P ROJE T O F Í S I CO F ORNO DE RE F L...
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ESCOLA POLITÉCNICA - PUCPR ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
FORNO DE REFLOW:
PROJETO FÍSICO
Alunos: Anderson Julio Huzioka Kalil Rodrigo Dartora Musha
Orientador:
Prof. Edson Justino
Visto do Orientador: _____________________________________
Curitiba, 2º Bimestre de 2018
RESUMO
Determinados tipos de componentes eletrônicos, tais como os SMD’s(Surface
Mounted Devices), possuem estruturas frágeis, vulneráveis a altas temperaturas e a
longos períodos de exposição ao calor. Dessa forma, os processos de soldagem dos
componentes em placas eletrônicas podem tornar-se bastante complexos.[1] Para
obter um cenário mais viável referente ao uso de tais componentes, existem fornos
próprios para a solda de refluxo. Porém, não há nenhum modelo de baixo custo e
maior acessibilidade para uso doméstico ou hobby, tornando assim a viabilidade de
tais componentes uma exclusividade das empresas.
Este projeto, tem como objetivo entregar um protótipo funcional de um forno de
reflow que poderia ser acessível para hobbistas ou para uso pessoal. A estrutura
mecânica, resistências de aquecimento, gabinete e câmara de isolamento térmico
serão adaptadas de um forno de cozinha. As principais tecnologias envolvidas são a
plataforma de prototipagem eletrônica de hardware open-source com base no
controlador Atmega328, a linguagem de programação C, sensor termopar, display
LCD e comunicação serial. O protótipo final será capaz de receber um setup via porta
serial e soldar uma placa de acordo com o perfil térmico programado.
SUMÁRIO
RESUMO 2
SUMÁRIO 3
INTRODUÇÃO 4
DETALHAMENTO DO PROJETO 5
PROCEDIMENTOS DE TESTE E RESULTADOS DO PROJETO 23
CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIAS 29
INTRODUÇÃO
Um forno de REFLOW, ou ainda um forno de refusão, é um equipamento
utilizado para realizar a solda por refusão. A solda por refusão, é um processo seletivo
no qual duas peças previamente estanhadas e revestidas de solda são aquecidas até
uma certa temperatura na qual a solda derrete, flui e solidifica formando uma colagem
eletromecânica entre as peças. A solda por refusão é muito utilizada em circuitos
flexíveis, cabos em fitas, fios, componentes SMD, etc. As vantagens da solda por
refusão são pontos de soldas uniformes, baixas taxas de defeitos e maior flexibilidade
em uma linha de produção.[2]
A proposta deste projeto é desenvolver um forno de refusão para soldas em
geral, tais como a prototipagem de placas, em especiais as confeccionadas com
componentes SMD, pela sua complexidade em soldá-las de maneira convencional.
Para tal, foi utilizado um forno elétrico de cozinha, que teve sua estrutura modificada
com sensores e controladores para programação de pulsos de solda por refusão,
conforme temperatura e tempo especificados.
O documento foi detalhado de maneira mais aprofundada, abordando o
problema a ser resolvido. Na sequência, teve um maior detalhamento do trabalho que
foi desenvolvido, tendo cada um dos seus parâmetros apresentados e comentados.
Então, foram especificadas as tecnologias utilizadas para cada módulo, os testes que
foram realizados com o auxílio de uma CHECKLIST e os resultados obtidos do projeto.
Por fim, também fora apresentada a conclusão deste documento, consolidando
os objetivos que foram atingidos, as dificuldades encontradas, possíveis
implementações para a continuidade do projeto, bem como outras considerações, tal
como os impactos ambientais e a forma de descarte do produto.
DETALHAMENTO DO PROJETO
Na figura 1, apresenta-se os principais módulos do projeto. Haverá um módulo
de controle responsável por coordenar o dispositivo como um todo. Conectado a ele
estará o módulo de aquecimento, que será responsável por aquecer a placa a ser
soldada quando receber um sinal do controle. Também haverá um módulo de aquisição
de temperatura, responsável por monitorar a temperatura dentro do forno e fornecer um
sinal para o controle diretamente proporcional a esta temperatura. Haverá também um
modo de DISPLAY para o monitoramento do processo de soldagem de maneira visual.
Também haverá um módulo de comunicação para configuração de variáveis da
soldagem. Os módulos serão conectados conforme o circuito na figura 2.
Figura 1: Módulos do projeto
Figura 2: Circuito elétrico das ligações necessárias
Primeiramente fora realizada a montagem do projeto em uma PROTOBOARD e
cada módulo foi testado individualmente. Então foram integrados os módulos, com isso
podendo dar sequência a calibragem do processo de soldagem. A calibragem, como
esperada, foi um desafio, pois fora necessário encontrar as temperaturas e tempos
corretos para a soldagem de cada placa. O excesso de temperatura e/ou, de tempo
podem danificar a placa bem como seus componentes, cujos limites térmicos
especificados pelo fabricante devem ser respeitados. Por outro lado, a escassez de
temperatura e/ou de tempo podem implicar em um processo de soldagem incompleto,
logo gerando uma soldagem imperfeita. A máquina de estados, representada na figura
3, fora implementada por todo o projeto. Possibilitando a aproximação da curva de
temperatura interna do forno a curva do refusão.
Figura 3: Máquina de estados para refusão
Código fonte do programa:
A seguir temos o código de implementação do projeto, sua elaboração fora
realizada através de exemplos retirados do site da ATMEL, fóruns que tratavam do
assunto e conhecimentos adquiridos durante o curso.
Início
#include "max6675.h"
#include < LiquidCrystal_I2C.h >
int thermoDO = 12;
int thermoCS = 11;
int thermoCLK = 10;
int vccPin = 9;
int gndPin = 8;
int relay = 7;
int gndLCD = 5;
int cooler = 4;
int coolerpwm = 6;
int gndBuzzer = 2;
int buzzer = 3;
MAX6675 thermocouple(thermoCLK, thermoCS, thermoDO);
LiquidCrystal_I2C lcd(0x27, 2, 1, 0, 4, 5, 6, 7, 3, POSITIVE); // Set the LCD I2C
address
int state = 1;
int counter = 0;
int soak = 150;
int peak = 230;
int soakTime = 120;
void setup() {
Serial.begin(9600);
pinMode(vccPin, OUTPUT);
digitalWrite(vccPin, HIGH);
pinMode(gndPin, OUTPUT);
digitalWrite(gndPin, LOW);
pinMode(relay, OUTPUT);
digitalWrite(relay, LOW);
pinMode(gndLCD, OUTPUT);
digitalWrite(gndLCD, LOW);
pinMode(cooler, OUTPUT);
digitalWrite(cooler, LOW);
pinMode(gndBuzzer, OUTPUT);
digitalWrite(gndBuzzer, LOW);
pinMode(cooler, OUTPUT);
tone(buzzer, 1000, 1000);
lcd.begin(16, 2);
delay(500);
lcd.backlight();
lcd.setCursor(0, 0);
lcd.print("INICIO EM 9s");
lcd.setCursor(0, 1);
lcd.print("CONF SERIAL DISP");
Serial.println("Bem vindo a configuração do forno de reflow.");
Serial.println(" Digite 1 para configuração Default. Digite 2 para configuração
personalizada.");
Serial.println(" Em 9 segundos a configuração default será ativada.");
int conf = 1;
int timer = 0;
while (!Serial.available() && timer < 900) {
timer++;
delay(10);
lcd.setCursor(10, 0);
lcd.print(9 - timer / 100);
}
conf = Serial.parseInt();
Serial.read(); //\n
if (conf == 2) {
Serial.println("Soak:");
while (!Serial.available());
soak = Serial.parseInt();
Serial.read(); //\n
Serial.println("Soak Time:");
while (!Serial.available());
soakTime = Serial.parseInt();
Serial.read(); //\n
Serial.println("Peak:");
while (!Serial.available());
peak = Serial.parseInt();
}
if (conf == 3) { //ROTINA SECRETA DE RESFRIAMENTO
lcd.setCursor(0, 0);
lcd.print("Resfriando ");
digitalWrite(cooler, HIGH);
while (1) {
lcd.setCursor(0, 1);
lcd.print(thermocouple.readCelsius());
lcd.setCursor(5, 1);
lcd.print((char) 223);
lcd.print("C");
lcd.print(" ");
delay(200);
}
}
lcd.setCursor(0, 0);
lcd.print("FORNO DE REFLOW");
}
void loop() {
Serial.println(thermocouple.readCelsius());
lcd.setCursor(0, 1);
lcd.print(thermocouple.readCelsius());
lcd.setCursor(5, 1);
lcd.print((char) 223);
lcd.print("C");
switch (state) {
case 1:
lcd.setCursor(6, 1);
lcd.print(" PRE ");
digitalWrite(relay, HIGH);
if (thermocouple.readCelsius() > soak - 15) {
tone(buzzer, 5000, 1000);
state = 2;
digitalWrite(relay, LOW);
digitalWrite(cooler, HIGH);
}
break;
case 2:
lcd.setCursor(8, 1);
lcd.print("SOAK ");
lcd.print(soakTime - counter / 5);
if (soakTime - counter / 5 < 100)
lcd.print(" ");
if (counter > 5 * 20) {
if (thermocouple.readCelsius() > soak + 2) {
digitalWrite(cooler, HIGH);
} else if (thermocouple.readCelsius() < soak - 2) {
digitalWrite(relay, HIGH);
} else {
digitalWrite(cooler, LOW);
digitalWrite(relay, LOW);
}
}
counter++;
if (counter > soakTime * 5) {
state = 3;
tone(buzzer, 5000, 1000);
digitalWrite(cooler, LOW);
}
break;
case 3:
lcd.setCursor(8, 1);
lcd.print("PICO ");
digitalWrite(relay, HIGH);
if (thermocouple.readCelsius() > peak - 10) {
tone(buzzer, 5000, 1000);
state = 4;
counter = 0;
}
break;
case 4:
lcd.setCursor(0, 0);
lcd.print("Resfriando ");
lcd.setCursor(8, 1);
lcd.print("RESF");
digitalWrite(relay, LOW);
digitalWrite(cooler, HIGH);
counter++;
if (counter < 25) {
tone(buzzer, 5000, 100);
}
if (thermocouple.readCelsius() < 100) {
tone(buzzer, 5000, 1000);
lcd.setCursor(0, 0);
lcd.print("REMOVA A PLACA ");
state = 5;
}
break;
}
delay(200);
}
Fim do código
Módulo de Controle
O módulo de controle é o coração do projeto, responsável por coordenar todos
outros módulos. Para o microprocessador do módulo fora escolhido o Atmega328, por
já ter sido utilizado durante o curso, ter uma boa variedade de exemplos que podem
ser utilizados e fácil acessibilidade no mercado. Fora utilizado o modelo ARDUINO
NANO na placa de prototipação, como mostrado na figura 3. A linguagem escolhida
para a programação fora C, por ser uma linguagem robusta e de maior abordagem
durante o curso. O processo de compilação e gravação da placa será feito com o
software ARDUINO IDE, fornecido pelo próprio fabricante. O algoritmo a ser
implementado pode ser observado na figura 4.
Figura 3: ARDUINO NANO
Figura 4: Algoritmo Forno
Módulo de aquisição de temperatura
O módulo de aquisição de temperatura consiste no sensor de temperatura tipo
Termopar, que é capaz de gerar uma tensão entre os seus terminais diretamente
proporcional a temperatura em sua extremidade. O sinal gerado pelo termopar deve
receber um tratamento para serialização. Para esse condicionamento do sinal foi
escolhido o MAX6675, que nada mais é do que um conversor digital/ analógico. Na
figura 5 está o circuito diagrama elétrico do circuito que fora montado, seguido das
fotos dos componentes na figura 5.1.
Figura 5: Circuito do módulo de aquisição de temperatura
Figura 5.1 Termopar e MAX6675
Módulo de Aquecimento
O projeto necessita de uma câmara isolada de aquecimento, duas resistências,
conforme mostra a figura 6.1, e uma alimentação para ser capaz de soldar. Para a
construção deste módulo fora utilizado um forno elétrico de cozinha, que possui o
aquecimento e isolamento de temperatura necessário para a realização do projeto. O
forno fora aberto e sua alimentação conectada a um relé, que por sua vez recebeu um
sinal do módulo de controle, sendo capaz de controlar a resistência do forno, como
mostrado no diagrama na figura 6.
Figura 6: Diagrama elétrico do módulo de Aquecimento
Figura 6.1: Resistência Forno
Módulo de DISPLAY
Para acompanhamento do processo de configuração e soldagem, será
necessário um DISPLAY. Fora escolhido um DISPLAY OLED, figura 7.1, devido à
facilidade de interface com o módulo de controle. A comunicação utilizada será o
padrão I2C, que reduz a quantidade de fiação necessária entre o controlador e o
DISPLAY, as conexões serão feitas conforme o diagrama da figura 7.
Figura 7: Diagrama das conexões para a utilização do DISPLAY OLED com
comunicação I2C.
Figura 7.1: Display OLED
Módulo de Comunicação:
É necessário uma comunicação com o módulo de controle para a configuração
do processo de soldagem. Essa configuração fora pela interface USB da placa de
controle conectada a uma porta USB de um computador rodando o sistema
operacional Windows. O software para ser utilizado será o próprio ARDUINO IDE
através do recurso Serial Monitor.
Módulo de resfriamento:
Para o resfriamento do sistema, fora anexado uma ventoinha externa na
traseira do forno que possui o papel de estabilizar a fase do SOAK e realizar a queda
brusca da temperatura, conforme indica a figura 8. Também fora elaborado um
alçapão movido por um motor de passo, figura 9.1, com a finalidade de que, em
conjunto com o ventoinha externa, gere um fluxo para o resfriamento da placa,
conforme mostra a figura 9. Para o resfriamento interno do circuito, fora implementado
uma ventoinha interna, figura 9.1, para retirar o excesso de calor gerado pelos
componentes, conforme indica a figura 10.
Figura 8: Ventoinha Externa
Figura 9: Alçapão
Figura 9.1: Componentes Alçapão
Figura 10: Ventoinha Interna
Figura10.1: Ventoinha
Módulo de alarme:
Com a finalidade de alertar o usuário com relação ao andamento do processo de solda, fora implementado uma sirene, figura 11.1, que apita em cada transição de fase e no término de todo o processo, sua esquemática pode ser vista na figura 11:
Figura 11: Sirene
Figura 11.1: Foto Sirene
PROCEDIMENTOS DE TESTE E RESULTADOS DO PROJETO
Testes CHECK
Circuito de alimentação fornece 5V para o circuito
OK
Circuito de alimentação fornece 12V para o circuito
OK
A ventoinha interna está funcionando corretamente
OK
A ventoinha externa está operando corretamente
OK
O relé das resistências está chaveando OK
O relé do ventoinha está chaveando OK
O termopar é capaz de realizar uma leitura de temperatura condizente com um termômetro comercial
OK
O LCD está operando OK
A sirene está funcionando OK
O ARDUINO NANO está funcionando OK
A comunicação serial está funcionando OK
O forno é capaz de manter uma temperatura de SOAK por um tempo determinado
OK
O forno é capaz de atingir uma temperatura de pico de 250ºC
OK
O forno é capaz de esquentar a pelo menos 1ºC/s
OK
O forno é capaz de resfriar a pelo menos - 0.75ºC/s
OK
O forno é capaz de realizar uma solda OK
Como fora possível verificar através da CHECKLIST, podemos perceber que o
protótipo se adequou a todos os pré-requisitos estabelecidos, tornando a fase
conceitual um sucesso.
Na figura 11, podemos verificar como ficou o protótipo como um todo:
Figura 12: Forno de Refusão
CONCLUSÃO
Com o objetivo de prover uma solução economicamente viável para pequenos
projetos que necessitam de soldagem por refusão, este debuxo apresenta uma
proposta da construção de um forno de REFLOW. Para implementação deste projeto
foram utilizados um forno elétrico convencional de cozinha com dupla resistência, um
relay de estado sólido, ATmega328, um Termopar, um conversor digital MAX 6675, um
DISPLAY OLED e uma fonte +-12Volts +-5Volts. O código para o controle será feito na
linguagem de programação C. O forno possui uma configuração padrão de
temperatura e tempo para uma solda convencional. Para configurar outros valores de
entrada é utilizado a porta serial com um terminal no computador, sendo capaz de
receber uma configuração via porta serial e soldar uma placa de acordo com o perfil
programado.
Uma das dificuldades encontradas fora obter uma leitura de temperatura coesa no
interior do forno, uma vez que o controle da temperatura é realizado tomando como
base o valor lido pelo termopar, o local do qual o sensor deve se encontrava dentro do
forno é mais próximo da placa. Porém, também deve se localizar o mais centralizado
possível entre os três eixos de dimensão, uma vez que é entre as duas resistências o
local de maior concentração de calor. Além disso, fora necessário utilizar um MAX
6575, que nada mais é do que um conversor digital/analógico, para que as leituras
realizadas pelo termopar possuísse uma forma serial, facilitando o tratamento desta
informação pelo ARDUÍNO.
Outra dificuldade, fora em estabilizar a temperatura nas fases de SOAK e após o pico.
Sendo necessário realizar uma abertura na traseira do forno e acoplar uma ventoinha,
com isso não apenas estabilizou completamente o SOAK, como também reduziu
drasticamente o tempo da queda de temperatura após o pico.
Outra questão de extrema importância, é a parte de impacto ambiental. Embora não
aparente tão nocivo, uma vez que o produto não utiliza nenhuma bateria, alguns
parâmetros devem ser considerados.
Neste projeto são utilizados alguns componentes que possuem materiais
bioacumulativos ou de longa deterioração. Necessitando assim de uma acuidade
maior, conforme prediz a HoHS (Restriction of Harzardous Substances), e a lei número
12.305 de 02/2010 que institui a política nacional de resíduos sólidos. Esta imposição
dita as obrigações pela parte do fabricante em relação ao descarte, ou reciclagem,
quando possível, do produto no fim de sua vida útil [3]. Ainda atrelado a parte
regulamentais, existe a classificação de resíduos, essa classificação dita a forma de
tratamento do descarte, conforme explica o artigo “Conheça a classificação dos
resíduos industriais: Classe I e II” publicado pelo site SuperBac. Com isto posto,
podemos ir ao projeto de fato.[4]
O produto é composto pelos seguintes componentes:
Placas de circuito impresso, possuem polímeros plásticos e metais como
cobre, ouro, prata, níquel. Segundo o site Ecycle em seu artigo “Processo de
reciclagem em placas de CI”, sua reciclagem podem ser feita por processos
mecânicos, pirometalurgia, hidrometalurgia, eletrometalurgia e biometalurgia.
Para as placas que possuem mercúrio na sua composição, devem ser
descartado conforme como resíduos industriais classe I.[5]
Capacitores eletrolíticos, possuem alumínio, dióxido de alumínio ácido bórico ou
borato de sódio. Conforme diz o site WGR ignitron em seu material “Descarte
de capacitores x meio ambiente”, os capacitores eletrolíticos podem ser
reciclados caso não tenham sua estrutura comprometida para comporem outros
circuitos. Caso estejam danificados devem ser descartados como resíduos
industriais classe II, que são classificados de acordo com o local vigente.[6]
Resistores, possuem fonolite e carbono. Podem ser reciclados caso não
tenham sua estrutura comprometida para comporem outros circuitos. Caso
estejam danificados devem ser descartado como resíduos industriais classe II,
que são classificados de acordo com o local vigente. Porém segundo o site
Ecodebate, em sua publicação “Resíduos Tecnológicos”, para os resistores que
possuem Cádmio na sua composição, devem ser descartados como resíduos
industriais classe I.[7]
Resistência do forno elétrico, é composto por níquel e cromo. Devido o seu uso
envolver o extremo aquecimento do metal, em caso de avarias ele deve ser
descartado como resíduos industriais classe I.[7]
Termopar, formado de cromo e alumínio. Como este componente costuma
sempre estar exposto a grandes variações de temperatura, caso esteja
avariado deve ser descartado como resíduos industriais classe I.[7]
Relés, composto por polímero, ferro e cobre. Caso esteja danificado, ele deve
ser descartado como resíduos industriais classe II. Caso o modelo apresente
mercúrio em sua composição, deve ser descartado como resíduos industriais
classe I.[7]
Solda, composta por estanho e chumbo, deve ser descartado como resíduos
industriais classe I. [7]
Transformador, composto por cobre e ferro eletromagnético. Segundo o site
Tecori que é uma empresa especializada na destinação final dos
transformadores e capacitores, os transformadores podem ter seus metais
facilmente extraídos, descontaminados e reutilizados para outra composição. [8]
Carcaça do forno, composto singularmente de alumínio. Podendo ser facilmente
reciclado e descartado como lixo que não é lixo.
DISPLAY OLED, composto por uma película elétrica orgânica, dificilmente pode
ser reciclado. Contudo por sua natureza orgânica é um material biodegradável,
podendo ser descartado tal como o lixo orgânico.[9]
Como podemos ver acima, temos grande parte dos componentes que podem ser
reciclados, uma pequena parte que não são passivos de reciclagem e devem ser
descartados com maior acuidade e, infelizmente, apenas um biodegradável.
Para este protótipo, com exceção da solda que deve ser tratado como resíduo
industrial classe I, o restante dos resíduos podem ser descartados como resíduos
industriais classe II. Geralmente a responsabilidade de recolhimento dos resíduos é de
responsabilidade do fabricante, sendo este obrigado a ter um plano de descarte ou
reutilização desses componentes. Contudo, em muitas cidades existem pontos de
descarte para esses resíduos promovidos pela prefeitura e por terceiros como
supermercados. O site Techcity em seu artigo “Descarte de resíduos” traz algumas
informações importantes, bem como o nome de algumas empresas que realizam o
serviço de descarte especializado. Segundo o site, em algumas cidades, lixos não
tóxicos podem ser descartados como lixo que não é lixo, conforme informa o serviço
municipal da cidade, sendo esses resíduos separados e dado o encaminhamento
devido por parte do município. Para grandes empresas, isto é aquelas que geram
grandes volumes de lixo eletrônico, e isto inclui o recolhimento do produto no término
da vida útil, é necessário contratar uma empresa recicladora. Já para lixos tóxicos,
existem pontos de recolhimento nos terminais de ônibus para realizar o seu
descarte.[10]
Por se tratar de um protótipo, fora utilizado uma configuração padrão para provar o seu
conceito. Logo essa configuração pode sofrer uma otimização para uma maior
viabilidade:
ATMELMEGA328, o controlador da família ATMEL poderia ser substituído por
um controlador PIC18F4550.
Conversor MAX6575, o conversor digital/analógico poderia ser substituído por
uma circuitaria convencional envolvendo amplificadores modelos 741, ou 358,
ou 324.
A fonte utilizada se trata de uma fonte confeccionada, tendo o seu custo já
reduzido.
O relé de estado sólido poderia ser substituído por um relé convencional 5 Volts
e 30 Amperes. Contudo, isto encurtaria severamente a vida útil do produto.
Apesar do tempo escaço, o projeto atingiu o seu objetivo de entregar um forno de
refusão funcional. Seus resultados se mostraram promissores, porém ainda está
sujeito a uma miríade de ciclos de PDCA, como a otimização de custos por meio da
substituição de componentes, aprimorar o controle da queda de temperatura para ter
uma maior gama de componentes sujeito ao seu uso e até mesmo uma melhoria
estética do produto, todos esses elementos podendo ser continuados mesmo após a
entrega do projeto.
REFERÊNCIAS
● [1]- MARCENEIRO, GABRIEL DUARTE. Desenvolvimento de forno para solda de componentes SMD. 10ed. Rio Grande do Norte: Proceeding series of the Brazilian Society of Computation and Applied Mathematics, 2016. 1p.
● [2] Processo solda por refusão: Solder Reflow Technology Handbook. Disponível em: < http://www.tch.es/wp-content/uploads//RI_Section_1.pdf >. Acesso em 01 de maio. De 2018.
● [3] Lei Resíduos Sólidos: Presidência Da República. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm >. Acesso em 17 de novembro de 2018.
● [4] Classificação De Resíduos: Superbac. Disponível em: < http://www.superbac.com.br/classificacao-residuos-industriais-classe-i-e-ii/ >. Acesso em 17 de novembro de 2018.
● [5] Processo de reciclagem de placas de CI: Ecycle. Disponível em: < https://www.ecycle.com.br/component/content/article/48-eletronicos/289-placas-eletronicas-de-computador-podem-ser-recicladas.html >. Acesso em 17 de novembro de 2018.
● [6] Descarte de capacitores: WGR Ignitron. Disponível em: < http://blog.wgr.com.br/2011/04/descarte-do-capacitor-x-meio-ambiente.html>. Acesso em 17 de novembro de 2018.
● [7] Resíduos Tecnológicos: EcoDebate. Disponível em: < https://www.ecodebate.com.br/2012/12/06/residuos-tecnologicos-artigo-de-antonio-silvio-hendges/ >. Acesso em 17 de novembro. De 2018.
● [8] Reciclagem de transformadores: Ticori. Disponível em: < http://www.tecori.com.br/ >. Acesso em 17 de novembro de 2018.
● [9] OLED Orgânico: Kamtekar; Monkman; Bryce. Disponível em: < https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/adma.200902148 >. Acesso em 17 de novembro. De 2018.
● [10] Descarte de resíduos: Techcity. Disponível em:
< http://techcity.org.br/dicas/como-descartar-lixo-eletronico-em-curitiba/?fbclid=IwAR2I3hkCHU4qhEJQT3hmfAe9V6K_LR-UndhX4hT9vOTXBRZW3Xa9UCRztkY>. Acesso em 17 de novembro. De 2018.
● [F1] - Figura 1 Módulos do projeto - Autoria do autor do artigo. ● [F2] - Figura 2 Circuito com ligações de alimentação omitidas - Autoria do
autor do artigo ● [F3] - Figura 3 ARDUINO NANO - ARDUINO. Disponível em:
< https://store.arduino.cc/usa/arduino-uno-rev3 >. Acesso em 16/06/2018. ● [F4] - Figura 4 Algoritmo Forno - Autoria do autor do artigo. ● [F5] - Figura 5 Circuito do módulo de aquisição de temperatura - Autoria
do autor do artigo. ● [F5.1] – Figura 5.1Termopar e MAX6675 – ML. Disponível em:
< https://http2.mlstatic.com/modulo-sensor-temperatura-max6675-termopar-tipo-k-arduino-D_NQ_NP_414125-MLB25368918602_022017-F.webp >. Acesso em 17/11/2018.
● [F6] - Figura 6 Diagrama elétrico do módulo de aquecimento - Autoria do autor do artigo.
● [F6.1] – Figura 6.1 Resistência Forno – ML. Disponível em: < http://www.heatcon.com.br/resistencia-forno-eletrico >. Acesso em 17/11/2018.
● [F7] - Figura 7 Diagrama das conexões para utilização do DISPLAY LCD com comunicação I2C - Autoria do autor do artigo
● [F7.1] – Figura 7.1 Display OLED - FILIPEFLOP. Disponível em: < https://www.filipeflop.com/produto/display-oled-0-96-spi-colorido/ >. Acesso 15/11/2018.
● [F8]- Figura 8 Ventoinha Externa - Autoria do autor do artigo ● [F9] - Figura 9 Alçapão - FILIPEFLOP. Disponível em:
< https://www.filipeflop.com/blog/controlando-um-motor-de-passo-5v-com-arduino/circuito_uno_motor_de_passo_5v1-png >. Acesso em 15/11/2018.
● [F9.1] - Figura 9.1 Componentes Alçapão - Autoria do autor do artigo ● [F10]- Figura 10 Ventoinha Interna - Autoria do autor do artigo ● [F10.1] - Figura 10.1 Ventoinha - ML. Disponível em:
< https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-939607343-fan-cooler-120x120x25-micro-ventilador-12v-03a-120mm-_JM?quantity=1 >. Acesso em 15/11/2018.
● [F11]- Figura 11 Sirene - Autoria do autor do artigo ● [F11.1] Figura 11.1 Foto Sirene – Tecnis. Disponível em: ● < https://www.tecnis.pt/compra/buzzer-ac-o12mm-x-8-5mm-12085-3324 >.
Acesso em 15/11/2018. ● [F12]- Figura 12 Forno De Refusão - Autoria do autor do artigo