETA.

O paciente com hemorragia digestiva alta maciça e instabilidade hemodinâmica deve ser submetido à endoscopia A)digestiva alta (EDA) de emergência. O objetivo do exame é permitir a estabilização do paciente em choque através da localização do sangramento e sua contenção.

Pacientes apresentando quadro oclusivo ou suboclusivo com suspeita de obstrução colônica por tumor, devem ser B)submetidos a colonoscopia com preparo rigoroso do cólon por via oral para avaliação do tumor e biópsia.

A tomografia computadorizada é um excelente exame para avaliação de patologias do aparelho digestivo, porém C)seu papel é muito limitado na avaliação de dor abdominal na emergência, uma vez que, nesses casos, a utilização de contraste venoso e oral está sempre contra-indicada.

A Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) está bem indicada para pacientes com pancreatite D)aguda de etiologia indeterminada, pois permite, além do diagnóstico, a instrumentação da via biliar com realização de biópsias, esfincterotomias e/ou extração de cálculos.

Em pacientes com dor abdominal, o achado ultrassonográfico de líquido livre na cavidade abdominal sempre é E)indicação de abdome agudo cirúrgico.

27. A respeito das doenças anorretais, assinale a alternativa CORRETA.

O tratamento cirúrgico com hemorroidectomia é a primeira opção para pacientes com hemorróidas internas A)sintomáticas grau I e II.

A localização mais comum das fissuras anais é a linha média posterior (6hs). Para melhora clínica, o tratamento B)conservador inicial tem por objetivo relaxar o esfíncter anal interno, manter a passagem atraumática das fezes e aliviar a dor, quebrando o ciclo de dor, espasmo esfincteriano e constipação.

A queixa de dor anal nunca deve ser negligenciada, pois pode indicar abscesso perianal. Nesses casos, a terapêu-C)tica inclui banhos de assento mornos, anti-inflamatórios e antibioticoterapia de largo espectro. A drenagem do abcesso fica restrita aos casos não solucionados de forma clínica e deve ser feita com o intuito de tratar as fístulas concomitantemente.

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O tratamento das tromboses hemorroidárias é cirúrgico com realização de incisão e trombectomia na emergência D)seguida de hemorroidectomia eletiva após melhora do quadro agudo. A abordagem clínica conservadora fica restri-ta aos casos em que há elevado risco de sangramento no procedimento ou quando o risco anestésico é muito elevado.

Para o tratamento cirúrgico das fístulas anorretais, a identificação do trajeto e localização dos orifícios interno e E)externo da fístula é fundamental. A regra de Goodsall-Salmon estabelece que, quando o orifício externo se localiza na parte anterior do ânus, o trajeto da fístula é curvilíneo até o orifício interno que sempre se localizará na linha média posterior do ânus; quando o orifício externo for de localização posterior ao ânus, o trajeto da fístula será radial e direto ao orifício interno.

28. O trauma torácico é causa frequente de morte em pacientes politraumatizados. No atendimento inicial, sua identificação e tratamento rápido são fundamentais. A respeito do atendimento inicial ao trauma de tórax, assinale a alternativa CORRETA.

Tanto o pneumotórax hipertensivo como o hemotórax maciço estão associados a choque e diminuição do murmúrio A)vesicular na ausculta. A diferenciação só é possível por meio de exame de imagem, dos quais a radiografia simples na sala de emergência é o mais indicado durante a avaliação inicial.

A intubação orotraqueal e ventilação com pressão positiva pode rapidamente transformar um pneumotórax simples B)em um pneumotórax hipertensivo. Por essa razão, em pacientes com trauma torácico, a radiografia de tórax na sala de emergência sempre deve ser realizada antes da intubação.

O hemotórax maciço é caracterizado pelo acúmulo de 1500 ml ou um terço da volemia do paciente na cavidade C)torácica. Os ferimentos penetrantes anteriores e mediais à linha dos mamilos ou posteriores e mediais às escápu-las devem chamar a atenção para a possibilidade de hemotórax maciço ou tamponamento cardíaco com eventual necessidade de toracotomia de emergência.

As fraturas escalonadas de costela com tórax instável podem levar à respiração paradoxal e contusão pulmonar D)grave. Nesses casos, o tratamento das fraturas é cirúrgico, com fixação dos arcos costais para evitar o movimento paradoxal.

Após a intubação orotraqueal (IOT), deve-se proceder à ausculta torácica para verificar a ventilação adequada de E)ambos os pulmões. Logo após a IOT, a ausência de murmúrio vesicular à esquerda sempre indica pneumotórax ou hemotórax e, portanto, deve ser seguida de drenagem tubular fechada deste hemitórax.

29. A respeito das modalidades de analgesia e anestesia disponíveis, assinale a alternativa CORRETA.

A analgesia multimodal perioperatória é aquela que se faz por meio da associação de analgésicos opioides e não A)opioides. Ela é preferível sobre a analgesia opioide pura por permitir melhor efeito analgésico e reduzir os riscos e efeitos colaterais dos opioides.

Exceto pela associação anestesia geral mais sedação, as demais associações de técnicas anestésicas são arris-B)cadas e devem ser evitadas, pois aumentam o risco de cada técnica isoladamente e não trazem benefício em termos de analgesia ou controle operatório.

A anestesia peridural ou epidural é feita com a injeção de analgésicos e anestésicos no espaço subaracnoide e C)leva ao bloqueio sensitivo e motor abaixo do nível anestesiado.

Os anestésicos locais com vasoconstritor permitem a utilização de volumes maiores de anestesia e são apropria-D)dos para grandes regiões e tecidos ricamente vascularizados como os das extremidades dos dedos, pênis e muco-sas em geral.

A sedação profunda para exames e procedimentos, feita por meio da injeção venosa de agentes analgésicos e E)anestésicos, não é considerada procedimento anestésico e pode ser realizada com segurança em clínicas e consultórios pelo próprio examinador, uma vez que não haverá necessidade de conversão para anestesia geral.

30. Paciente feminina, 42 anos, vítima de queda de mesmo nível com trauma direto em braço direito. Durante a avaliação do ortopediata na sala de emergência, a paciente não foi capaz de realizar abdução desse membro. O nervo que provavelmente foi lesionado na queda é

mediano. A) radial. B) axilar. C) ilnar. D) musculocutâneo. E)

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CASO CLÍNICO J.S., 26 anos de idade, ao retirar uma pipa presa em um poste, recebeu choque de alta voltagem e sofreu queda de apro-ximadamente 5 metros de altura. Foi levado pela família diretamente ao pronto-socorro do Hospital Cajuru. Na admissão, apresentava-se agitado, confuso e com os seguintes dados vitais: FC: 120 bpm, FR: 24 rpm, PA: 90/60 mmHg, saturação de 89%. O paciente referia dor abdominal difusa e, no exame físico, observava-se equimose em transição tóraco-abdominal direita, rotação lateral externa com deformidade da coxa direita, queimadura em palma da mão esquerda, onde houve entrada do choque elétrico e lesão ulcerada do pé esquerdo, provável saída do choque elétrico.

A respeito do caso clínico, responda as próximas cinco questões.

31. Durante a avaliação primária, o paciente apresenta rebaixamento do nível de consciência e piora da taquipneia, com FR: de 40 rpm. A medida inicial mais efetiva na redução da possibilidade de óbito do paciente é

drenagem urgente de hematoma epidural, pois o paciente evidentemente apresentou quadro de intervalo lúcido. A) iniciar hemotransfusão de concentrados de hemáceas precocemente e manter monitorização cardíaca constante B)

pelo risco de arritmia pelo choque elétrico. obter 2 acessos venosos calibrosos e iniciar infusão de cristaloide aquecido. C) colocação de dispositivo de tração e imobilização de possível fratura de fêmur à direita. D) obtenção de via aérea definitiva por meio de intubação orotraqueal com controle da coluna cervical e ventilação E)

com oxigênio a 100%.

32. No exame do tórax, além da contusão tóraco-abdominal à direita, palpa-se crepitação dos arcos costais inferiores e enfisema subcutâneo em parede ântero-lateral direita. Na ausculta, há abolição do murmúrio vesicular em base direita e diminuição em ápice direito. A percussão revela macicez na base direita. Foi realizada radiografia do tórax na sala de emergência, visualizada na figura a seguir.

De acordo com esses achados, o provável diagnóstico e a conduta são, respectivamente

hérnia diafragmática à esquerda – avaliação por tomografia de tórax e abdome e tratamento cirúrgico eletivo atra-A)vés de toracotomia após a estabilização inicial.

hemopneumotórax à direita causado por rotura traumática de aorta decorrente da desaceleração da queda – avali-B)ação por angiotomografia e tratamento endovascular de urgência.

pneumotórax hipertensivo à direita por fratura de costelas – toracocentese de alívio no segundo espaço intercostal, C)linha hemiclavicular.

hemopneumotórax à direita – toracostomia com drenagem tubular fechada em selo d´água em quinto espaço inter-D)costal, a ser realizada na sala de emergência.

hemopneumotórax à direita – oxigênio e ventilação adequada, observação clínica rigorosa e reavaliação radiológi-E)ca em 6 horas para definir a necessidade de drenagem torácica.

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33. Foram obtidos 2 acessos venosos periféricos e, após infusão de 1000 ml de cristaloide aquecido, o paciente evoluiu com os seguintes dados vitais: FC: 90 bpm, PA: 110/70 mmHg, Saturação: 96%. Foi levado para o exame de tomogra-fia abdominal com contraste venoso que evidenciou lesão hepática grau III. De posse dessa informação, assinale a al-ternativa que indica a melhor conduta.

Laparotomia exploradora com hepatorrafia e drenagem do leito hepático. A) Laparotomia exploradora e colocação de balão intra-hepático. B) Tratamento não operatório com observação em UTI e tomografias seriadas de 6 em 6 horas. C) Tratamento não operatório da lesão hepática e videolaparoscopia para avaliação de possíveis lesões viscerais D)

associadas. Tratamento não operatório com observação em UTI e avaliação criteriosa da estabilidade hemodinâmica por meio E)

de dados vitais e controle laboratorial.

34. Na evolução do caso, o paciente apresentou instabilidade hemodinâmica sem resposta à reposição volêmica e de hemoderivados, motivo pelo qual indicou-se tratamento cirúrgico urgente. À laparotomia, o achado operatório foi de hematoma hepático não expansivo, sem sangramento ativo e com extravasamento de bile em pequena quantidade mais hematoma expansivo do mesocólon com isquemia do íleo terminal e cólon direito. Uma vez que o paciente se encontra instável, assinale a alternativa que melhor descreve a conduta cirúrgica adequada.

Cirurgia de controle de danos com ileocolectomia segmentar direita e ileotransversoanastomose com grampeador, A)

não abordagem da lesão hepática e peritoniostomia a vácuo com plano de reintervenção em 24 a 48 horas. Cirurgia de controle de danos com ileocolectomia segmentar direita sem anastomose primária, não abordagem da B)

lesão hepática e peritoniostomia a vácuo com plano de reintervenção em 24 a 48 horas. Cirurgia de controle de danos com ileocolectomia segmentar direita sem anastomose primária, não abordagem da C)

lesão hepática e fechamento primário da cavidade abdominal com sutura contínua da aponeurose e plano de reintervenção em 24 a 48 horas.

Cirurgia de controle de danos com ileocolectomia segmentar direita sem anastomose primária e abordagem da D)lesão hepática para reparo e drenagem da via biliar com dreno de Kher e peritoniostomia a vácuo com plano de reintervenção em 24 a 48 horas.

Cirurgia de controle de danos com ileocolectomia segmentar direita e ileotransversoanastomose com grampeador E)mais abordagem da lesão hepática para reparo e drenagem da via biliar com dreno de Kehr e confecção de Bolsa de Bogotá com plano de reintervenção em 24 a 48 horas.

35. Infelizmente, apesar de todos os esforços, o paciente evoluiu com peritonite grave, sepse, choque não responsivo à

altas doses de drogas vasoativas e, após 7 dias do trauma, apresentou parada cardiorrespiratória não reanimável e foi a óbito. Assinale a alternativa que indica corretamente quem deve assinar a Declaração de Óbito e a forma de preenchimento da causa do óbito.

Médico legista. A)

Parte I – a - Choque séptico; b- Peritonite; c- Lesão intestinal e hepática; d- Trauma abdominal por queda de altura. Parte II – Choque elétrico e fratura de fêmur.

Médico cirurgião responsável pelo caso. B)Parte I - a- Trauma abdominal por queda de altura; b- Lesão intestinal e hepática; c- Peritonite; d- Choque séptico. Parte II – Fratura de fêmur.

Qualquer médico que tenha participado do atendimento ao caso, desde que saiba responder às questões e assinale o C) “ é ”. Parte I – a - Choque séptico; b- Peritonite; c- Lesão intestinal e hepática; d- Trauma abdominal por queda de altura. Parte II – Choque elétrico e fratura de fêmur.

Médico legista. D)Parte I - a- Trauma abdominal por queda de altura; b- Lesão intestinal e hepática; c- Peritonite; d- Choque séptico. Parte II – Choque elétrico e fratura de fêmur.

Médico cirurgião responsável pelo caso. E)Parte I – a - Choque séptico; b- Peritonite; c- Lesão intestinal e hepática; d- Trauma abdominal por queda de altura. Parte II – Choque elétrico.

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P R O V A O B J E T I V A

R E S I D Ê N C I A M É D I C A – I S C M C / H U C / H M S B

13 DE NOVEMBRO DE 2017

PRÉ-REQUISITO EM CLÍNICA MÉDICA

L E I A A T E N T A M E N T E A S I N F O R M A Ç Õ E S E I N S T R U Ç Õ E S A B A I X O .

1. Esta PROVA contém 35 questões numeradas de 01 a 35. As questões numeradas de 01 a 30 valerão 2,5 pontos e as questões numeradas de 31 a 35, referentes ao(s) caso(s) clínico(s), valerão 5 pontos cada.

2. Confira se a sua PROVA contém a quantidade de questões correta e se corresponde à sua ESPECIALIDADE. Em caso ne-gativo, comunique imediatamente ao fiscal de sala para a substituição da prova.

3. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên-cia, informe imediatamente ao fiscal de sala.

4. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu nome no local indicado.

5. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 05 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-nas uma responde corretamente à questão.

7. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe.

a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. b. Preencha totalmente o espaço compreendido no

retângulo correspondente à opção escolhida para resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. Preenchimento correto; Preenchimento incorreto; Preenchimento incorreto.

8. O tempo disponível para esta prova é de 03 (três) horas, com início às 14 horas e término às 17 horas.

9. Você poderá deixar o local de prova somente após as 15 horas.

10. O caderno de PROVA NÃO poderá ser levado pelo candidato. 11. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo,

no caso de.

a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal;

b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida 1 ( uma) hora do início da PROVA;

c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO-RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou caderno de PROVA;

d. ser surpreendido, durante a realização da PRO-VA, em comunicação com outras pessoas ou uti-lizando-se de livro ou qualquer material não permitido;

e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrôni-co ou de comunicação, bem como protetores auriculares sem a permissão da Comissão;

f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos traba-lhos, incorrendo em comportamento indevido;

g. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

RESPOSTAS

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

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14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27.

28.

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34.

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1. No início de 2017, o Ministério da Saúde emitiu uma nota informativa (Nº 007/2017) em que modificava as recomenda-ções terapêuticas iniciais para os pacientes portadores de HIV/AIDS. Sobre as orientações mais recentes para o trata-mento dessa condição, assinale a alternativa CORRETA.

A) O esquema terapêutico dos pacientes portadores de coinfecção entre HIV e tuberculose deve conter, obrigatoria-

mente, um inibidor da protease. B) O Indinavir é a droga de primeira linha no tratamento da gestante portadora de HIV. C) O esquema de escolha para os pacientes com falha terapêutica a um esquema de primeira linha consiste na asso-

ciação de Tenofovir com Efavirenz e Enfuvirtida. D) O uso da associação de Dolutegravir com Tenofovir e Lamivudina é uma opção de primeira linha no tratamento do

HIV. E) O uso do Maraviroque está indicado em pacientes portadores de infecções cerebrais graves.

2. Durante o ano de 2017, foi reportado um aumento da incidência de casos de sífilis. Sobre essa condição, assinale a alternativa CORRETA.

A) A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior nos estágios iniciais da doença. B) Um paciente com sífilis de duração ignorada deve ser tratado como portador de sífilis latente precoce. C) A sífilis primária se manifesta como máculas no tronco e lesões eritematosas palmo-plantares. D) Casos de neurossífilis podem ser tratados com Doxicilina 50mg ao dia, por 30 dias. E) Atualmente a principal via de transmissão é a parenteral, por meio de transfusão sanguínea contaminada.

3. Sobre os antimicrobianos de uso hospitalar, assinale a alternativa CORRETA.

A) Os Carbapenêmicos têm ótima ação contra o estafilococo resistente à Meticilina (MRSA). B) A Daptomicina é uma boa opção em pacientes portadores de pneumonia por estafilococo resistente à Meticilina

(MRSA). C) A Tigeciclina possui boa ação contra gram-negativos, inclusive contra os produtores de betalactamase de espectro

estendido (ESBL). D) A Ceftriaxona é uma Cefalosporina de terceira geração com boa cobertura contra pseudomonas. E) O Cefepime é uma Cefalosporina de quarta geração e possui boa cobertura contra anaeróbios.

4. Dos pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) a seguir, o que possui indicação para uso

domiciliar de oxigênio é

A) paciente portador de DPOC tabágico, com MMRC (Modified Medical Research Council) de 3, muito sintomático ape-

sar do uso de O2 agonista de longa ação e de anticolinérgico de longa ação, gasometria com PaO2 de 63mmHg. B) paciente portador de DPOC por deficiência de alfa 1 antitripsina, com PCO2 de 52mmHg na gasometria e sintomas

em repouso. C) paciente portador de asma com crises frequentes, em uso de corticoide inalatório e PO2 de 70mmHg na gasometria D) paciente portador de DPOC tabágico com turgência jugular e edema periférico, com PO2 de 65 mmHg na

gasometria. E) paciente portador de DPOC tabágico, com eritrocitose ao hemograma e gasometria com PaO2 de 58mmHg.

5. Sobre o tratamento da Insuficiência Cardíaca, assinale a alternativa CORRETA.

A) A Ivabradina está indicada nos pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida que persistam

sintomáticos apesar do tratamento otimizado e possuam ritmo cardíaco de fibrilação atrial. B) A associação de Sacubitril com Valsartana demonstrou superioridade em relação ao Enalapril para mortalidade em

pacientes com fração de ejeção reduzida. C) A terapia de ressincronização cardíaca está indicada em pacientes portadores de bloqueio de ramo direito e que

não toleram uso de betabloqueadores. D) Dentre os betabloqueadores com benefício no tratamento as insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida,

podemos listar: Tartarato de Metoprolol, Carvedilol, Nebivolol e o Bisoprolol. E) A Espironolactona reduz mortalidade em pacientes com fração de ejeção preservada, estando indicada a partir da

classe funcional 2.

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6. A respeito do tratamento da síndrome coronariana aguda, assinale a alternativa CORRETA.

A) Antes da tomada de decisão, deve-se aguardar os resultados dos marcadores de necrose do miocárdico nos casos

com supra desnivelamento do segmento ST. B) O nitrato pode ser utilizado com segurança em pacientes que fizeram uso de sildenafil nas últimas 6 horas. C) Os pacientes com síndrome coronariana aguda que se apresentam com congestão pulmonar e com taquicardia

são os que mais se beneficiam do uso de Metoprolol 5mg por via endovenosa. D) O tempo porta-balão ideal em um serviço com hemodinâmica deve ser de até 90 minutos. E) Os inibidores diretos da renina devem ser utilizados de maneira precoce na síndrome coronariana aguda.

7. Sobre a terapia com antiagregantes plaquetários na síndrome coronariana aguda, assinale a alternativa CORRETA.

A) Ticagrelor não pode ser utilizado em pacientes com menos de 65 kg ou que apresentaram evento cerebrovascular

prévio. B) Quando o paciente será submetido à terapia trombolítica, devemos utilizar apenas um antiagregante, devido ao alto

risco de sangramento da dupla antiagregação associada com fibrinolíticos. C) O Prasugrel é a droga de escolha para pacientes que serão submetidos à terapia fibrinolítica. D) A terapia inicial do paciente com infarto agudo do miocárdio transmural deve incluir o uso de AAS, Clopidogrel e um

inibidor da glicoproteína 2b-3a de rotina. E) No caso de doentes com mais de 75 anos, devemos corrigir a dose do clopidogrel.

8. A respeito das complicações do diabetes mellitus, assinale a alternativa CORRETA.

A) O rastreio de retinopatia diabética deve ser iniciado logo após o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2, e o interva-

lo entre os exames deve ser anual, podendo ser menor dependendo do grau de retinopatia ou maculopatia encontrada.

B) A neuropatia diabética geralmente se manifesta com sintomas centrais, como vertigem e disartria. C) Quando houver proteinúria, está indicada a associação de um inibidor da enzima conversora de angiotensina com

um bloqueador do receptor de angiotensina. D) A reposição de vitamina E é eficaz no tratamento da neuropatia diabética. E) O exame do pé diabético deve ser realizado uma vez a cada 2- 3 anos no paciente portador de diabetes mellitus

tipo 2.

9. Sobre o tratamento da cetoacidose diabética, assinale a alternativa CORRETA.

A) Diante da suspeita diagnóstica de cetoacidose diabética, a terapia com insulina regular deve ser iniciada imediata-

mente, antes mesmo do resultado dos exames laboratoriais. B) Um paciente que, após o tratamento com insulina apresenta-se com glicose de 180, PH de 7,25 e bicarbonato de

15, pode ser considerado controlado. C) Em casos de cetoacidose leve, pode-se utilizar análogos de insulina de ação ultrarrápida por via subcutânea. D) A reposição de bicarbonato está indicada para os pacientes com PH menor do que 7,25, visando redução da

mortalidade. E) A hipofosfatemia é um achado comum, por essa razão, devemos incluir a reposição desse íon na rotina do

tratamento inicial.

10. Sobre os antidiabéticos orais, assinale a alternativa CORRETA.

A) A Clorpropamida atua aumentando a secreção de insulina, tendo como benefício a redução da progressão da

retinopatia diabética, mas como efeito colateral indesejável, o ganho de peso. B) A Empagliflozina atua aumentando a excreção renal de glicose, apresenta como benefícios a redução de eventos

cardiovasculares e a redução do peso. C) A Nateglinida atua com secretagogo de insulina, tendo como benefício a redução do peso e do espessamento

médio-intimal da carótida. D) A Rosiglitazona tem como benefício a segurança cardiovascular e a redução de peso, sendo o antidiabético de

escolha nos pacientes com insuficiência cardíaca. E) A Liraglutida atua na redução do peso e da pressão arterial, mas tem como limitante o fato de ter que ser ingerido

via oral, 3 vezes ao dia e ter alto custo.

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11. Um paciente de 35 anos apresenta-se na emergência queixando-se de redução de força em membros inferiores, há 2 dias, com caráter ascendente. Ao exame neurológico, você percebe que há redução de força, com arreflexia, mas com sensibilidade preservada. Sobre esse caso clínico, assinale a alternativa CORRETA.

A) Uma hipótese diagnóstica é a Síndrome de Guillain Barré e seu diagnóstico poderia ser confirmado com uma

tomografia de crânio. B) Uma hipótese diagnóstica é a Síndrome de Guillain Barré e seu tratamento baseia-se no uso de corticosteroides em

alta dose. C) Uma hipótese diagnóstica é a miastenia gravis e seu diagnóstico seria realizado com uma punção lombar. D) Uma hipótese diagnóstica é a Síndrome de Guillain Barré e seu diagnóstico poderia ser confirmado com uma punção

lombar e análise do líquor. E) Uma hipótese diagnóstica é a miastenia gravis e seu tratamento é suportivo, aguardando a resolução espontânea.

12. Um paciente de 35 anos apresenta-se na emergência com quadro de cefaleia de início súbito, de forte intensidade. Ao

exame físico, evidencia-se discreta rigidez de nuca e confusão mental. A hipótese diagnóstica mais provável é

A) meningite viral. B) hemicrania paroxística. C) cefaleia numular. D) cefaleia hípnica. E) hemorragia subaracnoidea.

13. Diante do diagnóstico confirmado de acidente vascular encefálico, o paciente que NÃO possui contraindicação para o tratamento com trombolíticos é

A) paciente de 60 anos, com histórico de acidente vascular encefálico hemorrágico por ruptura de aneurisma, tratado

com clipagem cirúrgica há 2 anos e que desenvolve quadro de acidente vascular isquêmico de possível etiologia cardioembólica.

B) paciente de 50 anos, portador de púrpura trombocitopênica imune, com 85 mil plaquetas, que desenvolve quadro de acidente vascular encefálico isquêmico de etiologia aterotrombótica.

C) paciente de 65 anos submetido a uma grande cirurgia abdominal na última semana e que desenvolve quadro de acidente vascular encefálico isquêmico.

D) paciente de 55 anos, internado por pneumonia, que estava utilizando enoxaparina profilática na dose de 40mg por via subcutânea, com TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado) e TP (Tempo de Protrombina) normais, e desenvolve quadro de acidente vascular isquêmico.

E) paciente de 70 anos que desenvolve quadro de acidente vascular encefálico isquêmico e encontra-se com pressão arterial de 210x110 mmHg, apesar do uso de altas doses de nitroprussiato.

14. Sobre as anemias, assinale a alternativa CORRETA.

A) A esferocitose hereditária cursa com anemia hemolítica e seu diagnóstico pode ser realizado pelo teste de fragili-

dade osmótica. B) A presença de neutrófilos hiposegmentados no sangue periférico sugere anemia megaloblástica. C) A presença de corpúsculos de Heinz no sangue periférico sugere anemia sideroblástica. D) A anemia ferropriva se manifesta com microcitose, hipocromia e RDW (Red Cell Distribution Width) normal. E) A talassemia cursa com anemia hipocrômica e microcítica e seu diagnóstico pode ser realizado pelo teste de HAM

15. Sobre a hemoterapia, assinale a alternativa CORRETA.

A) A irradiação de um concentrado de hemácias previne a ocorrência de reações cutâneas de hipersensibilidade. B) A lavagem com solução salina de um concentrado de plaquetas está indicada quando a transfusão ocorrer entre doa-

dores aparentados. C) O resfriamento de um hemocomponente antes da transfusão está indicado no caso de pacientes com histórico de fe-

nômeno de Raynaud. D) O crioprecipitado é rico nos fatores IX e X, sendo indicado nos pacientes com sangramento por anticoagulantes orais. E) Em algumas situações, está indicada a desleucocitação (filtragem) de um concentrado de hemácias para prevenir a

infecção por citomegalovirus (CMV).

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16. Sobre o tromboembolismo pulmonar, assinale a alternativa CORRETA.

A) O uso dos novos anticoagulantes orais (Dabigatrana, Rivaroxabana e Apixabana) no tratamento da embolia pulmo-

nar ainda não está estabelecido, sendo contraindicado. B) Um paciente de 70 kg com diagnóstico confirmado de tromboembolia pulmonar e instabilidade hemodinâmica deve

receber terapia trombolítica desde que não haja contraindicações, sendo uma opção o uso de alteplase (rTPA) na dose de 100 mg infundido em 2 horas.

C) O padrão ouro para o seu diagnóstico é a cintilografia de ventilação e perfusão. D) A realização da dosagem de D-Dimero é importante para a estratificação de risco de um paciente com diagnóstico

já definido de embolia pulmonar. E) Níveis séricos elevados de troponina em um paciente com hipotensão e diagnóstico confirmado de embolia pulmo-

nar sugerem acometimento coronariano associado, sendo indicada a realização de cateterismo de urgência.

17. Das condições a seguir, a que cursa com icterícia principalmente à custa de bilirrubina indireta é

A) Hepatite A aguda. B) Coledocolitíase. C) Síndrome de Gilbert. D) Síndrome de Rotor. E) Cirrose biliar primária.

18. Um paciente de 55 anos iniciou recentemente tratamento para gota com Alopurinol 300mg ao dia. Uma semana após

iniciar o uso do medicamento, apresentou um eritema cutâneo difuso que evoluiu com pústulas em algumas regiões do corpo. Ao exame físico, detectamos uma discreta Icterícia, linfonodomegalia cervical e febre de 37,8º. Nos exames laboratoriais, encontramos Leucocitose com Eosinofilia. Sobre o quadro do paciente, assinale a alternativa CORRETA.

A) Trata-se provavelmente de um quadro de DRESS (drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms) e, pelo

caráter benigno dessa condição, o tratamento consiste na suspensão da droga e observação do quadro, sendo que ocorre resolução espontânea em até 95% dos casos.

B) Trata-se provavelmente de um quadro de síndrome de Stevens Johnson e o seu tratamento baseia-se no uso de corticoides, como a prednisona na dose de 1-2mg/kg/dia e na suspensão da droga.

C) Trata-se provavelmente de um quadro de síndrome de Stevens Johnson e o seu tratamento baseia-se no uso de imunossupressores, como o micofenolato mofetil e na suspensão da droga.

D) Trata-se provavelmente de um quadro de DRESS (drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms) e o tratamento baseia-se no uso de corticoides, como a prednisona na dose de 1-2mg/kg/dia e na suspensão da droga.

E) Trata-se provavelmente de um quadro de síndrome de Stevens Johnson e, pelo caráter benigno dessa condição, o tratamento consiste na suspensão da droga e observação do quadro.

19. Uma paciente de 62 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes, procura o pronto atendimento referindo que há

3 dias vem apresentando palpitações. Já havia apresentado episódios semelhantes no passado, mas nunca procurou auxílio médico. Você percebe que o paciente está lúcido e orientado, com uma pressão arterial de 120x80mmHg, com uma frequência respiratória de 20, e com uma saturação de O2 de 99%. No exame físico, as bulhas cardíacas estão irregulares e os pulmões estão limpos. Você coloca o paciente no monitor cardíaco e obtém o traçado a seguir.

A Arritmia que essa paciente apresenta é

A) taquicardia supraventricular por reentrada nodal. B) flutter atrial. C) taquicardia ventricular. D) fibrilação ventricular. E) fibrilação atrial.

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20. Uma paciente de 62 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes procura o pronto atendimento referindo que há 3 dias vem apresentando palpitações. Já havia apresentado episódios semelhantes no passado, mas nunca procurou auxílio médico. Você percebe que a paciente está lúcida e orientada, com uma pressão arterial de 120x80 mmHg, com uma frequência respiratória de 20 e com uma saturação de O2 de 99%. No exame físico, as bulhas cardíacas estão irregulares e os pulmões estão limpos. Você coloca a paciente no monitor cardíaco e obtém o traçado a seguir.

A sua conduta frente a essa paciente nesse momento é

A) iniciar controle de frequência com beta bloqueador e indicar uso de AAS 100mg. B) iniciar controle de frequência com beta bloqueador e indicar anticoagulação com anticoagulante oral. C) proceder com cardioversão química com 300mg de amiodarona por via venosa. D) proceder com cardioversão elétrica com 200 J de carga. E) uso de Deslanosideo para controle de frequência cardíaca e posterior cardioversão química com amiodarona

300mg por via venosa.

21. Você está no plantão e atende um paciente trazido por familiares que estava com dor torácica e perdeu a consciência

durante o caminho ao hospital. Você verifica que o paciente não respira e está sem pulso e inicia as compressões car-díacas. Após 30 segundos, chega o desfibrilador da unidade e, ao colocar as pás no paciente, você verifica o traçado a seguir.

A conduta a ser tomada imediatamente é

A) como não foi uma parada presenciada, prosseguir com massagem cardíaca até completar um ciclo completo

(2 minutos) para então considerar a desfibrilação. B) aplicar um choque sincronizado com 360J de carga, caso o desfibrilador seja bifásico. C) proceder com cardioversão elétrica sincronizada com 200 J de carga caso o desfibrilador seja monofásico. D) aplicar um choque não sincronizado com 360 J de carga, caso o desfibrilador seja monofásico. E) administração de 300mg de Amiodarona e seguir com um choque não sincronizado de 200J, caso o desfibrilador

seja monofásico.

22. Um paciente de 35 anos é trazido ao pronto atendimento por familiares após ter ingerido 40 comprimidos de Clonaze-

pam há 30 minutos. No momento, encontra-se comatoso, com 7 pontos na escala de coma de Glasgow, com frequên-cia respiratória de 12 ipm, SpO2 de 96%, pressão arterial de 100x60 mmHg e frequência cardíaca de 68bpm. A condu-ta mais adequada para esse paciente é

A) realizar lavagem gástrica e infusão de flumazenil por via intravenosa, considerando que a causa do rebaixamenteo de consciência é reversível, reavaliar em 1 hora para verificar a necessidade de intubação oro-traqueal.

B) proceder com intubação oro-traqueal para proteção de via aérea, infusão de carvão ativado e aplicar Naloxona por via intravenosa.

C) proceder com intubação oro-traqueal para proteção de via aérea, infusão de carvão ativado e aplicar flumazenil por via intravenosa.

D) estimular o vômito com xarope de ipeca e aplicar naloxona por via intravenosa. E) realizar lavagem gástrica e infusão de naloxona por via intravenosa. Não há indicação de intubação oro-traqueal no

momento.

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23. Um paciente de 26 anos percebeu uma pequena aranha na sua coxa esquerda enquanto vestia sua calça pela manhã. Inicialmente não identificou uma lesão local, mas 18 horas após o ocorrido, a lesão passou a ser dolorosa e adquiriu um aspecto pálido mesclado com áreas de equimoses com enduração local e 5 cm de extensão. Não apresentou altera-ção na urina e os exames laboratoriais vieram dentro da normalidade. O provável acidente e o seu tratamento, respecti-vamente, são

A) acidente loxoscélico na sua forma cutânea leve, devendo receber tratamento com corticoides. B) acidente loxoscélico na sua forma cutânea grave, devendo ser aplicado corticoide e soro específico. C) acidente com lonomia grave, devendo receber soro específico. D) acidente com phoneutria, na sua forma cutânea grave, devendo ser aplicado corticoide e soro específico. E) acidente com phoneutria, na sua forma cutânea moderada, devendo receber tratamento com corticoides e

sintomáticos.

24. No início do ano de 2017, foram publicadas as novas diretrizes para manejo da sepse o “Surviving Sepsis Campaign 2016”. A respeito do manejo inicial da sepse, assinale a alternativa CORRETA.

A) A expansão volêmica inicial deve ser agressiva, no entanto, nos pacientes que não tolerem grandes volumes, podemos utilizar coloides, sendo os coloides sintéticos os de primeira escolha.

B) Um paciente que persiste com uma pressão arterial média de 50 mmHg, apesar da expansão volêmica adequada e do uso de Norepinefrina em doses crescentes, deve receber Dobutamina a fim de atingir uma pressão arterial média de 65 mmHg.

C) O antibiótico só deve ser iniciado após a coleta das hemoculturas, independentemente do tempo que leve a coleta das culturas, pois isso permite o descalonamento precoce.

D) Os níveis glicêmicos dos pacientes com sepse devem ficar menores do que 110 mg/dl, sendo indicado o tratamen-to precoce da hiperglicemia, pois maiores níveis glicêmicos podem piorar o estado de hipoperfusão sistêmica.

E) Recomenda-se que pacientes sépticos, com SDRA (síndrome do desconforto respiratório agudo) e com uma relação PAO2/FiO2 menor do que 150 devam ser ventilados na posição prona.

25. Sobre os achados laboratoriais no lupus eritematoso sistêmico (LES), assinale a alternativa CORRETA.

A) LES com FAN negativo é raro, mas quando ocorre, pode apresentar positividade para o Anti-Ro ou mesmo para o

Anti-DNA. B) O FAN apresenta alta especificidade e baixa sensibilidade para o diagnóstico de lupus, além de estar relacionado

com a atividade da doença. C) Os anticorpos Anti-Sm possuem íntima correlação com a atividade da doença, podendo ser utilizados para avaliar

o controle terapêutico. D) O anticorpo anti-P está relacionado também com a presença de síndrome de Sjögren. E) Habitualmente o complemento está consumido nos pacientes portadores de lúpus e não melhora com o

tratamento. Por essa razão, a avaliação dos níveis séricos de C3 e C4 não é útil no controle da doença e no diagnóstico de recaídas.

26. Um paciente de 72 anos, portador de diabetes e doença renal crônica (clearence de creatinina estimado de 25ml/min),

encontra-se internado e com indicação de cateterismo cardíaco. Sobre as estratégias de prevenção da nefropatia por con-traste, assinale a alternativa CORRETA.

A) Atualmente as evidências apontam para uma superioridade do uso de solução hipertônica de bicarbonato sobre a

solução de NaCl. B) O uso de n-actetilcisteína pode ser empregado, desde que por via intravenosa e na dose de 2000mg a cada 8 horas. C) A Aminofilina é uma droga que comprovadamente reduz a incidência de nefropatia por contraste, sendo indicado seu

uso para todos os pacientes com cleareance menor que 60ml/min e que irão receber contraste iodado. D) Estudos demonstraram que a infusão de solução salina isotônica pré e pós procedimento, associada ao uso de con-

traste de baixa osmolaridade, seria uma boa alternativa para esse paciente. E) Uma estratégia válida é o uso de diuréticos em altas doses pré procedimento, visando uma eliminação mais rápida do

contraste.

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27. Sobre a injúria renal aguda, assinale a alternativa CORRETA.

A) Um paciente de 78 anos, previamente acamado, sarcopênico, que possuía um exame prévio de 3 dias atrás com

creatinina de 0,4mg/dl e que interna com quadro de sepse de foco pulmonar e agora apresenta-se com um débito urinário de 0,3ml/kg e uma creatinina de 1mg/dl não é considerado como portador de Injúria Renal aguda pelos cri-térios atuais do KDIGO (Kidney Disease: Improving Global Outcomes).

B) A hiperfosfatemia grave (>12mg/dl) pode ser uma indicação de diálise de urgência. C) A pericardite urêmica pode deve tratada com uso de ibuprofeno 600mg por dia e prednisona 2mg/kg por dia na

injúria renal aguda. D) Os pacientes com injúria renal aguda devem receber um balanço hídrico positivo, independentemente da sua

volemia. E) A acidose metabólica da uremia deve ser manejada com uso contínuo de bicarbonato de sódio em bomba infusora.

28. Sobre a espondilite anquilosante, assinale a afirmativa CORRETA.

A) A presença do HLA B27 é patognomônico para o seu diagnóstico. B) A valvopatia mais associada à espondilite anquilosante é a estenose pulmonar. C) A sua manifestação extra-articular mais comum é a uveite, sendo geralmente unilateral. D) Apesar de ser considerada uma entesite, esses pacientes não têm uma incidência maior de osteopenia nem de fratu-

ras do que a população geral. E) Os anti-inflamatórios não esteroidais devem ser evitados nesses pacientes, devido ao alto risco de eventos adversos.

29. Um senhor de 62 anos está internado na sua enfermaria com quadro de diarreia. Os últimos exames laboratoriais

apontaram um potássio de 2,8 mmol/L. Sobre a hipocalemia desse paciente, assinale a alternativa CORRETA.

A) Caso esse paciente não responda à reposição de potássio, devemos considerar a possibilidade de existência de

hipomagnesemia associada. B) O déficit corporal total estimado de potássio desse paciente é em torno de 50 mEq. C) O potássio da solução intravenosa de reposição deve ser diluído em solução de Dextrose, uma vez que mostrou-se

mais segura em relação à solução salina. D) A solução de KCl a 19,1% apresenta uma concentração em torno de 25mEq por litro. E) A alteração caraterística desse distúrbio hidroeletrolítico no eletrocardiograma é a onda T apiculada.

30. Sobre a peritonite bacteriana espontânea (PBE), assinale a alternativa CORRETA.

A) Um paciente que apresentou na análise do líquido ascítico uma contagem de 320 leucócitos/mm³ com 55% de

polimorfonucleares preenche diagnóstico laboratorial para PBE. B) O principal agente etiológico envolvido na PBE é o estafilococo. C) Um paciente com exames prévios que demonstravam creatinina de 1,2 mg/dl e ureia de 41 mg/dl e que desenvol-

veu PBE deve receber profilaxia para síndrome hepatorrenal com infusão de albumina. D) Um paciente com proteína total no líquido ascítico de 2,2 g/dl deve receber profilaxia primária para PBE com

Norfloxacino 400mg ao dia. E) Concentrações muito baixas de glicose e elevadas de LDH no líquido ascítico sugerem o diagnóstico de PBE.

CASO CLÍNICO Uma mulher de 59 anos procura o seu consultório médico para realizar uma consulta de rotina sem nenhuma queixa. Recebeu diagnóstico de hipertensão há 1 e vem fazendo uso regular de Enalapril na dose de 10 mg a cada 12 horas. Refere ter crises frequentes de gota quando faz uso de diclofenaco sem orientação médica. Seu pai é falecido de infar-to agudo do miocárdio (IAM) aos 42 anos de idade e sua mãe, de neoplasia gástrica aos 73 anos. Possui dieta irregu-lar, rica em gorduras e carboidratos, fuma em média uma carteira de cigarros por dia há 35 anos e ingere uma a duas latas de cerveja por dia. No seu exame físico, verificou-se pressão arterial de 160x110 mmHg, frequência cardíaca de 72bpm, frequência respiratória de 16ipm, altura de 1,65, peso corporal 89 kg e circunferência abdominal de 106 cm. Você solicitou alguns exames complementares, que revelaram: relação de albumina/creatinina na urina de 100; creati-nina 1,1 mg/dL; ureia 54 mg/dl; sódio 137 mmol/L; potássio 4,2 mmol/L; colesterol total 245 mg/dl; HDL 25mg/dl; trigli-cerídeos 180mg/dl; ácido úrico 14.0 mg/dL; glicemia de jejum 140 mg/dl.

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31. Sobre o diagnóstico de diabetes dessa paciente, podemos afirmar que

A) devido ao alto risco cardiovascular o diagnóstico de diabetes já está estabelecido, não sendo necessário um teste

confirmatório. B) uma nova glicemia capilar de 140 confirmaria o diagnóstico. C) um teste oral de tolerância a glicose com valor de 135 após 2 horas da ingesta de 75g de glicose pode confirmar o

diagnóstico. D) uma glicemia capilar isolada de 180 confirmaria o diagnóstico. E) uma nova glicemia sérica de jejum com valor de 130 confirmaria o diagnóstico.

32. Para o tratamento da Hipertensão nessa paciente, a escolha mais adequada entre os medicamentos a seguir, para ser associda ao Enalapril, é

A) Clortalidona 25mg ao dia. B) Atenolol 25mg ao dia. C) Espironolactona 25 mg ao dia. D) Anlodipino 5mg ao dia. E) Clonidina 0,1mg a cada 8 horas.

33. Considerando que os escores de risco classificam essa paciente como alto risco, assinale a alternativa CORRETA sobre as drogas que poderiam ser utilizadas no tratamento da dislipidemia apresentada no caso

A) Devido à idade da paciente, estaria recomendado o tratamento com medidas de estilo de vida por 1 a 3 meses, e

caso persista com perfil lipídico alterado, iniciar com estatinas de baixa potência com incremento gradual. B) A melhor associação inicial é o uso de uma Estatina de baixa potência associada ao Ezetimibe, uma vez que reduz

o risco de dano hepático e de miopatia. C) Os inibidores do PCSK-9 são uma classe de drogas promissoras, no entanto, ainda não há estudos em pacientes

de alto risco e seu uso não está liberado no Brasil. D) Essa paciente deveria receber inicialmente a associação de uma Estatina de alta potência com um fibrato. E) Essa paciente deve receber tratamento inicial com estatinas de alta potência isolada ainda nesta consulta.

34. Na abordagem do etilismo dessa paciente, poderíamos utilizar o questionário CAGE para realizar uma triagem rápida sobre o grau de dependência alcoólica apresentada. Assinale a alternativa que NÃO contém uma das perguntas desse questionário.

A) Você tentou reduzir o consumo de bebida alcoólica? B) Você já se sentiu irritado quando consumiu álcool? C) Você já se sentiu aborrecido quando criticaram o seu hábito de beber? D) Você já se sentiu culpado pela maneira como costuma beber? E) Você costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca?

35. Considerando as recomendações mais atuais do USPTaskForce a respeito do screening para câncer de pulmão, podemos afirmar que essa paciente

A) apresenta indicação para Screening de câncer pulmonar com exame de tomografia com baixa dose de radiação, realizada anualmente.

B) apresenta indicação para Screening de câncer que deve ser realizado anualmente com citologia oncótica do escarro. C) apresenta indicação para Screening de câncer pulmonar com radiografia de tórax, realizada anualmente. D) apresenta indicação para Screening de câncer pulmonar que deve ser realizada anualmente com a associação de ra-

diografia de tórax com citologia do escarro. E) não possui indicação para Screening de câncer pulmonar.

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P R O V A O B J E T I V A

R E S I D Ê N C I A M É D I C A – I S C M C / H U C / H M S B

13 DE NOVEMBRO DE 2017

PRÉ-REQUISITO EM ORTOPEDIA OU CIRURGIA PLÁSTICA

L E I A A T E N T A M E N T E A S I N F O R M A Ç Õ E S E I N S T R U Ç Õ E S A B A I X O :

1. Esta PROVA contém 35 questões numeradas de 01 a 35.

As questões numeradas de 01 a 30 valerão 2,5 pontos e as questões numeradas de 31 a 35, referentes ao(s) caso(s) clínico(s), valerão 5 pontos cada.

2. Confira se a sua PROVA contém a quantidade de questões correta e se corresponde à sua ESPECIALIDADE. Em caso ne-gativo, comunique imediatamente ao fiscal de sala para a substituição da prova.

3. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên-cia, informe imediatamente ao fiscal de sala.

4. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu nome no local indicado.

5. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 05 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-nas uma responde corretamente à questão.

7. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe:

a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. b. Preencha totalmente o espaço compreendido no

retângulo correspondente à opção escolhida para resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. Preenchimento correto; Preenchimento incorreto; Preenchimento incorreto.

8. O tempo disponível para esta prova é de 03 (três) horas, com início às 14 horas e término às 17 horas.

9. Você poderá deixar o local de prova somente após as 15 horas.

10. O caderno de PROVA NÃO poderá ser levado pelo candidato. 11. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo,

no caso de:

a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal;

b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida 1 ( uma) hora do início da PROVA;

c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO-RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou caderno de PROVA;

d. ser surpreendido, durante a realização da PRO-VA, em comunicação com outras pessoas ou uti-lizando-se de livro ou qualquer material não permitido;

e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrôni-co ou de comunicação, bem como protetores auriculares sem a permissão da Comissão;

f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos traba-lhos, incorrendo em comportamento indevido;

g. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

RESPOSTAS

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1.

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3.

4.

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6.

7.

8.

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10.

11.

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14.

15.

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17.

18.

19.

20.

21.

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23.

24.

25.

26.

27.

28.

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30.

31.

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33.

34.

35.

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1. O eixo mecânico do membro inferior, que se estende desde o centro da cabeça femoral até o centro da articulação do tornozelo, encontra-se, em relação ao eixo vertical do corpo, em valgo de

A) 6 graus. B) 9 graus. C) 12 graus. D) 3 graus. E) 15 graus.

2. A estrutura que se encontra entre a cápsula articular coxofemoral e o nervo femoral é

A) o tendão do iliopsoas. B) a artéria femoral. C) a veia femoral. D) o músculo pectíneo. E) o músculo adutor magno.

3. Os dois tipos básicos de impacto fêmoro-acetabular descritos são

A) central e póstero-inferior. B) ãntero-lateral e central. C) Cam e Pincer. D) posterior e inferior. E) central e anterior.

4. O sistema de classificação de Cierny e Mader para osteomielite crônica descreve anatomicamente o tipo I como aquele

que

A) apresenta resposta imunológica normal à infecção. B) apresenta apenas fatores locais, e não sistêmicos, que comprometem a cura. C) manifesta pouca morbidade. D) pode ser excisado o sequestro cortical sem comprometer a estabilidade. E) acomete o endósteo.

5. Está associado(a) à Doença de Madelung o(a)

A) Síndrome da banda de constrição congênita. B) Ligamento de Vickers. C) Ligamento de Struthers. D) Mão Torta Radial. E) Displasia do Desenvolvimento do Quadril.

6. Entre os abaixo, pode ser considerado um ângulo talocalcaneano ântero-posterior normal, a medida de

A) 5 graus. B) 20 graus. C) 15 graus. D) 30 graus. E) 10 graus.

7. Na displasia de Meyer do quadril, são esperados os seguintes achados:

A) condensações da cabeça femoral. B) fraturas subcondrais. C) fragmentações. D) subluxações. E) cistos.

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8. Na artrogripose múltipla congênita, o ombro se encontra

A) rodado internamente e aduzido. B) rodado externamente e aduzido. C) rodado internamente e abduzido. D) rodado externamente, abduzido e com o trapézio alongado. E) rodado externamente, abduzido e com o trapézio encurtado.

9. A lesão fisária que mais comumente ocorre no primeiro metacarpal em crianças é, de acordo com Salter Harris, do tipo

A) I. B) III. C) II. D) IV. E) V.

10. A cirurgia de Bell Tawse, para tratamento do Monteggia crônico em crianças, envolve a retirada da

A) fáscia do extensor comum dos dedos. B) porção central da fáscia tricipital. C) fáscia do extensor radial longo do carpo. D) fáscia do extensor ulnar do carpo. E) fáscia do extensor radial curto do carpo.

11. A Artéria de Adamkiewicz

A) é o menor do vasos importantes que alimentam a medula. B) localiza-se no lado direito. C) corre junto com o tronco póstero-lateral. D) situa-se no nível T9-T11. E) alimenta o pedículo das vértebras torácicas.

12. As fraturas do tornozelo que cursam com fratura-avulsão transversa da fíbula abaixo do nível da articulação e fratura

vertical do maléolo medial são causadas por

A) supinação-eversão. B) pronação- rotação externa. C) pronação-rotação interna. D) pronação-abdução. E) supinação-adução.

13. A síndrome da dor complexa regional tipo II é também chamada

A) Distrofia simpático reflexa. B) Sudeck. C) Síndrome de Leriche. D) Causalgia. E) Alodínia.

14. Os clampes usados para microcirurgia de pequenos vasos devem ter pressão menor do que

A) 30g/mm². B) 60g/mm². C) 90g/mm². D) 120g/mm². E) 150g/mm².

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15. Após limpeza e debridamento de extremidades a serem reimplantadas, deve-se ter como primeiro passo o

A) reparo do mecanismo extensor. B) reparo arterial. C) reparo nervoso. D) reparo venoso. E) encurtamento e fixação óssea.

16. O retalho iliofemoral recebe seu principal suprimento arterial pela artéria

A) circunflexa profunda. B) circunflexa superficial. C) femoral profunda. D) femoral superficial. E) epigástrica superficial superior.

17. O retalho lateral do braço tem como dimensão máxima

A) 5 cm X 10 cm. B) 18 cm X 24 cm. C) 10 cm X 15 cm. D) 6 cm X 11 cm. E) 4 cm X 8 cm.

18. O músculo serrátil anterior tem suas digitações inferiores vascularizadas pela artéria

A) torácica lateral. B) torácica longa. C) torácica anterior. D) toracodorsal. E) intercostal inferior.

19. Após uma enxertia em segundo tempo de tenoplastia do dedo médio, o paciente obteve boa excursão do tendão, mas

não conseguia mais fletir totalmente os demais dedos que não tinham sofrido lesão, pois o dedo operado alcançava a palma da mão antes dos demais. A esse efeito, dá-se o nome de

A) Tenodese. B) Marshall Wilkins. C) Robinson. D) Aderência. E) Quadriga.

20. Após um reparo tendinoso em segundo tempo, o paciente desenvolveu um dedo “lumbrical plus”. Isso geralmente ocor-

re devido a(o)

A) ter sido imobilizado no pós-operatório com tala dorsal em posição intrinsic plus. B) enxerto ter sido deixado muito longo. C) ter sido imobilizado no pós-opertório com tala dorsal em posição intrinsic minus. D) ter sido iniciada imobilização precoce com protocolo inadequado. E) paciente ter removido a tala antes do recomendado.

21. Na fratura de Bennett, o deslocamento lateral da diáfise do primeiro metacarpal é devido à ação do músculo

A) Extensor curto do polegar. B) Adutor do polegar. C) Primeiro interósseo dorsal. D) Abdutor longo do polegar. E) Oponente do polegar.

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22. Inerva o músculo abdutor longo do polegar o nervo

A) mediano. B) ulnar. C) interósseo posterior. D) musculocutâneo. E) derivado da raiz de C5.

23. Dos músculos intrínsecos da região tenar, o que se encontra na região mais proximal entre os abaixo é o

A) flexor curto do polegar cabeça superficial. B) oponente do polegar. C) abdutor curto do polegar. D) abdutor longo do polegar. E) flexor curto do polegar cabeça profunda.

24. O músculo oponente do dedo mínimo tem sua inervação dada pelo nervo

A) mediano. B) radial. C) interósseo posterior. D) interósseo anterior. E) ulnar.

25. Entre os abaixo, o portal artroscópico mais frequentemente utilizado para visualização da articulação radiocárpica é o

A) 3-4. B) 1-2. C) 6R. D) 6U. E) 2-3.

26. A classificação de Lichtman que mostra subluxação rotatória do escafoide secundária à osteonecrose do semilunar

corresponde ao grau

A) IIIA. B) II. C) IV. D) IIIB. E) V.

27. A estrutura que geralmente NÃO é acometida na doença de Dupuytren é o(a)

A) ligamento de Grayson. B) ligamento de Cleland. C) ligamento natatório. D) banda espiral. E) corda retrovascular.

28. A compressão direta do polegar do examinador sobre o túnel do carpo, por 30 segundos, tem o nome de teste de

A) Phalen. B) Tinel. C) Durkan. D) Finkelstein. E) Lowenstein.

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29. O tumor ósseo maligno primário mais comum na mão é o

A) condrossarcoma. B) histiocitoma fibroso. C) sarcoma osteogênico. D) fibrossarcoma. E) osteossarcoma.

30. A sindactilia mais comum é a que ocorre entre os dedos

A) anular e mínimo. B) indicador e médio. C) médio e anular. D) indicador, médio e anular. E) médio, anular e mínimo.

CASO CLÍNICO

Criança do sexo masculino, 6 anos de idade, é trazida à emergência pelos pais que relataram o menor ter caído da árvore com o cotovelo estendido. A radiografia mostra uma fratura supracondiliana umeral desviada, sem contato entre os fragmentos.

31. A respeito desse tipo de fratura, pode-se dizer que, quando ocorre paralisia nervosa, o nervo mais frequentemente

acometido é o

A) radial. B) interósseo posterior. C) mediano. D) ulnar. E) interósseo anterior.

32. A radiografia do cotovelo em crianças dessa idade, habitualmente deverá mostrar ossificação do(a)

A) tróclea. B) olécrano. C) epicôndilo lateral. D) epicôndilo medial. E) intercôndilo.

33. Se o ângulo de Baumann, a ser estudado nesses casos, apresentar um desvio de mais de 5 graus, indicará uma de-

formidade no plano

A) axial. B) sagital. C) oblíquo. D) vertical. E) coronal.

34. O subtipo de De Boeck, para fratura supracondiliana do úmero, traduz comprometimento do (a)

A) capítulo. B) coluna medial. C) cabeça do rádio. D) epicôndilo lateral. E) processo coronoide.

35. No caso de diminuição do pulso da artéria radial, com a palma da mão rósea, a conduta imediata deverá ser

A) redução e fixação da fratura. B) arteriografia. C) avaliação da cirurgia vascular. D) exploração vascular cirúrgica pelo plantonista ortopedista. E) imobilização provisória do cotovelo em extensão.

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