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Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada Pastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional Comissão Nacional dos Diáconos / Comissão Nacional dos Presbíteros Conferência dos Religiosos do Brasil / Conferência Nacional dos Institutos Seculares Organização dos Seminários e Institutos do Brasil / Instituto de Pastoral Vocacional AMADOS E CHAMADOS POR DEUS 1

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Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida ConsagradaPastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional

Comissão Nacional dos Diáconos / Comissão Nacional dos PresbíterosConferência dos Religiosos do Brasil / Conferência Nacional dos Institutos SecularesOrganização dos Seminários e Institutos do Brasil / Instituto de Pastoral Vocacional

AMADOS E CHAMADOSPOR DEUS

Encontros e Celebrações para o Mês VocacionalAgosto de 2020

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Siglas

4CVB Documento Final do 4º Congresso Vocacional do Brasil, 2020.

ChV Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, papa Francisco, 2019.

DAp Documento de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe), 2007.

PDV Exortação Apostólica Pós-Sinodal Pastores Dabo Vobis, de São João Paulo II, 1992.

PP Carta Encíclica Populorum Progressio, de São Paulo VI, 1967.

RVM Carta Apostólica, Rosarium Virginis Mariae, de São João Paulo II, 2002.

Discursos do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ):https://www.academia.edu/5815642/Livro_eletronico_-_Discursos_do_Papa_Francisco_na_JMJ

CMOVIC-CNBBComissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida ConsagradaConferência Nacional dos Bispos do Brasil

Membros:Dom João Francisco Salm – PresidenteDom André Vital Félix da SilvaDom João Inácio MüllerDom José Albuquerque de AraújoPe. João Cândido da Silva Neto – assessorPe. Juarez Albino Destro, rcj – assessor

Organismos que a compõem:CND – Comissão Nacional dos DiáconosPresidente: Dc. Francisco Salvador Pontes FilhoCNP – Comissão Nacional dos PresbíterosPresidente: Pe. José Adelson da Silva RodriguesCNIS – Conferência Nacional dos Institutos SecularesPresidente: Aparecida de Guadalupe CafaroCRB – Conferência dos Religiosos do BrasilPresidente: Ir. Maria Inês Ribeiro, madOSIB – Organização dos Seminários e Institutos do BrasilPresidente: Pe. Jerônimo Batista de AraújoPV/SAV – Pastoral Vocacional / Serviço de Animação VocacionalCoordenadores: Edna Maria de Sousa e Pe. José Alir Moreira

Organismos parceiros:IPV – Instituto de Pastoral VocacionalPresidente: Pe. Juarez Albino Destro, rcjCentro Rogate do Brasil / Revista RogateDiretor: Pe. Reinaldo de Sousa Leitão, rcj

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CONTEÚDO

Apresentação ........................................................................................................Agosto, Mês Vocacional ........................................................................................Somos Amados e Chamados por Deus ...................................................................Terço Vocacional ...................................................................................................Terço da Vida Consagrada .....................................................................................Terço Missionário .................................................................................................Em busca de um tesouro: Encontro “Despertar Vocacional” para jovens .................

Anexo 01: Salmo 138 (139) ...........................................................................................Anexo 02: A Parábola dos Poços ...................................................................................Anexo 03: História de Abraão ........................................................................................

Vigília Vocacional ..................................................................................................Leitura Orante da Palavra .....................................................................................As Palavras da Vocação: 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações .......................

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APRESENTAÇÃO

O mês vocacional, instituído no Brasil há quase 40 anos, vem celebrando e homenageando todas as vocações no decorrer das semanas de agosto. É uma especificidade de nosso país, graças à sensibilidade de tantas pessoas envolvidas naquele contexto de final dos anos 1970 e início de 1980. Uma bonita história que merece ser recordada, mesmo que brevemente, como veremos na primeira parte deste subsídio.Outras “datas vocacionais” foram acrescentadas no decorrer dos anos. Um exemplo é o “Dia da Vida Consagrada”, instituído por São João Paulo II em 1995, e celebrado em 02 de fevereiro, na festa da Apresentação do Senhor. Isso não impede, porém, que em cada uma das semanas do mês de agosto, de domingo a sábado, voltemos nossas atenções para um grupo específico de vocações, de tal forma que todas sejam contempladas:

a) primeira semana (este ano, de 02 a 08 de agosto), as vocações dos diáconos, presbíteros e bispos (ministérios ordenados);

b) segunda semana (de 09 a 15), a vocação do pai, da mãe e dos filhos (a família). A Pastoral Familiar celebra a Semana Nacional da Família, com subsídios específicos;

c) terceira semana (de 16 a 22), a vocação das pessoas de vida consagrada (aqueles que fazem os votos de Castidade, Pobreza e Obediência). A Semana Nacional da Vida Consagrada, a partir deste ano, é uma novidade no mês vocacional;

d) quarta semana (de 23 a 29), a vocação dos cristãos leigos e leigas e seus diversos serviços na comunidade (ministérios não ordenados);

e) no último domingo, dia 30, celebramos o Dia dos Catequistas, homenageando e valorizando esta vocação tão importante nas comunidades.

Este subsídio foi pensado e elaborado, a partir do tema “Amados e chamados por Deus” (cf. ChV 112), para se rezar juntos no mês vocacional, por todas as vocações. Há três propostas de Terço Vocacional, que poderão ser recitados em família ou grupo, e três opções de “eventos” ou iniciativas que poderão ser organizados na comunidade: um encontro vocacional para despertar vocações; uma vigília vocacional; uma leitura orante vocacional. Poderão ser realizados envolvendo – preferencialmente – os jovens, pela própria natureza da idade: é durante a juventude que a dimensão vocacional desperta com maior vigor. As propostas apresentadas poderão ser utilizadas de acordo com as realidades e necessidades, sem uma ordem sequencial obrigatória. Para a abertura do mês vocacional no dia 1º, um sábado, seria muito oportuna a celebração da Vigília Vocacional, por exemplo. E, na conclusão do mês, no dia 31, uma segunda-feira, o Terço Vocacional, com os Mistérios da Luz, cairia muito bem. A equipe vocacional ou o animador vocacional discernirá a melhor maneira de utilização do subsídio, incrementando com elementos e símbolos locais.Vale ressaltar que algumas celebrações litúrgicas ou “sociais” determinaram a sequência das vocações nas semanas de agosto. Não é uma escala da mais importante para a menor das vocações, pois sabemos que a Igreja é uma assembleia dos chamados (PDV 34). São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos (04 de agosto), e São Lourenço, padroeiro dos diáconos (10 de agosto), influenciaram na celebração do ministério ordenado na primeira semana do mês vocacional. O dia dos pais, celebrado no segundo domingo de agosto, fez com que celebremos a vocação da família na segunda semana. A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, no Brasil celebrado no terceiro domingo de agosto, “puxou” a vocação dos consagrados e consagradas para a terceira semana. Maria é modelo de toda vocação à vida consagrada, ela que disse “sim” ao chamado específico de Deus, de ser a Mãe de Deus, servidora da humanidade. E, finalmente, na última semana, celebramos a vocação dos ministérios não ordenados, ou seja, de todos os demais que exercem sua vocação, seu serviço na comunidade, a começar pelos catequistas, somando todos os demais ministérios.Desejamos que os animadores vocacionais possam celebrar o mês vocacional com muita alegria e disposição, abusando da criatividade e contagiando as comunidades eclesiais para que se sintam vocacionadas e dispostas a dizer “sim” ao chamado de Deus, de ser operário e operária na messe do Senhor.

CMOVIC-CNBB

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AGOSTO, MÊS VOCACIONAL1

Pode-se afirmar que a instituição de um mês vocacional, em âmbito de Brasil, começou a nascer no ano de 1971, na diocese de Santo Ângelo (RS). Seu bispo, na época, D. Aloísio Lorscheider, 2 levou ao clero local a sugestão de realizar um mês vocacional na diocese, motivado pelas celebrações do Dia Mundial de Oração pelas Vocações.3 Pessoa bastante influente e atualizada, consciente dos novos rumos trazidos pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), ele percebeu que as celebrações do Dia do Bom Pastor ainda não eram bem animadas e sentiu a necessidade de fazer algo mais para a conscientização da necessidade de se rezar e trabalhar pelas vocações. No 7º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, realizado em 1970, certamente D. Aloísio leu a insistência de Paulo VI, o papa da época, em sua mensagem para a ocasião: “ O dever de fomentar as vocações sacerdotais pertence a toda a comunidade cristã, que, em primeiro lugar, deverá cumpri-lo por meio de uma vida plenamente cristã (Optatam Totius, 2). Com efeito, a própria vocação cristã [...] encontra a sua expressão e o seu ponto culminante na vocação sacerdotal e religiosa. Esta vocação é inconcebível se precedentemente não for despertada e educada a vocação cristã. É neste ponto que se manifesta o índice claro e inequívoco da vitalidade de cada uma das comunidades paroquiais e diocesanas”.4

A experiência da celebração do mês vocacional na diocese de Santo Ângelo logo ganhava adeptos. A escolha do mês de agosto, segundo o bispo emérito daquela diocese, D. Estanislau Amadeu Kreutz (que ficou à frente da diocese de 1973 a 2004) foi para evitar a coincidência com alguns tempos litúrgicos importantes, como o Advento, a Quaresma e o Tempo Pascal, e também devido à memória litúrgica de São João Maria Batista Vianney, o padroeiro dos párocos, celebrado no dia 04 de agosto. “Inicialmente incentivávamos mais explicitamente as vocações presbiterais”, afirmou D. Estanislau, pois “quando a proposta da celebração do mês vocacional foi abraçada também pelo Regional Sul 3 da CNBB, correspondente ao Rio Grande do Sul, abrimos os horizontes para destacar uma semana para o serviço da animação vocacional de cada vocação específica: a primeira semana veio a concentrar-se sobre a vocação presbiteral; a segunda semana sobre a vocação matrimonial ou familiar; a terceira semana sobre a vocação à vida consagrada, e a quarta sobre a vocação do ministério dos leigos. Havendo um quinto domingo, ele era dedicado à missão dos catequistas”.5

No Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1974, realizado no Rio de Janeiro, já é possível verificar algumas indicações referentes à fixação de datas vocacionais, como dias, semanas ou meses. Sugeriu-se, por exemplo, que os Regionais da CNBB promovessem “mês e semana vocacionais”. E os participantes do encontro sugeriram à coordenação nacional que procurasse “fixar datas: semana, mês ou ano vocacional”.6

As indicações foram ganhando força, motivadas por experiências bem sucedidas de outras dioceses e até Regionais da CNBB, como por exemplo a realização do Ano Vocacional no Regional Sul 2 – Paraná –, em

1 Cf. CNBB. Discípulos Missionários a serviço das vocações; instrumento de trabalho do 3º Congresso Vocacional do Brasil . Brasília, CNBB, 2009, n. 17-20.2 D. Aloísio Lorscheider esteve à frente da diocese de Santo Ângelo de 1962 a 1973. Em 1967 passou a ser o secretário da CNBB, cargo que exerceu até 1971, quando foi eleito presidente (até 1979). Vale ressaltar que ele também foi presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) de 1976 a 1979.3 O “Dia do Bom Pastor”, como passou a ser conhecido o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, foi instituído em 1964 pelo papa São Paulo VI.4 PAULO VI, Mensagem para o 7º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 15/03/1970. In.: INSTITUTO DE PASTORAL VOCACIONAL, Pedi ao dono da messe que mande operários; mensagens dos papas para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações (1964-2006) , São Paulo, Paulus, 2006, n. 100.5 Entrevista ao Instituto de Pastoral Vocacional - IPV, por ocasião da publicação da agenda vocacional Caminhos 2008, do IPV, p. 84 e 120.6 CNBB, A Pastoral Vocacional; realidade, reflexões e pistas, Estudos da CNBB 05, p. 148 e 150.

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1973.7 Dessa forma, no Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1980 houve a proposta concreta de se instituir agosto como o mês vocacional no país e também a realização, em 1983, de um Ano Vocacional. As duas propostas foram levadas à Assembleia da CNBB de 1981 e foram aprovadas.8

7 Cf. STACHESKI, Sérgio. Visão geral da pastoral vocacional no Paraná. In.: Revista Rogate, n. 11 (abr/1983), p. 09-10.8 CNBB, Vida e ministério do presbítero - pastoral vocacional; documento aprovado pela 19ª Assembleia da CNBB . Documentos da CNBB 20. São Paulo, Paulinas, 1981, n. 258 e 259.

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SOMOS AMADOS E CHAMADOS POR DEUS

A palavra Vocação deriva do latim – Vocare – que significa Chamado e está intimamente ligada ao nosso existir como pessoa e ao sentido que encontramos desse existir na vida. O Guia Pedagógico de Pastoral Vocacional da CNBB afirma que “na Igreja, ‘vocação’ é o apelo de Deus que chama uma pessoa para uma missão ou serviço”.9

A partir desta definição podemos concluir que vocação é “um inefável diálogo entre Deus e o homem, entre o amor de Deus que chama e a liberdade do homem que no amor responde a Deus” (PDV 36). O chamado ou eleição divina se manifesta em nosso dia a dia por meio de nossa livre e amorosa resposta e adesão ao projeto de Deus, por meio do seguimento a Jesus Cristo. Desta forma, é importante ter presente que não somos nós que escolhemos seguir a Jesus Cristo, mas somos escolhidos(as) pelo Pai e chamados(as) por seu Filho.É possível, então, afirmar que a vocação está relacionada ao convite que Jesus Cristo dirige a cada pessoa indistintamente: “Vem e segue-me” (Mt 19,21); “Vinde em meu seguimento, e farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19); “Se alguém quiser me servir, siga-me” (Jo 12,26).No chamado de Jesus há dois aspectos: ir e seguir (cf. Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).

“Vem” é o chamado: o convite pessoal a estar/permanecer com Jesus e tornar-se discípulo e discípula do Mestre.10

“Segue-me” é a missão: o seguimento da prática de Jesus.11

Portanto, não é demais relembrar que a vocação nunca é finalizada na pessoa, mas é sempre em vista de uma missão (evangelizar) e para uma comunidade concreta. O aspecto da realização pessoal existe, fomos criados e chamados à vida para sermos felizes, mas essa realização não tem um fim em si mesmo.A missão decorrente de nossa resposta vocacional como prática do seguimento de Jesus se desenvolve no mundo, para o mundo, e tem um compromisso efetivo com o bem da pessoa humana. A resposta ao chamado de Jesus “exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (cf. Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus, que come com publicanos e pecadores (cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e as crianças (cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos (cf. Mc 1,40-45), que perdoa e liberta a mulher pecadora (cf. Lc 7,36-49; Jo 8,1-11)” (DAp 135).Vocação não é isolamento, busca de satisfações, realização pessoal ou de projetos pessoais. Vocação é dar a vida pela defesa da vida (cf. Jo 10,11; 15,13), ou seja, vocação é amar. Um Deus que é amor, chama-nos justamente porque nos ama, e nos chama para amar: “Deus te ama. Nunca duvides, apesar do que te aconteça na vida. Em qualquer circunstância, és infinitamente amado” (ChV 112). Deus vê nossa beleza, somos preciosos aos seus olhos (cf. Is 43,4). “Seu amor é tão real, tão verdadeiro, tão concreto que nos oferece uma relação cheia de diálogo sincero e fecundo” (ChV 117).

Existem várias vocações?Quando começamos a compreender o verdadeiro sentido da palavra vocação nos damos conta que ela vai se desdobrando em vários aspectos. Para entendermos melhor, vamos comparar com uma flor: se quero presentear uma pessoa com uma rosa não posso dar uma pétala e dizer que dei uma rosa. A rosa é feita de várias pétalas que, juntas, formam o botão de rosa. Assim também acontece com a vocação.

9 Cf. CNBB. Guia Pedagógico de Pastoral Vocacional. São Paulo, Paulinas, 1983.10 Na convivência cotidiana com Jesus e no confronto com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas bem originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre, foi Cristo quem os escolheu. E, por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincularem intimamente à Pessoa dele (cf. Mc 1,17; 2,14). Ver, também, Documento de Aparecida (DAp), n. 132.11 “Todo discípulo é missionário, pois Jesus o faz partícipe de sua missão, ao mesmo tempo que o vincula a Ele como amigo e irmão. Dessa maneira, como Ele é testemunha do mistério do Pai, assim os discípulos são testemunhas da morte e ressurreição do Senhor até que Ele retorne. Cumprir essa missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã, porque é a extensão testemunhal da vocação mesma” (DAp 144).

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Existe uma única vocação: a vida. O Papa Paulo VI na Populorum Progressio afirmou: “toda vida é vocação!” (PP 15). Essa única vocação é “marcada” por uma grande vocação, a vocação cristã (cor da rosa) de onde brotam várias dimensões, as vocações específicas (pétalas).

Vocação Cristã ou vocação batismalA vocação cristã é o chamado que recebemos pelo Batismo para assumir, conscientemente, fazer parte da grande família dos filhos e filhas de Deus e a viver como “criatura nova” em Cristo Jesus. Dito de outra forma: a vocação cristã é o chamado a seguir Jesus Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida ( cf. Mc 1,17; Jo 14,6).Pelos sacramentos de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Crisma), dos quais o Batismo é a porta de entrada, recebemos essa vocação cristã comum. É por esse sacramento que fazemos nossa opção fundamental como cristão e comprometemo-nos com a nossa comunidade.Com o Batismo somos incorporados ao Povo de Deus, comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus. Uma Igreja onde todos, pelo Batismo, vivem a comum dignidade de filhos e filhas adotivos do Pai, chamados à santidade e à participarem, com seus diferentes carismas, da vida e missão de Jesus Cristo, assumindo a dinâmica do discipulado. Talvez, algumas pessoas se perguntem sobre a necessidade destas afirmações que podem soar um pouco complicadas. Mas, elas querem simplesmente dizer que na grande família dos filhos e filhas de Deus o que conta não é ser isto ou aquilo (bispo, padre, freira, diácono, cristão leigo), o que conta realmente é nossa condição de filhos e filhas de Deus, membros da Igreja (assembleia de chamados), seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, chamados e chamadas a viver no caminho da santidade.

Vocações específicasAnteriormente comparamos a vocação batismal com a cor que dá vida e beleza à rosa; todas as pétalas nutrem-se de uma única fonte de cor, e mesmo com diferentes tonalidades entre as pétalas não podemos dizer que uma se sobressai. As várias pétalas têm jeito e estilo próprio, mesmo sendo muito parecidas entre si formam um conjunto diverso, mas tão harmonioso que vemos a rosa como uma coisa só, e não um amontoado de pétalas.Na questão vocacional é a mesma coisa. A partir da riqueza da diversidade – que a Igreja é continuamente chamada e impulsionada a viver pela ação do Espírito – que nascem as vocações específicas como formas diferentes de responder e viver um único e mesmo Amor: o seguimento de Jesus e o assumir sua missão.A partir dessa premissa compreendemos que a vocação específica está relacionada às escolhas de vida que cada batizado e batizada assume na vivência desse único Amor. Elas são divididas em três grandes dimensões: Vocação do Cristão Leigo e Leiga, Vocação à Vida Consagrada, Vocação dos Ministros Ordenados. Em cada dimensão há diferentes aspectos, pois dentro de cada conjunto de vocação específica a pessoa é chamada a fazer escolha por uma, encontrar o seu jeito e sua forma/cor de viver a beleza de ser cristão e amar.

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TERÇO VOCACIONAL

Rezemos pelas vocações com os Mistérios da Luz, a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae” (RVM) - O Rosário da Virgem Maria - de São João Paulo II, e o Documento Final do 4º Congresso Vocacional do Brasil (4CVB). A cada mistério somos convidados a rezar por uma vocação específica, dentro da dinâmica do mês

vocacional: cristãos leigos e leigas (ministérios não ordenados, famílias...), pessoas de vida consagrada, ministros ordenados (diáconos permanentes, padres e bispos). A dimensão missionária, essencial na Igreja,

também está contemplada num dos mistérios.

Orientações GeraisPreparar o ambiente com símbolos vocacionais, vela, crucifixo, imagem de Nossa Senhora, ilustrações do mês vocacional... Escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

IntroduçãoCanto inicial (à escolha).

Saudação inicial por conta do animador.

Animador/a (A.): O Rosário é “uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade” (RVM, 01). Esta oração, hoje, no cristianismo, segue anunciando o projeto de Cristo ao mundo. O Rosário é uma oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora e, por isso mesmo, é uma prece de orientação profundamente cristológica. O seu elemento mais característico - a repetição litânica da Ave Maria - torna-se louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação de Isabel: Bendito é o fruto do vosso ventre (Lc 1,42). A repetição da Ave Maria leva à contemplação dos mistérios, ou seja, aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima (RVM 18).

Todos (T.): É frequentando a Escola de Maria que vamos melhor entendendo a dinâmica do projeto de Cristo.

A.: “Dentre os seres humanos, ninguém melhor do que Maria conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do seu mistério” (RVM 14). Nesta escola, diante dos chamados cotidianos de Cristo, devemos aprender com ela a responder com a obediência da fé:

T.: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38).

A.: Somos chamados à santidade, a sermos bons operários na messe do Senhor, a produzir frutos, a rezar, ter compaixão e se mover em direção aos mais necessitados desta messe; somos chamados a anunciar a boa nova de Cristo, a lutar por justiça, amor e paz; enfim, somos chamados a dizer, cotidianamente, como Maria: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!

T.: Esta é a nossa vocação, missão que carregamos a partir do nosso Batismo, do tríplice serviço de ser profeta, sacerdote e rei!

Segue o Creio em Deus Pai...Pai Nosso, três Ave Marias, Glória.

1. Batismo: fonte de todas as vocaçõesA.: No Primeiro Mistério, contemplamos o Batismo de Jesus. “Enquanto Cristo desce à água do rio, como inocente que se faz pecador por nós (cf. 2Cor 5,21), o céu se abre e a voz do Pai o proclama Filho dileto, ao mesmo tempo que o Espírito vem sobre ele para investi-lo na missão que o espera” (cf. RVM 21).

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T.: Somos, pelo nosso batismo, chamados por Deus Pai a ser ouvinte da Palavra; somos os filhos amados de Deus, ungidos pelo Espírito Santo para a missão, inseridos na Igreja.

Leitor 1: “A Igreja é vocacionada a evangelizar em um país predominantemente urbano. A imagem da Casa, com seus pilares – Palavra, Pão, Caridade, Ação Missionária –, é o lugar de acolhimento e envio [...]. As comunidades eclesiais missionárias devem gerar discípulos missionários, isto é, “vocações”. Os pilares correspondem à própria natureza da Igreja. A PV/SAV deve, portanto, despertar e acompanhar vocacionados e vocacionadas para o serviço do Reino, em um processo formativo integral, com vistas à formação, à animação e ao fortalecimento das comunidades eclesiais missionárias. É um processo que envolve a todos: dioceses, paróquias, pastorais, comunidades, grupos e comissões” (4CVB, 34).

T.: Somos, pelo nosso batismo, chamados por Deus Pai a ser ouvinte da Palavra; somos os filhos amados de Deus, ungidos pelo Espírito Santo para a missão, inseridos na Igreja.

Leitor 2: Rezemos pelas Famílias em suas mais diversas formas e organizações, a fim de que possam ser espaços onde se aprende a viver em comunidade, na escuta, no respeito e no apoio aos valores do outro, da vida e do Reino de Deus.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

2. As Bodas de Caná: fazer tudo o que Jesus nos disserA.: No Segundo Mistério contemplamos as Bodas de Caná. A festa em Caná (cf. Jo 2,1-11) marca o início dos sinais de Jesus, os quais vão fazendo as pessoas acreditarem em sua mensagem, a Boa nova do Reino. Após transformar a água em vinho, os discípulos ali presentes acreditaram nele (v. 11). A presença de Maria e sua orientação aos discípulos vale hoje a todos nós: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v. 5).

T.: Nossa missão é realmente fazer o que Jesus fez e ensinou.

Leitor 1: “Deus nos pede uma Igreja verdadeiramente "em saída", nos espaços de missão e na presença junto às novas gerações. Fidelidade e paixão por Jesus Cristo, seu seguimento e missão. Uma comunidade de fé empenhada em dar testemunho de vida cristã autêntico, nas suas diversas expressões e vocações, para despertar a sensibilidade vocacional da juventude brasileira” (4CVB, 67).

T.: Nossa missão é realmente fazer o que Jesus fez e ensinou.

Leitor 2: Rezemos pelos Missionários e pelas Missionárias que atuam em áreas de risco e junto aos mais vulneráveis nos diversos continentes de nosso Planeta, para que, como os servos das Bodas de Caná, continuem a colaborar na transformação da água em vinho, não deixando a festa da vida acabar.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

3. O Anúncio do Reino: ser discípulos missionários de JesusA.: No Terceiro Mistério contemplamos o anúncio do Reino e convite à conversão. Contemplamos, aqui, o início do ministério de Jesus, um ministério itinerante, onde percorre as comunidades e aldeias da época, anunciando o Reino de Deus, mas também curando enfermidades, perdoando pecados e ensinando a multidão, tida por Jesus como “ovelhas sem pastor” (cf. Mt 9,36).

T.: Recordemos os diversos ministérios na Igreja e renovemos o sonho de vê-la como uma autêntica assembleia de vocacionados e vocacionadas.

Leitor 1: “É fundamental continuar o caminho de construção de uma cultura vocacional, que inclua a oração pelas vocações, uma espiritualidade e mística dos vocacionados e dos animadores vocacionais, alimentada pela Leitura Orante da Palavra, pela Liturgia e pelos Sacramentos. Permanece necessário um atento olhar sobre o processo vocacional, suas etapas, sobretudo o discernimento e o acompanhamento. Além disso, ressalta-se a corresponsabilidade na Igreja (cristãos leigos e leigas, vida consagrada, ministros

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ordenados, organismos, instituições) e o valor do planejamento e da organização (coordenações, comissões, equipes vocacionais, recursos)” (4CVB, 12).

T.: Recordemos os diversos ministérios na Igreja e renovemos o sonho de vê-la como uma autêntica assembleia de vocacionados e vocacionadas.

Leitor 2: Rezemos por todos os Cristãos Leigos e Leigas de nossas comunidades eclesiais missionárias, aqueles e aquelas que exercem seus serviços com alegria e disponibilidade, de modo especial os Catequistas, responsáveis pela formação inicial de tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos...

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

4. A Transfiguração de Jesus: ser luz do mundo e sal da terraA.: No Quarto Mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus. A Transfiguração de Jesus (Lc 9,28-36) é o mistério tido por “excelência” pelo papa em sua Carta sobre o Rosário. “A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo, enquanto o Pai o acredita aos Apóstolos extasiados para que o ‘escutem’ (cf. Lc 9,35) e se disponham a viver com ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chegarem com ele à glória da Ressurreição e a uma vida transfigurada pelo Espírito Santo” (RVM 21).

T.: Se em nossa vocação conseguirmos escutar a mensagem de Jesus, colocando-a em prática, teremos o nosso rosto iluminado, alegre, transfigurado, a exemplo do próprio Cristo.

Leitor 1: “É Cristo a esperança, a mais bela juventude. Ele vive e nos quer vivos [...]. O Espírito continua a suscitar vocações ao presbiterato e à vida consagrada. Podemos ousar, ter a coragem de dizer a cada jovem que se interrogue sobre a possibilidade de seguir esse caminho. No processo de discernimento, não se deve excluir a possibilidade da consagração a Deus no ministério ordenado, na vida religiosa ou em outras formas de consagração” (4CVB, 37).

T.: Se em nossa vocação conseguirmos escutar a mensagem de Jesus, colocando-a em prática, teremos o nosso rosto iluminado, alegre, transfigurado, a exemplo do próprio Cristo.

Leitor 2: Rezemos por todas as pessoas de Vida Consagrada, para que sejam sinais de esperança onde vivem e atuam, e voz profética diante das situações e realidades que ferem a realização do projeto de Deus por vida plena.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

5. A Eucaristia: construir comunhãoA.: No Quinto Mistério contemplamos a instituição da Eucaristia. Cristo faz-se alimento com seu Corpo e Sangue nos sinais do pão e do vinho. Ele ensinou a dinâmica da partilha (Mt 26,26), relembrando suas práticas e ensinamentos anteriores, como a multiplicação dos pães e a oração do Pai nosso. Na narrativa de João (cf. 13,1-17), durante a Última Ceia, Jesus lava os pés de seus discípulos.

T.: Participar da Eucaristia é renovar nosso compromisso de seguidores e seguidoras do projeto de Cristo, é renovação e revigoramento de nossa vocação de servir com alegria.

Leitor 1: “O clima de sinodalidade permeou toda a Assembleia, uma experiência real de um caminho feito e trilhado em conjunto: Papa, bispos, padres, educadores, animadores juvenis, anciãos e jovens, homens e mulheres. Um caminho de reflexão sobre a Igreja, sua missão, seu estilo de acompanhar os jovens e seu discernimento vocacional. A colegialidade que une os bispos ao Papa no serviço ao povo de Deus é chamada a articular-se e enriquecer-se por meio da prática da sinodalidade em todos os níveis” (4CVB, 39-40).

T.: Participar da Eucaristia é renovar nosso compromisso de seguidores e seguidoras do projeto de Cristo, é renovação e revigoramento de nossa vocação de servir com alegria.

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Leitor 2: Rezemos por todos os Ministros Ordenados de nossas comunidades, o(s) bispo(s) de nossa diocese, os presbíteros, de modo especial o nosso pároco e vigário(s), os diáconos permanentes, para que, à imagem do bom pastor, possam continuar sua missão com afinco, animando todas as demais vocações da comunidade, em busca da unidade, da comunhão e do bem comum.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

ConclusãoA.: Façamos nossas as comoventes palavras com que Bártolo Longo, o apóstolo do Rosário, conclui a Súplica à Rainha do Santo Rosário:

T.: Ó Rosário bendito de Maria, / doce cadeia que nos prende a Deus, / vínculo de amor que nos une aos Anjos, / torre de salvação contra os assaltos do inferno, / porto seguro no naufrágio geral, / não te deixaremos nunca mais. / Serás o nosso conforto na hora da agonia. / Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. / E a última palavra dos nossos lábios / há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, / ó nossa Mãe querida, / ó Refúgio dos pecadores, / ó Soberana consoladora dos tristes. / Sede bendita em todo o lado, / hoje e sempre, na terra e no céu (RVM 43).

Salve Rainha (pode ser cantado)

Concluir com a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

T.: Amém.

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TERÇO DA VIDA CONSAGRADA

Rezemos pela vocação à Vida Consagrada com os Mistérios da Alegria (Gozosos). A cada mistério, uma intenção especial, dentro da variedade das expressões de vida consagrada na Igreja.

Orientações GeraisPreparar o ambiente com símbolos vocacionais, vela, crucifixo, imagem de Nossa Senhora, ilustrações do mês vocacional... Escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

IntroduçãoAnimador/a (A.): Iniciemos este momento oracional, com Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, agradecendo a Deus Uno e Trino pelas diversas expressões de Vida Consagrada na Igreja, a serviço do Reino de Deus. Saudemos, inicialmente, esse Deus misericordioso, cantando:

Todos (T.): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo estamos aqui...

Segue o Creio em Deus Pai...

Pai Nosso, três Ave Marias, Glória.

Canto: O Deus que me criou (missão para todos – 1ª estrofe) ou à escolha.

1. A Encarnação de JesusA.: No 1º Mistério Gozoso contemplamos a Encarnação de Jesus, Filho de Deus.

Leitor 1: “O anjo entrou onde Maria estava e disse: Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi... Maria, então, disse: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,28-31.38).

Leitor 2: Maria acolhe os desígnios divinos em sua vida e se disponibiliza a realizar a vontade de Deus. Abandona-se ao plano de Deus com generosidade e confiança, como mediação da salvação da humanidade.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos membros dos Institutos Seculares da Vida Consagrada. Como Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, respondem o seu SIM na diversidade de profissões, trabalhos, pastorais e serviços à Sociedade e à Igreja. Peçamos ao Senhor que os fortaleça e fecunde seus esforços e dedicação.

T.: Nossa Senhora do Sim, rogai pelos Institutos Seculares da Vida Consagrada!

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Maria do Sim ou à escolha.

2. A Visitação de Nossa SenhoraA.: No 2º Mistério Gozoso contemplamos a Visitação de Nossa Senhora à Santa Isabel.

Leitor 1: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de

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Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu’. Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,39-42.45-48).

Leitor 2: Maria, em sua missionariedade, vai apressadamente à casa de Zacarias e Isabel, sua prima, que está grávida e coloca-se a seu serviço. Maria é a primeira cristã e discípula missionária. Leva Jesus à prima Isabel e a João Batista.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos homens que consagram sua vida a Deus, não como padres, mas, como Irmãos, e vivem a sua consagração na missionariedade, na disponibilidade e nos serviços dedicados à Evangelização, nas diversas áreas, como Educação, Saúde, Assistência Social e Pastoral. Que a Mãe Maria os acompanhe e lhes conceda abundantes graças.

T.: Mãe Maria, primeira cristã e discípula missionária, rogai por todos aqueles que abraçaram a vocação de Irmão.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Maria do Sim ou à escolha.

3. O Nascimento de JesusA.: No 3º Mistério Gozoso contemplamos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus.

Leitor 1: “Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,3-7).

Leitor 2: Jesus nasce entre os mais empobrecidos. Maria e José peregrinam para Belém. Enfrentam dificuldades, perigos e lhes falta as condições necessárias para hospedagem. Nessa situação de extrema pobreza e carência, nasce o Filho de Deus. Lembramos da realidade de imigrantes que procuram melhores condições de vida e passam por situações de precariedade e riscos de vida.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção da Vida Religiosa Consagrada, pioneira em abraçar, com profecia e generosidade, a causa dos pobres e sofridos. O Papa Francisco interpela a Vida Religiosa Consagrada a “despertar o mundo. Sejam testemunhas de uma forma diferente de fazer as coisas, de agir e de viver”. As religiosas e os religiosos falam ao mundo com a sua vida. O Papa acrescenta: “a prioridade da Vida Religiosa Consagrada é a profecia do Reino, não é negociável”.

T.: Mãe Maria, primeira cristã e discípula missionária, rogai pela Vida Religiosa Consagrada.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto à escolha.

4. A Apresentação de Jesus no TemploA.: No 4º Mistério Gozoso contemplamos a Apresentação do Senhor Jesus no Templo.

Leitor 1: “Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e se tornava forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele” (Lc 2,22.39).

Leitor 2: Maria e José seguiram os preceitos prescritos na lei de Moisés ao apresentar Jesus no Templo e consagrá-lo ao Senhor.

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Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção das Congregações e dos Institutos de Vida Contemplativa. O Papa Francisco demonstra apreço e agradece a todos os religiosos e religiosas que seguem Cristo na vida contemplativa, buscando o rosto de Deus, participando da missão da Igreja, sendo nela um coração de oração”.

T.: Maria, Mãe orante e silenciosa, rogai pela Vida Religiosa Contemplativa.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Poucos os operários ou à escolha.

5. A Perda do Menino Jesus e o encontro no TemploA.: No 5º Mistério Gozoso contemplamos a perda do Menino Jesus e o encontro no Templo.

Leitor 1: “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando ele fez 12 anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura. Passados três dias, encontraram-no no Templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas” (Lc 2,41-51a).

Leitor 2: Na vida acontecem encontros e desencontros na tentativa de acertar os caminhos da missão. No entanto, os aspectos mais importantes são: a busca de caminhos, o discernimento, a alegria dos encontros e reencontros, da partilha e do diálogo.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos Institutos de Vida Apostólica, Vida Eremítica e a Ordem das Virgens. Estes constituem maneiras e expressões de seguimento de Jesus e de serviço ao Reino de Deus.

T.: Mãe Maria, primeira discípula de Jesus, rogai pelos seguidores e seguidoras de Jesus.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

ConclusãoA.: Confiantes e com o coração agradecido pelo chamado à Vida Consagrada, rezemos ao Deus Uno e Trino, com a Mãe de Jesus e nossa Mãe:

T.: Salve Rainha...

A.: E, para concluir o nosso momento orante, rezemos a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

A.: “O Senhor nos abençoe e nos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e nos conceda sua graça; o Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz” (cf. Nm 6,24-260).

T.: Amém.

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Canto Final: Santa Mãe, Maria, nesta travessia (ou à escolha).

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TERÇO MISSIONÁRIORezemos pela vocação missionária com os Mistérios da Luz.

Orientações GeraisEm cada Mistério serão rezadas diferentes jaculatórias no lugar das Aves Marias. Tanto as jaculatórias quanto as respostas mudam a cada Mistério. Será oportuno escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

IntroduçãoAnimador/a (A.): Iniciamos o Terço Missionário com o coração agradecido por todos os benefícios e as graças que temos recebido de Deus Uno e Trino, especialmente o dom da vocação missionária. Cantemos:T.: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo estamos aqui.

Segue o Creio em Deus Pai...

Pai Nosso, três Ave Marias e Glória, pedindo o fortalecimento da fé, da esperança e da caridade.

Canto: Pelo batismo recebi uma missão...

1. O Batismo no JordãoA.: No 1º Mistério Luminoso contemplamos o Batismo de Jesus no Rio Jordão. Rezaremos na intenção de nossa vocação missionária recebida no dia de nosso batismo, para que a vivamos com fé.

Leitor 1: “Quando todo o povo estava sendo batizado, Jesus também recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer” (Lc 3,21-22).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 1: Jesus, Missionário de Deus Pai.

T (Todos): Iluminai-nos e fortalecei-nos.

Glória ao Pai...

Canto: Fazer sempre o que Jesus disser, / no Evangelho e em sinais pela fé. / Sim, é a resposta que homem e mulher, / consagrados, alegres, de pé, / daremos a Deus!

2. As Bodas de CanáA.: No 2º Mistério Luminoso contemplamos as Bodas de Caná. Rezaremos na intenção da vocação e missão das famílias.

Leitor 2: “Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Sua mãe disse aos que estavam servindo: ‘Fazei o que ele vos disser’. ‘Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!’” (Jo 2,1-3.10).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 2: Mãe, Maria de Jesus e nossa Mãe, olhai pela missão das famílias.

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T (Todos): Fazei tudo o que ele vos disser.

Glória ao Pai...

Canto: Por causa de um certo Reino (1ª estrofe)

3. O Anúncio do ReinoA.: No 3º Mistério Luminoso contemplamos o Anúncio do Reino de Deus, convidando à conversão. Rezaremos na intenção da vocação missionária ad gentes e além fronteiras.

Leitor 3: “Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a Galileia. Pregava o Evangelho de Deus e dizia: ‘Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho’. Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: ‘Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens’. Eles, no mesmo instante, deixaram as redes e o seguiram” (Mc 1,14-18).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 3: Deus, Uno e Trino, olhai e abençoai as missionárias e os missionários ad gentes.

T (Todos): Venha a nós o vosso Reino, Senhor.

Glória ao Pai...

Canto: Vós sois o Caminho, a Verdade e a Vida, / o Pão da alegria descido do céu.

4. A Transfiguração do SenhorA.: No 4º Mistério Luminoso contemplamos a Transfiguração do Senhor. Rezaremos na intenção dos serviços missionários na Igreja, que revelam o rosto transfigurado do Senhor Ressuscitado.

Leitor 4: “Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: ‘Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias’. Pedro ainda estava falando quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: ‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!’” (Mt 17,1-5).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 4: Deus Trindade, abençoai os diversos ministérios e serviços de vossa Igreja.

T (Todos): Este é o meu Filho amado. Escutai-o!

Glória ao Pai...

Canto: Tudo é possível nas tuas mãos, meu Senhor! A Eucaristia é teu milagre de amor.

5. A Instituição da EucaristiaA.: No 5º Mistério Luminoso contemplamos a Instituição da Eucaristia. Rezaremos na intenção de que a Eucaristia nos ensine a superar as desigualdades sociais.

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Leitor 5: “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o, distribuiu-o aos discípulos, e disse: 'Tomai e comei, isto é o meu corpo.' Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lhes, dizendo: 'Bebei dele todos. Pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim’” (Mt 26,26-28; Lc 22,19).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 5: Jesus, Pão da Vida, que a fome seja superada pela justiça e a partilha.

T (Todos): Fazei isto em memória de mim!

Glória ao Pai...

ConclusãoA.: Com Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, agradeçamos ao Deus Trindade pela vocação e atuação missionária, na Igreja e no mundo:

T.: Salve Rainha...

A.: E, para concluir o nosso momento orante, rezemos a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

A.: Pedimos ao Deus Uno e Trino que derrame abundantes bênçãos e graças sobre todos os missionários e as missionárias, fecunde os ministérios e serviços. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém!

A.: Permaneçamos em paz e no compromisso com a vida missionária.

T.: Graças a Deus!

Canto: Alma Missionária

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EM BUSCA DE UM TESOUROProposta de um encontro “Despertar Vocacional” para jovens

Orientações Gerais

1. Dinâmica do Encontroo Duração do Encontro

O encontro pode ser realizado durante uma jornada ou em meia jornada. Com um grupo grande recomenda-se fazer durante todo o dia. Não sendo possível, é necessária uma adaptação da estrutura.

o Equipes de trabalho É importante uma boa equipe de canto e animação; Mesmo sendo realizado em meia jornada é bom prever uma equipe para lanches; Prever um grupo para infra-estrutura, principalmente para a organização da “Sala da

realidade”; A turma da secretaria nunca pode faltar na organização e preparação do material, como

também do relatório do encontro; A passagem entre um momento e outro, elo de ligação dos temas, é feita por uma pessoa

que atua como “mediador” do encontro (Não confundir essa pessoa com a figura do animador ou com a equipe de animação, nem tampouco com quem faz a coordenação do encontro.

o Facilitadores O facilitador deve ser uma pessoa adulta e que já fez seu processo de discernimento. Pessoa que tenha proximidade com as juventudes e tenha experiência em animar grupos.

Como uma forma de aproximação da Vida Consagrada com os jovens seria poderia ser uma pessoa que fez opção por esta vocação.

2. Mural de tesouroso Colocar em uma parede um grande papelógrafo e vários pinceis. Cada jovem pode escrever como

está sendo sua experiência do encontro até aquele momento.o Não há necessidade de um momento para que eles escrevam... a partir da partilha feita eles

podem escrever quando e quantas vezes desejarem.

3. Comunidade de vivênciao É importante que os jovens sejam divididos em grupos, que no encontro são chamados de

comunidades de partilha. As comunidades não podem passar de 10 pessoas; Cada comunidade deve ter um facilitador que media a partilha de forma que todos

possam falar e a partilha não perca seu foco.

Estrutura do Encontro

1. Chegada, acolhida, animação e apresentaçãoo Fica a critério e criatividade do grupo que está organizando o encontro.

2. Dinâmica introdutória “Não posso parar, não tenho tempo!” (5’ a 10’) o Convidar os jovens a caminharem lentamente pela sala, dizendo: “não posso parar, não tenho

tempo”. o Colocar uma música de fundo que vai aumentando o volume gradativamente. Conforme o volume

da música aumenta, os jovens devem andar e falar a frase cada vez mais rápida e alta. Chegará um momento onde, todos, estarão correndo e gritando pela sala.

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o Parar a música, todos devem ficar onde estão, parados. E se faz o inverso do anterior, ou seja, vai-se andando e falando cada vez mais devagar: “posso parar, tenho tempo Senhor”.

o Porém, não passar do grito ao lento... Esta passagem deve obedecer a lei da gradualidade. A música vai diminuindo o som conforme o ritmo da caminhada vai ficando mais lento até que os jovens estejam sussurrando e vão se sentando lentamente.

o Quando todos estiverem sentados coloca-se a música “Chega mais perto” (Pe. Fábio de Melo) ou “Caçador de mim” (Milton Nascimento).

o Ao final da música deixar um tempo de silêncio e iniciar o momento de oração.

3. Momento de oração (30’)o Salmo 138

Todos recebem uma folha contendo o salmo (anexo 01) ou pode-se ler da própria Bíblia; Rezar/cantar o salmo pausadamente; Reler o salmo de forma pessoal, descobrindo em sua vida, desde sua fecundação, a

presença misteriosa e amorosa de Deus; Repetir palavra ou trecho do salmo significativo para cada um (a cada 3 ou 4 pessoas pode-

se cantar um refrão orante que tenha relação com o salmo rezado); Canto – “Sonda-me’; Oração

Deus nosso Pai, maravilhosa é a tua criação. Tudo o que foi criado vem das tuas mãos. Também a mim chamaste para a existência, também me deste uma missão para a vida, uma missão que mais ninguém pode cumprir. Eu tenho um chamado. Talvez não o reconheça claramente, mas um dia ele vai se tornar claro. Não fui criado para ser inútil ou sem valor, mas como elo de uma grande cadeia, ponte entre os homens e as gerações. Senhor Deus, foi-me atribuída uma boa missão: contemplar a tua obra, trazer a paz, fazer o bem, servir a verdade, viver a Tua Palavra, onde quer que eu esteja, quem quer que eu seja. Amém.

Breve silêncio; Pai-Nosso; Oração conclusiva

Espírito Santo, ajuda-nos a degustar em nosso hoje o dom da fé, que o Pai depositou em nossos corações no dia de nosso Batismo. Renova, Espírito Santo, o teu dom em nós! Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

4. Momento de Vivência - “Sala da realidade” (15 a 20’)o Uma pessoa introduz o grupo na vivência e motiva os/as jovens a mergulharem na experiência.

Deve ter como base as perguntas que orientarão o momento de partilha. Criar expectativa do que será vivenciado e se no ambiente estará algo que representa o seu tesouro.

Perguntas orientativas para partilha: O que busco na vida – Que tesouro estou buscando? Onde está o meu tesouro – Onde estou buscando? Como estou buscando este tesouro?

o Levar os/as jovens para uma sala, que eles não tenham visto antes, preparada com diversos objetos espalhados. Estes objetos são representações de possíveis tesouros, exemplos:

Celulares, notebook, aparelhos de sons, instrumentos musicais, computadores, capacetes, tênis, roupas de marca, maquiagem, CDs, Ipod, dinheiro, bolsas, seringas, armas, bebidas, livros chaves, jornais, revistas, skate, óculos de sol, violão, santinhos, bíblia, refrigerantes, terço, galhos secos e verdes, flores, máscaras, avental branco...

o A sala deve ser montada como se fosse uma sala de exposição, mas ao mesmo tempo provocar uma sensação de confusão ou mal estar; ter música ambiente bem alta (misturar gêneros de músicas).

o Durante o tempo estabelecido pela equipe (cinco minutos, ou mais) os jovens caminham pela sala, observam tudo e procuram tomar consciência do que esse ambiente provoca neles.

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o Após um tempo abaixa-se a música e o animador(a) pede aos jovens para ficarem onde estão e pergunta bem alto...

“Vocês viram tudo isso?... Neste lugar tem algo que expressa ou representa o seu tesouro? Aqui nesta sala existe algo que é um grande tesouro para você? Então pegue esse objeto com toda sua paixão... fique com ele”

o Liga-se novamente a música, bem alta. Dar tempo para que todos possam pegar algo que representa seu tesouro. Quando todos tiverem pego seus objetos, orientá-los para saírem da sala e procurarem um lugar para um momento de deserto. Na saída eles recebem a folha com a parábola dos poços (anexo 02).

“Agora que você já está com seu tesouro, pode deixar essa sala e procurar um lugar só seu e de seu tesouro... Ao encontrar o lugar fique aí... leia a parábola, contemple seu tesouro...”.

5. Momento de Reflexão Pessoal (20’ a 30’)o Na folha contendo a parábola deve ter, ao final, estes questionamentos que cada um deve

responder pessoalmente: Por que este tesouro é tão importante para você? Existe alguma relação entre a experiência que você viveu e a história do poço? Qual? Em que estágio você se encontra? Realizado com seu tesouro ou cheio de coisas, mas, com

um vazio interior? Onde você busca a felicidade verdadeira? Você já sentiu essa água fresca de que fala a parábola? Que água é essa? O que ela lhe

provoca? Que espaço você está dando a ela em sua vida?

6. Partilha na comunidade e fala do facilitador (60’ a 90’)o O facilitador/a da comunidade orienta para que todos possam partilhar sua experiência com

liberdade, procurando não deixar que a partilha perca o foco da busca pelo tesouro. o Ao final da partilha o facilitador desenvolve sua fala a partir da história de Abraão (anexo 03)

O momento de fala tem o objetivo de ajudar os jovens a refletirem sobre como está sendo o processo de escolhas que estão fazendo.

Pode fundamentar-se também na Palavra de Deus, na fala dos jovens, como processo de discernimento vocacional.

Cuidado para não cair na tentação do moralismo ou julgamento.

7. Colocação - “Um novo tesouro: Jesus EM MEU CAMINHO” (Mc 10,17-22 - jovem rico) (30’)o “O jovem rico pergunta a Jesus: «Que devo fazer?» A estação da vida em que vos encontrais é

tempo de descoberta: dos dons que Deus vos concedeu e das vossas responsabilidades. É, igualmente, tempo de opções fundamentais para construir o vosso projeto de vida. Por outras palavras, é o momento de vos interrogardes sobre o sentido autêntico da existência , perguntando a vós mesmos: «Estou satisfeito com a minha vida? Ou falta-me ainda qualquer coisa»? [...] Não tenhais medo de enfrentar estas perguntas! Longe de vos acabrunhar, elas exprimem as grandes aspirações, que estão presentes no vosso coração. Portanto, devem ser ouvidas. Esperam respostas não superficiais, mas capazes de satisfazer as vossas autênticas expectativas de vida e felicidade”. (Mensagem do Papa Bento XVI para 25ª Jornada Mundial da Juventude).

o Esta colocação deve ressaltar a proposta de Jesus na vida do jovem. A pessoa de Jesus, seu chamado e proposta de vida, querem ser um novo tesouro na vida...

Mas, é necessário fazer escolhas... Discernir... Qual é e será o verdadeiro tesouro em minha vida?

A proposta de Jesus é feita com amor (Mc 10,21). Ao final do evangelho Jesus diz ao jovem: “vem e segue-me”! Você está disposto a seguir

esse convite? É capaz de deixar ‘tesouros’ pelo verdadeiro tesouro que Jesus oferece?

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8. Momento pessoal de oração com o texto bíblico (10’ a 15’ ou a critério da equipe organizadora)o Após a colocação os jovens são convidados a irem diante do Sacrário, se o ambiente tiver capela,

para esse momento pessoal. O que Jesus me pede hoje? Qual a minha resposta? A minha opção está sendo coerente com a proposta de Jesus?

9. Oração conclusiva (15’ a 20’)o Após o momento pessoal, cada um é convidado a encontrar algo que simbolize o que foi, para si,

esse encontro. A equipe prepara esse momento de forma criativa, simples e com cantos vocacionais. O ambiente é preparado de forma agradável, com velas, Bíblia, flores, crucifixo ou o rosto

de Jesus, frases tiradas do texto bíblico... Os jovens são convidados a apresentar seu símbolo e partilhar algo do que foi o dia. A cada

3 ou 4 partilhas pode-se cantar algum refrão orante. Concluir com a oração:

Senhor, tu me deste a vida e me chamaste pelo nome. Em meio a tantas vozes e apelos do mundo eu quero ouvir a tua voz. Tens sobre mim um apelo e amor. Tu me conheces a fundo e sabes o que mais me convém. Ilumina-me, Senhor, com teu Espírito e mostra-me o caminho que devo seguir. Dá-me força, coragem e alegria, para assumir o que me pedes. Eu quero viver do jeito de Maria, firme e forte no Sim à tua vontade: “faça-se em mim, Senhor, segundo a tua Palavra”. Amém.

10. Avaliação (5’ a 10’)o Entregar a cada jovem uma folha de avaliação contendo:

Complete a frase O dia de hoje foi......... O momento que mais me marcou......... Hoje descobri que......... Em um próximo encontro poderia ser melhor......... A frase que levo comigo é......... VOCÊ GOSTARIA DE PARTICIPAR DE OUTROS ENCONTROS PARA APROFUNDAR A

BUSCA DA SUA VOCAÇÃO? Deixe seu contato.

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Anexo 01: Salmo 138 (139)

Animador(a): Reconheçamos a força do chamado do Senhor em nossa vida e agradeçamos a ele o fato de que ele nos penetra tão profundamente.

Tu és a luz, Senhor, do meu andar, Senhor, do meu lutar, Senhor, força no meu sofrer. Em tuas mãos, Senhor, quero viver.

1. Meu coração penetras e lês meus pensamentosse sento ou se levanto, tu vês meus movimentos,de todas minhas palavras, tu tens conhecimento.

6. Quando, então, me formavas misteriosamente,minhas ações previas, no livro de tua mente,meus dias já contados antecipadamente.

2. Por trás e pela frente, me envolves, Deus e cercaspões sobre mim tua mão, me guias, me acobertas.O teu saber me encanta, me excede e me supera.

7. Teus planos insondáveis, ó meu Deus infinito,Somá-los eu quisera é um areial infindo,é assim que me desperto, ainda estou contigo.

3. Quisesse eu me esconder, do teu imenso olhar,subir até o céu, na terra me entranhar,atrás do sol que nasce, lá irias me encontrar.

8. Que os maus da terra sumam,pereçam os violentos, que tramam contra ti,com vergonhoso intento: abusam do teu nome,pra seus planos sangrentos.

4. Se a luz do sol se fosse, que escuridão seria!...Se as trevas me envolvessem, o que adiantaria?...Pra ti, Senhor, a noite é clara como o dia.

9. Mas vê meu coração, e minha angústia sente;olha, Senhor, meus passos; se vou erradamente,me guia no caminho, da vida para sempre!

5. No seio de minha mãe tu me teceste um dia.Senhor, eu te agradeço por tantas maravilhas,meus ossos, minha alma de há muito conhecias.

10. Como é profundo, ó Pai, tua sabedoria.Fizeste amanhecer, em Cristo novo dia,e por teu Santo Espírito, qual mãe de amor nos guias.

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Anexo 02: A Parábola dos Poços

Era uma vez um país de poços. Qualquer visitante que chegasse, enxergava somente poços: grandes, pequenos, feios, lindos, ricos e pobres...

Os poços conversavam entre si, mas à distância, porque eram separados por terra seca. Na realidade, quem falava era a boca do poço que ficava ao nível da terra. E como a boca era oca, o poço criava eco, dando uma sensação de vazio, angústia, solidão e tristeza...

Haviam poços com bocas muito largas, permitindo receber um monte de coisas. Por mais que suas bocas fossem grandes e recebessem esse monte de

coisas, elas continuavam vazias, ressequidas e sedentas, bem como a terra ao seu redor. Nada preenchia aquele vazio que sentiam bem lá no fundo. E NO FUNDO... O POÇO NÃO ESTAVA CONTENTE!

E por falar em fundo... No meio desses poços, havia alguns que se permitiam olhar para o fundo, através das frestas deixadas pelas coisas que eram jogadas em suas bocas. Lá no fundo, existia algo diferente; algo que parecia assustador porque era muito diferente do que eles estavam acostumados a ver. Mas mesmo assim se sentiam impulsionados a descobrir o que era.

Depois de terem passado pelo meio de tantas coisas acumuladas em seu interior, conseguiram ter um leve vislumbre: foi o momento em que perceberam que havia água lá no fundo. Diante desta sensação tão rara, alguns tiveram medo e procuraram evitar o contato. Outros, porque tinham coisas demais abarrotando a boca, esqueceram logo a “sensação do profundo” e se ocuparam novamente com a superfície...

Às vezes, na superfície, algum poço falava desta experiência diferente. Até que houve um poço que, olhando bem para seu interior, entusiasmou-se e quis continuar. Como as coisas que abarrotavam a sua boca o incomodavam, procurou libertar-se delas, lançando-as corajosamente para longe. E o silêncio chegou! E ele começou a ouvir o borbulhar da água lá no fundo e sentir uma paz profunda, viva e duradoura... refrescante e salutar.

Este poço descobriu que sua razão de ser era a vida que se encontrava na profundidade de si mesmo e não na superfície ou na multidão de coisas que antes se acumulavam em sua boca. E SE TORNAVA MAIS POÇO, QUANTO MAIS PROFUNDIDADE TINHA!

Feliz com a descoberta, procurou tirar água de seu interior. Ao sair, a água refrescou a terra seca ao seu redor e tornou-a fértil e boa e as flores começaram a brotar.

A notícia se espalhou e as reações foram diversas: uns se mostraram incrédulos, outros sentiam o impulso por também fazer a experiência do profundo de si mesmo. Mas muitos desprezaram a novidade difícil. Era mais fácil deixar tudo como estava; ficar na superfície era mais cômodo...

Sem dúvida, alguns tentaram fazer a experiência e começaram a libertar-se dos objetos inúteis que abarrotavam sua boca e igualmente encontraram água em seu interior. A partir de então, as surpresas aconteceram: por mais água que se retirasse para regar ao redor, o poço não se esvaziava! E aprofundando ainda mais, descobriram que: ELES ESTAVAM UNIDOS ENTRE SI POR ALGO EM COMUM: A ÁGUA ERA A MESMA! E começou uma comunicação profunda, porque as paredes dos poços deixaram de ser limites...

Mas a descoberta mais sensacional veio depois: A ÁGUA QUE LHES DAVA VIDA VINHA DE UM MESMO LUGAR: O MANANCIAL...

O manancial estava bastante longe: na montanha que dominava o País dos Poços. A montanha estava sempre lá: majestosa, serena, pacífica! E com o segredo da vida em seu interior. Algumas vezes apenas visível entre as nuvens; outras vezes radiante de esplendor...

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O manancial não tinha sido percebido antes porque os poços se preocupavam somente com sua superfície. A partir da nova descoberta, trabalhavam por aumentar seu interior, crescendo em profundidade para que o manancial chegasse mais facilmente... E A ÁGUA QUE TIRAVAM DELES TORNOU A TERRA BELA.

Enquanto isso, lá fora, os que não faziam a experiência do profundo, continuavam a aumentar sua boca, procurando inutilidades para preencher o vazio...

Contemple o seu tesouro, pense, responda e anote... Por que ele é tão importante para você? Existe alguma relação entre a experiência que você viveu e a história do poço? Qual? Em que estágio você se encontra? Realizado com seu tesouro ou cheio de coisas, mas com um vazio

interior? Onde você busca a felicidade verdadeira? Você já sentiu essa água fresca de que fala a parábola? Que água é essa? O que ela lhe provoca? Que espaço você está dando a ela (a água fresca) em sua vida?

“Eu tenho confiança em vocês, jovens,e rezo por vocês.

Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’.E tenham também a coragem de serem felizes”

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Anexo 03: História de Abraão12

Bom dia, pessoal... Nossa, que moçada bonita!!! Olhando pra vocês me dá uma saudade de meus tempos de juventude, da minha cidade Ur, lá na região dos Caldeus... Vocês conhecem Um lugar bonito. Fica bem na região sul da Mesopotâmia e perto tem o rio Eufrates.

Ah... que saudade de meu pai Taré e meus irmãos Naor e a Harã. Harã é o pai de meu sobrinho Ló, aquele que morava em Sodoma e a mulher dele virou uma estátua de sal... Pobre coitada! Aiii... já tô misturando as histórias. Mas gente velha é assim mesmo, mistura histórias. Nem me apresentei direito... Vamos começar de novo?

Bom dia! Eu sou Abram ou Abraão... Isso mesmo, o marido de Sara e pai de Ismael e Isaac.Então, como ia dizendo, morei sempre perto de minha família, mesmo depois de ter casado com

Sara... que esposa!!! Sempre me acompanhou em tudo. Sofreu por muitos anos por não poder ter filhos... Mas, depois da visita daqueles três peregrinos misteriosos em Mambré ela conseguiu engravidar. Não contem por aí... Mas, logo que os vi pensei que podiam ser enviados de Deus... Desculpem já estou adiantando a história.

Bom... onde havia parado? Ah, sim... Depois que meu irmão Harã, o pai de Ló, morreu tragicamente, meu pai Taré resolveu que era chegada a hora de deixar aquele lugar. E lá fomos nós, desmontar tendas, juntar as cabras e tudo mais... Todo nosso tesouro. É isso mesmo! Nossa família, os animais e tudo que tínhamos eram os nossos tesouros, o meu tesouro.

Esqueci de dizer que minha família era nômade... E lá fomos nós rumo a Canaã. Ouvi dizer que fizeram até uma música sobre isso... Mas, é melhor deixar isso pra lá.

Então... Depois que saímos de Ur, moramos um bom tempo numa cidade que tinha o mesmo nome de meu irmão: Harã. Pois é, foi na cidade de Harã que meu pai, Terá, morreu bem velhinho...

Foi em Harã que Deus me chamou e fez um convite que mudou minha vida para sempre... Aliás, mudou a vida de muita gente... até a de vocês.

Lembro-me como se fosse hoje! Era uma noite quente, não é muito comum as noites serem quentes naquela região. Eu não conseguia dormir. Saí da tenda e fui tomar um pouco de ar fresco, contemplar as estrelas. Vocês deveriam ver o céu à noite em Harã... É forrado de estrelas!

Aquela noite... Parecia que as estrelas brilhavam com mais força! Eu estava maravilhado e perdido em meus pensamentos quando de repente ouvi: “Abrão, saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma benção”.

Eu não conseguia acreditar naquilo que ouvia! Deus?!? Falando comigo?!? Me pedindo para largar tudo e ir para um lugar quem nem sequer sabia onde, para formar um novo povo? O seu povo!

Eu??? Um velho??? Acho que naquela época estava com uns 70 anos ou mais! Aquele pedido mexeu comigo, desceu ao

fundo de meu coração. Cada palavra de Deus que escutava me trazia paz... me enchia de coragem e esperança... Uma certeza bateu forte em mim: EU VOU! ESSE TESOURO TEM BRILHO VERDADEIRO!

Voltei pra tenda, acordei Sara e fui falando sem parar... Coitada, não entendeu nada! Mas, ACREDITOU e concordou em ir comigo.

Arrumamos nossas coisas, juntamos os animais e partimos. Claro que meu sobrinho Ló e sua família foram conosco. Não duvidei, obedeci ao chamado de Deus e parti. No mais profundo de meu ser senti que Deus estava comigo, me amando, me chamando e que ele cumpriria sua promessa.

Com esta certeza eu e minha família nos colocamos a caminho... Partimos, rumo à terra de Canãa. Fomos caminhando, caminhando e Deus me apareceu outra vez e disse: "Eu vou dar esta terra para sua família e para todos que fizerem parte dela. Eles vão ser tantos como o pó da terra. Assim como ninguém

12 Texto elaborado por Ir. Clotilde Prates de Azevedo, ap.29

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pode contar os grãozinhos assim será sua família!”. Naquele lugar, construí um altar para agradecer a Deus.

Viram? Deus não me deixou sozinho. Eu estava obedecendo a Deus e Ele me guiando e abençoando. Mas, depois veio um período de seca naquela região e a fome começou a apertar. O jeito foi ir para o Egito por um tempo. Lá a situação estava melhor... Ah, Sara... boa mulher, me perdoou depois pelo que eu fiz. É que, sabe, ela era muito bonita e, eu fiquei com medo de que me matassem quando soubessem que ela era minha esposa, então, pedi a ela que dissesse ser minha irmã.

Sabem o que aconteceu Quando a viram, ficaram encantados e a levaram para a corte do Faraó, que me tratou muito bem por causa dela... Mas, depois eles ficaram sabendo da verdade e nos mandaram embora. Podiam ter nos matado, mas Deus estava conosco e, com certeza, tocou o coração daquelas pessoas.

Nós seguimos para Canaã... Depois de um tempo as coisas começaram a não dar certo com a família de meu sobrinho, Ló, e o jeito foi nos separarmos. Eu e minha família ficamos em Canaã, numa região chamada Mambré. Meu sobrinho foi morar na região de Sodoma e Gomorra... Essa história vocês conhecem, com certeza... Foi lá que a mulher de meu sobrinho, curioooosa, virou para trás, enquanto a cidade era destruída, e virou uma estátua de sal. Pobre mulher!

Nossa!!! Velho é assim mesmo, fala demais. Perdoem-me... É que vendo tantos jovens me empolguei... SONHO QUE TODOS OS JOVENS POSSAM DESCOBRIR O VERDADEIRO TESOURO DE SUAS VIDAS, ASSIM COMO EU ENCONTREI O MEU EM DEUS. Mas, vou encurtar a história e ser mais rápido.

Quando cheguei falei os meus dois nomes pra vocês... É que meu pai me deu o nome de Abram, mas certo dia Deus falou de novo comigo e me disse: “Comporte-se de acordo comigo e seja íntegro. Vou fazer uma aliança entre mim e você, e o multiplicarei sem medida. [...] você será pai de muitas nações. E não se chamará mais Abram, mas o seu nome será Abraão, pois eu o tornarei pai de muitas nações”.

A partir daquele dia passei a ser chamado de Abraão. Alguns dizem por aí que foi por causa da minha fidelidade e obediência a Deus. Mas, permitam-me dar um conselho... Conselho de velho: quando Deus nos chama e pede algo, a gente não perde nada, só ganha. Não é difícil ser fiel a Deus... Ele é exigente, sim, mas o que ele nos pede e convida a fazer nos conduz para a vida e a realização de nossa vida.

Aquele fato com meu filho, Isaac, quando Deus me pediu um sacrifício... No fundo de meu coração eu sentia que não era seu desejo compactuar com a morte. Ele não deixaria meu filho morrer. Por isso, quando Isaac me perguntou: “pai, onde está o cordeiro para o sacrifício?”, eu respondi: “Deus providenciará o cordeiro para o sacrifício, meu filho!”. Vocês sabem por que eu disse isso

Durante aquela caminhada para o alto da montanha, eu fui repassando tantas coisas de minha vida e de como foi sempre marcante a presença de Deus em tantos momentos e situações. Ter aquele tempo me ajudou a compreender algumas coisas que mudaram meu jeito de ser e ver a vida.

Sabem o que compreendi? Que Deus não queria a morte. Mas que, talvez, estivesse me pedindo para ser desapegado, para rever meus tesouros e me tornar uma pessoa livre. Livre diante de tudo, até diante de minha família. Senti o quanto Deus me amava e estava comigo. Ele me cuidava e guardava com carinho! Ficou claro que ele não estava me pedindo para deixar de amar minha família, mas sim para não colocá-la acima D’Ele... Ele desejava ser o centro de minha vida.

Se vocês permitem a este pobre velho dar mais um conselho... Quando vocês ouvirem, em seu coração, a voz de Deus chamando e pedindo algo, não tenham medo! Posso afirmar, com certeza: Ele é sempre fiel e os ama muito. Se ele pede algo, mesmo que seja algo difícil, confie... Ele deseja apenas que você seja livre, viva a vida em plenitude, seja feliz e faça do mundo e das pessoas ao seu redor um lugar melhor, um lugar de vida plena.

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VIGÍLIA VOCACIONAL“Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5)

Animadora (A.): Nesta Vigília Vocacional, diante de Jesus Sacramentado, somos convidados a escutar seu apelo de amor, seu suave convite a segui-lo com humildade e simplicidade. Todos nós somos chamados a sermos discípulos e discípulas de Jesus Cristo; não há restrições, mas a radicalidade do caminho do discipulado permanece. Neste momento de oração queremos trazer todos os jovens que se encontram em um caminho de discernimento vocacional. Queremos, também, apresentar a vida de todos aqueles e aquelas que abraçaram a Vida Consagrada e o Ministério Ordenado como forma de viver seu seguimento a Jesus Divino Mestre.

Exposição do SS. SacramentoCanto (à escolha)

A.: Graças e louvores sejam dados a cada momento.

Todos/as (T.): Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.

A.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

T.: Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

A.: Crie um espaço de silêncio e de quietude interior... Situe-se em seu santuário interior e peça ao Espírito de Deus que toque e ilumine a sua mente, a sua vontade e os seus sentidos com a unção divina. E conduza suas intenções, desejos e ações para o serviço a Deus e aos irmãos e irmãs.

T.: “Cristo, tu és o único Salvador, / nada se pode fazer sem ti. / Onde tu não estás há obscuridade: / tu és a luz do mundo. / Onde tu não estás há confusão, ódio, pecado; / tu és a vida, tu és o Mestre, / tu, o amigo, tu o bom pastor, / tu, o fundamento da paz, tu, a esperança do mundo. / Tu deves ser o nosso modelo, / tu, o nosso ideal, / tu, a nossa força. Amém” (Papa Paulo VI).

(Silêncio para Adoração pessoal)

A.: Com muita alegria acolhemos e aprofundamos a dimensão Trinitária da nossa vocação. Nosso Deus é comunidade, é Trindade de amor. É Pai e Filho e Espírito Santo. Sabemos que a graça da Trindade Santa age em nossas vidas e nos fortalece para a missão da partilha e do amor. É o Pai quem escolhe a cada um de nós; o Filho nos chama a seguir seus passos; o Espírito Santo nos envia em missão e está sempre conosco para nos ajudar.

T.: Que a graça de Deus, que é nosso Pai, o amor de Jesus Cristo, seu Filho, e a força do Espírito Santo estejam conosco. Bendito seja Deus Trindade, eternamente.

O Credo do ChamadoRefrão Orante: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos que Deus nos escolheu antes da fundação do mundo / para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor. (Ef 1,4)

Lado B: Cremos que os que de antemão ele conheceu, / esses também predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho. (Rm 8,29)

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos que aquele que nos escolheu desde o seio materno, / nos chamou por sua graça / e houve por bem revelar em nós o seu Filho / para que o anunciássemos. (Gl 1,15-16)

Lado B: Porque aquele que nos chamou é fiel. (Fl 1,6; 1Ts 5,24)

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Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos que Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, / não em virtude de nossas obras, / mas de seu próprio desígnio e graça, / que nos foi dada em Cristo Jesus, desde a eternidade. (2Tm 1,9)

Lado B: Cremos que Cristo Jesus nos julgou digno de confiança, / tomando-nos para o seu serviço. (1Tm 1,12)

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos ser apóstolos por vocação, servos de Cristo Jesus, / escolhidos para anunciar o Evangelho de Deus. (Rm 1,1)

Lado B: Cremos que Deus escolheu o que é loucura ao mundo para confundir os sábios, / a fim de que a nossa fé não se baseie na sabedoria humana, / mas sobre o poder de Deus. (1Cor 1,27; 2,5)

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos que a cada um Deus concedeu uma manifestação do Espírito para a utilidade de todos. (1Cor 12,7)

Lado B: Cremos que devemos comportar-nos de uma maneira digna da vocação a que fomos chamados: / com toda humildade, paciência e mansidão, / procurando crescer em tudo em direção a Ele. (Ef 4,1-2)

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

Lado A: Cremos que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus, / daqueles que são chamados segundo o seu desígnio. (Rm 8,28)

Lado B: Cremos naquele que é poderoso para realizar, por nós, / em tudo, infinitamente além do que pedimos ou pensamos, / segundo o poder que já opera em nós. (Ef 3,20)

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

T.: Cremos que temos plena certeza / de que aquele que começou em nós a boa obra / há de levá-la à perfeição até o dia de Jesus Cristo.

Refrão: Aquele que nos chamou (bis) é fiel, é fiel, fiel é aquele que nos chamou.

(Silêncio para Adoração pessoal)

O Grande Sonho de DeusA.: Vamos refletir sobre o grande sonho de Deus, que no seu amor nos escolheu desde o ventre materno para participarmos de sua vida, de seu projeto. Quando falamos em vocação, nós recordamos do grande amor que Deus tem por nós, suas filhas e filhos. Somos dádivas de sua infinita bondade. É a vocação que dá fundamento à nossa vida... Vamos, juntos, agradecer a Deus pela vocação ao amor, a doação e a realização plena de nossas capacidades e dons. Coloquemo-nos numa atitude de abertura e de acolhimento da graça de Deus em nossas vidas.

T.: O grande sonho de Deus é a vida plena para todas as pessoas.

Leitor 1: O sonho de Deus é um mundo cada vez mais humanizado, de homens e mulheres vivendo plenamente suas vidas.

Leitor 2: O sonho de Deus é que cada pessoa descubra sua vocação. Vocação é um chamado de Deus e tem como finalidade a realização plena do ser humano. É um gesto gratuito que visa nossa plena humanização.

T.: O grande sonho de Deus é a vida plena para todas as pessoas.

Leitor 1: Vocação é dom, é graça que Deus nos concede para a construção de seu reino de amor, paz e justiça.

Leitor 2: Toda pessoa recebe o chamado de Deus para participar de sua vida e realizar uma missão específica.

T.: O grande sonho de Deus é a vida plena para todas as pessoas.

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Leitor 1: Muitas vezes, em nossas comunidades, não estamos suficientemente conscientes de que todos nós recebemos o chamado.

Leitor 2: Se não assumirmos nosso chamado, corremos o risco de vivermos à margem da comunidade e não encontrarmos o sentido de nossas vidas.

T.: O grande sonho de Deus é a vida plena para todas as pessoas. / E a grande missão da Igreja é ajudar cada pessoa a encontrar seu lugar.

Canto (à escolha)

A.: Ouçamos o testemunho de Irmã Ana Roy, da Congregação das Auxiliares do Sacerdócio. Irmã Ana nasceu na França, em 1925. Entrou na Congregação em 1946 e, em 1962, veio para o Brasil, inserindo-se na favela do Morro dos Cabritos, no Rio de Janeiro. De estatura pequena e de alegria transparente, Irmã Ana se tornou brasileira por uma longa dedicação missionária. A Palavra de Deus claramente conduziu seu viver e a empolgava em suas conferências. A entrega de sua vida aos pobres foi um testemunho profundo que ela deixou como herança à Vida Religiosa do Brasil. Faleceu em Salvador, em 30 de abril de 2008.

Leitor 3: “O Amor chama, convida, confia em alguns para Amar até o fim e, assim, contribuir para a construção do Reino de Amor na relação Nova. Relendo a minha vida, penso que existiu no início da caminhada uma história de sedução. Acredito, hoje, porque acreditei ontem, que um companheirismo é possível com Alguém que me amou primeiro e que também eu amei, apesar de tantas infidelidades. Entendi cedo que Ele era o Fiel que vem sempre levantar-me de novo, sem cansar-me. Sim, algo me seduziu na pessoa de Jesus e, principalmente, a sua maneira de criar relações. A procura do outro, a atração por fazer laços de amizade apaixonou-me. Procurei o rosto de Cristo no semblante do irmão, e isso me deu alegrias, gosto de viver.

Leitor 4: “Guardo preciosamente a memória desses momentos na alegria de amar. Memória tal que torna presente aquilo que foi vivenciado, partilhado, descoberto. Essa memória habita nossa história e nosso coração. Para ela eu me volto. A minha vida religiosa aí encontrou o seu espaço, o qual a dilata na licença de amar. ‘Ninguém há de receber a licença de amar. O amor não se explica, não se analisa, vem da Origem e se vive’. Daí a necessidade de voltar à origem, ao início, como nós acenamos. [...] A Vida Religiosa é uma aventura de amor. Ela nos lança nesta grande aventura no seguimento de Jesus. Tal aventura é marcada por uma atitude de fundo, que consiste em reconhecer o outro e a outra na sua diferença, respeitada e amada. Delicadeza atenta para evitar qualquer comportamento possessivo ou dominador. O que caracteriza nossa escolha é o desejo de seguir a Jesus, assumindo as suas mesmas opções, nas grandes decisões que marcaram toda a sua vida e significam um amor radical”.

(Silêncio para reflexão pessoal)

T.: O grande sonho de Deus é a vida plena para todas as pessoas. / Senhor, Tu me deste a vida e me chamaste pelo nome. / Em meio a tantas vozes e apelos do mundo eu quero ouvir a tua voz. / Tens sobre mim um apelo de amor. / Tu me conheces a fundo e sabes o que mais me convém. / Ilumina-me, Senhor, com teu Espírito / e mostra-me o caminho que devo seguir. / Dá-me força, coragem e alegria para assumir a minha vocação. / Eu quero ouvir a tua voz / e assim como Moises / trilhar os teus caminhos e testemunhar ao mundo a alegria de ser teu servo, / para que assim outros jovens possam te conhecer e te seguir. Amém.

Canto: Eis-me aqui, Senhor!

Encontro com a PalavraCanto de Aclamação (à escolha)

Leitor 5: Evangelho de Jesus Cristo escrito por João (Jo 2,1-11). Houve uma festa de casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava aí. Jesus também tinha sido convidado pra essa festa de casamento, junto com seus discípulos. Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho!’ Jesus

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respondeu: ‘Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.’ A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: ‘Façam tudo o que ele mandar.’ Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. Jesus disse aos que serviam: ‘Encham de água esse potes.’ Eles encheram os potes até a boca. Depois Jesus disse: ‘Agora tirem e levem ao mestre-sala.’ Então levaram ao mestre-sala. Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo e disse: ‘Todos servem primeiro o vinho bom, e quando os convidados estão bêbados, servem o vinho pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora’. Palavra da Salvação.

T.: Glória a vós, Senhor.

A.: Qual é o vinho novo em nossa vida? Qual seria o meu vinho novo?

(Silêncio para reflexão pessoal)

Canto: Maria nas Bodas de Caná (Agnus Dei - https://www.youtube.com/watch?v=Sw2_DvDxSNY)

1. Quando faltou vinho naquela festa, Maria, / tu percebeste: em todos havia aflição. / Olhaste para Teu Filho e pediste a Ele, / e Jesus te atendeu, / a graça aconteceu. / A água foi transformada em vinho para todos.

2. Quando faltou alegria em minha vida / tu percebeste o cansaço em meu coração, / olhaste para Teu Filho e pediste a Ele, / e Jesus te atendeu, / veio e me socorreu. / Hoje eu canto alegre o mesmo canto teu.

O Senhor fez em mim maravilhas (3x) Santo é o Senhor.

Leitor 3: Chegou a hora da festa do casamento! O evangelista João salienta que quem está habituado às estruturas do velho sistema e não se predispõe à mudança, jamais aceita a novidade trazida por Jesus. O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo que vai acontecer através de toda atividade de Jesus: a transformação das relações. Não podemos nos habituar ao vinho velho e nos tranquilizarmos com modalidades já experimentadas.

Leitor 4: Aqueles e aquelas que abraçaram a Vida Consagrada e o Ministério Ordenado são chamados e chamadas a não terem medo de ousar em viver a novidade do Evangelho. O Papa Francisco afirma que: “Para vinho novo, odres novos. A novidade do Evangelho. Que nos traz o Evangelho? A alegria e a novidade. Para a novidade, novidade; para o vinho novo, odres novos. E não tenhais medo de mudar as coisas segundo o Evangelho. Por isso a Igreja pede-nos a todos nós algumas mudanças. Pede-nos que ponhamos de parte as estruturas caducas: não prestam! E que tomemos odres novos, os do Evangelho. O Evangelho é novidade! O Evangelho é festa! E só se pode viver plenamente o Evangelho com um coração alegre e com um coração renovado. Demos espaço à lei das bem-aventuranças, à alegria e à liberdade que a novidade do Evangelho nos traz. Que o Senhor nos dê a graça de não permanecermos prisioneiros, a graça da alegria e da liberdade que nos traz a novidade do Evangelho’’ (Para vinho novo, odres novos. n° 10).

T.: A novidade do Evangelho convida à adesão. / Como Maria, somos chamados a nos abrir à novidade / e discernir quais mudanças são necessárias para que possamos Fazer tudo o que Ele nos disser.

A.: Qual é o vinho novo em nossa vida? Qual seria o meu vinho novo?

(Silêncio para reflexão pessoal)

A.: Rezemos com Maria, Mulher do Vinho Novo:

T.: Santa Maria, mulher do vinho novo, / guardai em nós o desejo de proceder em obediência à novidade do Espírito, / reconhecendo o sinal de sua presença no vinho novo, / fruto de vindimas e de novas estações. / Tornai-nos dóceis à sua graça / e atuantes na preparação de odres que possam conter, / e não

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derramar, / a efervescência do suco da videira. / Firmai os nossos passos no mistério da cruz / que o Espírito pede para cada nova criação. / Ensinai-nos a fazer aquilo que Cristo, vosso filho, nos disser (cf. Jo 2,5), / para nos sentarmos em cada dia à sua mesa: / é ele o vinho novo mediante o qual damos graças, / recebemos e damos a bênção. / Alimentai em nós a esperança, / na espera do dia em que beberemos o fruto novo da videira, / com Cristo, no Reino do Pai (cf. Mt 26,29). Amém (Papa Francisco).

Bênção SS. SacramentoCanto (vocacional)

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LEITURA ORANTE DA PALAVRAO projeto de Jesus e os nossos projetos

Ambientação

No centro do ambiente espalhar um pouco de terra; em algumas partes jogar pedrinhas, em outras, espinhos. Ao centro colocar uma vela (ou círio) apagada; ao lado, uma Bíblia aberta. Providenciar pequenas folhas em branco, cortadas no formato de sementes.

Esquentando o coração(Com a vela apagada e estando sentados, canta-se repetidas vezes, de forma suave, o refrão orante)

Refrão Orante: Espírito de Deus, toma conta de mim, toma conta de mim! Espírito de Deus, Espírito de Deus, toma conta de mim! (CD Deus é bom! – ir. Miria T. Kolling)

(Enquanto cantam, um jovem, previamente avisado, acende a vela e faz a seguinte oração):

Jovem 1: Nós te rendemos graças, ó Deus Onipotente, por nos conceder a claridade da luz. Nós te suplicamos a tua bondade infinita, enquanto a claridade desta luz nos envolve, com a luz de teu Espírito. Por Cristo, nosso Senhor!

Refrão Orante: Nas horas de Deus, amém! Pai e Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (CD Nas horas de Deus Amém - Zé Vicente)

Animador/a (A.): Queridos jovens, o papa Francisco, em sua visita ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, afirmou: “Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama! Não em porção, mas um a um… a cada um”.

(Entregar a cada jovem uma pequena folha em branco com o formato de semente. Explicar que cada um deverá escrever seu nome nessa semente. Motivá-los a relembrar o significado e a importância da semente, e frisar a importância do nome como a identidade de cada um. Quando todos tiverem escrito, pedir que partilhem em dupla: o significado do seu nome; se gosta ou não do nome que tem e por quê; quem escolheu o nome e por quê).

Jovem 2: Todos nós somos sementes e temos o anseio por frutificar. Mas, para frutificar é necessário semear. Somos sementes de Deus lançadas no campo do mundo. Ser cristão, “discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus” (papa Francisco).

Jovem 3: O próprio Jesus em seu caminho vocacional sentiu-se amado e escolhido pelo Pai: “Tu és o meu Filho amado! Em ti encontro o meu agrado” (Lc 3,22). O amor do Pai fez frutificar a semente de seu Projeto de Vida.(Motivar os jovens a colocarem suas sementes na terra, com o nome virado para cima. Enquanto isso se canta).

Canto (vocacional)

Fazendo memória(Incentivar os jovens a lembrarem fatos ou pessoas que foram e são importantes em sua caminhada cristã. Se desejarem, eles podem dizer em que essa pessoa foi importante. Conforme o animador perceber que alguns, ou todos, falaram, motivá-los a rezarem a oração que segue):

Todos (T.): Bom Deus, / trago-te os meus entes queridos, / os meus amigos e aquela pessoa que amo muito / e que contribuiu com seu exemplo de vida / para que a semente da fé brotasse em mim. / Guarda-os de todo o mal / e guia-os com segurança pelo seu caminho. / Ilumina o nosso olhar, / firma os

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nossos corações, / abençoa a nossa amizade, / conduz os nossos passos / e deixa-nos permanecer no teu amor. Amém.

Deus nos falaJovem 4: “Somos parte da Igreja, mais ainda, nos convertemos em construtores da Igreja e protagonistas da história. [...] e Jesus nos pede que edifiquemos sua Igreja; cada um de nós é uma pedra viva, é um pedacinho da construção, e se faltar esse pedacinho, quando vier a chuva, terá goteira e entrará água dentro da casa” (papa Francisco - Discurso JMJ Rio 2013, Copacabana 27 de julho).

Jovem 5: Edificamos a Igreja com nossa vida alicerçada na força da Palavra de Deus, semeada em nosso coração.

Canto de Aclamação (à escolha)

Jovem 1: Evangelho de Jesus Cristo, escrito por Lucas (Lc 4,14-20). Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor.» Em seguida, Jesus fechou o livro, entregou-o na mão do ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Palavra da Salvação.

T.: Glória a vós, Senhor.(Este é o momento de silêncio interior, lembrando o que leu. O que diz o texto? Retomar os versículos que mais chamaram a atenção. Motivar os jovens a repetirem uma palavra ou frase que mais lhe marcou).

Trocando ideiasJovem 2: Lucas, antes de falar sobre a vida de Jesus, apresenta seu programa. Este é o programa que os seguidores de Jesus devem ter diante dos olhos. De acordo com Lucas é o próprio Jesus que seleciona uma passagem do profeta Isaías e lê às pessoas de seu povoado, para que possam entender melhor o Espírito que o anima, as preocupações que traz em seu coração e a tarefa à qual quer dedicar-se de corpo e alma.

Jovem 3: “Jesus foi sinal de contradição na sociedade de seu tempo. Solapou pela base a estrutura social vigente. Assim fez parecer que o sistema estava sujo e necessitava uma reforma profunda. Depois de 40 dias de oração e jejum no deserto ele se apresentava na Sinagoga de Nazaré com seu programa tirado da Escritura, que o Espírito lhe dava de entender, voltado para os doentes e feridos deste mundo (Lc 4,16-19). São sinal que Jesus anuncia. Exercitou seu programa a custo zero, fez-se amigo dos pobres e do povo oprimido. Tornou-se amigo dos publicanos e pecadores, prostitutas (todos os marginalizados e excluídos) e esses, por causa da bondade de Jesus intuíram uma possibilidade de libertação. Sem dúvida neste momento, o Espírito está soprando à Vida Consagrada uma criatividade nova para ser sinal. Sinal de confirmação dos valores evangélicos, de justiça, de respeito, de amor universal e sinal de contradição, de resistência, rejeição para derrubar a falsidade dos maus em prejuízo dos outros. No grupo de seu povo, Jesus captou o grito universal, ou seja, seu anseio de libertação e de liberdade. Eis aí a tarefa que confiou, aos seus seguidores, a Vida Consagrada”.13

(O que o texto diz para mim, para nós? Atualizar a Palavra, ligando-a com a vida; comparando com a situação de hoje. Deixar os jovens partilharem. Neste momento, também, as congregações e institutos de vida consagrada presentes podem partilhar como seu carisma é uma forma de viver o projeto de Jesus).

No silêncio da alma

13 ANJOS, Marcio Fabri. O beijo de Deus. Brasília, CRB Nacional, 2010, p. 196.37

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A.: Nesse momento, cada um, em silêncio, abra seu coração para que Jesus lhes diga por onde começar a ser um evangelizador.(O que o texto me faz dizer a Deus? Deixar um tempo de silêncio para reflexão pessoal. Se for oportuno colocar uma música instrumental de fundo)

Jovem 4: “Jesus nos pede que sua Igreja seja tão grande que possa alojar toda a humanidade, que seja a casa de todos. Jesus diz a mim, a vocês, a cada um: ‘Ide, façam discípulos a todas as nações’. [...] juntos queremos construir a Igreja de Jesus. [...] O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que tantos jovens, em muitas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens na rua. São jovens que querem ser protagonistas da mudança. [...] A vocês peço que também sejam protagonistas dessa mudança. Continuem superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que vão se levantando em diversas partes do mundo. [...] Queridos jovens, por favor, não ‘olhem da janela’ a vida, entrem nela. Jesus não ficou na janela, mergulhou... ‘Não olhem da janela’ a vida, mergulhem nela, como fez Jesus. [...] Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé. Vocês são os atletas de Cristo. Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor” ” (papa Francisco - Discurso JMJ Rio 2013, Copacabana 27 de julho).

(Tempo de silêncio e retomada... O que mais marcou da Palavra de Deus e das palavras do papa Francisco? O que o Senhor me pede? Motivar para que resumam numa frase a descoberta feita. É importante não perder o clima orante).

Crescendo na comunhãoA.: Chegou a hora de apresentarmos a Deus nossos sonhos, anseios e orações. Que novo olhar este texto gera em mim? (Deixar um tempo para que os jovens possam fazer sua partilha ou preces. Se o animador julgar oportuno, esse pode ser, também, o momento para, pessoalmente ou em grupo, assumir um gesto concreto).

Canto (vocacional)

Rezando com os irmãosA.: Creio na juventude que busca o novo, que espera o amanhã melhor e sonha sonhos de criança. Creio no jovem e na jovem que sabe o que quer, que enfrenta firme a luta, que não foge da raia. Creio na rapaziada que segue em frente e segura o rojão.

Jovens: Creio no jovem que descobre o valor de vivermos como irmãos e irmãs, e que busca a comunidade. Creio que todos os jovens sabem dizer sim e também sabem dizer não.

A.: Creio na juventude que sempre se reúne para partilhar a vida.

Jovens: Creio nos jovens e nas jovens da comunidade, do campo, da escola, da periferia, que sabem viver o amor em sua realidade. Creio em nossa caminhada rumo à nova sociedade, onde todos e todas seremos irmãos e irmãs.

A.: Creio na força do jovem e da jovem que sorri, canta, dança, chora, namora, espera e faz o novo amanhã. Creio no Deus Pai e Mãe, Libertador, e em todo jovem que sonha seu Reino de Amor.

Jovens: Creio no Cristo jovem, que fez a vontade de Deus e viveu com muito amor. Creio no Espírito Santo, que, com o fogo do amor, anima toda a juventude na busca do Libertador.

A.: Creio em Maria, mulher de dor e alegria, mãe nossa querida, de todos os jovens e de todas as jovens que na vida redescobrem seu valor.

T.: Cremos que só com fé, força e confiança chegaremos ao Reino de Deus. Amém.

Pai Nosso

Oração final e bênção38

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A.: Senhor, dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs...

T.: Inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; / fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo seu mandamento, / nos empenhemos lealmente no serviço a eles. / Vossa Igreja seja testemunha viva da verdade e da liberdade, / da justiça e da paz, / para que toda a humanidade se abra à esperança de um mundo novo. / Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

A.: O Senhor nos abençoe e nos guarde! O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos seja favorável! O Senhor dirija para nós o seu rosto e nos dê a paz. Que o Senhor confirme a obra de nossas mãos, agora e para sempre.

T.: Amém.

Canto (à escolha)

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AS PALAVRAS DA VOCAÇÃOMensagem do Papa Francisco para o 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Queridos irmãos e irmãs!No dia 04 de agosto do ano passado, 160º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars, quis dedicar uma Carta aos sacerdotes, que todos os dias, obedecendo o chamado que o Senhor lhes dirigiu, gastam a vida ao serviço do Povo de Deus.Então escolhi quatro palavras-chave – tribulação, gratidão, coragem e louvor – para agradecer aos sacerdotes e apoiar o seu ministério. Acho que, neste 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, poder-se-iam retomar aquelas palavras e dirigi-las a todo o Povo de Deus, tendo como pano de fundo o texto evangélico que nos conta a experiência singular que sobreveio a Jesus e a Pedro durante uma noite de tempestade no lago de Tiberíades (cf. Mt 14,22-33).Depois da multiplicação dos pães, que entusiasmou a multidão, Jesus manda os discípulos subir para o barco e seguir à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia o povo. A imagem desta travessia do lago sugere de algum modo a viagem da nossa existência. De fato, o barco da nossa vida avança lentamente, sempre preocupado à procura de um local afortunado de atracagem, pronto a desafiar os riscos e as conjunturas do mar, mas desejoso também de receber do timoneiro a orientação que o coloque finalmente na rota certa. Às vezes, porém, é possível perder-se, deixar-se cegar pelas ilusões em vez de seguir o farol luminoso que o conduz ao porto seguro, ou ser desafiado pelos ventos contrários das dificuldades, dúvidas e medos.Assim acontece também no coração dos discípulos, que, chamados a seguir o Mestre de Nazaré, têm de se decidir a passar à outra margem, optando corajosamente por abandonar as próprias seguranças e seguir os passos do Senhor. Esta aventura não é tranquila: cai a noite, sopra o vento contrário, o barco é sacudido pelas ondas, e há o risco de sobrepor-se o medo de falhar e não estar à altura da vocação.Mas, na aventura desta travessia não fácil, o Evangelho diz-nos que não estamos sozinhos. Quase forçando a aurora no coração da noite, o Senhor caminha sobre as águas tumultuosas e vai ter com os discípulos, convida Pedro a vir ao encontro d’Ele sobre as ondas e salva-o quando o vê afundar; finalmente, sobe para o barco e faz cessar o vento.Assim, a primeira palavra da vocação é gratidão. Navegar pela rota certa não é uma tarefa confiada só aos nossos esforços, nem depende apenas dos percursos que escolhemos fazer. A realização de nós mesmos e dos nossos projetos de vida não é o resultado matemático do que decidimos dentro do nosso «eu» isolado; pelo contrário, trata-se, antes de mais nada, da resposta a um chamado que nos chega do alto. É o Senhor que nos indica a margem para onde ir e, ainda antes disso, dá-nos a coragem de subir no barco; e Ele, ao mesmo tempo que nos chama, faz-se também nosso timoneiro para nos acompanhar, mostrar a direção, impedir de encalhar nas rochas da indecisão e tornar-nos capazes até de caminhar sobre as águas tumultuosas.Toda a vocação nasce daquele olhar amoroso com que o Senhor veio ao nosso encontro, talvez mesmo quando o nosso barco estava à mercê da tempestade. «Mais do que uma escolha nossa, a vocação é resposta a um chamado gratuito do Senhor» (Carta aos Presbíteros, 4/VIII/2019); por isso conseguiremos descobri-la e abraçá-la, quando o nosso coração se abrir à gratidão e souber reconhecer a passagem de Deus pela nossa vida.Quando os discípulos veem aproximar-se Jesus caminhando sobre as águas, começam por pensar que se trata de um fantasma e assustam-se. Mas, Jesus imediatamente os tranquiliza com uma palavra que deve acompanhar sempre a nossa vida e o nosso caminho vocacional: «Coragem! Sou Eu! Não temais!» (Mt 14,27). Esta é precisamente a segunda palavra que gostaria de vos deixar: coragem.Frequentemente aquilo que nos impede de caminhar, crescer, escolher a estrada que o Senhor traça para nós são os fantasmas que pululam nos nossos corações. Quando somos chamados a deixar a nossa margem segura para abraçar um estado de vida – como o matrimônio, o ministério ordenado, a vida consagrada – muitas vezes a primeira reação é constituída pelo «fantasma da incredulidade»: não é possível que esta

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vocação seja para mim; trata-se verdadeiramente da estrada certa? Precisamente a mim é que o Senhor pede isto?E pouco a pouco avolumam-se em nós todas aquelas considerações, justificações e cálculos que nos fazem perder o ímpeto, confundem-nos e deixam-nos paralisados na margem de embarque: julgamos ter sido um erro, não estar à altura, ter simplesmente visto um fantasma que se deve afugentar.O Senhor sabe que uma opção fundamental de vida – como casar-se ou consagrar-se de forma especial ao seu serviço – exige coragem. Ele conhece as interrogações, as dúvidas e as dificuldades que agitam o barco do nosso coração e, por isso, nos tranquiliza: «Não tenhas medo! Eu estou contigo». A fé na presença d’Ele que vem ao nosso encontro e nos acompanha mesmo quando o mar está revolto, liberta-nos daquela acédia que podemos definir uma «tristeza adocicada» (Carta aos Presbíteros, 4/VIII/2019), isto é, aquele desânimo interior que nos bloqueia impedindo-nos de saborear a beleza da vocação.Na Carta aos Presbíteros falei também da tribulação, que aqui gostaria de especificar concretamente como fadiga. Toda vocação requer empenho. O Senhor chama-nos, porque nos quer tornar, como Pedro, capazes de «caminhar sobre as águas», isto é, pegar na nossa vida para a colocar ao serviço do Evangelho, nas formas concretas que Ele nos indica cada dia e, de modo especial, nas diferentes formas de vocação laical, presbiteral e de vida consagrada. À semelhança do Apóstolo, porém, sentimos desejo e ardor e, ao mesmo tempo, vemo-nos assinalados por fragilidades e temores.Se nos deixarmos arrastar pelo pensamento das responsabilidades que nos esperam – na vida matrimonial ou no ministério sacerdotal – ou das adversidades que surgirão, bem depressa desviaremos o olhar de Jesus e, como Pedro, arriscamo-nos a afundar. Pelo contrário a fé permite-nos, apesar das nossas fragilidades e limitações, caminhar ao encontro do Senhor Ressuscitado e vencer as próprias tempestades. Pois Ele nos estende a mão, quando, por cansaço ou medo, corremos o risco de afundar e nos dá o ardor necessário para viver a nossa vocação com alegria e entusiasmo.Por fim, quando Jesus sobe no barco, cessa o vento e aplacam-se as ondas. É uma bela imagem daquilo que o Senhor realiza na nossa vida e nos tumultos da história, especialmente quando estamos a braços com a tempestade: Ele ordena aos ventos contrários que se calem, e então as forças do mal, do medo, da resignação deixam de ter poder sobre nós.Na vocação específica que somos chamados a viver, estes ventos podem debilitar-nos. Penso em quantos assumem funções importantes na sociedade civil, nos esposos, que intencionalmente me apraz definir «os corajosos», e de modo especial penso nas pessoas que abraçam a vida consagrada e o sacerdócio. Conheço a vossa fadiga, as solidões que às vezes tornam pesado o coração, o risco da monotonia que pouco a pouco apaga o fogo ardente da vocação, o fardo da incerteza e da precariedade dos nossos tempos, o medo do futuro. Coragem, não tenhais medo! Jesus está ao nosso lado e, se o reconhecermos como único Senhor da nossa vida, Ele estende-nos a mão e agarra-nos para nos salvar.E então a nossa vida, mesmo no meio das ondas, abre-se ao louvor. Esta é a última palavra da vocação, e pretende ser também o convite a cultivar a atitude interior de Maria Santíssima: agradecida pelo olhar que Deus pousou sobre Ela, superando na fé medos e perturbações, abraçando com coragem a vocação, Ela fez da sua vida um cântico eterno de louvor ao Senhor.Caríssimos, especialmente neste Dia de Oração pelas Vocações, mas também na ação pastoral ordinária das nossas comunidades, desejo que a Igreja percorra este caminho ao serviço das vocações, abrindo brechas no coração de todos os fiéis, para que cada um possa descobrir com gratidão o chamado que Deus lhe dirige, encontrar a coragem de dizer «sim», vencer a fadiga com a fé em Cristo e, finalmente, como um cântico de louvor, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro. Que a Virgem Maria nos acompanhe e interceda por nós.

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Oração Vocacional

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,faze ressoar em nossos ouvidos

teu forte e suave convite:“Vem e segue-me”.

Derrama sobre nós o teu Espírito,que ele nos dê sabedoria para ver o caminho

e generosidade para seguir tua voz.

Senhor,que a Messe não se perca por falta de Operários.

Desperta nossas comunidades para a Missão.Ensina nossa vida a ser serviço.

Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,na vida consagrada e religiosa.

Senhor,que o Rebanho não pereça por falta de Pastores.

Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos.Dá perseverança a nossos seminaristas.

Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,chama-nos para o serviço de teu povo.

Maria,Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho,

ajuda-nos a responder SIM.

Amém.

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