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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO JATAIZINHO - 2012

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PEDRO VIRIATO

PARIGOT DE SOUZA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

P R O J E T O

POLÍTICO PEDAGÓGICO

JATAIZINHO - 2012

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 11

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13

2 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA ....................................................................... 14

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................ 14

2.2 MAPEAMENTO DA ESCOLA .................................................................. 15

2.3 HISTÓRICO DA ESCOLA ........................................................................ 12

2.4 ORGANOGRAMA .................................................................................... 15

DIREÇÃO ......................................................................................................... 15

2.5 PERFIL DA COMUNIDADE ..................................................................... 16

2.6 MODALIDADE DE ENSINO ..................................................................... 17

2.6.1 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES ............................................... 17

2.7 PORTE DA ESCOLA ............................................................................... 19

2.8 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR ..... 19

2.9 TURNO DE FUNCIONAMENTO ............................................................... 20

3 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................... 20

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................... 21

4 MARCO SITUACIONAL ................................................................................ 23

4.1 SOCIEDADE ............................................................................................ 23

4.2 ESCOLA .................................................................................................. 24

4.2.1 DESISTÊNCIA ...................................................................................... 28

4.2.2 APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO .......................................................... 29

4.3 ALUNO ................................................................................................... 30

4.4 PROFESSOR ........................................................................................... 31

4.5 FUNCIONÁRIO ........................................................................................ 32

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4.6 DESCRIÇÃO DAS REALIDADES SOCIAIS EM QUE A ESCOLA ESTÁ

INSERIDA ...................................................................................................... 33

4.6.1 NOSSO PAÍS ........................................................................................ 33

4.6.2 NOSSO ESTADO .................................................................................. 35

4.6.3 PERFIL DO NOSSO MUNICÍPIO .......................................................... 37

4.7 A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA – PRÁTICA ............................ 39

4.8 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS .................................................................... 42

4.8.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ................................... 45

4.9 REGIME ESCOLAR – REGIME DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA ..... 47

4.9.1 ATO DE APROVAÇÃO ......................................................................... 47

4.10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................. 49

4.10.1 CURRÍCULOS E PROGRAMAS .......................................................... 49

4.10.2 VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR .................................. 49

4.10.2 .1 AVALIAÇÃO ................................................................................... 49

4.10.2.14 REGISTRO, ESCRITURAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES .......... 61

4.10.2.15 DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E SANÇÕES DA

COMUNIDADE ESCOLAR ............................................................................. 61

4.10.2.16 DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS .................................. 62

4.10.2.17 INCLUSÃO DE ALUNOS ............................................................... 62

4.11 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA ......................................................... 63

4.12 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................. 64

4.13 NORMAS DE CONVIVÊNCIA E TRATAMENTO DISPENSADO AOS PAIS

E ALUNOS .................................................................................................... 65

4.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS ........................................................ 67

4.14.1 SALA DE APOIO ................................................................................ 67

4.14.2 ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO .......................................... 68

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4.14.3 OUTRAS FORMAS DE ATENDIMENTO ............................................. 69

4.14.4 INCLUSÃO ........................................................................................ 70

4.14.5 ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO ................................. 71

4.15 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ................................................................ 71

4.16 RECURSOS ........................................................................................... 72

4.16.1 RECURSOS FINANCEIROS ............................................................... 72

4.16.2 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E TECNOLÓGICOS ................... 72

4.16.3 RECURSOS HUMANOS (2012) .......................................................... 75

4.16.3.1 EQUIPE ADMINISTRATIVA ............................................................. 75

4.16.3.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ................................................................... 76

4.16.3.3 EQUIPE DE APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO .......................... 76

4.16.3.3.1 AGENTE EDUCACIONAL II .......................................................... 76

4.16.3.3.2 AGENTE EDUCACIONAL I ........................................................... 76

4.16.3.3.3 AGENTE DE LEITURA .................................................................. 77

4.16.3.4 CORPO DOCENTE .......................................................................... 77

5 MARCO CONCEITUAL ................................................................................. 79

5.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 79

5.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DE MUNDO ........................................ 80

5.3 CONCEPÇÃO DE ESPAÇO ..................................................................... 82

5.4 CONCEPÇÃO DE TEMPO ....................................................................... 83

5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................... 83

5.6 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................ 85

5.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ............................................................... 86

5.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ............................................................... 87

5.9 CONCEPÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES ................................ 89

5.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ..................................................... 90

5.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ................................................................... 91

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5.12 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ................................................................... 92

5.14 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ....................................... 93

5.15 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................. 94

5.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA .......................................................... 96

5.17 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA ................................................................... 97

5.18 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO FISCAL ................................................ 98

5.19 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO ............................................................. 100

5.20 CONCEPÇÃO DE TRABALHO ............................................................ 101

5.21 CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO .................................................... 101

5.22 CONCEPÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .......................................... 102

5.23 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO ....................................................... 103

5.24 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA ............................................................... 105

5.25 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO,

PERMANÊNCIA, CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES E

QUALIDADE DE ENSINO– APRENDIZAGEM ........................................... 106

5.25.1 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ..................................... 106

A) PARTICIPAÇÃO DOS PAIS: .................................................................. 107

B) CONSELHO ESCOLAR / APMF: ........................................................... 108

C) ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA: .......................................... 108

D) GRÊMIO ESTUDANTIL: ......................................................................... 108

E) CONSELHO DE CLASSE: ..................................................................... 108

5.25.2 ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE DE ENSINO ................... 109

5.25.3 CAPACITAÇÃO CONTINUADA ........................................................ 109

5.25.4 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO ....................................................... 111

5.26 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA .................................................. 112

5.26.1 DINÂMICA DO CURRÍCULO; REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO

PEDAGÓGICO; CONFIGURAÇÃO DA MATRIZ TEÓRICA ......................... 112

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5.26.2 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO

FUNDAMENTAL .......................................................................................... 114

5.26.2.1 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO CURSO

PROFISSIONALIZANTE - FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO

INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (INTEGRADO E

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS) ........................................................... 115

5.26.3 PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS........................................................... 118

5.26.4 TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO .................................. 118

5.26.5 A PRÁXIS COMO PRINCÍPIO CURRICULAR .................................. 119

5.27 TRABALHO COLETIVO ..................................................................... 120

5.27 .1 – PRÁTICA TRANSFORMADORA ................................................... 120

5.28 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO-

PEDAGÓGICO ............................................................................................ 121

5.28.1 O QUE SE QUER PARA OS ALUNOS ............................................. 121

5.28.2 QUE ESCOLA QUEREMOS .............................................................. 121

5.28.3 SONHAR E CONSTRUIR JUNTOS ................................................... 122

INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES ........................................ 122

ENSINO FUNDAMENTAL – SEGUNDO SEGMENTO .................................... 122

ARTE.............................................................................................................. 125

6º ANO ........................................................................................................ 130

7º ANO ........................................................................................................ 136

8º ANO ........................................................................................................ 143

9º ANO ........................................................................................................ 150

CIÊNCIAS ...................................................................................................... 173

6º ANO ........................................................................................................ 185

7º ANO ........................................................................................................ 190

8º ANO ........................................................................................................ 192

9º ANO ........................................................................................................ 194

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EDUCAÇÃO FÍSICA ....................................................................................... 205

MATEMÁTICA ................................................................................................ 218

6º ANO ........................................................................................................ 219

7º ANO ........................................................................................................ 220

8º ANO ........................................................................................................ 221

9º ANO ........................................................................................................ 223

ENSINO RELIGIOSO ...................................................................................... 227

6º ANO ........................................................................................................ 230

7º ANO ........................................................................................................ 231

GEOGRAFIA .................................................................................................. 237

6º ANO ........................................................................................................ 240

7º ANO ........................................................................................................ 241

8º ANO ........................................................................................................ 241

9º ANO ........................................................................................................ 242

HISTÓRIA ...................................................................................................... 246

6º ANO ........................................................................................................ 255

7º ANO ........................................................................................................ 257

8º ANO ........................................................................................................ 259

9º ANO ........................................................................................................ 261

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ............................................................. 268

LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................ 280

6º ANO ........................................................................................................ 283

7º ANO ........................................................................................................ 285

8º ANO ........................................................................................................ 287

9º ANO ....................................................................................................... 290

PROPOSTA PEDAGÓGICA ........................................................................... 297

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO ................................................................ 297

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ARTES ........................................................................................................... 298

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 298

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 299

BIOLOGIA ...................................................................................................... 301

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 302

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 303

3ª SÉRIE ...................................................................................................... 305

EDUCAÇÃO FÍSICA ....................................................................................... 308

FÍSICA ............................................................................................................ 314

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 315

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 317

3ª SÉRIE ..................................................................................................... 318

GEOGRAFIA .................................................................................................. 322

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 324

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 325

3ª SÉRIE ...................................................................................................... 325

HISTÓRIA ...................................................................................................... 328

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 329

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 329

3ª SÉRIE ...................................................................................................... 330

LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................... 333

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 334

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 337

3ª SÉRIE ...................................................................................................... 339

MATEMÁTICA ................................................................................................ 344

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 345

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 346

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3ª SÉRIE ...................................................................................................... 347

QUÍMICA ........................................................................................................ 349

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 350

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 350

FILOSOFIA .................................................................................................... 352

SOCIOLOGIA ................................................................................................. 355

L.E.M. – INGLÊS ............................................................................................ 360

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: ............................................. 360

1ª SÉRIE ...................................................................................................... 362

2ª SÉRIE ...................................................................................................... 362

3ª SÉRIE ...................................................................................................... 363

MATRIZES CURRICULARES ........................................................................ 365

NO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................ 365

NO ENSINO MÉDIO ....................................................................................... 365

ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES ...................................................... 367

PLANO DE AÇÃO .......................................................................................... 367

I – TÍTULO DO PROJETO: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. . 367

I – TÍTULO DO PROJETO: “LIXO ÚTIL” ..................................................... 371

I – TÍTULO: FESTAS JUNINAS ................................................................... 373

PROJETO: HORA DA LEITURA .................................................................. 374

PROJETO: JOGOS ESCOLARES ............................................................... 376

PROJETO: DANÇA E GINCANA NA ESCOLA ............................................ 377

PROJETO: FEIRA DE CIÊNCIAS ................................................................ 379

SUB-PROJETO FEIRA DE CIÊNCIAS ......................................................... 381

TÍTULO DO PROJETO: EMPINAR PIPA ..................................................... 386

I – TÍTULO DO PROJETO: PERNADA ESPORTIVA ................................... 387

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APRESENTAÇÃO

O presente projeto está fundamentado na LDB, Lei 9394/96 em seus

artigos12, 13 e 14 descritos a seguir:

Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e

as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I – elaborar e executar sua proposta pedagógica.

Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da

proposta pedagógica.

Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática

do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

Também é sua função ministrar a Educação Básica e Educação Profissional,

com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, vedada

qualquer forma de discriminação e segregação;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte

e o saber;

III – gratuidade de ensino público;

IV – respeito à liberdade e apreço a tolerância; V – valorização dos

profissionais de ensino; VI – gestão democrática e colegiada da escola; VII –

garantia de uma educação básica unitária; VIII – garantia de padrão de qualidade;

IX – valorização da experiência extra-escolar; X – vinculação entre a

educação escolar, trabalho e as práticas sociais; XI – direito de ser respeitado por

seus educadores; XII – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às

instâncias escolar e superiores; XIII – direito de organização e participação em

entidades estudantis; XIV – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua

residência.

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O Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da

escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de

caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os

envolvidos com o processo educativo.

Ele será o alicerce para a concretização dessas ações, pois foi realizado em

conjunto com professores, funcionários, direção, vice-direção, equipe pedagógica,

Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, priorizando a situação real do dia a dia do Colégio Estadual Prof. Pedro

Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e Médio.

Sua finalidade é dar rumo, direção ao Colégio, no sentido de garantir o

cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também,

suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas no período referido,

além dos resultados obtidos em 2010 e 2011, especialmente quanto ao desempenho

dos alunos. Para tanto, são apresentados os métodos de gestão dos recursos

existentes e gestão pedagógica, o nível de formação da equipe de profissionais

atuantes no estabelecimento e os planos de formação continuada para docentes, a

proposta pedagógica curricular, por níveis e modalidades, e seus objetivos e os

projetos em desenvolvimento.

É um projeto pedagógico, definido pelo seu teor e objetivos, e apresenta,

também, caráter político, por estar implícito seu compromisso, definido pela

coletividade escolar, de atender a sociedade e de expressar a realidade da escola,

bem como os fundamentos teórico-conceituais que embasam todas as ações por ela

desenvolvidas. Portanto, a elaboração deste documento implica em um “pensar

sobre” aquilo que fazemos na escola tendo em vista sua função social.

Além de ser um documento orientador na gestão do Colégio, é uma fonte de

consulta periódica para o corpo docente e funcionários administrativos, pais e

responsáveis, público acadêmico e para a comunidade, na busca de informação

sobre a escola e o ensino público de modo geral.

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1 INTRODUÇÃO

Este Projeto Político Pedagógico foi construído por meio de estudos,

pesquisas, diagnóstico da comunidade escolar e análise coletiva dos principais

problemas e dificuldades desta instituição escolar.

Para re-elaboração deste Projeto Político Pedagógico houve uma participação

ativa e organizada de professores, direção, funcionários, coordenação pedagógica,

pais, alunos e comunidade.

A organização do Projeto Político Pedagógico foi subdividida em itens: o

primeiro item apresenta a identificação do estabelecimento, com seus aspectos

históricos, caracterização da comunidade escolar, condições físicas, materiais e de

recursos humanos. O segundo item aborda a organização da entidade escolar,

apresentando as modalidades, turno de funcionamento e número de turmas, alunos,

professores, pedagogos, funcionários e salas de aula, bem como os ambientes

pedagógicos de que a escola dispõe.

Em seguida o item três apresenta o diagnóstico do estabelecimento de

ensino, destacando avanços da prática pedagógica e problemas relativos à gestão

escolar, aprendizagem, participação dos pais, formação continuada dos profissionais

da educação, índices e aproveitamento escolar e relação entre profissionais da

escola e discentes.

No item quatro, constam as concepções, teorias e filosofia que sustentam o

processo ensino/aprendizagem neste estabelecimento de ensino; bem como os

princípios didático-pedagógicos abordando os princípios de gestão democrática,

currículo, as tecnologias, o processo ensino aprendizagem e avaliação (concepção,

formas de registro, periodicidade, critérios, instrumentos e recuperação de

conteúdos). Este item contempla os objetivos da escola, as Diretrizes curriculares

que norteiam a ação desta escola, os critérios de organização do tempo e do espaço

escolar, a organização curricular, as intervenções pedagógicas, a inclusão

educacional, os programas e atividades integradoras do currículo, a proposta de

formação continuada e o acompanhamento e realização da hora atividade.

A seguir é apresentado o Plano de ações da escola com programas e ações

de curto, médio e longo prazo. As ações partem dos problemas levantados e

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articulam as instâncias colegiadas, família, rede de apoio, PTD, formas de

acompanhamento e avaliação institucional do PPP.

Ao final é apresentada a Proposta Curricular e Projetos a serem executados

nesse período.

2 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e

Médio.

Código: 00216

Endereço: Avenida Nicola Pansardi 325 – Centro.

Telefone: (43) 3259 2165 Telefone – Fax: (43)3295 2165

CEP: 86.210-000

Município: Jataizinho – PR. Código do Município: 1280

Dependência Administrativa: Estadual

Código: 02

NRE: Cornélio Procópio Código: 08

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado do Paraná Ato de Autorização de

Funcionamento do Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza:

Resolução Dec. nº. 4261/77 – DOE 06/12/77

Ato de Reconhecimento do Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot

de Souza: Resolução Dec. nº3658/83 DOE 11/83

Ato de Renovação de Reconhecimento do Colégio Estadual Professor Pedro

Viriato Parigot de Souza:

Resolução – Ensino Fundamental – nº 6449/2012 - DOE 12/11/2012

Resolução – Ensino Médio - nº 1322/09 - DOE 26/06/2009

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar do Colégio Estadual

Professor Pedro Viriato Parigot de Souza: Resolução nº 047/94-28/02/94.

Atos Legais das Instâncias Colegiadas

APMF Ato nº 1836 Livro A. pg. 22 de 05/09/2011

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Grêmio Estudantil - Ata de Posse do GEMAE 28/07/2011 – pg. 05

Conselho Escolar - Ata Eleição 19/03/2012- Biênio 2012 à 2014 Livro Ata pg. 91

Distância do Colégio do NRE: 40 km

Localização: Zona Urbana

Site do Colégio: http://www.jznpedrosouza.seed.pr.gov.br/

E-mail: [email protected]

2.2 MAPEAMENTO DA ESCOLA

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2.3 HISTÓRICO DA ESCOLA

O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino

Fundamental e Médio foi construído pelo governo do Estado do Paraná na gestão do

Excelentíssimo Senhor Doutor Emílio Hoffman Gomes em convênio com o DEDE-

FUNDEPAR e pela prefeitura do nosso Município, tendo como Prefeito na época o

Exmo. Sr. Orlando Sales Striquer.

O nome do Colégio foi dado em homenagem ao ex-Governador, Professor

Pedro Viriato Parigot de Souza, que liberou e deixou disponível a verba para sua

execução. Pedro Viriato Parigot de Souza, foi governador do Paraná de 1971 a 1973

e faleceu no exercício do cargo, vítima de um câncer.

Os cursos de 2º Grau que o referido Colégio ofertou iniciaram suas atividades

em 07 de março de 1964, no prédio da Escola Estadual Joana H. M. Borba, onde

permaneceu até o ano de 1976. O primeiro a ser criado foi o curso Normal de Grau

Colegial “Dr. Vicente Machado”, pelo Decreto Nº 14189/64 e, ainda, o Colégio

Comercial de Jataizinho, criado pelo Decreto Nº 3547/66 e autorizado a funcionar

pela Portaria Nº 7019/66.

Em 1977 começou a funcionar a Escola Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza

– Ensino de 1º Grau, criada pelo Decreto Nº 4261/77, que reorganizou os

estabelecimentos e criou o Complexo Escolar Frei Timóteo no Município de

Jataizinho. A partir daí, os cursos de 2º Grau passaram a funcionar todos juntos na

nova escola.

Em 1979, com o Parecer Nº 034, foi aprovado o Projeto de implantação de

Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Comercial Estadual de

Jataizinho e da Escola Normal Colegial “Dr. Vicente Machado” com habilitação plena

de Contabilidade e Magistério, bem como a habilitação Básica em Química.

O Curso Básico em Química foi implantado com o Parecer Nº 034/79,

autorizado a funcionar pela Resolução Nº 1258/81, reconhecido pela Resolução Nº

3658/83, e em 1985, começou a ser extinto por falta de alunos.

Com a resolução Nº 1258/81 foi autorizado a funcionar o Colégio Professor

Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da

reorganização da Escola Normal Colegial Estadual “Dr. Vicente Machado”, do

Colégio Comercial de Jataizinho e da reunião da Escola Professor Pedro Viriato

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Parigot de Souza – Ensino de 1º Grau, começando assim a implantar a Lei Nº

5692/71. O Plano de Implantação da Lei Nº 5692/71 – Ensino de 1º Grau foi

aprovado com o Parecer Nº 052/77. O Ensino de 1º Grau desta escola não teve

existência legal antes da vigência desta Lei.

A Resolução Nº 3658/83, reconheceu o curso de 2º Grau – Regular na

habilitação plena de Contabilidade e Básica em Química.

A denominação da Escola foi oficializada pela Resolução Nº 628/83 que

passou a ser Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensinos de 1º

e 2º Graus.

A Resolução Nº 3594/85 prorrogou o período de autorização do curso de

Magistério. O reconhecimento da habilitação do Magistério foi feito pela Resolução

Nº 4112/86, que integrou o reconhecimento originalmente declarado pela Resolução

Nº 3658/83.

Foi autorizado o funcionamento de uma classe especial – Deficiente Mental

com a Resolução nº 2213/88, e uma Classe Especial – Deficiente Auditivo com a

Resolução nº 3726/88, que transformou a instituição em um Centro de Atendimento

Especializado.

O sistema de Avaliação vigente a partir de 1994 foi aprovado com Ato

Administrativo Nº 4194.

A Resolução Nº 168/94 autorizou a prorrogação das Classes Especiais de

Deficiente Mental e do Centro de Atendimento Especializado de Deficientes

Auditivos.

Em 1990 foi criado no colégio mais uma Classe Especial na área de

Deficiência Mental com a Resolução Nº 2981/90. Foi, também, autorizado o

funcionamento de um Centro de Atendimento Especializado na Área de Deficiência

Visual com a Resolução Nº 1025/90.

A Prorrogação por cinco anos a partir de 1993 das quatro primeiras séries do

Ensino de 1º Grau foi amparada pela Resolução Nº 327/93.

A Instrução Conjunta Nº 02/90 deliberou a duração do Curso de Magistério

para quatro anos, com carga horária de 4104 horas/aula, para o período diurno que

funcionava no Colégio.

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Foi autorizado a partir do ano letivo de 1994 o funcionamento da 4ª Série da

Habilitação Técnico em Contabilidade, com a Resolução Nº 1543/94. O Colégio,

então, passou a expedir o Diploma de Técnico em Contabilidade no final da 4ª Série.

O Curso de Educação Geral foi implantado a partir da Resolução Nº 6103/93

para que tivesse início no ano letivo de 1994.

O projeto de implantação do CBA – 4 anos, Ciclo Básico como um

prolongamento do tempo de Alfabetização, foi autorizado a partir de 17 de abril de

1998, pelo Parecer Nº 132/98.

Foi cessada a autorização de funcionamento de forma gradativa, obedecendo

ao cronograma, dos cursos: Habilitação Auxiliar / Técnico em Contabilidade, sob

Resolução Nº 2278/97, Habilitação Magistério pela Resolução Nº 2044/97.

Ficou autorizado o funcionamento de uma Sala de Recursos, Área de

Deficiência Mental e Distúrbio de Aprendizagem, pela Resolução Nº 948/99.

Através do Ato Administrativo Nº 325/98, considerando a Lei Nº 9394/98,

Deliberação Nº 003/98 – CEE e Resolução Nº 3120/98 DG/SEED, mudou-se a

nomenclatura do estabelecimento, que passou a ser denominado Colégio Estadual

Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e Médio.

A Resolução Nº 274 de 01/02/02, tratou do processo de municipalização do

Ensino Fundamental, passando este Estabelecimento de Ensino, a partir de

02/07/01, a ofertar somente o Ensino Médio. Com isso a nomenclatura do

Estabelecimento mudou para Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza

– Ensino Médio.

Através da Resolução Nº 2311/05, foi reconhecido neste Estabelecimento o

Ensino Fundamental – segundo segmento, passando a ofertar mais este ensino,

voltando o colégio a ser denominado Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de

Souza – Ensino Fundamental e Médio.

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2.4 ORGANOGRAMA

SECRETARIA

EQUIPE

PEDAGÓGICA

AUXILIAR

ADMINISTRATIVO

PROFESSORES

SERVIÇOS

GERAIS

ALUNOS

COMUNIDADE

DIREÇÃO

VICE-

DIREÇÃO

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2.5 PERFIL DA COMUNIDADE

A comunidade em que o colégio está inserido é composta principalmente por

alunos pertencentes à classe média e baixa. O êxodo rural e desativação das

cerâmicas que eram uma das atividades que mais forneciam empregos para a

população do município são responsáveis pelos problemas sócio-econômicos

existentes atualmente na comunidade. Daí advém as necessidades e expectativas

junto à comunidade escolar, compondo-se de jovens que esperam adquirir um nível

de escolaridade melhor.

O corpo docente do Colégio apresenta professores legalmente habilitados

que através de cursos de atualização e /ou capacitação introduzem as novas

metodologias e tecnologias com constante aperfeiçoamento em relação à prática

pedagógica.

O Colégio busca a democratização do ensino, comprometendo-se

radicalmente na redução da evasão e repetência tanto do 6º ao 9º anos, como no

Ensino Médio, através da implementação de recursos propostos pela SEED: sala de

recursos e sala de apoio pedagógico, bem como a recuperação de estudos segundo

a Lei de LDB 9394/96 e Regimento Escolar.

Analisando as características já mencionadas, buscamos proporcionar ao

aluno um ambiente pedagógico e cultural rico, favorecendo a melhoria da qualidade

de vida e uma participação consciente na vida social. Portanto, para atender a esta

clientela heterogênea, necessitamos de uma proposta pedagógica que lhe possibilite

a compreensão dos conteúdos, pois muitos dos nossos alunos chegam à escola

com uma bagagem insuficiente de conhecimento, devido à falta de acesso aos

recursos materiais necessários e à carência de leitura e escrita.

Apesar destas dificuldades, os alunos vêm para o colégio atraídos pela

qualidade de ensino, pois acreditam que a função da escola é a da transmissão de

conhecimento; também consideram que a Educação Pública pode melhorar e isso

não depende só deles e dos professores, mas de todo o sistema educacional.

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2.6 MODALIDADE DE ENSINO

2.6.1 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES

Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atender ao disposto nas

Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Base da Educação

9394/96, e ministrar o Ensino Fundamental (6º ao 9º anos) e o Ensino Médio (1ª a 3ª

séries), observadas em cada caso, a legislação e as norma especificamente

aplicáveis.

A partir de 2012 houve a implantação simultânea do ensino fundamental com

duração de nove (09) anos (finais), passando a ter a seguinte nomenclatura:

5ª série 6° ano

6ª série 7° ano

7ª série 8° ano

8ª série 9° ano

Obs.: Matriz em anexo.

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental de 09 anos de forma

simultânea, este Estabelecimento escolar considera como Amparo Legal a LDB nº

9394/96, Resolução no 7/2010 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Nacionais para o

Ensino Fundamental de 09 (nove) anos; Deliberação no 03/2006 – CEE/CEB e o

Parecer nº 407/2011.

Tem como referência pedagógica as Diretrizes Curriculares Estadual do

Paraná (DCE) que consideram os conteúdos como meios para que os alunos

possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

A organização curricular para o curso de Ensino Fundamental tem

estruturação por disciplinas, distribuídas em séries anuais respeitando as

orientações previstas na Instrução no 008/2011 – SUED/SEED.

O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza funciona com 1033

alunos, distribuídos em três (03) turnos. No matutino com onze (11) turmas

regulares e uma (01) turma de Sala de Apoio, no período da tarde também com

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onze (11) turmas e no período da noite com sete (07) turmas regulares e duas (02)

de formação de Docente Descentralizado.

Curso Turno Série* Turmas Matrículas

ENSINO FUND.6/9 ANO-

SERIE

Manhã 9º 2 64

Tarde 6º 3 85

7º 4 107

8º 3 101

9º 1 32

ENSINO MÉDIO Manhã 1º 4 161

2º 3 120

3º 2 79

Noite 1º 3 137

2º 2 97

3º 2 75

SALA R.

MULTIFUNCIONAIS-

S.FI.EM

Manhã 0 1 3

FORMAÇÃO DE

DOCENTE

DESCENTRALIZADO

Noite 2º 1 21

3º 1 22

Total 32 1058

Fonte: INEP Data: 31/08/2012

Obs.: alunos da Formação de Docente Descentralizado não são computados como

alunos do Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, mas sim do

Colégio Estadual Cecília Meireles de Sertaneja – PR

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• Programa Sala de Apoio com 4 turmas assim distribuídas:

2 turmas de português com 20 alunos

2 turmas de matemática com 20 alunos

TOTAL DE ALUNOS: Nos cursos, programas e modalidades: 1058 alunos.

2.7 PORTE DA ESCOLA

Atualmente, de acordo com a classificação da SEED o porte do Colégio Estad

ual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza é classificado no nível 04 (quatro).

2.8 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR

PROFESSOR

Os critérios utilizados para a organização das turmas e distribuição de aulas

por professor, de acordo com suas respectivas áreas, são regulamentados por

Instrução própria, normatizadas pela SEED (Secretaria de Estado da Educação).

A Resolução Nº 6007/2006, em seu Art. 2º, especifica que “A distribuição de

aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica, far-se-

á com a observância das normas e diretrizes contidas na Lei, considerando-se a

jornada de trabalho dos professores a soma das horas aula e das horas – atividade”.

A organização das turmas dá-se a partir de dados levantados em conselho de

classe, do acompanhamento da equipe pedagógica, da observação cotidiana e da

observância da equidade do número de alunos.

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2.9 TURNO DE FUNCIONAMENTO

O horário de funcionamento do Colégio é regido de acordo com a Lei de

Diretrizes e Bases Nacional (LDBN) no 9394/96 conforme artigo 24: “A Educação

básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as

seguintes regras comuns:

I – A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um

mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado

aos exames finais, quando houver.

As disciplinas são organizadas em aulas de 50 minutos.

O colégio funciona em três turnos assim descritos:

Período Matutino 7:30 às 12:00 h. – Ensino Fundamental e Médio.

Intervalo das 10:00 às 10:15

Período Vespertino 13:00 às 17:25 h. – Ensino Fundamental e Médio.

Intervalo das 15:30 às 15:45

Período Noturno 19:00 às 23:10 h. – Ensino Médio e Formação de Docente

Descentralizado

Intervalo das 20:40 às 20:50

3 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Sistematizar a organização do trabalho pedagógico, coordenando e

acompanhando a elaboração coletiva e a execução do Plano de Ação da Escola; da

Proposta Curricular, em consonância com a LDB 9394/96 a partir das políticas

educacionais da SEED/PR, possibilitando a reflexão, o respeito do que está sendo

efetivamente proposto e implementado no processo – ensino – aprendizagem,

tornando acessível aos envolvidos no processo, o acompanhar, o avaliar, o mediar,

o investir, o articular, o coordenar o trabalho pedagógico, na forma de Projeto

Político Pedagógico, como instrumento de validação das ações e/ou

redirecionamento dos mesmos.

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“Se sonharmos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos

violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a

qualquer possibilidade dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar,

de compreender, e escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo”.

(Freire, P. 1997, p. 58-59)

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Propiciar aos educandos um ensino de qualidade onde a justiça curricular se

apresente na forma de conteúdos prioritários e com aprendizagem

significativa, porém prazerosa, diminuindo desta forma os índices da evasão e

repetência;

b) Formar sujeito consciente de sua ação histórica na construção de uma

sociedade mais justa e humana;

c) Buscar melhores condições de vida em seus aspectos sociais, políticos,

econômicos, culturais, entre outros;

d) Instrumentalizar o sujeito, via apropriação do conhecimento, na construção de

saberes que possibilitem compreender e analisar criticamente a realidade

social, no sentido de promover ações transformadoras.

e) Intensificar a participação de todos os segmentos colegiados nas atividades

realizadas pelo Colégio para que haja articulação e integração da

comunidade escolar.

f) Refletir sobre a prática docente, avaliando os resultados obtidos e

sistematizando conclusões a respeito de forma a aprimorar seus trabalhos;

g) Possibilitar uma formação pedagógica e social, de forma que o aluno possa

atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável pautado

por princípios da ética democrática - dignidade, respeito mútuo, justiça,

participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade;

h) Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,

integrando as diversas associações existentes (APMF, Conselho Escolar,

dentre outras), buscando caminhos para resoluções de problemas;

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i) Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e

sustentável;

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4 MARCO SITUACIONAL

Pelo fato da educação ser vinculada a uma visão de sociedade, em que se

estabelece a diversidade de gêneros, de cultura e de conhecimento, temos, no

coletivo, as seguintes visões sobre a nossa realidade.

4.1 SOCIEDADE

A sociedade atual não é organizada de forma justa, devido às próprias

condições econômicas a que são submetidas o ser humano, às nuances do mundo

do trabalho, às diversidades culturais, dentre outros aspectos.

Pelo fato da existência do modelo capitalista, no qual estamos inseridos, as

condições acabam gerando a má distribuição de renda e consequentemente, as

diferenças exorbitantes de classe.

Todos, enquanto agentes sociais teriam o papel de amenizar as situações

de injustiças as quais nos deparamos, mas nem sempre isso acontece. Poderíamos

chegar a uma sociedade onde se tivesse a oportunidade de cumprir os direitos e

deveres de cada cidadão. Para isso, deveriam ser mantidos os seguintes aspectos:

- O respeito ao ser humano;

- A ética profissional e moral;

- Os bons costumes;

- O direito de sonhar com um futuro melhor;

- O patriotismo;

- A credibilidade nas ações humanas, principalmente em relação à

classe política.

Porém, entendemos também que deveriam ser alterados, de acordo com a

nossa visão os seguintes aspectos:

1) O Código Penal;

2) A inversão de valores, onde o errado parece ser o certo, incutidos

pelos meios de comunicação;

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3) A falta de seriedade das autoridades;

4) A injustiça e a corrupção;

5) A política assistencialista, que acabam deseducando a população.

Percebemos então que tal como está organizada, a sociedade exige novas

posturas do ser humano. Assim, as desigualdades sociais, as dificuldades de

acesso a bens necessários à sobrevivência humana, os conflitos, a intolerância, a

individualidade e a prevalência do ter sobre o ser, se constituem como uns dos

grandes agravantes da vida humana no mundo contemporâneo.

4.2 ESCOLA

A escola surgiu da necessidade de transmitir os conhecimentos acumulados

pela Humanidade, onde no decorrer do tempo, foi assumindo um papel mais amplo,

estendendo à educação de valores e até ao “assistencialismo”.

Os saberes repassados pela escola, muitas vezes, atendem às políticas

públicas, uma ideologia de governo e na atualidade, têm-se a concepção de que a

instituição escolar deve informar e formar o aluno, o que acaba interferindo na

qualidade de ensino, devido às suas múltiplas responsabilidades.

Diante da real situação, vemos que não existe escola para todos, pois não

consegue atender às diferenças, trabalhando somente com a igualdade. Assim,

desigualdade é ignorada, o que acaba gerando a exclusão.

Nas questões emergentes da sociedade, muitas vezes a escola responde ora

de forma alheia, se omitindo e às vezes, de forma alienada, não assumindo

posições, o que acaba dando vazão para a não solução dos problemas.

Para que melhor possa atender a formação dos alunos, a escola deve

assumir a função de formar o ser humano completo: afetivo, emocional, social e

cognitivo. Se for levado em conta somente o conhecimento pelo conhecimento, não

estará sendo dada a devida importância às necessidades contemporâneas.

Assim, entendemos que o grande desafio da escola hoje é o de acolher,

oferecer e proporcionar todo tipo de condição para que quem nela entre, sinta prazer

e possa nela permanecer.

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As metas projetadas pelo IDEB 2011 no Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato

Parigot de Souza era de 3.1, no entanto, a meta atingida foi de 3.3, portanto mais do

que a meta esperada, mas, infelizmente bem menor que a de 2009 que foi de 4.1 e

a de 2007 que foi de 3.8.

Segue abaixo, os dados obtidos quanto à aprovação, aprovação pelo

Conselho de Classe e reprovação no Ensino Fundamental e Médio.

Instituição:

Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot

de Souza. Est. Prof. Pedro Viriato Parigot

de Souza - EFM NRE:

Cornélio

Procópio

Município: Jataizinho

RESULTADO FINAL/2011

ENSINO FUNDAMENTAL

TURMA/TURNO

NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS

ARTE CIÊNCIAS ED. FÍSICA ENS. RELIG GEOGRAFIA HISTÓRIA INGLÊS LING.PORT. MATEMÁTICA

7ª série C - VESP 7 7 3 4 7 9 4 8 8

8ª série A - VESP 3 3 3 0 6 10 10 8 10

8ª série B - MAT 11 9 9 0 10 10 9 9 10

8ª série C - MAT 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ENSINO MÉDIO

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02468

1012141618

AR

TE

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S. R

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S

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G.P

OR

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TIC

A

NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS

5ª série A - VESP

5ª série B - VESP

5ª série C - VESP

6ª série A - VESP

6ª série B - VESP

6ª série C - VESP

7ª série A - VESP

7ª série B - VESP

TURMA/TURNO

NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS

ART BIOL ED. FÍS FILO FÍS GEOG HIST INGL L. PORT. MATEM QUÍM SOCIO

1ª série A - MAT 7 8 7 7 7 12 10 9 9 12 11 9

1ª série B - MAT 5 4 4 4 5 6 5 4 4 6 5 4

1ª série C - MAT 8 9 8 7 9 8 10 6 7 9 8 9

1ª série D - MAT 9 7 8 7 8 8 9 8 9 10 10 7

1ª série E - NOT 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

1ª série F - NOT 8 11 9 8 10 9 10 11 10 10 8 10

1ª série G - NOT 12 14 12 11 14 12 14 13 12 11 11 11

2ª série A - MAT 1 1 1 2 3 1 1 1 3 1 1 2

2ª série B - MAT 4 3 3 4 4 5 5 4 4 4 3 3

2ª série C - MAT 4 4 5 4 5 5 4 5 5 4 4 4

2ª série D - NOT 12 12 11 12 12 12 12 11 11 12 12 12

2ª série E - NOT 8 9 8 9 10 10 8 8 8 9 10 8

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Instituição: Col. Est. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza

Município: Jataizinho

RESULTADO FINAL/2011

ENSINO FUNDAMENTAL

TURMA TURNO N.O

MATRÍC TRANSF REC TRANSF EXP APROV REPROV DESIST APROV CONS

5ª A VESP 43 5 6 21 9 0 7

5ª B VESP 38 0 0 10 16 0 12

5ª C VESP 40 1 2 35 1 0 2

6ª A VESP 35 0 0 29 0 0 6

6ª B VESP 38 2 0 8 4 0 24

6ª C VESP 33 0 3 2 17 1 10

7ª A VESP 0 0 0 30 3 0 3

7ª B VESP 0 0 1 10 12 0 12

7ª C VESP 36 1 6 8 13 0 9

8ª A VESP 34 4 6 13 11 1 3

8ª B MAT 34 7 4 6 11 1 12

8ª C MAT 36 7 5 18 0 0 13

02468

10121416

AR

TE

BIO

LO

GIA

ED

. F

ÍSIC

A

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OS

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G.

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TIC

A

QU

ÍMIC

A

SO

CIO

LO

GIA

NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS

1ª série A - MAT

1ª série B - MAT

1ª série C - MAT

1ª série D - MAT

1ª série E - NOT

1ª série F - NOT

1ª série G - NOT

2ª série A - MAT

2ª série B - MAT

2ª série C - MAT

2ª série D - NOT

2ª série E - NOT

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TURMA TURNO N.O

MATRÍC TRANSF REC TRANSF EXP APROV REPROV DESIST APROV CONS

1ª A MAT 45 4 7 13 12 3 10

1ª B MAT 46 4 4 25 6 2 8

1ª C MAT 42 0 7 17 10 2 6

1ª D MAT 43 0 5 9 10 4 15

1ª E NOT 42 5 9 6 7 16 4

1ª F NOT 38 1 4 4 11 15 4

1ª G NOT 41 3 8 4 8 15 6

2ª A MAT 44 4 11 15 3 2 13

2ª B MAT 40 5 5 9 6 4 16

2ª C MAT 42 4 14 12 4 2 10

2ª D NOT 49 3 5 6 14 18 6

2ª E NOT 45 1 1 7 10 15 12

3ª A MAT 36 4 10 12 4 2 8

3ª B MAT 39 3 13 7 0 0 19

3ª C NOT 37 9 3 9 5 8 12

3ª D NOT 40 16 4 7 9 11 9

4.2.1 DESISTÊNCIA

Os dados estatísticos quanto a resultado de aproveitamento e frequência

escolar apontam para índices de desistência ainda bastante consideráveis e que

precisam ser revertidos; sendo que a maior incidência é no período noturno.

A justificativa dos alunos para a evasão do período noturno, foi apontada

como dificuldades de conciliar escola e trabalho, alegando cansaço físico ou

horários que não permitem estar na escola (trabalho noturno ou chegam em casa

muito tarde), a gravidez precoce, constituição de novas famílias, a desestrutura

familiar, bem como problemas sociais como um todo, têm sido apontados como

fatores para a desistência.

A defasagem idade-série também é um fator importante a ser considerado,

visto que muitos dos nossos alunos param de estudar e depois acabam retornando,

quando se propõem a correção, tais alunos não se manifestam favoráveis, fazendo

promessas de que não vão parar mais ou que estão aguardando para seguir nos

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estudos no ensino supletivo. Infelizmente pouquíssimos continuam seus estudos,

acabam por interromper ainda no 1º semestre e no ano seguinte fazem sua

rematrícula, tornando isso um ciclo vicioso. Os que seguem com os estudos são

aqueles que conseguem alguma vaga no mercado de trabalho e sentem ou são

cobrados em relação aos estudos. Ainda nosso maior desafio é fazer com que nossa

comunidade (alunos e pais) valorizem o ensino, visando um futuro mais promissor e

a garantia de oportunidade no mercado de trabalho.

4.2.2 APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO

Percebe-se, ainda, um percentual significativo de alunos aprovados por

Conselho de Classe, o que revela dificuldades dos alunos em relação à

aprendizagem e também nos apresenta dados relevantes para se pensar questões

sobre o ensino, ou melhor a quantas anda o processo de ensino e de aprendizagem,

pois que a aprovação por Conselho de Classe funciona na maioria dos casos

apenas como um investimento a mais para que o aluno permaneça na escola e

necessariamente não supre as suas reais necessidades/defasagens educacionais.

Em relação aos índices de reprovação, as dificuldades são mais acentuadas

no Ensino Fundamental.

Os professores alegam que as maiores dificuldades situam-se em torno dos

conteúdos prévios necessários à continuidade dos estudos, o que implica na

necessidade da retomada contínua dos conteúdos e na busca de intervenções

pedagógicas eficazes, que superem as dificuldades encontradas e possibilite o

avanço em relação aos conteúdos pertinentes a série.

Estes dados revelam que, a garantia do sucesso escolar - acesso pleno ao

saber sistematizado - e consequente melhoria da média acima de 6,0 em todas as

disciplinas, (sem a necessidade do parecer do Conselho de Classe), ainda é um

desafio a ser vencido pelo coletivo escolar, visto que a aprovação por Conselho de

Classe é grande, principalmente no Ensino Fundamental, mostrando que

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30

precisamos repensar como esta de fato e de direito as questões referentes ao

ensino e especialmente a aprendizagem.

4.3 ALUNO

As características gerais e reais de nossos alunos não coincidem com as que

são apontadas nos livros didáticos, pois estes abordam temas voltados para uma

realidade em que as famílias são bem estruturadas, com pais unidos e bem-

sucedidos, crianças bem educadas e uma sociedade que se diz justa.

A nossa realidade em relação ao aluno consiste nos seguintes aspectos:

a) Grande parte vem de famílias desestruturadas, em que os pais são

separados, convivendo apenas com avós, tios ou responsáveis;

b) Boa parte das famílias dos nossos alunos é constituída por pessoas com

pouca instrução, com uma renda muito baixa, tendo, portanto, dificuldades

financeiras, já que o município tem médio índice de desenvolvimento humano

(IDH) - 0.73;

c) A maioria dos alunos, principalmente adolescentes e jovens, possui poucos

projetos e perspectivas de vida;

d) A maioria não tem acesso ao saber universalizado, convivendo com

poucas estruturas de acesso ao conhecimento fora da escola;

e) A maior parte pertence à classe média baixa;

f) Não têm acesso ao lazer;

g)Têm problemas de saúdes, muitas vezes, ocasionadas pela alimentação

inadequada, falta de saneamento básico, higiene e comprometimento;

h) Não possuem acompanhamento familiar constante nas tarefas escolares.

Assim, entendemos que visto à nossa realidade, reafirma-se a necessidade

de uma postura de conhecer, acolher, entender e empreender ações para que a o

aluno real, o que temos, possa se tornar o aluno ideal, o qual queremos.

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31

4.4 PROFESSOR

Não há dúvida de que, deve haver um trabalho constante no sentido da

construção da identidade do professor, pois este tem um papel relevante na prática

social.

Acreditamos que a maior parte dos professores está tendendo aos princípios

da legislação, pois possuem habilitação e formação para a atuação em sua área.

Muitos possuem pós-graduação, além da graduação, e se preocupam com a

atualização constante de seus conhecimentos, participando de encontros,

seminários, fóruns, cursos, grupos de estudos, entre outros..

Embora haja a necessidade e preocupação com a formação continuada,

percebemos que ainda há a fragmentação do trabalho pedagógico, pois muitos

restringem seu trabalho apenas em sua área de conhecimento.

Visto às mudanças e exigências constantes da sociedade, alguns dos

profissionais da educação enfrentam algumas dificuldades em sua prática, tais

como:

O professor não se sente preparado o suficiente para trabalhar com a

inclusão do aluno com necessidades especiais em salas do ensino regular; pois falta

suporte na estrutura física quanto às adaptações necessárias no espaço escolar e

materiais didático-pedagógico, bem como acesso a uma formação contínua e

direcionada aos professores que atuam com os alunos com necessidades especiais,

que se encontram inclusos na sala regular;

Alguns não dominam as teorias pedagógicas recentes, o que acaba

ocasionando uma prática tradicional;

• Sente dificuldades de trabalhar atendendo à diversidade, principalmente em

relação ao aluno com dificuldades de aprendizagem;

• Muitos não desenvolvem uma postura pedagógica interdisciplinar, o que

acaba fragmentando cada vez mais o conhecimento;

• Não dominam as tecnologias recentes, usando como apoio ao trabalho

escolar, dominando apenas o básico.

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32

Portanto, visto à importância do trabalho do professor, entendemos que há de

se ter a preocupação de oferecer condições de trabalho e formação continuada que

deem conta de formar o aluno apto para a vida em sociedade.

4.5 FUNCIONÁRIO

Os funcionários têm grande relevância na participação do projeto educativo

idealizado pela escola. Assim, em nossa realidade, percebemos que ainda não se

efetivou uma participação sistemática e contínua desta categoria nos ideais

propostos pela nossa instituição, principalmente em relação ao trabalho pedagógico.

De acordo com as discussões sobre a nossa realidade, chegamos às

seguintes conclusões:

• A maioria dos professores da escola alega conhecer superficialmente o

trabalho do funcionário na escola;

• Boa parte acredita ser importante que todos os agentes educativos e nessa

proposta, inclusive o funcionário, estejam inseridos na proposta de trabalho

educativo da escola;

• Nas discussões, a própria categoria afirmou se sentir valorizada, pelo fato de

poder conhecer “mais de perto” o trabalho proposto e a ser realizado na escola.

Também se faz necessário contemplar que:

• Todos os trabalhos realizados na escola, desde os de limpeza, secretaria,

cozinha, biblioteca, passando pelo processo ensino-aprendizagem, são formas de

educar, portanto, somos todos educadores.

• Percebe que os funcionários estão construindo uma participação sistemática

e contínua nos ideais propostos pela nossa instituição.

• Os agentes educativos e funcionários estão inseridos na proposta de

trabalho educativo da escola.

• Necessita de uma maior colaboração e integração de professores, alunos,

direção, equipe pedagógica, pais, funcionários e comunidade no processo de

aquisição do saber.

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• Percebeu a necessidade de capacitações mais frequentes para os

funcionários como estímulo para seu crescimento, tanto pessoalmente quanto

profissionalmente.

Assim, como educar e formar o aluno são um processo contínuo e de

responsabilidade coletiva, há a necessidade de reafirmar a ideia da participação de

todos: direção, corpo docente, equipe pedagógica, corpo discente, funcionários, pais

e comunidade em geral, para que essa formação possa atingir em boa parte, os

objetivos a que se propõe.

4.6 DESCRIÇÃO DAS REALIDADES SOCIAIS EM QUE A ESCOLA

ESTÁ INSERIDA

O conjunto das informações aqui apresentadas refletem as diferentes

realidades existentes e possibilita identificar as carências existentes no município, no

estado e consequentemente, no país, contribuindo, assim, para a democratização da

gestão pública, através da formulação e aprimoramento de políticas educacionais

diferenciadas para questões específicas de suas populações.

4.6.1 NOSSO PAÍS

O impacto da globalização sobre a economia, a política e a cultura assume,

paradoxalmente, feições particulares em cada sociedade onde se manifesta. Assim,

ao mesmo tempo em que reduz a importância das fronteiras, tradições culturais,

legislações e instituições nacionais, a globalização favorece o aparecimento de

novas identidades e de novos desenhos institucionais, singulares a cada sociedade:

homogeneização e fragmentação são, portanto, aspectos do mesmo processo.

A firmeza com que o País vem enfrentando sucessivas crises no mundo é o

principal indício de que vivemos uma nova realidade. Hoje, essas crises trazem

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turbulências, mas não nos afastam do rumo do desenvolvimento e das conquistas

sociais permanentes.

Nenhuma previsão catastrófica se confirmou. A moeda permanece estável, a

economia mostra sinais inequívocos de crescimento e o volume extraordinário de

investimentos estrangeiros diretos confirma a crescente credibilidade do País no

exterior.

A realidade brasileira mudou e isso não aconteceu por acidente. As grandes

transformações em nossa economia são fruto de políticas consistentes, aplicadas

com seriedade e persistência. Os processos de privatização e de integração

comercial. A estabilidade de preços. O firme compromisso em relação à disciplina

fiscal. A desindexação da economia e o aumento da competitividade da produção

doméstica. Tudo isso vem sendo realizado sem concessões a interesses

momentâneos, num ambiente amplamente democrático. Estamos no caminho do

desenvolvimento sustentável.

Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na

última década, a desigualdade n Brasil chegou ao nível mínimo já registrado no país

e a renda da metade mais pobre da população aumentou em ritmo 5,5 vezes mais

rápido que a da minoria mais rica do país.

Ainda de acordo com pesquisas realizadas entre os anos 2000 e 2010, a

renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu 67,93%,enquanto a renda dos 10%

mais ricos teve incremento de 10,03%. Essas pesquisas demonstram também que

os efeitos por trás da redução da desigualdade são, em primeiro lugar, o aumento da

escolaridade, e em segundo, programas sociais de redistribuição de renda.

Indicadores recentes confirmam as expectativas de crescimento econômico. A

indústria cresce, os níveis de emprego começam a reagir. Dados do IBGE registram

que a produção da indústria de bens de capital cresceu 9,4% em 2005 A indústria

em geral, nesse período, cresceu 6,8% . São números animadores.

Em agosto/2000, nossas exportações alcançaram um recorde histórico - US$

5.519 milhões. No acumulado do ano, o valor também é recorde - US$ 36.675

milhões, 18,9% acima do mesmo período do ano passado. Outro recorde é o

montante da exportação de manufaturados, de US$ 21,3 bilhões entre janeiro e

agosto deste ano, 23,1% acima do desempenho de 1999.

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Paralelo a todas as transformações sociais. Ainda persistem graves

problemas na realidade brasileira, entre as quais a desigualdade social. No tocante à

questão educacional, entre 1994 e 1999, o percentual de crianças fora da escola

caiu de 10,9% para 4,5% e o número de matrículas no ensino médio cresceu 59%. A

distribuição de livros didáticos, que atendia 5,5 milhões de alunos em 1995, passou

a atender, em 1999, a 33,5 milhões de estudantes.

Na Saúde, a mortalidade infantil vem caindo consistentemente, ano a ano,

reduzindo de 39.6, para 35,6 por mil nascidos vivos, em 1999, mas ainda acredita

que deveria haver maiores investimentos no país, principalmente na área social,

para ampliar o acesso da população à saúde, à educação, à segurança, à habitação

e ao saneamento.

Nosso país ainda tem pela frente o desafio de por em prática um projeto de

desenvolvimento sustentado, concebido com realismo, mas com a ambição de

transformar profundamente a realidade brasileira, reduzir a pobreza e melhorar a

qualidade vida do cidadão brasileiro. É um desafio que se coloca para todos nós,

inclusive educadores. Está nas nossas mãos, nas mãos de cada um, construir os

resultados.

4.6.2 NOSSO ESTADO

O Paraná tem um território de cerca de 200.000 km² e possui uma população

aproximada de 10.439.601 milhões de habitantes (de acordo com o censo de 2010).

A economia paranaense, de acordo com dados de 2007, apresenta um PIB (Produto

Interno Bruto) de R$ 161.582.000 (ranking da 5ª economia brasileira).

Em relação à expectativa de vida dos habitantes do estado do Paraná, a

estimativa é de 74 anos, aproximadamente, com mortalidade infantil de 17,9 dos

nascimentos e analfabetismo de 6,6 %.

A população do Paraná é composta bascamente por brancos, negros e

indígenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a

iniciar o povoamento no território paranaense. Os Portugueses e seus descendentes

são a maioria da população do estado. Existe também uma grande e diversificada

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população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses,

ucranianos, japoneses e árabes. Há também minorias de imigrantes neerlandeses,

coreanos, chineses, búlgaros, russos, franceses, austríacos, chilenos, noruegueses,

argentinos e muitos outros.

Segundo dados da pesquisa nacional por amostra de domicilio (PNAD), a

população paranaense está composta por branco (77,24%), pretos (2,84%, pardos

(18,25%), amarelos (0,92%) e indígenas (0,33%).

Entre as atividades econômicas desenvolvidas no Paraná destacam-se a

agricultura e a pecuária, além de um setor industrial em franca expansão. Os

principais

produtos agrícolas do estado são: a cana-de-açúcar,o milho, o café, a mandioca, o

trigo, o algodão e a laranja.

É entendimento corrente e elege como pressuposto basilar que o fator

vertebrador de toda a estrutura paranaense é o agronegócio, o qual mostra como

principal potencialidade de desenvolvimento e foco central de atenção para todas as

considerações que discorram sobre a realidade regional. No que diz respeito à

pecuária, o Paraná conta com grande rebanho de bovinos e está sempre entre os

principais criadores brasileiros de suínos, especialmente nos centros sul e leste do

estado. São ainda significativas no Paraná, a produção de casulos do bicho-da-

seda, ovinos, mel e cera de abelhas.

No rastro da tendência nacional, o Paraná se estrutura espacialmente

segundo uma diretriz de concentração urbano industrial. Polarizado em primeira

ordem por uma metrópole regional, onde predominam os setores secundário e

terciário, o espaço paranaense se distribui em microrregiões urbanas discretas.

Dentro da lógica da centralidade, observa que a base local, as médias e

pequenas cidades, têm sua vida construída sobre a atividade rural. Este caráter de

uma estrutura urbana fortemente alicerçada na agricultura pressupõe que, no

Paraná, o rural é maior que o agrícola, porquanto envolve o urbano.

Embora o censo aponte uma população residente urbana de 81 % contra uma

rural de 19 %, é inegável o reflexo da dinâmica rural sobre a estruturação das

cidades paranaenses. Isto ocorre não só quanto ao fator impulsionador da

economia, mas também quanto a seus reflexos negativos.

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A desestabilização econômica da população do meio rural gera uma corrente

migratória, originária no campo, que por um processo escalar ganha as pequenas

cidades, as médias e finalmente a metrópole. Esse processo vem se acentuando,

produzindo um inchaço das cidades pelo afluxo migratório de um contingente

populacional sem recursos e sem qualificação para o trabalho urbano. Este

fenômeno produz as contradições que levam a um quadro de desagregação social.

No entanto, com o intuito de amenizar o êxodo rural, o governo tem lançado

programas de incentivo à agricultura familiar.

Os indicadores censitários apontam para as deficiências de saneamento

básico, habitação, emprego, segurança, educação e outras do espaço social em

praticamente todo o concerto urbano estadual.

Nessa perspectiva, a escola, enquanto instituição formadora deve construir

uma base curricular que possa formar pessoas críticas, conscientes e capazes de

empreender ações que possam viabilizar as transformações que se fazem

necessárias para uma nova realidade social.

4.6.3 PERFIL DO NOSSO MUNICÍPIO

De acordo com os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – (Censo 2010), a população de nosso município gira em torno de 11.875

habitantes, sendo 93% na zona urbana e 7% na zona rural. Os dados educacionais

de nosso município são apresentados nas tabelas a seguir:

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Obs.: A taxa de reprovação e de abandono são extremamente preocupantes.

De acordo com IBGE de 2009, 25% da população vivia em situação de

pobreza em função de ter uma renda per capita de até ½ salário mínimo,

provavelmente por haver somente 1.609 empregos no município conforme aquela

mesma referência.

4.7 A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES

NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA – PRÁTICA

Desde o início da efetivação da educação sistematizada no Brasil, discussões

têm sido feitas no intuito melhorar a sua qualidade. A Declaração de Jomtien de

Educação para Todos (1990), a qual o Brasil é signatário, é um marco internacional

e se constitui numa referência ao colocar a política educacional, a política social e o

desenvolvimento como elementos fundamentais na construção de uma sociedade

democrática e justa.

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A educação é um direito social e não uma questão de mercado. A educação

enquanto organizadora e produtora da cultura se produz por meio de relações

mediadas pelo trabalho, entendendo trabalho como produção material e cultural de

existência humana. Para isso, a escola precisa investir em uma possibilite a

construção de conhecimentos potencializadores, de modelos de agricultura, de

novas matrizes tecnológicas, da produção econômica e de relações de trabalho e da

vida a partir de estratégias solidárias, que garantam a melhoria da qualidade de vida

dos que vivem no e do campo.

A educação deve pensar o desenvolvimento levando em conta os aspectos

da diversidade, da situação histórica particular de cada comunidade, os recursos

disponíveis,

as expectativas, os anseios e necessidades da comunidade. O currículo precisa ser

estruturado a partir de uma lógica de desenvolvimento que privilegie o ser humano

na sua integralidade, possibilitando a construção de sua cidadania e inclusão social,

colocando os sujeitos do campo de volta ao processo produtivo com justiça, bem-

estar social e econômico.

A educação para o desenvolvimento leva em conta a sustentabilidade

ambiental, agrícola, agrária, econômica, social, política, cultural, a equidade de

gênero, racial e étnica. Portanto, não são apenas os saberes construídos na sala de

aula, mas também aqueles construídos na produção, na família, na convivência

social, na cultura, no lazer e nos movimentos sociais. A sala de aula é um espaço

específico de sistematização, análise e de síntese das aprendizagens se construindo

assim, num local de encontro das diferenças, pois é nelas que produzem novas

formas de ver, estar e se relacionar com o mundo.

A educação, isoladamente, pode não resolver os problemas do campo e da

sociedade, mas é um dos caminhos para a promoção da inclusão social,

educacional e do desenvolvimento sustentável.

Dentro desta realidade e com a mudança de concepção sinalizada na Lei de

Diretrizes e Base da Educação Nacional nº. 9.394/96, reflexo dos movimentos

internacionais pela inclusão social, aponta uma ressignificação da inclusão

educacional ampliando-se não apenas a sua abrangência - desde a Educação

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Infantil até o Ensino Superior - bem como o público alvo a que se destina: alunos

com necessidades educacionais especiais.

As necessidades especiais dos educandos são definidas pelos problemas de

desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelos mesmos, em caráter

temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola deverá

proporcionar objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem, e

compreendem:

-deficiência mental leve;

-distúrbios de aprendizagem;

-dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento;

-dificuldades de comunicação e sinalização;

-condutas típicas;

-superdotação / altas habilidades;

-obesidade, desnutrição;

-desestrutura familiar;

-baixo nível econômico.

A escola deve ser um espaço democrático, significativo e singular para

trabalhar com a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as

potencialidades para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada

educando, a favor da inclusão de todos. A inclusão, antes de ser educacional é

social, portanto, é uma conquista de toda a sociedade.

Diante dessa realidade, pretendemos fazer com que todas as pessoas que

integram nossa comunidade escolar se mobilizem para a mudança da concepção de

educação especial tendo como pressuposto os direitos humanos.

Nesse contexto, nosso colégio já conta com uma parte do espaço físico

adequado a receber alunos portadores de necessidades especiais, mas, ainda

precisamos adequar alguns ambientes para melhorar a qualidade educacional.

Também sentimos necessidade de formação continuada aos professores, equipe

pedagógica e funcionários, salas de apoio pedagógico especializado, entre outros.

Em nosso colégio atendemos alunos limítrofes, condutas típicas como

transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e outros distúrbios de

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aprendizagem e comportamentais. Porém, as adaptações curriculares e de

conteúdos, ainda não são suficientemente adequadas, mas estamos buscando

atender estas peculiaridades.

A escola está se organizando para atender a todos, sejam educandos com,

ou sem, necessidades educacionais especiais, visando um trabalho mais humano,

dentro da diversidade (respeitando os direitos das chamadas minorias sociais que se

encontram no espaço escolar e por muitas vezes, despercebidos em suas

inquietações, desejos e valorização; sejam eles: negros, diversidade sexual,

condição social e gêneros afins). Para isso, todos os profissionais que nela estão

inseridos, devem adequar às necessidades de seus alunos. A diversidade deve ser

respeitada, tendo em vista que todas as pessoas são diferentes e aprendem em

ritmos, formas e maneiras diferentes.

O primeiro passo para que a escola se torne inclusiva, é a mudança de

mentalidade de toda a equipe nela inserida, o segundo passo é a remoção das

barreiras arquitetônicas, e o último passo são as adaptações de objetivos,

conteúdos, métodos de ensino, avaliação e temporalidade, para que o educando

adquira, dentro de suas limitações, sucesso na aprendizagem e a turma toda se

beneficie dessa adversidade, criando um ambiente acolhedor, participativo e

solidário. As salas de aula jamais serão homogêneas, por isso cabe ao professor,

diversificar sua metodologia e práticas pedagógicas, para que todos tenham

oportunidade de adquirir e aprimorar seus conhecimentos, obtendo progressão nas

diversas áreas sejam elas: acadêmicas, culturais, sociais, afetivas, entre outras.

4.8 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS

Esta proposta está em plena consonância com a Constituição Brasileira,

atendendo a formação do aluno do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano e do Ensino

Médio, objetivando construir um cidadão com capacidade de pensar e interferir no

meio em que vive. É regida também pela Lei 9.394/96 de 20/12/1996, de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, bem como pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), dando-lhe integro cumprimento.

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O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino

Fundamental e Médio, objetiva formar o cidadão, privilegiando o ser sobre o ter.

Acreditamos que o homem para ser feliz deve ser crítico e consciente de seus

direitos e deveres, bem como capaz de expressar suas emoções, razões e

convicções. Para tanto, deve ter acesso ao conhecimento científico, para que esteja

apto a defender suas ideias, mas também desenvolver autonomia frente as

contradições da sociedade. Dessa forma, temos o intuito de formar cidadãos éticos,

solidários e com sensibilidade às diferenças, capazes de tomar decisões, elaborar

estratégias e agir no sentido da construção de um mundo melhor. É meta deste

Estabelecimento de Ensino, garantir o direito à Educação, o acesso a vaga e

permanência de cada aluno, conforme prevê a Legislação. Para isso, compete à

Escola eliminar obstáculos, ou tentar minimizá-Ios, principalmente àqueles

provenientes das condições de vida externas ou de práticas escolares internas que

possam levar à exclusão ou à evasão escolar.

Nesse contexto a escola que defendemos trata-se ao mesmo tempo de um

espaço de contradições e de enfrentamento dos problemas, tendo em vista a

transformação da realidade posta. A educação que acreditamos embasa-se na

alteridade, ou seja, na capacidade de apreender o outro na plenitude da sua

dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença; uma linha de viés crítico

ao modelo de sociedade capitalista excludente, que busca resgatar o indivíduo, de

maneira que ele possa lutar por direitos iguais para si e para o outro; enfim uma

concepção educacional sistematizada, que prioriza a compreensão dos códigos

culturais e históricos dos conhecimentos produzidos pela humanidade, associados à

construção de regras para uma boa convivência, como ferramentas imprescindíveis

na conquista da realização pessoal e social.

Com a Educação, alcança-se maior bem-estar e plenitude para os indivíduos

e para a sociedade, podendo ser agrupados assim os fins e os objetivos que lhe dão

sentido.

Almejamos uma sociedade plural, que busca a responsabilidade coletiva, da

preservação das individualidades, do respeito à diversidade e da necessidade da

natureza. Uma sociedade ética, solidária, capaz de resolver seus conflitos: uma

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sociedade mais politizada, na perspectiva do respeito ao humano e ao natural, e

consequentemente uma sociedade mais justa, com menores diferenças sociais.

De acordo com o art. 32 da LDB o Ensino Fundamental, com duração mínima

de oito anos, é obrigatório e gratuito nesta escola pública e tem por objetivo, a

formação do ser humano, mediante:

I- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, dar artes e dos valores em que fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Art. 35 - O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração

mínima de três anos, terá como finalidade:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade as

novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento;

III - o aprimoramento de educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico; e

IV - a compreensão dos fundamentos científicos - tecnológicos e dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada

disciplina.

Nesse contexto, a avaliação coerente é aquela que se constitui como um dos

aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados de

aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos. Neste processo, ao

diagnosticar os resultados, recuperar os conteúdos essenciais e atribuir valor, utiliza

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técnicas e instrumentos diversificados, que valorizam a atividade crítica, a

capacidade de síntese e a elaboração pessoal.

Define assim a qualidade da escola pública que almejamos: o projeto

político-pedagógico, enquanto elemento da gestão democrática; o princípio do

trabalho e da tecnologia entendida como construção histórico-social, integrado ao da

ciência e da cultura; e o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem,

priorizando a mediação em sala de aula (ao problematizar, mobilizar, inovar e junto

com os alunos sistematizar o conhecimento visando uma mudança significativa da

prática social a curto, médio e longo prazo).

Desta forma, o Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza –

Ensino Fundamental e Médio apresenta como finalidade “(...) tornar acessível o

domínio dos princípios que estão na base da emancipação da classe trabalhadora,

quais sejam - os princípios científicos, na totalidade de relações que os determinam,

(sejam de nível econômico, cultural, ético, político, ou de qualquer outra área) -

levando os alunos à consciência crítica e a mobilização a favor da transformação da

prática social, numa perspectiva humanizadora das relações”.

Identificada a necessidade de superar os indicadores do marco situacional

esboçamos assim nosso marco conceitual: um caminho para a realimentação do

PPP, que está em contínuo processo de construção. Este caminho aponta para

princípios filosóficos que se embasam na teoria histórico-crítica dos conteúdos, em

coerência com as orientações da SEED (diretrizes e conteúdos básicos). Neste

sentido temos buscado iniciar um processo de reflexão teórico-prático, a fim de

alcançar maior concretude à dinâmica educacional.

Esta proposta encontra-se também de acordo com as normas e emanadas da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, pela qual é regida, estando

explicitadas no Regimento Escolar do Estabelecimento.

4.8.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A escola deve ser uma instituição com finalidade de dar ao educando a

formação global, visando ao desenvolvimento harmonioso de sua personalidade,

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adotando técnicas modernas de aprendizagem, integrando ao meio, objetivando seu

crescimento e dando oportunidade de se tornar um ser humano basicamente feliz.

Por isso, a nossa instituição buscará ministrar seu ensino com base nos

princípios estabelecidos no Título II, art. 2º e 3º da Lei 9.394/96 e Capítulo III, sessão

I, Art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do Brasil, de 1988.

Essa filosofia de Educação é resultante de uma ação educativa a nível

nacional e contempla:

“A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade em ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”

E ainda:

“O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios”:

I – Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;

II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

V – Coexistência de instituições privadas de ensino;

VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – Valorização do profissional da educação escola;

VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX – Garantia de padrão de qualidade;

X – Valorização da experiência extra escolar;

XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

A ideia chave do trabalho de nossa instituição respalda na relação pretendida

a estabelecer com os professores, alunos e os conteúdos de aprendizagem através

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de atividades planejadas cuidadosamente. Essas deverão ser significativas, voltadas

para os alunos e os professores deverão ter um propósito ensinar e pensar e

preparar os alunos para um futuro de resolução de problemas, de tomada de

consciência, de decisões e de aprendizagem.

Apresentamos ainda alguns eixos fundamentais da proposta de nosso

trabalho pedagógico:

• Fazer com que os conteúdos deixem de ser um fim em si mesmo e passem a ser

meios para ampliar a formação dos alunos e sua interação com a realidade de

forma crítica e dinâmica;

• Desenvolver a criatividade;

• Possibilitar a resolução de problemas;

• Relacionar o conhecimento adquirido ao cotidiano dentro de um contexto e em sua

globalidade;

Concluímos que o ensino deve ser uma tarefa onde a reflexão deve ser a

razão da escolha da rota definida, corrigindo rumos a cada passo dado. Os

mecanismos didáticos e os recursos pedagógicos ajudam, porém, sozinhos, não são

o núcleo de um ensino autêntico.

4.9 REGIME ESCOLAR – REGIME DE FUNCIONAMENTO DA

ESCOLA

4.9.1 ATO DE APROVAÇÃO

Parecer n. 047/94 datado de 28/02/94.

O Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino

Fundamental e Médio, situado à Avenida Nicola Pansardi, 325, município de

Jataizinho, estado do Paraná, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de

Cornélio Procópio, oferta aos seus alunos serviços educacionais com base nos

seguintes princípios:

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ART 2º - Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade, atendendo aos

dispostos nas Constituição Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, ministrar o segundo segmento do Ensino Fundamental e Ensino

Médio observada a legislação e as normas especificamente aplicadas.

ART 3º - Este Estabelecimento de Ensino ofertará aos seus alunos serviços

educacionais com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência no Colégio, vedada

qualquer forma de discriminação e segregação.

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber.

III – gratuidade do ensino.

IV – valorização dos profissionais do ensino.

V – gestão democrática e colegiada do colégio.

VI – garantia de uma educação básica unitária.

A gestão escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia

e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.

A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação

ou implementação no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes emanadas da

Mantenedora.

Ficando então a Supervisão de Ensino, à Orientação Educacional e a

Coordenação Pedagógica a competência de elaborar, subsidiar juntamente com a

Direção:

- O Plano Anual.

- Calendário Escolar.

- Distribuição de aulas.

- Organização das classes.

- Currículo pleno.

- Assessorar e avaliar programas.

- Elaborar Regulamento da Biblioteca Escolar.

- Acompanhar o processo de ensino.

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- Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar e outros.

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que

os mesmos cumpram suas funções.

Os componentes dos Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de

manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento de

Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela

subordinado.

Quanto a organização dos cursos, sua estrutura e funcionamento, o

Estabelecimento de Ensino manterá o Ensino Fundamental – 2º segmento com

duração de 4 anos, no período matutino e o Ensino Médio no período matutino e

noturno com duração de três anos e formação mista.

4.10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

4.10.1 CURRÍCULOS E PROGRAMAS

O Plano Curricular da Escola será elaborado no coletivo com vista à busca

dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.

4.10.2 VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR

4.10.2 .1 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um processo contínuo, realizado de forma que dê

condições de diagnosticar o nível de aprendizado, as dificuldades dos alunos para

atingir os níveis esperados de conhecimento, a necessidade ou não de mudanças

metodológicas e a possibilidade ou não de promoção do aluno. Ou seja, deve ser

um processo que permita saber se o colégio está, na sua ação pedagógica, na

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direção e ritmo corretos, no sentido de atingir seus objetivos, quanto ao grau de

qualidade da educação exercida e sua adequação aos interesses e necessidades

dos alunos. Assim sendo, o processo de avaliação deve ser visto como um estímulo

e uma orientação constante que conduza ao aprimoramento cada vez maior da ação

educativa do colégio, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional.

Este processo inclui os seguintes aspectos ou fases:

avaliação diagnóstica inicial, que indica a realidade da qual se deve partir e que dê

subsídios para conhecer as necessidades dos alunos na disciplina em que está

sendo avaliado;

avaliação contínua, visando retomada de conteúdos, paralelamente à sequência

do programa;

seleção dos meios, metodologias, estratégias e atividades que permitam avançar

de maneira mais segura e rápida, de acordo com as necessidades das turmas;

a avaliação será estruturada como parte integrante do processo pedagógico e

educacional, não se limitando a ser apenas um instrumento de quantificação que se

aplica no final do processo, mas sim de construir um recurso para acompanhar o

desenvolvimento da aprendizagem.

Em síntese, a avaliação quanto aos conteúdos conceituais deve ser contínua

e permitir que se identifique o desempenho quanto ao domínio e utilização dos

conceitos, categorias, informações, dados, etc. Para tanto, o professor pode

utilizar diversos métodos, estratégias, instrumentos, de acordo com a

necessidade, situação, para avaliar e registrar o processo de ensino

aprendizagem, além dos habituais testes escritos e orais: realização de pesquisas,

debates, elaboração e interpretação de textos, observações, conversas, relatórios,

exercícios e auto-avaliação. È importante observar, ainda, que para uma avaliação

eficiente deve-se incluir, também, tarefas escolares contextualizadas com a

realidade do mundo e, especialmente, do cotidiano dos alunos.

Nessa perspectiva, a avaliação da realidade escolar, quanto ao processo

ensino-aprendizagem, deve ser feita de forma que ofereça subsídios para tomadas

de decisões quanto ao direcionamento das intervenções, sejam elas de

natureza pedagógica, administrava ou estrutural. Ou seja, todos os aspectos e

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dimensões da escola e do processo ensino-aprendizagem são, num momento ou

noutro, objeto de avaliação. Para tanto, há que se ter sempre em mente as funções

da avaliação (Formativa e Somativa, Classificatória e Diagnóstica) e sua utilização

de maneira responsável e justa, para assegurar os princípios democráticos de

universalização, acesso, permanência e sucesso do educando e da escola.

Para melhor entendimento nesse sentido, recomenda-se aos professores

que se mantenham informados, consultando sempre o Regimento Escolar em

vigor, onde é apresentado um detalhamento do sistema de avaliação.

Quanto ao registro das avaliações, preconizam-se os seguintes critérios:

Independente periodicidade e métodos utilizados, os registros dos resultados

devem ser bimestrais, em fichas individuais próprias para tal, conforme previsto no

Regimento Escolar;

No Ensino Fundamental de /6º ano a /9º ano e no Ensino Médio, os resultados

devem ser registrados através de notas de 0 a 10.

Os pais ou responsáveis serão comunicados bimestralmente, através de

boletins de aproveitamento com notas, da situação escolar e providências

necessárias no processo ensino aprendizagem, uma vez que representam

componente importante na evolução da educação, desde que se envolvam

efetivamente no processo. Esse é um dos anéis ainda fracos nessa corrente,

especialmente na escola pública, razão porque deve merecer mais atenção e

esforço a sensibilização dos pais sobre a importância que podem exercer no

aprendizado de seus filhos e incorporá-los cada vez mais ao processo.

4.10.2.2 CRITÉRIOS DIFERENCIADOS DE AVALIAÇÃO PARA

ALUNOS INCLUSOS

No caso de alunos inclusos (egressos da Educação Especial) ou aqueles que

apresentam problemas de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam

de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de

aprendizagem na classe comum (alunos de salas de Recursos), hiperativos,

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disléxicos, surdos, deficientes visuais, físicos (paralisia cerebral) e outros distúrbios

e dificuldades de aprendizagem, que frequentam o estabelecimento de ensino, tem-

se a esclarecer que os mesmos necessitam de avaliações com critérios

diferenciados, considerando suas especificidades.

Assim, os enunciados devem ser claros, reduzidos, precisos e de vocabulário

acessível, em suas proposições, bem como um tempo diferenciado e avaliações

orais quando necessário, para os casos de dislexia, hiperatividade entre outros.

4.10.2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/ RECUPERAÇÃO

PARALELA

A Recuperação de Estudo de forma paralela será oferecida em

conformidade com o regimento escolar e de acordo com as regras

normatizadas pelas leis de instâncias educacionais superiores.

No Art. 73, da LDBEN, especifica-se que “a recuperação é um dos

aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o

aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão de conteúdos básicos”. E ainda, no Art. 74, da mesma

lei, determina que “para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada

Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo”.

A recuperação de estudos, de acordo com a legislação vigente, será

planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino,

além de se adequar às dificuldades dos alunos.

Na recuperação de estudos, o professor deverá considerar a

aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição do bimestre,

entre a nota da avaliação e a da recuperação, prevalecerá sempre a maior.

As formas assumidas para a efetivação da Recuperação Paralela poderá ser

através de pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, revisão de conteúdos

e avaliação ou formas próprias adotadas pela escola, obedecidas às normas

estabelecidas em lei.

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53

Será planejada constituindo um conjunto.

O professor considerará a aprendizagem no decorrer do processo.

Será ofertado as oportunidades possíveis para que o mesmo resgate os

conteúdos não aprendidos.

4.10.2.4 CONSELHO DE CLASSE

Conselho de classe: instância formada pelo grupo de professores, direção e

equipe pedagógica, resultando de toda a ação proposta pela escola em torno do

trabalho com os conteúdos, metodologias e avaliação. Deve ter como prioridade a

discussão e a busca de soluções em torno das dificuldades dos professores e

alunos no processo de ensino e aprendizagem.

O regimento escolar deste estabelecimento de ensino destaca em seu artigo

Art. 37 que “O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada

caso”.

Ainda determina no Art. 41 que “O Conselho de Classe reunir-se-á

ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas no calendário escolar e,

extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir”.

As atribuições do Conselho de Classe estão especificadas no Regimento

Escolar da Instituição de Ensino, bem como as formas de registros pertinentes a

essa ação pedagógica.

4.10.2.5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

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compatível com a idade, experiência e desenvolvimentos adquiridos por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

_ por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase

anterior, na própria escola;

_ por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

_ independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar

o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige

as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

_ organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

_ proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

_ comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

_ arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

_ registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

Reclassificação é o processo pela qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua

experiência e desempenho, independente do que registre o seu Histórico Escolar.

Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior a

anteriormente cursada.

4.10.2.6 PROMOÇÃO

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A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. É vedado submeter o aluno a

uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento

do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a

ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante

todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento

escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o Estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A

recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação de

estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

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A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos

alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas

a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe. O resultado decorrente da recuperação preponderará sobre o decorrente do

período letivo, desde que o aluno tenha conseguido melhor aproveitamento.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão,

para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima

exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, conforme calculo

aritmético abaixo, serão considerados aprovados ao final do ano letivo:

M.A. = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

_ frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

_ frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Os resultados obtidos

pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema

informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.

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4.10.2.7 DEPENDÊNCIA

A matrícula com dependência é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo

aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes.

Será oferecido apenas aos alunos oriundos de outros estabelecimentos, que

aqui vierem transferidos. Aos alunos já matriculados no Estabelecimento, não será

oferecida esta possibilidade da Progressão Parcial, por decisão do Colegiado que

entende que os alunos não terão um melhor aproveitamento ficando em

dependência, pelo contrário, ocorrerá o acúmulo de conteúdos, o que se tornará um

obstáculo maior, não proporcionando estímulos para avançar.

4.10.2.8 TRANSFERÊNCIA

É a passagem do vínculo do aluno onde se encontra regularmente

matriculado para outro, e será de acordo com as exigências:

- O período adequado para concessão será aquele que ocorre entre o término de

um ano letivo e outro.

- O estabelecimento de origem tem o prazo de trinta dias improrrogáveis, a partir

da data do requerimento de transferência para a expedição da mesma.

- O recebimento da transferência será observada as normas contidas no

Estabelecimento.

4.10.2.9 MATRÍCULA INICIAL

- Matrícula é o ato formal que vincula o educando a este Estabelecimento de

Ensino:

- Requerida pelo aluno.

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- Exigência de documentos.

4.10.2.10 MATRÍCULA RENOVADA

A renovação da matrícula far-se-á mediante manifestação expressa dos pais

e/ou responsáveis pelos alunos, na época prevista pelo Estabelecimento de Ensino

e obedecidas às normas determinadas pela legislação.

4.10.2.11 FREQUÊNCIA

Será obrigatória a frequência do primeiro ao último dia do ano letivo.

4.10.2.12 REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR

O encaminhamento dos processos de regularização da vida escolar é

responsabilidade do Estabelecimento que detiver matrícula do aluno mesmo nos

casos de transferência com irregularidade.

4.10.2.13 CALENDÁRIO ESCOLAR

Calendário escolar, horários letivos e não letivos.

O calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, as

férias, os períodos escolares em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,

os períodos para reuniões técnico-pedagógicas, cursos e projetos, conselho de

classe e eventos a serem realizados pelo estabelecimento.

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O Calendário Escolar deve estar embasado na LDBEN nº 9394/96, a qual

determina o mínimo de oitocentas (800) horas anuais, distribuídas por um mínimo de

duzentos (200) dias de efetivo trabalho escolar.

A todo ano letivo, quando da elaboração do Calendário Escolar, seguindo as

normas e leis estabelecidas para esse fim, o mesmo consta de arquivo na escola,

ficando disponível a consulta quando assim o exigir.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL PROF. PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);

reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE

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Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 3

1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22

8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24

22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31

29 30 31

01 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2

8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23

29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

6 Paixão 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi

10 Formação Continuada 28 a 31 Semana Cultual 01 Semana Cultual

21 Tiradentes

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 1

8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

11 Formação Continuada

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1

7 8 9 10 11 12 13 19 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 12

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

10 - Feriado Municipal 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

12 N. S. Aparecida 15 Proclamação da República 25 Natal

15 Dia do Professor 20 Dia Nacional da Consciência Negra

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61

Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Janeiro 31 janeiro/férias 30

fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15

julho 18 dez/recesso 12

Replanejamento dezembro 12 outros recessos 3

Formação Continuada Total 68 Total 61

Início/Término

Planejamento

Férias 1° Semestre 100 dias Letivos.

Recesso 2° Semestre 101 dias Letivos.

Semana Pedagógica Total: 201 dia Letivos

Formação Continuada SEED e NRE

Semana Cultural Jataizinho, 28 de novembro de 2011.

Feriado Municipal

Conselho de Classe/ Reunião Pedagógica

4.10.2.14 REGISTRO, ESCRITURAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES

A escrituração e o arquivamento de documentos escolares tem como

finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação.

Os atos escolares serão registrados em livros próprios.

A incineração consiste no ato de queima dos documentos que, após cinco

anos, não necessitem mais permanecer em arquivos.

Caberá ao Diretor e Secretário a responsabilidade por toda a escrituração e

expedição de documentos escolares, bem como a autenticação dos mesmos, pela

oposição de suas assinaturas

4.10.2.15 DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E SANÇÕES DA

COMUNIDADE ESCOLAR

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A comunidade escolar é constituída pela Equipe de Direção, Pedagógica,

Administrativa, Pais ou Responsáveis e alunos regularmente matriculados no

Estabelecimento de Ensino.

Além das atribuições legais todos terão direitos, deveres e sanções de acordo

com a previsão na legislação e normas previstas por lei e pelo Estabelecimento de

Ensino.

4.10.2.16 DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Este Estabelecimento de Ensino não admitirá a figura de aluno ouvinte.

Prevê o uso de uniforme para o período diurno e vespertino, sendo obrigatório

camiseta branca e calça azul marinho com emblema do colégio e no período

noturno, somente a camiseta branca com emblema do colégio. Os casos omissos no

presente Regimento Escolar, quando assim forem considerados serão resolvidos

todo início do ano letivo.

O presente Regimento Escolar poderá ser modificado sempre que o

aperfeiçoamento do processo educativo do estabelecimento assim o exigir, sendo as

modificações procedidas pelos órgãos competentes da Secretaria da Educação.

4.10.2.17 INCLUSÃO DE ALUNOS

A oferta e atendimento educacional aos alunos com necessidades

educacionais especiais na escola vem sendo orientados de acordo com a legislação

vigente, com destaque aos documentos:

Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, No 9394/96 – Capítulo V –

Art. 58, 59 e 60.

Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica –

Parecer No 17/01 – CNE e Resolução CNE No 02/01.

Deliberação No 02/03 – CEE.

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Diretrizes Curriculares da Educação Especial.

Os aspectos referentes às mudanças nas práticas educacionais dizem

respeito a todos os que trabalham na escola, entendidos como agentes educativos,

de modo a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade

no processo educativo.

Para tanto, a escola tem adequado o espaço físico, com rampas de

acesso, corrimões, alargamentos das portas e suporte de apoio nos sanitários.

Quanto à implementação dos serviços e apoio especializados, ainda não

ocorreu neste Estabelecimento.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,

alunos egressos da educação especial ou de sala de recursos de 1o ao 5o ano, e

ainda aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico

significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou Deficiência Intelectual (DI) e

Transtornos Funcionais Específicos (TFE) são atendidos em sala de ensino regular,

pois a escola não possui espaço físico para a implantação da Sala de Recursos.

Os professores traçam estratégias na participação e aprendizagem desses

alunos, tendo como prática a flexibilização e adequação curricular na adoção de

metodologias de ensino.

A escola atende alunos oriundos da zona rural, considerando o conhecimento

empírico que as pessoas desse meio possuem, e ao mesmo tempo ampliando seus

conhecimentos de modo teórico.

Ela deve levar em conta as diversidades implícitas em cada região, bem como

levar os alunos desse meio a valorizar, preservar suas raízes e discutir criticamente

as questões problemáticas locais para melhorá-las.

4.11 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA

Ao construir o Projeto Pedagógico há que se situar a escola dentro de uma

linha filosófica que servirá de base teórica e orientará a prática escolar. Quando se

colocam como metas a transformação, a qualidade de ensino, o aluno com

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consciência crítica, o desenvolvimento da cidadania, a oportunidade de reflexão das

ideologias, os avanços tecnológicos, a Pedagogia Histórico-crítica está

implicitamente sendo aplicada.

Sendo assim, a educação será uma “mediação” pela qual o aluno, com a

“intervenção” do professor e por sua própria “participação” ativa, passa a ter uma

visão sintética, organizada e unificada do saber, elaborando um processo de

aprendizagem onde alunos e professores serão ensinantes e aprendizes.

Os conteúdos não mudarão, mas o aluno aprenderá determinado

conteúdo e o reavaliará criticamente, de forma que o professor fará a conexão do

conhecimento prévio do aluno ao saber mais elaborado, criando uma ponte que faça

com que o aluno alcance tal saber.

Os métodos partirão da experiência do aluno, os elementos novos serão

trazidos pelo professor e aplicados criticamente à prática do aluno. Além disso, o

professor não buscará apenas satisfazer as necessidades e carências dos mesmos;

mas despertará outras necessidades e exigirá o esforço do aluno.

Desta forma, o ensino estará voltado para a interação conteúdos –

realidades sociais, visando avançar sempre em termos de articulação política,

tecnológica e pedagógica.

4.12 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Na organização curricular para os anos finais do Ensino

Fundamental consta:

I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de: Arte, Ciências,

Educação Física, Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa e de uma

parte diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna (Inglês);

II _ Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do

estabelecimento, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil;

III – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

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Enfrentamento à Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA),

como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;

IV – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:

V – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.

O Ensino Médio tem sua organização da seguinte forma:

I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte,

Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Matemática, Química, Sociologia e de uma parte diversificada constituída por Língua

Estrangeira Moderna (Inglês);

II – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento a Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA),

como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;

III – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:

IV – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.

Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta

Pedagógica Curricular, conforme orientações da SEED.

4.13 NORMAS DE CONVIVÊNCIA E TRATAMENTO DISPENSADO

AOS PAIS E ALUNOS

Pautada pelos princípios democráticos da política de igualdade, busca-se

manter uma convivência pacifica e solidária, onde o tratamento é igual para todos,

combatendo todas as formas de preconceito, discriminação e exclusão. Entende-se

que a educação é direito de todos e que é função da escola zelar pelo cumprimento

do princípio de igualdade de acesso e permanência do aluno à escola publica,

conforme a legislação determina.

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Todos os setores do Colégio (direção, equipe pedagógica, professores e

funcionários) entendem que o aluno é centro e o motivo do existir do

estabelecimento.

O propósito de trabalhar as diferenças de gênero, cor, religião, condições

especiais de aprendizagem, etnias, códigos culturais, são diretrizes que devem

nortear a pratica pedagógica, de modo que possa acontecer o respeito e o

acolhimento à diversidade. São valorizados também os anseios e expectativas dos

alunos, pais, professores e funcionários, de modo a respeitar o principiam da

identidade de cada um na comunidade local. Assim, atentos em oportunizar a

expressão de ideias e manifestações artísticas, trocas de experiências e opiniões,

acolhe-se a participação de todos os envolvidos na comunidade escolar.

Considerando-se a identidade do colégio, procura-se balizar esta proposta

para que atenda nossas peculiaridades: escola de periferia, com serias dificuldades

dos alunos em todos os sentidos (social, financeiros, de aprendizagem); atendendo

também as especificidades dos cursos ministrados, as séries finais do ensino

fundamental e ensino médio. Cada turno também tem as suas características e

necessidades, às quais procura-se atender da melhor forma possível, evidenciando

sua beleza e seu valor.

Quanto ao tratamento e as ações desenvolvidos para resolução de

problemas disciplinares ficam estabelecidas as seguintes condutas dos profissionais

da educação:

• Procurar sempre realizar as ações preventivas, junto aos alunos

primeiramente e depois comunicar à sua família, antes de usar das medidas

corretivas;

• Dialogar com os alunos particularmente e coletivamente, procurando

despertar o respeito mutuo, o espírito de solidariedade e colaboração, juntamente

com a participação dos envolvidos;

• Casualmente, utiliza-se da advertência verbal, orientando o aluno no

cumprimento do Regulamento Interno;

• Caso tal medida não surta o efeito esperado, registra-se em documento

próprio, solicitando a presença dos pais e ou responsáveis para que tomem ciência

dos fatos e busque a melhoria na convivência escolar;

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67

• Quando as medidas de orientação descritas não surtirem efeito, ou no caso

de ocorrências mais graves, buscar-se o auxílio com os órgãos competentes como

Conselho Tutelar, Promotoria Publica, Patrulha Escolar e Delegacia de Policia,

dependendo do caso;

• Salientar a escala de valores que afetam as decisões, metas e condutas

priorizando a convivência harmoniosa e produtiva que deve acontecer entre os

envolvidos na escola.

Estas são, entre outras, as ações mais comuns da dinâmica da escola para

minimizar os problemas de relacionamento e de convivência escolar.

4.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS

Muito debatido pelo coletivo de profissionais da educação são as

providências e procedimentos que são tomados para vencer as dificuldades

encontradas no processo ensino e aprendizagem para construir os saberes

científicos e culturais com os alunos. São levantadas alternativas de soluções, ou

seja, medidas de intervenção pedagógica que visam minimizar ou resolver situações

de dificuldades de aprendizagem. Dentre elas destacamos:

4.14.1 SALA DE APOIO

De acordo com a resolução no 208/04 SEED, com a necessidade de dar

continuidade ao processo de democratização, universalização do ensino e garantir o

acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos, o sistema de ensino

cria condições possíveis para que o direito à aprendizagem seja garantido ao aluno

matriculado na 5a série do ensino fundamental que apresente dificuldades na

aprendizagem.

Tendo como meio básico do desenvolvimento da capacidade de aprender, o

pleno domínio da leitura, escrita e do cálculo, cabe ao estabelecimento de ensino

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prover meios para enfrentar as dificuldades de aprendizagem na leitura, escrita e

cálculo e avaliar de forma diagnóstica, contínua e cumulativa, os avanços e

necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos.

Programar uma ação pedagógica para o enfrentamento dos problemas

relacionados ao ensino da Língua Portuguesa e Matemática, e as dificuldades de

aprendizagem, identificadas nos alunos matriculados na 5a série do Ensino

Fundamental no que se refere dos conteúdos de leitura, escrita e cálculo; entender o

tempo escolar dos alunos de 5a série com defasagem de aprendizagem nos

referidos conteúdos a cima são as metas da Sala de Apoio à Aprendizagem tendo

em vista o número de alunos em defasagem na 5a série.

Assim, de acordo com a Instrução 022/2009, os estabelecimentos de ensino

terão abertura automática de 01 (uma) Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua

Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três) turmas de 5a série ofertadas.

Para esse cálculo, não serão consideradas as turmas do período noturno.

4.14.2 ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO

As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em grupos de

no máximo 15 (quinze) alunos; A carga horária disponível para cada uma das

disciplinas Língua Portuguesa e Matemática, será de 04 horas-aula semanais para

os alunos, acrescidas de 01 (uma) hora-aula atividade para o Professor, devendo

ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes,

sempre tendo em vista o benefício do aluno; São contempladas as disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática; Deverão funcionar em horário contrário ao qual o

aluno da 5a série está matriculado; O suprimento é preenchido por professores

habilitados nas disciplinas citadas e os professores deverão ter experiência de 1a a

4a séries; O encaminhamento do aluno para a sala de apoio, bem como a sua saída

é feita mediante descritiva realizada pelos professores de Língua Portuguesa e

Matemática, em consenso com os demais professores da turma, assessorados pela

equipe pedagógica da escola; O planejamento das atividades a serem

desenvolvidas são elaborados pelo professor responsável pela sala de apoio em

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conjunto com os professores regentes das turmas de origem dos alunos e equipe

pedagógica; A avaliação é feita de forma diagnóstica, processual e descritiva,

fornecendo informações que possibilitem aos professores regentes, a tomada de

decisão pedagógica pela permanência ou não de, cada aluno na sala de apoio; A

equipe pedagógica acompanha o planejamento dos professores das salas de apoio,

bem como a frequência e desempenho dos alunos; O assessoramento às escolas é

efetivado pela equipe de Ensino do Núcleo Regional de Educação de acordo com as

diretrizes do Departamento de Ensino Fundamental.

4.14.3 OUTRAS FORMAS DE ATENDIMENTO

Também nas ações pedagógicas cotidianas são evidenciada intervenções

dos professores, visando desenvolver um currículo que contemple o

desenvolvimento intelectual e a autonomia do aluno, como a valorização de todas as

atividades escolares, quer seja em sala ou extraclasse. Exemplo destas

intervenções, é a orientação sobre o bom uso e a organização do caderno,

pontualidade na entrega de trabalhos, a disponibilidade de integrar-se em equipes e

colaborar, a participação como representantes do Colégio em eventos interescolares

ou intermunicipais. Alguns professores são adeptos também do recurso da

monitoria, estimulando os alunos mais aptos para auxiliar seus colegas que

apresentam dificuldades. Ressaltamos que nestas práticas mencionadas, sempre

são comunicados os pais ou responsáveis, para que participem em conjunto com a

Escola na dissolução das dificuldades de aprendizagem dos seus filhos, fazendo

assim uma parceria contando que nesta ajuda seja possível vencê-las com maior

garantia e eficiência. Aos alunos que por ventura ausentam-se da escola, esgotadas

todas as formas de informação a direção e equipe pedagógica utiliza-se da FICA –

Ficha de Comunicação do Aluno Ausente, que objetiva o combate a Evasão Escolar,

a qual geralmente, alunos em situação de risco, tal ficha é encaminhada para ao

Conselho Tutelar e depois tomadas as devidas providências de acordo com cada

caso.

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4.14.4 INCLUSÃO

A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada

em que as escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as

necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características

pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência).

Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a

diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e

injustiça social. (SANCHEZ, 2005)

A todos os alunos que buscam a escola, são garantidos os direitos de

matrícula e permanência, já que dispomos de espaço físico e salas, sendo este o

primeiro propósito desta escola que é atender ao princípio democrático da inclusão

social, garantindo escola para todos. Aqui se inclui ainda o principio de que a

aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa,

à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da diversidade

humana.

O papel da escola, de acordo com a legislação vigente Nacional, Estadual,

Documentos Internacionais e das Diretrizes Curriculares da Educação Especial para

a Construção de Currículos Inclusivos é o de favorecer que cada um, de forma livre

e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige para si.

Buscando o efetivo atendimento dos alunos com necessidades educativas

especiais, no ano de 2009 implantou-se a Sala de Recursos para alunos com Déficit

Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos; A escola já contava com um

professor de apoio permanente para atendimento a um aluno com Deficiência Física.

A equipe pedagógica e os professores cabem dar atendimento

individualizado aos alunos com necessidades educativas especiais, tanto no ensino

dos conteúdos quanto na avaliação, buscando diminuir suas dificuldades de

integração à turma e às atividades propostas.

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4.14.5 ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO

O Estágio Curricular não obrigatório encontra-se em anexo.

4.15 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Desde a aprovação da Lei no 10639/03 que obriga a inclusão no currículo da

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com objetivo de tratar da Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana, que o colégio vem buscando desenvolver ações que combatam a

discriminação de origem racial, de superação das desigualdades sócio-econômicas

que atingem a população negra e comunidades indígenas. Estas ações buscam

caminhar em direção ao enfrentamento do racismo e demais formas de preconceitos

que se fazem presentes na sociedade e acabam sendo difundidos no espaço da

escola, que luta pela concretização da democracia e respeito à diversidade. Tornou-

se comum e natural, tratar a história do negro apenas na perspectiva da escravidão

e aceitar padrões culturais e estéticos que colocam a raça branca como

supostamente superior.

O colégio Pedro Viriato Parigot de Souza, a partir da composição de sua equipe

multidisciplinar no ano de 2010 e na elaboração de seu Plano de Ação, foca sua

ações que visam lançar um novo olhar para as questões étnico-raciais e que o

mundo não se resume em questões negras e brancas.

Composição da Equipe Multidisciplinar:

- ...– Pedagoga.

-...– Agente Educacional.

-... – Professora de Geografia.

-... – Professor de História.

-... – Professora de Ciências.

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-... – Representante da Instância Colegiada.

4.16 RECURSOS

4.16.1 RECURSOS FINANCEIROS

Nossa escola é mantida pelo Governo do Estado do Paraná, recebendo

recursos da Fundepar, através do Fundo Rotativo, que tem por finalidade a

manutenção da escola, na efetivação de despesas relacionadas com as atividades

opcionais e compras de materiais de consumo, tais como gêneros alimentícios para

complementação da merenda escolar, materiais de expediente, materiais esportivos,

de limpeza, didático, material escolar, utensílios de copa e cozinha, na execução de

atividades extracurriculares, reparos no prédio e outros itens como: lâmpadas, livros,

enciclopédias, fitas de vídeo e DVDs, além de outros.

A instituição recebe o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), recurso

que visa a garantir uma educação de qualidade para todos, tendo como objetivo

principal contribuir na manutenção e melhoria da infraestrutura física e pedagógica

da instituição de ensino.

Além desses recursos, a instituição de ensino, através da APMF, lança mão

de recursos próprios, por intermédio de promoções festivas, para o complemento às

necessidades da escola, no que diz respeito às questões financeiras.

4.16.2 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E TECNOLÓGICOS

O colégio possui 11 salas de aula, com 40 carteiras cada uma, equipadas

com Tvs Pendrive;

As salas de aula não estão muito boas, mesmo com a reforma continua

chovendo dentro das salas, corredores e refeitório, porém elas estão sendo

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utilizadas para atender aos educandos da melhor forma possível nos dias de chuva.

Os alunos portadores de necessidades especiais frequentam salas do ensino

regular.

A maioria das carteiras está em boas condições e são adequadas para

atender a todos. A iluminação e ventilação das salas não são perfeitas, pois sempre

há lâmpadas queimadas e faz muito calor dentro das salas de aula e os ventiladores

são insuficientes.

01 sala de Apoio à Aprendizagem para 6º anos;

01 sala de apoio `aprendizagem para o 9º anos;

Temos a necessidade de ofertar a sala de recursos, mas esta não pode ser

efetivada por falta de espaço adequado. Devido ao aumento da demanda do número

de alunos matriculados no curso de Formação de Docentes e do funcionamento da

Prática de Formação em contra turno, há a improvisação do Laboratório de Biologia

que serve como espaço para as aulas em contra turno e onde também funciona, às

vezes, a sala de apoio a aprendizagem dos alunos do 6º ano.

01 sala para Direção Geral e direção auxiliar com notebook;

01 sala para Equipe Pedagógica com 1 computador , um armário de aço e uma

estante;

01 sala para professores com dois ambientes, com computador, mesas, cadeiras,

geladeira, microondas, sofás, TV Pendrive e armários;

01 mecanografia com vários armários, computador e 02 impressoras;

01 sala para armazenamento de arquivo de documentos;

01 sala para Secretaria com 3 notebooks, 1computadores; 02 impressoras, 01

máquina de foto copiadora; 01 armário c/ servidor para rede e 01 ponto de internet

ADSL.

01 sala para armazenamento de arquivo de documentos;

01 sala de almoxarifado;

01 cantina comercial

01 Laboratório de Informática com 20 microcomputadores PRD e 10

computadores Proinfo e Internet em rede ADSL.

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Apesar destes instrumentos enriquecedores do processo pedagógico

enfrentamos o despreparo dos profissionais docentes para lidar com essas

tecnologias.

A necessidade de uma formação abrangendo esse aspecto se faz urgente,

para que os recursos existentes possam realmente servir como aliados e

facilitadores do processo educativo.

01 Laboratório de Biologia, Química e Física;

O Laboratório de Biologia conta com o acervo de: 3 mesas de concreto com

banquetas, armários, centrifugador, compressor, estufa, equipamentos para banho-

maria, lupas, microscópios, material biológico conservado em vidros, (fetos,

embriões, animais peçonhentos), insetários, herbários, aquários, ternários, pias,

armários, centrífuga, esterilizador, vidrarias, produtos químicos, etc. Utilizados nas

aulas práticas.

Os laboratórios de informática e o de biologia possuem cronogramas para

atendimentos aos alunos, mas raramente são usados.

01 sala de armazenamento dos recursos audiovisuais com computador, mapas

variados; retro projetores; globos; Tv; vídeos cassetes; tocas CDS, 01

amplificador com potência 1800; 02 caixas de som grandes; microfones com fio; 02;

DVDs – TV escola; 01 Data Show c/ entrada p/ USB e 01 antena parabólica.

01 pátio descoberto usado como quadra de esportes com uma mesa de pingue

pongue velha onde é realizada a recreação dos alunos, mas que, infelizmente, não

possui estrutura suficiente para atendê-los. As aulas de Educação Física são

ministradas neste mesmo pátio de recreação do colégio, pois o mesmo não possui

quadra de esporte própria.

01 biblioteca com um acervo de livros de literatura, pesquisa, revistas, gibis,

mapas, mesas e cadeiras, 01 computador e 01 impressora e 01 banheiro para uso

exclusivo dos funcionários(as);

A Biblioteca está em boas condições, mas faltam recursos para a compra de

bibliografias atualizadas para enriquecimento da aprendizagem do aluno. Ela atende

com cronograma, não só os alunos matriculados no colégio, mas também a

comunidade municipal que a procurar.

01 cozinha com despensa;

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01 refeitório pequeno, não comporta todos os alunos, alguns se alimentam em pé,

no pátio, e pouca ventilação adequada.

As medidas de higiene e limpeza atendem às necessidades da comunidade

escolar.

Enfim, ainda falta a implementação de políticas públicas para construir um

ambiente acolhedor e de qualidade ao processo educativo como um todo à nossa

escola.

01 Casa de alvenaria do zelador predial;

4.16.3 RECURSOS HUMANOS (2012)

Neste ano letivo, este estabelecimento de ensino conta com 65 funcionários

distribuídos nas várias funções que se exigem para o seu adequado funcionamento.

Os profissionais da educação estão distribuídos da seguinte forma: um

diretor, um diretor auxiliar, 5 pedagogas, 42 professores, 6 funcionários

administrativos, 12 funcionários de serviços gerais, conforme o quadro abaixo.

O Colégio Estadual prof. Pedro Viriato Parigot de Souza tem profissionais

qualificados, muitos com pós-graduação, que desempenham com eficiência sua

função. É importante ressaltar que há também a dificuldade em dispor a hora

atividade do professor em blocos de disciplina .

O colégio conta atualmente com o seguinte quadro de funcionários assim

distribuído:

4.16.3.1 EQUIPE ADMINISTRATIVA

Diretor: Reginaldo Lacerda de Matos

Diretor Auxiliar: Paulo Candido de Oliveira

Secretária: Janaína Sanches Ribeiro

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76

4.16.3.2 EQUIPE PEDAGÓGICA

Dalva do Nascimento Reis

Edina Pucca Jardim

Maria Eunice Venâncio

Maria José Costellini

Cirlene Aparecida Mizael

4.16.3.3 EQUIPE DE APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

4.16.3.3.1 AGENTE EDUCACIONAL II

Arlete Venâncio de Souza

Erica Aparecida da Silva Oliveira

Helena Rafaeli de Marchi

Ivete Brandão de Oliveira Martielho

Luci Velozo Fedato

Rosa Oikawa

4.16.3.3.2 AGENTE EDUCACIONAL I

Ana Maria Pagnam de Menezes

Carmen Judith Pagnan Moreira

Ivanira Polizel

Jane Martins de Souza Tarosso

Julieta de Souza

Leonilda Aparecida Queiroz

Maria Aparecida da Silva Moraes

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77

Oneide Aparecida Zamuner de Souza

Raul Cezar Sanches

Silvana Conduta

Suely Gomes dos Santos

4.16.3.3.3 AGENTE DE LEITURA

Cleusa Pereira de Lacerda

4.16.3.4 CORPO DOCENTE

Nome Disciplina

Adriana Corsino sociologia

Alberto Carlos de Camargo Geografia

Álvaro Alberto Pansardi geografia

Antonietta Gammarano Educação Física

Aparecida da Silva história

Camila Lopes Marçal de Souza Química

Cristiane Coelho Barbosa Matemática

Débora Lombardi dos Santos Educação Física

Deisimar Pavão Prado Português / inglês

Denise dos Anjos Geografia

Dilmara Furlan de Faria Português

Edilene Alves Morais Matemática

Edson Nogueira Rosa Matemática

Encarnação Cava Bernal Costelini Matemática / física

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78

Iracema Cortez Ciências/química

Jorgina Lucimar dos Santos Português

Juçara Mendes Brito Matemática

Kelly Regina Queirós de Lima Artes

Kelly Rosane da Fonseca Geografia

Kleber de Marchi Matemática

Laize Cerqueira geografia

Leandro Assis dos Santos Filosofia

Luciana Aparecida de Andrade Inglês/português

Lucinéia Neves Pereira Português/inglês

Luiz Fernando Bernardino História/sociologia

Márcia Marques Matemática/ciências

Maria Aparecida Cantieri Educação Física

Maria Cristina Sanches Garcia Geografia

Maria do Carmo Bernal Martins história

Maria Geralda Muniz Corsino História

Maria José de Lima Português

Patrícia Fabiana Lemos Matemática

Paula Renata da Silva Oliveira inglês

Regina do Carmo Rodrigues Dourado Física

Rhuan Cezar Sanches Artes

Ricardo Alexandre Domingues dos Santos História

Sônia Salomão Matemática

Suzy Cristina Pelizer Português/Inglês

Tamires Helena de Lima Português/Inglês

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79

Thiago Francisco César Biologia/ciências

Verônica Estela Silvestre Sociologia

Zeneide de Oliveira Lima Pereira Português/inglês

5 MARCO CONCEITUAL

Concepção de Homem, Sociedade e Mundo, Cultura, Cidadania, Educação,

Conhecimento, Escola, Ensino-aprendizagem, Avaliação, Tecnologia, Ciências,

Educação Fiscal, Inclusão, Trabalho, Cultura-Afro e Impacto Ambiental, Letramento,

Infância.

As concepções de homem, sociedade e mundo, cultura, cidadania, educação,

conhecimento, escola, ensino-aprendizagem, avaliação, tecnologia, ciências,

educação fiscal, inclusão, cultura afro e demais, norteiam os rumos que nossa

instituição quer seguir para um “projeto em educação”.

Essas visões em torno desses eixos acima apresentados constituem a

essência de nosso trabalho pedagógico e político. Num encadeamento natural e

abrangente, envolve a concepção que temos em relação ao “O QUE QUEREMOS”.

5.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula

experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não

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materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em

lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transformá-la pelo trabalho”.

Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também

na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas

diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo

Santoro “... é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas

condições existenciais transcende e organiza, superando a condição de objeto,

caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”.

Partindo do pressuposto que o homem constitui um ser histórico, faz-se necessário

compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,

antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a realidade.

5.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DE MUNDO

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e

a natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,

“arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa

sucessão de acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as

práticas educativas” (Peres Gomes, 1998). E para que isso não aconteça é que

precisamos entender em que tipo de sociedade estamos inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma

série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas

experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas

as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas

sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e

é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que:

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81

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,

transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do

grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e

que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”.

(Pinto, 1994). A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de

agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da

base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar ás aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente da sociedade. Que não se

trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui

historicamente.

Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade

heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o

tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que foram exarcebadas com a aplicação

das políticas neoliberais. Uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma

ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e

fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em

termos laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalhos formais dos capitais

desenvolvidos. Essa crescente fragmentação do social que potencializarão as

políticas conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço

tecnológico e cientifico e seu impacto sobre o paradigma produtivo

contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,

aquela na qual, os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe

uma possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em

todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola,

no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia

participativa conclui que nossa convicção fundamenta-se no processo histórico

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que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre

sociedade e o Estado uma democracia substantiva, participante, regida por

princípios éticos de liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte

histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

5.3 CONCEPÇÃO DE ESPAÇO

Os conceitos relacionados ao espaço geográfico são: lugar, que é um

conceito ligado a um local que nos é familiar ou que faz parte de nossa vida, e

paisagem que é a porção do espaço que nossa visão alcança e é produto da

percepção.

A primeira definição de “espaço” foi feita pelo filósofo Aristóteles para o

qual este era inexistência do vazio e lugar como posição de um corpo entre

outros corpos. Aristóteles ignorava o homem como constituinte do espaço, contudo,

ele já considerava um aspecto importante da estrutura do espaço geográfico, a

localização. Mais tarde, outros filósofos inserem o homem como um

componente essencial para a compreensão do espaço, com ser que cria e modifica

espaços de acordo com suas culturas e objetivos ao longo do tempo. Por

último, seguiu-se a concepção filosófica de espaço proposta por Maurice

Merleau-Ponty: “O espaço não é o meio (real ou lógico) onde se dispõe as coisas,

mas o meio pelo qual a posição das coisas se torna possível.”. Todas estas são

concepções filosóficas do espaço.

Em 1970 surge uma nova concepção atrelada à geografia crítica, que tem

com base os pensamentos marxistas e para a qual o espaço é definido como

o locus da reprodução das relações sociais de produção. Nesta concepção espaço

e sociedade estão intimamente ligados. Mais tarde surge uma nova concepção

epistemológica para geografia que passa a encarar o espaço como fenômeno

materializado. Ou, nas palavras de ALVES (1999), o espaço “é produto das relações

entre homens e dos homens com a natureza, e ao mesmo tempo é fator que

interfere nas mesmas relações que o constituíram. O espaço é, então, a

materialização das relações existentes entre os homens na sociedade.”

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5.4 CONCEPÇÃO DE TEMPO

O tempo é uma componente do sistema de medições usado para

sequenciar eventos, para comparar as durações dos eventos, os seus intervalos, e

para quantificar o movimento de objetos. O tempo tem sido um dos maiores

temas da religião, filosofia e ciência. Pode-se dizer que um acontecimento

ocorre depois de outro acontecimento. Além disso, pode-se medir o quanto um

acontecimento ocorre depois de outro. Esta resposta relativa ao quanto é a

quantidade de tempo entre estes dois acontecimentos. A separação dos dois

acontecimentos é um intervalo; a quantidade desse intervalo é a duração. O

tempo está, de fato, indissoluvelmente interligado ao espaço. Tempo-espaço é o

binômio concedido a cada criatura para o seu desenvolvimento. Contudo, o tempo

não se altera. Ele permanece parado. O que muda é a percepção que temos

dele, segundo nossa própria mobilidade.

Uma simples ação do homem serve para alterar a percepção do tempo,

mesmo que em escala reduzida. Cada pessoa processa o tempo de uma maneira

diferente. Temos um sentido do tempo diferente e nos situamos a respeito dos

eventos que marcam nossa vida ao longo do tempo de uma maneira

característica própria. Na concepção do tempo também existem diferenças

culturais.

5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani,

“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,

os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação

da natureza, criando um mundo da cultura” (1992, p, 19).

Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo

o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra

literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a

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arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais,

as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”.

(Sacristan,2001,p.105)

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. “Além disso, como sistema de significação, todo

conhecimento está estreitamento vinculado com relações de poder” (Tomas Tadeu,

1999).

É necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-

se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo

contemporâneo. É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade

conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeneização cultural”.

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões

culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais

produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais

aparecem de forma destacada as produções culturais em sua dimensão material e

não material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de

cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais

diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas

populares de forma a produzir a cultura erudita, como afirma Saviani: “ a

mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber

espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita;

assume um papel político fundamental “.(Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e

erudita cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um

espaço motivador, aberto e democrático.

Existem diversas maneiras de se conceber a cultura, no entanto como

enfatiza Santos (1996) pode-se localizar duas concepções básicas como

norteadoras das preocupações. A primeira dessas concepções se preocupa com

todos os aspectos de uma realidade social, dessa forma, a cultura diz respeito a

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tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou grupos no

interior de uma sociedade.

Para estes, a cultura se refere às realidades sociais distintas. A segunda

concepção básica de cultura refere-se especificamente ao conhecimento, às ideias e

crenças, assim como as maneiras como eles existem na vida social. Nesse caso, a

cultura diz respeito a uma esfera, a um domínio, da vida social.

A partir dessa breve explanação, ressaltamos que não tomamos uma

definição de cultura como única, verdadeira e exata. Isto porque concebemos a

cultura como o desenvolvimento intelectual do ser humano, os costumes e valores

de uma sociedade, portanto históricos.

5.6 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade

de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania

está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando

numa de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI)

A cidadania é construída e conquistada a partir da capacidade de organização,

participação e intervenção social.

A escola deverá assim, oferecer oportunidades nas quais os alunos através do

enfoque de temas voltados à solidariedade, democracia, direitos humanos, ecologia

e ética, possam exercitar sua capacidade de organização, participação e intervenção

na vida social, construindo novas relações e consciências, atuando de forma efetiva

nos grupos sociais que constituem a sociedade em que está situado.

Cabe ao professor ativar na turma a luz da razão, para formar sujeitos

emancipados, traçando os primeiros passos para formar uma cidadania igualitária e

sem discriminações.

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5.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. “Educação é

fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo

tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela

própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p. 19).

Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação

do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para

benefício do homem.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo

constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a

sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da

expectativa de transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio

de homem.

É libertadora porque segundo Boff (2000, p. 77) “se faz necessário

desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de

produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente

sustentado”.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano

para gestar uma democracia aberta.

São eles:

- “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados

para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão

globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida.

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- “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento cientifico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para

garantir-lhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

- “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana...”

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem e sua

formação para a cidadania participativa e construtiva.

Segundo Delors, 1996 “Os quatro pilares da educação, aprender a aprender,

aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, devem contribuir para

que os cidadãos possam conviver e posicionar-se diante das tensões ou

antagonismos presentes na sociedade, numa perspectiva de sua superação.”

5.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170-1), em sentido amplo o

currículo escolar abrange todas as experiências escolares. É a totalidade das

experiências de aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola (Jameson-

Hicks. Entendemos o currículo como um plano que preside as atividades

educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações

adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis por

sua execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre

que ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar"

(Psicologia e currículo, São Paulo, Ática, 1996, p. 43-5).

De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades

desenvolvidas dentro da escola. E, segundo César Coll, "as atividades

educativas escolares correspondem à ideia de que existem certos aspectos do

crescimento pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que

não poderão ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma

alguma, a menos que seja fornecida uma ajuda específica, que sejam exercidas

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atividades de ensino especialmente pensadas para esse fim. São atividades que

correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de

ação determinado, isto é, estão a serviço de um plano educacional. A função

do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar as intenções e o plano de ação que

preside as atividades educativas escolares.

O currículo é um guia para os encarregados de seu desenvolvimento,

um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o

professor. Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de

intenções, princípios e orientações gerais que, por excessivamente distantes da

realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os

professores. O currículo deve levar em conta as condições reais do espaço onde

será aplicado, situando-se justamente entre as intenções, princípios e orientações

gerais e a prática pedagógica. O currículo não é algo pronto e acabado, mas

de algo a ser construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a

participação ativa de todos os interessados na atividade educacional,

particularmente daqueles que atuam diretamente no estabelecimento escolar,

como educadores e educandos, mas também dos membros da comunidade em que

se situa a escola.

O currículo é abrangente, não compreende apenas as disciplinas ou

os conteúdos do conhecimento, mas também sua organização e sequência

adequadas, bem como os métodos que permitem um melhor desenvolvimento

dos mesmos e o próprio processo de avaliação, incluindo questões como o que,

como e quando avaliar.

Para que o currículo cumpra suas funções, deve-se levar em conta as

reais condições nas quais vai se concretizar: as condições do professor, as

condições dos alunos, as condições do ambiente escolar, as condições da

comunidade, as características dos materiais didáticos disponíveis, etc.

O currículo não substitui o professor, mas é um instrumento a seu serviço.

Cabe ao professor orientar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive

modificando o próprio currículo de acordo com as aptidões, os interesses e as

características culturais dos educandos.

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5.9 CONCEPÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES

Sabemos que atualmente a organização social, os valores, as relações

econômicas e políticas estão passando por profundas modificações e isso faz com

que a educação também passe por mudanças.

Dessa forma, não podemos exigir que a nossa educação continue sempre da

mesma maneira, ou seja, apresentando-se de forma neutra, mas ela deve

acompanhar as transformações dessa sociedade que sempre está em movimento.

Isso se dá ao fato de que a escola é uma instituição que trabalho com o

conhecimento e que por isso,deve estar sempre em constante processo de

discussão para poder interferir nas evoluções sociais.

Assim, as Diretrizes Curriculares das escolas devem estar em

permanente atualização para acompanhar os anseios da sociedade em relação á

educação,colocando o ensino em maior sintonia com as exigências da

sociedade da informação,da inclusão social, da cidadania participativa e

responsável e da economia globalizada. Além de proporcionar aos alunos uma

educação em que os conteúdos trabalhados possam ser definidos e aplicados

por eles.

Isso reflete na dinamicidade do conhecimento e na constante

reorganização dos saberes escolares, sendo que as permanentes atualizações e

discussões não devem ser impostas, mas elaboradas no coletivo da escola, no

intuito de se construir um conjunto de idéias que sirvam de base ao ensino

aprendizagem, até mesmo porque devido ao amplo e variado quadro de

profissionais há a necessidade de se ter diretrizes para condução do ato de

ensinar.

Dessa forma, torna-se mais possível a diminuição da distância entre

intenção e ação, sendo que prática experiência e reflexão, passam a caminhar

juntas para o êxito docente.

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5.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho.

Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da produção

material de seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações,

porque o trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do

conhecimento. Segundo Marx e Engels “a classe que tem à disposição os

modos de produção material controla concomitante os meios de produção

intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as ideias daqueles que

carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p.67).

Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “nesse

processo do desenvolvimento humano multi determinado e que envolve inter-

relações e interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base

econômica será o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento

humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,

pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem

sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga (Veiga, 1995, p, 27).

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do

conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos

alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos,

e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

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Para Boff (2000, p. 82), “conhecer implica, pois, fazer uma experiência

e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de

conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para compreensão da

realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a

realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social

gerando mudança interna no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme Freire (2003, p. 59), “o conhecimento é sempre

conhecimento de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre

dirigido para alguma coisa”. Portanto, há de ter clareza com relação ao

conhecimento escolar, pois como destaca Severino (1988, p.88), educar contra

ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade, as ferramentas

do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido

às práticas mediadoras de sua existência real”.

O conhecimento é construído numa perspectiva histórico-cultural, ou seja,

estabelecendo a relação entre o homem e a sociedade na qual está inserido.

Desse modo, acreditamos que a democratização do acesso as informações,

ao conhecimento científico e tecnológico, bem como a participação política mais

consciente com respeito aos direitos humanos, devem ser ponto de partida de

nossas ações tanto na instituição escolar, como nos grupos dos quais fazemos

parte.

A apropriação do conhecimento sistematizado deve fazer com que o aluno

produza uma nova síntese de seus entendimentos de mundo e realidade.

5.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Caracteriza-se como uma Instituição de origem governamental ou

privada, com espaço físico determinado, composta por uma hierarquia funcional,

onde a sociedade participa direta e indiretamente, onde o ensino-aprendizagem é

sua principal função. Assim, a escola atual deve estar voltada para atender a

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diversidade na educação, visto que sua clientela é oriunda de uma sociedade

heterogênea.

A educação é um processo amplo, contínuo, permanente e que acontece em

todas as fases da vida e resulta de um amplo espectro de atividades humanas

institucionalizadas ou não. Desse modo, a família, a igreja, os meios de

comunicação podem ser considerados como educação informal, enquanto a escola

é uma instituição social que transmite uma parcela da experiência humana

acumulada ao longo do tempo e possui características peculiares tais como: a

sistematização do conhecimento, a intencionalidade, a organização curricular e a

estruturação de disciplinas ou componentes curriculares (GORINI, 2004).

A organização da escola apresenta, como uma de suas características, a

estruturação de disciplinas que possuem autonomia e histórias próprias e constituem

um conjunto de conhecimentos ordenados e específicos que buscam disseminar os

conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais de forma sistematizada.

A escola é entendida como o local onde acontece a Educação Formal, com

objetivo de preparar o educando para ser cidadão consciente e construtor do

pensamento crítico, capaz de interagir no meio em que vive, proporcionando o

acesso a informação de acordo com as necessidades e acompanhamento de

uma educação integrada e participativa.

5.12 CONCEPÇÃO DE GESTÃO

Conforme Lück (2000, p. 11), gestão escolar: [...] constitui uma

dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a

mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas

necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos

estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da

aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar

adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada

no conhecimento, bem como o desenvolvimento integral do educando.

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93

O gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todos

que fazem parte de sua equipe. Ele deve ter consciência de que sua equipe

não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da

instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por

toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos

possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos

alunos. Um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda

sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar

com sucesso todos os programas desenvolvidos pela instituição de ensino.

O projeto pedagógico é um fator muito importante no desenvolvimento do

curso escolar, o papel do gestor da escola no desenvolvimento do projeto

pedagógico escolar deve influir de maneira determinante nos resultados

acadêmicos positivos da escola, por que consideramos que o trabalho de

controle do gestor da escola, é fator determinante no desenvolvimento das

atividades pedagógicas. O gestor escolar deve visualizar sempre em sua atuação,

de que o administrativo deve estar a serviço do pedagógico, isto é, deve

servir de suporte para a consecução dos objetivos educacionais da unidade

escolar.

O gestor deve ter autonomia para atuar proativamente, desafiando os

processos tradicionais de gestão em favor de um modelo normativo mais

interveniente e desafiador do statu quo; dando apoios efetivos e desafiadores

na construção de identidades organizacionais diferenciadas e isto só se

concretizará na prática se o gestor for atuante e conhecedor de sua função.

5.14 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Quando pronunciamos esta expressão, criamos a imagem de que estes

dois termos constituem uma unidade indissociável, dividida apenas por

questões gramaticais, mas na realidade vemos que não existe esta unidade

inseparável pois, pode haver ensino sem aprendizagem como também pode haver

aprendizagem sem ensino.

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Por assumir a ideia de que ensinar equivale a aprender, a educação tem se

centrado tradicionalmente no ponto de vista do ensino, tirando a partir daí

conclusões sobre a aprendizagem. A pedagogia tem girado fundamentalmente em

torno dos métodos de ensino, e não de aprendizagem, crendo que os métodos de

ensino coincidem com os de aprendizagem, o que nem sempre acontece. Hoje,

percebemos que a atenção está mais fixada na aprendizagem do que

propriamente no ensino.

Em vista ao exposto, entendemos que uma escola de qualidade só

será efetivada no ambiente escolar se TODOS assumirem o compromisso de

lutar pelos anseios e sonhos idealizados pela educação. Um país que se diz

democrático tem que fornecer oportunidades de acesso e permanência do

aluno na escola e, sobretudo que, aqueles responsáveis diretamente pelo

processo educativo, possam ter condições de efetivar um trabalho significativo e

de qualidade, contribuindo para o melhoramento social e consequentemente para as

transformações sociais que se deseja.

5.15 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A ênfase à atribuição de notas (medida) na avaliação tem provocado alguns

desvios significativos, dentre os quais o de lhe dar um caráter meramente

quantitativo, desconsiderando seu aspecto educacional de orientação do aluno.

Conforme diz LUCKESI (1984), as notas são comumente usadas para

fundamentar necessidades de classificação de alunos, dentro de um dos

níveis de posições, onde a maior ênfase é dada à comparação de desempenhos e

não aos objetivos instrucionais que se desejam atingir. O aluno é classificado

como inferior, médio ou superior quanto ao seu desempenho e muitas vezes

fica preso a esse estigma, não conseguindo desvelar seu potencial. „Na LDB (Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) – Lei Nº 9394/96, em seu artigo 24,

Inciso V, Alínea a diz que: “a verificação do rendimento escolar deverá obedecer os

seguintes critérios: - avaliação contínua e cumulativa do desempenho do

aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

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resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Portanto, na

nossa concepção, a avaliação da aprendizagem é, sem dúvida, uma das áreas em

que as escolas, na sua maioria, dentre as quais a nossa, encontra uma de suas

maiores dificuldades. Na maior parte das vezes, essas dificuldades são

decorrentes de certa incompreensão da própria função da avaliação.

Avaliar, no nosso entendimento, consiste em emitir um juízo de valor a

respeito do nível de conhecimento, alcançadas pelo aluno, em comparação

com os objetivos e metas propostos para determinado curso, série, etapa,

período letivo ou unidade didática. Assim, a avaliação deve nortear o trabalho

escolar como um todo, devendo a mesma seguir os princípios de ser formativa,

utilizando para isso a observação diária e instrumentos variados, selecionados de

acordo com o conteúdo ou objetivo.

Entendemos também que o aluno precisa ser envolvido no processo de

avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. Devemos

considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica, somativa e

formativa, como já citado anteriormente), que se articulam com os objetivos

específicos e conteúdos nas escolas, respeitando as diferenças individuais e

escolares.

1. A avaliação deve ser um processo que aponte caminhos, valorizando

o conhecimento do aluno, pois devemos pensar na sua função, sobre o seu

papel social, porque para bem avaliar, o professor precisa ter noções de

como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno.

2. Sabemos que em nosso contexto escolar, nos defrontamos com uma

clientela bem diversificada, cabendo ao professor saber e querer lidar com essa

situação real. A avaliação só tem sentido se puder contribuir para o desenvolvimento

cognitivo dos alunos.

3. Contemplamos em nossa concepção sobre avaliação a visão de que o

aluno deve sentir a avaliação como um ato acolhedor, onde o mesmo possa

perceber suas conquistas e suas limitações e, junto ao professor, buscar os

meios para sanar essas dificuldades.

4. Ainda, no tocante à recuperação paralela, a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (Lei Nº 9394/96), especifica em seu Artigo 13, Inciso IV,

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sobre a alunos de menor rendimento”. Entendemos aqui que o trabalho de

recuperação do aluno com dificuldades de aprendizagem não é simples, pois

deve envolver um trabalho pedagógico, buscando as condições que efetivem a

reabilitação como processo de reeducação e não como mera repetição de uma

avaliação.

5.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

Sobre tecnologia, Noble, 1984, assinala que se criou uma redoma falaciosa

em torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor “esta é

vista na sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem

de tudo como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais,

poder e privilégio.

Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente,

provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é

parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a

mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que

permanecem inalteradas. De entre estas, as mais importantes são as

desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade”.

(Noble, 1984).

Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se

revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel

criador do homem. É preciso implementar no sistema Educacional, uma pedagogia

mediante a qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite

a aprendizagem.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais

vigentes.

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a

formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a

concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico,

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determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os

conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e

alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o

aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de

estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. “Urge,

pois continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a

domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para

que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva

base para que os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria

concepção de poder”. (Paraskeva, 2001).

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação

tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Pública, sem que

haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses

recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser

ferramenta que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de

estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio histórico,

possibilitando articular ação, teoria e prática.

5.17 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de

forma sistematizada utilizando métodos. Para Andery (1980), “a ciência é uma das

formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história.

Portanto, a ciência também é determinada pelas

necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo

que nela interfere”. Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o

conhecimento, será a concepção da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir

ou transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido

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de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e

sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade da população.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos

saberes científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “

a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e

enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o

nível de pensamento dos estudantes, permite o conhecimento da realidade, o que

é indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo

em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.

5.18 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO FISCAL

A sociedade passa, na atualidade, por grandes transformações. Dentre elas, o

desenvolvimento tecnológico, o acesso sistematizado ao conhecimento, a

aceleração econômica, a globalização, entre tantas outras.

Devido a todos esses fatores, exigiu-se da escola e consequentemente,

da educação, um novo papel e um outro olhar. O objetivo primordial em torno

do papel da escola passou então da informação à formação. Esta formação,

por sua vez, teve que abarcar uma função integral, geral e abrangente. E

nesse contexto, a formação para a cidadania se firmou como um dos aspectos

fundamentais. Assim, o pressupôs to básico educacional passa a ter como eixo

básico à vida cidadã, isto é, sujeitos formados de tal forma que pudessem ter

consciência de seus direitos e de suas obrigações na sociedade.

Nesse sentido, a educação fiscal aparece como o elo norteador do

trabalho pedagógico para uma formação plena. Assim, o enfoque da educação fiscal

passa a ser a cidadania, em que a escola possa garantir informações aos alunos

sobre o funcionamento da arrecadação orçamentária, a organização da gestão

pública e dos recursos e como a sociedade pode acompanhar o processo

tributário.

Porquanto, a visão para uma formação plena que se propõe, a qual nela

está inserida a educação fiscal, é a de que as iniciativas tomadas no

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ambiente educativo em torno dessa temática possa conscientizar a comunidade

a partir da escola, fazendo com que o aluno possa ser o disseminador de

ideias, valores e princípios adquiridos, contribuindo assim para uma melhor

conscientização e ação em torno da educação fiscal.

Entendemos que a partir dessa formação, a escola estará cumprindo

seu papel social, que é o de contribuir para a formação integral do aluno, fazendo

também com que o mesmo possa desenvolver uma relação harmoniosa entre

cidadão e estado.

O pressuposto básico é de que possibilitando ao aluno o acesso contínuo ao

conhecimento em torno da educação fiscal, a escola estará permitindo ações

transformadoras, discussões e reconstruções do conhecimento para repassados,

num exercício pleno de democracia.

No pensamento de que nossa sociedade passa por períodos de

descrença e desrespeito para com o patrimônio público, é necessário vislumbrar

uma educação que dê conta de formar para o espírito crítico, encorajador de

tal forma que leve as ações transformadoras.

Nesse aspecto, entendemos que uma nação constituída por pessoas

que defendem e honram os seus direitos e deveres, tem melhores condições

de diminuir as injustiças sociais, dentre elas as causadas inclusive pela

corrupção e certamente exercendo um papel consciente como cidadão,

aumentar o nível de desenvolvimento social.

O trabalho dentro da escola, em torno da educação fiscal, tornou-se

fator primordial, pois permitirá informar os mecanismos de constituição do

estado, ao mesmo tempo em que torna o cidadão ciente da importância de sua

contribuição, fazendo com que o pagamento dos tributos seja entendido e visto

como um instrumento para o bem comum.

Com a informação, acreditamos que o aluno poderá se apropriar do poder de

questionar e verificar a utilização honesta e consciente de todos os tipos de

arrecadação gerados principalmente a partir do pagamento de impostos.

Portanto, a concepção pedagógica que permeia todo o trabalho em

torno da educação fiscal, volta-se para o princípio básico de desenvolver hábitos,

atitudes e valores, deixando de ter como eixo central o aumento da

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arrecadação, passando a focalizar o interesse social de formação permanente

do cidadão. Assim, remontamos ao princípio defendido pelo educador Paulo

Freire de que: “se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a

transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará

e não se consolidará sem a educação”.

5.19 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação

de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma re-

estruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo

que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística,

democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como

objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana,

busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os

sujeitos alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de

forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.

Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças

significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana

dos professores e nas relações família/escola. Com força transformadora, a

educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.

O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a

qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas

especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio

especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de

educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na

crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser

supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja

em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à

escola de ensino regular.

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101

5.20 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,

condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional

que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens

necessários à vida” (Andery, 1998, p, 13).

Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação intencional,

o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na

produção de bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho não

acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os

bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio.

Já nos bens não materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaça - se dialeticamente

e é nesta dimensão que esta posto a formação do homem. Ao consideramos o

trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo

educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve,

formas de organização necessária para a formação do ser humano.

O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de

estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir

novos conhecimentos, dando condições de entender o viver, propondo

modificações para a sociedade em que vive, permitindo “ ao cidadão produtor

chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social

sendo portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que

exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33

e 35).

5.21 CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO

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Combater o racismo, o preconceito e outras posturas xenofóbicas é

responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida

enquanto tarefa exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade racial

e social, as quais permeiam todos os setores da sociedade, permitindo o

nascer de uma realidade social humanizada, compete a todos inclusive a escola.

Por ela passaram os equívocos sobre as civilizações africanas o silêncio a respeito

das produções e elaborações teóricas filosóficas e científicas, artísticas, políticas

realizadas pelo povo negro. A complexidade existente na formatação da identidade

negra no Brasil não pode desconsiderar o processo de desvalorização da

cultura de matriz africana, da imposição dos padrões estéticos europeus, da

ideologia do branqueamento ditando as normas de superioridade do branco sobre o

negro. A reversão desse processo está vinculada ao reconhecimento da

diversidade,a valorização das pessoas negras e sua visão de mundo, a crença

na importância de uma educação que não negue sua participação histórica para o

renascer de uma outra sociedade.

5.22 CONCEPÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Tendo-se também em vista um trabalho pedagógico que dê conta de atender

às necessidades reais de nossos alunos, propomos uma metodologia a ser

trabalhada coletivamente a fim de atender as questões contemporâneas.

Assim, a inserção no Currículo de questões que envolvem o meio ambiente e,

em especial, a questão do Impacto Ambiental, tão presente nas discussões

atuais, se faz extremamente necessária.

Entendemos que no decorrer da História, a transformação da natureza pelas

atividades humanas aumentou paralelamente ao desenvolvimento crescente das

técnicas ou instrumentos de trabalho. A partir dos séculos XVIII e XIX,

ocorreu o aumento dos impactos ambientais em consequência do processo de

industrialização, que adquiriu uma dimensão a nível mundial.

Esse é um fato recente na história da humanidade, e para compreendê-lo é

preciso considerar três fatores principais:

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• O desenvolvimento das técnicas;

• O crescimento populacional;

• O padrão de consumo da sociedade capitalista globalizada.

Esses fatores levaram o nosso planeta a uma devastação intensa,

provocando impactos ao meio ambiente em grandes proporções. Diante das

catástrofes que nos deparamos e iremos nos deparar, é necessário que a

escola e todos os meios de comunicação se organizem de uma forma

consciente para que haja alguma mudança imediata. Se não for contida a

mudança climática, esta realidade transformará milhões de pessoas em refugiados,

quando suas casas sucumbirem a secas ou inundações e, por conseguinte,

causará a maior migração da história da Humanidade.

O ponto de partida para que haja efetivas mudanças é promover dentro

do ambiente escolar espaço para a discussão desta problemática, no intuito de

propiciar para todo ser humano uma mudança de comportamento na relação

homem x natureza. É momento de prevermos então, no Projeto Político

Pedagógico desta instituição, a concepção sobre o impacto ambiental que deverá

ser abordado de forma interdisciplinar e contínua.

Para o entendimento das questões que envolvem o processo educativo como

um todo, é também necessário situar-se dentro de alguns conceitos básicos

relacionados á prática educativa. Assim, concepções como o de ESCOLA e

de PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM remonta a uma discussão que

contribui significativamente para o trabalho educativo.

5.23 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

É um equívoco acreditar que é a escola a única responsável por propiciar à

criança os dois “passaportes” de entrada no mundo da escrita. Muito antes de

chegar à instituição educativa a criança já convive tanto com a escrita quanto

com seu uso, porque, em seu contexto, a escrita está sempre presente: ora

muito presente, como nas camadas economicamente privilegiadas e nas

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regiões urbanas, ora menos presente, como nas camadas populares e nas

regiões rurais, mas sempre presente; ora em gêneros e suportes mais próximos ora

menos próximos daqueles que a escola valoriza, mas sempre presente.

Assim, desde muito cedo a criança convive com práticas de

alfabetização e letramento, através de contato com rótulos de produtos

industrializados veiculados nos meios de comunicação e usados em seu dia a

dia o que, de certa forma, já está inserindo-a no mundo da escrita e ampliada

pelo sistema educacional.

A especificidade da alfabetização, deve ser entendida, de acordo com

Magda Soares, como processo de aquisição e apropriação do sistema da

escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a

importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento –

entendido este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita,

como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente

desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais

que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas

práticas; em terceiro lugar, o reconhecimento de que tanto a alfabetização quanto o

letramento têm diferentes dimensões, ou facetas, a natureza de cada uma delas

demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da

língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino

direto, explícito e sistemático – particularmente a alfabetização, em suas

diferentes facetas – outras caracterizadas por ensino incidental, indireto e

subordinado a possibilidades e motivações das crianças; em quarto lugar, a

necessidade de rever e reformular a formação dos professores das séries iniciais do

ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de enfrentar o grave e

reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas

escolas brasileiras.

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5.24 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

Durante muito tempo a criança foi vista como um adulto em miniatura.

Não tinha portanto, vestimentas apropriadas, tratamento diferenciado, assumia

afazeres de adultos, muitas vezes não condizente com suas capacidades

físicas e intelectuais muito menos uma educação que levasse em consideração o

seu desenvolvimento nas diferentes fases da infância.

Foi somente com a Revolução Industrial que essa concepção começou

a ser repensada, ganha destaque neste momento o historiador francês Ariès. Em

seus estudos, Ariès analisa diferentes significados atribuído à infância, em

especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média

não existia um sentimento de infância como etapa específica da vida humana,

portanto com características e necessidades próprias. Ariès afirma que é no fim da

Idade Média que se inicia um processo de mudança, pois a infância passa a ser

encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de atenção dos

adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento

e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional

impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das

crianças, particularmente no período do capitalismo industrial, no século XIX.

Embora com ressalvas, sua pesquisa é considerada relevante pelo fato de

que contribuiu para a compreensão da infância como um conceito construído

historicamente.

Diante disso, na atualidade a criança é vista como um ser completo que

apresenta características próprias. Ela possui uma natureza singular, que a

caracteriza como um indivíduo que pensa o mundo de um jeito próprio e por meio

das relações que estabelece com outras pessoas, se esforça para compreender

o mundo em que vive e através de atividades lúdicas revela seus anseios e

desejos. Assim, aprende muitas coisas brincando, por exemplo: regras, limites,

cooperação, competição, valores, noções de topologia, de lateralidade, de

esquema corporal, expressão,canto, dança, aspectos culturais, movimentos

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motores finos, manipulação de objetos, trabalhos em grupo, mediação de

conflitos, cuidados, enfim, muitos aprendizados dos elementos que a inserem

gradativamente no mundo adulto, vêm do brincar. Portanto, “brincar não é

uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma

significação social precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem”

(BROUGÈRE, 2002, p. 20).

Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a

posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se

inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as

crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização

e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer

estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos

acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola,

respeitando a singularidade da infância.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas

que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se

com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao

adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e

autocuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação simbólica sobre o

mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar como forma

privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio do

estabelecimento de laços sociais e afetivos (FARIA & SALLES, 2007).

5.25 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO,

PERMANÊNCIA, CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES

E QUALIDADE DE ENSINO– APRENDIZAGEM

5.25.1 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

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107

O Artigo nº. 14 I e II (L.D.B.) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -

Lei 9394/96, define que “Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da

educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e participação da

comunidade escolar e conselhos escolares ou equivalentes”.

Sendo assim, esta instituição desenvolve uma gestão democrática centrada

nos valores e princípios democráticos pela natureza social da escola. O

trabalho por ela desenvolvido visa o cumprimento da função social e política da

educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo, responsável,

crítico e criativo, através da produção e socialização do saber historicamente

acumulado pela humanidade e constitui um processo pedagógico dinâmico

onde há um envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente,

funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção de liberdade e co-

responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação da melhoria do

processo ensino aprendizagem, portanto, a gestão democrática é um princípio

consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógicas,

administrativas e financeiras e exige a compreensão em profundidade dos

problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação

entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática.

A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na

área da educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão.

Assim organizamos e articulamos as ações necessárias ao funcionamento da escola

desse ponto de vista.

a) Participação dos pais:

• Realização de reuniões coletivas para discussão de assuntos gerais do

interesse de todos e tomada de decisões;

• Reuniões por turmas para assuntos pedagógicos, junto aos professores,

equipe pedagógica, direção, alunos e pais, no início do ano letivo e quando se fizer

necessário;

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• Atendimento individual para tratar de assuntos pedagógicos e disciplinares em

relação aos filhos;

• Convite à participação em programas desenvolvidos pela escola durante o ano

letivo.

b) Conselho Escolar / APMF:

• Reuniões extraordinárias para tratar de assuntos relacionados ao andamento

da escola, à tomada de decisões administrativas, conhecimento da realidade

pedagógica da escola, entre outros assuntos;

• Convite à participação em programas desenvolvidos na escola.

c) Alunos Representantes de turma:

• Escolha dos representantes no início do ano letivo, através do voto direto dos

alunos da sala;

• Representatividade junto à direção e equipe administrativa em assuntos de

interesse da turma;

• Conscientização do papel do representante de turma através de encontros

com a equipe pedagógica.

d) Grêmio Estudantil:

• Eleição direta dos representantes do Grêmio com a participação de todos os

alunos da escola;

• Participação em eventos realizados na escola;

• Participação em reuniões para tratar de assuntos de interesses da categoria;

• Elaboração de atividades ou programas específicos propostos pela instância;

• Participação no Conselho Escolar.

e) Conselho de Classe:

• Discussão das dificuldades e progressos dos alunos em torno do processo de

ensino-aprendizagem;

• Busca de soluções para problemas específicos das turmas.

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5.25.2 ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE DE ENSINO

Os principais princípios que devem nortear uma escola democrática se efetiva

pela Igualdade e qualidade de ensino. Assim, o princípio da Igualdade se

caracteriza pelas condições de acesso e permanência do aluno na escola

,garantida pela mediação da mesma.

No tocante à Qualidade, cabe aqui destacar que a escola não pode

ser privilégio de determinadas classes sociais, mas sim, o desafio é o de

propiciar uma qualidade de ensino para todos.

A escola de qualidade que queremos deve evitar, de todas as

maneiras possíveis à repetência e a evasão escolar. Tem que garantir metas

qualitativas do desempenho satisfatório de todos. “Qualidade para todos”. É

preciso garantir a permanência dos educandos que ingressarem nela, e esta

competência de qualidade para todos, depende dos meios, por isso a qualidade

implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar.

5.25.3 CAPACITAÇÃO CONTINUADA

De acordo com a LDB n° 9.394/96, Título VI , Artigo. 63. III, 67. II, ”Os

institutos superiores de Educação manterão programas de educação continuada

para os profissionais de educação dos diversos níveis”. E ainda: “Os sistemas de

ensino promoverão a valorização dos profissionais de educação, assegurando-

lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério

público, aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento

periódico remunerado para esse fim”

Cabe ressaltar que a formação continuada é um direito de todos os

profissionais que atuam na instituição educacional, uma vez que não só ela

possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na

competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o

desenvolvimento profissional que atuam na instituição, articulado com as escolas

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e seus projetos. A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer

parte do Projeto Político Pedagógico. Assim, compete a escola:

a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de

seus profissionais;

b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos

órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na

avaliação do referido programa.

Assim, a formação continuada dos profissionais, da escola compromissada

com a construção do Projeto Político Pedagógico, não deve limitar-se aos

conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e

suas relações com a sociedade. A rotina do funcionamento da Escola pode ser a

possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua competência

docente educativa, o mesmo podendo ocorrer com diretores, funcionários e

demais profissionais que atuam no sistema formal de ensino."

Pode-se dizer que o conceito de competência docente apresenta cinco

aspectos essenciais:

Domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado;

Clareza dos objetivos a serem atingidos;

Domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a

mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino;

Visão articulada do funcionamento da Escola, como um todo;

Percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação

escolar e sociedade."

A realidade educacional vista hoje, exige dos profissionais uma

constante atualização. Para isso, há a necessidade de se abrir espaços para

aspectos mais amplos, que seria uma política para a formação do educador em

serviço, traduzida em programas e ações diversificados, atendendo aos anseios dos

educadores escolares. A formação continuada realizadas pelos profissionais da

educação, desta instituição é ofertada pela instituição, ora pela SEED ou pelo

Núcleo de Educação.

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5.25.4 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Conceber o trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer

subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e

contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho.

Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as

relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação

do sujeito a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos

conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim

de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma

conceitual e operacional. Isto implica em ir além de uma formação técnica

que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo

de produção em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta

dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador

atuar no mundo do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar

no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno

estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas sua

participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos

teóricos que as sustentam.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as

ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-

versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para

compreendê-las a partir das relações de trabalho. Desta forma o Colégio Estadual

José Sarmento Filho – E.F.N. , faz a inclusão do Estágio Não-Obrigatório de alunos

que cursam Ensino Médio, conforme prevê a Lei n°11788/08.

Art.1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de

educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de

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educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação

especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da

educação de jovens e adultos.

1° O estágio faz parte do Projeto Pedagógico do Curso, além de

integrar o itinerário formativo do educando.

2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do

educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2° A inclusão de estágio de alunos que cursam ensino médio neste

estabelecimento de ensino será não obrigatório conforme determinação do PPP da

escola.

1º Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade

opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

2° As atividades de extensão de monitorias e de iniciação científica na

educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas

ao estágio em caso de previsão no projeto político do curso.

Art. 6º O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes

cedentes, organizado pelas instituições de ensino.

5.26 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA

Não se pode falar de currículo sem citar três pontos

fundamentais para a compreensão do mesmo:

5.26.1 DINÂMICA DO CURRÍCULO; REFLEXÃO SOBRE O

TRABALHO PEDAGÓGICO; CONFIGURAÇÃO DA MATRIZ TEÓRICA

A aprendizagem é um processo contínuo na vida do ser humano e apesar de

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“processo”, podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da

escola, é promover a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que

torna os saberes “ensináveis, exercitáveis e passíveis de avaliação” e em que é

possível distinguir três fases de transformação na dinâmica do currículo: da cultura

extraescolar para o currículo formal; do currículo formal para o currículo real; do

currículo real para a aprendizagem efetiva. E para que isso se realize, a escola

precisa construir um currículo que:

. Concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção moderna e

o exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as

competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia;

. Considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas,

abertura e a sensibilidade para identificar as relações entre escola, vida

pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do

conhecimento, entre a teoria, suas consequências e aplicações práticas como

pressupostos decisivos de sua organização;

. Reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição

dos conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como construção

coletiva e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, emoções e relações

humanas;

. Faça uma reflexão sobre o trabalho pedagógico e selecionar o que de fato

é relevante e consistente no conjunto extraordinário de conhecimentos hoje

disponível, o que impõe à escola o compromisso de propiciar ao professor o

desenvolvimento da capacidade de „mapear‟ os conhecimentos relevantes na

escala adequada às necessidades e possibilidades dos alunos.

Nesse contexto exige-se estratégias diversificadas, procedimentos e

atividades de “reinvenção” do conhecimento, um relacionamento das disciplinas

em programas de estudo, pesquisa e ação (interdisciplinaridade) e a

contextualização dos conteúdos; além de uma abertura e uma sensibilidade

capazes de reconhecer a relação entre o conhecimento e os contextos

contemporâneos da vida social e pessoal.

O currículo é por natureza uma rede de sentido capaz de estabelecer uma

relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e de relacionar,

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dialeticamente, o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e

aplicações práticas.

Devemos superar uma visão fragmentada do conhecimento e da

realidade e propiciar ao aluno um conjunto articulado de conhecimentos

significativos, a partir do que ele já sabe. Isso implica um planejamento coletivo

e um trabalho cooperativo dos professores, pois é exatamente isso o que

significa interdisciplinaridade, sem desconsiderar a complexidade necessária,

aquela possível considerando um currículo real em ação.

5.26.2 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO

ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino fundamental é a etapa inicial da educação básica no Brasil, com

a nova proposta de duração de nove anos, envolvendo crianças e adolescentes com

idade entre 06 e 14 anos. Este foi reformulado pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, em 1996, tomando o lugar do então chamado Ensino de Primeiro Grau..

A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi ampliada de oito para

nove anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, passando a abranger a Classe de

Alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula obrigatória aos seis anos) que,

até então, não fazia parte do ciclo obrigatório (a alfabetização na rede pública e

em parte da rede particular era realizada normalmente na 1ª série). Lei

posterior (11.114/05) ainda deu prazo até 2010 para que estados e municípios

se adaptem às novas regras.

O Ensino Fundamental é subdividido em dois níveis, a saber: dos seis aos

dez anos, classe de alfabetização, indo do primeiro ao quinto ano (caracterizado

pela alfabetização e solidificação dos conteúdos básicos); a segunda parte vai

do sexto ao nono ano, normalmente dos onze aos 14 anos do aluno, se ele

sempre tiver sido aprovado nas séries anteriores, ou seja, não ter repetido algum

ano (caracterizado pela diversificação e especificidade dos conteúdos).

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Nessa fase de ensino, as crianças e adolescentes são estimulados à

aprender através de atividades lúdicas, jogos, leituras, imagens e sons,

principalmente no primeiro nível. Através dos vários processos pedagógicos,

busca-se conduzir a criança ao conhecimento do mundo pessoal, familiar e social.

No segundo nível, os pré-adolescentes costumam ter um professor por

disciplina, além de ter um maior horário de estudo, e também uma disciplina mais

abrangente, que servirá de base para que o aluno inicie o seu Ensino Médio.

As diretrizes norteadoras da educação fundamental estão contidas na

Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.

O Ensino Fundamental deverá atingir sua universalização, sob

responsabilidade do Poder Público considerando a indissociabilidade entre

acesso, permanência e qualidade da educação escolar. O direito ao Ensino

Fundamental não se refere apenas à matrícula, mas ao ensino de qualidade, até sua

conclusão.

Para garantir melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se

necessário ampliar o atendimento social com programas voltados à educação, à

alimentação escolar, ao livro didático a ao transporte escolar, reforçando o

Projeto Político Pedagógico da escola, como a própria expressão da organização

educativa da unidade escolar, surgem os conselhos escolares, que deverão orientar-

se pelo princípio democrático da participação da comunidade, os alunos, os pais, os

professores e demais trabalhadores da educação.

5.26.2.1 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO

CURSO PROFISSIONALIZANTE - FORMAÇÃO DE DOCENTES DA

EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL (INTEGRADO E APROVEITAMENTO DE ESTUDOS)

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) vem conferir

uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que “O Ensino Médio é a

etapa final da educação básica” (Art.36) o que concorre para a construção da

sua identidade. O Ensino Médio passa a ter característica de terminalidade, o que

significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e

aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, aprimorar o

educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento e estudos;

garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o educando

dos instrumentos que o permitam “Continuar Aprendendo, tendo em vista o

desenvolvimento da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos

processos produtivos”. (Art.35, incisos I a IV).

(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última

etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em

seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas que

contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e economias dos sujeitos

que o constituem – adolescentes, jovens e adultos, reconhecendo-os não

como cidadão e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeito de

direitos no momento em que cursam o ensino médio. (Ramos apud CIAVATA,

2004, p.41). Portanto, para que o Ensino Médio defina sua nova identidade, é

necessário que identifique os sujeitos que o constituem e o meio social em que se

inserem, no sentido de estabelecer uma sintonia com as características sociais,

culturais e cognitivas desse “aluno sujeito”, através de um processo educativo

centrado no mesmo e que possibilite o desenvolvimento pleno de suas

potencialidades.

O Ensino Médio, portanto é a etapa final de uma educação de caráter geral,

afinada com a contemporaneidade, que situem o educando como sujeito

produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o

desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação" – cidadão.

O Ensino Médio se consolida em diferentes modalidades, ou seja, um

em caráter de Formação Geral e outros em caráter de Formação Geral e

Profissionalizante.

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A Proposta Curricular do Ensino Profissionalizante ( Formação de Docentes)

a nível médio,visa nortear as práticas pedagógicas dos educadores na

perspectiva da construção de uma escola pública de qualidade para todos, e

é resultado de uma construção coletiva de educadores, visando o

aprofundamento de seus pressupostos teórico-metodológico e a suas

consolidações na prática pedagógica.

A proposta curricular fundamenta-se, explícita ou implicitamente, em alguns

eixos fundamentais. É impensável uma proposta curricular que se dê no

espontaneísmo, sem que haja um norte a partir do qual a mesma se fundamente.

Entendemos como eixos fundamentais uma concepção de homem e uma concepção

de aprendizagem.

Pela primeira, decide-se que homem se quer formar, para construir qual

modelo de sociedade. Consequentemente, escolhe-se o que ensinar; pela segunda

(que não está descolada da concepção de homem), escolhe-se a maneira de

compreender e provocar a relação do ser humano com o conhecimento.

A Proposta Curricular do Colégio, o ser humano é entendido como social e

histórico. No seu âmbito teórico, isto significa ser resultado de um processo

histórico, conduzido pelo próprio homem. Essa compreensão não consegue se dar

em raciocínios lineares. Somente com um esforço dialético é possível entender

que os seres humanos fazem a história, ao mesmo tempo que são determinados

por ela. Somente a compreensão da história como elaboração humana é capaz de

sustentar esse entendimento, sem cair em raciocínios lineares. Ilustrativo dessa

concepção é a afirmação de que os homens fazem sua própria história, mas

não a fazem como querem: não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e

sim sob aquelas com as quais se defrontam diretamente, legadas e transmitidas

pelo passado (MARX, 1978).

Em termos de conhecimento produzido no decorrer do tempo, esta

proposta curricular parte do pressuposto de que o mesmo é um patrimônio coletivo,

e por isso deve ser socializado, e garanti-lo a todos. Isto tem implicações com

políticas educacionais que devem zelar pela inclusão e não pela exclusão, tais

como campanhas de matrículas abrangentes, capacitação de professores,

programas de formação, e com posturas dos professores diante do ato

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pedagógico, que zelem igualmente pela inclusão, tais como: zelar para que

todos aprendam, não apenas os que tenham maior facilidade para tal, mas, para

garantir que o conhecimento do qual o professor é portador seja efetivamente

oportunizado a todos os alunos. No que diz respeito a essa questão, a Proposta

Curricular da escola se concretiza pela concepção histórico-cultural, também

chamada sócio histórica ou sócio interacionista.

5.26.3 PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS

Com a reformulação da proposta curricular, entendemos que os

princípios que vão dar sustentação a função socializadora da escola, assim

como a formação daqueles que vão atuar nela, que são: trabalho como principio

educativo, a práxis como princípio curricular e, por último, o direito da criança ao

atendimento escolar.

As categorias que dão sustentação a esses princípios são: o trabalho, ciência

e a cultura. O trabalho que é princípio educativo fundamental a ser socializado

desde a infância, a ciência que é colocada para nós, que a escola é o mundo dos

saberes: saber da ciência, da cultura, da experiência, do saber agir, do saber sentir,

do saber olhar, do saber pensar...é o mundo do conhecimento.

5.26.4 TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

O trabalho é o eixo do processo educativo, porque é através dele que

o homem modifica a natureza e também se modifica, numa perspectiva que

incorpora a própria história da formação humana.

Portanto, o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o Ensino

Médio, e não apenas naqueles que tem o pressuposto de formação

profissionalizante.

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Em se tratando especificamente do curso de Formação de Docentes,

consideramos encaminha os jovens para a profissão de educador através de uma

proposta curricular solidificada nos fundamentos das diferentes ciências e artes,

especialmente nas ciências da educação. Dessa forma, se propõe a

composição curricular articulada aos saberes disciplinares e específicos do “saber

fazer” da profissão de educador. Isto significa dizer que o núcleo fundamental da

formação do professor, pressupõe por um lado o domínio dos conteúdos que

serão objetos do processo de aprendizagem e, por outro lado, o domínio das formas

através dos quais se realiza o processo.

5.26.5 A PRÁXIS COMO PRINCÍPIO CURRICULAR

Parte do princípio de que a formação do professor em si mesma já pode ser

considerada uma práxis, porque pressupõe uma atividade/ação social prática

de formação/interação. Se esta ação ocorrer de forma alienada, não atingirá a

dimensão política da formação humana que se pretende.

Cabe assim considerar que na organização do currículo, tudo isso se refletirá

posteriormente, se possibilitarmos, em todas as etapas didáticas da formação,

espaços e tempos em que o docente e alunos possam enfrentar todas as

dimensões do trabalho do professor como atividade humana condicionada pelo

modo de produção e também como modo de vida, pois ao lidar com a dimensão

mais política da socialização humana, essa ação tem o compromisso com o futuro.

Enfim, com a transformação social.

As atividades desenvolvidas na operacionalização do currículo, na forma de

aulas expositivas, oficinas, seminários, estágios realizados nas escolas de

Educação Infantil e Fundamental, e as vivências sociais como um todo,

deverão propiciar a compreensão da prática docente como uma ação

transformadora de uma realidade presente que pode ser configurada como

“práxis”.

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5.27 TRABALHO COLETIVO

5.27 .1 – PRÁTICA TRANSFORMADORA

As propostas de trabalhos educativos, formulados na nossa escola, são

elaborados junto a toda a comunidade escolar (alunos, professores, equipe

pedagógica, direção e funcionários). Estes são realizados mediante um processo

contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, onde se discute, propõe, realiza,

acompanha, avalia e registra as ações que vão desenvolver para atingir os objetivos

coletivamente delineados.

Nesse processo, se produz o conhecimento, construindo e reconstruindo

o mesmo cotidianamente na sala de aula e fora dela, com base em estudos

teóricos e em outras áreas afins.

Ao se elaborar propostas de trabalhos educativos, entende que o professor e

a escola deve discutir e expor, de forma clara, valores coletivos, delimitando

prioridades, definindo resultados desejados e incorporando a autoavaliação ao seu

trabalho, em função dos conhecimentos da comunidade em que atua.

A elaboração de propostas de trabalhos educativos deve ser claramente

definidas, de forma a permitir investimentos que estejam de acordo com as

diferentes necessidades da comunidade, buscando cada vez mais, um equilíbrio

entre as condições de trabalho de cada escola.

No trabalho pedagógico por atividades diferenciadas, cabe ao professor e à

direção, coordenar a elaboração dos mesmos e buscar, nas demais

instituições da comunidade, (órgãos públicos, privados e empresas), a

possibilidade de realização de parcerias e convênios de cooperação.

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5.28 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão,

no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir pelo tipo de pessoa que deseja

formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Lhe cabe também a incumbência

de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das

mãos do cidadão que irá formar.

Assim, pretendemos lutar para a consignação de uma sociedade justa,

solidária, sem corrupção, sem preconceitos, pacífica, fraterna e mais humana,

onde o homem possa ser reconhecido pelo “ser” e não pelo “ter”. Queremos, na

coletividade de pensamento, uma sociedade onde todos tenham condições de uma

vida mais digna.

5.28.1 O Que Se Quer Para os Alunos

Um sujeito que seja consciente de seu papel como cidadão, crítico,

empreendedor, no sentido de estar constantemente em busca de novas

informações acerca do conhecimento e em relação ao mundo do trabalho, criativo,

consciente de seus direitos e obrigações, e, sobretudo, com conhecimento e

atitudes que possam contribuir para a transformação da realidade em que

vivemos.

5.28.2 Que Escola queremos

A escola que queremos é aquela em que os conhecimentos de

atualizam constantemente, priorizando a formação formal (conhecimentos),

aliada à formação humana (valores), salientando a visão de ofertar uma

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educação que seja voltada à formação científica, mas que ao mesmo tempo,

resgate a “essência” do ser humano, nas suas múltiplas dimensões.

5.28.3 Sonhar e Construir Juntos

No tocante ao saber, enfatizamos a relação saber - pensar - agir. Almejando

ofertar um tipo de saber que realmente condigam com a realidade daquilo que é

básico para sua vida e prosseguir seus estudos. Que esses saberes

acumulados possam realmente ser aplicáveis em seu dia-a-dia.

Nossa escola assume a responsabilidade de oferecer condições ao

aluno para conhecer os saberes acumulados pela Humanidade, proporcionando

uma visão mais ampla com os conhecimentos da atualidade.

Assim, partilhar do pensamento de que as transformações sociais exigem um

novo tipo de escola e consequentemente, um novo tipo de educação e formação

para uma nova sociedade.

Esse aspecto se caracteriza como um dos princípios norteadores do

compromisso constante de todos os agentes educativos de nossa escola,

envolvidos no processo, criando a visão da necessidade de uma educação

que dê conta de formar pessoas capazes de ser sujeitos de suas vidas,

conscientes de suas opções, valores e projetos e atores sociais

comprometidos com um novo tipo de sociedade e de Humanidade.

INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES

ENSINO FUNDAMENTAL – SEGUNDO SEGMENTO

È a instituição escolar que no mundo moderno e contemporâneo apresenta-

se como a forma de acesso aos conhecimentos e é a escola pública, gratuita e

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universal que se constitui como a alternativa que assegura o acesso á maioria da

população, do contato com a cultura formal e com o conhecimento científico.

A defesa desta escola é pela ação prioritária de trabalho com o

conhecimento para o exercício pleno da cidadania e que seja um dos instrumentos

que contribui para a transformação social. Uma escola em que, ao se trabalhar os

saberes, por meio do processo de ensino e aprendizagem, promovam quem

aprende e quem ensine e, nessa simbiose, seja produzida as bases de uma nova

sociedade que se contraponha ao modelo gerador de desigualdades e exclusão

social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal.

Neste sentido, as diretrizes não têm a função de circunscrever ou limitar as

práticas docentes, mas a de darem curso, através dessas mesmas práticas, ao

contínuo processo do ensino na escola publica almejada. Diretriz não é um dogma,

mas um lugar textual marcado pela provisoriedade de certas reflexões, pela

passagem em direção aos múltiplos fazeres que articulem conhecimentos, fazeres

capazes de atender às diferentes demandas das comunidades escolares.

A análise da escola passou a ser um dos norteadores do nosso processo de

reflexão sobre as diretrizes curriculares. Esta análise, segundo Antonio Viñao Frago,

e o registro do que ocorre na escola identifica os modos de pensar, conceber e atuar

que proporcionam estratégias e pautas para organizar a aula e a própria escola,

interatuar com os companheiros e com outros membros da comunidade educativa e

integrar-se na vida cotidiana dos centros educacionais.

As reflexões críticas sobre projetos e programas adotados ns instâncias

públicas apontam para a deturpação do papel da escola que, enquanto panacéia

dos problemas sociais, assume funções assistenciais e, com ênfase nas atividades

supletivas em detrimento da função de socialização do saber. Assim sendo, aquelas

funções é que passam a ocupar o lugar desta, descaracterizando, portanto, a

instituição escolar enquanto instância privilegiada de apropriação do saber

sistematizado.

Como orientações gerais para a discussão das diretrizes curriculares foram

estabelecidas, os elementos que norteiam as ações a serem desenvolvidas, a saber:

o compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação das

propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural

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da sociedade; a defesa da educação básica e da escola pública, gratuidade de

ensino; a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.

Como princípios da política pública adotados, amplamente divulgados, estão

o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos na escola; a valorização

do professor e de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão

democrática em todos os níveis de institucionais; e o atendimento ás diferenças e á

diversidade cultural.

Para o enfrentamento das discussões curriculares entendeu-se como

fundamental estabelecer uma seqüência de passos para a realização do processo,

orientando para que fossem contemplados: a visão de mundo, de homem e de

escola; a concepção de Educação, suas teorias e práticas; a contextualização da

Educação frente à conjuntura nacional, os estudos da realidade sócio–econômica e

cultural da região; o perfil do aluno e do professor paranaense, bem como da escola

e dos órgãos colegiados; as diretrizes curriculares nacionais; a legislação

educacional atualizada, os resultados de estudos de demandas escolares; as bases

do Projeto Político Pedagógico da Escola.

O esforço de conceituar currículo remete, necessariamente, á reflexão sobre

para que sirva a quem serve e que tipo de sujeito forma o currículo. Segundo

Sancristán, fica evidente na história educacional que a teorização sobre currículo

não se encontra adequadamente sistematizada e muitas vezes, aparece sob as

vestes da linguagem e dos conceitos técnicos como uma legitimação a posteriori

das práticas vigentes e também por que em outros casos, em menor número,

aparece como um discurso crítico que trata de esclarecer os pressupostos e o

significado de certas práticas.

Assim, a reformulação curricular da Educação Básica do Estado do Paraná

tem como base a retomada dos conteúdos disciplinares, numa perspectiva

diferenciada das tendências teóricas, fundamentada na idéia de conteúdos

estruturantes das disciplinas escolares. Entendem-se, por conteúdos estruturantes,

os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que

identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo

e/ou de suas áreas.

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125

Esta nova concepção de organização curricular incide obrigatoriamente nas

formas de ensinar e privilegia o tratamento disciplinar dos conteúdos, pretende

contribuir para a superação da tradicional forma de sistematizar e trabalhar

conteúdos escolares. Essa opção pedagógica e curricular implica em uma

redefinição dos processos de ensino em sua forma escolarizada, os quais devem

estar voltados para a aprendizagem dos conteúdos disciplinares, com estratégias de

ensino e projetos de intervenções pedagógicas que partam da realidade do aluno e

com ele sejam identificadas.

Como se observa, a LDB e o processo de seleção das disciplinas e os

conteúdos curriculares apontam para uma infinidade de saberes a serem

trabalhados nas escolas e, como já está identificado, a quantidade de demandas, de

informações, de conhecimentos para a organização do processo educativo é

imensa. Não se pretende formar especialista, mas dar acesso aos saberes e

conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens e por intermédio

destas, garantir aos estudantes a leitura de mundo e diferentes formas de expressão

sobre a sociedade que vivemos.

Todos os envolvidos no processo educacional devem estar comprometidos

com essa proposta e esse desafio, visto que é resultado da discussão de todos os

profissionais da educação e indicam os rumos que neste momento se apresentam.

ARTE

1- Apresentação Geral da Disciplina:

Desde os primeiros tempos, o ser humano sentiu a necessidade

de deixar marcas de sua existência pessoal e coletiva. Seja nos

registros da pré-história ou em nossa sociedade contemporânea,

observa-se a busca incessante do homem em registrar suas

experiências e expressões. As diversas culturas existentes no planeta,

desenvolvidas a partir dos distintos modos de se interpretar a realidade

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126

e transformá-la, segundo suas respectivas necessidades, sempre

produziram arte, mesmo através das formas mais simples.

Por isso, é preciso tomar consciência da importância fundamental

que as artes possuem na vida humana, pois elas sempre estiveram e

estarão presentes nas diferentes culturas de nossa espécie, e que,

conseqüentemente, este conhecimento dará subsídios de como a arte

deve ser trabalhada.

Considerando que o aluno deve ser capacitado a realizar e

analisar manifestações artísticas, compreendendo-as em sua

diversidade histórico-cultural, a seleção de conteúdos específicos de

artes visuais, dança música e teatro, foram descritos separadamente

para garantir presença e profundidade das formas artísticas nos projetos

educacionais.

As atividades propostas para a área de Educação Artística devem

ajudar os alunos a desenvolverem modos interessantes, imaginativos e

criadores de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de

expressão e comunicação.

A diversidade de conhecimento gerado pela evolução da ciência

nos últimos tempos é muito grande. Nesta perspectiva, vários campos

do conhecimento têm produzido inúmeras informações, que muitas

vezes acabam por ficarem isoladas e reduzidas a si mesmas. Esses

avanços manifestam na educação, fazendo com que os métodos e

processos pedagógicos sejam repensados, principalmente em Artes.

O que se percebe é que o campo da História da Arte tenta

categorizar as mudanças ao longo do tempo e compreende melhor a

forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos

criativos dos seus praticantes.

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127

Estudar a história da Arte não significa simplesmente estudar

períodos, fatos, estilos. Para compreender essa trajetória é necessário

refletir sobre os problemas e soluções artísticos e estéticos nela

envolvidos. Caracteriza-se, portanto pelas teorizações e práticas de

estudo e análise históricos críticos a respeito dos objetos e criações

artísticas produzidas pela humanidade ao logo dos tempos em diversos

lugares.

Para conhecer e comparar as tendências pedagógicas na

educação em artes torna-se necessário abordar como o ensino da arte

no Brasil vem se processando ao longo da história e como são

constituídas as práticas pedagógicas artísticas nos seus diversos

momentos.

Na educação, o ensino da Arte amplia o repertorio cultural do

aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado,

aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas

representações.

O objetivo será de redimensionar posicionamentos frente a

construção deste trabalho na escolarização em nossos dias. Sabemos

que as práticas educativas surgem de mobilizações sociais;

pedagógicas, filosóficas e no caso da Arte, artísticas e estéticas.

No Brasil, por exemplo, foram importantes os movimentos culturais

na correlação entre arte e estética, desde o século XIX. Estes

movimentos serviram de reflexões para a área de Educação Artística

que pretende desenvolver nos alunos diferentes maneiras de fazê-lo

“pensar” sobre a Arte exercitando os seus modos de “expressão” e

“comunicação”.

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128

Para tanto, é necessário no processo de ensino e de

aprendizagem, o desenvolvimento de uma práxis no ensino da Arte,

entendida nestas diretrizes como a articulação entre os aspectos

teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Nesta

proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamentos, apreender e expandir suas potencialidades criativas. São

considerados alguns campos conceituais que contribuem para as

reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina:

O Conhecimento Estético, relacionado à apreensão do objeto artístico

em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade

e a percepção articulam-se numa organização que expressa esses

pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas

como, por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na musica;

expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas

artes visuais.

O Conhecimento Artístico está relacionado com o fazer e com o

processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a

formalização do objeto artístico até o contato com o publico. Durante

esse processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e

cognitivas expressam saberes específicos a partir da experimentação

com materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos

constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.

O Conhecimento Contextualizado envolve o contesto histórico

(político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui

para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos,

possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto.

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Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção

do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se

concretiza na experiência estética por meio da percepção, da análise, da

criação/produção e contextualização histórica. Apesar de suas

especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e

articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.

A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e

contextualizado, aliados à práxis no ensino de Arte, possibilita a

apreensão dos conteúdos específicos da disciplina e das possíveis

relações entre seus elementos constitutivos.

2- Objetivos Gerais:

- Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas,

nas linguagens da arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes

audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes

processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem

material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.

- Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens,

desenvolvendo tanto a fruição quanto à análise estética, conhecendo,

analisando, refletindo e compreendendo critérios culturalmente

construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico,

histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e

tecnológico, dentre outros.

3- Conteúdos por ano:

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O professor de Artes deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna obrigatório

abordar conteúdos que envolvam a temática de historia e cultura afro-brasileira e

africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino Fundamental e

Médio e relacioná-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho pedagógico pode

ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam

conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

- População brasileira e miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-descendentes;

- Colonização da África pelos europeus;

- Configuração espacial do continente africano;

- Práticas de segregação racial, entre outros.

6º ano

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:

Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo

professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a

interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos

artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e

o seu dia-a-dia.

ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:

Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma

sensorial.

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a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço

visual.

- suporte: tamanho, espaço, materiais;

- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões

no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume

real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates

e simetria;

- texturas: tátil e gráfica;

-movimentos: ritmo e equilíbrio.

b) luz; radiação magnética que provoca uma sensação visual.

- sombra: intensidades;

- decomposição da luz branca: espectro solar;

- cor: pigmento;

- percepção da cor: tons e matizes.

Elementos básicos da linguagem da dança:

Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.

Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões.

Elementos básicos as linguagem da música:

Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que

chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem

ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas

propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser

abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:

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132

- melodia: seqüência de sons organizados;

- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.

Elementos básicos da linguagem do teatro:

Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator

ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração

retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma

ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A

construção da personagem como um processo individual e/ou em

conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,

sendo esses:

a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das

possibilidades motoras e emotivas;

A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa

contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,

e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como

matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da

personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação

dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao

aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.

b) caracterização da personagem: apresenta-se como uma

materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e

acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da

cena.

Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação

dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza

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visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de

recursos como:

a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,

ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios

pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da

cena;

Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos

cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar

organizado nas formas de:

Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo aluno/ator

para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No enredo residem,

metáforas, de relações humanas que serão dramatizadas por meio de

suas falas, gestos ou mímica;

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:

Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas

as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação

dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,

improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações

percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as

esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a

tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais

são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos

elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,

compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas

produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de

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134

cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)

artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).

Produções/manifestações artísticas das artes visuais:

- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,

propaganda visual);

- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções

arquitetônicas);

- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).

Produções/manifestações artísticas da dança:

- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e

relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,

iluminação e som);

- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem

planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de

movimento corporal dentro de um ritmo).

Produções/manifestações artísticas da musica:

- composições musicais: organização e articulação dos elementos –

melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental

(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);

- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de

voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;

- interpretações musicais: execução de uma composição musical de

acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento

musical.

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Produções/manifestações artísticas do teatro:

- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma

encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:

indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos

ou objetos que representam personagens). Essas representações

teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da

linguagem teatral;

- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do

personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se

da fala ou não).

- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente

definidas para a representação teatral

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:

Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.

Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e

cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias

correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto

do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução

desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas

a respeito do objeto de estudo e da realidade.

Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do

professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que

constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor

apreensão dos conteúdos em Arte.

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- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em

que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do

artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.

- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das

semelhanças de características ligadas a temática.

- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características

que identificam a “marca” pessoal do artista.

- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização

da matéria prima da linguagem.

- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento

prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as

produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em

realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de

conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.

7º ano

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:

Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo

professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a

interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos

artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e

o seu dia-a-dia.

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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:

Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma

sensorial.

a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço

visual.

- suporte: tamanho, espaço, materiais;

- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões

no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume

real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates

e simetria;

- texturas: tátil e gráfica;

-movimentos: ritmo e equilíbrio.

b) luz\; radiação magnética que provoca uma sensação visual.

- sombra: intensidades;

- decomposição da luz branca: espectro solar;

- cor: pigmento;

- percepção da cor: tons e matizes.

Elementos básicos da linguagem da dança:

Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.

a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões,

b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,

gesticular.

Elementos básicos as linguagem da música:

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138

Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que

chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem

ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas

propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser

abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:

- melodia: seqüência de sons organizados;

- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.

b) distribuição dos sons de maneira simultânea:

- harmonia: encaminhamento de acordes.

Elementos básicos da linguagem do teatro:

Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator

ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração

retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma

ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A

construção da personagem como um processo individual e/ou em

conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,

sendo esses:

a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das

possibilidades motoras e emotivas;

b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;

A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa

contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,

e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como

matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da

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139

personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação

dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao

aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.

c)caracterização da personagem: apresenta-se como uma

materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e

acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da

cena.

Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação

dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza

visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de

recursos como:

a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,

ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios

pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da

cena;

b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o

sentido da ação;

Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos

cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar

organizado nas formas de:

a) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo

aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No

enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão

dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;

b) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,

objetivando a dramatização;

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140

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:

Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas

as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação

dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,

improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações

percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as

esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a

tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais

são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos

elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,

compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas

produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de

cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)

artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).

Produções/manifestações artísticas das artes visuais:

- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,

propaganda visual);

- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções

arquitetônicas);

- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).

Produções/manifestações artísticas da dança:

- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e

relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,

iluminação e som);

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141

- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem

planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de

movimento corporal dentro de um ritmo).

Produções/manifestações artísticas da musica:

- composições musicais: organização e articulação dos elementos –

melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental

(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);

- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de

voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;

- interpretações musicais: execução de uma composição musical de

acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento

musical.

Produções/manifestações artísticas do teatro:

- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma

encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:

indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos

ou objetos que representam personagens). Essas representações

teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da

linguagem teatral;

- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do

personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se

da fala ou não).

- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente

definidas para a representação teatral

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142

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:

Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.

Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e

cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias

correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto

do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução

desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas

a respeito do objeto de estudo e da realidade.

Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do

professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que

constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor

apreensão dos conteúdos em Arte.

- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em

que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do

artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.

- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das

semelhanças de características ligadas a temática.

- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características

que identificam a “marca” pessoal do artista.

- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização

da matéria prima da linguagem.

- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento

prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as

produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em

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143

realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de

conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.

8º ano

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:

Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo

professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a

interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos

artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e

o seu dia-a-dia.

ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:

Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma

sensorial.

a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço

visual.

- suporte: tamanho, espaço, materiais;

- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões

no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume

real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates

e simetria;

- texturas: tátil e gráfica;

-movimentos: ritmo e equilíbrio.

b) luz; radiação magnética que provoca uma sensação visual.

- sombra: intensidades;

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144

- decomposição da luz branca: espectro solar;

- cor: pigmento;

- percepção da cor: tons e matizes.

Elementos básicos da linguagem da dança:

Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.

a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões,

b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,

gesticular;

c) dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência.

Elementos básicos as linguagem da música:

Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que

chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem

ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas

propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser

abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:

- melodia: seqüência de sons organizados;

- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.

b) distribuição dos sons de maneira simultânea:

- harmonia: encaminhamento de acordes.

c) qualidades do som:

- intensidade: dinâmica;

- duração: pulsação/ritmo;

- altura: grave/agudo;

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145

- timbre: fonte sonora/instrumentação;

Elementos básicos da linguagem do teatro:

Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator

ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração

retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma

ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A

construção da personagem como um processo individual e/ou em

conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,

sendo esses:

a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das

possibilidades motoras e emotivas;

b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;

c) expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através da voz que pode ser falada, cantada ou emitida por

outros sons vocais;

d) expressão facial: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através do semblante;

A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa

contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,

e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como

matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da

personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação

dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao

aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.

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146

e)caracterização da personagem: apresenta-se como uma

materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e

acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da

cena.

Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação

dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza

visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de

recursos como:

a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,

ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios

pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da

cena;

b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o

sentido da ação;

c) sonoplastia: elemento do teatro de natureza sonora, ou seja, conjunto

de acontecimentos responsáveis por criar a atmosfera sonora da cena.

Também ambientar, conduzir e compor o sentido da ação;

Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos

cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar

organizado nas formas de:

c) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo

aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No

enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão

dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;

d) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,

objetivando a dramatização;

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147

e) Texto dramático: é uma obra da dramaturgia, criada para

encenação.

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:

Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas

as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação

dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,

improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações

percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as

esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a

tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais

são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos

elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,

compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas

produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de

cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)

artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).

Produções/manifestações artísticas das artes visuais:

- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,

propaganda visual);

- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções

arquitetônicas);

- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).

Produções/manifestações artísticas da dança:

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148

- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e

relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,

iluminação e som);

- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem

planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de

movimento corporal dentro de um ritmo).

Produções/manifestações artísticas da musica:

- composições musicais: organização e articulação dos elementos –

melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental

(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);

- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de

voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;

- interpretações musicais: execução de uma composição musical de

acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento

musical.

Produções/manifestações artísticas do teatro:

- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma

encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:

indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos

ou objetos que representam personagens). Essas representações

teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da

linguagem teatral;

- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do

personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se

da fala ou não).

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149

- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente

definidas para a representação teatral

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:

Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.

Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e

cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias

correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto

do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução

desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas

a respeito do objeto de estudo e da realidade.

Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do

professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que

constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor

apreensão dos conteúdos em Arte.

- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em

que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do

artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.

- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das

semelhanças de características ligadas a temática.

- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características

que identificam a “marca” pessoal do artista.

- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização

da matéria prima da linguagem.

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150

- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento

prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as

produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em

realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de

conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.

9º ano

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:

Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo

professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a

interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos

artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e

o seu dia-a-dia.

ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:

Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma

sensorial.

a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço

visual.

- suporte: tamanho, espaço, materiais;

- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões

no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume

real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates

e simetria;

- texturas: tátil e gráfica;

-movimentos: ritmo e equilíbrio.

Page 156: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

151

b) luz\; radiação magnética que provoca uma sensação visual.

- sombra: intensidades;

- decomposição da luz branca: espectro solar;

- cor: pigmento;

- percepção da cor: tons e matizes.

Elementos básicos da linguagem da dança:

Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.

a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões,

b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,

gesticular;

c) dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência;

d) relacionamentos: relações de proximidade, afastamento,

superposição.

Elementos básicos as linguagem da música:

Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que

chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem

ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas

propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser

abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:

- melodia: seqüência de sons organizados;

- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.

b) distribuição dos sons de maneira simultânea:

- harmonia: encaminhamento de acordes.

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152

c) qualidades do som:

- intensidade: dinâmica;

- duração: pulsação/ritmo;

- altura: grave/agudo;

- timbre: fonte sonora/instrumentação;

d) estruturas musicais: organização e articulação dos elementos da

linguagem/ forma musical, incluindo o conceito de densidade.

Elementos básicos da linguagem do teatro:

Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator

ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração

retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma

ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A

construção da personagem como um processo individual e/ou em

conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,

sendo esses:

a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das

possibilidades motoras e emotivas;

b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;

c) expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através da voz que pode ser falada, cantada ou emitida por

outros sons vocais;

d) expressão facial: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através do semblante;

A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa

contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,

e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como

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153

matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da

personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação

dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao

aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.

e)caracterização da personagem: apresenta-se como uma

materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e

acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da

cena.

Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação

dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza

visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de

recursos como:

a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,

ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios

pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da

cena;

b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o

sentido da ação;

c) sonoplastia: elemento do teatro de natureza sonora, ou seja, conjunto

de acontecimentos responsáveis por criar a atmosfera sonora da cena.

Também ambientar, conduzir e compor o sentido da ação;

Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos

cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar

organizado nas formas de:

f) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo

aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No

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154

enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão

dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;

g) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,

objetivando a dramatização;

h) Texto dramático: é uma obra da dramaturgia, criada para

encenação.

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:

Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas

as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação

dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,

improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações

percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as

esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a

tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais

são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos

elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,

compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas

produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de

cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)

artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).

Produções/manifestações artísticas das artes visuais:

- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,

propaganda visual);

- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções

arquitetônicas);

Page 160: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

155

- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).

Produções/manifestações artísticas da dança:

- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e

relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,

iluminação e som);

- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem

planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de

movimento corporal dentro de um ritmo).

Produções/manifestações artísticas da musica:

- composições musicais: organização e articulação dos elementos –

melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental

(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);

- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de

voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;

- interpretações musicais: execução de uma composição musical de

acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento

musical.

Produções/manifestações artísticas do teatro:

- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma

encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:

indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos

ou objetos que representam personagens). Essas representações

teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da

linguagem teatral;

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156

- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do

personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se

da fala ou não).

- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente

definidas para a representação teatral

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:

Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.

Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e

cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias

correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto

do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução

desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas

a respeito do objeto de estudo e da realidade.

Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do

professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que

constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor

apreensão dos conteúdos em Arte.

- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em

que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do

artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.

- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das

semelhanças de características ligadas a temática.

- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características

que identificam a “marca” pessoal do artista.

Page 162: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

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- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização

da matéria prima da linguagem.

- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento

prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as

produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em

realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de

conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.

4- Metodologia da Disciplina:

Na metodologia de artes, buscar-se-á formas originais e

interdisciplinares de expressão de idéias e opiniões com o grupo,

promovendo observações, experimentações, discussões e análises em

que se possa entrar em contato não só com a forma e as linguagens

técnicas, mas também com as idéias e reflexões propostas pelas

diferentes formas de arte.

O aluno em situações de aprendizagem, precisa ser convidado a

exercitar-se nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar

e refletir sobre elas.

Cabe ao professor criar atividades para estimular o percurso

criador de cada aluno em particular e do grupo, seguindo os níveis de

competência e as necessidades internas e externas de cada momento

singular desse processo.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que

propiciam comunicação e interação. Essa organização é estruturada

segundo princípios que cada cultura constrói, expressos numa

simbologia particular que é determinada histórica, política e socialmente.

Essa expressividade artística é concretizada quando, nas

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158

manifestações/produções, se utiliza de sons, de formas visuais, de

movimentos corporais e de representações cênicas, que são percebidos

pelos sentidos humanos.

Nesta perspectiva, quando a arte abre-se ao vigor da linguagem

como fonte de potencialização de signos considera a construção das

subjetividades do sujeito enquanto autor/fruidor, pois quando se associa

o ensino de arte à linguagem é possível perceber e interpretar os

valores estéticos das sociedades, representados nos bens culturais

materiais e imateriais.

Neste sentido o ensino da Arte não dicotomiza a arte da ciência,

considera a colaboração entre esses saberes durante o processo de

ensino e de aprendizagem pela interação entre a razão e emoção,

objetividade e subjetividade. Sendo a escola, na maioria das vezes, o

primeiro espaço formal em que o aluno tem contato com o conhecimento

sistematizado em Arte, essa sistematização necessita contemplar a

apreensão dos conteúdos específicos da área.

Partindo da concepção adotada neste documento de Diretrizes, o

tratamento dos conteúdos deverá considerar:

- as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na

região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação

artística como produção cultural;

- as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida

para a ampliação dos saberes em arte;

- as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão

dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas;

- a experimentação como meio fundamental para a ressignificação

desse Componente Curricular, levando em conta que essa prática

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159

favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio

dos sentidos.

Uma das ações que está em processo, na atualidade e que vem

se formando por sua abrangência cultural, refere-se a um

posicionamento teórico-metodológico, mais conhecido por Metodologia

Triangular, essa proposta em interferindo qualitativamente no processo

e melhoria do ensino da Arte, que tem por base um trabalho pedagógico

integrador de três facetas do conhecimento: “o fazer artístico”, a análise

de obras artística e a “história da Arte”. Este projeto propõe que os

alunos conheçam melhor a arte por meio de articulação de quatro

momentos educativos: “fazer artístico, s história da Arte, estética e a

crítica”.

A consciência histórica e a reflexão crítica sobre os conceitos,

idéias e as ações educativas de nossa época possibilitam nossa

contribuição efetiva na construção de práticas e teorias e educação

escolar em arte, que possa atender as implicações individuais e sociais

dos alunos, as suas necessidades e interesse e ao mesmo tempo

proporcionam o domínio dos conhecimentos básicos sobre a arte.

Verifica-se na atualidade uma grande presença de atividades

desenvolvidas por meio de projetos, sendo esta modalidade uma

orientação didática em arte. Esses projetos podem ser desenvolvidos de

forma interdisciplinar, ou mesmo referentes artes visuais, danças,

música, teatro, audiovisual.

Quando se trabalha com projetos estes tem um desenvolvimento

muito particular, pois envolve o trabalho com pesquisa de conteúdos e

se organiza em torno de uma produção determinada.

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160

Os projetos buscam um elo na seleção dos conteúdos por série,

enquanto as relações entre os distintos conhecimentos são realizados

pelos alunos.

Dessa maneira, o professor pode criar condições de

aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das

linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são

constituídas de produções culturais, isto é, produtos de uma cultura em

um determinado contexto histórico. O professor poderá explicitar através

das manifestações/produções artísticas, elementos que identificam

determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente, a

estilização de seus pensamentos e ações. Esta materialização do

pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como um

referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos por meio

do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.

Linguagens Artísticas:

As quatro linguagens artísticas: Artes visuais, Dança, Música e

Teatro, têm um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na

escola em momentos diferentes, mas possuem a mesma importância

como instrumentos educativos, quando se pretende ampliar as

possibilidades de apropriação do conteúdo em Arte durante p processo

de escolarização.

Nas Artes Visuais o professor explorará as visualidades em

formato bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as

características especificas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies,

nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

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161

Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o

movimento. A partir do seu desenvolvimento no tempo, no espaço o

professor poderá explorar as possibilidades de improvisação e

composição com os alunos. As aulas de Dança poderão também

abordar questões acerca das relações entre o movimento e os conceitos

a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente a

realidade da vida.

Na Linguagem Musical, a simples percepção e memorização dos

sons presentes no cotidiano não se caracterizam como conhecimento

musical. Há que se priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a

escuta consciente dos sons percebidos, bem como esses sons são

distribuídos numa estrutura musical. Essa escuta atenta propiciará o

reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios

pessoais e culturais propostos durante as aulas.

A partir da Linguagem Cultural poderão ser explorados como

conteúdo, assim como na Dança, as possibilidades de improvisação e

composição no trabalho com as personagens, com o espaço da cena e

com o desenvolvimento de temáticas que partam tanto de textos

literários ou dramáticos clássicos, quanto de narrativas orais e

cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola

também estará se ocupando de tratar da montagem do espetáculo, a

reflexão sobre cada um dos seus elementos formadores pelo conjunto

de signos presentes nessa linguagem, como construídos de forma a

proporcionar ao aluno em seu processo de aprendizagem, o

conhecimento por meio do ato de dramatizar.

A linguagem artística das artes visuais:

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162

As Artes visuais têm tradição no espaço escolar. Quando se

pensa em arte na escola, logo se imagina os alunos pintando,

recortando, modelando ou desenhando. Essa hegemonia da linguagem

visual em relação às outras linguagens se justifica, entre tantas razões,

pelas próprias concepções sobre educação voltadas aos padrões

elitistas da arte européia e pela grande quantidade de professores com

essa formação acadêmica. Entender as aulas de arte na escola com a

função de orientar os alunos na produção de obras de arte na escola

continua seguindo os preceitos do século XLX, quando esse modelo de

ensino caracteriza-se como um divisor de classes, na medida em que

essa linguagem era mais sofisticada e inacessível à maioria da

população.

Propõe-se ao professor a reflexão, revisão e reavaliação do

processo de ensino e de aprendizagem para que, alem da produção

pictórica de conhecimento universal ou artistas consagrados, esteja

considerando em suas práticas, formas e imagens em seus diferentes

aspectos, presentes na s sociedades contemporâneas. É necessário

também que os conteúdo relativos à artes visuais contemplem como

conteúdos escolares as informações visuais da mídia, as produções

plásticas hibridas ( criadas a partir de uma associação de linguagens),

os signos visuais dos espetáculos de dança, de teatro e das

manifestações folclóricas, uma vez que as mesmas resultam duma

quantidade imensurável de saberes acumulados e que fazem parte do

universo cultural dos alunos e da sociedade.

A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o

acesso e o estudo das informações visuais, a fim de proporcionar ao

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aluno o conhecimento, aliado à integração e à criticidade. Em síntese,

imprescindível que o professor contemple em seu planejamento:

As imagens bidimensionais (desenho, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual);

As imagens virtuais (cinema, televisão, computação, gráfica, vídeo-

arte);

As imagens tridimensionais (esculturas, instalações, produções

arquitetônicas).

A principio, os conteúdos selecionados pelo professor podem

estar relacionados com a realidade do aluno e com a realidade local.

Nessa seleção o professor poderá considerar os artistas, as produções

artísticas e os bens artístico-culturais da região, bem como outras

produções de caráter universal.

Outra questão importante a ser retomada por essas diretrizes diz

a respeito ao processo de releitura entendido com fazer, artístico, a

leitura da obra da arte e a informação histórica, segundo a Proposta

Triangular de Ana Mãe Barbosa. Essa metodologia é muito utilizada na

escola quando se trata da linguagem visual e até mesmo em outras

linguagens. A releitura de obras de arte que se propões nessa diretriz,

vai além da sua simples reprodução ou ainda do “arremedo” de seu

processo, caracterizado por sutis modificações ou pelo acréscimo de

cores formas, sem que se tenha estabelecido contextualização e

reflexões significativas.

Para tanto, uma obra de arte é entendida como um modo pelo

qual o artista percebe o mundo reflete a sua realidade, a sua cultura e a

sua época, dentre outros aspectos. O espaço de discussão pela

linguagem das artes visuais passa a ter um papel decisivo no processo

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de intelectualização da percepção visual dos alunos para a

desconstrução/ampliação do olhar.

Outra possibilidade de trabalho, que se propõe nessas diretrizes,

é o estabelecimento de relações das artes visuais com as outras

linguagens artísticas. A máscara no teatro, o registro gráfico da musica

ou o figurino e maquiagem da dança, que ocorrerão a partir dos

conteúdos estruturantes da Disciplina. É possível também que nessa

proposta de interligação das linguagens, o professor possa utilizar-se de

temáticas que propõem relações da sensação visual com as sensações

táteis, entre outras. Essa prática, desenvolvida em sala, promove uma

forma de percepção mais completa e aprofundada no que se refere à

educação estética. O professor estará com isso, propiciando a

experiência estética pela combinação dos sentidos.

A linguagem artística da dança:

Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no

encaminhamento das aulas, a inter-relação dos elementos próprios da

linguagem da dança com os elementos culturais que a compõem. A

dança, enquanto linguagem tem conteúdos próprios, conforme apontou-

se nessas diretrizes, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,

uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor

compreensão estética do mundo.

Os elementos básicos da linguagem da dança:

Movimento e não movimento

Corpo: articulações, superfícies, cabeça, tronco e membros;

Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões;

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Ações: Saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,

gesticular;

Dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência;

Relacionamentos: relações de proximidade, afastamento,

superposição.

O objeto central da linguagem da dança o movimento. Esse

movimento apresenta-se das mais variadas formas, de acorda com os

textos e contextos no quais estiver contido. O estudo do “corpo que

dança e do corpo na dança” e a pratica das possibilidades do

movimento são objetos e fontes de conhecimento sistematizado e

transformador.

No desenvolvimento das aulas o professor tem como referencia

os conteúdos estruturantes e é importante analisar com os alunos: como

o corpo se movimenta no espaço; quais as relações há entre o

movimento e o tempo; se a dança se desenvolve com base numa

musica composta exclusiva para si. Quais os passos que se repetem

com mais freqüência na coreografia; perceber giros; saltos e quedas;

criar formas de registrar graficamente a formação inicial e os passos

sequencialmente; usar diferentes adereços; propor criações,

improvisações e execuções coreográficas individual e coletivamente;

identificar a que gênero pertence e em que época foi concebida.

O professor, ao selecionar os conteúdos de Dança que pretende

desenvolver com seus alunos, deverá fazer escolhas que sejam

significativas para eles. É preciso considerar, no processo de ensino e

aprendizagem, o contexto desses alunos, seus repertórios de dança

(seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos). Articulando

esses elementos com saberes específicos da linguagem da dança, o

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professor estará propondo o fazer-pensar dança, oferecendo ao aluno a

oportunidade de estabelecer essas relações e ressignificar esse

conhecimento.

A dança na escola será desenvolvida abordando as relações dos

elementos básicos dessa linguagem com os saberes referentes a ela e

presentes na cultura. Tais relações contribuirão para enriquecer a

compreensão de mundo dos alunos que terão acesso a conhecimentos

específicos sobre o movimento, suas inúmeras possibilidades e seus

significados construídos histórica, cultural e socialmente.

A linguagem artística da música:

O som é a matéria-prima da música. Porém a simples percepção

e memorização dos sons que nos rodeiam não se caracterizam como

conhecimento musical. A presença da música no contexto escolar

objetiva a educação dos sentidos. Partindo dos conteúdos estruturantes

que se desdobram em conteúdos escolares pretende-se desenvolver a

linguagem musical, pois se entende que o ensino da arte proporciona ao

aluno uma leitura sensível e reflexiva do mundo, uma vez que a música

esta presente no dia-a-dia das pessoas não só como entretenimento,

mas também como linguagem que revela o homem e seu meio.

Para isso, o professor, ao trabalhar os conhecimentos musicais,

irá considerar os saberes específicos dessa linguagem, priorizando

assim a escuta consciente, ou seja, aquela capaz de perceber a

distribuição dos sons de maneira sucessiva e simultânea. Além disso, os

conteúdos que decorrem da linguagem musical permitirão aos alunos a

identificação das propriedades do som: timbre, intensidade, altura e

duração; bem como, as variações das mesmas. A escuta atenta desses

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elementos é de suma importância para que o aluno possa reconhecer a

estrutura musical presente em qualquer produção artística.

Sugere-se ao professor que em sua prática considere alguns

elementos que possibilitarão ao aluno a construção de conhecimentos

na Disciplina de Arte, por meio da linguagem musical e dos conteúdos,

entendidos aqui como um conjunto de conhecimentos ligados à

organização, articulação, registro e produção dos sons, de maneira a

criar ou identificar uma estrutura musical conhecendo-a auditivamente.

A percepção musical requer um trabalho constante do professor

para o desenvolvimento da atenção e da memória do aluno. A atenção,

para que se possam perceber auditivamente as estruturas musicais

como um todo, sua organização e os elementos que a compõem. Por

outro lado, percebe-se a obra musical com o passar do tempo, ou seja,

o seu reconhecimento se dá após o seu término. Nesse processo, a

memória atua de maneira atua de maneira a possibilitar o

estabelecimento de relações e associações entre os eventos sonoros

que estiveram presentes durante a execução de uma obra.

Os sons do cotidiano, quando não intencionalmente organizados,

não configuram musica. A organização dos sons no espaço e no

tempo é inerente à estruturação musical. Sendo assim, é fundamental

que o aluno perceba que existe uma organização sonora proposta

intencionalmente pelo compositor.

A representação gráfica dessa organização percebida pode

auxiliar a memória. Essa representação não precisa ser

necessariamente em partitura, porém ela é importante, pois se refere à

lembrança do que foi percebido auditivamente. No entanto, vale lembrar

que o registro dos sons não é música e sim um recurso auxiliar para a

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memória, que pode ser feito utilizando-se de elementos visuais diversos

como gráficos, desenhos, esquemas e outras possibilidades elaboradas

pelos próprios alunos.

A interpretação dos sons memorizados, organizados e

registrados possibilita ao aluno expressar o seu entendimento e sua

leitura da obra de arte dentro da linguagem musical.

O professor juntamente com seus alunos, precisa reservar um

momento para reconhecimento e significação dos sons percebidos

assim como das estruturas musicais propostas. Dessa maneira, a

avaliação da aprendizagem será processual e contínua, cabendo ao

professor, quando do planejamento da aula, levar em consideração as

etapas sugeridas acima para que se viabilize a aprendizagem em

música.

O trabalho de música como linguagem passa por uma escuta

consciente, aquela capaz de perceber os sons sucessivos e simultâneos

e organizados e que são geradores das estruturas musicais presentes

no repertorio musical. O conhecimento musical a ser trabalhado em sala

de aula será proveniente de três grandes grupos:

Sons Sucessivos: ao ouvir uma pessoa cantar, pode-se testemunhar

como os sons podem ser organizados de maneira sucessiva e com

significado musical. No canto, alem das durações sonoras, verifica-se

também a variação de altura, ou seja, a alternância de sons graves e

agudos.

Em sons sucessivos, a variação de altura associada ás diferentes

durações sonoras sugere o conceito de melodia. O timbre é a qualidade

do som que vai possibilitar a identificação da fonte sonora que está

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produzindo o som que ouve. No canto além do timbre, da altura e da

duração, podem-se identificar também variações de intensidade sonora.

Sons simultâneos: Os sons também podem ser produzidos

simultaneamente por uma ou mais fontes sonoras. No caso do violão,

que possui seis cordas, tem-se uma única fonte sonora que produz sons

simultâneos, o que ocorre quando se toca duas ou mais cordas ao

mesmo tempo. A orquestra possui vários instrumentos musicais que

produzem sons sucessivos, como por exemplo, oboé, o clarinete, a

flauta, o trompete e o trombone, porem, quando executados em

conjunto, tem-se sons simultâneos. Vários elementos podem ser

trabalhados em sala de aula a partir da idéia de sons simultâneos, entre

eles: harmonia, formações vocais (duos, trios, quartetos, coros),

formações instrumentais (conjunto de câmera, de choro, orquestras,

etc.) e formações mistas (bandas de rock, orquestra e coro, etc.).

Estruturas musicais: Os sons podem ser organizados e articulados

levando-se em conta a variação de suas propriedades. Esse é o

trabalho da composição musical. As estruturas musicais resultantes

revelam com o compositor deu forma á sua idéia musical. Quando se

trabalha com estruturas musicai utilizando-se de um repertorio

conhecido, principalmente aquele veiculado na mídia, é importante ter o

cuidado de não tecer juízo de valores, pois, na maioria das vezes, a

mídia é o único canal de acesso do aluno a um repertorio musical. Cabe

ao professor utilizar-se de repertórios diversificados e, se possível, de

gêneros, formações e estilos diferentes. Dessa maneira, ao aluno terá a

oportunidade de observar elementos musicais comuns em repertórios

diversos, comparando musicais que já são de seu cotidiano com outras

apresentadas pelo professor.

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A linguagem artística do teatro

O teatro na escola é um recurso que auxilia o relacionamento do

homem com mundo. Assim surge a necessidade de integrar as partes

que compõem esse sujeito, desenvolver a intuição e razão através das

percepções, sensações, emoções, elaborações e racionalizações com o

objetivo de propiciar ao aluno uma melhor maneira de viver consigo e

com o contexto em que esse está inserido. A dramatização é inerente ao

homem, às encenações estão presentes desde os primórdios da

humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos

gêneros (tragédia, comedia e drama), nas correntes estéticas teatrais,

nos festejos populares, nos rituais do nosso cotidiano, na fantasia e nas

brincadeiras infantis, sendo as mesmas manifestações que pertencem

ao universo do conhecimento simbólico do ser humano.

Para que a presença do teatro na escola seja coerente à

concepção de Arte adotada nessas diretrizes, é preciso superar a idéia

dessa linguagem vista somente como atividade espontâneo-expressiva

ou de espetáculo comemorativo.

O trabalho com o teatro em sala de aula pode ser iniciado a partir

do enredo. Nele residem, em metáforas, as relações humanas que

serão dramatizadas por atores ou bonecos, por meio de suas falas,

gestuais ou mímicas. No enredo de uma obra da literatura universal, da

literatura brasileira ou literatura oral (contos, lendas, cantigas populares),

numa letra de música, num recorte de jornal, numa fotografia ou pintura,

encontram-se temáticas que expõem situações relevantes a respeito

das relações do ser humano consigo e com outro.

O teatro como linguagem artística na escola publica, gratuita e

para todos possui características diferenciadas ao permitir, em seu

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processo de ensino e de aprendizagem, oportunidades que prezem pelo

direito do aluno ao conhecimento e que esses saberes sejam

proporcionados de maneira democrática e com qualidade, levando em

conta conteúdos específicos, metodologias, aprendizagem e avaliação.

5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:

Esta disciplina apresenta-se como componente curricular responsável por

viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte, por meio das

diferentes linguagens artísticas. Dessa forma, o objetivo da Arte no Ensino

Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens

culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam utilizar-se

desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de vê-

las.

De acordo com a LDBEN (nº 9394/96, art. 24, inciso V) e com a Deliberação

07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º), a avaliação em Arte

deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos

em arte e sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção

individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.

Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)

quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada permite

ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores,

historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser

entendidos e reorganizados para se construir novos significações sobre a realidade.

Numa avaliação significativa, é preciso também que o professor tenha

conhecimento da linguagem artística em questão, bem como da relação entre o

criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e aponte

caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor

participa do processo e compartilha a produção do aluno. Daí a importância da

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avaliação em si: ela permite que saia-se do lugar comum, dos gostos pessoais,

desvinculando-se de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela

produção de resultados, bem como de avaliações que valorizam tão somente o

espontaneísmo. Quando a avaliação esta centrada no conhecimento, gera critérios

que dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o

conhecimento permite objetivar o subjetivo.

A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de

mediação da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada

um a partir da sua própria produção. Assim sendo considerará o desenvolvimento do

pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a

leitura da realidade.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos

caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,

acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

O professor observará como o aluno soluciona problematizações apresentadas e

como se relaciona com o colega nas discussões e consensos de grupo. O aluno

como sujeito desse processo também irá elaborar seus registros de forma

sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos

colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida no processo de

aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.

Assim sendo torna-se necessário ao professor da disciplina de Artes uma

formação adequada à realidade, visto que o mesmo é formador de opiniões. Além,

de conhecer o processo histórico do ensino da arte, o professor deve ter domínio da

prática com intuito de proporcionar à seus educandos conhecimentos das diversas

linguagens artísticas, bem como permitir reflexões sobre as práticas pedagógicas

em artes na atualidade.

O que se observa, no entanto é que trabalhar com a diversidade cultural e

social, o educando parte de suas próprias experiências e o seu produto

materializado é a visão que ele tem de mundo. Nesse processo, o aluno faz mais do

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que uma produção artística, ele organiza seus valores, suas idéias, seus ideais,

seus sentimentos, sendo o mais importante a ser avaliado o processo e não o

produto final.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referente a seleção dos instrumentos que ser~]ao utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem.

6- Bibliografia:

AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo; Àtica, 2003.

DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4 ed. Campinas,

SP:Papirus, 1995.

FSCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro : Zahar, 1979.

GÓMEZ, A. I. P. A cultura escolar na sociedade neoliberal. São Paulo: Artmed,

2001.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2 ed. São Paulo. SP: Cortez, 2005

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para o

Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.

Acervos da Biblioteca e MEC.

CIÊNCIAS

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1- Apresentação Geral da Disciplina:

Durante muitos séculos, o ser humano se imaginou no centro do Universo,

com a natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus processos, alterou seus

ciclos, redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se com uma crise ambiental

que coloca em risco a vida no planeta, inclusive a humana.

As mudanças estão acontecendo em todos os âmbitos da sociedade,

trazendo inúmeras inovações em diversos campos do saber. Acompanhá-las exige

uma nova postura da escola, na qual a prática pedagógica já não responde às novas

demandas da sociedade, evidenciando uma comunidade escolar insatisfeita. Neste

sentido, a escola frente às novas transformações, busca reestruturar sua prática

pedagógica para contribuir significativamente, no sentido de formar indivíduos

capazes de refletir criticamente diante das situações postas na contemporaneidade.

As Diretrizes Curriculares Estaduais Ciências propõe o desafio de

redimensionar as discussões e reflexões teórico – metodológicos sobre o ensino de

Ciências e para isso é necessário a fundamentação teórica que subsidie a prática

docente.

Portanto, é fundamental ver e entender a Ciência como elaboração humana

para compreensão do mundo.

Esperamos que o aluno tenha um conhecimento maior sobre a vida e sobre a

sua condição singular na natureza, para se posicionar acerca de questões polêmicas

como os desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica. Para

que possam perceber a vida humana, seu próprio corpo, como um todo dinâmico,

que interage com o meio, pois tanto a herança biológica quanto as condições

culturais, sociais e afetivas refletem-se no seu corpo.

Com o desenvolvimento da tecnologia é necessário que nosso aluno

desenvolva em si a vontade de adquirir os conhecimentos necessários para que

possa aprender a relacionar-se com o mundo em que está, como sendo seu lar,

compreendendo o ambiente natural e social.

O sistema político, a tecnologia e os valores fundamentam as sociedades.

Fortalecer os vínculos de família, de solidariedade humana e de tolerância recíproca

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em que se assenta a vida social, leva a sociedade a uma melhor qualidade de vida,

procurando a prevenção e não apenas a cura dos males físicos, mentais e sociais.

2- Objetivos Gerais:

- A capacidade de compreensão do mundo e atuação como indivíduo e como

cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica;

- Valorização da natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformações do mundo em que vive em relação essencial com

os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

- Identificar a composição, a organização e a fisiologia dos organismos vivos;

- Compreensão da ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana;

- Identificação das relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos

e benefícios das práticas científico-tecnológicas;

- Entendimento da saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

-Formulação de questões, diagnósticos e proposições de soluções para problemas

reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

- Utilização de conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

- Valorização do trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para

a construção coletiva do conhecimento;

- Estimulação do cuidado com o próprio corpo, com atenção para o desenvolvimento

da sexualidade e para os hábitos de alimentação, de convívio e de lazer;

- Valorização da vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes;

- Caracterização dos movimentos visíveis, de corpos celestes no horizonte e seu

papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;

- Interpretação das situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando

informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias

alimentares;

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- Valorização da disseminação de informações relevantes aos membros da sua

comunidade.

3- Conteúdos Estruturantes:

O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é constituído historicamente

por um conjunto de ciências que somam numa disciplina escolar para compreender

os fenômenos naturais nesta etapa da escolarização. Os conhecimentos físicos,

químicos e biológicos, dentre outros, são contemplados nessa disciplina com vistas

à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referencia

que compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino e de

aprendizagem.

De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina focando:

Os conhecimentos físicos – a partir dos conhecimentos científicos em relação aos

diversos fenômenos naturais e tecnológicos, abordando conteúdos como:

movimentos, sons, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas, dentre outros;

Os conhecimentos químicos – contemplam as noções e conceitos científicos sobre

os materiais e as substâncias; sua constituição; suas propriedades e

transformações, necessárias para a compreensão do processo básicos da Química.

Os conhecimentos biológicos – Orientam progressivamente na interpretação e

compreensão dos processos biológicos, contribuindo no entendimento do ambiente

e da manutenção da vida.

Assim, as ciências de referência orientam a definição dos conteúdos

significativos na formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da

vida, do ambiente, do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da

energia, dentre outros, fornecendo subsídios para compreensão crítica e histórica

do mundo natural (conteúdo da ciência), do mundo construído (tecnologia) e da

pratica social (sociedade).

Foram elencados os conteúdos estruturantes entendidos aqui como

saberes fundamentais, que organizam teoricamente os campos de estudo da

disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e áreas afins.

Assim as diretrizes propõem conteúdos estruturantes: Corpo Humano e

Saúde, Ambiente, Matéria e Energia e, Tecnologia, os quais foram definidos

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observando as relações existentes entre os campos de estudos, tradicionalmente

tratados ao longo do ensino de Ciências, e sua importância no processo de

escolarização atual.

Ao dividir os conteúdos estruturantes em conteúdos específicos, é importante

considerar a concepção de ciências adotadas nestas diretrizes, os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos e os elementos do Movimento CTS, visando um

processo não fragmentado de ensino e aprendizagem.

3.1 - CORPO HUMANO E SAUDE

Conhecer e compreender as transformações e a integração entre os sistemas

que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,

regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas á saúde e a sua

manutenção, caracterizando o campo de estudo desse conteúdo estruturante,

procurando ter como principio a prevenção. Devido esse conteúdo estruturante ser

bastante complexo, seus conteúdos específicos serão tratados através de

conhecimentos elaborados e sistematizados, essenciais para entender e explicar os

fenômenos naturais, os aspectos sociais, econômicos, políticos e éticos envolvidos.

No processo de ensino e de aprendizagem, o conteúdo estruturante Corpo Humano

e Saúde, permeará os conteúdos específicos, articulando esses saberes com a

pratica social dos sujeitos envolvidos. Os conteúdos deverão ser enriquecidos com

assuntos que promovam os conhecimentos científicos em detrimento do senso

comum, evidenciando as inter-relações entre o sujeito e o objeto de estudo da

disciplina.

O conteúdo alimentação ressaltar a necessidade e importância de uma

alimentação adequada, equilibrada e saudável para a sobrevivência dos seres

humanos, bem como a produção de alimentos livres de produtos químicos. Faz-se

necessário considerar as contradições existentes na sociedade atual em relação a

este conteúdo. A miséria, a fome, a desnutrição, a subnutrição e o desperdício se

contrapõem á produção e oferta de alimentos no Brasil e no mundo. E a reflexão

desses conteúdos possibilita uma compreensão dos principais problemas sócio-

ambientais que marcam a pratica social.

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3.2 - AMBIENTE

O entendimento do funcionamento dos ambientes da natureza, de como a vida se

renova e se mantém transcorre pelo reconhecimento da importância da

biodiversidade e das ações humanas que interferem nela. É necessário discutir os

diferentes ambientes da Terra, sua diversidade, localização, caracterização,

transformações ao longo da historia e adaptação dos seres vivos e do homem aos

ambientes aquáticos, gelados, temperados, quentes e secos, quentes e úmidos,

cavernas e ao ambiente espacial. É fundamental abordar os fenômenos naturais

envolvidos nos desequilíbrios ecológicos, como por exemplo: efeito estufa, buracos

na camada de ozônio, chuva acida, desmatamentos, queimadas, aquecimento

global, degelo das calotas polares, poluições, desertificação, entre outros, tratando

das causas e conseqüências desses desequilíbrios para o ser humano, para os

seres vivos e para o ambiente. Este conteúdo estruturante é amplo, os conteúdos

específicos relacionados considerarão os aspectos sociais, políticos, econômicos e

éticos intrínsecos às problemáticas ambientais. É fundamental a analise das

relações de poder existentes na sociedade capitalista, cujos interesses estão

situados nos aspectos políticos e econômicos, relegando a segundo plano os

aspectos ambientais e sociais. As preocupações com o ambiente começaram a

surgir de forma isolada, e essas preocupações tornaram-se mais explicitas a partir

dos anos 70. A partir disso, a sociedade capitalista pressionada pelos movimentos

sociais e esgotamento dos recursos naturais, mobilizou nações com o objetivo de

propor metas e concretizar tratado restabelecendo o equilíbrio do planeta e o uso

sustentável dos recursos naturais. O surgimento dos movimentos sociais, a

globalização, as Conferências Mundiais, entre outros fatores, permitirão que as

problemáticas ambientais tomem dimensões mais expressivas, tornando-se foco de

preocupação mundial.

O estudo do ambiente é importante, pois fornece indicativos históricos para a

compreensão dos processos de degradação, preservação e recuperação de áreas

degradadas.

3.3 - MATERIA E ENERGIA

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179

O estudo da matéria e da energia é imprescindível e indissociável no currículo

de Ciências, pois, trata de conhecimentos físicos, químicos e biológicos e permiti a

compreensão cientifica desses conceitos. No estudo da matéria e energia é

importante considerar as interações, as transformações, as propriedades, as

transferências, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em

determinadas situações, as relações com o ambiente. Assim, como os problemas

sociais e ambientais relacionados não só a geração de energia, sua distribuição,

consumo e desperdício, como também à produção e ao descarte dos resíduos

referentes ao seu uso.

A dificuldade de estudo desses conceitos científicos, é a fragmentação que

inviabiliza uma abordagem articulada e inter-relacionada com a pratica social do

sujeito. Se essa pratica for considerada, podem-se identificar os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos em atividades do cotidiano dos alunos.

Os conhecimentos físicos relacionados à mecânica: estática, cinética e

dinâmica, pode ser abordada por meio dos conceitos científicos de trajetória,

movimentos, velocidade, aceleração e freqüência, estabelecendo relações com o

conteúdo estruturante ambiente, por exemplo, ao considerar os conteúdos

específicos que tratam dos movimentos da Terra. Nessa direção, o conteúdo

estruturante tecnologia e seu campo de estudos, podem fornecer subsídios para

essa discussão, a medida em traz tecnologias que o ser humano utilizou

historicamente, nos projetos espaciais e na observação do céu. Ao desmembrar este

conteúdo estruturante, não se deve fragmente o currículo, pois os conteúdos

estruturantes devem estar em articulação com os demais conteúdos. Possibilitando

a compreensão de que o ser humano para satisfazer suas condições básicas de

sobrevivência, precisa da interação entre a matéria e energia se dê de forma

equilibrada, determinando o equilíbrio do ecossistema na relação de

interdependências entre ele, os demais seres vivos e o ambiente.

3.4 - TECNOLOGIA

À medida que o homem estabelece as relações sociais, de produção da

ciência e tecnologia, com vistas ao atendimento das suas necessidades, passa a

perceber que a ciência e da tecnologia, com vistas ao atendimento de suas

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180

necessidades, passa a perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras.

Assim, o uso que se faz delas depende de interesses políticos, militares e

empresariais que se apoderam de seus resultados e os utilizam em beneficio de

uma elite, visando lucro, dominação e guerra. Pretende-se romper com a idéia de

que a ciência e a tecnologia são neutras, a - históricas ou visam o “bem comum”,

como muitas vezes são apresentadas na mídia, nos currículos ou livros didáticos.

As tecnologias da informação, a biotecnologia e a medicina, por exemplo,

também são influenciadas pelas relações de poder existentes na sociedade, e essas

esferas de poder, de acordo com seus interesses, privam parte significativa da

população do acesso aos produtos da ciência e tecnologia. Esse desenvolvimento

cientifico e tecnológico determina, contraditoriamente, problemas graves não só para

o meio ambiente, como para a sobrevivência da própria espécie. É importante refletir

que toda a população é exposta a esses efeitos, e não apenas a porção da

sociedade que determina o processo de produção do conhecimento cientifico -

tecnológico. É importante refletir o papel da tecnologia, no cotidiano das pessoas, e

quem tem acesso a ela e de que forma.

Neste conteúdo estruturante é fundamental que se discuta, analise e reflita

como as tecnologias contribuíram para as diferentes construções e/ou alterações

dos ambientes. O impacto dessas construções/modificações no ambiente, causados

pelo uso da tecnologia, são importantes para o currículo de Ciências, não só pelos

aspectos ambientais, como também sociais, econômicos, políticos e éticos.

Devem-se tratar também da biotecnologia, no que se refere à manipulação

gênica, clonagem, transgenia, células-tronco, reprodução in vitro, inseminação

artificial e melhoramento genético, entre outros assuntos, ressaltando as relações

entre estes, conteúdos estruturantes, os conteúdos específicos e suas implicações

na sociedade. Ao se apresentar os conteúdos estruturantes Corpo Humano e

Saúde, Ambiente, Matéria e Energia e Tecnologia, estas diretrizes tem por objetivos

retomar a função social da disciplina de Ciências, que promova a socialização dos

conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos em

natureza social.

Para que os conteúdos específicos na escola sejam de fato relevantes, tendo

em vista um currículo de Ciências articulado, os conteúdos estruturantes e seus

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desdobramentos precisam ser articulados numa perspectiva crítica e histórica, que

leve em conta a pratica social do sujeito, as implicações e limitações das relações

entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Nesta abordagem pedagógica, considera-se que:

A historicidade da produção do conhecimento cientifico, possibilita a compreensão

desse processo nos diferentes tempos da história da humanidade, estabelecendo

relações e interações entre as exigências que culminaram na produção desses

conhecimentos e a contemporaneidade;

A intencionalidade, inerente ao processo de produção dos conhecimentos

científicos, que pode determinar as relações de poder e ser determinada por elas.

Conhecimentos científicos produzidos num determinado contexto, expressam muitas

vezes uma intencionalidade implícita ou explicita de interesse de grupos dominantes;

A provisoriedade dos conhecimentos científicos, tratada no processo de ensino e

de aprendizagem, resgata o caráter problematizador e a possibilidade da dúvida, no

currículo de Ciências, superando a compreensão desses conhecimentos como

verdadeiros prontos e acabados. È necessário conhecer as contradições dos

pesquisadores e a aplicabilidade das teorias cientificas, compreendendo o caráter

provisório e incerto da ciência. Considerando que alguns elementos são

legitimados ao longo da História. Esses conhecimentos são produzidos num

determinado contexto histórico, úteis e muitas vezes servem de base para novas

pesquisas cientificas, para a produção de novos conhecimentos. Conhecimentos

estes, questionados, debatidos, refutados. Com isso, surgem novas teorias e

conhecimentos científicos. E o processo de produção do conhecimento científico é

rígido, segue um método e, exige anos de pesquisa cientifica para sua validação.

Os conhecimentos científicos poderão ser produzidos pelos sujeitos do processo de

ensino-aprendizagem, no seu cotidiano, adequando-se às suas necessidades e

interesses. Através da aplicabilidade desses conhecimentos na pratica social,

pretende-se que os sujeitos analisem de forma critica o seu dia a dia, conhecendo o

poder exercido pela mídia, pelo consumo, pelos interesses econômicos e políticos

que determinam e são determinados pelas relações de poder.

A disciplina de Ciências poderá estabelecer relações e inter-relações, não só entre

os conteúdos estruturantes, mas também entre esses e o específicos e com as

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182

várias a áreas do conhecimento, proporcionando um ambiente favorável e uma

abordagem articulada. Dessa forma, o aluno como sujeito histórico e parte integrante

de um meio (político, social, econômico, cultural, ambiental, ético, histórico e

religioso) estabelecendo relações e interfere direta ou indiretamente no seu contexto

social.

O currículo de Ciências trata de forma elementar, ou seja, considera as

primeiras noções de conhecimentos científicos que são essenciais, para um

entendimento da física, da química e da biologia dentre outros, com o objetivo de

propiciar conhecimentos para a compreensão dos fenômenos envolvidos nestas

ciências de referencias.

O tratamento dialógico dos conteúdos das ciências ditas naturais (física,

química e biologia) visa integrar o processo de ensino e de aprendizagem,

permitindo a compreensão de que os fenômenos naturais não ocorrem isoladamente

na natureza e no cotidiano. Essas relações são algumas das possibilidades de

interação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos entre os conteúdos

estruturantes e seus desdobramentos e entre a disciplina de Ciências e as outras

áreas do conhecimento, sem esquecer de discutir, analisar e refletir por meio dos

elementos do Movimento CTS a produção, distribuição, consumo e desperdício de

água; á saúde, ao saneamento básico e, a prevenção de doenças, entre outros.

Assim, é preciso pensar sobre quais os conteúdos abordar em cada série do Ensino

Fundamental, tendo em vista a importância de um domínio teórico consistente, da

formação de sujeitos que tenham visão de sua determinação social e da

necessidade de atuar em benefício de sua transformação.

Para que estas diretrizes sejam referenciais para a disciplina, na prática do

ensino e da aprendizagem, cabe aos professores a responsabilidade de estabelecer

uma estreita ligação dos conteúdos específicos, desta área do conhecimento, com

as reflexões históricas e filosóficas da produção da ciência como uma construção

humana, portanto provisória, falível e vinculada às relações de poder existentes na

sociedade. Além disso, a complexidade da sociedade atual evidencia a necessidade

da sistematização dos saberes historicamente acumulados, durante o processo de

produção do conhecimento.

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183

O currículo de Ciências, nesta visão, propicia um processo de ensino

aprendizagem crítico, por meio de relações estabelecidas entre os conteúdos deste

currículo e os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e, destes com os

elementos do Movimento CTS.

3.5 - CONTEUDOS:

O tratamento dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos – os

conteúdos específicos – numa abordagem crítica e histórica, pressupõe a utilização

de conhecimentos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos

naturais. Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos são fundamentais e

precisam ser estudados e constantemente retomados, para que os alunos

compreendam que o objeto de estudo da disciplina, permeia a sua prática social.

Conceitos fundamentais: matéria, partícula, átomo, molécula, corpo/objeto, massa

e peso dos corpos, elemento químico, fenômeno físico, químico e biológico;

Propriedades gerais da matéria: Massa, Inércia, Impenetrabilidade,

Compressibilidade, Elasticidade, Divisibilidade, Indestrutibilidade.

Propriedades especificas da Matéria: organolépticas, físicas e químicas.

- Organolépticas: cor, odor, sabor, textura, brilho e estado físico ou de agregação

da matéria.

- Físicas: pontos de fusão, de ebulição, de solidificação e liquefação da matéria; a

condutibilidade; o magnetismo, a solubilidade; a dureza; a maleabilidade; a

ductibilidade, a densidade; o calor especifico.

- Químicas: combustão e hidrólise.

A partir do estudo desses conceitos fundamentais, o planejamento das ações

pedagógicas precisa considerar a relação entre os conteúdos estruturantes e

específicos e, a ciência, a tecnologia e a sociedade. Ao se analisar o conteúdo

“Água no ecossistema”, desdobrado do conteúdo estruturante Ambiente, o

professor poderá desenvolver uma discussão e conseqüente análise sobre a

abundância da água e sua utilidade; do conteúdo estruturante Matéria e Energia,

poderá abordar a importância da água nas reações que envolvem transformação e

interação entre matéria e energia; do conteúdo estruturante Corpo Humano e

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184

Saúde, é importante considerar a quantidade e a necessidade da água para o ser

humano, bem como a qualidade da água para a manutenção da saúde; do conteúdo

estruturante Tecnologia, é essencial discutir e analisar os recursos cientifico -

tecnológicos envolvidos nos processos de tratamento e recuperação da água,

recursos natural essencial aos seres vivos. Como se pode perceber, os conteúdos

específicos são desdobrados e estabelecem relações com os conteúdos

estruturantes de alguma forma. Destaca - se que as possibilidades de relação são

inúmeras e devem ser estabelecidas considerando-se as orientações destas

diretrizes, a experiência profissional, a caminhada pedagógica do professor e a

discussão com seus pares.

Nesta perspectiva, as relações com a ciência, a tecnologia e a sociedade

podem ser estudadas por meio de elementos do Movimento CTS. Para todos os

conteúdos específicos elencados na proposta, a relação com o movimento é

importante, pois por meio desta inter-relação, também, que os alunos poderão

compreender a concepção de ciência, de tecnologia e de sociedade adotadas, a

intencionalidade da produção cientifica, provisoriedade da ciência, a sua

aplicabilidade no cotidiano, a historicidade dos conhecimentos científicos e a inter-

relação destes com outros saberes historicamente produzidos. Outro elemento

importante que os alunos passam a entender, por meio deste estudo, é o conflito de

interesses legitimado pelas relações de poder, diretamente envolvidas na sociedade.

Diante do exposto, no conteúdo “Água no ecossistema”, por exemplo, para

elaborar o planejamento de suas aulas, o professor pode estabelecer uma

abordagem crítica e histórica dos conteúdos específicos, contemplando os aspectos

políticos, sócias, econômicos e éticos, considerando as relações com a ciência, a

tecnologia e a sociedade, em questões como a influência do ciclo da água sobre as

pessoas, os animais e a agricultura (Sociais); quem explora o fornecimento de água

na sua cidade (Políticos); com se dá o desperdício de água e energia na sociedade

contemporânea (Econômicos); quais as políticas públicas que favorecem o descaso

com o meio ambiente e os seres vivos (Éticos); desde quando existe água

encanada em sua cidade (Históricos).

Através dos conteúdos específicos da disciplina, possibilita-se uma analise

mais ampla do contexto, estendendo a discussão para além do conteúdo especifico,

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185

alcançando diferentes instâncias da sociedade, embora não explicitadas, influenciam

diretamente na pratica social do sujeito. Essa discussão, análise e reflexão são de

fundamental importância, no âmbito escolar, para que os alunos assumam uma

postura critica e transformadora de suas concepções e conceitos sobre a realidade.

O professor de Ciências deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna

obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e relacioná-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho

pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

- População brasileira e miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-descendentes;

- Colonização da África pelos europeus;

- Configuração espacial do continente africano;

- Práticas de segregação racial, entre outros.

3.6 - Conteúdos por ano:

6º ano

Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente; Água no ecossistema; Ar no

Ecossistema e Solo no Ecossistema.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente

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186

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

População: taxas,

densidade demográfica

e fatores que

influenciam;

Comunidade:

transferência de

matéria e energia

(ciclos biogeoquímicos,

teias e cadeias

alimentares);

Fotossíntese:

importância do

processo de produção

e armazenamento de

energia química

(glicose);

Seres vivos – seres

vivos; Seres vivos –

meio ambiente;

Biosfera – Ecossistema

– Comunidade –

População – Individuo;

habitat e nicho

ecológico; divisões da

biosfera: ciclo terrestre,

marinho e de água

doce; teias e cadeias

alimentares: produtores

e consumidores e

decompositores;

alimentação e saúde:

tipos e funções dos

alimentos, nutrientes;

- Preservação da

biodiversidade da

Amazônia.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente - Matéria e Energia – Tecnologia

Água no ecossistema

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Estados físicos da

água: Forças de

atração e repulsão

entre as partículas da

água, mudanças de

estado físico da água;

ciclo da água; Pressão

e temperatura;

Densidade pressão

exercida pelos líquidos;

Empuxo; Água como

recurso energético;

Composição da água;

Potencial de Hidrogênio

(PH); Salinidade; Água

como solvente

universal; Pureza;

Soluções e misturas

heterogêneas; Ciclo da

água; disponibilidade

da água

na natureza; Água e o

Seres vivos; Habitat

aquático;

Contaminação da água;

doenças – preservação

e tratamento; equilíbrio

ecológico;

- Aquecimento global

(degelo)

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Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente –Matéria e Energia – Tecnologia

Ar no ecossistema

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Existência do Ar;

Ausência do Ar: vácuo;

aplicação do vácuo;

Atmosfera: camadas;

Propriedades;

compressibilidade,

expansão, exercer

pressão, Movimentos

do ar: formação dos

ventos, tipos de vento,

brisa terrestre e

marítima, Velocidade e

direção dos ventos;

Resistência do ar;

Pressão atmosférica ;

Aparelhos que medem

a pressão do ar;

Pressão atmosférica e

umidade; Meteorologia

e previsão do tempo;

Eletricidade

atmosférica, Ar como

recurso energético;

Tecnologia

aeroespacial e

aeronáutica; Força de

atrito; Aerodinâmica;

Deslocamento de

veículos automotores;

Velocidade; Segurança

no trânsito: prevenção

de acidentes;

Composição do ar:

Oxigênio e Gás

Carbônico –

fotossíntese, respiração

e combustão; Ciclos

biogeoquímicos; Outros

elementos presentes

no ar; Gases nobres:

suas propriedades e

aplicações; O ar e os

seres vivos; pressão

atmosférica e a

audição; contaminação

do ar: doenças

causadas por bactérias

e vírus – Prevenção e

tratamento; Poluição do

ar: agentes

causadores; Causas e

conseqüências: efeitos

nocivos resultantes do

contato com esses

agentes; Medidas para

diminuir a poluição do

ar;

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Solo no Ecossistema

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Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Tecnologia utilizada

para preparar o solo

para o cultivo;

Composição do solo;

Tipos de Solo: arenoso,

argiloso, calcário e

húmus; Agentes de

transformação do solo:

água, ar seres vivos;

Utilidades do solo;

Adubação: orgânica e

inorgânica

(compostagem e

fertilizantes); correção

do PH dos solos;

Processos que

contribuem para o

empobrecimento do

solo: queimadas,

desmatamento e

poluição, dentre outros;

combate à erosão:

tipos de erosão; Mata

ciliar; Contaminação do

solo: doenças –

prevenção e

tratamento; condições

para manter a

fertilidade do solo;

curvas de nível, faixas

de retenção,

terraceamento, rotação

de culturas, culturas

associadas;

preservação da

Amazônia; Coleta

seletiva de lixo;

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Poluição e contaminação da água, do ar do solo

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Equilíbrio e

conservação da

natureza: fauna, flora,

ar, água e solo;

agentes causadores da

contaminação e

poluição da água, do ar

e do solo; agentes

causadores e

transmissores de

doenças; prevenção e

tratamento de doenças

relacionadas à poluição

e contaminação do ar,

da água e do solo;

Saneamento básico:

estações de tratamento

de água (ETA), de

esgoto (ETE) e do lixo

(aterros sanitários,

reaproveitamento e

reciclagem do lixo);

Doenças relacionadas

à falta de saneamento

básico e prevenção:

Biodigestor;

Fenômenos:

superaquecimento do

planeta, efeito estufa,

buraco na camada de

ozônio e seus efeitos

nocivos aos seres vivos

e ao ambiente;

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Devastação da

Amazônia.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e energia – Tecnologia

Astronomia e Astronáutica

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

l: fonte de luz e calor;

Radiação; Instrumentos

construídos para

estudar os astros:

astrolábio, lunetas; Sol:

composição química,

Sistema Solar:

Composição da Terra;

Planeta Terra: Biosfera:

Sol: Produção de

vitamina D;

Movimentos da Terra e

suas conseqüências –

ritmos; telescópios,

satélites, foguetes,

estações espaciais,

radiotelescópio:

Planeta Terra:

movimento de rotação

(dias e noites) e

movimentos de

translação (estações do

ano): inclinação do eixo

da Terra em relação ao

plano de órbita; força

gravitacional; medidas

de tempo –

instrumentos

construídos pelo ser

humano para marcar os

dias no tempo e no

espaço: relógio de sol,

ampulhetas, relógios

analógicos, digitais e

calendários;

Desenvolvimento da

Astronáutica e suas

aplicações;

Telecomunicações:

satélites, internet,

ondas, fibra óptica,

dentre outras;

Exploração

aerofotogramétrica

(monitoramento de

imagens por satélites);

Utilização de satélites

na meteorologia;

Investigação do espaço

sideral por meio de

foguetes, sondas

espaciais, ônibus

espacial e estação

espacial; Estrelas:

Sistema solar: posição

da Terra e dos demais

planetas; biológicos; A

lua como satélite

natural da Terra:

influências sobre a

biosfera, marés;

Diagnostico tratamento

e prevenção dos efeitos

das radiações do sol

sob o corpo humano:

queimaduras, insolação

e câncer de pele; O ser

humano no espaço:

astronautas; Relação

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de adaptação do

homem a viagens

espaciais; Sol: fonte de

luz e energia; Estrutura

da Terra – atmosfera,

litosfera e hidrosfera;

Biodiversidade – Características básicas dos seres; Níveis de organização dos

seres vivos – organização celular; Biodiversidade – Classificação e

adaptações morfofisiológicas.

7º ano

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Níveis de organização dos Seres Vivos – Organização Celular

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Unidades de medida;

equipamentos para a

observação e descrição

de células;

microscópios e lupas;

Unidades de medida;

Conceitos básicos:

Colóides, Osmose,

difusão, substância

orgânicas e

inorgânicas; Aspectos

morfo-fisiológicos

básicos das células;

Células animais e

vegetais (membrana,

parede celular,

citoplasma e núcleo) ;

Divisão Celular: mitose

(células somáticas) –

câncer; divisão celular:

meiose

(gametogênese) –

anomalias

cromossômicas;

Aspectos morfo-

fisiológicos básicos dos

tecidos animais e

vegetais; Conceitos

básicos: biosfera –

ecossistema –

comunidade –

população – individuo –

sistemas – órgãos –

tecidos – células –

organelas

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Características básicas

que diferenciam os

seres vivos dos não-

vivos ; Relações de

interdependência;

seres vivos – seres

vivos; seres vivos –

meio ambiente;

adaptações e controle

de temperatura

corporal nos

organismos; interações

da pele com o meio:

proteção do organismo,

regulação de água e

temperatura

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Biodiversidade – Classificação e adaptações morfo – fisiológicas

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Capiliridade;

Fototropismo;

Geotropismo;

Movimento e

locomoção: referencial,

impulso, velocidade,

aceleração; Osmose;

absorção;

Fotossíntese;

Respiração;

Transpiração; Gutação;

Fermentação;

Decomposição;

Hibridação; Modos de

agrupar os seres vivos;

Critérios de

Classificação: Cinco

reinos dos seres vivos;

Biosfera: adaptações

dos seres vivos

(animais e vegetais)

nos ambientes

terrestres e aquáticos;

Biotecnologia da

Utilização industrial de

microrganismos e

vegetais: Indústria

farmacêutica, química e

a alimentícia

(organismos

geneticamente

modificados) dentre

outras: Vegetais:

reprodução e

hereditariedade –

polinização,

fecundação, formação

do fruto e da semente,

disseminação; Animais:

Digestão (alimentação),

respiração, circulação,

excreção, locomoção,

coordenação, relação

com o ambiente,

reprodução e

hereditariedade; fauna

e flora do Paraná;

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.

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Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

Diagnósticos: exames

clínicos por imagens;

Tratamento:

radioterapia;

intoxicações por

agentes físicos:

elementos radioativos,

pilhas, baterias, dentre

outros; Imunização

artificial: soros, vacinas,

medicamentos;

Diagnósticos; Exames

clínicos; Tratamento:

quimioterapia;

intoxicações por

agentes químicos:

agrotóxicos, inseticidas

e metais pesados,

dentre outros; Doenças

causadas por animais:

parasitoses, zoonoses

e verminoses; Doenças

causadas por

microorganismos:

parasitoses, infecções

bacterianas, viroses,

protozooses e micoses;

intoxicações causadas

por plantas tóxicas;

diagnósticos: exames

clínicos; Prevenção e

tratamento: alopatia,

homeopatia, fitoterapia,

dentre outros; Efeitos

das intoxicações

causadas por agentes

físicos e químicos no

organismo; Sistema

imunológico:

imunidade, barreira

mecânica, glóbulos

brancos (fagocitose),

anticorpos;

8º ano

Doenças, infecções, intoxicações e defesas dos organismos; Corpo Humano

como um todo integrado.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Corpo humano como um todo integrado

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

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Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimentos peristálticos;

Transporte de nutrientes; Pressão arterial; Inspiração e Expiração; Tecnologia de

reprodução in vitro, inseminação artificial: Tecnologias associadas ao diagnostico e

tratamento das DSTs – AIDS; Tecnologias envolvidas na manipulação genética:

clonagem e células troncos; Tecnologias associadas ao aconselhamento genético

como forma de prevenção à má formação gênica; Tecnologia envolvida na doação

de sangue e de órgão; A luz e a visão; Propagação retilínea da e a formação de

sombras: Reflexão da luz e as cores dos objetos: Olho humano como instrumento

óptico; Modelo físico do processo de visão; Espelhos, lentes e refração; Poluição

visual; Fibras ópticas; Propagação do som no ar; Velocidade do som; o som e a

audição; A qualidade do som; Reflexos sonoros: eco, poluição sonora; Prótese que

substituem parte e funções de alguns órgão do corpo; Aparelhos e instrumentos que

o homem constrói para corrigir algumas deficiências físicas; Objetos e aparelhos

fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos; Tecnologias utilizadas

para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial, nervoso,

endócrino, locomotor (esquelético e muscular) genital digestório, respiratório,

cardiovascular e urinário; Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso

central: radiação, Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares; Alimento

Diet e Light: Ação química da digestão: transformação dos alimentos;

Aproveitamento dos nutrientes; Reações químicas; Transformação energética,

Eliminação de resíduos, Hemodiálise; sabores, odores e texturas; Ácidos e bases:

identificação, nomenclatura e aplicações; PH de diversos produtos e substâncias;

óxidos e sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido

sulfúrico dentre outras; substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes

e inseticidas dentre outras; substâncias tóxicas de uso domestico: detergentes,

sabões, ceras, solventes, lustra- móveis, tintas e colas, dentre outras; Composição

química do álcool; Teor alcoólico das bebidas; Reações que ocorrem no sistema

nervoso e no organismo com a liberação de neurormônios, como por exemplo a

adrenalina; Sistema digestório (digestão); Disfunções do sistema digestório:

prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia e da bulimia, dentre

outros; dentre outros; Sistema cardiovascular; Disfunções do sistema cardiovascular:

prevenção; Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte,

da hipertensão e da arteriosclerose, dentre outros; Sistema Respiratório; Disfunções

do sistema respiratório: prevenção; Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da

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asma e da bronquite, dentre outros; Sistema urinário, Disfunções do Sistema

urinário: prevenção; Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinaria,

dentre outros; Sistema Genital Feminino; Disfunções do Sistema Genital Feminino:

prevenção; Sistema Genital Masculino: prevenção; Métodos anticoncepcionais –

tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e conseqüências do uso;

Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial; Tecnologias associadas ao

diagnostico e tratamento das DSTs – AIDS; manipulação genética: clonagem e

células tronco; aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação

gênica; Doação de sangue e órgão; Reprodução – hereditariedade; Causas e

conseqüências da gravidez precoce – prevenção; Doenças Sexualmente

Transmissíveis (DSTs) – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Metais Pesados,

drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de transito, automedicação, dentre

outras; Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões;

(AIDS): prevenção; Defesa do organismo; Sistema Sensorial; visão, audição,

gustação, olfação e tato; Portadores de Necessidades Especiais: Deficiência

congênita e adquirida (causas, conseqüências e prevenção); Sistema Nervoso:

central, periférico e autônomo. Disfunções do sistema nervoso: prevenção; Efeitos

das Drogas (licitas e ilícitas) no sistema nervoso; Prevenção ao uso de drogas;

Sistema Endócrino; Prevenção; Sistema Esquelético; Disfunções do Sistema

Esquelético: prevenção: Sistema muscular; Disfunções do Sistema Muscular:

prevenção;

Aproveitamento dos conhecimentos populares, remédios utilizados na várias

culturas (indígenas caboclos e afro-descendente). Preservação da Biodiversidade da

Amazônia

9º ano

Poluição e contaminação do ar, da água e do solo; Transformação da matéria em

energia; Astronomia e Astronáutica; Segurança no transito.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Biodiversidade – Características básicas dos seres

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Conhecimentos Físicos Conhecimento Químicos Conhecimentos

Biológicos

Temperatura; calor;

diferenças entre os

conceitos de calor e

temperatura; equilíbrio

térmico; transferência de

calor; transmissão de

calor; isolamento térmico;

movimento e locomoção.

Metabolismo –

Transformação da

matéria e da energia,

fotossíntese; respiração;

fermentação;

decomposição;

combustão.

Poluição térmica;

Poluição sonora; medidas

contra a poluição – fontes

alternativas de energia:

energia eólica,

hidrelétrica, solar entre

outras; Fenômeno:

superaquecimento do

planeta, efeito estufa,

buraco na camada de

ozônio (alterações de

temperatura e mudanças

de estado físico da

matéria) Gases Tóxicos,

resíduos industriais,

metais pesados, chuva

acida, elementos

radioativos, dentre outros;

Causa e conseqüências

da poluição e

contaminação da água,

do ar e do solo: efeitos

nocivos nos seres vivos e

no ambiente; Prevenção e

tratamento dos efeitos

nocivos resultantes do

contato com agentes

químicos; prevenção e

recuperação de áreas

degradas por agentes

químicos; substancias

puras, misturas

homogêneas e

heterogêneas; Densidade

das substâncias;

Separação de misturas;

Fase química do

tratamento da água;

Fenômenos:

superaquecimento do

planeta, efeito estufa,

buraco na camada de

ozônio e poluentes

responsáveis;

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente - Matéria e Energia – Tecnologia

Transformações da matéria e da energia

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos

Biológicos

Energia: condutores –

tipos, fontes,

aplicações

transformações,

segurança e

prevenção;

Eletricidade:

condutores – fontes,

aplicações,

transformações,

segurança e

prevenção;

magnetismo: imãs;

bússola; Fotossíntese,

Fermentação;

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Respiração;

Decomposição;

Combustão; Cadeia

Alimentar; Teia

alimentar, Relações de

interdependência:

Seres vivos – seres

vivos, Seres vivos –

ambiente; Energia na

Célula: produção,

transferência, fontes,

armazenamento,

utilização; Nutrientes:

tipos e funções;

Preservação da

biodiversidade da

Amazônia.

Conteúdos Estruturantes

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

Segurança no Trânsito

Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos

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Movimento, deslocamento, trajetória e referencial; Velocidade, velocidade média e

aceleração; Distância; Tempo; Inércia; Resistência do Ar; Força de atrito,

Aerodinâmica, Equipamentos de segurança nos meios de transporte; A relação entre

força, massa e aceleração; Máquinas simples; Teor alcoólico das bebidas e suas

conseqüências no transito; Acidentes de transito relacionados ao uso de drogas

(álcool) – causas e conseqüências; Tempo de reação e reflexo comparado entre um

organismo que não ingeriu drogas (álcool) e um embriagado; Efeitos do álcool e

outras drogas no organismo; Prevenção de acidente.

4- Metodologia da Disciplina:

A divisão, que muitas vezes se faz, entre o conhecimento científico e o

desenvolvimento de tecnologia é impreciso, e dificulta a compreensão do todo, não

possibilitando ao aluno participação social e desenvolvimento mental. É necessária a

contextualização e interdisciplinaridade de conteúdos para que o aluno perceba e

identifique as informações e os conhecimentos em sua vida,

Assim podendo agir de maneira crítica como um ser social. Pois os problemas

nunca são resolvidos utilizando-se apenas um ponto de vista, e sim com a

colaboração de vários conhecimentos.

Propõe-se uma metodologia dialética de ação em sala de aula, onde o

professor é mediador e articulador do processo ensino e aprendizagem.

O encaminhamento metodológico deve orientar-se por uma abordagem

crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os

conteúdos historicamente constituídos. Essa abordagem metodológica propõe

conteúdos estruturantes e específicos de 6º à 9º ano..

É importante que o professor de ciências estabeleça as relações entre os

diversos conteúdos específicos, superando o engessamento desses, no âmbito

escolar. Esse engessamento se refere ao tratamento dos conteúdos, numa

abordagem “tradicional”, apresentada em muitos livros didáticos, que trata os

conteúdos “Água, Ar e Solo” na 6º ano, “Seres Vivos” na 7º ano, “Corpo Humano” na

8º ano e “Quimica e Física” na 9ºano, sem estabelecer relações, sem contextualizar

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os conteúdos de uma mesma serie e desta com as outra series do Ensino

Fundamental. Desta forma, é imprescindível que o professor reconheça que existem

conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares, para o processo de ensino e

de aprendizagem, que precisam ser abordados tanto na 6º quanto na 7º, na 8º e na

9ºano.

Explicita-se como exemplo, para uma turma de 6ºano, o conteúdo especifico

“Água no ecossistema”, que será estudado a partir da sua articulação com os

estruturantes desenvolvido por meio de conhecimentos físicos, químicos e biológicos

desse conteúdo especifico. Pretende-se com isso, apresentar uma possibilidade de

encaminhamento metodológico, no qual o desenvolvimento dos conhecimentos

científicos e as inter-relações estejam próximos da prática social do aluno.

Esse encaminhamento objetiva a reflexão, a analise e a compreensão de

aspectos importantes da água para si próprios, para os demais seres vivos e para o

ambiente. Dentre os conhecimentos científicos tratados nesse conteúdo, o ciclo da

água, por ser um mecanismo natural e complexo, desencadeia o processo de ensino

aprendizagem. O conteúdo ciclo da água permite a compreensão, não só da sua

importância para os seres vivos, mas também para o equilíbrio ecológico. Os

aspectos relativos à contaminação e poluição da água também deverão ser

abordados, destacando suas causas e conseqüências para os desequilíbrios

ecológicos e para a saúde. Faz-se necessário abordar a composição quimica da

água e suas propriedades dando ênfase a sua qualidade.

A disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição, consumo

e desperdício orientam uma abordagem crítica e histórica, propiciando o

entendimento de que os problemas relacionados com a degradação das nascentes,

poluição e contaminação da água, ao longo da história da humanidade, interferem

diretamente na vida do ser humano, dos seres vivos e do próprio ambiente. As

considerações sobre o conteúdo “Água no ecossistema” e seus desdobramento não

se esgotam por aqui. È importante estabelecer as relações desse conteúdo com a

ciência, a tecnologia e a sociedade e considerar, no tratamento desses

desdobramentos, que o progresso industrial e tecnologia e a sociedade e considerar,

que o progresso industrial e tecnológico traz conseqüências para a sociedade,

podendo gerar graves problemas para os seres vivos e para o ambiente.

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Os elementos do Movimento CTS, o professor interage com seus alunos, à

medida que reflete, por exemplo, sobre: as tecnologias utilizadas para o

reaproveitamento da água, principalmente em alguns países desenvolvidos; o

motivo pelos quais eles investem cada vez mais em pesquisas cientifica e

tecnológicas com o objetivo de diminuir a exploração de recursos naturais não-

renováveis, e desta forma recuperar o meio ambiente; as razões pelas quais esses

países têm tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento,

por que se paga tanto pela água no Brasil em comparação com outros países.

Os conteúdos específicos, a partir dos estruturantes, devem ser explorados

os aspectos relacionados à historicidade da produção do conhecimento em questão,

pois através do histórico é possível conhecer em que contexto esse conhecimento

foi elaborado. Também se faz necessário saber quais interesses que permeiam a

intencionalidade da produção cientifica, o que determinou historicamente a

construção deste conhecimento científico. Cabe destacar que o conhecimento

científico que se possui sobre determinado objeto de estudo é passível de mudanças

ao longo da história, pois a ciência é dinâmica e a todo o momento ocorrem novas

pesquisas, que geram novas teorias e tecnologias, que gradualmente podem ser

substituídas por outras que melhor atendam a demanda da atualidade.

Assim os conteúdos específicos podem estabelecer diálogos entre em si, com

os conteúdos estruturantes, com outras disciplinas, com as ciências de referencia,

com os elementos do Movimento CTS. Essas inter-relações ampliam a

compreensão dos fenômenos naturais, objetos de estudo dessa disciplina. Os

tratamentos dos conteúdos específicos podem estabelecer uma metodologia que

problematiza a prática social do sujeito. Deve-se dar preferência aos problemas

locais que possam ser ampliados para problemas mais abrangentes, por exemplo, a

relação entre consumo, custo e desperdício da água e de uso doméstico. Par a

abordagem desse problema, o professor propõe que os alunos pesquisem o quanto

suas famílias consumem de água diariamente. A investigação se dará, durante um

dia, num final de semana, sendo observadas todas as atividades que consomem

água direta ou indiretamente. A partir da dessa atividade, o aluno produzirá um

relatório, com os dados coletados e o apresentará em sal de aula. Com a orientação

do professor será feita a análise dos dados obtidos e estabelecerá as relações entre

Page 205: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

o consumo e o custo, enfatizando o desperdício de água em cada uma das

atividades.

Numa perspectiva crítica, o professor provoca a discussão, análise e reflexão

sobre diferentes formas de economizar água, contrapondo os dados obtidos com a

leitura da fatura (talão) de água da residência do aluno. Os conteúdos específicos

que fornecerão subsídios teóricos e práticos para essa análise são: a investigação

sobre o consumo de água; a disponibilidade de água na natureza – o ciclo da água;

os usos da água: domestico; saneamento básico (captação, tratamento e

abastecimento de água); a distribuição de água doce no Paraná, no Brasil e no

mundo; algumas ações importantes para a economia de água e a redução da sua

poluição e contaminação.

É indispensável que se estabeleça a articulação entre os conhecimentos

físicos: mudanças de estado físico da água, água como recurso energético, os

conhecimentos químicos: composição da água, fase quimica do tratamento da água

e poluição da água e os conhecimentos biológicos: equilíbrio ecológico e

contaminação da água. Esses exemplos possíveis de relações entre conhecimentos

físicos, químicos e biológicos. Essas relações não se esgotam, podendo agregar

outras para este mesmo conteúdo.

Assim a questão extraída da pratica social foi analisada pelos alunos, por

meio dos conhecimentos teóricos e práticos e das inter-relações estabelecidas pelo

professor. Segue-se então a elaboração e síntese do pensamento dos alunos

considerando a abordagem articulada, expressando o novo grau de conhecimento a

respeito do assunto. E assim, tanto o professor quanto os alunos, assumem uma

postura diferente frente ao problema inicial, pois os conhecimentos científicos

tratados desta forma propiciam a eles modificações intelectuais e qualitativas,

referentes às concepções previas sobre o conteúdo especifico estudado,

determinando um novo posicionamento perante a prática social inicial.

Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio das atividades

e aulas práticas, desde que haja coerência entre a teoria e a prática, e o conteúdo e

a forma.

Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em

laboratório foram super valorizadas como o recurso que tornava concreto o

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tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a repetir

procedimentos roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo conteúdo, seu

uma maior análise sobre os vários fenômenos e fatores intrínsecos envolvidos. O

laboratório não é o único panorama para o desenvolvimento dessa ação

pedagógica, pois, o processo de ensino aprendizagem de Ciências não deve se

limitar a uma única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico.

As atividades práticas têm seu conceito ampliado quando os alunos se

envolvem diretamente, como, por exemplo, na utilização do computador; leitura,

análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, tabelas e esquemas;

resolução de problemas; elaboração de modelos; estudo de caso, abordando

problemas reais da sociedade; pesquisas bibliográficas, entrevistas, dentre outras.

O encaminhamento metodológico do ensino de ciências não pode ficar restrito

a um único método. Neste sentido, algumas possibilidades de encaminhamento são:

a observação; o trabalho de campo; jogos de simulação e desempenho de papéis;

visitas a indústrias; fazendas, museus; projetos individuais e em grupos; redação de

cartas para autoridades; palestrantes convidados; fóruns, debates, seminários,

conversação dirigida, projetos individuais e/ou coletivos, dentre outras. Outras

atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem

música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, história

e quadrinho, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.

Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os

mais variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD‟s, CD‟s, CD-ROM‟s

educativos e softwares livres, dentre outros.

É importante que os conteúdos específicos a serem tratados, e as relações

estabelecidas a partir destes, não sejam simplificados ou tratados de forma

reducionista. Neste sentido, o tratamento dos conteúdos deve considerar as

relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o

mundo natural (Ciência), o mundo construído pelo ser humano (Tecnologia) e seu

cotidiano (sociedade). É necessário destacar a importância dos registros feitos

pelos alunos no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas, pois, através

destes o professor poderá analisar a prática e realizar intervenções pedagógicas

coerentes no processo educativo.

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Neste ponto de vista, o Projeto Educação Com Ciência se constitui numa

atividade pedagógica complementar e interativa, na qual os sujeitos do processo de

ensino aprendizagem – alunos e professores – podem expor publicamente suas

produções planejadas e realizadas no cotidiano escolar. Esse projeto consiste em

exposições, oficinas, discussões e pesquisas. As diversas etapas do projeto em todo

o Estado podem contribuir, por meio dos projetos cientifico - pedagógicos para que

os alunos compreendam os diferentes fenômenos estudados na disciplina de

Ciências e suas relações com ciências, à tecnologia e a sociedade. Da mesma

forma, a disciplina poderá contribuir por meio do tratamento articulado dos

conteúdos específicos e suas relações com os elementos do Movimento CTS, para

que os alunos estudem, compreendam e expliquem os fenômenos naturais

envolvidos nesta área do conhecimento e, com isso, elaborem projetos científico-

pedagógicos, para apresentação no Projeto Educação Com Ciência. Portanto cabe

ressaltar a importância dessas atividades para o processo de ensino e de

aprendizagem, tendo em vista a socialização dos saberes sistematizados nas

escolas publicas do Estado do Paraná.

O Portal Educacional Dia-a-dia Educação, pode colaborar com o professor

desde o seu planejamento até a realização das suas ações pedagógicas, por meio

dos “Ambientes Pedagógicos Colaborativos”/”Objetos de aprendizagem

Colaborativa” (APC‟s/OAC‟s), infográficos, textos e das informações, socialização de

experiências entre professores do estado do Paraná. Nesse sentido, traz

informações pertinentes para o trabalho com conteúdo especifico “Aqüífero

Guarany” que pode ser utilizado para pesquisas e discussões sobre a principal

reserva natural subterrânea de água doce da América do Sul. Colabora também com

o site Fórum das Águas, que promove debates sobre recursos hídricos. Esse portal

educacional é uma ferramenta importante para a socialização do saber, pois

implantou um modelo de aprendizagem colaborativa on-line que destaca os saberes

acumulados na rede publica de ensino do Estado do Paraná.

A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências

poderá resgatar na escola, a sua principal função o estudo dos fenômenos naturais

por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma critica e histórica.

Assim, o professor de Ciências assume uma postura de perito em sua disciplina e

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não generalista em varias disciplinas, temáticas ou projetos, priorizando os saberes

historicamente constituídos, aos quais os alunos têm direito.

5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:

A avaliação se dará ao logo do processo de ensino e de aprendizagem, por

meio de uma interação diária com os alunos. É necessário que o processo avaliativo

se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo

professor. Que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos

possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto

entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações

estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e

de aprendizagem.

Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações

pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo,

a para que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao

propósito principal do processo de ensino aprendizagem, a aquisição dos conteúdos

específicos e a ampliação de seu referencial de analise critica da realidade, por meio

da abordagem articulada.

Não serão estabelecidos critérios avaliativos específicos, pois isto depende

de uma série de fatores, dentre os quais se podem destacar a série que será

avaliada, o nível cognitivos dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos

conteúdos específicos por parte dos alunos e, o planejamento pedagógico. Nesse

contexto o professor para estabelecer critérios avaliativos, precisa considerar o seu

planejamento, sua prática pedagógica, as suas intenções ao tratar conteúdos

específicos por meio da abordagem articuladas dessas diretrizes.

Diante do exposto e no sentido de especificar alguns critérios avaliativos,

retornando-se ao conteúdo especifico “Água no ecossistema”, para 5ª série, por

exemplo, pode-se considerar como um critério avaliativo o quanto o aluno, e/ou a

turma, compreende a necessária relação entre os conhecimentos físicos, químicos e

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biológicos para a explicação dos fenômenos naturais envolvidos neste conteúdo

especifico.

Outro aspecto avaliativo que pode ser estabelecido é quanto o aluno, e/ou a

turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e

históricos envolvidos nos processos de distribuição e tratamento da água, com a

relação ciência, tecnologia e sociedade. Para tanto, o professor pode considerar

questões como as relações de poder; a influência do ciclo da água sobre os seres

humanos, animais e agricultura; os graves problemas, que afetam diretamente as

pessoas, os demais seres vivos e o ambiente, decorrentes do progresso industrial e

do desenvolvimento populacional; riscos recorrentes dos desequilíbrios ecológicos; a

empresa que explora o fornecimento de águas nas cidades; se essa empresa é

publica ou privada; se ela recomenda que se faça economia de água, como e por

que; políticas públicas que favorecem as praticas antiéticas e o descaso com o meio

ambiente e com seres vivos; interesses econômicos envolvidos; desperdício de água

e energia na sociedade contemporânea; alto custo e difícil acesso às tecnologias

capazes de minimizar os efeitos nocivos das produções cientifico - tecnológicas ao

meio ambiente; a origem da água no planeta; desde quando o homem começou a

produzir gelo artificialmente; uma analise comparativa entre a sociedade antes e

depois da distribuição de água encanada; dentre outras questões. Por meio deste

critério é possível avaliar também em que medida o aluno, e/ou a turma,

compreende o quanto os conhecimentos científicos abordados nesse conteúdo

(Água no ecossistema) se aplicam á sua pratica social, o quanto eles se relacionam

com outros conteúdos e ate mesmo com conhecimentos de outras disciplinas.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem,analisam, justificam, se posicionam e argumentam,

defendendo o próprio ponto de vista.

Pode-se perceber que a avaliação, nestas diretrizes, se dará ao longo do

processo de ensino e de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma única

atividade ou método avaliativo e, precisam considerar os alunos como sujeitos

históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Com isso, o professor

pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as

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concepções de ciências, tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de

ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de Ciências, adotadas nestas

diretrizes e, reestruturar o processo educativo.

Essa reestruturação se dará com base em uma auto avaliação, que orientará a

continuidade da prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando

intervenções coerentes com os objetivos previamente propostos para o ensino da

disciplina.

6- Bibliografia:

VALLE, Cecília. Ciências. Ed. Positivo. 2004

PEREIRA, SANTANA E WALDHELM. Ciências. Editora do Brasil. 2000.

BARROS, Carlos. Ciências. Ed. Àtica 44ª Edição

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros

curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: CIENCIAS. Brasília: MEC/SEF,

1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências

para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.

EDUCAÇÃO FÍSICA

1- Apresentação Geral da Disciplina:

Para situar historicamente a disciplina de Educação Física, optou-se por

retratar os fatos à partir do século XIX, devido as transformações sociais pelas quais

o Brasil passava, o fim da exploração escrava e a políticas de incentivo à imigração,

o crescimento das cidades exigindo novas medidas na tentativa de aplicar os

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conceitos de moralidade, de instaurar a ordem social, adequando o modo de viver

dos novos cidadãos das cidades à configuração da sociedade.

Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu

um parecer afirmando a importância da ginástica para a formação do cidadão,

equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de

então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos

escolares.

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram influenciadas

pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os

exercícios sistematizados pela instituição militar foram reelaborados pelo

conhecimento medico numa perspectiva pedagógica. Foram importadas da Europa,

práticas conformativas, como o modelo de saúde e os sistemas ginásticos, para

atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por

meio de exercícios físicos. Por não existir um plano nacional de Educação Física,

optou-se o Modelo Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e

obrigatório a partir de 1931.

A Educação Física se firmou no contexto escolar, a partir da constituição de

1937, sendo utilizada com o objetivo de doutrinação e contenção dos ímpetos da

classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Ainda na década

de 30, o esporte torna-se popular confundindo-se com a Educação Física. Houve

incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover políticas nacionalistas

pensadas para o país.

Com a promulgação da Reforma Capanema, institui-se no ensino secundário,

um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo

ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o cientifico. Essa reforma

aumentou obrigatoriedade a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos,

com o objetivo de formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para o

mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior

ênfase no Brasil, devido a acordos feitos pelo MEC e o Departamento Federal de

Educação Americana.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a

promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo decreto 69450/71, a

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disciplina passou a ter legislação especifica. A disciplina estava ligada a aptidão

física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da

classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o pais uma potencia

olímpica. Na área pedagógica, a educação psicomotora surgiu com a finalidade de

valorizar a formação integral da criança. Perspectiva, centrada na educação “pelo

movimento”, fez com que o papel da Educação Física ficasse subordinado a outras

disciplinas escolares, o movimento era apenas um meio para ensinar matemática,

português, dentre as outras disciplinas, contribuído assim, para a negação de

conteúdos ate então tidos como próprios da disciplina.

Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade

cientifica na Educação Física, mas também na delimitação de tendências ou

correntes, suscitando os primeiros debates voltados à criticidade. Visando a

construção de um movimento renovador na disciplina, a comunidade instituiu seus

trabalhos, discursos e publicações sob a denominação de “progressista”. Dentre as

correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens:

- Desenvolvimentista: defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim

da Educação Física. Constitui-se no ensino de habilidades motoras de acordo com

uma seqüência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a

psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

-Construtivista: no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a

perspectiva construtivista-interacionista com vistas à formação integral, incluindo as

dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Esta abordagem, embora

preocupada com a cultura infantil, fundamenta-se também na psicologia do

desenvolvimento.

As duas abordagens acima citadas, não se vinculam a uma teoria critica da

educação, com intuito de fazer criticas ao papel da educação na sociedade

capitalista, uma categoria central. As duas propostas seguinte se vinculam à

discussões da pedagogia critica brasileira, incorporando discussões nas ciências

humanas:

- Critico Superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico - critica

desenvolvida por Dermeval Saviani. Tem como objeto o da área de conhecimento de

Educação Física a Cultura Corporal, concretizando-se nos seus diferentes

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conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O

conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma

sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma historicizada e

espiralada, considerando o grau de complexidade.

- Critico Emancipatória: parte de uma concepção de movimento denominada de

dialógica. O movimentar-se humano é entendido como uma forma de comunicação

com o mundo. A critica se dá através de uma ressignificação do movimento, sem

considerar questões socioeconômicas.

No inicio da década de 90, um movimento significativo para o Estado do

Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração deu-se

num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um trabalho

coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação pública do Paraná. Assim

o currículo da Educação Física está embasado na pedagogia histórico - critica da

Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação Física

progressista, revolucionaria e critica com os fundamentos teóricos pautados no

materialismo histórico-dialético. O documento propôs, assim, um modelo de

superação das contradições e injustiças sociais. O Currículo Básico se caracterizou

por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à

formação humana do aluno em todas as suas dimensões, mas apresentava uma

rígida listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor, atenuando seus

pressupostos teórico-metodológico. A contradição interna do documento, a

insuficiente oferta de formação continuada necessária à implantação da proposta, as

mudanças de políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões

governamentais no Estado, enfraqueceram a força político pedagógica do Currículo

Básico. Nesta situação a prática de Educação Física na escola incidia com ênfase

nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na

dimensão psicológica. Neste período foi elaborada uma nova proposta

fundamentada na concepção histórico - critica de educação, pretendendo-se o

resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Esta

proposta destacou a dimensão social da Educação Física, consolidando um novo

entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade

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cultural, como prática social e como forma do homem se relacionar com o mundo,

assinalando a produção histórica e cultural dos povos.

Os avanços teóricos da Educação Física, forma estagnada na década de 90

com a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN‟S)

para a disciplina de Educação Física.

Com uma política de caráter neoliberal, o documento elaborado para o Ensino

Fundamental pelo Ministério da Educação e Desporto ao invés de ser um referencial

curricular tornou-se um currículo mínimo, superando a idéia de parâmetros para

propor objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais. Assim pode-

se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física dos Ensinos

Fundamental e Médio, apresentam uma proposta confusa e acrítica com uma

redação aparentemente progressista.

Analisando o contexto histórico mencionado até o momento, a Educação

Física transitou em diversas teorias desde as mais reacionárias até as mais critica,

torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes,

buscando alcançar uma visão hegemônica que aplicou e aplicando à Educação

Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.

A Educação Física, é a área do conhecimento que introduz e integra os

alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer, de expressão de

sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde.

Para tanto, rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece

os alunos que já tem aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o

princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva metodológica de ensino e

aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da

participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse

sentido, procura garantir para todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes,

danças, lutas e ginástica em beneficio do exercício crítico da cidadania.

A partir disso, é preciso reconhecer uma segunda dimensão, esta se refere a

um esforço de uma parte significativa dos professores de Educação Física de

enriquecer o escopo da sua intervenção do centro de interesse dessa disciplina, que

se desloca de uma perspectiva naturalizada, baseada no movimento, para uma

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dimensão cultural, baseada na corporalidade. Portanto, de uma tradição fortemente

marcada pelas Ciências Naturais a Educação Física tem avançado par a

preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento do

corpo em toda a sua complexidade.

Pensar, pois, qualquer mudança no plano curricular, implica a necessidade

de olharmos detidamente para a experiência docente, manifestada de formas

diversas em lugares diversos.

Um dos desafios do gestor é procurar articular satisfatoriamente a

pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia-a-dia do professor, condição

básica do sucesso de qualquer proposta de reforma curricular. Nessa direção é

preciso reconhecer, então, as necessidades de diferentes contextos comunitários

que, uma vez articulados ao contexto societário mais amplo, vêem atualizarem-se

diferentes formas históricas de dominação.

As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais

disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório

para a dureza das aulas da sala. A educação Física é parte do projeto geral de

escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da

escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente

escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali

instituído, sempre em favor da formação humana.

Nesse sentido, a escola precisa estar atenta à atualização das demandas

sócio-culturais, uma vez que entre as suas finalidades maiores inscreve-se, além da

produção e transmissão do conhecimento, justamente a crítica das formas de

organização da cultura.

Assim, ao contemplar pela via da escolarização as marcas das

manifestações corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas

múltiplas manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de

uma reflexão sobre diferentes problemáticas sociais, algumas de há muito objeto de

preocupação dos educadores, outras que surgem conforme se transforma a própria

organização social. Entre esses elementos ganham destaque: a violência, os

preconceitos étnicos, de cor, de sexo, de classe, entre outros, as formas corporais

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de exclusão social, as potencialidades e os limites das práticas corporais como

possibilidade de formação.

A ênfase sobre uma estética corporal que se orienta por padrões

estereotipados, resultados de uma exacerbação atual do corpo como „lugar‟ da

felicidade, os exercícios da dominação manifestam: na prostituição infantil, no tráfico

e no consumo de drogas, no trabalho infantil, na negação do acesso aos bens

culturais, etc. Todos esses elementos, de forma direta ou indireta, inscrevem-se na

corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das

manifestações corporais historicamente produzidas, as quais pretendem possibilitar

a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os

outros, com o seu meio social e natural.

Essas manifestações baseiam-se no diálogo entre diferentes indivíduos, em

um contexto social organizado em torno das relações de poder, linguagem e

trabalho.

Nessa direção, o objetivo último das práticas corporais escolares em geral, e

da Educação Física em particular, deve ser a humanização das relações sociais.

Portanto, a noção de corporalidade permite ampliar as possibilidades de intervenção

educacional do professor de Educação Física, superando a dimensão meramente

motriz da sua aula sem, no entanto, negar o movimento como possibilidade de

manifestação humana. Atentos ao que foi anteriormente caracterizado como

experiência dos professores, seus interesses, suas expectativas e suas

necessidades, articulados com as finalidades que regem o ensino escolar e aos

resultados esperados do processo de escolarização, propomos uma concepção que

procure contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua

potencialidade formativa.

2- Objetivos Gerais:

- A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das

abordagens centradas na motricidade;

- O desenvolvimento dos conteúdos elencados no currículo de maneira que

sejam relevantes e estejam de acordo dom a capacidade cognoscitiva do aluno;

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- As práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do

sujeito omnilateral;

- A superação do caráter da Educação Física como mera atividade, de

“prática pela prática”;

- A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o

processo de formação humana do aluno;

- Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido;

- Despertar o respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem

realizar o que lhe foi proposto, que os alunos tenham condições de entender e

respeitar o diferente como também de posicionarem-se frente ao mundo.

- Proporcionar momentos de reflexão com elementos que levem o sujeito a

questionar formas já “naturalizadas” de preconceito sobre domesticação e violência

em relação ao corpo.

3- Conteúdos por ano:

Manifestações Esportivas:

- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

- O esporte como fenômeno de massa;

- Princípios básicos dos esportes;

- Táticas e regras;

- O sentido da competição esportiva;

- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

- Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos,

passes, fintas,

- Práticas esportivas: esporte com e sem materiais e equipamentos.

- Xadrez: fundamentos/técnicas e táticas.

Manifestações ginásticas:

- Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

- Diferentes tipos de ginástica;

- Práticas ginásticas;

- Cultura de rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.

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Brincadeiras, brinquedos e jogos:

- A construção coletiva de jogos e brincadeiras: por que brincamos?

- Oficina de construção de brinquedos;

- Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;

- Diferentes manifestações e tipos de jogos;

- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

- Diferença entre jogos e esporte.

Manifestações estético-corporais na Dança e no Teatro:

- A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

- Diferentes tipos de dança: por que dançamos?

- Danças tradicionais e folclóricas;

- Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas; mímica, imitação e

representação;

- Expressão corporal com e sem materiais.

O professor de Educação Física deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna

obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho

pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

População brasileira e miscigenação dos povos;

Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

Trabalho e renda dos afro-descendentes;

Colonização da África pelos europeus;

Configuração espacial do continente africano;

Práticas de segregação racial, entre outros.

4- Metodologia da Disciplina:

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Ao propor o encaminhamento metodológico pretende-se demonstrar como o

alargamento da compreensão das práticas corporais pode representar uma

reorientação nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do

aluno. Isso significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a

corporalidade que surgem no cotidiano de cada cultura na sua especificidade.

Assim, a corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no

Ensino Fundamental, pretende, por meio das práticas corporais, seja do esporte, da

dança, da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos, ir além da dimensão

motriz levando em conta a multiplicidade de experiências manifestas pelo corpo os

quais permeiam estas práticas, ou seja, manifestam-se expressões de alegria, raiva,

dor, violência, preconceito, sexualidade dentre outras que tem sentido amplo no

corpo e são historicamente produzidos. O professor de Educação Física precisa se

entender como um intelectual responsável pela organização e sistematização

dessas práticas corporais que possibilitam a comunicação e o diálogo com as

diferentes culturas.

Nesta direção, se reconhece uma das dimensões fundamentais do trabalho

atual dos professores qual seja o senso de investigação, de pesquisa. Assim, as

aulas de Educação Física tornam-se um conjunto de objetos de investigação que

não se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias. No entanto, a

dimensão investigativa do professor em sua prática pedagógica, pode, ao

problematizar a sua atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se

devam pensar com mais rigor. Isso é importante porque não se pode intervir numa

realidade sem conhecê-la e, muitas vezes, pensar estar familiarizado com a prática,

mas ao se observar com mais cuidado, ela oferece cotidianamente uma série de

desafios.

É imprescindível estimular, na escola, o diálogo com outras áreas de

conhecimento que possam colaborar para o entendimento das manifestações

corporais, tendo no horizonte a problemáticas culturais que se evidenciam em torno

da corporalidade atual. Podem-se investigar os conceitos de corpo, veiculados em

outras disciplinas como, por exemplo: as imagens do corpo ensinado em Ensino

Religioso, pois a religião muitas vezes, impede os alunos para compreender como

constroem determinadas formas de identidade corporal.

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A Educação Física pode articular o trabalho com todos os envolvidos no

processo de escolarização com o intuito de repensar e reestruturar rituais, regras,

valores, tempos e espaços que compõem o trabalho pedagógico e abrangem a

educação do corpo na escola.

O professor necessita refletir a cultura que interfere sobre nossa

corporalidade com vistas a não somente reproduzi-la. Do mesmo modo, precisa se

colocar no papel de articulador do conhecimento e não se posicionar como detentor

de uma verdade dada e acabada. Isso poderá ocorrer na medida em que o professor

contemple, em seu trabalho, saberes que oportunizem uma maior reflexão dos

alunos sobre o corpo, reconhecendo e atribuindo a ele sentidos éticos e estéticos,

inspirando experiências que possam ser de fato consideradas como formativas, não

as restringindo à prática de movimentos empobrecidos do ponto de vista dos seus

significados.

È fundamental que o professor esteja atento às peculiaridades que envolvem

a corporalidade no mundo contemporâneo, tomando como referência aquilo que se

apresenta como o que há de mais relevante em termos de produção cultural, de

acordo com a concepção defendida nestas diretrizes. O professor não pode resumir

a educação do corpo à prática de atividades físicas descontextualizadas, mas

entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente. Isso poderá viabilizar-se,

na medida em que os alunos explorem sua corporalidade por meio de atividades e

experiências orientadas pelo professor que, por sua vez, terá como premissa a

elaboração de um planejamento que considere as diversas manifestações corporais

presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,

oportunizando a todos experiências de fato significativas para a sua formação.

Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física:

como as manifestações esportivas, manifestações ginásticas, jogos, brincadeiras e

brinquedos, manifestações estéticas na dança e no teatro que compõe a

especificidade da disciplina, sugere-se a organização das aulas em três momentos

distintos.

O primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e

problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das

atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com os alunos sobre as formas de

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execução das práticas corporais a fim de descobrir as possibilidades e os limites de

cada um no desenvolvimento da atividade proposta.

O segundo momento: è a fase do desenvolvimento das atividades e refere-se

à apreensão do conhecimento. Neste momento, o professor observa as atividades

realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações advindas da prática

corporal. È notável o número de situações que podem emergir durante o movimento

corporal, sejam estimuladas pelo professor ou então geradas pelos próprios alunos.

Dentre eles podemos destacar: a importância do contato corporal, o respeito mútuo

ou do respeito com aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o que foi

proposto pelo grupo, como o manuseio da bola entre muitas outras situações. O

professor poderá fazer registros para uma posterior orientação e/ou interromper para

uma intervenção pedagógica quando se observam reações desfavoráveis dos

alunos, ou ainda quando ocorre uma recusa na participação durante a aula. Esses

momentos podem ser significativos para a formação humana dos alunos.

O terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de dialogo,

levar cada aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante a aula, ou

seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos junto a eles. Essa

singularidade oportuniza ao professor um conhecimento maior sobre os aluno que,

ao interagirem entre si conhecem outras culturas.

Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física

compõem-se de : proposição do que vai ser executado, execução do que foi

proposto e reflexão sobre o que foi executado.

5- Critérios de Avaliação Especifico da Disciplina:

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os

professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas

formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar,

contudo apesar da vasta literatura existente, a avaliação da aprendizagem em

Educação Física denota claramente os aspectos quantitativos de mensuração do

rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades

físicas, visando principalmente a seleção e a classificação. Muitas vezes, o único

critério para a aprovação e reprovação é o de assiduidade dos alunos nas aulas.

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Neste sentido Luckesi (l995) tem chamado a atenção para o fato de que a

escola está praticando a verificação e não a avaliação, principalmente pelo fato de

que a aferição da aprendizagem escolar seta sendo utilizada, na maioria das vezes,

para classificar os alunos em aprovados e reprovados. E conclui que, mesmo que

haja ocasiões em que se dêem oportunidades para os alunos se recuperarem, a

preocupação recai unicamente em rever os conteúdos programáticos para recuperar

a nota.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física nestas

Diretrizes, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida

e a práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta

perspectiva, avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um

elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação deve estar vinculada ao Projeto Pedagógico da Escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino

aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno

durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB 9394/96

pela chamada avaliação formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja,

somativa ou classificatória, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e

com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de

ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos

que visem a superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor

organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações

corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e

das lutas, possibilitando assim que os aluno reflitam e se posicionem criticamente

com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

6- Bibliografia:

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BORSARI, J.R. ET AL. Educação Física da pré-escola a universidade. São Paulo.

Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1995.

APOSTILAS EDUCAÇÃO FÍSICA PARA 5ª e 6ª SÉRIES. Colégio Universitário,

2005. Londrina-Pr.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros

curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: EDUCAÇÃO FISICA. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação

Física para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.

MATEMÁTICA

JUSTIFICATICA DA DISCIPLINA

De acordo com as diretrizes curriculares, que discute a História da

matemática como campo de estudo que contempla as várias dimensões da

matemática, por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de compreender a

ciência matemática desde suas origens e como tem se configurado no currículo

brasileiro.

Os objetivos básicos da educação matemática visam desenvolve-la enquanto

campo de investigação e de produção de conhecimento, natureza científica, e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática.

Fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento

matemático, valores e atitudes de natureza diversas, visando à formação integral do

ser humano e, particularmente do cidadão.

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OBJETIVO GERAL

Nessa perspectiva espera-se que o aluno seja capaz de:

Quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira

que sejam incorporadas às experiências do seu dia a dia; ler os números, compara-

los e ordena-los para compreensão do significado da notação numérica; combinar,

comparar, associar, relacionar fisicamente ou conceitualmente; identificar

problemas, fórmulas, hipóteses e prever resultados; desenvolver o raciocínio lógico

e matemático; aplicar o reconhecimento e métodos matemáticos em situações reais

do seu cotidiano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Para o ensino fundamental os conteúdos

estruturantes são:

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIAS

FUNÇÕES

TRATAMENTO DA INFORMAÇÂO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

6º ano

Sistema numérico decimal:

Classe e ordem;

Números cardinais e ordinais;

Sequência numérica;

Valor relativo e absoluto;

Antecessor e Sucessor;

Leitura e escrita de numerais.

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Geometria:

Noções de Geometria: ponto, reta e plano;

Formas geométricas;

Polígonos;

Perímetro e Área de figuras planas;

Medidas de Volume e Capacidade.

Frações e números decimais

Medidas

7º ano

O conjunto dos números inteiros:

Números positivos e negativos;

A representação geométrica;

Subconjunto de Z;

Adição de números inteiros;

Subtração de números inteiros;

Multiplicação de números inteiros;

Divisão exata de números inteiros;

Potenciação, raiz quadrada e expressões numéricas;

Propriedades da potenciação;

Números racionais positivos e negativos;

Mudando a forma de um número racional;

Adição e subtração de números racionais;

Multiplicação de números racionais;

Potenciação de números racionais;

Raiz quadrada.

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Equações:

Aplicações das Equações;

Problemas com equações;

Sistema de Equações;

Problemas com sistemas de equações;

Inequações.

Proporcionalidade:

Razão e Proporção;

Regra de três simples;

Regra de três composta.

Juros:

Capital;

Juros;

Montante.

Geometria:

Medida de um ângulo;

Operações com medidas de ângulos;

Sistema de medidas;

Medidas de tempo;

Problemas de medida

8º ano

Conjuntos numéricos:

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Conjunto dos números naturais;

Conjunto dos números inteiros;

Conjunto dos números racionais e sua representação decimal;

Raiz quadrada aproximada e exata dos números racionais;

Conjunto dos números reais.

Introdução ao cálculo algébrico:

O uso das letras para representar números;

Expressões algébricas ou literais;

Termo algébrico e polinômios;

Produtos notáveis

Fatoração de polinômios;

Fração algébrica

Expressões algébricas fracionárias;

Simplificação de fração algébrica;

Adição e subtração de fração algébrica;

Multiplicação e divisão de frações algébricas;

METODOLOGIA

Equações e Sistemas de equações

Equação do 1° grau com uma incógnita;

Equações fracionárias de 1° grau com uma incógnita;

Equação literal de 1° grau na incógnita x;

Equação do 1° grau com duas incógnitas;

Sistema de equações do 1° grau com duas incógnitas;

Geometria:

Ângulos;

Polígonos;

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Triângulos e seus elementos;

Quadriláteros e seus elementos;

Circunferências e círculos;

9º ano

Potências e Radicais:

Propriedades das potências;

Potência com expoente positivo;

Raiz enésima;

Simplificação de radicais;

Introdução de um fator no radicando;

Multiplicação e Divisão de expressões com mesmo índice;

Multiplicação e Divisão de expressões com índices diferentes;

Racionalização de denominadores de uma expressão fracionária.

Equação de 2° grau:

Equação do 2° grau incompletas e completas;

Resolução de equação do 2° grau incompleta;

Resolução de equação do 2° grau completa, usando a fórmula de Bhaskara;

Raízes e coeficientes da equação do 2 grau;

Equações biquadradas;

Equações irracionais;

Sistema de equações do 2° grau.

Noções de relação e função:

Produto Cartesiano;

Conceito de relação;

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Conceito de função;

Domínio, contra domínio e imagem de uma função;

Gráficos de uma função.

Função Polinomial de 1° grau:

Função Linear;

Função Afim;

Gráfico da função do 1° grau;

Zeros da função de 1° grau;

Estudo do sinal da função do 1°grau;

Função Polinomial de 2° grau ou Quadrática:

Gráfico da função Quadrática;

Raízes ou zeros da função Quadrática;

Estudo do sinal da função Quadrática;

Ponto de mínimo e ponto de máximo;

Forma fatorada do trinômio.

Segmentos Proporcionais:

Razão de Segmentos;

Feixe de retas paralelas;

Teorema de Tales.

Semelhança:

Figuras e Polígonos semelhantes;

Triângulos Semelhantes;

Homotetia;

Teorema fundamental da semelhança de triângulos;

O triangulo retângulo;

Relações métricas e teorema de Pitágoras.

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Trigonometria:

Relações trigonométricas no triangulo retângulo;

Seno, Cosseno e Tangente;

Relações trigonométricas num triangulo qualquer.

Circunferência e Círculo:

Corda, Secante e Tangente;

Construção de polígonos inscritos em circunferência de raio dado;

Apótema e lado de polígonos inscritos

Figuras Planas e Espaciais:

Perímetro e Área de figuras planas;

Área de regiões circulares;

Poliedros regulares e suas relações métricas;

Estudo dos poliedros de Platão, nomenclatura e teorema de Euler

Os conteúdos serão desenvolvidos a partir de problemas práticos do dia-a-

dia do aluno e, ou a partir da situação concreta que levou ao desenvolvimento

desses conhecimentos, recorrendo à História da Matemática e personagens de

destaque da mesma, a fim de motivar o aluno a situá-lo temporalmente. Leitura e

interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos,

através de: resolução de problemas, modelagem, uso da tecnologia, calculadora,

jogos, brincadeiras, resolução de exercícios, atividades e situações-problema

envolvendo o conteúdo estudado; pesquisa em jornais, livros, revistas e folhetos de

propaganda,

Serão estimulados o questionamento e a discussão de modelos e teorias que

os alunos trazem do seu cotidiano, mesmo que sem base científica, dando lhe

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condições para uma visão mais crítica da realidade e capacitando-o a ser um agente

transformador no meio em que vive.etc.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e

aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como

integrantes de um mesmo sistema. Considera-se no contexto das práticas de

avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão

de noções e subjetividade, buscando diversos métodos avaliativos, formas escritas,

orais e de demonstração incluindo o uso de calculadoras, etc.

As práticas avaliativas pressupõem discussões dos processos de ensino e da

aprendizagem caracterizadas pela reflexão sobre a formação do aluno enquanto

cidadão atuante.

O professor é responsável pelo processo de ensino de aprendizagem e

precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos

os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem.

A avaliação será diagnóstica e contínua, realizada cooperativamente a fim de

determinar objetivos alcançados ou não.

RECURSOS

Exposição dos conteúdos pelo professor;

Estudos em grupos;

Exercícios individuais ou em grupos;

Construção e análise de gráficos;

Discussão em sala;

Recursos áudio visuais (Sala de informática,TV PENDRIVE, vídeo, retro-projetor...).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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- Diretrizes Curriculares do Paraná;

- Educação Matemática, uma introdução, EDUC;

- Pesquisa em educação matemática, concepções & perspectivas, Maria

V. Bicudo;

- Matemática para todos, 8º série, Imenes & Lellis, Ed. Scipione;

- A conquista da matemática, 8º série, Giovanni & Castrucci, Ed. FTD

ENSINO RELIGIOSO

1- Apresentação Geral da Disciplina:

O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que

expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento

da Republica, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a

ser laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos

escolares, isso se deve ao poder da Igreja Católica junto ao Estado.

O processo de ensino e de aprendizagem defendido neste documento, visa à

construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza pela

promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do

confronto de idéias, de informações discordantes e, também, da exposição

competente de conteúdos formalizados.

Se opõe a um modelo educacional que centra o ensino na transmissão dos

conteúdos pelo professor, o que esvazia as possibilidades de participação dos

alunos e não respeita a diversidade religiosa.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante

das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países de forma

mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a

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sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo planeta e

das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.

Este é o contexto em que se encontra a escola e nela o currículo da disciplina

do Ensino Religioso, historicamente marcado como um espaço de transposição do

que se realizava na catequese e que permita a introdução sistemática e orgânica do

complexo doutrinal cristão.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos

que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas

paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e

econômicas de que são impregnadas.

Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de

disciplina escolar, ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem tratados

na escola, portanto, é importante destacar que para a sociedade as religiões são

confissões de fé e de crença.

No ambiente escolar, as religiões as interessam como objeto de

conhecimento a ser trado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das

manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças

culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da diversidade religiosa

como expressão da cultura, construída historicamente, e que, portanto, são

marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

A partir dessas considerações, as Diretrizes Curriculares para o Ensino

Religioso têm como objetivo orientar também a abordagem e a seleção dos

conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como

conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o

universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes

sociedades.

A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de

conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências

das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas

manifestações são significativas para todos os alunos durante o processo de

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escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces

da cultura e da constituição da vida em sociedade.

O professor de Ensino Religioso deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna

obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho

pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

- População brasileira e miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-descendentes;

- Colonização da África pelos europeus;

- Configuração espacial do continente africano;

- Práticas de segregação racial, entre outros.

2- Objetivos Gerais:

- Vivenciar a alteridade desfazendo e superando preconceitos, construindo relações

justas e humanas.

- Entender o fenômeno religioso como fenômeno cultural e localizar-se nele.

- Reconhecer na evolução da estrutura religiosa o processo de construção da idéia

do transcendental no decorrer dos tempos e a influência que os diversos espaços

geográficos exercem nessa concepção.

- Comparar a influência das estruturas religiosas na organização das sociedades em

diferentes tempos, impondo valores, crenças, ideologias, visões de mundo e de

governo.

- Conhecer os contextos históricos, sociais e culturais que determinaram as

verdades religiosas presentes na redação dos textos sagrados e que orientam a vida

dos adeptos.

- Compreender as diversas formas de interpretação dos textos sagrados e sua

influência na vida dos adeptos ou fiéis.

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- Conhecer os limites éticos propostos pelas Tradições Religiosas, percebendo que

entre elas há princípios comuns que ordenam a vida pessoal e social dos seguidores

para o convívio fraterno.

3- Conteúdos por ano:

6º ano

O Ensino religioso na Escola Pública

- Orientações legais

- Objetivos

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina Escolar.

I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito

à liberdade religiosa,

- Direito a professor fé e liberdade de opinião e expressão,

- Direito à liberdade de reunião e associação pacificas

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II - LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado

nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.

III - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes

culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas-Hinduismo, Escrituras Bahá‟is, Tradições Orais Africanas,

Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão-Islamismo, etc.

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IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de

relações com o sagrado.

- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta

Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao

Tse), etc.

7º ano

Paisagem Religiosa – Símbolo – Texto Sagrado

I – UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos,

- Nos Mitos,

- No cotidiano.

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.

II – RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por

um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e á preservação

da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também

podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem,

- Mortuários,

- propiciatórios,

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- Outros.

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – Ritual fúnebre). Via

Sacra, Festejo indígena de colheita, Etc.

III – FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

- Peregrinação, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena),

Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo) Etc.

IV – VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas,

- Reencarnação

- Ressurreição – ação de voltar à vida

- Além morte

- Ancestralidade – vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se

tornam presentes

- Outras interpretações.

4- Metodologia da Disciplina:

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso,

não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem

utilizados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que

subsidiarão este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo

professor da disciplina poderão fomentar o respeito às diversas manifestações

religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos.

O conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a

superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa;

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de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão

do sagrado.

Os conteúdos devem contemplar as diversas manifestações do sagrado,

entendidos como integrantes do patrimônio cultural e poderão ser enriquecidos pelo

professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e a socialização do

conhecimento religioso, proporcionando assim, conhecimentos que favoreçam a

formação integral dos educando, o respeito e o convívio com o diferente.

Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser utilizada de Ensino

Religioso é a pedagógica e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado,

adequada ao universo escolar.

Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de

pesquisa a ser realizado pelo professor na identificação de referencias teóricos que

subsidiem o planejamento de suas aulas, recomenda-se que a seleção priorize as

produções de pesquisadores daquela manifestação que se pretende tratar. Este

procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas

com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

Este cuidado é importante, uma vez que as produções de cunho confessional

visam à legitimação de uma manifestação religiosa e, em muitos casos, á

desqualificação de outras manifestações utilizadas como estratégias de valorização

da doutrina e de manutenção e ou de atrair novos adeptos.

5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso,

faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez

que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das

disciplinas no que se refere a atribuição de notas ou conceitos. Ou seja, o Ensino

Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro

de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo da matricula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos

elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso.

Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam

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acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,

tendo como parâmetro os conteúdos tratados e seus objetivos.

Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos

que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou se têm se

apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer

que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do

sagrado pelos alunos.

A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado

pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar,

por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os

colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as diferenças

e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da

identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para referir-se às

diferentes manifestações do sagrado.

É importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo

recente de implementação nas escolas e que, o ato de avaliar é um dos fatores que

poderá contribuir para a sua legitimação como um dos componentes curriculares.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de

retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos

conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a

diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como

possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares,

os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

6- Bibliografia:

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-

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GEOGRAFIA

1- Apresentação Geral da Disciplina:

Entendendo o espaço de vida dos homens com um produto histórico, construído

pela sociedade, cresce a importância do ensino de Geografia, na medida em que

propicia ao educando, futuro cidadão, o conhecimento crítico da realidade espacial e

com isso, sua participação consciente e responsável no processo social de produção

do espaço geográfico. Nesses termos, o ensino da Geografia contribui diretamente

para que os alunos venham a ser agentes ativos da construção do espaço.

Concebendo a aprendizagem como um processo pessoal e intransferível, cada

educando constrói o seu conhecimento, a partir de situações didáticas propostas

pelo Professor, o responsável pelo ensino. Assim, conforme a afirmação de Paulo

Freire de que “aprender é (re) construir pela descoberta”, o aluno vai

progressivamente construindo o espaço geográfico no plano de sua cognição, isto é,

na esfera de seu conhecimento.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias

de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.

Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza,

a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes

marítimas, bem como as variações climáticas e a alternativa entre período seco e

período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses

conhecimentos permitam às sociedades se relacionam com a natureza e modificá-la

em beneficio próprio.

Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos

básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes

correntes de pensamentos especializarem-se em seus estudos, percorre caminhos e

métodos de pesquisas distintos e, com isso, evidenciaram e, em alguns momentos

aprofundaram a dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana.

Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, assim como,

em algumas práticas escolares. Diante disso, esta diretriz tem como proposta

aprofundar a discussão com os professores da rede estadual de ensino no sentido

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de buscar a superação da dicotomia Geografia Física e Humana, que faz parte do

constructo histórico do pensamento geográfico, com o qual os professores de

Geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.

Assim, a especialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das

localizações relacionais dos eventos (objeto e ações) em estudo, são próprios do

olhar geográfico sobre a realidade. Neste sentido, algumas perguntas orientam o

pensamento geográfico: Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não em outro

lugar? Como é este lugar? Por que as coisas estão dispostas desta maneira? Qual o

significado deste ordenamento espacial? Quais as conseqüências deste

ordenamento espacial?

Para responder aos questionamentos acima, de acordo com a concepção de Espaço

Geográfico adotado nessas diretrizes, torna-se necessário compreender as escolhas

das localizações e as relações políticas, sociais, culturais e econômicas que as

orientam. Para isso é preciso um referencial teórico (conceitos geográficos) que

sustente esta reflexão.

Cabe salientar que nem todos os conceitos considerados nestas diretrizes como

básicos para o ensino de Geografia foram desenvolvidos ao mesmo tempo e por

todas as linhas teóricas dessa ciência.

Considerando que nestas diretrizes pretende-se a formação de um cidadão

consciente das relações sociais e espaciais de seu tempo, assume-se o quadro

conceitual das teorias criticas da Geografia. Desconsiderando as linhas de

pensamento que negam, em suas construções conceituais, os conflitos e as

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, os conflitos e a contradições

sociais e econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico, pois

estas são consideradas a - críticas.

Esse contexto exige que o Professor empreenda uma educação que contemple a

heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual

em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e

capitais é uma realidade.

Dessa maneira, configura-se o objetivo maior do ensino da geografia, que conjuga o

plano de ação do educando: “conhecer o espaço geográfico para melhor agir no

processo de sua construção”.

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Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como atores na construção

de paisagens e lugares, resultado de múltiplas interações entre o trabalho social e a

natureza, e que estão plenos de significados simbólicos decorrentes da afetividade

nascida com eles.

Vale destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas correntes

fenomenológicas da Geografia foi a de buscar explicar e compreender o espaço

geográfico não somente como produto de forças econômicas ou de formas de

adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.

Com essa proposta, os alunos estarão aprendendo uma Geografia que valoriza suas

experiências e a dos outros, e ao mesmo tempo estarão aprendendo a valorizar não

apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura do mundo.

O professor de Geografia deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna

obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho

pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

- População brasileira e miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-descendentes;

- Colonização da África pelos europeus;

- Configuração espacial do continente africano;

- Práticas de segregação racial, entre outros.

2- Objetivos Gerais:

Recuperar questões relativas e o papel da natureza e a relação com o indivíduo dos

grupos sociais de forma geral, na construção do espaço;

Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações

planetárias (litosfera e biosfera), origem e evolução, crescimento de diferentes

populações;

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Reconhecer fatores sócio-econômicos e ambientais que interferem nos padrões de

saúde e desenvolvimento das populações humanas por meio da interpretação ou

análise de gráficos e tabelas dos indicadores;

Compreender que as melhorias nas condições a direitos políticos, os avanços

tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistados não usufruídos

por todos os seres humanos e, dentre as suas possibilidades, empenhar-se em

democratizá-las;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade reconhecendo-os

como direitos dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia;

Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a especialidade

dos fenômenos geográficos;

Compreender a especialidade e temporalidade de fenômenos geográficos

estudando em suas dinâmicas e interações.

3- Conteúdos por ano:

6º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos

A Dimensão Econômica da Produção

do/no Espaço

- Os setores da economia

- Sistemas de circulação de

mercadorias, pessoas, capitais e

informações.

- Sistemas de produção industrial

- Agroindústria

- Globalização

- Acordos e blocos econômicos

- Economia e desigualdade social

- Dependência tecnológica

- Entre outros.

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7º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos

Geopolítica

- Blocos econômicos

- Formação dos Estados Nacionais

- Globalização

- Desigualdade dos Países: Norte x Sul

- Recursos energéticos

- Guerra Fria

- Conflitos Mundiais

- Políticas ambientais

- Órgãos Internacionais

- Neoliberalismo

- Biopirataria

- Meio ambiente e Desenvolvimento

- Estado, Nação e Território.

- Movimentos Sociais

- Terrorismo

- Narcotráfico

- Entre outros.

8º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos

- As eras geológicas

- Os movimentos das Terras no

universo e suas influências ( Rotação e

Translação )

- As Rochas e Minerais

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A Dimensão Socioambiental

- O ambiente urbano e rural

- Movimentos socioambientais

- Classificação, fenômenos

atmosféricos e mudanças climáticas.

- Rios e bacias hidrográficas

- Sistemas de energia

- Circulação e poluição atmosférica

- Desmatamento

- Chuva ácida

- Buraco na Camada de Ozônio

- Efeito Estufa ( Aquecimento Global )

- Ocupação de áreas irregulares

- Desigualdade social e problemas

ambientais

- Entre outros

9º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos

A Dinâmica Cultural Demográfica

- O êxodo rural

- Urbanização e favelização

- Fatores e tipos de migração e

imigração e suas influências no

Espaço Geográfico

- Historias das migrações mundiais

- Estrutura etária

- Formações e conflitos étnico-

religiosos e raciais

- Consumo e consumismo

- Movimentos sociais

- Meios de comunicação

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- Estudo dos Gêneros (masculino,

feminino, entre outros ).

- A identidade nacional e processo de

globalização

-Entre outros.

Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos

Geografia do Paraná

- Ocupação

- Características naturais e humanas e

suas inter-relações

- Dinâmica sócio-ambiental

- Atividades econômicas

- Potencialidades.

4- Metodologias da Disciplina:

Considerando o objeto de estudo da Geografia (Espaço Geográfico), os

principais conceitos geográficos, os Conteúdos Estruturantes, bem como, seus

conteúdos específicos, cabe apontar como os mesmos devem ser abordados no

ambiente escolar. Frisa-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma

forma critica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma

coerência dos fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como

ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais,

ou seja, do local ao global e vice-versa.

Os conteúdos estruturantes estão inter-relacionados, garantindo uma

totalidade de abordagens dos conhecimentos específicos que estão dispostos em

diferentes materiais didáticos e não podem ser vistos isoladamente, permitindo

assim, que o professor possa utilizar os materiais didáticos sem adotar uma

linearidade de conteúdos ou alimentando a dicotomia sociedade natureza (Geografia

Física/Humana).

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A Geografia crítica escolar, por sua vez, vê o aluno como um ser humano que

possui diferentes potencialidades a serem desenvolvidas, de acordo com a sua

realidade (etária, psicogenética, social e espacial).

Ser cidadão pleno supõe um conhecimento do meio em que se vive, e o

estudo do espaço geográfico não deve ter uma finalidade meramente acadêmica ou

escolar. Deve isto sim, encontrar utilidade na vida prática, na reflexão sobre o

mundo, para nele se viver melhor, promovendo, inclusive, sua transformação.

Outro importante pressuposto teórico-metodológico é elaborar uma Geografia

escolar apropriada para o momento atual e suas indagações (globalização, nova

problemática ambiental, maior valorização do conhecimento e da força de trabalho

qualificada com a correlata desvalorização das matérias-primas e da força de

trabalho barata, redefinições do papel da escola e conseqüentemente, do ensino de

Geografia, etc.)

É importante a percepção do papel social da escola e do ensino da Geografia

diante da realidade mutável do espaço mundial e também do espaço brasileiro. Das

perspectivas para o Século XXI, pois, praticamente já se iniciou o futuro do aluno

como cidadão num mundo globalizado, onde o fundamental não é mais saber ter

preparo técnico (como a época do fordismo) ou ser mais um militante acrítico que

somente repete dogmas (como a outra vertente da bipolaridade, a “esquerda”

tradicional). O essencial hoje é aprender a aprender, aprender a pensar por conta

própria e, agir.

Para que tudo isso ocorra o ensino da Geografia deve partir da observação e

a caracterização dos elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida

para uma compreensão mais ampla das relações entre sociedade e natureza.

Observar, descrever, representar cartograficamente ou por imagens, os

espaços, são procedimentos que poderão ser utilizados mesmo que o aluno o faça

com pouca autonomia, requisitando a orientação do Professor. Com o decorrer do

tempo irá adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos,

elaborar questões, confrontar suas opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante

do grupo sobre suas experiências.

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O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado

considerando-se os referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar

no espaço.

É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, Atlas, globos terrestres,

atualizados e em situações em que os alunos possam interagir com estes recursos.

O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares

próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os

alunos poderão construir e reconstruir as percepções da imagem local e global.

A Geografia, ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as

múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:

A avaliação deve ser estruturada como parte, integrante do processo

pedagógico e educacional. É um instrumento permanente e abrangente, torna-se

necessária esse processo antes mesmo da introdução de novos conteúdos. Ao

avaliar o nível e a amplitude de conhecimentos que os alunos possuem sobre

determinado tema – seus conhecimentos prévios – é possível adaptar a prática

didática aquilo que for mais adequado ao grupo.

A avaliação deve ser levar em conta o grau de desenvolvimento e

conhecimento necessário a continuidade dos estudos. Ela deve ser adequada aos

instrumentos da disciplina, como a leitura, análise e interpretação de mapas,

gráficos, tabelas e outras imagens, compreensão de textos e desenvolvimento de

um método de interpretação da realidade.

A partir da compreensão de sua realidade, desenvolver uma postura solidária,

participativa e crítica.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que

saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um

processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na

relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – Professor e aluno.

6- Bibliografia:

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BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Alabi. Geografia: O homem e o Espaço.

Editora Saraiva.

MOREIRA, Igor. Geografia Nova. Editora Ática.

JORNAIS:

- Folha de Londrina

- Jornal de Londrina

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros

curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: GEOGRAFIA. Brasília: MEC/SEF,

1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia

para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.

HISTÓRIA

1- Apresentação Geral da Disciplina:

Ao propor um breve histórico da disciplina, este texto, tem como objetivos

suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais,

bem como das relações entre o ensino da disciplina com a produção do

conhecimento histórico na configuração do currículo de Historia, sem a pretensão de

esgotar o tema.

A Historia como disciplina escolar passou a ser obrigatória, a partir da criação

do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a Historia como disciplina acadêmica. Os

professores deste colégio construíram os programas escolares, os manuais

didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados. Essas produções

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foram elaboradas sob influencia da Escola Metódica e do Positivismo,

caracterizadas, pela História política, guiada pela linearidade dos fatos, pelo uso

restrito dos documentos oficiais escritos como fonte e verdade histórica e pela

valorização dos heróis. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das raças

branca, índia e negra, predominando a ideologia do branqueamento.

O modelo de ensino de Historia foi mantido no inicio da Republica (1889) e o

Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referencia para a organização

educacional brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do Colégio,

propondo que a Historia do Brasil passasse a compor a cadeira de Historia

Universal. Assim, o ensino da Historia ficou relegado a um espaço restrito do

currículo.

O retorno da Historia do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no

governo de Getulio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado

Novo. O acesso a essa etapa da escolaridade era restrito à elite que se preparava

para conduzir o povo, contribuindo para a legitimidade do projeto nacionalista, e se

ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

O ensino da Historia foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos

Estudos Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-

americanas na organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte

dos debates educacionais por meio da Escola Nova.

O ensino de Historia, após a implantação do regime militar (1964), manteve

seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado

apenas do ponto de vista factual. O Estado figurava o principal sujeito histórico,

responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos

governantes e das elites condutoras do país.

A partir da Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e

o Segundo Grau profissionalizante. Na configuração curricular definida pelo regime

militar, as disciplinas da área de ciências humanas perderam espaço nos currículos.

O Estado objetivava exercer um maior controle ideológico, ao tentar retirar o

instrumental intelectual politizador do professor de História, assim como, ao centrar a

formação numa pratica pedagógica pautada na transmissão do transmissão de

conteúdos escolares selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos.

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O ensino de Historia tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus

deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação á

realidade.

O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no inicio dos anos

1980, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela

Associação Nacional dos Professores Universitários de Historia (ANPUH).

No Paraná, houve também uma tentativa de aproximação da produção

acadêmica de Historia com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau,

fundamentada na pedagogia histórico - critica, por meio do Currículo Básico para a

Escola Publica de Estado do Paraná (1990). A opção teórica do Currículo Básico,

coerente com o contexto de redemocratização política do Brasil, valorizava as ações

dos sujeitos em relação às estruturas em mudança que demarcam o processo

histórico das sociedades, incluindo entre os conteúdos da 5ª serie o estudo da

produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades.

O documento Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná (1990)

apresentava uma proposta curricular de Historia que apontava para a organização

dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e

a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada da

historiografia social ligada ao materialismo histórico dialético.

Para o Primeiro Grau, o conteúdo dói dividido em dois blocos distintos:

Historia do Brasil e Historia Geral. A Historia do Paraná e da América latina

apareciam apenas como estudo de caso, descolados dos grandes blocos de

conteúdos, eram apresentados com pouca relevância nos contextos estudados.

Essa forma de organização curricular demonstrava a dificuldade em romper com

uma visão eurocêntrica da história.

Os documento curriculares para o Primeiro e Segundo Graus não superaram

a Historia linear e cronológica como haviam proposto, uma vez que enfatizaram

exageradamente os fatos e acontecimento políticos e econômicos da Historia.

No contexto das reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da

Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio. O Estado do Paraná incorporou, no

final dos anos 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais como referencia para a

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organização curricular de toda a rede pública estadual. A implementação dos PCNs

se deu de forma autoritária, apesar de ser garantida na LDBEN/96 a autonomia das

escolas para a elaboração de suas propostas curriculares.

Apesar dos PCNs proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação maior era a de preparar o individuo para o mercado de trabalho, cada

vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio. A organização

dos PCNs com base em conteúdos atitudinais, procedimentais e cognitivos,

privilegiou, no Ensino Fundamental, uma abordagem psicológica e sociológica dos

conteúdos, minimizando a abordagem do objeto de estudos da disciplina de Historia

e o desenvolvimento do pensamento critico. A sua inserção no âmbito escolar foi

favorecida pela adoção dos livros didáticos do PNLD, que buscavam adequar-se às

orientações dos PCNs.

No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos proposto e as

competências apresentados nos PCNs, remetiam a uma abordagem funcionalista,

pragmática e presentista dos conteúdos de História.

Nesta situação, destaca-se a aprovação da Lei nº 13.381/01 que torna

obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, os

conteúdos de Historia do Paraná; além da Lei 10.639/03, que altera a Lei nº

9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no

currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura

Afro-Brasileira, seguida das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e

Africana”, que tornam obrigatórias a inserção dos conteúdos de historia e cultura

afro-brasileira e africana nos currículos escolares.

A análise histórica da disciplina, bem como as novas demandas sociais para o

ensino de Historia se apresentam como indicativos para a elaboração de Diretrizes

Curriculares, na medida em que possibilitam reflexões a respeito dos contextos

históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiam na organização do

currículo da disciplina.

A História é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a

todos, pelo quais as pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das

atitudes às mais complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesma, seus

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grupos e outras sociedades. A História como ciência é uma das formas de

expressão dessa atividade, com métodos, fontes e finalidades próprias, mas não é a

única. Outras instâncias sociais também produzem conhecimento histórico, mas

ambos não se confundem. O conhecimento histórico escolar é feito da síntese dos

saberes científicos com os saberes cotidianos, oriundos da experiência pessoa,

familiar, religiosa, da participação em entidades da sociedade civil, entre outros.

Sua função não é simplificar o conhecimento histórico científico, mas subsidiar com

seus saberes a elaboração de conhecimentos sobre a História, resultando num

saber distinto do saber científico. Nesta perspectiva, o ensino de História não se

restringe às grandes análises gerais, mas necessita efetivamente construir, como

conteúdo, o conjunto de elementos históricos que interferem na vida cotidiana do

indivíduo e de sua comunidade, de modo a possibilitar condições para que o aluno

domine conceitos fundamentais para a análise da realidade social, tanto na

perspectiva geral quanto na particular.

A contribuição mais significativa do ensino de História ao “educando é a edificação

da capacidade de pensar historicamente, e isto, contribui para a construção do

conhecimento e respeito ao outro”, com o qual se convive pessoalmente (outras

etnias, religiões, opções sexuais, opções políticas, outras condições sociais) e com o

qual se convive enquanto coletividade (outras regiões, culturas e nações).

A Historia tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e

às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos

deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações

humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-

históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de

representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e

politicamente.

A produção do conhecimento cientifico, realizada pelo historiador possui um método

especifico, baseado na explicação e interpretação do passado. A finalidade da

Historia é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma

da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do

pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste

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conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que

existem várias explicações e/ou interpretações para um determinado fato.

A partir da apropriação do conceito de consciência histórica nestas diretrizes, busca-

se analisar as implicações das opções teórico-metodológicas para o ensino da

Historia na formação dos sujeitos. Isso pode ser percebido nas diferentes

abordagens curriculares que historicamente marcam o ensino desta disciplina, além

de apontar indicativos para o ensino de historia e do tipo de consciência histórica

que se pretende.

Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de

investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de

reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam

mais abrangentes. Essa concepção de História, apropriada no tratamento dos

conteúdos escolares, permite a constituição da consciência histórico genética na

medida em que articula a compreensão do processo histórico relativo às

permanências e ás transformações temporais dos modelos culturais, bem como

favorecem a compreensão da vida social em toda a sua complexidade.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova

Historia Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das diretrizes

curriculares de Historia, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação

Básica, a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançado,

a abordagem dos conteúdos nesta perspectiva possibilita que o professor explore os

novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplie possibilidades: de

recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos e de suas experiências,

de problematização em relação ao passado.

A partir dessas considerações, pode-se afirmar que a definição dos conteúdos

estruturantes, entendidos como fundamentais na organização curricular não é

neutra, mas carregada de significados, que se materializam a partir das correntes

historiográficas privilegiadas, na delimitação e seleção dos conteúdos e ainda, mas

finalidades do ensino de Historia.

Cultura Afro-Brasileira, Educação das Relações Étnico-Raciais.

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Pede-se um comprometimento solidário dos vários elos do sistema de ensino

brasileiro, tendo-se como ponto de partida a Lei nº 10.639/03, junto com outras

diretrizes e resoluções, que têm o papel articulador e coordenador da organização

nacional.

Para isso, os estudos devem iniciar com o destaque da importância do negro

na construção da sociedade brasileira, resgatando a auto-estima abalada pela

cultura escravocrata, através de debates em sala, discutindo com os alunos a

diversidade racial brasileira, levando-os a entender o processo escravista e a atual

situação do negro. Também palestras sobre o tema com a presença de profissionais

negros (palestrantes e profissionais liberais), ressaltando a auto-estima, a garantia

dos direitos iguais e a diversidade racial existente na escola.

Estado do Paraná

A lei 13.381/01 torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Estadual

Pública de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino

Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da

identidade, potencial e valorização do nosso Estado.

A disciplina Historia do Paraná deverá permanecer como parte

diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos

em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.

A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverá oferecer abordagens e

atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania

paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do

Estado.

A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos nos

conteúdos da disciplina História do Paraná. As instituições escolares e a

comunidade poderão convergir para a eficácia da aprendizagem da História do

Paraná, através de um processo de cooperação permanente.

2- Objetivos Gerais:

- Identificar os elementos que compõe a diversidade artística e cultural, manifestos

no tempo e no espaço e que caracterizam a condição humana como fenômeno

diverso e complexo;

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- Comparar diferentes processos de formação socioeconômica, identificando seu

contexto histórico;

- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na

região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e

espaços;

- Situar acontecimentos históricos e localizando-os no tempo e no espaço;

- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

interdisciplinar;

- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias

coletivas;

- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e

espaços em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,

reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidade e

descontinuidade, conflitos e contradições sociais;

- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,

conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que

possibilitem modos de atuação;

- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais;

- Valorizar o patrimônio sócio cultural e respeitar a diversidade social;

- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como

condição de efetivo fortalecimento da democracia, enfatizando-se o respeito às

diferenças.

- Analisar as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômicas,

social, política e cultural.

3- Conteúdos por ano:

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Estruturantes são saberes, conhecimentos construídos

historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e

organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Deles derivam os

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conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino-

aprendizagem no cotidiano da escola.

Barros afirma, “uma dimensão implica em um tipo de enfoque (...) ou em algo

que se pretende ver em primeiro plano na observação de uma sociedade

historicamente localizada” (2004,p.20). Assim, as dimensões da vida humana que

podem constituir enfoques historiográficos e das quais este documento entende

como significativos para o conhecimento da Historia, no Ensino Fundamental, são: a

dimensão política, a dimensão econômico-social e a dimensão cultural.

Em síntese, os conteúdos estruturantes aqui apresentados (político,

econômico-social e cultural), em suas respectivas dimensões, articulações ou inter-

relações, estão em consonância com os fundamentos teórico-metodológico da

disciplina, propostos nesta Diretriz Curricular.

Dimensão Política

O interesse pela dimensão do político na Historia confunde-se com a própria

historia da ciência de referencia. Na Antigüidade greco-romana já era visível tal

preocupação. Na chamada Idade Media, a dimensão do político também se faz

presente no estudo da Historia, desta feita, apropriada principalmente pela Igreja

Católica. Política e Poder se confundem.

Na historiografia humanista e renascentista, estudos do passado são feitos

sem muito apego as fontes, a serviço de famílias e/ou indivíduos poderosos. A

historiografia do século XIX, por sua vez, consolida essa realidade tendo no estado

sua expressão política.

A promoção do Estado-nação à condição de objeto da produção histórica,

significa o triunfo da historia política, onde o poder é o poder do Estado, onde os

acontecimentos são sempre os acontecimentos políticos, dignos de atenção dos

historiadores. Configuram-se aqui, algumas exceções como Marx [1818-1880],

Engels [1820-1895], Burckhardt [1818-1897] e Huizinga [1872-1945], os dois últimos

precursores de uma historia cultural.

Neste momento a Historia é incorporada como disciplina escolar trazendo

para a sala a tradição de historiografia metódica, também denominada positivista,

baseada na leitura de documentos oficiais/escritos, no estudo da pátria, dos heróis,

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na linearidade e na seqüencialidade dos fatos, na compreensão das causas e

conseqüências.

Este conteúdo estruturante, dentro da concepção apresentada nestas

Diretrizes Curriculares, visa a partir de conceitos como praticas representações,

hegemonia, entre outros, proporem uma nova forma de trabalhar com a dimensão

política, rompendo com o ensino tradicional da Historia, ate então centrado nos

grandes homens, nas batalhas, tratados, datas, etc. Para que isto ocorra, ressalta-se

a importância de inserir o sujeito comum na Historia a partir do estudo de espaços e

de relações sociais, pautadas pelas relações de poder.

Dimensão Cultural

Ao se propor a cultura como uma das dimensões para o estudo da Historia,

entende-se essa dimensão como aquela que permite conhecer os conjuntos de

significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.

O conceito de cultura hoje é um conceito polissêmico, tal a quantidade de

contribuições e reinterpretações permitidas pelas relações com as ciências sociais

ao longo dos séculos XIX e XX, e que vieram ampliar e permitir novas leituras a um

campo que se preocupava exclusivamente com alta cultura, a cultura das elites, esta

intimamente ligada à dimensão política.

No Brasil, os estudos pioneiros com temas clássicos da historiografia, como

as relações de classe, como o trabalho com novas fontes, metodologias e temáticas,

se iniciaram com Casa Grande e Senzala (1933), Gilberto Freyre [1900-1987] e

Raízes do Brasil (1936), de Sergio Buarque de Holanda [1921-1982]. Ambos

considerados precursores de uma Historia cultural, tanto do ponto de vista teórico

como metodológico.

A dimensão cultural é múltipla e complexa, articulada às outras dimensões

amplia possibilidades de explicação do passado e a construção de novas

interpretações históricas na escola, em consenso com os pressupostos já apontados

na fundamentação teórico-metodologica.

6º ano

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Das Origens do Homem ao século XVI – Diferentes Trajetórias, Diferentes Culturas

Dimensões

Política Econômico-Social Cultural

Conhecimentos Específicos Conhecimentos Complementares

Produção do conhecimento histórico

- O historiador e a produção do

conhecimento histórico,

- Tempo, temporalidade,

- Fontes, documentos,

- Patrimônio material e imaterial,

- Pesquisa.

Articulação da Historia com outras

áreas do conhecimento

- Arqueologia, antropologia,

paleontologia, geografia, geologia,

sociologia, etnologia e outras.

A Humanidade e a História

- De onde viemos, quem somos, como

sabemos?

Arqueologia no Brasil

- Lagoa Santa: Luzia (MG)

- Serra da Capivara (PI)

- Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da

humanidade e grandes migrações.

- Teorias do surgimento do homem na

América,

- Mitos e lendas da origem do homem,

- Desconstrução do conceito de Pré-

história,

- Povos ágrafos, memória e história

oral .

Povos Indígenas no Brasil e no

Paraná

- Ameríndios do território brasileiro,

- Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilizações na América

- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus,

Maias, Incas e Astecas,

- Ameríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África,

Europa e Ásia

- Egito, Núbia, Gana e Mali

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A chegada dos europeus na América

- (des) encontros entre culturas

resistência e dominação

- escravização,

- catequização

- Hebreus, gregos e romanos.

Península Ibérica nos séculos XIV e

XV: cultura, sociedade e política.

- reconquista do território

- religiões: judaísmo, cristianismo e

islamismo,

- comércio (África, Ásia, América e

Europa)

Formação da sociedade brasileira e

Americana

- América portuguesa,

- América espanhola,

- América franco-inglesa

- Organização político-administrativa

(capitanias hereditárias, sesmarias)

- Manifestações culturais (sagrada e

profana)

- Organização social (família patriarcal

e escravismo)

- Escravização de indígenas e

africanos

- Economia (pau-brasil, cana-de-

açúcar e minérios)

Os reinos e sociedades africanas e os

contatos com a Europa

- Songai, Benin, Ifé, Congo,

Monomotapa

(ZimbabWe) e outros.

- Comércio

- Organização político-administrativa

- Manifestações Culturais

- Organização Social

- Uso de tecnologias: engenho de

açúcar, a batea, construção civil...

Diáspora Africana

7º ano

Das contestações a ordem colonial ao processo de Independência do Brasil –

Século XVII ao XIX

Dimensões

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Política Econômico-Social Cultural

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Expansão e consolidação do território

- Missões

- Bandeiras

- Invasões Estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais

europeus e Reforma Pombalina

- Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”

- Economia

- Organização social

- Manifestações culturais

- Organização político-administrativa

Movimentos de Contestação

- Quilombos (BR e PR)

- Irmandades: manifestações

religiosas sincretismo

- Revoltas Nativistas e Nacionalistas:

- Inconfidência mineira

- Conjuração baiana

- Revolta da cachaça

- Revolta do maneta

- Guerra dos mascates

Independência das treze colônias

inglesas da América do Norte

Diáspora Africana

Revolução Francesa

- Comuna de Paris

Chegada da família real ao Brasil

- De colônia à Reino Unido

- Missões artístico - cientificas

- Biblioteca nacional

- Banco do Brasil

- Urbanização na Capital

- Imprensa régia

Invasão napoleônica na Península

Ibérica

O processo de independência do

Brasil

- Governo de D. Pedro I

- Constituição outorgada de 1824

O processo de independência das

Américas

- Haiti

- Colônias espanholas

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- Unidade territorial

- Manutenção da estrutura social

- Confederação do Equador

- Província Cisplatina

- Haitianismo

- Revoltas regenciais:

Malês, Sabinada, Balaiada,

Cabanagem, Farroupilha.

8º ano

Pensando a nacionalidade: Do século XIX ao XX – A construção do ideário de nação

no Brasil

Dimensões

Política Econômico-Social Cultural

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

A construção da nação

- Governo de D. Pedro II

- Criação do IHGB

- Lei de Terras, Lei Euzébio de

Queiroz

-1850

- Início da imigração européia

- Definição do território

Movimento abolicionista e

emancipacionista.

Revolução Industrial e relações de

trabalho (XIX e XX)

- Luddismo

- Socialismo

- Anarquismo

Relacionar: Taylorismo, Fordismo,

Toyotismo

Emancipação política do Paraná

(1853)

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- Economia

- Organização social

- Manifestações culturais

- Organização político-administrativa

- Migrações: internas (escravizados,

libertos e homens livres pobres) e

externas

(europeus)

- Os povos indígenas e a política de

terras

A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança

O processo de abolição da escravidão

- Legislação

- Resistência e negociação

- Discursos:

- Abolição

- Imigração – Senador Vergueiro

Branqueamento e miscigenação

(Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,

Euclides da Cunha, Silvio Romero,

no

Brasil, Sarmiento na Argentina).

Colonização da África e da Ásia

Os primeiros anos da República

- Idéias positivistas

- Imigração Asiática

- Oligarquia, coronelismo e

clientelismo

- Movimentos de contestação: no

campo e na cidade

- Movimentos messiânicos

- Revolta da vacina e urbanização do

Rio de Janeiro

Questão Agrária na América Latina

- Revolução Mexicana

Primeira Guerra Mundial

Revolução Russa

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- Movimento operário: anarquismo e

comunismo

- Paraná

- Guerra do contestado

- Greve de 1917 – Curitiba

- Paranismo: movimento

regionalista – Romário Martins, Zaco

Paraná, Langue de Morretes, João

Turim.

9º ano

Repensando a nacionalidade brasileira: Do século XX ao XXI – Elementos

Constitutivos da Contemporaneidade

Dimensões

Política Econômico-Social Cultural

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

A Semana de 22 e o repensar da

nacionalidade

- Economia

- Organização Social

- Organização político-administrativa

- Manifestações Culturais

- Coluna Prestes.

Crise de 29

A “Revolução” de 30 e o período

Vargas (1930 a 1945)

- Leis trabalhistas

- Voto feminino

- Ordem e disciplina no trabalho

- Mídia e divulgação do regime

Ascensão dos regimes totalitários na

Europa

Movimentos populares na América

Latina

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- Criação do SPHAN, IBGE

- Futebol e carnaval

- Contestação à ordem

- Integralismo

Participação do Brasil na II Guerra

Mundial

Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América

Latina

- Cárdenas – México

- Perón – Argentina

- Vargas, JK, Jânio Quadros e João

Goulart - Brasil

Independência das colônias afro-

asiáticas

Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno

- Governos de Manoel Ribas, Moyses

Lupion, Bento Munhoz da Rocha

Netto e Ney Braga

- Frentes de colonização do Estado,

criação da estrutura administrativa:

- Copel, Banestado, Sanepar,

Codepar...

- Movimentos culturais

- Movimentos sociais no campo e na

cidade

- Ex: Revolta dos colonos década

de 50 – sudoeste

- Os Xetás.

Guerra Fria

O Regime no Paraná e no Brasil

- Repressão e censura, uso ideológico

dos meios de comunicação

- O uso ideológico do futebol na

década de 70

- o tricampeonato mundial,

Guerra Fria e os Regimes Militares na

América Latina

- Política de boa vizinhança

- Revolução Cubana

- 11 de setembro no Chile e a

deposição de Salvador Alende

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- a criação da liga nacional

(campeonato brasileiro)

- Cinema Novo

- Teatro

- Itaipu, Sete Quedas e as questão da

terra

- Censura aos meios de comunicação

- o uso do ideário do futebol na década

de 70

- A copa da Argentina - 1978

Movimentos de contestação no Brasil

- Resistência armada

- Tropicalismo

- Jovem Guarda

- Novo sindicalismo

- Movimento Estudantil

Movimentos de contestação no mundo

- Maio de 68 na França

- Movimento Negro

- Movimento Hippie

- Movimento Homossexual

- Movimento Feminista

- Movimento Punk

- Movimento Ambiental

Paraná no contexto atual

Redemocratização

- Constituição de 1988

- Movimentos populares rurais e

urbanos: MST (Movimento dos sem

terra), MNLM (Movimento Nacional de

Luta pela Moradia), CUT (Central

Única dos Trabalhadores), Marcha

Zumbi dos Palmares, etc.

- Mercosul

- Alca

Fim da bipolarização mundial

- Desintegração do bloco socialista

- Neoliberalismo

- Globalização

- 11 de setembro nos EUA

África e América Latina no contexto

atual

O Brasil no contexto atual

- A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão

4- Metodologia da Disciplina:

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Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da

consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com

seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou

seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto

de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas

praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram ás mesmas de

forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de

pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio dos

documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas as suas indagações. A

partir desse trabalho o historiador produz uma narrativa histórica, que tem como

desafio contemplar a diversidade das experiências políticas, econômico-sociais e

culturais.

Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do

conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,

considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste

modo exigirá que seja constantemente retomado. Neste sentido, algumas questões

poderão ser feitas pelo professor e seus alunos: Como o historiador chegou a essa

interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?

Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões contemplou em sua

análise? O político, o econômico-social, o cultural? Onde podem ser identificados?

Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?

O estudo da História do ponto de vista historiográfico e pedagógico é

fundamental na formação do estudante como cidadão, para que assuma atitude

participativa e crítica na sociedade na qual está inserido.

Reconhecer que o saber escolar é construído na interlocução. Cada situação requer

a escolha de didáticas específicas para que o processo seja construído

coletivamente.

O professor deve estar continuamente aprendendo, procurar novos caminhos

e novas alternativas para criar e recriar novas possibilidades na realidade escolar.

Nunca esquecer que a História é um conhecimento construído e em constante

construção, e que, sua contribuição mais significativa ao educando, é a edificação

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da capacidade de pensar historicamente ( “aprender a conhecer; aprender a fazer;

aprender a conviver e aprender a ser “).

O que se pretende, é que o ensino da História contribua para a

construção da consciência histórica.

Ë necessário ainda:

Nas diferentes situações de ensino, valorizar os seus conhecimentos, questionando

e debatendo as relações existentes entre conhecimento e prática, ciência e

cotidiano, etc.

Estimular a troca de informações, estudos das relações, reflexões que destaquem

diferenças e semelhanças e as transformações;

Realizar atividades com diferentes fontes de pesquisa, livros, jornais, revistas,

filmes, fotografias, etc., confrontando dados, abordagens e objetos.

A proposta curricular delineada neste documento de diretrizes, propõe-se a

estabelecer articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas,

resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um

caminho possível para o ensino de História, uma vez que possibilita aos alunos

compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão ás mesmas. Por

exemplo, a macro-história são abordagens que podem ser combinadas: uma História

das experiências ligadas ao sofrimento e à miséria, sempre injustos, de uma

localidade, de uma família, de um indivíduo mostra pontos de vista e ações de um

determinado passado que permitem uma reavaliação dialética das explicações

macro-históricas, as quais analisam, propõem ações que visam à superação das

condições de vida dos sujeitos do presente, apontando para expectativas futuras.

5- Critérios da Avaliação Específicos da Disciplina:

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas diretrizes

objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida

e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem. Nesta

perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um

elemento externo a este processo.

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De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas avaliativas que

priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da

aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as

concepções pedagógicas definidas no Projeto Político Pedagógico da escola, e que

acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de

escolarização e de sociedade que a escola pública tem o compromisso de superar,

com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade

mais justa e mais humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo de

ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades constatadas.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica, sejam

melhores implementadas na continuidade do processo de ensino aprendizagem, faz-

se necessário que sejam realizadas a partir do dialogo entre alunos e professores,

envolvendo questões relativas á critérios adotados, a função da avaliação, a

necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma

individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,

processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem

ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelo aluno.

Ao se propor uma maior participação dos alunos no processo avaliativo, não

se pretende esvaziar o papel do professor, mais ampliar o significado das práticas

avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao

professor planejar situações diferenciadas de avaliação.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram

tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da

consciência histórica, apresenta-se a seguir alguns apontamentos a serem

observados pelo professor que permitam analisar se:

- Os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;

- O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes

dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;

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- Os alunos empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos

históricos,

- Compreendem a História com prática social, da qual participam como sujeitos do

seu tempo;

- Analisarem as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-

social, política e cultural;

- Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no método, da

problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador

produza a narrativa histórica;

- Explicita o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômico, a

partir do conhecimento dos processos históricos que constituíram;

- Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar refutar ou

complementar a produção historiográfica já existente.

Estes apontamentos não esgotam todos os aspectos a serem analisados pelo

professor de História no processo de ensino aprendizagem, são indicativo que

poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas e a

elaboração dos instrumentos avaliativos em consonância com estas diretrizes.

6- Bibliografia:

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros

curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: HISTÓRIA. Brasília: MEC/SEF,

1998.

CAMPOS, Flávio de. O Jogo da História. São Paulo : Moderna, 2002. Outros

autores: Lídia Aguilar, Regina Claro, Renan Garcia Miranda. Conteúdo: 5ª série:

Planeta Futebol, 6ª série: De corpo na América e alma na África, 7ª série: Planta

Terra, 8ª série: Política, diversão e arte.

LEI nº 10.639/03. Cultura Afro-Brasileira, Educação das Relações Étnico-Raciais.

LEI nº 13.381/01. Historia do Paraná.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História

para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

1- Apresentação Geral da Disciplina:

O panorama do ensino de Línguas Estrangeiras (LE) no Brasil e a estrutura

do currículo escolar sofrem constantes influências da organização social no decorrer

da história. A relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a

sociedade que residem as causas da ascensão e declínio do prestigio das línguas

estrangeiras nas escolas.

Desde o inicio da colonização do território que hoje corresponde ao litoral

brasileiro pelos portugueses, houve a preocupação do Estado português em

promover a educação, com o objetivo de facilitar o processo de dominação e de

promover a expansão do catolicismo. Assim, coube aos jesuítas a responsabilidade

de evangelizar e de ensinar latim aos povos que habitavam o território, como

exemplo de língua culta. Durante a União Ibérica (1581-1640), os jesuítas foram

considerados pelos espanhóis os principais incentivadores da resistência dos

nativos aldeados nas reduções jesuíticas à demarcação dos limites do Tratado de

Madri (1750), nas Guerras Guaraníticas. Esse é um dos fatores que contribuiu para

a expulsão dos padres jesuítas dos territórios portugueses na América.

O ensino das línguas modernas só começou a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, 1808. No ano de 1809, com a

assinatura do decreto de 22 de junho, pelo príncipe regente D. João VI, cria-se as

cadeiras de inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução publica e

atender às demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Em 1837,

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funda-se o Colégio Pedro II, cujo currículo inspira-se nos moldes franceses, e em

seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão.

Desde o final do século XIX, e a partir do inicio do século XX, devido a um

conjunto de fatores que marcam a historia da Europa como o aumento populacional,

a falta de emprego e de terras agricultáveis, períodos de guerras e pós-guerra e

perseguições étnicas, muitos europeus passaram acreditar na melhoria da

qualidade de vida no Brasil. Assim, por toda extensão territorial do Brasil foram

criadas as colônias de imigrantes. Numa tentativa de preservar suas culturas, muitos

colonos organizaram-se para construir e manter escolas para os seus filhos, uma

vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus paises de

origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todas as crianças.

O ensino da língua portuguesa, quando ministrado, era tido como língua estrangeira

nessas escolas.

Segundo Nagle, a partir de 1910, o nacionalismo, entendido como “um

fenômeno de exaltação do homem e das coisas brasileiras e como esforço que se

expressa na tentativa de construir instituições que reflitam as condições peculiares

do povo”(2001, p.299), passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e

instituições de natureza e posições ideológicas diversas.

Com propósitos nacionalistas, em 1917, o governo federal decide fechar as

escolas estrangeiras ou de imigrantes, na busca de “impedir a desnacionalização da

escola e da infância” (id. 301).

Em 1920, São Paulo promove sua reforma educacional, onde se permitia a

oferta de ensino primário em escolas particulares, seguindo as orientações de

caráter nacionalista, dentre as quais destaca-se o respeito aos feriados nacionais; o

ensino da língua portuguesa, ministrado por professores brasileiros natos; sendo

que o ensino de língua estrangeira era proibido para crianças menores de dez anos,

que ainda não dominassem corretamente o português.

Em 1930, Getulio Vargas, assume o governo brasileiro e cria o Ministério da

Educação e Cultura e as secretarias de educação no estados. Em 1931, acontece a

reforma Francisco Campos, que estabelece o Método Direto, um método de ensino

de língua estrangeira oficialmente estabelecido. Método desenvolvido na Europa, no

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final do século XIX e inicio do século XIX e XX, em contraposição ao Tradicional,

respondendo aos novos anseios sociais.

Para o fortalecimento da identidade nacional, o Ministério da Educação e

Cultura privilegiou nos currículos oficiais os conteúdos que favoreciam a valorização

da Historia do Brasil e de seus heróis e, contribuam para apropriação da língua

portuguesa por todos os brasileiros.

A homogeneidade social brasileira que se pretendia era dificultada pela

atuação das minorias étnicas, lingüísticas e culturais que se propagavam no país

desde o inicio do século. A solidificação dos ideais nacionalista aparece com muita

evidência na Reforma Capanema, em 1942, ao atribuir ao ensino secundário um

caráter patriótico por excelência. Nessa conjuntura, o alto conceito das línguas

estrangeiras foi mantido no ginásio. O francês se apresentava ainda com uma ligeira

vantagem ao inglês, o espanhol foi introduzido como matéria obrigatória como

alternativa ao ensino do alemão e o latim permaneceu como língua clássica.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do

Brasil em relação aos Estados Unidos, ainda que eminente após o final da Guerra

Fria, mas que já acompanhava o Brasil desde a Independência, intensificou-se, e

assim, a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.

Nos anos 50, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente

interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto as

abordagens e aos métodos de ensino.

A partir da década de 60, fase em que o método áudio-oral esta em

expansão, os estudos científicos se fortalecem e, com isso, começa a minar a

concepção de língua das abordagens estruturalistas.

Chomsky, em 1965, ao retomar a discussão entre a língua e fala, propõe a

teoria inatista de aquisição de linguagem, a qual postula que o ser humano já nasce

com determinadas capacidades que serão desenvolvidas com o tempo. Chomsky

criou também os conceitos de competência (aquilo que sabemos) e desempenho (o

que fazemos com o conhecimento adquirido).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 4024/61, criou os Conselhos

Estaduais. Cabia a eles a inclusão ou não da língua estrangeira nos currículos. Essa

mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino de LE no colegial e

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instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos cursos:

clássico e cientifico. Identificou-se ainda, a valorização da língua inglesa, devido as

demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.

Após a tomada do governo brasileiro pelos militares, a LDB/61 foi reformada

em 1971 através da lei nº 5692/71. A finalidade do ensino passou a ser a educação

profissional. Em conseqüência dessa ênfase, a legislação desobrigava a inclusão de

línguas estrangeiras no currículo de 1º e 2º graus, assim denominado em

substituição ao antigo curso secundário: ginásio e colegial, sob a égide de um falso

nacionalismo que alegava que a escola não deveria ser a porta de entrada de

mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Em 1976, o ensino de língua

estrangeira volta a ser valorizado, quando a disciplina volta a ser obrigatória, apenas

no 2º grau. De acordo com parecer 581/76 do Conselho Federal, a língua

estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada

estabelecimento, assim muitas escolas reduziram seu ensino para apenas uma hora

semanal, no 2º grau e às vezes uma vez por ano.

Uma das formas de se manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas

publicas após o aparecer 581/76, bem como uma tentativa de rompimento com a

hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de

Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a

oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos em contraturno.

Em 1980, a redemocratização do país era o panorama propicio para que os

professores, organizados em associações liderassem um amplo movimento pelo

retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas publicas. Assim a

Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de Língua

Estrangeiras Modernas (CELEMs) no Paraná, em 15 de agosto de 1986.

Em 1996, com o desdobramento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional Lei n° 9394/96 determinou que a oferta obrigatória de pelo menos uma

língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da quinta serie, sendo

que a escolha do idioma foi escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar,

dentro das possibilidades da instituição.

Em 2005, como resultado de um processo que se arrastou por anos e

atendendo a interesses políticos e econômicos, com o objetivo do Brasil se destacar

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no MERCOSUL e o incremento das relações comerciais do Brasil com países de

língua espanhola, foi criada a Lei 11.161, de 5 de agosto de 2005, que decreta

obrigatória a oferta de língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. A

oferta é obrigatória para a escola, mas de matricula facultativa para o aluno, sendo

que os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir da data de sua

publicação, para implementá-la.

Ao se historicizar o ensino de língua estrangeira, pretendeu-se, sucintamente,

problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a

desnaturalizar os aspectos que tem marcado o seu ensino, sejam eles políticos,

econômicos, sociais, culturais e educacionais.

O estudo das Línguas Estrangeiras Modernas deve levar á reflexão sobre estatutos

de indivíduos frente a outros, competências que transcende o domínio das

habilidades lingüísticas. Ao explicitarem aspectos relativos ao ensino da LE no que

se refere às suas práticas e aos objetivos que atribuem à disciplina, identificou-se

que a Abordagem Comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula.

A Abordagem Comunicativa ao incorporar em seu modelo, o uso da gramática,

exigida para a interpretação, expressão e negociação de sentidos no contexto

imediato da situação de fala, colocando-se a serviço dos objetivos de comunicação,

apresenta aspectos considerados positivos. Analises recente mencionam que o

ensino comunicativo desenvolveu-se em três fases ao longo das últimas décadas,

representando assim avanços em seus pressupostos e proposições. Segundo

Mascia,” uma primeira é associada ao nocional-funcional e é calcada em práticas

audiolinguais; a segunda marcada pelos atos de fala com a incorporação de

tendências sociolingüísticas e a terceira corresponde a uma vertente mais crítica, em

que se pretendeu promover as interações culturais”.

A partir das reflexões em torno da Abordagem Comunicativa e das implicações

desta no ensino de LE, serão apresentados a seguir os fundamentos teórico -

metodológicos que referenciam estas Diretrizes. Inicialmente, destacam-se alguns

princípios educacionais fundamentais os quais orientaram esta escolha:

- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a

garantia de eqüidade no tratamento da disciplina de LE em relação as demais

obrigatórias do currículo;

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- o resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no

currículo da Educação Básica;

- o respeito à diversidade (cultural, identitária, lingüística), pautado no ensino de

línguas que não prioriza a manutenção da hegemonia cultural.

Partindo desses princípios, identificou-se na pedagogia crítica o referencial

teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por entender que

esta é tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social,

responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto

instrumento de compreensão da realidade social e de atuação crítica e democrática

para a transformação da realidade.

Compreender de que é pela língua que se organizam e se comunicam,

saberes dos quais os indivíduos devem se apropriar no âmbito social e cultural para

gerar significados e integrar-se no mundo de forma crítica e segundo escolhas

pessoais no campo das possibilidades da cultura.

No mundo atual a Língua Estrangeira Moderna assume a função de veículo

de informação e meio de acesso ao conhecimento, às diferentes formas de pensar,

de criar, de sentir, de agir e de conhecer a realidade, fornecendo suporte formativo

ao aluno, para que possa participar e compreender as relações comunicativas

estabelecidas entre a sociedade e as culturas do mundo moderno. Assim o domínio

básico de pelo menos uma língua estrangeira moderna é hoje, um requisito

essencial para inserção e manutenção do jovem e adulto no mercado de trabalho,

garantia de acesso à informação, etc.

Assim, o ensino da língua deve considerar o interesse e necessidades de

quem está aprendendo uma língua estrangeira, vinculando o contexto à realidade do

aluno. Ou seja, ao se trabalhar um tema, deve-se partir do universo real do aluno,

levando em consideração a sua experiência, a vida pessoal e atividades cotidianas

contextualizadas.

O professor de Língua Estrangeira deve estar atento à Lei 10. 639/03, que

torna obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho

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pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:

- População brasileira e miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-descendentes;

- Colonização da África pelos europeus;

- Configuração espacial do continente africano;

- Práticas de segregação racial, entre outros.

2- Objetivos Gerais:

- Objetiva-se que os alunos possam analisar as questões da nova ordem global,

suas implicações e, acima de tudo, desenvolvam uma consciência crítica a respeito

do papel das línguas na sociedade.

- Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as

possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas

maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações as

relações que podem ser estabelecidas entre a LE e: a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades

transformadoras.

- Possibilitar aos alunos utilizarem uma língua estrangeira em situações de

comunicação (produção e compreensão de textos verbais e não-verbais) é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades

locais, mas capazes de se relacionar com participantes ativos, não limitados a suas

comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e

outros conhecimentos.

- Proporcionar a todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem

este tipo de inclusão social, ou seja, fazer uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, isto é, reconhecidamente relevante e não como mera prática

de formas lingüísticas descontextualizadas.

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- Proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na

interação humana.

- Refletir sobre a língua como um artefato cultural, como um produto que se constrói

e é construído por determinada(s) comunidade(s) que reagem a determinados

acontecimentos com base em historias e contextos específicos.

- Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída lingüisticamente em

diferentes línguas, culturas e modos de pensar, compreendendo que os significados

são social e historicamente construídos e passiveis de transformação.

- Atuar sobre os sentidos possíveis e reconstruir sua identidade como agente social,

partilhando das responsabilidades sobre os processos de construção de

conhecimentos e em condições de participar ativamente de uma possível

transformação do mundo em que vive.

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3- Conteúdos por ano:

- Greetings

- Verbo TO BE

- Personal pronouns

- This / that

- Family

- Animals

- these/those

- Numbers 1 to 20 and ages

- Nationalities

- school objects

- What, Where, how many, how much

- a ,an, the

- present continuous

- time

- Who – this/that

- Question – tag

- Cardinal Numbers

- Food

- These / those

- Plural of nouns

-Personal things, Where, Prepositions

- There to be

- How many / How much

- Simples Present – Do – Does

- What are they like? (adjectives)

- Ordinal numbers

- Possessive adjectives

- Actions / hours

- Present continuous

- Sports/ clothes/ health problems/

Occupatios

- Imperative

- When, What, Who, Where

- Oralidade:

- apresentar-se

- solicitar ou dar informações

- entrevistar

- expressar opiniões, vontades e

sentimentos.

- dar ordens

- Escrita

- identificar o tipo textual

- reconhecer as partes de um texto

- reconhecer as informações

essenciais de um texto

- elaborar perguntas e respostas

- resolver exercícios estruturais da

língua

-produzir textos

- Leitura

- textos descritivos

- textos informativos

- notícia de revistas, jornais.

- textos poéticos

- textos de instruções

- entrevistas

-música

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4-Metodologia da Disciplina:

A abordagem de ensino por

Letramento Critico, o qual implica em

engajar os alunos sujeitos em

atividades críticas e

problematizadoras, que se

concretizam por meio da língua como

pratica social, o trabalho com a língua

estrangeira em sala de aula precisa

partir do entendimento do papel das

línguas nas sociedades como mais do

que meros instrumentos de acesso à

informação: as línguas estrangeiras

são também possibilidades de

conhecer, expressar e transformar

modos de entender o mundo e de

construir significados.

É importante trabalhar a partir

de temas referentes a questões sociais

emergentes, tarefa que se encaixa

perfeitamente nas atribuições da

língua estrangeira, disciplina favorece

à utilização de textos abordando

assuntos relevantes presentes na

mídia nacional e internacional ou no

mundo editorial.

Trata-se de abordar o uso da

língua estrangeira como espaço de

construção de significados

dependentes da situação de uso, dos

propósitos dos interlocutores e dos

recursos lingüísticos de que dispõem.

Isto significa pensar que o

falante/professor tem papel ativo na

construção do significado da interação,

assim como seu interlocutor.

É importante utilizar recursos

visuais para auxiliar o trabalho

pedagógico em sala de aula. Tais

materiais podem auxiliar na

preparação da leitura, na medida em

que auxiliam os alunos no processo de

inferência sobre o tema e sentidos do

textos. O conhecimento lingüístico,

ainda que condição necessária, não é

suficiente para chegar á compreensão,

considerando que o leitor precisa

executar um processo ativo de

construção de sentidos, relacionando a

nova informação ao conhecimento

adquirido ao longo da vida.

Uma proposta interessante no

auxilio da conscientização da

linguagem é apresentar um texto com

cognatos e termos transparentes e

outro no qual, os conhecimentos de

língua materna não favoreçam a sua

compreensão imediata. A pesquisa de

palavras no dicionário pode auxiliar

essa conscientização, na medida em

que os alunos percebam os possíveis

sentidos apresentados para tais

palavras, mas que ainda assim, são

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limitados, podendo ser produzidos

outros adequados a determinados

contextos, e, principalmente, que os

sentidos não são únicos e dados

unilateralmente, mas construídos na

interação verbal.

5- Critérios de Avaliação Específicos

da Disciplina:

Ao propor reflexões sobre as

práticas avaliativas, objetiva-se

favorecer a coerência entre tais

aspectos (avaliação, concepção de

língua e objetivos de ensino) e o

processo de ensino e de

aprendizagem. A avaliação será um

instrumento facilitador na busca de

orientações e intervenções

pedagógicas, não se atendo apenas

ao conteúdo desenvolvido, mas

aqueles vivenciados ao longo do

processo de forma que os objetivos

propostos sejam alcançados.

Baseando-se no envolvimento

dos sujeitos alunos na construção do

significado nas práticas discursivas, a

avaliação se dará a partir da

participação ativa dos alunos

(interação verbal) e na elaboração e

execução de trabalhos orais e escritos.

Caberá ao professor observar a

participação ativa dos alunos,

considerando que o engajamento

discursivo na sala de aula se realiza

por meio da interação verbal, a partir

dos textos, e de diferentes formas:

entre os alunos na turma; na interação

dos alunos com o material didático;

nas conversas em língua materna e na

língua estrangeira estudada, e no

próprio uso da língua, que funciona

como um recurso cognitivo ao

promover o desenvolvimento dos

pensamentos e idéias (Vygostky,

1989). Ser ativo, neste caso, significa

produzir sentidos no processo de

compreensão dos textos, tais como:

inferir, servindo-se dos conhecimentos

prévios; levantar hipóteses a respeito

da organização textual etc, verificando

a construção dos significados na

interação com textos e nas produções

textuais dos alunos, tendo em vista

que vários significados na interação

com textos e nas produções textuais

dos alunos, tendo em vista que vários

significados são possíveis e válidos,

desde que apropriadamente

justificados.

O aluno envolvido no processo

de avaliação, uma vez que também é

construtor do conhecimento, precisa

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ter seu esforço reconhecido por meio

de ações tais como: o fornecimento de

um retorno sobre o seu desempenho e

o entendimento do “erro” como parte

integrante da aprendizagem. Assim,

tanto o professor quanto os alunos

poderão acompanhar o percurso

desenvolvido até então e identificar

dificuldades, bem como planejar e

propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades

constatadas. A explicitação dos

propósitos da avaliação e do uso de

seus resultados pode favorecer

atitudes menos resistentes ao

aprendizado de LE e permitir que toda

a comunidade, não apenas a escolar,

reconheça o valor desse

conhecimento.

6- Bibliografia:

AMOS, Eduardo. SUPER ACE,

1,2,3,4. Teacher‟s book / Eduardo

Amos, Elizabeth Prescher; [Ilustrações

Ivan Coutinho]. São Paulo: Longman,

2005.

AMOS, Eduardo. NEW OUR WAY,

1,2,3,4. Teacher‟s book / Eduardo

Amos, Ernesto Pasqualin, Elizabeth

Prescher,. 4ª ed São Paulo: Moderna,

2002.

EASY GAMES IN ENGLISH. Europan

Language Institute. Ed Eli.

LLANAS, A; KNIVETON, J. Kids Club.

Ed Mac millan.

BRASIL. Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: terceiro e quarto ciclos do

ensino fundamental: introdução aos

parâmetros curriculares nacionais.

Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: terceiro e quarto ciclos do

ensino fundamental: LINGUA

ESTRANGEIRA. Brasília: MEC/SEF,

1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da

Educação. Currículo Básico para a

escola pública do Estado do Paraná.

Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da

Educação. Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira para o Ensino

Fundamental – Versão Preliminar.

Curitiba: SEED, Julho-2006.

Page 285: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

LÍNGUA PORTUGUESA

1- Apresentação Geral da disciplina

Vive-se uma nova realidade

social, conseqüência da

industrialização, do urbanismo

crescente, da utilização da escrita, da

expressão, dos meios de comunicação

e avanços tecnológicos.

Isso faz com que o homem

procure adquirir um vasto

conhecimento em todas suas

faculdades e expressões, na

promoção do pensar e do agir, na

perspectiva de concretizá-los na

realidade em que vive.

O ensino de Língua

Portuguesa, numa visão

contemporânea, precisa estar

comprometido, tanto na oralidade

quanto na escrita, com o processo da

enunciação e do discurso, e sua

prática deve estar relacionada a

situações reais de comunicação,

focalizando a necessidade de dar ao

aluno condições de ampliar o domínio

da língua e da linguagem ,

aprendizagem fundamental para o

exercício da cidadania, visto que as

práticas de linguagem são uma

totalidade e que o sujeito expande sua

capacidade de uso da linguagem e de

reflexão sobre ela em situações

significativas de interlocução.

Nas propostas curriculares

atuais, visa-se criar situações nas

quais o aluno possa aprendê-la, não

somente por palavras, mas saber

combiná-la em expressões complexas

e aprender pragmaticamente,

concretizando-a em seu mundo.

Por isso interagir pela

linguagem significa realizar uma

atividade discursiva na interlocução

não aleatória – mesmo inconsciente –

mas decorrente das condições em que

o discurso é realizado.

Sabe-se que o aluno já dispõe

de competência discursiva e lingüística

para comunicar-se em interações

próprias das relações sociais de seu

dia-a-dia inclusive as que estabelecem

em sua vida escolar.

Isso significa permitir-lhe a escolha da

forma da fala a utilizar, considerando

as características e condições do

contexto de produção, isto é, saber

adequar os recursos expressivos, a

variedade da língua e o estilo a

diferentes situações comunicativas:

saber coordenar satisfatoriamente o

que fala e escreve e como fazê-lo,

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dado o contexto e os interlocutores a

quem o texto se dirige.

Sendo assim, faz-se necessária

à reflexão sobre a linguagem

verbal e a não-verbal entre todos

(educadores, alunos e

comunidade) como critério

básico para a realização da

cidadania, pois ela com todos

seus sistemas, é cultura e

comunicação.

O professor de Língua

Portuguesa deve estar atento à

Lei 10. 639/03, que torna

obrigatório abordar conteúdos

que envolvam a temática de

Historia e Cultura Afro-Brasileira

e Africana, que podem ser vistas

nas diferentes séries do Ensino

Fundamental e Médio e

relaciona-las qualquer conteúdo

estruturante. O trabalho

pedagógico pode ser feito por

meio de mapas, maquetes,

textos, imagens, fotos que

tragam conhecimentos sobre

conteúdos específicos, tais

como:

- População brasileira e

miscigenação dos povos;

- Distribuição espacial da

população afro-descendente no

Brasil e no mundo;

- Contribuições do negro na

construção da nação brasileira;

- Migrações do povo africano no

tempo e no espaço;

- Trabalho e renda dos afro-

descendentes;

- Colonização da África pelos

europeus;

- Configuração espacial do

continente africano;

- Práticas de segregação racial,

entre outros;

- Contribuição africana para a

construção da linguagem

brasileira;

- Religião, alimentação, música,

literatura e outras influências

culturais;

- Obras literárias relacionadas á

cultura afro;

- Outras formas de expressão

cultural.

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2- Objetivo Geral da Disciplina:

No processo ensino e

aprendizagem dos diferentes ciclos do

ensino Fundamental, espera-se que o

aluno amplie o domínio ativo do

discurso nas diferentes situações

comunicativas, sobretudo nas

instâncias públicas de uso da

linguagem, de modo a possibilitar sua

inserção efetiva no mundo da escrita,

ampliando suas possibilidades de

participação social no exercício da

cidadania. Para isso, a escola deverá

organizar um conjunto de atividade

que progressivamente possibilite ao

aluno as seguintes competências e

habilidades:

- Utilizar a linguagem na escuta e

produção de textos orais, na leitura e

produção de textos escritos de modo a

atender as múltiplas demandas

sociais, respondendo aos diferentes

propósitos comunicativos e

expressivos, e considerando as

diferentes condições de produção do

discurso;

- Reconhecer a importância das

diferentes linguagens: verbal, não

verbal, musical, gráfica, plástica, como

meio de produzir, expressar,

comunicar suas idéias, interpretar e

usufruir das produções culturais,

atendendo a diferentes intenções e

situações de comunicação;

- Utilizar a linguagem para estruturar

as experiências e explicar a realidade,

operando sobre as representações

construídas em várias do

conhecimento;

- Saber como proceder para ter

acesso, compreender e fazer uso de

informações contidas no texto,

reconstruindo o modo pelo qual se

organizam em sistemas coerentes;

- Ser capaz de operar sobre o

conteúdo representativo dos textos,

identificando aspectos relevantes,

organizando notas, elaborando

roteiros, resumos, índices, esquemas

e outros;

- Aumentar e aprofundar seus

esquemas cognitivos pela ampliação

do léxico e de suas respectivas redes

semânticas;

- Analisar criticamente os diferentes

discursos, inclusive o próprio,

desenvolvendo a capacidade de

avaliação dos textos;

- Conhecer e valorizar as diferentes

variedades do português, procurando

combater o preconceito lingüístico;

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- Reconhecer a valorizar a linguagem

de seu grupo social como instrumento

adequado e eficiente na comunicação

cotidiana, na elaboração artística e

mesmo nas interações com pessoas

de outros grupos sociais que se

expressem por meio de outras

variedades;

- Usar os conhecimentos adquiridos

por meio da prática de análise

lingüística para expandir sua

capacidade de monitoração das

possibilidades de uso da linguagem,

ampliando a capacidade de análise

crítica.

3- Conteúdo por série:

6º ano

3- Conteúdos por/série:

Linguagem Oral

Literários:

- Cordel;

- Causos e similares;

- texto dramático;

- canção.

Imprensa:

- Entrevista;

- Debates;

- Depoimentos.

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminários;

- Palestras;

- Debates;

Publicidade:

- Propaganda;

- Denotação;

- Conotação.

Linguagem Escrita:

Literária:

- Conto;

- Novela;

- Romance;

- Crônica;

- Poema;

- Texto Dramático.

Imprensa:

- Noticia;

-Editorial;

- Artigo;

- Reportagem;

- Carta ao leitor;

- Charge;

- Tira.

Divulgação Cientifica:

- Verbete;

- Enciclopédico;

- Nota / Artigo;

- Relatório de experiências;

- Didáticos ( textos, enunciados de

questões)

- Artigo.

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Publicidade:

- Propaganda.

Denotação

- Conotação;

- Crônica;

- Poema;

- Texto dramático;

Pratica de produção de textos orais

e escritos

Linguagem Oral

Literários:

- Canção;

- Texto dramático;

Imprensa:

- Noticia;

- Entrevista;

- Debate;

- Depoimento;

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminário;

- Debate.

Linguagem Literária

- Crônica;

- Conto e poema;

Imprensa:

- Noticia;

- Artigo;

- Carta ao leitor;

- Entrevista.

Divulgação Cientifica:

- Relatório de Experiências;

- Esquema e resumo de artigo ou

verbetes de enciclopédia.

Prática de Análise Lingüística

Domínio da norma padrão;

Pontuação;

Acentuação;

Ortografia;

Narração com diálogo;

Descrição;

Poemas Pós-modernos;

Contos: Trevisan, Lygia Fagundes

Teles;

Relatório de pesquisas;

Linguagem oral;

Relatório por meio de entrevista;

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Análise Morfológica

O conceito de conteúdo

estruturante lança um novo aspecto

sobre os conteúdos, pois são

constituídos dentro da mobilidade

histórica. Essa característica

contextual garante a sua não fixidez,

inviabilizando a arbitrariedade de seus

recortes. Possibilita também o diálogo

com conceitos diversos que, somados,

conseguem abranger toda a

complexidade que envolve o processo

de uso da língua, não contemplada

dentro de uma perspectiva

exclusivamente gramatical.

Assumindo-se a

concepção de língua como prática que

se efetiva nas diferentes instâncias

sociais, acorda-se que o objeto de

estudos da disciplina é a Língua e o

Conteúdo Estruturante de Língua

Portuguesa e Literatura é o discurso

concebido como prática social,

desdobrado em três práticas, leitura,

escrita e oralidade.

È no contexto das práticas

discursivas que se farão presentes os

conceitos oriundos da Lingüística,

Sociolingüística, Semiótica,

Pragmática, Estudos Literários,

Análise do Discurso, Gramáticas

normativas, descritiva, de usos, entre

outros, de modo a contribuir com o

aprimoramento da competência

lingüística dos estudantes.

7º ano

3- Conteúdos por/série:

Linguagem Oral

Literários:

- Cordel;

- Causos e similares;

- texto dramático;

- canção.

Imprensa:

- Entrevista;

- Debates;

- Depoimentos.

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminários;

- Palestras;

- Debates;

Publicidade:

- Propaganda;

- Denotação;

- Conotação.

Linguagem Escrita:

Literária:

- Conto;

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- Novela;

- Romance;

- Crônica;

- Poema;

- Texto Dramático.

Imprensa:

- Noticia;

-Editorial;

- Artigo;

- Reportagem;

- Carta ao leitor;

- Charge;

- Tira.

Divulgação Cientifica:

- Verbete;

- Enciclopédico;

- Nota / Artigo;

- Relatório de experiências;

- Didáticos ( textos, enunciados de

questões)

- Artigo.

Publicidade:

- Propaganda.

Denotação

- Conotação;

- Crônica;

- Poema;

- Texto dramático;

Pratica de produção de textos orais e

escritos

Linguagem Oral

Literários:

- Canção;

- Texto dramático;

Imprensa:

- Noticia;

- Entrevista;

- Debate;

- Depoimento;

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminário;

- Debate.

Linguagem Literária

- Crônica;

- Conto e poema;

Imprensa:

- Noticia;

- Artigo;

- Carta ao leitor;

- Entrevista.

Divulgação Cientifica:

- Relatório de Experiências;

- Esquema e resumo de artigo ou

verbetes de enciclopédia.

Prática de Análise Lingüística

Domínio da norma padrão;

Advérbios;

Tempo Verbal: Presente do Indicativo,

Pretérito perfeito, futuro do presente e

imperativo;

Pontuação;

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Acentuação;

Sinônimos / Antônimos;

Ortografia;

Provérbios;

Narração;

Fábulas;

Narração com diálogo;

Descrição;

Poemas Pós-modernos;

Contos: Trevisan, Lygia Fagundes

Teles;

Relatório de pesquisas;

Linguagem oral;

Relatório por meio de entrevista

Análise Morfológica

O conceito de conteúdo

estruturante lança um novo aspecto

sobre os conteúdos, pois são

constituídos dentro da mobilidade

histórica. Essa característica

contextual garante a sua não fixidez,

inviabilizando a arbitrariedade de seus

recortes. Possibilita também o diálogo

com conceitos diversos que, somados,

conseguem abranger toda a

complexidade que envolve o processo

de uso da língua, não contemplada

dentro de uma perspectiva

exclusivamente gramatical.

Assumindo-se a

concepção de língua como prática que

se efetiva nas diferentes instâncias

sociais, acorda-se que o objeto de

estudos da disciplina é a Língua e o

Conteúdo Estruturante de Língua

Portuguesa e Literatura é o discurso

concebido como prática social,

desdobrado em três práticas, leitura,

escrita e oralidade.

È no contexto das práticas

discursivas que se farão presentes os

os conceitos oriundos da Lingüística,

Sociolingüística, Semiótica,

Pragmática, Estudos Literários,

Análise do Discurso, Gramáticas

normativas, descritiva, de usos, entre

outros, de modo a contribuir com o

aprimoramento da competência

lingüística dos estudantes.

8º ano

3- Conteúdos por/série:

Linguagem Oral

Literários:

- Cordel;

- Causos e similares;

- texto dramático;

- canção.

Imprensa:

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- Entrevista;

- Debates;

- Depoimentos.

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminários;

- Palestras;

- Debates;

Publicidade:

- Propaganda;

- Denotação;

- Conotação.

Linguagem Escrita:

Literária:

- Conto;

- Novela;

- Romance;

- Crônica;

- Poema;

- Texto Dramático.

Imprensa:

- Noticia;

-Editorial;

- Artigo;

- Reportagem;

- Carta ao leitor;

- Charge;

- Tira.

Divulgação Cientifica:

- Verbete;

- Enciclopédico;

- Nota / Artigo;

- Relatório de experiências;

- Didáticos ( textos, enunciados de

questões)

- Artigo.

Publicidade:

- Propaganda.

Denotação

- Conotação;

- Crônica;

- Poema;

- Texto dramático;

Pratica de produção de textos orais e

escritos

Linguagem Oral

Literários:

- Canção;

- Texto dramático;

Imprensa:

- Noticia;

- Entrevista;

- Debate;

- Depoimento;

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminário;

- Debate.

Linguagem Literária

- Crônica;

- Conto e poema;

Imprensa:

- Noticia;

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- Artigo;

- Carta ao leitor;

- Entrevista.

Divulgação Cientifica:

- Relatório de Experiências;

- Esquema e resumo de artigo ou

verbetes de enciclopédia.

Prática de Análise Lingüística

Domínio da norma padrão;

Advérbios;

Tempo Verbal: Presente do Indicativo,

Pretérito perfeito, futuro do presente e

imperativo;

Verbos: ser, ter, estar, ficar, pôr e dar;

Pontuação;

Acentuação;

Sinônimos / Antônimos;

Ortografia;

Regência Verbal: Assistir, namorar,

preferir, obedecer, ir, chegar,

simpatizar, etc.;

Provérbios;

Narração;

Fábulas;

Narração com diálogo;

Cartas pessoais e familiares;

Narração e Dissertação;

Poemas Pós-modernos;

Contos: Trevisan, Lygia Fagundes

Teles;

Relatório de pesquisas;

Linguagem oral;

Relatório por meio de entrevista;

Análise Morfológica

Regência Nominal.

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O conceito de conteúdo estruturante lança um novo aspecto sobre os

conteúdos, pois são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa característica

contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus

recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados,

conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua,

não contemplada dentro de uma perspectiva exclusivamente gramatical.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudos da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso

concebido como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e

oralidade.

È no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os os conceitos

oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários,

Análise do Discurso, Gramáticas normativas, descritiva, de usos, entre outros, de

modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.

9º ano

3- Conteúdos por/série:

Linguagem Oral

Literários:

- Cordel;

- Causos e similares;

- texto dramático;

- canção.

Imprensa:

- Entrevista;

- Debates;

- Depoimentos.

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

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- Seminários;

- Palestras;

- Debates;

Publicidade:

- Propaganda;

- Denotação;

- Conotação.

Linguagem Escrita:

Literária:

- Conto;

- Novela;

- Romance;

- Crônica;

- Poema;

- Texto Dramático.

Imprensa:

- Noticia;

-Editorial;

- Artigo;

- Reportagem;

- Carta ao leitor;

- Charge;

- Tira.

Divulgação Cientifica:

- Verbete;

- Enciclopédico;

- Nota / Artigo;

- Relatório de experiências;

- Didáticos ( textos, enunciados de questões)

- Artigo.

Publicidade:

- Propaganda.

Denotação

- Conotação;

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- Crônica;

- Poema;

- Texto dramático;

Pratica de produção de textos orais e escritos

Linguagem Oral

Literários:

- Canção;

- Texto dramático;

Imprensa:

- Noticia;

- Entrevista;

- Debate;

- Depoimento;

Divulgação Cientifica:

- Exposição;

- Seminário;

- Debate.

Linguagem Literária

- Crônica;

- Conto e poema;

Imprensa:

- Noticia;

- Artigo;

- Carta ao leitor;

- Entrevista.

Divulgação Cientifica:

- Relatório de Experiências;

- Esquema e resumo de artigo ou verbetes de enciclopédia.

Prática de Análise Lingüística

Domínio da norma padrão;

Concordância verbal;

Concordância Nominal;

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Verbos: ser, ter, estar, ficar, pôr e dar;

Pontuação;

Acentuação;

Sinônimos / Antônimos;

Ortografia;

Regência Verbal: Assistir, namorar, preferir, obedecer, ir, chegar, simpatizar, etc.;

Telegrama;

Cartas pessoais e familiares;

Narração e Dissertação;

Poemas Pós-modernos;Contos: Trevisan, Lygia Fagundes Teles;

Relatório de pesquisas;

Linguagem oral;

Relatório por meio de entrevista;

A estrutura do texto dissertativo;

Análise Morfológica

Regência Nominal

O conceito de conteúdo estruturante lança um novo aspecto sobre os

conteúdos, pois são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa característica

contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus

recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados,

conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua,

não contemplada dentro de uma perspectiva exclusivamente gramatical.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudos da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso

concebido como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e

oralidade.

É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os conceitos

oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários,

Análise do Discurso, Gramáticas normativas, descritiva, de usos, entre outros, de

modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.

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4- Metodologia

A língua portuguesa, em diversas propostas curriculares, tende a criar

situações nas quais o aluno possa vivenciar e incorporar um processo educativo que

venha contribuir para o seu crescimento intelectual e social, fazendo-o capaz de

assumir uma atitude de consciência da realidade experimentada, possibilitando-lhe a

apropriação de uma efetiva construção do conhecimento que lhe servirá de

instrumento para a vida.

Isso ocorre quando escola e professor consideram esse aluno como sujeito

ativo da aprendizagem e do conhecimento.

O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser centrados nas

relações aluno-professor em que o conhecimento e internalizado deixa de ser

informativo e passa ser formativo.

O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade básica de ensino

o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo

coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir a

apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Será necessário que o

professor reintroduza-o nas práticas de escuta, leitura e produção, permitindo que o

trabalho com a literatura permita a passagem gradual da leitura não comum para

uma leitura mais extensiva.

Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a realização de

atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas

propriedades, como trabalho de observação, descrição, por meio do qual se constrói

explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas discursivas.

Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos,

que se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos lingüísticos a outros de

natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.

Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das

características do gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos de

leitura em função dos diferentes objetivos. Serão estabelecidas relações necessárias

entre o texto e outros textos e recursos de natureza suplementar para a

compreensão e interpretação do texto.

Estabelecer-se-á a progressão temática em função das marcas de

segmentação textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e

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subtítulos, para texto em prosa, colocação em estrofes e versos, para textos em

versos.

Far-se-á levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos

presentes no texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de vista que

determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá-lo com

outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente

diante dele.

Sabendo-se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente

no aluno, somado ao que o professor detém, ocorrerá a real construção do

conhecimento, através do diálogo, da interação, viabilizando, assim, a verdadeira

troca de experiências e, conseqüentemente, a aprendizagem.

A proposta do leitor crítico é uma das ferramentas imprescindível para tornar

o aluno um leitor proficiente em leitura e escrita. Portanto é necessário clareza do

professor na execução da proposta para possibilitar o tempo destinado a leitura

atividades que destinam a reflexão, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema trabalhado.

A ação literária é efetivada através da leitura, discussão em grupo, produção

de textos, dramatização, reprodução através da oralidade e da escrita. O tempo

deve ser construído de forma que favoreça o processo de ensino e de aprendizagem

do aluno.

Dessa forma, aluno e professor vivenciarão as práticas da linguagem que

deve envolver o seu todo – leitura, produção de texto, análise lingüística – não

fragmentando a transmissão e conhecimento da língua, mas contextualizando-a no

seu universo. O aluno fará a construção de seu próprio saber, a aquisição da língua

escrita, que ocorrerá num contexto de interação e interlocução para o mesmo possa

perceber a capacidade que tem de ler e de escrever e vivenciar o todo que

internalizou na sociedade em que está inserido. Para essa prática constante de

leitura, contamos com acervo de ótima qualidade, os quais foram enviados pela

Secretária de Estado e MEC.

5- Critérios da Avaliação

A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico e formativo que visa

priorizar a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

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Avaliar por meio de provas, observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e / ou objeto.

Todavia, a avaliação por ser contínua, diagnóstica e formativa, aponta as

dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o

tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos) e ajuda-os a refletir, faz

com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e

participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de

aprendizagem.

A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno

está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a

leitura e a escrita.

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussão, a clareza que ele mostrar ao expor suas idéias, a

fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao

defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que

eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, nunca como um produto final. O aluno precisa estar em

contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que

tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.

É no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados

nas produções dos alunos que precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e

contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior

do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações

lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive).

Tal prática requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda as

concepções de linguagem que assumem a língua enquanto interação, enquanto

discurso; um professor que tenha os necessários conhecimentos sobre o sistema de

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escrita, para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem desse

sistema; um professor que respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica

de qualidade para todos os alunos, desmistificando padrões preestabelecidos e

conceitos tradicionalmente aceitos.

6- Bibliografia:

TEIXEIRA, Patrícia Moreli. Ateliê da Palavra. São Paulo: Quinteto Editorial, 1998.

LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. São Paulo : Ática,

1993.

SARMENTO, Leila Lauar. Português: Leitura, produção e gramática. São Paulo :

Moderna, 2002.

CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar . 2ª edição. São Paulo :

Atual, 2002.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros

curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-

2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

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ARTES

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A proposta do Ensino de Artes relaciona o fazer artístico, a

apreciação e os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais em Arte,

realizando produções artísticas coletivas e / ou individuais nas várias linguagens da

arte (dança,música,teatro,artes plásticas.)

Por isso,é fundamental que na Disciplina de Arte os alunos possam

dar continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre a arte aprendidos

em níveis anteriores e em sua vida cotidiana . A arte pode colaborar no

desenvolvimento de projetos educacionais interligados de modo significativo

articulando-se conhecimentos culturais aprendidos pelos alunos nas diversas áreas

do conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA-

Perceber o estudo da arte como campo de conhecimento, fazer a

aproximação do aluno com o universo artístico, familiarizá-lo com as varadas

linguagens artísticas.

CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1ª série

ARTES PLÁSTICAS:

História da Arte no Mundo.

Arte Pré-histórica

Artes Egípcias

Renascimento

Barroco

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Realismo (Impressionismo/ Expressionismo)

Cubismo

Abstracionismo

Pop-Art

História da Arte no Brasil:

Semana da Arte Moderna

Vida e obra Tarsila do Amaral

Linha do Tempo

Releitura

Leitura de imagens.

TEATRO

Histórico do Teatro

Gêneros

Expressão

Espaço Cênico

MÚSICA

Origem da música

Elementos Musicais

Gêneros Musicai

DANÇA

Movimento Corporal

Origem da Dança

2ª série

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ARTES PLÁSTICAS/ VISUAIS

História da Arte no Mundo

Arte Neoclássica

Arte Romântica

Arte Gótica

Arte Fauvista

Concretismo

Arte Nouveau

Leitura de Imagens

História da arte no Brasil

Arte Moderna (CAM)

Desenho Geométrico

Ângulos (construção, adição e subtração

TEATRO:

Sonoplastia/ Caracterização.

Pantomima ( expressões Gestuais)

Criação de personagens / Roteiros.

MÚSICA:

Música Tonal e Moda

Gêneros Musicais

Improvisação

Sonoplastia

DANÇA:

Sonoplastia

Coreografia

Gêneros

METODOLOGIA

Aulas técnicas e expositivas, aulas práticas, com auxílio de quadro

negro, com trabalhos práticos, demonstrações, seminários.

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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO;

Através da criação e do trabalho criador, com trabalhos em equipe

e individuais, interativa e através de avaliação semestral, apresentação de

seminários.

BIBLIOGRAFIA

ARTE DE FAZER ARTE - APOSTILA

DIRETRIZES CURRICULARES DA SEED

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.

Vivemos num mundo em contínua transformação, tanto na área

tecnológica como também na área social, e cada vez mais a sociedade terá que

opinar e decidir sobre problemas étnicos, tais como : organismo geneticamente

modificado, bebê de proveta, mãe de aluguel, etc.Visando essas transformações

que ocorrem no mundo envolvendo a sociedade , a Biologia tem por finalidade levar

informações estimulando-os a questionarem e proporem soluções.

Em síntese, o que a Biologia procura dentro da sala de aula é fazer com

que os educandos “aprendam a apreender”, isto é saibam procurar as respostas

que precisam para se tornarem cidadãos conscientes e cumpridores de suas

obrigações.

Os conteúdos serão fundamentados no método experimental sem a

preocupação de resultados perfeitos visando com isto a preservação da fauna

nativa, a biodiversidade e ao próprio ser humano, evitando-se os perigos dos

experimentos sofisticados em seres vivos de maneira geral.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA :- Criar situações para que o aluno se

interesse pelo estudo da Biologia, para que passa a conhecer melhor a si próprio e o

meio ambiente que o cerca, compreendendo e valorizando os mecanismos que

regulam as atividades que neles ocorrem valorizando o indivíduo como um todo na

sociedade.

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes deverão ficar assim definidos:

1ª série

Biologia: conceito e seus objetivos;

A Biodiversidade:

- Biosfera, vida e organização biológica no planeta Terra.

Vida Matéria e energia.

Bioquímica celular e origem da vida.

- Componentes inorgânicos da célula: água e sais minerais.

- Componentes orgânicos da célula: carboidratos;lipídios;proteínas- aminoácidos

naturais e essenciais; ligação entre os aminoácidos;estrutura; funções; enzimas e

anticorpos.

Vitaminas: lipossolúveis e hidrossolúveis.

Os ácidos nucléicos e a síntese de proteínas:

- Classificação e constituição;

- Os genes e a síntese de proteínas:

- Os tipos de RNA;

Formação de cadeia polipeptídica;

As mutações e código genético

7- A origem da vida

- Geração espontânea ou abiogênese

Biogênese X abiogênese: primeiras formas de vida.

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8- Citologia.

A célula: teoria e padrões celulares.

Parede celular e membrana plasmática;

Núcleo celular: características gerais do núcleo celular;

Cromossomos;

Divisão celular: interfase, mitose e meiose.

9- Biotecnologia do DNA: a engenharia genética.

Seres transgênicos: terapia gênica e projeto genoma.

10- Fotossíntese: conceito; importância biológica; etapas e quimiossíntese.

11-Respiração celular: conceito; importância biológica: transferência e

transformações de energia química.

12- Histologia animal: tipos de tecidos.

13- Histologia vegetal tipos de tecidos

2ª série

A Biodiversidade e o sistema de classificação dos seres vivos.

Biosfera, porção da Terra onde a vida se desenvolve; classificação e apresentação

dos reinos

Vírus:

- Características gerais dos vírus; reprodução; sua importância e principais

viroses humanas.

3- Reino Monera

- Estrutura celular do reino monera; Bactérias.

-Nutrição bacteriana: sua importância; Tipos morfológicos; reprodução e

doenças provocadas por bactérias

-Cianobactérias: importância e reprodução.

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Reino Protista:

-Protozoário (filo Protozoa)

-Classificação, principais causadores de doenças e reproduções.

Algas protistas: classificação.

Reino Fungi:

Características gerais dos fungos; classificação; associações mutualísticas e

importância dos fungos.

Reino Plantae ( I ) aspectos gerais:

- Componentes e características básicas do reino; alguns critérios de classificação

das plantas; ciclos reprodutivos das plantas.

Reino Plantae (II) Aalgas pluricelulares, biófitas e peridófitas:

- Importância das algas; algas e desiquilíbrios ambientais; ciclos de vida e

reprodução de briófitas e pteridófitas.

8- Reino Plantae (III) Gimnospermas e angiospermas.

- Gimnospermas: sementes nuas.

- Angiospermas: sementes com frutos.

Importância, órgãos de reprodução, classificação dos frutos.

9-Reino animália (I): Aspectos Gerais. Filos do Reino animália.

10- Reino Animália (II): Poríferos, celenterados, platelmitos e nemaltermintos.

Estrutura, organização do corpo, características gerais de cada filo, classificação.

11- Reino animália (III): Anelídeos, Artrópodes. Moluscos e equinodermos.

Características gerais década filo, classificação.

12- Reino animália: (IV): Cordados.

Características gerais, divisões, linha evolutiva, classes, superclasses e ordens.

13- Fisiologia vegetal.

Equilíbrio híbrido nos vegetais.

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Absorção de água e sais minerais.

Transporte de seivas, transpiração nos vegetais e adaptações para vida terrestre

e climas.

14- Fotossíntese, hormônios, movimentos foto periodismo.

Fatores que interferem na fotossíntese; disponibilidade de gás

carbônico,temperatura luminosidade; hormônios vegetais, movimentos vegetais e

classificação quanto a floração e fotoperíodo.

15- Fisiologia animal.

A Digestão: tipos de digestão; aspectos gerais da digestão; digestão humana.

A respiração; tipos de respiração animal, evolução dos órgãos respiratórios, nos

animais; a respiração humana.

A circulação: tipos de circulação e circulação humana; constituição e funções do

sistema linfático.

A excreção: excreta nitrogenada; classificação dos animais em relação ao excreta

nitrogenados; ciclo da ornitina; excreção de alguns grupos de seres vivos e

excreção humana

A coordenação nervosa:

Sistema nervoso dos invertebrados e dos vertebrados.

Órgãos dos sentidos:

A regulação hormonal: glândulas endócrinas e a produção de hormônios.

Glândulas endócrinas humanas e seus hormônios.

3ª série

Reprodução e desenvolvimento.

A Reprodução exercida ou agâmica;

A Reprodução sexuada ou gâmica;

Casos especiais de reprodução;

Reprodução humana;

Sistema genital masculino e feminino;

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Gametogênese;

Fecundação;

Regulação hormonal;

Embriologia;

Tipos de óvulos;

Segmentação ou clivagem;

Gastulação;

Organogênese e anexos embrionários.

Genética: Conceitos básicos de genética e a primeira Lei de Mendel;

Engenharia Genética: manipulação do DNA;

Conceito de Gene;

O trabalho de Mendel;

Convenções da genética;

Ausência de dominância;

Noções de probabilidade.

Segunda a Lei de Mendel - Exemplo clássico de diibridismo e interpretação de

resultados.;

Polialelia: alelos múltiplos;

Coloração da pelagem em coelhos;

O sistema ABO;

O fator Rhesus (RH);

Grupos sangüíneos do sistema MN

7- A herança do sexo:

Cromossomos sexuais;

Herança ligada ao sexo;

Herança restrita ao sexo;

Herança influenciada pelo sexo;

Alguns casos de alterações cromossomiais.

8-Interação genética: epistasia; herança quantitativa e pleiotropia.

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9- Linkage e mapeamento genético:

Linkage total ou completo:

Linkage parcial ou imcompleto;

Teoria cromossômica da herança;

Método para descobrir a ocorrência de linkage;

Mapeamento genético.

Evolução:-

O mecanismo evolutivo: conceito e mecanismo evolutivo de Lamak e Darwin.

11-Evidências de evolução: homologia; analogia; órgãos vestigiais; semelhanças

embrionárias; os fósseis; o ser humano e seus parentes mais próximos.

Genética das populações:

População em equilíbrio e revolução;

13-Ecologia: introdução:conceito;componentes de um ecossistema.

14-Cadeias alimentares: o fluxo de energia e de matéria no ecossistema.

15-Ciclos biogeoquímicos: ciclo do carbono; do nitrogênio, oxigênio; da água.

16-Populações naturais:

Aspectos de uma população;

Fatores limitantes do crescimento populacional;

Habitat e nicho ecológico.

17- Relações Ecológicas:

Classificação:

Tipos de relações ecológicas.

METODOLOGIA:

Desenvolver e utilizar metodologias adequadas tais como: aulas

práticas no laboratório, pesquisas bibliográficas e de campo, visitas, palestras,

seminários, grupos de estudos aulas expositivas, projetos. Desta forma toda

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abordagem deve partir dos elementos vivenciais do educando e que o mesmo seja

sujeito ativo do seu processo de aprendizagem e que desenvolva a criatividade.

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

Provas subjetivas e em grupo

Trabalhos individuais e em grupo

Avaliação contínua no dia a dia

Relatórios de atividades práticas

Observações Contínuas

Participação durante as aulas

Usar meios de comunicação tais como vídeos laboratórios: computadores .

BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares Estaduais

Paulino, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo. Editora Ática, 2000. Volume Único.

Lopes, Sônia Godoy Carvalho, Bio. S. Paulo. Editora Saraiva, 5ª edição, 1996

Volume Único.

Amibis, José Mariano & Martho, Gilberto Rodrigues, Fundamentos da Biologia

Moderna, 1ª edição, 1990, volume Único.

Revista Globo Ciência.

Super Interessante.

Folha de Londrina, Jornal de Londrina.

EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

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A Educação Física, é a área do conhecimento que introduz e integra os

alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer, de expressão de

sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria na família.

Para tanto rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que

favorece os alunos que já tem aptidões,adotando como eixo estrutural da ação

pedagógica o princípio da inclusão,apontando para uma perspectiva metodológica

de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da

cooperação,da participação social e da Afirmação de valores e princípios

democráticos.Nesse sentido, procura garantir para todos a possibilidade de usufruir

de jogos,esportes,danças,lutas e ginástica em benefício do exercício crítico da

cidadania.

A partir disso, é preciso reconhecer uma segunda dimensão, esta se

refere a um esforço de uma parte significativa dos professores de Educação Física

de enriquecer o escopo da sua intervenção do centro de interesse dessa disciplina,

que se desloca de uma perspectiva naturalizada,baseada no movimento ,para uma

dimensão cultural, baseada na corporalidade. Portanto, de uma tradição fortemente

marcada pelas Ciências Naturais a Educação Física tem avançado para

preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o atendimento do

corpo em toda a sua complexidade.

As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais

disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório

para a dureza das salas de aula. A Educação Física é parte do projeto geral de

escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da

escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente

escolar , seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali

instituído, sempre em favor da formação humana.

O objetivo das práticas corporais escolares em geral, e da Educação

Física em particular deve ser a dimensão meramente motriz da sua aula sem,

no entanto, negar o movimento como possibilidade de manifestação humana.

Atentos ao que foi anteriormente caracterizado como experiência dos

professores, seus interesses, suas expectativas e suas necessidades ,

articulados com as finalidades que regem o ensino escolar e aos resultados

esperados do processo de escolarização,propormos uma concepção que procure

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contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua

potencialidade formativa.

OBJETIVOS:

A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das

abordagens centrais na motricidade;

O desenvolvimento dos conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam

relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;

As práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito

unilateral;

A superação do caráter da Educação Física como mera atividade , de “prática pela

prática”;

A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o

processo de formação humana do aluno;

Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;

Despertar o respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o

que lhe foi proposto, que os alunos tenham condições d entender e respeitar o

diferente como também de posicionar-se frente ao mundo;

Proporcionar momentos de reflexão com elementos que levem o sujeito a questionar

formas já “naturalizadas” de preconceito sobre domesticação e violência em relação

ao corpo

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Manifestações Esportivas:

Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

O esporte como fenômeno de massa;

Princípios básicos dos esportes; Táticas e regras;

O sentido da competição esportiva;

Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

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Elementos básicos constituídos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes,

fintas,

Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos

Manifestações ginásticas;

Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

Diferentes tipos de ginásticas;

Práticas de ginásticas;

Cultura de rua ;cultura de circo; malabares; acróbatas;

Brincadeiras, brinquedos e jogos.

A construção coletiva de jogos e brincadeiras ;

Oficina de construção de brinquedos;

Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados;

Diferentes manifestações e tipos de jogos;

Diferença entre jogos e esporte.

Atividade Física e saúde;

Funcionamento do Corpo humano.

Manifestações estético-corporais na Dança, no Teatro e na Música.

A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;,

Diferentes tipos de dança: por que dançamos;

Danças tradicionais e folclóricas;

Desenvolvimento de formas corporais rítmica,imitação;e representação;

Expressão corporal com e sem materiais.

METODOLOGIAS

Ao propor o encaminhamento metodológico pretende-se demonstrar

como o alargamento da compreensão das práticas corporais pode apresentar uma

reorientação nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do

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aluno. Isso significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a

corporalidade que surgem no cotidiano de cada cultura na sua especificidade

É fundamenta que o professor esteja atento às peculiaridades que envolvem

a corporalidade no mundo contemporâneo,tomando como referência aquilo que

se apresenta como o que há demais relevante em termos de produção cultural, de

acordo co a concepção defendida pelas diretrizes. O professor não pode resumir a

educação do corpo à prática de atividades físicas descontextualizadas, mas atende-

las como uma dimensão complexa e abrangente. Isso poderá viabilizar –se , na

medida em que os alunos explorem sua corporalidade pó meio de atividades e

experiências orientadas pelo professor que,por sua vez, terá como premissa a

elaboração de um planejamento que considere as diversas manifestações corporais

presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,

oportunizando a todos experiências de fato significativas para a sua formação

Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física

, sugere-se a organização das aulas em três momentos distintos:

O primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e

problematizado, buscando As melhores formas de organização para execução

das atividades a serem desenvolvidas.

O segundo momento: é a fase do desenvolvimento das atividades e refere-

se à apreensão do conhecimento. Neste momento, o professor observa as

atividades realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações

advindas da prática corporal.

O terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de

diálogo, levar cada aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante

a aula, ou seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos junto a eles.

Essa singularidade oportuniza ao professores um conhecimento maior sobre os

alunos que, ao interagirem entre si conhecem outras culturas.

Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física

compõe-se de :proposição do que vai ser executado, execução do que foi proposto

e reflexão sobre o que foi executado.

AVALIAÇÃO

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A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os

professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas

formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar,

contudo apesar da vasta literatura existente , a avaliação da aprendizagem em

Educação Física denota claramente os aspectos quantitativos de mensuração do

rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades

físicas, visando principalmente a seleção e a classificação . Muitas vezes, o único

critério para aprovação e reprovação é o de assiduidade dos alunos nas aulas.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física,nestas

Diretrizes favorecer a buscada coerência entre a concepção definida e as práticas

avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem. Nesta perspectiva,a

avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de

modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento

externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação deve estar vinculada ao Projeto Pedagógico da Escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino

aprendizagem , sendo contínua, identificando, dessa forma ,os progressos do

aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB

9394/96 pela chamada avaliação formativa m comparação à avaliação tradicional,

qual seja, somativa ou classificatória,com vistas à diminuição das desigualdades

sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

A partir da Avaliação Diagnóstica, tanto o professor quando os alunos

poderão revestir o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no

processo de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

BIBLIOGRAFIA:

DIRETRIZES CURRICULARES- SEED:

REGRAS OFICIAIS; Voleibol, Atletismo, Futsal, Hande bol,Basquete Bal-

Ed.Sprinter.

O QUE É EDUC. FÍSIC Vitor Marinho de Oliveira;

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O BRASILEIRO E SEU CORPO: João Paulo S. Medina.

EDUCAÇÃO FÍSICA E APRENDIZAGEM SOCIAL: Valter Bracht..

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Física deve dar condições aos alunos de um melhor

entendimento dos fenômenos da natureza d atender a relação ciência- tecnologia,

através da compreensão das teorias embutidas nos produtos da tecnologia e, ao

mesmo tempo, introduzir o aluno no processo de elaboração dessa ciência, para que

esta não se apresente de uma forma acabada, como verdade absoluta, à margem

dos conflitos e contradições próprias das sociedades humanas.

O ensino dessa disciplina destina-se principalmente àqueles que não serão

físicos e terão na escola uma das poucas oportunidades de acesso formal a esse

conhecimento. Assim, o que a física deve buscar no Ensino Médio é assegurar que

a competência investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer

o mundo em que se habita.

O Ensino de física deve estar voltado para os fenômenos físicos.

Enfatizando-os qualitativamente, com redução da ênfase na formulação matemática

sem, no entanto, perda da consistência teórica, visto que é importante a

compreensão da evolução dos sistemas físicos bem como das aplicações

decorrentes dessa compreensão e suas influências na sociedade contemporânea.

Além disso, o ensino de Física deve estar voltado para os temas da Física moderna,

corroborando para a apresentação da Física como ciência em processo de

construção.

OBJETIVOS:

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Observar os fenômenos da natureza com espírito crítico questionar, refletir

E entender o mundo que rodeia;

Compreender as leis e teorias científicas, que o levem ao conhecimento da Física

como ciência;

Entender a relação ciência-tecnologia, habilitando-o a julgar o valor da ciência e da

técnica na solução de problemas de seu meio.

Aplicar os princípios fundamentais da Física na solução de problemas inerentes

ao seu cotidiano.

Se interessar pelos estudos mais avançados nas áreas profissionais legadas à

Física, dando-lhe condições de prosseguir seus estudos nessas áreas.

CONTEÚDOS DE FÍSICA:

1ª SÉRIE

INTRODUÇÃO:

Evolução da Física;

Finalidade da Física;

Ramos da Física;

Grandezas Físicas;

Sistema Internacional de Unidades;

Notação científica;

Divisão da mecânica;

CINEMÁTICA ESCOLAR.

Ponto Material e Corpo Extenso;

Repouso, Movimento e Referencial.

Trajetória;

Posição, deslocamento e caminho percorrido.

Velocidade Média;

Movimento Uniforme;

Gráficos do Movimento Uniforme;

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Aceleração Média;

Tipos de movimento;

Movimento Uniformemente variado;

Equação de Torricelli;

Gráficos do Movimento Uniformemente Variado;

Quedas dos Corpos.

CINEMÁTICA VETORIAL

Vetor;

Componentes retangulares de um vetor;

Vetor posição e vetor deslocamento;

Velocidade vetorial média;

Composição de movimentos;

Lançamento Oblíquo;

Lançamento Horizontal.

DINÂMICA

Força;

Força resultante;Equilíbrio;

1ª Lei de Newton;

Massa de um corpo;

2ª Lei de Newton;

Peso de um Corpo;

Medida de uma força;

Deformação Elástica;

O quilograma - Força;

3ª Lei de Newton;

Força de atrito;

Influência da resistência do ar;

FORÇA DOSMOVIMENTOS CIRCULARES:

Força centrípeta;

Aceleração centrípeta;

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GRAVITAÇÃO UNIVERSAL.

Introdução à Gravitação Universal;

Leis de Kepler;

Aceleração da Gravidade;

Satélite estacionário.

ENERGIA:

Trabalho de uma Força;

Trabalho da Força Peso;

Potência;

Rendimento;

Energia;

Energia Cinética;

Energia Potencial;

Princípio da conservação da Energia Mecânica;

Conservação da quantidade de movimento;

Teorema do Impulso;

Matéria e Universo;

Interações Fundamentais;

Cosmologia Física;

2ª SÉRIE

TEMPERATURA E DILATAÇÃO TÉRMICA:

Temperatura - Conceito e Escalas Termométricas;

Termômetro;

Dilatação;

CALOR E TEMPERATURA:

Calor como Força de energia;

Capacidade Térmica;

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Calor específico;

Mudanças de fase;

Propagação de calor;

ESTUDO DE GASES:

Transformações Gasosas;

Leis dos gases;

Equação de estado de um gás ideal;

Teoria Cinética dos Gases;

1ª LEI DA TERMODINÂMICA:

Trabalho e energia interna;

Experiência de Joule;

1ª Lei da Termodinâmica e suas aplicações.

2ª LEI DA TERMODINÂMICA:

Conceito de entropia;

2º Princípio da Termodinâmica;

Ciclo de Canort;

Aplicação do 2º Princípio da Termodinâmica ao funcionamento da máquina térmica.

3ª SÉRIE

ÒPTICA:

Óptica Geometria;

Reflexões da Luz;

Espelhos Planos;

Leis da Reflexão;

Espelhos Esféricos.

REFRAÇÃO DALUZ:

Fenômenos devidos à refração;

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Índice de Refração;

Dispersão da Luz;

Lentes esféricas;

A Luz e o olho humano

INSTRUMENTOS ÓPTICOS.

O olho e a câmera fotográfica;

O microscópio.

ÓPTICA FÌSICA

MOVIMENTO ONDULATÓRIO;

Características gerais de um movimento ondulatório;

Reflexão, refração, difração e interferências de ondas mecânicas.

Ondas Luminosas;

Difração e interferência.

ELETROMAGNETISMO:

Eletricidade;

Fenômenos Elétricos:

Eletrização – Condutores e isolantes;

Conceito de carga elétrica;

Corrente elétrica;

Campo elétrico, força elétrica, diferença de potencial e energia potencial elétrica;

CIRCUITOS ELÈTRICOS:

Corrente Elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica;

Lei de Ohm;

Potência consumida em um circuito.

Resolução de circuitos.

ELETROMAGNETISMO:

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FENÔMENOS MAGNÈTICOS:

Interpretação entre imãs;

Campo magnético de um imã.

FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS

APLICAÇÕES:

O galvanômetro;

Gerador elementar;

Transmissão e distribuição da energia elétrica .O transformador.

METODOLOGIA UTILIZADA NO ENSINO DE FÌSICA:

Para conduzir um ensino de forma compatível com uma promoção dos

objetivos gerais e específicos, é importante tomar como ponto de partida situações

mais próximas da realidade do aluno. A contextualização dos conteúdos pode vir da

escolha de fenômenos, objetos e coisas do universo vivencial. Problemas do mundo

real tendem a propiciar, freqüentemente, soluções mais criativas e são

presumivelmente mais significativos e motivadores que problemas artificiais. É

interessante, para os alunos, poderem trazer o mundo abstrato da Física para o

mundo construído diariamente em suas experiências. Parece, entretanto, pouco

razoável esperar algum interesse em compreender os conceitos físicos no universo

particular, da maneira usualmente apresentado nos livros, que é pouco significativo

para os alunos. Buscar respostas às perguntas e curiosidades dos alunos, contribui

para o aprendizado em diversos aspectos. Ao trazer fenômenos do cotidiano dos

alunos, o professor pode suscitar suas concepções de mundo sobre o assunto.

Essas concepções, em geral construídas fora do espaço escolar, constituem

verdadeiros obstáculos à instrução científica.

É importante lembrar que, ao mesmo tempo em que a ciência se opõe ao mito

como explicação das coisas de ordem prática, na modernidade ela passou a

desfrutar de uma crença quase divina, incluindo-se a tecnologia. Isso pode levar a

uma sociedade tecnocrática na qual são os parâmetros técnicos e científicos que

definem as tomadas de decisões em prejuízos dos parâmetros humanos e

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sociais Para se repensar esse cenário podem contribuir a introdução da História e

a Filosofia da ciência, juntamente com o enfoque metodológico e a alfabetização

científica e tecnológica.

Esse enfoque possibilita a discussão da relação entre os pólos e relevância

de aspectos tecnocientíficos sociais significativos. Envolve ainda reflexões no campo

econômico e sua articulação com o desenvolvimento tecnológico e científico. É uma

perspectiva baseada em argumentos para a promoção da alfabetização científica

entre a população em geral. Nesse enfoque existem várias estratégias de ensino

possíveis, como palestras, pesquisa de campo, etc.

Outra possibilidade metodológica seria a aprendizagem centrada em eventos,

que utiliza fatos de ampla veiculação na mídia e de importância sócio-econômica,

explorando–os a partir da ciência e da tecnologia.

AVALIAÇÃO:

A avaliação sedará ao longo do processo de ensino aprendizagem por

meio de uma interação diária com os alunos. É necessário que o processo avaliativo

se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo

professor. Que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos

possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto

entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações estabelecidas

por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo der ensino e de

aprendizagem .

Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das

ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo

avaliativo, a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente

ligados ao propósito principal do processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição

dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de análise crítica da

realidade, por meio da abordagem articulada.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam,

produzem,discutem,relacionam, refletem, analisam,justificam, se posicionam e

argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

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Pode-se perceber que a avaliação, nestas diretrizes, se dará ao longo do

processo de ensino e de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma única

atividade ou método avaliativo e, precisam considerar os alunos como sujeitos

históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA:

As Diretrizes Curriculares Estaduais

Oliveira, Geraldo Fulgêncio de, 1992. Física: Uma proposta de Ensino. V. Único.

Ed.Moderna.

Bonjorno, Regina Azenha-Física Fundamental: 2º Grau. Ed. FTD.

Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa V. único. Ed FTD

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Entendendo o espaço de vida dos homens com um produto histórico

construído pela sociedade, cresce a importância do ensino de Geografia no Ensino

Médio, na medida em que propicia ao educando, futuro cidadão, o conhecimento

crítico da realidade espacial e com isso, sua participação consciente e responsável

no processo social de produção do espaço geográfico, e mostrar que a partir do

momento em que o homem começou a modificar a natureza, plantando, colhendo,

criando, animais erguendo construções o planeta deixou de ser apenas uma

paisagem natural para se transformar em espaço geográfico: um espaço

humanizado, construído por meios do trabalho, à medida que mudam os

instrumentos de trabalho, a sociedade também vai se modificando, surgem novas

formas de pensar de morar, de relacionar-se, desenham-se espaços geográficos

típicos de cada sociedade e de cada época, por isso , ao olhar uma paisagem,

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não podemos deixar de refletir sobre o modo como vive a sociedade que a

construiu, e assim discutir as novas formas de organização social que surgem com o

avanço tecnológico procurando observar a contextualização dos conteúdos

,estabeleça relações com outras disciplinas e com sua realidade de vivência ,

afinal , o essencial é preparar o aluno para a vida em sociedade, nesta época de

revolução técnico-científica e de globalização.

O ensino de Geografia deve preparar o aluno para: localizar, compreender e

atuar no mundo complexo, problematizar a realidade, formular proposições,

reconhecer as dinâmicas existentes no espaço geográfico, pensar e atuar

criticamente em sua realidade tendo em vista a sua transformação.

Dessa maneira, configura-se o objetivo maior do ensino de geografia, que

conjuga o plano de ação do educando:”conhecer o espaço geográfico para melhor

agir no processo de sua construção”.

Vale destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas

correntes fenomenológicas da geografia foi a de buscar explicar e compreender o

espaço geográfico não somente como produto de forças econômicas ou de formas

de adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.

Com essa proposta os alunos estarão aprendendo uma geografia que valoriza

suas experiências e a dos outros, e ao mesmo transcendendo a dimensão local na

procura do mundo.

A partir dessas premissas, o professor deverá proporcionar práticas e reflexões

que levem o aluno à compreensão da realidade.

OBJETIVOS:

Perceber e localizar o espaço e transmitir entre as diferentes escalas, relevos e

estruturas espaciais.

Compreender e interpretar os fenômenos considerando as dimensões local,

regional, nacional e mundial;

Dominar as linguagens gráfica, corporal e iconográfica;

Reconhecer as referências e os conjuntos espaciais, ter uma compreensão do

mundo articulado ao lugar de vivência do aluno e ao seu cotidiano.

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Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade

reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de

fortalecimento da democracia;

CONTEÚDOS:

1ª SÉRIE

Geografia: conceito / ciência geográfica.

Coordenadas geográficas: Projeções cartográficas.

Escalas: Projeções cartográficas.

Mapas temáticos.

Estatísticas em gráficos.

O homem e o meio ambiente.

Poluição ambiental.

Poluição das águas oceânicas e fluviais.

Produção e organização do espaço mundial.

Regionalização local planetário.

Divisão do trabalho.

Teoria das placas tectônicas.

Estrutura geológica do Brasil.

Blocos econômicos.

Desigualdades sociais.

Migrações – movimentos pendulares.

Atividades econômicas.

Agropecuária.

Extrativismo mineral

Fontes de energia.

Meios de transporte e comunicação

Comércio – origem e evolução de mercadorias.

Sistema monetário – evolução.

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2ª SÉRIE

Urbanização: conceito e evolução;

Urbanização dos Países subdesenvolvidos, médios e desenvolvidos;

População relativa e população absoluta;

Aglomeração Urbana;

Indicadores Sociais econômicos e demográficos;

As teorias demográficas;

Padrões de ocupação do espaço brasileiro;

Etnia;

Estrutura da população P.E.A e P.E.J.I;

Movimentos imigratórios - emigrações;

Violência Urbana;

Estrutura fundiária brasileira;

A formação do solo brasileiro;

Bacias hidrográficas no Brasil.

Brasil na economia mundial

Clima e asa correntes marinhas;

Brasil e mundo;

Efeito Estufa, Camada de Ozônio;

Distribuição da vegetação no Mundo e os domínios vegetais do Brasil.

3ª SÉRIE

Geografia: conceito/ ciência geográfica;

Geopolítica e geo-economia;

Territorialidade;

Geopolítica;

Modo de Produção Socialista;

Modo de produção Capitalista.

Blocos Econômicos;

Geografia Regional e do mundo;

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Geografia do Paraná;

Ocupação;

Características naturais, humanas e suas inter-relações;

Dinâmica Sócio Ambiental;

Fontes Econômicas e Potencialidades.

METODOLOGIA:

Considerando o objetivo de estudo da Geografia (Espaço Geográfico),

os principais conceitos geográficos, os Conteúdos apresentados,cabe apontar como os

mesmos devem ser abordados no ambiente escolar.Frisa-se que os conteúdos

Específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica ,interligando

teoria,prática e realidade,mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos

propostos,utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim

transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja do local ao global e vice-versa.

Ser cidadão pleno supõe um conhecimento do meio em que vive, e o estudo do

espaço geográfico não deve ter uma finalidade meramente acadêmica ou escolar. Deve

isto sim, encontrar utilidade na vida prática, na reflexão sobre o mundo,para nele se viver

melhor,promovendo,inclusive, sua transformação.

Outro pressuposto teórico-metodológico é elaborar um geografia escolar apropriada

para momento atual e suas indagações (globalização, nova problemática ambiental, maior

valorização do conhecimento e da força de trabalho qualificada com a correlata

desvalorização das matérias-primas e da força de trabalho barata, redefinições do papel

da escola e, conseqüentemente, do ensino de geografia.

O ensino de Geografia deve partir da observação e da caracterização dos

elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida para uma compreensão

mais ampla das relações entre sociedade e natureza.

Observar, descrever, representar cartograficamente ou por imagens, os espaços,

são procedimentos que poderão ser utilizados s mesmo que o aluno o faça com pouca

autonomia, requisitando a orientação do professor. Com o decorrer do tempo irá

adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos, elaborar

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questões, confrontar suas opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante do grupo sobre

suas experiências.

O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado

considerando-se os referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar no

espaço.

É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, Atlas, Globos terrestres,

atualizados e em situações em que os alunos possam interagir com esses recursos.

A geografia, ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as

múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

AVALIAÇÃO:

A avaliação deve ser estruturada como parte integrante do processo

pedagógico e educacional. É um instrumento permanente e abrangente, torna-se

necessário esse processo antes mesmo da introdução de novos conteúdos. Ao

avaliar o nível e a amplitude de conhecimentos que os alunos possuem sobre

determinado tema - seus conhecimentos prévios - é possível adaptar a prática

didática aquilo que for mais adequado ao grupo.

A avaliação deve ser estruturada levando-se em conta o grau de

desenvolvimento e conhecimento necessário a continuidade dos estudos. Ela deve

ser adequada aos instrumentos da disciplina,como a leitura, análise e interpretação

de mapas, gráficos tabelas e outras imagens, compreensão de textos e

desenvolvimento de um método de interpretação da realidade .

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que

saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um

processo contínuo de construção e reconstrução do conhecimento assentado na

relação dialógica que acontece entre professor e aluno.

BIBLIOGRAFIA:

ANTUNES, Celso: Geografia e participação. Ed. Saraiva.

PIFFER, Osvaldo: Geografia no Ensino Médio. Ed.IBEP

MOREIRA, Igor: O Espaço Geográfico. Ed. Ática.

OLIVA, Jaime; GIANSNTI, Roberto: Temas da Geografia do Brasil.

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WILLIAM, José Vicentini - Série Brasil; Ed. Ática.

Diretrizes Curriculares - SEED

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Os historiadores estão atentos às diferentes possibilidades e alternativas que se

apresentam nas sociedades, tanto nas de hoje quanto nas do passado, as quais

emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens.

A aprendizagem de metodologias apropriadas para a construção do

conhecimento histórico, seja no âmbito de pesquisa científica seja no do saber histórico

escolar,torna-se um mecanismo essencial para que o aluno possa apropriar-se de um

olhar consciente no que tange à sociedade e a si mesmo.

A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando, é a

edificação da capacidade de pensar historicamente e isto contribui para a construção do

conhecimento e respeito ao outro, com o qual se convive pessoalmente e com o qual

convive-se enquanto coletividade.

Em princípio, destaca-se que as diretrizes curriculares que agora se

apresentam, recusam uma concepção de \História como verdade pronta e definitiva. A

produção do conhecimento histórico é ter como base a explicação e interpretação de fatos

do passado. O ensino da História contribui para a formação de uma consciência histórica

crítica dos alunos.

OBJETIVOS:

Levar os alunos a considerarem como importante a apropriação crítica do

conhecimento produzido pelos historiadores, que está contido nas narrativas

de autores que se utilizam de métodos diferenciados e podem até mesmo

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apresentar versões e interpretações díspares sobre os mesmos

acontecimentos.

Compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, e desvendamento das

relações que se estabelece entre grupos humanos em diferentes tempos e

espaços.

CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

1ª SÉRIE

Conceito de história.

Concepção de história.

Mesopotâmia.

Egito

Hebreu, Fenícios e Persas.

Grécia

Roma

Idade Média

Sistema Feudal

A igreja Medieval

Fim da idade média / Transição do Feudalismo para o sistema capitalista.

Estado Moderno

Renascimento artístico e científico.

Riquezas da África e sua influência na Cultura brasileira.

Questão Indígena

2ª SÉRIE

Etapas de Capitalismo;

Brasil: miscigenação de raças (índios, negros e brancos).

Revoluções industriais (sistema Fabril, industrialização e urbanização).

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Formação de classe operária e o mundo do trabalho. (Divisão Internacional do

trabalho.)

A hegemonia burguesa.;

As contradições da burguesia;

Socialismo;

O sindicato e a organização operária internacional;

Anarquismo; sindicalismo na América;

O Humanismo e o Iluminismo;

O Liberalismo econômico;

A concepção do trabalho útil;

A revolução dos estados Liberais;

A Independência dos Estados Unidos.

3ª SÉRIE

Primeira Guerra Mundial e a participação do Brasil;

Revolução Russa;

Crise de 29 no mundo e o Brasil;

Regime totalitarismo, nazismo, fascismo e stalinismo;

Brasil república velha:

Segunda Guerra Mundial e a polarização;

Descolonização e a Guerra Fria;

Decomposição e condições do capitalismo;

Desenvolvimento e subdesenvolvimento, novas estratégias de dominação;

Industrialização brasileira;

Populismo na América Latina;

Ditaduras Militares;

Movimentos sociais no campo e nas cidades, lutas sociais nos países

desenvolvidos, crise do socialismo autoritário;

Brasil ditadura militar;

Brasil Contemporâneo;

História do Paraná;

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Questões indígenas;

Movimento migratório e Imigratório;

Escravidão ( cultura Afro- brasileira );

Formação das Fronteiras;

Tropeirismo;

Economia cafeeira;

Industrialização; atualidade.

METODOLOGIA:

Quando se pretende que o ensino de História contribua para a

construção da consciência histórica é imprescindível que o professor retome com

seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou

seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como

objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações

humanas praticadas no tempo.

Ao planejar assuas aulas caberá ao professor problematizar,a

partir do conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,

considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste

modo exigirá que seja constantemente retomado.Neste sentido algumas questões

poderão ser feitas pelo professor e seus alunos.

O estudo de História do ponto de vista historiográfico e

pedagógico é fundamental na formação do estudante como cidadão para que

assuma atitude participativa e crítica na sociedade na qual está inserido.

Reconhecer que o saber escolar é construído na interlocução. Cada

situação requer a escolha de didáticas específicas para que o processo seja

construído coletivamente.

O professor deve estar continuamente aprendendo, procurar novos

caminhos e novas alternativas para criar e recriar novas possibilidades na realidade

escolar.

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Nunca esquecer que a história é um conhecimento construído e

em constante construção,e que, sua contribuição mais significativa ao educando,é a

edificação da capacidade de pensar historicamente.

O que se pretende, é que o ensino de História contribua para a

construção da consciência histórica.

AVALIAÇÃO:

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas

diretrizes objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino

aprendizagem.Nesta perspectivas, a avaliação deve estar colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica,

sejam melhores implementadas na continuidade do processo de ensino

aprendizagem,faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre

alunos e professores , envolvendo questões relativas à critérios adotados , a função

da avaliação, a necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado,

seja de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão

ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo

contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que

podem ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelo

aluno.

Ao se propor uma maior participação dos alunos no processo

avaliativo, não se pretende esvaziar o papel do professor , mais ampliar o

significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é

necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de

avaliação..

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BIBLOGRAFIA;

COTRIM, Gilberto: História Global, Brasil e Geral, 1ª edição- São

Paulo: Saraiva- 1997.

FERREIRA, José Roberto Martins, História 6ª edição :

Reform.São Paulo, 1997.

RODRIGUES, José Éster; História em Documento, Imagem Texto

2ª edição São Paulo-2002

TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viva e Descobrir... História e

Geografia Paraná.

Diretrizes Curriculares do Estado.

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃOGERAL DADISCIPLINA:

O ensino de língua portuguesa é o alicerce e o meio necessário

para aquisição e construção do conhecimento nas outras áreas de ensino. Tem o

papel de formar o leitor e auxilia-lo no aprimoramento de sua expressão oral e

escrita. Acrescente-se a isso que o fato de língua ser o meio e o suporte de outros

conhecimentos vinculado e criando situações que aproximem o uso da escrita às

condições reais de sua utilização no contexto social ,para que a interação verbal-

atividade proposta que visa à formação dos alunos ou melhor do ser humano, seja

coerente.

OBJETIVO;

Criar condições para que o aluno desenvolva sua capacidade comunicativa,

discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado ao contexto, as

diferentes situações e práticas sociais.

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Poder conceber o Ensino da Língua para que os indivíduos possam

interagir, alcançando seus objetivos e atendendo as suas necessidades, quando

dominarem as normas cultas e souberem articular os conteúdos como estratégias

auxiliares da linguagem, dando espaço para a verbalização na representação social

e cultural.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

Educação Das Relações Étnico-Raciais e História da Cultura Afro-Brasileira e

Africana

°Desenvolver ao longo das séries, contemplando no Planejamento:

• Comparação entre países que falam a língua portuguesa: diferenças

do português falado e escrito lá com o falado e escrito no Brasil.

• Discussão e construção de temas sobre o racismo, a presença do

negro na mídia, nas profissões, no mercado de trabalho, nas escolas.

• Leitura de obra de arte de artistas variados, essencialmente de Di

Cavalcante, Lazar Segall e Cândido Portinari que retratam a figura do negro.

1ª SÉRIE

PRÁTICA DA ORALIDADE

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade,

etc.

• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou

pessoas do seu convívio;

• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo

a constatar suas similaridades e diferenças;

• Declamação de poemas;

• Transmissão de informações;

• Exposição de ideias;

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• Troca de opiniões;

• Defesa de ponto de vista (argumentação);

PRÁTICA DA LEITURA

• Leitura de diversos textos produzidos em diferentes práticas sociais;

• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de

relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros

diretamente implicados por ele.

PRÁTICA DA ESCRITA

• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Reflexão sobre o uso da língua

• Operadores argumentativos;

• Aspectos de coerência e coesão;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Formalidade e informalidade;

• Referenciação;

• Concordância e regência;

• Relações semânticas;

• Substituição através de pronomes e as conexões através de

conjunções.

• Semântica: denotação, conotação, polissemia, homônimos,

parônimos, ambiguidade;

• Estrutura e formação da palavra;

• Sintaxe: estruturas sintáticas: palavra, sintagma, frase, oração período;

• Pontuação;

• Acentuação gráfica.

LITERATURA

• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas

as épocas, estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e

Page 341: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

alunos.

GÊNEROS TEXTUAIS

Primeira Série

Exposição oral

Músicas

Provérbios

Quadrinhas

Contos

Fábulas

Fábulas contemporâneas

Histórias em quadrinhos

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Textos dramáticos

Cartazes

Seminário

Pesquisas

Cartum

Charge

Crônicas jornalísticas

Entrevistas

Tiras

Reportagem

e-mail

debate

depoimentos

regimentos

blog

Anúncio

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2ª SÉRIE

PRÁTICA DA ORALIDADE

• Leitura e produção de textos orais previstos para a série,

considerando as suas especificidades;

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade,

etc.

• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo

a constatar suas similaridades e diferenças;

• Transmissão de informações;

• Exposição de ideias;

• Troca de opiniões;

• Defesa de ponto de vista (argumentação);

PRÁTICA DA LEITURA

• Leitura de diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais:

• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de

relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros

diretamente implicados por ele.

PRÁTICA DA ESCRITA

• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Reflexão sobre o uso da língua

• Aspectos de coerência e coesão;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Referenciação;

• Relações semânticas;

Page 343: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

• Substituição através de pronomes e as conexões através de

conjunções.

• Classes de Palavras – emprego e função;

• Pontuação;

• Acentuação gráfica.

LITERATURA

• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas

as épocas, estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e

alunos.

GÊNEROS TEXTUAIS

SEGUNDA SÉRIE

Exposição oral

Músicas

Provérbios

Quadrinhas

Contos

Fábulas

Fábulas contemporâneas

Histórias em quadrinhos

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Textos dramáticos

Cartazes

Seminário

Pesquisas

Cartum

Charge

Crônicas jornalísticas

Entrevistas

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Tiras

Reportagem

e-mail

debate

depoiementos

regimentos

blog

artigo de opinião

carta ao leitor

3ª SÉRIE

PRÁTICA DA ORALIDADE

• Leitura e produção de textos orais previstos para a série,

considerando as suas especificidades;

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, etc.

• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo

a constatar suas similaridades e diferenças;

• Declamação de poemas;

• Transmissão de informações,

• Exposição de ideias,

• Troca de opiniões;

• Defesa de ponto de vista (argumentação);

PRÁTICA DA LEITURA

• Leitura de diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais;

• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos

segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele.

PRÁTICA DA ESCRITA

• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.

Page 345: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Reflexão sobre o uso da língua

• Operadores argumentativos;

• Aspectos de coerência e coesão;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Formalidade e informalidade;

• Referenciação;

• Concordância e regência;

• Relações semânticas;

• Substituição através de pronomes e as conexões através de conjunções;

• Sintaxe: subordinação e coordenação;

• Concordância verbal;

• Regência verbal

• Crase;

• Pontuação;

• Acentuação gráfica.

LITERATURA

• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas as épocas,

estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e alunos.

GÊNEROS TEXTUAIS

Terceira série

Exposição oral

Músicas

Provérbios

Quadrinhas

Contos

Fábulas

Fábulas contemporâneas

Histórias em quadrinhos

Paródias

Pinturas

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Poemas

Romances

Textos dramáticos

Cartazes

Seminário

Pesquisas

Cartum

Charge

Crônicas jornalísticas

Entrevistas

Tiras

Reportagem

e-mail

debate

depoimentos

regimentos

blog

Carta ao leitor

Carta do leitor

Artigo de opinião

Texto argumentativo

Carta de emprego

Carta de reclamação

Vídeo clip

Morfologia: conceito / classificação.

As variáveis: substantivo, advérbio, adjetivo, artigo, verbo, pronomes.

As invariáveis: preposição, conjunção, interjeição, numeral / classificação / flexões:

gênero, número, grau.

Gêneros textuais: Descrição, gramática, técnica, processo. / Narração: tempo, linha,

espaço, personagem, conflixo, solução. / Narratividade: narrador, acontecimentos. /

Propaganda: abertura a sensibilidade / Persuação / Resenha / Crônica / Monólogo /

Resumo / Editorial / Cartas: processo, técnica, gramática, gênero.

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Literatura: Romantismo (conceito, representantes, obras, divisão) / Romantismo no

Brasil (suas fases, objetivos, características) / Romantismo no Portugal (fases,

economia, política, seus objetivos, característica) / Realismo / Parnasianismo /

Naturalismo (conceito, características, representantes, obras) / Simbolismo.

METODOLOGIA:

A língua portuguesa, em diversas propostas curriculares, tende a

criar situações nas quais o aluno possa vivenciar e incorporar um processo

educativo que venha contribuir para o seu crescimento intelectual e social, fazendo-

o capaz de assumir uma atitude de consciência da realidade experimentada

,possibilitando-lhe a apropriação de uma efetiva construção do conhecimento que

lhe servirá de instrumento para a vida.

Isso ocorre quando escola e professor consideram esse aluno

como sujeito ativo da aprendizagem e do conhecimento.

O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser

centrados nas relações aluno-professor em que conhecimento e internalizado deixa

de ser informativo e passa ser formativo.

O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade

básica de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta

que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para

garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. será necessário

que o professor reintroduza-o nas práticas de escuta, leitura e produção,permitindo

que o trabalho com a literatura permita a passagem gradual da leitura não comum

para uma leitura mais extensiva.

Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a

realização de atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua

e suas propriedades, como trabalho de observação, descrição,por meio do qual se

constrói explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas

discursivas.

Será empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de

textos, que se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos lingüísticos a

outros de natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação

escrita.

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Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das

características do gênero e do autor, fazendo uma relação de procedimentos de

leitura em função dos diferentes objetivos.Serão estabelecidas relações

necessárias entre o texto e outros textos de recursos de natureza suplementar

para a compreensão e interpretação do texto.

Far-se-á levantamento e análise de indicadores lingüísticos e

extralingüísticos presentes no texto par identificar as várias vozes do discurso e o

ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo,coma finalidade de

confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que possa posicionar

criticamente diante dele.

Sabendo-se que esse conhecimento se constitui a partir do saber

existente no aluno, somando ao que o professor detém. Ocorrerá a real construção

do conhecimento,através do diálogo, da interação, viabilizando, assim , a

verdadeira troca de experiências e, conseqüentemente, a aprendizagem

Dessa forma, aluno e professor vivenciarão as práticas da linguagem

que devem envolver o seu todo–leitura , produção de texto, análise lingüística-

não fragmentando a transmissão e conhecimento da língua contextualizando-a no

seu universo

AVALIAÇÃO:

A avaliação é contínua e permanente através da participação,

atuação em grupo e individual.

BIBLIOGRAFIA;

Diretrizes Curriculares do Estado da Educação.

ABAURRE, Maria Luiza-L; lit. Ed. Moderna.

AMARAL- Emília Ferreira- Novas Palavras - FTD

CAMPACDELLI - Samira Yousseff e Souza Lit e Produção de Texto e

Gramática- Ed. Saraiva.

NICOLA, José de Infante- Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa – Ed.

Scipione.

TERRA, Ernani e Nicola- Gramática de hoje. São Paulo.

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MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A matemática como parte do conjunto de conhecimentos científicos

é um bem cultural construído nas relações do homem como mundo em que vive e

no interior das relações sociais. Nessa proposta aprender matemática é muito mais

que manejar fórmulas , saber fazer contas ou marcar X na resposta correta:é

interpretar, criar significados ,construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas desenvolvendo o raciocínio lógico,a capacidade de conceber, projetar e

transcender o imediatamente sensível como uma condição necessária para

participarem e interferirem na sociedade em que vivem.

A matemática integrando a área das ciências da natureza e

tecnologia do ensino médio, tem caráter instrumental mais amplo, além de sua

dimensão própria de investigação. Certamente ela se situa como linguagem,

instrumento, portando de expressão e raciocínio, se estabelecendo também como

espaço de elaboração e compreensão de idéias que se desenvolvem em estreita

relação como todo social e cultural, portanto, ela possui também uma dimensão

histórica alinhada ao conjunto de competências e habilidades priorizadas em

todas as outras disciplinas.Mostra-se portanto, relevante, abrindo possibilidades de

participação e inserção social de modo que a aprendizagem escolar faça sentido.

É fundamental que se relacione a matemática à outras

ciências. Deve-se lembrar que o ensino de matemática não deve ser um fim

,mas um meio pelo qual o aluno é levado a adquirir um estágio de compreensão,

consciência e raciocínio.

OBJETIVOS:

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Desenvolver no aluno uma concepção de matemática que permita a

todos o acesso ao conhecimento matemáticos presentes e qualquer condição da

realidade.

CONTEÚDOS DA DISCIPLINA;

1ª SÉRIE

1- Conjuntos Numéricos;

Representação de conjuntos;

Operações com conjuntos;

Intervalos.

2- Funções:

Definições de Funções;

Gráficos de uma Função;

Tipos de Função.

3- Função do 2º Grau;

Definição;

Substituição de valores;

Construção de gráficos;

Sistema de inequação do 2º Grau.

4- Função Modular:

Definição de módulo;

Equação e inequação modular;

5- Função exponencial:

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Definição exponencial;

Equações exponenciais;

6- Função Logarítmica:

Definição de Logaritmo;

Equações Logarítmicas ;

Gráfico da função logarítmica;

7- Sucessão e Seqüência:

Definição de seqüência;

Progressão aritmética (PA);

Progressão geométrica (PG);

Envolvimento da progressão aritmética em problemas práticos;

Representação de PA e PG;

Uso de fórmulas para cálculo de PA e PG.

2ª SÉRIE

1- Matrizes e Determinantes:

Definição de matrizes e determinantes;

Tipos de matrizes;

Operações com Matrizes e determinantes.

2- Sistema Lineares:

Equação Linear;

Classificação de Sistema Linear;

Regra de Cramer.

3- Análise combinatória:

Definição d fatorial;

Arranjos, combinações e permutações.

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4- Teoria da Probabilidade:

Definição de probabilidade;

Probabilidade de um evento.

5- Trigonometria:

Trigonometria no triângulo retângulo;

Seno cós-seno e tangente.

6- Estudo da circunferência:

Arco de Ângulos da circunferência;

Comprimento da circunferência;

Funções circulares.

7- Relações Trigonométricas:

Tipos de relações trigonométricas;

Transformações Trigonométricas;

Equação e Inequação trigonométricas;

Resolução de triângulo qualquer.

3ª SÉRIE

1- Semelhança de Figuras Planas:

Teorema de Tales;

Semelhanças entre triângulo;

Relações métricas no triângulo retângulo.

2- Polígonos Regulares

Definição de Polígonos;

Polígonos inscritos na circunferência;

Comprimento da circunferência.

3- Geometria Plana:

Área de figuras Planas.

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4- Geometria Espacial:

Noções sobre poliedros;

Cálculo do volume de figuras espaciais;

5- Geometria analítica:

Sistema Cartesiano: ortogonal.

Distância entre dois pontos.

Cálculo do ponto médio.

6- Estudo da Reta e da Circunferência no plano.

Condições de alinhamento;

Inclinação da reta no plano;

Posição da circunferência no plano cartesiano.

7-Desenvolvimento de Conceitos da Álgebra:

Conjunto dos números complexos;

Operações com n} complexos;

Polinômios;

Equações polinomiais e algébricas.

METODOLOGIA:

O vínculo da matemática com as situações do cotidiano possibilitará aos

alunos levantarem hipóteses e arriscarem-se na busca de resultados.

Assim é fundamental fazer com que os alunos ampliem os significados

que possuem a cerca dos números e das operações, busquem relações existentes

entre eles, aprimorem a capacidade da análise e de tomada de decisões que

começam a se manifestar. Também irá explorar o potencial crescente de abstração,

fazendo com que os alunos descubram regularidades e propriedades numéricas e

métricas. Com isso criará condições para que os alunos percebam que as atividades

matemáticas estimulam o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o

desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.

Assim, a organização do trabalho será encaminhada de modo que os

alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos

matemáticos e interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de

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soluções para resolução de problemas,respeitando o modo de pensar dos colegas e

aprendendo com eles.

AVALIAÇÃO:

A avaliação será contínua, considerando o raciocino lógico do aluno e

seu crescimento cultural. A avaliação deve ser orientada para o professor na

condução de sua prática docente.

A educação matemática adotada nestas diretrizes tem o papel de

mediação no processo de ensino aprendizagem,e a avaliação deve ser vista como

integrante de um mesmo sistema.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares da educação estadual.

GIOVANNI, José Ruy- Matemática Fundamental –2º Grau. V.Único. Ed. FTD.

FERNANDES, Vicente Paz, matemática para 2º grau. Ed. Scipione.

LONGEN, Adilson, Matemática Ensino Médio. Ed. Positivo

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Química como ciência das substâncias constituintes do universo

físico,que estuda suas propriedades, suas estruturas e reações que transformam em

outras substâncias, seus conteúdos devidamente desenvolvidos, resultarão em

estudos cativantes para os alunos. Permitindo desenvolver conteúdos e discutir a

química na sociedade em que vivemos, sendo realizador de ações onde as

aquisições educativas tornarão parte integrante da vida para construir, reconstruir e

enriquecer a vida do aluno e sociedade.

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OBJETIVOS:

- Desenvolver, expor, reconhecer, julgar, dominar.

- Direcionar o aluno a ter uma visão mais abrangente da química, relacionando as

aplicações cotidianas dessa ciência aos conteúdos teóricos, afim de evitar que seja

vista apenas como um conjunto de fórmulas, cálculos matemáticos ou de conceitos

abstratos, fazendo que o mesmo perceba que a ciência está em constante

evolução e que o conhecimento é construído gradativamente.

CONTEÚDOS PROPOSTOS:

1ª SÉRIE

1. – Aplicação da Química no cotidiano;

2. - Constituição da Matéria:

Molécula;

Substâncias simples e compostas.

Misturas: homogenias e Heterogêneas;

Alotropias;

Propriedades da matéria.

3- Estudos dos Átomos;

4- Características e propriedades dos elementos químicos.;

5- Classificação periódica;

6- Ligações químicas;

7- Forças Intermoleculares;

8- Radioatividade.

2ª SÉRIE

1- Funções Inorgânicas;

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2- Reações Químicas;

3- Grandezas Químicas;

4- Haletos Orgânicos e cotidiano;

5- Isomeria;

6- Reações Nucleares.

3ª SÉRIE:

1- Química Orgânicas;

2- Funções Orgânicas (Hidrocarbonetos);

3- Funções Orgânicas (Oxigenados);

METODOLOGIA :

Leitura e debates dos textos referentes ao assunto á ser trabalhado;

Identificar substâncias, através de investigações;

Recursos audio-visuais;

Exposição de fórmulas;

Aulas práticas no laboratório.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através da participação dos alunos nas aulas, na

resolução de exercícios propostos; debates; experimentos práticos em grupo e

individual; relatórios de experimentos no laboratório; Testes objetivos e subjetivos.

BIBLIOGRAFIA:

DIRETRIZES CURRICULARES – SEED.

Nehmi, Victor- Química- vol. Único Ed. Ática

Sardella & Mateus - Curso de Química. Vol 3. Ed. Ática.

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FILOSOFIA

A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um

tratamento disciplinar tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino

Médio.

A disciplina de Filosofia contribui, em especial, para a ressignificação da

experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores,

formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre a realidade.

Essa disciplina justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com

outras disciplinas e contribuir para reafirmá-las enquanto momento de um processo

de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos educação.

OBJETIVO GERAL:-

A Filosofia não é apenas propiciar ao aluno um mero

enriquecimento intelectual. Ela é parte de uma proposta de ensino que pretende

desenvolver no aluno a capacidade para responder, lançando mão dos

conhecimentos adquiridos, as questões advindas das mais variadas situações.

CONTEÚDO DE FILOSOFIA

1ª série 1- Mito e Filosofia

- Saber mítico

- Saber filosófico

- Relação entre mito

e filosofia

- Atualização do mito

- O que é filosofia

- Possibilidade de

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2- Teoria do

Conhecimento

conhecimento

- Formas de

conhecimento

- Problema da

verdade

- A questão do

método

- Conhecimento e

lógica

2ª série 3- Ética

-4- Filosofia Política

- Ética e Moral

- Pluralidade da ética

- Ética e violência

- Razão, desejo e

vontade

- Liberdade:

Autonomia do sujeito

e a necessidade das

normas

- Relação entre

comunidade e Poder

- Liberdade,

Igualdade Política

- Política e ideologias

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- Esfera pública e

privada

- Cidadania formal

e/ou participativa.

3ª série -5- Filosofia da

Ciência

-6- Estética

- Concepção da

Ciência

- As questões do

método científico

- Contribuição e

limites da ciências

- Ciências e

ideologias

- Ciência e ética

- Natureza da arte

- Filosofia e arte

- Pensar a Beleza

- Categorias estéticas

- Estética e Sociedade

A origem da filosofia.

O nascimento da filosofia.

Significado etimológico

Grandes filósofos.

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A filosofia na escola, na vida, no mundo.

O pensar, o sentir,o comunicar na filosofia;

O agir e o fazer; o que revelam sobre o ser humano;

Ética: papel da filosofia no desenvolvimento das exigências humanas;

Filosofia através da música.

METODOLOGIA:

Aulas expositivas; Pesquisas; vídeos; Músicas; Desenhos;

Dinâmica de grupo; Leitura e compreensão de textos diversos; Contextualização dos

temas com exemplos concretos extraídos do cotidiano.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é a verificação se houve ensino aprendizagem, durante

as aulas e final das atividades propostas no decorrer do ano letivo, usando

atividades avaliativas como:

Trabalhos em grupo;

Testes objetivos e subjetivos;

Pesquisas;

Atividades escritas;

Participação nas aulas;

Participação nas atividades propostas durante as aulas e de tarefas para

casa.

BIBLIOGRAFIA;

Diretrizes Curriculares - SEED.

Jornais, revistas (Veja, Super Interessante, Rainha.)

SOCIOLOGIA

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A Sociologia é uma disciplina necessária para o exercício da cidadania

e objetiva o aprimoramento do educando como pessoa humana, a formação ética,

autonomia intelectual e pensamento crítico, numa perspectiva do pleno exercício da

cidadania. A obrigatoriedade dessa disciplina no currículo do ensino médio

justifica-se também pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas

e contribuir para reafirmá-las enquanto momento daquele processo de formação

orgânico, cumulativo o, criativo que verdadeiramente chamamos educação.

A disciplina de Sociologia se ocupa com o estudo científico da vida em

grupos dos seres humanos. Os seres humanos se ocupam uma boa parte de suas

vidas em grupos. Integram como membros de uma família, moradores de

vizinhanças ou cidades, como membros de um grupo social, como cidadãos de uma

nação.

O estudo de Sociologia é importante porque através dela podemos

observar, com atualidade, o contexto social e examinar nosso lugar na sociedade.

A sociologia se diferenciou dos métodos mais antigos de investigações

porque, usava e ainda usa método científico afim de chegar às suas conclusões.

A sociologia ajuda-nos a entender melhor, mostrando uma nova visão

de nossa famílias, amigos, escolas e experiências profissionais. Os estudantes

poderão entender-se melhor se antes compreenderem a natureza das forças sociais

que influenciam suas vidas.

OBJETIVO DA DISCIPLINA:

Compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, percebendo-se

como elemento ativo, como capacidade de viabilizar um modelo de sociedade

mais justo e solidário,

Construir a identidade social e política, conhecer seus direitos e deveres bem

como o do poder público.

Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais;

Produzir uma visão crítica da sociedade;

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Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade

social em paradigmas teóricos e do senso comum.

CONTEÚDOS:

A

N

O

- O surgimento da

Sociologia e as

teorias sociológicas;

- O Processo de

Socialização e as

Instituições Sociais;

- Formação e

consolidação d

sociedade capitalista

e o

desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas

clássic

Comte, Durkheim,

Karl Mar

Max Weber;

- O desenvolvimento

da

Sociologia no Brasil;

- Instituições Sociais.

- Introdução ao

estudo de

Sociologia;

- O surgimento da

Sociologia;

- As teorias

sociológicas na

compreensão do

presente;

- A Sociologia Clássica

(Auguste

Comte, Émile

Durkheim);

- A Sociologia Crítica

(Max Weber,

Karl Marx);

- A produção

sociológica brasileira;

- Fases da sua

implantação;

- A Instituição

Escolar;

- A Instituição

Religiosa;

- A Instituição

Familiar.

A

N

O

- Cultura e Indústria

Cultural;

- Trabalho,

Produção e Classes

- Desenvolvimento

antropológico do

conceito de

cultura e sua

- Culturas: por que

estudá-las?

- Diversidade Cultural

Brasileira;

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Sociais. contribuição na

análise das diferentes

sociedades;

- Diversidade

Cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural e

meios de

comunicação em

massa;

- Sociedade de

consumo;

- Culturas afro-

brasileiras e

Indígenas.

- O conceito de

trabalho e o

trabalho nas

diferentes

sociedades;

- Desigualdades

sociais;

- Relações de

trabalho;

- Globalização e

Neoliberalismo.

- Cultura, etnia e

raça;

- Etnocentrismo;

- Cultura: criação ou

apropriação?

- Cultura popular e

Folclore;

- Indústria Cultural:

dominação e

controle social;

- O processo de

trabalho e a

desigualdade social;

- Globalização;

- A organização do

trabalho;

- Os movimentos

Anti-

Globalização.

A

N

O

- Poder, Política

Ideologia;

- Direitos,

Cidadania e

Movimentos

Sociais;

- Conceitos de

Ideologia;

- Conceitos de

dominação e

legitimidade;

- Conceito de

cidadania;

- Formação e

- Ideologia;

- A ideologia e a

dominação

capitalista;

- A ideologia e a

normatização do

cotidiano;

- A dominação

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desenvolvimento

do Estado Moderno;

- Estado no Brasil;

- Movimentos

Sociais;

- Movimentos Sociais

no Brasil.

ideológica e o

interesse do

indivíduo;

Cidadania;

- Formação do Estado

Moderno;

- Movimentos sociais;

- Classes sociais;

- Movimentos

agrários no Brasil;

- Primeiros

movimentos de luta

pela

terra: As Ligas

Camponesas;

- A reorganização dos

trabalhadores

rurais: A retomada

da luta pelo

MST;

- Movimento

Estudantil.

O estudo da sociedade humana;

Conceitos básicos para a compreensão da vida social

Agrupamentos sociais

Fundamentos econômicos da sociedade

A cultura

Instituições sociais

Mudança social

Educação e escola.

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METODOLOGIA:

Aulas expositivas, com apresentação dos assuntos em estudos;

Pesquisas: na biblioteca, de campo e na Internet;

Leitura, compreensão e análise de textos diversos;

Contextualização dos temas com exemplos concretos extraídos do

cotidiano;

Seminários;

Excursões, visitas a museus, parques ecológico em Universidades;

Cinema, Vídeo, DVD, Tv.

AVALIAÇÃO:

A avaliação levará em conta todo o esforço do aluno; toda

participação nas atividades propostas pelo professor no dia a dia da sala de aula .

BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares - SEED;

Revistas, jornais e livros de Sociologia de diversos autores.

L.E.M. – INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O ensino do LEM esteve há muito tempo nas escolas

brasileiras relacionada a razões sociais, econômicas e políticas. Passou por várias

abordagem e modelos o ensino e a cada governo tomou uma forma diferente.

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Sofreu grandes modificações durante as décadas de 50/60/70 e 80, mas foi no início

dos anos 90 com a publicação da LDB, que a Língua Estrangeira Moderna toma seu

espaço definitivo encontrando na lei registro de obrigatoriedade do ensino da língua.

A visão de mundo de cada povo altera-se em função de

vários fatores e, conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder

expressar as novas formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental

importância conceber-se o ensino de um idioma estrangeiro objetivando a

comunicação real, pois, dessa os diferentes elementos que a compõem estarão

presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo tempo em

que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter lugar e, portanto, de figurar

nas aulas.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA:

O ensino de LEM de estar voltado para articular os saberes em língua estrangeira

com outros saberes do currículo, de modo a mobilizar o conhecimento do aluno para

enfrentamento de situações desafios da vida social, dentro e fora da escola.

Deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e se centrar na educação,

para que reflita e transforme a realidade, percebendo que a mesma não é estática e

nem definitiva, mas é inacabada, está em constante transformação.

CONTEÚDOS :

Os conteúdos a serem desdobrados serão estabelecidos com referência

aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos lingüístico-discursivos:

unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem que

compõem o texto, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado;

temáticas, as quais referem-se ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero

e composicionais, compreendidos como a estrutura específica dos textos

pertencentes a um gênero. Põe-se analisar os elementos lingüístico-discursivo

neles presentes,mas de forma que não seja levado em conta apenas objetivos de

natureza lingüística,mas principalmente fins educativos, na medida que apresentem

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possibilidade de tratamento em sala de aula de assuntos polêmicos, adequados à

faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.É importante que os textos

abordem os diversos tipo textuais e que apresentem diferentes graus de

complexidade da estrutura lingüística

1ª SÉRIE

Verbo to Be (presente e passado).

Verbo to Have ( presente e passado).

Artigo Indefinido.

Pronomes demonstrativos.

There to be ( presente e passado).

Modo Imperativo.

Simple Present.

Present Contínuous.

Past continuous.

SimpleFuturo.

Simple Past(verbos regulares e irregulares).

Sufixo (ness/Iy/able/ing/ous/th.)

Textos variados.

Músicas.

2ª SÉRIE

Simples Past: Regular verbs; Irregular verbs

Pronome sujeito e pronome objeto.

Comparativos de: Igualdade,Inferioridade;Superioridade;Superlativo.

Caso Genitivo ( “S”).

Pronome possessivo e adjetivo.

Pronomes reflexivos;

Modal verbs –Can/may/Must/ should.

Textos variados;

Músicas.

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3ª SÉRIE

Past Tense- Verbo To Be;

Past Tense- Thereto be;

Simple Past- Regular and Irregular verbs.

Past Continuous;

Modal verbs – Can/May/Must.

Prepositions of Place- in/on/at.

What- questions (Who/what/when/why/where(

Textos variados ( cartuns, poemas, reportagens, manchete de jornais, matérias de

revistas, textos científicos.)

Músicas

METODOLOGIA:

Trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais

emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua

estrangeira, disciplina favorece à utilização de textos abordando assuntos

relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.. Trata-

se, portanto, de elaborar o uso da língua estrangeira como espaço de construção

de significados dependentes da situação de uso, dos propósitos dos interlocutores e

dos recursos lingüísticos de que dispõem. Isto significa, dentre outras coisas, pensar

que o falante/escritor tem papel ativo na construção do significado da interação,

assim como seu interlocutor.

Nesse sentido, as reflexões discursivas e ideológicas dependem

de uma interação primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da

leitura em detrimento às demais no trabalho em sala de aula,visto que a interação

com o texto, pode haver uma complexa mistura da linguagem escrita, visual e oral

como na seguinte situação: o professor lê o texto em voz alta,apontando ora

imagens ou ilustrações,ora para palavras escritas na página,não apenas narrando

ou contando uma história ,mas realizando perguntas aos alunos.Assim, na aula de

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língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão,

bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido,

integrando todas as práticas discursivas neste processo.

Daí a importância da utilização de recursos visuais para auxiliar o

trabalho pedagógico em sala de aula.Tais materiais podem auxiliar na preparação

da leitura, na medida que auxiliam os alunos no processo de inferência sobre o

tema e sentidos do texto. A leitura é um processo de negociação de sentidos, de

contestação de significações possíveis, como um debate, leituras consensuais

dependem do uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da

gramática relaciona-se ao entendimento, quando necessário,dos procedimentos

para construção de significados utilizados na língua estrangeira: o trabalho com a

gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que permite o

entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.

Uma proposta interessante no auxílio da conscientização da

linguagem é apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no

qual os conhecimentos da língua materna não favoreçam a sua compreensão

imediata. A pesquisa de palavras no dicionário também pode auxiliar essa

conscientização, na medida que os alunos percebam os possíveis sentidos

apresentados para tais palavras,mas que ainda assim, são limitados,podendo ser

produzidos outros adequados a determinados contextos, e, principalmente, que os

sentidos não são únicos e dados unilateralmente, mas construídos na interação

verbal

AVALIAÇÃO:

A avaliação da aprendizagem de LE está intrinsecamente atrelada à

concepção de língua e os objetivos para o ensino de LE defendidos nas Diretrizes.

Segundo Luckesi, A Avaliação da aprendizagem necessita,para

cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da

aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de

que a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decide

sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.

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A avaliação da aprendizagem , precisa superar a concepção de

mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que ela se

configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das

dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no

processo de ensino e aprendizagem.

É importante considerar na prática pedagógica, avaliações de

outras naturezas: diagnóstica e formativa, desde que essas se articulam como os

objetivos específicos e conteúdos definidos nas escolas a partir das concepções e

encaminhamentos metodológicos apresentados.

BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares;

Apostilas de várias fontes;

Jelin, Israel- English , Englih School;

MATRIZES CURRICULARES

NO ENSINO FUNDAMENTAL

No segundo segmento, as Matrizes Curriculares deverão contemplar na Base

Nacional Comum os seguintes componentes: Ciências, Educação Artística,

Educação Física, ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e

Matemática.

As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de 2

horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais, com exceção do Ensino Religioso.

NO ENSINO MÉDIO

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As Matrizes Curriculares do Ensino Médio deverão contemplar “ao menos”

75% da carga horária, na Base Nacional Comum e “até” 25% da carga horária na

Parte Diversificada.

A Matriz Curricular deverá contar com 25 horas-aula semanais, em todos os

turnos de atuação.

A distribuição do número de aulas para cada disciplina na Matriz Curricular

deverá obedecer o princípio da eqüidade, uma vez que não há fundamento legal ou

científico que sustente o privilégio de uma disciplina sobre a outra, o que se

depreende da leitura das orientações curriculares.

As especificações sociais, culturais, econômicas no âmbito regional e no

âmbito local, deverão ser observados no interior de todas as disciplinas da Matriz

Curricular, na Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.

As especificações sociais regionais, segundo as orientações curriculares do

Ensino Médio, são conteúdos curriculares – não disciplinas.

A divisão da Matriz Curricular em Base Nacional Comum e Parte

Diversificada, atende a uma exigência legal e não exime nenhuma das disciplinas da

Matriz de contemplar os conteúdos referente ao Artigo 26 da lei n. 9394/96.

A Base Nacional Comum deverá ser composta pelos seguintes componentes

curriculares: Química, Física, Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, História,

Língua Portuguesa e Matemática.

As disciplinas da Base Nacional Comum definidas para cada série terão carga

horária mínima de 2 horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais.

As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de 4

horas-aula, na somatória de aulas dos três anos do Ensino Médio.

A Parte Diversificada da Matriz Curricular poderá ser composta pelas

disciplinas de Filosofia, Sociologia e Língua Estrangeira Moderna. A Língua

Estrangeira Moderna permanecerá como componente curricular obrigatório na Parte

Diversificada.

As disciplinas da Parte Diversificada definidas para cada série terão carga

horária mínima de 2 horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais.

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ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES

O Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino

Fundamental e Médio - participa dos eventos realizados pelo governo de Estado

bem como: Fera, Jogos Escolares, Jogos da Juventude, Maratona de Matemática,

ENEM e outros.

Este Colégio tem atividades próprias como: Gincana Cultural e recreativa,

Semana do Folclore brasileiro, Carnaval, Festival de Música brasileira, Festival de

Música Inglesa, Festival de danças, Jogos Intersérie , Palestras com o pessoal da

Saúde,sobre vários assuntos de prevenção como: Drogas, Dengue, Doenças

Sexualmente Transmissíveis, Festa Junina, ressaltando as três datas ; Santo

Antônio, São João e São Pedro. Participa de desfiles cívicos e comemorativos.

PLANO DE AÇÃO

Projetos Interdisciplinares:

1 - Segurança alimentar e nutricional.

Sub-projetos: - Prevenção ao tabagismo e alcoolismo;

- Pernada Esportiva;

- Campeonato de Pipa

2 - Feira de Ciências:

Projetos por área:

1 - Leitura

2 - Jogos Escolares

3 - Festival de Dança e gincana escolar

4 - Festa Junina

6 - Lixo Reciclado

Obs.: Os projetos estão escritos na íntegra em anexo.

Projeto: Segurança Alimentar e Nutricional.

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II – Justificativa:

A nutrição tem uma influência significativa na saúde. Ela afeta praticamente todas

as funções do corpo. Os nutrientes dos alimentos são necessários para cada

batimento cardíaco, sensação nervosa e contração muscular. Uma boa nutrição não

só evita doenças causadas por deficiência, como aumenta a resistência a doenças

infecciosas e desempenha um papel importante na prevenção de doenças crônicas.

A boa nutrição é uma forma de medicina preventiva.

Estudos indicam que parte da população se alimenta de forma inadequada,

devido à falta de alimentos, inadequação nos alimentos consumidos, excesso

de alimentos ou por consumo alimentar sem a diversidade de produtos

necessários.

Considerando a necessidade da Segurança Alimentar e Nutricional que é a

“realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de

qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras

necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de

saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, econômica e

socialmente sustentáveis” (II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional – SAN – 2004) torna-se fundamental a conscientização da comunidade

escolar sobre a prática de uma alimentação correta.

III – Objetivo Geral:

Conscientizar os membros da comunidade escolar sobre a importância da

segurança alimentar e nutricional para a obtenção de uma boa qualidade de vida.

IV – Objetivos Específicos:

- Reconhecer a importância de uma alimentação saudável para o bom

desenvolvimento e longevidade humana;

- Identificar os alimentos que possuem os nutrientes necessários para o bom

funcionamento do corpo humano;

- Diagnosticar os alimentos e vícios que causam malefícios à saúde;

- Reconhecer a importância dos exercícios físicos para o bom funcionamento do

corpo, para a prevenção de doenças e conseqüente conquista de melhor qualidade

de vida.

- Estimular a prática freqüente de exercícios físicos;

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- Investigar a origem, o processo de produção, transporte e manutenção dos

alimentos ingeridos;

- Refletir criticamente sobre a influência dos meios de comunicação nos hábitos

alimentares da população.

IV – Atividades:

Língua Portuguesa:

- Coletar nos comércios, escolas e comunidade estudantil o maior número de

revistas, jornais, reportagens, etc. que tenham temas que tratem de saúde, tais

como: Vida e Saúde, Corpo, Boa Forma, etc.,

- Seleção de reportagens sobre os efeitos do tabagismo, alcoolismo, má

alimentação, sedentarismo, obesidade, etc.

Matemática e Ciências:

- Estudar as tabelas nutricionais dos rótulos e reportagens selecionadas;

- Pesquisa bibliográfica sobre o uso, efeitos e consequências do uso do cigarro e

álcool no organismo.

- Pesquisa de campo, levantamento de dados sobre o uso de álcool e cigarro na

nossa comunidade;

- Confecção de tabelas e gráficos;

- Apresentação de slides: comprometimento do cigarro e álcool, comparando-os

com órgãos normais (sadios).

- Buscar a compreensão química e origem dos componentes do cigarro e álcool;

- Energia dos alimentos através do experimento.

História:

- Resgate da história dos alimentos (país, continente de origem);

- Estudar sobre doenças e bactérias que foram adquiridas através de alimentos;

- Diversidades de alimentos e de país para país e de continente para continente.

Artes

- Montagem de livro de culinária;

- Dicas de saúde.

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Educação Física:

- Entrevistas com nutricionistas e montagem de painéis, criação de um desafio

alimentar (peso inicial e final com 10 alunos) seguindo uma tabela alimentar,

elaborada por uma nutricionista;

- As conseqüências do álcool e cigarro no organismo – pesquisas.

Filosofia e Sociologia

- Os valores de uma vida saudável, boa alimentação, sem álcool e cigarro levando o

indivíduo a ter uma vida: calma, alegre, com uma auto-estima, amor

relacionamentos, etc.

Ensino Religioso:

- Leitura, troca de idéias, valores, amor a vida, etc.

Língua Inglesa e Espanhola

- Listagem de alimentos com recortes de revistas, jornais;

- Recortes de figuras que retratam a vida saudável (boa alimentação, sem álcool,

cigarro).

- Pesquisa mantendo todos os grupos informados.

Geografia:

- Origem, local dos produtos consumidos. Influência da mídia sobre nossa

alimentação.

V – Metodologia:

- Leitura e interpretação dos vários textos envolvidos;

- Estudo das tabelas, confecção de gráficos com e sem uso do computador.

- Pesquisas, entrevistas e utilização de sites de busca;

- Criação e montagem de painéis.

- Montagem de experimentos;

- Palestras e entrevistas com profissionais liberais.

VI – Recursos

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- Uso de diversos tipos de textos extraídos das mais diversas fontes: jornais,

revistas, panfletos, manuais, tabelas de nutrição, vídeo, entrevistas, palestras

(ARA, vigilantes do peso e nutricionistas).

- Balança, adipômetro, uso de laboratório, internet.

- Lápis de cor, cola, tesoura, papel bobina, retro projetor, rádio, CD, fitas de vídeo,

televisão.

VII – Cronograma

O projeto deverá ser desenvolvido durante todo o ano letivo de 2012.

VIII – Envolvidos

Toda a comunidade escolar (professores, zeladores, estudantes, equipe

pedagógica, pais, APMF, Conselho Escolar) e profissionais liberais que

poderão enriquecer o projeto, tais como: nutricionistas, médicos, enfermeiros,

profissionais do ARA - alcóolicos anônimos – (poderão dar depoimentos).

IX – Avaliação

Os alunos serão avaliados através do desempenho, interesse, participação e

mudança de atitudes em relação aos temas trabalhados.

Projeto: “Lixo útil”

Disciplinas: Ciências, Matemática, Química, Biologia

II – Justificativa:

O homem está na era do descartável e a demanda elevada de consumo acarreta

um acúmulo alarmante de lixo no planeta. A sociedade é responsável pelos danos

causados ao ecossistema, já que o homem transforma o meio ambiente, de acordo

com suas necessidades. O lixo é hoje uma das mais sérias ameaças à vida do

planeta, por sua quantidade e falta de lugar adequado para armazenamento.

Considerando que a reciclagem é um método alternativo de tratamento do lixo,

transformando-o em matéria-prima para outros produtos é necessário que a escola

conscientize seus alunos e desenvolva ações para contribuir comeste processo.

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III – Objetivos Gerais:

Conscientizar os membros da comunidade escolar sobre a importância da adequada

separação do lixo, é possível criar alternativas em prol da preservação ambiental.

IV – Objetivos Específicos:

- Separar adequadamente o lixo orgânico, papel, alumínio, plástico e vidro

produzidos na escola e nos lares da comunidade escolar;

- Vender o lixo reciclado para reverter em benefício da comunidade escolar;

- Criar alternativas de reaproveitamento do lixo útil;

- Manter o ambiente escolar limpo e organizado.

V – Atividades:

- Pesquisas na comunidade levantando informações a respeito da coleta de lixo;

- Coleta seletiva de lixo na escola e na comunidade;

- Palestras;

- Leituras informativas sobre a reciclagem de lixo e o meio ambiente;

- Confecção de materiais reciclados.

VI – Metodologia:

O trabalho educativo “lixo útil” será inserido na proposta pedagógica visando

desenvolver atitudes e comportamentos que contribuam para o processo de

separação de lixo através de palestras educativas, pesquisas sobre o tema, leituras

e interpretação de vários textos, confecção de materiais reciclados e realização da

coleta seletiva.

VII – Recursos:

- Palestrantes

- Professores

- Cartazes

- Textos, Revistas, Cdrom, Sites

- Garrafas plásticas, Cd, Papéis

- Latões para depósito.

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VIII – Cronograma

Fevereiro à Dezembro

IX – Envolvidas:

Alunos, Professores e demais membros da comunidade escolar.

X – Avaliação:

A avaliação acontecerá durante todo o período de desenvolvimento do projeto, os

resultados serão reavaliados e novas ações serão reorientadas se houver

necessidade, tendo como ponto de partida os resultados apresentados.

Projeto: Festas Juninas

Disciplinas: Educação Física, Arte

II – Justificativa:

As tradicionais festas juninas comemoradas no Brasil afora, muitas vezes, são

mostradas ridicularizando os costumes do povo.

Os diferentes modos de viver característicos das regiões devem ser valorizados e

preservados.

É necessário que sejam planejadas atividades que facilitem a compreensão do

aluno a respeito dos hábitos alimentares, dos modos de vestir, de falar, de dançar,

de organizar o dia-a-dia na região onde mora, comparado a rotina das pessoas de

outros lugares.

III – Objetivos Gerais:

Conhecer as características das festas juninas admirando e respeitando o trabalho

do homem do campo, despertando o gosto pelas festas juninas como folclore

brasileiro, ressaltando seus aspectos, popular, social e religioso.

IV – Objetivos Específicos:

- Desenvolver a socialização do adolescente, ultrapassando as barreiras do

relacionamento interpessoal.

- Desenvolver o ritmo e as habilidades motoras;

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- Compreender e refletir a respeito das informações estudadas.

V – Atividades :

- Leitura de textos

- Histórias, dramatizações, mostrar como o homem do campo ajuda o homem da

cidade;

- Desenho e colagens livre sobre o tema;

- Confecções de bandeirinhas e balões;

- Canções juninas e quadrilhas;

- Comentar sobre o perigo que podem causar ao soltar balões

- Organização de uma festa junina.

VI – Metodologia:

Serão realizadas pesquisas sobre as festas juninas caracterizando o modo de vida

do povo através de histórias, dramatizações. Serão realizados desenhos, ensaios de

músicas e danças para posterior apresentação na festa junina que acontecerá no

colégio mostrando os costumes e tradições da cultura.

VII – Recursos:

Humanos: Professores, alunos.

Materiais: Livros, fitas de vídeo, Cd, rádio, papéis coloridos, barbante.

VIII – Cronograma: Junho

IX – Parceiros envolvidos:

Professores, alunos e demais membros da comunidade escolar.

X – Avaliação:

Serão avaliadas as ações concretas, solidárias e participativas, enfim o

envolvimento e participação com todas as atividades realizadas.

Projeto: Hora da Leitura

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Disciplina: Língua Portuguesa

Justificativa

Tendo em vista a dificuldade de hábito pela leitura e a importância da mesma para a

clientela escolar, na aprendizagem, compreensão dos fatos (leitura de mundo) os

professores de Língua Portuguesa desenvolverão um projeto que pretende atingir

todas as séries do ensino fundamental e médio, bem como professores, direção,

equipe pedagógica e funcionários.

Objetivo Geral

A partir da atividade de leitura, oportunizar a compreensão dos diversos níveis de

leituras possíveis dentro e fora do espaço escolar.

Objetivos Específicos

1.Proporcionar momentos de leitura dentro do espaço escolar;

2.Selecionar e indicar os diversos tipos de leituras;

3.Despertar no aluno o prazer de ler;

4.Sanar as dificuldades da leitura;

5.Garantir dentro do horário escolar a hora da leitura, respeitando a um cronograma

determinado.

Atividade:

Leitura

Metodologia

Toda a comunidade escolar, alunos, professores, funcionários, orientador,

diretor, darão uma pausa em seu serviço para participar da hora de leitura.

Recursos:

Jornais, revistas, gibis, livros, contos, crônicas, narrativas curtas e longas, história

em quadrinhos, contos poéticos, etc. Utilizando os recursos disponíveis do Colégio.

Cronograma:

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O projeto será desenvolvido durante todo ano letivo, uma hora aula por semana,

alternando os dias.

Parceiros:

Comunidade Escolar

Avaliação:

Avaliar levando em conta o interesse de participação do aluno diante da atividade

proposta, observando a rapidez e aprendizagem durante a realização do

projeto, privilegiando os aspectos qualitativos, levando em consideração os avanços

obtidos:

- Pontos positivos e retomando os pontos negativos com mudança de estratégia.

Obs.: Ao término do projeto, os professores se reunirão para avaliar os resultados

obtidos para possível melhora.

Projeto: Jogos Escolares

Disciplina: Educação Física

Justificativa:

Diante da necessidade de resgatar o indivíduo como um todo e fortalecer os

elos de amizade e respeito entre a comunidade escolar e a sociedade em que este

projeto deve ser promovido nas escolas.

Objetivo Geral:

Estimular a busca pela informação e prática da atividade física.

Objetivo específico:

Integração da disciplina com o desenvolvimento e a manutenção das qualidades

físicas.

Atividades:

- Atletismo

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- Xadrez

- Tênis de mesa

- Voleibol

- Basquete

- Futsal

- Futebol de campo

- Suíço

- Handebol

Metodologia:

- Entendimentos de tabelas;

- Separação por categorias;

- Regras

- Respeito as habilidades individuais.

Recursos:

Bolas, redes, local apropriado, equipamentos extras, arbitragem.

Cronograma:

Setembro de 2012

Envolvidos:

Comunidade Escolar

Avaliação:

Acontece durante toda execução do projeto.

Projeto: Dança e gincana na Escola

Disciplinas: Educação Física e Arte

Justificativa:

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A dança tem o poder de alcançar a alma humana, sua universalidade e capacidade

de sensibilização é o que justifica este projeto, que é interdisciplinar e visa

abordar todos os aspectos da dança, mergulhando em sua história e passando por

todos os meios capazes de produzi-la, inclusive o mais profundo, perfeito e

emocionante de todos: o ritmo.

Objetivo Geral:

Destacar a influência da dança nas produções artísticas, trabalhando o corpo e a

mente como um todo.

Objetivo Específico:

Através da dança levar o indivíduo a refletir sobre os valores culturais relacionados

ao passado e presente, despertando o senso crítico.

Atividades:

Danças com o tema (paz e meio ambiente)

Metodologia

- Mostrar a influência dos estilos de danças, impostas pelo meio em que vivemos.

- Explorar letras musicais, ritmos e coreografias.

- Conhecer o ritmo próprio de cada indivíduo – construção de coreografias.

Recursos:

- Vídeos;

- Letras musicais;

- CDs;

- DVDs;

- Rádios;

- Auxílio da comunidade;

- Figurino.

Cronograma:

Projeto a ser desenvolvido no 2º bimestre de 2012.

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Parceiros envolvidos:

Toda comunidade escolar.

Avaliação:

Acontece durante toda execução do projeto.

Projeto: Feira de Ciências

Disciplinas: Ciências, Matemática

Tema: Uso e Preservação das Drogas (Álcool e Tabaco)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Divulgar o projeto a comunidade local e escolar;

• Conscientizar sobre as doenças geradas pelo Tabaco, seus componentes

químicos e o tempo necessário para danificar o organismo e desintoxicá-los;

• Conscientizar sobre os malefícios do álcool e principalmente em relação a

acidentes de trânsito;

• Desenvolver um trabalho que viabilize a criatividade em busca de melhores

soluções a esses problemas;

• Diagnosticar dados sobre a realidade local;

• Averiguar, quais as causas que levam ao consumo destas drogas.

ATIVIDADES

As disciplinas desenvolverão suas atividades á seguir:

Matemática :

- Pesquisa de campo, levantamento de dados sobre o uso das drogas (álcool e

tabaco) em nossa comunidade;

- Confecções de gráficos e tabelas;

Ciência e Biologia:

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- Pesquisa Bibliográfica sobre o uso, efeitos e consequências do uso do cigarro e

álcool no organismo;

- Apresentação de slides mostrando o comprometimento dos órgãos pelo uso do

cigarro e do álcool comparando-os com os órgãos normais;

- Prevenção ao tabagismo e alcoolismo.

Química:

- Buscar compreensão química e origem dos componentes do cigarro e do

álcool.

METODOLOGIA

Técnicas de Coleta de Dados

Para a coleta de dados será utilizado o seguinte recurso: Pesquisa bibliográfica:

Nesta fase estaremos nos fundamentando teoricamente, com a realização da

leitura de diversas publicações, em busca de conhecimentos para aplicarmos a

prática.

Para Lakatos e Marconi (2003, p. 158) “A pesquisa bibliográfica é um apanhado

geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por

serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados ao tema.”

Contatos diretos: Estaremos realizando uma pesquisa de campo onde aplicaremos

um formulário a pessoas da comunidade local, onde estaremos verificando quais as

informações que os mesmos já possuem em relação ao assunto abordado.

O formulário será aplicado a uma amostragem representada por (nº de pessoas),

compreendendo adolescentes, jovens e adultos.

Formulário segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 212) ”É um dos instrumentos

essenciais para a investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em

obter informações diretamente do entrevistado”. Oliveira, et.al. (2003, p. 75) nos diz

que “o formulário é outra técnica de pesquisa utilizada nas pesquisas cientificas. A

diferença entre formulário e questionário é que o primeiro é preenchido pelo

entrevistador no momento da entrevista.”

Organização dos Dados

Os dados coletados serão organizados, em tabelas e representados em gráficos, em

painéis, cartazes. Segundo Oliveira (2003, p.76) “Tabulação é a disposição dos

dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na organização.

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CRONOGRAMA

O tempo á ser realizado será no 2º e 3º Bimestres.

ENVOLVIDOS

Alunos e professores e a comunidade escolar .

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através da participações dos alunos,

envolvimento, empenho, criatividade, socialização e análise final.

REFERÊNCIAS

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia

Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

OLIVEIRA, A . B. S. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Contabilidade. São Paulo:

Saraiva, 2003.

Sub-Projeto Feira de Ciências

Disciplina: Educação Física

INTRODUÇÃO

A obesidade pode ser definida, de acordo com padrões variados . Dados colhidos no

século passado, por companhias de seguro levou a se definir percentuais ideais

para uma determinada idade e altura. A composição corporal envolve a gordura e a

massa corporal magra, a qual é composta de todos os componentes do nosso corpo

exceto a gordura. O conhecimento da composição corporal é importante não só para

a E.F. , mas também para outras profissões da área de saúde, já que existem

inúmeras doenças que são intimamente relacionadas com a obesidade (percentual

de gordura elevado). Sloan, 1970, afirma que comparações de peso entre

indivíduos possuindo a mesma estatura, idade e sexo são um índice falho de

obesidade, mas a um maior desenvolvimento de ossos e músculos. Brozek, 1951,

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observou a correlação entre a densidade corporal e a espessura das dobras

cutâneas e desenvolveu uma equação através da qual se torna possível estimar a

gordura percentual a partir do conhecimento da espessura das dobras cutâneas, já

que a densidade do corpo depende da composição corporal.

Para se conseguir esta medida utilizaremos um aparelho chamado plicômetro ou

compasso de dobras cutâneas, para verificar o percentual de massa magra e massa

gorda dos avaliados, estimando assim, o peso ideal e a atividade física mais

indicada.

JUSTIFICATIVA

Atualmente, há uma grande procura pela prática de atividades físicas. Porém, a falta

de orientação especializada e adequada aos objetivos e limitações de cada pessoa

acaba por conduzi-las à prática de exercícios sem nenhum tipo de avaliação, pondo

em risco a sua saúde. Isso faz da avaliação física um componente indispensável

para a elaboração de um correto e eficiente programa de exercícios.

Para uma boa avaliação física temos de analisar muitas variáveis: antropométricas;

composição corporal; análise postural; avaliações metabólicas e

neuromusculares; avaliações nutricionais, psicológica e social.

Estas duas últimas são essenciais para o pleno sucesso, porque nos dão acesso

OBJETIVO

*Avaliar o estado inicial do aluno;

*Mensurar a quantidade de massa magra e gorda;

* Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de superá-las;

* Auxiliar o aluno na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo possa

desenvolver suas aptidões;

* Impedir que a atividade física seja um fator de agressão;

* Acompanhar o progresso do aluno;

* Selecionar alunos de melhor nível para integrar equipes do colégio;

* Estabelecer e reciclar o programa de treinamento;

* Desenvolver pesquisa em Educação Física;

* Verificar o percentual de gordura da comunidade escolar;

* Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos alunos.

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METODOLOGIA

Para quem deseja eliminar, ganhar peso ou mesmo conhecer seu corpo, seja qual

for o objetivo, fazer uma avaliação da composição corporal é fundamental.

O IMC – Índice de Massa Corporal (relação entre peso e altura) não é suficiente

para verificar a composição corporal de uma pessoa, são necessários outros

métodos para se estipular um peso adequado a ser alcançado.Atletas ou pessoas

que possuem muita massa muscular podem ser classificados erroneamente como

obesos, já que seu peso é maior do que o recomendado para altura, porém é

proveniente de massa muscular e não de gordura corporal.

Utilizaremos para a mensuração das dobras cutâneas o adipômetro. Os locais

comumente mensurados são dobras cutâneas bicipital, tricipital, subescapular,

abdominal, suprailíaca e coxa. Os valores correspondentes às dobras cutâneas são

colocados em fórmulas e comparados com os valores de normalidade, verificando-

se assim se quantidade de gordura corporal e massa muscular do avaliado está

adequada.

Com todos os dados é bem mais fácil chegar a uma conclusão quanto a um objetivo

de peso saudável e adequado.

COMO USAR O COMPASSO

O compasso é um aparelho utilizado para medir a distância entre dois pontos. O

processo para medir a espessura das pregas cutâneas consiste em pinçar

firmemente com o polegar e o indicador formando uma prega cutânea. A espessura

da dupla camada de pele e tecidos subcutâneos é lida a seguir no mostrador do

compasso e registrada em milímetros. Deve-se ter cuidado de não incluir tecido

muscular, se houver dúvida, pedir ao avaliado que faça uma contração da

musculatura do local. Todas as medidas devem, de preferência, ser feitas de um só

lado do corpo, o lado direito, com o indivíduo de pé e com vestimenta apropriada

para facilitar as medidas. É recomendado que sejam feitas 3 tentativas para cada

dobra e seja levado em conta o valor médio das mesmas e que se espere um tempo

de pelo menos 2 segundos para que o compasso possa pressionar a dobra

corretamente (GARCIA e col.,1989).

ROTEIRO DAS DOBRAS CUTÂNEAS MAIS UTILIZADAS

PEITO (PT) :

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Homens : toma-se uma dobra diagonal na metade da distância entre a parte superior

do peitoral e o mamilo;

Mulheres: Toma-se uma dobra diagonal a um terço da distância da linha axilar

anterior e a mama ;

SUB-AXILAR (SA) : Toma-se uma dobra vertical na linha axilar média ao nível do

apêndice xifóide no esterno ;

TRÍCEPS (TR) : Toma-se uma dobra vertical na linha média da parte superior do

braço, a meio caminho entre o ombro e o cotovelo ;

BÍCEPS (BI): Toma-se uma dobra vertical na linha média da parte superior do braço

a meio caminho entre o ombro e a fossa cubital , sobre o bíceps braquial, ao nível do

mamilo;

SUBESCAPULAR (SB):Toma-se uma dobra oblíqua média imediatamente abaixo da

extremidade inferior da escápula;

ABDOMINAL (AB): Toma-se uma dobra vertical medida a uma distância lateral de

aproximadamente 2 cm do umbigo;

SUPRAILÍACA (SI): Toma-se uma dobra ligeiramente oblíqua medida

imediatamente acima do osso do quadril, coincidente com uma linha imaginária

descida da linha axilar anterior;

COXA (CX) : Toma-se uma dobra vertical na região anterior da coxa na metade da

distância entre o quadril e as articulações do joelho;

PERNA (PR): Toma-se uma dobra vertical no lado medial da perna no local de maior

circunferência ( meio do gastrocnêmio, ou panturrilha).Para facilitar deve-se pedir

que o testado apoie seu pé em um banco voltado para o > 31,01%examinador;

TABELAS DE CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE OBESIDADE

ente

Baixa

Baixa Ate Alta Alta Ente Alta Mulheres até 12% 12,01% -15% 15,01% -25% 25% a

30% 30,01% a 36% > 36,01% Homens até 6,0% 6,01%- 10% 10,01%- 20% 20,01%

a 25% 5,01% a 31% > 31,01%

Com o resultado das dobras cutâneas, o indivíduo pode ser classificado de acordo

com a tabela abaixo desenvolvida nos padrões médios da população norte-

americana. (Indivíduos acima de 18 anos- Mcardle, 1992)

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limite Normal Moderadamente Obeso Excessivamente Obeso Gordura ideal Gordura

Essência Homens 15%-20% 20%-25% 25%-30% 10%-14%3% Mulheres 25%-30%

30%-35% 35%-40% 14%-18%12%

(Crianças e Adolescentes de 7 - 17 anos - Deurenberg, PP. Pieters, J.J. L. e

Hautuast, J.G.L., 1990)

Esses valores de pregas cutâneas em combinação com equações

matemáticas são destinadas a predizer a densidade corporal ou o percentual de

gordura . As equações são específicas para determinada população.

CÁLCULOS PARA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

Peso Gordo ou Gordura Absoluta= (%gordura/100) x Peso do corpo (kg)

Massa Magra= Peso do corpo (kg) - Peso gordo (kg)

%Massa Magra= 100 - %Gordura

Peso Ideal=massa magra / 0,85 (homens) e massa magra / 0,75 (mulheres)

Peso em Excesso=peso corporal - peso Ideal

Perda Desejável = Peso do corpo atual - Peso desejável

RECURSOS HUMANOS

• Um avaliador e um auxiliar;

• Comunidade escolar.

RECURSOS MATERIAIS

• Adipômetro;

• Uma sala para realização das avaliações;

• Um computador para o cálculo dos dados;

• Uma impressora e papel sulfite.

AVALIAÇÃO

"O conceito de padrões de referência não significa que homens e mulheres devam

esforçar-se para alcançar a composição corporal dos modelos de referência, nem

que homem e mulher de referência sejam de fato "médias".

Os modelos são úteis como estrutura de referência para comparação

estatística e interpretação dos dados (McCARDLE e col.,1985) . "

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Com esse estudo teremos condições de interferir com eficiência na melhora da

qualidade de vida da comunidade escolar e conseqüentemente estimular a

criticidade frente a hábitos que levam ao sedentarismo.

Projeto: Empinar Pipa

Disciplina: Ed. Física

II – Justificativa

Com a evolução do mundo moderno as brincadeiras entre crianças e adolescentes

mudaram. Sentimos a necessidade de resgatar os valores das brincadeiras antigas.

III – Objetivo Geral

Possibilitar o envolvimento dos adolescentes nas brincadeiras antigas, através da

confecção da pipa e na execução da brincadeira

IV – Objetivo Específico

Resgatar os brinquedos antigos e sua cultura passado e presente e futuro

despertando o prazer.

V – Atividades

− Empinar pipa ou levantar pipa;

− Confeccionar as pipas com estudo de sua origem, formas e cores

VI – Metodologia

Mostrar os coloridos na Educação Artística – formas geométricas

Matemática. Origem em Português.

VII – Recursos:

- Papéis manteiga

- Jornais

- Sacolas plásticas

- Cola

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- Linha

- Vareta de bambu

- Auxílio dos pais

- Auxílio Professores

VIII – Cronograma

Projeto a ser desenvolvido no mês de outubro de 2012.

IX – Parceiros envolvidos

Professores de Educação Física, toda comunidade escolar e comunidade.

X – Avaliação

Durante a confecção e execução do mesmo.

Projeto: Pernada Esportiva

Disciplina: Ed. Física

II – Justificativa

A influência de uma vida saudável hoje repercute na cabeça de todas as pessoas, o

adolescente está cada vez mais preocupado com o seu corpo e sua saúde, por isso

sentimos a necessidade de realizarmos a pernada esportiva.

III – Objetivo Geral

Proporcionar atividades esportivas valorizando a saúde e o bem estar envolvendo

pais, professores, alunos e comunidade.

IV – Objetivo Específico

Através do desenvolvimento do projeto, levar o indivíduo a refletir e resgatar os

valores despertando o entrosamento e a participação na escola.

V – Atividades

Caminhada

Page 393: P R O J E T O POLÍTICO PEDAGÓGICO · cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também, suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas

Exercícios Físicos

Corrida

VI – Metodologia

Mostrar a importância do exercício físicos (corrida)

Explanação de textos conhecer a capacidade de cada indivíduo.

VII – Recursos:

- Alunos

- Professores

- Pais

- Pessoas da comunidade

- Som

- Policiais

VIII – Cronograma

1º bimestre 2012

IX – Parceiros envolvidos

Toda comunidade escolar, pais, comunidade, alunos, grêmio estudantil.

X – Avaliação

Ver a extensão do envolvimento de todos os participantes conseguindo atingir

os objetivos.